cadernos de ciÊncia, tecnologia e inovaÇÃo do …

36
CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO EIXO I – SISTEMA ESTADUAL DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO 2015

Upload: others

Post on 09-Nov-2021

16 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO

ESTADO DE MATO GROSSO

EIXO I – SISTEMA ESTADUAL DE CIÊNCIA,

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO2015

Page 2: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

Os Cadernos de Ciência, Tecnologia e Inovação tem o objetivo de divulgar o diagnóstico de cinco eixos temáticos (estabelecidos na Portaria nº. 064/2015/SECITECI) realizados pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação com a participação de instituições vinculadas aos temas a que se refere o trabalho, para subsídio a elaboração da Agenda Estratégica de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Mato Grosso 2015-2026.

Page 3: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

José Pedro Gonçalves TaquesGovernador do Estado de Mato Grosso

Carlos FávaroVice-governador do Estado de Mato Grosso

Luzia Helena Trovo M. SouzaSecretária de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação

Aluízio Leite ParedesSecretário Adjunto de Ciência, Tecnologia e Inovação

Elias Alves de AndradeSecretário Adjunto de Administração Sistêmica

UNIDADE RESPONSÁVEL

Lúcia Braga SousaSuperintendente de Desenvolvimento Cientí�co, Tecnológico e Inovação

Claudia Marisa RosaCoordenadora de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO

GOVERNO DE

MATOESTADO DE TRANSFORMAÇÃOGROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA,TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DE MATO GROSSO

SECITECI

Page 4: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

S446c

Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação - SECITECI

Cadernos de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Mato Grosso: Eixo I - Sistema Estadual Ciências, Tecnologia e Inovação. - Cuiabá, MT: Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, 2015.

32p.; il, 22cm

1. Ciência, Tecnologia e Inovação. 2. Planejamento. 3.Gestão. 4. Cadernos. 5. Sistema Estadual Ciências, Tecnologia e Inovação.

CDU - 338.28(=87)(817.2)

Bibliotecária responsável: Ana Heloiza Farias Pereira - CRB 1 2857

Page 5: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

PORTARIA Nº. 064/2015/SECITECI

A SECRETÁRIA DE ESTADO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO ESTADO DE MATO GROSSO, no uso de suas atribuições e prerrogativas legais conferidas pela Lei Complementar nº 566, de 20 de maio de 2015, considerando o art. 353 da Constituição do Estado de Mato Grosso, RESOLVE:

Art. 1º Instituir o Grupo Executivo, o Grupo Técnico e os Grupos Temáticos para elaboração da Agenda Estratégica de Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso - AECTI/MT, coordenado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação – SECITECI.

Art. 2º O Grupo Executivo será composto pelos seguintes membros:

I - GRUPO EXECUTIVOLuzia Helena Trovo Marques de Souza– Titular – SECITECILúcia Braga Sousa– Suplente – SECITECIAntônio Carlos Máximo – Titular – FAPEMATFlávio Teles Carvalho da Silva – Suplente – FAPEMATAdnauer Tarquinio Daltro – Titular – UFMTJésus Franco Bueno – Suplente – UFMTRodrigo Bruno Zanin –Titular – UNEMATAlexandre Gonçalves Porto – Suplente – UNEMATAntônio Carlos Vilanova – Titular – IFMTValquíria Carvalho Ribeiro Martinho – Suplente – IFMT

Art. 3º O Grupo Técnico será composto pelos seguintes membros:

II - GRUPO TÉCNICOAna Paula Poncinelli Garcia Rodrigues – SECITECICarmem Silvia Corrêa Bueno - CGEEClaudia Marisa Rosa – SECITECIElias Alves de Andrade – SECITECIFlávio Teles de Carvalho da Silva – FAPEMATHenrique Villa da Costa Ferreira – CGEELúcia Braga Sousa – SECITECIWashington Fernando da Silva - SECITECI

PARAGRAFO ÚNICO Ficam instituídas no âmbito do Grupo Técnico as comissões abaixo relacionadas com as seguintes composições:

a) Comissão de Formulação dos Cadernos de Ciência, Tecnologia e Inovação:Alexandre Cândido de Oliveira Campos - SEPLANClaudia Marisa Rosa - SECITECICristhina Machado do Amaral da Costa Marques - SECITECI

Page 6: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

Elizangela Regina Santos Xavier – SEPLANGeonir Paulo Schnorr – SEPLANGuillerme Hel Azanky Barrios Beserra – SEPLAN José Francisco Ourives – SEPLANJunior José Amorim – SEPLANVallência Maíra Gomes – SEPLANWashington Fernando da Silva – SECITECI

b) Comissão de Moderadores:Alexandre Cândido de Oliveira Campos - SEPLANAndreia Auxiliadora Paula Caldas - SEPLANCícero Eduardo Rodrigues Garcia - SEPLANCristiane Picolin Sanches - SEPLANDaniela Sampaio Steinle - SEPLANJanaina Leoffler de Almeida - SEPLANLucienne Machado Fitipaldi – SEPLANMaria Stella Lopes Okajima Conselvan – SEPLANMaricilda do Nascimento Farias – SEGESUirá Escobar Alioti - SEPLANVinicius de Carvalho Araujo – MT PAR

c) Comissão de Revisão dos Cadernos e Redação da Agenda Estratégica de Ciência, Tecnologia e Inovação:

Dionei José da Silva – UNEMATElias Alves de Andrade – SECITECIJoão Carlos de Souza Maia - UFMTTeresa Irene Ribeiro de Carvalho Malheiro - IFMTWashington Fernando da Silva - SECITECI

III - GRUPOS TEMÁTICOS

EIXO I - SISTEMA ESTADUAL DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

EIXO II - INOVAÇÃO NAS ICT'S E NAS EMPRESAS

EIXO III - PESQUISA, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO EM ÁREAS ESTRATÉGICAS

EIXO IV - EDUCAÇÃO SUPERIOR E PÓS-GRADUAÇÃO

EIXO V - EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Revisão Final de Texto: Lucia Braga Sousa

Claudia Marisa Rosa

Page 7: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

SISTEMA ESTADUAL DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

1 - INSTITUCIONALIDADE E GOVERNANÇA ESTADUAL DO SISTEMA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

2 - MARCOS LEGAIS PARA A PESQUISA, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO

3 - FINANCIAMENTO E CRIAÇÃO DE NOVOS FUNDOS PARA O SISTEMA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

4 - ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO ESTADO

5 - TRANSPARÊNCIA E PARTICIPAÇÃO SOCIAL NA POLÍTICA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

6 - QUESTIONAMENTOS

7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANEXOS

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE TABELAS

LISTA DE QUADROS

SIGLAS E ABREVIATURAS

SUMÁRIO

7

9

11

16

20

23

24

25

29

29

29

29

29

Page 8: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …
Page 9: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

O Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação – SECT&I é o principal instrumento de planejamento da área de CT&I e referência para o monitoramento da execução de políticas públicas desse setor, tendo sido estabelecido formalmente pelo Decreto nº 954, de 09 de abril de 1981.

O SECT&I é importante para estimular o crescimento cientí�co, tecnológico e a inovação no Estado e propiciar melhor qualidade da gestão do recurso humano e das redes produtivas, com impacto positivo no desenvolvimento regional, por meio do alinhamento da vocação do Estado às prioridades agroindustriais, comerciais e de serviços. Segmentos públicos e privados devem se organizar para melhor direcionar esse desenvolvimento. Cabe ao Estado a promoção de debates entre setores a�ns e com a sociedade, para o fortalecimento dos instrumentos do Sistema.

