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Volume 1 Esquistossomose

PROGRAMA SANARCadernos de Monitoramento

2013

© 2013. Secretaria Estadual de Saúde. Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde.Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.

A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é de responsabilidade da área técnica.

Série A. Normas e Manuais TécnicosTiragem: 1.ª edição – 2013 – 3.000 exemplares

Elaboração, distribuição e informações:Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde.Rua Dona Maria Augusta Nogueira, 519,Bongi - Recife-PECEP: 50751-530Telefone: (81) 3184-0183/0184E-mail: [email protected] page: www.saude.pe.gov.br

ElaboraçãoLouisiana QuininoMariana Izabel Sena Barreto de MeloAna Coelho de AlbuquerqueSílvia Natália Serafim Cabral

RevisãoLuciana Caroline AlbuquerqueJuliana Martins CostaEronildo Felisberto

Capa e DiagramaçãoRafael Azevedo de Oliveira

Ficha Catalográfica

Pernambuco. Secretaria Estadual de Saúde. Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde.Cadernos de Monitoramento - Programa Sanar – Volume 1:Esquistossomose / Secretaria Estadual de Saúde. Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde.- 1. ed. - Recife: Secretaria Estadual de Saúde, 2013.23p. - (Série A. Normas e Manuais Técnicos)1. Doenças Negligenciadas. 2. Esquistossomose. 3.Vigilância em Saúde. I. Título. II. Série.

Governador de PernambucoEduardo Henrique Accioly Campos

Vice- governadorJoão Soares Lyra Neto

Secretário Estadual de SaúdeAntônio Carlos dos Santos Figueira

Chefe de GabineteJoanna FreireSecretária Executiva de Coordenação GeralAna Paula Menezes SoterSecretário Executivo de Vigilância em SaúdeEronildo FelisbertoSecretária Executiva de Atenção à SaúdeTereza de Jesus Campos NetaSecretária Executiva de Regulação em SaúdeAdelaide Caldas CabralSecretária Executiva de Gestão de Pessoas e Educação em SaúdeCinthia Kalyne de Almeida AlvesSecretário Executivo de Administração e FinançasJorge Antônio Dias Correia de AraújoSuperintendência de ComunicaçãoThiago Nunes

Secretário Executivo de Vigilância em SaúdeEronildo FelisbertoAssessoria de Gabinete SEVSAna Cláudia Simões CardosoAna Coelho de AlbuquerqueAssessoria de Planejamento SEVSAlessandro CerqueiraCoordenador do Programa SANARJosé Alexandre Menezes da SilvaDiretora Geral de Controle de Doenças e AgravosRoselene Hans SantosAssessoria da Diretora Geral de Controle de Doenças e AgravosSílvia CabralGerência de Doenças Transmitidas por MicobactériasAna Lucia SouzaCoordenação do Programa de Controle da Tuberculose Nadianara AraújoCoordenação do Programa de Controle da HanseníaseRaissa AlencarGerência de Prevenção e Controle das Zoonoses, Endemias e Riscos AmbientaisBárbara MorganaCoordenação de Vigilância de Chagas, Tracoma e MaláriaGênova AzevedoDiretora Geral de Informações e Ações Estratégicas da Vigilância EpidemiológicaPatrícia Ismael de CarvalhoDiretora Geral de Promoção, Monitoramento e Avaliação da Vigilância em SaúdeLuciana Caroline AlbuquerqueGerência de Monitoramento e Avaliação em SaúdeJuliana Martins CostaCoordenação de Monitoramento e Avaliação da Vigilância em SaúdeMonik Duarte

Coordenação de Análise e Disseminação da Informação em SaúdePaula JacomeDiretor Geral do Laboratório Central de Saúde Pública - LACENOvídio AraripeDiretor da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária - APEVISAJaime Brito

