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4 Revista de apologética cristã católica - periódico mensal - ano 3 - 2012 Uma publicação da Paróquia São João Batista do Brás - São Paulo www.vozdaigreja.blogspot.com História da Igreja: Martírio Invocação do Nome de Jesus Simbolismo e significados do Livro do Apocalipse doutrina | espiritualidade | tira-dúvidas | prática | polêmica | história do cristianismo 29 Santa Terezinha do Menino Jesus, Padroeira das Missões Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura(Mc 16,15) MÊS DAS MISSÕES OUTUBRO MÊS DAS MISSÕES VozdaIgreja-29.indd 1 08/09/2012 10:55:26

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Page 1: Cadernos personalizados

4 Revista de apologética cristã católica - periódico mensal - ano 3 - 2012

Uma publicação da Paróquia São João Batista do Brás - São Paulo www.vozdaigreja.blogspot.com

História daIgreja:Martírio

Invocação do Nome de Jesus

Simbolismoe significados do Livro doApocalipse

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Santa Terezinha do Menino Jesus,

Padroeira das Missões

“Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura”

(Mc 16,15)

MÊS DAS MISSÕESOUTUBROMÊS DAS MISSÕES

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O ANO DA FÉ

117. Quem é(são) o(s) responsável(is) pela morte de Jesus?A paixão e a morte de Jesus não podem ser imputadas indistintamente, nem a todos os judeus então vivos e nem aos outros judeus vindos depois, no tempo e no espaço. Cada um dos pecadores, ou seja, todo homem, é realmente causa e instrumento dos sofrimen-tos do Redentor. Mais gravemente culpados são aqueles, sobretudo se forem cristãos, que mais vezes caem de novo no pecado ou se de-leitam nos vícios.

118. Por que a morte de Cristo faz parte do Desígnio de Deus?Para reconciliar consigo todos os homens des-tinados à morte por causa do pecado, Deus to-mou a iniciativa amorosa de enviar seu Filhopara que se entregasse à morte pelos peca-dores. Anunciada no Antigo Testamento, em particular como o Sacrifício do Servo sofredor, a morte de Jesus aconteceu em tudo “segundo as Escrituras”.

119. De que modo Cristo se ofereceu ao Pai?Toda a vida de Cristo é livre Oferta ao Pai para cumprir o seu Desígnio de Salvação. Ele dá “a vida em resgate por muitos” (Mc 10,45) e desse modo reconcilia com Deus toda a hu-manidade. O seu sofrimento e a sua morte manifestam que a sua humanidade é o ins-trumento livre e perfeito do Amor Divino que quer a salvação de todos os homens.

120. Como se exprime na última Ceia a Ofer-ta de Jesus?Na última Ceia com os Apóstolos, na vigília da Paixão, Jesus antecipa, isto é, realiza de modo antecipado a oferta voluntária de Si mesmo: “Isto é o meu Corpo, que é dado por vós” (Lc 22,19), “este é o meu Sangue, que é derrama-do...” (Mt 26,28). Ele institui assim, ao mesmo tempo, a Eucaristia como “memorial” (1Cor 11,25) do seu Sacrifício e os seus Apóstolos como sacerdotes da Nova e Eterna Aliança.

COMPÊNDIO DO CATECISMO

DA IGREJA CATÓLICAII Seção - Capítulo 2º

Em meio a vida atribulada dos dias de hoje, os cris-tãos católicos terão a oportunidade de refletir so-bre a sua Fé e suas convicções religiosas. O Papa Bento XVI instituiu o Ano da Fé, que se inicia em 11

de outubro de 2012 e vai até 24 de outubro de 2013. É uma ocasião para redescobrir a Fé cristã e católica.

A proposta do Papa é que todo cristão tenha con-vicção de sua identidade enquanto membro da Igreja de Cris-to. É uma grande riqueza que o Santo Padre concede a todos nós, cristãos de todo o mundo.

Muitas pessoas encaram a Fé como algo impraticá-vel, que permanece apenas no campo do pensamento. Mas, segundo a doutrina da Igreja, nossa Fé é no Mistério que sempre se revela novo, está aberta aos desafios atuais, no mundo e na realidade em que o ser humano é chamado a viver. Ter fé é estar no mundo sem pertencer a este mundo, e transformar as realidades de morte e desespero em espe-rança e salvação.

A Fé se destaca quando transmitida por meio do testemunho de vida daquele que crê. Os cristãos manifestam a sua fé através do estudo das Escrituras, da oração, dos Sacramentos e da prática da caridade, que nos faz ver, no irmão que sofre, o próprio Cristo a nos dar oportunidades de crescer na própria Fé. A autêntica vivência da Fé e o verda-deiro apostolado da missão cristã devem ser despertados em todos. Nete Ano da Fé, que toda a comunidade cristã faça da voz do Papa a sua própria voz!

O Vaticano já divulgou a Carta Apostólica com a qual Bento XVI proclama o Ano da Fé. O documento, intitula-do Porta Fidei (Porta da Fé), foi assinado em 11 de outubro. O Ano da Fé é um convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo. Aproveite a oportunidade e participe neste grande e santo movimento!

O ANO DA FÉ

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PALAVRA DE DEUS NA MINHA VIDA

A Palavra de Deus na minha vida, é sobre isto que eu quero compartilhar com você hoje. Pensava eu que para ser padre tinha que ter lido a Bíblia inteirinha...