Importante mencionar a abrangência do SECT&I, pois o poder executivo estadual possui o papel de coordenar o SECT&I, propiciando estímulos, de�nindo diretrizes e gerando infraestrutura para melhorar o relacionamento entre os atores criando, dessa forma, políticas de Ciência e Tecnologia para as diferentes realidades setoriais da indústria, do agronegócio, etc. “O papel do setor público também é fundamental em aspectos intangíveis, como garantir direitos de propriedade intelectual e de troca de conhecimentos, ou mesmo manter um ambiente competitivo e que incentive a criação de redes de cooperação” (IEIS et al., 2013).

Para uma melhor compreensão da estrutura do SECT&I, é fundamental a identi�cação dos atores e como estão organizados, além da sua participação no Sistema Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação – SNCT&I.

Os sistemas de ciência, tecnologia e inovação nos diferentes países são formados por uma multiplicidade de atores que interagem em diversos níveis para a promoção da inovação. No Brasil, de acordo com a Série de Documentos Técnicos (CGEE, 2010) este sistema envolve basicamente:

• Ministérios: Ciência, Tecnologia e Inovação; Educação; Saúde; Defesa; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Relações Exteriores, entre outros;

EIXO I

SISTEMA ESTADUAL DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

7

Page 10: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

• Órgãos federais, estaduais e municipais de fomento à pesquisa cientí�ca e tecnológica: Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientí�co e Tecnológico - CNPq, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, Fundações estaduais de apoio à pesquisa – FAPs e outras fundações, além das agências de �nanciamento do desenvolvimento tecnológico: Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP, Banco Nacional do Desenvolvimento – BNDES, entre outros;

• Instituições de Educação Superior - IES, Hospitais Universitários e Centros de Pesquisa públicos e privados;

• Empresas de grande, médio e pequeno porte e microempresas, em diversos setores;

• Associações cientí�cas, tecnológicas e empresariais, além de órgãos não governamentais que contam com a participação da sociedade.

No Estado de Mato Grosso, o SECT&I é composto pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação – SECITECI, pela Secretaria de Estado de Educação – SEDUC, que integram o Conselho Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação – CECT&I, e pelos órgãos da administração descentralizada, bem como por todas as ICTs.

O SECT&I, por meio do CECT&I, é responsável por formular a Política Estadual de Desenvolvimento Cientí�co, Tecnológico e de Inovação, de acordo com os interesses do Estado conforme estabelecido na Lei Complementar nº. 186, de 14/07/2004.

O primeiro Plano Estadual de Ciência e Tecnologia foi elaborado em 2000, com funcionalidade prevista para o quadriênio 2000-2003. O segundo Plano de CT&I foi apresentado em 2004, para vigorar até 2007.

Em março de 2010, foi realizada a Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de Mato Grosso, em Cuiabá, seguida da Conferência Regional de Ciência, Tecnologia e Inovação da Região Centro-Oeste, com o objetivo de de�nir propostas para o desenvolvimento do setor de CT&I da região com vistas a subsidiar a elaboração do Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional - PACTI 2011-2014.

Em 2013, foi publicado o Plano de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento da Amazônia Legal, que contou com a participação de representantes do Estado de Mato Grosso.

8

Page 11: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

1 - Institucionalidade e Governança Estadual do Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação

No âmbito do SECT&I, os aspectos importantes que se relacionam à questão da governança são: a necessidade de promover uma melhor estruturação e sinergia do sistema, fortalecendo a interação entre os órgãos e agências do setor nas diversas esferas de poder; a de�nição ou aperfeiçoamento de políticas de indução de CT&I para agilizar e �exibilizar o apoio ao desenvolvimento regional sustentável, promovendo a redução das desigualdades intraestaduais e municipais; e a implantação de sistemas mais e�cazes de acompanhamento e avaliação dos resultados e impactos das políticas e programas de pesquisa e inovação.

O SECT&I é coordenado pelo CECT&I, órgão de decisão colegiada, que é o responsável por formular a Política Estadual de Desenvolvimento Cientí�co, Tecnológico e de Inovação, de acordo com os interesses do Estado; aprovar o Plano de CT&I, levando em conta a necessária conciliação entre metas e orçamento disponível; e sugerir níveis de prioridades e ordenamentos operacionais, conforme a Lei Complementar nº. 186, de 14 de julho de 2004. A Figura 1 abaixo representa os principais atores do SECT&I:

Figura 1. Principais atores do Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação. 9

Page 12: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

10

» Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação – SECITECI » Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso – FAPEMAT » Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT» Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT» Instituto Federal de Mato Grosso – IFMT» Federação das Indústrias de Mato Grosso – FIEMT» Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso – FECOMÉRCIO» Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso – FAMATO» Parque Tecnológico de Mato Grosso» Mato Grosso Participações e Projetos S/A – MT PAR » Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE » Serviço Nacional da Indústria – SENAI » Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – SENAR» Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC» Serviço Social do Transporte – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte – SEST-SENAT» Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo – SESCOOP» Fundação de Amparo à Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural de Mato Grosso – FUNDAPER» Agência de Fomento do Estado de Mato Grosso S/A – MT Fomento » Centro de Processamento de Dados do Estado de Mato Grosso – CEPROMAT » Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA » Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural – EMPAER» Instituto Mato-grossense do Algodão – IMA» Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso – Fundação Mato Grosso » Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI» Junta Comercial de mato Grosso – JUCEMAT» Fundação de Apoio à Pesquisa e Desenvolvimento Integrado Rio Verde – Fundação Rio Verde» Instituo Nacional de Tecnologia – INT/MCTI» Companhia Mato-grossense de Mineração – METAMAT» Instituto de Pesquisa do Pantanal – INPP/UFMT» Instituto Euvaldo Lodi – IEL» Instituto de Metrologia e Qualidade de Mato Grosso – IMEq» Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE» Arca Multincubadora – UFMT » Incubadora Mato Grosso Criativo – SECEL-MT» Incubadora ATIVA – IFMT- Cuiabá» Incubadora INCUBS – UNEMAT - Tangará da Serra» Incubadora IOCAS – UNEMAT - Tangará da Serra» Incubadora de Empresas Sucesso – Campo Verde – MT» Incubadora de Sorriso – Sorriso – MT

Page 13: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

» Incubadora I-deia – Rondonópolis – MT » Escritório de Inovação Tecnológica – UFMT» Núcleo de Inovação Tecnológica – UNEMAT» Núcleo de Inovação Tecnológica – IFMT

2 - Marcos legais para a Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação

A organização de um conjunto de leis é fundamental para garantir um ambiente jurídico favorável e que estimule atividades na área da CT&I, sobretudo para uma de�nição clara de papéis e de limites de competências dos diferentes agentes estatais, assim como entre os diferentes poderes e instâncias.

“O livre jogo de mercado não é su�ciente para que se estabeleça e se sustente o �uxo da aplicação de recursos em, por exemplo, uma tecnologia que demande grande investimento, mas possa ser facilmente reproduzida” (BARBOSA, 2006). Portanto, para viabilizar o aumento da produção cientí�ca e tecnológica em um país, a criação de instrumentos reguladores, que visem à segurança jurídica das relações daí advindas, é fundamental.