Equipe SANARDafne Borba Mendes Ana Beatriz Rigueira José Lancart LimaFlávia Silvestre Outtes Marcela Vieira Vânia Cavalcanti Ana Virginia Matos Cândida RibeiroAnna Samonne Amaral Lopes Denise de Barros Bezerra Juliana Maria Oliveira Cavalcanti Marinho Eline MendonçaMaria de Lourdes Ribeiro Marjory Dowell de Brito Cavalcanti Ludmila Vieira Nogueira da Paixão Polyana Karla Francisca da SilvaCintia Michelle Godim de Brito LimaGina Cristina FreitasAymeé MedeirosPietra Lemos CostaAnabella Bezerra FerreiraSérgio Murilo Coelho de AndradeRômulo granja de SouzaMaria do Livramento F. de FreitasKátia Sampaio CoutinhoAlessandra Tadéia Tenório NoeTânia Gomes de CarvalhoRafael Ferreira de França

Apoio AdministrativoCamila MouraJosé Everaldo Bezerra JúniorMarta XimenesRicardo Alex de LimaSóstenes Marcelino da Silva JuniorWanessa Cristina de SouzaMaria Roseni Paulino da P. Silva

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO

INTRODUÇÃO

1 Monitoramento e avaliação: ferramentas essenciais para os

serviços de saúde

1.1 Desenho do Modelo Lógico

1.2 Matriz de Monitoramento

2 Esquistossomose: monitoramento das ações de controle

CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS CONSULTADAS

2.1 Resultados do Monitoramento das Ações de Controle da

Esquistossomose do SANAR

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APRESENTAÇÃO

O termo Doenças Negligenciadas tem sido utilizado para se referir a um conjunto de doenças causadas por agentes infecciosos e parasitários (vírus, bactérias, protozoários e helmintos) que, embora sejam diversificadas do ponto de vista médico, possuem em comum o fato de estarem fortemente associadas à pobreza e resistirem de forma mais intensa em ecossistemas tropicais, onde tendem a coexistir. Estas não só prevalecem em condições de pobreza, mas também contribuem para a manutenção do quadro de desigualdade, já que representam forte entrave ao desenvolvimento dos países. Além disso, ao longo de muitos anos, essas doenças não têm recebido investimentos adequados para prevenção e controle, quer pela ausência de pesquisas ou produção de fármacos e vacinas, quer pelos reduzidos investimentos por parte dos órgãos públicos de governo. Desta forma, todos esses fatores convergem para que estas doenças afetem mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo e representem mais de 12% da carga global de doenças.

Buscando alcançar as metas do milênio no que diz respeito ao desenvolvimento global e à redução das desigualdades continentais, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu alguns temas fundamentais para a redução do peso das doenças transmissíveis, elegendo algumas enfermidades consideradas negligenciadas. No Brasil, estratégias para prevenção, controle e eliminação vêm sendo desenvolvidas priorizando intervenções direcionadas às populações em condições socioeconômicas menos favoráveis e ampliando o acesso aos serviços e ações de saúde em consonância com o que prevê a OMS, no Plano Mundial de Luta contra as Doenças Tropicais Negligenciadas (OMS/2008-2015). Porém, apesar desses investimentos, o país apresenta desigualdades intraurbanas importantes, com diferentes determinantes que sustentam a permanência de alguns desses problemas de saúde.

Embora o Brasil tenha alcançado êxito no controle de doenças transmissíveis, por meio dos seus programas específicos nos últimos anos, algumas destas ainda persistem em muitas populações do país, como é o caso de Pernambuco. Assim, com o propósito de desenvolver ações direcionadas para a redução da carga e/ou eliminação dessas doenças, o Governo do Estado lançou o Programa de Enfrentamento às Doenças Negligenciadas – SANAR, elegendo 7 (sete) doenças a serem enfrentadas de forma mais incisiva, no período de 2011 a 2014.

Para tanto, foram consideradas as doenças negligenciadas que apresentavam as seguintes características: estarem incluídas na agenda internacional (Resolução OPAS/OMS CD 49.R19), possuírem carga que justificam a intensificação das ações de controle, possuírem intervenções tecnicamente viáveis e rentáveis, não possuírem financiamento específico (exceto tuberculose), causarem incapacidade, serem preveníveis ou eliminadas com quimioterápicos e possuírem disponibilidade de diagnóstico e tratamento na rede de saúde, a saber: esquistossomose, geo-helmintíses, tuberculose, hanseníase, doença de Chagas, filariose e tracoma.