Então, eu quis adiantar essa parte, mesmo antes de entrar para o Seminário. Sem perguntar para ninguém, comecei a lê-la. Comecei pela capa, página de rosto, indicações bibliográficas, apre-sentação, índice, abreviatura e siglas... Enfim, co-mecei, pelo que se percebe, do começo mesmo. Enfim, cheguei ao Gênesis: “No princípio, Deus criou o céu e a terra... Primeiro dia”. Primei-ro dia da narrativa da história da Criação, pois, na minha “aventura” de ler a Bíblia já era o terceiro ou quarto dia, já que eu fazia isso só na hora do almoço. Nessa ocasião eu tinha quinze anos e trabalhava no escritório de contabilidade do Nilson, meu cunha-do. O tempo para o almoço era razoável, mas, de-pois de almoçar, o Fred, a Wilma, o Barney e a Bete tomavam um tempinho da minha hora do almoço. Imagine, o almoço, os Flintstones, quinze anos, ler a Bíblia... Ai, meu Deus, que sono! Como eu seria padre se não tivesse lido a Bíblia inteira? Por vários dias, assim tentei lê-la...

Ah! Esqueci de dizer que eu lia no meu quar-to. Eu morava com a minha irmã Nenê e tinha um quarto só para mim. “Obrigado, Nenê e Nilson, por mais isto”. Não, eu não lia a Bíblia deitado, porque o exemplar que tinha na casa era muito grande e pesado. Eu sentava aos pés da cama com a Bíblia apoiada sobre ela.

Ali, naquele quarto, naquela cama, enquan-to tentava ler a Bíblia eu cochilei e adormeci várias vezes. Mas a Palavra de Deus não. Ela esteve e está sempre acordada e viva. Escrevo este texto sobre a minha experiên-cia para dizer a você que este não é o melhor jeito de conhecer a Palavra de Deus. Se você quer ler a Bíblia inteira, comece pelos Evangelhos. A Bíblia in-teira foi escrita por causa de Jesus Cristo, então, comece por Ele. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. No princípio, Ele estava com Deus. Tudo foi feito por meio dEle e sem Ele nada foi feito...” (Evangelho de Nosso Jesus Cristo narrado por São João nos versículos 1, 2 e 3 do capítulo 1). Você ficou curioso(a) para saber até aonde eu li a Bíblia, lá na minha adolescência? Curioso(a) você, não? Deus fala comigo todos os dias, porque todos os dias eu leio a Bíblia. A Sua Palavra me ilumina, anima, fortalece, encoraja, corrige... Tire um tem-pinho do dia, pode ser na hora do almoço, pode ser aos pés da cama... Conheça a Palavra de Deus!

A

Pe. Marcelo Monge

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HISTÓRIA DA IGREJA - IX

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Melitão, bispo de Sardes, escreveu uma carta ao imperador Marco Aurélio defendendo os cristãos perseguidos. Nes-sa carta, ele fala da providencial coincidência entre o nas-

cimento do Império e o aparecimento do cristianismo. Jesus nasceu quando Augusto era imperador, e pregou no reinado de Tibério. Mas quando foi que o Império começou a se dar conta da existência do cris-tianismo? O documento romano mais antigo falando dos cristãos é do ano 112: uma carta enviada a Trajano pelo procônsul Plínio, o Jovem.

A população confundia os judeus com os cristãos. Geral-mente ambos os grupos eram vítimas das mesmas acusações e maledi-cências. Mas em Roma a diferença foi percebida bem cedo. Existem do-cumentos já do ano 49 falando dos seguidores de Cristo (Suetônio).

Nero começou a governar com 17 anos de idade. Dirigiu o Império Romano de 54 a 68dC. Mandou matar seu irmão, sua mãe e seu mestre, Sêneca (os dois últimos sob influência da amante Popeia Sabina). Em 62 divorciou-se da mulher, Otávia, mandando-a para o exílio em Pandatária. Seus crimes provocaram a indignação popular.

Na noite de 18 (ou 19) de julho do ano 64, as trombetas dos sentinelas começaram a ser ouvidas pelos quatro cantos de Roma. In-cêndio! O fogo se espalhava rapidamente. Depois de cento e cinquenta horas, quatro dos quatorze bairros da cidade tinham sido completa-mente devorados pelas chamas, enquanto de sete só sobravam as pa-redes das edificações ou escombros. Nero era o principal suspeito de ter provocado aquela calamidade. O historiador Suetônio nos fala do imperador ter sido visto em uma torre, durante o incêndio, com roupas de teatro e tocando uma lira, admirando o terrível espetáculo e ento-ando um poema de sua autoria sobre a conquista de Tróia e o fogo nela ateado pelos guerreiros de Agamenon.

Nero logo teve que arrumar um bode expiatório. Usando de torturas e falsas testemunhas, obteve suas “provas” para acusar os cris-tãos. As prisões ficaram lotadas, a ponto de outro historiador, Tácito, se

referir aos encarcerados como “grande multidão”. Sob acusação de “ini-migos da humanidade”, os cristãos foram terrivelmente perseguidos.

