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Impresso fechado, pode ser aberto pela ECT. Informativo do Conselho Regional de Contabilidade de Minas Gerais Belo Horizonte Ano XVI Nº. 128 Nov./Dez. 2007 Mala Direta Postal 10767 / 2002 -DR/BS B/YY CAIXA / / / CORREIOS / / / Atualidades “A contabilidade pública assemelha-se à Engenharia” ou “O controle das contas públicas assemelha-se à Engenharia”. PÁGINA 3 Registro Lançada a nova carteira de identidade profissional. PÁGINA 4 Artigo Inserção de notas explicativas no diário: a questão da prática contábil. PÁGINA 10 Em Dia Mais um título de doutorado em Minas. PÁGINA 15 Um contador de sucesso A contadora Guadalupe Machado Dias fala sobre a profissão em entrevista especial. PÁGINA 16 JORNAL DO CRCMG JORNAL DO CRCMG www.crcmg.org.br O CRCMG promoveu, de 17 a 19 de outubro, a VI Convenção de Contabilidade de Minas Gerais. O evento, que teve como lema a “A Transparência e a Fidelidade da Informação Contábil”, reuniu mais de 800 participantes em Belo Horizonte, no Grandayrrell Minas Hotel. Durante a Convenção, foi feita a entrega do Prêmio Internacional de Produção Científica Contábil Professor Doutor Lopes de Sá e, ainda, ocorreu a solenidade de entrega da Medalha do Mérito Contábil de Minas Gerais. O agraciado foi o contador Fernando Carneiro da Motta. A VI Convenção foi uma realização do CRCMG – Conse- lho Regional de Contabilidade de Minas Gerais e contou com o apoio do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), da Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC) e da Câma- ra dos Técnicos Oficiais de Contas de Portugal (CTOC). Confira a cobertura completa nas páginas 8 e 9. VI Convenção de Contabilidade de Minas Gerais DEVOLUÇÃO GARANTIDA CORREIOS

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Impresso fechado,pode ser aberto pela ECT.

Informativo do Conselho Regionalde Contabilidade de Minas Gerais

Belo HorizonteAno XVI Nº. 128 Nov./Dez. 2007

Mala DiretaPostal

10767 / 2002 -DR/BS B/YY

CAIXA

/ / / CORREIOS / / /

Atualidades“A contabilidade públicaassemelha-se à Engenharia”ou “O controle das contaspúblicas assemelha-se àEngenharia”.PÁGINA 3

RegistroLançada a nova carteira deidentidade profissional.PÁGINA 4

ArtigoInserção de notasexplicativas no diário: aquestão da prática contábil.PÁGINA 10

Em DiaMais um título de doutoradoem Minas.PÁGINA 15

Um contador de sucessoA contadora GuadalupeMachado Dias fala sobre aprofissão em entrevistaespecial.PÁGINA 16

JORNAL DO CRCMGJORNAL DO CRCMGwww.crcmg.org.br

O CRCMG promoveu, de 17 a 19 de outubro, a VIConvenção de Contabilidade de Minas Gerais. O evento,que teve como lema a “A Transparência e a Fidelidade daInformação Contábil”, reuniu mais de 800 participantes emBelo Horizonte, no Grandayrrell Minas Hotel.

Durante a Convenção, foi feita a entrega do PrêmioInternacional de Produção Científica Contábil ProfessorDoutor Lopes de Sá e, ainda, ocorreu a solenidade deentrega da Medalha do Mérito Contábil de Minas Gerais. Oagraciado foi o contador Fernando Carneiro da Motta.

A VI Convenção foi uma realização do CRCMG – Conse-lho Regional de Contabilidade de Minas Gerais e contoucom o apoio do Conselho Federal de Contabilidade (CFC),da Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC) e da Câma-ra dos Técnicos Oficiais de Contas de Portugal (CTOC).

Confira a cobertura completa nas páginas 8 e 9.

VI Convençãode Contabilidadede Minas Gerais

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

CORREIOS

2 JORNAL DO CRCMG NOVEMBRO / DEZEMBRO 2007

Fala, Contabilista!

wwww.crcmg.org.br

Conselho Diretor 2006/2007

PresidentePaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos Santos

1º Vice-Presidente de Administração e PlanejamentoLilian Prado CaldeiraLilian Prado CaldeiraLilian Prado CaldeiraLilian Prado CaldeiraLilian Prado Caldeira

Vice-Presidente de Fiscalização e de Ética e DisciplinaEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasVice-Presidente de RegistroAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da Costa

Vice-Presidente de Controle InternoEdson de Souza RochaEdson de Souza RochaEdson de Souza RochaEdson de Souza RochaEdson de Souza Rocha

Vice-Presidente de Desenvolvimento ProfissionalSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho Campos

CONSELHEIROS EFETIVOSAgnaldo Correa da SilvaAgnaldo Correa da SilvaAgnaldo Correa da SilvaAgnaldo Correa da SilvaAgnaldo Correa da SilvaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da CostaAlencar Pereira da Costa

Antônio Baião de AmorimAntônio Baião de AmorimAntônio Baião de AmorimAntônio Baião de AmorimAntônio Baião de AmorimEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de FreitasEdivaldo Duarte de Freitas

Edson de Souza RochaEdson de Souza RochaEdson de Souza RochaEdson de Souza RochaEdson de Souza RochaEvandro Avelar CambraiaEvandro Avelar CambraiaEvandro Avelar CambraiaEvandro Avelar CambraiaEvandro Avelar Cambraia

Geraldo Bonfim e SilvaGeraldo Bonfim e SilvaGeraldo Bonfim e SilvaGeraldo Bonfim e SilvaGeraldo Bonfim e SilvaHilda Ramos PortoHilda Ramos PortoHilda Ramos PortoHilda Ramos PortoHilda Ramos Porto

José Eustáquio GiovanniniJosé Eustáquio GiovanniniJosé Eustáquio GiovanniniJosé Eustáquio GiovanniniJosé Eustáquio GiovanniniJosé Francisco AlvesJosé Francisco AlvesJosé Francisco AlvesJosé Francisco AlvesJosé Francisco Alves

José Nascimento de AguiarJosé Nascimento de AguiarJosé Nascimento de AguiarJosé Nascimento de AguiarJosé Nascimento de AguiarLilian Prado CaldeiraLilian Prado CaldeiraLilian Prado CaldeiraLilian Prado CaldeiraLilian Prado Caldeira

Marco Antônio BorgesMarco Antônio BorgesMarco Antônio BorgesMarco Antônio BorgesMarco Antônio BorgesMarco Aurélio Cunha de AlmeidaMarco Aurélio Cunha de AlmeidaMarco Aurélio Cunha de AlmeidaMarco Aurélio Cunha de AlmeidaMarco Aurélio Cunha de Almeida

Mário César de Magalhães MateusMário César de Magalhães MateusMário César de Magalhães MateusMário César de Magalhães MateusMário César de Magalhães MateusNourival de Souza Resende FilhoNourival de Souza Resende FilhoNourival de Souza Resende FilhoNourival de Souza Resende FilhoNourival de Souza Resende Filho

Paulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosPaulo Cezar Consentino dos SantosSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho CamposSandra Maria de Carvalho Campos

Sebastião Wagner VallmSebastião Wagner VallmSebastião Wagner VallmSebastião Wagner VallmSebastião Wagner VallmSérgio Dias BebianoSérgio Dias BebianoSérgio Dias BebianoSérgio Dias BebianoSérgio Dias Bebiano

Walter Roosevelt CoutinhoWalter Roosevelt CoutinhoWalter Roosevelt CoutinhoWalter Roosevelt CoutinhoWalter Roosevelt Coutinho

CONSELHEIROS SUPLENTESAlexandre Bossi QueirozAlexandre Bossi QueirozAlexandre Bossi QueirozAlexandre Bossi QueirozAlexandre Bossi Queiroz

Antonio de Padua Soares PelicarpoAntonio de Padua Soares PelicarpoAntonio de Padua Soares PelicarpoAntonio de Padua Soares PelicarpoAntonio de Padua Soares PelicarpoCélio Nerio PavioneCélio Nerio PavioneCélio Nerio PavioneCélio Nerio PavioneCélio Nerio Pavione

Célio Silva NevesCélio Silva NevesCélio Silva NevesCélio Silva NevesCélio Silva NevesCristiano Francisco Fonseca NevesCristiano Francisco Fonseca NevesCristiano Francisco Fonseca NevesCristiano Francisco Fonseca NevesCristiano Francisco Fonseca Neves

Daysi LorenzatoDaysi LorenzatoDaysi LorenzatoDaysi LorenzatoDaysi LorenzatoEduardo Lara e SilvaEduardo Lara e SilvaEduardo Lara e SilvaEduardo Lara e SilvaEduardo Lara e Silva

Francisco Jose Trindade de SalesFrancisco Jose Trindade de SalesFrancisco Jose Trindade de SalesFrancisco Jose Trindade de SalesFrancisco Jose Trindade de Sales Irene Correa da Rocha Reis Irene Correa da Rocha Reis Irene Correa da Rocha Reis Irene Correa da Rocha Reis Irene Correa da Rocha Reis

Jacquelline Aparecida Batista de AndradeJacquelline Aparecida Batista de AndradeJacquelline Aparecida Batista de AndradeJacquelline Aparecida Batista de AndradeJacquelline Aparecida Batista de AndradeJason Batista Duarte FilhoJason Batista Duarte FilhoJason Batista Duarte FilhoJason Batista Duarte FilhoJason Batista Duarte Filho

José William Rodrigues da SilvaJosé William Rodrigues da SilvaJosé William Rodrigues da SilvaJosé William Rodrigues da SilvaJosé William Rodrigues da SilvaMarina de Carvalho CostaMarina de Carvalho CostaMarina de Carvalho CostaMarina de Carvalho CostaMarina de Carvalho Costa

Nilson Geraldo MarquesNilson Geraldo MarquesNilson Geraldo MarquesNilson Geraldo MarquesNilson Geraldo MarquesOscar Lopes da SilvaOscar Lopes da SilvaOscar Lopes da SilvaOscar Lopes da SilvaOscar Lopes da Silva

Otorino NeriOtorino NeriOtorino NeriOtorino NeriOtorino NeriPaulo Cezar SantanaPaulo Cezar SantanaPaulo Cezar SantanaPaulo Cezar SantanaPaulo Cezar Santana

Regina Lopes de AssisRegina Lopes de AssisRegina Lopes de AssisRegina Lopes de AssisRegina Lopes de AssisRomualdo Eustáquio CardosoRomualdo Eustáquio CardosoRomualdo Eustáquio CardosoRomualdo Eustáquio CardosoRomualdo Eustáquio Cardoso

Rosa Maria Abreu BarrosRosa Maria Abreu BarrosRosa Maria Abreu BarrosRosa Maria Abreu BarrosRosa Maria Abreu BarrosSilvana Maria Figueiredo SantosSilvana Maria Figueiredo SantosSilvana Maria Figueiredo SantosSilvana Maria Figueiredo SantosSilvana Maria Figueiredo Santos

Jornal do CRCMGEdição e redação: Fernanda de Oliveira - MG 06296 JP

Redação: Vanessa Albergaria - MG 09099 JP

Digitação: Marciane Nieiro

Publicidade: Andreza Bitarães

Projeto e Edição Gráfica: Grupo de Design Gráfico

Revisão: Geraldo Magela de Faria

Fotos: Arquivo CRCMG e Eduardo Batista

Fotolito e Impressão: Santa Clara Editora

Tiragem: 40 mil exemplares

CRCMG – Conselho Regional deContabilidade de Minas Gerais

Rua Cláudio Manoel, 639 – FuncionáriosCep 30140-100 – Belo Horizonte MG

Tel: (31) 3269-8400E-mail: [email protected]

Os conceitos emitidos em artigos assinadossão de inteira responsabilidade de seus

autores. As matérias deste jornal podemser reproduzidas desde que citada a fonte.