São exemplos desse conjunto a Lei de Informática (1998); a Lei de Inovação (2004) que tratam da subvenção econômica ao desenvolvimento de processos ou produtos inovadores; a Lei de Biossegurança (2005) e a Lei do Bem (2005) e sua regulamentação pelo Decreto 5.798/2006, de�nindo incentivos �scais às atividades de pesquisa e desenvolvimento de inovação tecnológica.

É importante reconhecer as diretrizes constitucionais regentes desse setor, formando uma espécie de “Estatuto Constitucional da Ciência e Tecnologia”, ponto de partida para qualquer discussão e regulamentação ulteriores (TAVARES, 2007).

A Constituição Federal - CF/1988 dedicou um capítulo próprio para a matéria do desenvolvimento cientí�co e tecnológico. O primeiro dispositivo é o artigo 218 que em seu caput, estabelece as diretrizes desenvolvimentistas brasileiras para o setor, enquanto no artigo 219, reforça que o Estado, ao estabelecer incentivos para o segmento econômico, na área tecnológica, deverá objetivar a autonomia do país.

Em âmbito estadual, foi fundamental a criação da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior de Mato Grosso – SECITES, pela Lei Complementar nº. 96, de 12 de dezembro de 2001, que também estabeleceu o Conselho Estadual de Ciência, Tecnologia e

11

Page 14: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

12

Educação Superior - CECT, regido pela Lei Complementar nº. 186, de 14 de julho de 2004.

A Lei Complementar nº. 96, de 12 de dezembro de 2001, foi depois modi�cada pela Lei Complementar nº. 151, de 08 de janeiro de 2004 e, atualmente, está em vigor a Lei Complementar nº. 566, de 20 de maio de 2015, que de�niu as competências e a nova nomenclatura com a inclusão do termo “inovação”, �cando assim designada: Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação - SECITECI.

Na Figura 2 constam os principais marcos legais da área de CT&I, a nível federal e estadual:

Figura 2. Marcos Legais de CT&I federais e estaduais.

Page 15: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

» Emenda Constitucional nº. 085/2015 – Emenda da Inovação Altera a constituição federal, introduzindo o termo “inovação”, e estimula a formação e o

fortalecimento de empresas inovadoras, a constituição e a manutenção de polos tecnológicos e a criação, absorção e transferência de tecnologia. Passa a ser papel do Estado a articulação de entes dos setores público e privado, permitindo cooperação entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios entre órgãos de entidades públicas e privadas.

» Lei nº. 10.973/2004 – Lei da InovaçãoEstá organizada em torno de três eixos: constituição de ambiente propício a parcerias

estratégicas entre universidades, institutos de pesquisa e empresas; estímulo à participação dos institutos de ciência e tecnologia no processo de inovação; e o estímulo à inovação na empresa, que poderão abater do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ os dispêndios em P&D. Além disso, facilita-se a obtenção de recursos públicos não-reembolsáveis com investimentos em P&D e subvenção econômica.

» Decreto nº. 5.563/2005 – Regulamenta a Lei da InovaçãoDispõe sobre as relações entre as instituições federais de educação superior e de

pesquisa cientí�ca e tecnológica e as fundações de apoio.

» Lei nº. 8.248/1991 – Lei da Informática Concede incentivos �scais a empresas do setor de tecnologia, áreas de hardware e

automação, que tenham por prática investir em P&D, com redução de IPI em produtos habilitados incentivados.

» Lei nº. 11.196/ 2005 – Lei do BemCria incentivos �scais às pessoas jurídicas que realizem pesquisa e desenvolvimento de

inovação tecnológica, com o objetivo de incentivar a inovação no setor privado, estabelecendo interação entre universidades e institutos de pesquisa com empresas, potencializando os resultados em P&D.

» Lei Complementar n°. 123/2006 – Lei das Micro e Pequenas EmpresasEstabelece normas gerais de tratamento diferenciado e favorecido, a ser dispensado às

microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com a concessão de incentivos �scais, classi�cando-as, por exemplo, com o 'simples', sistema de arrecadação único. As instituições públicas de fomento à inovação e tecnologia terão como meta a alocação de um mínimo de 20% dos recursos federais, estaduais e municipais em pesquisa, desenvolvimento e capacitação tecnológica em programas voltados para os pequenos negócios.

13

Page 16: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

» Decreto nº. 6.041/2007 – Política de BiotecnologiaObjetiva estabelecer ambientes propícios ao desenvolvimento de produtos e processos

biotecnológicos inovadores, o estímulo à maior e�ciência produtiva do país, o aumento da capacidade de inovação nas empresas, com absorção de tecnologias, expansão dos negócios e incremento das exportações.

» Lei nº. 12.349/2010 – Lei das licitaçõesVisa garantir o princípio da isonomia, da igualdade de condições de concorrência nos

processos licitatórios, privilegiando a proposta mais vantajosa para a administração, garantindo os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, igualdade, publicidade, probidade administrativa, vinculação exclusiva ao instrumento convocatório e julgamento objetivo.

» Constituição de Mato Grosso – Artigos 352, 353 e 354 – Ciência e TecnologiaEstabelece como política de Estado a promoção e o incentivo ao desenvolvimento

cientí�co e tecnológico, à pesquisa básica, à autonomia e à capacitação tecnológica, e à difusão de conhecimentos, com incentivo a empresas que invistam em pesquisas e criação de novos conhecimentos adequados ao Estado.

O Estado atribuirá dotação de recursos à FAPEMAT e ao Fundo Estadual de Educação Pro�ssional – FEEP, de até 2% da receita líquida, deduzidas as transferências aos municípios, garantindo um mínimo de 0,5% da receita a cada entidade.

» Lei Complementar nº. 186/2004 – Cria o CEC&TCria o Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia, atribuindo-lhe o poder de deliberar

sobre todos os assuntos relativos à ciência e tecnologia no Estado de Mato Grosso, entre eles: formular a política desenvolvimento de ciência e tecnologia do Estado de Mato Grosso, de acordo com os interesses do Estado; aprovar planos e programas na área; compatibilizar as atividades do setor com os demais planos de desenvolvimento do Estado; promover a integração e a articulação com as entidades do setor com vistas ao desenvolvimento da ciência e tecnologia no Estado; o intercâmbio com entidades do país e do exterior; e apreciar o orçamento do Estado relativo às ações de ciência e tecnologia, dentre outros.

» Lei Estadual nº. 297/2008 – Lei da InovaçãoEstabelece medidas de incentivo à inovação e à pesquisa cientí�ca e tecnológica em

ambiente produtivo, visando alcançar autonomia tecnológica, capacitação e desenvolvimento do Estado de Mato Grosso, estimulando a criação de ambientes cooperativos de inovação, a participação das ICTs no processo de inovação, à inovação nas empresas, dentre outros.

14

Page 17: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

» Lei Estadual nº. 7.612/2001 – PRÓ-INFORMÁTICA Tem por objetivo o estímulo à implantação de polo industrial para a produção de bens e

serviços destinados à informatização e automação, dentro do Programa de Incentivo às Empresas de Desenvolvimento e Produção de Produtos de Informática e Automação de Mato Grosso − PRÓ-INFORMÁTICA, com incentivos �scais a empresas, como, por exemplo, a redução de até 85% do ICMS devido.