Os cristãos eram trucidados, degolados e crucificados no circo de Nero (que ficava localizado onde hoje está a Basílica de São Pedro). Organizaram-se caçadas nos jardins do imperador, com fiéis cristãos fantasiados de animais, sendo impiedosamente perseguidos e executados. Foram encenadas as mais escabrosas cenas, copiando a mitologia pagã, onde os cristãos eram atores forçados, humilhados e ultrajados de muitas maneiras, com requintes de crueldade indescri-tíveis. Durante a noite, pelas alamedas, cristãos cobertos de resina ar-diam em chamas, queimados vivos, para que iluminassem o caminho para a passagem da carruagem de Nero.

Pedro, em uma de suas epístolas, alude a esses terríveis so-frimentos. Mais tarde, ao escrever o Apocalipse, João ainda tem esses fatos muito vivos em sua lembrança.

Nada mudou com Domiciano (81-96), que se autoprocla-mou “Dominus et Deus” (senhor e deus). Mesmo assim, apesar de toda a violência, quando o século I terminou, a fé cristã já começava a conquistar as classes mais altas da sociedade, chegando até o palácio do imperador. Flávio Clemente e Flávia Domitila, parentes de Domicia-no, e Acílio Glábrio, um dos cônsules do ano 91, eram cristãos. Todos estes foram massacrados e executados pelo imperador, sob a acusação de ateísmo, para satisfazer às elites pagãs. Também na Ásia a persegui-ção aos cristãos foi de grande violência.

Já o Imperador Trajano (98-117), mais tolerante, escreveu a Plínio, o Jovem, uma carta dizendo que os cristãos não deviam ser pro-curados e que as denúncias anônimas deviam ser ignoradas, mas que os cristãos convictos, que se recusassem a abandonar suas crenças, seriam punidos. Este documento é conhecido como “Rescrito de Trajano”.

HISTÓRIA DA IGREJA - IX

Fontes e referência bibliográfica: Bíblia de Jerusalém ed. 2002Bíblia Católica Online , disponível em: http://bibliacatolica.

com.br/historia_igreja/, acesso em 4 de jul 2012

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Fonte/referência bibliográfica: SCIADINI, Patrício, OCD. Catecismo da Oração, 2ª ed. São Paulo:Loyola, 2002

Esta invocação de fé, muito simples e ao mesmo tempo muitíssimo piedosa, desenvolveu-se como tradição da oração cristã em várias fórmulas parecidas, tanto no Oriente como no Ocidente. A invocação mais comum,

transmitida pelos monges do Sinai, da Síria e do monte Athos, é assim: “Jesus Cristo, Filho do Deus Vivo, tende piedade de nós, pecadores”. Através da simples repetição desta fórmula, feita com entrega e devoção sincera, nosso coração se põe em consonância com a Misericórdia de nosso Criador e Salvador.

Existe uma profunda relação entre a veneração à Sagrada Face de Jesus Cristo, ao seu Santo Nome, à Santíssima Eucaristia (a devoção por excelência) e ao seu Sagrado Coração. Essas quatro devoções se referem aos aspectos mais significativos do ser huma-no (o rosto, o nome, o corpo e o coração), e é por meio deles que buscamos o Deus que se fez humano: todas essas devoções são poderosos instrumentos para nos conduzir à Pessoa de Jesus.

O amor é a força que define a Divindade. Assim o Após-tolo João resumiu Deus (cf. IJo 4,8-16), e desse Ser que é Amor nós participamos. Quando amamos profundamente uma pessoa, quando estamos apaixonados, dizemos o nome dessa pessoa várias vezes, e de um jeito diferente: ao pronunciá-lo, é como se estivésse-mos chamando a pessoa amada. Uma jovem enamorada pronun-cia o nome do seu amado com especial ternura e carinho. Obser-vadas as devidas proporções, todo membro da Igreja, que é a Noiva de Cristo, ao pronunciar o Santo Nome de Jesus, deve fazê-lo com ardente amor e desejo por sua Presença e Graça. Pronunciar o Nome do Senhor é clamar por sua Pessoa: quando o invocamos, como fez o cego de Jericó, suplicamos pelo Nome à Pessoa, implo-rando sua Ajuda e Misericórdia.

A Oração da Invocação do Nome de Jesus remonta aos primeiros tempos da Igreja e às práticas dos primeiros monges,

sendo anterior até mesmo à prática do Rosário. Diadoco de Fo-tice, lá no século IV, escreveu: “O que não cessa de meditar, nas profundezas de seu coração, no Nome Santo e Glorioso de Jesus, poderá ver um dia a Luz em seu espírito”.

A origem da prática, porém, é muito mais antiga: procede diretamente dos Evangelhos. Sua base é o clamor do cego de Jericó, que gritava com insistência: “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!”. O mesmo clamavam os dez leprosos, nas terras de Samaria: “Jesus, Mestre, tem piedade de nós!” E todos estes foram curados, graças à sua fé no clamor pelo Nome do Senhor. Também o humil-de publicano, que no Templo batia no peito e repetia: “Deus, tem piedade de mim, pecador!”... E Jesus declara que este voltou para casa justificado, pois “todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado” (Mc 10,47 / Lc 17,11-14;18-13).

A invocação contínua do Nome de Jesus é, então, a mais perfeita prática de oração para se buscar a Comunhão com nosso Senhor e sua Misericórdia, quando feita com um espírito cheio de amor, doçura e esperança. Faz com que o coração do devoto trans-borde de bem-aventurança, até chegar à completa serenidade. Nos momentos de angústia ou necessidade, o pensamento do cristão deve invocar várias e várias vezes o Nome de Jesus, que se torna Luz do conhecimento de Deus que dissipa as trevas da alma. Tam-bém em nossas realizações devemos nos lembrar de invocar o Santo Nome do Senhor, com espírito de gratidão e alegria, compartilhan-do com o Doador de Todas as graças a nossa felicidade.

