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2015 2013 | 2014 CADERNOS APRENDER COM CULTURA E EXTENSÃO

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Universidade de São Paulo. Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária Cadernos Aprender com Cultura e Extensão 2013-2014 / Pró-Reitoria de Cultura e Exten-são Uni versitária da Universidade de São Paulo. – São Paulo, SP: A Pró-Reitoria, 2014. 318 p. ; 16,5x27 cm. – Aprender com Cultura e Extensão, ISSN 2358-3215 ; n. 6 (2015)

1. Cultura. 2. Extensão. 3. Cadernos. I. Título. II. Série

ADVERTÊNCIA Os projetos editados neste catálogo são originários do banco de dados do Programa Aprender com Cultura e Extensão, edição 2013-2014, constante no Sistema Corporativo Apolo da Universidade de São Paulo. O conteúdo é de inteira responsabilidade dos coordena-dores dos projetos. As eventuais correções buscam não alterar as intenções informativas dos proponentes.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOMARCO ANTONIO ZAGO ReitorVAHAN AGOPYAN Vice-ReitorMARIA ARMINDA DO NASCIMENTO ARRUDA Pró-Reitora de Cultura e Extensão UniversitáriaANTONIO CARLOS HERNANDES Pró-Reitor de GraduaçãoBERNADETTE DORA GOMBOSSY DE MELO FRANCO Pró-Reitora de Pós-GraduaçãoJOSÉ EDUARDO KRIEGER Pró-Reitor de Pesquisa

PRÓ-REITORIA DE CULTURA E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIAMARIA ARMINDA DO NASCIMENTO ARRUDAPró-Reitora de Cultura e Extensão UniversitáriaJOÃO MARCOS DE ALMEIDA LOPESPró-Reitor Adjunto de CulturaMOACYR AYRES NOVAES FILHOPró-Reitor Adjunto de Extensão UniversitáriaJOSÉ NICOLAU GREGORIN FILHOAssessor Técnico de GabineteRUBENS BEÇAKAssessor Técnico de GabineteCECÍLIO DE SOUZAAssistente Técnico do GabineteEDUARDO ALVESAssistente Técnico do GabineteJULIANA MARIA COSTAChefe da Divisão de Ação CulturalKELY CRISTINE SOARES DA SILVA MENDESChefe da Divisão AcadêmicaVALDIR PREVIDEChefe da Divisão Administrativa e Financeira

PROGRAMA APRENDER COM CULTURA E EXTENSÃOComissão de Acompanhamento do ProgramaALESSANDRA LOPES DE OLIVEIRADANIEL PACHECO PONTESGUILHERME ANDRADE MARSONLUCIANO VICTOR BARROS MALULYMARIA DE LOURDES VERONESE RODRIGUESMARÍLIA RITA RIBEIRO ZALAFPEDRO VALENTIM MARQUESRICADO RICCI UVINHASOLANGE DE OLIVEIRA REZENDEVINÍCIUS PEDRAZZI

Coordenação Geral e AcadêmicaJOSÉ NICOLAU GREGORIN FILHOCoordenação ExecutivaCECÍLIO DE SOUZAFLÁVIA DOS SANTOS VINCEEstagiáriasMAITHE ALMEIDA ROCHAPATRÍCIA DE CAMPOS ROSSETTI SERVILHA

PRODUÇÃO GRÁFICACoordenaçãoVERÔNICA CRISTOEdição e RevisãoPATRÍCIA DE CAMPOS ROSSETTI SERVILHAEDUARDO VALMOBIDAMAITHE ALMEIDA ROCHAProjeto GráficoBIANCA OLIVEIRA ANDRÉ Editoração EletrônicaCAMILA PREVIATOJEAN RICARDO FREITAS

INFORMAÇÕESR. da Reitoria, 374 | 3º andarCidade Universitária05508-220 | São Paulo | SPtel: (11) [email protected]/aprender

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CADERNOSAPRENDERCOM CULTURAE EXTENSÃO

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APRE

SEN

TAÇÃ

O Dando continuidade à publicação dos resultados dos projetos homologados pelo Programa Aprender com Cultura e Extensão, nesta edição, apresenta-mos aqueles desenvolvidos no período 2013-2014.

Cabe lembrar que a finalidade do pro-grama é fomentar as ações de cultura e extensão por meio da interação das ati-vidades de pesquisa do corpo discente da graduação, em projetos, de forma a contribuir para a sua formação. Pro-põe‐se, assim, a apoiar projetos desta natureza, em temáticas voltadas para os desafios da realidade acadêmica e da sociedade. Os projetos devem apontar as suas re-lações com as finalidades acadêmicas dos cursos aos quais os alunos estão vinculados e com as metas das Unida-des para o desenvolvimento da cultura e extensão universitária, na sua articu-lação com o ensino e a pesquisa. Para o período de agosto de 2013 a ju-lho de 2014, foram concedidas 1.200 (mil e duzentas) bolsas, em valor es-tipulado pela Comissão de Gestão da Política de Apoio à Permanência e Formação Estudantil. Os recursos são provenientes do orçamento da Univer-sidade de São Paulo. Conforme legislação em vigor, o paga-mento é realizado exclusivamente em conta corrente do Banco do Brasil com titularidade do beneficiado. A carga ho-rária de atividades do bolsista no pro-jeto é de 40 (quarenta) horas mensais. Os projetos homologados receberam bolsas com duração de até 12 (doze) meses, não havendo possibilidade de renovação automática, sendo que os projetos devem ser inscritos a cada lan-çamento de Edital do Programa. Tendo o interesse em permanecer no Programa, o aluno deve realizar nova inscrição e participar de classificação socioeconômica e de processo sele-tivo. O Período efetivo entre bolsas e estágios com apoio financeiro da Uni-versidade de São Paulo não deve ser superior a 24 (vinte e quatro) meses. REQUISITOS DO COORDENADOR Deve ser docente formalmente vincula-do às Unidades ou Órgãos da Univer-sidade. Servidores não docentes que ocupem funções de nível superior nas carreiras da Universidade de São Pau-lo podem atuar como corresponsáveis em projetos.

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DO BOLSISTA O discente deve estar regularmente matriculado em curso de graduação da Universidade de São Paulo e apre-sentar bom desempenho acadêmico atestado pelo Histórico Escolar (média ponderada em relação à média do cur-so e percentual de aproveitamento de acordo com a estrutura curricular). É vedado o acúmulo de bolsas, cabendo apenas, quando for o caso, o recebi-mento de auxílio do Programa de Apoio à Permanência e Formação Estudantil – PAPFE, no período de vigência des-ta. Em consonância com a política de inclusão social da USP, as bolsas são destinadas, prioritariamente, a estu-dantes com necessidade socioeco-nômica comprovada por processo de avaliação realizado, anualmente, pela Superintendência de Assistência Social da USP (SAS) no ano de início das bol-sas da edição do Programa Aprender com Cultura e Extensão.

Critérios para Homologação dos Projetos

Para a homologação dos projetos fo-ram levados em conta os seguintes cri-térios de avaliação:

1º – Classificação de PrioridadeConsidera-se a classificação por priori-dade realizada pelas unidades e órgãos, por intermédio de suas Comissões de Cultura e Extensão Universitária. Essa classificação tem preferência na con-cessão das bolsas.

2º – Avaliação dos Projetos por Pa-receristasDocentes da Universidade de São Paulo são convidados a analisar cada projeto do Programa e emitem parecer num formulário contido no sistema cor-porativo Apolo. Esse parecer orienta a Comissão Gestora na apreciação dos projetos para homologação.Em situações excepcionais, nas quais não é possível a análise por pareceris-ta indicado (omissão, entre outras ra-zões), os projetos são analisados pela Comissão de Acompanhamento do Programa, ou por algum especialista designado.

José Nicolau GreGoriN FilhoCoordenador Geral e AcadêmicoPrograma Aprender com Cultura e Extensão

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SUM

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Unidades de Ensino e Pesquisa

EACHESCOLA DE ARTES, CIÊNCIAS E HUMANIDADES12ECAESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES24EEFEESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE29EEFERPESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE DE RIBEIRÃO PRETO33EEESCOLA DE ENFERMAGEM37EERPESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO45EELESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA65EESCESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS68EPESCOLA POLITÉCNICA74ESALQESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA “LUIZ DE QUEIROZ”80FAUFACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO95FCFFACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS98FCFRPFACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS DE RIBEIRÃO PRETO101FDFACULDADE DE DIREITO107FDRPFACULDADE DE DIREITO DE RIBEIRÃO PRETO110FEAFACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE113FEARPFACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DE RIBEIRÃO PRETO117FEFACULDADE DE EDUCAÇÃO122FFCLRPFACULDADE DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE RIBEIRÃO PRETO133FFLCHFACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS147FMFACULDADE DE MEDICINA158FMRPFACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO169FMVZFACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA184FOFACULDADE DE ODONTOLOGIA192FOBFACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU196FORPFACULDADE DE ODONTOLOGIA DE RIBEIRÃO PRETO198FSPFACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA203FZEAFACULDADE DE ZOOTECNIA E ENGENHARIA DE ALIMENTOS206IAGINSTITUTO DE ASTRONOMIA, GEOFÍSICA E CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS212IAUINSTITUTO DE ARQUITETURA E URBANISMO215IBINSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS220ICBINSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS223ICMCINSTITUTO DE CIÊNCIAS MATEMÁTICAS E DE COMPUTAÇÃO228IFINSTITUTO DE FÍSICA234IFSCINSTITUTO DE FÍSICA DE SÃO CARLOS237IGcINSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS241IMEINSTITUTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA243

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IPINSTITUTO DE PSICOLOGIA244IQINSTITUTO DE QUÍMICA252IQSCINSTITUTO DE QUÍMICA DE SÃO CARLOS255IRIINSTITUTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS256IOINSTITUTO OCEANOGRÁFICO258

Institutos Especializados

CENACENTRO DE ENERGIA NUCLEAR NA AGRICULTURA263IEBINSTITUTO DE ESTUDOS BRASILEIROS264

Museus

MAEMUSEU DE ARQUEOLOGIA E ETNOLOGIA266MACMUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA268MPMUSEU PAULISTA275

Órgãos Centrais e Complementares

BBMBIBLIOTECA BRASILIIANA GUITA E JOSÉ MINDLIN277 CDCCCENTRO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA E CULTURAL279CEPEUSPCENTRO DE PRÁTICAS ESPORTIVAS DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO286CEUMACENTRO UNIVERSITÁRIO MARIA ANTÔNIA290HUHOSPITAL UNIVERSITÁRIO292PRCEUOSUSPORQUESTRA SINFÔNICA DA USP295PRCEUPQ.CIENTECPARQUE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA296PUSP-LQPREFEITURA DO CAMPUS USP LUIZ DE QUEIROZ300PUSP-RPPREFEITURA DO CAMPUS USP DE RIBEIRÃO PRETO302PUSP-SCPREFEITURA DO CAMPUS USP DE SÃO CARLOS304RUÍNASRUÍNAS ENGENHO SÃO JORGE DOS ERASMOS305RUSPREITORIA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO308SASSUPERINTENDÊNCIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL312

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UNIDADES DE ENSINO E PESQUISA

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CH Lazer, Cultura e Educação Patrimonial na Cidade de São Paulo: Estruturação de Visitas e Passeios Histórico-CulturaisCoordenador André Fontan Kohler

Ações/atividades desenvolvidasO desempenho da discente Oksana Kuchar, re-gularmente matriculada no Curso de Bachare-lado em Marketing da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), foi considerado muito bom, permi-tindo que o projeto alcançasse seus objetivos. A discente efetuou uma série de atividades, acom-panhada pelo professor responsável, todas com bons resultados, a saber: 1) coleta de dados e informações sobre espaços urbanos e elementos de interesse histórico-cultural do Município de São Paulo, priorizando-se locais e equipamen-tos culturais tombados e/ou com estrutura de recepção e atendimento aos visitantes, folheteria, guias etc. Para isso, foram consultados livros de história e arquitetura, a relação dos processos de tombamento do Instituto do Patrimônio His-tórico e Artístico Nacional (IPHAN) no Estado de São Paulo e sítios eletrônicos diversos; 2) visita a espaços urbanos, monumentos e equipamentos culturais pré-selecionados para verificar as con-dições de visita, preço do ingresso, folheteria, atendimento, informação e interpretação, acer-vo etc. e a possibilidade de se combinar dois ou mais locais e elementos dentro de um mesmo passeio; 3) elaboração de roteiros de passeios e visitas, com o cuidado de prover aos partici-pantes todas as informações relevantes: horário e locais de encontro, itinerário, espaços urbanos, monumentos e equipamentos culturais visitados, material suplementar, o porquê da visitação etc.; 4) realização do pós-visita, ou seja, recolhimento de opiniões, críticas e elogios dos discentes que participaram do passeio ou visita; 5) recolhimento da opinião de alguns discentes que não realiza-ram a visita ou passeio, principalmente no que tange à não-participação.Resultados alcançadosO público-alvo primário do projeto foi o corpo discente do Curso de Bacharelado em Lazer e Turismo da EACH-USP, que, por falta de iniciati-va própria, ou por ser proveniente do interior do estado ou mesmo de outras unidades da federa-ção, não conhecia os principais elementos histó-rico-culturais do Município de São Paulo; mesmo a Pinacoteca do Estado e o Catavento Cultural eram desconhecidas por muitos discentes. Ten-do isso em vista, o projeto alcançou três resulta-dos principais, a saber: 1) possibilitou à bolsista a experiência de montar e operacionalizar pas-seios e visitas a espaços urbanos, monumentos e equipamentos histórico-culturais; 2) permitiu que discentes do Curso de Bacharelado em Lazer e Turismo e Curso de Bacharelado em Marketing da EACH-USP travassem contato com elemen-tos histórico-culturais não apenas visualmente, mas acompanhados de informações e narrativas dentro de uma ação de educação patrimonial; 3) fomentou a reflexão por parte da bolsista e

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discentes acerca da própria atuação profissional e utilização do tempo livre, dentro de um con-sumo cultural atual verificado na maior parte dos casos que não reserva muito tempo e esforço para a realização de visitas e passeios como os propostos pelo projeto. Considera-se que o projeto Lazer, Cultura e Educação Patrimonial na Cidade de São Paulo: estruturação de visitas e passeios histórico-culturais foi bem sucedido, tendo sido cumpridos os principais resultados esperados quando da apresentação do mesmo para o Programa Aprender com Cultura e Exten-são, Edital 2013-2014.

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Atividades Físicas e Estratégias de Consciência Corporal como Formas de Enfrentamento do Estresse em SedentáriosCoordenadoraCristina Landgraf Lee

Ações/atividades desenvolvidas– Formação dos monitores através de leituras e orientações; – Ida aos setores, conversando com os funcionários e auxiliando a coleta de dados do aluno Cleiton; – Encontros para a elaboração das estratégias educacionais e de divulgação do grupo; – Primeiros encontros com os funcioná-rios, na sala de aula, para conversas e trocas de experiências sobre o estresse e barreiras para a atividade física; – Ampliação do grupo de inter-venção, com participação da psicóloga Kelly e da educadora física, Joana Paula; – Formação de um grupo de caminhada e corrida, com encontros di-ários às 17h; – Intervenções pontuais no grupo já formado, incluindo vivências em nova prática mo-tora (Pilates, Tai-Chi-Chuan); – Após a perda no espaço da EACH pela interdição, a continuidade do projeto se deu via estudos e pesquisas sobre como atuar como Personal Trainer e Sedentários; – Treino como personal trainer com amigos se-dentários, para a formação dos monitores; – Pla-nejamento da continuidade do projeto, através da Ginástica Laboral na EACH; – Escrita do resumo para o Seminário de Cultura e Extensão de 2014 e começo da confecção do painel.Resultados alcançados– Mesmo com as interrupções o projeto se tornou visível e começou a agregar os funcionários em torno da atividade física; – O grupo no Facebook se manteve, com atualizações; – A comunidade está mais unida, otimista e interagindo de manei-ra mais intensa nas ações da escola; – Um grupo de atividade física se formou e deve retomar, as-sim que as condições de infraestrutura (chuvei-ros) melhorem, com o retorno do ginásio; – Os bolsistas amadureceram temas não trabalhados na graduação e puderam ganhar mais confiança na atuação junto às firmas e empresas; – O pro-jeto se ampliou com a vinda da educadora Joana Paula, conseguiu mais bolsas e criou uma nova forma de atuação (Ginástica Laboral); – O resumo para o Seminário de Cultura e Extensão de 2014

está esboçado e o painel será apresentado no evento em novembro de 2014.Ÿ

Base de Dados e Website Interativo e Ilustrado de Identificação dos Invertebrados das Florestas: PlanáriasCoordenadorFernando Jesús Carbayo Baz

Ações/atividades desenvolvidasO desenvolvimento deste projeto se iniciou com a leitura sobre os aspectos morfológicos, bioló-gicos e taxonômicos das planárias através de artigos. Posteriormente, o professor orientador forneceu características diagnósticas para a identificação das planárias terrestres. Todas as características diagnósticas e suas alternativas foram cadastradas no site interativo <http://planarias.each.usp.br/>, assim como imagens referentes a elas. Foi realizado um levantamento bibliográfico sobre estas características em cada espécie, posteriormente cadastradas no site e relacionadas com as características que as iden-tificam.Resultados alcançadosAtualmente o site conta com um acervo de 267 espécies de planárias cadastradas. Utilizando um filtro de características, o pesquisador seleciona as que são compatíveis com o espécime pesqui-sado. Através das características selecionadas, as espécies compatíveis são exibidas pelo site.

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Revitalização da Coleção Científica de Planárias da Profa. Eudóxia M. FroehlichCoordenadorFernando Jesús Carbayo Baz

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades a seguir descritas referem-se à me-tade do material guardado nos laminários. O res-tante do material não foi analisado. Limpeza ma-nual das lâminas histológicas. Colocação de uma etiqueta em cada lâminas com um número ex-clusivo que permita vincular a cada lâmina dados descritivos, de identificação e de coleta. Registro fotográfico das lâminas histológicas. Transcrição a documento digital dos dados constantes nas etiquetas coladas originalmente nas lâminas his-tológicas. Descrição da composição do material em cada lâmina: parte do corpo da planária; tipo de corte; número de lâminas que contém cada sequência de cortes; indicação de material-tipo, quando for o caso; autor da coleta do animal cortado; local específico de coleta dentro do mu-nicípio; município, Estado e país da coleta; data de coleta. Tentativa de identificação de séries de cortes histológicos representados em fotografias ou desenhos em publicações científicas da Pro-fa. Froehlich. Nesses casos, transcrição ao docu-mento digital dos dados relativos à identificação e à coleta (identificação do espécime, autor, pu-blicação e figuras nela constantes, comentários

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taxonômicos). Controle do material analisado (ar-mário e bandeja já revisados).Resultados alcançadosO projeto do Aprender com Cultura e Extensão proporcionou colocar em prática os conhecimen-tos teóricos obtidos em disciplinas do ensino médio e graduação. Foi um momento de boas experiências, no qual obtive contato com o ani-mal de diversas maneiras, desde vivo até o cor-te de estruturas em lâminas. Esse aprendizado e familiarização sobre o tema abre portas para expansão de interesse e atividade na área, sendo capaz de auxiliar na escolha da especialização. Houve momentos especiais, como a aprendi-zagem que tive em campo, na coleta realizada no Parque Nacional da Tijuca, Rio de Janeiro. Estive diretamente relacionada às atividades de descobridores de novas espécies de planárias e aprendi a sequência desde capturar o animal até destiná-lo para análise molecular ou cortes histológicos. As atividades realizadas atenderam às minhas expectativas quanto a diversidade de novos conhecimentos adquiridos. Fui muito bem recebida e instruída tanto pelo professor Fernan-do Carbayo quanto pelos companheiros de tra-balho, sempre atenciosos e me proporcionaram um conjunto amplo de aprendizagem, tanto no conteúdo quanto nas relações de trabalho. Além disso, as incertezas com que me deparei no início do projeto foram determinantes para fortalecer minha responsabilidade e organização frente ao trabalho. Portanto, não aprendi somente conhe-cimentos específicos sobre planárias, mas sobre relações de trabalho num laboratório, que nunca havia tido anteriormente. Procurei otimizar o tem-po de desenvolvimento das atividades de forma eficiente, de acordo com meu conhecimento so-bre o assunto e disponibilidade frente à proble-mática da greve. O projeto me proporcionou ver a amplitude da área de trabalho que um gestor ambiental pode atuar, além de me proporcionar conhecimento sobre formação de coleções bio-lógicas, – através da prática e da leitura de um livro sobre o assunto – o manejo e sua relevância para a comunidade como um todo. Com a exe-cução do projeto, descobri a relevância de estu-dos taxonômicos para a sociedade.

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Desurbanismos Paulistanos: Os Desafios da Gestão Pública Municipal em São Paulo (Fase 2)Coordenador Jose Carlos Vaz

Ações/atividades desenvolvidas1) Identificação de atores sociais, problemas, desafios, propostas e experiências inovadoras de destaque, através de busca em bases de dados, fórum de discussão na internet (informa-ção pelos envolvidos), notícias, entrevistas com informantes qualificados e eventos. Neste tópico, foi realizado o levantamento de bibliografia refe-rente aos aspectos urbanos da gestão municipal de São Paulo. Ao longo dos primeiros meses do

projeto, decidiu-se aprofundar o trabalho em as-pectos relativos às políticas culturais no ambiente urbano. Foi levantado um conjunto de textos de referência sobre as políticas culturais e seu plane-jamento no ambiente urbano; 2) Sistematização das informações e disponibilização das práticas e propostas inovadoras, com recomendações para implementação, onde couber, em ambiente de internet. Seguindo o foco adotado no projeto, de concentrar atividades na área cultural, o material sobre questões de política cultural foi sistematiza-do e transformado em uma apresentação sobre política cultural e planejamento. Parte do material também foi utilizado na disciplina Seminários de Gestão Municipal IV: Desafios da Gestão Munici-pal em São Paulo, ofertada pelo docente respon-sável, no curso de Gestão de Políticas Públicas da EACH; 3) Gestão de espaço virtual de discus-são sobre os problemas, desafios e propostas. Não foi possível montar um espaço virtual espe-cífico. Entretanto, foi utilizado o blog do docente responsável para veiculação de textos sobre os desafios da gestão municipal em São Paulo; 4) Promoção de encontros presenciais para debater temas específicos. O material sistematizado, fo-cando os aspectos de gestão da política cultural, foi apresentado e discutido com gestores públi-cos e representantes de produtores culturais e organizações da sociedade civil atuantes em São Paulo, participantes de curso de gestão cultural promovido pelo Centro de Pesquisa do SESC. O docente responsável também participou, como facilitador, de oficina de trabalho com a equipe de programação da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, sobre a temática de planejamento da gestão cultural; 5) Elaboração e apresentação de artigo abordando iniciativas e propostas de destaque. O artigo ainda encontra-se em elabo-ração, por conta das dificuldades listadas abaixo.Resultados alcançadosO principal resultado alcançado refere-se a uma contribuição ao debate sobre enfrentamento dos principais problemas urbanos relacionados à gestão pública em São Paulo, focando-se em questões ligadas à gestão de políticas culturais. As duas atividades realizadas, tanto a apresenta-ção no curso de gestão cultural do SESC (cerca de 35 participantes) como a oficina com a equipe de programação da Secretaria Municipal de Cul-tura (cerca de 30 participantes) foram bem ava-liadas pelos participantes e geraram discussões aprofundadas sobre a política cultural no nível municipal. Além disso, o conhecimento levanta-do e sistematizado contribuiu para a preparação da disciplina Seminários de Gestão Municipal IV: Desafios da Gestão Municipal em São Paulo, ofertada pelo docente responsável, no curso de Gestão de Políticas Públicas da EACH e para a elaboração de novo projeto de extensão, deno-minado Circuitos Desurbanísticos Paulistanos, atualmente em andamento.

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Programa de Atividades Físicas para IdososCoordenadoraLinda Massako Ueno

Ações/atividades desenvolvidasO programa Atividades Físicas para Idosos foi desenvolvido com indivíduos com idade acima de 60 anos que procuraram atividades físicas na Universidade da Terceira Idade da Escola de Artes Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Também foram convidados idosos da comunidade com deambulação independen-te. Os monitores tiveram reuniões quinzenais ex-plicativas sobre as atividades desenvolvidas no programa e sobre as características dos idosos e a importância da atividade física, observaram o programa e atuaram em algumas atividades com a supervisão do coordenador do programa. Mais uma vez ressalto que o programa também teve um papel importante de oferecimento de estágio para os alunos da graduação de disciplinas rela-cionadas ao envelhecimento.Resultados alcançadosDevido a interdição inesperada do campus USP Leste, não foi possível avaliar resultados neste período de programa.

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Literatura de Cordel como Estratégia de Educação e Promoção da Saúde das GestantesCoordenadora Celia Regina Maganha e Melo

Ações/atividades desenvolvidasO projeto inicial (2011/2012) teve como popula-ção alvo gestantes de I, II e III trimestres, que fre-quentaram o serviço pré-natal na Unidade Básica Estratégia Saúde da Família (UBSESF), situada na Zona Leste da cidade de São Paulo, campo de estágio dos alunos do Curso de Obstetrícia da EACH-USP, onde se pode observar e apreender as dúvidas relatadas pelas gestantes durante as consultas de pré-natal. Foi elaborada uma lista das dúvidas mais frequentes passando-se a pes-quisar as respostas cientificamente adequadas, posteriormente transformadas em linguagem coloquial para compor o material educativo. O material educativo foi, então, elaborado no for-mato de Literatura de Cordel, de modo que as temáticas das questões pudessem ser dispostas através de ilustrações na conformação de xilo-gravura, bem como as respostas para as ques-tões foram estabelecidas em versos e rimas. To-talizou-se a confecção de 50 folhetos. O material foi organizado de forma a apresentar-se estilizado e atrativo à população alvo, sendo disposto, por fim, no serviço de saúde para a população local.Resultados alcançadosEste projeto foi apresentado a todos os colabora-dores da Unidade de Saúde que prontamente se dispuseram a ser co-participantes na divulgação e conservação do material. Embora tenha termi-nado a vigência do projeto, mantemos supervisão

frequente para troca dos folhetos e conservação do material que foi doado à Unidade de Saúde. A proposta foi muito bem aceita pelos colaborado-res da UBSESF, pelas usuárias e alunos do Curso de Obstetrícia EACH-USP. Observa-se que os usuários tem acessado o material disponível, as gestantes avaliaram positivamente e a supervisão regional da SMSSP/CRLeste e Santa Marcelina teceram elogios muito favoráveis ao material per-manente doado à instituição de saúde. Acredi-tamos que este projeto atingiu plenamente seus objetivos bem como os princípios norteadores da PRCEU.

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Atividades de Apoio à Editoração da Revista Lazer & Sociedade da USPCoordenadorRicardo Ricci Uvinha

Ações/atividades desenvolvidasA Revista Lazer & Sociedade foi editada pelo Grupo Interdisciplinar de Estudos do Lazer da Universidade de São Paulo, Brasil (GIEL-USP/CNPq). O periódico, com ISSN 2179-5371, se constituiu como um dos veículos de publi-cação científica temáticos aos Estudos do La-zer no Brasil. Visou-se na edição brasileira a publicação exclusiva de artigos, originais e de revisão, submetidos por pesquisadores, em es-pecial latino-americanos, produzidos no idioma português e com resumos em inglês, francês e espanhol. Em 2010 e 2011 publicaram-se três edições da Revista Lazer & Sociedade de forma impressa, gerando 1500 exemplares e contem-plando as seguintes temáticas: 1) Lazer, Educa-ção e Cidadania; 2) Lazer e Turismo: formação e atuação profissional; 3) Lazer e Ambiente: propostas, tendências e desafios. Ao todo, fo-ram veiculados 20 artigos originais, oriundos da comunidade científica temática. A análise dos artigos submetidos foi realizada por revisores ad hoc convidados especialmente para cada edição e pelos membros do GIEL-USP/CNPq. Os exemplares impressos de cada edição da Revista Lazer & Sociedade foram prioritariamen-te distribuídos pela Secretaria Nacional de De-senvolvimento do Esporte e Lazer/ Ministério de Esporte (SNDEL/ME), enviados para uma ampla lista de membros da comunidade científica, em sua maioria de nacionalidade brasileira. Consi-derando a expressiva adesão da comunidade científica temática na submissão de artigos para a Revista Lazer & Sociedade e sua posterior dis-tribuição para todo o território nacional pela SN-DEL/ME, entende-se que o impacto positivo do projeto foi significativo no sentido da veiculação de produção científica nos estudos do lazer. A bolsista esteve envolvida no apoio à editoração da Revista Lazer & Sociedade, atuando con-juntamente com membros do GIEL-USP/CNPq (recebimento de artigos, envio das submissões para os revisores ad hoc, envio das cartas de aceite para os autores, entre outras etapas do processo de editoração).

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Resultados alcançadosA atuação da bolsista no referido projeto pode ser considerada um sucesso e se constituiu como re-levante complementação à formação acadêmica, possibilitando uma atuação em nível de cultura e extensão que acompanha as atuais iniciativas de divulgação científica promovidas na Universidade de São Paulo. Tal atuação, realizada de forma refle-tida e compromissada com a realidade social, cer-tamente trouxe importantes resultados à formação da bolsista como profissional em Lazer e Turismo.

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Em Busca do Envelhecimento Ativo pela Prática da Dança Sênior IICoordenadoraRosa Yuka Sato Chubaci

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades de Dança Sênior foram realizadas nas quartas-feiras com a duração de duas horas semanais. foi realizada com sujeitos de ambos os sexos, com idade igual ou superior a 60 anos que frequentaram a Universidade Aberta a Terceira Idade da Escola de Artes Ciências e Humanida-des-EACH-USP.Resultados alcançadosPodemos afirmar que a participação do idoso em atividades como a que oferecemos é eficaz na promoção do envelhecimento ativo, proporcio-nando diversos benefícios biopsicossociais. Além disso proporcionou uma relação intergeracional, onde o idoso pôde trocar experiências de vida com os estudantes e vice-versa.

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Oficina de Turismo Social – Viver São Paulo (UnATI)Coordenador Marcelo Vilela de AlmeidaAções/atividades desenvolvidasConforme previsto, a Oficina contemplou a rea-lização, entre agosto de 2013 e julho de 2014, de: – quatro encontros (iniciais e finais) para dis-cussão sobre as atividades; – onze visitas a di-ferentes espaços e equipamentos de turismo e lazer da cidade de São Paulo. Para tanto, a atu-ação dos bolsistas foi imprescindível, tendo sido responsáveis pelo agendamento das visitas, pelo contato constante com os participantes (alunos da UnATI/EACH) e pelo acompanhamento de to-dos os encontros, dentre outras ações.Resultados alcançadosInscrevem-se semestralmente na oficina em tor-no de 45 pessoas (além dos inscritos em lista de espera); as visitas, contam, ainda, com a adesão eventual de alguns participantes de outras ativi-dades da UnATI/EACH em função de interesses específicos pelos locais a serem visitados. Deve--se destacar o interesse do grupo pela atenção dada aos monitores/orientadores dos espaços visitados, pelas perguntas a eles formuladas e pelas anotações feitas pelos alunos da UnATI. O grupo manifesta forte interesse em continuar

participando desta Oficina, que tem sido ofereci-da semestralmente. Além do aprendizado sobre elementos da história e da cultura da cidade de São Paulo, destaca-se como elemento funda-mental para a sua continuidade a quebra da ro-tina dos participantes, por meio da participação em atividades bastante diferentes daquelas exis-tentes no dia-a-dia dos alunos, a possibilidade de disseminação das informações recebidas junto aos grupos sociais dos quais fazem parte (família, amigos, outros alunos da EACH e outros grupos de terceira idade) e, sobretudo, a interação dos participantes incluindo a que ocorre com os bol-sistas do Curso de Lazer e Turismo, extremamen-te proveitosa para a integração entre extensão, ensino e pesquisa. Um relato desta experiência foi publicado, como capítulo de livro, em obra so-bre turismo e lazer para a terceira idade, lançado pela Editora Manole: ALMEIDA, Marcelo Vilela de; CACHIONI, Meire . Lazer e turismo como possi-bilidades educacionais no contexto da extensão universitária: a experiência da UnATI/EACH-USP. In: Doris van de Meene Ruschmann; Karina Tole-do Solha. (Org.). Turismo e lazer para a pessoa idosa. Barueri: Manole, 2012, p.141-170.

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Programa de Atividade Física na InfânciaCoordenador Alessandro Hervaldo Nicolai Ré

Ações/atividades desenvolvidas– Planejamento de atividades integrado com ati-vidades de ensino na graduação; – Aulas de edu-cação física para aproximadamente 400 crianças entre 3 e 10 anos matriculados na EMEI Jardim Keralux e na Escola Estadual Irmã Annete; – Pa-lestras à comunidade local acerca de fatores as-sociados à atividade física e promoção da saú-de; – Relatório de observação referente a fatores psicossociais, como a interação com o grupo, respeito às regras estabelecidas, motivação e prazer nas aulas, uso do diálogo e autonomia. Nesse sentido, foi estabelecida uma importante parceria com a comunidade escolar. Por isso, aproveitamos a oportunidade para enfatizar o de-sejo de que esse projeto se desdobre ao longo do tempo, sendo uma característica do Curso de Educação Física e Saúde da EACH-USP, criando uma tradição de atendimento à comunidade e gerando oportunidades neste segmento.Resultados alcançadosOs principais resultados alcançados foram: – Consolidação do curso de extensão, com forte vínculo com a comunidade escolar; – Aproxima-ção e divulgação de conhecimento para a co-munidade local acerca de fatores associados à atividade física e promoção da saúde; – Parcerias com escolas públicas da comunidade; – Relevân-cia social; – formação motora e social de jovens em situação de vulnerabilidade social; – Forte in-tegração com ensino e pesquisa.

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Programa de Acompanhamento de Egressos do Curso de Licenciatura em Ciências da Natureza CoordenadorCarlos Molina Mendes

Ações/atividades desenvolvidasEntre as atividades desenvolvidas no escopo do projeto, destacamos: 1) Reuniões presenciais com o bolsista do programa; 2) Desenvolvimento do questionário para a entrevista com os alunos egressos; 3) Desenvolvimento de uma ferramen-ta para a coleta de dados sobre a situação dos egressos do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza, baseada na plataforma WordPress; 4) Coleta de questionários através de entrevistas presenciais, para a avaliação da ferramenta. Nes-ta fase, foram entrevistados dois egressos.Resultados alcançadosUma primeira ferramenta de avaliação dos alunos egressos do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza foi desenvolvida. Algumas caracte-rísticas básicas desta ferramenta: 1) Questionário de aplicação rápida, de forma que a entrevista possa ser feita via telefone ou página da web com um número grande de egressos; 2) Estrutu-ra: dividido em módulos; 3) Formas de aplicação possíveis: via telefone; via sistemas on-line. Uma primeira avaliação desta ferramenta foi realiza-da, através de entrevistas presenciais. A versão eletrônica foi implementada, de forma provisória, com a plataforma WordPress.

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Projeto Prefeitos Paulistas da EACH-USPCoordenador Fernando de Souza Coelho

Ações/atividades desenvolvidasO Prefeitos Paulistas é um projeto de extensão–multidisciplinar, que nasceu da pesquisa entre a relação do perfil pessoal, do comportamento político e dos estilos de gestão dos prefeitos do estado de São Paulo. O projeto, a princípio, é constituído de três etapas fundamentais: o con-tato com o prefeito, a coleta e armazenamento da entrevista, e, por fim, a análise do material. A extensão do projeto é evidenciada na coleta das entrevistas que são feitas no auditório da EACH--USP e abertas para toda a comunidade acadê-mica, num formato de evento que, apesar do rigor acadêmico, se pauta pela leveza de uma sala de visitas (como um programa de entrevistas) para buscar as percepções pessoais e as influências na biografia dos prefeitos entrevistados. Destaca--se que o projeto foi incialmente concebido pelo curso de Administração Pública da FCL-UNESP (Araraquara) e, desde 2010, está implantando na EACH-USP (curso de graduação em Gestão de Políticas Públicas) e na FCA-UNICAMP, como um projeto interinstitucional dos três cursos do Campo de Públicas das universidades estaduais paulistas. Na EACH-USP o projeto realizou três entrevistas (2010, 2011 e 2012). No período do Programa Aprender com Cultura e Extensão

(edital 2013), com 1 (um) bolsista, realizamos as atividades (abaixo): 1) Organização de 2 (duas) entrevistas com prefeitos com mandato entre 2013-2014. Em 2013 entrevistamos o prefeito do município de Santo Antonio do Pinhal-SP (PT) e, em 2014, entrevistamos o prefeito do municí-pio de Socorro-SP (PTB); 2) Realização de uma imersão no município de Santo Antonio do Pinhal com 30 alunos do curso de graduação em Ges-tão de Políticas Públicas (GPP), como resultado das articulações com o prefeito/prefeitura de tal cidade a partir do Projeto Prefeitos Paulistas. A imersão originou o Projeto Unicidade, que se transformou em disciplina – baseada em viagem didática – no curso de GPP da EACH-USP; e 3) Confecção de material para a continuidade do Projeto Prefeitos Paulistas no biênio 2015-16, tal como produção do vídeo de abertura do evento, edição das imagens das 5 (cinco) entrevistas re-alizadas pelo projeto entre 2010-14 e revisão do roteiro de entrevista.Resultados alcançadosEntre os resultados alcançados com o Projeto Prefeitos Paulistas, destacamos: 1) Realização de duas entrevistas com prefeitos do Estado de São Paulo, gravadas e com material editado para pesquisa sobre perfil pessoal, político e pro-fissional dos mandatários políticos paulistas; 2) Articulação com duas prefeituras para realização de imersão dos alunos do curso de graduação em GPP, sendo uma imersão realizada como pi-loto em 2013, a partir da qual elaboramos uma disciplina – baseada em viagem didática – UNI-CIDADE, que entrou no calendário de oferta de disciplinas optativas de nosso bacharelado; 3) Aproximação institucional com o curso de Ad-ministração Pública da FCA-UNICAMP, que co--organizou conosco a segunda entrevista do projeto, realizada neste ano de 2014; e 4) Envol-vimento de 100 alunos da graduação nas duas edições do projeto (entrevistas), tendo-os como platéia dos eventos realizados com os prefeitos. Entre os resultados a serem alcançados – ainda – com o Projeto Prefeitos Paulistas, considerando o adiamento de algumas atividades devido à in-terdição da EACH-USP, mencionamos: (a) Reali-zação de duas entrevistas com prefeitos do Esta-do de São Paulo em 2015-16, a serem gravadas e com material editado para pesquisa sobre perfil pessoal, político e profissional dos mandatários políticos paulistas.

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Fernando Mangarielo: Trajetória de Um EditorCoordenadora Sandra Lucia Amaral de Assis Reimão

Ações/atividades desenvolvidasO projeto de pesquisa Fernando Mangarielo – trajetória de um editor envolveu vários pesquisa-dores, de pós-doutorado à bolsistas de cultura e extensão. A pesquisa, por meio de fontes biblio-gráficas, análise documental e entrevistas, bus-cou traçar a história desse editor e compreender

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Ações/atividades desenvolvidasCom o trabalho das duas bolsistas, ampliou-se o acervo de montagens demonstrações de biologia e ciências da saúde e do ambiente em forma de exposição científica itinerante. O principal acervo montado pelas bolsistas refere-se à sequência de zoologia e ambiente a partir de livros infantis, com brinquedos, jogos e pôsteres expositivos. Foram desenvolvidas novas demonstrações e oficinas experimentais de ciências com material de baixo custo dirigidas a estudantes da educa-ção infantil e do ensino fundamental e com pro-fessoras desses níveis de ensino ambiente em escolas públicas, sobretudo na rede municipal de Guarulhos, mas estendendo-se para exposições diversas, incluindo, entre outras, a participação no III SERPROF exposição dirigida a professores da região Oeste do Paraná, em Cascavel-PR e oficinas dirigidas a professoras em serviço e em formação da região de Ilhéus e Itabuna, no esta-do da Bahia, com parceria com a Universidade Estadual de Santa Cruz (Ilhéus-BA) e a exposição para professoras em formação na Universidade de Sorocaba em Sorocaba-SP.Resultados alcançadosConseguiu-se ampliar e diversificar o conjun-to de atividades e demonstrações didáticas de caráter lúdico e motivante com a temática da biologia do cotidiano que compõe o acervo da Banca da Ciência. No foco desse trabalho estava a divulgação da biologia como a ciência da vida por meio da seleção e elaboração de atividades didáticas, particularmente derivadas de livros in-fantis, incluindo montagens de brinquedos e bo-necos, teatro de fantoches, pôsteres expositivos, entre outros, configurando o desenvolvimento de materiais e ações de divulgação da biologia, das ciências da saúde e do ambiente. As atividades foram empregadas em exposições da Banca da Ciência (estrutura em forma de banca como as de jornal adaptada para receber equipamentos científicos e didáticos e com espaço para sua manipulação por grupos de estudantes), em atividades do projeto ABC na Educação Cientí-fica Mão na Massa e em diversas atividades e eventos dirigidos ao público, incluindo a Feira do Livro da EACH, a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, além das atividades mencionadas no item anterior), entre outras.

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Idosos OnlineCoordenadoraMeire Cachioni

Ações/atividades desenvolvidasNo período de 2013/2014 o projeto Idosos On-line foi realizado nos dois laboratórios de infor-mática da Universidade Aberta à Terceira Idade da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Ocorreram 30 encontros durante o período de um ano (15 en-contros semestrais em cada módulo). Cada en-contro semanal de duas horas de duração. Uma equipe composta por 10 acadêmicos bolsistas

seu espaço e sua especificidade na complexa indústria do livro no Brasil. O conjunto dos pes-quisadores se reuniam duas vezes por mês para discutir o andamento do trabalho e tudo o que foi programado (entrevistas, levantamentos do-cumentais, leituras de bibliografia) foi realizado a contento. No andamento da pesquisa resolve-mos destacar dois momentos da trajetória de F. Mangarielo: 1) como livreiro da livraria Banca da Cultura; e 2) como editor da Alfa-Omega. Fun-dada em São Paulo, em 1973, por Fernando e Claudete Mangarielo, a editora Alfa-Omega vem desde então publicando o pensamento crítico brasileiro. Em seus quatro primeiros anos de ati-vidade, de 1973 a 1976, a editora publicou 44 títulos, sendo 16 deles livros de autoria de docen-tes da USP, época em que o meio universitário era um importante setor de oposição ao regime. O conjunto do projeto resultou em dois artigos acadêmicos (aceitos para publicação), duas par-ticipações em congressos e em uma exposição. A exposição A banca da Cultura do CRUSP, re-tratando o primeira fase do editor F, Mangarielo (sua atuação como livreiro em 1968) ficou aberta de 17 de março a 17 de abril de 2014 na Biblio-teca Florestan Fernandes, FFLCH, Universidade de São Paulo, campus Butantã. Como coorde-nadora do projeto, considero que foi um proces-so de pesquisa altamente produtivo. Atividades dos bolsistas de cultura e extensão: vinculados e supervisionados pela orientadora responsável pelo projeto, os bolsistas realizaram atividades de pesquisa bibliográfica, organização de dados primários e transcrição de entrevistas.Resultados alcançadosO próprio processo de pesquisa em grupo foi, enquanto tal, enriquecedor do ponto de vista acadêmico: pela contraposição de posturas, complementações de informações, etc. Além do processo propriamente dito, a coordenadora e dois pesquisadores redigiram, em conjunto, dois artigos: Alfa-Omega: o pensamento crítico em li-vros e Quem muda o mundo são as pessoas: a livraria Banca da Cultura do CRUSP. O mesmo grupo também apresentou no Congresso Inter-com 2014 o trabalho A Livraria Banca da Cultura do CRUSP e realizou a Exposição: A Banca da Cultura Do CRUSP (Fev. 1967 - Dez.1968) De 17/03 a 17/04 de 2014 - de 2ª a 6ª das 8h30 às 22 horas e aos sábados das 9 às 13 horas. Biblioteca Florestan Fernandes, FFLCH - Univer-sidade de São Paulo, Cidade Universitária. Av. Prof. Lineu Prestes, Travessa 12, 350, Cidade Universitária, São Paulo.

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Vida, Saúde e Ambiente: Atividades e Demonstrações para o Ensino de Ciências BiológicasCoordenadorLuis Paulo de Carvalho Piassi

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e os próprios alunos, em suas avaliações, soli-citavam a repetição dos mesmos. Infelizmente, desta vez as oportunidades foram extrema-mente reduzidas, tanto para os bolsistas como para os interessados. Ainda assim, espera-se futuramente repetir a mesma proposta, de modo que oportunidades sejam oferecidas tanto para novos bolsistas como para os interessados, in-clusive aqueles que, conosco, enfrentaram todos os problemas que nós, da EACH, passamos no decorrer deste ano.

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Curso de Modelagem em Argila para a ComunidadeCoordenadoraMaria Silvia Barros de Held

Ações/atividades desenvolvidasO Curso de Modelagem em Argila para a Co-munidade transcorreu maravilhosamente bem, dentro do previsto, até quando ocorreu a inter-dição da EACH.Resultados alcançadosNão foi a primeira vez que este curso, como os demais, foi oferecido. Das vezes anteriores, fo-ram sinônimos de sucesso, de muitas inscrições e os próprios alunos, em suas avaliações, soli-citavam a repetição dos mesmos. Infelizmente, desta vez as oportunidades foram extrema-mente reduzidas, tanto para os bolsistas como para os interessados. Ainda assim, espera-se futuramente repetir a mesma proposta, de modo que oportunidades sejam oferecidas tanto para novos bolsistas como para os interessados, in-clusive aqueles que, conosco, enfrentaram todos os problemas que nós, da EACH, passamos no decorrer deste ano.

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Bolsas: Pesquisa e CriaçãoCoordenadoraMaria Silvia Barros de Held

Ações/atividades desenvolvidasA proposta da pesquisa Bolsas: Pesquisa e Cria-ção transcorreu bem, dentro do previsto, até quando ocorreu a interdição da EACH. Assim, houve apenas a possibilidade de desenvolvi-mento da pesquisa teórica, uma vez que a parte prática dependia de máquina de costura, tecidos e outros materiais para acessórios e tudo estava dentro da escola.Resultados alcançadosInfelizmente, desta vez as oportunidades de pes-quisa de bolsas e desenvolvimento de processos de criação delas foram extremamente reduzidas. Ainda assim, a parte teórica da pesquisa foi de-senvolvida e espera-se futuramente repetir a mesma proposta, de modo que a oportunidade seja oferecida para novos bolsistas interessados, inclusive aqueles que conosco, enfrentaram to-dos os problemas que nós, da EACH passamos no decorrer deste ano.

e voluntários do curso de Bacharelado em Ge-rontologia auxiliou nas dúvidas dos participantes sem, no entanto, resolver as tarefas propostas no lugar dos alunos. Resumidamente os módulos apresentam a seguinte configuração: 1) Módu-lo I: Alfabetização Digital; Público Alvo: Idosos sem conhecimento em informática; Objetivos: Introduzir o aluno no mundo virtual; Desenvolver habilidades motoras e cognitivas para o manejo do equipamento; Conhecer e utilizar o computa-dor; Conhecer princípios básicos da navegação na Internet; Utilizar ferramentas de comunicação virtual; 2) Módulo II Aprendendo na Rede; Público Alvo: Idosos que participaram do Módulo I; Obje-tivos: Incrementar conhecimentos adquiridos no módulo I; Buscas na rede de temas relacionados ao processo de envelhecimento; 3) Principais temas abordados: Saúde, Quedas, Nutrição, Tu-rismo, Demências, Memória, Direitos dos Idosos, Rede de Suporte Social, entre outros; 4) Módulo III Construindo nossa Rede Gerontológica; Pú-blico Alvo: Idosos que participaram do Módulo II; Objetivos: Inserção dos idosos nas redes sociais; Estimular o senso de geratividade; Compartilhar conhecimentos, experiências por intermédio de ferramentas de comunicação. Blog: <http://ido-sosblogueiros.blogspot.com.br/>; Construir uma rede de educação gerontológica; Inserção nas redes sociais Facebook. População atendida: As atividades do Projeto são oferecidas todos os se-mestres letivos desde sua implantação. A cada semestre cerca de 90 idosos participam dos três diferentes Módulos.Resultados alcançadosDentre os estudos realizados no Programa, destaca-se a investigação sobre a relação entre a participação dos alunos-idosos e a sua rela-ção, com melhora no desempenho cognitivo e diminuição de sintomas depressivos, em uma amostra de 98 alunos-idosos. Foram verificadas melhoras significativas no desempenho cogniti-vo em relação à memória, habilidades visuo-es-paciais e velocidade de processamento, após a conclusão do Módulo I. Para os idosos, a par-ticipação em atividades educacionais propor-cionaram novos conhecimentos, ampliação da rede de suporte, benefícios nos níveis cognitivos e emocionais, fornecendo a preservação do seu estado biopsicossocial.

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Curso de Desenho Artístico para a ComunidadeCoordenadora Maria Silvia Barros de Held

Ações/atividades desenvolvidasO Curso de Desenho Artístico para a Comunida-de transcorreu maravilhosamente bem, dentro do previsto, até quando ocorreu a interdição da EACH.Resultados alcançadosNão foi a primeira vez que este curso, como os demais, foi oferecido. Das vezes anteriores, fo-ram sinônimos de sucesso, de muitas inscrições

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do material, ilustração e textos utilizados para cada tema do curso, além de pesquisa sobre as evidências científicas mais atuais em relação à temática e à execução do curso, o qual incluiu a realização sistemática de atividade física para as gestantes.Resultados alcançadosMediante a realização dos encontros do grupo de gestantes, à execução das atividades propos-tas, conhecimentos construídos e transmitidos e relatos de vivências e dúvidas das gestantes, ofereceremos às gestantes e seus familiares a possibilidade de desmistificar tabus relativos à gestação, parto e puerpério; compartilhar conhe-cimentos, experiências, vivências, sentimentos, medos e dúvidas; compreender os novos pa-péis; criar novos laços de amizade; conhecer e interagir com pessoas que estão vivenciando o mesmo processo; além de auxiliar a mulher a (re)assumir a posição de protagonista do processo de gestação, além de oportunizar a realização da prática da atividade física para as mulheres. O curso contribuiu para a formação no campo da extensão universitária, sensibilizando para as demandas das gestantes, promoção da educa-ção em saúde, ações culturalmente competentes à obstetriz e ao educador físico, e exercício da cidadania como compromisso da universidade pública. Com isso, acreditamos que contribuímos para a humanização do cuidado pré-natal, ao considerá-lo como abrangente contexto de re-lacionamento interpessoal e não como um mero procedimento técnico.

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Conversas de Velhos: O Discurso e A Política do Envelhecimento AtivoCoordenadoraAndrea Viude Castanho

Ações/atividades desenvolvidasPor meio de encontros semanais com idosos participantes do Grupo de Assistência Multidisci-plinar ao Idoso Ambulatorial (GAMIA) do Hospital das Clínicas da FM-USP, a realização do projeto possibilitou estudar o discurso desta parcela da população. Em um primeiro momento foi realizada uma reflexão bibliográfica sobre as políticas pú-blicas para o envelhecimento e o envelhecimento ativo, termo criado na última década, posterior à expressão envelhecimento saudável, essa, muito relacionada somente à prática de exercícios, por vezes é confundida por aqueles que têm pouca fa-miliaridade com o assunto. Conheceu-se também o GAMIA, um dos programas pioneiros na pro-moção da saúde do idoso, que comemorou seu aniversário de 30 anos em 2014, imerso em um sentimento de amadurecimento e aprendizado ao longo dos anos. Contemplando as diferentes áre-as de conhecimento em gerontologia, para os ido-sos, estar com os profissionais e aprender o que tinham a ensinar fazia com que compreendessem a vida em seu sentido mais amplo, e isso ficou cla-ro nos olhares e depoimentos daqueles que pu-deram fazer parte do programa. Especificamente

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Rugby, Juventude e CidadaniaCoordenador Jose Renato de Campos Araujo

Ações/atividades desenvolvidasO projeto Rugby, Juventude e Cidadania está completando seu terceiro ano de realização, o que possibilitou um acúmulo de conhecimentos e melhoria de suas atividades. No ano de 2014, contou com a realização de atividades de rugby no formato de oficinas, ofertadas 3 vezes por se-mana (segundas, quartas e sábados), além da participação em 4 campeonatos da modalida-de, e treinamentos conjuntos com outros times. Houve também envolvimento em 2 eventos de rugby e 1 evento cultural de lazer (virada cultural na Zona Leste), estando ainda prevista a realiza-ção de uma atividade com os pais dos alunos. O trabalho é realizado com crianças e jovens de 7 a 17 anos, residentes do Jardim São Francisco e Jardim Piratininga, na zona leste de São Pau-lo. O objetivo do projeto é estimular através das oficinas de Rugby o intercâmbio cultural e a pro-moção da educação continuada, extrapolando os espaços formais através da prática do esporte e da reflexão sobre seus valores. Também neste ano, foi desenvolvido o planejamento estratégico do projeto, em que confeccionou-se uma meto-dologia social, capaz de integrar o esporte rugby com atividades ligadas ao trabalho da autonomia do indivíduo e o fortalecimento da identidade no espaço em que se vive.Resultados alcançadosCriação de metodologia social para o proje-to. Educação continuada (conhecimentos ge-rais, cidadania, ética). Jovens comprometidos e adeptos de valores como coletividade, união e respeito. Desenvolvimento da auto-confiança. Participação de uma aluna na seletiva da Sele-ção Brasileira de Rugby. Parceria firmada com a CBRU. Parceria com clubes de Rugby. Criação de equipes/times dentro do bairro. Criação de campeonatos no bairro. Valorização do bairro por meio do esporte.

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Curso de Preparação para o PartoCoordenadoraPatrícia Wottrich Parenti Coquejo

Ações/atividades desenvolvidasEste projeto teve sua renovação concedida pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão – Comissão de Cultura e Extensão, consequentemente a pri-meira etapa já foi desenvolvida no ano anterior, a qual corresponde à caracterização das gestantes (dados sociodemográficos, sanitários e de saúde) usuárias da Unidade Básica Estratégia Saúde da Família (UBESF) Dr. Thérsio Ventura, localizada na Zona Leste do município de São Paulo. No corrente ano, os alunos realizaram a sistemati-zação das técnicas utilizadas para cada um dos temas a serem abordados no curso; organização

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com o governo brasileiro, não somente com as políticas destinadas à população idosa, mas de maneira geral, a insatisfação percorria os mais variados temas e setores. O objetivo do projeto não era discutir se as opiniões estavam certas ou erradas. A finalidade era refletir sobre os discur-sos dos idosos baseados na realidade que lhes é proporcionada. Com a certeza de que todos serão velhos um dia, fica a esperança de que a luta pela verdadeira democracia continue e que os idosos do futuro tenham bons motivos para reproduzirem enfim, discursos de satisfação com o governo e as políticas públicas.

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Implantação de uma Base Cartográfica Digital Pública da EACH-USP LESTE na Internet com Softwares Abertos e Livres. Parte IICoordenador Homero Fonseca Filho

Ações/atividades desenvolvidasNo primeiro ano deste projeto foram prospec-tados, estudados e testados vários métodos e técnicas de coleta, tratamento e conversão de dados geoespaciais da EACH-USP com possibi-lidade de se utilizar sistemas e softwares abertos e livres para inserção das feições para compor a base cartográfica digital proposta. O sistema escolhido e utilizado foi o OpenStreetMap. Os métodos e técnicas de coleta, tratamento e con-versão de dados foram testados e analisados com critérios de usabilidade (facilidade de uso), acessibilidade e precisão. Dentre os métodos testados o que mais se destacou foi a ferramen-ta de edição online, Potlatch2. Com base nos resultados, o segundo ano do projeto (aqui em avaliação) foi dedicado à efetiva inserção dos dados geoespaciais da EACH-USP para com-por a base cartográfica da Escola. Também foi dedicado a testar o processo de exportação do mapa do OSM para um formato que seja mais popular, mais Interoperável e de fácil uso em ou-tras plataformas. Ambas as etapas do trabalho foram baseadas no modelo de produção Crou-wdsourcing, ou seja, da construção ou resolução de um problema utilizando a inteligência e co-nhecimentos coletivos sobre determinado tema ou sobre determinado local com ajuda voluntária para produção, neste caso, a construção de uma base cartográfica com informações geográficas voluntárias. A escolha deste modelo permitirá aos cidadãos e membros da comunidade da EACH colaborar com informações para atualização da base cartográfica.Resultados alcançadosUma base cartográfica da EACH-USP com bom detalhamento das feições da infraestrutura urba-na do campus, disponível de forma livre e aberta na internet e disponível no sistema OpenStre-etMap. Vide em: <www.openstreetmap.org> ou em <http://www.openstreetmap.org/#map=17/-23.48252/-46.50083>. Uma base car-tográfica que pode ser exportada para outros

a cada encontro deste projeto buscava-se trans-mitir aos idosos assuntos e temas que eles não costumavam conversar com familiares. Muitos, in-clusive, sequer possuíam familiares próximos para dialogarem. Os grupos de trabalho eram compos-tos de homens e mulheres de diferentes regiões e distintas histórias de vida, unificados apenas pela idade e experiências acumuladas. Era justamen-te esta troca de experiências que enriquecia os debates, por vezes acalorados por conterem nas falas dos oradores os seus ideais, frustrações ou mesmo as esperanças de um futuro melhor. Ao final de um ano de encontros semanais, foi possí-vel verificar por meio amostral, a análise de discur-so de dois participantes do GAMIA, que emitiram suas opiniões a respeito da participação política e das políticas públicas para os idosos no Brasil. Em suas falas, notou-se a grande insatisfação por vezes fundamentadas, por vezes não, com o go-verno brasileiro e com as políticas voltados a esta população que cresce a cada ano. O sentimento que fica ao final do projeto é de que esta aproxi-mação do mundo acadêmico com a comunidade é essencial, pois permite identificar na prática a relação entre os discursos dos idosos e a realida-de que lhes é proporcionada. Todos nós seremos velhos um dia, basta saber se a sociedade em que viveremos futuramente será capaz de mudar signi-ficativamente nossos discursos.Resultados alcançadosA longevidade tornou-se um dos grandes desa-fios do século, tanto do ponto de vista científico, social, filosófico e político. Dentro destas verten-tes, o trabalho desenvolvido pelo GAMIA ma-terializa a iniciativa de se buscar uma mudança cultural, no sentido de fomentar a importância de políticas públicas que promovam e propiciem um envelhecimento ativo e a consequente melhora na qualidade de vida dos idosos. Conhecendo o discurso desta parcela da população sob dife-rentes áreas do conhecimento, tanto da Geron-tologia, quanto das Políticas Públicas e Comu-nicação Humana, foi possível vivenciar no grupo de idosos os mais variados pontos de vistas, his-tórias, situações inusitadas, sonhos, decepções e ideais daqueles que trazem muita experiência em sua bagagem. A execução do projeto permi-tiu ainda uma aproximação entre a teoria sobre o processo de envelhecimento e o processo de en-velhecimento na prática. Trabalhar durante o pe-ríodo de um ano com os participantes do progra-ma serviu como inspiração para se pensar na real (falta de) efetividade das políticas públicas para os idosos. Mesmo na condição de participantes do GAMIA, o ensinamento que os idosos tinham a oferecer nos debates era imensurável, visto que são anos de vivência e sabedorias acumuladas. O intuito de trazer para os encontros temas como participação social e controle social, foi o de ten-tar proporcionar aos idosos uma reflexão acerca de assuntos aos quais não estão habituados e/ou incentivados a discutir. Quando incentivados, abrem-se para o diálogo expondo seus pontos de vista, com suas orientações ideológicas e ma-neiras particulares de enxergar os fatos. Na aná-lise de discurso, encontrou-se grande indignação

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interesse e participação nas oficinas como os educadores(as) apreciaram o trabalho e fize-ram algumas reflexões sobre as atividades que desenvolvem. Uma educadora percebeu, por exemplo, como as atividades esportivas com fre-quência estavam mais voltadas para os meninos e a relevância de buscar inserir um número maior de meninas no trabalho educativo que desenvol-vem. Na Escola do Céu Curuçá, demos continui-dade à iniciativa anterior, na qual algumas turmas que frequentam a Educação de Jovens e Adul-tos no período noturno, não haviam participado das oficinas. A Escola do Céu Curuçá valorizou o debate, especialmente porque tem preocupa-ção com a temática da gravidez na adolescência. Para as alunas bolsistas o Projeto colaborou com a formação oferecendo oportunidade do trabalho com crianças e jovens, a reflexão e conhecimen-to sobre a temática e a experiência de contato com contextos de vulnerabilidade (por exemplo, a situação de pobreza dos alunos das escolas).

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Transformando a Dor das Grávidas em Um Projeto de Amor na Zona Leste de São Paulo: Adaptação do Programa Tolerância ZeroCoordenadoraDora Mariela Salcedo Barrientos

Ações/atividades desenvolvidasEste projeto se insere como parte das ações de um projeto maior intitulado Estudo da violência do-méstica contra adolescentes grávidas atendidas em uma Unidade Básica da Zona Leste de São Paulo: Bases para intervenção (Salcedo-Barrien-tos, 2011) e do Estudo de Violência Doméstica contra Adolescentes grávidas atendidas no Hos-pital Universitário de São Paulo: Bases para Inter-venção (Salcedo-Barrientos, 2013) financiado pelo CNPq, o qual é um estudo prospectivo, descritivo e exploratório, que utiliza abordagem qualitativa e quantitativa, diagnosticando e compreendendo a experiência vivida diante a violência doméstica. Portanto o presente projeto, pretendeu também dar continuidade às atividades iniciadas em um projeto anterior do CCex intitulada: Promovendo uma maternidade saudável e sem violências nas adolescentes na área de abrangência da UBS Vila Cisper na zona Leste de São Paulo (Gemma, M; Silva, B. 2012). Teve como objetivo sensibilizar e empoderar as adolescentes grávidas vitimas de violência, resgatando as principais habilidades, potencialidades e vulnerabilidades para construir novos caminhos de superação do fenômeno. Foi sustentado pela Teoria da Intervenção Práxica em Enfermagem em Saúde Pública – TIPESC (EGRY, 1996); foi desenvolvido junto a 24 adolescentes grávidas que frequentavam o pré-natal em uma Unidade Básica da Zona Leste de São Paulo e que fazem parte da Estratégia Saúde da Família. O projeto foi desenvolvido em duas fases: A primei-ra fase consistiu-se no rastreamento durante três meses das grávidas adolescentes cadastradas e de preferência no primeiro trimestre de gestação;

sistemas, para um formato que seja mais popular, mais Interoperável e de fácil uso em outras pla-taformas. Uma base cartográfica construída no modelo de produção Crouwdsourcing, Este mo-delo permitirá aos cidadãos e membros da co-munidade da EACH colaborar com informações para atualização da base cartográfica.

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Saúde e Prevenção na UniversidadeCoordenadoraElizabete Franco Cruz

Ações/atividades desenvolvidasO projeto tinha como objetivos: 1) Transmitir in-formações e sensibilizar a população da EACH (funcionários, professores e alunos), alunos/as e professores de escolas públicas da região para a prevenção do HIV/AIDS; 2) Contribuir nas re-flexões sobre o envolvimento da universidade no combate à epidemia e na educação em saúde em temas transversais como sexualidade e relações de gênero; 3) Fomentar a solidariedade em rela-ção às pessoas que vivem com HIV/AIDS. Foram realizadas as seguintes atividades: Reuniões para debate e preparação das atividades; disponibiliza-ção de preservativos em 10 banheiros da EACH; disponibilização de preservativos em festas uni-versitárias; Jornada de Aids no dia Primeiro de Dezembro com barraca da prevenção, distribui-ção de materiais informativos, laços vermelhos, apoio e orientação sobre testagem sorológica e cenas de teatro sobre prevenção (com alunos do Grupo de Teatro da EACH que frequentam a UNATI); participação nas atividades de matrícula dos calouros; elaboração de jornal informativo; reunião para formação de educadores(as); 20 oficinas com crianças, jovens e alguns adultos frequentadores do EJA (Educação de Jovens e Adultos). Para as oficinas usamos como estraté-gia a apresentação do vídeo educativo Minha Vida de João, seguida de debates sobre aids, relações de gênero e sexualidade.Resultados alcançadosDistribuímos 33 mil preservativos nos banheiros. Distribuímos 500 laços vermelhos de solidarieda-de. Transmitimos informações (com atividades e materiais) para aproximadamente 1000 pessoas da comunidade da EACH. Realizamos as ofici-nas em escolas de São Bernardo do Campo, com alunos (crianças e jovens) de Escolas Públi-cas participantes do Projeto Segundo Tempo no Céu Curuçá (com os alunos do EJA). Atendemos nas oficinas 280 alunos e alunas, transmitindo informações e debatendo a temática da AIDS e temas correlatos como: relações de gênero, sexualidade e gravidez na adolescência. Sensi-bilizamos 20 professores em relação à relevância do trabalho educativo com as temáticas da AIDS, DSTs e relações de gênero. Chegamos até o Pro-jeto Segundo Tempo em São Bernardo do Cam-po, através de um aluno da Pós-graduação da EACH. O trabalho é voltado para o fortalecimento das atividades esportivas em escolas públicas. Não somente crianças e jovens demostraram

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ao evento em saúde, no caso, a gravidez inde-sejada e doenças sexualmente transmissíveis; – Pôde-se perceber que, durante o processo ges-tacional, as adolescentes demonstraram grandes modificações, que vão desde a não aceitação da gravidez à necessidade de desenvolver a respon-sabilidade inevitável da maternidade. A heteroge-neidade de realidade que a gravidez na adoles-cência engloba não permite que este evento seja encarado de maneira única, dotada de aspectos negativos. No planejamento de ações em saú-de, a gestação precoce deve ser encarada para além de ações de prevenção, devendo-se criar espaços de diálogo e reflexão onde seja possível favorecer o empoderamento dos sujeitos (adoles-centes, família, casal e comunidade), oferecendo ferramentas para que os mesmos identifiquem e optem por alternativas concretas e autônomas, que correspondam à sua realidade e permitam que eles mesmos determinem a melhor maneira de lidar com as questões relacionadas às suas vidas sexuais e reprodutivas; – Outro resultado observado nestas intervenções se refere à falta de importância atribuída aos futuros pais dos be-bês pelas adolescentes. A maioria delas restrin-ge esta importância apenas ao apoio financeiro. Torna-se, assim, importante a discussão sobre as questões de gênero, que ainda influenciam bas-tante a concepção de maternidade/paternidade, inclusive entre as faixas etárias mais jovens. Des-sa forma, ressalta-se a importância dos serviços de atendimento às gestantes implementarem ações que viabilizem a participação paterna du-rante a gravidez; – O apoio da família das adoles-centes se mostrou fundamental no processo de aceitação e desenvolvimento da responsabilida-de da adolescente pela maternidade. Além dis-so, o apoio e acolhimento da família fortalecem e minimizam a vulnerabilidade e possíveis ocor-rências de situações de violência; – O presente projeto demonstrou que a violência intrafamiliar aparece de forma naturalizada pelas adolescen-tes que vivenciaram estas situações, uma vez que não definem suas vivências desta maneira. Esta forma da percepção da violência aumenta a vulnerabilidade e o risco de vida das adolescen-tes e de seus bebês; – Pôde-se perceber que as adolescentes grávidas apontam para a necessi-dade de profissionais de saúde que acolham, que escutem de forma qualificada, ou seja, que esta-beleçam vínculos para que elas possam confiar na relação e, então, falar sobre suas intimidades, principalmente, sobre as situações de violência doméstica vivenciadas por elas; – Considera-se por tanto um espaço privilegiado para realizar a identificação desta vitima que vem carregada de sentimentos ambíguos e que muitas vezes não é acolhida no momento oportuno por pessoas pre-viamente qualificadas neste tema. Pois conside-rando os resultados obtidos nesta pesquisa exige tomar as providencias imediatas para satisfazer esta necessidade prioritária por tratar-se de uma população vulnerável e por tratar-se de prevenir novos eventos no futuro neném que representa pela sua vez uma nova prioridade na saúde públi-ca pelas repercussões sociais.

foi aplicado o instrumento Inventário de frases no diagnóstico de violência doméstica contra crian-ças e adolescentes (IFVD) proposto por Tardivo e Pinto Junior (2010). Na segunda fase, foram realizadas oficinas de trabalho, as quais tiveram um cunho emancipatório e crítico, propostas por Chiesa; Westphal (1995); Fonseca (1996); Andra-de (2009); Salcedo Barrientos et al (2010), (Salce-do-Barrientos et al, 2014), e fundamentalmente as recomendações e considerações metodológi-cas propostas pelo Programa Europeu de Apoio Psicossocial para Mulheres Vítimas de Violência – Violência Tolerância (Obra Social, 2008); E final-mente foi focado no desenvolvimento de um Plano de Ação da Obstetriz, relatório das atividades indi-viduais e coletivas, e finalmente foram realizadas as considerações finais para este projeto inovador.Resultados alcançadosNa primeira fase, foi realizada a captação da re-alidade junto a 24 adolescentes, portanto uma abordagem individualizada. Das 24 adolescentes grávidas entrevistadas foi possível identificar que 21 adolescentes sofreram algum tipo de violên-cia no decorrer de sua vida. Destas, 8 adoles-centes foram vítimas de violência em um período que precede a gravidez; 8 adolescentes sofreram violência antes e durante a gravidez e 5 foram vítimas de violência no período restrito da gravi-dez, desta forma, totalizam-se 13 adolescentes vítimas de violência durante a gravidez. Na se-gunda fase, foram realizadas 4 oficinas e cada oficina foi oferecida para as 24 adolescentes participantes da pesquisa. Tiveram duração de aproximadamente 2 horas por semana, com uma carga horária total de 8 horas e foram realiza-das nas instalações da própria Unidade Básica. Dentre das estratégias escolhidas para este fim estão: Oficinas com foco na Pedagogia do Dra-ma, rodas de conversa, aulas expositivas, sensi-bilização através do resgate dos sentidos; ioga, massagens, técnicas de relaxamento e jogos psi-codramáticos diversificados. Considera-se que a análise dos prontuários permitiu ter a primeira aproximação com o perfil da nossa população e foi verificada muito mais válida como um pro-cedimento complementar à entrevista; uma vez que o profissional que já teve o primeiro encontro com a gestante através de uma entrevista apro-fundada, tem um outro olhar na hora de avaliar os prontuários, até com o intuito de questionar o que fazer do próprio profissional, e implemen-tar mudanças em algumas variáveis relacionadas com a violência de gênero que foi de difícil acesso e simplesmente não aparece de forma objetiva; – Observou-se nas entrevistas que, mesmo não tendo total consciência das implicações da ma-ternidade, as adolescentes tinham conhecimen-tos e informação sobre sexo e concepção. Ou seja, havia a possibilidade de evitar a gravidez, mas isso não foi encarado com seriedade. Com base em Brêtas (2010), neste contexto, o alvo da intervenção deve se estender para além da tarefa de alertar sobre o problema, agindo de forma a estimular a proteção e mobilização dos sujeitos, visando uma resposta que supere os possíveis obstáculos estruturais que as tornam suscetíveis

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Conjunto de Música Antiga da ECA-USP CoordenadoraMonica Isabel Lucas Ações/atividades desenvolvidas Os bolsistas do Conjunto de Música Antiga de-senvolveram em conjunto todas as atividades relativas à preparação, produção e performance nas apresentações do grupo. Em 2013/2014 o Conjunto foi participante do edital SESI de Mú-sica Erudita, com concertos por todo o estado de SP. Sendo assim, as atividades dos bolsistas consistiram em: 1) organização do acervo de par-tituras do Conjunto; 2) trabalho de arquivista; 3) trabalho de agendamento de ensaios; 4) trabalho de preparação musical; 5) trabalho de produção (agendamento de transportes, preparação do material musical, logística de salas de ensaio, etc.). Sem o auxílio destes monitores, as ativi-dades do Conjunto, que não dispõe de nenhum funcionário do Departamento para realizar estas tarefas, não teriam sido viáveis. Resultados alcançadosCom a ajuda dos bolsistas, o Conjunto venceu o edital SESI/Música erudita, realizando 8 concertos por todo o Estado de São Paulo, além de concer-tos na própria cidade. Foram realizados ao todo 14 concertos do Conjunto no período. A projeção alcançada no período de 2013-2014 rendeu ao grupo convites para participação no projeto didá-tico do Centro Cultural São Paulo, assim como o honroso convite para dividir com a atriz Fernanda Montenegro a cerimônia de Abertura da Bienal do Livro, em agosto de 2014. O Conjunto de Música Antiga estará, ainda, presente nas atividades ofi-ciais de comemoração dos 80 anos da USP em outubro de 2014. O trabalho dos monitores contri-buiu enormemente para consolidar trabalho con-junto de professores e monitores do grupo. Con-siderando que este é o único Conjunto de Música Antiga pertencente a uma universidade brasileira, é possível dizer que este trabalho, impossível sem a participação dos monitores, é importante para consolidar a área de música antiga no Departa-mento de Música da ECA-USP.

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Nosso Ateliê Animado: Ateliê de Arte para Crianças do CAP-ECA-USPCoordenadoraMaria Christina de Souza Lima Rizzi Ações/atividades desenvolvidasA aluna Luciana S. Cruz do Curso de Filosofia da FFLCH participou das seguintes atividades no decorrer da Bolsa: 1) Produção do Ateliê de Arte para Crianças – Nosso Ateliê Animado; 2) Colaboração na preparação do curso, nas aulas com as crianças, registro e avaliação das mes-mas; 3) Elaboração de trabalhos audiovisuais; 4) Colaboração na organização de exposições de encerramento de semestre; 5) Documentação fo-tográfica do ateliê e dos processos das crianças;

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6) Elaboração de relatórios; 7) Participação no Seminário de Cultura e Extensão da USP.Resultados alcançadosForam os seguintes os Resultados alcançados: 1) Conhecimento e prática do processo de pro-dução cultural em ateliês para crianças; 2) For-mação teórico-prática em arte-educação; 3) Exercício de criação em multimídia; 4) Subsídios para escolhas relacionadas ao próprio percurso de formação na USP e para atuação profissional.

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Arte e Crítica: Construindo a Informação On-line CoordenadoraLisbeth Ruth Rebollo Goncalves Ações/atividades desenvolvidasO projeto tem por objetivos: 1) A ordenação e colocação on-line de informações culturais desti-nadas a um site sobre Arte e Crítica de Arte, man-tido pelo Arquivo e Laboratório de Crítica de Arte (ECA/CCA), em parceria com a Associação Bra-sileira de Críticos de Arte. As informações refe-rem-se a acontecimentos artísticos que têm lugar no Brasil, com a organização de críticos de arte, especialmente os ligados à mencionada asso-ciação. O projeto dá ao aluno a possibilidade de aprender a lidar com um informativo cultural on-li-ne. Trata-se, portanto, de um exercício no campo da cultura e da comunicação, especificamente voltado para a interação via internet; 2) Digitalizar documentos de arquivo para serem futuramente disponibilizados num arquivo on-line para consul-ta de especialistas, mediante autorização, com acesso por via de senha. Observação: O Arquivo Laboratório existe desde 2000 e mantém interfa-ce com a ABCA. No período de agosto de 2013 a julho de 2014 contou-se com a participação de duas bolsistas: Heloisa Machado e Elis Marques do Amaral. A segunda bolsista iniciou sua atua-ção no projeto somente no final do ano de 2013, porque houve dificuldade no processo seletivo, tendo-se recorrido a uma segunda chamada de entrevistas. Heloisa Machado desenvolveu o tra-balho de atualização do site, inserindo notícias sobre eventos culturais. Realizou também uma listagem de livros do acervo da Associação que, por via de convênio da ABCA, foram encaminha-dos à Biblioteca do Instituto de Artes da UNESP. Atuou, igualmente, na organização dos arquivos digitalizados. Acompanhou palestras e jornadas de crítica realizadas pelo Arquivo e pela ABCA. Participou do Congresso Aprender com Cultura em Ribeirão Preto, tendo preparado um pôster sobre as atividades em curso no projeto. Teve a oportunidade de assistir às aulas ministradas pelos pesquisadores docentes ligados ao traba-lho, inteirando-se de temas sobre a atualidade da crítica de arte. Colaborou no evento de Premia-ção da ABCA, no dia da realização da cerimônia. Com relação à aluna Elis Marques do Amaral, sua atuação deu-se especialmente no trabalho de digitalização de documentos e organização dos mesmos em arquivos on-line. Entre as partes do

acervo que estão na ECA e que já foram digi-talizadas estão Correspondências de 1975, cor-respondência relacionada ao Prêmio Gonzaga Duque de 1979 (Premia críticos associados pela atuação ou pela publicação de livros), relatórios e atas de várias Assembleias da AICA (Associação Internacional de Críticos de Arte), newsletters en-tre outros. Auxiliou também na organização e ca-talogação de livros que foram enviados à UNESP.Resultados alcançadosSão atingidos os objetivos do projeto que tem, ainda, continuidade.

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Estação Memória: Diálogo Intergeracional e a Apropriação Social da Informação CoordenadoraIvete Pieruccini Ações/atividades desenvolvidasEixos de atividades desenvolvidas: 1) Encontros geracionais semanais, com idosos de 60 a 95 anos, tendo em vista a coleta de relatos orais e escritos da experiência de vida dos participan-tes; 2) Encontros intergeracionais entre idosos e adolescentes/jovens vinculados a instituições educacionais e culturais com as quais a Esta-ção Memória mantém parcerias; 3) Manutenção do repositório documental da Estação Memória, a partir do tratamento, organização e sistemati-zação da produção das oficinas geracionais; 4) Manutenção dos dispositivos de circulação das memórias e de comunicação intergeracional a distância, a partir da gradativa substituição do blog pelo site da Estação Memória. Cada eixo demandou um conjunto de atividades específi-cas, implicando a participação das bolsistas do projeto. Em especial, destacam-se aquelas liga-das aos saberes que envolvem o tratamento dos textos, fotos e registros audiovisuais produzidos nas oficinas e que constituem a matéria prima para a elaboração de produtos informacionais, tais como os álbuns biográficos, temáticos e fo-tográficos que veiculam os relatos e servem de base à comunicação inicial entre os idosos e os novos. Os bolsistas foram incluídos em todas as etapas do processo, tendo em vista a importân-cia da apropriação de elementos da produção, manutenção e avaliação de resultados do papel de dispositivos informacionais desta natureza para a sociedade.Resultados alcançados Foram observados resultados significativos, dos quais destacam-se: Manutenção sistemática dos encontros geracionais e intergeracionais, confor-me calendário de atividades elaborado para cada um dos períodos, com participação efetiva dos grupos envolvidos. A partir deles, foi gerado um volume significativo de materiais que demandou ações visando à inclusão no dispositivo eletrônico Estação Memória. Da mesma forma, foi possível, a atualização do repositório da produção das oficinas de memória, com a gradativa substitui-ção dos registros impressos/papel, por arquivos

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digitais. Tal processo tem contribuído para a am-pliação do universo de interessados em estabe-lecer parcerias com a Estação Memória, face à divulgação, em larga escala, dos trabalhos atuais e anteriores. A escolha e o desenvolvimento dos eixos referidos possibilitaram, em síntese, en-gajar o grupo em ações cujo resultado resultou em maior agilidade dos processos de produção, circulação e apropriação das memórias dos ido-sos, viabilizando e melhorando a qualidade dos encontros intergeracionais, objetivo último da Es-tação Memória. Site da Estação Memória <http://estacaomemoria.wix.com/home>.

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Cadernos de Repertório Coral Comunicantus: Perspectivas ContemporâneasCoordenadoraSusana Cecilia Almeida Igayara de Souza

Ações/atividades desenvolvidasEdição da obra João: rapsódia, de Iury Cardoso (aluno de Bacharelado em Violão) para soprano solista, coro, conjunto de violões, contrabaixo e percussão. Além da partitura completa, foi elabo-rada uma primeira partitura de ensaio (vocal sco-re). Editoração da obra Cor dulce, cor amabile, de Heitor Villa-Lobos, a partir de edição musico-lógica baseada nos manuscritos autógrafos, rea-lizada pela coordenadora do projeto. Preparação de exemplos para o Aparto Crítico da obra Cor dulce, cor amabile, com imagens dos manus-critos, da edição Vitale (1952) e da nova edição (2014). Revisão das obras: Cantares, de Ronaldo Miranda, e Missa nordestina, de Lindembergue Cardoso, editoradas por aluno do CMU partici-pante de outro projeto que integra as atividades de edição musical do Comunicantus. Acompa-nhamento dos processos de revisão de partituras e das primeiras leituras das obras com os coros do Comunicantus. Resultados alcançadosOs resultados alcançados foram excelentes e superaram as expectativas. O objetivo de circu-lação de repertório contemporâneo foi cumprido, tendo sido escolhidas uma obra de um aluno e uma de um professor, além de dois importan-tes compositores do século XX. As partituras de João, Cor dulce, cor amabile e Cantares foram apresentadas em concertos por coros do Comu-nicantus: Laboratório Coral. João foi uma enco-menda do coordenador do Comunicantus para o Concerto de Encerramento de 2013 ao aluno Iury Cardoso, que se graduou em 2013. Foi fil-mada e encontra-se disponível em: <http://www.youtube.com/watchv=b5MaljoA5DU> Cor Dulce, cor amabile foi apresentada pelo coro do Gonville and Caius College da Universidade de Cambrid-ge, como parte de projeto de pesquisa conjunto USP/Cambridge realizado em 2014. Foi também incorporada ao programa do Coro de Câmara Comunicantus. Cantares, do professor do CMU, Ronaldo Miranda, é uma edição aprovada pelo compositor.

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Introdução ao Piano Popular por meio do Ensino Coletivo CoordenadorMario Rodrigues Videira Junior

Ações/atividades desenvolvidasO projeto foi desenvolvido por meio de dois workshops semestrais, intitulados Introdução ao Piano Popular através do Ensino Coletivo, realizados no Departamento de Música da ECA--USP, de agosto de 2013 a julho de 2014. Os objetivos principais eram, a saber: 1) Introduzir o aluno à linguagem e à prática da música popular brasileira por meio do ensino coletivo de piano; 2) Desenvolver e consolidar os fundamentos técnicos da performance ao instrumento. O pro-grama das aulas incluía: 1) Reconhecimento de melodias; 2) Montagem de tríades estruturais; 3) Preenchimento das linhas do baixo; 4) Acréscimo de tensões aos acordes; 5) Aplicação de célu-las rítmicas ao acompanhamento; 6) Audição, transcrição e análise de peças selecionadas; 7) Reconhecimento de variáveis empregadas na execução do repertório popular. Para tanto, foi empregada a apostila desenvolvida conjunta-mente pelo aluno e pelo orientador, com o título O piano popular aplicado ao Piano em Grupo. Ao longo do semestre o aluno bolsista teve a opor-tunidade de se aprimorar didaticamente através das seguintes ações e atividades: 1) Levanta-mento e análise crítica da bibliografia disponível sobre o assunto; 2) Pesquisa e produção de material e recursos didáticos; 3) Pesquisa e aná-lise de repertório a ser utilizado com os alunos; 4) Discussão de estratégias de ensino e estudo desse material; 5) Participação na preparação e aplicação das atividades práticas das disciplina.Resultados alcançados De 13 alunos inscritos, 5 concluíram o curso com resultados satisfatórios e presença mínima reque-rida. Por se tratar de uma atividade de aprendiza-do artístico, o acompanhamento e avaliação das atividades se deu de maneira qualitativa e contí-nua, ao longo dos dois semestres. A cada aula os alunos deveriam apresentar o resultado das tarefas propostas, sendo que o resultado artístico dos arranjos e lições apresentados era discutido conjuntamente entre alunos, estagiário e profes-sor responsável. Acreditamos que o curso atingiu os objetivos propostos: 1) ao contribuir para a formação de estudantes de música e músicos, por meio do aperfeiçoamento técnico dos alunos; 2) ao contribuir para a formação de plateias; 3) ao contribuir para o aprimoramento didático do mo-nitor, bem como na produção de conhecimento em educação musical.

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A Pintura do Litoral Sul do Estado de São Paulo CoordenadorGeraldo de Souza Dias Filho

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Ações/atividades desenvolvidas O Projeto A Pintura do Litoral Sul do Estado de São Paulo realizou, sob minha orientação, duas oficinas de pintura a óleo para a comunidade do entorno da Base Sul do Instituto Oceanográfico da USP em Cananéia, nos meses de janeiro e ju-lho de 2014 e contou com as bolsistas Isabella da Silva Finholdt e Raquel Benato Rodrigues da Silva, alunas do Departamento de Artes Plásticas da Escola de Comunicações e Artes da USP. Nas oficinas, os participantes receberam informações básicas sobre a técnica da pintura a óleo sobre tela e os materiais para realizá-las (telas, pincéis, tintas, solventes e aglutinantes) e puderam reali-zar diversas pinturas, sempre tendo como tema a paisagem marítima e estuarina – a Base situa--se no estuário do Rio Ribeira. Para a compra do material, e ainda de 15 cavaletes de pintura, o projeto recebeu fomento no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais). Além de dedicar-se ao exercício de observação e transposição pictórica da pai-sagem, os participantes puderam também ter noções de historia da arte, conversar e perceber a necessidade de preservação ambiental e co-nhecer novas perspectivas para sua vida, através da prática artística.Resultados alcançadosDifusão de conhecimentos artísticos, principal-mente em pintura, realização de pinturas com o tema da paisagem, valorização do modo de vida da população do entorno da Base de Pesquisa do Instituto Oceanográfico da USP em Cananéia e auxilio na divulgação de ideias preservacionis-tas que podem encontrar sua contrapartida na representação artística.

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Levantamento, Classificação e Análise de Dados Referentes a Teses e Dissertações sobre Ficção Televisiva nos Programas de Pós-Graduação em Comunicação CoordenadoraMaria Cristina Palma Mungioli Ações/atividades desenvolvidasA bolsista deu continuidade à coleta de dados so-bre teses e dissertações defendidas nos progra-mas de Pós-Graduação em Comunicação, efe-tuou suas atividades no projeto durante o período de agosto de 2013 a julho de 2014. Vale ressaltar que não foi a primeira bolsista a realizar o projeto e que se trata de um projeto que visa fornecer dados e informações para os pesquisadores do Centro de Estudos de Telenovela da ECA-USP e demais pesquisadores do tema no Brasil e no Exterior. A bolsista deu continuidade e aprimorou os procedimentos metodológicos adotados nas etapas anteriores do projeto e constantes do atu-al projeto de pesquisa. A bolsista realizou buscas (tanto no Banco de Teses da Capes – <http://bancodeteses.capes.gov.br/> quanto nas biblio-tecas digitais especificas de cada programa de pós-graduação) aplicando as palavras-chave: te-lenovela, ficção televisiva, série, minissérie e soap

opera. Ao encontrar os dados dos trabalhos, observava então se os mesmos participavam de Programa de Pós-Graduação em Comunicação. Em caso afirmativo, os dados eram classificados em uma Tabela Excel que era composta pelos seguintes itens: ano, autor, se se tratava de uma tese ou de uma dissertação, foco, palavra-chave, formato, ficção abordada, tempo, espaço e lo-cação. Ao final desta etapa, a bolsista comple-tou a Tabela Principal. Finalizada essa atividade, foram preenchidas tabelas mais especificas. Cada tópico da Tabela Principal teve seus itens decompostos formando várias outras tabelas com análises específicas (tempo, foco, formato, local, faculdades e ficções televisivas). Essa ope-ração buscou possibilitar novas formas de ler os dados existentes no banco de dados do projeto. Com esse objetivo, cada item de classificação foi desmembrado em duas tabelas menores, uma analisando tais dados pelo período quinquenal e a outra expondo os dados por décadas, sendo estas tabelas compostas também pela percenta-gem equivalente de cada dado coletado. Por fim, a última etapa consistiu em pensar formatos para apresentação dos dados coletados pra que os mesmos fossem disponibilizados no site do CE-TVN. Assim, buscando atender a esse objetivo, a bolsista construiu a apresentação dos dados por meio do software Gephi. O uso do software se re-velou muito positivo, pois foi possível perceber e analisar o contraste quantitativo muito mais facil-mente do que nas tabelas tradicionais do Excel.Resultados alcançados Destaco que os resultados apresentados repre-sentam uma parcela de todos os dados cole-tados, pois, devido ao grande número de pos-sibilidades de tratamento dos dados, optei por apresentar apenas dados de caráter mais geral que demonstram o universo observado. Foram registradas 53 teses e 190 dissertações no pe-ríodo de 1975 a 2012. O Gráfico 1 apresenta a quantidade de produção observada nesse perío-do, nele se verifica que o ano de 2005 apresenta o maior número de dissertações, totalizando 22 e que 2001 apresenta o maior número de teses, totalizando 6. Vale destacar que a produção de teses só teve início em 1986, 11 anos após a primeira dissertação. Apesar de a quantidade de teses ter aumentado consideravelmente nos anos 2000, a maior quantidade de trabalhos continua sendo a referente às dissertações. Ten-do como base a Tabela Principal, os itens foram decompostos formando várias outras tabelas com análises específicas (tempo, foco, forma-to, local, faculdades e ficções televisivas). Cada item de classificação foi desmembrado em duas tabelas menores, uma enfocando dados no pe-ríodo quinquenal e a outra expondo-os por dé-cadas, sendo estas tabelas compostas também pela porcentagem equivalente de cada categoria coletada. Tomando como exemplo a análise do formato da ficção televisiva explicitado na tese ou dissertação, obtêm-se as Tabelas 1 e 2 em que T se refere a teses e D a dissertações, com recorte temporal por quinquênio ou década. Observa-se, na Tabela 1, prevalência do formato

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telenovela com aproximadamente 66% do total. Além disso, verifica-se o crescimento constante do formato telenovela ao longo dos anos até o quinquênio 2005 e 2009. O último período, 2010-12, embora refira-se a apenas dois anos, mostra que o interesse pelo formato continua intenso principalmente em relação ao doutorado, talvez indicando mudança de perfil dos trabalhos que, anteriormente eram majoritariamente em nível de mestrado. Minissérie é o segundo formato mais estudado desde 1975. Já a Tabela 2 apresenta os mesmos dados observados a partir do recor-te temporal da década e incorpora os valores percentuais dos dados coletados, fornecendo elementos para uma análise comparativa em ter-mos relativos ao universo pesquisado. Cabe ain-da destacar que além da futura publicação dos dados coletados no site do CETVN, os mesmos estão disponíveis aos pesquisadores que se diri-girem pessoalmente ao Centro, uma vez que nele há expediente diário das 9h às 17h.

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1. Educação Física Adaptada ao Portador de Asma Criança e Adolescente. 2. Eduacação Física Adaptada ao Portador de Asma CoordenadorLuzimar Raimundo Teixeira Ações/atividades desenvolvidasAvaliação do estado físico e respiratório dos alu-nos antes e após as atividades físicas, utilizando o monitor de pico de fluxo expiratório e a tabela de desconforto respiratório. Instruções práticas: – exercícios e cuidados adequados no planeja-mento e condução das aulas para os monitores bolsistas. Instruções teóricas; – programa educa-tivo sobre a doença para os monitores bolsistas. Aulas práticas e teóricas para crianças e adultos asmáticos: – Aulas teóricas para pais desenvol-vendo nosso programa educativo sobre a doen-ça; – Aulas teóricas para adultos asmáticos de-senvolvendo nosso programa educativo sobre a doença; – Aulas teóricas para crianças asmáticas desenvolvendo nosso programa educativo so-bre a doença, com utilização de material lúdico. Participação do coordenador e educadoras em congressos e afins, dentro da área de Educação Física Adaptada. Participação das educadoras em cursos relacionados à função. Resultados alcançados Aumento na procura do curso por adultos asmá-ticos, trabalhando agora com um número satisfa-tório para que sejam desenvolvidas com suces-so as atividades direcionadas. A bolsa oferecida pela Cultura e Extensão facilitou o atendimento ao grupo, sendo que os monitores selecionados melhoraram o atendimento, por serem compe-tentes e responsáveis. Aplicação dos materiais didáticos e lúdicos para apoio ao programa de educação e orientação de alunos e familiares. O uso de um relatório semestral de informação do desenvolvimento do aluno facilitou o acompanha-mento e monitoramento das crises.

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Projeto Exercício e Coração CoordenadoraCláudia Lúcia de Moraes Forjaz Ações/atividades desenvolvidasO projeto Exercício e Coração, em sua vertente de extensão, tem o objetivo de estimular e dar subsídios para que a população que frequenta locais públicos seja capaz de realizar uma prá-tica segura de atividades físicas para a melhora e manutenção da saúde e da qualidade de vida. Em sua vertente de ensino, o projeto serve de laboratório didático para que os alunos da gra-duação em Educação Física e, em sua vertente de pesquisa, os dados coletados são analisados e publicados em congressos e revistas cientí-ficas. Conforme planejado, os monitores parti-ciparam das seguintes atividades de extensão, que lhes propiciaram experiência prática de for-mação profissional: 1) Realizaram avaliações de risco cardiovascular para a prática de exercício,

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o Projeto foi utilizado como campo de observa-ção profissional por uma disciplina do Curso de graduação. Para finalizar, a avaliação, feita pelo monitor no item específico desse relatório, per-mite concluir que os resultados em relação ao ensino foram atingidos com sucesso. Quanto ao aspecto da pesquisa, os monitores tabularam os dados coletados e fizeram uma análise descriti-va dos mesmos. Essa atividade gerou, 1 painel/resumo no III Simpósio Aprender com Cultura da USP: Projeto Exercício e Coração: Ações em 2012-13, e 1 artigo completo: Efeito da Prescri-ção de Caminhada Não Supervisionada sobre o Risco Cardiovascular Global. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, p.423-433, 2014. Conclusão: Os monitores cumpriram todas as atividades programadas, superando o número de atendimentos previsto apesar das dificuldades enfrentadas. Essa participação fez com que os monitores evoluíssem expressivamente durante o período da bolsa, tanto em termos acadêmicos quanto pessoais. A atuação teve estreita relação com a pesquisa, representando uma boa inicia-ção que resultou em trabalhos científicos.

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Educação Física para Adultos (CEFA) CoordenadoraMonica Yuri Takito Ações/atividades desenvolvidasDas 240 vagas oferecidas para o período notur-no houveram 202 no segundo semestre de 2013. Dentre os usuários atendidos, entre homens e mulheres da comunidade interna e externa, identificou-se elevada faixa etária que compre-endia de 20 a 70 anos, nos cursos comunitários de condicionamento físico para adultos. Desta maneira, uma primeira modificação com as ava-liações foi a reestruturação e criação/alteração de duas turmas para idosos. Dentre estes foram realizadas avaliações de condição de saúde, per-cepção de qualidade de vida e aptidão física em uma parcela dos alunos.Resultados alcançados A identificação de elevada frequência de patolo-gias associadas ao processo de envelhecimento e sua associação com a percepção de qualidade de vida, demonstram a importância da prática de atividade física de maneira regular. A falta de um grupo controle (de indivíduos não praticantes) impossibilita analises inferenciais aprofundadas. Análises mais apropriadas das crenças e práti-cas dos usuários se faz necessária para a melhor compreensão dos determinantes para a prática. Adicionalmente a elaboração de uma rotina de avaliação facilitaria tal avaliação.