Pernambuco, portanto, inova no sentido de ser o primeiro estado brasileiro a desenvolver uma política direcionada ao enfrentamento integrado dessas doenças, em 108 municípios definidos como prioritários. Além das ações de rotina executadas pelos programas específicos, o Programa Sanar desenvolve atividades de fortalecimento da vigilância e da atenção básica voltadas para a identificação e manejo clínico adequados de pacientes, bem como prevê a ampliação do

PROGRAMA SANAR - Cadernos de Monitoramento | Volume 1 - Esquostossomose

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diagnóstico laboratorial, a melhoria do acesso ao tratamento e medicamentos e a realização de ações educativas e de mobilização social.

Em que pese a importância da formulação adequada das ações para o enfrentamento dessas doenças – este passo já foi dado - é sabido que outras estratégias precisam ser adotadas para conferir sustentabilidade e durabilidade às mesmas, o que só é possível mediante o envolvimento ativo dos profissionais da vigilância em saúde e da assistência, principalmente os da atenção básica, não só na compreensão do problema e na execução das ações de controle, mas, principalmente, no monitoramento das ações, pois somente assim é que um pensamento crítico pode ser formado a respeito dos caminhos adotados.

Foi pensando nos aspectos descritos acima que a Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde identificou a necessidade da construção da publicação Cadernos de Monitoramento - Programa Sanar, tendo como premissa que o monitoramento é uma atividade meio fundamental para o processo de gestão do SUS, uma vez que possibilita a mudança ou manutenção das estratégias adotadas, com foco no alcance dos resultados esperados.

Esta publicação se propõe a detalhar os caminhos conceituais e operacionais tomados pela Secretaria de Saúde do estado de Pernambuco no tocante ao controle das doenças negligenciadas, por meio da participação ativa de todos os envolvidos no acompanhamento dos indicadores selecionados para que assim se pudesse aprimorar o programa em busca do objetivo primordial de sua implantação, que é a transformação na realidade de saúde das populações sob risco.

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INTRODUÇÃO

1 Monitoramento e avaliação: ferramentas essenciais para os serviços de saúde

O campo da avaliação em saúde é impregnado por uma diversidade de termos, conceitos e métodos que é coerente com a multiplicidade de questões consideradas pertinentes na área da saúde e com a heterogeneidade e complexidade das intervenções, sejam elas ações, serviços, programas ou políticas públicas. Embora haja esta diversidade conceitual e terminológica, os objetivos oficiais avaliação em saúde são bem claros: (a) ajudar no planejamento e na elaboração de uma intervenção, (b) fornecer informações para melhorar uma intervenção no seu decorrer, (c) determinar os efeitos de uma intervenção ao seu final para decidir se ela deve ser mantida, transformada de forma importante ou interrompida, (d) utilizar os processos de avaliação como um incentivo para transformar uma situação injusta ou problemática, visando o bem estar coletivo e (e) contribuir para o progresso dos conhecimentos para a elaboração teórica (CONTANDRIOPOULOS, 1997).

Dentro do processo avaliativo, identifica-se o monitoramento como uma atividade meio, que pode ser descrita como o “acompanhamento continuado de compromissos (objetivos, metas e ações), explicitados em planos, programações ou projetos, de modo a verificar se estes estão sendo executados conforme preconizado” (BRASIL, 2010). É, portanto, uma importante ferramenta de gestão, já que permite que se tire conclusões a respeito do andamento de uma ação antes que esta chegue ao fim.