A oração do Nome de Jesus é semelhante à oração do Rosário à Santíssima Virgem Maria, na origem e nos objetivos: am-bas as práticas têm suas raízes nos meios monásticos; em ambas imploramos aquilo que mais desejamos e realmente necessitamos, mesmo que não saibamos, pois podemos desconhecer aquilo de que precisamos; em ambas utilizamos palavras da Escritura; ambas são orações para todos que produzem tranquilidade e, com o tem-po e a perseverança, a paz duradoura e a restauração da vida.

Como rezar:Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus Vivo, tende piedade de mim, pecador! Depois de repetir algumas vezes esta fórmula, faça o seu pedido, crendo firmemente que será atendido; e que se não for, será o melhor para você, pois tudo nos é dado segundo a Vontade do Pai para o nosso bem. Muitas vezes fazemos pedidos que, se fossem atendidos, mais nos prejudicariam do que ajudariam.

A oração-invocação do Santo Nome de Jesus, por ser breve, pode ser rezada em qualquer lugar, em todas as horas, ajustando-se perfeitamente ao conselho evangélico de orar inces-santemente, sem desfalecer. É o caminho mais simples da oração contínua. Repetida várias vezes por um coração humildemente atento, ela não se dispersa numa torrente de palavras (Mt 6,7), mas conserva a Palavra e produz fruto pela perseverança.

Jesus ensinou: “A boca fala do que o coração está cheio” (Mt 12,34). Na história da espiritualidade, encontramos santos que não se cansavam de repetir o Nome de Jesus, para manter no coração, continuamente, a Presença do Amado: é uma forma de oração para ser dita e repetida sempre. Podemos e devemos rezar em todos os lugares e situações; ninguém pode nos impedir de pensar em Jesus. Quem ama Jesus torna-se mensageiro desse amor em todos os lugares, sempre. Então, comece já!

A INVOCAÇÃO DO NOME DE JESUS

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O Apocalipse, cujo título no grego é αποκάλυψις (apokálypsis), que significa “revelação” (traduzido lite-ralmente: ‘tirar o véu’), é o último livro da Bíblia. Com-plexo e profundamente místico, está repleto de símbo-

los, alegorias e comparações. Trata-se de uma leitura que não é fácil, até para teólogos e pesquisadores gabaritados: sua compreensão está muito além do alcance dos “curiosos” em geral. Por isso mesmo, é mais fácil cair na tentação de manipular algumas das suas passagens, deturpando-as e usando-as fora de contexto, para justificar qualquer opinião pessoal, do que buscar o seu sentido real.

Como é de conhecimento geral, pessoas mal intencionadas têm usado desses artifícios para atacar a Igreja de Cristo, chegando a dizer que é ela a “Prostituta” ou a “Grande Babilônia”, e o Papa a “Besta” citados no livro do Apocalipse. Para começarmos a ler um pouco melhor este livro tão difícil, é essencial possuirmos algum conhecimento prévio. Com este artigo, pretendemos ao menos lan-çar alguma luz sobre o tema e abrir caminhos para uma leitura mais madura e realista de um texto sagrado tão maltratado e manipulado por pessoas maldosas e desonestas.

Para muitos, o Apocalipse é um livro que fala somente de destruição, catástrofe e fim do mundo. Ao iniciar a sua leitura, impressionados, assustam-se e desistem. Temas como a besta (na realidade são duas bestas, a primeira e a segunda), o anticristo e o número 666, entre outros, têm sido motivo de muita confusão, sem-pre aumentada por espetaculares produções cinematográficas que tratam o assunto com total liberdade (e irresponsabilidade).

O que é o livro do Apocalipse?Por quatro séculos (2aC a 2dC), os antigos judeus produziram mui-tos livros denominados apocalípticos. Esses textos dividem-se sem-pre em três fases: 1) Tratam da opressão ao Povo de Deus; 2) Falam do castigo e da destruição do inimigo de Deus e do seu povo; 3) Concluem-se narrando a libertação e a vitória do Povo de Deus.

No Apocalipse, é importante distinguir o ensinamento que existe por trás da Visão que está sendo narrado, do relato da Visão em si. O conteúdo não é histórico, mas os relatos referem-se a um tempo concreto, específico. É a partir desse princípio que o Apo-calipse deve ser interpretado. No Antigo ou Primeiro Testamento (AT) encontramos literatura apocalíptica em Isaías, Ezequiel, Judite, Zacarias e Daniel. No Novo Testamento, encontramos textos apo-

calípticos em Marcos, Mateus e Lucas (quando Jesus fala sobre o que acontecerá no fim do mundo), em algumas passagens paulinas, nas epístolas aos Tessalonicenses e 1Coríntios; e, claro, principalmente no próprio livro da Revelação ou Apocalipse.

Chaves de interpretaçãoPara entender o conteúdo do livro do Apocalipse, é necessário pri-meiro conhecer o conteúdo e os símbolos contidos no livro do pro-feta Daniel; por sua vez, para entender os símbolos de Daniel, é preciso conhecer e entender os símbolos usados pelo profeta Eze-quiel; para entender o significado da segunda Besta, é imprescindível compreender o significado da primeira Besta, e assim por diante. Ao compreender os simbolismos de Ezequiel e Daniel, a exegese do Apocalipse de João resulta em um processo mais simples e natural. Oferecer a interpretação de toda esta simbologia está fora do alcan-ce deste nosso trabalho: a observação visa orientar o estudioso que deseje realmente aprofundar-se no tema por conta própria.