» Lei nº. 7.958/2003 – Cria o Plano de Desenvolvimento de Mato Grosso, regulamentada pelo Decreto nº. 1.432/2003

De�ne o Plano de Desenvolvimento de Mato Grosso, com o objetivo de contribuir para a expansão, modernização e diversi�cação das atividades econômicas, estimulando investimentos, a renovação tecnológica das estruturas produtivas, o aumento da competitividade estadual, com ênfase na geração de emprego e renda, diminuindo as desigualdades regionais.

Foram criados os seguintes programas: PRODEIC – Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial; PRODER – Programa de Desenvolvimento Rural; PRODECIT – Programa de Desenvolvimento Cientí�co e Tecnológico; PRODETUR – Programa de Desenvolvimento do Turismo; e PRODEA – Programa de Desenvolvimento Ambiental.

» Decreto nº. 1.943/2013 – Regulamenta a Lei nº. 7.958/2003De�ne como prioritários ao desenvolvimento de Mato Grosso os arranjos produtivos:

agroindústria, metal mecânica e de material de transporte, eletroeletrônica, farmoquímica, bebidas, minerais não metálicos, segmentos que poderão usufruir do PRODEIC, que estabelece incentivos �scais a empresas, desde que aprovados pelo Conselho Estadual de Desenvolvimento Empresarial – CEDEM.

» Decreto nº. 1.432/2003 – Regulamenta a lei de incentivos �scais nº. 7.958/2003Estabelece que os recursos do Fundo de Desenvolvimento Industrial e Comercial -

FUNDEIC serão aplicados prioritariamente em �nanciamento de projetos, pesquisa e difusão tecnológica, treinamento de mão-de-obra, promoção, divulgação e outras ações de seu interesse.

» Lei nº. 6.883/1997 – Cria o PROALMAT e o FACUAL Institui o Programa de Incentivo ao Algodão de Mato Grosso – PROALMAT, com o

objetivo de recuperar e expandir a cultura do algodão no Estado, com incentivo �scal de redução de 75% sobre o ICMS devido para empresas que devem cumprir requisitos especí�cos. Fica também criado o Fundo de Apoio à Cultura do Algodão – FACUAL, para a realização de pesquisas sobre o algodão em Mato Grosso.

15

Page 18: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

» Lei nº. 8.432/2005 – Cria o FACS e o FABOVCria o Fundo de Apoio à Cultura da Soja – FACS e o Fundo de Apoio à Bovinocultura de

Corte – FABOV, e destina-lhes parte do recurso do Fundo de Transporte e Habitação – FETHAB, alterando-se a Lei nº. 7.263/2000, que criou o FETHAB, instituindo incentivos �scais em benefício dos segmentos de soja e de pecuária de corte em Mato Grosso, com redução de recolhimento de ICMS. Vale ressaltar que a lei não obriga o investimento em pesquisa, tecnologia e inovação.

3 - Financiamento e criação de novos fundos para o Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação

A execução de políticas públicas de ciência, tecnologia e inovação pressupõe o aumento dos recursos destinados ao sistema de CT&I como condição essencial para o seu incremento.

A cooperação entre os diversos atores do sistema de CT&I é uma estratégia bastante e�ciente para �nanciar programas, por meio da união dos atores interessados como os governos federal, estadual, municipal e o setor privado.

“A mobilização de atores regionais e a intervenção de esferas subnacionais na formulação e implementação das políticas de CT&I estão fortemente associadas aos objetivos de dinamizar a capacidade inovativa da economia do país a partir da promoção e da articulação de competências regionalmente reconhecidas” (CGEE, 2008).

Conforme o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos – CGEE (2010), em “Descentralização do fomento à ciência, tecnologia e inovação no Brasil”:

16

Fomento em sentido amplo corresponde a políticas e programas voltados para a promoção das atividades de CTI de instituições cientí�cas e tecnológicas (ICT) e empresas, com base nos seguintes tipos de instrumentos: de regulação (de�nição de percentuais mínimos de aplicação de recursos orçamentários; de�nição de contrapartidas; formas de acesso aos recursos (editais públicos, carta convite e encomendas etc); aporte de recursos não reembolsáveis às ICT; subvenção econômica (recursos não reembolsáveis às empresas privadas); créditos (recursos reembolsáveis); aporte de capital (participação em investimentos); e �scais (incentivos �scais ou renúncia de receitas). Segundo esses diferentes tipos de instrumentos, pode-se estabelecer uma tipologia das políticas e programas de CTI.

Page 19: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

17

Pode-se compreender o processo de descentralização como uma estratégia de expansão dos recursos do SNCT&I, na medida em que exige contrapartidas das unidades federativas. Nesse aspecto, a necessidade de �exibilidade de adaptação de regras gerais no que se refere aos montantes ou percentuais de contrapartidas também se impõe, dadas as diferentes condições orçamentárias e econômicas dos estados brasileiros. Em 2004, o Ministério da Ciência e Tecnologia, a partir da chamada “Carta de Salvador”, de�niu critérios diferenciados de aporte de contrapartidas dos estados, segundo a dimensão de suas economias e localização nas diferentes regiões brasileiras.

O processo de descentralização foi estabelecido por meio da criação de um sistema de fundações e de fundos de amparo à pesquisa previstos nas Constituições de 1989 em 24 estados e Distrito Federal (Amapá e Roraima passaram à categoria de Estado em 1990), conforme esclarece SILVA (2000).

A primeira, a Fapesp, já constava da Constituição do estado de São Paulo em 1947 e foi instalada em 1960, aprovando os primeiros auxílios em 1962. A ela se seguiram a Fapergs no Rio Grande do Sul, em 1964, a Faperj no Rio de Janeiro, em 1980 e a Fapemig de Minas Gerais, em 1985 (em dezembro de 1948 a Prefeitura de Campina Grande-PB criou a Fundação para o Desenvolvimento da Ciência e da Técnica tendo como dotação o produto da arrecadação do selo municipal de educação e cultura, depositado mensalmente em conta especial no Banco do Nordeste).

Em alguns estados (SE, TO, SP, SC, MG) é deduzida a quota transferida aos municípios; na Fapepe deduz-se a arrecadação de pelo menos nove impostos, além de salário educação, transferências de convênios e operações de crédito (no caso da Fapesp, até 1985, quando além de se deduzir o transferido aos municípios, as quotas eram transferidas com atraso e desvalorizadas pela in�ação, a dotação era, em média, 0,27% e não 0,5% como mandava a Constituição de 1947. Atualmente, no cálculo do 1% previsto na Constituição de 1989, é deduzida a quota de 25% do ICM transferida aos municípios). Quatorze estados (CE, PE, AL, SE, BA, RJ, SP, PR, SC, RS, GO, MT, MS, MG) e Distrito Federal estabeleceram que os recursos devem ser transferidos em duodécimos; sete estados e DF limitam as despesas com administração a 5% do orçamento e um (MA), a 10%; sete estados (AC, PI, PE, AL, SP, MT, MG) asseguram à fundação ou ao fundo administração privativa dos recursos (Tabela 1).

Page 20: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

Tabela 1 – Percentual mínimo da renda vinculado a fundações ou fundos em apoio de ciência e tecnologia, nas Constituições de 1989, em 22 estados e Distrito Federal.

Notas: 1 - As constituições do Acre, Rondônia e Rio Grande do Norte não de�nem percentual.