Dessa forma, o monitoramento tem uma carga avaliativa, no momento em que também faz uma análise comparativa com determinado referencial, produzindo informações sistemáticas importantes para o planejamento das ações e para a realização de uma avaliação. Considera-se o monitoramento parte essencial do planejamento das ações, devendo abranger desde aspectos relacionados ao modo de execução do trabalho previsto para alcançar os objetivos da intervenção (processo) até aqueles relacionados com os resultados que se pretendem alcançar. A avaliação, por sua vez, responde a questões avaliativas a partir de hipóteses geradas no monitoramento sobre as diferenças observadas entre o que é de fato realizado e as normas preconizadas para a sua execução.

É importante demarcar que um Programa de Saúde representa um sistema organizado de ação que visa, dentro de um determinado contexto e período de tempo, modificar o curso provável de um fenômeno, a fim de atuar sobre uma situação problemática, sendo por isso, categorizado como intervenção na área de saúde e que, por isso, é passível de ser monitorado e avaliado (CHAMPAGNE et al, 2011).

Neste sentido, torna-se imprescindível a disseminação do entendimento sobre a avaliação/monitoramento em saúde, por meio do desenvolvimento da capacidade técnica dos envolvidos no programa, uma vez que somente se apropriando de seus conceitos, práticas, meios e objetivos, pode-se fazer uso do seu desígnio principal de modificar em tempo oportuno as práticas profissionais no sentido de decidir sobre a conveniência de mantê-las, interrompê-las ou modificá-las em busca dos resultados almejados. O efetivo envolvimento e participação (compreensão → consciência crítica → atitudes) de todos no processo de monitoramento contribui com a superação da concepção de que o processo de monitoramento se encerra no simples registro dos dados nos sistemas de informação e seu envio periódico e acrítico às instâncias superiores.

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Para se proceder ao monitoramento e avaliação de programas de saúde se faz necessário conhecer bem seus objetivos, metas e público-alvo, assim como seus componentes, atividades a serem realizadas, e os produtos e resultados que se espera obter com a realização das atividades propostas pelo programa. A elucidação dessas questões básicas referentes ao programa que se pretende monitorar/avaliar dispostas num diagrama de funcionamento do programa, numa cadeia de eventos lógicos desde os componentes até os resultados esperados, constitui o desenho do Modelo Lógico, que será descrito adiante.

Antes de partir para a compreensão do conceito de Modelo Lógico, faz-se necessário conhecer as significações individuais de cada termo. Define-se modelo como aquilo que serve de objeto de imitação, e lógica como a organização coerente e estruturada do pensamento (ordenação do raciocínio). Portanto, o Modelo Lógico pode ser definido como um “esquema visual que expõe o funcionamento do programa e fornece uma base objetiva a respeito da relação causal entre seus elementos - estrutura, processos e resultados” (MCLAUGHIN e JORDAN, 1999; ROWAN, 2000).

O Modelo Lógico é, portanto, uma ferramenta que permite a visualização clara, concisa e direta de tudo aquilo que é preciso existir em termos de estrutura (recursos materiais, equipe de trabalho – o que é mais estático) e atividades/processos (o que o trabalhador deve realizar – o que é dinâmico) e como eles se combinam para conseguir os objetivos pretendidos que são os resultados a serem alcançados.

Em termos de utilidade, permite que todos os envolvidos tenham uma visão homogênea e completa de como deve funcionar um programa de controle evitando equívocos e, conseqüentemente, reduzindo a perda de tempo dos envolvidos em torno do objetivo pretendido. Entender o Modelo Lógico de um programa é compreendê-lo como um todo.

O desenho de um Modelo Lógico conta com os seguintes elementos:

- Componentes: são palavras-chaves que podem ser apreendidas dos objetivos específicos do programa e que podem também ser definidos após o elenco das atividades do programa e posterior agregação das atividades afins. O número de componentes vai depender da extensão e complexidade do programa e de quão claro eles ficarão dispostos no Modelo Lógico.

- Atividades: são os meios utilizados para alcançar os resultados esperados. Todas as ações que são e devem ser realizadas pelo programa.