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Saúde e Bem Estar na Obesidade CoordenadorBruno Gualano

executando a aplicação de questionário e a re-alização de medidas fisiológicas; 2) Fizeram en-caminhamentos médicos, quando necessário; 3) Realizaram avaliações de condição física através da aplicação de testes específicos para diversas capacidades motoras; 4) Analisaram, com base nos dados coletados nas avaliações, a possibi-lidade ou não de realização de um programa de atividade física não supervisionado; 5) Realiza-ram a prescrição individualizada de atividade fí-sica quando possível; 6) Realizaram reavaliações dos clientes após um período de treinamento; 7) Ministraram aulas de atividade física; 8) Super-visionaram sessões iniciais de treinamento; 9) Forneceram aos clientes informações sobre exer-cício e saúde; 10) Auxiliaram na organização de eventos de sensibilização da população quanto à importância da atividade física; 11) Participaram das atividades pontuais do Projeto Exercício e Coração, ajudando na estruturação e execução dessas atuações, o que envolve a ideia, o plane-jamento, a organização, a execução e a avaliação do evento; 12) Participaram de reuniões sema-nais com a coordenação para embasamento teó-rico, discussão de casos e proposta de atuações. Todas estas ações foram acompanhadas de perto pela coordenadora e seus auxiliares para que os alunos se sentissem seguros e capazes de realizá-las com excelência. Durante o período da bolsa, os alunos participaram das seguintes atividades de pesquisa: 1) Organizaram os dados coletados, tabulando-os; 2) Analisaram os dados de forma descritiva; 3) Escreveram resumos para apresentação em congressos; 4) Participaram da confecção de artigos completos para publicação em revista científica.Resultados alcançadosNa extensão, o Projeto ultrapassou as metas pre-vistas: 1) Avaliações/Reavaliações: 249 no total; 117 avaliações e 132 reavaliações, quando a proposta era a realização de 200; 2) Aulas: 380 aulas de alongamento, totalizando 16116 aten-dimentos e 422 sessões iniciais de treinamento. Assim, como planejado, o bolsista ministrou de 2 a 3 aulas/semana e deu mais de 50 sessões de treinamento no ano. 3) Eventos: 10 eventos pontuais no ano, quando o planejamento era pelo menos 4. Os eventos foram: a) Dia do Co-ração – 128 pessoas; b) no Dia do Idoso – 70 pessoas; c) II Workshop de Combate às Queda em Idosos – 45 pessoas, d) Dia de Combate ao Diabetes – 471 pessoas; e) Campanha de Com-bate ao Diabetes HU – 22 pessoas: f) Dia Mundial do Rim – 90 pessoas; g) Campanha Agita São Paulo – 109 pessoas; h) Palestra Atividade Físi-ca e Quedas – 10 pessoas; i) Dia de Combate a Hipertensão – 632; j) Dia do Desafio – 91 pes-soas. Considerando-se os aspectos de ensino, os monitores tiveram contato com diferentes si-tuações de atuação profissional. Tiveram sempre a possibilidade de discutir dúvidas e formas de atuação com os coordenadores do projeto. As-sim, trouxeram para as reuniões suas sugestões e contribuíram para a evolução das atividades. A mudança de conduta profissional ao longo do tempo foi evidente. Cabe ressaltar, ainda, que

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Ações/atividades desenvolvidas As atividades foram realizadas a contento. Dados científicos foram colhidos no curso. Artigos cien-tíficos estão sendo elaborados. As participantes avaliaram muito bem o curso.Resultados alcançados Em termos de extensão, o curso serviu seu pro-pósito de atender com excelência as participan-tes que dele fizeram parte. No que se refere ao ensino, houve uma intensa troca de experiências entre os membros da equipe multidisciplinar, pro-porcionando um ambiente propício de aprendiza-do. Finalmente, no que diz respeito à pesquisa, dados inéditos foram colhidos e alguns artigos científicos estão sendo elaborados. Desse modo, os resultados alcançados estão em conformida-de com as expectativas.

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Programa de Intervenção Motora em Crianças com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade e o Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação Coordenador Jorge Alberto de Oliveira Ações/atividades desenvolvidasO aluno bolsista Henrique Franco participou de várias atividades no período de agosto de 2013 a julho de 2014. Destaca-se sua proatividade e as-siduidade no desenvolvimento na preparação do programa de intervenção por ocasião do desen-volvimento do projeto apresentado. O aluno parti-cipou de reuniões no Grupo de Estudos de Aten-ção ao Desenvolvimento Infantil (GEADI) como no Lacom (Laboratório de Comportamento Motor), também frequentou oficinas por nós oferecidas e confecção de materiais alternativos para o apri-moramento da identificação dos transtornos do desenvolvimento da coordenação (TDC) e do deficit de atenção e hiperatividade (TDAH) em crianças escolares. Colaborou na aplicação de teste para identificação dos referidos transtornos. Desenvolveu, organizou e aplicou o programa de intervenção motora. Avaliou o desenvolvimento motor e físico dos alunos.Resultados alcançados Apesar da dificuldade de reunir todos os alunos selecionados, neste caso, aqueles que tinham os transtornos observados. O programa de interven-ção foi considerado bom, pois foi possível cor-rigir de imediato vários descaminhos quanto às atividades propostas e o controle de participação dos alunos como um todo. Na avaliação física realizada os alunos do programa de intervenção nos dois grupos houve pouca mudança no per-fil físico, mais especificamente, nas variáveis, no abdominal, prancha e na barra fixa.

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Ensino de Futsal para Pessoas com Deficiência Intelectual CoordenadorLuiz Eduardo Pinto Basto Tourinho Dantas Ações/atividades desenvolvidasDurante o ano de vigência do projeto foram atendidos aproximadamente 11 jovens adultos com deficiência intelectual (regularmente matri-culados). Participaram do programa, no primei-ro semestre de 2014, também dois alunos do ensino médio sem deficiência (voluntários). No primeiro semestre, o programa atendeu apenas com alunos com deficiência intelectual, centrado na oportunização de problemas de jogo com a finalidade de melhorar a compreensão dos alu-nos sobre o modelo do jogo de futsal e melho-rar o desempenho tático (tomada de decisões no contexto do jogo). Os problemas de jogos foram selecionados considerando as caracterís-ticas dessa população e desse grupo específico. No segundo semestre, o programa contou com a colaboração de dois alunos do ensino médio, sem deficiência (intervenção unificada) e foram trabalhados os mesmos objetivos e atividades. Além das aulas, foram desenvolvidos discussões periódicas sobre o desenvolvimento do progra-ma, planejamento das aulas e avaliação. Esses encontros também foram voltados para orienta-ção do trabalho de final de curso da bolsista.Resultados alcançados No segundo semestre de 2013, o programa pro-porcionou a essa população melhora no desem-penho das ações de jogo, uma vez que 9 alunos apresentaram aumento na frequência das ações de jogo após o programa de ensino (aumento na frequência das ações total), e apenas 2 man-tiveram o desempenho semelhante ou tiveram uma pequena redução na quantidade de ações. Acreditou-se que o resultado negativo nos dois alunos pode ter sido devido à melhor condição técnica de ambos, o que se, por um lado, foi uma estimulação positiva para o aprendizado dos outros alunos (mais estimulação), por outro lado caracterizou para esses dois alunos uma condi-ção de subestimulação. Devido a esse resultado, resolvemos incluir alunos sem deficiência no pro-grama, o que ocorreu a partir do primeiro semes-tre de 2014. Os resultados dessa mudança não foram os esperados, ou seja não levaram a um melhora no desempenho tático. Para que se te-nha maior aproveitamento da unificação pode ser preciso que esta seja mais controlada. O desafio inicial proporcionado pela novidade foi positivo nesse estudo, uma vez que, segundo os dados, a participação no jogo e a dinâmica de ação dos alunos com DI em geral foi maior. Porém, esse desafio pode ter sido além das capacidades de alguns dos alunos e pode ter contribuído para o afastamento dos mesmos. Uma intervenção que consiga controlar mais sistematicamente a parti-cipação dos alunos típicos nesse meio pode ser proveitosa. Controle no sentido de subordinar com mais precisão as participações dos meni-nos típicos de forma que os mesmo dinamizem o jogo, mas não intimidem a autonomia dos outros

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alunos. No entanto, com relação ao contexto so-cial, apesar de não ser o foco da intervenção, foi possível observar a integração ocorrida devido ao programa unificado. A comunicação entre os alu-nos ocorreu de forma natural, sendo observado entre alguns alunos até certa rivalidade positiva durante os jogos formais. Uma questão interes-sante foi uma mudança de comportamento ob-servada no início das aulas. Geralmente os alu-nos com DI realizavam finalizações ao gol antes do aquecimento e começo da sessão de treino (o que ocorria há anos). Os dois meninos sem DI permaneciam realizando pequeno jogo de dribles de 1x1, como forma de brincadeira. Após algu-mas sessões, alguns alunos passaram a realizar o mesmo jogo reduzido de 1x1, juntamente com os alunos típicos. Essa informação é interessante partindo da ideia de que a própria atividade cons-titui um caráter integrativo. No caso da brincadei-ra de 1x1 realizada, a interação é constante entre todos os alunos, a comunicação é presente e, no âmbito físico, é uma atividade mais adequada para aquecimento. Uma atividade de finalização, no entanto, constitui em cada um chutando sua bola ao gol, não existe integração e a comunica-ção não ocorre. Além desse aspecto, a mudança de comportamento por conta própria no padrão de aquecimento demonstra autonomia na toma-da de decisão desses alunos, o que constitui um fator importante e fundamental a ser adquirido em qualquer programa de intervenção voltado a essa população. Com relação à bolsista os resultados foram muito bons, de forma que, ao termino do programa, a bolsista já demonstrava autonomia para trabalhar com esse tipo de população. O en-volvimento da bolsista foi tanto que a mesma de-cidiu fazer o seu trabalho de conclusão de curso associado ao programa. Como resultado do pro-grama podemos acrescentar: Reportagem veicu-lada pela Agencia USP de Notícias <http://www.usp.br/agen/p=165004>, Monografia do Bolsista Fernando Agostinho, Escola de Educação Física e Esporte USP, 2014.

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Programa de Condicionamento Físico com Games Interativos para Crianças e Adolescentes Obesos e/ou com Sobrepeso Coordenador Hugo Tourinho Filho Ações/atividades desenvolvidasO presente projeto tem como objetivo oportu-nizar ao acadêmico de educação física a pos-sibilidade de se envolver na elaboração e exe-cução de programas de condicionamento físico voltados às crianças e adolescentes obesos ou com sobrepeso, utilizando como ferramenta para estimular a sua participação no projeto as novas tecnologias de mídia interativa, games interativos ou exergames – um dos exemplos dessa nova geração de jogos eletrônicos (exergames) que se utiliza da interação homem-computador é o Ki-nect, que surgiu de um projeto encabeçado pela Microsoft para seu console de videogame de úl-tima geração Xbox 360. A possibilidade de inte-ração entre a máquina e o movimento humano abre inúmeras possibilidades de utilização desta nova tecnologia para a área de educação física e esporte, principalmente, como forma de desen-volver o hábito da prática regular de exercícios físicos entre crianças e adolescentes obesos ou com sobrepeso que muitas vezes se mostram resistentes à participação em programas de con-dicionamento físico mais convencionais. Nesse sentido, o projeto envolveu três etapas: 1) Levan-tamento e análise, em conjunto com os discen-tes, dos jogos interativos a serem selecionados para a utilização no projeto, procurando identifi-car as características dos jogos e sua adequação às faixas etárias a serem atendidas pelo projeto; 2) Contato com as crianças e adolescentes do ambulatório de obesidade pediátrica e de seus respectivos responsáveis para a explanação do projeto e recrutamento dos interessados; e 3) Execução do programa de exercícios físicos por meio do uso de games interativos (exergames) a ser realizado pelos menos duas vezes por sema-na no Ginásio de Esportes da Escola de Educa-ção Física e Esporte – campus de Ribeirão Preto. A primeira e segunda etapa já foram concluídas e a terceira está em execução com o atendimento a crianças obesas ou com sobrepeso.Resultados alcançadosO projeto Programa de condicionamento físico com games interativos para crianças e adoles-centes obesos e/ou com sobrepeso encontra-se na sua terceira etapa de execução e já é possível verificar a influência do projeto no curso de Edu-cação Física e Esporte (EEFERP-USP), principal-mente nas disciplinas; – Programas de exercícios na infância e adolescência, os alunos matricula-dos passaram a conhecer e vivenciar mais uma ferramenta que pode ser utilizada para estimular a prática regular de exercícios físicos em crianças e adolescentes. Outro resultado alcançado foi o interesse dos alunos por esta nova ferramen-ta fato que motivou a criação de um grupo de estudo; – Grupo de Estudo e Pesquisa em Trei-namento Físico, Mídia Interativa e Eixo GH/IGF-1

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Resistência Abdominal (repetições); Flexibilidade banco whells (Cm); – Testes de máximas repeti-ções: Puxador frente aberto (repetições); Cadeira Extensora (repetições); Supino Reto (repetições); Mesa Flexora (repetições). Avaliações nutricionais: – Peso, altura, circunferências (cintura, quadril), solicitações de registros alimentares (24horas). Portanto o desenvolvimento do projeto envolveu a prática regular de exercício físico com frequên-cia de 3 vezes na semana e duração de 1 hora. Quanto a nutrição os encontros foram quinzenais, as participantes receberam dietas de acordo com a necessidade individual de cada uma, fo-ram feitas palestras com o tema de alimentação saudável com intuito de propagar informações a respeito da necessidade de uma alimentação saudável e nutricionalmente correta na perda do peso corporal.Resultados alcançadosOs resultados do grupo foram satisfatórios: – Mostraram melhorias significativas em relação à avaliação física. Foram comparados os resulta-dos no período inicial do desenvolvimento motor; e também nos testes de máximas repetições, demonstrando uma melhor capacidade física al-cançada após o período de 4 meses de realiza-ção de exercício físico. As participantes também apresentaram uma perda de peso em média de 9kg, sendo que o peso médio inicial foi de 92kg e final foi de 84kg, tendo o grupo uma perda mé-dia de peso de aproximadamente 10% da massa corporal, sendo este resultado satisfatório, acre-ditamos que esse tipo de projeto pode alcançar resultados melhores. Com objetivo de melhorar os possíveis próximos projetos foi feito uma noite de encerramento em que houveram discussões a respeito dos pontos positivos e negativos do projeto realizado em questão, com intuito de im-plementar as informações positivas nos projetos seguintes.

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A Construção de um Acervo de Vídeos Digitais da Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Coordenador Paulo Roberto Pereira Santiago Ações/atividades desenvolvidasNesta etapa do projeto foram editadas partes das gravações dos Jogos Olímpicos de Londres e dos Jogos Paraolímpicos de Londres. Durante as edições também foram gravados todos os jo-gos da Copa do Mundo FIFA no Brasil. Todo esse material está disponível no computador dedicado para estas ações. Resultados alcançadosComo resultados podemos destacar aproxima-damente 4 giga bytes de vídeos disponíveis para consulta dos professores e alunos da comuni-dade da EEFERP. Infelizmente por questões de direitos autorais os vídeos não podem ser dispo-nibilizados para comunidade externa da EEFERP.

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em Crianças e Adolescentes, que realiza encon-tros semanais para estudar o uso de exergames em programas de exercícios para crianças e adolescentes com sobrepeso e/ou obesas, além de se dedicarem a elaboração de programas de exercício a partir da análise e escolhas de exerga-mes apropriados para as diferentes faixas etárias que frequentam o Laboratório de Mídia Interati-va e Exercício Físico. Nesse sentido, entende--se que, a oportunidade que os alunos envolvi-dos com o projeto tem de conhecer e utilizar as mais novas ferramentas da tecnologia de mídia interativa como forma de estimular o hábito da prática regular de exercícios físicos entre crianças e adolescentes obesos é de fundamental impor-tância para a sua formação profissional, pois, as possibilidades de vivências viabilizadas com o referido projeto, preenchem uma lacuna impor-tante identificada em muitos cursos de formação superior em Educação Física e Esporte, os quais, recentemente e não raras vezes, têm sido alvo de críticas severas por não valorizar o conhecimento aplicado e não instrumentalizar, de forma contex-tualizada, o futuro profissional frente aos desafios e à multiplicidade de opções do seu campo de atuação. Por fim, o projeto possibilita uma nova forma de atuação sobre a obesidade infantil e do adolescente por meio do uso de uma ferramenta atual que possibilita estimular crianças e adoles-centes mais resistentes a prática convencional de exercícios a se envolverem em programas de atividades físicas.

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Redução da Adiposidade em Mulheres Obesas: Associação do Exercício Físico e Dieta com Alimentos de Baixo Índice GlicêmicoCoordenadoraEllen Cristini de Freitas Ações/atividades desenvolvidasAtividades desenvolvidas durante a vigência do projeto intitulado: Redução da adiposidade em mulheres obesas: associação do exercício físico e dieta com alimentos de baixo índice glicêmico. 1) Foram realizadas reuniões semanais com 3 bolsistas com objetivo de organizarmos o desen-volvimento do projeto em questão, sendo estes alunos do curso de Educação física e do curso de Nutrição; 2) O recrutamento foi feito através da colocação de 50 (cinquenta) cartazes, os quais foram pregados dentro da USP, nos restaurantes e em algumas unidades e também numa distân-cia da USP de 2km em supermercados, acade-mias e restaurantes; 3) Após realizado o período de recrutamento, tivemos a inscrição de 22 mu-lheres obesas, foi feita uma reunião inicial apre-sentando a proposta do projeto a ser realizado; 4) Uma semana antecedendo o início do projeto e uma semana após o término do projeto as parti-cipantes foram submetidas a avaliações físicas: – Desempenho motor: Caminhada 6' minutos; salto horizontal distância (cm); dinamometria Membro Inferior (Kg); Dinamometria Membro Superior (Kg);

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Programa de Ginástica LaboralCoordenadoraCamila de Moraes Ações/atividades desenvolvidasDesenvolvimento do Programa de Ginástica La-boral nas seguintes unidades/setores do campus da USP de Ribeirão Preto: 1) Prefeitura do cam-pus da USP de Ribeirão Preto (Prédio da admi-nistração e DVMANOP); 2) Escola de Educação Física e Esportes de Ribeirão Preto (até maio de 2014); 3) Faculdade de Economia, Administra-ção e Contabilidade de Ribeirão Preto; 4) Centro de Informática de Ribeirão Preto. Cada sessão de Ginástica Laboral teve a duração de 10 à 15 minutos e foram ministradas de três vezes por semana. Quinzenalmente são realizadas reuni-ões administrativas com todos os envolvidos no Programa de Ginástica Laboral (docente, educa-dores de práticas esportivas e estagiários) para discussão de aspectos relacionados ao desen-volvimento do PGL. Mensalmente foram realiza-dos relatórios gerenciais com o controle da frequ-ência dos funcionários, com gráficos e relativos da adesão e da aderência de cada unidade/setor onde o PGL foi desenvolvido. Na implantação do Programa de Ginástica Laboral, e a cada perío-do de tempo específico (de 5 em 5 meses ou de 12 em 12 meses) foram aplicadas e reaplicadas algumas avaliações, como: questionário de qua-lidade de vida, questionário de dor, motivos de adesão e aderência à prática da Ginástica Labo-ral, estágio de mudança de comportamento.Resultados alcançados Durante o período o PGL realizado em parceria com o CEFER (PUSP-RP) se consolidou e os alunos, bolsistas e voluntários, tiveram a opor-tunidade de aprender, na teoria e na prática, como se desenvolve este tipo de programa. Isto é particularmente interessante do ponto de vista da formação do profissional de Educação Física, pois este conteúdo não é oferecido em discipli-na regular do curso e, atualmente, figura como umas das possibilidades de atuação do profissio-nal desta área.

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Capoeira e Ação Afirmativa: Pluralidade e Igualdade Coordenador Cristiano Roque Antunes Barreira Ações/atividades desenvolvidasForam ministradas aulas práticas de Capoeira no campus da USP de Ribeirão Preto em que também se promoviam e mediavam breves de-bates sobre a cultura Afro-Brasileira, o racismo e o acesso ao ensino superior no Brasil. Nos me-ses finais, foi preparada uma peça de teatro com base nos debates ocorridos ao longo do projeto, que expressava as considerações finais dos mes-mos e discussões quanto às questões supracita-das. Esse segundo momento efetivou-se como uma ação de cultura e extensão universitária jun-to à comunidade externa, atingindo estudantes

pré-vestibulares de escolas públicas da cida-de de Ribeirão Preto, informando e debatendo a respeito do ingresso na Universidade de São Paulo, levando em consideração as questões de igualdade e pluralidade, associadas à sua políti-ca de ação afirmativa. A divulgação do projeto foi feita através de rodas de capoeira em espaços comuns à comunidade USP, como o restauran-te universitário, pátios, cantinas e restaurantes de diferentes Unidades do campus de Ribeirão Preto. Nestas rodas de capoeira estendia-se uma faixa e se distribuíam panfletos informando a respeito e convidando a comunidade a participar do projeto. Logo após a semana de divulgação e inscrições, as aulas tiveram início. No primeiro semestre do projeto as aulas foram ministradas no Centro de Educação Física, Esporte e Recre-ação de Ribeirão Preto (CEFER-RP). Como as aulas eram ministradas 3 vezes por semana, um dia era destinado para discutirmos temas relacio-nados ao projeto, como a cultura afro-brasileira, racismo, acesso à universidade, ações afirmati-vas e história da Capoeira. Resultados alcançadosNo decorrer do primeiro semestre os membros do projeto foram convidados a fazer intervenções em diferentes atividades culturais do campus. Foi feita uma apresentação dia 25 de setembro de 2013 na Semana de Arte e Cultura da USP, no Restaurante Central. No dia 16 de outubro houve uma roda de capoeira na Semana Cul-tural do Centro Acadêmico Flaviana Condeixa Favareto (CAFCF) na FEA-RP-USP. No dia 10 de novembro foi feita uma intervenção no Sarau da Filô USP-RP em um evento chamado Pândegos, realizado no Parque da Pedroeira de Santa Luzia. Em dezembro houve uma participação junto à banda musical Abiosi na reinauguração do Tea-tro de Arena de Ribeirão Preto, em que foi fei-ta uma encenação sobre cultura-afro brasileira, racismo e universidade. Já no segundo semes-tre do projeto, as aulas foram retomadas já nas instalações da EEFERP, uma vez que o Ginásio Olímpico fora recém-inaugurado. A proposta de três aulas semanais foi mantida. Um dos dias, porém, passaria a ser dedicado às práticas tea-trais e exercícios de encenação, tendo em vista a criação da peça de teatro e a apresentação nas escolas públicas da cidade. O projeto teve conti-nuidade dessa maneira até o mês de Abril, quan-do se passou à escrita do roteiro e montagem das cenas da peça. A elaboração do roteiro foi feita com base nos debates ocorridos durante o semestre anterior. Para isso contou-se com o au-xílio do professor e orientador de arte dramática do TUSP/PRCEU, Dilson Rufino, cuja instrução dos rudimentos para a criação e para os ensaios da peça foi inestimável. No começo do mês de maio iniciaram-se as apresentações nas escolas de ensino médio de Ribeirão Preto, o que se se-guiu até o início de junho. Durante este período percorreram-se seis escolas em períodos diurnos e noturnos: Escola Estadual Orlando Victaliano; Escola Estadual Professor Water Ferreira; Escola Estadual Jardim Paiva II; Escola Estadual Romu-aldo Monteiro Barros; Escola Estadual Professora

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Eugenia Vilhena Moraes; Escola Municipal de En-sino Fundamental e Ensino Médio Dom Luiz do Amaral Mousinho. As apresentações atingiram aproximadamente 1000 estudantes.

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Projeto de Manutenção do Grupo de Aprendizado e Aperfeiçoamento de Dança Livre no Campus da USP de Ribeirão Preto II Coordenador Enrico Fuini Puggina Ações/atividades desenvolvidasA proposta de criação da Cia de Dança USP-RP foi a de instituir, através dos discentes envolvi-dos no desenvolvimento do projeto, um grupo permanente de aprendizado e aperfeiçoamento de dança livre, de forma a aproveitar o conheci-mento prévio daqueles alunos que já praticavam essa forma de expressão corporal para oferecer a oportunidade de aprendizado para os frequen-tadores do campus da USP de Ribeirão Preto. O projeto contou com uma bolsista nessa edição, e infelizmente a nova edição do mesmo não foi aprovada pela PRCEU. Foram oferecidas aulas de Dança Livre, Jazz, Ballet e Dança de Salão a docentes, discentes e funcionários da USP-RP. As aulas ocorreram de forma sistemática, duas vezes por semana, no Ginásio Olímpico da Esco-la de Educação Física e Esporte de Ribeirão Pre-to. Objetivou-se atender a uma das proposições iniciais do projeto, que residiu na apresentação sistemática das coreografias desenvolvidas nas aulas de dança. Nesse sentido, o espetáculo in-titulado SMASH, foi realizado em 2013 e o espe-táculo Sensações está em fase de estruturação.Resultados alcançados Com as aulas de dança oferecidas, atingiu-se um número médio de 200 pessoas, sendo es-sas avaliadas sistematicamente para variáveis de aptidão física e predisposição para a prática de atividades físicas. Esses resultados foram apre-sentados sob forma de TCC dos alunos que pas-saram pelo projeto e no simpósio do Programa Aprender com Cultura e Extensão Universitária.

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Jornal Interação: Possibilitando a Expressão e a Socialização de Dependentes Químicos Atendidos em um Centro de Referência do Estado de São PauloCoordenadorDivane de Vargas Ações/atividades desenvolvidas As atividades foram desenvolvidas no CAPS Pro-sam com a proposta de elaborar uma oficina de jornal, sob orientação da psicóloga Meire Fernan-des, com os adolescentes atendidos pela insti-tuição. Porém, como a adesão dos adolescentes era pequena, não foi possível concretizar plena-mente essa oficina. Então, tivemos que pensar em outras atividades que pudessem ser aplica-das aos adolescentes. Tais como: jogos lúdicos, escrita e análise de letras de músicas. A princípio o bolsista deveria trabalhar com adolescentes, sob orientação do profissional do serviço, e na oficina literária dirigida a menores em situação de criminalidade, drogadição e institucionalizados. Nessas oficinas discutia-se letras de funk, o que fazia com que os pacientes refletissem sobre as questões sociais dos assuntos tratados nas le-tras e os contextos nos quais estavam inseridos. Depois de termos discutido letras de funk outras letras de músicas de outro repertório também foram introduzidas, para fazermos exercícios de análise e interpretação. Resultados alcançadosOs adolescentes se expressavam através de letras de música que eram compostas na Fun-dação Casa. As músicas retratavam a realidade vivida por eles na instituição, permitindo-lhes um espaço de socialização e troca. Para o Bolsista: Como sou estudante de Letras, e é provável que eu me torne professor em escolas públicas, co-nhecer essa demanda foi fundamental para quem pretende seguir essa profissão. De modo que o professor possa enxergar no aluno drogadição como alguém doente, que precisa de ajuda, não como o ‘aluno problema’, que deva ser simples-mente expulso da escola, ou retirado da sala. Assim, para minha carreira, não poderia haver estágio melhor do que a PROSAM me propor-cionou. Destarte, meu aprendizado no CAPS ad II Prosam foi muito amplo, já que eu não estudo para ser um profissional da saúde essa experiên-cia me deu conhecimento sobre assuntos com os quais eu não tomo contato em minha gradu-ação. Mesmo não sendo da área da saúde tive a oportunidade de usar o meu conhecimento de estudante de Letras tanto com os adolescentes, quanto com os pacientes adultos da oficina literá-ria. Assim, esse tempo em que eu estive na PRO-SAN proporcionou para mim, para os pacientes e para o técnico uma intersecção entre os conhe-cimentos da saúde mental e das humanidades. Logo, uma experiência muito enriquecedora.

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Ações/atividades desenvolvidas 1) Mudança do espaço físico ocupado pela Brin-quedoteca: organização e armazenamento dos jogos e brinquedos nos armários no espaço do Centro de Laboratórios de Enfermagem em Ensi-no, Habilidades, Simulação e Pesquisa – CELAB EEUSP; 2) Manutenção e acondicionamento dos jogos e brinquedos do acervo: higiene, recupe-ração e/ou substituição dos jogos e brinquedos, bem como das embalagens; 3) Plantões sema-nais de atendimento à comunidade da EEUSP na Brinquedoteca; 4) Estudo e aplicação do Sistema de classificação de objetos lúdicos ESAR: pesqui-sa bibliográfica sobre o sistema de classificação e leitura de documentos, discussão e compreensão dos conceitos, classificação dos jogos e brinque-dos segundo o sistema; 5) Inventário completo dos jogos e brinquedos do acervo da Brinquedo-teca; 6) Visita à Brinquedoteca do Laboratório de Brinquedos e Materiais Pedagógicos (LABRIMP) da Faculdade de Educação da USP (FEUSP); 7) Participação em curso sobre Importância do Brin-car, promovido pelo LABRIMP-FEUSP; 8) For-mação do enfermeiro na EEUSP, encontro com recepção e realização de atividades lúdicas a um grupo de crianças do 3º ano do ensino funda-mental I de escola privada do município de São Paulo, na EEUSP; 9) Realização de Campanha de arrecadação de brinquedos, em fevereiro de 2014, integrando as atividades da Semana de Re-cepção aos Calouros da EEUSP; 10) Alimentação do banco de dados científicos sobre Brincar no cuidado à saúde da criança.Resultados alcançados1) Aprendizado da estudante bolsista do projeto sobre a importância, organização e funcionamen-to de uma brinquedoteca em instituição de ensino superior na área da Enfermagem, com a finalidade de apoio ao ensino e pesquisa; 2) Estudo e com-preensão de novo sistema de classificação dos jogos e brinquedos, o Sistema ESAR, para sua adoção; 3) Conclusão do inventário e classifica-ção dos jogos e brinquedos conforme o sistema de classificação ESAR; 4) Conclusão da mudan-ça e instalação do acervo no novo espaço físico destinado à Brinquedoteca; 5) Conclusão da ma-nutenção e recuperação dos jogos e brinquedos do acervo, bem como de suas embalagens; 6) Atendimento ao público de usuários e visitantes na Brinquedoteca da EEUSP; 7) Disponibilização de banco de dados científicos sobre Brincar no cuidado à saúde da criança para apoio ao ensino e pesquisa na graduação em Enfermagem.

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Educação em Saúde em Instituição de Educação Infantil (Creches e Pré-escolas) Coordenadora Cecília Helena de Siqueira Sigaud Ações/atividades desenvolvidasEste projeto teve como tema Os cinco sentidos, considerando que as crianças de 2 a 5 anos têm como características o interesse pela descoberta

Oficina de Leitura com Dependentes QuímicosCoordenadoraDivane de Vargas Ações/atividades desenvolvidasAs atividades foram desenvolvidas no CAPS Pro-sam com a proposta de elaborar uma oficina de jornal, sob orientação da psicóloga Meire Fernan-des, com os adolescentes atendidos pela insti-tuição. Porém, como a adesão dos adolescentes era pequena não foi possível concretizar plena-mente essa oficina. Então, tivemos que pensar em outras atividades que pudessem ser aplica-das aos adolescentes. Tais como: jogos lúdicos, escrita e análise de letras de músicas. A princípio o bolsista deveria trabalhar com adolescentes, sob orientação do profissional do serviço, e na oficina literária dirigida a menores em situação de criminalidade, drogadição e institucionalizados. Nessas oficinas, discutia-se letras de funk, o que fazia com que os pacientes refletissem sobre as questões sociais dos assuntos tratados nas le-tras e os contextos nos quais estavam inseridos. Depois de termos discutido letras de funk outras letras de músicas, de outro repertório, também foram introduzidas, para fazermos exercícios de análise e interpretação. Resultados alcançadosOs adolescentes se expressavam através de letras de música que eram compostas na Fun-dação Casa. As músicas retratavam a realidade vivida por eles na instituição, permitindo-lhes um espaço de socialização e troca. Para o Bolsista: Como sou estudante de Letras, e é provável que eu me torne professor em escolas públicas, co-nhecer essa demanda foi fundamental para quem pretende seguir essa profissão. De modo que o professor possa enxergar no aluno drogadição como alguém doente, que precisa de ajuda, não como o ‘aluno problema’, que deva ser simples-mente expulso da escola, ou retirado da sala. Assim, para minha carreira, não poderia haver estágio melhor do que a PROSAM me propor-cionou. Destarte, meu aprendizado no CAPS ad II Prosam foi muito amplo, já que eu não estudo para ser um profissional da saúde essa experiên-cia me deu conhecimento sobre assuntos com os quais eu não tomo contato em minha gradu-ação. Mesmo não sendo da área da saúde tive a oportunidade de usar o meu conhecimento de estudante de Letras tanto com os adolescentes, quanto com os pacientes adultos da oficina literá-ria. Assim, esse tempo em que eu estive na PRO-SAN proporcionou para mim, para os pacientes e para o técnico uma intersecção entre os conhe-cimentos da saúde mental e das humanidades. Logo, uma experiência muito enriquecedora.

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Brinquedoteca da Escola de Enfermagem da USPCoordenadora Cecília Helena de Siqueira Sigaud

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e compreensão do funcionamento das coisas ao seu redor, incluindo seu próprio corpo; e a ex-ploração sensório-motora para buscar esse co-nhecimento. Foram implementadas intervenções de educação em saúde, com um grupo de 10 a 15 crianças matriculadas na Creche/Pré-escola Saúde da Divisão de Creches da Superintendên-cia de Assistência Social da Universidade de São Paulo, em idade de 2 a 5 anos. As ações educa-tivas estavam voltadas a aprimorar os conheci-mentos e habilidades infantis relativas à saúde. As atividades foram organizadas em 6 encon-tros, com aproximadamente 60-90 minutos de duração cada, conduzidos pela bolsista, com a participação de profissionais da educação res-ponsáveis pelos grupos de crianças na creche/pré-escola. Os encontros ocorreram de março a junho, às sextas-feiras à tarde, no ambiente da instituição. No trabalho educativo foram utilizadas estratégias pedagógicas lúdicas para a constru-ção dos conhecimentos e habilidades com as crianças, levando-se em conta suas característi-cas de desenvolvimento. A proposta foi planejada pela bolsista com o apoio da coordenadora do projeto, e apresentada e discutida com a coorde-nação do serviço, tendo sido feitos ajustes a fim de aprimorá-la. Resultados alcançados1) Foi possível à bolsista compreender a impor-tância da realização do trabalho educativo em saúde com crianças, identificando-se a amplia-ção dos conhecimentos infantis e sua percepção de mundo. Além disso, percebeu que a institui-ção de educação infantil é um excelente espaço para esse trabalho; 2) O convívio com as crian-ças trouxe também satisfação e alegria à bolsista, que reconheceu a construção de uma relação ao mesmo tempo compreensiva, afetuosa e respei-tosa com todas as crianças no decorrer dos en-contros; 3) Esta experiência proporcionou amplo aprendizado de conhecimentos e habilidades so-bre: a) Características do desenvolvimento infantil em cada idade: como as crianças de diferentes idades participam das atividades educativas pro-postas, os comportamentos das crianças em di-ferentes idades; b) Planejamento e condução do trabalho educativo sobre temática de saúde com crianças: etapas do planejamento, articulação entre objetivos e seleção de estratégias peda-gógicas lúdicas; c) Construção e implementação de estratégias educativas lúdicas aplicadas às temáticas de saúde; d) Comunicação apropriada com crianças: expressão verbal de maneira cla-ra e atrativa (escolha das palavras e dos conte-údos abordados), linguagem corporal, captação da atenção das crianças, construção de vínculo afetivo e colocação de limites; e) Comunicação com profissionais da instituição educacional: ex-pressão de forma clara para dar ciência sobre o trabalho, diálogo para aprimorar a proposta, recepção de sugestões da coordenação e dos educadores relativas à proposta educativa; 4) A coordenação da creche fez uma avaliação positi-va do projeto, apontando os ganhos na formação integral das crianças e também dos educadores.

Como consequência, propõe a continuidade do projeto na instituição.

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Atendimento Telefônico: Desenvolvendo Conhecimentos e Habilidades para Realização do Aconselhamento do Disque DST/AIDS CoordenadoraLucia Yasuko Izumi Nichiata Ações/atividades desenvolvidas O projeto tinha como objetivo oportunizar uma experiência de aprendizagem ao aluno da gradu-ação de Enfermagem sobre esta modalidade de serviço, onde possa desenvolver conhecimentos e habilidades para realização do aconselhamento em Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e HIV/AIDS. Foi selecionado no projeto um aluno do curso de Matemática e Estatística. Foi muito interessante contar com sua participação no pro-jeto. Ações/atividades desenvolvidas: 1) Partici-par, na qualidade de usuário do serviço de saú-de, de um aconselhamento para realização dos testes diagnósticos de hepatites e HIV; 2) Leitura de bibliografia científica e material técnico sobre o tema DST e HIV/AIDS; 3) Visita aos serviços de saúde especializados no atendimento a pessoas com DST e HIV/AIDS; 4) Acompanhamento das chamadas e atendimentos telefônicos no Disque DST; 5) Estudo do banco de dados sobre o perfil de pacientes atendidos no serviço de atenção do-miciliar; 6) Apresentação de 2 estudos em evento internacional em Coimbra - Portugal; 7) Discussão com participantes de projetos de iniciação cientí-fica; 8) Realização de atendimento telefônico com supervisão de profissional de saúde.Resultados alcançadosComo estava previsto, por meio da experiência no Disque-AIDS o estudante pôde analisar sua própria vulnerabilidade às DSTs e HIV/AIDS. Creio que a troca com outros alunos de graduação da Enfermagem no grupo de Iniciação Científica trouxe complementação à sua formação em es-tatística, abrindo possibilidade na direção de seu aprimoramento em bioestatística. Considero que o projeto foi bem sucedido, promovendo junto ao aluno a aquisição de conhecimentos e desenvol-vendo habilidades para realizar o Aconselhamen-to em DST/AIDS, ainda que necessitando de su-pervisão. Conforme estava indicado no projeto, o aluno tomou contato com uma modalidade de atenção em saúde, participou das ações do ser-viço. Por meio das ligações realizadas teve condi-ções de identificar quais são os temas e as ques-tões presentes entre os usuários do atendimento telefônico. O aluno fez relatórios ao término de cada mês. Em conjunto com os profissionais de saúde envolvidos com a área de prevenção do Programa Estadual de DST/AIDS da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo pôde con-tribuir com seu conhecimento inicial de estatís-tica, participando de um trabalho apresentado em evento internacional em Coimbra - Portugal.

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e universitários, de ambos os sexos, que se ins-creveram voluntariamente no Programa de Inter-venção Nutricional de Enfermagem. Desenvolveu as seguintes atividades: 1) Avaliação antropomé-trica, com aferição de peso, estatura e circun-ferência da cintura, conforme técnicas e pontos de corte adotados pelo Ministério da Saúde; 2) Aplicou testes para avaliar como estava a alimen-tação dos participantes e sua satisfação com o peso corporal; 3) Avaliou o consumo alimentar obtido por meio do recordatório alimentar de 24 horas para identificar hábitos alimentares, frequ-ência de consumo de alguns gêneros alimentí-cios, preferências, aversões e alergias, hábitos alimentares da família que determinam ou influen-ciam os do indivíduo, número de refeições diá-rias, local e ambiente onde estas são realizadas, situação de trabalho/estudo que interferem na alimentação cotidiana, substituição de refeições por lanches, omissão de refeições, monotonia de alimentos consumidos; 4) Auxiliou a selecionar partes mais importantes do vídeo Muito Além do Peso que foi utilizado na orientação dos trabalha-dores como atividade de grupo; 5) Elaborou Dez Passos para uma Alimentação Saudável para Diabéticos, Hipertensos, Obesos e Praticantes de Atividades Físicas; 6) Ajudou a elaborar um ál-bum seriado para trabalhar com adolescentes de 12 a 17 anos, participantes de outro projeto de pesquisa denominado Estudo de Riscos Cardio-vasculares em Adolescentes (ERICA) no Estado de São Paulo. Resultados alcançadosApesar das dificuldades, foram realizados aten-dimentos de trabalhadores e estudantes e a bol-sista pôde colocar em prática o que aprendeu na teoria, tanto na graduação em nutrição, quanto nas reuniões do grupo de pesquisas. A finalida-de de prover um ambiente de atenção à saúde por meio de intervenções e de ações que con-tribuam para a promoção da saúde, com vistas à capacitação para o autocuidado, não pôde ser totalmente implementada, porém contribuiu para que a instituição criasse um Grupo de Trabalho denominado Promoção da Qualidade de Vida e Saúde, com participação da coordenadora deste projeto como membro ativo. Esse grupo promo-ve várias atividades, especialmente com estímulo à atividade física, o que resulta em convite institu-cional para a participação de toda a comunidade em várias caminhadas na cidade de São Paulo, inclusive da USP. As atividades também contri-buíram para a prática da bolsista que, sob super-visão, prestou cuidado e desenvolveu habilida-des no atendimento a indivíduos e grupos, com aplicação e aprimoramento dos conhecimentos abordados na graduação.

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Pensar Família no Atendimento Ambulatorial da Criança com Doença Crônica CoordenadoraMargareth Angelo

Além deste, apresentou outro estudo de revisão da literatura sobre o tema Vulnerabilidade ao HIV no mesmo evento.

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Fortalecimento da Rede Brasileira de Promoção de Informação e Disponibilização da Contracepção de Emergência (REDECE)CoordenadoraAna Luiza Vilela Borges Ações/atividades desenvolvidasContínua atualização da página da REDECE no Facebook; Contínua atualização do site <www.redece.org>; Elaboração de quatro boletins de informes sobre a contracepção de emergência e divulgação do mesmo no site da própria rede e no portal da Escola de Enfermagem da USP, além de envio para a lista de e-mails da REDE-CE e do CLAE; Atualização da lista de e-mails de contatos da REDECE; Atualização e divulgação do pôster da Health Access Project; Submissão de um artigo de experiência sobre as principais dúvidas que o site recebeu dos internautas entre os anos de 2008 a 2010 para Revista Extensão em Foco; Apresentação do projeto no 3º Sim-pósio de Cultura e Extensão da USP, realizado em setembro de 2013; Stand da REDECE no 13º Congresso Paulista de Saúde Pública, rea-lizado em São Paulo/SP, também em setembro de 2013; Tradução, revisão e diagramação das diretrizes clínicas Píldoras Anticonceptivas de Emergencia: Guías médicas y de entrega de ser-vicios en América Latina y el Caribe, em parceria com o Consorcio Latino-Americano de Contra-cepción de Emergencia (CLAE) e o International Council for Emergency Contraception (ICEC). A versão final será distribuída em conjunto com a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). A intenção é que seja disponibilizada, também para todos os países de língua portu-guesa, com apoio do ICEC. Resultados alcançadosQuase 80 mil acessos anuais ao site <www.re-dece.org>; Média de 26 posts mensais no Face-book; Tradução e revisão das diretrizes clínicas Píldoras Anticonceptivas de Emergencia: Guías médicas y de entrega de servicios en América Latina y el Caribe; Elaboração e distribuição de 4 boletins sobre contracepção de emergência.

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Acompanhamento Nutricional de Enfermagem no Controle de Peso de Trabalhadores e Acadêmicos CoordenadoraElizabeth Fujimori Ações/atividades desenvolvidasA bolsista desenvolveu atividades de promoção da saúde por meio de intervenções para mudan-ças de hábitos alimentares para redução ou ma-nutenção do peso corporal junto a trabalhadores

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Ações/atividades desenvolvidasAtividades previstas no projeto e outras incluídas: 1) Estudo e discussão da bibliografia indicada pelo orientador para compreender a temática: entrevista e avaliação da família em enferma-gem; 2) Revisão bibliográfica sobre construção de genograma; 3) Exercícios práticos referentes à construção de genogramas para melhor identifi-car a situação familiar e individual da criança com doença crônica; 4) Elaboração de um material de bolso, que orienta a construção dos genogramas pela equipe de enfermagem; 5) Desenvolvimento de um roteiro para a condução das entrevistas breves com as famílias. Observações: As ativida-des indicadas no cronograma inicial do projeto, destinadas a conduzir breves entrevistas com as famílias para conhecer o impacto da doença da criança sobre a família e seu funcionamento, não puderam ser realizadas, sendo substituídas pelas atividades 4 e 5, desenvolvidas em função dos problemas enfrentados, abaixo relacionados.Resultados alcançadosOs resultados alcançados relacionam-se ao de-senvolvimento das bolsistas e também ao im-pacto positivo do projeto no cenário de prática: 1) Desenvolvimento de habilidades conceituais e executivas básicas para a condução de entrevis-tas com famílias no contexto da doença crônica da criança. A relevância do projeto consiste na possibilidade de desenvolver no aluno habilida-des de pensar família e conduzir entrevistas com famílias em situação de doença; 2) Desenvolvi-mento de material instrucional para nortear a condução de entrevistas com famílias e inclusão de ações de colaboração para a capacitação dos enfermeiros do HU para o atendimento de famílias na prática clínica; 3) Início do desenvol-vimento sistemático de entrevistas com famílias na pediatria; 4) Início da inserção do genograma da família no prontuário do paciente; 5) Apresen-tação de casos clínicos de assistência à família, para alunos, residentes e enfermeiros; 6) Como uma estratégia que integra ensino e extensão, a atividade mobilizou os profissionais do cenário de prática a integrarem a perspectiva centrada na família no cotidiano da atividade clínica, o que determinou uma revisão das ações direcionadas à família (não previstas no cronograma original), que se consolidou na constituição do Grupo de Cuidado Centrada na Família, sob a coordenação do Departamento de Enfermagem do HU e do Grupo de Estudos em Enfermagem e Família, da EEUSP. Este grupo tem como meta implantar a perspectiva de cuidado centrado na família em todos os cenários de assistência de enfermagem do HU, integrando atividades clínicas, de ensino e de pesquisa. Tal resultado pode ser uma impor-tante iniciativa que inibirá a ocorrência dos dois primeiros problemas acima indicados.

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Biblioteca Virtual em Saúde MentalCoordenadora Marcia Aparecida Ferreira de Oliveira

Ações/atividades desenvolvidasTem por objetivo oferecer à comunidade científi-ca, pesquisadores, estudantes e profissionais da área da saúde mental um repositório de informa-ções atualizado sobre várias categorias (livros, ar-tigos, eventos, links, linhas de pesquisa, grupos de pesquisas, e outras). Esta biblioteca virtual tem por objetivos captar, organizar e disponibili-zar informações encontradas na Internet sobre o tema Saúde Mental. Biblioteca Virtual de Saúde Mental – (BVSM) é um projeto desenvolvido pelo Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Psiquiátrica (ENP), e o Serviço de Biblioteca e Documentação da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (EEUSP) em parceria com o Programa de Informação e Comunicação para a Pesquisa (Prossiga/IBICT). Saúde Mental é o conjunto de ações de promoção, prevenção e tratamentos referentes ao melhoramento, ou à manutenção ou à restauração da Saúde Mental de uma população. A noção de Saúde Mental inclui a problemática da saúde e da doença, sua ecologia, a utilização e a avaliação das institui-ções e das pessoas que a usam, o estudo de suas necessidades e dos recursos necessários, a organização e a programação dos serviços de tratamento e de prevenção das doenças, e de promoção da saúde. As atividades estão cen-tradas na alimentação do software desenvolvido pelo IBICT do Ministério da Ciência e Tecnologia, bem como no desenvolvimento da pesquisa que caracteriza o perfil do usuário da BVS. Para faci-litar a consulta, as informações estão agrupadas em brasileiras, estrangeiras ou internacionais, nas seguintes categorias: base de dados, bibliotecas, centros de documentação e bibliotecas virtuais; especialistas e pesquisadores; eventos; hospitais e clínicas; instituições de ensino e pesquisa; lis-tas e fóruns de discussão; livros, artigos e outros textos; organizações da sociedade civil; órgãos de política, coordenação e fomento; periódicos e outras publicações seriadas; programas de pós-graduação e projetos e programas. Na fase inicial, foram privilegiados os sites disponíveis em língua portuguesa e espanhola, refletindo nossa prioridade pela comunidade brasileira e latino--americana. Na continuidade, foram privilegiados os idiomas: italiano, francês e inglês.Resultados alcançados60% de sites inseridos na BVSM e relatório de pesquisa sobre o perfil dos usuários da BVS.

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Atendimentos Ambulatorial e Domiciliário de Usuários de Álcool e Outras Drogas CoordenadoraMarcia Aparecida Ferreira de Oliveira Ações/atividades desenvolvidasTem por objetivo prestar assistência e desenvol-ver um repositório sobre o perfil e padrão de con-sumo de crack com usuários de álcool e outras drogas em um centro de atenção psicossocial de álcool e outras drogas CAPSad. Os serviços de

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comprometem a qualidade de vida destes mora-dores quando associadas ao longo período que passaram internados em hospitais psiquiátricos e em uso de psicofármacos. Estas necessidades foram agrupadas em aspectos psicológicos, físi-cos e sociais relacionados ao processo de enve-lhecimento. Quanto aos aspectos físicos: perda de equilíbrio, dificuldade de locomoção, proble-mas respiratórios, saúde bucal prejudicada, obe-sidade e hipertensão arterial, tabagismo. Quanto aos aspectos psicológicos: alterações de memó-ria, aprendizagem. Quanto aos aspectos sociais: fragilidade da rede de apoio social e familiar. Neste momento não foi possível para o aluno conhecer os projetos terapêuticos (PTS) destes moradores, enquanto usuários do CAPS. As informações fo-ram obtidas em prontuário do morador na resi-dência; oito moradores faziam acompanhamento no CAPS, seis desses moradores foram classifi-cados com PTS semi-intensivo, dois como PTS não intensivo. Havia registros de 3 moradores em acompanhamento em UBS, CS-Escola, AMA e Pronto Socorro devido a problemas cardiovascu-lares, ortopédicos e respiratórios. A Residência Terapêutica está situada em uma casa alugada na comunidade do Butantã. Possui três quartos, um banheiro para os moradores e outro para os cuidadores, uma cozinha grande, uma sala de estar com televisão, uma área grande nos fun-dos, onde alguns moradores passam o dia e na frente da casa possui ampla varanda. Habitada por oito moradores do sexo masculino que por muito tempo estiveram internados em hospitais psiquiátricos. Estes moradores tem idade entre 44 e 75 anos. Sete deles vieram do Hospital Psi-quiátrico Charcot, em 2010, e apenas um veio do Pinel, em 2011. Quanto às condições financeiras temos que um morador recebe auxílio Programa de Volta para Casa; seis, LOAS; e um, aposenta-doria do INSS.Resultados alcançadosMapeamento dos serviços de referência (gover-namentais e não governamentais), as possibilida-des de acesso tendo em vista as necessidades dos moradores da residência. Quanto aos proje-tos terapêuticos (PTS) no CAPS e cuidados clíni-cos temos que seis desses moradores são clas-sificados com Projeto Terapêutico Singular (PTS), semi-intensivo frequentando o serviço alguns dias da semana, dois como PTS não-intensivo, que compareciam ao serviço somente para as consultas médicas, e apenas três fazem cuida-dos clínicos em UBS, AMA e Pronto Socorro da região. Trabalho coletivo discutindo com a equi-pe cuidadores, coordenação e trabalhadores do CAPS, as necessidades dos usuários. Trabalham na residência sete cuidadores e uma coordena-dora. No período de vigência do projeto a aluna levantou as necessidades das cuidadoras e ele-geu a Ação Educativa na temática do Cuidado de pessoas com transtorno mental e o processo de envelhecimento. Essa atividade foi produzida e discutida com a coordenadora do projeto nos encontros quinzenais com a aluna. Visando o cui-dado integral dos moradores da residência tera-pêutica a presença semanal do aluno possibilitou

saúde mental têm passado por um processo de territorialização, que consiste no direcionamento das ações e serviços para a comunidade (atendi-mento ambulatorial e domiciliário). Os atores so-ciais envolvidos nesse projeto são as peças fun-damentais para o sucesso dessa nova proposta, que vai além de novas rotinas, compreendendo uma nova concepção de objeto de trabalho, bem como sua finalidade, seus instrumentos e o seu resultado final. Assim, a importância da inserção do aluno neste projeto vem contribuir para o desenvolvimento de nova tecnologia no manejo com álcool e outras drogas. As atividades estão centradas no desenvolvimento das ações de saúde mental no âmbito ambulatorial e domici-liar de usuários de álcool e outras drogas de um centro de atenção psicossocial de álcool e outras drogas CAPSad da cidade de São Paulo.Resultados alcançadosOs estudantes envolvidos desenvolveram habili-dades para com o atendimento dos usuários de álcool e outras drogas nos âmbitos ambulatorial e domiciliar, ou seja, no desenvolvimento de uma atitude política – visando conhecer a realidade contemporânea de sua profissão (conectada com a situação econômica e política do país), possibilitou também discussão para a constru-ção de sua atuação profissional em consonân-cia com a condição de cidadania dos sujeitos de quem irá cuidar e no desenvolvimento do pensamento crítico diante da realidade do país sobre o cotidiano dos indivíduos no exercício da cidadania (moradia, emprego, acesso a serviços de saúde ou à educação, lazer, relações inter-pessoais, etc.). Um dos resultados que merece destaque é a possibilidade do desenvolvimento do conhecimento teórico que permite a opção de um referencial filosófico, teórico de intervenção, revendo-o numa perspectiva crítica e no desen-volvimento do investimento afetivo, cognitivo e cultural persistente, ampliando sua competência técnica, intelectual, política e emocional.

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Construindo Redes de Cuidado Integral de Usuários das Residências TerapêuticasCoordenadoraLuciana de Almeida Colvero Ações/atividades desenvolvidasAo longo de sua permanência a aluna aprimorou suas habilidade de relacionamento e comunica-ção interpessoal com os moradores e trabalha-doras. O vínculo criado entre a aluna e os mora-dores possibilitou aproximação, escuta atenta e reconstituição de seu processo de adoecimento e internação nos hospitais psiquiátricos. Por meio desta interação construiu-se um histórico de cada morador resgatando história de vida, inte-resses, dificuldades, potencialidades e expecta-tivas. Além da história de vida e processo saúde, doença mental no levantamento de necessida-des destes moradores, destaque para aquelas relacionadas ao processo de envelhecimento que

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ampliação das trocas com usuários e cuidado-ras. Esta proximidade resultou numa proposta de ação denominada ação educativa que abordou aspectos do processo de envelhecimento normal destes usuários com quadros crônicos de trans-torno mental. Visava colocar em discussão aquilo que é normal nesse momento da vida e os mitos e estigmas da doença mental.

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Revisão do Sistema de Registro Informatizado de Notificações de Agravos em Unidade Hospitalar: Elaboração de Estratégias Facilitadoras CoordenadoraMaria Clara Padoveze Fonseca Barbosa Ações/atividades desenvolvidasO presente projeto de extensão universitária teve por objetivo geral elaborar um plano de melhorias do sistema de registro das notificações realiza-das no HU-USP e sugerir estratégias facilitadoras para obtenção rápida de dados procedentes das notificações. Este projeto foi executado por uma aluna de graduação de Enfermagem, da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, por meio do Programa Aprender com Cultura e Extensão, da Pró-Reitoria de Extensão da Uni-versidade de São Paulo. Foi desenvolvido no período de agosto de 2013 a julho de 2014. O desenvolvimento dos trabalhos ocorreu sob su-pervisão de professora do Departamento de En-fermagem em Saúde Coletiva, contando com o acompanhamento dos profissionais da CCIH do HU. O projeto desenvolveu-se nas seguintes eta-pas: 1) Reconhecimento e descrição do proces-so atual de notificação de agravos de notificação compulsória no HU-USP; 2) Reconhecimento dos aspectos operacionais do sistema de regis-tro informatizado de notificação de agravos no HU-USP; 3) Elaboração de proposta de melhoria do sistema. Os critérios para proposição de me-lhoras do sistema foram: Que o sistema propicie facilidade na inserção de dados com baixo con-sumo de tempo e operacionalidade por profissio-nais com mínimo treinamento específico; Que o sistema apresente propriedades que favoreçam a elaboração periódica de síntese e análise de da-dos, que devem ser informados aos profissionais de saúde no HU-USP responsáveis pela notifica-ção, e que favoreça a obtenção de dados para pesquisas epidemiológicas nesta área; Que o sis-tema esteja compatível e atualizado com a lista vigente de agravos de notificação compulsória no Brasil e no Estado de São Paulo.Resultados alcançadosAo analisar o sistema de registro informatizado de notificação de agravos no HU-USP e observar o processo de notificação foram identificados os problemas, e as respectivas melhorias foram su-geridas. Sendo o hospital um importante elemen-to na tríade do processo de vigilância epidemio-lógica (Informação-Decisão-Ação), é fundamental que este tenha um Sistema de Informação em

Saúde atualizado para que os dados sejam ana-lisados de forma eficiente, a fim de promover a melhor compreensão de importantes problemas de saúde da população, medidas de controle apropriadas, avaliação da eficácia e da efetivida-de das medidas adotadas e divulgar informações pertinentes. Desta forma, o presente estudo bus-cou a melhoria do processo de notificação com-pulsória, visando contribuir para a velocidade de resposta aos agravos de notificação compulsória e o manejo dos dados na unidade hospitalar, vis-to que o HU-USP é a principal instituição de no-tificação de DNC na região em que se encontra. A partir da análise do sistema de registro infor-matizado de notificações de agravos do HU-USP e das observações do processo de notificação foram identificados os possíveis problemas e as propostas de melhoria que foram encaminhadas a CCIH e ao Serviço de Informática do hospital para que sejam avaliadas e implementadas. Além disso, o estudo também teve como finalidade ampliar a utilização do sistema com vista a aná-lises epidemiológicas e retroalimentares dos pro-fissionais de saúde. O resultado deste projeto já foi apresentado a CCIH, com aceitação das pro-postas sugeridas. Adicionalmente, as propostas foram apresentadas ao serviço de informática do HU-USP visando a implementação das melhorias sugeridas, as quais encontram-se em apreciação no momento da realização do presente relatório.

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Contribuição da Unidade Hospitalar no Atendimento Peri-Natal na Prevenção da Transmissão Vertical da Sífilis CoordenadoraMaria Clara Padoveze Fonseca Barbosa Ações/atividades desenvolvidasObjetivo geral: Em 2012, foi desenvolvida uma atividade baseada em modelo dialogado de ca-pacitação em parceria entre a Escola de Enfer-magem e as Supervisões das regiões do Butantã e Lapa-Pinheiros, visando melhorar os processos de vigilância de agravos. Esta atividade oportu-nizou a ênfase no papel do Hospital e sua par-ticipação ativa no sistema de vigilância, poden-do contribuir para a prevenção de doenças. O projeto proposto tem por objetivo geral ampliar a contribuição do Hospital Municipal e Maternidade Prof. Mario Degni na prevenção da TVS. Local: O Hospital Municipal e Maternidade Prof. Mario Degni, situado na cidade de São Paulo na região do Butantã, possui 76 leitos, dos quais 31 são para o atendimento obstétrico. Realiza atendi-mento obstétrico e ginecológico, encontrando-se em situação para o diagnóstico e a notificação oportunos da sífilis materna e congênita. Siste-ma de notificações no hospital, com o objetivo de diminuir os riscos de Infecção relacionada à assistência à saúde um hospital deve constituir um Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH). Esta comissão tem como objetivo não so-mente prevenir e combater à infecção hospitalar,

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desenvolveu-se em uma unidade de internação do HU-USP. Foi proposta a observação da po-pulação de profissionais que atuam na unidade, com acesso aos quartos dos pacientes. Estes profissionais são de diversas categorias, entre eles, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfer-magem, fisioterapeutas, médicos, nutricionistas, residentes, estagiários, além dos profissionais de limpeza e alimentação. As observações foram realizadas nos períodos da manhã, tarde e noite com o intuito de analisar maior número de profis-sionais/oportunidades possíveis. A execução da observação foi efetuada pela aluna de graduação em Enfermagem sob orientação da professora responsável pelo projeto utilizando o instrumen-to elaborado e seguido de discussão com uma enfermeira da CCIH. Com a finalidade de captar a dimensão da carga de trabalho na unidade, no que se refere aos casos de pacientes em precau-ções, foi realizado um levantamento de prevalên-cia, para estimativa geral destes dados.Resultados alcançadosForam registradas 62 oportunidades de contato com o paciente e utilização das medidas de ade-são (48 na Ala Impar e 14 na Ala Par) durante as observações nos períodos de Janeiro e Julho, sendo 21 delas durante a manhã, 7 à tarde e 20 à noite, na Ala Impar e 14 na Ala Par, somente no período da manhã (não foi possível observar nos períodos de tarde e noite). A Prevalência da Ala Par esteve entre 6,67% e 42,86%, sendo que na categoria de Precauções de Contato (PC) este-ve entre 7,69% e 42,86%. Já as Precauções de Gotícula (PG) e Precauções por Aerosol (PA) não ocorreram nos períodos observados. A Prevalên-cia da Ala Impar variou entre 25% e 87,50%, sen-do que na categoria de PC registrou-se entre 0% e 66,67% e em PG obteve menor decorrência, estando entre 22,22% e 25%, apenas. Observou--se que as PA não foram necessárias neste perío-do, diferente das Precauções Associadas (casos que tiveram indicação de mais de uma categoria de precauções) variaram entre 12,50% e 33,33% dos atendimentos na unidade. Houve grande variação no índice de conformidade às medidas de adesão às precauções, tanto nos diferentes turnos quanto nas categorias profissionais. O levantamento dos Indicadores de Conformidade e de Prevalência podem ser meios de visualizar a prática rotineira do cuidado de pacientes em PC pelos profissionais de assistência à saúde. Os dados aqui obtidos não podem ser considerados definitivos, porém irão contribuir para a estrutu-ração de programas visando ciclos contínuos de melhorias. Propõe-se a continuidade deste projeto, de modo a permitir um maior número de observações, retro-alimentação com a equipe e implementação de estratégias educativas.

beneficiando dessa maneira toda a população assistida, mas também proteger o hospital e o corpo clínico. Entre as atribuições da SCIH en-contra-se a responsabilidade pelas notificações de agravos de notificação compulsória, processo formal por meio de um documento que impõem e universaliza as notificações, desejando o rápi-do controle de eventos que requerem imediata intervenção. Fontes para o alcance dos objetivos propostos, foram consultados os dados do Hos-pital Municipal e Maternidade Prof. Mario Degni referentes ao controle de VDRL positivo nos anos de 2010 a 2014, sendo que em 2014 apenas até o mês de junho. Onde os dados apontados como não registrados são assim denominados segun-do o relato da gestante.Resultados alcançadosNo período analisado, foram confirmados 78 ca-sos de VDRL positivo, em média 15 casos por ano, entre 2010 e 2014 . Esses casos foram pro-cedentes de 32 unidades de saúde diferentes, com média de 2 casos por unidade. A UBS Jd. D’Abril apresenta maior número de casos, tendo 7 casos, seguido pelas UBS Malta Cardoso e Vila Borges, tendo 6 casos cada. Entretanto, um nú-mero relevante de casos não teve a procedência da unidade informada. Observou-se que 16 dos 78 casos (20,6%) de VDRL positivos não possu-íam informações sobre o número de consultas realizadas no pré-natal. E que entre estes 16 ca-sos, 13 também não apresentavam informações sobre o número de gestações que a parturiente já teve. Verificou-se que 34 gestantes (43,5%) fo-ram diagnosticadas na maternidade e 44 (56,4%) iniciaram o tratamento apenas após o parto. Os dados obtidos por meio deste projeto foram apresentados e discutidos com os membros da CCIH do Hospital Mário Degni, visando identifi-car possíveis estratégias que possam qualificar o processo de prevenção da sífilis congênita para a população atendida pelo hospital. Entretanto, não foi possível propor nesta fase uma estraté-gia para melhorar a comunicação com as UBS da região. O projeto encontra-se em seguimento para uma segunda etapa, na qual estes dados serão apresentados a Unidade de Vigilância da Região do Butantã, para discutir potenciais estra-tégias que possam agregar contribuição positiva na prevenção de sífilis congênita.

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Indicadores de Adesão às Precauções para Prevenção da Transmissão de Doenças em Unidade Hospitalar como Ferramenta para Melhorias do Processo CoordenadoraMaria Clara Padoveze Fonseca Barbosa Ações/atividades desenvolvidas O objetivo geral do projeto foi avaliar a confor-midade da adesão das Precauções Padrão e Especificas pelos profissionais que atuam nas unidades de internação no HU-USP e propor estratégias de melhoria na adesão. O projeto

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Grupos de Atividades Estruturadas com Alunos do Ensino Fundamental: Recurso para o Aprimoramento do Funcionamento Pessoal e SocialCoordenadorZeyne Alves Pires Scherer Ações/atividades desenvolvidasParticiparam deste projeto, 80 alunos do 6º ano do ensino fundamental no período de julho de 2013 a agosto de 2014. Os grupos são coorde-nados por 2 acadêmicas do curso de Bacharela-do e Licenciatura em Enfermagem da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Essas estudantes tiveram a super-visão e treinamento para a realização das ativida-des de grupo, da coordenadora do projeto, que tem formação em coordenação de grupos. Foram formados 4 grupos, compostos cada um de até 20 integrantes e realizados 8 encontros para cada grupo, com frequência semanal e duração de uma hora. Para acompanhamento das atividades realizadas foi criado o Protocolo de Acompanha-mento das Atividades Realizadas. Este é preen-chido após cada encontro grupal e encaminhado para a coordenadora do projeto. Nas reuniões de supervisão trabalhamos o papel e participação das estudantes enquanto coordenadoras; parti-cipação, interação e desempenho dos alunos ao longo do encontro; resultados do encontro grupal em relação ao objetivo proposto. As discussões estabelecidas nas supervisões foram embasadas nos achados categorizados (análise temática) dos registros feitos nos protocolos. Os registros cons-tantes das atas das reuniões de supervisão foram, da mesma forma, submetidos à análise de con-teúdo e serviram, também, como materiais para avaliação do projeto.Resultados alcançadosAs estudantes tiveram oportunidade de participar do planejamento e execução de atividades gru-pais, da organização dos registros e materiais, adquirindo habilidades em pesquisa bibliográ-fica e elaboração de relatórios. Para acompa-nhamento das atividades realizadas foi criado o Protocolo de Acompanhamento das Atividades Realizadas. Este é preenchido após cada encon-tro grupal e encaminhado para a coordenadora do projeto. Nas reuniões de supervisão trabalha-mos o papel e participação das estudantes en-quanto coordenadoras; participação, interação e desempenho dos alunos ao longo do encontro; resultados do encontro grupal em relação ao objetivo proposto. As discussões estabelecidas nas supervisões foram embasadas nos achados categorizados (análise temática) dos registros feitos nos protocolos. Os registros constantes das atas das reuniões de supervisão foram, da mesma forma, submetidos à análise de conteúdo e serviram, também, como materiais para avalia-ção do projeto. Realizamos a divulgação deste projeto em Encontros Científicos: Em 2013: 21st European Congress of Psychiatry Activies. Nice--França. 21º Simpósio Internacional de Iniciação Científica (SIICUSP); 3º Simpósio Aprender com Cultura e Extensão. Ribeirão Preto-SP. Em 2014

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será apresentado: 22º Simpósio Internacional de Iniciação Científica (SIICUSP); 4º Simpósio Apren-der com Cultura e Extensão. Ribeirão Preto-SP.

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Atividades Educativas para Cuidadores de Pacientes com EsquizofreniaCoordenadoraAna Carolina Guidorizzi Zanetti Ações/atividades desenvolvidasOs grupos de psicoeducação foram realizados semanalmente no Ambulatório de Primeiro Episó-dio Psicótico do Hospital das Clínicas da Faculda-de de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HC-FMRP-USP) no município de Ribeirão Preto no período compreendido entre agosto de 2013 e agosto de 2014. O ambulató-rio está localizado no interior do Estado de São Paulo e é responsável pelo acompanhamento de aproximadamente 220 pacientes com diagnósti-co de Primeiro Episódio Psicótico, advindos de vários serviços de saúde dentro da DRS XIII. Este serviço foi iniciado em abril de 2012, e é consti-tuído por uma equipe de médicos residentes em psiquiatria, supervisores, médicos contratados, psicólogos e enfermeiros. Ele oferece atendimen-to médico ambulatorial aos pacientes em acom-panhamento e grupos de psicoeducação aos pa-cientes e familiares. O modelo de grupo adotado foi o aberto, pois os grupos ocorreram todas as semanas, nos dias das consultas médicas. Des-se modo, os participantes frequentavam o grupo mediante agendamento de consulta que variava entre consultas semanais, quinzenais e mensais. Participaram dos grupos pacientes no PEP e seus cuidadores em seguimento no serviço seleciona-do, com idade superior a 12 anos e que aceitaram participar da maioria dos encontros propostos. Os principais temas abordados selecionados pe-los participantes foram questões referentes a pa-tologia, diagnóstico, tratamento, cuidados diários, redes de apoio, funcionamento da rede de aten-ção em saúde mental, identificação dos sinais de crise e manejo do estresse e sobrecarga. Os grupos tiveram duração de uma hora e ocorreram em um período de 12 meses. Foram realizados 36 encontros grupais, e participaram em média 9 indivíduos entre pacientes e familiares.Resultados alcançadosCom o desenvolvimento dos grupos os parti-cipantes relataram aumento no conhecimento sobre o PEP e sua evolução. Além disso, referi-ram diminuição do nível de estresse, sobrecarga e emoção expressa gerados pelo transtorno no ambiente familiar e a prevenção de recaídas no tratamento do paciente, que sobrecarregam os serviços de saúde. Os indicadores de acompa-nhamento foram a frequência nas atividades e entrevista para avaliar o nível de conhecimento dos participantes antes e depois de sua presença no grupo de psicoeducação. Através do desen-volvimento do projeto o aluno teve a oportunida-de de aproximar-se com o cotidiano e as necessi-dades educativas dos cuidados de pacientes no

primeiro episódio psicótico, bem como, auxiliar no levantamento das necessidades de saúde mental e facilitar o planejamento de ações de cui-dado integral em saúde mental. Houve também uma maior aproximação do aluno com o serviço de saúde mental e com seus usuários, tornando possível o aperfeiçoamento das habilidades do aluno referentes à observação, comunicação, relacionamento interpessoal e a articulação do conhecimento teórico com a prática cotidiana, auxiliando desse modo em sua qualificação en-quanto estudante e como profissional.

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Programa de Cuidados de Reabilitação ao Usuário de Álcool e Outras Drogas PsicoativasCoordenadoraMargarita Antonia Villar Luis Ações/atividades desenvolvidasOs alunos envolvidos no projeto fizeram recepção de pacientes, aplicaram formulários de avaliação da saúde em geral e do uso de substâncias. Ve-rificaram sinais vitais e peso corporal. Mantiveram atualizado o cadastro dos pacientes e de atendi-mentos realizados no PROCURA, com especifi-cação dos que se mantém ativos; os que foram encaminhados a serviços da rede de saúde e não voltaram; os que, apesar disso, mantiveram os encontros no PROCURA; os que não voltaram e também não tem vínculo com os serviços. Acom-panharam atendimentos individuais a familiares e fizeram (junto com uma técnica em pesquisa) o registro dos encontros. Resultados alcançadosConseguimos manter a adesão de mais pacien-tes, pois o programa se mantém ativo por mais tempo. Estruturamos um projeto de atividade grupal destinado aos familiares dos pacientes, com a adesão de oito participantes, com objetivo de oferecer apoio e orientação às suas necessi-dades (início na terceira semana de setembro), o qual será coordenado pela docente e acompa-nhado pelas alunas. Estamos implementando um prontuário virtual com uma síntese dos formulá-rios utilizados no PROCURA, que já está sendo aplicada para testar sua efetividade (o programa foi inserido em tablet para facilitar o preenchimen-to e manuseio pelos alunos). Ÿ

Preservando o Acervo e Patrimônio Cultural do Centro de Memória da EERP-USP CoordenadoraDébora Falleiros de Mello Ações/atividades desenvolvidasO bolsista desenvolveu atividades voltadas para a preservação e organização do Acervo, colabo-rando com o Centro de Memória da EERP-USP, acerca do seguinte acervo: Arquivo Documental e Textual (documentação histórica da Escola;

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portarias; processos de nomeação; processos dos primeiros concursos; vestibulares promovi-dos), Arquivo Iconográfico (fotografias da EERP; fotografias de antigos alunos e turmas de forman-dos; fotografias de eventos), Arquivo de Som e Imagem (fitas de vídeo com gravação de even-tos científicos e culturais; discos de vinil, CDs), Mobiliário, Peças e Objetos (mobiliários, quadros, objetos, peças e vestimentas), bem como contri-buição na organização de oficinas, exposições e elaboração de relatórios. Resultados alcançados1) Contribuição para a organização dos espa-ços de higienização e abrigo de reserva técnica documental; 2) Colaboração para a adequação e modernização do acervo da enfermagem, or-ganizando o patrimônio material e imaterial para maior visibilidade e acesso; 3) Reorganização dos bancos de dados eletrônicos, com a digitalização e disponibilização de documentos e fotos on--line; 4) Organização dos ambientes de visitação, consulta e documentação; 5) Melhoria da higieni-zação e medidas de conservação preventiva; 6) Organização de exposição. O bolsista fez a se-guinte avaliação: Como graduando no curso de Ciências da Informação e da Documentação, as diversas aéreas de atuação do projeto (Higieniza-ção e Conservação de documentos e fitas VHS, Digitalização e Inserção de fotos em Banco de Dados Digital, Atendimento ao público em geral, organização de exposição com dados históricos, entre outras) permitiram ter uma visão abran-gente dentro da área da Ciência da Informação, contribuindo para uma vasta e nova experiência para a graduação e trazendo também visões de como funciona um centro que recebe, armazena e dissemina a informação histórica de uma ins-tituição acadêmica universitária. O projeto tam-bém permitiu ter uma melhor visão de um Centro de Memória e conhecer aspectos da preserva-ção da sua história, no caso da EERP (os anos onde tudo começou, quais foram os ideais que fundaram a EERP, quais foram as dificuldades e desafios encontrados para a sua fundação, a construção de sua identidade, os anos e ativida-des subsequentes com o advento das novas tec-nologias, para sua manutenção e preservação). A vivência no CEMEERP-USP permitiu também adquirir novos valores, como a importância da presença de centros como esse dentro do am-biente de faculdades e de universidades, e estan-do fora da sala de aula foi possível lidar com os desafios do dia-a-dia, importante para os futuros ambientes de trabalho, típicos da área da Ciência da Informação e Documentação.

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Educação em Saúde para Mulheres no Período Operatório de Cirurgias para o Tratamento do Câncer de Mama CoordenadoraThais de Oliveira Gozzo

Ações/atividades desenvolvidasAs ações desenvolvidas foram concentradas no REMA (Núcleo de Ensino, Pesquisa e Assistência na Reabilitação de Mastectomizadas), que se lo-caliza na Escola de Enfermagem de Ribeirão Pre-to e realiza atendimentos individuais e em grupo para mulheres com câncer de mama. Neste ano o REMA completou 25 anos de atividade e tem cadastradas mais de 1200 mulheres, e em torno de 230 ativas. O REMA realiza atendimentos três vezes por semana com uma média de 50 mu-lheres/dia, atendidas por alunos da enfermagem, fisioterapia, psicologia e nutrição. As atividade consistiram em: acolhimento da mulher no ser-viço, avaliação para abertura de caso novo; re-alização da perimetria mensalmente das mulhe-res participantes; ações de educação em saúde como orientações sobre hipertensão, diabetes e uso de medicamentos; auxiliar nas atividades sociais desenvolvidas pelo grupo; participar das reuniões da equipe; participou da Comissão Or-ganizadora do I Simpósio de Câncer de Mama e da V Jornada de Câncer de Mama da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto-USP. A bolsista realizou revisão bibliográfica, e iniciou um projeto de Iniciação Científica acerca da sobrevida das mulheres participantes do REMA. O projeto foi submetido ao CEP e aprovado; está em fase de coleta de dados.Resultados alcançadosMesmo não tendo sido realizadas as visitas pré--operatórias, a equipe e as mulheres aceitaram bem os manuais educativos. No REMA a bolsista colaborou com as atividades propostas para este projeto e com as atividades estabelecidas para o funcionamento do serviço. A bolsista irá apresen-tar os resultados da revisão realizada no SIICUSP.

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A Enfermagem no Apoio aos Pais de Bebês em Unidades Neonatais: A Caminho da Humanização e Integralidade da AssistênciaCoordenadoraCarmen Gracinda Silvan Scochi Ações/atividades desenvolvidasOs encontros foram realizados com os pais/fa-miliares de recém-nascidos (RN) internados na Unidade de Cuidados Intermediários (UCIN) e mães internadas em Alojamento Conjunto no 8º andar do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto USP, duas vezes por semana, com duração média de 60 minutos por encontro. Primeiramente, a aluna de enfermagem conversava com os pais/familiares dos RN na UCIN, informando os objetivos do projeto e os convidando a participar das atividades propos-tas para o dia. As atividades são realizadas no refeitório do 8º andar, próximo à UCIN. Os en-contros consistem de duas etapas: apresentação dos participantes e realização da atividade que pode ser: artesanato, dinâmicas, jogos educa-tivos e recreativos ou confraternizações em da-tas comemorativas. A variedade das atividades

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práticas possibilita a maior interação entre pais/familiares, o que ficaria impossibilitado de acon-tecer se não houvesse os encontros do projeto. Durante os encontros para execução desse pro-jeto de extensão foram realizadas as seguintes atividades artesanais: confecção de cartões para o dia dos pais, sachê perfumado, flores de viés e de papel crepom, prendedor de roupa decorado, porta caneta, porta retrato, porta joias com palito de sorvete e decorações de ambiente variadas (Páscoa, Dia das Mães, Festa Junina e Natal). Além dessas atividades foram realizadas dinâmi-cas de grupo (O que desejar ao próximo e Não ter medo do desconhecido), jogos recreativos (bingo, dominó, dama) e educativos (Mamãe e o bebê), além das festas de confraternização em datas comemorativas (Dia das Mães, Festa Ju-nina e Natal) que envolveram a participação dos pais/familiares, equipe de saúde da UCIN, docen-te e alunos de graduação e pós-graduação da EERP-USP vinculados ao projeto ou que realizam outras atividades de ensino ou pesquisa na uni-dade neonatal. No período de agosto de 2013 a julho de 2014, tivemos 55 encontros com a par-ticipação de 201 pais/familiares, sendo estes: 1 tia, 3 pais e 197 mães de RN. Os familiares parti-ciparam das atividades desenvolvidas oferecidas pelo projeto, tendo uma média de 4 participantes por encontro. A partir das impressões da bolsis-ta de Cultura e Extensão e dos relatos verbali-zados pelos participantes, constatou-se que os pais/familiares se apresentavam mais tranquilos e felizes após a realização de todas as atividades, que contribuíram para o alivio do estresse e o so-frimento consequente da hospitalização do filho.Resultados alcançadosA alegria e a interação entre os pais/familiares e os alunos de graduação durante a realização das atividades, foi notável, pois além de ser relatado pelas mães, ficou evidente em muitos encon-tros. Durante as atividades realizadas os pais/familiares faziam brincadeiras uns com os outros, resultando em muitos momentos de descontra-ção, alegria e sociabilidade. O desenvolvimento desse projeto vem trazendo inúmeros benefícios para os pais/familiares dos RN internados em UCIN, conforme destacado anteriormente. Nes-se sentido, o foco de atenção ao RN internado em UCIN é estendido aos pais/famílias que tam-bém recebem um tipo de cuidado, almejando seu bem estar, auxiliando-os a enfrentar o estresse decorrente da hospitalização de seu filho. Ade-mais, os graduandos em enfermagem vinculados ao projeto (bolsistas e voluntários) também são favorecidos, pois vivenciam o ambiente hospita-lar, praticam escuta qualificada e ativa, propor-cionam momentos de descontração e interação e fazem atividades educativas que contribuem com a continuidade do cuidado do RN. Além disso, a participação do aluno de graduação em enfermagem tem sido essencial para seu de-senvolvimento profissional e pessoal, ampliando suas perspectivas do cuidar humanizado e a per-cepção das necessidades afetivas, emocionais e sociais desses pais/familiares. Os resultados são profícuos, tanto para os pais/familiares de RN

internados em UCIN quanto para os alunos de graduação em enfermagem, apesar da aparente simplicidade da metodologia empregada.

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Construção da Prática Política na Saúde: Educação e Participação SocialCoordenadoraRosangela Andrade Aukar de Camargo Ações/atividades desenvolvidasO projeto teve como objetivo a construção po-lítica do profissional de saúde ainda na sua for-mação acadêmica, levando em consideração o quão importante e necessário se faz para o avanço do Sistema Único de Saúde (SUS) ins-taurado em 1988 no Brasil, profissionais (traba-lhadores) engajados em políticas públicas. Para a execução teórica do objetivo citado acima, foram realizadas leituras de artigos com sequente dis-cussão entre orientador e orientanda, para com-preensão da Política Nacional de Educação Per-manente em Saúde instituída como método do SUS para a formação e desenvolvimento de seus trabalhadores. Essa política possui como direcio-namento a reflexão crítica-reflexiva das práticas cotidianas dos trabalhadores nas unidades de saúde, atuando como auxiliadora na qualificação do atendimento pelos profissionais, de forma a auferirem positivamente a resposta dos usuários, de forma em que ambos atuem como protago-nistas no processo de saúde e doença. Para o também cumprimento do objetivo do projeto, a bolsista participou de Reuniões no Núcleo de Educação Permanente e Humanização (NEPH), do Departamento Regional de Saúde (DRS) XIII, no município de Ribeirão Preto, formado pelos re-presentantes dos Colegiados de Gestão Regional (Vale das Cachoeiras, Horizonte Verde e Aquífero Guarani), dos interlocutores de Educação Perma-nente e Humanização dos municípios de alcance do DRS XIII, de técnicos do Centro de Desenvol-vimento e Qualificação para o SUS (CDQ), arti-culadores do primeiro nível de atendimento em saúde, isto é, da Atenção Básica e, atualmente, com a integração do terceiro nível de atendimen-to, representantes dos Hospitais e Santas Casas e Instituições de ensino superior, categoria na qual a bolsista se enquadra. Nas reuniões várias estratégias de ensino possibilitaram reflexões crí-ticas sobre as ações realizadas pelos municípios e pela Gestão Regional, com adesão de um nú-mero cada vez maior de interlocutores.Resultados alcançadosA bolsista conheceu as instâncias de planejamen-to e atuação dos NEPHs. Discutiu na coletividade reunida no DRS 13, gestores e interlocutores, a importância desta política para o fortalecimento do SUS regional e municipal, com projetos que possam ampliar a competência de cada traba-lhador da saúde. Também foi inserida no Projeto de construção de uma site para o NEPH (PP-SUS/2014), sob coordenação da orientadora.

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Prática da Amamentação no Contexto de Trabalho da Unidade Básica de Saúde: Implementação das Ações da Rede Amamenta Brasil em Ribeirão Preto - SP CoordenadoraAna Marcia Spano Nakano

Ações/atividades desenvolvidasSob a supervisão dos responsáveis pelo projeto e enfermeira coordenadora das ações de aleita-mento no município de Ribeirão Preto, os bol-sistas participaram do planejamento e execução de técnicas para a realização do monitoramento das ações que foram pactuadas junto às equi-pes de saúde específicas. Neste sentido, alimen-taram e avaliaram o banco de dados referentes ao monitoramento na sala de vacina, bem como, a digitação das fichas de visitas dos tutores das unidades monitoradas pelos tutores da RAB a cada três meses. Tais informações permitem à coordenação das ações avaliar os indicadores de aleitamento materno e aleitamento materno exclusivo nas diferentes Unidades monitoradas, informações estas que são encaminhadas ao Ministério da Saúde. Participaram ainda das reu-niões mensais de tutores da RAB e auxiliaram o monitoramento controle de primeira consulta do RN e das puérperas e da cobertura de vacinas de RN. No período, como atividade extra, os bol-sistas puderam participar dos cursos de manejo em AM, que são oferecidos nas unidades minis-trado pela Enf.ª coordenadora das ações de AM, realizar visita técnica ao Banco de Leite Huma-no (BLH), possibilitando observar a assistência e orientações dadas às mães sobre a doação e seus benefícios e da organização da Semana Mundial de Aleitamento Materno do Município de Ribeirão Preto. Resultados alcançadosA contribuição destas atividades para o aluno possibilita o contato com a realidade estrutural e operacional dos programas de saúde favorecen-do a formação mais integrada e conectada às ne-cessidades que se colocam no cenário atual da saúde, no que se refere às práticas da amamen-tação. A depender do ano de graduação do bol-sista, permite antecipar conhecimentos que irão adquirir futuramente no curso de forma realista, ou mesmo aperfeiçoar o conhecimento já adqui-rido em disciplinas cursadas. Para o serviço o au-xílio dos bolsistas no monitoramento das ações é condição importante para que as Unidades do município possam avaliar, de forma periódica, o impacto das ações nos indicadores de AM e na identificação das necessidades de saúde, além de manter o fluxo de informações junto ao MS que servem de subsídios à elaboração de estra-tégias de ação no âmbito dos serviços de saúde.

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Prescrição do Dia: Infusão de Alegria. Proposta da Cia do Riso para Crianças e Adolescentes HospitalizadosCoordenadoraRegina Aparecida Garcia de Lima

Ações/atividades desenvolvidasElaboração de instrumental teórico e prático para o cuidado integral à criança e ao adolescente hos-pitalizados. Assistência à criança e ao adolescente utilizando uma abordagem que valoriza o processo de desenvolvimento infanto-juvenil (duas vezes por semana, em torno de 40 crianças, adolescentes e familiares). Desenvolvimento de programações especiais nas unidades como: comemoração da páscoa, dia das mães, festa junina, dia dos pais, dia das crianças e Natal. Realização de oficinas de integração e de relaxamento (uma ao mês). Or-ganização da Palhatura, em sua 13ª edição (em dezembro de 2013). Organização do 8º Encontro de Humanização da Cia do Riso (agosto de 2013). Divulgação dos resultados do projeto em eventos acadêmicos da cultura e extensão, no caso o Sim-pósio do Aprender 2012-13. Promoção da prática do trabalho interdisciplinar. Resultados alcançadosNuma avaliação de desempenho do projeto, a análise feita a partir de dois indicadores: a) crian-ças, adolescentes, e familiares e alunos indica que: na primeira situação, observa-se algumas transformações no dia a dia; b) o ambiente hos-pitalar tornou-se mais informal e descontraído; c) o riso pode ser ouvido com maior frequência e abriu-se espaço para a criança/adolescente encontrar e ser proprietária do mundo hospita-lar. Além disso, tem demonstrado que é possível estabelecer novos canais de comunicação com a criança, o adolescente e seus familiares, ameni-zando a experiência da hospitalização, que geral-mente é estressante, sofrida e conflituosa; para os alunos, ocorre a articulação entre atividades de extensão, ensino e pesquisa, de maneira a transformar a relação entre a universidade e a so-ciedade, enriquecendo o processo pedagógico com experiências que ultrapassem os conheci-mentos oferecidos unicamente pelas disciplinas do currículo básico. Possibilita, ainda, associar ao conteúdo técnico-científico, a criatividade, a sensibilidade, a arte, a estética e o lúdico.

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Aprendendo com o Acolhimento de Pacientes com Transtornos Mentais e seus FamiliaresCoordenadoraSandra Cristina Pillon Ações/atividades desenvolvidasO desenvolvimento do presente projeto no Hos-pital Santa Tereza (Setor Atenção Psicossocial) teve como base as atividades de extensão, com a participação da aluna no contexto da assis-tência ao portador de transtorno mental. Além da convivência com os pacientes dessa unida-de, a aluna no período de suas atividades pode

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relacionar-se com os profissionais de saúde que compõem a equipe interdisciplinar, e com maior ênfase no trabalho da equipe de enfermagem. Houve estabelecimento de uma relação harmo-niosa, a aluna conseguiu identificar vários pontos de dificuldades e problemas vivenciados no coti-diano do trabalho. Ainda, propôs contribuições a fim de colaborar na motivação profissional para o desenvolvimento de tarefas, realizando encon-tros grupais e discussões individuais planejado com a participação do funcionário. Prévio às ati-vidades no hospital, a aluna realizou buscas em base de dados bibliográficos e diversas leituras sobre resiliência e satisfação no trabalho, o que colaborou no desenvolvimento das atividades. A experiência com esses trabalhadores nos grupos permitiu maior compreensão das práticas de tra-balho nessa instituição, como também contribuiu para a formação de vínculos importantes entre os próprios colegas do setor e maior diálogo com o enfermeiro coordenador, bem como pacientes, elementos considerados de fundamental impor-tância nessa etapa inicial de elaboração e inser-ção de atividades nas ações de saúde.Resultados alcançados1) Este projeto proporcionou o encorajamento da bolsista para reflexão-ação junto aos diversos níveis organizacionais da instituição sobre os pro-blemas relacionados vivenciados nas relações de trabalho e mesmo na questão familiar, por meio de reuniões junto aos diversos grupos da institui-ção; 2) Promoveu o conhecimento específico so-bre resiliência por meio de reuniões e encontros oferecidos pelos responsáveis do projeto e bol-sista com funcionários da instituição, trabalhando a prevenção, abordagem e possibilidades de en-frentamento e encaminhamento dos funcionários e familiares. A aluna obteve amadurecimento ao trabalhar com familiares e profissionais da uni-dade. Além de adquirir conhecimentos sobre os transtornos mentais, aprendeu sobre aspectos subjetivos implícitos nas relações de trabalho por meio da criação de vínculo. Assim, a busca pelo diálogo e escuta se mostraram importantes para se compreender os valores que subsidiam o tra-balho na instituição desenvolvendo coletivamente um planejamento de ações capazes de promover saúde no ambiente de trabalho. Nesse serviço existem várias situações geradoras de estresse experimentadas diariamente na assistência aos portadores de transtornos mentais. O conceito de resiliência trouxe diversas discussões, mas em particular, sobre fatores individuais de prote-ção no enfrentamento do estresse diário. Esse foi um trabalho direcionado ao contexto educacional e preventivo realizado junto aos funcionários e fa-miliares da unidade que receberam informações a respeito da temática, visando o desenvolvimen-to habilidades sociais e cognitivas que pudessem proporcionar mudanças de comportamento e enfrentamento de situações estressantes, com estratégias voltadas à integração grupal, à so-cialização, humanização e qualidade de traba-lho, diminuição do absenteísmo e uma qualidade de vida mais saudável; 3) A aluna avaliou que o projeto possibilitou uma nova visão sobre fatores

que interferem nas relações de trabalho e possi-bilitou torná-la agente disseminador e de cons-cientização sobre essa temática; 4) O trabalho alcançou seus objetivos, embora ainda existam ações a serem desenvolvidas para oferecer uma maior conscientização sobre estresse e resiliên-cia nas diferentes esferas da Instituição, e ainda possibilitou desenvolver um grupo continuado de discussão sobre o tema junto aos represen-tantes da instituição; 5) A bolsista está apta para dar continuidade em projetos, pois apresenta co-nhecimento e demonstra habilidades necessárias para contribuir de modo mais efetivo junto aos familiares e à equipe profissional.

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Liga de Prevenção e Combate ao Câncer da EERP-USPCoordenadora Marislei Sanches Panobianco Ações/atividades desenvolvidasReuniões semanais com a participação da tutora da Liga, Profa. Dra. Marislei Sanches Panobian-co, e dos bolsistas: Renner Henrique de Barros e Souza e Rúbia Lainice, junto aos demais mem-bros da diretoria da LPCC, alunos de graduação e alunos de pós-graduação. Cada reunião con-tou com a presença de 35 membros no segundo semestre de 2013 e média de 58 membros no primeiro semestre de 2014. Temas selecionados conforme demanda dos alunos, dias mundiais e nacionais dedicados à prevenção e combate ao câncer, meses especiais (ex.: Outubro Rosa – câncer de mama), entre outros: Introdução e Apresentação da Liga; O que é Câncer/Estimati-va Inca; Tratamento – radioterapia, quimioterapia, cirurgia e introdução à imunoterapia; Genética e Câncer; Câncer de Pulmão/Boca; Câncer Infan-til; Leucemia; Cuidados Paliativos; Nutrição em Pacientes Oncológicos; Câncer de Próstata, de Estômago, Colorretal. Em reuniões mensais da diretoria da LPCC, aprimoramos a questão ad-ministrativa, organizacional, marketing, eventos e programação de atividades da LPCC, propor-cionando um bom andamento dessas atividades, estimulando a frequência e participação ativa dos alunos nos encontros semanais e outras ativida-des (palestras eventos científicos, visitas a unida-des de tratamento de pessoas com câncer, entre outras). Organização e realização do I Encontro de Câncer de Pele - Tempo de Sol e de Cuida-dos, evento científico promovido pela LPCC, no primeiro semestre de 2013, contando com a par-ticipação de 75 pessoas, ocorrido na EERP-USP. Elaboração, lançamento e distribuição de 1000 exemplares da cartilha Tempo de Sol e de Cuida-dos, que ocorreu durante o evento I Encontro de Câncer de Pele - Tempo de Sol e de Cuidados. A LPCC participou da organização e realização do I Simpósio de Câncer de Mama V - Jornada de Câncer de Mama da EERP-USP, promovido pelo Núcleo de Ensino, Pesquisa e Assistência na Reabilitação de Mastectomizadas da EERP-USP--REMA, presença de 120 pessoas, em maio de

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2014. O bolsista Renner participou voluntaria-mente, do REMA, contribuindo na assistência às mastectomizadas. Interações entre Ligas e com participantes de outros projetos de extensão da EERP-USP: participação de pacientes e profis-sionais do REMA, membros da Cia do Riso, Liga de Cuidados Paliativos e da Liga de Saúde da Mulher nas reuniões semanais da LPCC. Reuni-ões com os membros da diretoria e tutora, fora dos horários de reuniões da LPCC para organiza-ção de atividades. Resultados alcançadosPresença maciça dos membros da LPCC nas reuniões semanais, participando das discussões sobre os temas apresentados pelos alunos ou palestrantes convidados; Avaliação positiva de todos os alunos membros da LPCC sobre sua participação neste projeto de extensão. Orga-nização e realização do I Encontro de Câncer de Pele – Tempo de Sol e de Cuidados, evento científico promovido pela LPCC, no primeiro se-mestre de 2013, contando com a participação de 75 pessoas, ocorrido na EERP-USP. Elaboração, lançamento e distribuição de 1000 exemplares da cartilha Tempo de Sol e de Cuidados, que ocorreu durante o evento I Encontro de Câncer de Pele - Tempo de Sol e de Cuidados. Partici-pação na organização e realização do I Simpósio de Câncer de Mama V – Jornada de Câncer de Mama da EERP-USP, promovido pelo Núcleo de Ensino, Pesquisa e Assistência na Reabilita-ção de Mastectomizadas da EERP-USP-REMA, presença de 120 pessoas, em maio de 2014. Interações entre Ligas e participantes de outros projetos de extensão da EERP-USP. Interação com outros docentes da EERP e profissionais de outras instituições que trabalham com oncologia, realizando palestras.