2 - Instituída com 0,4%.3 - 0,5% no primeiro ano, 1% no segundo, 1.5% a partir do terceiro.4 - 1.5% em 1990 e 2% a partir de 1991. Nos primeiros 5 anos um terço da dotação, deve ser transferido ao Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico – Fatec.5 - Em 1995 passou para 1%, mas recebendo 0.5% em 1995, 0.7% em 1996, 0.8% em 1997 e 1% a partir de 1998.

A natureza institucional e os vínculos previstos nas Constituições estaduais de 1989 apresentam algumas diferenças entre unidades da Federação (Quadro 1).A referência para cálculo do percentual também varia bastante entre as unidades (Quadro 2).

Percentual Estados

0.3 PA (2)

0.5 MA, SE, TO

1.0 PE, PI, SP

1.5 MS (3), RS, BA

2.0 AL, CE, MT, PR, SC, RJ (4)

2.5 ES, PB

3.0 AM, GO, MG (5)

18

Page 21: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

Quadro 1 – Modelos institucionais e vínculos de fundações e fundos previstos nas Constituições.

Notas: 1 - Fundação extinta em 1998. 2 - As atividades previstas para a FAPBA foram recentemente atribuídas ao

CADCT. 3 - Em 1998 foi instituído o Fundo Paraná e autorizada a Fundação Araucária

e o Paraná Tecnologia. 4 - Em 1995 foi instituído o Fundo Estadual de Ciência e Tecnologia com 0.4%

da receita orçamentária.

Quadro 2 – Referência para cálculo do potencial estabelecido na Constituição Estadual

Para que a política de descentralização do sistema de CT&I seja e�caz é preciso assegurar a regularidade na transferência de recursos, mantendo a execução �nanceira conforme a dotação orçamentária prevista, pelo menos em seus percentuais mínimos assegurados constitucionalmente.

19

Modelo institucional

Fundação pública

Fundo, articulado com Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia Fundo, articulado com Conselho Estadual de CT e uma fundação Apenas Conselho de CT Órgão especí�co Não de�nido

Unidades

AL, CE, MA (1), PI, PE, RJ, SP, RS, MG,

RO, MT, DF, SC, BA(2)

RN, GO, MS, SE

AM, PB, PA

TO PR (3)

ES, PA (4)

Referência Unidade

Receita tributária

Receita orçamentária

Receita corrente

Receita dos impostos

Receita líquida dos impostos

Receita estimada

Não de�nida

Referência Unidade

AM, BA, GO, MT, RJ, SP, SE, TO, MS, PR

DF, ES, PA, PI, PB, PE, RN

MA, MG, SC

CE

RS

AL

AC, RO

Page 22: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

20

4 - Acompanhamento e avaliação das políticas públicas de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado

Um dos conceitos de avaliação mais citados é o da Organization for Economic Cooperation and Development – OECD (2004) citado por Lima (2004):

É uma investigação tão sistemática e objetiva quanto possível, de um projeto ou programa em andamento ou �nalizado, seu design, implementação de resultados, com o objetivo de determinar a e�ciência, efetividade, impacto, sustentabilidade e relevância dos seus objetivos. O propósito de uma avaliação é guiar os decisores.

A avaliação é a etapa �nal do ciclo de políticas públicas e deve ser usada como uma ferramenta estratégica, com o objetivo de destacar a necessidade de realinhamentos do inicialmente planejado, o alcance das metas e dos objetivos previamente traçados, seus resultados e impactos para superar desa�os futuros.

O processo avaliativo deve responder a algumas indagações, tais como (LIMA, 2004):

• O executado ocorreu, conforme o planejado? • Os objetivos e metas do programa /projeto foram alcançados?• Até que ponto eles in�uenciaram nas mudanças de uma certa realidade?• Tais mudanças são totais ou parcialmente advindas da ação executada? • Quais as dimensões, impactos e resultados alcançados?• Houve mudança nos indicadores quantitativos ou qualitativos, quando comparadas à situação anterior e posterior à execução desses?

Os programas de CTI possuem duas vertentes, que são a capacitação de recursos humanos (alunos de graduação e pós, cientistas, professores ou pesquisadores), e o fomento (apoio ao desenvolvimento de projetos de CTI).As instituições podem ser universidades e institutos ou centros de pesquisa governamentais ou do setor privado (Centros de P e D). O primeiro caso tem incidência maior, em especial no Brasil, onde os recursos do setor privado para �nanciar as pesquisas são parcos. Nas universidades, concentram-se as capacitações dos recursos humanos, com o apoio à formação ou execução de pesquisas, como os cursos de mestrado, doutorado e pesquisa de pós-doutorado. No caso do fomento às ações de CTI estão envolvidas as pesquisas básicas, aplicadas e estratégicas.A avaliação de programas/projetos de CTI deve ser efetuada em todas as áreas do conhecimento e envolve o uso dos indicadores peculiares desse setor. A produção sistemática de indicadores de CTI é elemento imprescindível para o planejamento, monitoramento e avaliação de programas e projetos da área, sejam públicos ou privados.

Page 23: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

21

O Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI, empenhou-se em ampliar e melhorar a qualidade dos indicadores de C&T, criando em 1996 a Comissão de Constituição do Sistema de Indicadores em C&T, com base na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE, �cando a cargo da Secretaria de Acompanhamento e Avaliação implantar esses novos indicadores contidos no site do MCTI e na publicação de VIOTTI (2003).

Em 2014, o Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de CT&I – CONSECTI e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa – CONFAP, desenvolveram ações para formar a Rede de Indicadores Estaduais de CT&I – RIECTI, que é regida pelo Acordo de Cooperação Técnica e pelo Plano de Trabalho, �rmados entre o MCTI e todas as Unidades da Federação, constituída por representantes estaduais responsáveis, em seus estados de origem, pelas ações pactuadas no Plano de Trabalho, e coordenada pela Coordenação-Geral de Indicadores do MCTI (MCTI, 2014).

A RIECTI tem por objetivo avançar na consolidação desses indicadores, por meio de um processo participativo e coordenado, balizado pelas normas e recomendações metodológicas internacionais, de modo a garantir a comparabilidade entre os indicadores estaduais, e destes com os indicadores nacionais e de outros países.

Os primeiros desa�os desta Rede são os de aumentar a abrangência temática dos indicadores estaduais e de melhorar a qualidade dos dados dos dispêndios dos governos estaduais em C&T. Estes englobam os dispêndios em Pesquisa e Desenvolvimento – P&D e em Atividades Cientí�cas e Técnicas Correlatas - ACTC (MCTI, 2014).

Conforme pactuado no Acordo de Cooperação Técnica e no Plano de Trabalho caberá

à Coordenação-Geral de Indicadores do MCTI fornecer a cada Estado e ao Distrito

Federal as informações relativas aos seus indicadores de:• Pedidos de patentes depositadas e concessão de patentes pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI;• Produção bibliográ�ca, segundo meio de divulgação, no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq;• Pessoal em P&D, em número de pessoas e em equivalência de tempo integral, por setor institucional e categoria, gerados conforme a metodologia usada nos indicadores nacionais;• Dispêndios em P&D das Instituições de Educação Superior Estaduais, públicas e privadas, empregando também a mesma metodologia dos indicadores nacionais; • Dispêndios em P&D dos governos municipais, aferidos nos Balanços Municipais disponíveis na Secretaria do Tesouro Nacional – STN/MF; e

Page 24: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

• Dispêndios em P&D das empresas industriais cuja sede é no Estado, com base nos dados regionalizados da Pesquisa de Inovação - PINTEC/IBGE, para as Unidades da Federação (UFs) selecionadas na pesquisa; e para as UFs não selecionadas, o valor será estimado a partir da participação do Estado na economia da região, conforme metodologia de�nida em nota especí�ca.