Os Apocalipses (pois existem diversos) foram desenvolvi-dos numa época de opressão. No caso concreto do Apocalipse de João, foi escrito por volta do ano 95.

Os números no ApocalipseTodos os números usados no Apocalipse têm significado específico. Conhecê-los ajuda a entender os símbolos do texto. Em nosso estu-do, convém conhecer os seguintes:

Número 2 - Significa solidez, é usado para reforçar uma determinada realidade; como por exemplo: 2 testemunhas, 2 chifres, etc.Número 3 – Perfeição: o único Deus se manifesta em 3 Pessoas.Número 6 - Um a menos que o 7; significa imperfeição.Número 7 - Plenitude, totalidade, inteireza.Número 666 - O célebre e enigmático “número do Anticristo”, que já deu margem a tantas e diversas interpretações, muitas absurdas, designa 3 vezes o número 6, isto é, a máxima imperfeição, o oposto absoluto daquilo que é perfeito.

SIMBOLISMO E SIGNIFICADOS DO LIVRO DO APOCALIPSE

n Fontes e referência bibliográfica:RICHARD, Pablo. Apocalipse, reconstrução da esperança, 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1996.

BORTOLINI, Pe. José. Como ler o Apocalipse. São Paulo: Paulus, 2008.GALVÃO, Antônio Mesquita. Apocalipse ao alcance de todos. São Paulo: Recado, 2009.

CORSINI, Eugênio. O Apocalipse de São João. São Paulo: Paulinas, 1992.

estudo

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n Fontes e referência bibliográfica:RICHARD, Pablo. Apocalipse, reconstrução da esperança, 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1996.

BORTOLINI, Pe. José. Como ler o Apocalipse. São Paulo: Paulus, 2008.GALVÃO, Antônio Mesquita. Apocalipse ao alcance de todos. São Paulo: Recado, 2009.

CORSINI, Eugênio. O Apocalipse de São João. São Paulo: Paulinas, 1992.

COMUNHÃOJesus Cristo, durante sua última ceia com os discípulos, antes de se entregar em Sa-crifício, tomou o pão, deu graças, depois o partiu e distribuiu aos discípulos...

Somente quem ama muito a Deus e se sente muito amado por Ele é que pode começar a compreender o sen-tido inesgotável da União entre Deus e a pessoa humana na Eucaristia. Por isso nos aproximamos da Mesa alegres e can-tando, para receber o Corpo do Senhor, embora com muito respeito, pois tam-bém é celebração do Sacrifício.

Quem distribui o Pão Consa-grado, mostra-o e proclama, toda vez que o entrega: “O Corpo de Cristo”. Com convicção, o comungante responde “amém!”, que significa: “É verdade!” ou “Eu creio!”. Após comungar, volta ao seu lugar com espírito de entrega e coração orante, e coloca-se em silêncio por alguns preciosos instantes, apreciando o mo-mento mais sublime na vida de todo cris-tão: momento de santa intimidade com nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

Sob as formas das Espécies (Pão e Vinho) estão presentes Corpo e San-gue, Alma e Divindade do Cristo (CIC 1373-1375/1413), em cada parte delas: mesmo comungando somente do Pão Consagrado, recebemos integralmente a Jesus Cristo, nosso Senhor e Deus.

E a Eucaristia é ainda mais do que tudo isso. Diz o Catecismo da Igreja:

Durante as ferozes persegui-ções de Diocleciano, Saturnino mártir foi acusado de ter comungado da Sagra-da Eucaristia, junto com 49 outros cris-tãos. Mesmo sabendo que corria o risco de perder a vida, ele afirmou sem vacilar: “Sem a Eucaristia não podemos viver”. A essas palavras, uma outra fiel acrescen-tou: “Sim, fui à assembleia e celebrei a Ceia do Senhor com meus irmãos, por-que sou cristã!”.

Por essa fidelidade eucarística, esses 49 mártires de Abitine, (Norte da África) foram de fato condenados à mor-te. Saturnino e seus companheiros márti-res tinham em Jesus Eucarístico sua ver-dadeira Vida: preferiram morrer do que privar-se do Alimento da Vida Eterna.

Santo Tomás de Aquino, doutor da Igreja, costumava ir sempre à igreja, ao meio dia, e, com confiança e abandono, encostar sua fronte no Tabernáculo, num diálogo íntimo com Jesus Eucarístico.

AÇÃO DE GRAÇASDepois que a distribuição da Eucaristia termina, fazemos a Ação de Graças. A palavra Eucaristia significa exatamente ação de graças, e este é o momento opor-tuno para agradecer. Nunca compreende-mos plenamente o que Deus fez e faz por nós, e nunca conseguiremos agradecer de modo perfeito: agradeça a Deus do me-lhor modo possível.

DEPOIS DA COMUNHÃOO presidente, de pé, convida à oração, dizendo: “Oremos”. Esta oração presi-dencial é dirigida a Deus em forma de pedido. O sacerdote geralmente pede a Deus, em nome da assembleia, a graça de sermos coerentes com aquilo que acaba-mos de celebrar. É um pedido para forta-lecer espiritualmente o povo de Deus que caminha, até chegar o dia em que Deus será tudo em todos (1 Coríntios 15,28).