Palavra do Presidente

Paulo Cezar Consentino dos SantosPRESIDENTE DO CRCMG

Informação – Qualidade e Tempestividade

Altamente honrado pela distinçãoque me é conferida em minhaprofissão de contabilista, masimpedido de comparecer, solicitei aoilustre colega Professor FredericoJorge Oliva a gentileza de apresen-tar meu sincero agradecimento aospromotores do evento. Foi atravésdo exercício da profissão decontabilista que me tornei diretorde empresas industriais.Luiz de Paula FerreiraMontes Claros

Sempre que recebo o Jornal doCRCMG procuro logo pela coluna“Palavra do Presidente”, porque seique posso saciar minha vontade dedizer tudo que ali está escrito a umseleto público. Nós, técnicoscontábeis e contadores, por certo,e sem nenhuma margem de dúvidaque possa pairar sobre nossaprofissão, estamos BRILHANTEMEN-TE representados. Vossa faladignifica o contador. Vossa pessoaconcede créditos ao País. Por isso,“Fala Presidente”, porque nósestamos todos prontos para ouvi-lo.Um afetuoso abraço – MiltaBarbosa – Caldas, Sul das Gerais,aonde vossas palavras chegam paraacalentar uma alma, para aquietarum espírito que clama por Ordem eProgresso!Milta Margaret BarbosaProfissional

Tenho orgulho da minhaprofissão. Gosto muito da sua formade dirigir o nosso Conselho. Gostariade um dia, na renovação parcial doConselho, fazer parte da chapa.José Francisco da Silva

Tenho participado dos cursos oferecidose percebo que, apesar de estar constandona Internet que o curso está completo, nasala aparecem menos de 50%. Sugeririaque esses contadores fossem impedidos defazer novas inscrições por um determinadotempo, caso não apresentassem umajustificativa válida, ou mesmo uma multa.O curso é bom, mas esses contadores estãotirando a oportunidade de outros.Eduardo Silva Villefort

Prezados Amigos do Conselho: Agradeçoa lembrança e retribuo a gentileza e aatenção fazendo votos nesta gestão embenefício dos profissionais desse Conselho.Com cordialidade,José Luís Danielle Binneda Chavez

Sr. Edvando, Gostaria de agradecer aoConselho o curso enviado a Itajubá, sobreo Simples Nacional. O instrutor Nivaldo nãose ateve apenas à legislação do Simples,mas também se empenhou em mostrar aresponsabilidade do contabilista naaplicação da norma legal. Foi claro,competente e muito profissional! Espera-mos poder contar com ele em outrasoportunidades.Elaine Guimarães –Delegacia CRC Itajubá

Venho agradecer o carinho e atençãocom que fomos recebidos por vocês, porocasião das duas visitas que fiz com osmeus alunos de Ciências Contábeis: no dia22/11, Faculdade ASA de Brumadinho, eno dia 27/11, Faculdade UNIPAC deItabirito. Os comentários dos alunos sãounânimes no que diz respeito à organiza-ção, qualidade de prestação de serviços eatendimento do nosso Conselho. Muitoobrigada,Prof. Adelaide

Bom, Meu Presidente, tive a gratasatisfação de participar da eleição doCRCMG. A votação eletrônica foi umaamostra excelente do nível de desenvol-vimento do nosso Conselho. Parabenizo-o em meu nome e acredito que possofazê-lo também em nome de todos oscontadores mineiros.Prof. Luiz Gonzaga Barbosa Pires

Prezado Presidente Paulo CésarConsentino: a Faculdade NovosHorizontes agradece pelo desempenhohonroso realizado pelos colaboradoresdo CRCMG, em especial ao Sr. Edvando eequipe, com a visita dos alunos do cursode Ciências Contábeis, que se realizouno dia 23 de outubro. Foi gratificante aosalunos visitar essa entidade e ao mesmotempo conhecer e perceber oprofissionalismo e a dedicação com elesdurante a visita. É com satisfação queregistramos, portanto, este elogio aoCRCMG.Walter Morais

Ilmo. Senhor Contador Paulo CezarConsentino dos Santos: em cordial visita,apresentamos ao ilustre presidentenossos cumprimentos pelo elevado nívelda Convenção realizada por essaentidade, que contou com a presençados mais renomados empresários daclasse contábil. O CRCMG, a exemplo deanos anteriores, trouxe a Minas as maisbrilhantes inteligências do setor.Infelizmente, motivos de força maior e deúltima hora nos impediram de participar,mas apresentamos aqui o testemunhoda nossa admiração pelo bom trabalhodesenvolvido à frente do nosso Conselhopelo caro colega. Saudações cordiais,João Batista de AlmeidaPresidente Sescon–MG

Vivemos a era da informação, ainfoera, a era da tecnologia, em que oconhecimento e, por conseguinte, asinformações ficam velhos muito an-tes de serem conhecidos por alguns.Nessas condições a informação passaa ser a moeda de troca com maiorvalor dentro da dinâmica do BusinessWord, pois, para se tomar qualquerdecisão, é preciso ter informação. Oque é a informação? É o conhecimen-to que alguém tem de uma situação.Conhecer significa saber, com a maiorprecisão possível, não dados prelimi-nares ou adjacentes, mas toda umagama de prós e contras, desde o pri-meiro elo até o desenlace final dacadeia. Conhecimento implica previ-são, que por sua vez implica anteciparacontecimentos. No mundo empre-sarial as previsões bem fundamenta-das, com probabilidades, com dadosestatísticos, com cenários e panora-mas bem delineados, são a Key Doorpara o sucesso. Todos esses ingredi-entes precisam ainda estar previa-mente e minuciosamente dissecadospor um planejamento estratégico e

estrutural de médio e longo prazo.Para planejar, precisamos conhecer oterreno onde estamos atuando. Oconhecimento do terreno implica ex-periência naquele tipo de negócio,incluindo preliminares, desenvolvi-mento e desfecho dos acontecimen-tos. Não se pode ou não se deveplanejar algo sem conhecimento pro-fundo daquele tipo de atividade, poisisso incluiria colocar em risco a possi-bilidade de não atingir as metas pre-tendidas. A utilização de dados e ainterpretação de situações, conside-rando o “achismo”, são demasiada-mente comprometedoras para asmetas pretendidas. Por outro lado, oplanejamento implica um acompa-nhamento full time das metas inter-mediárias que, se não passarem pelasetapas previstas, muito dificilmenteirão desembocar nos resultados finaisesperados. A Contabilidade, se vistacomo um sistema de informação, deveobrigatoriamente atender a todos es-ses requisitos e situações, de formaque, ao fornecer informações paraquem delas precisar, possa fazê-lo

com a segurança de que os resultadosproduzidos são os esperados. Na áreafiscal o governo, também em todos osníveis, está cuidando de melhorar aqualidade de suas informações e, paraos mais afoitos, trata-se simplesmen-te de “fechar o cerco”. Senão veja-mos: DIPJ somente eletrônica; DCTF;SINTEGRA; e-CPF; e-CNPJ; CADASTROSINCRONIZADO; e-NF; RECEITA FE-DERAL DO BRASIL; SISTEMA PÚBLICODE ESCRITURAÇÃO DIGITAL – SPED,todos eles sistemas que provavelmen-te irão falar entre si e cruzar dados.Nós, profissionais da Contabilidade,precisamos também melhorar a qua-lidade de nossas informações sob orisco de ficarmos a reboque datecnologia.

NOVEMBRO / DEZEMBRO 2007 JORNAL DO CRCMG 3

Atualidades

A Contabilidade Públicaassemelha-se à Engenharia

Nívea Caldas Liberato Oliveira*

A essência da arte de escriturar, efetuar oregistro da previsão das receitas e fixação dasdespesas confunde a atividade contábil comoutra ciência, a Engenharia.

É cediço que uma construção nova estásujeita, durante sua edificação e por algumtempo, depois de concluída, a deslocamentosverticais que se efetuam lentamente até esta-belecer o equilíbrio entre cargas e a resistênciado terreno, como também está passível demovimentação térmica e fenômenos própriosda natureza.

Portanto, a fundação deve ser dimensionadaadequadamente, compatível com a capacida-de de suporte do terreno. Também devem sercontratados profissionais habilitados para odesenvolvimento da obra, sendo imperativa aexecução do projeto arquitetônico e estruturalpara liquidar qualquer possibilidade de patolo-gias indesejáveis, como fissuras, trincas, racha-duras e, em casos mais graves, o desmorona-mento da obra.

Assim, o mesmo ocorre às contas públicas.Com a democratização e a ampliação do direitoconstitucional brasileiro, que busca extirpar opoder político totalitário, centralizado exclusi-vamente na vontade daqueles que o detêm, atendência ora registrada é a vontade fiscaliza-dora da sociedade civil e das instituições que arepresentam num controle mais efetivo e eficazdas atividades do Administrador Público.

Apesar de a função administrativa do Esta-do ser exercida direta ou indiretamente pelosTrês Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciá-rio) com a finalidade de atender ao interessepúblico, o exercício e a exteriorização dos atose decisões estão subordinados à lei.

A Lei de Responsabilidade Fiscal, visandoações responsáveis e transparentes, ditou nor-mas de finanças públicas voltadas para o plane-jamento da gestão fiscal, com amparo constitu-cional. Para a prevenção de falhas e desviosque promovem o desequilíbrio das contas pú-blicas, é necessário o cumprimento de rigoro-sos estágios da receita (previsão, lançamento,recolhimento e arrecadação) e da despesa(fixação, empenho, liquidação e pagamento), econsecutivo cumprimento de metas fiscais.

Embora o Poder Público promova ainstrumentalização de sua atividade adminis-trativa (entidades, órgãos, unidades orçamen-tárias, e respectivos agentes públicos), objetivaatender às necessidades da coletividade e, paraisso, deve manter autêntica independência;entretanto, deve-se atentar ao cumprimento deresultados propostos por ocasião de seu plane-jamento contínuo. Resultados esperados e cum-pridos referem-se ao cumprimento do planeja-mento e ao acompanhamento por meio docontrole. Assim, de acordo com as necessida-des da sociedade, normas legais são impostase a Contabilidade Pública deixa de ser meracondição científica, mas a literal atividade es-truturalista da técnica e arte do planejamentoe controle prévio, concomitante e subseqüentede forma sistematizada, salvaguardando o patri-mônio público.

Na engenharia há o planejamento por meiode um projeto básico e estrutural e as interven-ções são bem-vindas. Nas contas públicas aintervenção contábil torna-se fator decisivo parao sucesso de uma gestão, tendo em vista que oplanejamento deve ser aliado ao controle, rela-cionando programas de governo com o PlanoPlurianual, compatível com as diretrizes orça-mentárias e o próprio orçamento, integrandoprogramas e ações em quantitativos físicos eorçamentários aos resultados esperados, den-tro da dimensão econômica da instituição.

Dessa forma, a participação preponderanteda contabilidade na implementação do plane-jamento perante as finanças públicas amolda-se a uma verdadeira engenharia contábil. Issoporque fortalece o controle orçamentário epossibilita avaliar o desempenho da gestãopública pelo seu relevante papel na aplicaçãodos instrumentos de planejamento de forma acuidar da previsão e da fixação da estruturafinanceira do Estado, bem como da formapersistente e sistemática de instrumentalizar oseu funcionamento e sua consecução. A conta-bilidade dinâmica contribui para desenvolver eaperfeiçoar o orçamento público interpretandodados técnicos e transformando-os em infor-mações discerníveis à população e, sobretudo,propondo subsídios para uma gestão eficientee eficaz.

(*) Assessora Jurídica da Prefeitura Municipal de Itabira – MG.

Eleições CRCMG

Eleita chapa pararenovação de1/3 do plenário

A Chapa 1 (única) foi eleita no pro-

cesso realizado pelo CRCMG, com 81,3%

dos votos. As eleições para renovação de

1/3 dos membros que compõem o ple-

nário do CRCMG ocorreram de 8 a 22 de

novembro e foram feitas pela primeira

vez, exclusivamente, pelo site do Conse-

lho, conforme prevê a Resolução CFC nº.

1.095/07. O procedimento de votação

foi simples, de fácil acesso e manuseio.

O contabilista que não participou do

processo deverá se justificar até o dia 22

de dezembro. A justificativa deve ser fei-

ta, exclusivamente, pela Internet, no site

especial das Eleições 2007. Para isso,

basta clicar no link Justifique Aqui, em

seguida clique em JUSTIFICAR, preen-

cher todos os dados solicitados (número

do registro, CPF, data de nascimento e

senha) e clicar no botão Continuar. Na

tela seguinte, selecione o motivo da não-

votação, e, se preciso, detalhe o motivo.

Em seguida, clique em Confirmar a Jus-

tificativa. Na próxima tela clique em

Imprimir a Justificativa e, após a im-

pressão, clique em Sair.

São consideradas causas justificadas

para os fins conforme disposto no pará-

grafo 1º do art. 2º da Resolução CFC nº.