O mapa a seguir (Figura 3) demonstra os dispêndios dos governos estaduais em P&D e o percentual em relação às suas receitas totais, no ano de 2013. Os dados referem-se a um dos indicadores selecionados pelo MCTI e consolidado nos Indicadores Selecionados de Ciência, Tecnologia e Inovação Brasil 2015 (MCTI, 2015).

22

Figura 3. Dispêndios dos governos estaduais em pesquisa e desenvolvimento – P&D e o percentual em relação às suas receitas totais – Brasil – 2013 (MCTI, 2015).

Page 25: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

23

5 -Transparência e participação social na política de Ciência, Tecnologia e Inovação

Entre as dimensões da nova governança pública que necessitam ser exercitadas e desenvolvidas continuamente nas democracias do século XXI estão os modelos de participação social e transparência na elaboração e gestão de políticas e serviços públicos.

É dever do setor público, disponibilizar e facilitar o acesso às informações relativas à execução das políticas públicas e dar transparência na aplicação de seus recursos. Por meio da implementação de canais de comunicação com a sociedade é possível dar visibilidade aos resultados alcançados, assim como estimular o acompanhamento das ações propostas pelo setor público nas três esferas de governo.

No âmbito do governo federal, foi desenvolvido o Monitor de Políticas Públicas de CT&I, ferramenta que tem o objetivo de comunicar à sociedade os resultados das políticas públicas de CT&I executadas no âmbito do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação - MCTI.

No âmbito do governo estadual, são atribuições da SECITECI, entre outras, a “proposição de políticas e planos, com participação social e dos componentes do Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação – SECT&I, capazes de elevar a capacidade cientí�ca e tecnológica em setores estratégicos para o desenvolvimento sustentado do Estado, articulando ações e instituições para sua execução” (LEI COMPLEMENTAR nº. 566, 2015).

A participação social é importante não só para acompanhar e avaliar as políticas públicas executadas, mas também para proporcionar a expressão de demandas sociais. A consolidação desta participação organiza-se por meio da formação de conselhos e de diferentes mecanismos de parcerias. A constituição de conselhos e parcerias para a elaboração de políticas públicas e para o conhecimento de necessidades sociais fortalece a democratização do processo decisório e estabelece novas bases para a intervenção estatal no campo social, em busca de maior igualdade, equidade e e�ciência (SILVA et al., 2005).

De acordo com a Portaria nº 397/2012, do MCTI:

A avaliação de uma política depende de informações completas sobre público-alvo, recursos aplicados, público bene�ciado, resultados obtidos, etc. Para produzir esse tipo de informação, é preciso integrar sistemas de informação, cruzar diferentes bases de dados, tratar e consolidar as informações coletadas. Por isso, o sucesso de uma política de avaliação depende, em grande parte, do comprometimento de todas as áreas da instituição com a geração e disponibilização das informações necessárias ao processo de monitoramento e avaliação - MA.

Page 26: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

Outro desa�o importante diz respeito à necessidade de capacitação dos técnicos e gestores da área sobre as diferentes abordagens e metodologias disponíveis no campo da avaliação de políticas públicas. Finalmente, e não menos relevante, é a necessidade de disponibilizar todas as informações, indicadores e resultados do processo de MA para a comunidade cientí�ca e tecnológica e para a sociedade em geral. O livre acesso às informações é fundamental para que a avaliação seja realizada não apenas pelos técnicos e gestores governamentais, mas também por estudantes, pesquisadores ou cidadãos interessados nas políticas públicas de CTI. A transparência e a publicidade são elementos fundamentais da Política de Monitoramento e Avaliação de CTI. Para que as atividades de avaliação sejam efetivas e motivem o aprimoramento das políticas públicas e da gestão governamental, é fundamental que os resultados dessas avaliações sejam amplamente divulgados.

6 - Questionamentos

1. Que medidas são necessárias para a real efetivação do SECT&I em Mato Grosso?

2. Que ações referentes ao Marco Legal são consideradas necessárias para melhorar a atuação da CT&I no Estado de Mato Grosso?

3. Que sugestões podem ser recomendadas para o efetivo acompanhamento e avaliação das políticas públicas em CT&I no Estado de Mato Grosso?

24

Page 27: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

25

7 - Referências bibliográ�cas

BARBOSA, D.B. (Org.). Direito da Inovação: comentários à Lei Federal de Inovação, Incentivos Fiscais à Inovação, Legislação estadual e local, Poder de Compra do estado (modi�cações à Lei de Licitações). 2.ed. rev. e aum. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Diário O�cial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 05 de Nov. de 1988, p.2. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 10/08/2015

______. Decreto n° 5.563, de 11 de Outubro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004, que dispõe incentivos à inovação e à pesquisa cientí�ca e tecnológica no ambiente produtivo, e dá outras providências. Diário O�cial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 13 Out. 2005, p.1. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5563.htm>. Acesso em: 10/08/2015.

______. Decreto nº 5.798. Regulamenta os incentivos �scais às atividades de pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica, de que tratam os arts. 17 a 26 da Lei no 11.196, de 21 de novembro de 2005. Diário O�cial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 07 de jun. de 2006, n.109, Seção 1, p.2. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/decreto/d5798.htm>. Acesso em: 10/08/2015.

______. Decreto nº 6.041, de 8 de Fevereiro de 2007. Institui a Política de Desenvolvimento da Biotecnologia, cria o Comitê Nacional de Biotecnologia e dá outras providências. Diário O�cial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 09 de Fev. de 2007, p.1. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6041.htm> Acesso em: 10/08/2015.

______. Emenda Constitucional nº 85, de 26 de fevereiro de 2015. Altera e adiciona dispositivos na Constituição Federal para atualizar o tratamento das atividades de ciência, tecnologia e inovação. Diário O�cial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 27 de Fev. de 2015, p.4.. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc85.htm>. Acesso em: 10/08/2015.

______. Lei Complementar nº 123, de 14 de Dezembro de 2006. Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis no 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, [...]. Diário O�cial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 15 de Dez. de 2006, p.1 Ref.06 de Mar. de 2012. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm> Acesso em: 10/08/2015.

______. Lei no 10.973, de 2 de Dezembro de 2004. Dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa cientí�ca e tecnológica no ambiente produtivo e dá outras providências. Diário O�cial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 03 dez. 2004, p.2. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.973.htm>. Acesso em: 10/08/2015.

______. Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005. Institui o Regime Especial de Tributação para a Plataforma de Exportação de Serviços de Tecnologia da Informação - REPES, o Regime Especial de Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras - RECAP e o Programa de Inclusão Digital; dispõe sobre incentivos �scais para a inovação tecnológica; [...] e dá outras providências. Diário O�cial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 22 de Nov. de 2005, p.1. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/l11196.htm>. Acesso em: 10/08/2015.