RITOS FINAISBÊNÇÃO E DESPEDIDANo início da Celebração Eucarística, marcamo-nos com o Sinal da Cruz e com a invocação da Santíssima Trindade. Da mesma maneira a encerramos, com a Bênção Final. O presidente da celebra-ção despede a assembleia em paz. Não se deve sair antes que o sacerdote se retire.

“A Eucaristia, Sacramento da nossa sal-vação realizada por Cristo na cruz, é tam-bém um Sacrifício de louvor em ação de graças pela Obra da Criação. No Sacri-fício Eucarístico, toda a Criação amada por Deus é apresentada ao Pai por meio da Morte e da Ressurreição de Cristo. Por Cristo, a Igreja pode oferecer o Sa-crifício de louvor em ação de graças por tudo o que Deus fez de bom, de belo e de justo na criação e na humanidade.”

A SANTA MISSA PARTE POR PARTE - CONCLUSÃO

prát ica

Fontes e referência bibliográfica:BORTOLINI, José. A Missa Explicada Parte por Par-te, 4ª ed. São Paulo: Paullus, 2006, pp. 32–33.GOZÁLEZ, Francisco Pérez. Dois mil años de san-tos. Madrid: Palabra, 2001.

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Maria Santíssima, que intercede por nós? Que companhia melhor poderíamos ter, do que todos os santos do Céu, nossos irmãos que já vivem na bem-aventurança celeste, e pedem por nós a Deus?

4. Num tempo em que tantos se agridem e se maltratam, se drogam, se ofendem gra-tuitamente, se prostituem, se matam... Num tempo em que se movem campanhas até mesmo contra a vida dos inocentes no ven-tre de suas próprias mães... Construa você a fraternidade, em sua vida, de mãos dadas com seus irmãos de caminhada e os olhos fixos em Cristo.

5. Não se permita ficar mortalmente triste nem revoltado, se você não consegue agra-dar a todos. Lembre-se: nem mesmo nosso Senhor conseguiu! Continue fazendo o me-lhor possível, um dia de cada vez, e, no final, frente a frente com o nosso Bom Pastor, Ele vai reconhecê-lo.

6. Pais e educadores, orientem seus filhos e alunos para a solidariedade e a fraternidade, valores tão ausentes em nossos dias. Con-quistar o diploma universitário e uma boa colocação profissional é importante, mas a realização do ser humano só será completa se a criança e o jovem entenderem, hoje, o valor da fidelidade, da amizade, dos princí-pios cristãos, da importância de ter Deus como Rocha e Fortaleza. Nesta vida, nada substitui a Fé.

7. Este é o tripé dos vitoriosos, na arte de viver e conviver: fé em Deus, fé na vida e disposição para trabalhar. Além de ser péssi-

mo conselheiro, o ócio nunca foi bom com-panheiro de ninguém. Lembre-se sempre: a felicidade não floresce em corações materia-listas, desligados de Deus.

8. Escolha objetivos, metas e ideais pelos quais valha a pena viver, lutar e morrer, se for preciso. Navio errante, sem leme e sem destino, não chega a lugar nenhum.

9. A exemplo de Jesus, busque diminuir o sofrimento alheio; faça a sua parte para ajudar os que sofrem. Você pode ser como Santa Verônica, enxugando as lágrimas da Face de Cristo, no rosto do seu próximo, do pobre, do doente, do órfão, do idoso, do preso... Comece a ser cristão na prática visitando aqueles que sofrem, internados em hospitais, precisando de uma palavra de conforto, de incentivo, precisando da Pala-vra de Deus. Visite uma casa de repouso, um orfanato... Tem tanta gente sofrendo, es-perando você chegar para dar ao menos um abraço afável, um “bom dia”... Ser imagem de Cristo no mundo não custa nada, a não ser a sua boa vontade. Pense nisso. Abra sua Bíblia agora e leia o Evangelho segundo S. Mateus, capítulo 25, do versículo 31 ao 46.

10. Navegue nas águas da vida invocando o Santo Nome de Jesus e a proteção de Nossa Senhora, Mãe da Igreja e nossa Mãe, e valo-rize sempre a comunhão com toda a Igreja.

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Em suas jornadas pela Galileia, Sa-maria e Judeia, Jesus acolhia a to-dos. Os quatro Evangelistas enfati-zam que o Mestre passou pela vida

e pelo mundo fazendo somente o bem... Aos surdos fez ouvir, aos mudos fez falar, aos paralíticos levantar e andar... E aos que estavam mortos renascer, tanto no sentido literal quanto espiritual.

Se você deseja aproximar-se de Jesus, vivendo, atuando e sentindo como Ele, tal-vez as dez singelas dicas ou orientações que listamos a seguir lhe possam ser úteis:

1. Inicie cada manhã com renovada alegria e esperança. Viver é renascer, é recomeçar.

2. Celebre as 24 horas diárias no seu altar pessoal da fé e da generosidade, ofertando seu trabalho e seu descanso, suas alegrias e tristezas, saúde e doença, seus projetos, conquistas e tropeços, derrotas e vitórias; oferte tudo a Cristo neste altar da sua alma, incluindo as pessoas que você ama, sua famí-lia, seus amigos, sua comunidade.