975/03:

1. Impedimento legal ou força maior.

2. Enfermidade.

3. Ausência de jurisdição.

4. Ter o profissional completado 70

anos de idade.

Os profissionais que não votaram e

não justificarem estarão sujeitos a multas

e penalidades previstas na Resolução

CFC nº. 975/03. Para se justificar, acesse:

www.crcmg.org.br.

ou “O controle das contas públicas assemelha-se à Engenharia”

4 JORNAL DO CRCMG NOVEMBRO / DEZEMBRO 2007

Registro

Para aprimorar o atendimentoaos profissionais contábeis de todoo Brasil, o Conselho Federal de Con-tabilidade está lançando a novaCarteira de Identidade Profissionaldo Contabilista. Fabricada em car-tão rígido e com avançado e moder-no sistema de segurança antifraudes,a carteira contém chip criptográfico,no qual o contabilista poderá inserira Certificação Digital, gratuitamen-te, pelo prazo de um ano, por meiode uma parceria firmada entre oCFC e a Fenacon.

Além da Certificação Digital, acarteira traz benefícios perante aReceita Federal, Juntas Comerciais,Livro Diário Eletrônico, Nota FiscalEletrônica, Escrita Fiscal Digital, aces-so ágil às contas bancárias, entreoutras vantagens. Alguns serviçospúblicos prestados apenas em bal-cões de atendimento serão facilita-dos, uma vez que a carteira permiti-rá ao contabilista fazer transações

Lançada a nova carteira de identidade profissionaleletrônicas atravésda certificação digi-tal. A nova carteiracontinuará sendouma das opçõespara substituir o do-cumento de identi-dade em todo o ter-ritório nacional, coma vantagem de tam-bém demonstrar oexercício da ativida-de profissional regu-lar às autoridadesfiscalizadoras. Com aCertificação Digital, oprofissional ainda poderá assumir acondição de procurador de seusclientes, além de ampliar sua possi-bilidade de atuação.

Entre os serviços disponibi-lizados com o uso da CertificaçãoDigital, estão: Sistema Público deEscrituração Digital (SPED), registroeletrônico de livros mercantis nas

juntas comerciais, Centro Virtual deAtendimento ao Contribuinte SRB(e-CAC), Recursos Eletrônicos naDelegacia da Receita Federal (e-Processo), petições eletrônicas dosperitos judiciais nas Varas do Traba-lho e TRT – Tribunal Regional doTrabalho (e-DOC), Secretaria daReceita do Brasil (e-CAC).

Como Solicitar Solicitar a carteira é simples.

Basta que o profissional acesseo banner especial sobre a nova car-teira e preencha o requerimentoexistente no site do CRCMG(www.crcmg.org.br) e do CFC(www.cfc.org.br). Será gerado umboleto no valor de R$ 35,00, a favordo CFC, referente ao custo da cartei-ra, que deve ser pago em qualqueragência bancária ou casa lotérica.

Depois disso, o profissional deveseguir até a sede do CRCMG portan-do foto 3x4, a guia paga e o compro-vante de dados pessoais. O prazopara entrega da nova carteira é de30 dias.

Vale ressaltar que a substituiçãoda carteira não é obrigatória. Osinteressados devem obter infor-mações adicionais nos sites doCRCMG e do CFC. Faça já a sua eentre na era digital!

NOVEMBRO / DEZEMBRO 2007 JORNAL DO CRCMG 5

Desenvolvimento Profissional

O ano de 2007 chega ao fim com um saldopositivo, uma vez que as ações empreendidaspelo Conselho obtiveram efetiva participaçãoda classe contábil.

O CRCMG realizou atividades que promo-veram o desenvolvimento e aprimoramentoprofissional dos contabilistas. Através de proje-tos e de ações específicas tem sido criado, emtodos os cantos de Minas Gerais, um espaçopara que o contabilista tenha oportunidade dediscutir e debater os relevantes temas da atu-alidade por meio da realização de eventos quecongregam palestrantes e profissionais de altonível da área contábil. Seguem alguns dosprojetos desenvolvidos este ano.

CRCMG ItineranteEm 2007 o CRCMG Itinerante – Seminário

Regionais passou por sete cidades mineiras,congregando mais de dois mil profissionais emtorno de palestras e debates que discutiramnovas tendências, o contexto atual e perspec-tivas dentro do universo da contabilidade.

Presenciados por profissionais e estudan-tes de Ciências Contábeis, os seminários con-tribuíram para difundir conhecimento e cola-boraram para a reciclagem dos profissionais.

Os municípios que receberam o CRCMGItinerante – Seminários Regionais em 2007foram: Patos de Minas, Caratinga, Juiz de Fora,Montes Claros, Diamantina, Varginha e Alfenas.

“Assim como no ano anterior, nossa inten-ção foi a de levar o evento às cidades-pólo deMinas Gerais. Essa foi a forma encontrada paraque pudéssemos congregar os profissionaisdas cidades circunvizinhas, atingindo assim umnúmero considerável de participantes. O saldofoi positivo. Levantamos questões importantesno contexto da atual conjuntura brasileira, alémde suscitarmos reflexões acerca do valor docontabilista nesse contexto e o seu papel paraa formação de uma sociedade mais justa”,ressaltou o presidente do CRCMG, Paulo CezarConsentino dos Santos.

Contabilizando o SucessoEm 2007 foram abertas turmas nas cidades

de Belo Horizonte, Itajubá, Montes Claros,Uberaba, Juiz de Fora e Varginha. Todos osmódulos ministrados nas cidades obtiveram95% de aprovação dos profissionais. Para quea cidade possa receber o curso Contabilizandoo Sucesso, é necessária a inscrição de 25contabilistas em dia com o CRCMG. Maisinformações no site do Conselho, no e-mail:[email protected] ou pelo telefone (31)3269-8443.

Projetos realizados obtiveram êxito com a participação da classe

Visitas técnicas de alunosCerca de 800 alunos, provenientes de várias

instituições de ensino de diversas cidades minei-ras, estiverem na sede do Conselho, participandodo projeto sob a coordenação da Câmara deDesenvolvimento Profissional, conhecido comoVisitas Técnicas.

Acompanhados dos respectivos coordenado-res de curso e/ou professores, os estudantesreceberam explicações sobre o funcionamentodo Conselho e suas atribuições e visitaram asinstalações físicas, como a biblioteca e o plenário.E puderam também sanar dúvidas sobre o exer-cício profissional.

As visitas técnicas de alunos têm como prin-cipal objetivo a aproximação entre os futurosprofissionais e o órgão que irá lhes representar nofuturo, dando-lhes a clara noção do funciona-mento e do papel do CRCMG na vida do contabi-lista.

No dia 2 de outubro, estiveram no CRCMG 90alunos da PUC/Coração Eucarístico. Eles vieramacompanhados da professora Fátima MariaPenido, que enfatizou a relevância da oportuni-dade: “É o meio mais eficiente para que eles(alunos) possam vivenciar e aprender sobre afunção do Conselho para a sua vida profissional”,disse.

Ao todo, 17 instituições de ensino trouxeramestudantes de Ciências Contábeis à sede doCRCMG. São elas: Universo, Newton Paiva, Facul-dade de Ciências Contábeis de Pedro Leopoldo,PUC/Contagem, Funedi/UEMG de Abaeté,Unipac/Ipatinga, Faculdade de Ciências Econô-micas de Conselheiro Lafaiete (Facel), Unipac/Mutum, UNA, PUC/Coração Eucarístico, Faculda-de Novos Horizontes, Fundação de Ensino deContagem (Funec), PUC Contagem, FaculdadePitágoras, Faculdade Asa de Brumadinho, Senace Unipac Itabirito.

Em 2008, as visitas técnicas terão continuida-de. Para agendá-las, basta entrar em contato coma Gerência de Desenvolvimento Profissional atra-vés do e-mail: [email protected].

CursosO CRCMG promoveu cursos, seminários e palestras

no interior e capital. Nos eventos, temas de grandeinteresse foram abordados, num total de 63 cursostécnicos em diversos municípios de Minas, atendendoa mais de 2.300 participantes.

Café com o ContabilistaCom temas variados, que passaram pelo impacto da

Lei Geral no gerenciamento das micro e pequenasempresas, Simples Nacional, Nota Fiscal Eletrônica,Imunidade Tributária e Isenções de Impostos para Enti-dade sem Fins Lucrativos, Bolsa de Valores e Mercadode Ações, Minas Fácil, Perícia Contábil, CertificaçãoDigital, entre outros, aconteceram 19 edições do Cafécom o Contabilista em 2007.

Houve, ainda, duas audiências públicas para discutiras modificações propostas ao Decreto-Lei 9.295/46,que regulamenta a profissão contábil. Em Itabira e Uber-lândia também foram promovidas edições do evento.

Cerca de 1.200 pessoas presenciaram o Café com oContabilista, aproveitando mais um dos projetos queo CRCMG promove com vistas ao desenvolvimentoprofissional.

CRCMG em um dia – FaculdadesO Projeto CRCMG em Um Dia – Faculdades prevê

visitas que promovam a integração entre o Conselho ea classe estudantil. A proposta é que dois ou três alunos,acompanhados dos respectivos coordenadores de cur-so, passem um dia na sede e participem das reuniões decâmaras, plenária e demais atividades constantes naagenda do dia. Em 2007, o CRCMG recebeu a visita de11 instituições que trouxeram ao Conselho coordena-dores e alunos. Foram elas: Universidade Salgado deOliveira – Universo, Faculdade de Ciências Contábeis eAdministrativas Machado Sobrinho, Faculdade de PedroLeopoldo, Faculdade de Ciência Sociais Aplicadas do Sulde Minas – Itajubá, PUC MINAS Coração Eucarístico,UNIPAC Juiz de Fora, FUMEC, UNIPAC Ipatinga, FAMINAS– BH, Associação de Ensino Superior dos Inconfidentese Faculdade de Ciências Contábeis de Itabirito.

Alunos da PUCCoração Eucarísticovisitarama sede doConselho em 2 deoutubro

6 JORNAL DO CRCMG NOVEMBRO / DEZEMBRO 2007

Desenvolvimento Profissional

Autorizado pela Lei Federal 8.242/91, o Fundo para a Infância e Adoles-cência – FIA é um recurso especialcuja aplicação é destinada a progra-mas assistenciais e de apoio à criançae ao adolescente. Ele torna possível aviabilização de metas do Estatuto daCriança e do Adolescente (ECA) pordar suporte ao cumprimento e execu-ção de políticas que atendam a essaparcela da sociedade.

Empresas e pessoas físicas po-dem fazer destinação de recursos semqualquer ônus. Todo o processo éregulamentado pela Receita Federal.Pessoas físicas que façam a declara-ção pelo modelo completo podemdeduzir 6% do Imposto de Rendadevido. As jurídicas, desde que sejamtributadas pelo Lucro Real, podemdeduzir até 1% do IR devido.

Os profissionais da contabilidadepodem ajudar na divulgação, incenti-vando empresas e empresários e es-clarecendo seus clientes quanto àimportância do engajamento nessacausa. Conhecer detalhadamente alegislação e os procedimentos é umadas formas.

No site do CRCMG, em sua páginaprincipal, encontra-se a logomarcado Projeto Contabilista Solidário.Clicando sobre ela, tem-se acesso auma gama de informações sobre osprocedimentos e formas de efetivaros repasses. Informe-se e incentiveseus clientes. Seja um contabilistasolidário. Assim, você estará ajudan-do milhares de crianças e adolescen-tes a ter um futuro melhor.

Os recursos do FIA são aplicadosem projetos de defesa dos direitos de

Mulher Contabilista

Café com a ContabilistaFoi um sucesso o Café com a Contabilista promovido pelo Grupo

de Trabalho da Mulher Contabilista do CRCMG, realizado no dia 19de novembro, dentro da programação da VI Convenção de Contabi-lidade de Minas Gerais. Mais de 100 pessoas participaram doencontro que teve como tema “Mulheres que vão além do salto” eque serviu como palco de discussão sobre o papel da mulher nomercado de trabalho, os desafios enfrentados e como elas lidam como sucesso.

A mesa de debates foi composta pela pedagoga Soraya Gervásio,pela vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CRCMG,Sandra Maria de Carvalho Campos, e pela presidente do Grupo daMulher Contabilista Mineira, Jacquelline Aparecida Batista de Andrade.A mediadora foi a jornalista Inácia Soares, apresentadora do Progra-ma Mesa de Negócios, da TV Horizonte.