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Psiquiatria em Sintonia: A Música como Agente Facilitador da InteraçãoCoordenadorLuiz Jorge Pedrão Ações/atividades desenvolvidasO Projeto Psiquiatria em Sintonia se desenvolve na Unidade de Psiquiatria Prof. Dr. Luiz da Rocha Cerqueira e na Enfermaria Psiquiátrica de Interna-ção Breve, 3º andar, alas A e B, respectivamente, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medi-cina de Ribeirão Preto-USP. O campus da USP, está inserido em seus programas de atividades terapêuticas e no contexto da Reforma Psiquiá-trica Brasileira. Tem os objetivos de oferecer um momento de alegria e descontração às pessoas com diagnósticos de transtornos mentais graves internadas, buscando melhora na sua interação utilizando a música como meio de aproximação. As referidas pessoas, tanto as internadas na ala A, quanto na ala B, sendo em número de 14 e 8, respectivamente, foram convidadas a participar das atividades desenvolvidas em uma sala ade-quada do andar referido, uma vez por semana, às segundas feiras, onde os alunos criaram um

verdadeiro espaço para aproximação e interação entre as pessoas com diagnóstico de transtornos mentais citadas, utilizando, para isso, a música. Assim, os alunos tocaram e cantaram para as pessoas internadas, as estimularam a tocarem e a cantarem também, e, ainda, utilizando CDs com músicas cuidadosamente selecionadas e também escolhidas pelas citadas pessoas, ofereceram oportunidade para audição e rea-lização de exercícios de alongamento e relaxa-mento, extremamente importantes para quem tem o tratamento a base de psicofármacos, pois os exercícios citados têm influência positiva no combate aos efeitos colaterais por eles provoca-dos. Após as atividades, os participantes relata-ram livremente as experiências vividas e tiveram oportunidades de discussão com os alunos e fazerem suas avaliações. O projeto está inserido também em um verdadeiro processo de huma-nização hospitalar, particularmente importante para os ambientes dos serviços de assistência psiquiátrica e saúde mental. As atividades foram supervisionadas pelo docente responsável em reuniões quinzenais, incluindo também outras ati-vidades, como apresentação de casos voltados a aspectos relacionados aos transtornos men-tais, à assistência e abordagem da pessoa com diagnóstico de transtorno mental; discussões sobre os comportamentos e suas relações com as psicopatologias e discussões, planejamento e avaliações das atividades desenvolvidas. Os alunos mantiveram também atividades de busca em referencial teórico pertinente, e participaram, também, da organização e desenvolvimento de palestras e eventos.Resultados alcançadosOs resultados, obtidos através dos relatos das pessoas com diagnósticos de transtornos men-tais internadas e também por alguns integrantes da equipe multiprofissional, particularmente da enfermagem, apontam que as atividades criaram um ambiente alegre, descontraído e facilitador da interação, que tem melhora considerável, pois eles se aproximam mais, há um prazer na par-ticipação, e a aderência à atividade em questão foi muito boa por parte das pessoas internadas, que se sentiram mais ativas e participativas no seu tratamento. Há melhora da autoestima e o trabalho tem, ao longo do tempo, boa recepti-vidade por toda a equipe multiprofissional das unidades, locais do desenvolvimento do projeto. Pode-se destacar que as atividades desenvolvi-das contribuíram muito para a interação entre as pessoas com diagnósticos de transtornos men-tais internadas, pois a música funcionou realmen-te como um agente de aproximação e facilitador dessa interação. Configuram-se, portanto, como atividades extremamente terapêuticas, inseridas no plano terapêutico das alas onde são desen-volvidas, sendo assim, particularmente importan-tes no processo de controle da sintomatologia e reabilitação das pessoas com diagnósticos de transtornos mentais em questão. Assim sendo, sua continuidade como um projeto assistencial é extremamente importante e confirma a importân-cia da presença da Universidade de São Paulo

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no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medi-cina de Ribeirão Preto-USP através de projetos de extensão universitária, pois o aluno, com sua atuação baseada no conhecimento adquirido e nas supervisões conduzidas de forma sistemá-tica, contribui muito para a transformação da prática assistencial. É importante destacar, fina-lizando este relatório, as principais contribuições oferecidas pelo projeto relatadas pelos próprios usuários, que se constituíram em: melhora na co-municação; melhora da expressão, diminuindo a timidez; maior interação social; consciência cor-poral e sentimentos de alívio dos sintomas prove-nientes de seus transtornos mentais. Ÿ

A Recreação no Processo de Reabilitação de Pessoas com Diagnóstico de Transtornos Mentais em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS)CoordenadorLuiz Jorge Pedrão

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades foram realizadas às segundas-fei-ras, no horário das 10 às 12 horas, tanto pelos alunos bolsistas, quanto por alunos de Pós-Gra-duação e voluntários, com um grupo aproximado de 20 (12 em média) pessoas com diagnóstico de transtornos mentais usuárias do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), selecionadas pela sua equipe multiprofissional entre as diversas pessoas com esses diagnósticos, usuárias des-te CAPS. Constaram de proporcionar atividades recreativas, como pintura, desenho, artes plásti-cas, música, dança, dramatização (que tiveram base no teatro, utilizando, também, princípios do psicodrama, sóciodrama), jogos teatrais e jogos diversos, bem como a articulação dessas moda-lidades, de forma que as escolhas e propostas das atividades fossem discutidas pelo conjunto, alunos e usuários. Relativo às atividades teatrais, já de algum tempo são realizadas atividades des-ta natureza com os usuários participantes, cujo compromisso não é o de uma performance te-atral, mas o processo pelo qual a pessoa com diagnóstico de transtorno mental passa gradati-vamente através de etapas de diferentes graus de dificuldade, com o objetivo de alcançar a aquisi-ção e manutenção das habilidades sociais traba-lhadas durante o processo. A grande busca, com isso, é contribuir para a diminuição do sofrimento psíquico, auxiliar na remissão da sintomatologia, e facilitar a reabilitação e a inserção social. Os alunos mantiveram também outras atividades, nas segundas-feiras, no horário das 16h30 às 18h a princípio, e, depois, no horário das 12h45 às 13h45, onde constou: apresentação de ca-sos de usuários do CAPS voltados à aspectos relacionados aos transtornos mentais, à assis-tência e abordagem deste usuário; discussões sobre os comportamentos dos usuários e suas relações com as psicopatologias; discussões e avaliações das atividades desenvolvidas com os usuários do CAPS; planejamento das atividades

e supervisão com os professores coordenadores do projeto. Os alunos mantiveram também ativi-dades de busca em referencial teórico pertinente, em horários diversos, onde separavam textos e elaboravam os trabalhos para apresentações e discussões. Os alunos participaram, também, de organização e desenvolvimento de palestras, denominadas Palestras no Intervalo, voltadas à saúde mental e às atividades propostas pelo projeto e eventos, como o Simpósio da Liga de Psiquiatria da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.Resultados alcançadosO trabalho realizado atingiu, com propriedade, todos os objetivos propostos inicialmente. Como os trabalhos desenvolvidos anteriormente, de na-tureza semelhante, teve uma receptividade muito boa por parte dos usuários do CAPS inclusos nas atividades, que possibilitaram um momento ímpar no sentido de oferecer alegria e descontra-ção a esses usuários, portadores de transtornos mentais, em fase de reabilitação psicossocial, vi-venciando ainda um grande sofrimento psíquico, com necessidade de ter, no CAPS, a sua assis-tência programada em regime de semi-interna-ção e de forma intensiva. Assim, o fato de po-derem pintar, desenhar, dramatizar, jogar, cantar e/ou ouvir música e realizar passeios em locais públicos, constituiu-se em mais uma alternativa de alívio deste sofrimento e possibilidades de se relacionarem com mais adequação, inclusive com pessoas em ambientes públicos, resgatan-do muito do que eles perderam ao longo de suas vidas, principalmente a autoestima. Os relatos mostraram que eles conseguiram levar para seus ambientes de convívio diário, como o familiar e o social, as experiências vividas neste projeto de extensão, levando ao entendimento de que tra-balhos desta natureza contribuem muito para a sua reabilitação psicossocial. Assim sendo, sua continuidade como um projeto assistencial é ex-tremamente importante e confirma a importância da presença da Universidade de São Paulo no referido Centro, pois o aluno de Graduação e de Pós-Graduação, com sua atuação baseada no conhecimento adquirido e nas supervisões con-duzidas de forma sistemática, contribuem muito para a transformação da prática assistencial. É importante destacar, finalizando este relatório, as principais contribuições oferecidas pelo projeto relatadas pelos próprios usuários, que se consti-tuíram em: melhora na comunicação; melhora da expressão, diminuindo a timidez; maior interação social; consciência corporal e sentimentos de alí-vio dos sintomas provenientes de seus transtor-nos mentais.

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Educação em Direito à Saúde: Uma Proposta da EERP-USP para Usuários dos Serviços da Defensoria Pública do Estado Ribeirão PretoCoordenadoraCarla Aparecida Arena Ventura

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Ações/atividades desenvolvidasForam realizadas as seguintes atividades pelas bolsistas: 1) Entrevista com o Defensor Público responsável pela demanda assistida pela De-fensoria Pública no Estado de São Paulo, na regional de Ribeirão Preto; 2) Entrevista com a psicóloga responsável pelo atendimento psicos-social dos usuários do serviço; 3) entrevista com a Defensora Pública responsável pelo Centro de Atendimento Multidisciplinar da Defensoria Pú-blica regional de Ribeirão Preto; 4) Observação participante na Defensoria Pública regional de Ribeirão Preto para conhecer as características da demanda na área da saúde; 5) Observação participante na Defensoria Pública regional de Ri-beirão Preto para conhecer o espaço físico e a funcionalidade do serviço; 6) Transcrição e análi-se das entrevistas realizadas, visando ter elemen-tos que fundamentem a elaboração de propostas de ações e de eventos que venham a contribuir para a divulgação de informações sobre Direito à Saúde em diferentes locais e comunidades.Resultados alcançadosPor meio deste projeto, os alunos bolsistas tive-ram a oportunidade de contato com referenciais teóricos atualizados da área de Direito à Saúde, a experiência com entrevistas e observação partici-pante em uma instituição jurídica, o contato com profissionais que atuam no atendimento da popu-lação que busca a Defensoria Pública para orien-tação jurídica sobre direitos à saúde, o contato com a demanda que busca a Defensoria Pública para orientação jurídica sobre direitos à saúde, e a identificação das dificuldades e pontos fortes da realidade do serviço de acesso à justiça para demanda de direito à saúde. A formação de pro-fissionais de saúde não pode ignorar a relevância do papel educativo que poderá ser exercido por esses futuros profissionais em suas práticas junto à população, incluindo a Educação em Direito à Saúde, orientações tanto sobre cuidados com a saúde, quanto sobre caminhos e instituições exis-tentes para que façam valer os direitos de cada ci-dadão, ao acesso a tratamentos, medicamentos, dentre outros serviços de saúde. Nessa perspec-tiva, este projeto pode ser considerado a etapa inicial de uma parceria com a Defensoria Pública, regional de Ribeirão Preto, por meio da inserção de alunos de enfermagem naquele contexto, vi-sando contribuir para atender às necessidades da população em relação aos direitos à saúde e para a formação de enfermeiros reflexivos e com pers-pectiva de engajamento social.

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Estudantes de Enfermagem em Diferentes Contextos: Ações para Preparar e Receber Alunos em Mobilidade InternacionalCoordenadoraCarla Aparecida Arena Ventura

Ações/atividades desenvolvidasForam realizadas as seguintes ações pela bolsis-ta: 1) Participação na organização e elaboração de um manual de orientação para o preparo de alunos que farão intercâmbio; 2) Participação na organização da série Saúde Global: conversan-do sobre experiências internacionais. No período deste relatório foram organizadas as seguintes apresentações, com posteriores rodas de con-versas: Experiências no desenvolvimento de projetos de âmbito internacional (05/09/2013) e Possibilidades de Intercâmbio no Instituto de Hi-giene e Medicina Tropical da Universidade Nova Lisboa e Instituições Parceiras (10/09/2013), com a Profa. Dra. Inês Santos Estevinho Fronteira do Instituto de Higiene e Medicina Tropical da Uni-versidade Nova de Lisboa; Ciclo A Enfermagem transcendendo fronteiras: a liderança do enfer-meiro na comunidade global com a palestra A gestão da comunicação em situações de crises em instituições de saúde (25/09/2013) com o Prof. Dr. Manual Ángel Calvo-Calvo, Universidade de Sevilha, Espanha; Relatos sobre intercâmbio internacional na graduação: a experiência em universidades espanholas (11/11/2013), com as alunas de graduação Ana Clara Peneluppi Ho-rak, Anna Francine Gonçalo Rigato, Brisa Polya-na Gonçalves Figueira e Fernanda Viana Fígaro; Princípios da transferência e disseminação de co-nhecimento (19/03/2014), com as Profas. Dras. Sonia Semenic e Laura N. Naiek, Universidade McGill, Canadá; Análise Institucional e Saúde Co-letiva, uma articulação em processo (21/03/2014) com o Prof. Dr. Gilles Monceau da Université de Cergy-Pontoise, França; Mulher, Violência e Con-fiança (16/05/2014) com a Profa. Dra. Kathleen Hegadoren, Universidade de Alberta, Canadá; 3) Organização de um programa de sessões para orientação antes da partida de um grupo de alu-nos para programa de mobilidade internacional. Esta ação não foi concluída. Estamos em proces-so de finalização da organização de um piloto, que será implementado no ano de 2015, pelo bolsista que está continuando este trabalho, com a continuidade deste projeto por meio de Bolsa Aprender com Cultura e Extensão; 4) Foi criado um instrumento para avaliação e feedback de es-tudantes que realizaram intercâmbio.Resultados alcançadosManual do Intercambista disponível on-line para consulta; organização de sete apresentações no contexto da série Saúde Global: conversando sobre experiências internacionais; elaboração e aplicação de instrumento para avaliação e feedback de estudantes que realizaram intercâmbio; início de desenvolvimento de um programa de sessões para orientação antes da partida de um grupo de alunos para programa de mobilidade internacional.

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Elaboração de Material Interativo para Ensino do Protocolo da Medida Residencial da Pressão Arterial para HipertensosCoordenadoraEugenia Velludo Veiga

Ações/atividades desenvolvidasAs alunas planejaram e elaboraram, manualmen-te, um boneco em tamanho real de um adulto, composto pela imagem e caracterizado com vestimenta masculina e utilizaram como material interativo para o ensino do protocolo da medida residencial da pressão arterial. Este material foi confeccionado por elas com material resisten-te e de baixo custo que permitiu à comunidade inteirar-se com ele para aprenderem a medida residencial da pressão arterial. Realizaram ampla revisão da literatura, realizaram o planejamen-to das atividades educativas, considerando o espaço da Unidade de Estratégia de Saúde da Família, realizaram estratégia de acolhimento dos participantes em ambiente que simulava seu do-micílio. Primeiro o procedimento da medida da pressão arterial era demonstrado pelo participan-te do estudo, antes da atividade educativa, nesse momento foi preenchido um check-list pelo aluno pesquisador que observava atentamente e de maneira não participante tudo o que o participan-te fazia para realizar a medida da pressão arterial; a seguir o participante era orientado quanto aos passos da medida da pressão arterial e todas as recomendações que constam das diretrizes na-cionais da Medida Residencial da Pressão arterial utilizando-se o próprio boneco e essa explanação e demonstração (teórico-prática) passo a passo, era realizada pelas pesquisadoras. Após a ativi-dade educativa realizada pelos pesquisadores, o participante era convidado novamente a de-monstrar a realização desse procedimento junto ao boneco.Resultados alcançadosA população avaliada foi de 16 pessoas, com diagnóstico médico de hipertensão arterial, aten-didas em uma Unidade Básica de Saúde de um município do interior de São Paulo, com idade entre 42 e 69 anos de idade de ambos os sexos. 37,5% relataram realizar a medida da pressão arterial em seu domicílio, com aparelho auto-mático. Na pré-intervenção 100% dos entrevis-tados apresentaram conhecimento insatisfatório quando comparados às diretrizes Nacionais da Medida Residencial da pressão arterial vigente. Conhecimento este que envolve não consumir álcool e café antes de medir a pressão arterial, não fumar, estar com a bexiga cheia e não ter re-alizado exercício físico antes de medir a pressão arterial. Braço ao nível do coração, dorso encos-tado, pés apoiados ao chão, pernas descruza-das, braço livre de poupa, palma da mão voltada pra cima, corpo relaxado, posição do manguito e braço apoiado. Essa realidade mudou após a in-tervenção educativa utilizando-se o material inte-rativo para o procedimento das etapas da medida residencial da pressão arterial, onde 87,5% foram capazes de colocar o braço na altura do coração,

87,5% mantiveram o dorso do boneco encosta-do na cadeira, 93,75% mantiveram os pés do boneco apoiados ao chão, 75,9% despiram o braço para colocarem o manguito, 93,75% dos pacientes se preocuparam em manter as pernas descruzadas, 81,25% mantiveram a palma da mão voltadas para cima, 56,25% se preocupa-ram em manter o corpo relaxado, 68,75% colo-caram o manguito na posição correta e 87,5% mantiveram o braço apoiado para verificarem a pressão arterial. Com relação à preocupação em questionar sobre o consumo do álcool, do café, fumar, estar com a bexiga cheia e realizar exer-cícios físicos antes de aferirem a pressão arterial esses aspectos não mudaram após a interven-ção educativa. Mantiveram-se da mesma forma que antes. Conclui-se que o material interativo, para o ensino da pressão arterial foi elaborado com êxito, baixo custo, e ajudou no ensino da medida residencial da pressão arterial. A estraté-gia educativa foi positiva para esse procedimen-to, pois os pacientes evidenciaram melhora im-portante nos passos da medida de acordo com as Diretrizes da MRPA. Entretanto não foi efetivo no que diz respeito ao conhecimento das orienta-ções de não beber, não comer, não fumar e não praticar exercícios físicos antes de se verificar a pressão arterial. Talvez para esse conhecimento a elaboração de um vídeo possa ser mais eficiente.

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Saúde Também se Faz na/com a EscolaCoordenadoraMarta Angélica Iossi Silva

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades foram desenvolvidas de acordo com o estabelecido no projeto, bem como den-tro da sua especificidade ética e profissional do graduando de Enfermagem. Além destes aspec-tos estas atividades estiveram relacionadas e integradas à unidade de saúde de referência da escola e objetivos e metas do Programa de Aten-ção Integral à Saúde da Criança e do Adolescen-te (PAISCA) e duas escolas participantes deste projeto, ou seja, EMEI Profª. Lilian Spadaro Rosa e Silva e EMEFEM Prof. Alfeu Luiz Gasparini. As atividades desenvolvidas contemplaram a vigilân-cia em saúde por meio da avaliação das carteiras de vacinação e consequente encaminhamento à Unidade Básica de Saúde para atualização das vacinas; sanitária escolar através da realização de testes de acuidade visual e do encaminhamen-to das crianças com baixa acuidade ou sinais e sintomas associados às Unidades de Saúde de Referência para consulta oftalmológica e ativida-des de educação em saúde sobre prevenção e enfrentamento do bullying entre pares e preven-ção da dengue. Resultados alcançadosPor meio do Teste de Snellen, nos anos de 2013 e 2014, atendendo à orientação do Programa de Atenção à Saúde da Criança e do Adoles-cente (PAISCA), testou-se a acuidade visual de 652 crianças do Maternal Etapa II (3 a 4 anos),

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1º ano (6 a 7 anos), 5º ano (10 a 11 anos) e 6º ano (11 a 12 anos), encaminhando 62 alunos ao serviço de saúde para avaliação com espe-cialista na unidade de saúde de referência. Com relação à verificação das carteiras de vacinação, no conjunto das turmas e escolas, foram verifi-cadas 405 carteiras e encaminhados 93 alunos para atualização do estado vacinal. As atividades de educação em saúde atenderam dois anos da escola EMEFEM Prof. Alfeu Luiz Gasparini, o 6º ano e o 1º ano do ensino fundamental, ao longo do período previsto para o projeto, totalizando 170 alunos participantes. Os temas abordados foram bullying e dengue, respectivamente. Foram realizadas atividades com estratégias de vídeo, aula expositiva dialogada, ilustrações lúdicas, e dinâmicas. Tais atividades foram planejadas em reuniões com os professores e coordenador do projeto procurando trabalhar de maneira articula-da com as atividades pedagógicas e curriculares da escola.

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Qualidade de Vida e Reabilitação do Paciente com Câncer Coordenadora Namie Okino Sawada Ações/atividades desenvolvidasRealizado o atendimento aos pacientes com cân-cer em tratamento quimioterápico através de ati-vidades de grupo de apoio e sessões de relaxa-mento com imagem guiada e acupuntura. Foram realizados cerca de 200 atendimentos no período de agosto de 2013 a julho de 2014 no INORP Instituto de Oncologia de Ribeirão Preto. O bol-sista desempenhou todas as atividades previstas na proposta inicial que foram: preparar e desen-volver as atividades junto ao grupo de apoio e as sessões de relaxamento com imagem guiada junto aos pacientes atendidos. A bolsista cumpriu a carga horária prevista de 40 horas- semanais. Também aplicou os questionários EORTC QLQ--C30, Inventário de Depressão de Beck e Esca-la de Fadiga de Piper, calculou os escores dos instrumentos, montou planilhas com os dados coletados, realizou análise dos dados e relatou os resultados encontrados. Estes instrumentos avaliam a qualidade de vida, a presença dos sin-tomas de depressão e fadiga e a influência dos efeitos colaterais da quimioterapia na qualidade de vida desses pacientes. Essa atividade propor-cionou a inserção do aluno de pós-graduação nas atividades de extensão. Resultados alcançadosRealizamos de agosto de 2013 a julho de 2014, cerca de 200 atendimentos, ou seja, a interven-ção com as terapias complementares: relaxa-mento com imagem guiada e acupuntura em um total de 26 pacientes. Na amostra inicial do grupo de intervenção, tivemos um total de 26 pacien-tes, sendo a maioria do sexo feminino (73,1%); na faixa etária entre 40 e 60 anos (42,3%); ca-sados (84,3%); aposentados (38,5%); proceden-tes de Ribeirão Preto (80,8%); que completaram

o ensino superior (65,4); e de religião católica (65,4%). Quanto aos tratamentos realizados, ob-servamos que a maioria dos pacientes realizou cirurgia (76,9%) e quimioterapia (100%), e alguns realizaram radioterapia (30,8%). Em um pequeno número de pacientes não foi possível identificar o protocolo de quimioterapia, ou já haviam ter-minado este tratamento, mas estavam em se-guimento, por isto foram mantidos no estudo. Vários protocolos de quimioterapia foram identi-ficados. Em relação à coleta dos instrumentos de Qualidade de Vida, 26 pacientes responderam o instrumento QLQ-C30 no início (baseline), e de-vido as perdas por vários motivos, somente 10 pacientes responderam no final do estudo (seis meses). Notamos que os resultados da avalia-ção da QVRS melhoraram em várias escalas e sintomas, podendo estar relacionados à prática das terapias complementares de relaxamento com imagem guiada e acupuntura, mesmo com a perda de mais de 50% da amostra. Quanto ao Inventário de Depressão de Beck, encontramos que 22 (81,5%) dos pacientes estavam sem de-pressão, dois (7,7%) com disforia e dois com de-pressão na avaliação inicial; após três meses, os 10 pacientes que responderam ao questionário, 9 (90%) estavam sem depressão e apenas um (10%) com disforia e nenhum com depressão.Com relação à Escala de Fadiga de Piper, 23 pacientes responderam no início do estudo (ba-seline). Dos 23 pacientes que a responderam no início da intervenção, 10 destes responderam-na após três meses com os seguintes resultados: sete pacientes (25,9%) apresentaram escore de fadiga acima de cinco no inicio e depois de três meses, pacientes pacientes (14,8%) continua-ram com fadiga acima de cinco. Essa pesquisa ainda encontra-se em fase de coleta de dados e apesar das dificuldades encontradas com rela-ção à permanência dos pacientes no tratamento complementar e que nos prejudicou na análise dos dados a longo prazo, acreditamos que es-ses resultados parciais são promissores e que o relaxamento com imagem guiada e a acupuntura minimizam os efeitos colaterais da quimioterapia.

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Integrando os Familiares e Acompanhantes em Enfermaria de Pediatria: Uma Proposta de Ação CoordenadoraLucila Castanheira Nascimento Ações/atividades desenvolvidasAs atividades pedagógico-educativas foram re-alizadas com pais, familiares e acompanhantes das crianças hospitalizadas na clínica pediátrica e ocorreram às segundas e quartas-feiras, no pe-ríodo das 17h às 21h00. Duas horas semanais foram utilizadas para a organização das ativida-des pelos alunos. Encontros semanais com a coordenadora do projeto, para estudo, acompa-nhamento e organização das atividades, ocor-reram nas dependências da EERP-USP, às se-gundas-feiras, das 16h30 às 17h30, e conforme

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Ações/atividades desenvolvidasO objetivo do projeto foi levar o conhecimento de imunologia de forma descomplicada para alu-nos do ensino médio e despertar o seu interesse para realizar vestibular, cursar uma Universidade, assim como estimular a inclusão dos mesmos na universidade através do programa de pré--iniciação científica. O projeto ainda procurou in-centivar alunos de graduação e pós-graduação a ensinar ciência utilizando uma linguagem fácil, empregando estratégias de ensino inovadoras e criativas. As atividades na escola aconteceram com a frequência de uma vez por mês, pré-agen-dadas e elaboradas, em conjunto, pelos alunos de graduação e pós-graduação da USP. Foram trabalhadas três turmas do segundo ano do en-sino médio da Escola Estadual Walter Ferreira (total de 100 alunos), a qual tem por endereço a Rua Machado de Assis, 761, Ribeirão Preto-SP. O projeto foi inserido na grade horária dos alunos, assim pudemos contar com todos os alunos. Em um dos semestres a dinâmica foi trabalhar duas turmas em uma única manhã (8-10h e 10-12h), no outro foi incluída apenas uma turma (10-12h). Cinco atividades foram elaboradas e oferecidas para cada turma, sendo que quatro ocorreram na escola. Os temas abordados foram: Inflamação aguda e fagocitose, Infecção (microrganismos), Vacinas e Alergia, assuntos presentes no dia a dia de todas as pessoas. As estratégias de ensino empregaram pequenos momentos de aulas ex-positivas, experimentos científicos básicos para o entendimento do sistema imunológico, dis-cussões sobre papel do sistema imunológico na saúde e na doença, apresentação de vídeos, jo-gos, montagem de processos imunológicos com massa de modelar e teatro (Figuras 1-8). A quinta atividade consistiu na vinda dos alunos para o campus da USP-RP e, após uma conversa sobre universidade e vestibular, os alunos foram sepa-rados em grupos de 10 pessoas e foram levados para visitar dois laboratórios de pesquisa, onde tiveram contato direto com pesquisadores que explicaram a dinâmica e os objetivos de seu la-boratório.Resultados alcançadosNosso projeto continua em andamento e tem mostrado resultados bastante promissores, dentre eles: 1) Aproximação da Universidade da comunidade; 2) Aproximação dos graduandos e pós-graduandos das escolas públicas, além de estímulo ao uso de estratégias de ensino inova-doras e criativas; 3) Aprendizagem do trabalho em grupo e interunidades do campus da USP--RP; 4) Divulgação de temas importantes de forma descomplicada, já que muitas vezes es-tes são abordados de forma confusa, o que não contribui para a aprendizagem; 5) Estimular que os alunos do ensino médio sejam mais curiosos, estudem mais e se sintam mais seguros para prestar o vestibular; 6) Apresentar o programa de pré-iniciação científica da USP aos alunos de ensino médio e convidá-los para se candi-datarem às bolsas. No período ainda trabalha-mos com um blog e o Facebook para envolver a equipe e os alunos. O projeto também foi de

as necessidades dos alunos. As atividades com-preenderam desde a confecção de chaveiros, cartazes, porta-retratos, desenhos para colorir, dobraduras, confecções de cartões, comemora-ção de datas festivas, realização de painéis temá-ticos e com agradecimentos, enfeites para casa (tais como: porta-treco, porta-retratos, caixinhas, móbiles), confecção de bijuterias, até sessões de relaxamento e momentos musicais. Temas de interesse dos participantes foram objetos de discussão em oficinas dinâmicas programadas entre os participantes, bolsistas, voluntárias e co-ordenadora do projeto. Os encontros do grupo constituíram em oportunidades para que os par-ticipantes estreitassem laços e compartilhassem sentimentos num espaço acolhedor. Enfocamos, durante as atividades, o incremento da autono-mia dos pais, familiares e acompanhantes, com vistas à maior inserção e participação deles no processo de cuidado das crianças e adolescen-tes hospitalizados. Merece destaque a atividade que realizamos anualmente, a exemplo do suces-so de dois anos consecutivos, em comemoração ao Dia das Mães. O sucesso desta atividade é sempre registrado e divulgado no âmbito do hos-pital e fora dele.Resultados alcançadosEsse projeto vem sendo desenvolvido nesse ce-nário há mais de dez anos, com sucesso registra-do ao longo desses anos. Registrou-se um total de 1216 atendimentos de pais, familiares e outros acompanhantes durante o ano, perfazendo uma média de 101 atendimentos ao mês. Além dis-so, outros fatores foram importantes no acom-panhamento do projeto, tais como a satisfação expressa de forma verbal pelos próprios partici-pantes e a integração e o envolvimento deles no processo de hospitalização da criança, também relatada pelos profissionais da clínica. Muitas ve-zes, o projeto pode ser o único espaço de es-cuta e lazer dos pais/familiares/acompanhantes, o que favorece a integração e o envolvimento deles no processo de hospitalização da criança, já que muitos passam meses sem retornar aos seus lares, permanecendo em tempo integral no ambiente hospitalar. A participação e entusias-mo da clientela nas atividades propostas pelo projeto também servem de indicadores para seu acompanhamento. A participação das bolsistas e voluntárias também oportunizou a inserção e consolidação delas no Grupo de Pesquisa ao qual estou vinculada, além de motivá-las para o desenvolvimento de projetos de pesquisa ligados à temática do projeto e a submissão de um artigo para publicação.

Ÿ Aprender e Ensinar Imunologia nas Escolas CoordenadoraBeatriz Rossetti Ferreira

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interesse público, tendo originado algumas inser-ções na mídia, como pode ser conferido abaixo: Vídeo da TVUSP Ribeirão Preto (Publicado em 03/12/2013: <http://youtu.be/cCnnVICwu5Q> No vídeo de um dos alunos do ensino médio ex-plicando como ocorre o processo alérgico com massinha. <https://www.facebook.com/photo.phpv=775430082490329&set=vb.100000700346857&type=2&theater> <http://blogdasbi.blo-gspot.com.br/2013/08/e-nasce-o-imunologia--nas-escolas-da-usp.html> <http://blogdasbi.blogspot.com.br/2013/09/imunologia-nas-es-colas-usprp-segundo.html> <http://blogdasbi.blogspot.com.br/2013/11/imunologia-nas-esco-las-usprp-3.html> <https://www.facebook.com/pages/Projeto-Imunologia-nas-Escolas-USP--Ribeir%C3%A3o-Preto/527079130685177> Vídeos das aulas completas apresentadas no pri-meiro semestre de 2014 <https://www.youtube.com/playlistlist=PL1rqid2QiVprmPKzCHiYViUMVX_JFttDd>. Tomados em conjunto, os resulta-dos foram excelentes, pois as metas foram atin-gidas. Como esse projeto será mantido de forma contínua, estamos elencando os novos desafios: 1) Como manter a equipe de pós-graduandos completa. Cabe ressaltar que esses alunos ape-nas recebem certificado de participação, não ganham crédito de disciplina; 2) Como atingir um número maior de alunos do ensino médio; 3) Como capacitar melhor os alunos de graduação e Pós-graduação com estratégias inovadoras de ensino. Esses desafios ficam para serem resol-vidos na próxima versão do Projeto Imunologia nas Escolas, que agora passou a ser intitulado: Projeto Jovem Imunologista <facebook.com/jo-vemimunologista>.

Ÿ Grupo de Educação em Saúde às Pessoas com Diabetes Mellitus em Seguimento AmbulatorialCoordenadoraAna Emilia Pace Ações/atividades desenvolvidasAtividades desenvolvidas junto aos pacientes: Desenvolvimento de atividades educativas, se-manalmente as pessoas com DM, na modalidade grupal. Estas atividades foram desenvolvidas por meio da ferramenta educativa Mapas de Con-versação, disponibilizado para este fim. Mapa 1: Como o Corpo e o Diabetes Funcionam (meses: janeiro, fevereiro e março). Mapa 2: Alimentação Saudável e Atividade Física (meses: abril, maio e junho). Mapa 3: Tratamento com Medicamentos e Monitoramento da Glicose no Sangue (meses: julho, agosto e setembro). Mapa 4: Atingindo as Metas com a Insulina (meses: outubro, novem-bro e dezembro). Atividades desenvolvidas junto aos estudantes: Por meio de reuniões semanais receberam orientações e treinamento para de-senvolver atividades educativas junto às pessoas com diabetes mellitus; Participaram das reuniões de atualização em diabetes mellitus da Liga Mul-tiprofissional de Diabetes Mellitus da EERP-USP;

Organizaram as atividades da Liga Multiprofis-sional de Diabetes Mellitus da EERP-USP; Par-ticiparam da estruturação de pôsteres sobre as atividades desenvolvidas no Projeto Aprender com Cultura e Extensão para apresentação em evento científico; Participaram das atividades de extensão nos dias comemorativos: a Prevenção e Controle da Hipertensão Arterial e Dia Nacional de Diabetes Mellitus, desenvolvendo atividades de aferir pressão arterial, glicemia capilar e orien-tações de prevenção das doenças.Resultados alcançadosNúmero de pacientes agendados: 151; Número de pacientes do sexo masculino: 48; Número de pacientes do sexo feminino: 56; Número de pa-cientes que participaram do mapa 1: 33; Número de pacientes que participaram do mapa 2: 19; Número de pacientes que participaram do mapa 3: 36; Participaram do mapa 4: 16; Número de pacientes que estiveram em acompanhamento: 151; Número de atendimentos: 104; Número de faltas: 47; Em relação ao bolsista: O estudante teve a oportunidade de reconhecer o DM como um problema de saúde pública no contexto das doenças crônicas não transmissíveis; ampliar a compreensão da atenção à pessoa com DM em uma unidade da rede pública de saúde; de-senvolver habilidades para propor intervenções à pessoa com DM durante os eventos agudos e crônicos que se manifestam no curso da doen-ça; desenvolver ações de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação da pessoa com DM e familiares durante o seu seguimento ambulatorial, além de ampliar o contato com o campo de trabalho profissional e suas relações com a equipe de saúde, além de adquirir habi-lidades para o desenvolvimento de atividades educativas grupais.

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Educação em Saúde às Pessoas com Diabetes Mellitus em Seguimento Ambulatorial em Unidade de Saúde da Rede PúblicaCoordenadoraAna Emilia Pace Ações/atividades desenvolvidasIntervenções educativas aos pacientes em se-guimento ambulatorial. O presente projeto prio-rizou: 1) Desenvolver habilidades dos pacientes nos referentes ao processo de administração de insulina, desde a aquisição, preparo, administra-ção e descarte de materiais; 2) Realizar exames dos pés das pessoas com diabetes mellitus com o objetivo de identificar o risco e prevenção de amputações. As orientações gerais quanto à do-ença, cuidados e auto monitorização da glicemia capilar foram realizadas, quando identificadas es-tas necessidades. Atividades desenvolvidas jun-to aos estudantes: Por meio de reuniões sema-nais receberam orientações e treinamento para desenvolver atividades educativas as pessoas com diabetes mellitus; Participaram das reuni-ões de atualização em diabetes mellitus da Liga

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em diabetes mellitus da Liga Multiprofissional de Diabetes Mellitus da EERP-USP; Organiza-ram as atividades da Liga Multiprofissional de Diabetes Mellitus da EERP-USP; Participaram da estruturação de pôsteres sobre as atividades desenvolvidas no Projeto Aprender com Cultura e Extensão para apresentação em evento científi-co; Participaram das atividades de extensão nos dias comemorativos: a Prevenção e Controle da Hipertensão Arterial e Dia Nacional de Diabetes Mellitus, desenvolvendo atividades de aferir pres-são arterial, glicemia capilar e orientações de pre-venção das doenças.Resultados alcançadosNúmero de pacientes agendados: 152; Número de pacientes do sexo masculino: 24; Número de pacientes do sexo feminino: 14; Número de ca-sos novos: 16; Número de altas do ambulatório: 7; Número de pacientes em acompanhamen-to: 38; Número de atendimentos: 135; Número de faltas: 17; Em relação ao estudante, foram proporcionadas oportunidades de: 1) Ampliar a compreensão da atenção à pessoa com diabe-tes mellitus em uma unidade da rede pública de saúde e sua relevância clínica e epidemiológica; 2) Reconhecer que o diabetes mellitus é um dos principais responsáveis pelas amputações não--traumáticas de membros inferiores; 3) Desen-volver habilidades para propor intervenções (ava-liação e tratamento) às úlceras da pessoa com diabetes mellitus; 4) Desenvolver ações de pro-moção, prevenção e reabilitação da pessoa com diabetes mellitus e familiares durante o seu se-guimento ambulatorial; 5) Ampliar o contato com o campo de trabalho profissional e suas relações com a equipe de saúde.

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Educação em Saúde como Estratégia Integradora do Saber de Familiares das Famílias de Prematuros em Unidade Neonatal CoordenadoraLuciana Mara Monti Fonseca Ações/atividades desenvolvidasForam realizadas ações de educação em saú-de, semanais, durante todo o ano, junto aos familiares de bebês prematuros e de risco, as-sistidos nas unidades de cuidados intensivos e intermediários neonatais do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HC-FMRP-USP). As atividades consistiram em: estudos teóricos sobre a temática educação em saúde, uso de materiais educacionais; organização e execução sistemática das ações de educação em saúde com materiais didáticos e lúdicos como cartilhas e jogos educativos já existentes, com vistas não somente ao treinamento da família para a alta hospitalar do bebê de risco, mas, em especial, ao empoderamento desta, na sua autonomia e emancipação; participação dos estudantes en-volvidos no projeto, nas reuniões mensais do GPECCA (Grupo de Pesquisa em Enfermagem

Multiprofissional de Diabetes Mellitus da EERP--USP; Organizaram as atividades da Liga Multi-profissional de Diabetes Mellitus da EERP-USP; Participaram da estruturação de pôsteres sobre as atividades desenvolvidas no Projeto Aprender com Cultura e Extensão para apresentação em evento científico; Participaram das atividades de extensão nos dias comemorativos a Prevenção e Controle da Hipertensão Arterial e Dia Nacio-nal de Diabetes Mellitus, desenvolvendo ativida-des para aferir pressão arterial, glicemia capilar e orientações de prevenção das doenças. Resultados alcançadosNúmero de pacientes agendados: 171; Número de pacientes do sexo masculino: 60; Número de pacientes do sexo feminino: 62; Número de pacientes que tiveram os pés examinados: 114; Número de pacientes que receberam orientações sobre administração de insulina: 106; Número de pacientes que receberam orientações sobre o diabetes mellitus e cuidados: 117; Número de pacientes em acompanhamento: 102; Número de atendimentos realizados: 122; Número de fal-tas: 49; Em relação ao bolsista: Foi proporciona-do ao estudante a oportunidade de reconhecer o DM como um problema de saúde pública no contexto das doenças crônicas não transmissí-veis; ampliar a compreensão da atenção à pes-soa com DM em uma unidade da rede pública de saúde; desenvolver habilidades para propor intervenções à pessoa com DM durante os even-tos agudos e crônicos que se manifestam no cur-so da doença; desenvolver ações de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação da pessoa com DM e familiares durante o seu seguimento ambulatorial, além de ampliar o con-tato com o campo de trabalho profissional e suas relações com a equipe de saúde.

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Cuidado à Pessoa com Diabetes Mellitus que Possuem Úlceras nos PésCoordenadoraAna Emilia Pace Ações/atividades desenvolvidasEm relação aos cuidados específicos com as lesões localizadas nos pés, foram realizadas as seguintes atividades: 1) Avaliação da lesão (incluindo mensuração de suas dimensões, ca-racterísticas da lesão e da pele circundante); 2) Avaliação das condições circulatórias, tempera-tura local, cuidados específicos e indicação do tipo de cobertura a ser utilizada; 3) Realização de desbridamento superficial de tecido desvitalizado e calosidade; 4) Auxilio na escolha das cober-turas primárias para o tipo e características das úlceras; 5) Registro. Foram desenvolvidas ações educativas referentes ao cuidado com o diabe-tes mellitus, quando identificada a necessidade. Atividades desenvolvidas junto aos estudantes: Por meio de reuniões semanais receberam orien-tações e treinamento para desenvolver atividades educativas junto às pessoas com diabetes melli-tus; Participaram das reuniões de atualização

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no Cuidado à Criança e ao Adolescente), consti-tuído por docentes, pós-graduandos e graduan-dos da EERP-USP.Resultados alcançadosAs atividades de educação em saúde na unida-de neonatal contribuíram para a construção da integração do saber de familiares e o estudan-te de graduação responsável pelo projeto. Com estas atividades foi possível promover cuidado humanizado e integral para o bebê no período de hospitalização e alta hospitalar. O projeto buscou trabalhar de forma que contribuísse para a forma-ção de pais capacitados a prestarem cuidados para um bebê prematuro ou de risco, que neces-sita de cuidado especial. Com isso foi possível trabalhar o período de alta buscando a autonomia e emancipação dos familiares dos bebes hospi-talizados nas unidades neonatais. Além disso, o projeto foi responsável por ajudar na formação do estudante de graduação, auxiliando no desenvol-vimento de atividades que contribuíssem para o entendimento e esclarecimento de pontos essen-ciais da enfermagem neonatal. O projeto insere o estudante em serviços com a população e a formação na pratica de ensino-aprendizagem.

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Ensino do Paciente Renal Crônico em Tratamento ConservadorCoordenadoraLuciana Kusumota Ações/atividades desenvolvidasAs duas bolsistas realizaram as seguintes ativida-des no período 2012/2013: 1) Estudo contínuo sobre a Doença Renal Crônica, suas perspecti-vas clínicas, epidemiológicas, prevenção e pro-gressão da doença e a interface com o cuidado de enfermagem; 2) Revisaram e atualizaram o material educativo (folheto informativo) e auxilia-ram na formatação e elaboração de versão ilus-trada do material; 3) Realizaram atendimentos in-dividuais e em grupos com pacientes e familiares/cuidadores, utilizando o material de apoio com a finalidade de educar para favorecer a adesão ao tratamento e consequentemente prevenir e/ou retardar a progressão da DRC; 4) Participaram de reuniões científicas sobre temas da enferma-gem em nefrologia; 5) Elaboraram relatório das atividades desenvolvidas no ambulatório e irão apresentar para o grupo de estudos e pesquisa liderado pela supervisora do projeto e no Simpó-sio Aprender com Cultura e Extensão 2014, bem como participaram de outras atividades de pes-quisa junto ao mesmo grupo. Resultados alcançadosFoi observado desenvolvimento de habilidades profissionais, compromisso e postura ética das alunas em formação, apropriadas para realizar ações educativas sobre a prevenção e progres-são da DRC; foi revisado e atualizado o material educativo folheto informativo para paciente em tratamento conservador da DRC, em fase de fina-lização para envio à reprodução gráfica. Os indica-dores de acompanhamento: revisão e atualização

da atual edição do folheto informativo: Prevenção e Progressão da Doença Renal Crônica. Foram atendidos aproximadamente 300 pacientes em tratamento conservador da DRC e familiares/cui-dadores, individualmente ou em grupo.

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Capacidade para o Autocuidado de Idosos Residentes em uma Instituição de Longa Permanência (ILP) CoordenadoraSueli Marques

Ações/atividades desenvolvidasConhecimento sobre leis e diretrizes que regem a organização e o funcionamento de uma Insti-tuição de Longa Permanência para Idosos (ILPI); Reconhecimento do espaço e do funcionamen-to da ILPI; Levantamento das necessidades dos idosos; Levantamento das necessidades de co-nhecimento dos funcionários; Promoção e par-ticipação de atividades com jogos da memória com níveis de dificuldades crescentes e imagens diferentes, considerando o nível de instrução e cognição dos idosos; Jogos em grupos: dominó, baralho, rouba-monte, jogo da memória e trilha; Confecção de lembranças comemorativas com discussão da simbologia de cada data, possi-bilitando troca de experiências, com base nas histórias de vida; Confecção de enfeites para a decoração de: mesas para o almoço no Natal, festa junina e Copa do Mundo; Atividade musical: coral e dança; Bailes programados na Instituição; Promoção de cuidados com a imagem (cuidados com cabelos e unhas); Promoção de relaciona-mento interpessoal com os idosos; Acompanha-mento e auxílio aos idosos em momentos para refeição; Acompanhamento, junto ao enfermeiro, das atividades de gestão desenvolvidas na ins-tituição; Acompanhamento, junto ao enfermeiro, de atividades como: avaliação e cuidados com úlceras por pressão e aferição de sinais vitais; Acompanhamento, junto à equipe de enferma-gem, de idosos em consultas médicas fora da instituição; Promoção de palestras e discussão sobre os temas: Ética e cuidados de Enferma-gem; Participação do programa de educação continuada da instituição.Resultados alcançados1) Os idosos verbalizam satisfação com as ati-vidades educativas e de lazer, melhora da auto-estima, bem como socialização ampliada; 2) Os idosos veem demonstrando melhora da mobili-dade, bem como comportamentos de melhoria no autocuidado; 3) Os profissionais da Instituição participaram das palestras e discussões e verba-lizaram a importância destas atividades para a ampliação do conhecimento e desenvolvimento de atitudes favoráveis com relação ao cuidado do idoso. A execução deste projeto na ILPI está contribuindo para o planejamento do cuidado ao idoso institucionalizado, bem como para o desenvolvimento de estratégias educativas para os idosos e elaboração de ações que visem a

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a 35) alunos por turma, totalizando 280 alunos. As atividades foram realizadas em três encontros para cada turma, sendo o primeiro a apresenta-ção do projeto, a aplicação do questionário para diagnosticar o quanto os alunos tinham de co-nhecimento da temática, e a coleta de perguntas/dúvidas que foi realizada com papéis que foram distribuídos, sem identificação de quem estava perguntando. O segundo encontro com a turma foi o de apresentação, em datashow, sobre as DSTs, com relação a etiopatogenia das doenças, modo de transmissão, sinais e sintomas frequ-êntes e modo de prevenção. O terceiro encontro foi a apresentação e manipulação do material utilizado como métodos contraceptivos, como camisinha masculina e feminina (fornecendo a possibilidade dos alunos realizarem a técnica de colocar o preservativo masculino com próteses penianas), DIU, pílulas, diafragma, etc., e discus-são sobre gravidez na adolescência e o impacto que isso pode causar na vida do adolescente. Por fim, a aplicação do questionário para avaliar o quanto de conhecimento o aluno obteve com a atividade de educação em saúde.Resultados alcançadosForam trabalhadas 14 turmas com média de 20 (15 a 35) alunos por turma, totalizando 280 alunos do ensino fundamental e médio, capaci-tados, em três encontros para cada turma. Algu-mas perguntas mais frequentes e que chamaram mais atenção para os aspectos de educação em saúde foram: Qual a melhor forma de evitar a gra-videz, A pílula do dia seguinte é abortiva, Como descobrir que está com HIV, O que é HPV, Quem tem AIDS pode engravidar, Em uma relação sexu-al os dois precisam usar preservativo ou somente um. A partir da análise dos questionários, antes e após a apresentação da temática, foi comparado o nível de conhecimento prévio e posterior dos alunos do ensino fundamental e médio. Os re-sultados revelaram incremento no conhecimento de 24,51% para alunos do ensino fundamental e de 29,29% para alunos do ensino médio. Este aumento no conhecimento sobre DST, métodos contraceptivos e gravidez é de fundamental im-portância para evitar a sua ocorrência nessa po-pulação que é extremamente vulnerável. Devido ao fato de se encontrar casos de gravidez entre as alunas capacitadas, este projeto se revela de fundamental importância e, ainda, este projeto deve ser mantido e iniciado mais precocemente entre os alunos do ensino fundamental.

Ÿ MalhAção em Saúde com HIV/AIDSCoordenadoraAna Paula Morais Fernandes Ações/atividades desenvolvidasO objetivo do projeto MalhAção em Saúde com HIV/AIDS foi proporcionar orientação em saúde e sessões de Treinamento Resistido (muscula-ção), uma vez que tais atividades físicas atuam no controle das alterações metabólicas e pro-movem a melhor harmonia corporal. Este projeto

educação continuada dos profissionais envolvi-dos na assistência ao idoso.

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Sistematização da Assistência de Enfermagem ao Idoso em Atendimento AmbulatorialCoordenadora Sueli Marques

Ações/atividades desenvolvidasO projeto é desenvolvido no Ambulatório de Ge-riatria de Alta Dependência, de um Hospital Es-cola de Ribeirão Preto, toda segunda-feira das 12h30 às 17h30. 1) Participação do grupo de es-tudo sobre envelhecimento e da Liga de Geronto-logia da EERP-USP; 2) Participação da consulta médica dos idosos, bem como da discussão dos casos em equipe; 3) Realização da consulta de enfermagem para o idoso com enfoque na avalia-ção e identificação das necessidades do mesmo (incluindo a família); 4) Realização do planejamen-to da assistência; 5) Execução das intervenções necessárias e da avaliação dos resultados espe-rados; 6) Registro do processo nos prontuários dos idosos.Resultados alcançadosOs alunos inseridos no projeto vem desenvolven-do conhecimentos e habilidades para a realiza-ção da consulta de enfermagem com enfoque gerontológico e geriátrico, para o planejamento da assistência de enfermagem individualizada para o idoso e familiar, bem como, para o traba-lho em equipe multidisciplinar. O desenvolvimen-to deste projeto no ambulatório contribui para o atendimento do idosos sob a ótica do cuidado integral e individualizado, bem como para o pro-cesso de educação em saúde tanto para o idoso quanto para o familiar que o acompanha.

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Papo Cabeça em HIV/AIDSCoordenadora Ana Paula Morais Fernandes Ações/atividades desenvolvidasO objetivo do projeto foi promover a educação em saúde entre jovens do ensino fundamental e médio, em escolas municipais e estaduais pú-blicas, nos aspectos associados à sexualidade, DST/AIDS, métodos contraceptivos e gravidez na adolescência; e criar espaços de discussão (in-dividuais e grupais) sobre o tema. Os encontros ocorreram no período do ano letivo dos alunos (de agosto a novembro de 2013 e de março a junho de 2014) em uma escola estadual de pri-meiro e segundo grau no município de Ribeirão Preto-SP, às quintas-feiras, no período da manhã (das 8h40 às 12h20) sendo que cada encontro tinha a duração de 50 minutos (período de uma aula regular). Foram trabalhadas as series do en-sino fundamental (oitavo e nono ano) e do ensino médio (do primeiro ao terceiro ano). Ao todo, fo-ram trabalhadas 14 turmas com média de 20 (15

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também visou promover a orientação e educa-ção em saúde para indivíduos vivendo com HIV/AIDS, por meio de grupos de discussão sobre a importância da adesão ao tratamento, e fornecer dicas sobre os cuidados que devem ter frente à ocorrência dos principais efeitos colaterais; além de reforçar hábitos alimentares e de vida saudá-veis; orientação acerca de morbidades adversas relacionadas à lipodistrofia; e disponibilização de espaços privados para orientações e esclareci-mentos conforme demanda. Projeto teve a parti-cipação de 20 pacientes com HIV/AIDS e com a Síndrome da Lipodistrofia, de ambos sexos, com a idade média de 49 anos. Todos os pacientes fo-ram avaliados em termos do lipidograma e medi-das antropométricas antes e após o protocolo de treinamento. A atividade física com os pacientes consistiu em 36 sessões, distribuídas em três es-tações de musculação, que trabalharam distintos grupos musculares – nos membros superior, infe-rior e abdome – da seguinte forma: três séries de 12 repetições por cada grupo muscular em cada estação, sem nenhum descanso entre as séries. E um minuto de descanso entre uma estação e outra. Treze pacientes foram acompanhados no período da manhã e sete pacientes no período da tarde durante três meses (36 sessões), entre agosto de 2013 a junho de 2014. Antes e após cada sessão de atividade física, o paciente foi questionado sobre seu estado geral de saúde e foi realizada a aferição dos sinais vitais (pressão arterial, frequência cardíaca e frequência respi-ratória). A frequência semanal foi de três dias, intercalados, de treinamento, ou seja, todas as segundas, quartas e sextas-feiras. A duração do treinamento era de aproximadamente uma hora.Resultados alcançadosNos exames metabólicos verificou-se redução dos níveis séricos de triglicerídeos em 16,91%; colesterol total: 7,45%; LDL colesterol: 0,66%; glicemia: 4,86%; e aumento do HDL colesterol em 3,97%. Nas avaliações por segmento corpo-ral, a massa gorda apresentou redução em todos os segmentos, especificamente, os membros superiores apresentaram redução de 6,89%, o tronco redução de 5,37%, e os membros in-feriores 2,92%. Por outro lado, a massa magra apresentou aumento em todos os segmentos, especificamente, os membros superiores apre-sentaram aumento significante de 3,62%, o tron-co aumento de 6,22%, e os membros inferiores 1,94%. Em relação à educação em saúde, o pro-jeto beneficiou o desenvolvimento de saberes em saúde, possibilitando aos pacientes a constru-ção de novas informações e elucidação de suas dúvidas. As principais perguntas dos pacientes eram em relação às dificuldades de adesão ao tratamento e aos seus efeitos colaterais. O diálo-go e a interação entre os pacientes proporcionou um ambiente de troca de experiências e sabe-res compartilhados. Este projeto mostrou que a atividade física proposta resultou na melhoria da harmonia corporal, com aumento da massa magra e redução da massa gorda, podendo ter repercussões na qualidade de vida, reduzindo o estigma que existe sobre a composição corporal

como marcador para revelação da soropositivi-dade para HIV/AIDS. Além disso, os pacientes também apresentaram melhor controle das al-terações metabólicas provenientes da síndrome da lipodistrofia. Assim, a atividade física empre-gada neste projeto pode ser um grande aliado no tratamento complementar, reduzindo o risco de complicações como doenças cardiovasculares e, consequentemente, impactando diretamente na melhor qualidade de vida desses indivíduos. Adi-cionalmente, revela a importância na continuida-de deste projeto de extensão que atende a esta demanda de pacientes tão negligenciada, mas de grande relevância em nosso país.

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Avaliação e Monitoramento das Solicitações e Uso de Coberturas e Produtos para Curativos do Serviço de Assistência Domiciliar da SMS-RPCoordenadoraCinira Magali Fortuna Ações/atividades desenvolvidasAs bolsistas tiveram a oportunidade de conhecer e participar do trabalho realizado em um serviço de saúde no município de Ribeirão Preto, o Ser-viço de Assistência Domiciliar (SAD) que realiza assistência em domicilio e ambulatorial à comuni-dade, disponibilizando atendimento no posto de saúde NGA. O enfoque do projeto foi a avalia-ção e monitoramento das solicitações e uso de coberturas e produtos para curativos do serviço de assistência domiciliar da SMS-RP. Tiveram a oportunidade de compreender as dificuldades na indicação dessas coberturas para uso como também evitar gastos inadequados dos mesmos contribuindo assim para o bem estar dos usu-ários. Puderam atuar na dinâmica de distribui-ção das coberturas para os distritos evitando o atraso na chegada das mesmas aos serviços de saúde. Nesse período elaboraram uma planilha de controle dos pacientes atendidos por todas as unidades de saúde da cidade que recebiam materiais da rede SAD. Na mesma, foi possível saber dados completos dos pacientes assistidos pelo serviço. A planilha de controle disponibili-za informações pessoais como o nome e o nú-mero de registro Higya e também em relação à etiologia da ferida e a(s) cobertura(s) que é(são) utilizada(s). Puderam acompanhar profissionais de enfermagem na aplicação de medicamentos por via intravenosa e intramuscular no geral e até mesmo trocas de traqueostomia em domicilio. Realizaram ainda leituras relacionadas ao tema, como artigos e livros e em especial a leitura do Manual de Assistência Integral às Pessoas com Feridas, elaborado pela Secretaria Municipal da Saúde da Prefeitura Municipal de Ribeirão Pre-to. Participaram de palestras com a finalidade de compreender melhor a assistência domiciliar e os cuidados de enfermagem, bem como a questão das coberturas e curativos auxiliando no cuidado com lesões de diferentes etiologias. Tiveram a oportunidade de escrever pôsteres para eventos

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Resultados alcançadosEsse projeto vem sendo desenvolvido nesse ce-nário há mais de dez anos, com sucesso aponta-do ao longo desse período. Registrou-se que as atividades do projeto foram implementadas para, em média, 150 crianças/mês, totalizando, ao lon-go do ano, 1800 atendimentos. A participação da bolsista e das voluntárias também oportunizou a inserção e consolidação delas no Grupo de Pes-quisa ao qual estou vinculada, além de motivá-las para o desenvolvimento de projeto de pesquisa ligado à temática do projeto, o qual está em exe-cução. A receptividade das crianças pelo proje-to é o principal indicador de acompanhamento. Outros fatores também foram importantes no acompanhamento do projeto: o retorno dos pais, familiares e acompanhantes das crianças, na me-dida em que se aproximavam do espaço das ati-vidades e reforçavam o impacto do projeto para a criança e, indiretamente, para eles mesmos; e de alguns profissionais de saúde do ambulatório, principalmente da equipe médica, pois ao obser-varem que as crianças encontram-se envolvidas e alegres realizando as atividades propostas, esses profissionais reafirmavam a importância desse tipo de intervenção, capaz de modificar o ambiente hospitalar e, ao mesmo tempo, promo-ver o desenvolvimento infantil.

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Laboratório de Prática Pedagógica: Apoio a Práticas Pedagógicas de Alunos da Licenciatura em EnfermagemCoordenadoraAdriana Katia Corrêa Ações/atividades desenvolvidasForam desenvolvidas, neste período, as ativi-dades previstas neste projeto. Este laboratório permanece aberto para uso espontâneo dos es-tudantes ou por grupos de estudantes que este-jam em disciplinas específicas da área de educa-ção, desenvolvendo planejamento de atividades educativas que serão efetivadas em escolas de educação básica e escolas técnicas de saúde/enfermagem. A presença do monitor possibilita e apoia o uso desse espaço pedagógico pelos alu-nos da licenciatura em enfermagem, por meio das seguintes atividades: 1) Organização cotidiana do Laboratório de práticas pedagógicas; 2) Organi-zação de materiais e recursos didáticos; 3) Apoio a alunos na construção das atividades de planeja-mento das práticas educativas a serem desenvol-vidas nas escolas de Educação Básica e escolas técnicas da Área da Saúde; 4) Sistematização de informações sobre o uso do laboratório pelos alu-nos no que se refere às atividades em desenvolvi-mento. Tais atividades além de fundamentais para o funcionamento deste laboratório, favoreceram a formação pedagógica do monitor envolvido.Resultados alcançados1) Incremento do uso deste espaço pedagógico pelos alunos do curso de Bacharelado e Licen-ciatura em Enfermagem, envolvidos em quatro

como congressos internacionais e o Fórum do SAD, no qual auxiliaram na organização e rea-lização do evento. Apresentaram trabalho em forma de pôster. Considero o conjunto de ativida-des desenvolvidas como oportunidade impar de aprendizado que ampliam as oportunidades de formação enquanto futuras enfermeiras e ainda auxiliam e colaboram com o serviço de saúde.Resultados alcançadosConsidero como resultados alcançados a orga-nização das planilhas de distribuição de cober-turas para cuidados com feridas e sobretudo o aprendizado de seguimento de pacientes na modalidade de assistência domiciliar. Também destaco a participação na organização do Fórum do SAD, evento regional que congrega cerca de 350 pessoas.

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A Utilização do Brincar/Brinquedo em Sala de Espera de um Ambulatório Infantil Coordenadora Lucila Castanheira Nascimento Ações/atividades desenvolvidasAs atividades recreacionais foram realizadas durante o tempo em que as crianças permane-ceram em sala de espera para atendimento am-bulatorial, e ocorreram às segundas, das 12h às 17h, e às quartas-feiras, no período das 12h às 14h. Duas horas semanais foram utilizadas para a organização dos materiais e das atividades. Encontros semanais com a coordenadora do projeto, para estudo, acompanhamento e orga-nização das atividades, ocorreram na EERP-USP, às segundas-feiras, das 17h30 às 18h30 e em outros momentos, de acordo com a disponibili-dade acadêmica da bolsista e das voluntárias. Dentre as atividades realizadas, ressaltamos: Ofi-cina de Higiene Oral, Oficina de Higienização das Mãos, Oficina de Arte com Bexiga, lembranças e enfeites em datas comemorativas, pinturas de rosto, origamis, desenhos, cantigas com coreo-grafias para estimular as habilidades psicomoto-ras, rodas de leitura e interpretações, jogos, pin-turas em papel e confecções de máscaras para as crianças. Disponibilizamos, também, uma variedade de fantoches e brinquedos, inclusive malas de médicos e enfermeiras de brinquedo, para que as crianças pudessem expressar seus sentimentos, utilizando sua linguagem própria, o brincar. Merece especial destaque o incremen-to do Projeto Biblioteca Viva, que capacitou os estudantes para realizar rodas de leituras infantis para as crianças, com imenso sucesso. Durante os encontros, ocorreram também oportunidades para discussões entre as crianças e os estudan-tes, promovendo um espaço acolhedor e seguro para que as crianças comunicassem o que era importante para elas naquele momento, na inten-ção de minimizar os possíveis efeitos negativos do ambiente hospitalar.

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disciplinas da área da educação, do segundo ao quinto anos do curso; 2) Apoio ao desenvolvi-mento de cerca de 20 atividades educativas vol-tadas para a promoção da saúde na educação básica; 3) Atividades que foram realizadas nas salas de aula da Educação Básica (envolvendo cada uma cerca de 30 estudantes e um profes-sor desse nível de ensino); 4) Apoio ao desen-volvimento de cerca de 20 atividades educativas, voltadas para as escolas técnicas de saúde/enfermagem, que foram realizadas nas salas de aula/laboratórios dessas escolas (cerca de 30 estudantes e um professor do ensino Técnico por sala). Tais resultados mostram uma possi-bilidade de articulação do ensino de graduação com atividades de extensão – desenvolvimento de práticas educativas de promoção da saúde e de formação dos trabalhadores técnicos de nível médio em enfermagem.

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Hanseníase e Tuberculose na Atenção Primária: Organização de Dados e Busca Ativa em uma Unidade Básica de SaúdeCoordenadoraCinira Magali Fortuna Ações/atividades desenvolvidasForam realizadas as seguintes atividades: 1) Con-tato com o Centro Saúde-Escola Sumarezinho, para realização de tabela, atualizada mensalmen-te, com nome, número hygia e endereço dos pacientes em tratamento na área de abrangência da UBS da Vila Recreio; 2) Realização de orienta-ções acerca da tuberculose e hanseníase na sala de espera da Unidade de Saúde e também nos arredores, em escolas, igrejas, comércios, etc.; 3) Visitas domiciliares para pacientes em tratamento de hanseníase e tuberculose, com a participação de agentes comunitários de saúde e também da enfermeira; 4)Participação em reuniões do grupo de autocuidado em hanseníase do HCFMRP; 5) Acompanhamento em consultas de investigação de hanseníase da enfermeira responsável do CSE Sumarezinho; 6) Participação em campanhas da Secretaria Municipal de Saúde, como a Cam-panha dos Três Bichos e Busca Ativa no Jardim Progresso; 7) Realização de artigos junto com a docente, doutoranda e ex-bolsista; 8) Realização de resumos para a Expo Saúde e apresentação de pôsteres junto com a docente, enfermeira e ex-bolsistas; 9) Confecção de material educativo para orientação e busca ativa; 10) Sensibilização do graduando, futuro enfermeiro, para ambas as doenças negligenciadas e vivências acerca da formação de vínculo; 11) Estímulo e incentivo para busca de artigos; 12) Participação em reuni-ões de equipe na Unidade Básica de Saúde; 13) Atividades realizadas em parceria com a Liga de Hanseníase, como a atividade Conversando so-bre Hanseníase para os agentes comunitários de saúde, que também teve participação de outras graduandas que estavam em estágio curricular na Unidade; 14) Realização do teste de escarro

para casos suspeitos e usuários da unidade inte-ressados após a orientação; 15) Participação de videoconferência sobre o autocuidado em han-seníase; 16) Participação em curso de Sensibi-lização e Atualização em Hanseníase promovida pelo Centro Acadêmico da EERP; 17) Participa-ção em palestras.Resultados alcançadosOs trabalhadores, através das discussões em grupo, estavam aparentemente mais sensibiliza-dos sobre a importância de estabelecer um olhar mais integral para os usuários visando à preven-ção e ao diagnóstico precoce da hanseníase e tuberculose. Devido à mudança de grande parte da equipe de saúde será necessário continuar esse trabalho. Na unidade, os profissionais já encaminharam usuários para coleta de escarro depois das discussões. As rodas de conversa na sala de espera contribuem para a divulgação de cuidados e esclarecimentos sobre a prevenção e o tratamento dessas duas doenças; cerca de cem pessoas já participaram. Essa atividade é realizada semanalmente. Destacamos as visitas domiciliares aos pacientes e comunicantes.

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Consulta de Enfermagem à Pessoa com Ferida Crônica Atendida em uma Unidade Básica Distrital de Saúde/ Centro de Saúde EscolaCoordenadora Soraia Assad Nasbine Rabeh Ações/atividades desenvolvidasPara a consulta de enfermagem foi utilizado um instrumento para avaliação clínica e avaliação lo-cal da ferida, a ser aplicado durante o acompa-nhamento da realização do curativo pela equipe de enfermagem. As atividades educativas foram embasadas nas Diretrizes da Wound, Ostomy and Continence Nurses Society (WOCN) e na Classifi-cação das Intervenções de Enfermagem (NIC). Os atendimentos realizados pela equipe multiprofis-sional ocorreram no CSE e nos domicílios.Resultados alcançadosForam atendidos, em média, 25 pacientes/mês. A partir das atividades inerentes à consulta de enfermagem, foi possível implementar as ações educativas quanto a percepção da pessoa com ferida crônica, atendida na Unidade Básica Dis-trital de Saúde, a sua condição de saúde, bem como os fatores que interferem no processo de cicatrização. As estudantes tiveram a oportu-nidade de participar do atendimento juntamen-te com a equipe e implementar as avaliações clinicas do paciente e da ferida. Utilizou-se um protocolo para registro das condições da ferida com um formulário da Secretaria Municipal de Saúde (SMS-RP), para a coleta de dados, onde continham os seguintes dados: exame físico, co-morbidades, local e tipo de ferida, características clinicas da ferida e da região periferida, condições de cicatrização.

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Assistência de Enfermagem na Reabilitação do Paciente Portador de Bexiga Neurogênica em Uso do Cateterismo Urinário Intermitente CoordenadoraAlessandra Mazzo Ações/atividades desenvolvidasO ambulatório ocorre no Centro de Reabilitação do HCFMRP e atende recém-nascidos, crianças e adultos portadores de bexiga neurogênica (e seus cuidadores) em uso do cateterismo urinário intermitente. Ocorre semanalmente as sextas--feiras das 11h às 18h. É efetivamente acompa-nhado pela docente. Não existe interrupção em período de férias. As atividades foram estrutura-das pela docente da área de Enfermagem junto a docentes da Faculdade de Medicina e profis-sionais do serviço e compreendem: 1) Grupo de pacientes adultos (pacientes e cuidadores); 2) Grupo de pacientes crianças (pacientes e cuida-dores); 3) Consultas individuais de enfermagem. a) Após a consulta médica: coleta de dados e orientação individual dos pacientes e cuidado-res, realização de procedimentos quando neces-sários; b) Atividades agendadas para orientação e treino dos pacientes e seus cuidadores para a realização de procedimentos. Foram discuti-dos e implantados na instituição, protocolos de realização do autocateterismo urinário intermi-tente e protocolos para o treino do autocatete-rismo urinário em simulador. É ainda realizado treino do cateterismo urinário intermitente para pais e cuidadores de RNs hospitalizados e em início de tratamento. Para atendimento e acom-panhamento dos retornos dos pacientes e dos dados coletados é abastecido semanalmente, com o auxílio do bolsista o prontuário eletrônico construído com recursos próprios do docente, o qual encontra-se disponível para consulta junto a todos os profissionais e alunos envolvidos no projeto. Resultados alcançados1) Número de pacientes cadastrados no período: 312 pacientes. Obs: todos os pacientes foram cadastrados após consulta de enfermagem em Banco de Dados on–line; 2) Numero de consultas de enfermagem e retornos realizados no período: 312; 3) Numero de treinamentos efetuados: 250. Dentre os quais 199 com o uso de simulador de baixa fidelidade; 4) Numero de atividades educati-vas realizadas: 113. Obs: todos os pacientes são orientados individualmente durante a consulta de enfermagem; 5) Numero de pacientes em ativi-dades grupais: 113 grupos de pacientes (media de 10 pacientes adultos e quatro crianças sema-nais). Obs: os grupos de discussão/orientação dos pacientes são realizados semanalmente an-tes do início das consultas médicas. É realizado o grupo de adultos às 11hs e o grupo infantil às 12h; 6) Numero de diários miccionais distribuídos e preenchidos: os diários miccionais foram cons-truídos validados e são distribuídos junto a um copo medidor. Número de distribuição: 243; 7) Numero de reuniões multidisciplinares realizadas:

Mensalmente: reuniões multidisciplinares com professor coordenador do projeto, alunos de gra-duação e pós graduação, enfermeiros do serviço, docentes, médicos contratados e residentes da FMRP. Durante o período de 2013-14 foram re-visados e propostos novos protocolos de atendi-mento para a instituição. O grupo de profissionais convidou e incorporou nas discussões outros docentes da Faculdade de Medicina (Urologia Infantil) e Enfermeiros e Médicos do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar. Mensalmente: reunião com o grupo de alunos de graduação, pós-graduação e enfermeiros do serviço, para capacitação no tema de estudo; 8) Profissionais de enfermagem envolvidos no projeto: 1 docente de enfermagem, coordenadora do projeto, 2 alu-nas de pós-graduação nível doutorado, 2 alunos de pós-graduação nível mestrado acadêmico, 1 aluna de pós-graduação nível mestrado profis-sional, 4 alunos de iniciação científica (1 bolsista Santander, 1 bolsista RUSP, 2 bolsistas FAPESP), 5 enfermeiros do serviço; 9) Protocolos e mate-riais estabelecidos e em andamento: Instrumento de consulta de enfermagem a) Prontuário Eletrô-nico, b) Diário Miccional, c) Protocolo de treino com uso do simulador de baixa fidelidade para adultos e cuidadores, d) Escala de autoconfiança para avaliação do paciente, e) Protocolo de ca-teterismo urinário de uso adulto, f) Promoção de eventos, participação e divulgação do trabalho em Eventos e Periódicos Científicos

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Movimento com Ciências: Aulas Experimentais para Alunos da Rede Pública de Lorena e Região – VCoordenadoraMaria da Rosa Capri Ações/atividades desenvolvidasOs alunos contemplados pela bolsa participaram efetivamente das atividades atribuídas. A expe-riência ocorreu numa escola pública de ensino do ciclo básico e técnico. O trabalho promoveu a interação entre alunos de graduação e alunos de ensino médio como estratégia de aprendizagem de Química por meio de aulas experimentais. A disciplina abrange tópicos relacionados à química geral como pH, miscibilidade, cátions e ânions, densidade e mudanças dos estados químicos e físicos da matéria. Um resultado importante da aplicação deste trabalho foi o aumento do inte-resse dos alunos de ensino médio pelo ensino superior, provocado pela interação com os alu-nos da graduação. Resultados alcançadosA experimentação motivou de forma adequada os alunos das escolas envolvidas no processo, de modo que estes passaram a fazer correlações entre teoria, prática e o cotidiano. O desenvol-vimento do trabalho proporcionou uma melhora significativa no ensino oferecido na Etec, e, além disso, pôde-se explorar e obter, com sucesso, re-sultados quanto ao fator motivacional nos alunos. A interação universidade/escola proposta por este trabalho, efetivada pela ação dos monitores junto aos alunos do ensino médio, pôde funcionar como agente facilitador na formação dos alunos, social e profissionalmente. Os bolsistas, além de contribuirem com a formação e motivação dos alunos das escolas publicas, foram motivados a participarem de eventos, praticando a responsa-bilidade social e ambiental envolvidas. Aprende-ram a administrar tempo e puderam ampliar seus conhecimentos, uma vez que foi necessário o estudo prévio dos conteúdos abordados nos ex-perimentos. Aprenderam sobre a aprendizagem baseada em Projeto, reciclagem de materiais e geração de resíduos. Foram gerados dois artigos com apresentação em evento científico e mais um está em construção.

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Reciclando com Arte Reciclagem de Papel da EEL-USP CoordenadoraMaria da Rosa Capri Ações/atividades desenvolvidasAs alunas fizeram visita às cooperativas de papel para conhecer sobre o assunto e avaliar a impor-tância da reciclagem, ou reuso, dos papéis. Foi feito um levantamento da quantidade de resíduo de papel descartada na instituição e estudaram a melhor forma de usar este resíduo na produção de materiais artísticos (utilização como papel reci-clado, tiras, canudos, cintas de papel e/ou papel marche reforçadas ou não com fibras naturais).

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de energia e água do campus I da EEL-USP. De-senvolvimento de projeto para a redução do des-perdício de água utilizada em destiladores nos laboratórios do campus I da EEL-USP. Análise e desenvolvimento de um sistema para a recupera-ção do fluxo descartado de um destilador.Resultados alcançadosCom base nos resultados, pode-se concluir que, a quantidade de água potável que não será des-perdiçada pode chegar até 216 m³ para ape-nas quatro destiladores de 3500W de potência, cada, durante um ano. É importante ressaltar que a manutenção do sistema tal como propos-to pode ser feita dentro da Escola, por pessoal sem especialização. A água que atualmente é descartada é uma água potável, portanto pode ser devolvida para os reservatórios de água. O sistema automatizado requer pouca atenção e pode ser monitorado à distância, caso seja ne-cessário. A adoção deste sistema trará benefí-cios econômicos e ambientais, sendo uma forma efetiva de combater o desperdício de água em casos onde não se tem recursos para substituir o destilador por osmose reversa. Este projeto mostra um modo para solucionar os problemas de desperdício de água relacionados aos desti-ladores em laboratórios químicos, podendo ser aplicado aos sistemas de destilação existentes. A osmose reversa demonstrou melhor eficácia na produção de água desmineralizada. No entanto, a qualidade da água no campus pode diminuir o tempo da troca de filtros, podendo tornar mais cara a manutenção desse.

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Movimento com Ciências: Aulas Experimentais para Alunos da Rede Pública de Lorena e Região VIICoordenadorCarlos Yujiro Shigue Ações/atividades desenvolvidasEste projeto teve como objetivo ampliar as ati-vidades iniciadas na Escola Estadual Arnolfo de Azevedo e replicar as atividades do projeto de extensão Movimento com Ciências (MCC) da EEL-USP, para outras escolas da rede pública de Lorena e região. Em 2013 teve início a parti-cipação das escolas públicas: E. E. Gabriel Pres-tes (Lorena) e E. E. Paulo Virgínio (Cunha), além da E. E. Arnolfo de Azevedo. Nas três escolas a atuação dos bolsistas do Programa Aprender com Cultura e Extensão (PACEx) teve forma na monitoria das atividades experimentais de física e química desenvolvidas nas três escolas de ensino médio parceiras, de modo a se adequar ao perfil dos cursos de graduação de Engenharia Química e Engenharia Física dos três alunos bolsistas. As três escolas parceiras foram contempladas com um total de 24 bolsas de pré-iniciação científica (Pré-IC), concedidas pela Pró-Reitoria de Pesqui-sa (PRP), sendo oito bolsas destinadas a cada uma das escolas de ensino médio. Desta forma, a atuação dos bolsistas PACEx deu-se também na capacitação dos alunos de pré-IC para atuarem

Na segunda fase, foram testadas e produzidas as fibras de papel, compósitos e papietagem. Em seguida, as peças artesanais foram produzidas. Na terceira fase, foi feito um levantamento de custo do produto obtido e valor de mercado das peças. Na quarta fase, produziram o relatório, e a publicação a participação em evento não ocorreu porque as alunas viajaram para fora do país pelo programa Ciências Sem Fronteiras. As alunas participaram como monitoras do curso Reciclan-do com Arte, ministrado anualmente pela coorde-nadora do projeto. Esta participação possibilitou o oferecimento de vagas para crianças com ida-des que variaram dos 8 aos 15 anos.Resultados alcançadosAos alunos bolsistas os resultados foram positi-vos porque proporcionaram condições e orien-tação para elaborar e desenvolver a pesquisa utilizando as ferramentas disponíveis. Proporcio-naram conhecimentos sobre artes, materiais reu-tilizáveis e descartáveis e reciclagem. Tiveram a oportunidade de praticar a extensão universitária (responsabilidade social e ambiental). Os resul-tados também possibilitaram avaliar a quantida-de de descarte dos papéis da escola e destino dados aos papéis descartados pela instituição. As soluções para a utilização dos papéis podem ser feitas por meio de coleta e entregues para a reciclagem, utilização para confecção de papéis reciclados e/ou peças artísticas nas aulas de educação artística do colégio técnico da escola e/ou nos cursos oferecidos para os indivíduos da Terceira Idade oferecidos por esta pró-reitoria. A curto e a longo prazo, os resultados deste traba-lho poderão ser úteis, pois os alunos envolvidos poderão trabalhar como formadores de opinião, monitores ou professores em cursos de exten-são universitária oferecidos para membros da população artística, que poderão usufruir dos conhecimentos. Aos catadores de papel, pode-rão incentivá-los a produzir peças artesanais com parte dos papéis adquiridos para contarem com uma renda extra no orçamento pela venda dos trabalhos artísticos utilizando material de baixo ou nenhum custo, após incentivo ao descarte ade-quado do tipo de material.

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Estudo de Caso: Causas e Consequências do Descarte da Água de Refrigeração dos Destiladores da Escola de Engenharia de Lorena CoordenadorÂngelo Capri Neto

Ações/atividades desenvolvidasEstudo bibliográfico: Funcionamento de equipa-mentos como destiladores, osmose reversa e automatização. Levantamento de equipamentos: Foi realizada uma pesquisa em toda a EEL-USP, afim de quantificar quantos destiladores e equi-pamentos de osmose reversa existiam instalados nos laboratórios do campus I. Cálculos dos gas-tos de energia e água. Os cálculos foram reali-zados a partir de boleto de cobrança de conta

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como multiplicadores nas suas escolas das ati-vidades experimentais de ciências desenvolvidas pelos bolsistas PACEx. A Coordenação da Olim-píada Brasileira de Física (OBF), que é parceira da EEL-USP, também deu sua contribuição doando vários kits experimentais para os laboratórios de ensino de ciências das escolas.Resultados alcançadosEm 2013, os bolsistas PACEx atuaram princi-palmente na organização da Semana de Ciên-cia e Tecnologia de Lorena, que foi realizada na semana de 14 a 18 de outubro, participando da confecção e aplicação das provas da Olimpíada de Física de Lorena (OFL) e da Olimpíada de Ci-ências das Escolas Públicas de Lorena (OCLEP). Estes dois eventos fazem parte das atividades da SCT de Lorena. Em 2014, apesar dos problemas relatados anteriormente, os bolsistas puderam trabalhar com os alunos de Pré-IC com os mate-riais doados pelo comitê organizador da Olímpia-da Brasileira de Física nas instalações da Escola de Engenharia de Lorena.

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Movimento com Ciências: Aulas Experimentais para Alunos da Rede Pública de Lorena e Região – ICoordenadorCarlos Alberto Moreira dos Santos Ações/atividades desenvolvidasDurante o período de vigência do projeto foram desenvolvidas as seguintes ações pelos alunos envolvidos no projeto: 1) Visitas a três escolas estaduais vinculadas ao projeto, a saber: Arnol-fo Azevedo e Gabriel Prestes de Lorena e Paulo Virgílio de Cunha; 2) Auxílio na atividades de Pré--Iniciação de 24 alunos vinculados a estas três escolas, com bolsas da PRP-USP; 3) Auxílio na montagem de experimentos para o Espaço Ci-ências, em criação, na Escola de Engenharia de Lorena; 4) Auxílio com atividades do Show de Física; 5) auxílio com atividades da Semana de Ciência e Tecnologia de 2013.Resultados alcançadosEmbora a proposta original tenha sofrido com os problemas mencionados acima, como o número de pessoas envolvidas com a proposta era muito grande e como havia uma boa articulação com outros programas e projetos, praticamente todos os objetivos da proposta original foram alcança-dos. Somente o número de escolas envolvidas com o projeto ficou inferior ao proposto original-mente. Isso não se deveu diretamente a este pro-grama de extensionismo, mas sim pelo atraso no início das atividades do Projeto Novos Talentos da CAPES e ao início tardio do programa de Pré--IC da PRP-USP.

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Movimento com Ciências: Aulas Experimentais para Alunos da Rede Pública de Lorena e Região – IICoordenadoraSandra Giacomin Schneider

Ações/atividades desenvolvidasO objetivo principal desse projeto foi de aproxi-mar a Universidade da Escola de Ensino Básico, por meio de ações que despertassem o interes-se dos alunos em aprender, de forma prazerosa, os conteúdos das disciplinas de ciências exatas (matemática, física, e química) e biológicas. Res-salta-se que as atividades desse projeto foram realizadas em conjunto com as de outros dois supervisores, visando maior abrangência e inte-ração entre as equipes. As atividades foram as seguintes: visitas às três escolas estaduais vin-culadas aos projetos, a saber: Arnolfo Azevedo e Gabriel Prestes, de Lorena, e Paulo Virgílio de Cunha; auxílio nas atividades de três projetos de Pré-Iniciação com 24 alunos vinculados a estas três escolas, com bolsas da PRP-USP; auxílio na montagem de experimentos para o Espaço Ci-ências em criação na Escola de Engenharia de Lorena-EEL; auxílio nas atividades do Show de Física, ainda em criação na EEL; e auxílio nas atividades da Semana de Ciência e Tecnologia. A Escola Arnolfo Azevedo, por ter participado de projetos anteriores, encontra-se melhor adaptada às atividades e serviu de exemplo motivador às demais. O interesse dos alunos do ensino mé-dio foi crescente durante o período de realização do projeto. Ao final verifica-se o desenvolvimento de algumas habilidades, tais como a capacidade de trabalho em equipe, desenvoltura para apre-sentação oral, compromisso e responsabilidade, dentre outros.Resultados alcançadosEmbora a proposta original tenha sofrido com os problemas mencionados acima, como o número de pessoas envolvidas com outros programas e projetos relacionados, praticamente todos os objetivos da proposta original foram alcançados. Somente o número de escolas envolvidas com o projeto ficou inferior ao proposto originalmente. Isso não se deveu diretamente a este programa de extensionismo, mas sim pelo descompasso com o cronograma dos outros projetos vincula-dos, por exemplo, o atraso no início do Projeto Novos Talentos da CAPES e ao início tardio do programa de Pré-IC da PRP-USP.

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Projeto Educativo para a Minimização de Resíduos Sólidos para os Restaurantes Universitários dos Campi de São Carlos da Universidade de São PauloCoordenadorFernando César Almada Santos Ações/atividades desenvolvidasOs bolsistas, Laura Stephane Moratti e Victor Au-gusto Bertollo Langhi, realizaram as seguintes ati-vidades de forma sempre conjunta e equilibrada: 1) Realização de pesagens periódicas no cam-pus I da USP de São Carlos a fim de verificar o desperdício médio por usuário ao longo de cada mês. Observa-se que, em função das reformas do restaurante e da presente greve dos funcioná-rios da USP, não foi possível realizar as pesagens planejadas para o primeiro semestre de 2014 no campus II, pois o local estava sendo ocupado por um número muito elevado de alunos os quais sempre alegavam que não tinham tempo; 2) Apresentação dos valores do desperdício médio de cada mês em um cartaz que ficava exposto na entrada do restaurante e também via inter-net e Facebook. Os usuários foram divididos de acordo com o seu ano de ingresso e os valores medidos com as pesagens eram posteriormente divulgados a eles; e 3) Distribuição de folderes e panfletos comentando dados e resultados já al-cançados com o projeto.Resultados alcançadosOs resultados alcançados por este projeto são: 1) A principal meta do projeto, que teve origem em 2003, era de obter o desperdício médio de 25g/pessoa. No mês de setembro foi obtido pela primeira vez um valor abaixo da meta (19.8g/pessoa). Este distinto resultado motiva-nos, nas próximas edições deste projeto, a intensificar relações com restaurantes universitários de ou-tros campi da USP com o objetivo de contribuir para a minimização de seus resíduos sólidos; 2) Acompanhando um gráfico com o histórico do desperdício pode-se perceber que os valores me-didos do desperdício continuam reduzindo cada vez mais ao longo dos anos, o que mostra um grande progresso do projeto de acordo com seus principais objetivos; 3) Através das pesagens re-alizadas, pode-se inferir que os usuários que in-gressaram na USP no ano de 2012 foram os que mais desperdiçaram no restaurante. Isto mostra que a consciência da redução de resíduos é um processo gradual e deve ser buscada continua-mente durante a estadia dos estudantes na uni-versidade; 4) Também ficou evidente, novamente, que os usuários do gênero feminino continuam sendo os que mais desperdiçam. Ações educa-tivas ambientais devem se voltar para as alunas dos campi de São Carlos da USP; e 5) Ao invés de enviar artigos para eventos científicos com objetivos, métodos e resultados deste projeto, decidiu-se preservá-los para artigo a ser enviado ao Journal of Cleaner Production, que tem Fator de Impacto JCR 3,590. O professor responsável por este projeto já publicou 3 artigos nesta revis-ta científica internacional e revisa regularmente

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Resultados alcançadosA participação dos alunos propiciou a elabora-ção dos seguintes produtos: 1) Diagnóstico de situação de três bacias hidrográficas situadas na cidade de São Paulo, em relação aos instrumen-tos de planejamento urbano e seus objetivos; 2) Análise de compatibilidade entre objetivos estra-tégicos estipulados para o território de uma bacia hidrográfica urbana situada na cidade de São Paulo; 3) Realização de workshop interdisciplinar para avaliação de cenários e proposição de di-retrizes para a revisão de planos estratégicos de desenvolvimento propostos pela municipalidade; 4) Estabelecimento de indicadores e objetivos de sustentabilidade para o desenvolvimento de uma bacia hidrográfica urbana; 5) Conhecimento da realidade de planejamento e gestão do município de São Paulo, e a complexidade relacionada à inserção de aspectos socioambientais.

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Atividades de Extensão – Projeto Rondon no Antenor Garcia CoordenadorTadeu Fabricio Malheiros Ações/atividades desenvolvidasPara a elaboração deste projeto optou-se por uma metodologia participativa, que viabilizasse a integração de temas sociais e ambientais. Desta forma, foram previstas seis etapas: visita de cam-po; resgate de projetos e informações existentes sobre o bairro; diálogo com atores governa-mentais e não governamentais com atuação no bairro; leitura de textos sobre os temas desenvol-vimento sustentável, gestão municipal, participa-ção cidadã e exemplos de relatórios integrados de qualidade socioambiental; complementação de informações na escala do bairro, através de questionário aplicado a moradores do bairro e, por fim, elaboração do relatório final. Integrantes do grupo visitaram o bairro Antenor Garcia jun-tamente com um motorista da Universidade de São Paulo do campus de São Carlos, onde con-versaram com representantes de três ONGs que atuam com a população. Visitaram-se também outros bairros em seu entorno, como o Reden-ção, Gonzaga e Cidade Aracy que enfrentam difi-culdades semelhantes. Fez-se o levantamento de documentos que tratassem do bairro em questão para que se conhecessem os estudos já realiza-dos e as ações sociais já implementadas, e para coleta de dados pertinentes ao projeto. Foram utilizados sites de busca como SIBI-USP, Capes periódicos, Dedalus, entre outras plataformas de documentos que abordavam aspectos relativos às diversas áreas do bairro. Além disso, busca-ram-se grupos pertencentes a São Carlos que já haviam realizado projetos na região do Antenor Garcia. Foram realizadas, com a participação da coordenadora pedagógica Maria Farias, uma reunião com a ONG Estrela da manhã, que atua com crianças e adolescentes do bairro, para, assim, estabelecer contato com a entidade que já trabalha há algum tempo com as dificuldades

artigos para ela. Observa-se a natureza futura da divulgação de resultados deste projeto.

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Propostas de Intervenção para Requalificação Socioambiental em Bacias Hidrográficas UrbanasCoordenadorMarcelo Montaño Ações/atividades desenvolvidasAs atividades referentes ao projeto incluíram reu-niões de trabalho para acompanhamento do pla-no de trabalho e avaliação de progresso/plane-jamento, revisão bibliográfica relativa aos temas pertinentes (impactos ambientais em áreas urba-nas, requalificação urbana, avaliação de impac-to ambiental, planejamento ambiental e urbano, avaliação ambiental estratégica e análise de sus-tentabilidade), discussões e sistematização de documentos técnicos e de planejamento urbano. Tratando-se de um projeto desenvolvido em co-laboração com outra Unidade, a equipe de bol-sistas ligados à Engenharia Ambiental reunia-se periodicamente com a equipe ligada ao Instituto de Arquitetura e Urbanismo para alinhamento de informações e discussão da integração do proje-to. Destaque-se a realização de atividades volta-das para a capacitação na operação de Sistemas de Informação Geográfica, para fins de organiza-ção e posterior manipulação de base de dados espaciais. Os bolsistas foram treinados para compreender os principais elementos conceituais e práticos relacionados à elaboração e gerencia-mento de uma base de dados geográficos, o que se mostrou útil no momento da integração das informações espaciais empregadas no desen-volvimento dos trabalhos. Uma das atividades mais intensas relacionadas ao desenvolvimento do projeto remete à organização de workshop participativo, em conjunto com colegas da Uni-versidade de Hamburgo e técnicos da Prefeitura Municipal de São Paulo, para desenvolvimento de análises e cenários voltados para a requalifica-ção de uma bacia hidrográfica urbana, a partir de proposta inicialmente apresentada no quadro de instrumentos de planejamento urbano do municí-pio de São Paulo. Os temas discutidos incluíram aspectos ligados ao planejamento e desenvolvi-mento urbanos, impactos ambientais e sociais da transformação do espaço urbano, e alternativas para avaliação de impactos e inserção de aspec-tos socioambientais no planejamento urbano. O referido workshop contou com cinco dias de intenso trabalho, mobilizando os participantes em São Carlos e São Paulo e, tendo em vista a pluralidade de atividades envolvidas – saídas de campo para reconhecimento da área e levanta-mento de informações, entrevistas etc., certa-mente enriqueceu sobremaneira a participação dos bolsistas vinculados ao projeto. Após esta etapa, a finalização do projeto se deu com ativi-dades voltadas para a sistematização e apresen-tação dos resultados alcançados pelo workshop, e a elaboração de relatórios individuais.

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Educação Ambiental e Recursos Hídricos na Micro-Bacia do Córrego do Mineirinho CoordenadorTadeu Fabricio Malheiros Ações/atividades desenvolvidasO GEISA (Grupo de Estudos e Intervenções So-cioambientais) é formado por estudantes da Uni-versidade de São Paulo, que têm como principal objetivo consolidar a Extensão Universitária por meio de debates e intervenções dentro e fora da Área II do campus de São Carlos. Um dos eixos de ação são as atividades de Educação Ambien-tal. O projeto Educação Ambiental e Recursos Hí-dricos na Micro-Bacia do Córrego do Mineirinho vem sendo executado desde agosto de 2012. O projeto consiste na realização de atividades na Escola Estadual Bento da Silva César que bus-cam promover a educação ambiental juntamente com estudantes do ensino fundamental. As ativi-dades são desenvolvidas uma vez por semana, com as três turmas do sexto ano, com crianças na faixa etária dos 12 anos. O desafio está em construir uma educação ambiental politizada, por meio de uma linguagem acessível para incentivar a reflexão coletiva e a visão holística da proble-mática ambiental. A região do Grande Santa Fe-lícia é um dos principais vetores de urbanização da cidade, potencializado com uma área recente do campus da USP São Carlos. Dessa forma, há clara necessidade da preservação dos recursos ambientais locais, tendo, como frente essencial para isso, ações de educação ambiental. Como objetivo visa-se a promoção de ações educativas para turmas do ensino fundamental da Escola Es-tadual Bento da Silva César. Essas ações buscam dialogar com a comunidade quanto ao sentido de pertencimento do local e a não separação Huma-nidade e Meio Ambiente. O projeto também tem como objetivo a aproximação com o bairro San-ta Felícia, que se localiza no entorno do campus II da USP São Calos. Não são barreiras simples que separam a Universidade com a comunidade dos bairros do entorno, mas sim, barreiras so-ciais e econômicas que devem ser enfrentadas por ambos os lados e isso é possível por meio da Extensão. O projeto visa promover um maior en-tendimento da dinâmica de uma Escola Estadual e da relação com a região em que está inserida, potencializando os discentes envolvidos a atuar como educadores socioambientais. Além disso, esses, enxergando a importância da Extensão, começam a entender como ela se relaciona com os outros dois pilares da Universidade, o Ensino e a Pesquisa, possibilitando um enorme crescimen-to pessoal e profissional.Resultados alcançados1) Atualização bibliográfica sobre temas socioam-bientais e pedagógicos; 2) Estudo sobre metodo-logias pedagógicas para educação ambiental e contato com educadores ambientais e coletivos educadores de São Carlos: Cadernos do CES-CAR (Os fundamentos e as políticas públicas de

enfrentadas pela população e, a partir da institui-ção, aproximar o grupo da comunidade. Na bus-ca de informações e dados oficiais e detalhados, o grupo elaborou entrevistas e marcou reuniões, na primeira semana de dezembro, para estabele-cer contato com órgãos de município e de apoio que pudessem fornecer tais recursos sobre o Antenor Garcia, e assim auxiliar no diagnóstico, mostrando a visão da prefeitura em relação aos problemas do bairro. Os órgãos municipais pro-curados foram as secretarias de esporte e lazer; cidadania e assistência social; trabalho, emprego e renda; habitação e desenvolvimento; infância e juventude; assistência social; educação; trans-porte e trânsito; desenvolvimento sustentável.Resultados alcançadosDe acordo com os textos lidos, a percepção so-bre o bairro e as visitas às secretarias, nota-se uma falta de planejamento anterior às ações no bairro. Pesquisas e artigos sobre o bairro são feitas por universidades e organizações não go-vernamentais, entretanto, o governo não as utiliza e não realiza seus próprios estudos para que se planeje uma atuação adequada às necessida-des do bairro. Ou seja, muitos dos problemas enfrentados no bairro ocorrem pelo governo não planejar com devido conhecimento e análise dos aspectos do bairro. Foi possível observar que os entrevistados entre 15 e 18 anos possuíam es-colaridade adequada à faixa etária, enquanto a baixa escolaridade se encontrava na população acima de 35 anos e que residia no bairro por mais de 10 anos. Este fato pode ser explicado, pois o bairro é recente e, dez anos atrás, este ainda se encontrava em construção, ou seja, não ha-via infraestrutura adequada à população, e tam-pouco escolas instaladas. Assim, tanto jovens quanto adultos, trabalhavam para que pudessem sustentar a família, não havendo espaço para estudos. Mas é importante perceber que os pais das novas gerações possuem consciência da importância de um bom estudo para seus filhos. Apesar de muitas famílias possuírem carros e/ou motos e casas feitas de tijolo, indicando maior média de renda, ainda há falta de informação, principalmente em relação à gravidez precoce, um indício de que o local ainda é um bairro com muitas necessidades. O grande índice de sepa-ração de resíduos recicláveis é, principalmente, a consciência de ser uma renda aos catadores (resultado obtido pelo grande número de mora-dores que deixam a coleta por conta dos cata-dores), e não por motivos ambientais, em sua maioria. O bairro, apesar de periférico, recebe alguns serviços oferecidos pela cidade, como o tratamento de água e esgoto da SAAE. De acor-do com as entrevistas notou-se que a qualidade desse serviço no Antenor Garcia se assemelha ao comum na cidade, ou seja, é de boa quali-dade, mas apresenta algumas falhas. Um dos maiores problemas enfrentados pelo bairro está na saúde pública, já que apenas metade da po-pulação do bairro é atendida pelo posto de saúde localizado no próprio Antenor, fazendo com que a outra metade tenha que se locomover até outro bairro para ser atendida.