Page 28: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

26

______. Lei nº 12.349, de 15 de dezembro de 2010. Altera as Leis nos 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.958, de 20 de dezembro de 1994, e 10.973, de 2 de dezembro de 2004; e revoga o § 1o do art. 2o da Lei no 11.273, de 6 de fevereiro de 2006. Diário O�cial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 16 de Out. de 2010, p.1. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12349.htm> Acesso em: 10/08/2015.

______. Lei nº 8.248, de 23 de Outubro de 1991. Dispõe sobre a capacitação e competitividade do setor de informática e automação, e dá outras providências. Diário O�cial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 24 de Out. de 1991, p.23433. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8248.htm>. Acesso em: 10/08/2015.

______. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI. Lei do bem. Relatórios anuais da utilização de incen-tivos �scais - MCTI. 2015. Disponível em: <http://leidobem.net.br/biblioteca/leidobem_relatorios_do_mcti/>. Acesso em:17/08/2015.

______. Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação - MCTI. Indicadores selecionados de Ciência, Tecnologia e Inovação: Dispêndios Estaduais. Brasília, DF: CGIN/ ASCAV/ SEXEC/ MCTI, 2015. Disponível em: <http://www.mct.gov.br/upd_blob/0237/237254.pdf>. Acesso em: 15/09/2015.

______. Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação - MCTI. Portaria MCTI nº 397, de 05 de junho de 2012. Publicado no DOU de 08/06/2012, Seção I, p.10. Disponível em: <http://www.mct.gov.br/index. php/content/view/342838.html>. Acesso em: 15/09/2015.

______. Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovaçāo - MCTI. Rede de Indicadores Estaduais de CTI, 2014. <http://www.mct.gov.br/riecet_indicadores_estaduais/2013/apresentacao.html>. Acesso em: 15/09/2015.

CENTRO DE GESTÃO E ESTUDOS ESTRATÉGICOS – CGEE. Estratégias de Descentralização nas Áreas de Saúde e Educação no Brasil, Brasília, DF: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, 2008.

______. Quadro de atores selecionados no sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação: Série documentos técnicos, 6 – Brasília, DF: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, 2010. (Série Documentos Técnicos).

IEIS, F.; BASSI N.; SILVA, C. Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil: o resultado da cooperação nas empresas privadas e estatais a par tir de 2000. Espacios. v.34, n.7, p.5, 2013. Disponível em: <http://www.revistaespacios.com/a13v34n07/13340705.html>. Acesso em: 12/05/2015.

LIMA, N.P.C. Avaliação das ações de ciência, tecnologia e inovação (C,T&I): re�exões sobre métodos e práticas. Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, 2004.97p.

MATO GROSSO (Estado). Constituição do Estado de Mato Grosso de 1989. Texto promugado em 05 de outubro de 1989 e atualizado até a Emenda Constitucional nº 61, de 13 de julho de 2011. Diário O�cial do Estado de Mato Grosso, Setembro de 2012, p.128. Disponível em: <http://www.al.mt.gov.br/busca_legislacao/anexos/constituicao_estadual.pdfr> Acesso em: 10/08/2015.

______. (Estado). Decreto nº 1.432 de 29 de Setembro de 2003. Regulamenta a Lei n° 7.958, de 25 de setembro de 2003, que de�ne o Plano de Desenvolvimento de Mato Grosso, Cria Fundos e dá outras Providências. Diário O�cial do Estado de Mato Grosso, 29 de Set. de 2003, p.1 Disponível em: <http://app1.sefaz.mt.gov.br/Sistema/legislacao/legislacaotribut.nsf/07fa81bed2760c6b84256710004d3940/49c7eff7a988dd7904256db2004b2824?OpenD ocument#_b8h2k6ki5ah7i0jno40oisd1j68nj0co_>. Acesso em: 10/08/2015.

Page 29: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

27

______. (Estado). Decreto nº 1.943 de 27 de Setembro de 2013. Regulamenta a Lei nº 9.932, de 07 de junho de 2013, que altera a redação da Lei nº 7.958, de 25 de setembro de 2003, que de�ne o Plano de Desenvolvimento de Mato Grosso, cria Fundos e dá outras providências. Diário O�cial do Estado de Mato Grosso, 18 do Out. de 2013. Disponível em: <http://app1.sefaz.mt.gov.br/Sistema/legislacao/legislacaotribut.nsf/07fa81bed2760c6b84256710004d3940/0fad46f7b0505c1184257bf6004a5b8b?OpenD ocument#_a5924agqi8la4u82eksg32bhp6gpio8248kg34dp08h2i0kq5ah2kq_> Acesso em: 10/08/2015.

______. (Estado). Decreto nº 954 de 09 de Abril de 1981. Sistema Estadual de Ciência e Tecnologia. Diário O�cial do Estado de Mato Grosso, de 09 de Abril de 1981. Disponível em: <http://www.secitec.mt.gov.br> Acesso em: 10/08/2015.

______. (Estado). Lei Complementar nº 151, de 08 de Janeiro de 2004. Altera a denominação da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior - SECITES, sua estrutura organizacional, e dá outras providências. Diário O�cial do Estado de Mato Grosso, 08 de Jan. de 2004. Disponível em: <http://www.al.mt.gov.br/busca_legislacao/?TipoNorma=2&RestringeBusca=e&Numero=151 >. Acesso em: 10/08/2015.

______. (Estado). Lei Complementar nº 186 de 14 de Julho de 2004. Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia. Diário O � c i a l d o E s t a d o d e M a t o G r o s s o , 1 4 d e J u l . d e 2 0 0 4 , p . 1 . D i s p o n í v e l e m : <http://www.al.mt.gov.br/busca_legislacao/?TipoNorma=2&RestringeBusca=e&Numero=186 > Acesso em: 10/08/2015.

______. (Estado). Lei Complementar nº 297, de 07 de Janeiro de 2008. Dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa cientí�ca e tecnológica visando alcançar autonomia tecnológica, capacitação e o desenvolvimento do Estado de Mato Grosso. Diário O�cial do Estado de Mato Grosso, 07 de Jan. de 2008, p.1. Disponível em: <http://www.al.mt.gov.br/busca_legislacao/?TipoNorma=2&RestringeBusca=e&Numero=297>. Acesso em: 10/08/2015.

______. (Estado). Lei Complementar nº 566 de 20 de Maio de 2015 . Dispõe Sobre a Organização administrativa do Poder Executivo Estadual e dá outras Providências. Diário O�cial do Estado de Mato Grosso, 20 de Maio de 2015, p.1-11. Disponível em: <http://www.al.mt.gov.br/busca_legislacao/?TipoNorma=2&RestringeBusca=e&Numero=566>. Acesso em: 10/08/2015.

______. (Estado). Lei nº 8432, de 30 de Dezembro de 2005. Altera dispositivos da Lei nº 7.263, de 27 de março de 2000, que criou o Fundo de Transporte e Habitação – FETHAB, cria o Fundo de Apoio à Cultura da Soja – FACS e o Fundo de Apoio à Bovinocultura de Corte – FABOV, e dá outras providências. Diário O�cial do Estado de Mato Grosso, 30 de Dez. de 2005. Disponível em: <http://www.al.mt.gov.br/busca_legislacao/?TipoNorma=1&RestringeBusca=e&Numero=8432>. Acesso em: 10/08/2015.