Fórum em UberlândiaNo dia 19 de novembro foi a vez de as contabilistas se reunirem

em Uberlândia, no Fórum da Mulher Contabilista. No auditório daFiemg, elas se encontraram para discutir assuntos variados.

A ocasião contou com a presença do presidente do CRCMG,Paulo Cezar Consentino, e da presidente do grupo da MulherContabilista Mineira, a conselheira Jacquelline Aparecida Batista deAndrade.

Na oportunidade foi apresentada a nova carteira do contabilista,e o psicólogo e consultor de gestão de pessoas Joyldson Gouvêaencerrou o evento com palestra sobre “Marketing Pessoal e SucessoProfissional”. O fórum contou com a presença de 180 pessoas.

crianças e adolescentes em situaçãode risco pessoal e social. São tambémdestinados a projetos de combate aotrabalho infantil, de incentivo àprofissionalização de jovens e de ori-entação e apoio sociofamiliar.

Em Belo Horizonte, os repassespodem ser feitos ao Fundo Municipaldos Direitos da Criança e do Adoles-cente. Administrado pelo ConselhoMunicipal dos Direitos da Criança edo Adolescente – CMDCA, os recur-sos são destinados ao financiamentode projetos e programas para as cri-anças e adolescentes de Belo Hori-zonte.

As doações para o Fundo Munici-pal podem ser feitas com depósitosdiretos na conta 40.432-2, agência1615-2 do Banco do Brasil. O CMDCAemite um recibo para fins de compro-vação perante a Receita Federal.

No interior, podem ser obtidas,na prefeitura, informações quanto àexistência do Conselho Municipal nacidade, sobre o fundo e a conta ban-cária na qual deve ser feito o depó-sito.

A data-limite para as doações é oúltimo dia útil de 2007.

Base Legal:• Lei Federal 8.069/1990 – Estatu-

to da Criança e do Adolescente – ECA,artigo 260, modificado pela Lei Fede-ral 8.242/1991, artigo 10, que dánova redação ao Artigo 260 do ECA.

• Lei Municipal 6.263/1992, mo-dificada pela Lei Municipal 8.502/2003 – Cria o Fundo Municipal dosDireitos da Criança e do Adolescente.

Fundo para a Infância e Adolescência

Inácia Soares,Sandra Campos,Jacquelline Andradee Soraya Gervásio

Inácia Soares iniciaas atividades do diadestacando o papelda mulher nomercado detrabalho

NOVEMBRO / DEZEMBRO 2007 JORNAL DO CRCMG 7

ENCICON

Com o objetivo de promover ainteração e a troca de experiênciasentre profissionais de ensino da áreacontábil, o CRCMG – Conselho Regi-onal de Contabilidade de Minas Ge-rais – promoveu, nos dias 15 e 16 denovembro, o IV Encontro de Coorde-nadores de Ciências Contábeis deMinas Gerais – ENCICON.

Além de ter sido uma oportuni-dade de interação, o evento abordoutemas pertinentes, que despertarama visão crítica dos participantes quan-to aos processos de coordenação,ensino e aprendizagem por intermé-dio de vivências das práticaseducativas, metodológicas e tendên-cias educacionais.

Entre os temas debatidos estive-ram a Gênese da ProfissãoDocente em Contabilidade, O Pro-cesso de Avaliação de Aprendiza-gem do Acadêmico de CiênciasContábeis – O Processo de Avalia-ção Formativa, e os Desafios paraum Programa de Mestrado emCiências Contábeis no Brasil.

Durante o evento, o CRCMG ho-menageou as faculdades de MinasGerais que obtiveram as melhoresnotas no Enade, os profissionais queconcluíram o mestrado em Contabi-lidade e a contadora e mestreJacqueline Veneroso Alves da Cu-nha, que obteve o título de doutoraem Ciências Contábeis.

O Encontro aconteceu em BeloHorizonte e teve como público-alvoprofessores, coordenadores de cur-sos, chefes de departamentos,gestores do ensino e dirigentes pe-dagógicos dos cursos de CiênciasContábeis.

Encontro reúne professores e coordenadores de curso

Composição da mesa que debateu as práticas da coordenação:experiências, relatos e convivências. A coordenadora dos trabalhos foia Contadora Professora Lucila Carmélia de Andrade (centro)

Durante o evento,o CRCMG prestouhomenagem aosprofissionais queconcluíram omestrado emcontabilidade

O presidente doCRCMG, PauloConsentino(ao centro),homenageou asfaculdades queobtiveram a melhorpontuação noEnade. São elas:Faculdade MiltonCampos, UFV(Univerdade Federalde Viçosa), UFMG(UniversidadeFederal de MinasGerais) e Uniube(Universidade deUberaba)

Cerca de 50profissionaisparticiparam doencontro realizadona sede doConselho

O painel “Novas Tendências: AspectosRelevantes da Psicologia-pedagógica no EnsinoContábil” foi apresentado pelo conferencistaNicolau Schwez

O ProfessorDr. RomualdoDouglas Colautoabordou osdesafios para umprograma deMestrado emCiênciasContábeis noBrasil

A Interação do Projeto Pedagógico com oPlano de Desenvolvimento Institucional foi otema da conferência ministrada pelo ContadorProfessor Marcos Laffin, pró-reitor daUniversidade Federal de Santa Catarina

Evento VI Convençãocongrega profissionais

de todo o EstadoDe 17 a 19 de outubro, o CRCMG,

com o apoio do Conselho Federal deContabilidade – CFC, da FundaçãoBrasileira de Contabilidade – FBC e daCâmara de Técnicos Oficiais de Con-tas de Portugal – CTOC, promoveu aVI Convenção de Contabilidade deMinas Gerais. O evento, que teve comolema A transparência e a fidelidadeda informação contábil, foi realizadono Grandayrrell Minas Hotel e congre-gou mais de 800 pessoas, entre profis-sionais da contabilidade e estudantes.

Dezenas de palestras, apresenta-ção dos trabalhos ganhadores do Prê-mio Internacional de Produção Cien-tífica Professor Doutor Antônio Lopesde Sá, noites de confraternização e oencontro das mulheres contabilistasderam a tônica do evento que foiconsiderado um sucesso pelos parti-cipantes.

AberturaO presidente do CRCMG, Paulo

Cezar Consentino dos Santos, abriu oevento falando dos novos tempos emque a Contabilidade se insere e dasua importância como ferramenta fun-damental para a construção de umpaís mais justo e digno. “É importanteque os senhores mantenham a espe-rança e lutem para que a contabilida-de mantenha-se como importantefonte de informação. Essa Convençãotem o propósito de mostrar que aindavale a pena acreditarmos e lutarmospor isso”, disse aos presentes.

Em seguida, foi realizada a entre-ga da Medalha do Mérito Contábil deMinas Gerais. O agraciado foi o conta-dor e administrador de empresasFernando Carneiro da Motta. Em seupronunciamento, ele destacou o con-tentamento pelo recebimento damedalha. “Aos 83 anos de idade ecom 63 de atuação profissional, rece-bo sobremaneira honrado esta Meda-lha do Mérito Contábil que me estásendo conferida pelo CRCMG, a cujosdirigentes manifesto meus sincerosagradecimentos. A minha caminhadade mais de 60 anos, nas lides daprofissão de Contador, com os natu-rais altos e baixos da vida humana, mediz, todavia, que, com a graça de Deus,pude combater os bons combates,com ética e firmeza, sem desdouros”.

Falou, ainda, sobre sua vida pro-fissional, a fundação de sua empresa,destacando os fatos principais e pes-soas que foram fundamentais nesse

processo, e finalizou agradecendo aseus amigos e familiares. “Não canseide ser um soldado nesta luta em favorda Contabilidade: seja ela passado,presente ou futuro, visto que, comodisse S. Kierkeguard, “a vida é enten-dida ao olharmos o passado. Mastemos que vivê-la olhando para ofuturo”.

“A nova gestão pública brasilei-ra” foi o tema da Palestra Magna,proferida pelo vice-governador doEstado, Antônio Augusto Anastasia.Ele destacou a importância do mode-lo responsável de administração quelevou aos bons resultados alcançadosno âmbito das políticas públicas. Res-saltou também ser importante que asociedade participe mais dos proces-sos políticos do país.

Segundo diaO colunista e articulista Max

Gehringer abriu a programação dosegundo dia com a palestra “A Comé-dia Corporativa”. Nela, destacou a im-

portância das mudanças e inovaçõesem vários setores da vida. Ilustrouessa relevância citando, como exem-plos, casos ocorridos no mercado detrabalho, na indústria do Brasil e domundo. Sua palestra foi assistida porquase mil contabilistas.

Em seguida, ocorreram palestrassimultâneas. O auditor Valdir Coscodai,sócio da PricewaterhouseCoopers, fa-lou sobre o “CPC – Harmonização dasNormas de Auditoria aos Padrões In-ternacionais”, e o doutor em contabi-lidade Alexandre Bossi abordou a“Contabilidade Pública como Alavan-ca para o Desenvolvimento Econômi-co, Político e Social”.

À tarde foi realizada a palestra“Terceiro Setor, Definição e Importân-cia. Alcance e Implicações das Imuni-dades Tributárias”, ministrada peloprocurador de Justiça e coordenadordo Centro de Apoio Operacional àsPromotorias de Tutela de Fundaçõese Entidades de Interesse Social, dou-tor Tomáz de Aquino Resende. Simul-taneamente, o presidente da Federa-

ção Brasileira das Associações de Pe-ritos, Árbitros, Mediadores e Concilia-dores – FEBRAPAM, Rubens MontonCoimbra, palestrou sobre “O Assis-tente Técnico na Perícia Contábil”.

Posteriormente, o presidente daCâmara dos Técnicos Oficiais de Con-tas de Portugal, António Dominguesde Azevedo, encerrou a programaçãodo dia. Ele falou sobre a “Amplitudede Atuação do Contador em Portugale as Prerrogativas da ProfissãoContábil”. Abordou as tendênciasevolutivas, os desafios sociais dos pro-fissionais contábeis em Portugal natentativa de garantir a verdade tribu-tária e a necessidade da transparên-cia na vida pública.

Último diaA professora Lúcia Lima Rodrigues

foi a primeira a ministrar palestra nodia 19. Ela discorreu sobre a“Harmonização das Práticas Contábeisno Ambiente da União Européia”, res-saltando aspectos do sistema portu-guês, que é misto, baseando-se nomodelo francês e anglo-saxão. Sali-entou que a contabilidade se constróide acordo com a cultura de cada país,destacando a evolução do normativocontábil português e os desafios aserem enfrentados no caminho daconvergência.

Duas palestras simultâneas acon-teceram em seguida. O professor daUSP doutor Walmor Slomski falousobre “Contabilidade Ambiental –Verso e Anverso”. Ele mostrou aosparticipantes um panorama das práti-cas ambientais de 500 das mil princi-pais empresas do Brasil contidas nomaior inventário sobre meio ambien-te já feito no País. “O Ensino da Con-tabilidade no Brasil” foi destacadopelo contador Paulo César Gonçalvesde Almeida, reitor da Unimontes.

“A Reforma Contábil Pública ePrivada como Instrumento de Trans-parência e Redução de Custos e Tran-sações” foi o tema da palestra docontador Antoninho Marmo Trevisan.Ele questionou a posição que o con-tabilista tem hoje na sociedade, res-saltando o Projeto de Lei 3.741 quedetermina que as práticas contábeisno Brasil estejam em consonância comas práticas internacionais, dentre ou-tras coisas, e a importância de que associedades de grande porte tenhamseus balanços auditados por audito-res independentes, e publicados.

8 JORNAL DO CRCMG NOVEMBRO / DEZEMBRO 2007

Mesa de abertura do evento

Profissonais do Estado prestigiam o evento

Confira a opiniãodos participantes“Essa é a primeira Convenção de queparticipo. De forma geral, achei as pa-lestras muito interessantes. Destaco apalestra realizada pelo Tomáz Aquino.A organização do evento foi muito boa.”Juliana Pinto Mascarenhas – Contado-ra - BH/MG.

“Sempre participo dos eventos realiza-dos pelo Conselho. As palestras forammuito proveitosas, de alto nível técnico.”Marcelo Araújo – Contador - BH/MG.

“A Convenção foi muito boa. Perceboque o tema da Contabilidade Públicaestá sendo incluído, cada vez mais, noseventos. Isso é muito bom. As Conven-ções estão se superando. A evolução égrande de um evento para o outro. Essaé também uma ótima oportunidade paraaumentarmos nossa rede de contatos.”Gerico Mayrink Caetano Campos –Técnico em Contabilidade - Timóteo/ MG.