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Educação Ambiental na constituição do Coletivo Educador de São Carlos; Metodologias e temas socioambientais na formação de educadoras(es) ambientais); 3) Contato com a dinâmica da esco-la, por meio de reuniões com coordenadores e professores; 4) Planejamento de atividades, con-juntamente com a escola; 5) Dinâmicas, conver-sas e outras atividades educativas no espaço da escola. Em 2013 as atividades educativas foram realizadas uma vez por semana, nas quarta-fei-ras, em três turmas do sexto ano, cada uma com cerca de 25 alunos na faixa etária de 12 anos. O tempo era padrão, 50 minutos em cada tur-ma. Em 2014 as atividades foram divididas em ciclos, de modo a obter uma grande amplitude de assuntos que, em certa medida, direcionarão os estudos à questão da bacia do Córrego do Mineirinho. Cada ciclo possui um determinado número de atividades, pormenorizadas e estão direcionados, em relação ao conteúdo, às turmas do 6º e 7ºano. Finalizando dois anos de projeto é possível enxergar a profunda transformação em todas as pessoas envolvidas. Como disse Paulo Freire, "quem ensina, aprende ao ensinar e quem aprende, ensina ao aprender". Trabalhando com os mesmos estudantes por um ano e meio é gratificante observar as reflexões deles com as questões do bairro, a facilidade de dialogar sobre as temáticas que foram trabalhadas um ano atrás e, mais do que isso, fazer essa troca de experi-ências em espaços diferentes, com dinâmicas e atividades, sem que haja uma pessoa superior à outra, passando informações. O projeto também, além da consolidação de uma educação am-biental na Escola Estadual Bento da Silva César, agora envolvendo 150 crianças de 10 a 13 anos, conseguiu ir além das grades da Universidade. Mostrou que esta é muito mais que salas de aula e que os outros de fora, muitos sem a oportuni-dade de ter o supervalorizado conhecimento aca-dêmico, têm muito o que ensinar. Desta forma, o Projeto Escola avança na formação de sujeitos a partir de outros sujeitos que buscam transformar--se e transformar a realidade conjuntamente.

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Temas da Engenharia com Contextualização Histórica CoordenadorRonaldo Carrion Ações/atividades desenvolvidasForam feitas pesquisas em diversas fontes sobre a conjuntura social, política e cultural dos perí-odos em que os cientistas/inventores viveram. Acrescentou-se a isto suas biografias com as respectivas contribuições para a ciência e tec-nologia.Resultados alcançadosO resultado alcançado foi conforme o previsto, a menos da apresentação do trabalho final em escolas públicas de ensino médio, em função da transferência de campus (cidade) do docente. Ao término do trabalho, foram gerados relatório e apresentações em formato digital.

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Uso de Mídias Sociais no Processo de Ensino-Aprendizagem de EngenhariaCoordenadorEdson Walmir Cazarini Ações/atividades desenvolvidasNo primeiro semestre (2013/2): 1) Os bolsistas fizeram o levantamento bibliográfico sobre os te-mas: a) mídias sociais; b) uso da TIC no proces-so de ensino-aprendizagem; e c) aprendizagem significativa; 2) Participação dos alunos bolsistas em comunidades de prática, para adquirirem ex-periência e domínio do ambiente virtual. No se-gundo semestre (2014/1); 3) Aplicação em uma disciplina do curso de engenharia de produção onde foram utilizados: a) sala de aula, no desen-volvimento do pensamento crítico; b) ambientes de socialização: Facebook e Moodle; c) cons-trução coletiva e colaborativa de competências no Moodle; 4) Os alunos participaram de uma comunidade social criada exclusivamente para o curso no Facebook. Essa comunidade foi com-posta pelos alunos matriculados na disciplina e profissionais do mercado que se dispuseram a colaborar com o experimento. Cada aluno da dis-ciplina convidou um profissional que foi inscrito na comunidade. O foco da pesquisa era avaliar a utilização da mídia social, no caso, o facebook, onde eram debatidos temas relacionados ao uso estratégico de sistemas de informação na gestão das empresas no século XXI.Resultados alcançadosFoi gratificante ver que a maioria da classe se envolveu no processo, tendo um bom desempe-nho e motivação. De sete equipes, duas tiveram um excelente resultado na aprendizagem, duas obtiveram um desempenho que considero muito bom, duas o desempenho regular (para bom) e em uma equipe o desempenho foi nulo. A ava-liação foi feita por meio de questionário aplicado aos alunos e aos convidados de forma indepen-dente. Os alunos reponderam ao questionário no Moodle e os Convidados utilizaram um formulário disponibilizado no Google Doc. Nome da discipli-na: SEP0504 - Sistemas de Informação. Número de alunos matriculados: 57; Número de alunos que responderam à pesquisa: 37; Número de convidados que participaram: 28; Número de convidados que responderam à pesquisa: 15. Em geral os alunos e convidados aprovaram o uso de mídia social como ferramenta do proces-so de ensino-aprendizagem.

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Estudo do Uso de Cacos de Vidro de Monitores de Computador Sucateados para Fabricação de Esmaltes para Revestimentos Cerâmicos CoordenadorEduardo Bellini Ferreira

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térmica, transparência e acabamento superficial, pelo que é importante definir um tempo e um perfil de temperatura adequados para a queima, pois sua variação pode afetar as características finais da camada de esmalte. Verificou-se que é tecnicamente possível o uso de caco de vidro de monitores CRT em proporções adequadas para formular esmaltes transparentes utilizados na in-dústria de placas para revestimentos cerâmicos da região de Santa Gertrudes.

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Vida Saudável Comunidade EESC-USP (Campus de São Carlos) CoordenadorMarcel Andreotti Musetti Ações/atividades desenvolvidasO bolsista concentrou suas ações no apoio às atividades promovidas pelo grupo EESC ComVi-da. Conforme planejado, o grupo EESC ComVida desenvolveu atividades de curta duração, even-tos, as quais demandavam procedimentos pare-cidos e portanto atividades similares com a par-ticipação do estagiário. Estas atividades podem ser caracterizadas como: Planejamento anual: envolvia levantamento junto às comunidades in-ternas à unidade (Escola de Engenharia de São Carlos EESC-USP): alunos de graduação e pós--graduação, docentes e funcionários. Confecção de formulários para levantamento de atividades junto à comunidade; Processamento deste ma-terial para priorização das atividades a serem rea-lizadas; Levantamento de parceiros: identificação nas comunidades de pessoas proponentes de atividades em função de habilidades individuais e/ou profissionais; Preparação dos eventos (pré--eventos): envolviam atividades de planejamento e programação das atividades, levantamento de recursos necessários, capitação de recursos (confecção de projetos, contatos para obtenção de patrocínios externos), contato com parceiros das atividades, confecção de material para divul-gação dos eventos (folderes, cartazes, contatos com mídia interna e externa), divulgação dos eventos (particularmente, o bolsista responsa-bilizava-se pela divulgação entre os discentes). Realização dos Eventos: envolveu a preparação do local para realização dos eventos, preparação dos parceiros e colaboradores para a realização do evento, recepção dos participantes, realiza-ção e acompanhamento das atividades, registro das atividades (textos e imagens), organização dos locais após as atividades. Encerramento dos Eventos (pós-eventos): envolveu atividades como documentação dos registros das atividades e confecção de material para análise e divulgação dos resultados do evento e prestação de contas.Resultados alcançadosApresentam-se, como resultados alcançados, to-dos os eventos (curta duração) realizados duran-te a vigência da bolsa e contaram com a partici-pação do bolsista: Atividades realizadas durante o ano de 2013: II Torneio de Pipas e Papagaios; Ciclo de palestras; Exposição de fotografias;

Ações/atividades desenvolvidasAs seguintes atividades foram realizadas pe-los bolsistas: 1) Separação e classificação dos vidros presentes em tubos de raios catódicos (CRT) retirados de monitores de computador sucateados e descartados; 2) Caracterização da composição química e temperatura de transição vítrea dos vidros CRT e de esmaltes comerciais através de técnicas de Espectrometria ótica de emissão atômica com plasma acoplado induti-vamente (ICP-OES) e calorimetria exploratória diferencial (DSC), respectivamente; 3) Diminuição do tamanho do caco da tela do monitor CRT até um tamanho médio de 45 micras, mediante um pulverizador de discos rotativos; 4) Peneiramento do material pulverizado e determinação da distri-buição de tamanho das partículas; 5) Definição da quantidade de vidrado a ser substituída por caco de painel CRT na formulação de um esmal-te cerâmico; 6) Formulação de esmaltes cerâmi-cos com quantidades definidas de vidrado, cau-lim, aditivos e água para posterior moagem em moinho de bolas para obtenção de uma suspen-são homogênea aplicável em placas de argila; 7) Otimização dos parâmetros de moagem como tempo, carga do moinho e velocidade de rota-ção em função do tamanho máximo de partícula final; 8) Medidas de densidade, resíduo máximo e concentração de sólidos na suspensão durante a moagem; 9) Preparação de corpos de prova para ensaios de dilatometria e microscopia eletrônica de varredura das diferentes formulações obtidas; 10) Preparação de amostras de esmalte para medidas de viscosidade em altas temperaturas; e 11) Avaliação visual das superfícies esmaltadas para definição de quais são as melhores adições de caco de tela de monitor CRT em placas para revestimento cerâmico.Resultados alcançadosExiste uma problemática ambiental de disposi-ção de sucata de monitores de computador com a antiga tecnologia de tubo de raios catódicos (CRT), que nos últimos anos tem gerado um pas-sivo ambiental crítico pelas poucas alternativas de reciclagem que sejam viáveis e econômicas. O vidro de tela representa 60% em peso do tubo de raios catódicos e sua composição química corresponde a de um vidro silicato com altos teores de óxidos alcalinos e alcalinos terrosos, que permitem substituir os vidrados utilizados na formulação de esmaltes transparentes de quei-ma rápida. A substituição de vidrado por caco de vidro de monitor aumenta a concentração de óxidos básicos, contribuindo para o aumento da fusibilidade do material e, portanto, reduzindo a temperatura à qual os esmaltes fundem. Em uma análise comparativa, observamos a possibilidade de adicionar até 20% em peso de vidro de tela, mantendo as propriedades de transparência e expansão térmica equivalentes às dos esmaltes tradicionais. Os esmaltes com uma adição maior que 20% em peso de caco de tela CRT apresen-taram defeitos superficiais, como furos, que le-vam à perda de transparência na camada de es-malte. As condições do tratamento térmico são fundamentais nos resultados finais de expansão

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Quinta Musical Solidária parceria SAC Civil; Ca-dastro de colaboradores. Atividades realizadas durante o ano de 2014: EESC ComVida na se-mana de matrículas contato com pais e calou-ros; Apresentação do Grupo EESC ComVida Se-mana de Recepção dos Calouros; FUTCÃOMÃO Semana de recepção dos calouros; Questionário para as turmas de calouros; Questionário para os funcionários docentes e não docentes; III Torneio de Pipas e Papagaios; Exposição de fotografias; Ciclo de palestras: Habilidades Sociais (parceria com o dia das secretárias);Prevenção ao Uso de Drogas (parceria com o DENARC). Programação para 2015: Oficina de Origami; Oficina de Foto-grafias.

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Renovando Espaços Físicos dos RestaurantesCoordenadorSérgio Leal Ferreira

Ações/atividades desenvolvidas1) Visita aos espaços físicos e levantamento quantitativo dos móveis do Restaurante Central para conhecimento dos equipamentos, mobi-liários e utensílios utilizados em serviços de ali-mentação, com redesenho de áreas; 2) Reuniões para apresentação de propostas de projetos; 3) Conhecimento das necessidades de intervenção de área física no Restaurante Central.Resultados alcançados1) A partir das plantas e de observações in loco do Restaurante Central foram feitos estudos para o redesenho da área da planta e layout da área de preparo de alimentos do restaurante Central, pois a planta disponível era antiga e desatualiza-da. Feitos os estudos, foi elaborado um croqui para implantação de um resfriador industrial de alimentos; 2) Verificação in loco dos principais problemas no pátio do restaurante Central, dis-cussão das propostas com a equipe técnica do restaurante. Identificados os problemas foram feitos vários estudos para: o depósito de caixas de alimentos, a área do lixo reciclável e orgânico, a área de lazer para os funcionários, a área de lavagem de caixas e o paisagismo. Foi apresen-tado o projeto contemplando as áreas e relatório detalhado; 3) O projeto em questão apresenta--se como uma boa parceria da administração da Universidade de São Paulo e os alunos de suas instituições, incentivando, por meio de projetos de extensão, à prática do que é visto em aula em prol da manutenção universitária. Do ponto de vista dos usuários do pátio externo do Restau-rante Central, o projeto apresentou-se como um avanço para o bem-estar e para a qualidade das atividades ali realizadas, além de facilitar a exe-cução de tarefas que ali ocorrem todos os dias.

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Implementação de Sistema Automatizado para a Caracterização e Ensaio de Fontes Alternativas de Energia CoordenadorRonaldo Domingues Mansano

Ações/atividades desenvolvidasPrimeira Etapa: A primeira parte do projeto pau-tou-se no aprendizado do funcionamento do Lab-View por meio de manuais e vídeos disponibiliza-dos no próprio site do produto e posteriormente pela montagem e testes em pequenos circuitos para fixar o conteúdo. Segunda Etapa: Um dos parâmetros mais importantes, se não o mais im-portante, para comparar a eficiência de células a combustível, é a curva de polarização, uma curva de tensão por corrente ou tensão por densidade de corrente, nesta etapa foi desenvolvido o circui-to para aquisição de valores de tensão e corrente da fonte de energia. Terceira Etapa: Nesta etapa

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foi implementado o circuito virtual de captura da curva de polarização da célula a combustível no software LabView e a sua conexão ao circuito eletrônico desenvolvido na etapa anterior. Quarta Etapa: Outro parâmetro importante a ser ana-lisado é a temperatura, para isso, inicialmente, pensou-se em usar um termopar, porém, devido à dificuldade em sua calibração e utilização com o DAQ, foi preferido utilizar o Pt-100. O Pt-100 é um RTD (Resistance Temperature Detector), em outras palavras, é uma resistência que à 0 ºC apresenta uma resistência de 100Ω e com o aumento da temperatura sua resistência varia de modo aproximadamente linear, outra vantagem em relação ao termopar é sua maior precisão na medida. Nesta etapa foi desenvolvido e montado o circuito de análise da temperatura e sua adap-tação ao sistema. Quinta Etapa: Foi finalizado o instrumento virtual e a automatização da aquisi-ção de dados, também foi implementada a inter-face visual do usuário e realizados os primeiros testes da plataforma desenvolvida.Resultados alcançadosA Realização deste projeto proporcionou um grande ganho de conhecimento em diferentes áreas, a começar pela própria célula a combustí-vel. Foi aprendido seu funcionamento, suas van-tagens, suas desvantagens, empecilhos para im-plementação em larga escala no mercado, além de ficar a par de uma tecnologia que pode ser tendência num futuro próximo. Além disso, foi possibilitado o aprendizado, mesmo que não tão avançado, do software LabView, muito utilizado na área de engenharia. O estudo de componen-tes de circuitos como o amplificador operacional, que foi estudado posteriormente na graduação também, facilitando o entendimento do mesmo. De forma geral, o projeto em si envolvia conhe-cimentos novos em sua maioria, o que resultou em consequências positivas e negativas. Como ponto positivo, foi proporcionada a busca por co-nhecimentos necessários para desenvolvimento das tarefas, fora o que já foi citado anteriormente. Mas por outro lado, fez com que o desenvolvi-mento do projeto andasse a passos mais lentos, o que demandou muito tempo para fixar alguns conceitos e para resolver os problemas que apa-reciam no decorrer das atividades.

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Evolução da Toponímia da Costa Brasileira, de 1500 a 1750 CoordenadorJorge Pimentel Cintra

Ações/atividades desenvolvidasForam estudados diversos mapas da costa bra-sileira referentes a esse período. Para cada um deles foi feita a leitura e transcrição da toponímia, do Oiapoque ao Chuí. As dificuldades enfrenta-das referem-se à dificuldade de leitura, algumas vezes pela qualidade do mapa, mas a maioria das vezes à grafia antiga; na realizada tratou-se de uma paleografia, com tipos de letras evoluin-do ao longo do tempo. A seguir, os nomes foram

escritos em colunas no programa Excel, cada uma delas identificada pelo autor, nome do mapa e data. Este último atributo serviu para ordenar os mapas por ordem crescente, da esquerda para a direita. Depois, foi feita a correlação de nome do primeiro mapa com relação ao segundo, introduzindo-se linhas em branco quando não havia correspondência. Terminada essa tarefa, comparou-se o segundo com o terceiro mapa e assim por diante. Com isso foi possível verifi-car a evolução da toponímia e a correspondên-cia, ainda que parcial, com os mapas atuais. O processo como um todo serviu para desenvolver uma metodologia de análise da evolução toponí-mica. Ao mesmo tempo, foram estudados mais a fundo cerca de 10 mapas. Como difusão dessa produção cultural, foram preparados artigos para o Congresso Brasileiro de Cartografia, realizado em Tiradentes. Da mesma maneira, foram prepa-rados pôsteres para a apresentação no Mês das Artes na Poli, ainda que tal atividade não tenha ocorrido em função das greves e paralisações. Pretende-se apresentar tal exposição na primeira oportunidade que houver.Resultados alcançadosPublicação de artigos em Simpósio Nacional de Cartografia Histórica.

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12ª. Feira Brasileira de Ciências e EngenhariaCoordenadoraRoseli de Deus Lopes

Ações/atividades desenvolvidasA FEBRACE (Feira Brasileira de Ciências e En-genharia) é um programa de estímulo à cultura investigativa, à inovação e ao empreendedo-rismo na educação básica (Fundamental e Mé-dia) e técnica, que tem seu ponto máximo com a realização de uma grande mostra de projetos científicos, na Universidade de São Paulo, em todas as áreas do conhecimento, realizados por estudantes pré-universitários de todos os es-tados do Brasil. Durante o período de vigência do Programa Aprender com Cultura e Extensão a organização da FEBRACE realizou todas as ações previstas, ao longo do ano, e em especial durante a realização da 12ª mostra de projetos; assim, os alunos bolsistas tiveram a oportunida-de de acompanhar todas as fases do projeto, destacando as atividades de: 1) Relacionamento com instituições apoiadoras, públicas e privadas, com o intuito de conseguir auxílio para o projeto, na forma de patrocínio, e na forma de prêmios para os estudantes. Os bolsistas puderam acom-panhar o processo de submissão para editais de patrocínio, como CNPq, Banco do Brasil, San-tander, Petrobrás, etc.; 2) Participar do proces-so de acompanhamento dos alunos premiados com as bolsas de ICJ (Iniciação Científica Jr. do CNPq), durante os 12 meses de vigência da bol-sa – recebimento e organização de documentos; descrições de atividades trimestrais; controle de relatórios finais e orientações às dúvidas dos

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Realidade Aumentada para Jogos, Música, Educação e SaúdeCoordenadoraRoseli de Deus Lopes

Ações/atividades desenvolvidasO projeto foi criado para desenvolver softwares educacionais utilizando Realidade Aumentada para auxiliar no processo de reabilitação de pes-soas com deficiência, além de apoiar o processo de ensino-aprendizagem musical. No início do período de estágio, o GenVirtual (software musi-cal, implementado com tecnologia de Realidade Aumentada, para uso livre em sessões de Mu-sicoterapia, Terapia Ocupacional e Fisioterapia) já encontrava-se desenvolvido e disponível para download, porém, com o uso desse softwa-re por diversos terapeutas e pais de pacientes, recebeu-se diversas sugestões de melhorias que estavam para ser implementadas. Assim, as fun-ções delegadas ao bolsista durante o período de estágio foram a implementação dessas melhorias e o suporte a usuários. A atividade inicial foi a pre-paração dos computadores onde as demais ati-vidades seriam realizadas, para que o GenVirtual funcionasse perfeitamente neles. Depois, iniciou--se o suporte aos usuários. Além do suporte aos usuários, mandou-se e-mail para usuários que já estavam usando o GenVirtual a fim de obter um feedback sobre o software e sugestões sobre o mesmo, assim, adicionava-se os mesmos em uma lista onde foi anotado para quê esse usa/usaria o GenVirtual e onde usa/usaria. Parale-lamente, iniciou-se o trabalho em outro softwa-re: o Wordy que usando Realidade Aumentada procurava auxiliar no processo de alfabetização de crianças que teve como objetivo implementar algumas melhorias e realizar algumas modifica-ções além de difundir seu uso no processo de al-fabetização de crianças. Foi necessário compilar o GenVirtual antes de aplicar as modificações à este software. Já era possível executar o GenVir-tual no desktop e no notebook, porém trabalhou--se apenas com o executável que estava dispo-nível para download. Foi necessário compilar o código nos computadores, além disso, iniciou-se a pesquisa por um notebook mais potente, uma webcam de alta resolução e um tripé para sus-pender essa webcam para melhorar os testes, a fim de obter um trabalho de alto desempenho com Realidade Aumentada. Também foi realiza-do o estudo sobre as mensagens MIDI, que são usadas pelo GenVirtual para reproduzir as notas musicais, além de um estudo no VRML (Lingua-gem para Modelagem de Realidade Virtual) e sua integração com o ARToolKit e experimentos com óculos HMD (Head Mounted Display) com o intui-to de utilizar a realidade aumentada para desen-volver novos softwares para o GenVirtual.

bolsistas; 3) Apoio logístico aos estudantes expo-sitores na mostra de projetos durante os dias 18, 19 e 20 de março de 2014, e em atividades di-versas como recepção dos visitantes, esclareci-mentos de dúvidas, ajustes nos cadastros, digita-lização de documentos, distribuição de material, gerenciamento (recepção e orientação) de volun-tários; 4) Apoio na divulgação do evento para a Rede FEBRACE e para a imprensa especializada, por meio da atualização constante da seção no-tícias do site, Facebook, blog, newsletter e por meio da produção de press releases divulgando as diferentes etapas do evento. Os bolsistas se envolveram com atividades de produção e re-visão de textos, agendamento de entrevistas e contato por telefone e e-mail com jornalistas e produtores.Resultados alcançadosEm relação às metas do Programa os resultados foram satisfatórios: os estudantes premiados com as bolsas do CNPq foram orientados de for-ma a conseguir viabilizar o desenvolvimento de suas respectivas pesquisas; os 757 estudantes e os 432 professores (orientadores e coorienta-dores) foram recepcionados de forma adequa-da e orientados na montagem e exposição de seus projetos, resultando na mostra de projetos da FEBRACE, que recebeu durante os três dias de eventos 12 mil visitantes, cumprindo seu pa-pel de estimular a inovação e criatividade dos jovens brasileiros. Para os bolsistas envolvidos, a atuação neste projeto permitiu complementar seus estudos de graduação, principalmente por proporcionar contato com situações práticas de-safiadoras e favoráveis ao desenvolvimento de diversas competências na área de comunicação, assim como o contato com diversos profissionais renomados dos mais diversos veículos de mídia e diversos profissionais da área de marketing e recursos humanos das empresas patrocinadoras e apoiadoras da FEBRACE. Inserido no contex-to de diversas ações de cultura e extensão, po-demos afirmar que a FEBRACE, através da sua ampla rede de relacionamentos e sua grande vi-sibilidade nacional, conseguiu cumprir mais uma vez com o seu objetivo principal que é propor-cionar novas oportunidades, troca de experiên-cias, estabelecer parcerias e divulgar exemplos concretos de estímulo à cultura investigativa, à inovação e ao empreendedorismo na Educação Básica brasileira. Seguem abaixo alguns links em que podem ser encontrados vídeos, fotos e mais informações sobre a FEBRACE: Site FEBRACE: <http://febrace.org.br> Relatório de atividades da 12ª edição, bem como informações das edições anteriores: <http://fe-brace.org.br/anos-de-sucesso/> Anais do evento: <http://febrace.org.br/projetos/anais-febrace/> Vídeos do evento: <http://www.youtube.com/user/FEBRACE> Fotos do evento: <http://www.flickr.com/photos/febrace/> Blog: <http://criaeinova.wordpress.com/> Facebook: <https://www.facebook.com/febrace> Twitter: <http://twitter.com/#!/febrace>

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Resultados alcançadosA participação do estudante bolsista nesse proje-to foi muito importante, pois permitiu que o aluno mergulhasse numa investigação pelas melhores estratégias metodológicas e soluções tecnológi-cas. O bolsista participou do desenvolvimento do projeto em todas as etapas e teve a oportunidade de fazer parte de um grupo de pesquisa que de-senvolveu habilidades de programação com tec-nologias de Realidade Aumentada, contribuindo desta forma para a sua formação acadêmica com trabalhos práticos. Além disso, o projeto propor-cionou ao estudante uma rica convivência num ambiente multidisciplinar composto por terapeu-tas, psicopedagogos e engenheiros, tornando o seu aprendizado significativo e promovendo melhor entendimento da importância da ciência e da engenharia para o desenvolvimento do país. Cabe informar que, em termos de pesquisa, o projeto permitiu um bom desenvolvimento dos aplicativos funcionais referente à melhoria das condições de vida de pessoas com deficiência.

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Mentoring 2013 GEG-PoliGNU: Um Programa de Mentoring Voltado para Calouras das Áreas de ExatasCoordenadoraCíntia Borges Margi

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades desenvolvidas pela bolsista inclu-íram: 1) Publicação diária de textos, notícias ou eventos inerentes ao tema em redes sociais; 2) Controle, atualização do site com as atividades desenvolvidas e com eventos importantes; 3) Auxílio na organização de eventos mensais com convidadas externas para discutir sobre temas de interesses de mulheres na engenharia; 4) Organi-zação e contato com mentes e mentores. Den-tre os eventos organizados, chamados de Bate Papo do PoliGen, no período 2013-14 destaca-ram-se: – 14/ago/2013: lançamento nacional do filme Girl Rising; – Documentário fala sobre poder da educação na modificação da realidade de mu-lheres; – 12/set/2013: O Ingresso da Mulher no Mercado de Trabalho, apresentação e conversa com duas profissionais da McKinsey formadas pela Escola Politécnica: Heloísa Callegaro e Ma-riana Donatelli. A notícia está em: <http://poligen.polignu.org/node/25>; – 07/nov/2013: Profª He-loisa Buarque de Almeida, da Antropologia, para conversar sobre questões de gênero e diversi-dade; – 20/nov/2013: Realizado em função do dia de consciência negra, o encontro teve como objetivo discutir e questionar porque a pequena presença de Engenheiras Negras na Poli; – 05/dez/2013: A convidada foi Thays Gonçalves, 20 anos, estudante de Direito, que teve inclusive seu trabalho aparecendo na mídia devido ao título chamativo que ela escolheu Cu de bêbado(a) tem dono sim! Estupro de vulnerável em caso de embriaguez feminina; – 11/mar/2014: painel com Engenheiras Politécnicas: Profa. Edith Ranzini, do PCS, Profa. Neusa, do PMT, a Profa. Maria

Eugênia, da Civil, e as engenheiras Nathália S. Patrício (formada em Eng. Computação) e Lydia Figueiredo (formada em Eng. Mecatrônica); – 15/maio/2014: Palestra com Profa. Dra. Claudia Bauzer Medeiros (IC Unicamp) sobre Sharing for Preservation - Transformation and maintenance of Big Data.Resultados alcançadosPara o Programa de Mentoring: Em 2013, o pro-grama iniciou-se com 13 mentes. As dificuldades enfrentadas em 2013 serviram de incentivo e rea-valiação para o programa em 2014. O programa em 2014 começou com maior adesão e interesse das mentes. Para a bolsista (texto escrito pela própria): Além de incentivo para continuar o curso de engenharia, pude entender como planejar um evento e como deixá-lo mais atrativo. Controlan-do as informações do site, automaticamente tive que aprender mais sobre o funcionamento de um (coisa que provavelmente eu não faria, de outro jeito). Acredito que o maior aprendizado veio da atividade de publicação na redes sociais, por vários motivos: tinha que encontrar conteúdos inerentes à proposta do grupo; depois tinha que analisar se o conteúdo era ou não apropriado para divulgação; e por fim analisar o público al-cançado e seus comentários. Essa atividade pa-rece só um corte e cola, mas para alguém leigo, que era o meu caso, é uma ótima fonte de apren-dizado e também de construção do pensamento crítico. Com as palestras, pude vivenciar todo o planejamento de um evento, como: 1) Conteúdo abordado: encontrar convidados de acordo com o tema sugerido; 2) Conciliar a data do evento com datas comemorativas referentes àquele tema, sempre levando em consideração o lado da mulher; 3) Encontrar o patrocínio para o even-to; 4) Divulgação; 5) Recepção. Nessa atividade era possível aprender com os convidados e suas experiências, a palestra era sempre seguida por debate onde outras pessoas expressavam seus pontos de vista, o que é excelente para abrir a mente, formar pensamento crítico e muitas vezes ter de criar empatia. Grupo de Estudo: Também tinha todo o planejamento do evento, e durante o evento líamos algo e discutíamos sobre o assun-to. Nessa atividade pude me conhecer melhor, aprendi que eu gosto de coisas mais práticas e que fico extremamente desconfortável em dis-cussões, tive dificuldades nessa atividade, inclu-sive quando os temas me interessavam. Acho fundamental para o projeto, mas eu não tenho muito interesse em aprender com as teorias, lendo muito texto, sou muito indisciplinada para isso, prefiro aprender de outro modo, de formas mais práticas.

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Software Livre e Editoração Eletrônica: Oficina LaTeX e Metodologias de Produção de DocumentosCoordenador Felipe Miguel Pait

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Ações/atividades desenvolvidasFoi apresentada à comunidade, através do site <http://polignu.org/>, a descrição de estatísticas do uso de ferramentas de editoração eletrônica de acordo com pesquisa realizada on-line. Nessa apresentação, o uso de software livre e proprie-tário, além da forma de uso e preferência em re-lação a cada um foram comparadas. A pesquisa buscou enxergar o modo como orientadores e orientados se relacionavam em relação à edição e correção de suas teses, trabalhos e artigos, e como se dava a iteração entre diferentes softwa-res. As estatísticas trouxeram, além dos dados da pesquisa, um breve resumo das ferramentas e softwares citados pelos entrevistados e as di-ficuldades enfrentadas por eles ao utilizá-los. A pesquisa exerceu o papel de base para o de-senvolvimento do MOOC – Massive Open Online Course. Esse MOOC substituiria a aplicação do curso presencial que ocorrera nas últimas edi-ções do projeto. Como é online, o curso abran-geria toda a comunidade USP e também a qual-quer pessoa com acesso à internet. Como seria necessário uma outra abordagem na aplicação do curso, realizou-se uma pesquisa para enten-der de que forma seria a exposição do conteúdo, como seria o cronograma, a plataforma em que se desenvolveria e a configuração de servidores. A concepção do trabalho sempre baseou-se no uso de Software Livre, logo a pesquisa focou a implementação de ferramentas livres e/ou aber-tas para a construção do MOOC. Encontrou-se a plataforma OpenMOOC, e iniciou-se o uso e instalação da mesma. A experiência na platafor-ma foi transformada em tutorial para que a comu-nidade pudesse facilmente simular MOOCs com ela. Esse tutorial pode ser encontrado no site <http://polignu.org/>. Porém, apesar de se ex-perimentar a plataforma OpenMOOC, decidiu-se desenvolver o curso na plataforma eDX por esta possuir código aberto e ter maior popularidade no quesito de cursos online. Essa plataforma tam-bém é usada por muitas universidades de ponta, trazendo mais credibilidade ao seu uso. Resultados alcançadosApesar de não ter concluído a implementação do MOOC, concluímos que o projeto foi produtivo para os alunos e para a comunidade USP, além de todos os que acessam a internet, com os re-sultados de uso do software de editoração e o tutorial de uso do OpenMOOC. A implantação do curso não foi alcançada, mas foi iniciada. E como todo o processo é reaproveitável, não durará apenas por algum tempo, mas sempre poderá ser incrementado e novamente disponibilizado. O seu aproveitamento, se mantido o projeto, per-durará e abrangerá um público cada vez maior. Dentro do âmbito de expectativas do Programa Aprender com Cultura e Extensão concluímos que o projeto emph (Software livre e editoração eletrônica: oficina LaTeX e metodologias de pro-dução de documento) atingiu satisfatoriamente as linhas gerais traçadas, com a finalidade de fo-mentar as ações de cultura e extensão por meio das atividades do corpo discente em projetos, de

forma a contribuir para a sua formação no campo da extensão universitária.

Ÿ Desenvolvimento da Ferramenta CLAWS – Ferramenta Colaborativa de Leitura e Ajuda na Web para SurdosCoordenadoraLucia Vilela Leite Filgueiras

Ações/atividades desenvolvidasAs ações desenvolvidas no projeto são as se-guintes: 1) Familiarização com o tema pela leitura da dissertação de mestrado de Stefan Martins e reuniões de discussão, das quais participaram os três bolsistas, em momentos diferentes; 2) Estu-do de navegadores da web quanto ao potencial de desenvolvimento de plug-in. Os navegadores Chrome, Firefox e Internet Explorer e suas res-pectivas APIs foram alvo do estudo; 3) Workshop de seleção das ferramentas de trabalho, no qual foram apresentadas as APIS e navegadores, e selecionado o navegador alvo, a linguagem de programação e a IDE de trabalho; 4) Workshop de apresentação dos conceitos de Design Thinking, Projeto Centrado no Usuário, Projeto Participativo e avaliação de usabilidade e aces-sibilidade, com a participação de Stefan Martins; 5) Estudo do protótipo da dissertação; 6) Desen-volvimento de protótipo funcional de extensão do navegador Chrome, obtendo, de dicionários da web, o significado da palavra selecionada e ima-gem; 7) Desenvolvimento de roteiros de teste de usabilidade com o protótipo da dissertação e o protótipo funcional do navegador; 8) Estudo de arquiteturas distribuídas e web services; 9) Soli-citação de servidor na Nuvem USP e instalação do servidor de aplicações para teste de protótipo de web service. Resultados alcançadosOs seguintes resultados foram alcançados: 1) Aprendizado de ferramentas para desenvolvimen-to Web: arquiteturas, linguagens, navegadores; 2) Aprendizado a respeito da deficiência, da surdez, das dificuldades de comunicação, conceitos de acessibilidade e de usabilidade; 3) Protótipo funcional de acesso a dicionário e de imagens, funcionando a partir do navegador Chrome; 4) Protótipo de arquitetura com web services; 5) Roteiros de teste com usuários.

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Apoio à Escolha Profissional aos Futuros Ingressantes à Universidade – Apresentação da Profissão de EngenheiroCoordenadorJosé Renato Baptista de Lima

Ações/atividades desenvolvidasA Edição 2013/2014 do Programa foi marcada pela realização de ações do Escritório de Relacio-namento apoiado na intenção de prospectar os melhores alunos do ensino fundamental, médio,

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técnico e estudantes de cursinhos pré-vestibula-res, seja da iniciativa pública ou particular. Desta-caram-se os seguintes formatos de atuação: a) Realização de palestras institucionais (Professor e aluno); Auxiliar na escolha profissional através da divulgação sobre a escolha da carreira de En-genharia aos alunos de ensino médio e pré-ves-tibular. b) Participação em Feiras de Profissões: atuando em plantão de dúvidas; A reunião de vá-rias instituições públicas e privadas de ensino em um determinado espaço físico permite uma diver-sidade de áreas do conhecimento. c) Realização de Workshops Temáticos; Em conjunto com al-gumas instituições de ensino foi possível a nossa participação para a organização de atividades de orientação vocacional. d) Promoção de Ciclo de Palestras: áreas específicas ou GA da EPUSP; Em vista da procura pela carreira de Engenharia e considerando a sua diversidade de modalida-des, detalhar cada modalidade de engenharia. e) Mesa-redonda com profissionais da EPUSP; En-tre as diversas atividades orientadas à busca de uma profissão e/ou informações sobre carreiras, algumas têm em sua organização a realização de abordagens diferenciadas. f) Recepção de alunos ou grupos de alunos em visitas monito-radas; Como uma das atividades do Programa Universidade realizaram-se visitas monitoradas nas unidades da USP. g) Participação em toda e qualquer atividade institucional que tenha o alu-no de ensino médio/cursinho como público alvo. Tais como: FEBRACE: Feira Brasileira de Ciências e Engenharia; COBENGE - Congresso Brasileiro de Educação; SBPC - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e outros.Resultados alcançadosA edição 2013-14 do Programa possibilitou que o Escritório de Relacionamento viesse a partici-par de 94 atividades de orientação vocacional, atingindo pouco mais de 275 mil pessoas com acesso à informação sobre os programas da Uni-versidade e sobre as modalidades de engenharia da Escola Politécnica. Na ocasião esse número foi alcançado, dada a nossa participação em inú-meros eventos de orientação pela carreira: – Fei-ras de Profissões; – Jornada de Profissões; – Re-alização de Palestras Institucionais; – Realização de palestras sobre as Grandes Áreas da EPUSP; – Participações em mesas redondas; – Promo-ção de Workshops temáticos; – Participação em competições de projetos de engenharia; – Reali-zação de visitas monitoradas; – Realização de Ci-clos de Palestras. Em suas diversas abordagens de atuação, o Escritório de Relacionamento tem atuado, sobretudo, na inserção dos estudantes secundaristas por meio das seguintes ações: – promovendo a integração entre jovens pré--vestibulandos e estudantes da USP; – criando um canal de comunicação para esclarecimentos de dúvidas sobre o ingresso na USP-Poli; – di-vulgando os programas acadêmicos de inclusão e dar dicas culturais para os estudantes; – am-pliando o acesso de estudantes de escolas públi-cas à Universidade; – despertando a curiosidade científica e o gosto pelo questionamento; – pro-porcionando a disseminação do conhecimento;

– oferecendo informações gerais sobre engenha-ria, sua importância e o cenário atual; – apresen-tando os programas de intercâmbio; – orientando sobre a forma de ingresso na Escola Politécnica. Tendo como base os números de 2013-14, têm--se efetivado, sobretudo o nosso compromisso de estabelecer uma política de relacionamento para promover a disseminação da informação junto aos estudantes de ensino fundamental, mé-dio e técnico e estudantes de cursinho.

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O Engenheiro Florestal e o Meio AmbienteCoordenadorFernando Seixas

Ações/atividades desenvolvidasO principal objetivo deste projeto é despertar o interesse dos alunos do ensino médio no curso de Engenharia Florestal através da realização de atividades teóricas e práticas, além de promover a educação ambiental através do desenvolvimen-to de um olhar crítico em relação às questões que envolvem o meio ambiente, tal como a preser-vação e a conservação deste e a utilização dos recursos naturais de maneira sustentável. São três atividades atualmente: a) Viveiro; b) Conser-vação, Preservação e Restauração Florestal; e c) Atividade de Vídeo e Apresentação do Departa-mento de Ciências Florestais da ESALQ. Está em desenvolvimento mais uma atividade para que o projeto possa abranger todas as três grandes áreas de conhecimento e atuação do engenheiro florestal, sendo esta voltada para a área de Tec-nologia de Produtos Florestais.Resultados alcançadosForam atendidos 251 alunos de nove escolas do ensino médio da cidade de Piracicaba. Somente 31,5% desses alunos conheciam o curso antes da visita, sendo que 104 (41,4%) manifestaram a possibilidade de considerar o curso de Enge-nharia Florestal como possível opção de carreira após a realização das atividades. Com a realiza-ção das atividades foi possível observar que os estudantes têm maior facilidade em resolver pro-blemas quando nestes há apenas a observação dos fenômenos naturais, isto é, nos quais não há a necessidade de se efetuarem cálculos. Os estudantes mostraram ter preferência por ativi-dades práticas, sendo um tanto quanto arredios quando houve necessidade de prestar atenção por maior tempo num vídeo ou numa pessoa falando, como é comum no ensino tradicional. Concluiu-se também que o curso de Engenharia Florestal poderia contar com mais interessados a partir de uma maior divulgação do mesmo. Assim, a importância deste projeto está não só na divulgação do curso e da profissão de Enge-nharia Florestal aos alunos do ensino médio, mas também na promoção da educação ambiental dos mesmos, desenvolvendo um pensamento crítico destes em relação a tudo que envolva o meio ambiente. Além de ser um meio para moti-vá-los e incentivá-los a prestar o curso.

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Ensino de Biocombustíveis no Ensino Médio: Intervenções Educacionais CoordenadorGerd Sparovek

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades realizadas no período relacionado à vigência deste projeto se deram na construção e desenvolvimento dos trabalhos do Programa

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Ponte em um ano de sua atuação. Essa parti-cipação se deu através da integração à equipe de monitores pedagógicos, que atuaram direta-mente na elaboração, aplicação e avaliação das intervenções realizadas nas seguintes escolas: E.E. Olívia Bianco; E.E. Comendador Luciano Guidotti; E.E. Prof. João Sampaio; E.E. Mello Cotrim; e E.E. Sud Menucci. Em cada escola fo-ram realizadas três intervenções, que chamamos de módulos. A temática geral selecionada pelas escolas para este trabalho foi Biocombustíveis e Meio Ambiente. O tema de cada módulo desen-volvido foi: Módulo I: A Energia na Natureza. Ati-vidade 1: Apresentação expositiva Conceitos de energia, combustíveis fósseis e biocombustíveis. Atividade 2: Estudo de quatro biocombustíveis: etanol, carvão vegetal, biogás e biodiesel. Módu-lo II: Processo de produção de um biocombus-tível. Atividade 3: Visita ao canavial, etapas de plantio da cana-de-açúcar e seus impactos so-cioambientais. Atividade 4: Laboratório ESALQ, processo de fermentação e destilação do caldo da cana para fabricação de etanol e processo de produção do biodiesel. Módulo III: Investigação sobre os desafios socioambientais relacionados à produção dos biocombustíveis. Atividade 5: TV Dialógica: refletindo sobre os porquês dos biocombustíveis. Atividade 6: As potencialidades do setor de biocombustíveis. Além da realização das atividades didáticas nas escolas, também foi realizado o apoio às atividades de coordenação técnica do projeto, que são realizadas por um técnico extensionista contratado. Entre as ativi-dades de coordenação que receberam apoio da bolsista em questão, podemos destacar: elabo-ração das intervenções pedagógicas; acompa-nhamento das intervenções nas escolas; contato e relação com as escolas estaduais, seus profes-sores e coordenadores; contato e relação com a ESALQ, em seus diferentes setores e órgãos; articulação e relação com outros grupos educa-dores e de extensão; elaboração de materiais pe-dagógicos e relatórios; organização e mediação das reuniões de formação pedagógica da equipe.Resultados alcançadosNa prática, este projeto contribuiu para os se-guintes resultados: 1) Elaboração conjunta dos três módulos de atividades didáticas, cada um com duração de uma manhã inteira, integrando o eixo maior denominado Ambiente e Juventude; 2) Apresentação da proposta nas escolas e ajustes conforme a demanda dessas; 3) Aplicação des-tas atividades em três turmas de cinco escolas diferentes; 4) Envolvimento de um coordenador e aproximadamente dois professores por escola trabalhada; 5) Avaliação contínua de cada ati-vidade, com objetivo de aperfeiçoá-las para os anos seguintes do Projeto Ponte; 6) Difusão e divulgação das atividades pela internet (blog do Projeto Ponte). O Programa Ponte concluiu mais um passo para a extensão universitária, na ten-tativa de trazer crescimento para todos aqueles que, de alguma forma, acompanharam o nosso projeto. Neste sentido, nossos sinceros agrade-cimentos à coordenação, direção e corpo do-cente das escolas participantes, aos professores

universitários que se envolveram neste trabalho e a todos os integrantes da Equipe Ponte.

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Florestas do FuturoCoordenador Fernando Seixas

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades para a realização de cada evento do Florestas do Futuro são planejadas e executa-das com o apoio dos integrantes do GFMO (Gru-po Florestal Monte Olimpo). Como primeiro pas-so, há a escolha das datas das edições do ano para que sejam feitos os agendamentos com as instituições e escolas interessadas a participarem do evento. A partir de então, são realizados os preparativos para o evento, como a preparação das oficinas, confecção dos kits, organização da sede e área de plantio, sendo estas incluídas nas atividades semanais do grupo e coordena-das pelos bolsistas do projeto. As atividades a serem realizadas no dia do evento estão descri-tas a seguir: 1) Após a chegada das crianças ao Departamento de Ciências Florestais, estas são encaminhadas para o Anfiteatro. Então, é reali-zada a recepção, todos se apresentam e as ativi-dades a serem realizadas são introduzidas; 2) As crianças são divididas em quatro grupos: Água, Animal, Árvore e Semente (substituída por Sol). Cada uma recebe um crachá identificando gru-po e nome, e camiseta/colete do projeto. Assim, cada grupo formado segue com seus respecti-vos monitores para as oficinas; 3) Cada grupo é encaminhado para uma oficina, com duração de cerca de 15 minutos cada. Os grupos alternam--se entre as 4 oficinas; 4) Todos os grupos retor-nam ao Anfiteatro, quando os bolsistas interagem com as crianças. São passados filmes lúdicos de pequena duração, com temas como reciclagem e preservação das florestas e do meio ambiente; 5) As crianças são encaminhadas para o plan-tio comemorativo; 6) É realizado o passeio pelo pomar localizado na sede campestre do GFMO, quando as crianças entram em contato com a floresta; 7) Então, são realizados o piquenique e as atividades de recreação, também na sede campestre do GFMO. Ao fim das atividades, o kit da floresta é entregue às crianças.Resultados alcançadosEntre agosto de 2013 e julho de 2014 o projeto Florestas do Futuro recebeu 4 instituições, rea-lizando 7 edições, atendendo um total de 159 crianças. O contato com as instituições foi satis-fatório ao longo do desenvolvimento do projeto e o retorno das mesmas também foi positivo. As atividades desenvolvidas no evento, tanto as ofi-cinas, quanto as atividades extras, como pique-nique, plantio e passeio pelo pomar, foram avalia-das pelas crianças ao preencherem o feedback ao final do evento, votando na que mais gosta-ram de realizar. Dentre as oficinas, a mais apre-ciada pelas crianças foi o Boliche da Floresta, seguida pelo Careca cabeludo. Já em relação às atividades extras, a mais votada foi o piquenique,

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seguida pela recreação no playground. Podemos observar também o gosto das crianças pelas ati-vidades ao analisar os feedbacks e verificar que muitas delas votaram em todas as atividades como preferidas.

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Estudo do Acervo do Museu Luiz de Queiroz na Evolução da MecanizaçãoCoordenadorWilson Roberto Soares Mattos

Ações/atividades desenvolvidasForam realizados estudos históricos sobre as pe-ças do acervo e as informações foram reunidas em uma ficha de cadastro, além da colocação de placas e números de identificação nas peças.Resultados alcançadosForam colocadas placas e números de identifica-ção nas peças, de modo que os visitantes pos-sam identificá-las rapidamente e encontrar todas as informações no cadastro do acervo. Entre agosto de 2013 e julho de 2014 foram realizadas pesquisas, descrição e identificação de aproxi-madamente cem peças do acervo.

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Programa Pesquisadores Mirins do Museu e Centro de Ciências, Educação e Artes Luiz de QueirozCoordenadorWilson Roberto Soares Mattos

Ações/atividades desenvolvidasAulas expositivas e práticas com as seguintes temáticas: A chegada da Primavera; Movimen-tos da terra; Transformações no clima; Elabora-ção de um poema com tema primavera. Mundo Invisível: Invenção e evolução do Microscópio; Componentes do Microscópio. Nanotecnologia: Relembrando unidades de medida; Conceito de Nanotecnologia; Microscopia Eletrônica; De onde vem o que você come: Observação de embala-gens de alimentos e leitura de rótulos, com enfo-que nos ingredientes; Observação dos alimentos do lanche com o intuito de estimular o pensa-mento quanto aos processos e etapas de cada alimento; Vivência como nômades; Grandes Plantações: Observação de grandes plantações como: mandioca, batata, milho e seringueira; Plantio Direto e Convencional; Influência e impor-tância do solo, sol, chuva e nutrientes em uma plantação; Extração do Látex; Máquinas Agríco-las: Observação de máquinas agrícolas utilizadas para plantar, colher, adubar, pulverizar e auxiliar as atividades no campo; Evolução da mecaniza-ção agrícola. O solo: Formação e os diferentes tipos de rocha; Presença de ar e ferro no solo; Importância da Mata Ciliar; Desgaste do solo; Capacidade de condução de energia. Amido e Glúten: Conceitos do amido e glúten; Conhecen-do uma planta de processamento de alimentos; Atividades práticas desenvolvidas; Manuseio e observação de insetos, flores, folhas e solo

no Microscópio; Identificação de alimentos que contém amido, através da reação química com o Iodo, conferindo coloração escura arroxeada. Alimentos utilizados: mandioca, batata, gengibre e maçã; Extração do glúten através da farinha de trigo; Perdas de solo em relação ao plantio dire-to e convencional; Demonstração envolvendo a textura, impacto da chuva no solo, condução de energia, presença de ferro e filtro de solo; Dese-nhos de forma; Corda mágica; Dobradura de pa-pel: elaboração de aviões e o pássaro Tsuru; Ca-derno com os registros dos encontros ao longo do semestre, encadernados e costurados à mão por cada aluno. De onde vem o solo: Formação do solo através das rochas; Formação e tipos de rochas; Os alunos também tiveram à disposição diferentes exemplos de rochas e solos; Café: Apresentação da profissão do barista, mesa de prova; Máquinas relacionadas ao café (beneficia-mento, torrefação e moagem). Para os alunos do ensino médio foram abordados os seguintes te-mas: Máquina a vapor: História de sua invenção; Princípios físicos; Exposição H-2-O.Resultados alcançadosOs resultados foram facilmente identificados no decorrer do projeto, pois dia-a-dia algum dos alunos relatava que o professor da escola havia perguntado algo que ele já havia ouvido falar no projeto e muitos deles disseram, no último en-contro, que participar do projeto, havia valido a pena, pois eles desenvolveram um olhar diferente sobre a química, diferente daquela coisa que eles disseram ser maçante na escola. No projeto eles viram a química na prática e perceberam que ela realmente é importante para o aprendizado.

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Compostando na Creche: Uma Experiência para Toda a Família CoordenadorMiguel Cooper

Ações/atividades desenvolvidasDesenvolvimento de atividades educativas com os professores e comunidade do CCIn; Apoio na produção de material didático informativo; Apoio no desenvolvimento de cursos compostagem para funcionários do campus, utilizando como referencial o trabalho realizado no CCIn; Apoio na manutenção da composteira domiciliar de madeira arquitetada didaticamente, separada em três partes de modo a possibilitar a visualização das fases de transformação do resíduo orgâni-co em composto orgânico; Apoio na produção de composto a partir do resto de alimentos da própria cozinha, no revolvimento da pilha com as crianças, monitoramento e manejo da compos-teira; Incentivo para que os pais e alunos tragam embalagens reutilizadas para o embalo do com-posto a partir de embalagens trazidas pelos alu-nos e familiares; Organização do dia da compos-tagem com a comunidade (trilha da composteira e entrega do composto orgânico) para os visitan-tes; Desenvolvimento e realização de oficinas de compostagem para o público interno e externo

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ao CCIn de modo a passar um embasamento te-órico e prático que englobe as questões técnicas envolvidas na construção e manutenção de uma composteira, bem como a relevância ambiental da atividade, sempre baseada no princípio dos 3 Rs (redução, reutilização, reciclagem) no senti-do de estimular a reflexão quanto aos hábitos de consumo e destinação de resíduos; Desenvolvi-mento de noções sobre a produção de alimen-tos através plantio de uma horta com o objetivo de passar uma ideia de ciclagem de nutrientes, onde, após o consumo do alimento, seus restos voltam ao sistema tornando-se nutrientes a se-rem absorvidos por uma nova planta; Elaboração de horta com o uso do composto orgânico, em conjunto com as crianças, aplicação do compos-to e explicações sobre a ciclagem de nutrientes e sua importância ecológica, almoço com a família; Elaborar e aplicar um questionário nas famílias das crianças sobre atividades socioambientais no meio doméstico; Fazer uma leitura dos da-dos obtidos para nortear o desenvolvimento de atividades futuras; Realizar atividades de arte, buscando desenvolver a percepção nas diversas dimensões da educação ambiental; Realizar a pesagem dos resíduos gerados na cozinha a fim de manter uma média e realizar intervenções para reduzir os resíduos, caso seja necessário; Manter um nível mínimo de folhas na caixa destinada a armazenamento para as estações com pouca li-beração de folhas pelas arvores, a fim de manter a manutenção da composteira.Resultados alcançadosCom o desenvolvimento do projeto foi possível perceber que a comunidade do CCIn como um todo, alunos, professores, funcionários e alguns pais, passaram a adotar praticas mais sustentá-veis, por exemplo, a equipe de limpeza, que antes utilizava sacos de lixo para guardar as folhas ou jogá-las no lixo (o espaço para armazenar é mui-to pequeno e alguns sacos de folhas tinham pe-quenos frutos, que, ao começar a se decompor, resultavam em cheiro desagradável), passaram a direcioná-las à caixa de madeira que foi constru-ída, minimizando e reaproveitando os sacos de lixo, outro exemplo de que os resultados do proje-to estão sendo alcançados é o relato de um pai de que seu filho de apenas 4 anos questionou a avó, em relação a qual seria o destino do resíduos or-gânicos que haviam sobrado apos o café da tarde, em sua residência, afirmando que eles deviam ser destinados à composteira, para virar "comidinha para a planta" de acordo com a criança.

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Formação Socioambiental de Funcionários do Campus Luiz de Queiroz Coordenador Miguel Cooper Ações/atividades desenvolvidasDentre as principais atividades desenvolvidas en-tre 2013 e 2014, destacam-se o planejamento e continuação do segundo módulo do curso de

formação socioambiental, incluindo: Visitas téc-nicas aos Eco Pontos de resíduos da cidade de Piracicaba, a central de resíduos e a Cooperativa do Reciclador Solidário; Encontros de formação sobre resíduos sólidos e aprofundamento na Polí-tica Nacional de Resíduos Sólidos; Monitoramen-tos das práticas de gerenciamento de resíduos no campus; Reunião com os representantes de comissões do campus para formulação do for-mato do curso, uma vez que o tema já havia sido decidido; Seleção de dados dos participantes dos cursos; Reserva de local para a aplicação das quatro etapas do curso; Confecção e envio dos convites/convocações para cada participan-te; Envio de e-mails para confirmação de presen-ça; Confecção de lista de presença; Confecção de fichas de avaliação; Confecção da apostila para o curso, com dados e roteiro; Contabiliza-ção dos dados de ficha de avaliação por encon-tro; Confecção e envio dos certificados. Além das atividades realizadas para o Projeto Representan-tes, houve contribuição em outras atividades do programa USP Recicla.Resultados alcançadosO resultado mais gratificante devido às ações re-alizadas pelo projeto é observar que está acon-tecendo uma mudança no comportamento dos funcionários envolvidos, principalmente com re-lação à questão dos resíduos e rejeitos produzi-dos no campus e engajamento destes em outras ações socioambientais do campus, inclusive no compromisso de contribuir com a formação de outros grupos da Universidade. O aumento do empenho e interesse dos membros sobre novos temas, o que significa que o empenho de cada um deles vem aumentando e que desejam me-lhoras e resultados em seus departamentos. Os membros envolvidos nesse projeto ou de alguma forma atingidos por ele perceberam que peque-nas atitudes, quando unidas, podem trazer gran-des benefícios para toda a sociedade.

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Articulação das Iniciativas de Educação Ambiental para Implementação do Programa Universitário de Educação Ambiental do Campus Luiz de QueirozCoordenadorMiguel Cooper

Ações/atividades desenvolvidasO PUEA atualmente está desenvolvendo tra-balhos em duas linhas de ação: 1) Diretriz de Ambientalização das Relações Ensino/Apren-dizagem: As ações desenvolvidas nessa linha se direcionaram para o diagnóstico com os do-centes que ministraram disciplinas para alunos do primeiro ano de graduação, no sentindo de identificar como se dá a incorporação da dimen-são socioambiental dentro de suas disciplinas e como fazem a transferência desse conteúdo para os alunos. O principal resultado levantado nas entrevistas com os 33 docentes consistiu em observar que poucas disciplinas conseguem

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explicitamente promover reflexões de conexão entre sociedade e natureza, em grande parte, devido à fragmentação de conteúdo de cada disciplina. Após o diagnóstico de como ocorre a incorporação da dimensão socioambiental nas disciplinas, foi realizada a divulgação desse tra-balho aos docentes que participaram da entre-vista e como encaminhado, sugerido pelos pró-prios professores, a ideia de realizar um simpósio ou workshop sobre a temática para a formação dos docentes. Portanto, a próxima ação será no sentido de promover este evento, trazendo refe-rências na questão da ambientalização curricu-lar, como a Professora Genina Calafell (docente do Departamento de Didática da Matemática e das Ciências Experimentais da Universidade Autônoma de Barcelona), para contribuírem na estratégica mais adequada para possibilitar que os docentes, particularmente em sua área de atuação, sejam capazes de realizar esta conexão entre suas disciplinas e a dimensão socioambien-tal; 2) Projeto de Sustentabilidade: O PUEA é um programa de ampla dimensão, o qual demanda infraestrutura física, tecnologia e recursos hu-manos para que seja integralmente implantado. Neste sentindo, o Projeto de Sustentabilidade foi elaborado a fim de ser possível vislumbrar a estrutura necessária para as iniciativas de cunho socioambiental dentro do campus. Após a ela-boração do projeto, a próxima ação persiste em captar os recursos fundamentais para a implanta-ção efetiva do Projeto de Sustentabilidade.Resultados alcançadosOs principais resultados alcançados foram o diagnóstico da relação ensino/aprendizagem, re-alizado por meio das entrevistas com os docen-tes que ministram disciplinas aos alunos do pri-meiro ano de graduação, bem como a divulgação deste diagnóstico, que resultou no encaminha-mento de se realizar um simpósio ou workshop com os agentes envolvidos neste processo. Além disso, outro resultado alcançado consistiu na elaboração do Projeto de Sustentabilidade, que visa fornecer as infraestruturas necessárias para a contribuição na resolução das problemáticas socioambientais deste campus, tornando-o uma referência na questão socioambiental.

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Avaliação e Revisão do Plano Diretor Socioambiental Participativo do Campus Luiz de Queiroz CoordenadorMiguel Cooper

Ações/atividades desenvolvidas1) Organização de workshop sobre Revisão do Plano Diretor Socioambiental Participativo do Campus Luiz de Queiroz, realizado em outubro de 2013; 2) Realização de cerca de 15 reuniões com grupos de trabalho do plano diretor, a fim de organizar a revisão do plano, estratégias e meto-dologias; 3) Articulação das ações ambientais do campus e envolvimento da comunidade na me-lhoria da gestão socioambiental local; 4) Melhoria

da gestão ambiental do campus, por meio da avaliação e revisão do Plano Diretor Socioam-biental do campus e por outros mecanismos que sejam oportunos; 5) Difusão de saberes sobre gestão ambiental de campus universitário, para sensibilização de público e referência para outras organizações, cumprindo assim o seu papel na difusão e extensão de conhecimentos e metodo-logias; 6) Participação de atividades e auxílio dos programas do USP Recicla, com ênfase na área de manejo de resíduos sólidos e material reciclá-vel; 7) Participação e auxílio em seminários para educação socioambiental dos funcionários do campus Luiz de Queiroz; 8) Participação e auxílio na Feira da Barganha de Piracicaba; 9) Partici-pação na 1ª Conferência Municipal do Meio Am-biente de Piracicaba.Resultados alcançadosO projeto contribui para a formação socioam-biental da comunidade do campus e equipe en-volvida. O plano revisado foi apresentado para toda a comunidade durante evento denominado workshop de Revisão do Plano Diretor Socioam-biental Participativo do Campus Luiz de Queiroz. A construção do Plano dentro de um ambien-te universitário permitiu a utilização de diversas metodologias, as quais nem sempre existiram e que foram desenvolvidas junto aos trabalhos de construção e, posteriormente, de revisão do Plano Diretor Socioambiental. Desta forma, os diversos Grupos de Trabalho tiveram a tarefa de utilizar e/ou desenvolver metodologias próprias para o diagnóstico, a definição de novas dire-trizes e indicadores de sustentabilidade para os diversos problemas socioambientais que ainda acometem o campus. Um dos grandes desafios é que a instituição como um todo compreenda a sua real responsabilidade frente às questões ambientais e que a geração de impactos pode ser prevenida, mitigada e que deve integrar a prioridade e orçamento das unidades/deptos. Vi-sando principalmente a organização necessária para a publicação da versão atualizada do plano, reestruturou-se o grupo de trabalhos temáticos, envolvendo atores atuantes e especialistas nos temas de seus GTs. Tanto as partes temáticas es-pecíficas de cada GT, quanto ao conteúdo geral da segunda versão do PDS, estão em fase final de redação. Além da articulação de ações mais pontuais e projetos externos à estrutura do plano, foram incubados, na Secretaria Executiva do Pla-no, trabalhos relacionados aos objetivos do pla-no, destacando-se o Programa Universitário de Educação Ambiental e seu projeto de aplicação, o Projeto Ambientalização Curricular: exercitando a transversalidade, e atualmente está sendo re-digido um projeto que visa a construção de um site para divulgação do PDS, disponibilização de materiais didático relacionados à temática am-biental e centralização de informações referentes à questão ambiental no Campus Luiz de Queiroz. Os projeto e seus resultados foram publicados no Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP e outras publicações na área de sustentabili-dade nas Universidades, com o intuito de difundir a experiência pioneira do campus Luiz de Queiroz

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com relação a sua gestão socioambiental e, além disso, popularizar as metodologias de constru-ção e avaliação de Planos Diretores aplicados em questões ambientais, para que sirvam de referên-cia e estímulo para organizações na busca pela sustentabilidade.

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Minimização de Resíduos no Restaurante Universitário do Campus Luiz de QueirozCoordenadorEdson José Vidal da Silva

Ações/atividades desenvolvidas1) Foram elaborados banners com caráter educa-tivo e informativo: os materiais foram elaborados para a divulgação de dados dos impactos am-bientais induzidos com o desperdício de alimen-tos e de descartáveis; 2) Foram entregues aos graduandos, pós-graduandos e funcionários da universidade as canecas duráveis com o intuito de reduzir o uso de descartáveis; 3) Pesagens de restos de alimentos: Foram realizadas, seja com o objetivo de avaliar a quantidade de alimentos des-perdiçados (pesagens internas) ou com o objetivo de sensibilizar os usuários através de uma pesa-gem individualizada (pesagens externas); 4) Me-lhoria da forma de como descartar os restos de alimentos. O RU doa os orgânicos a um lavageiro, porém é necessário a não utilização de sacos no descarte. Foram adaptadas formas para que esse processo fosse realizado com a maior eficiência e sem sacos de lixo, utilizando apenas bambonas onde o resíduo é descartado diretamente.Resultados alcançadosOs resultados alcançados foram: 1) Reduzir o uso de descartáveis no Restaurante Universitá-rio, principalmente incentivando os novos ingres-santes a utilizar canecas duráveis, através da distribuição e explicação da importância do uso dessas canecas e banners educativos; 2) Me-lhorar o descarte de restos de alimentos. Com oficinas para os funcionários do RU e visitas para adaptar os métodos; 3) Reduzir a quantidade de resíduos no Restaurante Universitário, através de pesagens externas com caráter educativo e ban-ners que mostram a importância de não desper-diçar alimentos e trazendo de volta aos usuários o quanto eles mesmos desperdiçaram em cada mês.

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Contribuições para Formação Socioambiental de Professores da Rede Pública de Piracicaba e RegiãoCoordenador Edson José Vidal da Silva

Ações/atividades desenvolvidasO projeto é divulgado nas instituições de ensino na Rede Pública, através de um folder, que contém as informações necessárias para o agendamento do atendimento às escolas, o mesmo é realizado

na ESALQ-USP. Os atendimentos consistem em realizar uma aula para os alunos, junto com o professor, com a temática ambiental, ressaltan-do a importância da participação de cada um no meio em que vive, além disso, contamos com o conhecimento do professor nos atendimentos. A partir dessa troca de conhecimento entre profes-sor e estagiário ocorre a formação de cada um, sendo que, ao término de cada atendimento, tanto professor quanto estagiário recebem in-formações essenciais e que podem melhorar o dia-a-dia. É importante esclarecer que as propos-tas das atividades formativas estarão vinculadas aos eixos voltados às questões ambientais, tais como: resíduos, consumo, consumismo, com-postagem, reuso de água, alimentação saudável. Esses temas serão trabalhados e desenvolvidos mediante a construção de projetos de extensão nas diferentes escolas envolvidas. Para tanto os professores receberão subsídios teórico-práticos sobre a construção, implementação e avaliação destes projetos.Resultados alcançadosEste último ano foi marcado por diversas modi-ficações com o objetivo de aprimorar os atendi-mentos e melhorar cada vez mais. Considerando o ano todo, tivemos 16 atendimentos, totalizando 24 professores e 506 alunos. Sendo, 9 atendi-mentos no segundo semestre de 2013 e sete atendimentos no primeiro semestre de 2014. As atividades foram realizadas na ESALQ-USP e foram atendidas somente escolas públicas (estaduais e municipais) de Piracicaba e região. Os atendimentos eram realizados nas quartas e quintas-feiras, geralmente, podendo variar de acordo com a demanda. O contato entre as es-tagiárias, alunos e professores permitiu o com-partilhamento de conhecimentos e experiências vivenciadas através do diálogo sobre temáticas a respeito da conservação ambiental. A questão da geração, destinação, disposição e tratamento de resíduos sólidos foram trabalhados de forma a construir um pensamento mais crítico do grupo.

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Vivências em Educação Ambiental: Formação de Agentes Multiplicadores Socioambientais na Comunidade Interna e Externa ao Campus Luiz de QueirozCoordenadorEdson José Vidal da Silva

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades serão realizadas a partir de acordos firmados entre o programa e escolas da região, respeitando a disponibilidade da instituição e a carga horária dos estudantes bolsistas envolvidos de 10 horas/semana. Foram desenvolvidas as seguintes atividades: Agendamento de atividades com as instituições interessadas; Encontros que proporcionam o diálogo sobre consumo, geração de resíduos, 3Rs (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), coleta seletiva, formas de disposição do lixo, com-postagem e vídeos com temática socioambiental;

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Execução de dinâmicas lúdicas que variam de acordo com a faixa etária. As dinâmicas aplicadas atualmente são: Dinâmica de Apresentação, Dinâ-mica de Reflexão: o que o lixo tem a ver comigo, Dinâmica da Ilha e Dinâmica de Pergunta; Execu-ção de oficinas com aproveitamento de materiais recicláveis usados. Alguns exemplos de oficinas são: papel reciclado, vasos de coador de café de papel, guirlandas de rolos de papel higiênico e mó-bile de papel de fax; Aplicação de questionários após cada atividade a fim de obter um feedback dos participantes e assim poder aprimorar os tra-balhos desenvolvidos. São utilizados três tipos de questionários: para professores, adolescentes e crianças; Tabulação e interpretação de dados dos questionários, e formulação de relatórios; Elabora-ção de um Estatuto do Projeto para orientação de novos bolsistas quanto às atividades e requisitos necessários das atividades; Estudo de textos e metodologias de educação, educação ambiental, resíduos sólidos e temas afins; Organização de materiais necessários ao atendimento; Pesquisa de novas oficinas e novas dinâmicas para aplica-ção destas em atendimentos.Resultados alcançadosAs atividades do projeto realizadas durante este ano obtiveram bons resultados. Foram atendidos 273 participantes de escolas da rede pública e 15 participantes de rede particular no segundo se-mestre de 2013. E no primeiro semestre de 2014 foram atendidos 164 participantes de instituições de ensino fundamental e médio. As atividades foram predominantemente realizadas com insti-tuições públicas (estaduais e municipais) de Pi-racicaba e região, mas também com instituições particulares do município. O público atendido em sua maioria cursava o ensino fundamento ou mé-dio, e os dias de maior frequência de atendimen-to na semana eram nas quartas e quintas-feiras. O contato entre as educadoras e os participantes permitiu o compartilhamento de conhecimentos e experiências vivenciadas através do diálogo so-bre temas como geração, destinação, disposição e tratamento de resíduos sólidos, a fim de cons-truir um pensamento mais crítico entre o grupo. Apesar de nós não termos um retorno efetivo dos resultados, pode-se perceber que as educadoras e os participantes eram fortalecidos como agen-tes socioambientais a cada novo atendimento. Através destas ações pontuais é possível fazer parte de um processo de formação de uma so-ciedade mais justa e sustentável a longo prazo.

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Ações Educativas para Fortalecimento da Rede de Bem-Estar Animal na Cidade de Piracicaba e RegiãoCoordenador Marcos Sorrentino

Ações/atividades desenvolvidasAs principais atividades foram discussões e pro-postas de intervenção que visassem desde o foco em animais domésticos (como adoção, pos-se responsável e maus tratos), como em animais

silvestres, com temas relacionados ao combate ao tráfico, criação e bem-estar em zoológicos, criadores, entre outros. Uma das atividades re-alizadas dos dias 17 a 19 de agosto de 2012 foi o curso promovido pela Rede sobre Bem-estar, ética e direitos dos animais. Uma boa oportunida-de de expandir os ideais e promover, aos interes-sados, palestras e dinâmicas que envolvessem a temática animal, que não é muito abordada na ESALQ, mesmo se utilizando diversas espécies para produção ou experimento. Os palestrantes falaram sobre temas como ética, direitos animais e educação em valores, experimentação animal, tráfico de animais silvestres, entre outros. No último dia, um painel apresentou as iniciativas e ações educadoras que já ocorrem em Piracica-ba. Uma das conferencistas foi Nina Rosa Jacob, ativista pela defesa dos direitos dos animais que, em 2000, fundou o Instituto Nina Rosa, organiza-ção independente que trabalha pela valorização da vida animal por meio da educação humanitá-ria. Os outros palestrantes convidados foram Isis Akemi Morimoto, analista ambiental do IBAMA, graduada em Ecologia e Direito e doutoranda em Popularização do Direito Ambiental, e Guilherme Carvalho, representante no Brasil da Humane Society International. A organização do curso foi exemplar, e trouxe muitos dos participantes a participarem das organizações envolvidas no curso. Outras demandas durante o período de atividades foram a elaboração dos materiais in-formativos voltados à rede de bem-estar animal, levantamento de dados, organização do evento, envio de materiais para a comunidade que des-tacassem a temática, participação em eventos, e atividades organizacionais.Resultados alcançadosA participação no decorrer do projeto trouxe a possibilidade de interagir com diversas organiza-ções e grupos voltados à temática, e possibilitou a atuação na elaboração de políticas públicas de bem-estar animal, além do contato com diversos profissionais de inúmeras áreas (ambiental, so-cial, política e acadêmica), e assim, desenvolven-do a capacidade de articulação e comunicação. O contato entre as instituições e a comunidade levaram as pessoas a um maior conhecimento sobre as atividades em Piracicaba e região que envolvessem a ética e bem-estar animal, assim, muitos se envolveram em ONGs, palestras e ou-tros cursos relacionados ao tema. As principais dificuldades encontradas durante a atuação na Rede foram com relação à impossibilidade de encontros periódicos com todos os participantes da Rede, o que gerou um certo afastamento de algumas instituições quanto às demandas dis-cutidas. Outro aspecto foi a questão da polêmi-ca gerada no assunto, já que existem diversas opiniões sobre Ética Animal, que vão, desde legislações, para boas práticas na produção de animais de consumo, como discussões com ideais abolicionistas, que reprovam o uso de animais de qualquer espécie para qualquer uso humano. Tais correntes, apesar de ambas se pre-ocuparem com a questão animal, são bastante divergentes no modo de ver a relação homem/

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animal. Em certas ocasiões, como no curso, tornou-se alvo de certa discórdia e relutância aos assuntos abordados. As atuações da Rede Ser Animal estão em continuidade, com planos de fu-turas intervenções como produção de materiais educativos, palestras, cursos e eventos dentro da ESALQ e para a comunidade de Piracicaba. Novas demandas na construção de conheci-mento e discussão surgem com o crescimento da questão da ética no uso de animais para pes-quisa, experimentação e produção, e para agir e conseguir resultados concretos é preciso que as pessoas conheçam melhor a legislação, os pro-jetos e os esforços de entidades existentes e os avanços já obtidos em várias partes do mundo.

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Formação de Educadores Socioambientais em Piracicaba Coordenador Marcos Sorrentino

Ações/atividades desenvolvidasCom o intuito de estreitar o relacionamento en-tre professores da rede pública de ensino com a USP-ESALQ, realizou-se, de abril a julho o Curso de Difusão Universidade e escolas públi-cas: construindo caminhos para uma sociedade sustentável. Participaram da organização a USP--ESALQ, por meio da Assessoria de Comunica-ção (ACOM) e do Programa Ponte, a Prefeitura do Campus USP Luiz de Queiroz (PUSP-LQ), por meio do Programa USP Recicla, em parceria com a Diretoria de Ensino da Região de Piracicaba da Secretaria de Estado da Educação (SEE) e Se-cretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente do Município de Piracicaba (SEDEMA). O curso teve 30 horas de carga horária, composta por 24 horas presenciais e 6 horas à distância. Para re-cebimento do certificado pela USP, o participante teve que comprovar 85% de presença e média fi-nal igual ou superior a 7,0 (sete) e pela SEE, 85% de presença e média satisfatória. O peso das atividades foi de 50% para participação e 50% para entrega dos trabalhos. Para a organização do curso, o grupo de educadores envolvidos se reuniu semanalmente para a planejamento e ava-liação do processo. Elaboração e entrega de um kit didático, com leituras e materiais educativos entregues a todos os participantes do curso.Resultados alcançadosO curso contribuiu fortemente para aprimorar a formação dos professores da rede pública de ensino, e para estreitar a relação desses com a Universidade. Nesta edição participaram 32 professores da rede publica estadual de ensino. Conforme avaliação feita pelos participantes, o Programa Profissões na ESALQ constitui-se como uma importante forma de ligação entre a ESALQ e os estudantes do ensino médio, além dos programas de inclusão social para ingresso no vestibular. As informações fornecidas no cur-so sobre as profissões, incentivos ao ingresso na Universidade, em sua maioria, não eram conhe-cidas por eles. Percebe-se, conforme a avaliação

final do curso, que a maior parte dos professores desconhecia a estrutura da USP e seus progra-mas de permanência aos alunos ingressantes. As aulas abordaram temas pertinentes às temáticas de educação (relação professor/aluno), susten-tabilidade e educação ambiental, que estimulam não somente o ingresso na USP, mas a atuação cidadã. Diante dessa necessidade, avalia-se a possibilidade de dar continuidade ao curso a fim de proporcionar aos professores do ensino mé-dio mais informações e ferramentas para orientar o estudante em sala de aula, sobre as carreiras profissionais da USP-ESALQ de forma continu-ada, assim como possibilidade de formação que possa intervir diretamente em temas sobre sus-tentabilidade e qualidade socioambiental.

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Projeto Moradias SustentáveisCoordenador Edson José Vidal da Silva Ações/atividades desenvolvidasO projeto visa a desenvolver palestras no formato de oficinas práticas sobre diversos temas na área de sustentabilidade de moradias. Esse ano reali-zamos oficinas com os seguintes temas: Perma-cultura, Hortas em espaços reduzidos, Sustenta-bilidade na residência, Construção de forno solar, Compostagem e Plantas Medicinais. A primeira oficina realizada foi a de Permacultura – Bom uso do espaço físico, realizada sobre os cuidados do biólogo Cristiano Pastor. 34 pessoas participa-ram do evento que foi realizado na estação tra-vessia. O tema da segunda oficina foi o de Hortas em espaços reduzidos e Construção de minho-cário. Os próprios estagiários do projeto junto ao grupo GEPOL participaram do evento como oficineiros, onde houve a participação de mais de 20 inscritos. A terceira foi de Sustentabilidade na residência de Pedro Bourrow. Onde diversas tecnologias de baixo custo que promovem a mi-nimização de impactos ambientais e produção de alimentos em pequenos locais concretados foram mostradas pelo próprio Pedro. 18 pesso-as participaram. A quarta oficina foi realizada na garagem do Museu Luiz de Queiroz com a em-presa Pleno Sol. Onde foram construídos fornos solares com os 10 participantes que participaram do evento. Além das oficinas fizemos um trabalho sobre cooperativismo, na Cooperativa Reciclador Solidário com o professor Ademir de Lucas, to-talizando 7 minicursos sobre o tema com os cooperadores da central de triagem e venda de recicláveis de Piracicaba. Também foi instalado um minhocário no Museu Luiz de Queiroz para fins didáticos durante as visitas no museu. Além disso, auxiliamos o Projeto Rotinas do USP Reci-cla nas pesagens de Recicláveis e Lixo Comum para análise da qualidade do lixo da ESALQ. No primeiro semestre de 2014 foram realizadas duas oficinas. A primeira sobre compostagem, com alunos do primeiro ano do curso de Ciências Biológicas da ESALQ, com o grupo CEPARA, na área de trabalho do grupo. Aconteceu no dia

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Aplicação de vídeos com abordagem ambiental e discussão desses com os participantes; Elabora-ção e execução de dinâmicas lúdicas de acordo com a faixa etária, como, por exemplo, houve a aplicação das dinâmicas: Dinâmica da Ilha, Con-cordo, tenho dúvidas, muito pelo contrário, Dinâ-micas de Apresentação e Dinâmica O que o lixo tem a ver comigo; Elaboração de oficinas com aproveitamento de materiais usados como vasos de coador de café de papel, papel reciclado, guir-landas com rolos de papel higiênico, móbile de sol com papel de fax, dentre outras; Aplicação de questionários, após cada atividade realizada para avaliação da aprendizagem e formas de aprimoramento dos trabalhos através do mesmo – São utilizados três tipos de questionários: para professores, adolescentes e crianças; Tabulação de dados dos atendimentos desenvolvidos, inter-pretação e formulação de relatórios; Elaboração de um estatuto de boas vivências do projeto para orientação de novos estagiários quanto às ativi-dades e requisitos necessários das atividades; Estudo de textos/metodologias sobre educação, educação ambiental, resíduos sólidos e temas afins; Reunião semanal de formação com os es-tudantes do projeto e para planejamento das ati-vidades; Divisão de funções entre os integrantes do grupo; Foram definidas cinco linhas de ativida-des: almoxarifado (responsável pela organização de materiais necessários ao atendimento), con-tador de dados (responsável pela tabulação dos dados de questionários), secretária (responsável pelo agendamento dos atendimentos), pesquisa-dor de oficinas (responsável pela atualização de oficinas para o grupo) e pesquisador de dinâmi-cas (responsável pela pesquisa de novas dinâmi-cas). Sendo assim, cada integrante é responsável por uma atividade durante o período de um mês. Os cargos são rotativos, possibilitando que todos possuam experiências em diferentes áreas.Resultados alcançadosNeste ano de atividades do projeto, pudemos al-cançar bons resultados. Nós atendemos 518 par-ticipantes no segundo semestre de 2013 através de 19 atendimentos vinculados ao Projeto Cul-tura é Currículo e 15 atendimentos com escolas em geral. E no primeiro semestre de 2014, 351 participantes foram atendidos através de atendi-mentos vinculados ao Projeto Cultura é Currícu-lo e de atendimentos com escolas em geral. As atividades foram predominantemente realizadas em instituições públicas (estaduais e municipais) de Piracicaba e região e também em instituições particulares do município. O público atendido em sua maioria cursava ensino fundamental ou mé-dio e os dias de maior frequência de atendimento na semana eram nas quartas e quintas-feiras. O contato entre as educadoras e os participantes permitiu o compartilhamento de conhecimen-tos e experiências vivenciadas através do diálo-go sobre temáticas a respeito da conservação ambiental. A questão da geração, destinação, disposição e tratamento de resíduos sólidos foi trabalhada de forma a construir um pensamento mais crítico do grupo. Apesar de nós não ter-mos um retorno efetivo dos resultados, pode-se

17 de março e contou com a participação de 11 inscritos. A Segunda, sobre Plantas Medicinais, com a engenheira agrônoma, pós-graduada em Plantas Medicinais, Michelle Gorgone, foi aberta para o público em geral. Participaram 26 pessoas no galpão do grupo CEPARA no dia 25 de maio de 2014. Resultados alcançadosConseguimos realizar quase com totalidade as oficinas propostas, com os temas que haviam sido propostos por alunos, funcionários e usuá-rios do campus na pesquisa de opinião realizada pelo grupo. As oficinas que não ocorreram foram devido à falta de orçamento que ocorreu no pri-meiro semestre de 2014. No segundo semestre de 2013 realizamos quatro oficinas. Dentre elas: Oficina de Permacultura - Bom uso do espaço físico, realizado na Estação Travessia; Oficina de Hortas em espaços reduzidos e construção de minhocário, que foi realizada no Centro de Vivên-cias da ESALQ e desenvolvida juntamente com o GEPOL (Grupo de Estudo e Práticas em Olericul-tura); Oficina de Sustentabilidade na residência, realizada na casa do Pedro Bourrow, estudan-te de Gestão Ambiental da ESALQ; Oficina de Construção de Forno Solar, realizada no Museu Luiz de Queiroz e ministrada pela Empresa Pleno Sol. Além das oficinas, fizemos um trabalho sobre cooperativismo, na Cooperativa Reciclador Soli-dário, com o professor Ademir de Lucas; foi ins-talado um minhocário no Museu Luiz de Queiroz para fins didáticos durante as visitas ao museu. No primeiro semestre de 2014 foram realizadas duas oficinas. A primeira sobre compostagem, com alunos do primeiro ano do curso de Ciên-cias Biológicas da ESALQ, ministrada pelo gru-po CEPARA (Grupo de Estudos e Pesquisa para Aproveitamento de Resíduos Agroindustriais), na área de trabalho do grupo. E a segunda, sobre Plantas Medicinais, com a engenheira agrônoma, pós-graduada em Plantas Medicinais, Michelle Gorgone, realizada no galpão do grupo CEPARA.

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Ações Educativas voltadas à Temática dos 3 R’s em Escolas de Ensino Fundamental e Médio de Piracicaba e RegiãoCoordenador Miguel Cooper

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades foram realizadas a partir de acordos firmados entre o programa e escolas da região, sempre com apoio da Diretoria Regional de En-sino, respeitando a disponibilidade da instituição e a carga horária dos estudantes bolsistas en-volvidos, de 10 horas/semana, entre preparação e propagação das atividades na escola, no perí-odo de um ano. Foram algumas das atividades desenvolvidas: agendamento de atividades com as instituições interessadas; Encontros com dis-cussões sobre consumo, geração de resíduos, 3Rs, formas de aproveitamento de resíduos, co-leta seletiva, disposição do lixo e compostagem;

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perceber que as educadoras e os participantes eram fortalecidos como agentes socioambientais a cada novo atendimento. Logo, pudemos reali-zar diversas ações pontuais, que constituem um processo de formação de uma sociedade mais justa e sustentável a longo prazo.

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Alimento Seguro e o Papel do Consumidor Fase IIICoordenadoraGilma Lucazechi Sturion

Ações/atividades desenvolvidasA primeira etapa do projeto consistiu no levan-tamento dos meios de comunicação utilizados para divulgação dos artigos sobre segurança do alimento, elaborado pelas duas primeiras bolsistas que atuaram no projeto no período de agosto a novembro de 2013. A segunda, já com a nova bolsista, Jéssica, consistiu na elaboração de artigos sobre segurança dos alimentos pelos membros do Grupo de Extensão em Segurança dos Alimentos, seguido de espaço para suges-tão ou adequação em sistema de troca entre os membros, e finalizando com a revisão feita pela coordenadora do GESEA Profa. Dra. Gilma Lu-cazechi Sturion. A terceira etapa contemplou uma parceria com a Assessoria de Comunicação (ACOM) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) da Universidade de São Paulo (USP), momento em que estes artigos foram previamente revisados pela analista de comuni-cação Alicia Nascimento Aguiar e pelo jornalista Caio Albuquerque. Na quarta etapa pretendia-se elaborar uma cartilha contendo todos os artigos, tendo como público alvo os consumidores. A divulgação da cartilha seria feita através de di-versos meios de comunicação, tais como. O site do GESEA; redes sociais, como Facebook; ou até mesmo nos portais de busca. Isto permi-te alcançar um maior número de consumidores. Além destes meios, haveria também a distribui-ção gratuita do material em eventos realizados na universidade, como os treinamentos em boas práticas para manipuladores, cujo público é va-riado (donos de estabelecimentos, produtores, fornecedores), ou em eventos oferecidos a ou-tros tipos de estabelecimentos, como indústrias e cozinhas de hotéis, em cidades da região, como por exemplo, em Águas de São Pedro. Tratando--se do levantamento das informações sobre a incidência de surtos toxicológicos, foi enviada carta à Diretora Técnica da Vigilância Epidemio-lógica do município de Piracicaba, Dra. Gláucia Perecin, solicitando o acesso aos registros de surtos epidemiológicos da região de Piracicaba relacionados às doenças de origem alimentar e hídrica dos últimos cinco anos. Resultados alcançadosAs alunas Aline Cristina de Camargo e Taís Zu-colo, primeiramente indicadas ao auxílio ofereci-do para este projeto, entraram em contato com meios de comunicação sendo que mais de 20 desses meios manifestaram interesse em divulgar

os artigos. Jornais do município e região foram contatados para encaminhamento dos artigos para publicação, bem como emissoras de rádio, para apresentação dos mesmos e comentários a partir de entrevistas com os membros do grupo. Os artigos elaborados pelo grupo foram: 1) A im-portância de rótulos e embalagens em alimentos; 2) A importância do congelamento no pescado; 3) A valiosa chave do sucesso para os manipu-ladores de alimentos; 4) Agroquímicos; 5) Água nem sempre é o que aparenta ser; 6) Alimentos congelados e cadeia do frio; 7) Alimentos trans-gênicos; 8) Bisfenol; 9) Como comprar pescado em feira; 10) Conheça a irradiação de alimen-tos; 11) Conhecendo os alimentos orgânicos; 12) Contaminantes em alimentos; 13) Cuidado quando você come fora; 14) Detergentes na in-dústria de alimentos; 15) Doenças veiculadas por alimentos; 16) Entendendo a rastreabilidade de alimentos; 17) Fraudes em leite; 18) Laticínios e embutidos em feiras; 19) Mitos e verdades sobre o frozen yogurt; 20) O açaí e a Doença de Cha-gas. Diante do exposto, pode-se concluir que tal projeto é de extrema importância para a disse-minação das informações e dos conhecimentos para a sociedade, bem como para o desenvol-vimento do aluno de graduação. No entanto, trata-se de um projeto que deve ser realizado em conjunto com outras instituições e que depende da situação orçamentária da Universidade, já que é um projeto vinculado a um programa de bolsas da mesma. Desta forma, sua realização plena depende do cumprimento das ações concomi-tantes, o que justifica o não desenvolvimento de todos os objetivos propostos.

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Germinar: Diálogos para o Fortalecimento da Produção Comunitária de Sementes Florestais Tropicais no Alto Xingu, Mato GrossoCoordenador Edson José Vidal da Silva

Ações/atividades desenvolvidasDentre as ações desenvolvidas ao longo des-se período de 12 meses, pode-se destacar: 1) Reuniões de formação para o entendimento do funcionamento da Rede, seus impactos socio-ambientais e a participação dos diferentes atores envolvidos na Associação; 2) Auxílio no desenvol-vimento de material informativo acerca de muitas espécies florestais nativas da região e suas ca-racterísticas de ocorrência na natureza, sendo a maior parte dessas espécies utilizada pelos cole-tores de sementes para produzir e comercializar sementes florestais nativas; 3) Desenvolvimento de cartilha técnica para auxílio aos produtores, nos processos de coleta, beneficiamento, secagem e armazenamento de sementes; 4) Síntese e análise de dados coletados em campo em planilhas de Excel e softwares de computador; 5) Promoção de evento à comunidade esalqueana: Diálogo e Troca de Saberes entre a Rede de Sementes do Xingu e as Ciências Florestais, com a participação

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em particular para atualização dos dados am-bientais disponibilizados em seu site e em seu Boletim de Meio Ambiente; 2) Apoio na coleta e tratamento de dados qualitativos e quantitativos referentes aos indicadores ambientais; 3) Partici-pação em reuniões do Observatório Cidadão de Piracicaba; 4) Apoio na realização de palestras, oficinas e mesas-redondas relativas aos temas do Observatório; 5) Realização, sistematização e envio para equipe responsável pelos Clipping das mídias locais; 6) Atualização do Calendário Cidadão; Por fim, além das atividades acima citadas, também foi disponibilizado apoio para demais ações que fossem também de interesse do projeto, como o auxílio na interlocução com a ESALQ-USP para o lançamento e divulgação dos estudos de Diagnóstico dos Conselhos de Piracicaba e Conselheiros Municipais de Piraci-caba: Perfil e Percepção, e na interlocução para a realização de vídeo-animações em parceria com a TV USP.Resultados alcançadosAo fim deste um ano da bolsa atribuída ao proje-to Apoio ao Observatório Cidadão de Piracicaba, acredita-se que os objetivos e atividades iniciais estabelecidos foram alcançados, sobretudo: Rea-lização de pesquisas bibliográficas sobre questões relevantes ao projeto, que alimentaram o site do Observatório Cidadão de Piracicaba e o boletim do meio ambiente (mencionados nas atividades realizadas); Apoio a eventos, tal como mencio-nado acima; Apoio na interlocução entre ESALQ--USP e Observatório Cidadão de Piracicaba.

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Práticas Agroecológicas, Adequação Ambiental e Ações Pedagógicas no Assentamento Milton Santos (Americana e Cosmópolis - SP)Coordenador Paulo Eduardo Moruzzi Marques

Ações/atividades desenvolvidasO grupo TERRA (Territórios Rurais e Reforma Agrária) desenvolveu o projeto em questão de forma integrada ao Núcleo de Agroecologia da ESALQ-USP. A atuação junto às crianças, ado-lescentes e jovens do Assentamento Milton Santos norteou o projeto e integrou os eixos do trabalho: ações pedagógicas, práticas agroeco-lógicas e conservação ambiental. Desse modo, estes eixos de trabalho foram tratados em função do objetivo de estimular o desenvolvimento da identidade sociocultural das crianças, adolescen-tes e jovens do Assentamento Milton Santos sob uma perspectiva socioambiental e agroecológica. Desta forma, buscamos tratar de assuntos como: Soberania alimentar, Sistemas agroflorestais, Conservação do solo, e Recursos hídricos. Das temáticas levantadas com os jovens assentados, foram elaboradas duas oficinas no período, sobre Soberania Alimentar e Água. Cada oficina contou com duas intervenções no assentamento. Vale citar que todas as intervenções foram realiza-das na parte da manhã e os lanches oferecidos

de coletores e membros de Instituições partici-pantes da Rede de Sementes do Xingu.Resultados alcançadosEntre os resultados do projeto pode-se destacar: – Divulgação à comunidade do campus do tra-balho realizado pela Rede de Sementes e seus diferentes atores; – Contribuições para o projeto de mestrado sobre a Rede de Sementes do Xin-gu; – Formação pessoal acerca do conhecimento técnico e organizacional associado ao funciona-mento da Rede; – Auxílio aos produtores, através de contribuições fornecidas pela elaboração dos materiais didáticos.

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Coral Luiz de Queiroz e Seção de Atividades Culturais Levam Música à Comunidade CoordenadoraSonia Maria de Stefano Piedade

Ações/atividades desenvolvidasAções/atividades desenvolvidas: – Acompanha-mento e auxílio na preparação dos principais eventos do Coral Luiz de Queiroz; – Pedido de água semanal para o Coral Luiz de Queiroz; – Guardar as partes catalogadas nos arquivos; – Atualização da lista de e-mails; – Montar chave telefônica; – Atualização de empréstimo de be-cas; – Atualização da lista de integrantes; – Atua-lização da lista de aniversariantes; – Organização dos trajes do musical Reboliço na Fazenda São João, integrando o projeto da PRCEU: Forrobo-dó, catalogação, registro fotográfico, conserva-ção e armazenamento;Resultados alcançadosO bolsista acompanhou as atividades do Coral Luiz de Queiroz durante o ano, e o produto final são as suas principais apresentações de junho de 2013 a julho de 2014: 18ª Semana de Arte e Cul-tura e 23ª Semana Cultural da ESALQ – setem-bro de 2013; Gravação de 2 programas Caminho da Roça da EPTV/Globo com Fernando Kassab, divulgando, com o Coral Luiz de Queiroz, o musi-cal de outubro Musical Reboliço na Fazenda São João (Forrobodó); 1 ensaio geral e 4 apresenta-ções no Teatro Municipal Erotides de Campos, em Piracicaba, outubro de 2013; XIX Encontro de Corais Luzes&Vozes, 1ª semana de dezembro de 2013; XI Noite de Talentos do Coral do Coral Luiz de Queiroz (05/14 Salão Nobre da ESALQ).