3. Com ânimo incansável, busque sempre superar o cansaço, vencer o desânimo, jo-gando fora o pessimismo, a desilusão, a depressão. Como disse o poeta Gonçalves Dias, “a vida é combate, que aos fracos aba-te; aos fortes, aos bravos, só pode exaltar”. Em outras palavras, como se diz de um jeito mais popular: “a vida é dura para quem é mole”. – E que maior Fortaleza nós pode-ríamos ter para nos refugiar, do que o pró-prio Filho de Deus? Com que auxílio maior poderíamos contar, que o da Mãe da Igreja,

A MISSÃO DE TODO CRISTÃOÉ SERVIR COM ALEGRIA

Pe. Gianpietro Carraro (Missão Belém) e Dom Odilo P. Scherer (Cardeal Arcebispo) em ação de acohimento à população de rua no centro de São Paulo.

* Texto de Silvana e Henrique Sebastião, base-ado nos dez tópicos de Pe. Roque Schneider, SJ (Periódico ‘Mensageiro do Coração de Jesus’)

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Imitação de Cristo - Capítulo 9

Grande coisa é viver na obediência, tendo quem te oriente, e não dispor da própria vontade. Muito mais seguro é obedecer do que man-dar. Muitos obedecem mais por necessidade

que por amor: por isso sofrem, e facilmente murmuram. Esses não alcançarão a liberdade de espírito, enquanto não se sujeitarem de todo o coração, por Amor de Deus. Anda por onde quiseres: não acharás descanso senão na humilde sujeição e obediência a quem lhe é superior. A imaginação das cidades e as mudanças do mundo a mui-tos têm iludido.

Sem dúvida cada um gosta de seguir seu próprio parecer e mais se inclina àqueles que participam da sua opinião. Entretanto, se Deus está conosco, cumpre-nos, às vezes, renunciar ao nosso parecer por amor à paz.

Quem é tão sábio que possa saber tudo? Não confies, pois, demasiadamente em teu próprio juízo; mas atende também, de boa mente, ao dos demais. Se o teu parecer for bom e o deixares, por amor de Deus, para seguires o de outrem, muito lucrarás com isso.

Com efeito, muitas vezes ouvi falar que é mais seguro ouvir e tomar conselho do que dá-lo. É bem pos-sível que seja acertado o parecer de cada um: mas não querer ceder aos outros, quando a razão ou as circuns-tâncias o pedem, é sinal de soberba ou de teimosia.

ReflexãoSe o Filho de Deus se fez obediente até à morte, e morte de Cruz, que homem há que recuse obedecer? No mundo não há ordem nem vida, senão pela obediência: ela é o laço dos homens entre si e o fundamento da paz, e o princípio da harmonia universal. A família, o Estado, a Igreja, não subsistem senão pela obediência; a mais alta perfeição das criaturas não é mais que uma perfeita obediência: só ela nos preserva do erro e do pecado.

Quando obedecemos a um homem revestido de autoridade, obedecemos a Deus; é Ele o único Monarca, e todo o poder legítimo é uma emanação de sua onipotência eterna e infinita. “Todo o poder vem de Deus” (Rm 13,1), diz São Paulo Apóstolo, e está sujeito a uma regra divina, tanto na ordem temporal como na espiritual: obedecendo ao pontífice, ao príncipe, ao pai, a quem é realmente “ministro de Deus para o bem”, só a Deus obedecemos.

Feliz aquele que compreende esta celeste doutrina: livre da escravidão do erro e das paixões, dócil à voz de Deus e da consciência, goza “da verdadeira liberdade dos filhos de Deus”(Rm 8,21).

Deus e Senhor meu, contra cujos Conselhos nada pode a humana malícia, dai-me aquele espírito de obediên-cia e sujeição que tanto distingue vossos servos, pelo qual me assemelharei a vosso Divino Filho que por minha sal-vação se fez obediente até à morte, e assim terei parte nos merecimentos do seu Sangue Preciosíssimo!

OBEDIÊNCIA E SUBMISSÃO

KEMPIS, Tomás. A Imitação de Cristo, São Paulo: Vozes, 2006, pp. 44-46.

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ser na prática

VOTAR BEM EM SÃO PAULOVOTAR BEM EM SÃO PAULO

O Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Sche-rer, com os Bispos Auxiliares desta Arquidiocese, no cumprimento de sua missão pastoral, apresentam as seguintes orientações aos seus fiéis, em vista da par-

ticipação nas eleições municipais deste ano:

1. Participe e vote. Não deixe de seguir a campanha para as eleições municipais e de exercer bem o seu direito e dever ci-dadão. Valorize seu voto, que ajudará a definir o futuro do mu-nicípio de São Paulo. Evite o voto nulo ou branco.

2. Vote em quem você conhece. Procure conhecer os candida-tos, verifique se estão comprometidos com as grandes questões que requerem ações decididas do Poder Legislativo e Executi-vo municipal, como: habitação, educação, saúde, segurança, transporte, cuidado do meio ambiente, limpeza pública, sanea-mento básico, atenção especial aos pobres e às camadas sociais mais vulneráveis da cidade.

3. Prefeito e vereadores devem promover o bem comum. Veja se os candidatos e seus partidos estão comprometidos com a justiça e a solidariedade social, a dignidade da pessoa, os di-reitos humanos, a cultura da paz e o respeito pleno pela vida humana desde a concepção até à morte natural. Estes valores são fundamentais e irrenunciáveis para o convívio social.