- Recursos: volume e estruturação dos diferentes recursos mobilizados – financeiros, humanos, técnicos e informacionais

- Produtos: estão diretamente relacionados com as atividades, ou seja, cada atividade tem sua consequência imediata;

- Resultados: são as mudanças que o programa pretende proporcionar.

O Modelo Lógico resumido do Sanar está explicitado na Figura 1. Nele é possível verificar os componentes do programa transversais às sete doenças; as atividades a serem realizadas de forma geral; os resultados esperados e o impacto, considerando a plausibilidade entre cada um desses elementos.

1.1 Desenho do Modelo Lógico

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Reduzir e/ou eliminar doenças transmissíveis negligenciadas em Pernambuco,

nos municípiosprioritários para cada agravo, no período de 2011-2014

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PROGRAMA SANAR - Cadernos de Monitoramento | Volume 1 - Esquostossomose

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Depois de construído o Modelo Lógico é possível e necessário fazer uma seleção de perguntas sobre pontos específicos que se desejam esclarecer, o que serve para direcionar o processo avaliativo e para delimitar o que será avaliado e, portanto, só tem efeito se for realizado de forma compartilhada. Geralmente, estas perguntas são selecionadas por todos os participantes do processo.

Passada esta fase, parte-se para a resposta a estas perguntas, o que é feito mediante a definição de critérios e indicadores, em comparação com metas ou padrões pré-estabelecidos (As atividades propostas pelo programa estão acontecendo da maneira correta? Existe estrutura que dê suporte à execução das ações preteridas pelo programa? Os resultados estão sendo alcançados?). Por meio desta comparação é que se pode julgar se o programa está “funcionando” como planejado e se as mudanças na situação problemática, que se esperam como resultados da intervenção, estão acontecendo. Estes critérios e indicadores necessitam ser organizados de maneira sistemática para que sejam compreendidos por todos os envolvidos, o que é possível com a elaboração de uma Matriz de Monitoramento.

A Matriz de Monitoramento é uma ferramenta essencial no processo de apreensão e acompanhamento da realidade dinâmica da execução de um programa. Nela estão os critérios e indicadores, extraídos da estrutura, atividades e resultados do modelo lógico; os padrões/metas que são um valor de referência para mensuração de um fenômeno ou objeto considerado como ideal; o julgamento que será realizado e os resultados obtidos no monitoramento.

Se um indicador de estrutura (por exemplo: falta de profissionais habilitados em realização de tratamento supervisionado para tuberculose) apresenta-se problemático, isto provavelmente vai influenciar nos indicadores de resultado (por exemplo: maior abandono de tratamento). A compreensão da matriz é, portanto, imprescindível ao processo de monitoramento, e deve fazer parte do dia-a-dia dos técnicos que trabalham com o controle das doenças negligenciadas.

No caso do Programa Sanar, para cada uma das doenças negligenciadas foi elaborado um Modelo Lógico com sua respectiva matriz de monitoramento, já que existe um grupo específico de ações programáticas previstas para o controle de cada doença em questão. No entanto, todos os modelos e matrizes têm uma mesma raiz, que é o Modelo Lógico do Programa e, por isso, todos eles possuirão os cinco componentes-base desse Modelo.

A esquistossomose é uma doença parasitária, causada pelo trematódeo Schistosoma mansoni. No ciclo desse verme as coleções hídricas são essenciais (rios, lagos, córregos e poças), nas quais as formas larvais se desenvolvem em caramujos aquáticos do gênero Biomphalaria. A esquistossomose pode apresentar diferentes formas clínicas, inicialmente assintomática, até formas graves e óbito (REY, 2008).

Pernambuco é considerado a unidade federada do Brasil com maior grau de endemicidade para a esquistossomose, com sua taxa de mortalidade pela

1.2 Matriz de Monitoramento

2 Esquistossomose: monitoramento das ações de controle

doença apresentando-se cerca de 5 vezes maior que a do país ao longo dos anos. Considerando esse quadro epidemiológico, o Programa Sanar elegeu 40 municípios localizados em áreas endêmicas de Pernambuco, nos quais foram intensificadas as ações de controle da esquistossomose e também das geo-helmintíases. Esses municípios foram selecionados por apresentarem, em uma ou mais de suas localidades, uma média anual de positividade (doentes/examinados x 100) maior que 10%, entre os anos de 2006 e 2010.