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Apoio ao Observatório Cidadão de PiracicabaCoordenador Paulo Eduardo Moruzzi Marques

Ações/atividades desenvolvidasAo longo deste um ano de vigência da bolsa, em conformidade com as ações previstas pelo projeto, foram desempenhadas as seguintes ati-vidades: 1) Realização de pesquisas bibliográfi-cas sobre os temas trabalhados no Observatório,

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foram preparados pelos integrantes do TERRA, com ingredientes da agricultura familiar local e/ou do assentamento Milton Santos, com o intuito de valorizar o alimento local. Convém destacar igualmente nossa participação nas atividades concebidas no âmbito do Núcleo de Agroecolo-gia, formado, além do TERRA, pelos grupos de Produção orgânica, de Sistemas agroflorestais e de Comercialização de produtos agroecológicos. Estas ações priorizaram a promoção da transi-ção agroecológica no assentamento Milton San-tos. Assim, o grupo procurou favorecer o diálogo entre o núcleo de agroecologia e os assentados do Milton Santos. Graças ao diálogo, foram rea-lizadas oficinas tratando temas de interesse para os assentados, como aquelas de galinha caipi-ra poedeira e de biofertilizante caseiro de baixo custo, a introdução de quintais agroflorestais e, a experimentação em lotes dos assentados de cobertura morta no solo. Para a oficina de gali-nha poedeira, foi organizado um trabalho cole-tivo para a construção de um galinheiro modelo. Do mesmo modo, um coletivo de assentados foi articulado para a implantação de quintal florestal na comunidade. Nesta perspectiva de transição agroecológica, é importante realçar as atividades visando a implantação de uma Organização de Controle Social, dispositivo que permite o reco-nhecimento de produção orgânica para a comer-cialização local, com dois grupos de agricultores.Resultados alcançados Para os alunos de graduação envolvidos, o pro-jeto contribuiu para a formação pedagógica em extensão rural. A elaboração das oficinas com o diálogo com as crianças, adolescentes e jovens exigiu dos alunos dedicação para tratar dos te-mas abordados e da forma de apresentá-los. Além desse projeto, essas tarefas de preparo serão úteis posteriormente para outros traba-lhos de extensão rural, seja envolvendo jovens seja envolvendo agricultores. Além de contribuir com a formação didática, as oficinas permitiram o aprofundamento nos temas de Soberania Ali-mentar e Recursos Hídricos. No que diz respeito à relação do Grupo TERRA com o Assentamen-to, o projeto contribuiu para fortalecer laços de confiança, o que também deve ser considerado, em termos das atividades do Núcleo de Agroeco-logia. Apesar das dificuldades encontradas, que em certa medida inviabilizaram a execução ótima da proposta, o Grupo conseguiu cumprir, e con-tinua cumprindo, essa demanda dos agricultores assentados. Por último, e de grande importância, as oficinas viabilizaram um espaço de convivên-cia e reflexão sobre o assentamento, estimulando as crianças, adolescentes e jovens a compreen-derem mais profundamente o espaço em que vi-vem. Desta maneira, tornaram-se mais capazes de debater os temas propostos nas oficinas e de refletirem sobre a relação desses temas com a vida no Assentamento.

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Extensão/Comunicação Rural Junto à Cooperativa de Produtores Familiares do Município de São Pedro - SPCoordenador Antonio Ribeiro de Almeida Junior

Ações/atividades desenvolvidas1) 64 Visitas semanais aos produtores e Coope-rativa para assessoria técnica e organizacional; 2) 192 atendimentos aos produtores nas visitas; 3) 6 participações em palestras técnicas; 4) 4 Muti-rões para acompanhamento do Sistema Agroflo-restal (SAF) em uma propriedade; 5) 33 reuniões semanais dos alunos do grupo com o orientador; 6) 2 reuniões de avaliação e planejamento; 7) Par-ticipação e apresentação do GESP no Fórum de Extensão da ESALQ-USP; 8) Manutenção de um blog do GESP; 9) Participação em 10 reuniões do núcleo de Agroecologia; 10) Organização: 1 aula aberta; Cooperativismo: outro modo de or-ganização com presença de 52 participantes; 11) 4 encontros de formação sobre temas diversos: Grupos e organização do trabalho em grupos, adubação orgânica, adubação mineral.Resultados alcançados– Maior participação dos alunos junto aos pro-dutores em seu ambiente social de ação, viven-ciando as principais questões socioeconômicas do setor rural; – Maior interação entre os saberes acadêmicos e práticos pelo intenso contato entre a universidade e os agricultores e sua entidade; – Contribuir para melhor formação dos estudantes no processo de gestão e participação em grupo; – Aumento da demanda de novos alunos pelo projeto (atualmente temos cerca de 20 estudan-tes como estagiários); – Agricultores satisfeitos com o desempenho dos alunos; – Envolvimen-to da escola rural (alunos, professores e direção) nas atividades do grupo de extensão.

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Extensão Rural, Agroecologia, Agricultura Familiar e Economia Solidária: Buscando Estatísticas sobre Produtores e Consumidores na Rede Guandu Coordenador Gerd Sparovek

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades desenvolvidas no ano de 2013 e 2014 pelos estagiários do projeto pautaram-se principalmente na aproximação dos estudantes do agricultor familiar e das dificuldades encontra-das pelos mesmos quanto à comercialização de seus produtos, problema igualmente enfrentado por pequenos empreendimentos solidários fami-liares localizados em região urbana. No inicio do projeto, os bolsistas desenvolveram habilidades voltadas à gestão semanal da Rede Guandu, que se propõe a ser uma Rede de comercialização direta entre produtores e consumidores. Nestas atividades estavam inclusos o contato direto com os produtores ao receber, conferir e verificar o que estaria disponível para a próxima semana, o

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aperfeiçoada e atualmente conta com a interação de outros grupos de estágio da ESALQ como o PET-GAEA que está colaborando, principalmen-te, na gestão financeira. Foram desenvolvidos tutoriais explicativos para que próximos voluntá-rios e estagiários encontrem maior facilidade ao iniciarem o trabalho junto à Rede Guandu.

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Divulgação das Ciências Naturais: Elaboração, Aplicação e Avaliação de Material Didático-Pedagógico para a Educação Básica CoordenadoraRosebelly Nunes Marques

Ações/atividades desenvolvidasEste projeto teve como objetivo principal a di-vulgação das Ciências Naturais, em escolas da Educação Básica, do município de Piracicaba, focando inicialmente conteúdos específicos abordados dentro do currículo de base das áreas de Ciências da Natureza, foco do Grupo de Ex-tensão CRECIN (Centro de Referência em Ensino de Ciências da Natureza). Para essa finalidade foi elaborado material didático-pedagógico na forma de slides para a apresentação de palestras envol-vendo tópicos de interesses científico, tecnológi-co, social e ambiental, com linguagem adequada ao ensino fundamental e médio, assim como a capacitação didático-pedagógica dos alunos envolvidos no projeto. A elaboração de material didático-pedagógico, na forma de divulgação científica, despertou o interesse dos alunos, esti-mulando-os a também ingressar na universidade, além de informar e apresentar a teoria através de ilustrações dos temas desenvolvidos. A propos-ta de desenvolvimento inicial do projeto incluiu a definição dos temas, valorizando a interdiscipli-naridade, estudo científico do tema e discussão com os bolsistas envolvidos. O tema foi escolhido a partir das informações em revistas de circula-ção midiática, especificamente, as revistas que chegam às escolas, sendo elas: Ciência Hoje, Galileu, Superinteressante e Scientific American Brasil, publicadas no período de 2008 a 2013. O tema escolhido foi Sustentabilidade e a palestra elaborada está em divulgação nas escolas, pois o projeto está em andamento. Resultados alcançadosA análise das revistas foi relevante para que o tema da palestra, Sustentabilidade: é possível, tivesse o embasamento teórico e o interesse científico quando apresentado na escola. Além das escolas públicas, estão na lista de interes-sados, escolas particulares. A continuidade do projeto abordará a permanência do oferecimento da primeira palestra, mas também há duas novas palestras em elaboração. Também é relevante considerar o crescimento das alunas envolvidas e a interação positiva, fazendo com que houvesse a possibilidade de publicação de um artigo na V Jornada das Licenciaturas da USP/IX Semana da Licenciatura em Ciências Exatas – SeLic: A Uni-versidade Pública na Formação de Professores:

contato com o consumidor ao auxiliá-lo na mon-tagem de sua cesta de produtos e na explica-ção do que se propõe um coletivo de consumo como a Rede Guandu e, por fim, a administra-ção do sistema de pedidos através da atualiza-ção de produtos on-line, abertura do sistema e impressão das planilhas de compras e produtos solicitados. Ao longo das semanas de entrega de produtos o bolsista pôde conhecer aos pou-cos a história de cada produtor da Rede Guan-du bem como as motivações dos consumidores mais assíduos em participarem de um coletivo de consumo. Ainda, ao longo de todo o período do projeto, os bolsistas organizaram, durante as entregas de produtos, eventos que pudessem trazer ao consumidor, maiores informações de onde vinham os alimentos que estavam adqui-rindo e como ele foi produzido, para tanto, foram organizadas degustações com e sem a presença dos produtores, oficinas de âmbito sustentável, visita a outros grupos de consumo em Campi-nas e Sorocaba e visitas ao assentamento Mil-ton Santos em Americana. Ao desenvolver uma relação com os produtores e estar em contato direto com consumidores, os bolsistas puderam entender e colaborar no planejamento da produ-ção de alguns produtos sugerindo desde mudan-ças em quantidades/pesos até a inserção de no-vos alimentos como Plantas Não Convencionais (PANCS), por exemplo, taioba, ora-pro-nobis e serralha, que hoje são oferecidos na Rede Guan-du. Por fim, os bolsistas elaboraram um questio-nário que foi aplicado a alguns consumidores a fim de entender melhor a oscilação dos mesmos na frequência em que faziam compra na Rede e, com isso, propor alternativas para maior fideliza-ção dos consumidores visto que a medida que o engajamento dos mesmos aumenta, aumenta também a garantia de que o produtor terá o es-coamento de parte de sua produção. Resultados alcançadosDevido a iniciativas dos bolsistas a Rede Guan-du possui atualmente, em sua lista de produtos, plantas não convencionais, que aos poucos co-meçam a se inserir na dieta dos consumidores, graças à disponibilidade destes produtos e do trabalho de informação e comunicação realizado durante as degustações. Ainda, o consumidor ganhou maior autonomia na montagem de sua cesta e com isso a responsabilidade de eventuais erros fica dividida entre o consumidor e aquele que auxiliou na montagem da cesta, seja ele bol-sista ou voluntário. O numero de consumidores aumentou e foi implantado um sistema de do-ação junto ao pedido dos produtos, em que o consumidor pode contribuir financeiramente para a manutenção estrutural e material do coletivo de consumo. Mensalmente está ocorrendo a Colhe-rada de Guandu, que informa o novo consumi-dor sobre as propostas do coletivo de consumo, bem como suas responsabilidades e direitos. Tal iniciativa é resultante da análise das respostas dos questionários onde se pode perceber que o consumidor precisa ser melhor informado so-bre o trabalho desenvolvido na Rede Guandu. A gestão semanal de entregas está cada vez mais

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ensino, pesquisa e extensão. São Carlos, 23 e 24 de outubro de 2014. ISBN: 978-85-87837-25-7 (em elaboração, um trabalho para apresentação no 4º Simpósio Aprender com Cultura e Exten-são). Por fim, ressalta-se que os bolsistas envolvi-dos no projeto tiveram a oportunidade de aprimo-ramento didático e pedagógico, aprofundamento do conhecimento específico dos assuntos discu-tidos, em todas as etapas, desde a preparação e divulgação do material até o convívio com os alunos da educação básica. Além disso, sendo aluno do curso de Licenciatura, pôde receber es-tímulos para o exercício da profissão docente e experiência didática.

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Avaliação de Processos do Programa PonteCoordenadoraRosebelly Nunes Marques

Ações/atividades desenvolvidasPensando no contexto histórico do Ponte, a ava-liação dos processos é extremamente necessá-ria e adequada. Num primeiro momento, houve a análise das atividades desde o inicio do Pro-grama Ponte para que pudesse servir de base para iniciar o processo de avaliação do programa atualmente, tendo por norte: Contribuir para o sucesso do Programa Ponte; Avaliar como é o planejamento das atividades; Avaliar a sistemáti-ca da execução; Analisar a forma de registros das atividades realizadas; Feedback ao grupo; Com-preender as diferenças (visão do aluno, monitor e professor). Concluiu-se que se deve pensar em montar um cabeçalho para cada ficha de avalia-ção, usar Questionário prévio e Questionário pos-terior, pensar um portfólio/ficha para o monitor, Gravação das reuniões, introduzir jogos didáticos (devidamente planejados e discutidos). Diante destes dados propôs-se uma nova forma de re-gistro para auxiliar na melhor maneira de registrar esses relatos para facilitar a avaliação e alcançar os resultados do Programa Ponte.Resultados alcançadosAs avaliações iniciais, do professor e dos estu-dantes, serão sistematizadas, preenchendo uma planilha pronta para cada escola, que permite a compilação dos dados referentes a cada turma, desde antes do projeto até o final das atividades. Criação de uma pasta física contendo todas as avaliações dos monitores de cada módulo (sepa-rada da documentação da escola) que possibilite e instigue as coordenadorias a acompanhar o de-senrolar do módulo durante a sua execução. As avaliações do monitor serão devidamente pensa-das para permitir uma conferência rápida e efi-caz por parte de cada coordenadoria, de acordo com os seus interesses específicos. Ferramentas de visibilidade, difusão e fortalecimento do a médio e longo prazo; Depoimentos escritos de todos os parceiros/professores no caderno semestral; Depoimentos em vídeo a serem divul-gados na internet; Ferramentas de comunicação: blog, site e Facebook.

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Programa Solo na Escola ESALQ 2013: Formação de Professores para Ensino de Solos em uma Escola com Pedagogia WaldorfCoordenador Antonio Carlos de Azevedo

Ações/atividades desenvolvidasAlém das atividades de rotina de recepção de escolas e manutenção da estação demonstrativa do Programa Solo na Escola, o projeto permitiu a realização de atividades de formação conti-nuada para um grupo de professores do ensino fundamental da Escola Waldorf Novalis, de Pira-cicaba. As atividades desenvolvidas foram dois encontros para apresentação da fundamentação teorica sobre minerais e rochas, incluindo uma parte prática com os professores para identi-ficação macroscopica dos principais minerais formadores de rochas. Em seguida, houve uma saída de campo com os professores para obser-vação e identificação das rochas no entorno de Piracicaba, incluindo um resumo do ambiente de formação das rochas. Finalmente, os professores deram inicio à construção da coleção de rochas para a escola, para a qual o programa doou al-guns exemplares.Resultados alcançadosOs professores iniciaram um processo de multi-plicação do conhecimento e práticas aprendidas durante o processo. As formações geologicas ocupam uma parte importante no processo de aprendizagem dentro do currículo e metodologia Waldorf. Neste ano, chegou ao nosso conheci-mento que a escola realizou um dia de campo com os estudantes do 6º ano através do mesmo roteiro utilizado durante a formação dos profes-sores.

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Atividades Lúdicas de Fisiologia Vegetal em Aulas Práticas para Alunos dos Cursos de ExtensãoCoordenadorAntonio Natal Gonçalves

Ações/atividades desenvolvidasFoi construído o jogo de tabuleiro com ações e questionamentos voltados para a proposta fisio-lógica, a bolsista foi buscar conteúdo em obras de fisiologia vegetal, para formular perguntas sim-ples bem como inserir conceitos na dinâmica do jogo. Em uma das aulas o jogo foi aplicado aos alunos presentes, tendo sido desenvolvido por aproximadamente duas horas. Nesse período, foram anotadas algumas informações para apri-morar a prática e, com isso, deixar o jogo mais interessante, além de corrigir algumas falhas.Resultados alcançadosAtravés do jogo de tabuleiro montado pela bol-sista, foi possível trabalhar com os alunos na forma prática os ensinamentos fisiológicos. Essa dinâmica foi entronizada por todos de uma forma

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Ações/atividades desenvolvidasForam feitos os levantamentos dos resíduos em empresas processadoras de vários estados brasileiros. A quantificação ocorreu por meio de questionário preenchido nas empresas ou en-viados por internet aos responsáveis em cada estabelecimento. A caracterização dos resíduos foi feita em amostras aleatórias coletadas em pontos de venda e em empresas do litoral pau-lista. Um inquérito foi realizado junto às pessoas envolvidas no processo de industrialização do pescado, desde coordenadores, em nível de go-verno, como o presidente do setor de pescado da Fiesp, bem como agentes de fiscalização e pessoal das prefeituras. Foi sugerido um esque-ma combinado de empresas com prefeituras e sugeridas formas de aproveitamento do resíduo desde o uso como adubo, ração, fracionamento e obtenção de outros coprodutos mais verticais e de maior valor agregado, como a peptona obtida da silagem. Novas ações estão sendo pesquisa-das para a verticalização dos coprodutos e otimi-zação dos processos.Resultados alcançadosQuantificação do resíduo em todo o território nacional. Estratégias para utilização e obtenção de coprodutos disponibilizadas às empresas. Coprodutos de maior valor agregado em estudo.

muito receptiva e lúdica, pois o desafio de cami-nhar pelas casas do tabuleiro com o auxílio de dado e feijões contribuiu com o estímulo, pren-dendo a atenção ao jogo e, ao mesmo tempo, o ensinamento. Observamos que a discussão foi recorrente uma vez que os pontos a serem res-pondidos fomentavam a participação de todos e com isso despertando mais interesse, além de estimular a desenvoltura à qual a timidez deu es-paço para questionamentos abertos e enriqueci-dos com a opinião alheia. Foi uma atividade muito proveitosa e gratificante.

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Programa de Apoio à Elaboração de Planos Municipais de Gerenciamento de Resíduos Urbanos para Prefeituras de Pequenos Municípios CoordenadoraAdriana Maria Nolasco

Ações/atividades desenvolvidas1) Revisão bibliográfica sobre: – a Política Nacio-nal de Resíduos Sólidos, – métodos para elabo-ração de planos de gerenciamento de resíduos sólidos, – requisitos técnicos e legais para elabo-ração de planos de gerenciamento de resíduos sólidos, – desafios e oportunidades enfrentados pelos municípios brasileiros para elaboração dos planos de gerenciamento de resíduos; 2) A par-tir da revisão de literatura, elaborou-se um ma-nual de orientação sobre elaboração de planos de gerenciamento de resíduos sólidos, que será disponibilizado para consulta e download através da home page do Laboratório de Movelaria e Re-síduos Florestais; 3) Participou como relatora na Convenção Municipal sobre a Politica Nacional de Resíduos Sólidos, realizada em maio de 2014 para discussão de formas de implementação da lei pelo município de Piracicaba e eleição de de-legados para a convenção estadual, através de parceria do Laboratório de Movelaria e Resíduos Florestais e a Prefeitura Municipal de Piracicaba; 4) Participou da comissão organizadora do Se-minário sobre Gestão de Resíduos Sólidos Ur-banos, na II Exposição Ambiental de Piracicaba, realizado no dia 9 de novembro de 2013, sob co-ordenação da Profª. Drª. Adriana Nolasco.Resultados alcançados1) Elaboração do manual de orientação sobre elaboração de planos de gerenciamento de re-síduos sólidos; 2) Participação na organização de eventos técnicos de disseminação de conhe-cimento para a sociedade; 3) Maior experiência e complementação da formação acadêmica da bolsista.

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Desenvolvimento de Estratégias para Gestão e Armazenagem de Co-Produtos e Resíduos da Industrialização do Pescado MarinhoCoordenadoraMarilia Oetterer

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Elaboração de Manual para Produção de Componentes Construtivos com Fibras Vegetais Visando à Capacitação de Pessoas Afetadas pelas EnchentesCoordenadoraLara Leite Barbosa

Ações/atividades desenvolvidasA pesquisa foi realizada em sete etapas: 1) Revi-são bibliográfica. A partir da bibliografia específica sobre ecodesenvolvimento e processos de pro-dução com perfil colaborativo, foi elaborada uma pesquisa sobre dados de literatura e técnicas de produção de componentes com fibras vegetais; 2) Estudos, levantamentos e análises de similares para identificação de padrões. Foram levantadas fontes sobre o local onde se pretende desenvol-ver o projeto. Consulta aos especialistas em de-senvolvimentos de produtos junto à comunidade; 3) Documentação dos processos de produção e elaboração de projeto preliminar de componentes com fibras vegetais para arquitetura emergencial. Neste período houve a necessidade de visitar a cidade de Eldorado, então foi possível fotografar e registrar as técnicas estudadas. Foram digitali-zados os dados mais relevantes, assim como de-senhos e estudos. Elaborou-se uma planilha em que constam processos produtivos com fibras vegetais e suas possíveis aplicações em elemen-tos construtivos. Elaboração de um projeto preli-minar para a proposição de alternativas de com-posições em compatibilidade com as técnicas estudadas; 4) Elaboração de relatório. Análises dos dados. Redação de relatório parcial do pro-jeto. Foram feitas análises, discussões e debates junto ao grupo de pesquisa sobre os resultados parciais. Diagnóstico de dificuldades e facilidades; 5) Elaboração de testes e experimentações. Ve-rificamos fornecedores e fabricantes. Vários tes-tes com materiais aconteceram nesta fase e foi possível verificar a execução das soluções pes-quisadas; 6) Finalização do manual. Conclusões. Estudos sobre formatos de manuais e linguagens adequadas à comunicação visual para o grupo focal. Houve produção de desenhos técnicos; 7) Elaboração de relatório. Divulgação dos resul-tados. Redação de relatório final do projeto. Re-flexões a respeito do processo de pesquisa e do encaminhamento do resultado à população. Di-vulgação dos resultados, através de participação em eventos de iniciação científica, como o Simpó-sio Aprender com Cultura e Extensão.Resultados alcançadosA experiência participativa com moradores de El-dorado, com membros administrativos e diferen-tes pessoas durante o workshop foi marcada por várias adaptações necessárias para sua realiza-ção na data estabelecida. O roteiro preparado e planejado anteriormente foi drasticamente altera-do e adaptado para as condições possíveis. Ain-da assim, percebemos que as pessoas que par-ticiparam de nossa iniciativa saíram do workshop com uma nova reflexão sobre algo que estão acostumados a fazer e que apresenta alguns po-tenciais ainda não desenvolvidos por completo. O workshop foi uma importante contribuição para

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arquitetos que trabalham em órgãos governa-mentais. Existem, além disso, outros profissionais arquitetos que passaram a desenvolver esse tipo de trabalho, que vem sendo designado como As-sessoria Técnica junto a essas comunidades, que acabaram sendo constituídas pelo fato de que, ainda como alunos, esses profissionais haviam se interessado por esse tipo de trabalho, muitas ve-zes por terem sido procurados para isso. Atual-mente, essas Assessorias Técnicas formadas por arquitetos, acabaram por se constituir em uma prática profissional reconhecida e que vem sen-do contratada por comunidades e também por prefeituras da região metropolitana de São Paulo para esses serviços. A aluna acompanhou, des-se modo, o trabalho realizado com moradores de favela no Real Parque que foram removidos para um conjunto habitacional construído pela Prefei-tura de São Paulo.Resultados alcançadosA aluna esteve interessada na experiência e teve oportunidade de entrar em contato com uma realidade e com uma prática desconhecida por ela, além de poder refletir sobre a profissão de arquiteto por ela escolhida. O trabalho do arqui-teto com uma população envolvida com as pro-blemáticas emergentes das entrevistas, sugere a necessidade de uma formação mais abrangente para que os arquitetos venham a atuar com maior efetividade nesse âmbito, sendo que a alternativa é oferecida por programas extensionistas àque-les que demonstram maior adequação a esse tipo de formação.

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Difusão de Imagens Fotográficas da Arquitetura Brasileira do Acervo da Biblioteca da FAU-USP na Internet no Ambiente Colaborativo ARQUIGRAFIACoordenadorArtur Simões Rozestraten

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades desenvolvidas pelos alunos envol-veram: 1) a identificação, higienização e conser-vação do material fotográfico original em pauta, realizados com a devida orientação técnica; 2) o acondicionamento e armazenamento do ma-terial fotográfico mencionado, com a aquisição e instalação de mobiliário adequado que permi-tam melhor acesso, organização e otimização de materiais originais e espaços; 3) a catalogação e associação de metadados aos arquivos eletrôni-cos de imagens e sua integração ao Banco de Dados Bibliográficos da USP-DEDALUS; 4) a in-serção/upload das imagens digitais oriundas do Setor Audiovisual no ambiente do ARQUIGRAFIA (hospedado no CCE-USP) para sua plena difusão dentro dos parâmetros e da cultura Open Access (Acesso Aberto), implementada na Universidade de São Paulo, para amplo acesso público e gra-tuito à informação.

estimular as trocas entre diferentes instituições e seus membros com diferentes origens e papéis na sociedade. Os alunos tiveram contato direto com comunidades que não conheciam, assim como sua cultura, seus materiais e técnicas. Com a fi-nalização do projeto de pesquisa, da elaboração do manual e conclusão da etapa de elaboração do material construtivo a partir da matéria prima disponível no Vale do Ribeira, sendo prioridade do grupo a fibra de bananeira, podemos realizar análises sobre a pesquisa e resultados obtidos. Foram produzidos desenhos técnicos e manuais que explicam detalhadamente as características do elemento construtivo desenvolvido. O manual construtivo poderá ser utilizado pela população para a montagem das divisórias, de modo que a compreensão do processo seja simples e de fácil apreensão. Além disso, a coordenadora do proje-to, Profa. Dra. Lara Leite Barbosa, dará continui-dade a esse projeto, inserindo os componentes estudados em outra pesquisa sobre banheiros para as situações de emergência.

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Valoração Ambiental de Imóveis: Teste de Metodologias da Norma ABNT 14653CoordenadorEmilio Haddad

Ações/atividades desenvolvidasA atividade principal da bolsista foi determinada pela sua participação na Câmara Ambiental do Instituto Brasileiro de Avaliação e Perícias de En-genharia – IBAPE, que tem se reunido mensal-mente na sede do Instituto. A Câmara tem cunho multidisciplinar e, no momento, está discutindo os serviços socioambientais que uma proprie-dade pode prestar. Foi feita uma listagem e atri-buídos itens aos participantes. Coube à bolsista desenvolver o item Ilhas de Calor, ou seja, a par-ticipação de uma dada propriedade na redução deste efeito.Resultados alcançadosO trabalho da Câmara Ambiental – de encontrar fórmulas de valorar propriedades que prestem serviços ambientais – continua em andamento, tendo em vista a amplitude do tema. A bolsista conseguiu se integrar muito bem nas atividades do grupo, e deverá prosseguir dele participando, mesmo após terminado o período da bolsa.

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Aprendendo Projeto Participativo com as Práticas Profissionais de Arquitetos e Comunidades ParticipantesCoordenadoraAngela Maria Rocha

Ações/atividades desenvolvidasA aluna Amanda Scotton vinculou-se a uma pes-quisa que procura identificar e caracterizar pro-cessos de trabalho do profissional arquiteto que estão voltados para comunidade de baixa renda. Tais trabalhos vêm sendo realizados em geral por

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Resultados alcançadosAo final de 12 meses de estágio os alunos con-tribuíram significativamente para: 1) identificação, higienização e conservação do acervo original de imagens fotográficas relativas à Arquitetura Brasileira, existentes no Setor Audiovisual da Bi-blioteca; 2) acondicionamento e armazenamento adequado das imagens originais, também com previsão bimestral de slides e ampliações em papel; 3) a continuidade da digitalização padroni-zada de todo o acervo de slides mencionado; 4) a inserção/upload das imagens digitais oriundas do Setor Audiovisual e do Setor de Projetos no ambiente do ARQUIGRAFIA para amplo acesso público e gratuito à informação.

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Profissionais da Cidade: Compreendendo a Urbanização e Resistindo à Fragmentação IICoordenadorPaulo Cesar Xavier PereiraAções/atividades desenvolvidasAs atividades do projeto foram organizadas por meio de reuniões, semanais ou quinzenais, onde eram debatidas, conceituadas e planejadas ações a serem desenvolvidas. A discussão envolveu pesquisa e a localização de bibliografia relacio-nada ao tema. Nesses encontros se realizavam discussões e se avaliava compreensões por ve-zes divergentes da leitura conjunta da bibliografia. Tendo como objetivo central o de compreender a urbanização e resistir à fragmentação, justificou--se a limitação do publico alvo às crianças mora-doras do Edifício União. Essa delimitação resultou de um primeiro movimento em que foi efetuada a organização e catalogação dos arquivos sobre o Edifício, localizados no Laboratório de Funda-mentos da Arquitetura e Urbanismo. E foram re-alizadas visitas ao Edifício e, em contato com os moradores, foram levantadas informações sobre as crianças residentes neste edifício.Resultados alcançadosNormalmente se releva o espaço urbano como elemento da experiência cotidiana da urbani-dade. Todavia a construção do espaço urbano, aqui compreendido por meio das escalas de ex-periências – edifício, rua, bairro, cidade –, nem sempre leva em consideração as necessidades e alcances da Infância como um ator social, que age diretamente na cidade. Assim, um resultado importante foi entender a Infância como categoria social, que mesmo com a renovação dos indiví-duos infantes apresenta em sua constância de grupo social a condição de ser uma camada so-cial que implica na produção do urbano. A con-dição urbana da criança mostrou determinações para a experiência da urbanidade, ao promover diferentes urbanidades possíveis de serem viven-ciadas conforme os grupos sociais das famílias. Logo, revelou que a construção da cidade, e a vivência social da infância em seus espaços mol-dam a experiência cotidiana, possibilitando, ou não, a formação de sujeitos, a prática cidadã e a participação política.

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Fitofarmacovigilância: Uso Racional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos pelos Usuários da UBS-SUS – ButantãCoordenadoraEdna Tomiko Myiake KatoAções/atividades desenvolvidas

O projeto foi desenvolvido por docentes e bol-sistas que desenvolveram as atividades descritas a seguir. Neste relatório constam os resultados obtidos pelo acadêmico André F.T.A. Souza, bol-sista PRCEU, no período. Como objetivos espe-cíficos, desenvolvidos pelo referido acadêmico empregando o tema Plantas Medicinais e Fitote-rápicos (PMF), tem-se: 1) participar de atividades em níveis acadêmicos, de extensão e de pesqui-sa; 2) participar de reuniões com os docentes do projeto para encaminhamentos e esclarecimen-tos das atividades desenvolvidas; 3) acompanhar os docentes durante as apresentações/discus-sões gerais sobre o projeto e o tema PMF, na sala de espera de atendimento médico do Centro de Saúde Samuel B. Pessoa (CSE), que é a unidade docente-assistencial da Faculdade de Medicina da USP, localizada à Av. Vital Brasil, 1.490, Bu-tantã, São Paulo; 4) durante o período, procurar sanar dúvidas dos pacientes relativas à área far-macêutica, com base nas atividades acadêmi-cas; 5) adequar a linguagem aos diferentes níveis de conhecimento dos pacientes; 6) aprender a utilizar e empregar compêndios, bases de dados e artigos científicos disponíveis na Universidade, para elaborar os materiais educativos (folder, sli-des), fundamentado no conceito de uso racional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Nos ma-teriais educativos empregar linguagem adequada a cada um dos públicos alvo do projeto, pres-critores e pacientes; 7) aplicação do questioná-rio, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências Farmacêuticas-USP, aos pacientes, na sala de espera de atendimen-to médico. Os participantes da entrevista foram orientados pelo acadêmico a assinarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), em três vias (via do entrevistado; via do pesqui-sador e, via arquivada no prontuário do usuário no CSE). O entrevistado foi orientado de que não seria obrigado a responder a todas as questões e poderia desistir da entrevista a qualquer mo-mento. Os menores de 21 anos, desacompanha-dos do responsável, não foram entrevistados; 8) preparar e apresentar à Comissão de Pesquisa da FCF-USP o relatório parcial (janeiro 2014) e o relatório final do projeto (agosto 2014) desen-volvido durante o período de vigência da bolsa; 9) preparar, submeter e apresentar seu trabalho em eventos científicos da área de saúde e no 4º Simpósio Aprender com Cultura e Extensão.Resultados alcançados1) Os resultados alcançados no período pelo aca-dêmico André F.T.A. Souza, bolsista PRCEU; 2) O resumo aprovado na Semana Farmacêutica de Ciência e Tecnologia. Este trabalho foi apresenta-do, em outubro de 2014, na forma de pôster, no evento, e o resumo será publicado em periódico (suplemento); 3) O resumo expandido, submetido

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para o SIICUSP 2014, foi apresentado para a Co-missão da FCF-USP na forma digital e na forma de pôster em outubro de 2014; Um pôster está em submissão para apresentação no 4º Simpó-sio Aprender com Cultura e Extensão. Constam os resultados do referido acadêmico. Os demais alunos do projeto realizaram atividades equiva-lentes, o que permitiu ampliar as atividades de ensino, pesquisa e extensão. Cada um dos aca-dêmicos envolvidos apresentou seus resultados nos eventos científicos anteriormente citados, tendo recebido elogios de seus avaliadores. Os resultados dos demais bolsistas do projeto serão incluídos em relatório a ser apresentado proxima-mente, visto que o projeto recebeu recurso para iniciar a efetivação física do material educativo a ser distribuído aos pacientes do SUS e profissio-nais de saúde (FOMENTO – projeto 990 – Fito-farmacovigilância no SUS FCF-USP/Centro de Saúde Samuel Pessoa). Até o presente, a fase I (um) do projeto alcançou resultados promissores para a sua continuidade. Também neste período, na mesma sala de espera de atendimento mé-dico, foi possível incluir outros acadêmicos, ex--alunos e residentes do HU-FCF-USP para pro-ferirem palestras e atividades educativas da área farmacêutica como, por exemplo, no dia do Uso correto de medicamentos. Assim, as atividades na sala de espera têm se mostrado educativas/interativas tanto para nossos acadêmicos quanto para os pacientes. Vislumbra-se ampliar as ati-vidades para outros centros sob a coordenação do Centro de Saúde Samuel Pessoa (CSE). Neste CSE iniciou-se a implantação de jardineiras com plantas medicinais identificadas com seus nomes botânicos, o que permitirá consultar a inclusão de acadêmicos de outras Unidades.

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Verificação do Uso de Drogas no Ambiente de Trabalho no BrasilCoordenadorMaurício Yonamine

Ações/atividades desenvolvidasNo período o bolsista aprendeu técnicas de pre-paro de amostras biológicas para detecção de substâncias psicoativas. As amostras fazem par-te de um trabalho desenvolvido no Laboratório de Análises Toxicológicas desde 1992, em parceria com empresas que realizam programas de pre-venção e controle do uso de drogas no ambiente de trabalho.Resultados alcançadosAcredita-se que o bolsista teve oportunidade de aprender a prática de funcionamento de um labo-ratório de análises toxicológicas, e todo proces-so que envolve a análise, desde os conceitos de cadeia de custódia de amostras até as etapas e critérios analíticos para se liberar o resultado final de um exame.

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Capacitação de Monitores de Naipes junto ao Coral YapapáCoordenadoraPrimavera Borelli Garcia

Ações/atividades desenvolvidasO Coral Yapapá nasceu em outubro de 1996 por iniciativa de professores, funcionários e alunos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, que cogi-tavam, há algum tempo, a formação de um coral que desenvolvesse suas atividades musicais nos intervalos para almoço. O grupo é regido, desde sua fundação, por Lucymara Apostólico. Seu re-pertório se caracteriza pela variedade de obras para a formação coral, que vai desde música eru-dita e popular brasileira, até música de outros pa-íses, passando pelo negro spiritual, música afri-cana, entre outras. Para participar do grupo não é necessário ter experiência musical ou afinação prévia. O Coral Yapapá desde o seu início traba-lha acreditando que cantar é um direito de todos, e que qualquer pessoa, em condições vocais normais, consegue desenvolver seu potencial vocal, seja em qual nível ela estiver, contribuindo assim com o grupo para um resultado musical de boa qualidade. Aos poucos, foi tornando-se mais conhecido e começou a atrair um número maior de pessoas interessadas em fazer par-te do grupo. Desde 2001, o Coral Yapapá vem realizando anualmente um evento denominado Encontro Yapapá de Corais, com a finalidade de integrar coralistas, regentes de diferentes coros da cidade. Em 2014, o coro completou 18 anos de atividade. As atividades realizadas pelos cora-listas, mediados pela regente, foram: exercícios de respiração e colocação da voz; exercícios de relaxamento; exercícios para independência auditiva e ouvido polifônico através de Canons; exercícios de sustentação do som (apoio) e afi-nação; exercícios para prontidão e aprendizagem rítmica, utilizando percussão corporal; exercí-cios com boomwhackers (tubos sonoros que, diferenciados por tamanho e cor, representam sonoramente as notas musicais). As atividades exercidas pela monitoria consistiram em fornecer suporte administrativo e musical para o pleno de-senvolvimento das atividades da regente.Resultados alcançadosA presença da bolsista foi fundamental para que o trabalho acontecesse de maneira mais rica, or-ganizada, otimizada e efetiva. Com a participa-ção de uma bolsista muito eficiente conseguiu-se dar conta de várias atividades importantes que antes estavam paradas ou andando devagar, devido a outras prioridades que um regente que atua sozinho precisa se ocupar para um bom resultado musical do grupo. Neste período em que o projeto foi contemplado com a bolsista, cumpriu-se de maneira muito satisfatória seu papel de proporcionar para cada cantor o des-cobrimento da própria voz; o contato com outras culturas por meio da música; a riqueza do rela-cionamento entre pessoas de diversas áreas com um mesmo propósito além de contribuir para que os estudantes de farmácia e de outras unidades vivenciassem uma prática musical de qualidade,

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do manipulador é essencial à execução de práti-cas seguras em todos os níveis (ensino, pesquisa e extensão). No entanto, ao avaliarmos o aspec-to de aplicação das medidas de biossegurança, observa-se certa negligência no uso frequente de EPIs e EPCs, visto serem obrigatórios para as di-ferentes manipulações. Este fato indica e sugere a necessidade de treinamentos constantes, não só para os iniciantes no laboratório, mas também e principalmente para os demais usuários visan-do uma atualização e reforço, no sentido de as-segurar práticas mais seguras.

que poderá contribuir para a sua formação ge-ral. Acredita-se que o contato com uma ativida-de artística contribui para a formação de estu-dantes e profissionais de diversas áreas, sendo fundamental na vida das principais academias do mundo. O crescimento pessoal e musical da própria bolsista é algo que pode-se salientar. Foi possível notar um desenvolvimento relevante da estudante no que diz respeito à organização do grupo, das partituras, programas de concerto, à divulgação e chamada para novos cantores, à pesquisa de repertório e da história do Yapapá, ao seu desenvolvimento musical – tornando-se referência no naipe do sopranos–, dando suporte às novas cantoras sem experiência que ingressa-ram no grupo. Acredita-se que todas as ativida-des contribuíram muito para sua formação como pessoa e como futura profissional em sua área, fazendo jus ao nome do projeto Aprender com Cultura e Extensão.

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Avaliação do Conhecimento e Aplicação da Biossegurança nos Laboratórios do Semi-Industrial da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP (FCF-USP)CoordenadoraCristina Northfleet de Albuquerque

Ações/atividades desenvolvidasOs laboratórios constituem fontes de risco, podendo ocasionar acidentes, e com isso as normas de biossegurança necessitam ser devi-damente aplicadas. Segundo Hirata e colabora-dores, o termo biossegurança deve ser adotado como a ciência voltada para o controle e minimi-zação de riscos advindos da prática de diferentes tecnologias, tanto em laboratório quanto aplica-das ao meio ambiente. Assim sendo, o conheci-mento e aplicação da biossegurança nos labora-tórios, por parte dos seus usuários, constituem um meio necessário para implantar uma cultura de segurança nestes locais. O objetivo principal desse estudo foi fazer a avaliação crítica do co-nhecimento e aplicação das normas e medidas de biossegurança nos laboratórios do Semi-In-dustrial da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP). Para atender este objetivo geral foram estabelecidas algumas etapas para o trabalho: revisar a literatu-ra atual sobre normas de biossegurança; aplicar um questionário aos usuários dos laboratórios do Semi-Industrial da FCF-USP; realizar uma dis-cussão dos resultados oriundos do questionário aplicado.Resultados alcançadosApós a avaliação dos resultados do questionário aplicado aos usuários dos laboratórios do Semi--industrial, podemos afirmar que existe um co-nhecimento dos conceitos e riscos nos diferentes locais. Este fato é bastante importante no sentido da criação de uma cultura de segurança no tra-balho. A partir da conscientização das consequ-ências de diferentes manipulações para a saúde

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Avaliação dos Tipos de Cabelos de Acordo com as Etnias e Importância do Uso e Conhecimento de Produtos Cosméticos Adequados na Qualidade de VidaCoordenadoraPatricia Maria Berardo Gonçalves Maia Campos

Ações/atividades desenvolvidasO presente estudo teve por objetivo estudar os tipos de cabelos encontrados no Brasil, analisar o real motivo do alto consumo de cosméticos, bem como avaliar a importância do uso de cosméticos na qualidade de vida. Para tal, foram elaborados e aplicados questionários, os quais continham 28 questões de ampla abrangência que foram res-pondidos por 123 mulheres na faixa etária entre 17 e 62 anos, escolhidas aleatoriamente. Inicial-mente foram realizadas entrevistas com mulheres de diferentes etnias (afro-descendentes, cauca-siano-descendentes, asiático-descendentes) que apresentem cabelos tingidos ou não e com mu-lheres que tenham cabelos envelhecidos (brancos ou grisalhos). O questionário permitia avaliar como elas classificam os seus cabelos e os diferentes tipos de produtos cosméticos que usam para tratá-los, incluindo tratamentos químicos como: alisamento, relaxamento, ondulação e tintura, e como esse uso tem interferido em sua qualidade de vida (se surtiu alguma melhora, ou se acarretou algum problema). Foram questionadas, também, se encontraram produtos disponíveis no merca-do que atendam às suas necessidades, qual o benefício mais procurado em produtos para ca-belos (hidratante, manutenção da cor, aumento da força, etc.) e sobre a influência que produtos adequados acarretariam em sua qualidade de vida. Os resultados foram, então, agrupados por questão, e foram feitos gráficos com uma breve estatística (percentual de respostas obtidas em cada pergunta). Após uma análise dos resultados, foi elaborada uma formulação cosmética para os cabelos de acordo com as necessidades apre-sentadas pelas mulheres questionadas.Resultados alcançadosDe acordo com os questionários aplicados, no-tamos que a maioria das mulheres utilizam pro-dutos cosméticos para cabelo e/ou fazem tra-tamentos capilares em salões, sendo que 57% delas priorizam o tratamento dos cabelos em relação ao tratamento da pele. Essas mesmas também possuem queixas e reclamações, 25% dizem não gostar dos cabelos e mais de 90% mudariam algo. Em busca de um cabelo perfeito ocorre uma grande procura por um cosmético ideal. No entanto, 46% das entrevistadas dizem que não conseguem encontrar produtos com os benefícios esperados no mercado. Outros resul-tados foram referentes aos produtos encontra-dos no mercado brasileiro, mostrando que 83% das entrevistadas não acreditam nos rótulos dos produtos cosméticos. Foi visto também, que no momento da compra destes, a prioridade na es-colha é a marca e os benefícios propostos. Por fim, 89% das entrevistadas disseram que o uso de produtos cosméticos adequados influenciam

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sobre o uso do protetor, através da entrega de um folheto informativo.Resultados alcançadosA analise dos questionários demonstrou que 76% dos entrevistados costuma utilizar protetor solar, sendo a maioria do sexo feminino. A maior pre-ocupação da utilização do protetor solar é para a prevenção de câncer de pele (27%), seguida pela prevenção de manchas (20%), prevenção de sinais de envelhecimento (18%), prevenção de queimaduras solares (17%), prevenção de rugas (12%) e para poder ficar mais tempo exposto ao sol (5%). Na compra do protetor solar o fator que mais se leva em conta é o de secagem rápida e toque não-oleoso (41%), poucas pessoas se pre-ocupam com a marca e preço. Quando pergun-tados sobre a utilização de produtos cosméticos que possuem o filtro solar, 61% não fazem uso desses produtos, dos 39% que fazem uso 58% passam filtro solar junto com outro produto. O trabalho também demonstrou que a maioria das pessoas que não fazem uso diário de protetor so-lar não o faz por motivo de esquecimento e que a exposição solar ocorre principalmente durante as atividades cotidianas. Quanto ao fator de prote-ção do protetor solar, 60% concorda que quanto maior o FPS, maior será a proteção contra os da-nos causados pelo sol. De maneira geral, cons-tatou-se que as medidas de fotoproteção são praticadas pela maioria dos entrevistados, po-rém, de maneira irregular. Demonstrou-se ainda uma relação direta entre idade e conhecimentos sobre fotoproteção e informação sobre o índice UV, onde os entrevistados de 18 a 30 demons-traram um maior conhecimento comparados aos entrevistados acima dessa faixa etária. Pessoas que não possuem casos de câncer de pele na família preocupam-se, também, em se proteger, mesmo que tenham uma menor influência genéti-ca. Demonstrou-se que o sexo feminino se preo-cupa mais em se proteger, o que pode acontecer pois mulheres possuem uma maior preocupação em se cuidar e maior preocupação com a beleza. Os homens apresentaram uma menor adesão do uso de protetor, porque acham desnecessário e dizem que protetor solar é produto cosmético, isso pode ter relação com uma possível rejeição masculina aos produtos cosméticos, poucos são os homens que se mostraram preocupados com o envelhecimento da pele. Essas diferenças de conhecimento e hábitos estão relacionados à idade, sexo, cultura familiar e algumas vezes com a classe social.

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Imunologia como Ferramenta para a Transferência do Conhecimento da Universidade à ComunidadeCoordenadoraFabiani Gai Frantz

Ações/atividades desenvolvidasAtividades lúdicas, práticas e de experiências ro-tineiras dos adolescentes participantes do proje-to foram o ponto de partida de nossa proposta,

na qualidade de vida delas, melhorando a auto--estima e bem-estar. De acordo com os dados obtidos, grande percentual das mulheres diz ter alguma alteração capilar, sendo o frizz, o resse-camento e as pontas duplas as principais. Mais de 50% das entrevistadas priorizam o tratamento dos cabelos em relação ao tratamento da pele, o que mostra a maior importância do setor de cosméticos capilares no Brasil. Além disso, 89% das mulheres acham que o uso de produtos cos-méticos podem influenciar na sua qualidade de vida. Porém, elas dizem não encontrar os produ-tos ideais para seus cabelos, o que gera a insatis-fação das consumidoras. Por fim, a maioria das entrevistadas não acreditam nos rótulos dos pro-dutos cosméticos para os cuidados dos cabelos. Em síntese, embora o uso de cosméticos para o cuidado dos cabelos seja muito alto, os usuários não se mostram plenamente satisfeitos e grande parte ainda procura por novos produtos que tra-gam os benefícios desejados. Essa insatisfação ocorre, possivelmente, pela falta de informação da população e também pelo uso de produtos que possuem rótulos atrativos, mas não eficien-tes. Foi possível analisar também que o uso de cosméticos está amplamente ligado à qualidade de vida das pessoas, fazendo com que elas se sintam mais felizes se estiverem utilizando um produto que realmente tenha um efeito positivo para elas, mostrando a importância de estudos desta natureza para o desenvolvimento de pro-dutos direcionados às necessidades do consu-midor e para o aprendizado dos alunos na área do projeto.

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Avaliação da Influência da Exposição Solar e do Uso de Fotoprotetores nos Danos Causados pela Radiação UV – Importância da Fotoproteção Correta Coordenadora Patricia Maria Berardo Gonçalves Maia Campos

Ações/atividades desenvolvidasEsse trabalho teve por objetivo fazer um levanta-mento do conhecimento da população de Ribei-rão Preto sobre fotoproteção e sobre os hábitos de exposição solar e proteção. Esse levantamen-to foi feito por meio de um questionário validado aplicado na população de Ribeirão Preto. Essas Atividades visam informar sobre a importância do uso correto de fotoprotetores para a manutenção da saúde da pele. Foi elaborado um questioná-rio contendo 15 perguntas com a finalidade de avaliar os hábitos de proteção e exposição solar e o conhecimento sobre fotoproteção, contendo perguntas como: a) Com que frequência você se expõe ao sol? b) Qual o motivo da sua exposição solar? c) Você utiliza produtos cosméticos que já possuem filtro solar? d) O que você considera mais importante ao comprar protetor solar? O re-ferido questionário foi aplicado em 100 pessoas da população de Ribeirão Preto, sexo feminino e masculino. Foi feito também o aconselhamento

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Ações/atividades desenvolvidasO projeto é constituído por pílulas radiofônicas que consistem em áudios informativos de curta duração – aproximadamente três minutos. Para a construção de cada uma das pílulas foi utilizado material referenciado, cujas principais fontes fo-ram: Ministério da Saúde (MS), Biblioteca Virtual em Saúde do MS, Agência Nacional de Vigilân-cia Sanitária (ANVISA), Organização Mundial da Saúde (OMS) e artigos acadêmicos. As pílulas foram confeccionadas pelos bolsistas do projeto e passaram, primeiramente, pela revisão da cor-responsável farmacêutica, Estael Luzia Coelho Madeira da Cruz, e, posteriormente, pela revisão da coordenadora do projeto, Profa. Dra. Regina Célia Garcia de Andrade. As gravações foram realizadas pelo bolsista Evandro De Nadai Silia, após agendamento prévio, nos dias disponibili-zados pela Rádio USP FM 107,9 MHz. As apre-sentações são veiculadas duas vezes ao dia (às 10h40min e às 15h20min), nas segundas e nas quartas-feiras. A fim de alcançar um maior públi-co ouvinte, o programa que ía ao ar pela manhã era repetido no período da tarde, havendo, por-tanto, dois programas inéditos por semana. Além disso, as pílulas possuíam um jingle de abertura e outro de encerramento, elaborados exclusiva-mente para a exibição do programa.Resultados alcançadosDurante o período vigente do projeto (agosto de 2013 à agosto de 2014) foram confeccionadas 71 pílulas radiofônicas. A bolsista Amanda Filip-pini Meletti confeccionou um total 30, sendo seis pílulas abrangendo temas gerais, 14 sobre saúde mental e 10 sobre diabetes, e o bolsista Evandro De Nadai Sília um total de 41, sendo 12 pílulas abrangendo temas gerais, 21 sobre saúde men-tal e oito sobre diabetes. Acredita-se que a veicu-lação das informações de saúde através da rádio, neste caso a rádio USP Ribeirão 107,9 MHz, feita de maneira clara e direta, possa ter contribuído para a difusão de conhecimento para a popu-lação ouvinte. A utilização do formato de pílulas radiofônicas foi de extrema importância, pois dis-ponibilizaram em um curto intervalo de tempo os principais pontos da informação divulgada, o que facilita o entendimento e o armazenamento das informações. Com isso, foi possível alertar a po-pulação ouvinte sobre os riscos do mau uso dos medicamentos, a importância de manter hábitos saudáveis de vida, os cuidados necessários com doenças mentais e com as doenças de alta pre-valência na sociedade brasileira.

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Campanha sobre o Uso Correto de Fotoprotetores e Avaliação dos Hábitos de FotoproteçãoCoordenadoraLorena Rigo Gaspar Cordeiro

Ações/atividades desenvolvidasApós a aprovação pelo Comitê de Ética em pes-quisas com Seres Humanos da FCFRP-USP, 472 questionários foram aplicados aos universitários e

que visa aproximar a Imunologia ao cotidiano dos alunos do ensino médio, estimular o pensamento cientifico, ao ingresso na universidade e principal-mente, transferir conhecimento produzido na uni-versidade à comunidade. Foram realizadas, até o momento, duas edições do projeto, sendo a primeira desenvolvida na Escola Estadual Otoniel Motta, e a segunda edição realizada na Escola Estadual Walter Ferreira. Na primeira escola, as atividades foram oferecidas para quatro turmas do primeiro ano do ensino médio, com partici-pação optativa e no contra-período. Na escola Walter Ferreira, as atividades do projeto foram incluídas na grade curricular e oferecidas a duas turmas do segundo ano do ensino médio. Em ambas as escolas, o curso de imunologia minis-trado se desenvolveu em cinco atividades, quatro delas em sala de aula na própria escola e uma quinta atividade desenvolvida no interior da USP--RP. Cada uma das atividades foi elaborada com a preocupação de envolver a turma, abordando eventos ocorridos no cotidiano que pudessem se relacionar à imunologia, instigando os alunos a entenderem cientificamente esses fenômenos. As quatro temáticas abordadas foram: 1) Intro-dução ao sistema imunológico; 2) Inflamação; 3) Microrganismos e Vacinas; e 4) Alergia. Experi-mentos científicos básicos para o entendimento do sistema imunológico, jogos relacionados aos temas abordados, exposição de vídeos educa-tivos, teatros e inúmeros materiais produzidos pelos próprios integrantes foram utilizados como recursos didáticos, para que a forma de ensinar e aprender se distanciasse dos métodos clássi-cos expositivos. A última atividade é desenvolvida dentro da universidade com visitas a laboratórios e uma conversa sobre formas de ingresso na Uni-versidade e cursos de graduação.Resultados alcançadosCom o projeto, foi desenvolvido um novo am-biente de aprendizagem, onde o conhecimento foi construído juntamente com os alunos, pro-porcionando uma experiência de aprendizagem bilateral. Os alunos das escolas participantes se mostraram muito interessados em saber como a universidade funcionava, como poderiam in-gressar nela e como poderiam se tornar pesqui-sadores. Resultados positivos foram observados não apenas nos alunos de ensino médio parti-cipantes, mas também em todos os integrantes do projeto. Atualmente o projeto envolve alunos de graduação da FCFRP-USP, EERP-USP e Docentes da USP do campus de Ribeirão Preto com o apoio de estudantes do programa de pós--graduação em Imunologia Básica e Aplicada da FMRP-USP.

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Difusão de Informações Sobre Medicamentos pelas Ondas do Rádio: uma Proposta de Educação em SaúdeCoordenadoraRegina Célia Garcia de Andrade

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à comunidade externa ao campus USP de Ribei-rão Preto. O questionário continha questões rela-tivas à idade, sexo, nível de escolaridade, renda familiar, tipo de pele, história de câncer de pele na família, conhecimento sobre efeitos da radia-ção ultravioleta, bem como questões gerais sobre comportamento e hábito relativos à exposição ao sol, tais como: tempo e horários de exposição, uso de proteção solar, fator de proteção solar utilizado, estação do ano em que usa filtro solar, uso de outros meios físicos de proteção solar, uso de filtro solar durante a prática de esportes ao ar livre, opinião sobre bronzeado, principal motivo observado para a falta de uso do filtro solar e fre-quência de queimaduras observadas ao longo da vida. A análise dos dados foi realizada utilizando frequências absolutas (n) e relativas (%) e foi uti-lizado o teste estatístico Mann-Whitney. A partir dos dados obtidos foi elaborado um material para ser utilizado na segunda edição da Campanha de Fotoeducação, realizada, em parceria com o Cen-tro Acadêmico da Faculdade, em maio de 2014 no centro da cidade de Ribeirão Preto.Resultados alcançadosHouve um aumento significativo no número de questionários aplicados em relação ao ano ante-rior, o que aumentou a amplitude da pesquisa re-alizada. A Campanha de Fotoeducação atendeu a um grande número de graduandos da FCFRP e da população da região central da cidade de Ribeirão Preto. O envolvimento de outros alunos de graduação, através dos cursos de capacita-ção e participação na campanha proporcionou uma forma mais efetiva de conscientização dos próprios alunos e fez com que estes atuassem como multiplicadores de informação.

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Associação Ribeirãopretana de Ensino, Pesquisa e Assistência ao Hipertenso – AREPAH – Parceria com a Universidade para Redução da Morbi-mortalidade por Doenças Cardiovasculares em Ribeirão PretoCoordenadorEvandro José Cesarino

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades foram constituídas por 11 palestras de diferentes temas de utilidade prática (entre agosto de 2013 e julho de 2014) dirigidas à po-pulação, com a participação aproximada de 224 pessoas ao longo desse período. As palestras foram divulgadas por meio de contato telefônico com frequentadores assíduos, e também através da imprensa escrita, falada e televisada, bem como no blog da AREPAH. Houve a obtenção de brindes gerais junto à iniciativa privada que foram sorteados ao final de cada palestra como forma de incentivo à participação dos ouvintes. Também houve obtenção de amostras grátis de produtos considerados adequados para hi-pertensos junto à indústria farmacêutica sem conflito de interesses, sendo estes distribuídos gratuitamente no final de cada palestra mediante

apresentação de receita médica. Além disso, foi organizada a campanha de utilidade pública inti-tulada Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, realizada no terminal rodo-viário de Ribeirão Preto-SP, no dia 26/04/2014. Houve reformulação do estatuto da AREPAH em diversos tópicos, porém este não foi registrado em cartório de pessoas jurídicas por falta de recursos financeiros. As atividades da AREPAH fizeram com que a Comissão Organizadora do XXII Congresso da Sociedade Brasileira de Hiper-tensão, realizado em Salvador-BA, no período de 06 a 08/08/2014, escolhesse essa entidade para proferir uma palestra representando todas entida-des semelhantes existentes no Brasil.Resultados alcançadosForam realizadas 11 palestras educativas men-sais, no Lar Vicentino de Ribeirão Preto, sempre nas últimas terças de cada mês, sobre diversos temas de saúde, abertas à população em geral, variando de 12 a 50 pessoas, totalizando 224 pessoas, com uma média de 21 pessoas por palestra, com as dificuldades de divulgação re-latadas acima. A campanha do Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, realizada no dia 25/05/2014, no Terminal Rodo-viário de Ribeirão Preto-SP, contou com a pre-sença de 275 participantes, com idade média de 54 anos, e predominância de 173 indivíduos do sexo masculino (63%). Dos fatores de risco car-diovasculares (FRC) analisados, 158 indivíduos referiram ter antecedentes familiares de Doenças Cardiovasculares (DCV). Da amostra total 115 indivíduos (41,8%) apresentaram PAS igual ou superior a 140mmHg e 98 (35,6%) apresentaram PAD igual ou superior a 90mmHg. O número de participantes em 2014 foi inferior a 2013, tam-bém em virtude da Campanha ter sido desenvol-vida somente no período da manhã em função da falta de voluntários para o dia todo, além da falta de apoio da imprensa descrita acima. Pode--se observar na amostra analisada a importante incidência de FRC que necessitam de interven-ção, visando prevenir eventos cardiovasculares futuros, reforçando a importância de manter esse tipo de campanha de utilidade pública.

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Cardiogeriatria: Uma Proposta de Apoio Assistencial ao Idoso CardiopataCoordenador Evandro José Cesarino

Ações/atividades desenvolvidasForam realizados atendimentos e entrevistas com 511 pacientes acima de 60 anos com a finalidade de identificar os seguintes aspectos de sua in-tegralidade: Características antropométricas; Co-morbidades; dados relativos à qualidade de vida, adesão ao tratamento e avaliação do mini-exame de estado mental e do risco cardiovascular; Me-dicamentos utilizados; Peculiaridades de estilo de vida; Possíveis intervenções a serem feitas para uma abordagem terapêutica mais efetiva, melhora da adesão ao tratamento e diminuição

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Ações/atividades desenvolvidasTrabalho realizado no Núcleo de Atendimento a Crianças e ao Adolescente (NACA) da Secreta-ria Municipal de Assistência Social da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, situado no bairro Vila Branca, região de reconhecida vulnerabilida-de social, com a presença de tráfico de drogas nos arredores do Núcleo. Atividades realizadas: 1) Contato e reunião com a Secretaria Municipal de Assistência Social, com o objetivo de definir o Núcleo onde o trabalho seria realizado; 2) Conta-to e reunião com a Coordenadora do NACA Vila Branca, para compreensão do perfil dos ado-lescentes atendidos na Unidade, temas a serem trabalhados durante o período de realização do trabalho, dias das visitas, de forma a compatibili-zar as atividades do projeto e as já realizadas pelo Núcleo; 3) Capacitações: em número de sete, re-alizadas na FCFRP e o objetivo foi o de treinar os alunos não-bolsistas (voluntários) que participa-ram do projeto, repassando aos mesmos o tema que seria trabalhado, o conteúdo do mesmo e qual dinâmica seria utilizada. Estas capacitações eram realizadas uma semana antes da atividade no Núcleo e foram de responsabilidade dos alu-nos bolsistas que contavam com o suporte da psicopedagoga e dos farmacêuticos envolvidos no projeto. Embora a ausência na capacitação não significasse o impedimento do aluno à visita, essa tinha importante função no resultado final; 4) Núcleo: Foram realizadas 14 visitas (consi-derando duas por semana). Os dias e horários escolhidos para as atividades foram escolhidos em comum acordo entre a coordenação do pro-jeto, os bolsistas e a coordenação do Núcleo, sendo acertados dois dias por semana, a cada 15 dias. Era condição importante, que em um dos dias a atividade fosse realizada no período da manhã e no outro dia realizada no período da tarde. Em média para o período da manhã havia 20 adolescentes e 15 no período da tarde. Devi-do à variedade de temas a serem tratados, para cada semana foram definidas as mais diferentes dinâmicas, de forma a ampliar a integração com os adolescentes. Dessa forma as atividades no núcleo foram feitas de forma dinâmica, incluindo recursos multimídia, material de colorir, modelos físicos, jogos e brincadeiras, entre outros meios; 5) Temas abordados: Oficina de integração ado-lescentes e equipe do PASCEF, Higiene pessoal e ambiental, destino dos resíduos sólidos (lixo) e doenças relacionadas à falta de higiene, promo-ção de saúde e prevenção de doenças, cidada-nia, Sistema Único de Saúde e violência.Resultados alcançadosEm um projeto com este perfil é sempre difícil definir de forma peremptória quais foram os re-sultados obtidos. Para tanto seriam necessários indicadores de pesquisa qualitativos, difíceis de serem empregados em um projeto com este público-alvo e com somente um ano de prazo para a sua realização. Em relação aos alunos o retorno é bastante palpável, com bolsistas e não--bolsistas relatando a importância deste contato com a população, principalmente consideran-do tratar-se de um público-alvo com grandes

do risco cardiovascular. Complementando esse trabalho, foi feito um recadastramento de ende-reços e telefones, revistas as altas dos pacientes que faziam seguimento neste ambulatório, para, quando necessário, reincorporar alguns pacien-tes para atendimento e ainda, a identificação dos óbitos no período de vigência desse relatório através de contato telefônico mantido com a fa-mília. Foi iniciado um trabalho de preenchimento da carteira do idoso, elaborada pelo Ministério da Saúde, que contém diversas informações do paciente em relação às suas comorbidades de medicamentos, facilitando a identificação destas informações para o profissional de saúde que atende a este idoso, tanto a nível ambulatorial como em regime de emergência, tendo em vista que frequentemente o idoso não sabe referir com precisão esses dados.Resultados alcançadosForam atualizados os dados de 511 pacientes, dentre os quais 327 (63,99%) eram do sexo fe-minino e 184 (36,01%) eram do sexo masculino. A idade média destes pacientes foi de 67 anos, sendo que a idade máxima foi de 103 anos e a mínima foi de 60 anos. A existência do projeto favoreceu a aprovação de uma chamada pública do CNPq sobre envelhecimento referente à aná-lise comparativa de qualidade de vida, adesão ao tratamento, risco cardiovascular de idosos hipertensos, usuários do SUS, que seriam acom-panhados num período de 2 anos para análise da sua morbi-mortalidade cardiovascular. Os pacientes do ambulatório têm sido beneficiados com vários exames laboratoriais oferecidos por esta chamada pública. A pesquisadora Carolina Pinto Vieira, aluna de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Toxicologia da FCFRP-USP identificou mais de 50 idosos portadores de Do-ença de Chagas neste ambulatório e ofereceu a possibilidade de participação no seu projeto de pesquisa. Os pacientes que aceitaram participar estão sendo beneficiados com a realização de diversos exames laboratoriais inclusive os não cobertos pelo SUS, confirmação sorológica da doença, eletrocardiogramas e ecocardiograma. O ambulatório também foi convidado para par-ticipar de dois importantes registros nacionais de pacientes pela Sociedade Brasileira de Car-diologia, ou seja, RECALL Registro Brasileiro de Fibrilação Atrial e I RBH Registro Brasileiro de Hipertensão Arterial. A finalidade precípua do projeto Cardiogeriatria: Uma Proposta de Apoio Assistencial ao Idoso Cardiopata é de extensão e de melhorar a assistência prestada a este seg-mento populacional, em vista disso toda ativida-de de pesquisa oferecida ao projeto é bem vinda, pois resultará em benefícios para os próprios pa-cientes.

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Programa Assistencialista Sociocultural dos Estudantes de Farmácia (PASCEF)CoordenadoraVânia dos Santos

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vulnerabilidades sociais, nem sempre olhados com o devido carinho e respeito pela sociedade. Esta coordenadora, ao acompanhar a evolução do trabalho percebeu de forma evidente, o quan-to, ao longo do tempo, aumentou a segurança dos alunos, o quanto eles puderam apreender a importância das distintas técnicas de abordagem e as diferentes formas de comunicação estabe-lecidas para os diversos momentos das ações. Não menos importante foi o aprendizado dos conteúdos ensinados, já que para a realização das visitas, os bolsistas precisavam estudar os conteúdos, discutir as possíveis dinâmicas a se-rem realizadas, tendo dessa forma também um importante ganho em termos de conteúdos que são importantes para o profissional farmacêutico. Quanto aos adolescentes, na própria percepção dos bolsistas, eles foram, ao longo do proces-so, diminuindo as suas restrições às atividades, passando a ter um grau maior de confiança na equipe do projeto e se permitindo compreender e apreender um pouco mais sobre o mundo que os cerca e sobre os diversos temas abordados. Ao longo do tempo, com o vínculo criado, os jovens passaram a se sentir cada vez mais à vontade em participar das conversas, fazer perguntas e tentar encontrar respostas aos questionamentos realizados. Quanto ao Núcleo, o retorno da ge-rência do mesmo foi bastante positiva, o que se refletiu no fato de que o projeto continua, agora com dois novos bolsistas e com diferentes temá-ticas a serem abordadas. Por fim, mas não me-nos importante, não podemos deixar de ressaltar que a importância da realização deste projeto e da continuidade do mesmo, além dos resultados apresentados acima, tem muita relação com o público-alvo escolhido, visto que os adolescen-tes são potenciais multiplicadores do conteúdo repassado, mas mais do que isso, são potenciais agentes para a mudança da sua própria realidade e da sociedade.

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O Direito Constitucional no Quotidiano das PessoasCoordenadorJosé Levi Mello do Amaral Júnior

Ações/atividades desenvolvidasIniciou-se, em 2013, sob coordenação do docen-te, o projeto de extensão O Direito Constitucional no Quotidiano das Pessoas, cadastrado na disci-plina Atividades de Cultura e Extensão da Facul-dade de Direito da USP. Foi nesse contexto que o docente apresentou projeto no edital Aprender com Cultura e Extensão. O projeto foi concebido para ocorrer em duas fases principais. A primeira, como etapa de preparação pedagógica dos alu-nos, de modo a garantir bagagem teórica míni-ma, com vistas às atividades de campo. A segun-da, como etapa de atividade de campo, voltada às comunidades alvo do projeto, de modo a levar a estas os aspectos do Direito Constitucional afe-tos ao quotidiano da cidadania. No primeiro se-mestre de 2013, desenvolveram-se as atividades relativas à primeira fase da atividade proposta, por meio de palestras e debates. Cada palestra teve duração aproximada de uma hora e quinze minutos (sempre das 17h às 18h15), prevendo--se leituras preparatórias estimadas em uma hora para cada dia de atividades. No segundo semes-tre de 2013 foram realizados quatro encontros na Faculdade de Direito (sempre das 17h às 18h15), desta feita sem convidados, e mais duas ativi-dades de campo junto ao Centro de Integração da Cidadania CIC Norte, na Jova Rural, em São Paulo-SP, acordados com o auxílio da Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo. No primeiro semestre de 2014 foram realizados seis encontros (sempre das 17h às 18h15). Em dois desses encontros o grupo re-cebeu dois convidados para as exposições. Nos outros quatro encontros o grupo debateu o livro A ordem econômica na Constituição de 1988, do Professor Titular Eros Roberto Grau. Foi realizada uma atividade de campo, no dia 19 de julho de 2014, das 8h30 às 11h30, em que o docente res-ponsável debateu sobre Plebiscito e Reforma Po-lítica com moradores da Zona Leste de São Paulo em evento organizado pelo pároco da Paróquia São Marcos Evangelista, Pe. João Paulo Geleilete Rizek, egresso da Faculdade de Direito da USP.Resultados alcançadosFormação de alunos para as atividades de cam-po projetadas. Realização de três atividades de campo: 1) duas junto ao Centro de Integração da Cidadania CIC Norte, na Jova Rural, em São Paulo-SP, acordados com o auxílio da Secretaria de Justiça e Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo; e 2) uma junto a moradores da Zona Leste de São Paulo-SP em evento organizado pelo pároco da Paróquia São Marcos Evange-lista, Pe. João Paulo Geleilete Rizek, egresso da Faculdade de Direito da USP.

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Pesquisa e Prática Jurídica em Direito e SexualidadeCoordenadorJosé Reinaldo de Lima Lopes

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades desenvolvidas pelo grupo consisti-ram no seguinte: a) Teóricas: Primeiro semestre: Encontros de formação teórica, no qual os alu-nos leram textos de Axel Honneth sobre as bases morais dos conflitos sociais, especialmente seu The Struggle for recognition e Disrespect. Pedia--se que os alunos preparassem as leituras com fichamentos adequados e depois de uma sinté-tica apresentação do texto indicado passávamos às discussões. O propósito era mútiplo: expô-los a um importante teórico e a um importante tema, ainda pouco veiculados na Faculdade de Direito; mostrar-lhes, como nos casos mais graves de violações de direitos, frequentemente estamos diante de violências não visíveis ou tomadas por naturais; sugerir como as questões mais relevan-tes de direitos fundamentais não se resolvem sem alguma articulação expressa e coerente de razões morais. Segundo semestre: Os alunos leram o li-vro de Brian Barry, Culture and equality. Pedia-se que os alunos preparassem as leituras com ficha-mentos adequados e, depois de uma sintética apresentação do texto indicado, passávamos às discussões. Ao final do semestre realizamos a lei-tura de um pequeno e clássico ensaio de Hannah Arendt, Reflections on little rock, no qual a pen-sadora elabora uma crítica à estratégia adotada pelo movimento negro norte-americano de judi-cializar a segregação escolar antes que enfrentar a proibição de casamentos interraciais. b) Práti-cas: Encontros semanais dos estudantes com a população assistida no Departamento Jurídico XI de Agosto, encaminhada pelo Centro de Referên-cia da Diversidade. Presentes no atendimento, os alunos ajudavam a triar os casos, entrevistavam as pessoas encaminhadas pelo CRD e iniciavam o acompanhamento jurídico. O atendimento inicial exigiu que se organizassem para ajudar os assis-tidos a obterem documentação requerida para o pedido de mudança de nome e sexo no registro civil. c) Práticas: Encontros com os advogados supervisores do Departamento Jurídico e com o dr. Eduardo Piza Melo, ex-aluno desta Faculdade de Direito, que em base voluntária discutia com os alunos e comigo, orientador acadêmico do grupo, os casos e dificuldades do atendimento.Resultados alcançadosOs resultados para a comunidade já são quan-tificáveis embora as sentenças dependam de vários fatores completamente alheios ao nosso controle. Conseguimos duas sentenças favorá-veis em dois casos atendidos e acompanhados pela estudante Julia Cruz, bolsista do programa Aprender com Cultura e Extensão da PRCEU. a) No total foram atendidas 42 pessoas, enca-minhadas pelo CRD. Destas, 16 neste primeiro semestre de 2014, e do total foram obtidos afinal dois deferimentos como dito acima. b) Foram ini-ciados dez processos de mudança do Registro Civil de pessoas encaminhadas ao Departamento

Jurídico por meio do convênio entre nosso grupo, o GEDS, e o CRD, dos quais dois tiveram deci-sões favoráveis, sendo que os outros oito aguar-dam decisão seja em primeira, seja em segunda instância. Tais números indicam a relevância da atuação do grupo e a abertura da Faculdade de Direito para a população vulnerável. Ficamos na dependência de as pessoas conseguirem os do-cumentos necessários. Não temos como definir os prazos para cartórios de fora de São Paulo apresentarem documentos indispensáveis à pro-positura das ações, não temos como controlar ou limitar prazos para julgamento dos feitos, etc. Entretanto, no que diz respeito à esperança de tratamento digno, pode-se dizer que o projeto contribuiu grandemente com a comunidade.

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Regularização Fundiária em ParaisópolisCoordenadorCelso Fernandes Campilongo

Ações/atividades desenvolvidasPragmaticamente, foram realizadas as seguintes atividades: reuniões semanais com o advogado orientador, a fim de realizar o acompanhamento processual; reuniões mensais com a comunida-de; idas frequentes à comunidade, com o objeti-vo de atualizar os dados cadastrais dos morado-res; manutenção jurídica da Associação Projeto Moradia; fomento à participação dos moradores no Conselho Gestor; participação nas reuniões do Conselho Gestor e no Multientidades de Pa-raisópolis; reuniões ordinárias semanais, internas, para a organização dos estudantes como grupo de extensão; grupo de estudos semanal, para discussão de textos; participação em eventos e seminários sobre direito à cidade, mega eventos esportivos e seus impactos sociais e violações de direitos humanos, urbanização, regularização fundiária e extensão universitária; Reuniões peri-ódicas em espaços de articulação entre entida-des e movimentos sociais, como a Jornada pela Moradia Digna.Resultados alcançadosNos diversos eixos de trabalho do grupo, foram alcançados resultados. No que concerne aos processos de usucapião coletivo, é necessário observar seu avanço. O primeiro processo a ser ajuizado encontra-se, atualmente, no encerra-mento do ciclo citatório. Vislumbrando-se o en-cerramento do processo com a sentença, o gru-po iniciou os estudos acerca do registro da área usucapida. Quanto aos demais processos, houve um avanço referente à realização das respectivas citações dos antigos réus, que foram acompa-nhadas pelos integrantes do grupo. Avançou-se também na manutenção dos dados cadastrais dos moradores, uma vez que no período abrangi-do foi realizado um grande processo de recadas-tramento, que incluiu idas semanais à comunida-de, a fim de checar o cadastro de cada morador das cerca de 300 famílias residentes no local. Essa etapa, ainda em andamento, permitiu uma

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atualização mais fiel de todos os dados. Esta é de essencial importância já que aproxima o gru-po da comunidade e faz com que haja um maior reconhecimento, entre o grupo e entre as pesso-as moradoras da quadra. Em referência à Asso-ciação Projeto Moradia, cabe destacar que suas eleições bienais foram realizadas com sucesso, assim como a sua regularização se encaminha para a etapa final. O conhecimento a respeito do intuito jurídico do usucapião coletivo também aumentou dentro da comunidade. Isso se deve, em parte, ao esforço dos alunos em elaborar uma cartilha de usucapião, na qual descreveram os seus requisitos, possibilidades e limitações. Além disso, no que concerne a Paraisópolis, como um todo, foi realizada, em setembro de 2013, uma audiência pública no Ministério Público a fim de apurar denúncias de atos que ofendem o direito à moradia, bem como outros direitos humanos, na qual os moradores puderam exigir ações afir-mativas do poder público frente a tais abusos e violações. Porém, o principal resultado alcançado foram as profícuas discussões realizadas de for-ma horizontal com a comunidade sobre questões relativas à vida em Paraisópolis, possibilitando a construção da noção de que eles têm autonomia para construírem sua interpretação sobre a reali-dade em que vivem e que, portanto, são atores no processo de transformação da cidade.

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Profilaxia e Encaminhamentos Socio-Jurídicos dos Adolescentes em Conflito com a LeiCoordenadorMarcio Henrique Pereira Ponzilacqua

Ações/atividades desenvolvidasSelecionamos como alvo do projeto, em 2013-14, um trabalho profilático com os adolescentes mo-radores do bairro Ipiranga, periferia de Ribeirão Preto-SP, através do mapeamento de famílias cujo núcleo familiar possuam crianças e adolescentes inseridos em situações sociais onde se verificam elementos potenciais que deflagram a criminali-dade. No primeiro período do projeto, durante o segundo semestre de 2013, os bolsistas se de-dicaram à visitação de entidades sociais cujas te-máticas eram semelhantes às do projeto. Assim, foi realizada uma visita à cidade de Bebedouro--SP na instituição Educandário Santo Antônio. Os membros do projeto de extensão dialogaram com supervisores, diretores e coordenadores da insti-tuição sobre os resultados que a instituição, como excelente projeto social, vem alcançando na ci-dade de Bebedouro-SP nos últimos anos, bem como seus índices de sucesso e perspectivas para o futuro. Em novembro de 2013, os alunos bolsistas participaram também do VII Seminário Internacional sobre Delinquência Juvenil, realizado na FDRP-USP. Ocorreram diversas palestras nes-te evento, dentre as quais se destaca a proferida pelo Prof. Nilton Soares Formiga, psicólogo social e docente da Faculdade Maurício de Nassau, em João Pessoa na Paraíba. No início de 2014 ocor-reram reuniões entre o coordenador e os bolsistas do projeto de extensão para definir as diretivas de ação para o semestre. Nos dias 11 e 20 de mar-ço, foram realizadas reuniões nas quais se defini-ram as frequências dos próximos encontros, bem como a intenção de construir um projeto-piloto para mapeamento de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, residentes do Bairro Ipiranga, na cidade de Ribeirão Preto. Para dar continuidade ao projeto-piloto, os estagiários, juntamente com o coordenador, realizaram uma visita a periferia de Ribeirão Preto em situação de vulnerabilidade. Dando continuidade à intenção de realização do mapeamento intersetorial (es-tatístico, familiar, social) da localidade. Assim, no dia 29 de maio de 2014, às 14h, no Anfiteatro da FDRP, foi realizada uma palestra com Hugo Cor-tes de Paula, formado em Administração Pública pela Universidade Federal de Ouro Preto e es-pecializado em desenvolvimento local e regional em parceria com o assistente social João Gabriel Manzi. O Evento fora intitulado Desenvolvimento Local– Estratégias para Proteção Social Básica de Crianças e Adolescentes, com o tema Enfrenta-mento das situações de vulnerabilidade social de crianças e adolescentes.Resultados alcançados1) Sistematização de encontros e palestras com temas especialmente dirigidos ao escopo do Projeto, isto é, o mapeamento das condições de vulnerabilidade, as medidas profiláticas apli-cáveis e, finalmente, o estabelecimento de redes

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de parceria para enfrentamento do problema; 2) Aproximação gradativa dos extensionistas às realidades sociojurídicas não contempladas nos manuais de Direito; 3) Reflexão sobre a neces-sidade de novas posturas doutrinárias e sociais no campo do Direito acerca dos adolescentes em conflito com a lei, notadamente em sua dimen-são preventiva; 4) Necessidade de maior preparo profissional dos operadores do Direito em direção interdisciplinar para que haja eficácia das normas protetivas do adolescente e avanço nas medidas socioeducativas.

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Proteção Socio-Jurídica às Vítimas de Violência Doméstica e Agressão SexualCoordenadorMarcio Henrique Pereira Ponzilacqua

Ações/atividades desenvolvidas1) Atendimentos individualizados, encaminha-mentos e acompanhamentos às vítimas de vio-lência doméstica e agressão sexual, sobretudo nos quadros atendidos pelo SEAVIDAS e Delega-cia da Mulher; 2) Encontros periódicos (mensais) entre o bolsista, a supervisora e o coordenador sobre o andamento do projeto, bem como a busca de formação de grupo de apoio, inclusive com a participação em reuniões de estudos de casos; 3) Produção do evento Violência Domésti-ca e Direito: Panorama e Ações – Projeto Análise e intervenção sócio-jurídica nos casos de agres-são sexual e/ou violência doméstica contra a mu-lher, o qual foi realizado na Faculdade de Direito de Ribeirão Preto, e contou com a presença de: Leonardo Romanelli, Promotor de Justiça; Regi-na Brito, diretora técnica do SEAVIDAS, Jussara Teixeira Marcelino, coordenadora da Coordena-doria Municipal da Mulher, além do Prof. Márcio Ponzilacqua, coordenador do projeto; 4) Trocas de informações, dados e mútua contribuição das alunas membros do presente projeto com a aluna Juliana Fontana Moyses, participante do projeto pela bolsa de estágio do Projeto PROEXT (Projeto Análise e intervenção sócio-jurídica nos casos de agressão sexual e/ou violência doméstica contra a mulher); 5) Leitura de amplo material relacionado ao tema, como, a titulo exemplificativo, Legisla-ção Produtiva da Mulher (Direito Constitucional, Legislação Específica, como a Lei Maria da Penha e comentários, Legislação Geral, tais como a Le-gislação Penal, Previdenciária e Trabalhista), além do livro referente ao tema elaborado pelos alunos participantes do projeto de outros anos, junta-mente com o coordenador, Violência Doméstica, Agressão Sexual e Direito: da constatação ao en-frentamento pela perspectiva interdisciplinar.Resultados alcançados1) Construção e consolidação de redes de pro-teção às vítimas de violência doméstica e agres-são sexual, em modo de rede; 2) Atendimentos personalizados às vítimas de violência doméstica e agressão sexual, com o subsequente encami-nhamento sócio-jurídico; 3) Produção de evento, no qual se trouxe para dentro da realidade da

Universidade a problemática, gerando debates entre os alunos e maior divulgação da relevân-cia do tema; 4) Produção de material condensi-vo relativo aos direitos da mulher, constante nas normas constitucionais e leis especiais; 5) Partici-pação de discussão de caso, atividade realizada no SEAVIDAS para discussão entre profissionais de diversas áreas (médicos, enfermeiros, assis-tentes sociais, dirigentes de órgãos públicos relativos ao caso etc.) de casos que demandam maior atenção pela complexidade e repercussão que possuem.

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Coleta Seletiva, Educação Ambiental e Promoção do Trabalho Decente em Ribeirão Preto-SPCoordenadorMarcio Henrique Pereira Ponzilacqua

Ações/atividades desenvolvidasDentre as atividades desenvolvidas pelas bolsis-tas, destacam-se: 1) Participação ativa nas ati-vidades e formações propostas pela educadora ambiental Daniela Sudan no âmbito do Programa USP Recicla; 2) Participação nas reuniões se-manais da cooperativa; 3) Desenvolvimento de oficinas junto aos cooperados; 4) Articulações junto a outros grupos extensionistas; 5) Manu-tenção de painéis informativos; 6) Colaboração para o projeto de pesagem e quantificação da produção de resíduos das unidades e das áreas comuns do campus de Ribeirão Preto-SP. A ex-tensão fomentou comunicação entre a realidade social dos catadores e o universo acadêmico, um relacionamento de troca de experiências que deveria fomentar o empoderamento mútuo das partes envolvidas. Todavia, os influxos externos correspondentes a jogos de poder sociopolíticos e econômicos, tendem a fragilizar os processos de empoderamento de modo muito sensível.Resultados alcançados1) Aprimoramento da consciência social: a prá-tica extensionista possibilita uma visão global dos problemas ambientais. Os problemas socio-ambientais visualizados na prática extensionista apresentaram o desafio do trabalho diário dos catadores, realizado em condições precárias, assim como permitiram sentir o desinteresse do poder público na resolução desses problemas, a despeito das previsões legais; 2) Aprimoramento da compreensão do cooperativismo, dos direitos associados e dos desafios sociológicos para a implementação da Lei da Política Nacional de Re-síduos Sólidos, especialmente pela inexistência de marcos regulatórios em âmbito municipal; 3) Melhor compreensão e elucidação dos mecanis-mos sociopolíticos atinentes com uma atuação mais incisiva nas redes sociais e nos momentos estratégicos das reivindicações populares; 4) Participação e colaboração efetiva com o Pro-grama USP Recicla do campus e das unidades em Ribeirão Preto-SP, mediante o auxílio em ativi-dades de quantificação, organização e formação de agentes; 5) Participação dos membros nas

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reuniões de assessoria dos parceiros da Coope-rativa Mãos Dadas e na compreensão/crítica dos processos sociopolíticos em que os cooperados estão envoltos.

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Direito e Cinema – Debates sobre Direito, Filosofia, Ética, Política e HistóriaCoordenadorNuno Manuel Morgadinho dos Santos Coelho

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades foram realizadas com êxito, con-forme planejado. Foram realizadas sessões de debate sobre temas importantes da Filosofia do Direito, da Ética e da Filosofia Política a partir de sua presença em obras cinematográficas, proble-matizando a experiência jurídica contemporânea. Houve dificuldades logísticas para levar as ses-sões até escolas da rede pública, o que segue sendo uma meta do projeto (que existe desde 2009), mas este problema foi suprido pela ampla divulgação do projeto junto às escolas da rede, de modo a receber os alunos em nossas sessões da FDRP-USP.Resultados alcançadosForam 34 sessões seguidas de debates, totali-zando 140 horas de atividades oferecidas à co-munidade de modo inteiramente gratuito. Foram também elaborados textos por alunos da FDRP que integrarão livro com o tema Direito e Cinema (uma primeira publicação desta natureza já de-correu do projeto em 2012, este será o segundo livro).

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PESC – Programa de Extensão de Serviços à ComunidadeCoordenadorCarlos Alberto Pereira

Ações/atividades desenvolvidasO Programa de Extensão de Serviços à Comu-nidade (PESC) é um programa de voluntariado dos alunos da Faculdade de Economia e Admi-nistração da USP, criado em 2001. Seus obje-tivos são os de gerar envolvimentos dos alunos da graduação em questões sociais e permitir que apliquem e compartilhem com a sociedade o conhecimento adquirido na universidade, de-senvolvendo uma visão estratégica e empreen-dedora para atuação social. Cada edição consis-te na formação de novos grupos de alunos de graduação, os quais desenvolvem projetos junto a organizações ou comunidades não governa-mentais. Os grupos contam com o apoio de alu-nos de pós-graduação, em nível de mestrado e doutorado, que realizam o papel de tutores das equipes, auxiliando-as no planejamento e orien-tação dos trabalhos. Após a seleção e formação dos grupos, os alunos foram colocados em con-tato com organizações não governamentais e/ou comunidades que integram a sociedade civil, com o objetivo de elaborarem, por meio de visitas in loco, diagnósticos e planos de ação, visando contribuir para a solução de problemas relevan-tes identificados na realidade dessas instituições. Esses planos foram submetidos à análise do gru-po gestor e dos professores coordenadores, que, após avaliá-los, propuseram ajustes no foco, na metodologia ou nos resultados esperados de cada projeto. Após ajustados e aprovados, es-ses planos foram implementados pelos grupos e acompanhados pelos gestores e coordenadores, visando assegurar o alcance dos resultados obje-tivados. Os bolsistas do Programa Aprender com Cultura e Extensão comprometeram-se a: dedi-car um mínimo de dez horas semanais no desen-volvimento das atividades do projeto; participar das reuniões e visitas às ONGs; elaborar junto ao grupo, diagnósticos sobre a entidade, para que assim determinassem o foco de atuação específico para o grupo; participar de todas as palestras que foram oferecidas pelo Programa; entregar relatórios parcial e final sobre o trabalho desenvolvido e participar de uma apresentação oral onde os resultados dos seus projetos foram apresentados, debatidos e compartilhados.Resultados alcançadosDesde a sua criação, em 2001, o PESC já reali-zou 112 projetos junto a instituições não gover-namentais, contando com o envolvimento efeti-vo de 579 alunos dos cursos de Administração, Economia, Atuária e Contabilidade da FEA-USP. Os resultados do PESC podem ser analisados sob três perspectivas: Na visão das organizações e/ou comunidades atendidas: observou-se que uma parte significativa dessas instituições não te-ria acesso ao conhecimento que lhes foi transmi-tido, implementou na prática alguma das ações propostas, incorporou novas técnicas e ferra-mentas de gestão e beneficiou-se de resultados

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concretos em suas atividades objeto do projeto; Do ponto de vista dos alunos alguns relatos têm destacado: a oportunidade de aplicação prática da teoria estudada em sala de aula, o desen-volvimento de competências e habilidades para uma atuação social relevante, a vivência prática e contato com a realidade social do país, promo-ção da apresentação de trabalhos em eventos, a motivação pelo reconhecimento do seu empenho por meio da premiação dos melhores trabalhos e satisfação pelo exercício da cidadania de manei-ra útil; Do ponto de vista institucional, os resulta-dos observados têm contribuído para: estender à Comunidade os conhecimentos desenvolvidos na FEA sob a forma de serviços voluntários gra-tuitos, consolidar a imagem de responsabilidade social da FEA, estabelecer sinergia com outras iniciativas de cunho social, formar profissionais comprometidos com a responsabilidade e o em-preendedorismo social e ser atuante e inovadora em relação ao desenvolvimento sócio-ambiental do país. Ao possibilitar que o aluno se depare com a realidade social do país e situações que demandam pesquisa e aplicação de novos co-nhecimentos, o PESC promove o que Saraiva (2007) define como uma visão mais ampliada e sólida das atividades de extensão junto ao ensino e à pesquisa.

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Aplicação do Lean Management na Melhoria dos Serviços do Hospital Universitário-HUCoordenadorAlvair Silveira Torres Junior

Ações/atividades desenvolvidasRealizou-se reunião de diagnóstico do coorde-nador e bolsista com o assessor da superinten-dência do HU para avaliar a viabilidade de apli-cação do modelo lean management em fluxos de trabalho do Hospital. Houve consenso para aplicação no fluxo da rouparia cujo setor apre-sentava problemas de falta de pessoal, muitos re-trabalhos e extravio de roupas de cama e toalhas. Realizada visita ao fluxo, com mapeamento em detalhes dos problemas. Realizada sensibilização dos funcionários e treinamento rápido (fast-trai-ning) sobre as técnicas de mapeamento do flu-xo. Realizado mapeamento do fluxo de valor da rouparia desde o recebimento das peças vindas da lavanderia industrial até sua distribuição nos andares do hospital e recolhimento das roupas sujas e retorno para lavanderia. Realizadas visi-tas regulares (mensais) nas quais o mapa futuro com as melhorias propostas foi construído junto com os funcionários e a chefia operacional. Apre-sentação da proposta, estimativa de resultados e cronograma de implementação. Aprovação no conselho de ética para implantação. Reuniões sucessivas para explicar a implantação ao setor de enfermagem e rouparia. Elaboração de arti-go com as estimativas de resultados. Setor de rouparia declinou da implementação alegando outras prioridades.

Resultados alcançadosApresentação de Poster no ALTEC 2013, envio de artigo para revista do programa Aprender com Pesquisa (em análise) e divulgação no site do Lean institute Brasil (em análise). Validação do modelo para aplicação em Hospital no setor de back office através de simulações, porém não foi possível implantar efetivamente e obter econo-mias para o Hospital. Nas simulações obteve-se eliminação dos extravios de material de rouparia (cerca de 100 mil reais por ano), melhor utilização dos funcionários com ganho de produtividade e deslocamento para outras atividades mais ca-rentes, melhoria do tempo de atendimento com mais rapidez para responder às demandas dos pacientes internados quanto às trocas de roupas.

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Nossa HistóriaCoordenadorAlexandre Macchione Saes

Ações/atividades desenvolvidasO projeto Nossa História, realizado no período 2013-14, foi bem sucedido por conta de alunos que trabalharam voluntariamente ao longo do pe-ríodo. Tivemos um bolsista aprovado pelo Pro-grama Aprender com Cultura e Extensão, mas outros quatro alunos voluntários trabalharam no projeto, de maneira que foi possível atender a duas classes do segundo ano do ensino médio da Escola Estadual Andronico de Mello. As ati-vidades desenvolvidas ao longo do período de vigência do projeto foram: – duas visitas mensais para realização das atividades com as turmas. As atividades eram leitura e discussão dos autores clássicos de nossa historiografia, no caso, os li-vros: Formação do Brasil Contemporâneo e Casa Grande e Senzala, respectivamente, de Caio Pra-do Jr. e Gilberto Freyre; – Visita ao Engenho dos Erasmos, para conhecer as ruínas do Engenho e fechar o projeto com um trabalho de campo e com a discussão sobre a colonização brasileira.Resultados alcançadosDurante o período de vigência do projeto, 2013-14, foi possível trabalhar com os alunos questões sobre a colonização por meio dos autores clássi-cos de nossa historiografia. É perceptível como a utilização desses autores para fazer a ponte entre a história e nosso presente é bem-sucedida para ampliar o interesse dos alunos ao estudo e leitu-ra de textos sobre nossa história. O trabalho de campo, por outro lado, estimula muito mais que questões sobre o processo de colonização sejam realizadas, afinal, é possível com a visitação do Engenho dos Erasmos materializar toda a discus-são sobre nosso período colonial. Conseguimos, nesse sentido, atender duas turmas da escola Andronico de Mello, isto é, cerca de 60 alunos. Ademais, foi possível levar cinco alunos do curso de Economia para o projeto, o que é uma outra interface importante do projeto, para desenvolver atividades didáticas com os alunos da escola pú-blica. Acredito que para nossos alunos da Uni-versidade esse contato é também muito valioso.

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Projeto EconoteenCoordenadorAntonio Carlos Coelho Campino

Ações/atividades desenvolvidasEstruturou-se e organizou-se o modelo, formato, critérios, e a metodologia com que o Projeto seria executado no decorrer do ano. Assim, o bolsista teve fundamental importância pois, além de atuar nesta parte organizacional, ele colaborou com o operacional, sendo o principal responsável pela divulgação do projeto assim como realizar a co-municação do mesmo com os alunos interessa-dos em participar. Outra atuação fundamental do bolsista está relacionada à colaboração que o mesmo deu para a atualização do site do Pro-jeto – principal fonte de atualização e interface do Projeto com os alunos das escolas públicas. Em um segundo momento, à medida que os traba-lhos iam sendo entregues, o bolsista foi respon-sável pela mobilização da Banca Corretora (pro-fessores da FEA-USP), assim como por ajudar na correção dos trabalhos entregues.Resultados alcançadosApesar dos problemas acima revelados, os resul-tados alcançados pelo Projeto este ano são consi-derados muito satisfatórios. Nesta edição, tivemos um aumento de 100% no número de trabalhos entregues pelos alunos. Quando aumentamos o horizonte temporal, percebe-se que há uma traje-tória crescente de trabalhos entregues, o que de-nota que, apesar das dificuldades, o Projeto tem crescido de forma notória nos últimos anos. Além do aspecto quantitativo, percebemos uma grande melhoria na qualidade dos trabalhos, o que revela que temos acertado nos temas propostos, bem como conseguido encontrar mecanismos que vi-sam a estimular a participação do aluno.