4. Candidato de quem? Avalie se os candidatos têm propostas re-alistas e viáveis para promover políticas que beneficiem a cidade como um todo, ou se estão ligados mais ao interesse de grupos específicos. O bom governante deve governar para todos.

5. Confira a ficha. Dê seu voto de forma consciente e não de-cida apenas na última hora. Não dê seu voto a quem já esteve envolvido em casos de desonestidade e corrupção, mas somen-te a candidatos com “ficha limpa”. A corrupção na política pode ser superada também com o seu voto.

6. Não venda o voto, nem o troque por favores; seu voto é sua dignidade. Fique atento a toda prática de corrupção eleitoral, à compra de votos, ao abuso do poder econômico e ao uso inde-vido da máquina administrativa pública na campanha eleitoral. Fatos como esses devem ser denunciados imediatamente, com testemunhas, às Autoridades da Justiça Eleitoral.

7. Vote com consciência e liberdade. Procure conhecer as ideias e propostas defendidas pelos candidatos e pelos partidos aos quais estão filiados e seu vínculo com as comunidades locais. Vote em candidatos dignos, capazes, com credibilidade pública e que estejam em sintonia com suas próprias convicções.

8. Questione se os candidatos estão dispostos a legislar e ad-ministrar de forma transparente, aceitando mecanismos de controle por parte da sociedade. Candidatos com um histórico de corrupção ou má gestão dos recursos públicos não devem receber seu apoio nas eleições.

9. Política, Religião e família. Vote em candidatos que respei-tem a liberdade de consciência, as convicções religiosas e mo-rais dos cidadãos, seus símbolos religiosos e a livre manifesta-ção de sua fé; da mesma forma, apóie candidatos que amparem a família e a protejam diante das ameaças à sua identidade e missão natural. A cidade que descuida ou abandona a família herdará muitos problemas.

10. Fique de olho: votar é importante, mas ainda não é tudo. Acompanhe, depois das eleições, as ações e decisões políticas, legislativas e administrativas dos governantes municipais, para cobrar deles coerência em relação às promessas de campanha e para apoiar suas decisões acertadas.

*5566 municípios brasileiros participam das eleições municipais 2012. Em 7 de outubro, os eleitores deverão votar para prefeito e vereadores; a data para o segundo turno é 28 de outubro.

Às vésperas das eleições municipais de 2012, reproduzimos a carta de Dom Odilo Scherer aos fiéis católicos de São Paulo, com orientações essenciais para que todos possam votar bem.

Cardeal Arcebispo Dom Odilo Pedro Scherer

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VOTAR BEM EM SÃO PAULO

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n Supervisão e coordenação geral: Pe. Marcelo A. M. Monge.n Editoração, diagramação, arte e projeto gráfico: Henrique Sebastião.n Fotografia / tratamento de imagem: Henrique Sebastião.n Articulistas: Pe. Marcelo Monge, Henrique Sebastião, Silvana Sebastião, Dr. Irineu Uebara.n Revisão de texto: Silvana Sebastião.

EDITORIAL

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ORAÇÃO DOPEREGRINOORAÇÃO DOPEREGRINO

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blog

spot

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Senhor, que mandaste sair Abraão da sua terra, e o defendeste em todos os caminhos,

E que acompanhaste o Teu povo, errante no deserto; concede-nos a Tua Protecção, por toda a nossa viagem neste mundo.

Sê para nós como a Sombra que protege do sol, Agasalho contra o frio, Abrigo que resguarda da chuva;Anima-nos no cansaço, socorre-nos nas dificuldades, livra-nos dos perigos...Pois em todos os nossos pedidos, somente em Vós esperamos, e somente a Vós recorremos.

Ensina-nos a aceitar a penitência da viagem, a sair do egoísmo para sermos comunidade;A ver-Te nas belezas do mundo, amar-Te nas pessoas.Ensina-nos a perdoar de coração, porque também nós somos falhos; Ensina-nos a compreender, a auxiliar, consolar e dar testemunho da Tua Bondade.

Guiados por Ti, atingiremos o nosso fim, e reconfortados pela tua GraçaChegaremos são e salvos ao nosso destino.Confiados em Ti, caminharemos em paz, até nos encontrarmos todos no Céu. Amém!

Senhor, que mandaste sair Abraão da sua terra, e o defendeste em todos os caminhos,

E que acompanhaste o Teu povo, errante no deserto, concede-nos a Tua Protecção, por toda a nossa viagem neste mundo.

Sê para nós como a Sombra que protege do sol, Agasalho contra o frio, Abrigo que resguarda da chuva;Anima-nos no cansaço, socorre-nos nas dificuldades, livra-nos dos perigos...Pois em todos os nossos pedidos, somente em Vós esperamos, e somente a Vós recorremos.

Ensina-nos a aceitar a penitência da viagem, a sair do egoísmo para sermos comunidade;A ver-Te nas belezas do mundo, amar-Te nas pessoas.Ensina-nos a perdoar de coração, porque também nós somos falhos; Ensina-nos a compreender, a auxiliar, consolar e dar testemunho da Tua Bondade.

Guiados por Ti, atingiremos o nosso fim, e reconfortados pela tua GraçaChegaremos são e salvos ao nosso destino.Confiados em Ti, caminharemos em paz, até nos encontrarmos todos no Céu. Amém!

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