“Participei da V Convenção também egostei das duas. A palestra do MaxGehringer foi muito enriquecedora, oCafé com a Contabilista, especial tam-bém. O mais interessante de tudo quepercebi é que o foco principal dastemáticas discutidas está é na questãoda mudança. Bom saber que a profis-são está em constante movimento e queas empresas também estão. O profissi-onal tem que acompanhar fazendo daeducação continuada sua principal ali-ada com esse objetivo.” Maria AugustaSouza – Contadora / BH.

“O mais importante de tudo é a gentepatrocinar, propiciar a educação levan-do conhecimento e informação para osprofissionais que, grande parte das ve-zes, não têm tempo de parar e procurarse especializar, conhecer mais, seaprofundar nas técnicas. O que achomais interessante é essa questão: pararpara se reciclar, melhorar o profissionalque tem em si, nossa condição técnica.A palestra do Antoninho Trevisan sobrereforma contábil foi ótima. Quão maissimples e claras as demonstrações, maisfacilmente conseguiremos nosso objeti-vo de informar para posteriores toma-das de decisões. Na V Convenção euachei muito interessante a questão dosdebates. Nessa não houve. Mas semprese consegue aprender nessas participa-ções.” Alexandre Crivellaro – Contador/ BH - Gerente de Controladoria e Finan-ças do Senac Minas.

“Participo todo ano das convenções re-alizadas pelo CRCMG. Nessa gosteimuito da palestra do Max e a doAntoninho Trevisan. Esses eventos sãotambém uma importante oportunidadede interação entre nós, profissionais,pois nos encontramos e trocamos idéi-as. Notei que nessa existiram maisestandes, o que se tornou uma ótimaoportunidade para conhecer produtosda área, publicações e livros.” AndrezaChristina Antunes de Carvalho –Auditora e Contadora / BH.

Prêmio Internacional Lopes de SáO encerramento da VI Convenção foi marcado pela

solenidade de entrega do Prêmio Internacional de Pro-dução Científica Contábil Prof. Dr. Antônio Lopes de Sá.O Professor fez a entrega dos prêmios e destacou:“Agradeço ao CRCMG pelo trabalho de lançar essa idéiado Prêmio (...) O que eu fiz foi doar aquilo que sempredoei. Tenho mais a agradecer do que me envaidecer.Agradeço aos vencedores do Prêmio que me prestigiaramcom seus trabalhos. O meu nome não é meu, é umsomatório do esforço de minha família, amigos e cole-gas, se sou algo, vocês me fizeram ser”.

Os vencedores foram:

• Categoria Científico-Filosófica: 1º Lugar: Prêmiode R$10.000,00 (dez mil reais) – NORMATIZAÇÃOCONTÁBIL: FATOR DE TRANSPARÊNCIA E FIDELIDADEDA INFORMAÇÃO, de autoria de José Maria PaixãoFilho (MA) e Cleber Augusto Pereira (MA).

• Categorias Acadêmica e Profissional: 1º Lugar:Prêmio de R$7.000,00 (sete mil reais) – A CONVERGÊN-CIA CONTABILÍSTICA NOS PAÍSES LUSÓFONOS, de auto-ria de Luís Lima Santos (Lisboa–Portugal); e 2º Lugar:Prêmio de R$4.000,00 (quatro mil reais) – A HARMO-NIZAÇÃO CONTABILÍSTICA NA UNIÃO EUROPÉIA:QUANTO DE SUCESSO, QUANTO DE FRACASSO?, deautoria de Fábio Henrique Ferreira de Albuquerque(Lisboa–Portugal).

• Categoria Universitária: 1º Lugar: PrêmioR$4.000,00 (quatro mil reais) – O GERENCIAMENTO DEPROJETOS NA AUDITORIA CONTÁBIL, de autoria deDavidson Volpe Junqueira (MG).

• Menções honrosas nas Categorias Acadêmica eProfissional: 1ª Menção Honrosa: PARA O QUE SERVEA CONTABILIDADE? ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DA NO-ÇÃO DE FUNÇÃO DA CONTABILIDADE NA CONSTITUI-ÇÃO DOS PRINCÍPIOS CONTÁBEIS NA EUROPA, EUA EBRASIL, de autoria de Márcia Athayde Matias (MG) eKátia Rocha Pereira (MG); 2ª Menção Honrosa –SARBANES OXLEY, de autoria de Mariana Acorsi deMelo (SP); 3ª Menção Honrosa: AS INOVAÇÕES DATEORIA DAS RESTRIÇÕES NO CUSTEIO DE ATIVOS: IM-PLICAÇÕES PATRIMONIAIS E REFLEXOS NAS NORMAS EPROCEDIMENTOS CONTÁBEIS, de autoria de LucianoCarlos Lauria (MG) e Ronaldo Moreira de Castro (MG);4ª Menção Honrosa: A IMPORTÂNCIA DA HARMONIZAÇÃODAS NORMAS CONTÁBEIS PARA O AUMENTO DA TRANS-PARÊNCIA NA EVIDENCIAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕESCONTÁBEIS CONSOLIDADAS AOS USUÁRIOS INTERNACI-ONAIS, de autoria de Luana Paula de Souza Barros (RJ).

PremiadosJosé Maria Paixão Filho (MA) eCleber Augusto Pereira (MA)1º lugar na categoria Científico-Filosófica“É um momento de consagração de um trabalho, oresultado de um grande esforço. Estamos muito felizese esperamos contribuir com a classe. Agradecemos aoCRCMG por esse evento e a oportunidade de mostrar-mos o nosso trabalho. Trata-se de um momento ímparna contabilidade e em nossas vidas profissionais. Que osdemais conselhos tenham o mesmo carinho por nós,profissionais.”

Luís Lima Santos (Portugal)1º lugar na Categoria Acadêmica e Profissional“Recebi o prêmio com muita alegria, juntamente commeus familiares. Tenho vários livros publicados, massinceramente não esperava. No fundo tinha uma confi-ança apesar de saber que muitos trabalhos de grandevalor concorriam com o meu. Gosto de citar que ‘ohomem nunca está só, é ele e a circunstância’. Nessecaso, fui brindado pela circunstância. Esse prêmio é oprimeiro em nível internacional e provavelmente o me-lhor, porque homenageia o cientista da contabilidadeque é o ilustre Professor Dr. Lopes de Sá cujo reconhe-cimento pelos seus pares é mundial. Com a distinção doprimeiro lugar assumo maior responsabilidade, maistrabalho e agradeço a Deus ter permitido esse momentotão especial. É bastante proveitoso uma vez que abreuma oportunidade para se conciliar normas e procedi-mentos em benefício das relações socioeconômicas eculturais.”

Davidson Volpe JunqueiraContador – Colaborador do CRCMG1º lugar na Categoria Universitária“O trabalho demorou, aproximadamente, quatro mesespara ficar pronto e foi inicialmente pensado para serapresentado na conclusão do MBA, em agosto passado.Não esperava ganhar, por se tratar de uma premiaçãoem nível internacional. O tema auditoria trata de umaárea da contabilidade que é bem definida seja porresoluções, normas e instruções da CVM ou Ibracon.Minha intenção foi mostrar uma nova ferramenta paraexecução e planejamento da auditoria, sem querer, noentanto, interferir nessas normas e resoluções. Receberesse prêmio fortalece também o CRCMG e nos valoriza.Espero que ele sirva de incentivo e referência para orestante dos colegas, para que também possam tentaroutros prêmios e concursos futuros.”

NOVEMBRO / DEZEMBRO 2007 JORNAL DO CRCMG 9

10 JORNAL DO CRCMG NOVEMBRO / DEZEMBRO 2007

ArtigoCarlos Alberto Serra Negra*Luciana Lima da Fonseca**

A evidenciação é um dos objeti-vos básicos da Contabilidade paraque se possam garantir aos usuáriosas informações completas e confiáveissobre a situação financeira e os resul-tados das empresas. As NotasExplicativas que integram as Demons-trações Contábeis devem apresentarinformações quantitativas e qualitati-vas de maneira ordenada e clara paraque seja esgotada a capacidade decomunicar aspectos relevantes doconteúdo apresentado nas demons-trações.

As Notas Explicativas são comple-mentos das Demonstrações Contábeise estão previstas na Lei 6.404/76(Art.176, § 4º), no PronunciamentoContábil nº. 27 do Instituto Brasileirodos Auditores Independentes(IBRACON), na NBCT 6.2 da Resolu-ção nº. 737 de 22/10/1992 do Con-selho Federal de Contabilidade (CFC)e da Deliberação nº. 488 de 04/10/05da Comissão de Valores Mobiliários(CVM), que reconhece e aprova oPronunciamento 27 emitido peloIBRACON sobre apresentação e divul-

Inserção de notas explicativas nodiário: a questão da prática contábilgação de Demonstrações Contábeis.A área técnica da CVM entende quetal pronunciamento reflete a crescen-te importância que a autarquia e oIBRACON conferem à convergênciadas práticas contábeis brasileiras comas práticas contábeis internacionais,visando ao aumento da transparênciae da segurança nas nossas informa-ções contábeis divulgadas ao públicoinvestidor.

De acordo com a NBCT 6.2, asNotas Explicativas são parte integran-te das Demonstrações Contábeis e asinformações contidas devem ser rele-vantes, complementares e/ou suple-mentares àquelas, são suficientemen-te evidenciadas ou não constantesnas Demonstrações Contábeis, e in-cluem informações de naturezapatrimonial, econômica, financeira,legal, fiscal e social, bem como oscritérios utilizados na elaboração dasDemonstrações Contábeis. Suas in-formações devem ser elaboradas con-templando integridade, autenticida-

de, precisão, sinceridade, relevância;textos simples, objetivos, claros e con-cisos; assuntos ordenados de acordocom a estrutura das demonstraçõesContábeis; e os dados devem permitircomparações com períodos anteriores.

Com o objetivo de averiguar seempresas que possuem contabilida-de própria têm encadernado o Diáriocontendo as Notas Explicativas, foirealizada uma pesquisa em empresasna cidade de Ipatinga – MG. Ametodologia de pesquisa adotada foia de estudos exploratórios com pes-quisa bibliográfica e de campo pormeio de obtenção de respostas porquestionário, contemplando os diári-os encerrados em 31 de dezembro de2006.

Pelas análises dos dados obtidos,percebe-se que a parte normativa comreferência ao Diário é realizada portodas as empresas da amostra, ouseja, todos os Diários do ano de 2006contêm termo de abertura e encerra-mento e estão registrados na Junta

Comercial do Estado de Minas Gerais(JUCEMG).

Por se tratar de empresas de mé-dio porte e constituídas sob o regimejurídico de sociedades limitadas, asdemonstrações contábeis inseridas noDiário são aquelas também exigidaspor lei e mínimas, tais como o Balan-ço Patrimonial (BP) e a Demonstra-ção de Resultado do Exercício (DRE),sendo que algumas inserem no Diárioa Demonstração de Mutação doPatrimônio Líquido (DMPL).

O resultado final aponta para aprática contábil de não inserir as No-tas Explicativas que acompanham asDemonstrações Contábeis nos LivrosDiários. Dessa forma, as empresaspodem perder parte de registros im-portantes para compreensão das pró-prias demonstrações que são inseridasno Livro Diário.

Recomenda-se, como boa práticacontábil, que, se as DemonstraçõesContábeis são incorporadas ao LivroDiário, que o façam também com asNotas Explicativas.

* Contador. Professor e Pesquisador doUnilesteMG. Membro da Academia Mineira deCiências Contábeis.** Bacharel em Ciências Contábeis peloUnilesteMG. Empresária Contábil.

NOVEMBRO / DEZEMBRO 2007 JORNAL DO CRCMG 11

Fiscalização

Uberlândia:saldo positivo em diligências

O CRCMG realizou, de 21 de maioa 21 de setembro, 4.090 diligênciasem Uberlândia. Nesse período, foramvisitadas organizações contábeis e em-presas privadas nas quais foram verifi-cados os contratos de prestação deserviços, escrituração contábil, normasbrasileiras de contabilidade e demaisaveriguações, de acordo com os proce-dimentos cabíveis.