Os dados necessários para cálculo da positividade foram extraídos do Sistema de Informação do Programa de Controle da Esquistossomose (SISPCE). A figura 2 demonstra espacialmente a localização desses municípios no estado.

Figura 2 - Distribuição dos municípios prioritários para esquistossomose

No entanto, dentre os 40 municípios selecionados como prioritários para o controle da esquistossomose, 10 (dez) deles não apresentaram, no período de 2010-2011 (período de lançamento do Programa Sanar), localidade(s) com média de positividade maior que 10%, embora tenham apresentado antes deste período. Desta forma, foram propostas duas linhas de ação, conforme o percentual de positividade observado:

1) Tratamento Coletivo (TC) (sem diagnóstico prévio), nas 123 localidades que apresentaram mais de 10% de positividade, distribuídas em 30 municípios.

2) Tratamento Seletivo (TS) (mediante diagnóstico prévio) nas demais localidades dos 40 municípios.

Selecionados os municípios e as linhas de ação, o Programa Sanar propôs estratégias específicas dentro dos 5 (cinco) componentes do Modelo Lógico, elaborado visando o controle da esquistossomose (Figura 3). Com base no modelo lógico, foi construída a Matriz de Monitoramento dessas ações, com os resultados obtidos até o ano de 2013 (Quadro 1).

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Redução da prevalência da esquistossomose e das geo-helmintíases nos 40 municípios prioritários até 2014

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20

13

PROGRAMA SANAR - Cadernos de Monitoramento | Volume 1 - Esquostossomose

15

INDICADOR PADRÃO JULGAMENTOENCONTRADO

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% de municípios que receberam

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ficha 101 do PCE

·

ficha 108 do PCE

VERDE: 100% - 80% dos municípios com recursos materiais previstos.

AMARELO:

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VERMELHO:

< 50% dos municípios com recursos materiais previstos.

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Capacitação em Tratamento Coletivo (TC)*

% de municípios onde há

localidades com mais de 10% de

positividade capacitados para

o desenvolvimento do Tratamento

Coletivo.

100% dos município onde há localidades com mais de 10% de positividade capacitados para o desenvolvimento do Tratamento Coletivo.

VERDE:

100% -

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AMARELO:

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50% dos municípios capacitados no TC

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Capacitação em Tratamento Seletivo (TS)

% dos municípios capacitados para

o desenvolvimento do Tratamento

Seletivo.

100% dos municípios capacitados para o desenvolvimento do Tratamento Seletivo.

VERDE:

100% -

80% dos municípios capacitados no TS

AMARELO:

79% -

50% dos municípios capacitados no TS VERMELHO: < 50% dos municípios capacitados no TS

87,5%

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Diagnóstico

(DP)

% dos municípios capacitados em

Diagnóstico Parasitológico

de esquistossomose

e geo-helmintíases.

100% dos municípios capacitados no Diagnóstico Parasitológico

de esquistossomose e geo-helmintíases.

VERDE:

100% -

80% dos municípios capacitados no DP

AMARELO:

79% -

50% dos municípios capacitados no DP

VERMELHO: < 50% dos municípios capacitados no DP.

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Capacitação no SISPCE

% dos municípios capacitados no

SISPCE

100% dos municípios capacitados no SISPCE

VERDE:

100% -

80% dos municípios houve capacitados no SISPCE.

AMARELO:

79% -

50% dos municípios capacitados no SISPCE.VERMELHO: < 50% dos municípios houve capacitados no SISPCE.