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A Inserção de Propagandas para Crianças em Novas MídiasCoordenadorAndres Rodriguez Veloso

Ações/atividades desenvolvidasO objetivo do trabalho era identificar o impacto do uso de inserções publicitárias em mídias al-ternativas. Para atingir esse objetivo foi condu-zida uma pesquisa com crianças, para identifi-car quais os sites mais acessados por essas. A partir da análise desses sites e identificação das mídias alternativas que as crianças consumiam seria conduzida a segunda parte da pesquisa. A segunda parte da pesquisa seria um levanta-mento de campo com crianças. A primeira parte da pesquisa foi conduzida de forma satisfatória pelos integrantes do grupo de pesquisa ao qual o projeto 8481 estava vinculado, porém não hou-ve a participação do aluno bolsista selecionado. Em função da não-participação do aluno bolsista sua bolsa não foi paga em parte dos meses. O principal esforço de pesquisa realizado abordou

a coleta de desenhos com crianças entre 7 e 12 anos para identificar quais os sites que seriam mais desejados pelas crianças. Esse esforço per-mitiu identificar que tipo de site as crianças mais acessam e verificar que as empresas estão atu-ando fortemente junto ao consumidor infantil para transmitir propagadas via sites e jogos on-line.Resultados alcançadosForam coletados desenhos de crianças das fai-xas etárias de 8, 10 e 12 anos através de uma pesquisa de campo. Nesse momento, o público pesquisado foi incentivado a fazer um desenho de qualquer site da internet de que goste. Na segunda etapa, foi desenvolvida uma análise de conteúdo de acordo com a teoria de Bardin (1977), com o objetivo de verificar quais são os aspectos mais relevantes para as crianças no que se refere aos sites, de acordo com o que foi coletado nos desenhos. Foram coletados 66 desenhos, dos quais 21 correspondentes à fai-xa etária de 7 a 8 anos, 29 à faixa etária de 9 a 10 anos e 16 à faixa etária de 11 a 12 anos. Os resultados alcançados foram satisfatórios no sentido que permitiram construir uma visão bas-tante abrangente do consumo de mídia por parte das crianças entre 7 e 12 anos. Identificou-se que crianças de 7 a 8 anos preferem sites de jogos (81%), enquanto que crianças de 9 a 10 anos di-videm sua preferência entre sites de jogos (47%) e redes sociais (25%), já as crianças de 11 a 12 anos passam a preferir as redes sociais (67%).

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Ambiente de Loja e a Interação dos Consumidores com os Produtos: um Estudo Realizado Dentro de Lojas de DepartamentoCoordenadorAndres Rodriguez Veloso

Ações/atividades desenvolvidasO objetivo principal do trabalho era identificar a influência do layout de loja nos consumidores. A partir desse objetivo foi desenvolvido um trabalho de campo onde foram coletadas inúmeras ima-gens que serviram para analisar a forma como as empresas estão estruturadas para atender seus consumidores. Esse material foi coletado pela aluna bolsista. A partir dessa coleta de dados, que pode ser classificada como observações fo-ram analisadas as estratégias das empresas.Resultados alcançadosOs principais resultados alcançados foram rela-cionados com a compreensão dos fatores que in-fluenciam o processo de elaboração do ambiente de varejo. O aporte teórico trazido pelo esforço de pesquisa salienta a importância de inúmeros agentes de influência no ambiente de serviços, ou seja, nas lojas pesquisadas. Essas interpelações envolvem os funcionários da empresa, os clientes e o ambiente de serviços. O ambiente dos ser-viços envolve o mobiliário, os próprios produtos que estão a venda e outros fatores ambientais. Dentre os fatores ambientais destaca-se a ques-tão da iluminação, o cheiro e a temperatura. Já

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na parte em que se analisa o vendedor/funcioná-rio identifica-se que existem inúmeros formatos e estratégias de abordagem ao consumidor. Em alguns casos a literatura afirma que a aborda-gem ativa, quando o vendedor vai até o cliente e estabelece uma interação é mais adequada, principalmente quando a cultura daquela região favorece as interações. Em outros casos, princi-palmente para culturas que não estão voltadas para uma maior proximidade entre as pessoas, com uma característica mais individualista, essa abordagem não é adequada. Essas informações devem servir como base para a estruturação de um ambiente de serviços que seja mais adequado para os consumidores alvo da empresa. Os esfor-ços de observação permitiram chegar a algumas conclusões gerais que serão listadas a seguir. Primeiramente percebeu-se que a loja está estru-turada para incentivar consumidores que estão passeando pelos corredores do shopping entrem na loja. Além disso, a própria estrutura da loja ser-ve como vitrine. Apenas uma pequena parcela da entrada da loja está coberta por uma vitrine tradi-cional com um vidro separando as pessoas dos produtos. Além disso, identificou-se que existe uma tentativa da loja em separar os produtos de acordo com gênero. De um lado são colocadas roupas com tonalidades mais azuis focadas nos meninos. Do outro lado, onde o enfoque é no pú-blico masculino, as roupas variam entre tons de vermelho e rosa focada nas meninas. Percebe-se que não existe uma divisão extremamente estere-otipada de azul e rosa. Isso serve para atrair mais consumidores, principalmente àqueles que estão saturados dessas divisões. Percebe-se também, ao analisar a estrutura da loja, que os consumi-dores muitas vezes bagunçam de alguma forma a loja ao passear e experimentar produtos. Essa bagunça pode ter um lado positivo, pois dá mais liberdade para os consumidores andarem e me-xerem nos produtos.

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Construção, Análise e Difusão de Indicadores Econômicos e Sociais de Ribeirão Preto e RegiãoCoordenador Sérgio Naruhiko Sakurai

Ações/atividades desenvolvidasA região de Ribeirão Preto é uma das mais ricas e desenvolvidas do estado de São Paulo, mas ao mesmo tempo, contempla municípios com características bastante distintas, o que eviden-cía a necessidade de estudos específicos para a região. Além disso, nota-se que os materiais utilizados no curso de Ciências Econômicas da FEARP-USP nem sempre tratam adequadamen-te as particularidades da região, o que restringe a capacidade do aluno de entender os fenômenos econômicos e sociais com os quais se depara de forma mais próxima em seu cotidiano. Neste sen-tido, entender de forma mais profunda as pecu-liaridades econômicas e sociais de Ribeirão Preto é de extrema importância para que a FEARP--USP como um todo (docentes e alunos) possa contribuir efetivamente para o desenvolvimento regional. O objetivo desta proposta foi constituir um grupo de docentes e alunos que atuassem na construção, análise e, especialmente, difusão de indicadores econômicos da região de Ribeirão Preto, visando ampliar o potencial de contribui-ção da FEARP junto à comunidade externa. Os bolsistas selecionados exerceram as tarefas de auxílio na coleta dos dados econômicos e sociais dos municípios da região de Ribeirão Preto e desenvolvimento de um banco de dados, assim como auxiliaram no desenvolvimento de boletins sobre os indicadores selecionados, com frequên-cia mensal (em formato eletrônico) enviado aos órgãos de imprensa local e demais entidades in-teressadas, para que estas informações possam ser veiculadas junto à comunidade. Os dados uti-lizados foram obtidos junto à Fundação SEADE, RAIS e CAGED (Ministério Do Trabalho), Banco Central do Brasil, ALICEWEB, Ministério da Edu-cação, Ministério da Saúde e Receita Federal.Resultados alcançadosConforme mencionado no campo anterior, hoje, os boletins desenvolvidos no âmbito desta pesquisa são divulgados por praticamente todos os veículos de imprensa da cidade (jornais, revistas, rádio e TV) e até mesmo em nível regional e nacional. Os boletins desenvolvidos no âmbito do projeto são divulgados através do seguinte site: <http://www.fundace.org.br/ceper.php>, por meio do qual é possível fazer o download dos textos.

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Confiança dos Advogados na Justiça: o Desenvolvimento de Índices como Extensão UniversitáriaCoordenadorMarco Aurelio Gumieri Valerio

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treinamento de novos palestrantes. As demandas atendidas em Ribeirão Preto nesse período foram a Escola Auxiliadora, o Hospital das Clinicas e o público da USP e região num evento aberto a todos, chamado Pé de Meia Aberto. Fora de Ri-beirão atendemos às prefeituras de Sertãozinho (SP) e Vitória (ES).Resultados alcançadosOs resultados alcançados foram a expansão do projeto para fora de Ribeirão Preto. Atendemos mais de 1000 pessoas neste um ano e temos perspectiva de atender mais 980 pessoas até o final de segundo semestre de 2015. Além disso, apresentamos como resultado a reformulação de todos os módulos, a criação do Pé de Meia Empresarial, que viabiliza atender um outro tipo de público e assim aumentar expressivamente nossos números de pessoas atendidas e o trei-namento de mais quinze palestrantes.

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Estabelecendo a Relação Família--Escola no Processo de Aprendizado Infantil no Âmbito de uma Organização SocialCoordenadoraSimone Vasconcelos Ribeiro Galina

Ações/atividades desenvolvidasO projeto foi executado (como previsto) em par-ceria com a Associação Síndrome de Down de Ribeirão Preto (Ribdown), uma entidade não governamental de utilidade pública municipal. Na equipe da instituição parceira, o projeto me-diação, do qual faz parte este projeto de cultura e extensão, conta, atualmente com duas coor-denadoras e três mediadoras, envolvendo cerca de vinte famílias. A bolsista fez parte da equipe como mediadora (quarta). A bolsista-mediadora realizou várias atividades, dentre as quais a ob-servação dos contextos familiar e escolar em que as crianças atendidas pela Ribdown vivem, participando em seguida de reuniões com o co-ordenador do projeto, na qual são discutidas as estratégias para propiciar o enriquecimento dos contextos escolar, familiar e social, favorecendo a aprendizagem. Também foram realizadas, no papel de mediadora, reuniões com professores e com os pais, para que sejam discutidas dificulda-des encontradas no cotidiano e transmitir as es-tratégias planejadas para a facilitação do apren-dizado. A bolsista participou ainda, em conjunto com a equipe de mediação, de reuniões mensais por videoconferência com o professor Miguel Lo-pez Melero, idealizador do projeto Roma, que é a base conceitual do projeto mediação da Rib-down. Isso possibilitou aprofundamento das dis-cussões teóricas e praticas iniciadas a partir do trabalho em Ribeirão Preto. Participou também de vários programas de capacitação oferecidos pela instituição parceira. Para a real efetivação do projeto, cada parte, ou seja, professores, me-diadores, coordenadores, pais e direção escolar, devem cumprir e facilitar as reuniões previstas, valorizando o espaço para o diálogo, troca de

Ações/atividades desenvolvidasEmbora existam outros índices que medem a confiança na justiça, esse é o único que cole-ta a opinião dos advogados. O maior problema foi montar um banco de dados com e-mail de advogados de todo o país, objetivo alcançado. O segundo foi ganhar a confiança desses pro-fissionais para participarem da pesquisa, objetivo também alcançado.Resultados alcançadosResultados foram excelentes.

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Projeto Pé de MeiaCoordenadorAlexandre Chibebe Nicolella

Ações/atividades desenvolvidasDurante o período de agosto de 2013 até julho de 2014 o Projeto Pé de Meia realizou as se-guintes atividades: Reformulação dos materiais: No segundo semestre de 2013 reformulamos as apresentações do Pé de Meia Infantil e monta-mos os materiais da dinâmica para o módulo 4. Matéria no Globo Repórter: Depois da alta reper-cussão das apresentações feitas nas escolas pú-blicas de Ribeirão Preto e Altinópolis fomos con-vidados a realizar uma matéria no programa de televisão Globo Repórter, da Rede Globo. Com esta matéria recebemos cerca de 110 e-mails de diversas localidades do país solicitando nosso trabalho. Como naquele momento não tínhamos capacidade de atender a todas aquelas deman-das, tabulamos os contatos classificando-os como: I – Demanda pelo Projeto; II – Propostas de Extensão e; III – Pessoas endividadas pedindo ajuda. Também após a matéria recebemos de-manda de algumas empresas de Ribeirão Preto, então formulamos um novo curso com o formato de uma palestra de 3h para atender a essas pes-soas. Chamamos esse curso de Pé de Meia Em-presarial. Os primeiros atingidos com esse novo produto foram a Creche Carochinha da USP, as empresas SMARAPD e Ouro Fino e a Prefeitu-ra de Rio Claro. Porém mesmo com essa nova apresentação continuamos atendendo e priori-zando as escolas públicas e os alunos de ensino médio. Outra empresa a solicitar nossos serviços foi a Zetra Soft, que nos levou até a prefeitura de Campinas onde atendemos os adolescentes da guarda mirim e os funcionários da prefeitura. Participamos também do CONEFE (1º Congres-so de Educação Financeira do Brasil), onde tive-mos contato com diversas ações iguais à nossa, que acontecem pelo Brasil todo. Outra atividade desenvolvida foi entrada no processo de regis-tro de marca do projeto, visto a velocidade de expansão e desenvolvimento na qual estávamos caminhando. Tal processo tem número de regis-tro 14.1.803.81.8 e está em tramitação na Agen-cia USP de Inovação. Já no primeiro semestre de 2014 passamos por um novo processo de atualização das apresentações, adequando cada vez mais as apresentações às necessidades do nosso público alvo, e por um longo período de

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experiências e criação de estratégias. O papel da equipe de mediação, da qual a bolsista fez parte, tem papel importante para proporcionar a inter-relação entre as várias partes interessadas do projeto.Resultados alcançadosDo ponto de vista da equipe de mediação e da instituição parceira: a oportunidade de ter uma bolsista da USP foi relevante não apenas para compor a equipe técnica da associação, já que os recursos das ONGs são geralmente escassos, mas também para enraizar as relações institu-cionais com a Universidade. Do ponto de vista da formação da bolsista: as atividades realizadas contribuíram efetivamente para formação da alu-na em pedagogia. Ela pôde aprender conceitos inovadores de teoria e prática para inclusão esco-lar de pessoas com deficiência, que certamente possibilitaram um ganho para a aluna na sua for-mação. Além disso, a atuação como mediadora permitiu um amadurecimento relevante para sua trajetória profissional.

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VI Empreender SocialCoordenadoraPerla Calil Pongeluppe Wadhy Rebehy

Ações/atividades desenvolvidasAlgumas atividades e ações exercidas: a) busca contatos para captar recursos para a coopera-tiva, já que é um sonho antigo dos cooperados construírem um novo centro de triagem, com uma estrutura menos precária do que se encon-tram atualmente; b) reuniões com o pessoal do Núcleo de Assessoria Jurídica Popular de Ribei-rão Preto (NAJURP) da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da USP, que também atende a cooperativa, para troca de informações e de co-nhecimento, e para planejamento de ações que seriam praticadas na Mãos Dadas; c) encontros e reuniões na cidade de Morro Agudo, para discus-são e elaboração do projeto do governo federal Cataforte III, que prevê investimentos milionários em empreendimentos de catadores de materiais recicláveis, possibilitando a inserção de coopera-tivas no mercado da reciclagem e na cadeia de resíduos sólidos no Brasil. Para que a Cooperati-va de Agentes Ambientais Mãos Dadas estivesse apta a participar do projeto foi necessário criar uma rede com outras cooperativas do mesmo segmento da região. A elaboração do projeto foi coordenada pelo engenheiro ambiental, Feli-pe Fiatikoski Ângelo, que trabalha atualmente na Secretaria do Meio Ambiente de Morro Agudo--SP. Nossa rede acabou sendo contemplada; d) realização de algumas dinâmicas na cooperativa para capacitação do pessoal. e) Elaboração de um modelo de como deve ser feita uma assem-bleia geral entre cooperados; f) projeto enviado ao Banco do Brasil para que a cooperativa fos-se contemplada com computadores e matérias que a instituição estava disposta a doar; g) ajuda na resolução de problemas cotidianos e medi-das para que a mesma pudesse aumentar sua

produtividade; h) visita na NuMI EcoSol da UFS-Car, em São Carlos-SP, para troca de informa-ções, experiências e métodos no que diz respeito à capacitação e prestação de serviços solidários; i) elaboração de um projeto, do professor Márcio Mattos Borges de Oliveira, para a otimização da rota que o caminhão da cooperativa faz para re-colher materiais recicláveis nos pontos de coleta.Resultados alcançadosDurante as atividades obteve-se excelentes re-sultados, como por exemplo, a aprovação de muitos dos projetos elaborados para contemplar a Cooperativa com computadores, máquinas e equipamentos de trabalho através do Banco do Brasil e do projeto do governo federal, Cataforte III. Conseguiu-se R$479mil para construção da nova central da Cooperativa, em terreno cedido pela Prefeitura. Além disso, vale ressaltar que foi interessante e enriquecedora a troca de in-formações e conhecimentos e as experiências multidisciplinares vivenciadas com diferentes pessoas, de diferentes áreas, durante o ano des-se projeto, como o contato entre a Faculdade de Direito (NAJURP), o  USP Recicla, a incubadora NuMI EcoSol da UFSCar, e também os próprios cooperados, comandados pela presidente, Dona Iracy. As atividades do PICE auxiliaram o avanço no desenvolvimento gerencial da organização, contribuiu para redução da pobreza uma vez que aumentou a renda deles de R$ 250 por mês para aproximadamente R$ 1.000 permitirá a inclusão social a partir da construção da nova sede onde haverá necessidade de inclusão de novos coo-perados. Em termos do bolsista permitiu contato com uma realidade que o faz ser um cidadão crí-tico e consciente.

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Programa Integrado de Capacitação Empreendedora (Grupo Gestor)CoordenadoraPerla Calil Pongeluppe Wadhy Rebehy

Ações/atividades desenvolvidasComeçamos com um projeto de capacitação em-preendedora cujo principal objetivo era: através de aulas expositivas ministradas pelos docentes voluntários, ajudassem numa melhor administra-ção dos seus respectivos empreendimento. Com isso oferecemos aulas de custos, finanças, ma-rketing, tributária, logísticas, operações e essas duraram quatro meses e, logo depois desse mini--curso administrativo, os alunos puderam ampliar seus conhecimentos para administrar melhor os seus negócios e identificar onde estavam os maiores erros, acertos e dificuldades enfrentados por eles. Logo após o termino das aulas, fizemos o acompanhamento mais de perto daqueles que buscaram se aprofundar mais em seus proble-mas específicos, e assim fizemos uma assessoria em cada área especifica, através de reuniões.Resultados alcançadosOs bolsistas envolvidos aprenderam a lidar com pessoas, absorveram muito conhecimento e aju-daram àqueles que foram abrir seus negócios,

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dando auxílio para seguirem o caminho. As aulas foram enriquecedoras no quesito professores e conteúdo, os microempreendedores aprenderam e tiraram bastante dúvidas. Os empresários que receberam o curso e assessoria ficaram muito gratos pelas conquistas que obtiveram após nos-so apoio.

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Índice de Confiança do Produtor Rural (ICPRural) e Índice de Confiança do Produtor de Soja (ICP-Soja)CoordenadorRoberto Fava Scare

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades desenvolvidas foram a coleta de dados e apuração das informações para elabo-ração dos índices ICPRural e ICP-Soja. Foram realizadas 4 rodadas no período, a primeira em outubro de 2013, segunda em janeiro de 2014, terceira abril de 2014 e a quarta e última roda-da do período foi realizada em julho do ano de 2014. Cada rodada representa o respectivo tri-mestre findado. As avaliações foram realizadas por questões que abordam a intenção dos pro-dutores na compra de insumos (fertilizantes e de-fensivos), implementos agrícolas e equipamentos em geral, os entrevistados também eram inda-gados a respeito do preço do produto cultivado e de suas expectativas a respeito das condições atuais de seu negócio. O ICPSoja e o ICPRural desdobram-se em sub-índices, que refletem as expectativas para cada um dos tópicos questio-nados. A apuração dos índices é realizada por meio de entrevistas telefônicas com base em amostras representativas de produtores de soja, milho, cana, café, arroz, citros e algodão em 16 estados brasileiros. As coletas de informações foram realizadas entre o primeiro e o último dia de cada trimestre, sendo que as divulgações dos dados foram realizadas trimestralmente. A abran-gência do projeto foi de aproximadamente 6,5 mil agricultores cadastrados em 16 estados. Em cada rodada as amostras contaram com mais de 400 entrevistados, ou seja, em cada trimestre fo-ram realizadas mais de 400 entrevistas.Resultados alcançadosOs resultados obtidos em relação a viabilidade da coleta e da formação das amostras necessárias para a realização das análises foram alcança-dos com sucesso. No período foram realizadas quatro rodadas, para cada rodada mais de 400 produtores foram entrevistados, resultando na formação de ambos os índices a cada três me-ses. Se tratando dos resultados das sondagens realizadas, ambos os índices registraram grandes quedas nas quatro sondagens realizadas no pe-ríodo.

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Diálogos com a ComunidadeCoordenadorClaudio de Souza Miranda

Ações/atividades desenvolvidasO projeto Diálogos com a Comunidade tem como objetivo levar à comunidade regional os principais pontos de pesquisa que os docentes da FEARP--USP têm discutido. Ele é organizado desde 2005 sob a coordenação do professor Claudio Miran-da. A bolsa solicitada ao projeto Aprender com Cultura e Extensão tinha como objetivo central aprimorar o projeto sob dois aspectos: Ampliar a base de divulgação do evento, hoje toda efetua-da por e-mail. Esta ampliação se deu através de pesquisa pela internet e conversas com sindica-tos e associações da área. Avaliar a percepção dos participantes e também avaliar quais temas seriam interessantes de serem desenvolvidos em função das necessidades dos participantes, atividade essa que trouxe diversas sugestões de temas que estão em fase de avaliação. Um ponto interessante do evento, que é gratuito, é que ape-nas se solicita um quilo de alimento não perecível que é doado a entidades carentes da cidade.Resultados alcançadosDurante o período de vigência da bolsa do aluno Samuel, foram realizados três eventos tradicio-nais: 31/10/13 – Adoção completa das IFRS no Brasil: qualidade das demonstrações contábeis e o custo de capital próprio, palestrante Prof. Dr. Ricardo Luiz Menezes da Silva, 50 participantes; 27/11/13 – Um olhar crítico sobre a avaliação de bens imóveis públicos no Brasil, palestrante Prof. Dr. Carlos Alberto Grespan Bonacim, 30 participantes; 18/04/2014 – A gestão dos confli-tos de interesse na empresa familiar, Palestrante Prof. Dr. Marcelo Pagliarussi, 62 participantes; 13 e 14/05/2014 – evento especial nas áreas de auditoria e contabilidade pública com quatro pa-lestras efetuadas com a presença de 250 partici-pantes em média por dia.

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Geração de Videocasts no Âmbito da FEARPCoordenadorIldeberto Aparecido Rodello

Ações/atividades desenvolvidasAs principais atividades desenvolvidas foram: – Estudo dos formatos utilizados para distribuição de videocasts para suportar as necessidades do projeto; – Estudo de software para gravação, edição e compactação tanto de áudio quanto de vídeo; – Aprendizado do manuseio de câmeras e mesa de som e edição; – Estudo das neces-sidades para a hospedagem e disseminação do conteúdo gerado. Nesse contexto foram desen-volvidas as seguintes videoaulas: – Conceitos bá-sicos de SI/TI (hospedada no e-aulas) (usado na disciplina RAD 1604); – Conjunto de vídeoaulas sobre conceitos básicos do software MS-excel (usado na disciplina RAD 2119). É importante destacar que o material segue os princípios de recursos educacionais abertos, sob licença Cre-ative Commons.

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Resultados alcançadosForam gerados cinco vídeos, a saber: um vídeo sobre conceitos básicos de Tecnologia e Siste-mas de Informação; quatro vídeos sobre prin-cípios básicos de MS-Excel. Outro resultado alcançado parcialmente se refere à formação de recursos humanos (no caso o bolsista), com competência para gerar o material.

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Energias Alternativas nos Campi da Universidade de São Paulo: Campus de Ribeirão PretoCoordenadorFrancisco Anuatti Neto

Ações/atividades desenvolvidasForam analisadas as potenciais fontes alternati-vas de geração de energia elétrica no campus da Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto. Na primeira etapa foram identificados potenciais de fonte hídrica, biomassa e fotovoltáica. Existe no campus um lago com barragem em que a queda aproximada é de 8 metros. A profundidade máxi-ma do lago é próxima de 6 metros. A implantação de uma PCH no lago poderá interferir em projetos de pesquisa que vêm sendo realizados. Esse con-flito potencial de uso e a pequena escala do po-tencial de geração não estimularam o aprofunda-mento dos estudos para essa fonte alternativa. A implantação de painéis solares para captação da energia pode ser mais favorável, visto que o cam-pus conta com ampla área disponível, Ribeirão Preto recebe alto nível de irradiação solar, existem incentivos tributários para a produção e ainda há um potencial de redução dos custos de instala-ção dos painéis solares, tornando a recuperação dos investimentos viáveis em horizonte compatí-vel, abaixo de dez anos. Por último, avaliou-se a implantação de uma usina de energia, conside-rando o aproveitamento da biomassa produzida no campus diante da existência de quantidade considerável de resíduos vegetais gerados.Resultados alcançadosOs dois alunos de graduação engajados no proje-to tiveram a oportunidade de conhecer os poten-ciais de fontes alternativas de energia, mantiveram contatos e realizaram entrevistas estruturadas com administradores e professores. Constatou--se a necessidade de envolver outros docentes ou funcionários da área de engenharia para que se possa tornar mais precisa a análise de viabili-dade técnica-econômica dessas alternativas.

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Oficinas de Brincar: Criando Brinquedos e Jogos para a InfânciaCoordenadoraTizuko Morchida Kishimoto

Ações/atividades desenvolvidasO projeto é de grande importância para o de-senvolvimento das atividades do LABRIMP. Por ser um laboratório com grande visibilidade na formação, pesquisa e principalmente aten-dimento à comunidade, Oficinas de Brincar é de grande importância para o desenvolvimento da formação da criança, bem como para que haja valorização da área por parte de profes-sores e pais que as acompanham nas visitas monitoradas pelo bolsista do programa CCEx. A participação da aluna no projeto de oficinas foi muito importante para o desenvolvimento da pesquisa. A bolsista apoiou oficinas, preparou materiais e acompanhou as crianças no proces-so de construção de brinquedos. Foi, também, parceira nas brincadeiras simbólicas e nos jo-gos. A bolsista evidenciou clareza ao permane-cer como suporte cultural, construindo brinque-dos, simulando brincadeiras, mas estimulando a criatividade, deixando as crianças livres para a criação de seus próprios brinquedos e formas específicas do fazer lúdico. Ao acompanhar tais atividades, a bolsista interagiu e propôs a crianças a exploração de materiais, enfocando a aprendizagem infantil destacando a desco-berta, uso e criação, com intuito de estimular a produção infantil através de desenhos, origami, colagens, pinturas, brinquedos, frutos do ima-ginário infantil, tornando possível descobertas e a expressão de significados, formas, cores, texturas e múltiplas linguagens. A criança toma decisões para dar forma às suas intenções, tor-na-se protagonista e autora de suas criações. Nas oficinas utiliza-se argila, tecidos, papéis, plásticos, tintas, pincéis, aquarela, bem como a complementação com materiais da natureza e o reaproveitamento de sucata. O ponto relevante na oficina é o respeito ao protagonismo e a ex-pressão de cada criança.Resultados alcançadosGrande ênfase deve-se às atividades desenvol-vidas no projeto através das artes plásticas, uma característica específica da bolsista que direcio-nou o maior volume de oficinas para essa área, e resultou na criação de brinquedos, desenhos e pinturas, o uso de elementos da natureza para compor com materiais estruturados. Nas oficinas e atividades propostas, a criança não é ouvinte ela é participante, aprende o que experimenta, constrói brinquedos, utiliza material concreto, dramatiza, participa de dinâmicas, joga, utiliza fantoches, fantasias e músicas que fazem parte do dia a dia e, mesmo que ela não tenha aces-so a tais elementos, ainda assim poderá criá-los. No período da bolsa, o laboratório realizou ofici-nas variadas, com a maioria de seu público alvo constituído por crianças, atendendo à comunida-de em geral.

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estudantes, pesquisadores, professores, pais e responsáveis pelas crianças, além de pro-fissionais da área lúdica e fabricantes. Além da parceria os alunos apoiaram na organização de brinquedos e jogos, do acervo bibliográfico e no banco de dados sobre jogo, brinquedo e ma-teriais pedagógicos. Desenvolveram atividades com a comunidade de empréstimo de brinque-dos e orientação aos pesquisadores interessados em consultar nosso acervo. O aluno bolsista foi de extrema importância para o laboratório que além de aprender fazendo, teve acesso a inúme-ras informações sobre práticas e contato com teóricos que permitem unir a teoria e a prática. O relatório de atendimento foi muito importante para o aluno conseguir expressar suas ideias e observações de forma escrita, também colabo-rando com material para pesquisas.

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Atividades de Cultura e Extensão no Setor Educativo do Museu da Educação e do BrinquedoCoordenadoraTizuko Morchida Kishimoto

Ações/atividades desenvolvidasOs bolsistas responsáveis pelo projeto denomi-nado Atividades de Cultura e Extensão no Setor Educativo do Museu da Educação e do Brin-quedo não tiveram a oportunidade de auxiliar o planejamento de exposições temporárias em de-corrência da reforma do Bloco B, local em que se instala o MEB. No entanto, nesse período eles se ocuparam com a realização de pesquisa das peças museológicas que foram doadas e que es-tavam apenas com identificação inicial e sem o tratamento museológico, demandando pesquisa. A partir de novembro de 2013, o coordenador se desligou do Museu, prevendo sua breve aposen-tadoria, dando suporte para os novos coordena-dores que se encarregaram da coordenação do MEB: Márcia Gobbi, Ermelinda Pataca e Karina Pagnez. A composição de equipe maior para a coordenação na nova fase é importante para a cobertura de temas como infância, educação es-pecial e pesquisa museológica.Resultados alcançadosEmbora tenham ocorrido problemas, os bolsistas trabalharam na organização e pesquisa dos da-dos museológicos.

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Mediação Museológica: Atividades de Atendimento ao Público no MEB (Museu da Educação e do Brinquedo)CoordenadoraTizuko Morchida Kishimoto

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades de mediação no atendimento ao público do MEB ficou inviabilizada em decorrên-cia de reforma no Bloco B. Embora a reforma tenha ocorrida no pavilhão superior, o impacto

Labrimp Laboratório de Brinquedos e Materiais PedagógicosCoordenadoraTizuko Morchida Kishimoto

Ações/atividades desenvolvidasO projeto foi desenvolvido no espaço da brin-quedoteca do LABRIMP, com inúmeras ativi-dades propostas à comunidade de crianças e adultos. As atividades propostas no projeto fo-ram cumpridas em sua grande parte, não sen-do possível atingir todos os objetivos por motivo de pintura do espaço em que se localiza a brin-quedoteca (agosto/2013) e a greve de alunos (novembro/2013) tendo desfalque de dois bol-sistas em dias de pesquisa. O espaço em que se desenvolveu o projeto é composto por uma brinquedoteca (dividida em cantos temáticos), o quintal, espaço onde acontece o resgate de brin-cadeiras, brincadeiras de correr, jogar, esconder e com apoio de bicicletas, patins, brinquedão, e o acervo bibliográfico sobre o tema para atender pesquisadores. O papel do bolsista é o de ser um sujeito brincante com objetivos de proporcio-nar o aprofundamento do tema e descoberta de situações lúdicas, despertando o prazer, a intera-ção, a magia e alegria que o brincar proporciona. Atender a demanda de extensão da Universida-de, momento em que a formação e a prática se fundem, qualificando esse aluno, que se torna muito procurado por instituições por ter consti-tuído um perfil lúdico. Essa atividade é, acima de tudo, muito prazerosa, pois aflora características no brincante como: que seja alegre, gostando de brincar, de forma descontraída, criativa e com disposição para partilhar situações.Resultados alcançadosNo período foram atendidas no laboratório apro-ximadamente 16 mil pessoas, sendo 9900 crian-ças e 6100 adultos, muitos deles recepcionados pelo bolsista que aqui cumpria suas horas de bolsa. O projeto foi iniciado com orientação aos bolsistas e um treinamento para o cumprimen-to das atividades propostas pela bolsa. Foram realizadas atividades com jogos e brincadeiras, momento em que o bolsista foi parceiro de brin-cadeiras, pesquisando e conhecendo ativida-des para auxiliar crianças atendidas no espaço. A organização do espaço também é feita pelos bolsistas, o que os leva à reflexão e todo esse processo de formação, além de atingir um alto grau de satisfação motivado pela aprendizagem, constrói nestes um espírito de pesquisador. O es-paço favorece a formação, principalmente devido ao ambiente ser um lugar mágico, colorido com cantos tematizados que favorecem a brincadeira. O espaço estimula a criança, permite a represen-tação do imaginário, desenvolve a linguagem e a interação social, estruturando sua personalidade e fazendo com que compreendam a realidade que os cerca. Nesse ambiente, o bolsista desen-volveu atividades de extensão, em parceria com as crianças aqui atendidas, vindas de creches, EMEIs, ensino fundamental I e crianças da co-munidade USP ou que residem nas imediações da Universidade. Os adultos aqui recebidos são

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suporte e gerenciamento (pelas educadoras) na plataforma. Dessas, foram priorizadas atividades de escrita que pudessem ser revisadas pelo pro-fessor e reescritas pelos alunos, com feedback na plataforma, atividades com vídeo e atividades de discussão em fórum. Durante a análise das atividades, foi necessário também pensar em adaptações para que elas pudessem migrar para a plataforma on-line. A terceira ação foi acompa-nhada pelas educadoras do INCO-CEPEL e prio-rizou a alimentação dos ambientes (cursos) para todas as turmas de inglês, com o objetivo de criar um padrão de conteúdos e atividades para os cursos. Para cada curso, inseriu-se atividades de escrita, vídeo, testes e arquivos para download a serem realizados.Resultados alcançadosNeste primeiro ano do Projeto, o trabalho concen-trou-se na alimentação da plataforma e no teste de uso de suas ferramentas com duas turmas--piloto. O feedback dos alunos pertencentes a es-sas turmas foi bastante satisfatório, mas ainda há ajustes necessários para que a disponibilização da ferramenta a todos os alunos seja viável.

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Era Uma Vez... Contando HistóriasCoordenadoraLisete Regina Gomes Arelaro

Ações/atividades desenvolvidasA bolsista participou do planejamento e organiza-ção de rodas de histórias para alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental. Sob orientação do professor e do bibliotecário, trabalhou diversos gêneros da literatura infantil e, através do lúdi-co, promoveu a reflexão sobre temas importan-tes para formação educacional, social e cultural dos alunos, tais como: tolerância, alfabetização, respeito às diferenças, gêneros, grupos étnicos, cultura de várias regiões do mundo, entre outros. A partir das histórias contadas propôs oficinas e organizou painéis com materiais confecciona-dos pelos próprios alunos. Auxiliou os alunos na escolha de material de leitura, para empréstimo domiciliar, incentivando o hábito da leitura. Par-ticipou de reuniões de avaliação e acompanha-mento do projeto.Resultados alcançadosApesar da contação de história ocorrer quinzenal-mente, a proposta de incentivo à leitura foi atingi-da, resultando na valorização do espaço da biblio-teca escolar. Os alunos puderam ter um contato maior com as literaturas orais e demais literaturas e, consequentemente, houve um aumento signifi-cativo no número de empréstimos domiciliares. À bolsista, o projeto conseguiu proporcionar vivên-cias em ambiente escolar que lhe auxiliarão em sua formação acadêmica bem como em seu de-sempenho como profissional da educação.

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do ruído inviabilizaria não só o atendimento ao público, mas também a poeira ocasionada obri-garia a retirar as peças do MEB para cobrí-las e propiciar melhor acondicionamento para evitar a perda do material. As atividades dos bolsistas no segundo semestre de 2013 se resumiram na organização das peças, na separação e classifi-cação do material para evitar o estrago. Não se teve condições para o atendimento ao público. O MEB embora tenha evitado a abertura ao públi-co, continuou com a manutenção de seu acervo. Houve no período a mudança da sala da coorde-nação do MEB para outro local, o que provocou a demanda de transporte e organização do ma-terial para o novo espaço.Resultados alcançadosEmbora funcionando com inúmeros problemas, os bolsistas reuniram-se com a funcionária e a coordenação para estudos e previsão de ativi-dades a serem realizadas e as já efetuadas. Foi, também, um período importante para avaliação e revisão de concepções e práticas.

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Implementação do Uso da Plataforma Moodle-Stoa no Curso de Inglês do INCO-CEPEL (Inglês para a Comunidade de Graduação da USP) –FEUSPCoordenadoraLivia de Araújo Donnini Rodrigues

Ações/atividades desenvolvidasA primeira ação do programa exigiu da bolsista um estudo sobre a plataforma Moodle (de for-ma mais geral) e posteriormente uma análise da estrutura do Moodle-Stoa (customizado para a USP), suas ferramentas e características em re-lação a tipos de atividades e seus objetivos de aprendizagem, tipos de interação com o aluno, ti-pos de conteúdo que podem ser disponibilizados online, atividades de avaliação disponíveis e pos-sibilidades de gerenciamento e procedimentos de avaliação disponibilizados para o professor/tu-tor no ambiente. Durante essa ação, foram agen-dadas reuniões com a equipe de do Grupo ATP (apoio técnico pedagógico), responsável pela im-plementação e gerenciamento do Moodle-Stoa, para que a plataforma customizada também pu-desse ser conhecida. A bolsista foi acompanha-da pela educadora do Inco-CEPEL responsável pelo programa nas visitas agendadas e a bolsista deu início então à análise das ferramentas e do conteúdo do Moodle-Stoa. Durante o proces-so de conhecimento da plataforma, a bolsista teve como atividade principal criar tutoriais para as educadoras (sobre o uso das ferramentas) e para os alunos (sobre inserção e realização das atividades online). A segunda ação apresentou atividades de discussão e análise com as edu-cadoras do INCO para conhecer as atividades desenvolvidas no curso de inglês que poderiam migrar para a plataforma online. Das atividades desenvolvidas, foram priorizadas aquelas que pu-dessem ter uma ferramenta adequada para seu

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Formação do Usuário de BibliotecaCoordenadoraLisete Regina Gomes Arelaro

Ações/atividades desenvolvidasA bolsista participou do planejamento e organiza-ção de atividades para integração dos alunos e biblioteca escolar. Sob orientação do bibliotecá-rio, através de jogos e dinâmicas, assessorou os alunos para o desenvolvimento da autonomia no uso dos recursos informacionais. Participou da integração sala de aula e biblioteca, auxiliando na escolha do material de leitura e pesquisa, propor-cionando informação necessária para a realiza-ção de trabalhos escolares. Participou de reuni-ões de avaliação e acompanhamento do projeto.Resultados alcançadosApesar de contarmos com um único bolsista, foi possível a realização de jogos e dinâmicas, inte-grando sala de aula e biblioteca. Houve um au-mento significativo de circulação de alunos, fora do horário de aula, no espaço da biblioteca, tanto para realização de pesquisas escolares quanto para leitura livre. O projeto possibilitou à bolsista vivência em ambiente escolar que a auxiliará em sua formação acadêmica.

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De Quem É Esse Lixo? – Reflexões sobre o Destino dos Resíduos Sólidos Produzidos por Alunos da EAFEUSPCoordenadoraLivia de Araújo Donnini Rodrigues

Ações/atividades desenvolvidasPor se tratar de um problema global a temática do projeto, compreendeu-se que seria necessá-rio realizar o trabalho de conscientização atingin-do todos os anos escolares. Portanto, o projeto alcançou desde o ensino fundamental I ao ensino médio. As ações foram diferenciadas de acor-do com a faixa etária dos alunos, adequando a linguagem e o procedimento às necessidades formativas de cada ciclo escolar. Com o ensino fundamental I, foi realizada uma campanha para recebimento de materiais recicláveis como caixas de leite, garrafas pet e jornais para a confecção de uma casa de bonecas. Foi realizada também, na Mostra Cultural da EA, a Oficina Reinventando Brinquedos: construção com sucatas para alu-nos do EF I. A oficina teve como objetivo abordar o assunto da sustentabilidade e do descarte de lixo e apresentar algumas possibilidades de reuti-lização de materiais descartáveis. A proposta era realizar uma discussão a respeito da produção de lixo, formas de reaproveitamento de materiais descartados e consumo sustentável. Além disso, foi realizada a construção de carrinhos de garra-fa PET e cordas feitas de jornal. Foi produzido e exibido um vídeo nos intervalos do ensino fun-damental II e ensino médio, resgatando as con-cepções e ações do Projeto. Foram realizadas também entrevistas individuais e coletivas com alunos do ensino médio durante os intervalos a fim de compreender o que pensam a respeito do

descarte de lixo e quais são suas propostas para melhoria desse problema no ambiente escolar.Resultados alcançadosPercebeu-se que as crianças estão mais aten-tas quanto à questão ambiental e a importância do cuidado com a escola e com o planeta. Um exemplo interessante foi um grupo de alunas do 5º ano que resolveu confeccionar e colar cartazes de conscientização pela escola. Embora ainda al-guns alunos não realizem o descarte do lixo de forma correta, notou-se uma grande melhora no cuidado com o espaço escolar no horário do in-tervalo. O volume de lixo deixado fora das lixeiras é bem menor do que antes do início do projeto.

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O Lúdico no Recreio da Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da USPCoordenadoraLivia de Araújo Donnini Rodrigues

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades e ações desenvolvidas buscaram auxiliar as crianças quanto à organização do tem-po do horário de recreio; promover um ambiente lúdico, concedendo oportunidade de diversifi-cação de brinquedos e brincadeiras às crianças do ensino fundamental I; organizar os espaços de esportes (quadra de futebol e basquete e quadra de vôlei) de forma que todas as turmas possam usufruir deles com a mesma oportuni-dade; proporcionar empréstimo de jogos e brin-quedos para quaisquer crianças; responsabilizar as crianças pelo processo de cuidado no uso e devolução dos jogos e brinquedos; explorar os relacionamentos sociais, em um espaço pedago-gicamente organizado e promover brincadeiras cooperativas, amenizando as possibilidades de conflitos cotidianos e atitudes inadequadas. A inovação do projeto na vigência de 2013 foi a im-plantação do Cine-Recreio. Essa iniciativa surgiu com a necessidade de, em dias de chuva onde o espaço para brincadeiras é consideravelmente reduzido, as crianças terem um maior conforto e poderem assistir a curtas-metragens que te-nham duração de, no máximo, quinze minutos, previamente selecionados. As crianças retiram previamente os ingressos para o Cinema. As-sim que terminam de tomar o lanche, já podem direcionar-se à fila para a entrada no auditório. As portas abrem, no primeiro intervalo, às 15h10, e no segundo, às 15h40. As crianças entregam o bilhete na entrada do auditório e recebem al-gumas orientações como: entrar sem alimentos ou bebidas; procurar um lugar para sentar, evitar conversas; evitar saídas desnecessárias, pois é desconfortável para os demais colegas a movi-mentação de pessoas durante a exibição do fil-me. O filme é exibido até o sinal do término do recreio. As crianças organizadamente saem do auditório e se dirigem aos pontos de encontro, onde aguardam a chegada dos seus professores. Houve também a implantação de brincadeiras dirigidas pelo bolsista do projeto. Normalmente

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são brincadeiras tradicionais, propostas pelos educadores para serem brincadas em grupo e são realizadas diariamente no pátio e previamen-te divulgadas no pátio. Essas atividades aconte-cem para aquelas crianças que se interessarem e quiserem participar. As brincadeiras propostas le-vam em consideração a especificidade da idade.Resultados alcançadosPercebeu-se que as crianças estão brincando com brincadeiras diferentes, antes desconheci-das para muitos. Há um envolvimento maior dos alunos nas brincadeiras e isso refletiu inclusive numa redução do índice de atendimentos por questão de indisciplina. Redução de brigas no horário do intervalo.

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A Inclusão Social pelas Práticas de Leitura e EscritaCoordenadoraLivia de Araújo Donnini Rodrigues

Ações/atividades desenvolvidasLevantamento das principais atividades contem-pladas ao longo do projeto: reuniões pedagógicas da área de Língua Portuguesa, as quais são rea-lizadas semanalmente. Os temas ali discutidos e colocados em pauta refletem a real preocupação que o grupo tem em criar e aperfeiçoar modelos de ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa que possibilitem uma maior identificação do alu-no para com a disciplina lecionada. Concurso de Redação destinado aos alunos do EF II e EM. A minha participação nessa atividade consistiu em colaborar com a elaboração do edital do concur-so; participar das correções classificatórias, as quais foram enviadas para a banca julgadora do concurso; além de ter elaborado a tabela de clas-sificação do concurso. Correções das produções escritas dos alunos do EF II e EM, visto que o contato com esses textos contribuiu de forma po-sitiva para ampliar meu horizonte de análise sobre a escrita escolar. Colaboração com outras ativida-des de menor duração, dentre as quais destaco: organização de um livro com textos de alunos do 7º ano; apoio aos professores na organização de produções escritas para apresentação na Mostra Cultural da escola; apoio ao professores em visi-tas ao Museu da Língua Portuguesa e à Redação do Jornal Folha de São Paulo.Resultados alcançadosEsse projeto buscou demonstrar, na prática, que a relação estreita entre o exercício efetivo da lei-tura e o decorrente trabalho com a escrita, quan-do desenvolvidos conjuntamente, contribuem de forma positiva para a inclusão social dos sujeitos envolvidos no processo de aprendizagem. Dessa maneira, não é inconveniente inferir – embora o espaço aqui não seja destinado para esse fim: uma discussão teórica sobre escrita e leitura – que o pensamento que impulsionou as diretrizes desse projeto tem uma fina relação com as teo-rias sócio-discursivas. Visto dessa maneira, po-de-se afirmar que o trabalho desenvolvido pelos professores da área de Língua Portuguesa da EA

se constrói partindo da compreensão e, sobretu-do, da reflexão sobre as motivações e desmoti-vações vivenciadas no processo de produção de leitura e escrita escolares. Isso ficou evidente nas reformulações do modelo de diário de leitura, aci-ma mencionado, já que a versão atual desse ma-terial passou a contar com um número menor de leituras exigidas em comparação à anterior. O ob-jetivo dessa redução é proporcionar aos alunos um maior aproveitamento dos textos lidos, para que assim eles possam, consequentemente, me-lhorar a qualidade de suas produções escritas. O Concurso de Redação também passou por um processo de reformulação. Essa reformulação surgiu para conter a baixa participação eviden-ciada no concurso anterior (sobretudo das séries iniciais do EF II), a qual possivelmente tenha sido motivada pela restrição do tema e do gênero exi-gido. Além disso, o espaço de tempo entre a di-vulgação do concurso e a entrega das redações finais não foi suficiente. Por fim, mais não menos importante, devo destacar o trabalho que os pro-fessores vêm fazendo com as produções escritas em sala de aula, dando ênfase, sobretudo, para a importância da reescrita, afinal, o ato de escrever decorre do exercício quase insistente de reescre-ver. As atividades desenvolvidas por esse grupo, formado por cinco professoras, contando com minha breve participação, que asseguraram a esse projeto um caráter positivo e formador. Pro-curei dar maior ênfase às atividades que foram realizadas fora da sala de aula, cuja contribuição atua diretamente na formação da autonomia do sujeito crítico, o qual a partir do exercício da lei-tura é capaz de esboçar seus pensamentos de maneira coerente através do texto escrito.

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Educação Inclusiva na Escola de Aplicação – EAFEUSPCoordenadoraLisete Regina Gomes Arelaro

Ações/atividades desenvolvidasA concepção de inclusão educacional se forta-lece com a Declaração de Salamanca (1994) ao afirmar: As crianças e jovens com necessidades educativas especiais devem ter acesso às es-colas regulares que a elas se devem adequar, através de uma pedagogia centrada na criança capaz de ir ao encontro destas necessidades. As escolas regulares, ao seguirem esta orientação inclusiva, constituem os meios mais capazes para combater as atitudes discriminatórias criando co-munidades abertas e solidárias, construindo uma sociedade inclusiva e atingindo a educação para todos (UNESCO, 1994, p.6). Para iniciar os tra-balhos, uma leitura dos documentos existentes na escola foi necessária. Entrar em contato com o universo escolar e entender as rotinas foi pri-mordial. Fazer o levantamento dos alunos com deficiência, convocar e conversar com as famílias e organizar planos individuais também foram es-senciais. A bolsista da vigência 2013-14 iniciou seu estágio acompanhando uma aluna com

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diagnóstico de Síndrome de Williams matriculada no 9º ano do ensino fundamental II, suas prin-cipais atividades consistiram em: – Discutir com o Educador da EAFEUSP sobre o plano de aula da disciplina e as possibilidades de adequação desses objetivos para a aluna, bem como auxiliar na proposição da interação do restante da turma com a aluna; – Acompanhar a aluna em sala de aula (turno) mediando sua aprendizagem, apoian-do a realização das atividades propostas para a turma; – Desenvolver atividades adaptadas para a aluna em sala de aula e outros espaços do contexto escolar; – Desenvolver material didático pedagógico adaptado às necessidades dos alu-nos atendidos pelo projeto; – Avaliar em conjun-to com o Educador da EAFEUSP a adequação da atividade e o processo de aprendizagem da aluna com deficiência; – Elaborar relatório sobre o desenvolvimento das atividades de acompa-nhamento do aluno com deficiência. No início de 2014 a bolsista teve como atribuição acom-panhar a educadora em reuniões formativas com os professores da EAFEUSP, bem como refletir sobre o plano anual e o planejamento individual dos alunos, além de conviver com um aluno que tem Paralisia Cerebral.Resultados alcançadosO trabalho realizado com os alunos da EAFEUSP foi muito interessante, os alunos com deficiência passaram a ser mais vistos, isto é, foram pensa-dos em suas especificidades e, com a realização de alguns trabalhos mais individualizados, obti-veram reais oportunidades de aprendizagem sig-nificativa para eles. Quanto aos demais alunos, estes foram informados sobre as deficiências, limitações e principalmente as possibilidades dos colegas, a convivência respeitosa e a parti-cipação efetiva na construção de um ambiente inclusivo. Os professores também refletiram so-bre a flexibilidade e adaptações de atividades e currículo, bem como sobre as diversas maneiras de avaliação dos alunos. A experiência com a aluna que possui Síndrome de Willians foi posi-tiva tanto para a bolsista quanto para a própria aluna. Para a bolsista foi algo totalmente novo, pois foi o seu primeiro contato com um aluno e, além disso, uma aluna deficiente, neste caso. Isto fez com que ela pudesse sentir parte do que é ser uma pedagoga, além de também lhe propor-cionar reflexões sobre o caso e toda a situação para buscar soluções ante os desafios que apa-reciam durante toda a vigência da bolsa. E, para a aluna, ter uma pessoa que pudesse auxiliá-la em um dado período dos dias letivos fez com que progredisse frente às suas dificuldades e participasse mais das atividades que ocorriam na escola como um todo. Além desta importante experiência, o convívio da bolsista com os alunos que tenham dificuldades de aprendizagem e com um aluno que tem Paralisia Cerebral foi de grande aproveitamento, particularmente. Toda vivência e participação no ambiente escolar proporcionam importantes trocas de conhecimento e experi-ências, o que agrega conceitos e concepções à futura pedagoga. Outro resultado positivo foi o mapeamento dos alunos de Educação Especial

na escola, através do levantamento dos prontu-ários e das conversas com as famílias e com os profissionais da saúde e terapeutas.

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Oficina de Arte: um Desafio na Escola de AplicaçãoCoordenadoraLivia de Araújo Donnini Rodrigues

Ações/atividades desenvolvidasNo projeto Oficina de Arte: um desafio na Esco-la de Aplicação os bolsistas realizaram diversos tipos de atividades. Destacamos abaixo os tra-balhos realizados a partir de três eixos princi-pais: 1) O processo de ensino e aprendizagem na educação básica; 2) Aspectos do ensino de arte; e 3) Elementos constitutivos da prática de ateliê na educação básica. A – O processo de ensino e aprendizagem na educação básica: colaboração e discussão do planejamento e de-senvolvimento das aulas com o professor; auxílio na problematização e reflexão acerca do plane-jamento; percepção e comparação da dinâmica de agrupamentos discentes; percepção das es-pecificidades de grupos e alunos; compreensão das competências básicas para desenvolvimen-to de procedimentos em aula; colaboração na resolução de conflitos em sala; atendimento e acompanhamento de alunos com dificuldades; B – Aspectos do ensino de arte: conhecimento do processo de ensino e aprendizagem das dife-rentes linguagens artísticas em diferentes faixas etárias; discussão dos parâmetros e métodos de avaliação em arte; orientação sobre os procedi-mentos artísticos; C – Elementos constitutivos da prática de ateliê na educação básica: auxílio na organização do ateliê (manutenção do espaço, disposição dos materiais para a aula, etc.); per-cepção da importância da preparação, organi-zação e conservação do espaço e dos materiais para a regência da aula. Além das atividades de acompanhamento das aulas de artes, realizamos reuniões periódicas sobre o cotidiano escolar nas quais foram tratados assuntos referentes ao ob-jetivo da aula de artes. Nesse sentido, o apoio de textos de especialistas da área foi de fundamen-tal importância. A partir do diálogo com textos sobre o ensino da arte, os bolsistas passaram a conhecer melhor a inserção da arte-educação na escola e perceberam que esta é uma disciplina que dispõe de instrumentos próprios para cola-borar no ensino de valores e práticas imprescin-díveis para a formação de um sujeito autônomo e consciente socialmente. Orientados por essas reflexões sobre a área, procuramos nortear os bolsistas no propósito de fomentar e colaborar para uma prática artística significativa, saudável e harmoniosa na escola.Resultados alcançadosPara os bolsistas, a experiência de acompanha-mento das atividades escolares na educação básica trouxe uma melhor compreensão dos processos de ensino-aprendizagem em arte e das suas implicações no desenvolvimento dos

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alunos. Foi também conquistado por eles a per-cepção das especificidades das diversas aborda-gens nas linguagens artísticas ministradas na EA (Música, Teatro e Artes Visuais). A leitura de textos trouxe discussões e reflexões a partir dos concei-tos norteadores da arte na educação contempo-rânea, no espaço da educação básica dentro da Universidade pública e suas contribuições na for-mação de professor. Para a Escola de Aplicação, o auxílio do bolsista ao professor contribuiu para o melhor atendimento e formação dos alunos da educação básica. Vale dizer que favoreceu prin-cipalmente o acolhimento mais individualizado de alunos com necessidades diferenciadas, possibi-litando atividades diversificadas nas aulas. Além disso, vale destacar a contribuição dos bolsistas na divulgação dos trabalhos de arte realizados na escola (musicais, visuais e teatrais) para toda a comunidade escolar.

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Abordagens sobre Diversidade e Aplicação da Lei 10.639 na Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da USPCoordenadoraLivia de Araújo Donnini Rodrigues

Ações/atividades desenvolvidasEste projeto busca criar condições para a refle-xão sobre a história dos povos de origem afri-cana que formaram a sociedade brasileira atual, com sua riqueza e diversidade cultural e formas de pensamento. Além disso, objetiva a constru-ção de uma imagem positiva das sociedades e civilizações africanas e também contribuir para a transformação dos olhares e atitudes diante das heranças culturais afro-brasileiras, auxilian-do na superação de estereótipos, preconceitos e formas de discriminação presentes na Escola de Aplicação. Tais objetivos serão alcançados através da realização de atividades pedagógico--culturais envolvendo os alunos, professores e a comunidade escolar como um todo. 1) Participa-ção em grupo de discussão junto aos professo-res da Escola de Aplicação sobre os conceitos norteadores do projeto; 2) Participação em grupo de estudos junto aos professores da EA, profes-sora e pesquisadores da FEUSP sobre temas relacionados às questões étnico-raciais no Brasil como um todo e nas escolas, em particular; 3) Pesquisa de material para a elaboração de ati-vidades pedagógicas que provoquem o debate e a reflexão sobre as questões étnico-raciais na escola; 4) Organização da memória do projeto, arquivos, edição de filmes e fotos. 5) Disponibili-zação do acervo de foto e vídeo do Projeto para educadores interessados pela temática; 6) Orga-nização de eventos para os alunos e comunidade da Escola de Aplicação (palestras, debates, ofi-cinas e apresentações culturais); 7) Planejamen-to e realização de atividades com professores e alunos de outras instituições públicas de ensino, buscando a consolidação de parcerias que pos-sibilitem o aprofundamento das reflexões sobre

as problemáticas enfrentadas pelo projeto; 8) Leitura e análise dos planos de ensino dos edu-cadores da EA; 9) Realização de entrevistas com os educadores da escola sobre suas práticas pe-dagógicas atreladas às temáticas tratadas pelo Projeto Negritude; 10) Identificação de lacunas nos documentos oficiais e práticas pedagógicas e estudo de propostas de temas e ações junto aos educadores e/ou alunos buscando superar estas ausências.Resultados alcançadosNeste projeto foi possível realizar as seguintes atividades com as bolsistas: 1) Discussões sobre relações étnico-raciais no Brasil com os profes-sores da EA a partir de textos e autores relevan-tes da área; 2) Acompanhamento e participação nas reuniões regulares do Projeto Negritude da EA com professores e outros profissionais da Escola; 3) Pesquisa e elaboração de material didático para realização de atividades com os alunos da EA; 4) Organização dos arquivos e do-cumentos do projeto Negritude da EA; 5) Apoio para realização de eventos especiais nos meses de maio (Semana da África) e novembro (Semana da consciência negra) na EA; 6) Leitura e análise dos planos de ensino dos professores do funda-mental I da EA, visando atentar para os temas re-lacionados ao projeto Negritude da EA; 7) Iniciar a elaboração do blog do projeto Negritude para divulgação de propostas didáticas ou paradidáti-cas para uso em sala de aula ou para auxiliar na formação de professores do ensino básico.

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Projeto Crianças do CRUSPCoordenadoraPatricia Dias Prado

Ações/atividades desenvolvidasO Projeto foi realizado de segunda a sexta-fei-ra, das 19h às 21h, na salinha das crianças no CRUSP (e fora dela), com atividades planejadas com períodos livres e com atividades dirigidas, com média de 15 crianças, de 2 a 12 anos de idade, além de sua ampliação com atividades aos finais de semana, mensalmente, com envolvi-mento de toda a comunidade universitária e mais de 30 crianças (de 0 a 12 anos de idade). As bol-sistas prepararam as atividades, discutiram e re-fletiram sobre elas, registraram no livro de registro os imprevistos, questionamentos, etc., que foram discutidos com a coordenadora do projeto, em reuniões quinzenais. As bolsistas foram respon-sáveis pelas crianças, zelando pelo bem estar do grupo, acompanhando-as nas atividades livres e desenvolvendo (elaborando, aplicando e avalian-do) atividades dirigidas relacionadas às áreas de seus cursos de origem, articuladas às suas expe-riências coletivas e vivenciando a jornada educa-tiva de um projeto de educação não formal, par-ticipando das atividades pertinentes ao programa de formação de educadores(as) do projeto: leitu-ras, reuniões de orientação e de estudos, ativida-des culturais e congressos (como o III Simpósio do Programa Aprender com Cultura e Extensão

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Ações/atividades desenvolvidasO projeto Vozes da Arte Educação cumpriu com seus propósitos. As gravações dos depoimentos de arte-educadores de diferentes regiões do país foram transcritas e por dois estagiários do proje-to, sendo que um deles desligou-se sem justificar e não pôde acompanhar até o final. Em função disso procuramos, como alternativa para a con-tinuidade, o trabalho de publicação junto a uma editora, mesmo porque nenhum estagiário se ins-creveu na edição posterior e da lista de espera também não conseguimos selecionar interessa-dos. Entretanto, e apesar desta circunstância, as fitas foram transcritas mas não puderam retornar aos protagonistas dos depoimentos.Resultados alcançadosDentre as metas abaixo traçadas, várias foram transformadas, em função do desligamento do projeto da Escola de Aplicação, outras por terem sido avaliadas de outra forma. A legendagem foi desnecessária porque consideramos o material audível. Não ocorreram todas as discussões dado o desligamento do projeto da Escola de Aplicação e alocação da FEUSP. Entretanto, re-alizamos discussões permanentes e formativas junto a nossos bolsistas. Elaboração de encon-tros para a exibição e discussão do material or-ganizado; Isto foi feito junto a uma editora que se interessou pela publicação do material em li-vro. Elaboração de texto sobre os resultados da experiência e publicação em espaço adequado (seminário, encontro, revista, site etc.). Este pro-pósito será cumprido após a publicação do livro. Finalmente, a ONG Ação Educativa, que con-seguiu suporte para entrevistar novamente em estúdio alguns dos arte-educadores, com apoio de nossa curadoria e publicou-se uma caixa com 20 depoimentos e livreto que foi distribuída para 1000 instituições formativas e lançada no En-contro Nacional da Confaeb de 2013 em Belém do Pará e no MASP da cidade de São Paulo. Com exibição dos DVDs e palestras. Este ma-terial estará disponível nas bibliotecas da ECA e da FEUSP. Por tudo isto, agradecemos imensa-mente o apoio recebido, com a certeza de que a divulgação do material será de muita relevância para a área de arte na educação escolar e social.

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Expressão Corporal para CriançasCoordenadoraMônica Caldas Ehrenberg

Ações/atividades desenvolvidasA bolsista selecionada pôde, a partir do projeto, aprofundar seus estudos sobre expressão cor-poral por meio de sua participação no grupo de estudos coordenado por mim: Grupo de estudos e Pesquisas em Gesto, Expressão e Educação. Diante do aprofundamento dos estudos, a bolsis-ta teve a oportunidade de viabilizar numa escola pública a implantação de atividades corporais ex-pressivas para crianças de 6 anos. As crianças puderam conhecer e vivenciar atividades diver-sas de expressão corporal, tais como: atividades

da USP), além de organizarem festas, passeios e visitas – experimentando, com liberdade e res-ponsabilidade, diferentes metodologias educati-vas, vinculando sua formação acadêmica a uma atividade de responsabilidade social; construindo novos conhecimentos sobre as crianças peque-nas (de 0 a 6 anos) e sobre as crianças maiores (de 7 a 12 anos), no convívio etário diversificado, conhecendo as especificidades da infância de crianças moradoras de um conjunto residencial universitário brasileiro, beneficiando-as e sendo beneficiadas por elas.Resultados alcançadosO projeto consolidou um espaço de convivên-cia para as crianças moradoras do CRUSP, es-pecialmente, com a presença de crianças bem pequenas no convívio etário diversificado (entre 2 a 12 anos), com atividades educativas (livres e dirigidas) relacionadas às diferentes áreas do conhecimento. Continuou oferecendo assistên-cia aos pais e mães, alunos(as) moradores(as), em seu período de aulas, estudo ou trabalho; garantindo o direito das crianças à brincadeira – direito fundamental da infância e promovendo sua participação num espaço coletivo e educa-tivo de ampliação de seus conhecimentos sobre o mundo, para formular hipóteses, conhecer e ensinar em relação com seus pares e com os(as) educadores(as), a partir de diferentes perspecti-vas e através das múltiplas linguagens. Propor-cionou às bolsistas a aplicação e ampliação do conhecimento adquirido em seus cursos de gra-duação, assim como, uma segunda experiência educativa. Entretanto, a ampliação do projeto de-pende do aumento no número de bolsas para es-tudantes/educadores que revelem, assim como as três bolsistas que participaram do projeto, pro-fundo interesse na relação entre educação, infân-cia e diversidade, em vivenciar uma experiência em educação não-formal, facilidade no trabalho em equipe, comprometimento com as atividades pertinentes ao projeto e iniciativa e capacidade de superação e criação, concebendo a Educa-ção como campo fértil para futuros projetos aca-dêmicos e profissionais. Ainda há a necessidade explícita de aumento de recursos para o projeto, seja para aquisição de materiais, reformas es-truturais da sala, catalogação e empréstimo de livros e brinquedos, seja no número de bolsistas para ampliação de um projeto que continua tão bem sucedido e de caráter emancipatório, no exercício da autonomia discente e docente, no encontro de estudantes de diversas licenciaturas, na interdisciplinaridade de aprendizagens, além do encontro de crianças de diferentes idades e suas famílias, ampliado nas atividades aos finais de semana, que envolveram um número maior de beneficiados pelo projeto, estudantes e mais de 30 crianças.

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Vozes da Arte-EducaçãoCoordenadoraRosa Iavelberg

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educativo e desenvolvendo suas competências profissionais no campo das relações públicas e do jornalismo. Os objetivos geral e específicos do projeto previstos para o período foram alcança-dos: a) cinco edições de boletim eletrônico bimes-tral do Fórum, na forma de clipping de notícias, foram editadas; b) o sítio do Fórum na Internet foi atualizado; c) o cadastro do Fórum foi atualizado e inserido em banco de dados informatizado; d) um Seminário Estadual e quatro plenárias do Fórum foram realizados; e) o arquivo do Fórum foi orga-nizado e sua memória preservada; f) represen-tantes do Fórum Paulista receberam apoio para participar do XIII Encontro Nacional de Educação de Jovens e Adultos (Natal, RN: 10-13/09/2013), das instâncias preparatórias à CONAE Conferên-cia Nacional de Educação (originalmente prevista para realizar-se em fevereiro de 2014, e adiada para novembro deste ano), das reuniões nacio-nais dos Fóruns de EJA e das reuniões técnicas com o Ministério da Educação.

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Produzindo Vídeos para Memória e Produção de Materiais Didático-Culturais do Ensino de Ciências Formal e Não-FormalCoordenadoraMartha Marandino

Ações/atividades desenvolvidas1) Levantamento de alguns dos materiais consi-derados de grande impacto na história da área de ensino de Ciências no país, a partir da consulta a especialistas das áreas de ensino de biologia, química e física para os quais foram solicitados o preenchimento de um formulário. Os dados obti-dos foram compilados e a organização dos ma-teriais se deu em duas etapas: a) Descrição do material didático por meio de uma tabela, catalo-gando separadamente as áreas de Física, Quími-ca e Biologia em materiais formais e não-formais; b) Levantamento bibliográfico realizado através de livros, dissertações, teses, sites e catálogos nas seguintes categorias: Projetos Curriculares Históricos: BSCS, PSSC, CBA, CHEM; Projetos Curriculares Pós 60 até hoje: Materiais didáticos, Kits, Documentos (Criados na Universidade de São Paulo e Criados por outras instituições); e Centros de Ciências: CECISP, CECINE, CECI-BA, CECIRS, CECIGUA/CECIERJ, CECIMIG. A busca realizada foi feita em atas de eventos, por meio das seguintes palavras-chave: PROJETOS DE ENSINO, BSCS, PSSC, CHEM, CBA, PEF, GREF, CENTROS DE CIÊNCIAS; 2) Produção do Vídeo Registros de Memória: materiais didá-ticos no ensino e divulgação da ciência: filmagem e edição das entrevistas com as professoras Myriam Krasilchik (Biologia), Anna Maria Pessoa de Carvalho (Física) e Daisy de Brito Rezende (Química). O material editado constitui objeto de consulta para professores, pesquisadores das áreas do ensino de ciências naturais, história da educação e demais interessados. Para a edição do vídeo, optou-se por reunir o conteúdo das três

circenses, dança, percussão corporal, jogos e brincadeiras. Ao final do desenvolvimento do projeto, baseados no conhecimento vivenciado, as crianças, sob a coordenação da bolsista, pu-deram desenvolver uma apresentação corporal final, que foi apresentada numa festa de encer-ramento da escola.Resultados alcançadosComo resultado podemos destacar a possibili-dade de vivência corporal tida pelas crianças de 6 anos da escola selecionada. Tais crianças não contavam em seu dia a dia com aulas e oportu-nidades que explorassem a experiência corporal. A professora responsável pela turma também participou ativamente das aulas promovidas pela bolsista e, mesmo não sendo um objetivo inicial do projeto, percebemos que aconteceu uma ca-pacitação da docente frente as atividades ofe-recidas. Desta forma, temos a certeza de que a professora em questão poderá ser multiplicadora de tais propostas oportunizando assim a amplia-ção de oportunidades corporais para as crianças da escola.

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Apoio ao Fórum Estadual de Educação de Jovens e Adultos de São PauloCoordenadoraMaria Clara di Pierro

Ações/atividades desenvolvidasDuas estudantes da ECA foram engajadas em atividades de Apoio ao Fórum de Educação de Jovens e Adultos do Estado de São Paulo. No período de agosto de 2013 a julho de 2014 elas: a) organizaram o acervo de documentos e a me-mória do Fórum, criando um repositório virtual no Dropbox; b) revisaram o cadastro do Fórum, mantendo a intercomunidação entre os mem-bros por meio de grupo de e-mails no Gmail; c) atualizaram os conteúdos da página do Fórum Paulista no Portal dos Fóruns de EJA do Brasil <http://forumeja.org.br/sp/>; d) criaram, geren-ciaram e alimentaram uma página do Fórum no Facebook <https://www.facebook.com/pages/F%C3%B3rum-EJA-de-S%C3%A3o-Paulo/396942436986673ref=bookmarks>; e) editaram cinco edições de um clipping de notícias sobre a EJA no Estado de São Paulo; f) colaboraram com a organização e realização do Seminário Balan-ço da EJA no Estado de São Paulo, realizado na Faculdade de Educação da USP em 14 de maio de 2014, com a participação de cerca de 150 participantes <http://www3.fe.usp.br/secoes/inst/novo/eventos/detalhado.aspnum=1898>; g) Auxiliaram na convocação e fizeram o relatório de cinco plenárias do Fórum de Educação de Jo-vens e Adultos do Estado de São Paulo no trans-correr do ano.Resultados alcançadosO projeto engajou duas estudantes de graduação de cursos da Escola de Comunicações e Artes em atividades de apoio ao Fórum de Educação de Jovens e Adultos do Estado de São Pau-lo, ampliando sua compreensão desse campo

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entrevistas em seis temas, criando tópicos de curta duração. Foi desenvolvido um roteiro para a organização dos dados/imagens dos vídeos pilotos das entrevistas com os itens a seguir: a) pessoas envolvidas com o projeto; b) processo de adaptação dos materiais no Brasil; c) envol-vimento de instituições como o IBEEC, CECISP, USP, FEUSP, etc.; d) influência dos projetos cur-riculares americanos na produção de materiais didáticos no Brasil; e) a importância dos materiais e das experiências de aplicação; f) influência des-ses materiais na vida do entrevistado.Resultados alcançadosDo ponto de vista conceitual, foi muito importante para os bolsistas conhecer o processo histórico do ensino de ciências no país. Como o Projeto Memória ao qual a bolsa encontra-se vinculada, retrata justamente as iniciativas de indivíduos e instituições do Brasil que questionaram o modelo de ensino tradicional de ciências e defenderam um projeto moderno, focado na experimentação e investigação, o contato com os materiais tem sido fundamental para a formação dos bolsistas/licenciandos. A partir da proposta de renovação do ensino de ciências ocorrida entre os anos de 1950 e 1960 e que tem reflexos até os dias atuais na área, identificou-se o envolvimento de alguns professores e pesquisadores brasileiros na empreitada de formar professores para o uso e disseminação dos projetos curriculares ameri-canos destes períodos. Reconheceu-se ainda a criação dos Centros de Ciências no país ao longo dos anos de 1960 – CECINE,CECIRS,CECIBA,CECISP,CECIMIG,CECIGUA/CECIERJ e o papel desses espaços na formação de professores e na produção de materiais didáticos para o ensino de ciências. Do ponto de vista técnico os bolsis-tas tiveram contato com a produção de banco de dados, com técnicas e instrumentos de levanta-mento bibliográfico, além de terem realizado a fil-magem, produção e edição do vídeo-documento com as entrevistas das pesquisadoras.

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Treinamento Desportivo na Escola de Aplicação da FEUSPCoordenadoraLivia de Araújo Donnini Rodrigues

Ações/atividades desenvolvidasOs bolsistas acompanharam as aulas curriculares de Educação Física para, entre outros, obterem conhecimento sobre os procedimentos comuns praticados pelos professores da área, a fim de utilizarem os mesmos nos cursos de contraturno que ministraram sob nossa supervisão. Outro in-tuito foi fazer com que os bolsistas refletissem so-bre possibilidades de ações e discursos didáticos em diferentes idades. Os contraturnos existentes foram Futebol e Arte, Danças e Literatura Afro--brasileira, Atendimento a Crianças com Dificul-dades Motoras, Jogos do Mundo e Capoeira Se Aprende na Escola.

Resultados alcançadosMesmo com o calendário atípico, conseguimos atender alunos de todos os ciclos de ensino que temos na escola. Conseguimos também realizar intercâmbio com alunos de outras escolas, por meio de jogos amistosos.

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Identificação, Organização e Disseminação de Materiais Didático-CulturaisCoordenadoraLúcia Helena Sasseron Roberto

Ações/atividades desenvolvidasAo longo do projeto, foram organizados, catalo-gados e avaliados materiais didáticos voltados ao ensino de ciências da natureza (Química, Física e Biologia) sobretudo materiais produzidos a partir dos anos 1950. A escolha por este recorte deve--se ao contexto histórico deste período e a forte influência que os anos pós-guerra e anos de iní-cio da corrida espacial exerceram para a concre-tização de cursos de ciências cujo objetivo maior centrava-se na necessidade de formar cientistas capazes de atuarem para o desenvolvimento científico e tecnológico da humanidade. De modo mais específico, foi realizado um levantamento destes materiais didáticos voltados ao ensino de ciências, selecionando-os a partir de entrevistas com pesquisadores das diferentes áreas (Biolo-gia, Química e Física). Após isso, procedemos à coleta e à organização deste acervo e à catalo-gação do mesmo. Tão importante quanto este trabalho foi a produção de um vídeo relatando aspectos destes materiais em seu momento de proposição e a influência que ainda hoje exercem para o planejamento de currículos da educação básica e de formação de professores de ciências.Resultados alcançadosOs resultados alcançados concentram-se nas ações descritas anteriormente. Vale a pena res-saltar que se trata de um projeto inicial e que, por seu caráter de catalogação e organização de acervo, pode contribuir para eventuais ações futuras de acesso para consulta e pesquisa dos materiais. Como mencionado anteriormente, um grande desdobramento deste projeto associa--se à produção de um vídeo relatando aspectos do contexto histórico e educacional ligado ao momento da produção de projetos de ensino. Com esta produção, não apenas o projeto em tela pode ser divulgado, como também abre-se possibilidades para discussões acerca das in-fluências que ainda recebemos deste momento singular na história do ensino de ciências.

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O Desafio do Ensino da Leitura e da Escrita no Ensino Fundamental de 9 Anos: o Manejo da Heterogeneidade nas Salas do Primeiro Ano do Ensino FundamentalCoordenadorClaudemir Belintane

Ações/atividades desenvolvidasO projeto é uma ação em conjunto com uma pes-quisa longitudinal (quatro anos de duração, inicia-da em 2011, com financiamento da CAPES/OE) sobre o ensino fundamental de nove anos. Este projeto visa trabalhar com as diversas realidades e bagagens que cada criança traz consigo ao ingressar no primeiro ano do ensino fundamen-tal. Esta vasta diversidade configura um grande desafio para o processo de alfabetização, nes-te contexto, o projeto procura então atuar com as crianças, observando essas singularidades e como se dá, em sala de aula, o manejo dessa heterogeneidade. O trabalho do bolsista consiste em acompanhar e observar salas do primeiro ano do EF no decorrer do percurso da alfabetização, auxiliando no desenvolvimento de estratégias para a consolidação do processo de aprendiza-gem, em conjunto com o professor. O bolsista pôde envolver-se nas ações que são propos-tas dentro da rotina do grupo, que contribuem de maneira singular com o desenvolvimento da turma, tais como as contações de histórias que ocorrem tanto na biblioteca, quanto na sala de aula, e que fornecem às crianças um amplo re-pertório e elementos que serão aproveitados pelo professor nas estratégias e atividades de alfabe-tização. Um outro ponto fundamental da rotina diária dos primeiros anos, e que concedem aos bolsistas subsídios para a realização do trabalho, são as senhas para entrada na classe, que atra-vés de enigmas, resolução de rébus, palavra-va-lise, a construção de uma rima ou até mesmo a leitura de um quadrinho, permite-nos conhecer e diagnosticar de maneira mais individualizada para a criança em seu percurso da aprendizagem da leitura e da escrita.Resultados alcançadosAtravés dessa proposta foi possível ampliar a te-oria vista na graduação e compartilhar/vivenciar o dia-a-dia de uma sala de aula, inserindo-se em uma pesquisa voltada para o campo educacio-nal. Na perspectiva de contribuir para o cenário da educação pública, a participação no projeto desperta interesse tanto pelo aprofundamento te-órico na temática em estudos de pós-graduação, como subsidia por meio da experiência vivida a formação da futura docência.

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Estudos Clássicos, Educação e InternetCoordenadorMarcos Sidnei Pagotto-Euzebio

Ações/atividades desenvolvidasO projeto não foi levado adiante, por desistência do bolsista. Essa desistência não foi formalizada por ele, que apenas deixou de se ocupar do pro-jeto, o que implicou no não-pagamento de sua bolsa, a partir de abril de 2014.Resultados alcançadosNão houve resultados. Como foi dito, o bolsista deixou de atuar, e o trabalho feito até o momento em que isso se deu não pôde ser aproveitado (re-ferente à montagem e estruturação de um site).

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Divulgação Científica e Cultural nos Pontos de Ônibus da USP de Ribeirão PretoCoordenadorCarlos Ernesto Garrido Salmon

Ações/atividades desenvolvidas1) Foram construídas 19 caixas de acrílico (400x350x40mm, entre setembro e outubro) e instaladas 16 delas (novembro) em 15 pontos de ônibus no interior do campus da Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto, previamente avalia-dos pela circulação de pessoas; 2) Foram reali-zados mutirões de distribuição de material biblio-gráfico com frequência quinzenal ou mensal (nos meses de férias) a partir de novembro de 2013 a julho de 2014; 3) Foram realizadas duas enquetes (outubro e março) entre os usuários para avaliar padrões de interesse dos futuros usuários e os resultados da implantação do projeto, respectiva-mente; 4) Foi criada (dezembro) e atualizada uma página no Facebook <https://www.facebook.com/divulgacaocientificausprp> e um blog para divulgar a atividade do mesmo. Fotos documen-tando nossas atividades podem ser encontradas na página. Devemos salientar que de fevereiro a julho a Profa. Silvia Maria do Espírito Santo, do curso de Ciências da Informação e Documen-tação, ficou responsável pelo projeto, porque o Prof. Carlos E. Garrido Salmon, do curso de Fí-sica Médica, foi afastado para desenvolver pes-quisa no exterior.Resultados alcançadosNos mutirões foram distribuídos materiais sele-cionados da Biblioteca Central do campus ou doados por alguns professores, considerando atualidade, diversidade e principais matérias em destaque. Adicionalmente os alunos bolsistas produziram alguns textos de divulgação científica com uma linguagem de fácil compreensão para o público leigo. A seleção e distribuição do material foram as principais tarefas dos alunos bolsistas no decorrer do projeto; – Foi planejada a recircu-lação do material bibliográfico entre os pontos. Porém, no decorrer do projeto, notou-se que aproximadamente 75% do material era retirado pelos usuários, desta forma a renovação do mes-mo foi necessária. Este número também indicou a utilização do material bibliográfico disponibiliza-do; – A primeira enquete teve como tema hábitos de leitura e visava revelar padrões de interesse dos futuros usuários. Esta enquete foi aplicada em 195 sujeitos (presencial e on-line) e mostrou o perfil médio do usuário: Individuo que gosta de ler diariamente e que fica no ponto de ônibus apro-ximadamente 25 minutos entre três e quatro dias na semana. Os tipos de leituras mais frequentes evidenciados foram: websites, jornais, revistas e livros. Aproximadamente metade dos entrevista-dos declarou que acostumava ler na espera ou durante o percurso de ônibus. Na segunda en-quete o principal objetivo foi avaliar a implantação do projeto. Esta enquete foi aplicada presen-cialmente em 70 sujeitos e mostrou um conhe-cimento parcial do nosso projeto de divulgação. Neste caso, somente metade dos entrevistados

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declarou que conhecia o projeto e também me-tade declarou ficar interessado no material dis-ponível nas caixas de acrílico; embora a maioria concordasse com ser um projeto importante para a comunidade. Ainda corroboramos que nossos principais usuários eram estudantes (75%); – O projeto teve uma ampla visibilidade com a pá-gina no Facebook e o blog. Os alunos bolsistas estiveram totalmente envolvidos nesta tarefa. O projeto foi noticiado no jornal eletrônico da USP Ribeirão (11/03/2014, <http://ribeirao.usp.br/noticias.aspid=1352>) e no jornal do campus (15/04/2014, <http://www.jornaldocampus.usp.br/index.php/2014/04/no-campus-de-ribeirao--frequentadores-sao-incentivados-a-ler-nos--pontos-de-onibus/>). Também foi feita uma re-portagem produzida pela TV USP Ribeirão Preto e transmitida na TV Band no dia 26/04/2014 <ht-tps://www.youtube.com/watchv=PgSkzJSpl1I>

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Recuperação Pós-Incêndio do Banco Genético da Floresta da USP-RPCoordenadoraElenice Mouro Varanda

Ações/atividades desenvolvidasO projeto de Recuperação pós-incêndio do Ban-co Genético da Floresta da USP-RP foi elabora-do pelo GT Floresta, como uma continuidade do projeto desenvolvido em 2013, designado para o cumprimento da Gestão e Perpetuação da Floresta do Campus de Ribeirão Preto da USP. Envolve, além da recuperação da área, projetos de segurança e de Educação Ambiental com as comunidades do campus e de seus arredores. Apesar do fim do GT Floresta e conflitos com a administração do campus no que diz respeito à recuperação da área queimada, várias ações foram realizadas no período correspondente à bolsa como: o levantamento da sobrevivência/mortalidade pós-incêndio em parte da área atin-gida pelo incêndio, a coleta de sementes e plan-tio de mudas, além da elaboração de um Guia de Espécies do Banco Genético. Os bolsistas possuem papel importante na organização de todos os dados resultantes destas ações. Ativi-dades desenvolvidas pelos bolsistas: – Digitaliza-ção e organização dos dados do levantamento da mortalidade/sobrevivência após o incêndio, baseado no mapa do plantio original, feito por alunos bolsistas; – Acompanhamento da pro-dução de mudas no Viveiro da USP-RP, através do levantamento da quantidade e tamanho das plântulas em desenvolvimento; – Elaboração de um mapa de plantio de rocamboles para facilitar a disposição das mudas no momento do plantio; e o próprio plantio no inicio de 2014, todas as atividades contaram com o auxílio de voluntários; – Elaboração de um Guia de Espécies do Banco Genético, constituído de fotos e informações ta-xonômicas e morfológicas de cada espécie, que servirá de auxílio na identificação de espécies, para desenvolvimento de pesquisas e atividades de Educação Ambiental.

Resultados alcançados1) Dados do levantamento da sobrevivência/mor-talidade dos indivíduos feitos até o ano de 2014, projeto que havia sido começado em 2013 e fi-nalizado pelos bolsistas atuais; 2) Planejamento do mapa de plantio e realização do plantio de mudas no Banco Genético. Tal organização, que está sendo complementada pelos bolsistas atu-ais, é de suma importância para a continuidade do projeto uma vez que serve de base para todas as atividades que estão sendo e serão desen-volvidas como: escolha de espécies e matrizes coletadas, quantidades de mudas produzidas e planejamento de plantio, visando à recupera-ção e restauração do Banco Genético. Uma vez que este poderá no futuro fornecer sementes de alta qualidade para recuperação de aéreas de-gradadas da região. Poderá contribuir também com atividades de pesquisa e extensão e proje-tos de Educação Ambiental. O Banco Genético representa um patrimônio genético para toda a comunidade e, como tal, deve ser recuperado para cumprir o papel para o qual foi projetado e implantado.

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Qualidade de Vida de Pacientes com Esclerose Múltipla e Esclerose Sistêmica Submetidos ao Transplante de Medula ÓsseaCoordenadorManoel Antonio dos Santos

Ações/atividades desenvolvidasA esclerose sistêmica (ES) e a Esclerose Múlti-pla (EM) são doenças autoimunes (DAI) crônicas, multissistêmicas e progressivas, sendo, atual-mente, o Transplante de Medula Óssea (TMO) uma opção de tratamento. O TMO é composto pelas fases: 1) Pré-transplante: período no qual o paciente passa pelo acompanhamento am-bulatorial até a internação; 2) TMO propriamen-te dito: momento da internação, quimioterapia, aspiração, processamento e infusão da medula óssea, alta do hospital; e 3) Pós-TMO: que se ini-cia após a alta hospitalar e subdivide-se em dois momentos: imediato, até 100 dias da infusão da medula; e tardio, a partir dessa data. Essa última fase é marcada pelas restrições e pela dificuldade do resgate do cotidiano, tal como era estruturado antes do adoecimento. Contudo, como se trata de uma terapêutica recente, são necessários es-tudos sobre as implicações do TMO nos aspec-tos emocionais dos pacientes com essa doença. Devido a essas implicações adversas decorren-tes da própria terapêutica, são diversos os fato-res que podem interferir negativamente na quali-dade de vida (QV) dos pacientes no pós-TMO. O objetivo deste estudo foi avaliar a implicação do TMO na qualidade de vida e aspectos psicológi-cos de pacientes com ES e EM submetidos ao procedimento. A aluna aplicou a Medical Outco-mes Survey - Short Form 36 (SF-36): instrumento de avaliação genérica de saúde, multidimensio-nal, originalmente criado na língua inglesa, no

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assumir papéis que não lhe competem na família. Consideram-se como "deixado" de lado, queixan-do da falta de atenção da família, que centraliza o cuidado no familiar adoecido. Expressam incom-preensão e preocupação com o diagnóstico do irmão, que ora é visto como uma enfermidade e ora como uma frescura. Os irmãos frequentam pouco o ambulatório, alegando outras atividades concorrentes no horário, em especial escola ou trabalho. O papel de acompanhar e cuidar do paciente fica muito centrado, em especial, na fi-gura materna. Tendo em vista esses resultados, foi discutido com a equipe a necessidade de se implementar estratégias de apoio emocional para os irmãos tidos como "saudáveis”, que sofrem com as implicações do adoecimento do irmão. Discutiu-se sobre formas de torná-los mais parti-cipativos no tratamento, pensando em atividades que fossem mais convidativas e pontuais, como reuniões familiares, encontros únicos informati-vos, convites personalizados.

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Resgate da Capacidade Produtiva Pós-Transplante de Medula Óssea Utilizando o Espaço GrupalCoordenadorManoel Antonio dos Santos

Ações/atividades desenvolvidasO transplante de medula óssea (TMO) é um tra-tamento de alta complexidade que visa a recu-peração da saúde de pacientes com doenças potencialmente fatais. Devido às implicações da enfermidade e do próprio tratamento, há uma preocupação tanto dos profissionais quanto do paciente e familiares de como será a reestrutura-ção do cotidiano do paciente submetido ao TMO fora do hospital. Dentro deste contexto o presen-te projeto tem por objetivo o desenvolvimento de um grupo de atividades livres com pacientes pós-TMO e seus familiares. Este grupo visa criar a possibilidade de que o paciente realize as ativi-dades propostas, tenha um convívio com outras pessoas e viva suas limitações e potencialidades.Resultados alcançadosOs alunos participaram de reuniões semanais para planejamento do próximo grupo e discussão do grupo passado, de seminários teóricos sobre o tema, observaram reuniões da equipe multi-profissional e entrevistaram os participantes dos grupos de atividades, visando conhecer a opinião sobre a atividade, ouvir criticas e sugestões que possibilitem repensar ou continuar a prática. Os grupos aconteceram todas as sextas-feiras das 14h às 17h, sendo intercaladas atividades de artesanato, jogos, bingos, leituras e filmes. As entrevistas realizadas após o término do grupo apontaram a necessidade de se repensar novos modelos de intervenções nesse espaço, sendo criadas oficinas de fotografias e musicalização, que estão acontecendo a partir do segundo se-mestre de 2014.

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pós-TMO. As amostras foram compostas de 34 pacientes com EM e 22 com ES. Os dados foram cotados e armazenados em um banco de dados no computador do Laboratório do docente res-ponsável. A aluna pôde acompanhar a rotina do ambulatório pós-TMO e discutir, posteriormente, os resultados com a equipe de saúde.Resultados alcançadosOs resultados indicaram uma melhora nos com-ponentes da qualidade de vida de pacientes com ES e EM após o transplante. Essa percepção po-sitiva da qualidade de vida no período pós-trans-plante tardio pode estar relacionada ao fato de os pacientes não enfrentarem mais a possibilidade constante de progressão da doença, devido à estabilização ou melhora após o procedimento. Estes resultados podem ser interpretados como indicadores positivos do transplante para ES e EM. Esses resultados foram apresentados em dois congressos internacionais: EULAR: Quality of Life in Systemic Sclerosis Patients Before and After Autologous Hematopoietic Stem Cell Trans-plantation; e EBMT: Quality of Life Evaluations in Multiple Sclerosis Patients Two Years After Auto-logous Hematopoietic Stem Cell Transplantation.

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Implicação Emocional do Transtorno Alimentar no Irmão SaudávelCoordenadorManoel Antonio dos Santos

Ações/atividades desenvolvidasOs transtornos alimentares são quadros psiqui-átricos que podem ser caracterizados por uma grave perturbação do comportamento alimentar que afeta, na maioria das vezes, adolescentes e adultos jovens do sexo feminino. A Anorexia Ner-vosa (AN) e a Bulimia Nervosa (BN) constituem os tipos principais de transtornos descritos. A dinâ-mica do meio familiar pode tanto contribuir para o desencadeamento e manutenção do transtor-no alimentar, como ser afetada emocionalmente pelo acometimento de um dos seus membros, aumentando a suscetibilidade dos familiares a sintomas de desgaste físico e emocional. Nesse contexto, objetiva-se avaliar o impacto do ado-ecimento no irmão do paciente com transtorno alimentar. A aluna entrevistou cinco irmãos de pacientes com TAs que frequentaram o GRATA. Participou das reuniões multidisciplinares, dos ambulatórios e foi observadora nos grupos de apoio psicológico oferecidos aos familiares. Os grupos de apoio aconteceram todas as sextas--feiras das 13h15 às 14h30, era coordenado por duas psicólogas e observado pela bolsista. Os dados obtidos nas entrevistas individuais analisa-dos qualitativamente, bem como os conteúdos dos grupos que faziam referência ao irmão (filho) saudável. Os resultados foram devolvidos e dis-cutidos com a equipe.Resultados alcançadosOs resultados indicam que o irmão do paciente com transtorno alimentar sofre com as consequên-cias da doença do familiar, tendo muitas vezes que

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de filmes e vídeos. Buscou-se também alcançar o efeito multiplicador, de modo que o monitor do Aprender com Cultura e Extensão procurou atingir, alunos do curso de psicologia de outras turmas e jovens universitários de outros cursos e faculdades. Os alunos da disciplina também fo-ram estimulados a produzirem ações de cultura e extensão em escolas públicas e comunidades do entorno, através da parte prática que exigia várias intervenções psicossociais.

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Estudo, Organização e Documentação das Informações de Entrevistas Clínicas de Triagem em um Serviço-Escola de PsicologiaCoordenadoraCarla Guanaes Lorenzi

Ações/atividades desenvolvidasA principal atividade realizada pelo bolsista, du-rante o período de bolsa, consistiu na revisão, reconstrução e alimentação de um banco de da-dos com informações sobre o serviço de triagem. Este banco de dados foi inicialmente criado para facilitar o acesso às informações dos pacientes atendidos na clínica psicológica (CPA), acesso este fundamental aos estudantes e supervisores (docentes e psicólogos contratados). Anterior-mente às atividades desenvolvidas pelo bolsista, o serviço contava com uma primeira versão deste banco de dados, que havia sido produzida pelo setor de informática da FFCLRP-USP a partir de informações gerais enviadas pela psicóloga da clínica. Nesta primeira versão, o banco contem-plava apenas alguns dados pessoais do cliente e de seu histórico de atendimento (tais como data de inscrição, data da triagem e a conduta do atendimento). Os campos de observação es-tavam sobrecarregados e, caso necessitasse a adição de alguma informação, isso dificultava o acesso ao restante das informações do histórico. Alguns prontuários já haviam sido cadastrados nesse formato, apontando a necessidade de revi-são do sistema para garantir sua funcionalidade. Assim, o bolsista avaliou, em conjunto com a psi-cóloga do serviço e a docente (coordenadora do projeto), quais categorias do banco deveriam ser retiradas, adicionadas ou modificadas, visando sempre à funcionalidade do banco durante sua construção. Esse trabalho era feito: a) pela leitura dos prontuários, e análise das informações usual-mente mais comuns; e b) pelo próprio manuseio do sistema operacional, de maneira a analisar, na prática, a utilidade das categorias criadas para sistematizar e sintetizar as principais informações dos prontuários. Assim, o trabalho do bolsista na construção do banco de dados consistiu em cadastrar os pacientes enviando informações importantes e concisas sobre suas atividades no CPA e seus dados pessoais. Ao bolsista, coube o cadastro dos pacientes no banco de dados, sintetizando as informações dos prontuários e preenchendo os campos cadastrais que o banco de dados carrega.