Foram lavradas 150 notificações,contingente considerado pequeno emrelação ao volume de diligênciasefetuadas. “Isso demonstra que emUberlândia e região os profissionaiscontábeis estão atendendo de maneirasatisfatória as determinações da legis-lação que regulamenta a profissão e osoutros aspectos de forma geral”, salien-ta o presidente da Câmara de Fiscaliza-ção e de Ética e Disciplina do CRCMG,Edivaldo Duarte de Freitas.

Durante as diligências, os fiscais sepreocuparam em orientar e prevenir osprofissionais acerca dos problemas acar-retados caso não sejam atendidos

parâmetros básicos no trato com clien-tes, como é o caso do Contrato dePrestação de Serviços, conforme previs-to na Resolução CFC nº. 987/03. “Odocumento torna a relação mais profis-sional, destacando os direitos e obriga-ções das partes e evitando futuros mal-entendidos sobre o limite da responsa-bilidade técnica”, lembra o gerente deFiscalização do CRCMG, Ricardo Tonaco.

A falta de escrituração contábil comsuas conseqüências, destacando comoa empresa incorre em uma série deproblemas de ordem civil e criminal,também fez parte dos aspectoselucidados pelos fiscais em diligênciana região.

“Desenvolvemos o trabalho emUberlândia e região com o objetivo dezelar pela observância das leis, princípi-os e normas relativas ao exercício daprofissão contábil. Considero que o sal-do foi bastante positivo, servindo, so-bretudo, para cooperar com a integraçãoprofissional e a consolidação dos prin-cípios éticos”, finaliza Edivaldo Freitas.

12 JORNAL DO CRCMG NOVEMBRO / DEZEMBRO 2007

Balancete para verificação – Setembro/2007 e Setembro/2006

Contador PAULO CEZAR CONSENTINO DOS SANTOS – Presidente do CRCMGContador ÉDSON DE SOUZA ROCHA – Vice-presidente de Controle InternoContador MAURO BENEDITO PRIMEIRO – Gerente Financeiro – CRCMG 54.453 – CPF 682.100.946-53Câmara de Controle Interno: Marco Aurélio Cunha de Almeida, Agnaldo Corrêa da Silva e Mário Césarde Magalhães Mateus

ATIVO 2007 AV 2006 AV AH

Financeiro 4.101.231 5,2% 3.298.288 10,3% 24,3%Disponível 398.687 0,5% 610.015 1,9% -34,6%Bancos Conta Vinculada 514.926 0,7% 628.664 2,0% -18,1%Bancos Conta Aplicação 3.187.618 4,0% 2.059.609 6,5% 54,8%Real i záve lRea l i záve lRea l i záve lRea l i záve lRea l i záve l 140 .292140 .292140 .292140 .292140 .292 0 , 2%0 ,2%0 ,2%0 ,2%0 ,2% 322 .658322 .658322 .658322 .658322 .658 1 , 0%1 ,0%1 ,0%1 ,0%1 ,0% -56 ,5%-56 ,5%-56 ,5%-56 ,5%-56 ,5%Diversos Responsáveis 15.656 0,0% 555 0,0% 2720,9%Adiantamentos a Empregados 83.162 0,1% 62.828 0,2% 32,4%Eventos 37.513 0,0% 257.904 0,8% -85,5%Convênios 3.961 0,0% 1.371 0,0% 188,9%Resultado PendenteResultado PendenteResultado PendenteResultado PendenteResultado Pendente 538 .467538 .467538 .467538 .467538 .467 0 , 7%0 ,7%0 ,7%0 ,7%0 ,7% 515 .662515 .662515 .662515 .662515 .662 1 , 6%1 ,6%1 ,6%1 ,6%1 ,6% 4 ,4%4 ,4%4 ,4%4 ,4%4 ,4%Depósitos/Processos Judiciais 508.038 0,6% 483.625 1,5% 5,0%Despesas Antecipadas 29.029 0,0% 30.637 0,1% -5,2%Outros ValoresOutros ValoresOutros ValoresOutros ValoresOutros Valores 1 .4001 .4001 .4001 .4001 .400 0 , 0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0% 1.4001 .4001 .4001 .4001 .400 0 , 0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0% 0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%PermanentePermanentePermanentePermanentePermanente 21 .075 .27421 .075 .27421 .075 .27421 .075 .27421 .075 .274 26 ,7%26 ,7%26 ,7%26 ,7%26 ,7%16.634 .86416 .634 .86416 .634 .86416 .634 .86416 .634 .864 52 ,2%52 ,2%52 ,2%52 ,2%52 ,2% 26 ,7%26 ,7%26 ,7%26 ,7%26 ,7%Bens Móveis 1.978.850 2,5% 2.099.490 6,6% -5,7%Bens Imóveis 3.541.681 4,5% 3.541.681 11,1% 0,0%Débitos Integrais 6.612.507 8,4% 761.897 2,4% 767,9%Créditos em Dívida Ativa 8.851.367 11,2% 10.119.846 31,7% -12,5%Almoxarifado 83.292 0,1% 104.373 0,3% -20,2%Outros 7.577 0,0% 7.577 0,0% 0,0%Ativo Transi tór ioAt ivo Transi tór ioAt ivo Transi tór ioAt ivo Transi tór ioAt ivo Transi tór io 6 .405 .0086 .405 .0086 .405 .0086 .405 .0086 .405 .008 8 , 1%8 ,1%8 ,1%8 ,1%8 ,1% 5.939 .7135 .939 .7135 .939 .7135 .939 .7135 .939 .713 18 ,6%18 ,6%18 ,6%18 ,6%18 ,6% 7 ,8%7 ,8%7 ,8%7 ,8%7 ,8%Exec. Orçamentária-Despesa 6.405.008 8,1% 5.939.713 18,6% 7,8%Contas de InterferênciaContas de InterferênciaContas de InterferênciaContas de InterferênciaContas de Interferência ----- 0 , 0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0% ----- 0 , 0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0% 0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%Transferências Patrimoniais Ativas - 0,0% - 0,0% 0,0%Reflexo Patr imonialRef lexo Patr imonialRef lexo Patr imonialRef lexo Patr imonialRef lexo Patr imonial 14 .403 .61314 .403 .61314 .403 .61314 .403 .61314 .403 .613 18 ,3%18 ,3%18 ,3%18 ,3%18 ,3% ----- 0 , 0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0% 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%Dependente da Exec. Orçamentária 70.550 0,1% - 0,0% 100,0%Independente da Exec. Orçamentária 14.333.063 18,2% - 0,0% 100,0%Ativo CompensadoAt ivo CompensadoAt ivo CompensadoAt ivo CompensadoAt ivo Compensado 32.219 .96432 .219 .96432 .219 .96432 .219 .96432 .219 .964 40 ,8%40 ,8%40 ,8%40 ,8%40 ,8% 5.186 .3465 .186 .3465 .186 .3465 .186 .3465 .186 .346 16 ,3%16 ,3%16 ,3%16 ,3%16 ,3% 521 ,2%521 ,2%521 ,2%521 ,2%521 ,2%TOTALTOTALTOTALTOTALTOTAL 78.883 .85078 .883 .85078 .883 .85078 .883 .85078 .883 .850 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%31.897 .53131 .897 .53131 .897 .53131 .897 .53131 .897 .531 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 147 ,3%147 ,3%147 ,3%147 ,3%147 ,3%

PASSIVO 2007 AV 2006 AV AH

F inance i roF inance i roF inance i roF inance i roF inance i ro 464 .526464 .526464 .526464 .526464 .526 0 , 6%0 ,6%0 ,6%0 ,6%0 ,6% 285 .455285 .455285 .455285 .455285 .455 0 , 9%0 ,9%0 ,9%0 ,9%0 ,9% 62 ,7%62 ,7%62 ,7%62 ,7%62 ,7%Restos a Pagar - 0,0% - 0,0% 0,0%Consignações 62.595 0,1% 34.239 0,1% 82,8%Credores da Entidade 330.913 0,4% 184.519 0,6% 79,3%Entidades Públicas Credoras 71.018 0,1% 66.697 0,2% 6,5%Resultado PendenteResultado PendenteResultado PendenteResultado PendenteResultado Pendente 913 .389913 .389913 .389913 .389913 .389 1 , 2%1 ,2%1 ,2%1 ,2%1 ,2% 878 .999878 .999878 .999878 .999878 .999 2 , 8%2 ,8%2 ,8%2 ,8%2 ,8% 3 ,9%3 ,9%3 ,9%3 ,9%3 ,9%Despesas de Pessoal a Pagar 115.571 0,1% 119.235 0,4% -3,1%Depósitos/Processos Judiciais 797.818 1,0% 759.764 2,4% 5,0%Provisões Trabalhistas 120.820 0,2% - 0,0% 100,0%Férias 26.297 0,0% - 0,0% 100,0%13º Salário 94.523 0,1% - 0,0% 100,0%Passivo Transi tór ioPassivo Transi tór ioPassivo Transi tór ioPassivo Transi tór ioPassivo Transi tór io 7 .846 .8557 .846 .8557 .846 .8557 .846 .8557 .846 .855 9 , 9%9 ,9%9 ,9%9 ,9%9 ,9% 7.355 .6047 .355 .6047 .355 .6047 .355 .6047 .355 .604 23 ,1%23 ,1%23 ,1%23 ,1%23 ,1% 6 ,7%6 ,7%6 ,7%6 ,7%6 ,7%Execução Orçamentária - Receita 7.846.855 9,9% 7.355.604 23,1% 6,7%Contas de InterferênciaContas de InterferênciaContas de InterferênciaContas de InterferênciaContas de Interferência ----- 0 , 0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0% ----- 0 , 0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0% 0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%0 ,0%Transferências Patrimoniais Ativas - 0,0% - 0,0% 0,0%Reflexo Patr imonialRef lexo Patr imonialRef lexo Patr imonialRef lexo Patr imonialRef lexo Patr imonial 15 .697 .25715 .697 .25715 .697 .25715 .697 .25715 .697 .257 19 ,9%19 ,9%19 ,9%19 ,9%19 ,9% 244 .540244 .540244 .540244 .540244 .540 0 , 8%0 ,8%0 ,8%0 ,8%0 ,8% 6319 ,1%6319 ,1%6319 ,1%6319 ,1%6319 ,1%Dependente da Exec. Orçamentária 15.697.257 19,9% 244.391 0,8% 6323,0%Independente da Exec. Orçamentária - 0,0% 149 0,0% 0,0%Saldo Patr imonialSaldo Patr imonialSaldo Patr imonialSaldo Patr imonialSaldo Patr imonial 21 .621 .03821 .621 .03821 .621 .03821 .621 .03821 .621 .038 27 ,4%27 ,4%27 ,4%27 ,4%27 ,4%17.946 .58717 .946 .58717 .946 .58717 .946 .58717 .946 .587 56 ,3%56 ,3%56 ,3%56 ,3%56 ,3% 20 ,5%20 ,5%20 ,5%20 ,5%20 ,5%Patrimônio(Ativo Real Líquido) 21.621.038 27,4% 17.946.587 56,3% 20,5%Passivo CompensadoPassivo CompensadoPassivo CompensadoPassivo CompensadoPassivo Compensado 32.219 .96432 .219 .96432 .219 .96432 .219 .96432 .219 .964 40 ,8%40 ,8%40 ,8%40 ,8%40 ,8% 5.186 .3465 .186 .3465 .186 .3465 .186 .3465 .186 .346 16 ,3%16 ,3%16 ,3%16 ,3%16 ,3% 521 ,2%521 ,2%521 ,2%521 ,2%521 ,2%TOTALTOTALTOTALTOTALTOTAL 78.883 .85078 .883 .85078 .883 .85078 .883 .85078 .883 .850 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%31.897 .53131 .897 .53131 .897 .53131 .897 .53131 .897 .531 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 147 ,3%147 ,3%147 ,3%147 ,3%147 ,3%

Demonstrativo de Resultado – Setembro/2007 e Setembro/200620072007200720072007 A VA VA VA VA V 20062006200620062006 A VA VA VA VA V A HA HA HA HA H

Receitas Brutas 7.600.658 100,0% 7.174.148 100,0% 5,9%(-) Deduções da Receita 1.557.979 20,5% 1.467.714 20,5% 6,2%Receita Operacional L íquidaReceita Operacional L íquidaReceita Operacional L íquidaReceita Operacional L íquidaReceita Operacional L íquida 6 .042 .6796 .042 .6796 .042 .6796 .042 .6796 .042 .679 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 5.706 .4345 .706 .4345 .706 .4345 .706 .4345 .706 .434 100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0%100 ,0% 5 ,9%5 ,9%5 ,9%5 ,9%5 ,9%(-) Despesas Administrativas 4.701.504 77,8% (4.267.653) -74,8% -210,2%(+/-) Receitas/Despesas Financeiras 174.452 2,9% 172.456 3,0% 1,2%Resultado OperacionalResultado OperacionalResultado OperacionalResultado OperacionalResultado Operacional 1 .515 .6271 .515 .6271 .515 .6271 .515 .6271 .515 .627 25 ,1%25 ,1%25 ,1%25 ,1%25 ,1% 1.611 .2371 .611 .2371 .611 .2371 .611 .2371 .611 .237 28 ,2%28 ,2%28 ,2%28 ,2%28 ,2% -5 ,9%-5 ,9%-5 ,9%-5 ,9%-5 ,9%Superávit do Período 1.515.627 25,1% 1.611.237 28,2% -5,9%Obs.: Na DR não estão incluídas as receitas e despesas de capital.