92,5%

Definição e pactuação da rede de

Existência de uma rede de referência estadual definida

Rede de referência definida e pactuada no estado

VERDE: simAMARELO: em andamento

SIM

Disponibilidade

Parasitológico

CRITÉRIODIMENSÃORESULTADO

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Quadro 1: Matriz de monitoramento do modelo lógico das ações de controle daesquistossomose do Programa Sanar, 2013

PROGRAMA SANAR - Cadernos de Monitoramento | Volume 1 - Esquostossomose

16

INDICADOR PADRÃO JULGAMENTOENCONTRADO

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CRITÉRIODIMENSÃORESULTADO

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Quadro 1 : Matriz de monitoramento do modelo lógico das ações de controle da esquistossomose do Programa Sanar, 2013

(Continuação)

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VERDE: 100% - 80% das localidades com TC supervisionadoAMARELO: 79% - 50% das localidades com TC supervisionadoVERMELHO: < 50% das localidades com TC supervisionado

VERDE: 100% - 80% dos municípios. AMARELO: 79% - 50% dos municípiosVERMELHO: < 50% dos municípios

VERDE: 100% - 80% das localidades com o Inquérito Amostral supervisionadoAMARELO: 79% - 50% das localidades com Inquérito Amostral supervisionadoVERMELHO: < 50% das localidades com Inquérito Amostral supervisionado

VERDE: 100% - 80% dos municípios realizando atividades educativasAMARELO: 79% - 50% dos municípios realizando atividades educativas. VERMELHO: < 50% dos municípios realizando atividades educativas

VERDE: 100% - 80% dos municípios com material educativoAMARELO: 79% - 50% dos municípios com material educativoVERMELHO: < 50% dos municípios com material educativo

VERDE: 100% - 80% das localidades com prevalência abaixo de 10%AMARELO: 79% - 50% das localidades com prevalência abaixo de 10%VERMELHO: < 50% das localidades com prevalência abaixo de 10%

100% dos municípios que possuem localidades com 10% de positividade, com TC concluído

100% das localidades com o TC concluído, supervisionado pela equipe do Sanar

100% dos municípios com o inquérito amostral realizado 4 meses após a conclusão do TC, em pelo menos 1 localidade

100% das localidades com o Inquérito Amostral concluído, supervisionado pela equipe do Sanar

100% dos municípios realizando atividades educativas com a comunidade

100% dos municípios com material educativo (folder, lâmina educativa) distribuídos pelo nível central

100% das localidades, onde o inquérito amostral foi concluído, com prevalência abaixo de 10%

% dos municípios que possuem localidades com 10% de positividade, com TC concluído

% das localidades com o TC concluído, supervisionado pela equipe do Sanar

% dos municípios com o inquérito amostral realizado 4 meses após a conclusão do TC, em pelo menos 1 localidade

% das localidades com o Inquérito Amostral concluído, supervisionado pela equipe do Sanar

% dos municípios realizando atividades educativas

% dos municípios com material educativo (folder, lâmina educativa) distribuídos pelo nível central

% das localidades onde o inquérito amostral foi concluído, com prevalência

Conclusão do Tratamento Coletivo

Supervisão in loco do TC

Inquérito Amostral realizado

Supervisãoin loco do Inquérito Amostral

Atividades educativaspara a Esquistossomose

Distribuiçãode material educativo para as ações de controle da Esquistossomose

Prevalência da esquistossomose nas localidades prioritárias

87,5%

2.1 Resultados do Monitoramento das Ações de Controle da Esquistossomose do SANAR

Dos 13 (treze) indicadores de estrutura, processo e resultado analisados no monitoramento das ações de controle da esquistossomose pelo Programa Sanar, 11 (onze) obtiveram desempenho satisfatório e 2 (dois) ainda permanecem com desempenho regular (Quadro 1). Vale ressaltar que essas ações ainda estão em andamento em alguns dos municípios prioritários, podendo-se concluir que este cenário ainda pode ser modificado.

Destacam-se os indicadores “Realização de capacitação em SISPCE” que aconteceu em 37 dos 40 municípios prioritários, “Distribuição de material educativo para as ações de controle da Esquistossomose”, o qual demonstrou que 100,0% dos municípios prioritários receberam material educativo sobre esquistossomose e, por fim, “Realização de capacitação em Tratamento Coletivo” e “Surpevisão in loco do Tratamento Coletivo”, que foram realizados em 100,0% dos municípios programados (Quadro 1).