______. (Estado). Lei Ordinária nº 7.612 de 28 de Dezembro de 2001. Institui o Programa de Incentivo às Empresas de Desenvolvimento e Produção de Produtos de Informática e Automação de Mato Grosso - PRO-INFORMÁTICA. Diário O�cial do Estado de Mato Grosso, 28 de Dez. de 2001, p.11. Disponível em: <http://www.al.mt.gov.br/busca_legislacao/?TipoNorma=1&RestringeBusca=e&Numero=7612> Acesso em: 10/08/2015.

______. (Estado). Lei Ordinária nº 6.883 de 02 de Junho de 1997. Institui o Programa de Incentivo ao Algodão de Mato Grosso - PROALMAT, cria o Fundo de Apoio à Cultura do Algodão - FACUAL e dá outras providências. Diário O�cial do Estado de Mato Grosso, 02 de Jun. de 1997, p.4. Disponível em: <http://www.al.mt.gov.br/busca_legislacao/?TipoNorma=1&RestringeBusca=e&Numero=6883>. Acesso em: 10/08/2015.

Page 30: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

28

______. (Estado). Lei Ordinária nº 7.958 de 25 de Setembro de 2003. Plano de Desenvolvimento de Mato Grosso Cria Fundos e dá outras Providências. Diário O�cial do Estado de Mato Grosso, 25 de Set. de 2003, p.1. Disponível em: <http://www.al.mt.gov.br/busca_legislacao/?TipoNorma=1&RestringeBusca=e&Numero=7958r> Acesso em: 10/08/2015.______. (Estado). Lei Complementar nº 96, de 12 de Dezembro de 2001. Cria a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior-SECITES, dispõe sobre a sua estrutura e dá outras providências. Diário O�cial do Estado de Mato Grosso, 12 de Dez. de 2001, p.1. Disponível em: <http://www.al.mt.gov.br/busca_legislacao/?TipoNorma=2&RestringeBusca=e&Numero=96>. Acesso em: 10/08/2015.

SILVA, A.C. da. Descentralização em política de ciência e tecnologia. Estudos Avançados, São Paulo, v.14, n.39, p.61-73, 2000.

SILVA, F.B. da; JACCOUD, L.; BEGHIN, N. Políticas Sociais no Brasil: participação social, conselhos e parcerias. IPEA, 2005. Disponível em:<http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&id=5491>. Acesso em: 12/05/2015.

TAVARES, A.R. Estatuto Constitucional da Ciência e Tecnologia. In: Seminário Inovação e Segurança Jurídica: Contribuições ao debate. São Paulo, 13 de dezembro de 2006. Disponível em: <http://www.cgee.org.br/arquivos/sisj.pdf>. Acesso em: 16/09/2015.

VIOTTI, E.B. Fundamentos e evolução dos indicadores em CT&I. In: VIOTTI, E.B.; MACEDO, M. de M. (Ed.). Indicadores de ciência, tecnologia e inovação no Brasil. Campinas: Editora da Unicamp, 2003.

Page 31: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

29

Anexos

Lista de �guras

Figura 1. Principais atores do Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Figura 2. Marcos Legais de CT&I federais e estaduais.

Figura 3. Dispêndios dos governos estaduais em pesquisa e desenvolvimento – P&D e o percentual em relação às suas receitas totais – Brasil – 2013.

Lista de tabelas

Tabela 1. Percentual mínimo da renda vinculado a fundações ou fundos em apoio de ciência e tecnologia, nas Constituições de 1989, em 22 estados e Distrito Federal.

Lista de quadros

Quadro 1. Modelos institucionais e vínculos de fundações e fundos previstos nas Constituições.

Quadro 2. Referência para cálculo do potencial estabelecido na Constituição Estadual.

Siglas e abreviaturas

ACTC − Atividades Cientí�cas e Técnicas Correlatas BNDES − Banco Nacional do Desenvolvimento CAPES − Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CECT − Conselho Estadual de Ciência, Tecnologia e Educação Superior CECT&I − Conselho Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação CEDEM − Conselho Estadual de Desenvolvimento Empresarial CEPROMAT − Centro de Processamento de Dados do Estado de Mato Grosso CGEE − Centro de Gestão e Estudos Estratégicos CNPq − Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientí�co e Tecnológico CONFAP − Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa CONSECTI − Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de CT&ICT&I − Ciência, Tecnologia e Inovação

Page 32: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

30

EMBRAPA − Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária EMPAER − Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural FABOV − Fundo de Apoio à Bovinocultura de Corte FACS − Fundo de Apoio à Cultura da Soja FACUAL − Fundo de Apoio à Cultura do Algodão FAMATO − Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso FAPEMAT − Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso FAPs − Fundações de apoio à pesquisa FECOMÉRCIO − Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso FEEP − Fundo Estadual de Educação Pro�ssional FETHAB − Fundo de Transporte e Habitação FIEMT − Federação das Indústrias de Mato Grosso FINEP − Financiadora de Estudos e Projetos FUNDAPER − Fundação de Amparo à Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural de Mato Grosso FUNDEIC − Fundo de Desenvolvimento Industrial e Comercial ICMS − Imposto sobre Circulação de Mercadorias e ServiçosICT − Instituições Cientí�cas e TecnológicasIEL − Instituto Euvaldo Lodi IES − Instituições de Educação Superior IFMT − Instituto Federal de Mato Grosso IMA − Instituto Mato-grossense do Algodão IMEq − Instituto de Metrologia e Qualidade de Mato Grosso INPE − Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais INPI − Instituto Nacional de Propriedade Industrial INPP − Instituto de Pesquisa do Pantanal INT − Instituo Nacional de Tecnologia IRPJ − Imposto de Renda de Pessoa Jurídica JUCEMA − Junta Comercial de mato Grosso MCTI − Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação METAMAT − Companhia Mato-grossense de Mineração MT Fomento − Agência de Fomento do Estado de Mato Grosso S/A MT PAR − Mato Grosso Participações e Projetos S/A NITs − Núcleos de Inovação TecnológicaOECD − Organization for Economic Cooperation and Development OCDE – Organização para Cooperação e Desenvolvimento EconômicoP&D − Pesquisa e Desenvolvimento PACTI − Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional PROALMAT − Programa de Incentivo ao Algodão de Mato Grosso PRODEA − Programa de Desenvolvimento AmbientalPRODECIT − Programa de Desenvolvimento Cientí�co e TecnológicoPRODEIC − Programa de Desenvolvimento Industrial e ComercialPRODER − Programa de Desenvolvimento RuralPRODETUR − Programa de Desenvolvimento do TurismoPRÓ-INFORMÁTICA − Programa de Incentivo às Empresas de Desenvolvimento e Produção de Produtos de Informática e Automação de Mato GrossoRIECTI − Rede de Indicadores Estaduais de CT&ISEBRAE − Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SECITECI − Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação

Page 33: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

31

SECT&I − Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação SEDUC − Secretaria de Estado de Educação SENAC − Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial SENAI − Serviço Nacional da Indústria SENAR − Serviço Nacional de Aprendizagem Rural SENAT − Serviço Nacional de Aprendizagem do TransporteSESCOOP − Serviço Nacional de Aprendizagem do CooperativismoSEST − Serviço Social do TransporteSNCT&I − Sistema Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação.STN − Secretaria do Tesouro Nacional UFMT − Universidade Federal de Mato Grosso UFs − Unidades da Federação UNEMAT − Universidade do Estado de Mato Grosso

Page 34: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …

32

Page 35: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …
Page 36: CADERNOS DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO DO …