Investigando Didáticas e Metodologias Criativas para o Aprender e a Cultura da Psicologia SocialCoordenadorSergio Kodato

Ações/atividades desenvolvidasO Projeto desenvolveu ações que buscaram ino-var o ensino da psicologia social, sendo que o bolsista fez pesquisas nas áreas de: psicodrama pedagógico, pedagogia tradicional de Herbarth, dinâmica de grupo, grupos operativos no ensino, a psicologia positiva e os filmes. O bolsista tam-bém auxiliou didaticamente no desenvolvimen-to da disciplina Psicologia Social II, ministrando aulas, seminários e oficinas de expressão e cria-ção. As disciplinas ministradas presencialmente, contaram com o apoio de um grupo virtual na rede social Facebook que foi administrado pelo bolsista. O desenvolvimento do projeto também implicou em seleção e projeção de filmes de longa metragem que versavam sobre os conte-údos candentes da Psicologia Social. Buscou--se o aperfeiçoamento didático e metodológico do monitor, através da assimilação das técnicas didáticas tradicionais, tecnologias do virtual e aprimoramento em coordenação de dinâmicas de grupo. Objetivou-se a implicação do monitor com um fazer criativo e a incessante reflexão por um paradigma da diversidade na didática de sala de aula e por um controle dinâmico da indiscipli-na por meio da atividade. Participou também do processo de avaliação, realizando a análise crítica das aulas ministradas, dos programas pedagógi-cos desenvolvidos, provas, seminários, práticas e de seus resultados. As atividades desenvolvidas no processo avaliativo puderam contribuir para o amadurecimento do processo de tomada de de-cisões, ocorrido por intermédio da valorização de sugestões, críticas e opiniões.Resultados alcançadosO desenvolvimento do projeto permitiu a inova-ção didática da disciplina de Psicologia Social e, consequentemente, um melhor aprendizado, ba-seado não na memorização de conteúdos, mas no vínculo e relação pedagógica, voltada para a autonomia e criatividade do aluno. A realização de sete seminários de cinema, através da proje-ção e discussão de filmes de longa-metragem, baseados nas temáticas da Psicologia Social, permitiram ilustrar as conexões estreitas entre subjetividade, cultura e comunidade. Permitiram também introduzir os alunos nas técnicas de interpretação e análise, assim como melhorar a convivência e as relações pedagógicas. O mo-nitor aprendeu a manejar e utilizar as várias es-tratégias didáticas, incorporou o planejamento e execução de dispositivos de cultura e extensão, contribuindo para disseminar os métodos alter-nativos e inovadores, assim como a articulação entre ensino e extensão. O projeto conseguiu estimular os alunos para o conhecimento teórico e prático da psicologia social e motivá-los para o processo de aprendizagem através de estra-tégias de cultura e extensão, como dinâmica de grupo, psicodrama, teatro, projeção e produção

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Resultados alcançadosO estágio proporcionou o serviço de cadastra-mento de novos prontuários, segundo o sistema de classificação criada. Além disso, permitiu uma revisão dos prontuários, identificando e corrigindo prontuários com alguma falta, como a ausência ou ilegibilidade da assinatura de um estagiário ou supervisor. Tal revisão contribuiu para uma melhor regularização dos aspectos formais do serviço, e de uma orientação mais direta aos supervisores por parte da Presidência do Conselho Diretor do CPA (Profa. Dra. Carla Guanaes Lorenzi). Em termos dos resultados de aprendizagem para o bolsista, o estágio proporcionou compreender o perfil dos clientes que buscam orientação psico-lógica no CPA, no município de Ribeirão Preto: qual nível socioeconômico, quais são os motivos mais recorrentes de término de atendimento por parte do cliente, os motivos mais recorrentes de procura por atendimento psicológico, variedade de métodos e instrumentos utilizados. O bolsista também, ao acompanhar o cotidiano da clínica--escola, obteve esclarecimento sobre sua dinâ-mica e funcionamento, mais especificamente quanto às dificuldades e procedimentos de orga-nização e sistematização das informações regis-tradas nos roteiros de entrevista de triagem. Vale ressaltar, também, a aproximação do bolsista à psicologia clínica e o aumento do contato com os estagiários e a psicóloga do CPA, possibilitando mais discussões acerca do contexto clínico em psicologia.

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Organização dos Documentos sobre a Educação Pública Municipal no Acervo do Arquivo Público e Histórico de Ribeirão PretoCoordenadorSergio Cesar da Fonseca

Ações/atividades desenvolvidasNa presente edição do projeto seu escopo foi ampliado para incluir o acervo guardado no Museu do Café de Ribeirão Preto. Pelo fato de cuidar mais da preservação e mostra de objetos de naturezas variadas, pareceria estranho, a um museu como esse, conter documentação, fato que se esclarece porque, ao longo do tempo de sua existência, alguns conjuntos de documen-tos foram guardados nele, a exemplo de séries fotográficas, e outros resultam de sua própria atividade institucional e do relacionamento com congêneres. Ademais, o Museu do Café também possui uma biblioteca formada por títulos e obras também de natureza variada e que contém edi-ções de clássicos da historiografia paulistanista ou sobre a cultura popular, como é o caso de uma edição de época e original de O dialeto cai-pira, de Amadeu Amaral. Quanto às atividades dos bolsistas, estas eram realizadas semanal-mente, com frequência periódica ao Arquivo e ao Museu do Café, de acordo com o previsto em termos de horas de atividade para um projeto apoiado pelo Aprender com Cultura e Extensão.

De início, por ocasião de engajamento no projeto, os bolsistas desta edição do projeto receberam o treinamento necessário pelos funcionários do Arquivo, particularmente pela historiadora res-ponsável, Tania Registro, e, a seguir, passaram a revisar o trabalho inicial feito por duas estagiárias voluntárias e pela bolsista da edição 2012-13 do projeto. Feita a revisão do trabalho anteriormente realizado, teve lugar o contato com a documen-tação, primeiro com a higienização e, a seguir, com a aplicação das fichas de descrição para a coleta de informações. Desse modo, ao longo de um ano, semanalmente, os bolsistas estiveram por um período no Arquivo desenvolvendo suas atividades conforme essa dinâmica, sendo que, periodicamente, aconteceram reuniões de super-visão com o coordenador, a historiadora do Ar-quivo Municipal, a fim de avaliar os dados obtidos e o andamento do projeto. Uma vez aclimatados à dinâmica do trabalho, a bolsista Kelly Cristina Reis foi designada para iniciar as atividades no acervo do Museu do Café, ainda em 2013. Além dessa dinâmica, o cuidado com a formação teó-rica e metodológica do bolsista também mereceu atenção, de sorte que esteve incluída entre as suas atividades a leitura de uma bibliografia se-lecionada pelo coordenador sobre temas como: arquivo, memória, história e educação.Resultados alcançadosConsiderando que as atividades ocorreram de forma a completar o que fôra previsto desde a proposição do projeto, ou seja, que a higieniza-ção, a coleta de informação e a organização de um instrumento de consulta se deram de forma orgânica, uma sucedendo a outra e, por vezes, simultaneamente. Por sua vez, a prática cotidia-na dessas atividades ocorreu na maior parte do tempo no espaço do Arquivo Público sob a su-pervisão local e apoio de funcionários e técnicos da instituição. Entrementes a esse cotidiano de ações, ocorreram reuniões periódicas de avalia-ção do andamento do projeto com a participação do coordenador e da bolsista em conjunto com a equipe do Arquivo. Essa dinâmica se repetiu no Museu do Café, com a diferença de ainda não ser possível computar expressivos resultados do trabalho nele dada a fase inicial das atividades lá desenvolvidas. Assim, conforme essa dinâmica, e no período de um ano, foram tratados cerca de duzentos e oitenta e cinco documentos que abrangem desde 1885 até 1983. Todo o pro-cesso de análise dos documentos pautou-se pelo uso da ferramenta (ficha modelo) de coleta de informações. À medida que cada documento era tratado, lido e analisado, as informações re-sultantes alimentaram uma planilha. Com isso, a pesquisa nesse grupo documental pode contar atualmente com essa planilha, de sorte que, por meio da busca por palavras ou termos, é possível apurar do que tratam esses documentos.

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Olimpíadas Regionais de Química: Contribuições para o Ensino de Química e a Formação de ProfessoresCoordenadoraJoana de Jesus de Andrade

Ações/atividades desenvolvidasO alunos bolsistas deste projeto desenvolveram diversas ações de divulgação científica relacio-nadas às Olimpíadas Regionais de Química, mas também a outros projetos desenvolvidos pelo CEIQ - Centro de Ensino Integrado de Química. Dentre as ações, foram feitas: – reuniões sema-nais sobre os projetos do CEIQ; – estudo dirigido sobre divulgação científica; – estudo dirigido so-bre a temática da ORQ 2013 (Química na rede: curta e compartilhe); – manutenção do acervo de kits experimentais; – empréstimo de materiais; – estudo e elaboração de palestras para os di-ferentes projetos; – agendamento de escolas vi-sitantes; – recepção de aproximadamente 2.000 pessoas (professores e alunos) vindos de escolas de toda a região de Ribeirão Preto; – apresenta-ção de palestras a todas as escolas visitantes; – realização de experimentação em laborató-rio a todas as escolas; – participação (com as mesmas atividades descritas acima) nas Feiras de profissão da USP em São Paulo, em Piraci-caba e em Ribeirão Preto (A Universidade e as profissões) recebendo aproximadamente 10.000 pessoas; – organização e participação no dia da prova da ORQ (17/10/13); – organização da ce-rimônia de premiação das escolas vencedoras; – participação nas reuniões de planejamento das ações para 2014; – visita formativa ao CDCC em São Carlos; – atendimento em uma ONG da cida-de e desenvolvimentismo de experimentos para as crianças abrigadas.Resultados alcançadosEm relação à este projeto especificamente foram alcançadas na ORQ 43 escolas, aproximada-mente 2000 alunos e professores. Nos outros projetos dos quais os bolsistas foram colabo-radores os números foram: DQ de portas aber-tas – 5 escolas e aproximadamente 200 alunos e professores; USP e as profissões – 9 escolas e aproximadamente 360 alunos e professores; 7ª Feira de Profissões da USP (São Paulo-SP) – aproximadamente 60.000 pessoas; 12ª Feira de Profissões da USP (Piracicaba-SP) – aproxima-damente 10.000 pessoas. Com satisfação, veri-ficamos que todos os objetivos do projeto foram cumpridos alcançando um número de mais de 72.000 pessoas e 57 escolas da cidade de Ribei-rão Preto e região.

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Formação e Organização de uma Biblioteca de Divulgação CientíficaCoordenadorOsame Kinouchi Filho

Ações/atividades desenvolvidasEnquanto que o trabalho em divulgação científica parece ser o tema natural para o Laboratório de Divulgação Científica e Cientometria (LDCC), que já recebeu dois apoios financeiros do CNPq nessa área, gostaríamos de esclarecer o porquê da área de Ficção Científica, que é uma área de Literatura e não de Educação Científica, ter recebido aten-ção neste projeto. Essa atenção faz parte de um projeto de longo prazo de nosso laboratório em explorar de que modo a cultura popular (exempli-ficada nos filmes e livros de ficção científica) pode catalisar a disseminação de conceitos científicos e atuar de forma sinergética com a divulgação científica propriamente dita. 1) Organização de uma página de livros de divulgação científica no Anel de Blogs Científicos (Rafaela Beatriz Sou-za Silva). A proposta inicial de apenas organizar a biblioteca de divulgação científica do LDCC mostrou-se por demais limitada. Verificamos que seria muito mais interessante, em termos de ser-viços de extensão, se fosse implementada uma página (formato blog, com ferramentas de busca por autor, título e palavras-chave) dentro do site do laboratório, contendo referências a livros de divulgação científica. Nesta página se tentou fa-zer uma busca exaustiva dos livros de divulgação científica publicados em português e disponíveis no mercado. Cada livro é apresentado com sua capa, sinopse e, quando possível, os dados bi-bliográficos constantes na Biblioteca Nacional. Foram encontrados 130 títulos, que foram colo-cados na página inicial do Anel de Blogs Científi-cos; 2) Preservação de acervo de uma biblioteca de Ficção Científica (Fernando Pereira Filgueiras). O LDCC possui uma biblioteca de cerca de 600 volumes de literatura de ficção científica. Dentre esse acervo, destaca-se um conjunto de 300 volumes da assim chamada Coleção Argonau-ta, composta por 563 volumes publicados en-tre 1953 e 1999 pela editora portuguesa Livros do Brasil. São livros raros e fora do mercado. O trabalho desenvolvido se refere à construção de um repositório digital para tais livros, que em grande parte sofreram deterioração pelo tempo, manuseio, insetos, etc. Tais copias digitais estão agora disponíveis para pesquisadores na área de literatura, cultura popular, divulgação científica e pessoas interessadas em geral.Resultados alcançados1) Organização de uma página de livros de di-vulgação científica no Anel de Blogs Científicos (Rafaela Beatriz Souza Silva). Acreditamos que esse trabalho acrescentou bastante valor ao site do Anel de Blogs Científicos. O resultado final do trabalho pode ser encontrado em: <http://anelciencia.wordpress.com/>; 2) Preser-vação de acervo de uma biblioteca de Ficção Científica (Fernando Pereira Filgueiras). A obten-ção do material após terem sido efetuadas todas as configurações de títulos bem como a indexa-ção do livro (buscando ater-se ao número de se-quência da publicação, seguido do título e autor da obra) foi destinada à uma pasta compartilha-da na nuvem (Cloud App), sendo para isso criada uma conta com capacidade de até 15Gigabytes

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no Gmail, com as credenciais de acesso de co-nhecimento do gestor do projeto. Nesta pasta fi-cam as digitalizações disponibilizadas que pode-rão ser compartilhadas com o publico solicitante, tendo esta informação sido divulgada no Blog da Física Anel de Blogs Científicos, disponível em <anelciencia.wordpress.com/sci-fi-usp-rp--coletanea-de-livros-de-ficcao-cientifica/>, onde a solicitação para a disponibilização do material é regulamentada pelo coordenador do projeto.

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Estágios em Escolas Públicas de Educação Infantil: Organizando a Produção de Materiais DidáticosCoordenadoraDébora Cristina Piotto

Ações/atividades desenvolvidasDurante a execução do projeto foram realizadas diversas atividades, dentre as quais se destacam reuniões mensais entre a bolsista e as coordena-doras, visando o planejamento e a organização do trabalho. No que tange à constituição do acer-vo, a primeira tarefa empreendida foi a organiza-ção dos projetos produzidos no âmbito da referi-da disciplina-estágio, no decorrer de quatro anos (2010 a 2013). Na sequência, passou-se à esco-lha e à catalogação de fotos captadas por alunos em suas atividades de estágio relativas a materiais produzidos para os projetos temáticos, às organi-zações de espaços e ambientes em instituições de educação infantil, e ao desenvolvimento de atividades com as crianças na escola. Para isso, contamos com o auxílio de um programa gratui-to chamado Data Crow, instalado em um note-book institucional. Para facilitar a administração e o acesso ao acervo, a catalogação das fotos levou em consideração as seguintes categorias: Terminado o trabalho de catalogação de projetos e fotos, foi realizado um momento de apresenta-ção do acervo a alunos do Curso de Pedagogia, com o objetivo de explicar o uso e funcionamento do programa Data Crow, bem como os modos de pesquisa no acervo constituído. O notebook institucional, contendo a instalação do programa e a organização de todo o material didático, foi colocado à disposição no Laboratório Paulo Frei-re, laboratório didático que pertencente ao Curso de Pedagogia e subsidia as disciplinas ligadas a estágios curriculares, de modo a facilitar o acesso à catalogação por parte de graduandos, egres-sos desse curso e de professores da Educação Infantil da rede pública de Ribeirão Preto. Para uma divulgação mais ampla do acervo, os proje-tos temáticos, bem como as fotos dos materiais confeccionados e das organizações de espaços e ambientes, foram gravados em mídia digital e distribuídos em todas as escolas de educação infantil que são campos de estágio do curso de Pedagogia. No total, foram entregues 13 mídias em creches e pré-escolas do município, além da distribuição de uma mídia na Secretaria Municipal da Educação (SME) de Ribeirão Preto. Em suma, por meio das visitas às instituições, que contaram

com a presença da bolsista e das coordenadoras das atividades de extensão, foi possível divulgar o trabalho realizado e o material do acervo para um total de 150 profissionais (dentre professores e gestores), que atuam com crianças de zero a seis anos de idade.Resultados alcançadosAo final deste projeto, podemos afirmar que os objetivos esperados com a sua realização pude-ram ser alcançados. Ao longo de seu desenvol-vimento: – organizamos os materiais produzidos nos estágios da área de Educação Infantil entre os anos de 2010 a 2013 em arquivos digitais e catálogos, de modo a permitir sua consulta e empréstimo; – disponibilizamos a creches e pré-escolas públicas de Ribeirão Preto que são campos de estágio do curso de Pedagogia arqui-vos digitais contendo materiais produzidos nos estágios da área de Educação Infantil (como pro-jetos de intervenção docente, fotos de materiais e de organização de espaços); – promovemos a socialização de materiais oriundos de atividades de estágio entre alunos e professores da rede pública de educação infantil de Ribeirão Preto. O acervo com materiais oriundos dos estágios na área de Educação Infantil construído no âmbito do presente projeto tem se constituído como uma importante ferramenta tanto para os gra-duandos do curso de Pedagogia quanto para os professores das escolas públicas de educação infantil que tem recebido estagiários desse cur-so ao longo de seus dez anos de existência. Os estudantes têm se valido do Banco de Dados de Educação Infantil para elaborar e organizar seus projetos de intervenção a serem desenvolvidos com as crianças nas creches ou pré-escolas em que estagiam. Tanto as fotos quanto os projetos contidos no Banco de Dados têm se mostrado um rico material de consulta para os alunos. Em relação às escolas públicas de educação infantil, o resultado foi ainda mais estimulante. O fato de as mídias entregues às escolas conterem proje-tos que foram desenvolvidos na própria escola provocou nos professores um sentimento de identificação e de reconhecimento, contribuindo para a valorização do trabalho desenvolvido em cada instituição. Evidência disso foi a recepção dos professores ao material apresentado e ofe-recido às escolas. De um modo geral, durante as apresentações realizadas nas escolas, professo-res e gestores mostraram-se bastante interessa-dos e empolgados em conhecer os projetos con-tidos na mídia fornecida. Tal recepção também contribuiu, a nosso ver, para maior aproximação entre a universidade e as escolas campo de es-tágio, tendo o projeto colaborado, assim, para o estreitamento de laços entre a USP e as creches e pré-escolas públicas de Ribeirão Preto.

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Oficina de Violão em GrupoCoordenadorGustavo Silveira Costa

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curso poderia ter sido mais bem aproveitado por parte dos alunos.

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Sistematização do Acervo de Pesquisa e de Instrumentos de Avaliação Psicoló-gica do Centro de Pesquisas em Psico-diagnósticoCoordenadoraSonia Regina Pasian

Ações/atividades desenvolvidasO Centro de Pesquisas em Psicodiagnósti-co (CPP) do Departamento de Psicologia da FFCLRP-USP possui um acervo histórico de ma-teriais de avaliação psicológica que abarca testes psicológicos, escalas, inventários, questionários, livros específicos, anais de eventos científicos, periódicos científicos, teses e dissertações, co-lecionados desde 1970, época da criação desse Centro de Pesquisas. Este projeto objetivou atua-lizar o cadastro e sistematizar dados relativos aos recursos de avaliação psicológica, disponíveis no Centro de Pesquisas em Psicodiagnóstico. Em termos específicos, pretendeu-se cadastrar esses ricos materiais de modo a oferecer a alu-nos (graduação e pós-graduação), bem como a profissionais (docentes, pesquisadores e psicó-logos colaboradores), uma forma atual e prática de pesquisar e de usar recursos historicamente relevantes para a construção e o aprimoramento técnico-científico na formação e na pesquisa na área. A sistematização desses recursos técnicos e bibliográficos permitiu facilitar a localização e a busca por materiais entre os alunos (graduação e pós-graduação), docentes, pesquisadores e psicólogos colaboradores do CPP, otimizando os recursos técnico-científicos disponíveis, poden-do aprimorar a qualidade de trabalhos práticos e de investigação científica realizados na área. Em termos práticos, foram realizadas as seguin-tes atividades nesse segundo ano de trabalho de desenvolvimento desse tipo de projeto (agosto de 2013 a julho de 2014): 1) Listagem do acervo bibliográfico e de material de avaliação psicoló-gica existente no Centro de Pesquisas em Psi-codiagnóstico da FFCLRP-USP; 2) Elaboração e sistematização de um programa computacional para registro dos dados da listagem anterior-mente elaborada, de modo a tornar operacional e prática a pesquisa e a seleção de materiais de avaliação psicológica úteis para o aprimoramento técnico-científico dos profissionais de Psicologia; 3) Implementação de práticas de assistência a psicólogos e a alunos (graduação e pós-gradu-ação) na área de avaliação psicológica, de modo a auxiliar a pesquisa e a seleção dos materiais disponíveis no Centro de Pesquisas em Psico-diagnóstico; 4) Aprimoramento e atualização da homepage específica para sediar as informações cadastradas, bem como operacionalizar o traba-lho de pesquisa eletrônica sobre os materiais de avaliação psicológica existentes no referido cen-tro universitário.

Ações/atividades desenvolvidasO projeto Oficina de violão em grupo foi executa-do em parceria com a Seção de Atividades Cultu-rais do campus de Ribeirão Preto. A Seção ficou responsável pela divulgação, inscrições e cedeu o espaço para as aulas. Foram abertas duas tur-mas com oito alunos. O bolsista Cássio Cordeiro Prado definiu dois horários semanais segundo sua disponibilidade. A divisão de turmas foi feita tendo em vista o nível de conhecimento dos ins-critos. As aulas foram ministradas semanalmente.Resultados alcançadosAs duas turmas assimilaram os rudimentos de leitura musical. A primeira turma trabalhou o se-guinte repertório: Andante de Carcassi, Espag-noleta de Gaspar Sanz, Green-Sleeves (anôni-mo), Alegro de Henrique Pinto, Estudo em Dó de Francisco Tarrega, Estudo em Mi menor de Francisco Tarrega e Valsa de D. Aguado. Apenas na primeira turma foi possível complementar a formação com o trabalho de conjunto pela se-leção de peças fáceis em duo. A segunda turma teve um desenvolvimento lento no que concerne a leitura musical e os rudimentos da técnica, o estudo de repertório só foi possível com a intro-dução à harmonia pelo uso de cifras, visando o acompanhamento de canções. O bolsista teve a oportunidade de vivenciar a atividade didática em grupo, ainda incomum no ensino de instrumento e teve de enfrentar os desafios da falta de ma-terial específico. Pudemos aferir que o bolsista apresentou um grande desenvolvimento na área da pedagogia do instrumento e que certamente estará mais bem preparado para o ensino coleti-vo de instrumento em situações futuras.

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Oficina de Viola Caipira em GrupoCoordenador Gustavo Silveira Costa

Ações/atividades desenvolvidasO projeto Oficina de viola caipira em grupo foi executado em parceria com a Seção de Ativi-dades Culturais do campus de Ribeirão Preto. A Seção ficou responsável pela divulgação, pe-las inscrições e cedeu o espaço para as aulas. Foram abertas duas turmas com oito alunos. O bolsista Lucas de Lanza Paula definiu um horário semanal segundo sua disponibilidade. As aulas tiveram duas horas de duração e foram ministra-das semanalmente.Resultados alcançadosTrês dos quatro alunos finalizaram o curso e os três tiveram condições de assimilar os rudimen-tos de leitura musical, que tiveram de ser traba-lhados à parte do estudo do instrumento. Os alunos aprenderam alguns aspectos históricos da viola e seu desenvolvimento. Foi apresentada a organologia do instrumento, postura e posição das mãos. De nossa parte, tivemos a oportuni-dade de desenvolver exercícios para viola a partir de materiais dedicados ao violão, além de traba-lhar pela primeira vez com a viola no contexto do ensino coletivo. Infelizmente constatamos que o

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Resultados alcançadosEm termos sintéticos pode-se apontar que foi possível concretizar nesse segundo ano de de-senvolvimento do projeto: 1) Elaboração de um site <http://cpp6.webnode.com/>, onde a histo-ricidade do CPP é exibida para usuários, mem-bros participantes (docentes, psicólogos, alunos e colaboradores), disponibilizando contato para maiores informações e agendamento de consul-tas ao material pesquisado; 2) Disponibilização do acervo de livros, teses e dissertações histo-ricamente colecionados ao longo de quatro dé-cadas de trabalho dos docentes e pesquisadores envolvidos no CPP, com resultados positivos no sentido da utilização deste acervo histórico de in-vestigações científicas realizadas na área de ava-liação psicológica (várias consultas realizadas); 3) Novos materiais técnico-científicos são sempre inseridos no acervo, demandando que o pro-cesso de sistematização dos documentos seja contínuo, de modo a tornar efetiva a operaciona-lização do trabalho de pesquisa eletrônica sobre os materiais de avaliação psicológica existentes no referido centro universitário. Essa será a efeti-va razão para solicitar a continuidade do projeto no ano de 2015, o que se encontra em elabo-ração; 4) Apresentação e debate científico sobre as atividades desenvolvidas durante o segundo ano de desenvolvimento do projeto no evento 4o. Simpósio Aprender com Cultura e Extensão, a ser realizado na USP, na cidade de São Paulo. Pode-se, em síntese, apontar que tanto do pon-to de vista do desenvolvimento do projeto em si, quanto na interação com os possíveis usuários desse trabalho, a bolsista recebeu estímulos ao conhecimento da história de um Centro de Pes-quisas em Psicodiagnóstico, referência relevante na área de avaliação psicológica, bem como de seus materiais e pesquisas produzidas ao longo de quatro décadas de existência.

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O Pianista Colaborador e a Prática CoralCoordenadoraFátima Graça Monteiro Corvisier

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades da bolsa O pianista colaborador e a prática coral foram desenvolvidas no Coral da USP de Ribeirão Preto, na casa 3 da rua Pedrei-ra de Freitas com supervisão do maestro Sérgio Alberto de Oliveira. Do público interno, os gru-pos contêm alunos, funcionários e professores da USP-RP. O público externo contabiliza ado-lescentes, adultos e aposentados, todos vindos de diferentes áreas de atuação, que veem no canto coral uma maneira de expressão artísti-ca e de atividade intelectual. O Coral é formado pelo Madrigal Revivis, Grupo Zênite e Companhia Canto de Riscos. A proposta de trabalho visa a extensão através de apresentações didáticas em diferentes eventos dentro e fora da instituição. As atividades semanais fixas do coral contabilizaram três ensaios: segundas-feiras das 19h30 às 22h;

terças das 18h às 20h30; e quartas das 12h30 às 14h. A abordagem do trabalho do pianista se-guiu a ordem de preparação das peças a serem executadas: Em primeiro lugar, após definição da música a ser trabalhada, iniciou-se o processo de leitura, trabalho facilitado pela execução das diferentes vozes ao piano, pois, por tratar-se de um instrumento temperado, permite a manuten-ção da tonalidade e frequência correta das notas. O pianista aqui ajudou o regente a ganhar tempo, pois, com duas pessoas liderando o trabalho, o mesmo foi executado mais rapidamente. A fase seguinte de preparação foi a junção das vozes em simultâneo, na montagem completa da obra. Então, o pianista passou a desempenhar a fun-ção que vai exercer nos concertos e apresenta-ções, executando as partes a ele designadas, podendo estas serem originais para o instrumen-to ou reduções da orquestração original. Durante todo o ano os grupos foram convidados para se apresentar em aberturas e apresentações cultu-rais de eventos científicos, congressos e eventos variados na cidade. Todos os anos os grupos re-alizam o projeto Natal no campus, que visa levar o espírito natalino e o trabalho dos grupos aos diferentes departamentos da universidade e da comunidade. Na edição de 2013 foram realiza-das apresentações na Prefeitura do campus, He-mocentro, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Escola de Enfermagem, Faculdade de Odonto-logia, Faculdade de Direito, Biblioteca Central, Poupatempo, Casa de Saúde da Família e Hospi-tal das Clínicas de Ribeirão Preto.Resultados alcançadosComo principais resultados destacam-se o refi-namento da técnica pianística específica para o trabalho com corais, capacitando o bolsista a ingressar no campo de trabalho, mais prepara-do. A leitura de maneira geral também passou por significativa melhora, visto que é uma condi-ção essencial para o bom desenvolvimento das atividades. Em linhas gerais, a oportunidade de trabalhar como pianista colaborador soma ex-periência prática muito importante: as maiores oportunidades do mercado de trabalho na área da performance existem justamente em compa-nhias que necessitam de música para o desen-volvimento de atividades artísticas, onde quase sempre o piano é o instrumento escolhido por conta da economia de recursos (apenas um ins-trumentista) e da praticidade do instrumento.

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Experimentoteca de Ciências do LAIFE: Atividades de Extensão, Manutenção, Otimização e Controle de Empréstimo à Comunidade Externa à USPCoordenador Mauricio dos Santos Matos

Ações/atividades desenvolvidasPrimeiramente, realizou-se um levantamento acerca do acervo da Experimentoteca de Ciên-cias, tal qual seu estado de conservação, notou--se a falta de peças ligadas a cada experimento,

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tentando substituí-las para que não houvesse interferência na realização deste. Os materiais em falta foram listados e enviados ao orientador para uma possível compra, alguns foram substi-tuídos sem a necessidade de compra. Em cada experimento, já havia um formulário, feito pelo bolsista anterior, com o objetivo de facilitar o controle dos componentes da Experimentoteca. A principal ideia do projeto era a otimização da Experimentoteca, com o objetivo de digitalizá-la, buscando alcançar um maior número de pesso-as e aumentar a quantidade de empréstimos e o acesso aos experimentos e materiais dispo-níveis. Essa ideia foi apresentada inclusive no 3º Simpósio Aprender com Cultura e Extensão, realizado em Ribeirão Preto, na Universidade de São Paulo. Ambos bolsistas, Arthur Bernardi do Vale e Brenda Bento, expuseram o projeto de di-gitalização da experimentoteca, juntamente com os demais bolsistas e seus respectivos projetos. Este foi exposto juntamente ao monitor, que fica-va junto ao banner, reproduzindo um vídeo feito por nós, com fotos dos experimentos. Após esse primeiro período de analise da Experimentoteca, passou-se a trabalhar na digitalização dos expe-rimentos. Já haviam sido feitas imagens dos kits com os materiais de cada experimento, então o próximo passo era a gravação dos vídeos em que mostrava-se a montagem e a realização do experimento, para que pudéssemos facilitar esse processo para a pessoa que fizesse empréstimo deste material. Após a edição dos vídeos e in-clusão dos respectivos áudios, eles foram finali-zados e colocados para acesso no site Youtube, no canal <http://www.youtube.com/user/ovelha-joja>. O número de acessos à esses vídeos foi grande, esperamos então que haja uma maior procura aos kits, aproveitando esse ótimo instru-mento de aprendizagem.Resultados alcançados– Apropriação pelo aluno bolsista dos diferentes experimentos presentes na experimentoteca; – Ampliação de distribuição e uso da Experimen-toteca de Ciências pela comunidade interna e externa à USP; – Ampliação da presença da Uni-versidade nas escolas públicas de Ribeirão Preto.

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Educação Ambiental nas Ondas da Rádio USP de Ribeirão PretoCoordenadorJose Marcelino de Rezende Pinto

Ações/atividades desenvolvidasNo período, foram gravados e veiculados 35 programas sobre um amplo conjunto de temas ligados à temática ambiental. Além disso, como formas de ampliar o alcance das entrevistadas re-alizadas, foram incrementados a página do pro-grama <http://www.ambienteeomeio.cirp.usp.br/>, onde se encontram todos os programas já gravados até o momento, bem como a página no Facebook

<pt-br.facebook.com/AmbienteeoMeio>, com divulgação semanal dos temas e entrevistas que irão ao ar. Além disso o programa também pode ser acompanhado pelo site da Rádio USP Ribei-rão <www.ribeirao.usp.br/ambiente_meio.asp>. Com isso, foi possível ampliar as formas de al-cance e perfis de público do projeto. As bolsistas tiveram uma participação intensa no período e imprescindível para o bom andamento do pro-jeto. Suas atividades implicam em uma reunião semanal da equipe (geralmente as sextas à tarde) para divulgação nas redes sociais do programa da semana seguinte e definição dos potenciais entrevistados. A partir daí elas partem para a pes-quisa de temas e contato com os entrevistados para agendamento das gravações.Resultados alcançadosComo já comentado, foram veiculados 35 pro-gramas no período e embora a rádio não tenha um acompanhamento de audiência, o que se constata é que o programa Ambiente é o Meio tem conseguido um bom impacto em toda a comunidade atingida pela Rádio USP Ribeirão e tem servido para a divulgação de pesquisas feitas por docentes e pós-graduandos da USP e pela comunidade científica mais ampla, e para a dis-cussão de temas ambientais atuais e relevantes para o país, bem como para o estímulo da produ-ção cultural relevante para o país.

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Projeto Trilhas da BiodiversidadeCoordenadorMarcelo Tadeu Motokane

Ações/atividades desenvolvidasForam desenvolvidas as seguintes ações: – Visi-tas monitoradas de aproximadamente 1000 alu-nos da educação básica; – Visitas monitoradas de professores das diretorias de ensino de Ca-tanduva, São João da Boa Vista e Ribeirão Pre-to; – Visitas monitoradas dos alunos da escola pública municipal de Dumont (150 alunos), que pertenciam ao projeto Olimpíadas do Conheci-mento - formação de monitores; – Apresentação de trabalhos em eventos: Simpósio de Cultura e Extensão, Encontro de Ensino de Biologia e Encontro de Pesquisa em Ensino de Ciências. Contrariando a avaliação de que não havia sido apresentado nos eventos. Esse foi um dos moti-vos pelo qual não aprovaram a renovação desse projeto; – Trabalho de monografia de um aluno do curso de Licenciatura em Ciências à distância.Resultados alcançadosOs resultados são os melhores possíveis: – Fize-mos uma conexão entre os trabalhos da Olimpía-da do Conhecimento, a escola pública e o projeto de extensão; – Atendemos uma demanda grande de alunos da escola pública que buscavam infor-mações científicas sobre reflorestamento e recu-peração de áreas verdes; – Formamos monitores; – Formamos pesquisadores; – Apresentamos tra-balhos em eventos.

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Técnica Vocal para a ComunidadeCoordenadoraMaria Yuka de Almeida Prado

Ações/atividades desenvolvidasExpandir o conhecimento adquirido na univer-sidade para a comunidade e simultaneamente aprender a ensinar. Neste projeto o aluno bolsis-ta repassa aprendendo a ensinar o canto. Sen-do fundamental o ensino da técnica vocal que abrange os cuidados com a saúde vocal e estu-dos fundamentais da música. Foram abordados técnica vocal de forma lúdica, trabalhando sem-pre com respiração, vocalize e repertório. Nes-te projeto, o aluno bolsista frequentou a creche semanalmente por duas horas para realizar o seu trabalho, além de participar das aulas semanais de Pedagogia da Voz, para ter subsídios para conduzir o trabalho.Resultados alcançadosA experiência no ensino do canto fora da univer-sidade conscientiza o aluno da importância do aprendizado adquirido e estimula a reflexão no que tange ao canto e ao ensino do canto coletivo den-tro do contexto social. E, por parte da comunidade participante do projeto, há a apreensão dos con-ceitos básicos do canto coletivo, apresentações do grupo, e estímulos para continuar a aprender o fazer musical através do canto coletivo.

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Estudo de Método para Segmentação de Núcleos Celulares em Imagens Microscópicas de Tecido Epitelial de Colo UterinoCoordenadorJoaquim Cezar Felipe

Ações/atividades desenvolvidasO desenvolvimento do projeto consistiu na adap-tação e na avaliação de duas técnicas para seg-mentação de imagens aplicadas a imagens pro-venientes de biópsias de tecido epitelial de colo uterino, com o objetivo de identificar os contor-nos do núcleos celulares. As atividades desen-volvidas foram as seguintes: – Adaptação do al-goritmo de clustering, com calibração dos seus parâmetros; – Adaptação do algoritmo de pipeli-ne, com calibração dos seus parâmetros; – Apli-cação dos algoritmos a um conjunto de imagens; – Segmentação manual das imagens, para servir como padrão-ouro de avaliação dos algoritmos; – Sobreposição dos resultados de segmentação manual com a segmentação automática de cada algoritmo; – Extração de medidas para avaliar a precisão dos algoritmos; – Comparação dos re-sultados; – Escrita de relatório; – Apresentação dos resultados no SIICUSP 2014; – Apresenta-ção dos resultados no Simpósio Aprender com Cultura e Extensão 2014.

Resultados alcançadosOs algoritmos chamados aqui de clustering e pi-peline foram avaliados e comparados, concluin-do-se que, de forma geral, o primeiro deles gera maior precisão para a segmentação dos núcleos celulares de imagens referentes a biópsias de te-cido epitelial do colo uterino.

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Darwin Vai à EscolaCoordenadoraLilian Al-chueyr Pereira Martins

Ações/atividades desenvolvidasO terceiro ano do projeto Darwin vai à escola contou, além da participação da aluna Natalia Scaraboto e da coordenadora do projeto, com a colaboração do educador Danilo Seithi Kato. As atividades desenvolvidas pela bolsista, supervi-sionadas pela coordenadora do projeto, concen-traram-se em dois eixos. O primeiro consistiu nas reuniões com professores de escolas públicas de ensino médio e seus alunos, ocasião em que ocorreu a aplicação do jogo. O segundo relacio-nado ao aperfeiçoamento do jogo (Uma viagem surpreendente) e dos textos de apoio (Como Da-rwin chegou a sua teoria, Como Darwin explica-va a mudança das espécies e Outros meios de modificação das espécies propostos por Darwin) a serem trabalhados pelo professor em sala de aula, após a aplicação do jogo. As três visitas dos professores de ensino médio e seus alunos ocor-reram na Casa 36 LESA (Laboratório de Estudos e Serviços Ambientais na FFCLRP-USP). Em to-das essas ocasiões contamos com a presença de Natália e da coordenadora do projeto. Na se-gunda ocasião com a participação do Educador Danilo S. Kato e na terceira com participação da Profa. Fernanda Brando que passou a ser cola-boradora na etapa seguinte do projeto (quarta etapa). A partir da aplicação do jogo, pudemos pensar na modificação de algumas cartas. Le-vando em conta as sugestões dos professores que participaram dessas e de outras visitas ante-riores e da equipe do projeto, alteramos algumas instruções contidas em algumas cartas procu-rando torná-las mais claras. Buscou-se dar mais dicas aos alunos principalmente no momento em que deveriam traçar a rota do navio (Beagle), du-rante a viagem. Além disso, Natália adicionou um vídeo que mostra o experimento concebido por Darwin para elucidar a dispersão de sementes, principalmente se é possível que ela ocorra en-tre as ilhas do Arquipélago de Galápagos. Esse vídeo é passado no final do jogo, após os alunos receberem a carta que contém vários materiais solicitando que eles escolham quais deles seriam utilizados em um experimento para averiguar se era possível que sementes de plantas de uma ilha passassem para outra. A bolsista inovou o de-signer de todas as cartas do jogo, deixando-as mais didáticas e visualmente atraentes. No que se refere aos textos de apoio houve algumas mu-danças na forma e no conteúdo do terceiro que

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se refere aos outros meios de modificação das espécies propostos por Darwin.Resultados alcançadosA participação dos diversos grupos de alunos du-rante as visitas foi intensa. Eles discutiram entre si e formularam hipóteses plausíveis para as diver-sas situações com as quais Darwin se deparou em sua viagem apresentadas nas diversas cartas do jogo. Muitas delas eram semelhantes às do próprio Darwin ou de outros naturalistas que vive-ram durante o século XIX. Além disso, redigiram essas hipóteses, explicando-as. Consideramos que o jogo ofereceu aos alunos situações rela-cionadas a diversos conceitos evolutivos (seleção natural, seleção sexual, especiação, isolamento geográfico, dentre outros) cuja aprendizagem muitas vezes apresenta problemas. Acreditamos que juntamente com o trabalho posterior dos tex-tos de apoio em sala de aula pelo professor, es-sas dificuldades possam ser minimizadas. Além disso, permitiu que os diversos grupos de alunos envolvidos no jogo lidassem com a interdiscipli-naridade. Por exemplo, ao traçar a rota do navio (Beagle) lidaram com noções de geografia como, por exemplo, o conceito de cabo ou a utilização dos pontos cardeais e colaterais; mapa plano e globo terrestre. Foi apresentado no Encontro de História e Filosofia da Biologia 2014, sob a for-ma de pôster, um trabalho sobre o projeto, cujos resumos, curto e estendido, foram publicados (Scaraboto, Natália Volgarine. Uma contribuição histórica para o ensino no nível médio: a viagem de um naturalista do século XIX. Pp. 264-268. Encontro de História e Filosofia da Biologia 2014. Caderno de Resumos. Ribeirão Preto: Filosofia/USP, 2014).

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Orientação e Informação ProfissionalCoordenadora Lucy Leal Melo Silva

Ações/atividades desenvolvidasO projeto Orientação e Informação Profissional é desenvolvido pelo Serviço de Orientação Profis-sional (SOP), no âmbito do Centro de Pesquisa e Psicologia Aplicada (CPA), do curso de Psico-logia da FFCLRP-USP, um centro de extensão de serviços amplamente reconhecido pela comu-nidade. Neste projeto, psicólogos-estagiários e bolsistas do Programa Aprender com Cultura e Extensão desenvolvem, sob orientação da coor-denadora do projeto, diversas atividades na área da Orientação Profissional. No primeiro semestre as atividades são relacionadas ao atendimento aos clientes através de realização de encontros grupais e atendimentos individuais, e no segun-do semestre são realizadas vivências, interven-ções intensivas realizadas em finais de semana, anteriormente à data de inscrição na FUVEST. As intervenções são focalizadas no auxílio às questões relacionadas às decisões de carreira e suas implicações para o projeto de vida. São utilizados instrumentos, como testes de interesse e maturidade profissional, assim como técnicas

que auxiliam nas reflexões sobre temas especí-ficos como escolha, influência da família nas es-colha, vestibular, gênero e profissões, rotina de estudo, assim como informação sobre as carrei-ras e mundo do trabalho. Consulta a materiais informativos são propiciadas por meio de guias estudantis, palestras com profissionais de diver-sos cursos e apoio individual para cada caso. No segundo semestre de 2013 foram realizados dois grupos de Vivência em Orientação Profissional in-tensiva, com duração de dois sábados consecu-tivos, que tinha como objetivo atender a clientela que se encontrava em lista de espera, em função da dificuldade de horário e do limite de vagas nos atendimentos de rotina efetuados no primei-ro semestre. Esta atividade tem sido desenvol-vida no SOP como uma modalidade alternativa de atendimento para garantir que todos aqueles que buscam o serviço possam ser contemplados pelo mesmo. É realizada no segundo semestre, no qual os estagiários já adquiriam algumas ha-bilidades para intervir, desenvolvendo nessa ex-periência um passo a mais na autonomia para o planejamento e execução das atividades, e no mês de agosto devido ao fato de que as inscri-ções para o vestibular são a partir de setembro, assegurando-se assim, que mais clientes sejam apoiados pelo serviço. No início do primeiro se-mestre é realizada uma reunião com os pais para acolhimento e explicação sobre o serviço e a es-tratégia de intervenção utilizada.Resultados alcançadosNesta vivência foram inscritas 35 pessoas e atendidas 29, divididos em dois grupos cada um deles com 3 psicólogo-estagiários responsáveis. Foram atendidos 20 jovens do sexo feminino e 11 do masculino, procedentes de escolas parti-culares e públicas. No primeiro semestre de 2014 foram realizados os atendimentos propriamente ditos em Orientação e Informação Profissional, que são de rotina e ao longo do semestre. Foram desenvolvidos seis grupos no SOP, inicialmente foram inscritos 139 e atendidos efetivamente 113 clientes, sendo 104 em grupo e 9 individualmen-te, contando com 17 psicólogos-estagiários do 5° ano da graduação, atendendo em grupo. Fo-ram atendidos 73 jovens do sexo feminino e 40 do masculino, procedentes de escolas particula-res e públicas. No que se refere ao alcance do serviço, foram atendidos 142 usuários, totalizan-do cerca de 1.420 sessões/procedimentos. Esse serviço só tem como ser ofertado com o apoio do Fundo de Cultura e Extensão para a aquisição de parte de material que é necessário para que os atendimentos ocorram. E, do Programa Apren-der com Cultura e Extensão, por meio de um bolsista. No que se refere ao atendimento à co-munidade, o mais importante é o apoio ao desen-volvimento de adolescentes e adultos que se en-contram em situação de transição escola-escola (vestibular), escola-trabalho e trabalho-trabalho. Quanto à articulação entre ensino, pesquisa e ex-tensão, a Orientação e Informação Profissional, objeto deste projeto, fornece subsídios teóricos e práticos para as aulas do curso de Psicologia, a saber, a disciplina Orientação Profissional I e

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as disciplinas-estágio Grupo de Orientação Pro-fissional e Intervenção Individual em Desenvolvi-mento de Carreira. Além disso, como extensão universitária, as atividades estão sendo constan-temente avaliadas em projetos de pesquisa nos níveis de iniciação científica e de pós-graduação. Nesse serviço, portanto, as atividades de exten-são, ensino e pesquisa se complementam.

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Atualização do Acervo de Materiais e Recursos Didáticos e Divulgação das Atividades do LAIFECoordenadora Noeli Prestes Padilha Rivas

Ações/atividades desenvolvidasO Laboratório Interdisciplinar de Formação do Educador (LAIFE) possui um rico acervo de ma-teriais didáticos composto por: livros didáticos, paradidáticos e técnicos; revistas especializadas em educação; kits didáticos para ensino de ci-ências (destaque: as caixas da Experimentoteca preparadas pelo CDCC-USP-São Carlos); filmes (em vídeo e DVD); jogos e brinquedos didáticos; maquetes; modelos de corpo humano; mapas; cartazes; programas de computador e outros tipos de materiais didáticos. Todo esse material possui um potencial de utilização por professo-res da educação infantil, ensino fundamental e médio, como também pelos licenciandos (peda-gogia, biologia, química, música, psicologia) em seus estágios curriculares. As ações desenvolvi-das foram: 1) Continuação do cadastramento em meios eletrônicos de todos os materiais didáticos e outros recursos educacionais do LAIFE; 2) Con-tinuação do processo de alimentação do catálo-go de materiais didáticos desse laboratório; 3) Continuação da divulgação do acervo do LAIFE, junto aos potenciais usuários, por meio de pales-tras, participação em eventos, folheto, artigos em jornais, etc.; 4) Planejamento da estrutura de um blog para o LAIFE-FFCLRP que informe sobre as atividades de extensão do Laboratório.Resultados alcançados1) Aperfeiçoamento do cadastro em meio eletrô-nico dos materiais didáticos e outros recursos educacionais do LAIFE facilitando o acesso de educadores a tais recursos; 2) Manutenção de páginas na internet contendo um catálogo de materiais didáticos do LAIFE. Os principais indi-cadores de resultados serão os próprios produ-tos, relatório de atividades e informativo da seção de informática da FFCLRP sobre os acessos à referida página. Como indicadores intermediários podemos apontar: Projeto do Banco de Dados, Plano de catalogação, listagens intermediárias do material catalogado, cópia da página e do blog do LAIFE na internet.

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Produção de Materiais Didáticos para Educação Básica – Geografia, História e CiênciasCoordenadoraAndrea Coelho Lastória

Ações/atividades desenvolvidasNo período em que tivemos a participação dos bolsistas foi possível o desenvolvimento de várias atividades programadas e outras não previstas que se mostraram necessárias e/ou interessantes para o projeto: – Levantamento e sistematização de projetos de materiais didáticos e propostas de atividades educativas em revistas especializadas, livros didáticos e paradidáticos; – Preparação de sub-projetos executivos de confecção de alguns materiais didáticos; – Providencias para a aqui-sição dos insumos necessários para os projetos (materiais de papelaria, isopor, madeira, miniatu-ras, etc.); – Teste piloto de utilização dos mate-riais didáticos confeccionados; – Elaboração dos roteiros de uso dos materiais didáticos confeccio-nados; – Elaboração dos seguintes materiais di-dáticos: maquete de uma cozinha residencial e a respectiva planta (desenho bidimensional da vista superior); – tais materiais são direcionados para o uso na Alfabetização Cartográfica nos anos iniciais do ensino fundamental. Jogo da Onça – baseado em um jogo indígena, foi confeccionado um tabuleiro, as peças e um roteiro de uso/jogo. folheto informativo sobre simbologias utilizadas em embalagens de alimentos e outros produtos domésticos; – Co-autoria em artigo descreven-do uma prática educativa sobre Cartografia e localização espacial nos anos iniciais do ensino fundamental. Tal descrição está sendo publicada em um livro de coletânea de práticas escolares; – Produção de um desenho tridimensional de uma escola existente no município de Ribeirão Preto. Este material foi preparado usando o programa Google SketchUP e utilizado na prática anterior-mente mencionada; – Realização de 5 palestras--oficinas sobre Astronomia para alunos do ensino fundamental e médio; – Divulgação dos materiais produzidos, e outros, junto a alunos do curso de Pedagogia da FFCLRP.Resultados alcançadosOs principais resultados desse projeto foram: Es-tudo, preparação e produção de três materiais di-dáticos que passaram a ser utilizados e empresta-dos para professores em formação ou na ativa em Ribeirão Preto e região. Co-produção de um artigo descrevendo uma prática educativa em uma cole-tânea direcionada a professores do ensino funda-mental. Possibilitar a participação de mais de 200 alunos em palestras-oficinas sobre Astronomia.

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Relação Universidade de São Paulo e Escola Pública de Educação Básica: Perspectiva de Inclusão do Estudante de Ensino MédioCoordenadoraNoeli Prestes Padilha Rivas

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Ações/atividades desenvolvidas1) Elaboração de um plano de ação semanal das atividades propostas, envolvendo o coordenador pedagógico da escola, coordenadores de área do ensino médio e o aluno estagiário. As reuniões ocorreram em três escolas públicas de ensino médio de Ribeirão Preto (EE Otoniel Motta; EE Eugênia Vilhena de Morais ; EE Cid de Oliveira Leite); 2) Foram realizadas e desenvolvidas 12 oficinas em três escolas públicas, parceiras do estágio visando à orientação dos alunos dos três anos do ensino médio acerca do papel social da universidade pública, das políticas de inclusão, dos cursos oferecidos pela USP, das inscrições e do vestibular, das carreiras e o campo de atuação profissional; 3) Organização e acompanhamento de visitas à USP (campus de Ribeirão Preto) das turmas de alunos do ensino médio das escolas parceiras nesse projeto para conhecimento da estrutura física e organização da mesma. Esta atividade não foi realizada por questões de in-fraestrutura e financeira, mas está prevista para março de 2015, tendo em vista a continuidade do projeto; 4) Investigação das concepções dos alunos do ensino médio acerca do ensino supe-rior e da universidade pública. Para esta ação foi elaborado um projeto de pesquisa de Iniciação Científica, a respeito da temática; 5) Elaboração de uma coletânea de textos didáticos e mate-riais informativos acerca do papel social da uni-versidade pública, das políticas de inclusão, dos cursos oferecidos pela USP, das inscrições e do vestibular. Esta ação foi iniciada no segundo se-mestre de 2014.Resultados alcançadosResultados esperados/Indicadores de acompa-nhamento: 1) Produção de uma coletânea de informações acerca dos cursos oferecidos pela USP, campus de Ribeirão Preto (em cd-room ou DVD – previsão: 200 unidades). Esta atividade não foi ainda realizada. Está prevista para 2015; 2) Realização quinzenal de atividades educati-vas (oficinas e palestras com profissionais) para alunos do 3º ano do ensino médio (110 alunos). Foram atendidos 235 alunos; 3) Ampliação e so-cialização de informação aos estudantes do ensi-no médio público acerca dos cursos e profissões pelas Unidades da USP, campus de Ribeirão Pre-to. Este resultado foi muito importante, pois esta-beleceram-se laços importantes com as escolas.

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Promoção da Escrita Acadêmica em Inglês e Português: Tutorias e Oficinas no Laboratório de Letramento Acadêmico em Língua Materna e EstrangeiraCoordenadoraMarilia Mendes Ferreira

Ações/atividades desenvolvidasO monitor atuou em duas frentes no laboratório: uma administrativa e outra pedagógica. As ações administrativas consistiram em administrar o site do laboratório, em organizar a agenda de moni-torias, tanto da graduação em inglês quanto da pós-graduação, aberta ao público em geral da USP, em divulgar as várias ações do laboratório tanto na mídia impressa quanto virtual e também organizar a agenda dessas ações. O laboratório possui várias ações para a promoção do ensino da escrita acadêmica e de sua divulgação como oficinas, palestras e monitorias. A monitoria em particular consiste em oferecer um feedback para o aluno sobre o seu texto em vários aspectos: tex-tual, gramatical, vocabular, adequação ao gênero e objetivos pedidos pelo professor. Em relação às ações pedagógicas, o monitor ofereceu monitoria individualizada aos alunos da habilitação em In-glês da Letras. Em 2012-3 ele auxiliou o professor da disciplina Expressão Escrita em Inglês – des-tinada a alunos pouco proficientes no idioma – a buscar material pedagógico e oferecer monitoria. O monitor também elaborou uma bibliografia so-bre escrita acadêmica em inglês e de sites úteis aos alunos. Esse material foi divulgado no site do laboratório. Havia reuniões semanais com a coor-denadora do projeto para instruções das tarefas, auxílio na parte tecnológica, que o aluno preci-sava, e discussão sobre problemas enfrentados. Houve também um treinamento no início da bolsa com a coordenação do projeto para a execução da monitoria: foco da monitoria, modo de abordar o aluno e seu texto, discurso acadêmico.Resultados alcançadosQuanto às ações administrativas, o site foi cons-truído e alimentado, os agendamentos foram feitos adequadamente e a divulgação do labo-ratório também. Quanto às ações pedagógicas, a monitoria de graduação ficou extremamente prejudicada devido às greves. Como os alunos confeccionam seus textos ao final do semestre, a procura do laboratório tende a ser maior nesse período, exatamente quando ocorreram as duas greves. Deve-se ressaltar também que esse ser-viço de monitoria para a escrita acadêmica ainda é pouco conhecido pelos alunos da graduação em Inglês. Para contornar esse problema esta-mos criando ações que divulguem mais o labo-ratório e parcerias com os professores, para que eles também incentivem os alunos a frequentá-lo.

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Formação de Professores de Francês: Elaboração de Material Didático; Gestão da Plataforma Moodle de Apoio a Professores e Atendimento a AlunosCoordenadoraEliane Gouvêa Lousada

Ações/atividades desenvolvidasOs alunos selecionados participaram de: – Elabo-ração e aplicação de um questionário para conhe-cer as dificuldades dos alunos dos cursos extra-curriculares de francês, procurando conhecer as dificuldades dos alunos brasileiros ao aprender a língua francesa e preparando, assim, a busca de atividades; – Criação da plataforma Moodle para os cursos extracurriculares de francês (níveis 8 a 10), que contém exercícios e links para exercícios on-line, visando a contribuir para a aprendizagem do léxico, da gramática, da fonética, além de dar acesso a sites que veiculam documentos autên-ticos (vídeos, textos, imagens etc.); Atualização da plataforma existente, para os níveis 1 a 7. Os ambientes virtuais podem ser consultados nos links abaixo: Nível 1: <http://moodle.redealuno.usp.br/moodle/course/view.phpid=646>, Nível 8: <http://moodle.redealuno.usp.br/moodle/course/view.phpid=819>, Nível 10: <http://moodle.redealuno.usp.br/moodle/course/view.phpid=859> (os outros níveis podem ser fa-cilmente localizados); – Oferecimento de plantão de dúvidas aos alunos dos cursos extracurricu-lares. Para o plantão, foi mantida uma folha com as questões e dificuldades dos alunos, para me-lhor acompanhamento da monitoria. O plantão foi considerado pelos alunos dos cursos como bas-tante importante para auxiliá-los na aprendizagem do francês e, pelos monitores, como bastante importante para a aprendizagem do trabalho do professor, pois podem ter contato com os alunos e com suas dificuldades e podem se exercer na explicação de dúvidas comuns de aprendizes brasileiros do francês; – Auxílio nas Jornadas de Formação organizadas pelo curso extracurricular de francês. Os monitores participaram da organi-zação da Jornada de Formação de Professores e, sobretudo, da Jornada dos Aprendizes de fran-cês. Nessa Jornada, realizada na Tenda Cultural, eles foram responsáveis pela exibição de um filme aos alunos presentes e fizeram uma pequena dis-cussão, em francês, com os presentes, sobre o conteúdo cultural do filme. Eles receberam cer-tificado para ambos os eventos. A coordenação e organização das atividades acima foi realizada por meio de reuniões semanais com os monito-res e comigo, durante 1h e realizadas em francês, visando a proporcionar aos alunos um momento para praticar a língua francesa.Resultados alcançadosOs resultados esperados foram alcançados ple-namente. As plataformas para os níveis 8 a 10 foram criadas e complementadas, podendo ser consultadas. As plataformas dos níveis 1 a 7 fo-ram totalmente revistas e atualizadas. Os monito-res ofereceram o plantão de dúvidas aos alunos dos cursos extracurriculares e, com isso: – Os

alunos puderam sanar dúvidas e ter um atendi-mento mais personalizado em relação à apren-dizagem do francês; – Os monitores-bolsistas relataram que se sentem mais preparados para serem professores, pois tiveram contato com os alunos e com suas dúvidas em relação à língua; – Foi criado um banco de dúvidas e dificuldades de alunos brasileiros na aprendizagem do francês, que pode servir para a pesquisa na área.

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Edição de Manuscritos dos Séculos XIX e XX: Formação de Corpus do Projeto História do Português PaulistaCoordenadoraVerena Kewitz

Ações/atividades desenvolvidasAo longo de um ano de pesquisa do projeto Edi-ção de manuscritos dos séculos XIX e XX, foram realizadas as seguintes atividades: 1) Reunião de introdução dos bolsistas ao Projeto Temático História do Português Paulista, para conhecerem as frentes de trabalho, os objetivos e as ativida-des a serem desenvolvidas por eles, vinculadas a esse temático; 2) Oficina de Paleografia, por mim ministrada, de 26/08/13 a 02/04/14, para treinamento de leitura de manuscritos e de edi-ção semi-diplomática de documentos, de acordo com as normas do Projeto; 3) Reuniões periódi-cas com a coordenadora do projeto para instru-ções de atividades, revisão do material editado e discussão de dúvidas; 4) Visitas ao Arquivo do Estado de São Paulo para seleção e digitalização dos documentos pré-selecionados pelos bolsis-tas; 5) Edição de cartas do Fundo Washington Luís (AESP) de acordo com as normas do proje-to. Cada bolsista ficou incumbido da edição do conjunto da correspondência de dois remeten-tes: Paulo de Moraes Barros e Júlio Prestes de Albuquerque, totalizando mais de 40 documen-tos, entre cartas pessoais, cartas de administra-ção privada, telegramas e cartões postais, todos datados da primeira metade do século XX; 6) Cada bolsista se revezava na revisão da edição, para solucionar eventuais erros e dúvidas de lei-tura paleográfica; 7) Após a primeira revisão por parte dos bolsistas, houve a segunda revisão, por parte da coordenadora do projeto, com o intuito não apenas de apresentar uma lição filológica fi-dedigna, mas também de orientar os bolsistas na continuidade da tarefa de uma edição apurada; 8) Paralelamente à edição por cada bolsista, obras de referência e sites na internet foram constante-mente consultados para elucidar nomes citados nas correspondências, nomes estes por vezes desconhecidos ou estrangeiros.Resultados alcançadosPrimeiramente, o grande resultado alcançado, levando-se em conta o produto final da pesquisa, foi a formação dos bolsistas na edição filológica fidedigna de manuscritos de interesse aos estu-dos linguísticos, âmbito do Projeto Temático, no que se refere à observação detalhada das espe-cificidades de cada documento, de cada época,

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à edição mais apurada e detalhada do documen-to, incluindo-se notas explicativas de vários no-mes citados nas correspondências, entre outros aspectos. Em segundo lugar, o espaço criado para discussões em torno dessa atividade e de alcançar soluções criativas para eventuais dúvi-das, não previstas tanto no projeto, quanto na própria ciência Filologia. Por fim, a disponibiliza-ção das edições feitas pelos bolsistas a todos os pesquisadores do Projeto Temático e ao público em geral, uma vez que estão disponíveis online no site do referido Temático.

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Semana de Geografia. Escola e Universidade: Aprendendo JuntosCoordenadoraGloria da Anunciação Alves

Ações/atividades desenvolvidasAlém das reuniões semanais para organização do projeto, realizamos mensalmente um Grupo de Estudos. As datas e textos das discussões, aber-tas aos interessados, foram divulgadas ao longo do ano no site do projeto. A Escola de Projetos se caracterizou pelo acompanhamento e apresenta-ção dos resultados dos projetos desenvolvidos nas escolas públicas durante o encontro, por graduandos envolvidos em atividades de exten-são, como monitores bolsistas da X Semana de Geografia. O acompanhamento dos 15 projetos (interdisciplinares ou não) em geografia nas esco-las públicas de São Paulo ocorreu durante todo o ano de 2013. O monitoramento, dividido entre 15 monitores, consistiu em visitas, uma vez por semana, durante o processo de desenvolvimento do projeto, às escolas participantes, para auxílio técnico-material e participação na realização das atividades propostas. A X Semana de Geografia, com a vinda de alunos das escolas públicas e convidados, foi realizada durante a semana de 16 a 19 de outubro de 2013, nas dependências do prédio do Departamento de Geografia da Facul-dade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, com a intenção de envolver maciçamente os docentes e discentes da casa, por meio da participação nas ativida-des propostas. Foram três dias de evento, das 9h às 23h. As atividades foram divididas em ei-xos de trabalho que compreenderam: Debates e palestras, em que foram discutidas questões relacionadas à educação, Geografia, e exten-são, por educadores e docentes da Universida-de; Apresentação dos projetos acompanhados nas escolas a partir de vídeos, depoimentos, apresentações musicais, poemas e outros; Mi-nicursos para professores da rede pública, com temas referentes ao ensino de Geografia. Todos os participantes tiveram direito ao certificado de participação, que descreveu e contabilizou a car-ga horária da atividade, de maneira a estar den-tro das normas ditadas pela Secretaria Municipal de Educação do Município de São Paulo, para a garantia do abono de faltas e pontuação na car-reira do professor. Após a realização da Semana

propriamente dita, foram retomados os grupos de estudos, bem como realizada a avaliação e retorno às escolas. Isso ocorreu até dezembro. Em dezembro e janeiro foram realizadas reuniões de estudos e de elaboração do novo projeto, o da XI Semana de Geografia. De fevereiro a março enviado os convites as escolas para a nova Se-mana e desde abril os alunos estão já monitoran-do novas escolas.Resultados alcançadosA X Semana de Geografia conseguiu realizar seus objetivos, aproximou os alunos e professores da rede pública de ensino e os alunos e professo-res da Universidade, proporcionando o encontro destas esferas de ensino, realizando debates per-tinentes e importantes trocas de experiência. Na apresentação dos trabalhos referentes à Escola de Projetos participaram durante os três dias de evento (16, 17 e 18/10), cerca de 800 participan-tes entre alunos e professores da rede pública de ensino. Nos minicursos, houve a participação de aproximadamente 70 pessoas, entre professores da rede pública de ensino, estudantes de outras universidades e da própria Universidade de São Paulo e interessados em geral. Nas três mesas de debate que ocorreram no evento, no Depar-tamento de Geografia e na Faculdade de Educa-ção, participaram aproximadamente 100 pesso-as. Durante todo o ano de 2013 foram realizados grupos de estudo , uma vez ao mês nas depen-dências do LABUR, onde foram lidos textos de autores sobre o estudo e o ensino de geografia. Essa atividade continuou durante todo o primeiro semestre de 2014. Como mais um resultado foi elaborado o vídeo – Semana de Geografia-USP: 10 anos, que foi apresentada durante a sema-na e que se encontra disponível em: <http://iptv.usp.br/portal/video!videoAuthentication.action;jsessionid=2BBACDAFCE5465509FE07B0573100DDFidItem=22624>. Este vídeo é uma forma de divulgar o trabalho realizado pela Semana de Geografia ao longo de seus 10 anos, que vem contribuindo para o aprimoramento das ativida-des docentes nas escolas e no ensino superior, assim como também democratizando o conhe-cimento e o espaço universitário na Universidade de São Paulo.

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Edição de Memórias Históricas e Diários de Viagem dos Séculos XVI a XVIII: Projeto História do Português Paulista – Versão IICoordenadorJose da Silva Simões

Ações/atividades desenvolvidas1) Coleta e organização de corpora do português paulista no âmbito do PHPP há dois subproje-tos preferencialmente centrados na constituição de corpora diacrônicos do Português Paulista, a seguir relatados. a) Subprojeto Formação de Corpora do Português Paulista – Coordenador: Prof. Dr. José da Silva Simões (USP) a) 1. Intro-dução: O Subprojeto Formação de Corpora do

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Português Paulista assumiu os encargos que, durante a vigência do Projeto Temático anterior do PHPP, eram de responsabilidade da Comis-são de Linguística de Corpus do PHPP: sele-cionar, coletar e editar textos de interesse para a história do Português Paulista, do século XVI ao XX. Este Subprojeto tem por missão principal, portanto, reunir os materiais coletados e editados no seu âmbito e no bojo de outros Subprojetos do PHPP, de maneira a uniformizar o material, atendendo, assim, à metodologia de trabalho adotada pela atual equipe e já exposta na pro-posta submetida à FAPESP; a) 2. Pesquisado-res e respectivos temas: Registramos abaixo os temas abordados nesse Subprojeto, que se relacionam com a Formação de Corpora do Por-tuguês Paulista, os responsáveis por eles e res-pectivos colaboradores: A) Organização de cor-pora do Português Paulista: Responsável: Prof. Dr. José da Silva Simões (USP); Participantes: Profa. Dra. Verena Kewitz (USP), Profa. Dra. Ales-sandra Ferreira Castilho da Costa (UFRN); B) Edi-ção de Memórias Históricas e Diários de Viagem do séc. XVIII: Responsável: Prof. Dr. José da Silva Simões (USP); Participantes: Bruna Emanuely Santos Santana (IC, ACE-USP), Hiago Vinicius da Silva (IC, ACE-USP), Patrícia Simone Ferucio Manoel (IC, PEP-USP), Priscilla Uvo Morais (IC, ACE-USP); C) Edição de Cartas Particulares do séc. XIX ao séc. XX: Responsável: Profa. Dra. Ve-rena Kewitz (USP); Participantes: Rafael Rodrigo Ferreira (IC, ACE-USP), Cássio de Albuquerque (IC, ACE-USP), Joyce Mattos (IC, ACE-USP, en-cerrada em 2013); D) Edição de Atas da Câmara de Jundiaí do séc. XVII: Responsável: Profa. Dra. Verena Kewitz (USP); Participantes: Kathlin Carla de Morais (IC, CNPq [2012] e RUSP [2013]); E) Edição de Testamentos e Inventários paulistas do séc. XVI ao séc. XX: Responsável: Profa. Dra. Alessandra F. Castilho da Costa (UFRN). G = Gra-duação; IC = Iniciação Científica; RUSP = bolsa da Reitoria da Universidade de São Paulo; CNPq = bolsa conferida pelo CNPq; ACE = bolsa do Programa Aprender com Cultura e Extensão.Resultados alcançadosMemórias Históricas e Diários de Viagem sécs. XVI a XVIII: Prof. Dr. José da Silva Simões (USP), Patrícia Simone Ferucio Manoel (IC, PEP-USP), Priscilla Uvo Morais (IC, ACE-USP), Bruna Ema-nuely Santos Santana (IC, ACE-USP) e Hiago Vinicius da Silva (IC, ACE-USP). Edição de 4 me-mórias, histórias e um diário de viagem: CLETO, Marcelino Pereira (178). Fundação da Capitania de S. Amaro no tempo do Governo de Pedro Lopes de Souza, contendas que houveram so-bre os seus limites, e como passou para a Coroa Ilha de São Vicente (Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Lisboa - ANNT Papéis do Brasil Códice 13 - MF 1997); CLETO, Marcelino Pereira (1781). Dissertação a respeito da Capitania de São Paulo e sua decadência e sobre o modo de restabele-cê-la. Santos (Biblioteca Nacional de Lisboa PBA 686 Códice 12); LACERDA E ALMEIDA, Francis-co José de (1788). Diário de viagem, que de Villa Bella de Matto Grosso fiz para a Cidade de São Paulo pelas ordinárias derrotas de terra, e Rios

que delle constar no anno de 1788 São Paulo (Biblioteca Nacional de Lisboa BNL PBA Códice 642) MADRE DE DEUS, Gaspar da, frei (1780a). Dissertação sobre as Capitanias de Santo Amaro e São Vicente Santos (Biblioteca Nacional de Lis-boa BNL Códice 11107). In: José da Silva Simões et al. (2013, Orgs.). Projeto História do Português Paulista: Edição de Memórias Históricas e Diá-rios de Viagem. FFLCH-USP, CD-ROM. MADRE DE DEUS, Gaspar da, frei (1780b). Dissertação sobre as Capitanias de Santo Amaro e São Vi-cente (1780) Santos (Arquivo Nacional da Torre do Tombo / Lisboa Códice 9, Avulsos, 3-9). Estes materiais foram distribuídos aos pesquisadores do PHPP no volume: SIMÕES, José da Silva et al. (2013, Orgs.). Projeto História do Português Paulista: Edição de Memórias Históricas e Diários de Viagem. FFLCH-USP, CD-ROM.

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Catalogação, Descrição e Edição de Documentos Impressos em Língua Alemã na Brasiliana DigitalCoordenadorJose da Silva Simões

Ações/atividades desenvolvidasPara uma melhor compreensão do histórico de meu projeto junto à BBM, destaco as seguintes etapas já desenvolvidas ao longo dos últimos 4 anos: 1) Tradução de legendas da iconografia presente em obras alemãs da BBM e preparação de metadados para a catalogação bibliográfica das obras no SIBI; 2) Produção de textos de apre-sentação das obras paulatinamente catalogadas, publicadas inicialmente no domínio virtual da Bi-blioteca Brasiliana USP; 3) Organização de uma exposição de livros alemães da BBM, associada a um simpósio no qual serão discutidos vários aspectos dessas obras: literatura, história, língua e sociologia. Estas etapas foram concretizadas cronologicamente da seguinte forma: 2010 – Ins-talação do Projeto Catalogação de Obras em Lín-gua Alemã na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin. com o apoio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão, através do Programa Aprender com Cultura e Extensão 2010/2011; bolsista: Luciana de Fátima Cândido (aluna de Letras, habilitação de Alemão, DLM-FFLCH-USP); 2011 – Renova-ção do mesmo projeto com apoio da Pró-Reito-ria de Cultura e Extensão através do Programa Aprender com Cultura e Extensão 2011/2012 e bolsa PIBITI da FFLCH-USP bolsistas: Luciana de Fátima Cândido (PRCEU) e Jonatas Amaral (PIBITI); 2012 – Manutenção do mesmo projeto com apoio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão através do programa Aprender com Cultura e Ex-tensão 2011/2012 e bolsa PIBITI da FFLCH-USP bolsistas: Luciana de Fátima Cândido (PRCEU) e Jonatas Amaral (PIBITI-RUSP). Apresentação do trabalho no 2º Simpósio Aprender com Cultura e Extensão; 2013 – Renovação do mesmo projeto com apoio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão através do programa Aprender com Cultura e Ex-tensão 2013/2014 bolsista: Luiz Ricardo Oliveira

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(PRCEU); voluntária: Luciana de Fátima Cândido. Submissão de um pedido de subvenção para o Simpósio+Exposição 500 Anos de Alemães no Brasil junto à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão, sob minha organização e também da Profa. Dra. Celeste Ribeiro de Souza (DLM-FFLCH). Fomen-to aprovado no valor de R$ 8.247,68. Pesquisa científica: Trabalho de Graduação Individual (TGI I) de Gabriela Kühnel (aluna de Letras, habilita-ção de Alemão, DLM-FFLCH): Contribuições de uma análise contrastiva alemão-português como suporte para o acesso à obra Vom Roraima zum Orinoco de Theodor Koch-Grünberg. Insumos para o acervo digital da Biblioteca Brasiliana-USP, a ser ampliado.Resultados alcançados2013 - Renovação do mesmo projeto com apoio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão através do Programa Aprender com Cultura e Extensão 2013/2014, bolsista: Luiz Ricardo Oliveira (PR-CEU); voluntária: Luciana de Fátima Cândido. Submissão de um pedido de subvenção para o Simpósio+Exposição 500 Anos de Alemães no Brasil junto à Pró-Reitoria de Cultura e Extensão, sob minha organização e também da Profa. Dra. Celeste Ribeiro de Souza (DLM-FFLCH). Fomen-to aprovado: R$ 8.247,68. Pesquisa científica: Trabalho de Graduação Individual (TGI I) de Ga-briela Kühnel (aluna de Letras, habilitação de Ale-mão, DLM-FFLCH): Contribuições de uma aná-lise contrastiva alemão-português como suporte para o acesso à obra Vom Roraima zum Orinoco de Theodor Koch-Grünberg. Insumos para o acervo digital da Biblioteca Brasiliana-USP, a ser ampliado e consolidado em 2014.2 em um TGI II. 2014 – Renovação do mesmo projeto com apoio a) da Pró-Reitoria de Graduação (Programa Ensi-nar com Pesquisa 2014 bolsistas: Luiz Fernando da Costa e Olívia Yumi, alunos de Letras, habilita-ção de Alemão DLM-FFLCH), b) da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão (Programa Aprender com Cultura e Extensão 2014/2015 - bolsista: a ser selecionado) e da c) FUSP bolsista: Luciana de Fátima Cândido. 2014. Realização do Simpósio + Exposição 500 Anos de Alemães no Brasil com subvenção da receita da Área de Língua e Litera-tura Alemã e recursos próprios, à falta do fomen-to da PRCEU, ainda não liberado. Simpósio Relli-bra e Simpósio 500 Anos de Alemães no Brasil nos dia 7 e 8 de maio e Exposição Iconografia na Coleção Mindlin de Livros Alemães sobre o Brasil: do séc. XVI ao séc. XX.

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Relembrar: Reunir a Memória e a História – Oral e Escrita – dos Italianos de São PauloCoordenadoraGiliola Maggio

Ações/atividades desenvolvidasO projeto visa, por um lado, à organização de conteúdos já existentes acerca da vida dos italia-nos e seus descendentes no Brasil e, por outro, à coleta de testemunhos orais e de material escrito

desses imigrados italianos e de seus descenden-tes através do trabalho prático dos monitores e sob a coordenação das professoras. O material permite, de fato, investigar como se deu a vinda de imigrantes italianos e qual foi a repercussão desse fenômeno tanto na história italiana quanto na brasileira. Com o objetivo de divulgar o projeto tanto dentro quanto fora da USP, podendo assim envolver a comunidade de São Paulo em geral, foi elaborada uma carta por meio da qual con-vidamos os interessados a participar do projeto gravando entrevistas e disponibilizando para o nosso arquivo eventual material escrito e icônico (cartas, diários, fotografias, etc.). As cartas foram enviadas via mala direta, pelo e-mail institucional da FFLCH ou entregues pessoalmente em locais estratégicos, como eventos italianos, confra-ternizações após a missa rezada em italiano no bairro paulistano Cambuci ou até mesmo dentro da própria universidade, aos alunos dos cursos de italiano, tanto os de graduação quanto os de extensão universitária. Após o recebimento das cartas contendo o nosso endereço de e-mail e telefone, os interessados entraram em contato e foram assim agendadas entrevistas, realizadas no laboratório do curso de Letras (LAPEL) ou, em alguns casos, nos domicílios dos entrevistados com a utilização de equipamentos dos monito-res. A fim de facilitar o processo de aquisição da história dos imigrantes e de seus descendentes e também para permitir que fossem registradas informações parecidas em todas as entrevistas, foi elaborado um questionário que serviu de ro-teiro para que os monitores pudessem conduzir melhor as gravações em áudio e vídeo, que, na segunda fase do projeto já aprovada, serão estu-dadas e poderão motivar novas pesquisas. Com as perguntas procurava-se descobrir a maneira como os italianos envolvidos na pesquisa che-garam no Brasil, se se estabeleceram em São Paulo desde o início ou se estiveram também no interior ou até mesmo em outros estados ou paí-ses. Havia, em seguida, questões para investigar como essas pessoas ou seus parentes avaliavam a situação de serem ou terem sido italianos em São Paulo, qual a imagem que tinham do Brasil e como, em sua opinião, os brasileiros consideram a comunidade italiana aqui presente, em espe-cial na cidade de São Paulo. Aos entrevistados perguntava-se também se a língua italiana era fa-lada em suas casas e quais traços de italianidade consideravam ainda manter. Além disso, como foi mencionado, fotos das famílias, cartas, diários, cadernos e documentos pessoais foram, com a permissão dos entrevistados, fotocopiados e ar-mazenados em forma de arquivos digitais.Resultados alcançadosO processo de gravação, as visitas e as con-versas com os entrevistados foram de extrema importância e de uma riqueza incontável, pois permitiram o contato com a memória de indivídu-os e famílias e com objetos como diários, fotos, cartas e depoimentos, que conservam a história dos italianos e narram a maneira como iniciou e se desenvolveu o contato entre a Itália e o Brasil. A realização do projeto permitiu o contato com

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essas pessoas e representou a possibilidade de registrar histórias de vida, às vezes, pouco va-lorizadas até pelos próprios envolvidos. Reunir essas memórias e poder relembrar e, de alguma forma, reviver as trajetórias individuais e familiares foi a oportunidade de compartilhar emoção e co-nhecimento, tanto para os entrevistados quanto para os participantes do projeto.

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Elaboração de Material Didático para os Níveis Iniciais de Aprendizagem de Francês dos Centros de Língua da Rede Pública do Estado de São PauloCoordenadoraHeloisa Brito de Albuquerque Costa

Ações/atividades desenvolvidasNum primeiro momento foram realizadas reu-niões de orientação para definir o trabalho que cada aluna realizaria. Foi necessário também dis-cutir o contexto de ensino e aprendizagem nos Centros de Língua do Estado de São Paulo, onde a língua francesa é ensinada para mais de 4000 alunos por 70 professores. Nesse momento enfa-tizou-se também as especificidades do contexto: salas heterogêneas (vários níveis); ausência de livro didático; ausência de formação continuada para os jovens professores. A partir desta con-textualização, as atividades realizadas no projeto foram as seguintes: analise de alguns materiais didáticos e fichas pedagógicas para o ensino de língua francesa; seleção de documentos orais e escritos disponíveis na internet para posterior didatização, elaboração de fichas pedagógicas a partir de duas temáticas – Jogos e ensino da gramática para níveis iniciantes de língua france-sa leituras de textos sobre ensino da língua fran-cesa; elaboração de roteiro de entrevista para co-nhecer o contexto do ensino da língua francesa nos Centros de Línguas do Estado de São Paulo; definição das necessidades do público-alvo para a coleta de dados visando a elaboração de ob-jetivos linguísticos, comunicativos e sociocultu-rais para os níveis iniciais de francês discussão e elaboração de sequências didáticas a partir das temáticas escolhidas: Jogos e gramática reuni-ões de orientação para o desenvolvimento das atividades e da elaboração do relatório final de cada aluna.Resultados alcançadosOs resultados são de ordem didático-pedagógica para a formação acadêmica das alunas – como apresentar um trabalho científico, sistematizar lei-turas, elaborar atividades de formação didático--pedagógica: como elaborar fichas pedagógicas (objetivos, documentos, estratégias), como des-crever um contexto de ensino e aprendizagem de línguas (CELs do Estado de São Paulo), identi-ficando as necessidades locais. Contato com professoras do CEL para entrevistas e possível aplicação do trabalho (não foi possível neste ano).

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Disponibilização de Recursos On-line para Ensino e Pesquisa: Corpora Técnicos (CorTec) e de Tradução (CorTrad)CoordenadoraStella Esther Ortweiler Tagnin

Ações/atividades desenvolvidasNeste ano, com duas bolsistas, foi possível avan-çar bastante o projeto. Em primeiro lugar, o site do CoMET foi todo reformulado dentro do siste-ma Drupal. Todas as informações foram atuali-zadas, ou seja, a produção do grupo (tutoriais, apresentações, artigos e etc.), assim como foram corrigidos alguns problemas com os corpora. Além disso, foi revisto o alinhamento de um cor-pus paralelo constituído de Alice in Wonderland (em inglês) e duas traduções para o português. O alinhamento é feito de forma automática por uma pesquisadora – Diana Santos – da Lingua-teca. Uma vez feito, ele tem de passar por uma revisão humana, o que foi feito por uma das bol-sistas. É um processo laborioso e minucioso e exigiu constante troca de mensagens com a pes-quisadora a fim de padronizar as correções e a visualização do material. Na parte do CorTec, o corpus técnico, a outra bolsista coletou diversos corpora comparáveis de esportes: natação, atle-tismo e esgrima. Corpora comparáveis são com-postos de textos originais nas duas línguas, ou seja, não são traduções. O processo foi feito de forma semi-automática, com auxílio do programa BootCat, disponível gratuitamente na internet. Esse programa coleta, a partir de algumas pala-vras-chave fornecidas, várias URLs que as conte-nham. Obtida essa lista, a bolsista as analisava e descartava as que se referiam a blogs ou simila-res. Após essa "limpeza", o conteúdo desses en-dereços era baixado e formatado para poder ser usado com o software WordSmith Tools, a fim de compilar os glossários bilíngues desses esportes. Os glossários ainda não chegaram a ser finaliza-dos, mas os corpora já estão balanceados (com número e tipologia de textos similares nas duas línguas) e prontos para serem manipulados.Resultados alcançadosTrês novos corpora de esportes, em inglês e português: natação, atletismo e esgrima. Estes serão disponibilizados no site dentro em breve. Alinhamento de Alice in Wonderland com duas traduções brasileiras. Esse também será disponi-bilizado no site assim que a reformulação estiver concluída. Esclareço que já está em andamento a revisão do alinhamento de Alice Through the Looking Glass (Alice no País dos Espelhos), tam-bém com duas traduções brasileiras.

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Edição e Estudo de Textos Literários e Não Literários em Língua PortuguesaCoordenadorManoel Mourivaldo Santiago Almeida

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Ações/atividades desenvolvidasO projeto Edição e estudo de textos literários e não literários em língua portuguesa, ficou con-centrado na obra de Machado de Assis, Quin-cas Borba, com o seguinte subtítulo: Quincas Borba em Sala de Aula, desenvolvido pela aluna Lilian Barros de Abreu Silva. Resumo: Este tra-balho estuda a transmissão de Quincas Borba, de Machado de Assis, em livros, apostilas e tex-tos paradidáticos utilizados em sala de aula nos estudos sobre o romance e seu autor, com o objetivo de levantar e classificar as variantes sur-gidas no processo de transmissão da obra nesse material didático. Para o desenvolvimento des-ta pesquisa foram usadas, como base teórico--metodológica, as propostas para Crítica Textual descritas em Spina (1977), Azevedo Filho (1987), Blecua (1983), Castro (1990), Cambraia (2005), Spaggiari & Perugi (2004), e Santiago-Almeida (2011). O estudo foi realizado com excertos do romance Quincas Borba reproduzidos em ma-terial didático, e a colação desses excertos com a terceira edição do romance (1899) e a edição crítica (1977). As variantes classificadas foram contabilizadas em frequência e porcentagem de acordo com sua ocorrência. O trabalho foi reali-zado em duas etapas principais: a primeira com a recensão (recensio) de excertos do romance Quincas Borba reproduzidos em material didáti-co e a colação (collatio) desses excertos com os testemunhos-base do romance. Já a segunda, com a classificação e tabulação das variantes surgidas no processo de transmissão da obra nesse material.Resultados alcançadosO presente estudo revela que a transmissão do romance Quincas Borba em material didático apresenta diversas variantes em relação à sua forma genuína. A frequência dessas variantes nos permite observar que a transmissão do romance tende ao distanciamento e redução do texto origi-nal, visto que as variantes mais frequentes foram as de substituição (71% dos casos) e de omissão (16% dos casos). É considerável ressaltar, ainda, que em relação aos excertos do romance, repro-duzidos no material didático, nenhum esclarece sobre as alterações que o texto possui; a maioria não apresenta a fonte bibliográfica do excerto e, quando apresenta, as referências não são com-pletas. Esses resultados nos dão indícios da falta de rigor no estabelecimento dos textos literários reproduzidos em material didático de forma geral. Sendo este um trabalho que visa continuidade, será feita uma análise qualitativa das variantes le-vantadas e classificadas. Essa análise terá como base os seguintes questionamentos: o que mo-tivou o editor a fazer essas alterações? Como essas alterações influenciam no estilo do autor? Qual o prejuízo que essas alterações causam para uma análise crítico-literária da obra? Por fim, este trabalho inaugura uma nova etapa na linha de investigação em Crítica Textual, observando que o avanço científico nessa área se faz neces-sário (a linha de investigação em Crítica Textual da FBN é um passo importante nessa direção),

considerando a relevância do material didático na formação do público amplo que atinge.

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O Ensino de Geografia Urbana no Ensino Médio e FundamentalCoordenadorRicardo Mendes Antas Junior

Ações/atividades desenvolvidasApós a aprovação do projeto, procedeu-se a seleção dos estagiários e entramos em enten-dimento sobre a dinâmica a ser estabelecida para o desenvolvimento do projeto. A primeira fase previa a participação no curso. A cidade e o urbano no Brasil: teoria e método, por mim ministrado, onde os alunos-estagiários fariam fichamentos de textos indicados com apresen-tação de resultados a cada mês. Também fize-mos reuniões coletivas (eram dois estagiários inicialmente, mas um deles concluiu às pressas o curso por questões pessoais e foi desligado do projeto. Apesar disso esse aluno continuou par-ticipando dos debates e fez as intervenções em sala de aula). Nessas reuniões pudemos trocar uma série de informações sobre a sala de aula e de como seriam as intervenções previstas no projeto. No segundo semestre do estágio come-çamos a pensar as intervenções efetivamente, a partir do que discutimos no curso. Esse estágio previa estudos de geografia urbana e depois uma intervenção a partir do que foi visto em sala de aula. Tal intervenção requereu um programa de aula que ensinamos a montar e foi um momento muito profícuo desse estágio. Essa intervenção tinha como desafio que o estagiário desse uma aula dentro do programa do professor sobre os conteúdos de Geografia Urbana, independente do conteúdo ministrado pelo professor da escola, mas deveria estabelecer relações com esse tema em sua aula, fosse geografia humana ou física. Para a intervenção foram feitas preparações e reuniões com os estagiários, definimos duração, materiais e os diálogos a serem travados com os respectivos professores de cada escola.Resultados alcançadosOs principais resultados alcançados, de modo di-reto, foram: a aprendizagem em construir um pro-grama de aula e executá-lo, dentro de um tema específico e exigente, estimulando a capacidade do aluno em adaptar-se a um contexto (o curso do professor estava em curso e eles pensaram um tema em Geografia Urbana que fizesse eco com o programa prévio) a imersão do aluno no ambiente de aula, conhecendo a prática docen-te e se familiarizando com o ambiente de ensino de modo a se sentir mais familiarizado com esse futuro papel de professor que pretende exercer. Além disso, podemos lembrar que na primei-ra parte do estágio os alunos foram instados a estudar e trabalhar sobre conceitos e temas de Geografia Urbana mais dedicadamente, a entre-garem fichamentos e relatórios de modo frequen-te e, assim, também acabaram por se concen-trar mais na disciplina, o que consideramos um

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considerado aqui como sendo a habilidade de um sistema agrícola em manter a produção atra-vés do tempo, face distúrbios ecológicos e pres-sões socioeconômicas de longo prazo (ALTIERE, 1987 apud ALMEIDA, 1997). Desse modo, a sua sustentabilidade não depende somente de um, mas sim, de um conjunto de fatores ecológicos e socioeconômicos atuando interativamente, entre os quais aqueles associados ao uso da energia. (Ciência Rural, v. 30, n. 4, jul/ago 2000) ecodesenvolvimento sm. Conjunto de práticas que busca uma interação consciente entre de-senvolvimento, comunidades e preservação am-biental. Segundo Sachs (1993), é a junção do crescimento quantitativo com o desenvolvimento qualitativo, conciliando crescimento econômico com maior produtividade dos recursos, redução do volume de materiais processados, conserva-ção do meio ambiente e redistribuição de renda. (Socied. Estado, v. 24, n. 1, jan/abr 2009).

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Geografia e CinemaCoordenadorJulio Cesar Suzuki

Ações/atividades desenvolvidasO projeto envolveu inúmeras reuniões com os discentes, debatendo temas concernentes à his-tória do cinema, estética cinematográfica e possi-bilidades de uso do cinema na Geografia.Resultados alcançadosO importante resultado a salientar se deu na formação acadêmica dos estudantes vinculados ao projeto.

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Geografia da Oralidade – Uma Recuperação da História Oral de Populações Tradicionais no Estado de São PauloCoordenador Julio Cesar Suzuki

Ações/atividades desenvolvidasO projeto envolveu inúmeras reuniões com os discentes, debatendo temas concernentes à for-mação das populações tradicionais, às interpre-tações de seus dilemas conceituais e às dificul-dades de reprodução sócio-econômico-cultural.Resultados alcançadosO importante resultado a salientar se deu na for-mação acadêmica dos estudantes vinculados ao projeto.

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Bread and Puppet Theater: 50 anos de HistóriaCoordenadoraMayumi Denise Senoi Ilari

grande passo, pois se destacaram dos demais colegas de sala.

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Divulgação da Terminologia do Desenvolvimento Sustentável no Português BrasileiroCoordenadoraIeda Maria Alves

Ações/atividades desenvolvidasAs bolsistas desenvolveram várias etapas para o desenvolvimento de seu trabalho. Dando conti-nuidade ao trabalho efetuado por outra bolsista, realizado no período de 2012 a 2013, as ativida-des deram sequência à coleta de corpus. Nos três primeiros meses de vigência da bolsa, as bolsistas procederam à coleta de corpus em revistas e sites que tratam de questões ambientais como Carti-lha Ministério da Agricultura (CMA), Envolverde, Embrapa Monitoramento por Satélite (EMBRA-PA), EMBRAPA, Agro e Biodiversidade Faunística, Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sus-tentável, Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEMA), Greenpeace, Líder, Instituto Ambiental Brasileiro Sustentável (IABS), Meio Ambiente, Mi-nistério do Meio Ambiente (MMA), Planeta Sus-tentável, Relatório Matriz Energética (RME), Re-vista Ambiente Construído, Revista Governança Social.gov (RGS), entre outros. Procederam tam-bém à coleta de termos em corpora científicos, como a base on-line Scielo, que contém artigos científicos sobre diversas áreas do conhecimento e em corpora constituídos por teses de doutorado e dissertações de mestrado defendidas na USP e na Unicamp. O material coletado foi convertido em .txt e processado pelo programa WordSmi-th Tools 6.0 para a formação da lista de termos (Wordlist) e a consulta e análise desses termos em seus respectivos contextos (Concord).Resultados alcançadosOs verbetes elaborados apresentam a seguinte estrutura: termo; referências gramaticais do ter-mo (classe de palavra e gênero); sigla ou acrô-nimo, se houver; variante (Var.), se houver; defi-nição; contexto(s); nota, se houver (geralmente de caráter enciclopédico, apresentando informa-ções adicionais e não essenciais sobre o termo); sinônimo(s) (Sin.), se houver; remissiva(s) (Cf.), se houver (remetendo para um termo mais genérico ou relacionado). Após a correção das definições elaboradas, elas serão disponibilizadas no site do Projeto TermNeo: <www.fflch.usp.br/dlcv/neo> As bolsistas apresentaram, com a bolsista do período anterior, Gidalva Maria da Conceição, o pôster Uso do adjetivo 'sustentável' no proces-so de formação sintagmática da terminologia do Desenvolvimento Sustentável no português brasileiro por ocasião do IX Colóquio Os Estudos Lexicais em Diferentes Perspectivas, realizado na Universidade de São Paulo em 10 e 11 de de-zembro de 2013. Alguns exemplos dos verbetes redigidos: agricultura sustentável sf. Conjunto de técnicas agrícolas que busca o equilíbrio entre o econômico e o ambiental, especificamente, é

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Ações/atividades desenvolvidasO projeto teve por finalidade selecionar e organi-zar materiais escritos e iconográficos (gravuras, registros fotográficos e fílmicos, cartazes, textos históricos e teóricos, críticas, etc.) representativos do trabalho do grupo teatral Bread and Puppet Theater, que em 2013 comemorou 50 anos de atividades, com vistas à apresentação e exposi-ção dos mesmos à comunidade universitária e ex-terna. Inicialmente, a fim de familiarizar a bolsista com o objeto de pesquisa, realizou-se uma breve pesquisa histórica sobre o trabalho desenvolvido pela companhia, desde seus primórdios em 1963 até os dias atuais, com foco nas premissas de trabalho e produção da companhia. Foram então selecionados e regravados trechos de filmes, ima-gens e filmagens avulsas de espetáculos e per-formances, bem como de materiais iconográficos diversos (editados ou produzidos pelo Bread and Puppet ou por terceiros): cartazes, livretos, gra-vuras, programas de espetáculo, fotografias, fili-petas, críticas acadêmicas ou de repercussão em jornais locais, etc. O trabalho finalizou-se com a preparação da apresentação, composta de pales-tra e exposição dedicadas ao trabalho do grupo, aberta ao público, quando foram apresentados os materiais selecionados: após a exposição realiza-da pela bolsista que concluiu o projeto, passou-se à exposição de trechos dos videos selecionados, de fotografias e materiais iconográficos diversos, seguidos de palestra realizada pela professora co-ordenadora do projeto e um longo debate sobre os materiais apresentados.Resultados alcançadosObjetivava-se, com o presente projeto, estimular a pesquisa de fontes acadêmico-culturais como parte da formação dos discentes participantes, para além do estudo dramatúrgico/textual do gênero dramático, que se dá por excelência nos estudos de Letras. Esperava-se que, a partir do material selecionado, fossem fomentados maio-res conhecimentos sobre produção, técnicas de encenação, elementos do espetáculo e do fazer teatral, para além da análise dramatúrgica, além de se promover uma nova leitura das possibili-dades do teatro de resistência no contexto con-temporâneo, e de se estimular o debate acerca das possibilidades conjuntas do teatro político e de animação, com ênfase em procedimentos épicos tipicamente utilizados nesse teatro. No âmbito de suas premissas e, descontados os problemas acima mencionados, creio que atingiu seus objetivos. Sendo o grupo em questão uma das principais companhias do teatro ocidental de vanguarda no século XX, o evento atraiu um pú-blico bastante variado, em grande parte externo à Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Huma-nas, o que auxiliou a gerar um debate e uma in-terlocução bastante importantes, entre docentes, discentes e artistas das áreas de artes visuais, artes cênicas, cenografia e teatro de animação, entre outros. Cabe destacar que o evento foi abrilhantado pela presença da Profa. Dra. Ana Maria Amaral, docente aposentada do Escola de Comunicação e Artes e a primeira especia-lista brasileira em teatro de animação, que muito

gentilmente acedeu a nosso convite – tendo con-vivido com o Bread and Puppet no início de sua formação, na década de 1960, deu um valoroso depoimento na divulgação da história do coletivo almejada no projeto.