Balancete Financeiro – Setembro/2007 e Setembro/2006R E C E I T AR E C E I T AR E C E I T AR E C E I T AR E C E I T A 20072007200720072007 A VA VA VA VA V 20062006200620062006 A VA VA VA VA V A HA HA HA HA HORÇAMENTÁRIA 341.606 6,6% 231.455 5,6% 47,6%EXTRA-ORÇAMENTÁRIA 565.051 10,9% 284.134 6,8% 98,9%Saldo do Mês Anterior 4.283.260 82,5% 3.635.434 87,6% 17,8%TOTAL 5.189.917 100,0% 4.151.023 100,0% 25,0%D E S P E S AD E S P E S AD E S P E S AD E S P E S AD E S P E S A 20072007200720072007 A VA VA VA VA V 20062006200620062006 A VA VA VA VA V A HA HA HA HA HORÇAMENTÁRIA 758.838 14,6% 519.430 12,5% 46,1%Despesas Correntes 622.439 12,0% 519.430 12,5% 19,8%Despesas de Capital 136.399 2,6% - 0,0% #DIV/0!EXTRA-ORÇAMENTÁRIA 329.848 6,4% 333.305 8,0% -1,0%Saldo para o Mês Seguinte 4.101.231 79,0% 3.298.288 79,5% 24,3%TOTAL 5.189.917 100,0% 4.151.023 100,0% 25,0%

Demonstração do Superávit/Déficit Orçamentário – Setembro/2007 e Setembro/2006DESCRIÇÃODESCRIÇÃODESCRIÇÃODESCRIÇÃODESCRIÇÃO 20072007200720072007 A VA VA VA VA V 20062006200620062006 A VA VA VA VA V A HA HA HA HA HReceitas Correntes 341.606 100,0% 231.456 100,0% 47,6%Receitas de Capital - 0,0% - 0,0% 0,0%Subtotal 341.606 100,0% 231.456 100,0% 47,6%Despesas Correntes 622.439 82,0% 519.430 100,0% 19,8%Despesas de Capital 136.399 18,0% - 0,0% 0,0%Subtotal 758.838 100,0% 519.430 100,0% 46,1%Superávi t(déf ic i t) apuradoSuperávi t(déf ic i t) apuradoSuperávi t(déf ic i t) apuradoSuperávi t(déf ic i t) apuradoSuperávi t(déf ic i t) apurado (417 .232)(417 .232)(417 .232)(417 .232)(417 .232) ----- (287 .974)(287 .974)(287 .974)(287 .974)(287 .974) ----- 44 ,9%44 ,9%44 ,9%44 ,9%44 ,9%

NOVEMBRO / DEZEMBRO 2007 JORNAL DO CRCMG 13

Opinião

Em época não muito recente, nos-sos patrícios, quando ainda manda-vam por aqui, instituíram uma formainusitada de cobrar imposto dos bra-sileiros. Vinte por cento do ouro ex-traído no país – colônia de Portugal– era destinado aos cofres do rei dealém-mar.

Dizem as más línguas que o povo,sabiamente, além de intitular o siste-ma tributário português de Quintodos Infernos, sorrateiramente escon-dia parte dentro de imagens sacras,daí o nome de Santo do Pau Oco.Alguns escritores afirmam categorica-mente que o ouro do Brasil, apóschegar a Portugal, era imediatamenteencaminhado para a Inglaterra,objetivando liquidar pesadas dívidasda coroa portuguesa com aquele país.

Portanto, cobrar tributos da popu-lação brasileira, acima da sua capaci-dade de pagamento, não é novidade.Tanto que foram-se os portugueses,passaram-se os anos, o Brasil liber-tou-se de Portugal, mas a cultura decobrar tributos, inexplicavelmenteacima da capacidade de pagamento

Carta aberta aos contabilistas

do povo, continua ainda mais voraz.Não satisfeitos, os burocratas de

plantão induziram o Poder Legislativoa elaborar uma lei malfeita, cheia deentrelinhas e exceções, instituindo umsistema tributário para as micro epequenas empresas, de difícil aplica-ção, contrariando todas as propostasapresentadas especialmente peloscontabilistas, que são os maiores co-nhecedores da realidade desse setor.

A festa tributária acabou dandono que deu. A relação Fisco x Contri-buinte tornou-se um verdadeiro caos.Antes, era possível organizar umaempresa com 15 a 30 dias em todosos segmentos. Atualmente, para seobter um CNPJ, a demora está ultra-passando sessenta dias, isso mesmocom muita reza e sorte. Nossos clien-tes alugam lojas, programam com-pras, contratam funcionários, enfim,assumem grandes compromissos fi-nanceiros e não podem iniciar suasatividades, porque um burocrata doSerpro se esqueceu, ao elaborar oprograma, de providenciar determi-nado procedimento.

O quinto dos infernosPara as empresas já organizadas,

o caos continuou desde a migraçãopara o Simples Nacional até o paga-mento do famoso DAS (Documentode Arrecadação Simplificado). O sis-tema fica lento, sai do ar, não sendopossível nem a emissão das guiaspara o recolhimento do tributo. Nodia seguinte, já com o imposto venci-do, o pobre do contribuinte vai pagá-lo com multa e juros e, mais uma vez,nada poderá ser feito.

Todo esse desgaste, cujos únicosculpados são a União, os Estados eMunicípios, está caindo no colo dos pro-fissionais de contabilidade. Somos cha-mados de incompetentes, de preguiço-sos e inúmeros outros adjetivos que nãopodem ser colocados nesta matéria.

A solução, com certeza absoluta,não é sonegar tributos, como faziamna época do Brasil Colônia com oouro que era enviado para Portugal,ou criar uma nova Inconfidência Mi-neira. No entanto, permanecer omis-sos como estamos é o mesmo quefechar os nossos olhos para osincontáveis problemas que afligemnossa terra como se os mesmos nãonos afetassem.

Respeito pela contabilidade e, viade conseqüência, pelos contabilistas,como tanto cobramos, só virá quandoconseguirmos demonstrar para a po-pulação brasileira que nossa missão étão nobre e tão importante quanto ade todas as demais profissões de nos-so País.

De Montes Claros para os contabilistas mineiros – 28/setembro/2007

Contador Cleber do Carmo AntunesContador Geraldo Bonfim e SilvaContadora Tatiana Campos Bonfim e Silva SantosContadora Sueli Mendonça MartinsContadora Amanda Campos Bonfim e Silva PereiraContador José Cantídio Alves

14 JORNAL DO CRCMG NOVEMBRO / DEZEMBRO 2007

Delegacias e Escritórios Regionais

HomenagemO delegado Seccional do CRCMG em Além

Paraíba, Francisco Simplicio do Couto Coelho(foto), recebeu no dia 28 de setembro o Títulode Cidadania Benemérita por indicação dovereador Marco Antônio Camilo Jorge.

Mudança de endereçoDelegacia Seccional de Lavras – Os contabilistas de Lavras e região já

podem visitar a nova sede da Delegacia Seccional da cidade: Rua ÁlvaroBotelho, 401, Centro, Cep: 37200-000. O telefone e o fax não sofreramalterações, permanecendo o número (35) 3821-4944.

O coordena-dor do Sistema deGestão da Quali-dade do CRCMG,Arceli Chaves, foium dos convida-dos para a entre-ga do Prêmio Mi-neiro da Qualida-de 2007, queocorreu no dia 30de outubro no Pa-lácio das Artes –BH. “Foi muitogratificante estarnaquele evento. Percebi a grandiosidade que é receber um prêmio queatesta não somente um processo, e sim todo o sistema de gestão, e maisainda por ter feito parte da banca examinadora do prêmio. O que mais seganha com o prêmio é o aprendizado e, como a participação é voluntária,todos nós exercitamos nossa cidadania contribuindo com a evolução dacapacidade administrativa das organizações.”

Prêmio Mineiro da Qualidade 2007

O presidente Paulo Consentino recebe o livro das mãos do assessor das delegacias, José Marçalde Souza Ramos

Os delegados seccionais do CRCMG participaram ativamente da VIConvenção de Contabilidade de Minas Gerais. Além de acompanhar aspalestras e debates eles participaram da reunião de trabalho realizadadurante a Convenção e do lançamento do livro "Histórias que nãocontei", do assessor das delegacias, José Marçal de Souza Ramos.

VI Convenção e lançamento de livro

Conselheiro do CFC José Odilon Faustino durante a reunião de trabalho dos delegados seccionais

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NOVEMBRO / DEZEMBRO 2007 JORNAL DO CRCMG 15

Em Dia

A contadora e mestre em Ciências Contábeis Jacqueline Veneroso Alvesda Cunha obteve, no dia 17 de setembro, mais um título, o de doutora emCiências Contábeis, ao defender sua tese: “Doutores em Ciências Contábeisda FEA/USP: Análise sob a Óptica da Teoria do Capital Humano”. A doutorafoi orientada pelos professores doutores Edgard Bruno Cornachione Júniore Gilberto de Andrade Martins, da USP. Nesta entrevista ela fala um poucosobre os principais aspectos da temática do trabalho.

Com que objetivo você se dispôs a realizar essa pesquisa?O propósito geral foi identificar e analisar as avaliações e percepções dosdoutores em Ciências Contábeis titulados pela FEA/USP sobre as influên-cias do doutorado nos seus desenvolvimentos e nas suas responsabilida-des sociais. Teve como arcabouço teórico o capital humano que, em seuspressupostos, estabelece que as pessoas se educam e que o principal efeitoda educação é a mudança que ela provoca nas habilidades e conhecimen-tos de quem estuda. Quanto maior o nível de escolaridade alcançado,maior o desenvolvimento das habilidades cognitivas e de produtividade. Aconseqüência prevista é uma melhoria no nível de renda, na qualidade devida e nas oportunidades profissionais e sociais.

Qual o motivo de terse dedicado a essa li-nha de pesquisa?Até 31 de dezembrode 2005 haviam se ti-tulado como doutoresem Ciências Contábeis,nas dependências daFEA/USP, apenas 159profissionais. Como odoutorado do Depar-tamento de Contabili-dade e Atuária da FEA/USP é o único do país (atualmente foi autorizadomais um na UNB), me interessei em pesquisar em que extensão esse títulocontribui para o sucesso profissional e social daqueles que o detêm.

Qual é a justificativa da sua tese?Primeiramente, porque pouco se falou sobre os cursos de pós-graduaçãoem Ciências Contábeis, principalmente stricto sensu. Os resultados desseestudo poderão servir de fonte de consulta para futuros aspirantes ao títuloe para instituições de fomento à pesquisa na sua alocação de recursos. E,ainda, conhecer o desempenho profissional de seus egressos permitirá aoDepartamento de Contabilidade e Atuária da FEA/USP uma compreensãodo seu próprio papel e as contribuições do programa para os indivíduos epara a sociedade.

Mais um título dedoutorado em Minas O presidente do CRCMG, Paulo

Cezar Consentino dos Santos, rece-beu, no dia 23 de novembro, por indi-cação do vereador Divino Pereira, oTítulo de Cidadão Honorário de BeloHorizonte, em solenidade na CâmaraMunicipal. Durante o evento, PauloConsentino recebeu, ainda, uma ho-menagem entregue pela vice-presi-dente de Desenvolvimento Profissio-nal, Sandra Maria de Carvalho Cam-pos, em nome de todos os conselhei-ros, delegados e colaboradores doCRCMG.