Com base no bom desempenho atingido nas dimensões estrutura e processo, pode-se observar o alcance do padrão estabelecido para o indicador de resultado “Proporção de localidades com prevalência abaixo de 10%”, o qual obteve o resultado de 87,5%, conforme detalhado no Quadro 2. É possível perceber que em 100,0% das localidades a prevalência de esquistossomose diminuiu, com ênfase para os municípios de Jaboatão dos Guararapes, Belém de Maria e Cortês, que tiveram localidades cuja prevalência atingiu 0,0%.

PROGRAMA SANAR - Cadernos de Monitoramento | Volume 1 - Esquostossomose

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PROGRAMA SANAR - Cadernos de Monitoramento | Volume 1 - Esquostossomose

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Município/LocalidadePrevalência em

2010/2011Prevalência

pós SANAR

Jaboatão dos Guararapes

Barra de Jangada

10,3% 1,95%

Lagoa das Garças

4,2%

0%

Novo Horizonte

19,6%

4,0%

São Lourenço da Mata

Nova Tiúma

10,0%

1,7%

Vitória de Santo Antão

Arandu de Baixo

16,0%

2,7%

Correntes

Pau Amarelo

11,6%

2,3%

Belém de Maria

Barro Branco

14,0%

2,0%

Fortaleza e Limeira

34,0%

5,0%

Sítio do Meio

14,4%

1,1%

Sombra da Barra e Passagem de Areia 13,5% 1,1%

Sueira 11,5% 0%

Cortês

Umari

11,8%

0%

Diogo

12,5%

2%

Velho

12,3%

3,6%

Tamandaré

Canoa Grande

15,7%

1,3%

Itambé

Caricé

18,1%

7,8%

São Benedito do Sul

Igarapeba

19,8%

3,4%

Sítio Cobras

70,6%

36,8%

Boa Vista

26,7%

8,0%

Chã do Cajá 28,8% 10,4%

Água PretaEngenho Santa

Tereza 11,9% 10,8%

Quadro 2 – Comparativo das prevalências dos municípios com Inquérito Amostral concluído, antes e depois da intervenção do Programa Sanar, 2013.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Programa Sanar, em seus quase três anos de existência, beneficiou por meio das suas estratégias de controle da esquistossomose, direta ou indiretamente, 1.944.717 pessoas. Esta publicação, que apresenta os resultados parciais do monitoramento das ações de controle da esquistossomose em 40 municípios prioritários, demonstra que muitos avanços já foram obtidos, mas também aponta para importantes desafios.

Diminuir a carga das doenças negligenciadas, com a redução de indicadores inaceitáveis e, consequentemente, melhorar a situação de saúde e a qualidade de vida da população do estado de Pernambuco são objetivos finalísticos do Programa Sanar. Os resultados parciais apresentados neste volume da publicação Cadernos de Monitoramento – Esquistossomose indicam que as iniciativas adotadas para atender estes objetivos, muito embora ainda se tenha um longo caminho a percorrer, estão obtendo sucessos relevantes.

Desta forma, entendendo que o monitoramento é uma atividade fundamental ao processo de gestão do SUS, uma vez que possibilita a mudança ou manutenção das estratégias adotadas, com foco no alcance dos resultados esperados, o Programa Sanar tem se beneficiado deste processo e corrigido os rumos das ações, de modo a garantir o alcance do resultado final. Para tanto, é de fundamental importância que o desenho do sistema de monitoramento dos Programas seja parte integrante do planejamento das suas ações, devendo contemplar os aspectos nucleares da execução do trabalho previstos para alcançar os objetivos da intervenção.

PROGRAMA SANAR - Cadernos de Monitoramento | Volume 1 - Esquostossomose

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PROGRAMA SANAR - Cadernos de Monitoramento | Volume 1 - Esquostossomose

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