Em seu discurso, o presidente doConselho relatou alguns fatosmarcantes e dificuldades enfrentadasem sua vida pessoal e profissional.Lembrou daqueles que o apoiaram e oajudaram em sua trajetória e fez uma

No dia 3 de outubro, o presi-dente do CRCMG, PauloConsentino, esteve em visita àJunta Comercial do Estado deMinas Gerais (JUCEMG). Na opor-tunidade, reuniu-se com seu pre-sidente, Ayres Augusto Masca-renhas, tratando de assuntos ine-rentes aos trabalhos ligados àárea de fiscalização do CRCMG.Com foco em possibilidades demelhorias para o exercício daprofissão contábil, foram levan-

Visita e propostas à JUCEMG

homenagem à sua mãe: “O que vouretratar aqui não é em minha home-nagem, mas em honra de minha mãe.(...) Aprendi com ela a não tomarconhecimento das dificuldades”.

SEC aceita IFRS como padrãopara empresa de fora dos EUA

tadas propostas para viabilizaruma parceria entre o CRCMG ea JUCEMG. O corpo jurídico daJunta ficou de avaliar as possi-bilidades de evolução das pro-postas apresentadas pelo Con-selho, assim como seus aspec-tos e aplicações, com vistas atornar viável a atuação conjun-ta das duas entidades. O CRCMGmanterá os contabilistas infor-mados sobre a evolução dasconversações.

Presidente do CRCMG recebeTítulo de Cidadão Honorário

A Securities and Exchange Commis-sion – SEC, a Comissão de Valores Mobili-ários dos EUA, aprovou que empresas não-americanas com papéis listados nas bol-sas do país passem a publicar seus de-monstrativos financeiros seguindo as dire-trizes das International Financial ReportingStandards (IFRS), sem a necessidade dereconciliação com o US GAAP.

Em comunicado, o órgão reguladorexplicou que 2/3 dos investidores priva-dos dos EUA detêm papéis de companhiasde fora do país. Ainda de acordo com odocumento, a maioria das empresas es-trangeiras investidas usam o IFRS, padrãojá abraçado por 107 países ao redor domundo. A decisão já vale para demonstra-ções financeiras das companhias relativasao exercício de 2007. A SEC também faráconsultas públicas, em dezembro, paracolher opiniões sobre a proposta de per-mitir que as empresas norte-americanas

também possam trocar o US GAAP peloIFRS.

O assunto vem sendo acompanhadode perto pelas 34 empresas brasileirascom American Depositary Receipts (ADR)negociados nas bolsas de Wall Street, hojeobrigadas a usar o US GAAP. Segundoespecialistas, a tendência é que elas mi-grem para o IFRS. Em julho, a Comissão deValores Mobiliários – CVM aprovou umainstrução tornando o IFRS padrão obriga-tório para relatórios contábeis das empre-sas abertas no país a partir do exercício de2010. Além disso, tramita no CongressoNacional um Projeto de Lei que propõeadotar o IFRS como padrão brasileiro paratodas as empresas. O texto chega ao Sena-do, onde deve ser votado até janeiro de2008, segundo previsão do relator do pro-jeto na Comissão de Constituição e Justiça(CCJ) da Câmara dos Deputados, deputa-do Carlos William (PTC-MG).

16 JORNAL DO CRCMG NOVEMBRO / DEZEMBRO 2007

Um Contador de Sucesso

16 JORNAL DO CRCMG NOVEMBRO / DEZEMBRO 2007

“A transparência tem que sertotal, e só pode ser transparente

quem tem o que mostrar”

e ser auditora naquela época não era rela-tivamente simples. Tive uma experiênciaque me fez pensar que estaria indo para ofinal de uma fila, que foi o fechamento daempresa onde atuava como auditora. Daísurgiu a oportunidade de abrir um escritó-rio de contabilidade. Foi difícil nos primei-ros meses. Os clientes eram poucos, otelefone não tocava, e a auditoria nãoacontecia. Éramos três sócios, sendo que,depois de um tempo, dois deles me comu-nicaram sua saída do negócio. Eu disse aeles que iria continuar tentando e que, setivesse que dar certo, daria. Foi a decisãomais acertada que já tomei na vida.

Fale sobre sua carreira acadêmica.Depois que o escritório começou a darcerto, fui convidada por um grande amigopara substituí-lo em aulas que ele minis-trava na antiga Fundação Mineira de Edu-cação e Cultura, atual Fumec. Lá continuoaté hoje atuando nos cursos de CiênciasContábeis e Administração. Junto com oprofessor Célio Bouzada, também coorde-no a pós-graduação em FinançasCorporativas e Gestão de Controladoria.Estou participando de outros programasde pós-graduação em instituições como asFaculdades Novos Horizontes e Pitágoras,e outras no interior do Estado, comoFaminas, Unifem e Unileste.

Fale um pouco de sua vida familiar ecom seus alunos.Minha vida familiar se restringe à famíliade meus pais. Não sou casada, não tenhofilhos. Brinco que não tive tempo; mas,hoje, atribuo ao fato de que minha tarefatenha sido outra. Sou a primeira de umafamília com nove irmãos, que ajudamos aformar e demos nosso exemplo. Tenhodezesseis sobrinhos, que me chamam de“Dindinha”. Para mim, é mais uma prova

de que Deus é meu amigo. Alguns deles,vez ou outra, já ouvi dizer que querem sercontadores. Também tenho ouvido depo-imentos de ex-alunos que dizem ter tidoinfluência de meu comportamento frenteà Contabilidade. Fico feliz e envaidecida;afinal, o que me trouxe até aqui tambémfoi inspirado por professores. Então, seestiver nessa posição, é mais do que pen-sei, e só tenho a agradecer.

Como se compõe a Guadalupe Dias Con-tabilidade & Auditoria e como é suaatuação na empresa?Somos uma equipe de 12 colaboradores,em uma sociedade com dois sócios: eu emeu irmão Amarílio. Somos um escritóriode médio porte, alinhado a uma política deatendimento pessoal ao cliente. Meuenvolvimento é pessoal, seja com o clienteou com os colaboradores, com a moderni-zação e qualidade dos serviços. Acompa-nho a execução dos trabalhos, em todos osestágios, o que subsidia e possibilita aarticulação requerida entre Contabilida-de/Cliente/Sociedade.

Como se dá a relação com os funcionários?O funcionário é o fiel da balança. Essamesma, a balança que alude à demonstra-ção contábil chamada Balanço Patrimonial.Como manusearmos, sozinhos, tantos do-cumentos, cumprirmos tantas obrigaçõesacessórias, atendermos a tantas deman-das? Para tanto, é preciso desenvolver ahabilidade crítica do colaborador, do fun-cionário. Como se faz? Acompanhandoseu trabalho, promovendo e incentivandoa educação continuada, o senso prático e,acima de tudo, a respeitabilidade.

Que importância você dá à participaçãodos contadores em questões que envol-vem a profissão?

Se não formos nós a participar nessasquestões, a quem iriam chamar? E o pior éque sabemos a quem chamam. Resta sa-ber o porquê. Em recente evento realizadopelo CRCMG, a VI Convenção de Contabi-lidade, quem não se lembra da fala doProf. Antoninho Marmo Trevisan, ao sereferir ao Decreto 4.923/2003, que tratada criação do Conselho da TransparênciaPública e do Combate à Corrupção para oqual foram convidados a participar a Con-ferência Nacional dos Bispos do Brasil, oConselho Nacional dos Pastores e nós,contadores, nem sequer fomos lembra-dos? Não de agora, refletindo sobre essaquestão, escrevemos o livro “Representa-ções Sociais e o Imaginário Coletivo naContabilidade – Um Estudo Empírico”. Quemsabe aí tenhamos um indício de resposta?Com satisfação e alívio, vemos que há ummovimento verdadeiro nesse sentido.

O que é preciso para ser valorizado ereconhecido profissionalmente? Qual osegredo do sucesso profissional?Ter credibilidade. Também estudamos quecrédito é recurso, mas que esse recurso,além de receber uma denominação de“Passivo”, na verdade não é nada mais doque um financiador, ou seja, o importantenão é o crédito, mas sua capacidade deaplicação. Assim, o que temos que fazer ésaber o equilíbrio da aplicação, seja deforma normativa ou positivista. Preferenci-almente positivista. Para os que não vêemcom bons olhos o positivismo, é melhor sepreparar. Temos uma revolução às nossasportas, chamada Harmonização das Nor-mas Internacionais de Contabilidade. Éfato, e isso porque o usuário assim o quis.A compreensibilidade e a comparabilidade,já vigentes de forma normativa – NBC T3 –saem do papel. O segredo para o sucesso?Acredito que nem querendo seria maissegredo tal a era em que vivemos. O mer-cado não permite segredos. A transparên-cia tem que ser total, e só pode ser trans-parente quem tem o que mostrar. Nonosso caso, como contadores, as palavrassão: preparo, respeito, ética.

Há alguma mensagem que queira deixaraos colegas de profissão?Somos privilegiados por trabalhar com umadas três coisas mais importantes da vida,que julgamos ser: a felicidade, a saúde e odinheiro. E embora esse dinheiro, muitasvezes, seja o dos outros, como disse meupai, na condição de ciência social que é, aContabilidade trabalha não só a riquezapessoal como também seu entorno, fazen-do dessa profissão uma das mais respon-sáveis e respeitáveis, além de ser uma dasmais antigas do mundo. E nada sobrevivetanto tempo, nada que não seja importan-te. Assim, trazemos em nossa bagagemuma herança cultural de prestígio. Precisa-mos acreditar e fazer valer o discurso. Senão acreditarmos, ninguém o fará por nós.Como pragmáticos cultivados, a exemplode uma pérola, o que acreditamos sernecessário, para o brilho, é sair da ostra.

Guadalupe Machado Dias

C arioca de origem e mineira de coração,Guadalupe Dias nasceu no dia do Con-

tabilista, 25 de abril, na década de 1960.Era uma época de revolução na política, nacultura e na sociedade. Nesse contextocresceu a contadora que recebeu o nomeem alusão à padroeira da América Latina:Nossa Senhora de Guadalupe. Os ânimosexaltados decorrentes do Golpe Militar de1964 fizeram com que a família decidisseretornar a Minas, indo instalar-se em Pon-te Nova. Lá nasceram seus oito irmãos. Deforma alternada, seus pais os enviavam àcasa dos avós paternos, na cidade dePiranga, de onde retornavam alfabetiza-dos e com a primeira comunhão feita. Nocomeço dos anos 1970, a família mudou-se para Belo Horizonte. A partir daí suacarreira de sucesso teve início. GuadalupeDias é mestre em Controladoria e Contabi-lidade, ministra aulas e coordena cursosem diversas instituições de ensino superi-or do Estado, sendo exemplo de garra eamor às Ciências Contábeis. Nesta entre-vista, ela fala sobre alguns dos passos quea ajudaram na carreira e foram determi-nantes para o sucesso alcançado.

Jornal do CRCMG – Como foi seu ingres-so na carreira contábil?Guadalupe Machado Dias – Aos 16 anosjá tinha minha carteira profissional assina-da pela Indústria Mineira de Moagem S/A,como auxiliar de escritório, no Departa-mento de Contabilidade. Queria ser pro-movida a Auxiliar de Contabilidade, maspara isso precisava ser Técnica em Conta-bilidade. Concluí os estudos no ColégioBrasileiro. Depois ingressei no curso supe-rior de Ciências Contábeis da Newton Paivae, em seguida, fiz pós-graduação em Audi-toria Interna na UFMG. Logo ingressei emoutra pós, dessa vez pela FGV e, em segui-da, pela USP, concluí Mestrado emControladoria e Contabilidade. O começoda minha vida profissional foi de muitagarra, determinação e vontade de mudar.

Como era a época em que começou naContabilidade? Quais movimentos in-fluenciaram sua carreira?Freqüentei o “Pinga Fogo” comandado peloquerido Dr. Pedro Rodrigues, na Federa-ção dos Contabilistas, movimento que con-sidero ter sido de extrema importânciapara toda a classe contábil. Naquela épo-ca, ainda não tínhamos Internet, o acessoà informação era complicado, mas poriniciativas generosas, como a do Dr. Pedroe outros colaboradores, como nosso atualpresidente Paulo Consentino, lá tambémestavam comandando essa roda de “con-versa na Contabilidade”. Hoje, freqüentofóruns, debates, discussões, tudo que dire-ta ou indiretamente alude à Contabilidade.

Como se deu a fundação do seu escritório?Ter um escritório de contabilidade não eraa menina dos meus olhos. Eu acreditavaque o “chique” era ser auditora. Confessoque os exemplos também não eram bons