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Projeto Solo na Escola do Parque CienTecCoordenadoraDéborah de Oliveira

Ações/atividades desenvolvidasO projeto desenvolve atividades com alunos bolsistas que atuam no Parque CienTec, no in-titulado Projeto Solo na Escola, sob minha coor-denação. O projeto tem sido muito visitado por escolas públicas e privadas e tem tido grande repercussão na região metropolitana de São Paulo e também no interior do Estado. Teve duas bolsistas que desenvolveram o projeto atuando no recebimento de visitantes e no preparo dos experimentos para que os visitantes pudessem participar, não só como meros espectadores, mas como atuantes, 'pondo a mão na massa'. O próximo ano será o Ano Internacional do Solo e tem-se a certeza de que o projeto receberá mais escolas do que no ano de 2014, ano em que já foram recebidos centenas de estudantes, por isso, vale ressaltar a importância do projeto na cidade de São Paulo, onde os estudantes sabem pouco sobre o solo, por viverem em uma área densamente urbanizada e impermeabilizada. Espera-se contar com mais bolsistas na próxima edição do Aprender com Cultura e Extensão. O projeto tem sido considerado um sucesso.Resultados alcançadosApesar das dificuldades, pelo baixo número de bolsistas para atender os visitantes, o projeto tem sido muito bem aceito pela comunidade e esta-mos cada vez recebendo mais estudantes.

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Impactos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) Sobre o Mercado e a Organização do Trabalho dos Catadores de PapelCoordenadoraMarta Inez Medeiros Marques

Ações/atividades desenvolvidasComo se tratou da segunda etapa de um projeto de extensão universitária iniciado em 2012, bus-camos dar continuidade às atividades de aproxi-mação e conhecimento direto da realidade abor-dada pelo Projeto e dos catadores de material reciclável, sobretudo aqueles que se encontram em situação de rua. Também foi dada continui-dade aos trabalhos de realização de um video documentário de curta duração para ser utilizado como forma de divulgação de um olhar crítico sobre a PNRS junto a escolas, universidades e público interessado. Como a equipe de bolsistas vinculada ao Projeto passou a ser formada por

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novos membros, fizemos novamente um primeiro momento de leitura e discussão de textos que tratam de questões relativas à Lei 12.305/2010, ao debate sobre o destino dos resíduos sólidos e à indústria da reciclagem, além de textos sobre a situação dos catadores de material reciclável. Neste momento, foram lidos e discutidos te-ses, artigos científicos e publicações de ONGs, o próprio PNRS e o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do município de São Paulo (PGIRS-SP). Em seguida, foram retomadas as vi-sitas a cooperativas, ferro velhos, áreas do centro da cidade onde são encontrados moradores de rua que trabalham com a atividade de catação de material reciclável. Foram selecionados os entrevistados e realizado o registro das entrevis-tas, além da filmagem de imagens do centro da cidade e de locais de trabalho dos catadores, in-cluindo imagens tomadas no acompanhamento da trajetória de um catador durante um dia de trabalho. Os trabalhos de edição do documentá-rio já foram iniciados e se encontram em estágio avançado. Outra estratégia utilizada foi a partici-pação na Expo-catadores 2013, realizada no Ex-po-Center Norte entre os dias 18 a 20 de dezem-bro do mesmo ano. Esse evento reuniu, além de catadores de materiais recicláveis do Brasil e da América Latina, especialistas em resíduos, gesto-res públicos incluindo o prefeito da cidade de São Paulo, Governos Federal e Estaduais, empresas e instituições envolvidas na cadeias produtivas da reciclagem no Brasil. A nossa participação nos ajudou a compreender melhor pontos específicos trabalhados em nosso projeto. Todos estes pro-cedimentos foram primordiais para que o grupo compreendesse melhor a realidade tratada. Se-guem alguns detalhes desse caminho.Resultados alcançadosComo principal resultado para os participantes do projeto destacamos: o envolvimento com a temática e a oportunidade de entrar em contato com pessoas que sofrem cotidianamente diver-sas formas de injustiça e exclusão sociais e são alvo dos interesses que envolvem segmentos da indústria de reciclagem, da sociedade civil, de instituições públicas, além de forças políticas, e que frequentemente aparecem disfarçados sob o discurso do compromisso social e da defesa da sustentabilidade ambiental. Além de contribuir para a formação de nossos alunos para a cida-dania, as atividades do Projeto também contribu-íram para complementar a formação profissional dos bolsistas futuros professores, técnicos ou pesquisadores em relação às temáticas do meio ambiente e do trabalho no contexto urbano. Fo-ram alcançados pelos participantes do projeto, de forma individual ou coletiva, os seguintes resulta-dos: 1) Elaboração de um Vídeo-Documentário: de curta duração com apresentação dos prin-cipais aspectos que caracterizam este momen-to pós Lei nº 12.305/2010, suas contradições, impasses com relatos dos atores envolvidos, em especial dos catadores; 2) Artigo em periódico: MARQUES, Marta Inez M. Reciclagem e gestão do ambiente urbano: o trabalho dos catadores de resíduos sólidos na metrópole paulistana em

tempos de políticas neoliberais. Revista Diversi-tas [on-line], ano 1, n. 1, mar/set 2013. Disponível em: <http://diversitas.fflch.usp.br/node/3485>; 3) Participação no 3º. Simpósio Aprender com Cultura e Extensão, PERCEU-USP (Período de 8 a 10/10/2013): foi o momento em que foram expostos os resultados alcançados pelo proje-to para o público interno à USP; 4) Projeto de pesquisa em nível de iniciação científica: Renato de Sousa Ribeiro, bolsista CNPq 2013-2014; 5) Palestra sobre as catadoras e os catadores em situação de rua: proferida pelo o referido bolsista; 6) Trabalho apresentado no VII Congresso Bra-sileiro de Geografia em Vitoria: (período de 10 a16/08/2014), trabalho apresentado pelo referido bolsista de Iniciação Científica.

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Rede Paulista de Educação Patrimonial (Repep)CoordenadoraSimone Scifoni

Ações/atividades desenvolvidasDivididos em duas frentes de trabalho, mas atuando coletivamente e de forma integrada, a equipe formada pelos estudantes de Arquitetura encarregou-se dos estudos e do projeto arquite-tônico referente à ampliação da sede da associa-ção, enquanto o grupo de alunos dos cursos de Geografia e Ciências Sociais ficou com a respon-sabilidade de elaborar um levantamento sobre a história do Jardim da Felicidade. No que diz res-peito a essa segunda frente de trabalho, optamos por um processo no qual a elaboração da histó-ria da favela se desse de maneira participativa, envolvendo a coleta das memórias pessoais e afetivas dos moradores do Jardim da Felicidade. Para tanto, adotamos a metodologia da realiza-ção de Rodas de Memória com os moradores. Organizamos duas atividades do gênero, a partir das indicações contidas em BOSI, Eclea. Tempo vivo da memória, 2003. Com base nesta autora, solicitamos aos participantes que levassem um objeto (definido por Bosi como objeto biográfico) que pudesse contar um pouco de suas vidas. Iniciamos o trabalho com grupos de crianças e jovens na tentativa de ir construindo aos poucos uma relação de proximidade com os moradores de lugar. Essa escolha também se deu pelo fato da Anacref trabalhar preferencialmente com um público de crianças e jovens, em aulas de capo-eira e organização de passeios e recreação. As Rodas de Memória foram organizadas em dois grupos: o primeiro com 20 crianças entre 6-12 anos e o segundo com 10 jovens de 12-16 anos. As atividades foram acompanhadas de registro em audiovisual, para serem transcritos os rela-tos. Além disso, ao final das Rodas de Memória sugerimos o registro dos participantes em forma de desenho no qual seria representado o olhar deles sobre o bairro. Como parte das atividades de registro audiovisual das Rodas de Memórias e das atividades na área, estabelecemos contato com a Secretaria Municipal da Cultura, por meio

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do Departamento de Expansão Cultural, no sen-tido de solicitar a realização de uma oficina para a formação dos jovens do Jardim da Felicidade em produção de audiovisual, evento que irá ocorrer no mês de dezembro de 2014. As atividades do projeto terão continuidade por meio do Progra-ma Ensinar com Pesquisa, que já se encontra em andamento. Por meio dele os alunos estão levan-tando dados cartográficos, estatísticos e docu-mentais sobre o bairro para podermos articular as falas dos moradores. Terão sequência também a realização de novas Rodas de Memória e de en-trevistas pessoais com moradores mais antigos do lugar.Resultados alcançadosEm relação ao grupo de alunos de Arquitetura, destaca-se como produto elaborado o projeto arquitetônico da ampliação da sede da Anacref que contou com: elaboração do Plano de Mas-sas, lista de materiais construtivos necessários; orçamento para obtenção de fundos para a re-forma; tratativas com órgãos públicos e privados para sua viabilização. A construção teve início em meados de 2014. Em relação ao grupo de alunos de Ciências Humanas, destaca-se como produto a realização de duas Rodas de Memó-ria com seus respectivos registros audiovisuais, transcrição das falas e representação em dese-nho dos participantes. Como parte dos resulta-dos preliminares das transcrições das Rodas, apontamos para as seguintes questões sobre a história do bairro: a) A migração aparece como experiência de vida muito presente nas falas. Seja a origem migrante dos moradores (Anhembi-SP, Rio de Janeiro, Alagoas e Maranhão são lugares que foram feitas referências), seja a migração constante na própria cidade de São Paulo (mu-danças de lugar de moradia que indicam insta-bilidade nesta condição); b) As dificuldades da vida cotidiana e do trabalho, da distância entre casa-trabalho e o impacto sobre a vida familiar foram questões relatadas; c) O passado no Jar-dim da Felicidade está marcado pela precarieda-de: ruas de terra, casas de madeira, muito mato por todo lado, sem iluminação, mortes e violência que justificavam o apelido inferninho. O presente pelas melhorias realizadas: rua calçada, casas de alvenaria, iluminação; d) Relações de convivência e solidariedade também presentes nas falas: o papel da Anacref como espaço coletivo, aberto, preocupado com as crianças e jovens, acolhe-dor, proporcionador de novas experiências e no cuidado com o outro (na capoeira, nos passeios ao Sesc Itaquera); e) Preocupações com o lugar: o lixo, o parquinho destruído pelos maiores, o problema da cerca do campinho, já que a bola cai no esgoto; f) Os lugares de brincar: o campi-nho não é exclusividade das atividades do fute-bol, ele aparece como o centro das brincadeiras das crianças, o lugar aberto pra correr, pra mexer na areia, para encontros e conversas. O campo aparece em muitos dos desenhos das crianças sobre o que é o Jardim da Felicidade. Ele é um lugar central para uma geração; g) As opções de lazer: o pancadão. Os jovens têm consciência das letras do funk, que são ofensivas à imagem

da mulher, que falam palavrões. Mas o pancadão também é diversão. Opõem estas letras em re-lação ao funk ostentação: ele é uma espécie de redenção daquele que um dia foi pobre e venceu; h) Desejos: trazer o parquinho para mais próximo do campo e da sede da Anacref para ficar mais protegido da depredação, mais visível. Cercar o parquinho também é uma forma de protegê-los do vandalismo.

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Espaço Comunitário Jardim da Felicidade – Projeto de Ciências HumanasCoordenadoraSimone Scifoni

Ações/atividades desenvolvidasInvestimos em estratégias de divulgação, de aproximação com novos parceiros institucionais e de novas formas de organização interna dos trabalhos. Para tanto organizamos o 1º Encontro de Trabalho da Repep, em maio, que contou com a presença dos gestores públicos de patrimônio da Prefeitura de São Paulo e do Iphan, Governo Federal, além de amplo público de interessados. Como forma de organização interna dos tra-balhos adotamos o funcionamento da rede em forma de autogestão, com decisões tomadas de forma coletiva em instância colegiada (conselho gestor). Reforçamos as estratégias anteriores de divulgação de ações por meio dos Boletins e das reuniões periódicas abertas a novos participan-tes, além de constante atualização do site com notícias e novos projetos.Resultados alcançadosNovos membros vinculados as seguintes institui-ções: Centro Universitário Senac, Universidade Mackenzie, Movimento de Reapropriação da Fá-brica de Perus, Pinacoteca do Estado, Iphan-SP, Casa do Patrimônio do Vale do Paraíba, Unitau, Ponto de Memória da Brasilândia; Movimento Baixo Centro, Memorial da Resistência. Realiza-ção do 1º Encontro de Trabalho da Repep. Elabo-ração da Carta da Repep, resultado do encontro. Elaboração do estatuto da Repep, 12 Boletins In-formativos publicados, 83 Projetos de Educação Patrimonial cadastrados, 93 Profissionais da área cadastrados. As atividades desenvolvidas apon-tam para um constante fortalecimento da Rede e ampliação de participação. As novas perspecti-vas abertas indicam o papel da Repep como o lu-gar do diálogo interdisciplinar de conhecimentos, com potencial para subsidiar as práticas dos gru-pos atuantes nas diversas localidades. Prevemos para 2015 a realização do 2º Encontro de Traba-lho, além de Oficinas de Educação Patrimonial e estudos visando à criação de um Laboratório de Educação Patrimonial na USP, em conjunto com outras instituições parceiras.

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Terapia Ocupacional Social e Famílias em Situação de Vulnerabilidade e Risco SocialCoordenadoraMarta Carvalho de Almeida

Ações/atividades desenvolvidasDe 15 de agosto de 2013 a 4 de julho de 2014 o projeto promoveu atendimentos semanais (4 em média) de terapia ocupacional junto à população usuária do Centro de Referência de Assistência Social CRAS do bairro Butantã, em especial jun-to a famílias em situação de vulnerabilidade e/ou risco social decorrentes da pobreza, do acesso precário a direitos e a serviços públicos, bem como da fragilização de vínculos intrafamiliares. Também foi abordado de modo sistemático o segmento jovem dessas famílias, especialmente de jovens entre 12 e 16 anos, tendo sido ofe-recida atenção específica àqueles em conflito com a lei ou em cumprimento de medida socio-educativa em meio aberto. A viabilização dessas ações envolveu atuação conjunta com o Centro Social Santo Dias, que é unidade referenciada e supervisionada pelo CRAS Butantã para o aten-dimento socioeducativo. Mais especificamente, o projeto desenvolveu atividades concernentes ao que se denomina Unidade Acolhedora no contexto do SINASE (Sistema Nacional de Aten-dimento Socioeducativo), atuando com jovens em cumprimento das medidas de prestação de serviços à comunidade (PSC). O Grupo Arteiras, iniciado em 2012 e composto por mulheres que produzem e comercializam seus produtos em eventos de Economia Solidária, continuou a ser acompanhado no contexto do projeto. Os aten-dimentos foram realizados na forma de encon-tros grupais e/ou de atenção individualizada, a depender da necessidade do usuário (família ou membro da família) e do objetivo pretendido no atendimento. Ocorreram por meio da utilização das seguintes estratégias, comumente adotadas em terapia ocupacional: a) Oficinas envolvendo a realização de produtos derivados do emprego de técnicas artísticas ou artesanais; b) Dinâmicas de interação e expressão grupal com ou sem tema definido previamente; c) Excursões a espaços/ambientes significativos para os participantes usuários do serviço/projeto; d) Acompanhamen-tos (presença profissional) de suporte ou apoio ao usuário em situações ou atividades nas quais se reconhece que as dificuldades são acentuadas e podem gerar impedimentos da ação projetada. Várias dessas situações envolveram outros ser-viços, tais como: Conselho Tutelar do Butantã, INSS, Hospital das Clínicas, Hospital do Campo Limpo, CEU Butantã, Centro de Atenção a Crian-ças e Adolescentes Sinhazinha, Ambulatório de Especialidades Peri-Peri, UBS Rio Pequeno, Defensoria Pública de São Paulo, Centro Social Santo Dias e escolas públicas da região; e) Grupo de realização de atividades que promovem trocas de saberes e valorização de identidades. No con-texto dos atendimentos de terapia ocupacional que são desenvolvidos com foco no protagonis-mo dos usuários realizaram-se atividades lúdicas,

FACU

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EDIC

INAFM

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artesanais, culturais e de lazer, respeitando-se in-teresses, necessidades e habilidades dos usuá-rios. Os atendimentos também levaram em conta as discussões em equipe, harmonizando-se com os planos individuais de atendimento elaborados pelos profissionais da unidade (CRAS Butantã). A estudante bolsista teve participação importante na preparação do ambiente e da infraestrutura necessária para a realização dos atendimentos, tais como o planejamento, aquisição e manuten-ção de materiais, equipamentos e instrumentos; organização e preparação das ações programa-das, sejam as que aconteceram no próprio CRAS ou as que envolveram ambientes externos e/ou o acionamento de recursos ou materiais adicio-nais; agenciamento de apoios e recursos para viabilizar a presença dos indivíduos e das famílias nas ações planejadas. Além disso, a estudante atuou de modo intenso na co-coordenação dos encontros grupais (oficinas, grupos de atividades e excursões).Resultados alcançados1) Ao nível do serviço, promoveu-se a ampliação da longitudinalidade da atenção ofertada pela unidade assistencial. O projeto permitiu o segui-mento e a atenção continuada a um conjunto de famílias que requerem não apenas benefícios sociais que impactam na renda familiar, como aqueles ofertados pelos Programas de Transfe-rência de Renda, mas também atenção integral às suas necessidades sociais, com o que parece terem contribuído as estratégias implementadas no contexto do projeto; 2) Em relação aos usu-ários acompanhados pode-se notar diferentes graus de resolutividade de seus problemas, na medida em que a problemática social das famí-lias é complexa, envolvendo varias dimensões do bem-estar, tais como a habitação, o acesso à saúde, educação e trabalho e as oportunida-des de desenvolvimento pessoal, social e co-munitário, entre outros. Verificou-se, conforme o esperado, ter havido aumento da capacidade dos usuários atendidos para identificar elemen-tos e processos que atuam na constituição da problemática que vivenciam. A partir de tais percepções, ampliou-se a capacidade de iden-tificação e, principalmente, de acionamento de potencialidades e recursos individuais e sociais que podem atuar na prevenção da vulnerabilida-de, da violação de direitos ou do agravamento dos problemas. Notou-se que o reconhecimento de direitos sociais foi alargado; 3) O projeto per-mitiu, também, o enriquecimento da relação de parceria estabelecida entre a universidade e a unidade assistencial situada no Butantã, amplian-do possibilidades de ação conjunta tanto no que diz respeito ao ensino quanto no que concerne à pesquisa. Observação: Os indicadores adotados para o acompanhamento dos resultados que se referem à problemática dos usuários envolveram processos e instrumentos de avaliação de Tera-pia Ocupacional. A estes foram associadas infor-mações fornecidas por outros profissionais que também acompanharam os usuários atendidos no projeto, sendo estes pertencentes ao CRAS Butantã ou a outros serviços.

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Terapia Ocupacional, Cotidianidade e Humanização do Cuidado à Criança e ao Adolescente HospitalizadoCoordenadoraSandra Maria Galheigo

Ações/atividades desenvolvidasO projeto teve como principal objetivo o aten-dimento em Terapia Ocupacional a crianças e adolescentes em situação de hospitalização, e aos seus cuidadores na Enfermaria Pediátrica do Hospital Universitário da USP (EPHU), a partir das perspectivas da integralidade e da humanização do cuidado. As atividades práticas foram realiza-das na EPHU e as administrativas e de estudos no Centro de Docência e Pesquisa do Departa-mento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da FMUSP (CDP). As atividades desenvolvidas buscaram garantir às crianças e adolescentes o direito de brincar, a ampliação de sua apropriação em relação ao espaço do hospital e aos seus processos saúde-doença, e a constituição de outros modos de estar no hos-pital, saindo de uma posição passiva, de pacien-te, para uma mais ativa, a de ser protagonista na situação de hospitalização. Ainda, considerando as crianças, os adolescente e seus cuidadores, as atividades foram desenvolvidas com vistas à formação de uma rede de sustentabilidade rela-cional entre esses sujeitos durante o período de internação, para que pudessem se apoiar, tro-car experiências e tirar dúvidas. Esses trabalhos eram realizados por meio de atividades lúdicas, plásticas e corporais. Vale destacar que, sendo esse o segundo ano de bolsa, essas atividades também acontecem nos quartos de isolamento. A situação de isolamento em hospitais se confi-gura em um ambiente delicado, pois a criança e o adolescente são impedidos de sair do quarto, já que há risco de contaminação para os outros sujeitos internados, e a entrada tanto de fami-liares quanto de profissionais é regulada e deve ser feita respeitando as normas de segurança hospitalar. Sendo assim, os atendimentos neste situação demandaram maior disponibilidade e inventividade, pois, no geral, se tratam de ca-sos mais graves e o impacto de hospitalização acaba sendo potencializado pela restrição de circulação. Continuaram sendo responsabilidade da bolsista, atividades administrativas, como or-ganização e etiquetação de materiais, confecção de brinquedos, atualização de um banco de da-dos referente aos atendimentos e à organização dos prontuários. Ainda, continuou sendo exigida a leitura de textos e elaboração de relatórios para sustentar o trabalho.Resultados alcançadosComo resultados aponto os benefícios que os atendimentos em Terapia Ocupacional trou-xeram para as crianças, os adolescentes e os cuidadores, favorecendo um cotidiano mais saudável, tanto quanto possível, dentro de um hospital, possibilitando a construção de redes de sustentabilidade, e criando oportunidades para

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elaboração pela criança, adolescente e cuida-dor do processo de adoecimento e do período de hospitalização. Ainda, as atividades da bolsa resultaram na validação da atividade lúdica en-quanto linguagem das crianças e dos adoles-centes, sendo, também, elemento de cuidado e possibilitando a promoção da saúde de modo mais humanizado. Aponta-se, também, o apren-dizado que estes dois anos de bolsa proporcio-naram à bolsista da prática de Terapia Ocupa-cional em Contextos Hospitalares. Sendo esse o segundo ano que participa como bolsista do projeto considera-se que essa se tornou mais autônoma, com mais facilidade para perceber as demandas e necessidades apresentadas e, a partir de um raciocínio clínico mais complexo, pôde criar proposições de intervenção mais ricas e interessantes, o que relaciona-se com o maior conhecimento da área, segurança e apropriação do trabalho desenvolvido.

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Agenciamento da Participação Sociocultural de Populações em Situação de Vulnerabilidade no Acompanhamento Terapêutico em Terapia OcupacionalCoordenadoraElizabeth Maria Freire de Araújo Lima

Ações/atividades desenvolvidasCom o intuito de compor uma rede de susten-tação facilitadora à participação sociocultural de pessoas em vulnerabilidade, o projeto se desen-volveu através dos seguintes eixos de ação: 1) Colaboração às equipes de coordenação de gru-pos conveniados com o PACTO que atuam na interface arte-saúde. Participação no Terriart e no grupo Território Cultural através da colaboração no deslocamento dos participantes pela cidade e do fortalecimento de ambientes de convivência, envolvendo: organização das atividades, busca dos participantes no CAPS Lapa, acolhimento e apoio à permanência dos mesmos nos grupos; 2) Utilização do dispositivo de Acompanhamen-to Terapêutico (AT) como estratégia de cuidado e agenciamento da participação sociocultural com usuários do PACTO. Durante a bolsa o AT foi realizado com quatro usuários. As atividades foram compostas por: atendimentos individuais, acompanhamentos em transportes coletivos, abertura de espaços de diálogos para acolher as demandas, inserção e suporte para a integra-ção em atividades grupais, e ensino de recursos que facilitam a apropriação dos participantes nos trajetos realizados como a construção conjunta de um mapa fotográfico do trajeto. Além disso, desenvolveram-se atividades específicas, a sa-ber: busca ativa para viabilizar os inventos de um dos acompanhados; acompanhamentos em visitas e consultorias; aprendizado de recursos eletrônicos para expandir conhecimentos e apre-sentar possibilidades do mundo virtual; atuação em processo de solicitação de vaga para outro acompanhado na Secretaria Estadual de Saúde

e promoção de sua vinculação no Centro Pró Autista (CPA); 3) Confecção de diários de cam-po para registros das intervenções realizadas; 4) Participação em atividades administrativas do Laboratório de Pesquisa relacionadas ao cadas-tro dos atendimentos para o SUS, organização de prontuários e registros dos atendimentos da Rede de Sustentação em um arquivo que poderá ser acessado em pesquisas do Laboratório; 5) Organização do seminário de pesquisa Linhas erráticas (das redes em Fernand Deligny), minis-trada pelo Prof. Dr. Peter Pál Pelbert com o intuito de fomentar a discussão da interface arte, cultu-ra, saúde e cidadania; 6) Realização de reuniões e supervisões, atividades de estudos, tais como leitura e produção de relatórios, além de prepa-ração de material para o Simpósio de Cultura e Extensão a ser realizado no segundo semestre desse ano.Resultados alcançadosOs resultados alcançados evidenciaram-se no decorrer das atividades, desde ações pontuais e objetivas que indicam resultados concretos de transformação no cotidiano das pessoas acompanhadas, até mudanças que perpassam o campo intangível da produção de subjetivida-de, propulsora na conquista de novos lugares sociais e de reinvenção da relação entre o eu e o mundo. Dentre os resultados concretos, obser-váveis no cotidiano, podemos citar a conquista de uma vaga no Centro Pró Autista. Ainda que a vinculação com a instituição tenha sido confli-tuosa e que o tratamento no serviço ainda não esteja completamente firmado – podendo ser transferido para outra instituição – observou-se que a partir do trabalho realizado, a família de-senvolveu grande protagonismo durante todo o processo, inteirando-se dos conhecimentos e condutas necessárias para garantir o direito ao tratamento gratuito e de qualidade. Essa força e protagonismo se revelam como transformações importantes no campo da produção da subje-tividade, pois possibilitou a reinvenção de um cotidiano que fora marcado pela experiência de abandono e desrespeito aos direitos a educação, a saúde e a participação sociocultural. Os resul-tados obtidos apontam para uma ampliação das experiências sociais e relacionais. A criação de um vínculo permitiu aos sujeitos acompanhados sentir, dizer e realizar ações que seguissem no sentido dos seus desejos e demandas, explo-rando novos caminhos e acreditando que se é capaz de apreendê-los, o que fomentou suas experiências artísticas, culturais e sociais. A es-cuta qualificada e o discurso, que não carrega-va julgamentos prévios, se transformaram em ferramenta na construção de espaços onde os indivíduos conseguissem gradualmente agenciar seus desejos e reorganizar seus afetos a fim de elaborar, no seu tempo, novas redes. Trabalhar interagindo com o usuário em seu contexto real de ação, foi um campo favorável para a produção de estratégias que permitiu ampliar os repertórios de atividades. Também se configurou como re-sultado a formação das bolsistas para atuar no AT, que se deu através de supervisões e grupos

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identificados pelas entrevistas com as terapeutas ocupacionais: prevenção de declínio cognitivo melhora cognitiva e funcional, manutenção da autonomia. Enfatizou o cotidiano como cenário estratégico e privilegiado para a intervenção da TO. Foram adotadas algumas atividades desen-volvidas por estas TO, como a agenda diária de atividades, que favorece a evocação dos aconte-cimentos cotidianos e estimula a memória. Com relação à intervenção realizada junto aos idosos com suspeita de CCL, essa evidenciou melhoras significativas medidas pelos testes Rivermead, Fluência Verbal, MAC-Q e Pfeffer. Nesse sentido, observou-se que a intervenção impactou posi-tivamente os sujeitos em três âmbitos: desem-penho cognitivo, queixa subjetiva de memória e desempenho de atividades de vida diária com maior demanda cognitiva. Os encontros realiza-dos permitiram que os idosos com suspeita de CCL pudessem empregar o aprendizado obtido para favorecer o desempenho nas atividades cotidianas, melhorando habilidades e compen-sando dificuldades cognitivas e funcionais. Os idosos destacaram as estratégias de organiza-ção ambiental, seleção da atenção em tarefas e utilização de recursos auxiliares externos como valiosos para facilitação e aprimoramento do de-sempenho de atividades.

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Levantamento das Queixas e Condutas Fonoaudiológicas da População Atendida no Serviço de Fonoaudiologia da USPCoordenadoraDaniela Regina Molini Avejonas

Ações/atividades desenvolvidasA bolsista realizou um levantamento de todos os prontuários de pacientes que foram atendidos no Laboratório de Investigação Fonoaudiológica em Atenção Primária à Saúde do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacio-nal da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. O Laboratório onde o estudo foi reali-zado é a porta de entrada do serviço de Fonoau-diologia que presta atendimento à comunidade. Neste laboratório, os atendimentos são realiza-dos por alunos da graduação sob a supervisão do coordenador deste projeto. As informações referentes à origem do encaminhamento (queixa, idade, gênero e conduta terapêutica realizada) foram coletadas nos prontuários do banco de dados do Laboratório de Investigação em Aten-ção Primária à Saúde entre fevereiro de 2010 e dezembro de 2013. Foram analisados apenas os dados referentes à triagem fonoaudiológica que aborda os seguintes aspectos: faixa etária, nível de escolaridade, raça, gênero, condições de saúde, queixa, antecedentes genéticos. Poste-riormente são realizadas perguntas que abordam questões das áreas trabalhadas pela fonoaudio-logia, audiologia, fluência, fonologia, motricidade e funções, pragmática, voz, vocabulário e, ao fi-nal, é realizada uma interação comunicativa para

de estudo, nos quais foram elaborados questio-namentos relativos ao início da relação terapêuti-ca, o estabelecimento do vínculo e o manejo do AT em Terapia Ocupacional. Os percursos apren-didos e realizados, quando olhados com sutileza, demonstram não apenas simples caminhos, mas trajetórias singulares construídas por sujeitos que buscam com seus gestos a potência da vida.

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Práticas Didático-Assistenciais Oferecidas pelo Curso de Terapia Ocupacional da USP-SP a Idosos com Comprometimento Cognitivo LeveCoordenadoraMaria Helena Morgani de Almeida

Ações/atividades desenvolvidasO presente estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, com a contribuição do bolsista neste processo. O es-tudo teve como objetivos: 1) Reunir referências teóricas e práticas em Terapia Ocupacional para atendimento a idosos com CCL; 2) Propor e de-senvolver atividades didático-assistenciais junto a idosos com Comprometimento Cognitivo Leve (CCL). Para alcance do objetivo 1, foi realizado levantamento bibliográfico da literatura em Te-rapia Ocupacional acerca do tema. Ainda foram realizadas pelo bolsista, supervisionado pelos responsáveis do projeto, entrevistas semiestrutu-radas com terapeutas ocupacionais que atuam com idosos com CCL. Para alcance do objetivo 2, foi proposto e conduzido um grupo de inter-venção denominado Programa de Estimulação Cognitiva (PEC). O bolsista participou ativamen-te, sob supervisão, do planejamento e execução dos encontros, além da preparação de material de apoio ao mesmo. O PEC ocorreu em 8 en-contros semanais, com duas horas de duração, totalizando 16 horas e contou com a participação de seis idosos. Foi oferecido no Hospital Universi-tário da Universidade de São Paulo. O bolsista foi treinado e supervisionado pelos responsáveis do projeto para aplicação dos instrumentos padroni-zados de avaliação e reavaliação.Resultados alcançadosA partir das entrevistas com as terapeutas ocu-pacionais, foi possível reunir referenciais práticos no atendimento a idosos com CCL. O conteúdo destas entrevistas, em composição com a litera-tura levantada e estudada ao longo da bolsa, per-mitiu a proposição de uma intervenção a idosos com suspeita de CCL. Esta intervenção consti-tuiu-se como referência importante para o Labo-ratório Geron-TO na atenção a idosos com défi-cits cognitivos. O atendimento a esta demanda se mostrava necessário pois, ao mesmo tempo em que nos deparávamos com idosos com este perfil e não tínhamos uma proposta de interven-ção específica no âmbito do ensino e extensão, também identificávamos a escassez de serviços voltados a atender idosos com essa problemáti-ca. Esta intervenção privilegiou alguns aspectos

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avaliar a compreensão do paciente. As queixas foram divididas em queixas de fala, agrupando as queixas de alteração de fluência e as de tro-cas na fala, queixas de alteração na linguagem, agrupando as queixas centradas em atraso de fala, alteração de linguagem pós-AVC, entre ou-tras, queixas de alterações no desenvolvimento da leitura e da escrita, queixas de dificuldade de deglutição e/ou na alimentação de um modo ge-ral e queixas de dificuldades relacionadas a mo-tricidade orofacial. Primeiramente, foi realizada uma análise descritiva dos dados, portanto foram criadas tabelas para os anos em que foi feita a análise dos prontuários e cada tabela foi dividida nas categorias apresentadas anteriormente no método, portanto, gênero, idade, queixa e es-colaridade, cada uma delas foi passada para as tabelas da maneira como estavam escritas nos prontuários, depois que todas as tabelas foram preenchidas, as queixas foram analisadas. A aná-lise considerou através da porcentagem o tipo da queixa, a idade, o gênero e o tipo de alteração dos indivíduos que entraram na clínica fonoau-diológica no período de 2010 a 2013. A frequên-cia de ocorrência foi calculada da seguinte ma-neira: frequência de ocorrência = número total de casos/população.Resultados alcançadosNa análise dos resultados, foi observada a pre-dominância do gênero masculino em queixas de distúrbios da comunicação, corroborando com estudos anteriores, onde a predominância pode variar de 54% a 66%. A explicação para esta pre-dominância está centrada em fatores biológicos (maturação cerebral), fatores hormonais (níveis de testosterona) e fatores sociais. Em relação à escolaridade, foi possível observar que 35,7% dos sujeitos que frequentam a clínica escola da Universidade pertencem ao nível do ensino fun-damental I. Este dado pode ser explicado de duas maneiras: primeira, as queixas podem evi-denciar-se mais fortemente no período escolar, segunda, a baixa escolaridade da população es-tudada. Além disso, constatou-se que as queixas são, em sua maioria, centradas nas alterações de linguagem e nos transtornos fonológicos. Alguns estudos evidenciam que o fator que leva os fa-miliares a procurar o atendimento fonoaudiológi-co estão relacionados à prejuízos na produção verbal, como por exemplo, não fala, fala errado e troca letras na fala, áreas da Fonoaudiologia co-nhecidas pelo público leigo. As demais áreas fo-noaudiológicas foram menos procuradas, como disfonia, alteração do sistema miofuncional oral e alteração de leitura e escrita. A faixa etária pre-dominante no estudo foi infantil, de 3 a 14 anos. É de suma importância o estudo do perfil epide-miológico para que o fonoaudiólogo clínico possa conhecer a população à qual ele atende e, dessa maneira, traçar uma conduta mais específica de ações de promoção, prevenção e reabilitação da comunidade.

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Eficácia do Screening FonoaudiológicoCoordenadora Daniela Regina Molini Avejonas

Ações/atividades desenvolvidasA bolsista fez um levantamento de 225 prontu-ários de pacientes atendidos no Laboratório de Atenção Primária da Saúde, na Clínica de Fo-noaudiologia do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Facul-dade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), no período de março de 2010 a novem-bro de 2013. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FMUSP, processo nº 387/10, e todos os pais/responsáveis pelas crian-ças assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Os critérios de inclusão para participação do estudo foram: crianças com até cinco anos completos; com queixas fonoaudioló-gicas nas áreas de audição, voz, fala, linguagem e sistema miofuncional orofacial; com hipótese diagnóstica estabelecida e cujos pais assinaram o TCLE. No prontuário dos pacientes, a bolsista selecionou os dados referentes ao screening fo-noaudiológico, ao protocolo de fatores de risco (PIFRAL), ao protocolo de desenvolvimento de linguagem (PDL), além da idade, gênero, esco-laridade, queixa e hipótese diagnóstica. Após a tabulação em planilhas específicas, a bolsista e a orientadora analisaram os dados e discutiram os mesmos em relação à eficácia do screening fonoaudiológico e sua relação com os fatores de risco e escala de desenvolvimento de linguagem.Resultados alcançadosO estudo evidenciou que a amostra estudada foi predominante do gênero masculino, na faixa etá-ria entre 4 à 5 anos, de raça declarada branca pe-los pais e de nível sócio-econômico de classe C. A maioria dos sujeitos apresentou até 4 números de fatores de risco e com hipótese diagnóstica de alteração de linguagem. Houve predomínio de resultados alterados no PDL em indivíduos que obtiveram valores elevados em fatores de risco, o que foi verificado na taxa de correlação. Quan-to maior o número de fatores de risco, maior a alteração no desempenho de linguagem. E, por fim, o uso do protocolo PDL (screening fonoau-diológico) mostrou ser mais eficaz na detecção de alterações de linguagem na faixa etária entre 1 à 3 anos, sendo que na faixa etária entre 4 à 5 anos ainda precisa ser melhorado.

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Acordar-se – Sonas de Criação no Encontro entre Terapia Ocupacional, Artes Cênicas, Artes do Corpo e as Populações em Vulnerabilidade Social. Fase 6CoordenadoraEliane Dias de Castro

Ações/atividades desenvolvidasO projeto Acordar-se é uma parceria entre o cur-so de Terapia Ocupacional da Faculdade de Me-dicina e o curso de Artes Cênicas da Escola de

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Comunicação e Arte da USP, e desenvolve-se a partir das linguagens artísticas, em especial das artes cênicas e artes do corpo numa perspecti-va de cuidado construída no campo da cultura, acionando a experimentação dessas linguagens para pessoas em situação de vulnerabilidade so-cial, com deficiências físicas e intelectuais num espaço de cultura. Buscou-se promover a vivên-cia de atividades que propiciam a emergência do fazer autônomo, do ato criativo, da convivência social dos participantes e favorecer o acesso à produção artístico-cultural. Em um processo de auto-gestão, as estudantes de graduação em TO conduziram os encontros e as propostas de in-tervenção a partir da escuta e acolhimento das demandas dos participantes que ativaram a for-mulação de um projeto grupal, compartilhado e construído nos encontros. Com base no aprendi-zado de formação específica no desenvolvimento de ações em equipamentos da cultura, estabele-ceu-se contato com profissional especializado na proposta e participação no seminário de pesqui-sa do Laboratório de Arte, Corpo e Terapia Ocu-pacional, com supervisão da docente de Terapia Ocupacional envolvida. O trabalho junto ao gru-po estendeu-se por quatro anos com o fomento do Programa Aprender com Cultura e Extensão, com a participação de vários bolsistas e no 1° semestre de 2014, desenvolveu-se um trabalho coletivo que abarcasse as diferentes formas de contribuição e de fazer de cada participante, e também, que pudesse cuidar do processo de fi-nalização desta etapa do projeto junto ao grupo. Dessa maneira, ofertou-se múltiplas atividades: jogos e brincadeiras com o corpo e com a músi-ca, a realização de desenhos e pinturas, a organi-zação de uma festa, e o estabelecimento de mui-tas conversas a cada encontro. No decorrer do trabalho, a proposta de confecção de um mosai-co de papel que exigiu exercícios de imaginação para a composição do ambiente escolhido, pre-paração de materiais, escolha dos personagens/elementos e o envolvimento dos participantes em todo o processo, auxiliou na finalização das intervenções, momento no qual os participantes expressaram o desejo em continuar os encontros de maneira autônoma.Resultados alcançadosLevar um grupo formado por uma população com deficiência à produção de encontros no de-senvolvimento de linguagens artísticas foi uma conquista não prevista, porém possibilitada e efetivamente ocorrida. O bom trabalho desen-volvido pelos bolsistas participantes do projeto, a composição de ações transversais entre a Te-rapia Ocupacional e As artes Cênicas, o compro-misso efetuado no desenvolvimento do trabalho com o crescimento cultural dos participantes fo-ram frentes constantes para a abertura de novas condições de participação sociocultural da popu-lação, o que emancipou também o equipamento cultural envolvido. A experiência foi marcada por grande vitalidade e alegria nos encontros. A vasta pesquisa de atividades, a participação de outros profissionais no processo, o compromisso com a formação em ato dos estudantes, tudo isto junto

fez crescer o envolvimento, fortalecer o enfrenta-mento dos problemas e questões apresentadas pelo grupo e conduzir a experiência a um ponto de autonomização. Ao final, para fechar esta eta-pa do projeto, realizou-se um exercício de com-por conjuntamente um único mosaico de papel (projeto construído e acompanhado passo a pas-so pelas estudantes) a partir das diferentes ideias e formas de fazer, exemplifica a possibilidade de se construir um espaço onde as diferenças pos-sam conviver e se relacionar, e tanto o tema do mosaico quanto o seu processo de construção possibilitaram a constituição de um lugar comum a todos. Os estudantes apresentaram o trabalho no Congresso Brasileiro de Terapia Ocupacional em Florianópolis em 2013, na Jornada de Terapia Ocupacional do Curso de Terapia Ocupacional da USP em 2013 e também estão preparando um trabalho para a jornada de 2014 e também parti-ciparam ou ainda vão participar da apresentação do Encontro dos projetos do Programa Aprender com Cultura e Extensão da USP, experiências que afirmam um ganho acadêmico, científico e formativo que esta experiência proporcionou. O desenvolvimento do projeto funcionou também como referência para as ações práticas do Pro-grama Composições Artísticas e Terapia Ocupa-cional (PACTO) do Curso de Terapia Ocupacional da USP, fomentando discussões, debates e refle-xões sobre as intervenções práticas na interface arte, cultura e saúde e colocou em operação a necessidade de agenciamento entre profissionais e familiares de populações em situação de vulne-rabilidade da região, o que favoreceu e adensou a consistência da intervenção.

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Jovens e Adultos com Limitações para Realização de Atividades: Construindo Possibilidades de Participação no Mundo do Trabalho (Fase 2)CoordenadoraFatima Correa Oliver

Ações/atividades desenvolvidasForam realizados encontros mensais com usu-ários e familiares com o objetivo de: abordar temas referentes à inclusão no mundo do traba-lho, sensibilizar familiares com relação ao tema, promover a troca de informações entre os par-ticipantes, compartilhar vivências, percepções e dúvidas. A assistente social da Unidade Básica de Saúde participou de encontros com as famí-lias, que, embora compreendam a importância do trabalho para as pessoas com deficiência (PCD), se sentem inseguras quanto à inclusão do familiar no mundo do trabalho. Através de visitas e participação em eventos, as PCD conheceram projetos de Economia Solidária e Escolas de Qualificação Profissional da região, experiências práticas, que se mostraram produtivas e inéditas em suas vidas. Os serviços visitados foram: Liga Solidária, que oferece cursos profissionalizantes na região, Projeto Ponto de Cultura e Geração de Renda do Butantã – CASA, Feira de Economia

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Solidária – ECOSOL, Centro de Apoio ao Tra-balhador – Lapa, para participar em palestras sobre empregabilidade e em cadastramento e Feira de Artesanato da USP. O contato com empresas da região viabilizou a contratação de seis jovens com deficiência, por meio da Lei de Cotas para as PCD, que foram empregados em rede de lanchonetes e rede varejista de roupas. Foram realizados acompanhamentos individu-ais dessas pessoas e seus familiares durante o processo inicial de contratação e adaptação ao trabalho, principalmente no que se refere a: aces-so a laudos médicos, apoio no deslocamento entre domicilio e local de trabalho, auxilio direto nas atividades laborativas (adaptação das ativi-dades) e contato com gerentes para apoiar even-tuais dificuldades identificadas no cotidiano do trabalho. Atualmente, as PCD empregadas são convidadas a participar de reuniões mensais para discussão e apoio à permanência no trabalho. Da mesma forma, dois jovens com limitações foram acompanhados no processo de inclusão e per-manência em cursos profissionalizantes. Através do contato com diversos serviços e profissionais da região, procurou-se fomentar a constituição de uma rede de serviços intersetoriais de apoio à inclusão de pessoas com limitações no mundo do trabalho, composta por profissionais das áre-as de saúde, educação, assistência social, edu-cação profissional e trabalho com objetivo de dis-cutir e criar propostas alternativas para viabilizar a qualificação e a inclusão da PCD no mundo do trabalho. Em 2014 foram realizados dois fóruns regionais sobre o tema.Resultados alcançadosA grupalização das pessoas possibilitou compar-tilhar experiências, desejos e fortalecer projetos individuais e coletivos de inclusão no mundo do trabalho, sendo fundamental que apoios fa-miliares e institucionais sejam oferecidos. O en-volvimento dos participantes em visitas a servi-ços, projetos de economia solidária, escolas de qualificação profissional, foram considerados momentos de aprendizado, reconhecimento de potencialidades e participação social, como tam-bém um exercício de fruição dos recursos públi-cos do território e rompimento com a situação de isolamento social, presente na vida de muitas das pessoas participantes do projeto. O apoio às pessoas e familiares nos momentos iniciais do processo de inclusão no trabalho mostrou--se fundamental para a continuidade das expe-riências. Esses apoios oferecidos pela equipe do projeto e pelas famílias foram facilitadores da permanência de alguns jovens no trabalho. Sabe--se que houve poucos avanços no que se refere a mudanças nas características das atividades profissionais realizadas, pois ainda há resistên-cia, por parte das empresas, em adequá-las ao perfil do trabalhador. Porém identificamos em-presas mais inclusivas, como a rede varejista de roupas, que tem se mostrado sensível e respon-sável na condução do processo de inclusão de seis jovens com deficiência. Por parte dos jovens, observa-se a satisfação com relação ao trabalho desenvolvido, reconhecimento social através do

trabalho, principalmente no âmbito familiar, maior autoestima, estabelecimento de bons contatos sociais entre os colegas de trabalho, bem como a alegria de gerar renda e auxiliar financeiramente à família. A constituição de um Fórum regional de apoio à inclusão de PCD tem sido muito impor-tante para fomentar a articulação de uma rede intersetorial para desenvolvimento de alternativas de inclusão no mundo do trabalho. No âmbito do serviço de saúde onde o projeto tem se desen-volvido observa-se a importância do trabalho co-laborativo das equipes de saúde, na discussão e elaboração dos laudos médicos e no seguimento das PCD e suas famílias. No âmbito a participa-ção de estudantes promove a oportunidade de aumentar a vivência pessoal e acadêmica em experiência real junto às PCD e sua possível vin-culação às atividades de trabalho, bem como de participar de articulação de rede intersetorial, que favorece construção de conhecimento comparti-lhado entre PCD, familiares, estudantes, docente e terapeutas ocupacionais.

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Jovem Doutor – Ambiente Interativo de Aprendizagem em Saúde para eHealth, Telecentros e Espaços Culturais de CiênciaCoordenadorChao Lung Wen

Ações/atividades desenvolvidasFoi estruturado um curso por teleducação intera-tiva usando conteúdos produzidos na 2ª série da Geração Saúde, pela Disciplina de Telemedicina em conjunto com TV Escola/MEC, abordando 13 assuntos diferentes sobre saúde, categorizados nos eixos de sexualidade e métodos contracepti-vos, DST, Saúde Oral e Saúde Nutricional. Foram inclusos no ambiente educacional 50 vídeos, 10 infográficos e 13 roteiros científicos e das dra-maturgias como textos de leituras complemen-tares e criada uma biblioteca com 54 vídeos complementares com outros temas de saúde. O treinamento das monitoras foi realizado du-rante o segundo semestre de 2013, organizado nas seguintes fases: Familiarização do conteú-do; elaboração de uma síntese dos pontos mais significativos; acompanhamento da Inclusão dos conteúdos na plataforma; debate sobre os con-teúdos; participação na definição da dinâmica do curso, e participação na definição das res-ponsabilidades das monitoras como líderes de grupo. Em Janeiro de 2014 foram feitos o plane-jamento e a sistematização do curso a distância com a participação das monitoras, e produção de informativos para divulgações do curso. Em fevereiro foram feitas divulgações do curso por e-mail, rede social e para a mídia pela equipe de Comunicação da disciplina de Telemedicina. No período de 03/03/2014 a 30/04/2014 foi realiza-do o curso do Projeto Jovem Doutor – Educação e Promoção de Saúde por Meio de Teleducação Interativa, que teve 334 inscritos, com média de acesso à plataforma educacional superior a 180

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acessos/dia. Cada monitora, como líder de gru-po, assumiu a responsabilidade por um grupo de 55 alunos, com a tarefa de participar de reuniões semanais para apresentação e discussão das dúvidas mais frequentes dos alunos do curso com as responsáveis científicas dos temas. Cada líder de grupo foi responsável pela supervisão dos seus grupos do curso, pelo acompanhamen-to das dúvidas recorrentes do sistema de votador de dúvidas, pela pesquisa e levantamento de da-dos, por uma dúvida semanal para discussão na reunião semanal para fins de gravação de vídeos de síntese aos alunos do curso, e para elabora-ção de Noticiário Síntese (foram elaborados seis noticiários). Para as interações entre as monitoras foi criado um grupo no aplicativo para smartpho-ne WhatsApp. A interação para elaboração de consenso para as respostas para as perguntas mais frequentes geraram 560 mensagens por WhatsApp e 285 e-mails internos.Resultados alcançadosFoi realizado um curso de capacitação por EaD, no período de 03 de março e 30 de abril de 2014. O curso teve 334 inscritos de 18 estados, com maiores participações de São Paulo (80%), BA (4,49%) e MG (3,35%), sendo 42% de estudan-tes e professores de ensino fundamental e mé-dio. A média foi de 180 acessos/dia ao ambiente educacional, 211 inscritos (63%) participaram constantemente das atividades educacionais e 85 inscritos foram aprovados ao final do curso. 1) Foi estruturado por Teleducação Interativa o que possibilitou a participação a nível nacional; 2) O uso de plataforma educacional possibilita acompanhamento dos perfis de aprendizagem; 3) A disponibilização de materiais educacionais, com uso de histórias de ficção dramatúrgica para aproximar a realidade cotidiana, encadea-das com debates, entrevistas e sínteses usan-do computação gráfica é um modelo inédito; 4) A sistemática envolveu a participação ativa das monitoras como líderes de grupo em pesquisa e produção de sínteses a partir da identificação das dúvidas mais recorrentes dos participantes em cada tema; 5) 21,17% tiveram interesse em difundir o conhecimento nas suas comunidades, solicitando kits do curso; 6) O curso estimulou a curiosidade, com 25% de acessos aos materiais complementares, que não faziam parte da carga programática obrigatória do curso. As monitoras tiveram experiência de trabalho em grupo (pa-pel de chefia editorial e papel de colaboradora), aprendizado de temas que ainda não faziam par-te da grade curricular (flexibilização e expansão da aprendizagem), e tiveram experiência em pes-quisa de literatura e discussão das dúvidas com professores orientadores. A interação entre as monitoras foi muito ativa em período fora do ho-rário do curso, o que significou aumento do pe-ríodo de aprendizagem. A responsabilidade pela elaboração dos noticiários de síntese, sob orien-tação de jornalistas, proporcionou aprendizado de comunicação em saúde (textos sintéticos, cla-ros e de entendimento fácil). As monitoras apren-deram a sintetizar texto e identificar informações significativas. Fizeram interação ativa entre si para

discutir sobre os assuntos do curso em período extra curricular e a trabalhar em equipe. Apren-deram sobre assuntos mesmo antes da grade curricular, e tiveram experiência em pesquisa na internet e na preparação de debates.

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Prevenção de Doenças Ocupacionais Através de Orientação Postural e Grupos Terapêuticos em Funcionários da Divisão de Alimentação/Nutrição da SAS-USPCoordenadoraRaquel Aparecida Casarotto

Ações/atividades desenvolvidas– Reunião com as nutricionistas responsáveis pe-los restaurantes da Divisão de Alimentação SAS--USP e com a co-responsável pelo projeto para apresentar os envolvidos, discutir horários do programa e esclarecer dúvidas; – Visitas e obser-vações aos postos de trabalho para conhecer as tarefas realizadas pelos trabalhadores, os postos e os diferentes instrumentos de trabalho. Estas atividades permitiram orientar os trabalhadores baseando-se na realidade de trabalho e assim desenvolver programas de exercícios de alonga-mento, força, relaxamento e equilíbrio mais ade-quados para esta população; – Desenvolvimento de aulas semanais de duração de 20 minutos com exercícios de fortalecimento, alongamento e relaxamento muscular, de equilíbrio e minimiza-dores do stress. Orientar os trabalhadores, princi-palmente sobre as lesões por esforços repetitivos e alterações posturais; – Capacitar multiplicado-res a desenvolver os programas de exercícios no trabalho quando estiver ministrando o programa em outras unidades; – Reuniões de planejamento e análise das atividades com o supervisor da bol-sa; – Realizar atividades em grupo para minimizar as dores musculoesqueléticas e autocuidados posturais no trabalho e em casa.Resultados alcançados– Houve uma boa adesão ao programa nos res-taurantes Central e Clube dos professores. No total, 33 funcionários se interessaram em parti-cipar da atividade. Destes, 22 participaram efeti-vamente das sessões dos grupos; – Não houve uma boa adesão ao programa no restaurante da Física. No total, 7 funcionários se interessaram em participar da atividade. Destes, 5 participaram efetivamente das sessões dos grupos; – Com a aplicação do Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares e fazendo o cálculo de média e desvio padrão do número de segmentos corpo-rais com dor antes e depois do programa obtive-mos os seguintes resultados: 5,04 ± 1,77 e 5,09 ± 1,97. Não houve diferença entre o número de segmentos acometidos antes e depois do pro-grama. Conclui-se que o programa sozinho não consegue melhorar a situação. Há necessidade de outras intervenções ergonômicas no posto de trabalho para diminuir a dor nos segmentos cor-porais. No entanto, no período de realização do programa, não houve nenhum afastamento dos

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trabalhadores que participaram deste por proble-mas musculoesqueléticos, podendo concluir-se que embora não tenha havido uma melhora de dores nos segmentos corporais, o programa foi efetivo para auxiliar os trabalhadores a permane-cer na sua atividade laboral. Como os trabalha-dores possuem média de idade de 49 anos, o fato de não se afastarem pode ser um indicativo de que o programa obteve sucesso na perma-nência dos trabalhadores nos seus postos de tra-balho; – Resultados Secundários e Controlados Através de Relato Verbal: – Melhora nas relações interpessoais no trabalho; – Houve uma melhor compreensão da funcionalidade do corpo e suas limitações; – Estimulação da criatividade; – Hou-ve uma melhor compreensão das patologias do sistema musculoesquelético e como pode ser feita a analgesia caso haja a presença de dor; – Alívio do stress e aumento da motivação; – Os funcionários relataram verbalmente uma melhor qualidade de vida no trabalho e em casa. Tam-bém relataram que se sentiam melhor imediata-mente após a aplicação do programa, mas que as dores e desconfortos voltam após um tempo do término dos exercícios.

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Programa de Exercícios Físicos e Respiratórios para Pacientes com Disfunções RespiratóriasCoordenadorCelso Ricardo Fernandes de Carvalho

Ações/atividades desenvolvidasEm agosto e setembro de 2013, acompanhou o atendimento dos pacientes com doença pulmo-nar obstrutiva brônquica (DPOC) no ambulatório de reabilitação pulmonar do Hospital das Clínicas da FMUSP. Após o atendimento tradicional des-tes pacientes, a Nathalia orientava a prática de exercícios respiratórios do Yoga (Pranayamas) divididos em 2 momentos que consideramos os mais adequados ao paciente considerando. Na 1ª fase, a Nathalia ensinou respiração diafrag-mática para incorporação nos demais pranaya-mas; a respiração ritmada em tempos diferentes (iniciando com a proporção 2:4:6 tempos e pro-gredindo com o treino para os tempos 3:6:9) e a Sitali (inspiração nasal e expiração pelo nariz) que favorece a respiração mais adequada e o uso do diafragma. Infelizmente, a Nathalia teve que interromper a participação no projeto e não foi possível chegar à segunda fase do progra-ma. Os pacientes eram orientados pela Nathalia a repetir os exercícios respiratórios em casa ao menos uma vez por dia e também quando esti-vessem passando por uma crise respiratória por esforço excessivo e/ou momento de ansiedade ou depressão, bastante comuns nestes pacien-tes. Com essa sequência esperávamos uma melhora no padrão respiratório basal diminuindo o uso da musculatura acessória para respirar e principalmente um maior controle da respiração, ou seja, aprender a controlar a respiração cons-cientemente através dos exercícios e aplicar esse

conhecimento em uma situação de crise de falta de ar se recuperando mais rápido sem ficar mais ansioso agravando o quadro. O acompanhamen-to foi feito em pacientes e os sinais vitais (frequ-ência cardíaca [FC] e saturação periférica de oxi-gênio [SpO2]) eram medidos antes e após cada exercício respiratório. Quanto à SpO2, foi obser-vado que, durante a prática dos exercícios, os pacientes apresentavam um aumento da SpO2. Foi também observado que até que o paciente aprendesse adequadamente a realizar os exercí-cios, ele poderia, eventualmente, manter ou apre-sentar uma leve queda da SpO2. Nestes casos, o paciente estava aprendendo aquela respiração. Quanto à frequência cardíaca, foi observado um aumento nas primeiras vezes que o paciente aprendia cada respiração, mas, com a prática, ele apresentava sua redução. Acreditamos que isto possa estar ligado ao nervosismo do apren-dizado que alterava os sinais vitais.Resultados alcançadosComo mencionado acima, a Nathalia só ficou no projeto por dois meses e não foi possível obter resultados consistentes. Porém, como ela é aluna do terceiro ano do Curso de Fisioterapia, ela teve a experiência de vivenciar pacientes num mo-mento mais precoce da sua formação. Quanto aos pacientes, podemos verificar que eles apren-deram os exercícios e relataram maior facilidade para respirar (menos falta de ar). Além disto, dois dos cinco pacientes avaliados pela Nathália infor-maram que recorreram à prática dos exercícios durante momentos de crise de falta de ar. Interes-sante notar que a Nathália teve uma grande faci-lidade em lidar com os pacientes apesar da sua inexperiência clínica e foi uma pena que ela tives-se que interromper sua participação no projeto.

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Análise da Introdução de Copos de Transição Junto a Crianças de 0 a 2 anos de Idade que Frequentam CrechesCoordenadoraMariangela Lopes Bitar

Ações/atividades desenvolvidasO projeto de pesquisa foi apresentado às coorde-nações das instituições e as diretoras assinaram o termo de anuência. Participaram três instituições de educação infantil localizadas na região Oeste da cidade de São Paulo e que atendem crian-ças com idades entre 0 e 2 anos; todas mantém parceria como Laboratório de Investigação Fono-audiológica em Promoção da Saúde (LIF ProSa) do Curso de Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina da USP e são administradas pela Su-perintendência de Assistência Social (SAS-USP). Em decorrência do envolvimento limitado da aluna bolsista e de sua desistência, concretiza-da apenas em 14/02/2014, diversas atividades previstas foram realizadas parcialmente e outras nem puderam ser iniciadas. O questionário que seria elaborado e enviado aos pais para que se obtivessem informações sobre gestação e parto e também sobre todo o processo de alimentação

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da criança em casa até o momento foi apenas esboçado, após levantamento da literatura sobre o tema. Assim sendo, não pôde ser enviado aos pais. Também não foi traçado o perfil deste grupo de crianças em relação ao desenvolvimento da motricidade orofacial e aspectos da alimentação delas na creche, pois apenas uma parte das ob-servações previstas foi realizada. Foram levanta-dos parcialmente junto às técnicas de nutrição os utensílios dos momentos de alimentação e os dados sobre o momento de sua introdução e as faixas etárias aos quais são oferecidos; uma par-te desses utensílios pôde ser fotografada.Resultados alcançadosInfelizmente os resultados preliminares foram muito incipientes para que possam ser conside-rados e discutidos com as equipes das creches e com as famílias. Pretende-se retomar e finalizar este trabalho em oportunidade próxima, princi-palmente pelo fato de que é uma demanda im-portante das instituições, que atendem crianças com até dois anos de idade.

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O Diálogo com Diferentes Formas de Conhecimento para o Enfrentamento das Questões que Envolvem a População com HanseníaseCoordenadoraMaria do Carmo Castiglioni

Ações/atividades desenvolvidasOs bolsistas desenvolveram além das ativida-des previstas, na medida em que acompanha-ram a disciplina Práticas Supervisionadas e/ou a pesquisa, qualificar a demanda e conhecer as trajetórias das pessoas com hanseníase: con-tribuições para as políticas públicas de saúde bem como seus desdobramentos. Fizeram ca-pacitação para essa empreitada; Observaram a dinâmica do ambulatório de dermatologia/han-seníase do HCFMUSP; Participaram de reuniões preparatórias, de reuniões avaliativas e reuniões de esclarecimentos; Acompanharam as ações para tratamento clínico dos casos de hanseníase; Observaram o grupo de acolhimento coordenado pela psicóloga; Colaboraram nas intervenções re-alizadas pela terapeuta ocupacional: escuta qua-lificada, orientação quanto ao autocuidado, ava-liação neurológica simplificada; Tomaram parte em todos os estudos propostos na pesquisa: ca-racterização da população com hanseníase aten-dida no ambulatório através da aplicação de um questionário nos prontuários e com os pacientes; transcreveram as entrevistas dos profissionais do ambulatório; participaram das entrevistas coleti-vas com as pessoas com hanseníase que visava abordar de forma mais aprofundada as implica-ções psicossociais decorrentes da elucidação diagnóstica; estudo das produções bibliográficas para conhecer as tendências dos temas relacio-nados à hanseníase. Organizaram o material do projeto; Elaboraram o relatório final.

Resultados alcançadosHouve envolvimento, comprometimento e iniciati-va dos bolsistas em cada pré-tarefa, bem como na execução e desdobramento de cada ação em cada etapa. Ficaram sensibilizados quanto à complexidade que envolve a problemática da pessoa com hanseníase e entenderam como é fundamental ações interdisciplinares, a capitação dos profissionais de saúde desde a graduação. Avaliaram como essencial a implementação das políticas públicas.

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Desenvolvimento de Competências para a Prática Interprofissional Colaborativa em uma Atividade de Extensão UniversitáriaCoordenadoraAna Claudia Camargo Gonçalves Germani

Ações/atividades desenvolvidasComo previsto, foi realizado um estudo transver-sal, com aplicação de questionário digital. Inte-ressante pontuar que o modelo inicial proposto pela pesquisadora, foi revisado e incrementado pela aluna bolsista e com parceria estabelecida com outra docente, do curso de fisioterapia e aluna de Iniciação Científica do mesmo curso. O trabalho de formulação do questionário envolveu dois meses de trabalho e reuniões para discus-são dos referenciais teóricos adotados: – Brasil, Caderno do Especializando Curso Ativação de Processos de Mudança na Formação Superior de Profissionais da Saúde. Ministério da Saúde, 2012; – Interprofessional Education Collaborative Expert Panel. Core competencies for interprofes-sional collaborative practice: Report of an expert panel. Washington, D.C.: Interprofessional Edu-cation Collaborative. 2011. O questionário final foi composto por: 1) Características demográficas: a) identificação do aluno (sexo, idade, curso da graduação, período do ano letivo ao responder o questionário); 2) Competências gerais para o cuidado à saúde (12 competências definidas a partir de material utilizado pelo Ministério da Saúde, na formação de ativadores de mudança); 3) Competências em Comunicação (com foco na comunicação interprofissional, adotando 8 competências sugeridas em referência estaduni-dense); e 4) Relato descritivo sobre uma compe-tência desenvolvida na JUS. Após levantamento do banco de dados dos participantes da JUS ao longo de 2010 a 2012, período que caracteriza o ciclo da JUS, 151 estudantes foram convidados e entre eles 101 (67%) responderam. Para tan-to, a bolsista realizou tentativas de contato por e-mail e redes sociais (ação que contribui para aumento expressivo de respondedores). O banco de dados obtido foi analisado pelas bolsistas, em conjunto com as docentes. Os resultados preli-minares foram sintetizados pela bolsista na forma de resumos para eventos científicos. Tais produ-tos foram submetidos e apresentados no Sim-pósio de Iniciação, no XXVIV Fórum Nacional de Ensino em Fisioterapia e, aguardam resultado de

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aprovação ou não no evento internacional Cana-dian Conference on Medical Education (CCME).Resultados alcançadosEntre os 151 alunos, 101 (67%) responderam o questionário ( 83 mulheres – 83%) e 28 (28%) deles eram coordenadores. A amostra foi hete-rogênea, composta por 21 alunos de curso de graduação de Nutrição, 19 de Fonoaudiologia, 18 da Enfermagem, 15 da Terapia Ocupacional, 14 da Medicina e Fisioterapia. Quarenta e seis participaram apenas uma vez da JUS e 41 deles, duas vezes. A auto-percepção de competência foi positiva em relação às 8 competências in-vestigadas. Comunicação focada no paciente e na comunidade teve a maior média de 8,7 (DP 1,5), enquanto o Escolher ferramentas e técnicas efetivas de comunicação para facilitar interação a menor média (7,8, SD 2.0). Houve diferenças en-tre participante e coordenador (líder) que tiveram escores mais elevados.

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O Papel das Praças na Melhoria da Saúde Urbana: A Experiência do Movimento Boa Praça e a Praça Amadeu DecomeCoordenadoraThais Mauad

Ações/atividades desenvolvidasO objetivo do Movimento Boa Praça é a ocupa-ção e requalificação de espaços públicos. É um Movimento comunitário que há seis anos atua majoritariamente em três praças da Zona Oeste de SP. O movimento foi pioneiro na ocupação ro-tineira de praças, que se disseminou pela cidade nos últimos dois anos, o que muito nos alegra. É muito mais comum agora ver pessoas fazendo piqueniques e festas de aniversário em praças do que há 6 anos atrás. No período de 2013-14 o projeto Movimento Boa Praça apoiado pelo pro-grama Aprender com Cultura e Extensão, execu-tou atividades contínuas, na forma de piqueni-ques comunitários associados a eventos culturais em praças da zona Oeste de SP (incluindo a praça Amadeu Decome) e em alguns eventos na periferia de São Paulo, sempre com o objetivo do uso e requalificação do espaço público. As ações realizadas neste período que envolveram os alunos foram as abaixo. 2013 Agosto: horta comunitária na Praça Francois Belanger; oficina de grafitti na caixa de água da horta, organizada pelo aluno Cayo Trigo. Setembro: aniversário de 5 anos do MBP, Praça da Corujas; Feira de tro-cas infantis, oficina de ervas e grupo Babado de Chita. Outubro: Piquenique de repensar a praça Amadeu Decome junto à comunidade, a possibili-dade de reforma, maior desafio atual. Aluno Cayo Trigo fez oficina de pipas. Participamos ainda da Bienal de Arquitetura de SP com o tema Design de Interesse Público – estudo de caso da praça Amadeu Decome, e da oficina Cidade Polifônica na Casa das Caldeiras, ambas com a participa-ção de apoio do aluno. Dezembro: Piquenique na Praça François Belanger, almoço coletivo, com

alimentos que seriam desperdiçados. Cayo Trigo ajudou a refazer o portão do parque infantil. 2014 Fevereiro: Evento comunitário em praça de Erme-lino Matarazzo, na Zona Leste. O aluno fez oficina de bolinha de gude com as crianças e construiu banco na praça. Julho: Piquenique comunitário na Praça Waldir de Azevedo, na Zona Oeste. O aluno realizou oficina de capoeira. Agosto: MBP participa da Virada Sustentável, Largo da Batata. Aluno Cayo Trigo organizou oficina de skate. Para fotos, veja Movimento Boa Praça no facebook e <www.movimentoboapraca.com.br>.Resultados alcançadosO Movimento Boa Praça participou ativamente da redação do projeto de Lei n.289-2013 do ve-reador e professor da USP Nabil Bounduki so-bre gestão participativa de praças, que precisa ainda entrar em votação na Câmara Municipal. A fundadora do MBP Cecilia Lotufo foi eleita a Cidadã Sustentável do Ano na Virada Sustentável de 2014 e também Conselheira Participativa Mu-nicipal. Dois dos membros do MBP foram eleitos membros do CADES da Subprefeitura de Pinhei-ros em 2013. O MBP foi responsável também por construir bancos confortáveis em vários locais da cidade, aproveitando-se os bancos sem encosto, de cimento que imperam na cidade, tornando-se referência no assunto. Foram construídos bancos no Largo da Batata, na avenida Paulista, na Pra-ça das Corujas e em frente ao Instituto da Crian-ça. O aluno Cayo Trigo ajudou a construir um dos bancos em Ermelino Matarazzo, zona Leste de São Paulo. Finalmente, a própria prefeitura de SP reconheceu recentemente o trabalho do MBP ao reativar o programa de zeladoria de praças. Pa-lavras da subprefeita Nádia Campeão: Além dos Zeladores das Praças e termos de cooperação, precisamos da participação das comunidades. Há dois bons exemplos disso: Movimento Boa Praça e o Instituto Elos. Agradecemos a oportuni-dade fornecida pela Pró-Reitoria de Cultura e Ex-tensão pelas bolsas fornecidas, esperando que tenha sido uma boa oportunidade de treinamento de trabalho comunitário para nossos alunos.

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Grupos Comunitários de Saúde MentalCoordenadoraSonia Regina Loureiro

Ações/atividades desenvolvidasOs Grupos Comunitários consistem em uma proposta de intervenção em Saúde Mental que se estrutura a partir do compartilhamento de ex-periências cotidianas consideradas relevantes no âmbito da Saúde Mental. Esses grupos ocorrem com a participação aberta a usuários de serviços psiquiátricos, familiares, profissionais de saúde mental e membros da comunidade. Tal programa inclui Grupos Comunitários semanais realizados no interior do Hospital Dia da FMRP-USP (HD) e como atividade anual é realizado o Encontro dos Grupos Comunitários de Saúde Mental, em local amplo, com uma divulgação estendida, procu-rando-se atingir um maior numero de pessoas. Durante todo o período, as atividades do projeto foram coordenadas e supervisionadas pelos co-ordenadores, desde o planejamento das tarefas rotineiras, Encontro Anual, até o desenvolvimen-to do trabalho de pesquisa exigido no projeto de Cultura e Extensão. Considera-se que no período de agosto de 2013 a julho de 2014 o Programa Grupos Comunitários de Saúde Mental, nas suas diversas modalidades de atividades, realizou um número considerável de atividades (33) e atingiu um extenso número de participantes (1149), cum-prindo integralmente o seu papel de desenvolver ações junto à comunidade no sentido de cuidado com a saúde mental sob duas dimensões, educa-tiva e terapêutica. Além dessas atividades, com a ajuda de uma das bolsistas foi feita a transição do blog dos grupos comunitários para um site, o que favoreceu uma maior divulgação do programa; as bolsistas participaram da confecção de um ban-co de dados de profissionais e serviços de saúde mental com alcance nacional, visando o encami-nhamento de material de divulgação do progra-ma; procederam a elaboração de um arquivo para a organização do encontro anual de 2014, no que diz respeito a patrocínios e hospedagem/instru-ções sobre a USP para participantes que não são de Ribeirão Preto; e ainda auxiliaram na resolução de problemas técnicos do site.Resultados alcançadosA estrutura dos encontros permitiu a participação de até 50 participantes em reuniões semanais, e de cerca de 250 pessoas em um evento anual. Entre o público participante estiveram presentes usuários de serviços de saúde mental, familiares, estudantes e profissionais de saúde e membros da comunidade em geral. Considera-se que o al-cance do programa quanto à extensão de serviço à comunidade atendeu plenamente aos objetivos propostos. A participação ativa das bolsistas nas diversas modalidades de atividades favoreceu a aprendizagem prática, a qual foi complementada por leituras e por um trabalho de sistematização das informações sob a forma de um relatório, o que ajudará na organização das próximas ativi-dades. Considera-se que foram atingidos plena-mente os objetivos e metas propostas quanto: a) as atividades de extensão à comunidade, as

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quais carecem de práticas comunitárias de saúde mental, e b) quanto à aprendizagem e formação profissional dos alunos que puderam participar de experiências concretas de ações na comunidade e de sistematização do conhecimento advindo de tais atividades. No período de agosto de 2013 a julho de 2014 o Programa Grupos Comunitários de Saúde Mental, nas suas diversas modalidades de atividades, realizou um número considerável de atividades (33) e atingiu um extenso número de pessoas (1149), cumprindo integralmente o seu papel de desenvolver ações junto à comunidade no sentido de cuidado com a saúde mental sob duas dimensões, educativa e terapêutica. Desta-ca-se ainda, que a participação de dois bolsistas junto ao Programa permitiu a transformação do blog dos grupos em um site, o que contribuiu para maior visibilidade do programa, além de te-rem realizado atividades de suporte a organização do evento e organizado um amplo banco deda-dos de profissionais e serviços de saúde mental, com vistas na divulgação do programa.

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Grupos de Expressão e Convivência – Ações de Terapia Ocupacional na Ampliação das Redes Sociais e Promoção de Saúde Mental de Idosos na Atenção BásicaCoordenadoraAdriana Sparenberg Oliveira

Ações/atividades desenvolvidasO método utilizado é participativo em grupo, no qual foi escolhido a participação em um grupo de oficina de dança que aconteceram no período de 01/08/2013 a 31/07/2014. Até o momento foram realizados trinta e seis encontros da Oficina de Dança, acontecendo às terças-feiras das 8h30 às 10h. A Oficina era planejada pela bolsista (en-volvida na Oficina de Dança), alunas voluntárias e coordenadoras durante as supervisões. Nos en-contros da Oficina havia uma sequência pré-defi-nida, porém poderia haver mudanças na ordem. Iniciamos com uma conversa, recepcionando-os, perguntando se estavam bem, o que fizeram durante o final de semana, como passaram a semana, um momento também para dar reca-dos quando havia ou relembrá-los. O segundo momento é o alongamento, com o envolvimento de bolsista e voluntárias, em seguida realizamos alguma atividade proposta na supervisão que tra-balha com alguma questão do grupo. Após a re-alização dessas atividades ensinamos os passos de um ritmo previamente escolhido por eles no início de cada semestre. Os participantes dança-vam, e tentavam realizar os passos, pois na Ofici-na não há a intenção que se formem dançarinos profissionais, porque não ensinamos a técnica específica da dança, sendo que o real objetivo da Oficina é o convívio social e a promoção de saúde. Para finalizar a Oficina fazíamos um relaxamento, podendo ser meditativo, uma mensagem, uma música ou até mesmo massagem circular para o maior envolvimento do grupo. O gerenciamento

da oficina era realizado de forma que a bolsis-ta coordenava o grupo, propunha a elaboração e pesquisa das atividades com objetivos espe-cíficos e era de sua responsabilidade pesquisar passos dos ritmos escolhidos, bem como rela-xamentos, alongamentos e o arquivamento de musicas utilizadas. A cada início de semestre foi realizado um planejamento em conjunto com o grupo, no qual os participantes opinavam e suge-riam o que poderia ser feito, como por exemplo, os ritmos a serem ensinados e atividades extras. Também foram realizadas avaliações da Oficina de Dança em que perguntávamos como eles se sentiam em relação ao grupo, se tinham suges-tões, criticas e como avaliariam a oficina. Toda semana eram realizadas supervisões juntamente com as voluntarias e bolsista, para preparar e ser orientadas dos encaminhamentos a serem toma-dos nos demais encontros da Oficina.Resultados alcançadosAlcançou-se a ampliação da rede social de su-porte, o convívio social e o estreitamento dos vínculos, melhorou a relação interpessoal, desen-volveu novas habilidades como a comunicação, a expressão corporal e a expressão dos próprios sentimentos, possibilitou uma maior autonomia, se tornaram cientes que são seres possíveis de responderem por si e realizarem escolhas. Mos-tra-se uma grande eficácia a utilização de grupos, reafirmando a opção por esta prática terapêutica ocupacional, pois muitos dos resultados con-quistados foram frutos das ações desenvolvidas em grupo, questões que individualmente não seriam trazidas tanto pelos participantes, quanto pela relação estabelecida. As atividades permiti-ram trabalhar aspectos e questões como a co-municação não verbal, quanto a verbal, em que a dança por si só não permitia, mas que se fez necessária na convivência do grupo, possibilitan-do até mesmo um autoconhecimento individual e grupal. Através das atividades podemos conhe-cer o perfil de cada participante, seus gostos, como se expressam sobre determinado assunto, o que pensam sobre. Quando foram introduzidas as atividades no grupo, observou uma melhora na relação deles, antes era um grupo fechado e que seguia regras rigorosas. O grupo teve outra dinâmica quando introduziu as atividades, antes era um grupo fechado, os participantes deveriam seguir as regras rigorosamente, mesmo com a saída de alguns não era permitida a entrada de novos, com a nova dinâmica que foi se estabe-lecendo um processo de mudança, o grupo que era fechado se tornou aberto, permanecendo com regras, porém sendo mais maleável, permi-tindo a entrada de novos indivíduos, no qual os participantes se sentem mais a vontade para se expressar e comunicar-se tanto questões subjeti-vas quanto das relações interpessoais existentes no cotidiano e no grupo. Os benefícios propor-cionados pela Oficina de Dança são notados e relatados com muita alegria e satisfação pelos próprios participantes, tornando ainda mais gra-tificante a realização de Projetos do Programa Aprender com Cultura e Extensão e a participa-ção na Oficina de Dança.

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vidas, incluindo o lazer, descontração, melho-rando o sono e o descanso. Os grupos podem ser caracterizados como grupo de atividades e foram realizadas atividades em cada atendimen-to visando aos objetivos do Projeto Favorecer o reconhecimento de outros papéis além do papel de cuidador. Permitir a expressão de necessida-des cotidianas diante do enfrentamento da tarefa de cuidar de criança/adolescente com deficiên-cia/necessidades especiais; Favorecer o desen-volvimento de habilidades para o enfrentamento do cotidiano alterado pela presença de criança/adolescente que requer atenção diferenciada e especial; A reestruturação de rotina, com diver-sificação de atividades e descoberta de habilida-des. As atividades desenvolvidas em cada grupo envolveram jogos, artesanato, atividades expres-sivas, atividades corporais, rodas de conversa, celebração de datas festivas. Ao longo do perí-odo foram realizados 314 atendimentos e a fre-quência média foi de 4,4 cuidadores por grupo, envolvendo um total de 35 cuidadores. Estudan-tes envolvidos (bolsistas e voluntários) receberam supervisões semanais.Resultados alcançadosEm relação à população atendida (cuidadores), os relatórios produzidos de cada atendimento permitiram a identificação dos seguintes resul-tados (mencionados pelos cuidadores nas ava-liações das atividades realizadas): 1) perceber a necessidade de olhar para sua saúde e entender a importância do cuidar de si mesmo; 2) aprender a pedir ajuda quando sentir-se com sobrecarga de funções e atividades; 3) buscar momentos de lazer, mesmo na rotina do dia-a-dia de cuidado com o outro, através de jogos, automassagem e relaxamento no fim do dia; 4) perceber a ne-cessidade de olhar pra si mesmo, se percebendo capaz de assumir/reassumir outros papéis além do de cuidador; 5) reconhecer e nomear sonhos, desejos, cansaço e limitações; 6) reconhecer o direito de ser ouvido e cuidado; 7) a criação de um vínculo entre os participantes e a bolsista, além de perceber que todos que ali se encon-tram, possuem algo em comum: a incumbência de cuidar de algum familiar. Ao longo do período foram realizados 314 atendimentos e a frequên-cia média foi de 4,4 cuidadores por grupo, en-volvendo um total de 35 cuidadores. Estudantes envolvidos (bolsistas e voluntários) receberam su-pervisões semanais. Em relação aos estudantes, o contato precoce com atividades envolvendo as práticas da profissão contribui para sua for-mação geral, ao proporcionar seu envolvimento com as questões da comunidade. A participação dos estudantes em nossos projetos de extensão contribui para o desenvolvimento de habilidades específicas tais como dominar técnicas de ati-vidades, raciocínio clínico, comunicação com a população alvo da intervenção do terapeuta ocu-pacional, interação com equipe e cuidadores; so-lucionar problemas e desenvolver prática reflexiva e humanizada. Além disso, resultados apontam para o conhecimento da realidade da comunida-de na qual as ações são desenvolvidas, o contato precoce com a prática profissional (avaliado de

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A Escola Vai Ao Teatro: Voz do Ator e do Professor (2013)CoordenadoraAline Epiphanio Wolf

Ações/atividades desenvolvidasCom o objetivo de proporcionar ao aluno de graduação em Fonoaudiologia a oportunidade de vivenciar e praticar seus conhecimentos em voz profissional a aluna realizou viagens para as cidades onde foram realizados os trabalhos da Companhia, participou das atividades e acom-panhou as apresentações do grupo, avaliando e propondo técnicas de cuidados vocais. Além disso, realizou levantamento de dados fornecidos pelas fichas de apreciação preenchidas pelos professores participantes das Oficinas dos anos de 2012 e 2013.Resultados alcançadosAlém do aprendizado prático da atuação fono-audiológica em voz profissional, as observações e relatos de atores e professores possibilitaram uma orientação eficaz para os mesmos, assim como constituíram dados importantes para a for-mação acadêmica da aluna. O levantamento de dados realizado durante este programa resultou em projeto de Iniciação Científica intitulado Efe-tividade de Oficinas de Voz e Teatro para pro-fessores da discente Juliana Cristina Ferreira de Sousa. A experiência desenvolvida pelo aluno de Fonoaudiologia na percepção e atuação em voz profissional mostra-se de imensa importância em sua formação acadêmica, proporcionando maior prática e vivência da atuação no mercado de tra-balho. Além do maior domínio de técnicas de sua atuação profissional, a sensibilização e incentivo ao desenvolvimento de pesquisa despertados no aluno também foram aspectos determinantes e consideráveis neste trabalho, visto que resultou em iniciação científica desenvolvida pelo aluno contemplado, contribuindo para o desenvolvi-mento e expansão no campo científico.

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Cuidando do CuidadorCoordenadoraMaria Paula Panuncio Pinto

Ações/atividades desenvolvidasRealização de grupos semanais de atenção aos cuidadores dos pacientes atendidos em dois am-bulatórios de reabilitação do Sistema HC: CER (HCFMRP) e CIR (HERibeirão). Os encontros foram em salas confortáveis e adequadas para grupos, com espaço suficiente para a acomoda-ção dos cuidadores. Houve também recursos e materiais disponíveis como, por exemplo, mesa, cadeiras, revistas, papéis, lápis; jogos, material para artesanato; espelhos e colchonetes. As atividades propostas tinham por objetivo a rein-serção destes ao cotidiano, tais como dinâmi-cas, relaxamento, automassagem, todas com o objetivo de permitir novas experiências para suas

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não das atividades propostas; a elas também é dada a liberdade de sugerir jogos e brincadeiras que podem ou não serem realizados em grupo, dependendo da vontade e da escolha de cada criança.Resultados alcançadosAo longo do período, foram atendidas 571 crian-ças e seus acompanhantes, envolvendo profis-sionais do serviço, três bolsistas, quatro volun-tários e seis estagiários. A oferta das atividades acompanhadas nas Brinquedotecas favoreceu a humanização do espaço dos ambulatórios atra-vés da valorização do brincar como importante motor do desenvolvimento sobretudo para crian-ças em processo de reabilitação. Nas palavras das bolsistas: A realização deste projeto nos pro-piciou a possibilidade de ampliação de nossos conhecimentos sobre a atuação da Terapia Ocu-pacional através da convivência com profissio-nais da área, bem como em outras áreas como fonoaudiologia, fisioterapia, além de alunos em diferentes períodos do curso de Terapia Ocupa-cional, o que possibilitou a troca de experiências através de supervisões e convivência diária. Após a finalização do projeto pudemos perceber que não só atingimos todos os objetivos propostos como também nos tornamos mais aptos a traba-lhar em equipes multiprofissionais.

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O Refeitório Central do Campus como um Espaço Educador na Qualidade de Vida, Gestão de Resíduos e Alimentação Saudável IIICoordenadoraMarta Neves Campanelli Marçal Vieira

Ações/atividades desenvolvidas1) Diagnóstico dos resíduos orgânicos; a) Diag-nóstico quantitativo: O diagnóstico quantitativo foi realizado em 2 etapas: pesagem interna (PI) e pesagem externa (PE). A pesagem interna (PI) aconteceu durante o almoço e o jantar da última semana de setembro de 2013 (do dia 23 ao dia 27, de segunda à sexta-feira) e foi realizada na área de produção das refeições, a partir do peso dos restos de alimentos do preparo; b) Diag-nóstico qualitativo: Foi possível realizar o diag-nóstico qualitativo do resto ingestão através de análise subjetiva das fotografias obtidas durante a devolução dos pratos dos usuários do R.U. (O questionário, que pode ser conferido através do link abaixo, será divulgado pelas redes sociais e e-mails dos alunos dos cursos da Unidade de Ri-beirão Preto quando for autorizado pelo departa-mento responsável.) O questionário pode ser con-ferido no endereço: </docs.google.com/forms/d/1c2iF8LDvxYZdEGLFpM78EyYiwVGANUiRii1cd_7Xjh4/viewform>; 2) Separação de resíduos recicláveis e escoamento de resíduos orgânicos. Os resíduos orgânicos gerados no local perma-necem armazenados em câmara refrigerada até que sejam recolhidos por um criador de porcos, o qual foi orientado quanto aos procedimentos de higiene; 3) Comunicação e conscientização dos

forma positiva pelos estudantes) e o desenvol-vimento de autonomia e de relação mais próxi-ma com o orientador-supervisor, que favorece a aprendizagem. Os resultados obtidos nessas in-vestigações apontam para um ponto principal: a inserção gradativa e orientada de práticas desde o inicio da graduação através da extensão uni-versitária promove a aproximação dos estudan-tes com o campo de atuação e especificidades da profissão.

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Brinquedoteca e Sucatoteca: Espaço Lúdico para o Desenvolvimento de Crianças, Adolescentes, Pais e Cuidadores (CIR-HERibeirão)CoordenadoraMaria Paula Panuncio Pinto

Ações/atividades desenvolvidasO projeto Brinquedoteca-Sucatoteca teve como público alvo inicialmente crianças com altera-ções no desenvolvimento (síndromes genéticas, problemas de aprendizagem, atraso no desen-volvimento neuro-psico-motor, TDAH, déficit em habilidades sociais, alterações sensoriais e neu-rológicas) e seus cuidadores, que frequentam o CIR-HERibeirão, os quais permanecem longos períodos na sala de espera aguardando os aten-dimentos profissionais, pois são provenientes de outras cidades, chegando até o CIR em trans-porte fornecido pelas cidades de origem. A partir de 2013 passou a atender também crianças e adolescentes atendidas na Unidade Especial de Tratamento de Doenças Infectocontagiosas UE-TDI/HC/FMRP, que é um ambulatório. Através da oferta de espaço orientado para o desempenho do papel de brincar com as crianças atendidas no CIR, pretende-se capacitar alunos de graduação em Terapia Ocupacional para: 1) utilizar o brincar como promotor do desenvolvimento de habili-dades infantis em diversas áreas; 2) atuar como facilitadores na mediação da relação entre pais e filhos, através do universo lúdico; 3) oferecer aos pais e cuidadores orientações sobre o brincar de seu filho e sua importância para seu desenvolvi-mento; 4) atuar em equipes multi e inter-profissio-nais; 5) utilizar instrumental específico da terapia ocupacional. Ao longo deste período foi incluída a atuação do projeto junto à brinquedoteca da Unidade Especial de Tratamento de Doenças Infectocontagiosas UETDI/HC/FMRP. A bolsista, voluntárias e estagiárias do quinto período do curso de graduação em Terapia Ocupacional, em dias e horários pré-definidos, abrem a sala e convidam as crianças e os pais para participarem das atividades. Cada encontro é registrado em relatório próprio, seguindo roteiro, e também são realizadas supervisões semanais com leitura e discussão de artigos acerca da temática do pro-jeto. Ao longo do período foram atendidas 571 crianças e seus pais/acompanhantes. As ativi-dades referentes à Brinquedoteca e Sucatoteca podem ser dirigidas ou não pela equipe, ficando a critério das crianças a escolha de participar ou

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médio per capta de resíduos gerados no R.U., a distribuição contribui com 37,1% do valor e o res-to ingestão contribui com 46,2% do total médio per capta de resíduos gerados no local.

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História, Cultura e Extensão no Museu Histórico da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São PauloCoordenador Antonio Carlos Duarte de Carvalho

Ações/atividades desenvolvidasOs bolsistas selecionados participaram das se-guintes atividades: 1) Catalogação e Indexação do Acervo Fotográfico. Processo de tratamento individual de cada foto que compõe o acervo. Isto implica em preencher todos os campos da ficha, higienizar as fotos e embalá-las adequadamente para preservação. Eventualmente, o reconheci-mento da foto exigiu entrevista com professores, funcionários e ex-alunos que vivenciaram as ce-nas retratadas e que, portanto, foram protagonis-tas da História da Instituição. Cada etapa deste procedimento foi orientada por docentes cola-boradores da FMRP e da FFCLRP, das áreas de História e de Ciências da Informação e Documen-tação, bem como supervisionada por um técnico de nível superior com formação em Sociologia, pertencente ao quadro de funcionários do Museu Histórico; 2) Catalogação e Indexação dos Equi-pamentos. Também neste caso, já está estabe-lecida a ficha catalográfica por profissional qua-lificado, coube ao bolsista preencher os campos da mesma. Muitos equipamentos foram confec-cionados na Oficina de Precisão criada por Zefe-rino Vaz junto com a instalação da FMRP, e cuja finalidade era confeccionar equipamentos neces-sários ao ensino e à pesquisa naqueles tempos onde os recursos para importação eram parcos. Recuperar a história destes equipamentos e o re-gistro do processo envolvido em sua elaboração será motivo de uma futura mostra ou de pesqui-sas mais aprofundadas que resultem numa publi-cação. A participação do bolsista nestas ativida-des foi orientada por docentes colaboradores da FMRP e da FFCLRP, das áreas de História e de Ciências da Informação e Documentação, bem como supervisionada por um técnico de nível su-perior com formação em Sociologia, pertencente ao quadro de funcionários do Museu Histórico; 3) Monitoria. Os bolsistas atuaram como Monito-res às exposições temporárias e permanentes do Museu da Faculdade de Medicina.Resultados alcançados1) Identificação, organização e catalogação de parte do acervo do Museu, sob a orientação de técnicos e docentes da da FMRPUSP; 2) Monito-ria às exposições temporárias e permanentes do Museu da FMRP-USP. O Museu da Faculdade de Medicina está com as portas abertas à visitação da comunidade. Potencialmente o Museu obje-tiva atingir toda a comunidade escolar do ensi-no fundamental e médio da cidade de Ribeirão

usuários: A fim de promover conscientização dos usuários do R.U., foram expostos cartoons em forma de banners nos refeitórios, os quais abor-dam temas relacionados ao desperdício e manei-ras de evitá-lo. Os cartoons foram confecciona-dos por um cartunista contratado. As mensagens foram formuladas pelo grupo REFAZER (compos-to por chefias e funcionários do R.U., docentes e gestores do campus) através de brainstorming; 4) Encontros educativos com funcionários do R.U., grupo REFAZER e representante do USP Reci-cla. O grupo de discussão composto por chefias e funcionários do restaurante, coordenadores do campus, representante do USP Recicla, do-cente orientadora do projeto e bolsista, abordou diferentes temas em seus encontros que foram realizados em três momentos. Discutiu-se sobre nova destinação de sobras orgânicas, opções atualmente disponíveis no R.U. que podem ser adotadas a fim de reduzir os resíduos gerados no local, além de estratégias para repasse de infor-mações ao usuários do R.U.Resultados alcançadosHouve uma média de 2231 refeições servidas no almoço, durante a semana de coleta. Já no jantar, a média de refeições servidas, neste mes-mo período, foi de 772 refeições. a produção do almoço foi responsável por um total médio de 78,5Kg, sendo que a média per capta foi de 36g de resíduos gerados por usuário. A distribuição foi responsável por um total médio de 88,8Kg de resíduos gerados, sendo que a média per capta de resíduos gerados foi de 43g. Já os usuários foram responsáveis por um resto ingestão de 121,4Kg e um per capta médio de 54g de resí-duos gerados por usuário. Portanto, no almoço (considerando uma média de todos os dias anali-sados), a produção contribui com 27,1% do total médio per capta de resíduos gerados no R.U., a distribuição contribui com 32,3% do valor e o res-to ingestão contribui com 40,6% do total médio per capta de resíduos gerados no local. Os dias que apresentaram maior geração de resíduos no almoço foram terça e sexta-feira, sendo que estes foram os dias que tiveram maior e menor número de usuários na semana, respectivamen-te. Assim, pode-se questionar se as quantidades de resíduos gerados estão relacionadas somente com o número de frequentadores do R.U. ou se podem estar relacionadas a outros fatores como o cardápio servido e/ou o fato de que a concen-tração dos resíduos gerados seja de responsa-bilidade de um pequeno grupo de pessoas com alto índice de desperdício ao invés de um grupo com um grande número de pessoas. Produção do jantar foi responsável por um total médio de 25,4Kg, sendo que a média per capta foi de 31g de resíduos gerados por usuário. A distribuição foi responsável por um total médio de 54,7Kg de resíduos gerados, sendo que a média per capta de resíduos gerados foi de 69g. Já os usuários foram responsáveis por um resto ingestão de 68,3Kg e um per capta médio de 86g de resí-duos gerados por usuário. Portanto, no jantar (considerando uma média de todos os dias anali-sados), a produção contribui com 16,7% do total

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Preto. Nas visitas monitoradas e/ou espontâneas o Museu da FMRP-USP tem atendido em média cerca de 50 visitantes diariamente, entre público interno e externo à comunidade Universitária.

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Xadrez para Deficientes VisuaisCoordenadorAntonio Carlos Duarte de Carvalho

Ações/atividades desenvolvidasFoi oferecido a um grupo de Deficientes Visuais atendidos pela Associação dos Deficientes Visu-ais de Ribeirão Preto (ADEVIRP): 1) Um curso de Xadrez Adaptado para Deficientes Visuais que se realizará nas dependências da Associação dos Deficientes Visuais de Ribeirão Preto (ADE-VIRP) em Ribeirão Preto-SP. Neste curso, além das regras e do estudo dos fundamentos do jogo de Xadrez adaptado para Deficientes Visuais, se objetivou o trabalho com os alunos de algumas competências e habilidades básicas, como por exemplo: a) Competências Comunicativas e Lin-guísticas: Foi trabalhada a compreensão e a ex-pressão oral do enxadrista (entender e explicar o que entendeu). Foram realizadas e estimuladas leituras em braile, disponíveis na biblioteca da ADEVIRP, sobre o jogo de xadrez; b) Competên-cia Artística e Cultural: A capacidade artística é algo inerente ao jogo de xadrez, pois para realizar uma jogada é preciso criar e imaginar; c) Compe-tências Metodológicas Tratamento da Informação e Competência Digital: Os alunos foram estimula-dos e orientados na busca, seleção, classificação e interpretação de informações sobre o xadrez, assim como a uma atitude crítica e reflexiva em relação a elas; d) Competência Matemática: No xadrez usamos constantemente estratégias ma-temáticas de diferentes tipos, como o cálculo, a orientação espacial, a linguagem simbólica, a resolução de problemas. Esta é a competência melhor trabalhada através do xadrez; e) Compe-tência de Aprender a Aprender: Os alunos foram estimulados a perceber que podem aprender com os próprios erros e que não devem ter uma atitude negativa diante da derrota ou do erro; f) Competência de Autonomia e Iniciativa Pessoal: Trabalhamos valores como a responsabilidade, perseverança, autoestima, conhecimento de si mesmo, criatividade, autocrítica, controle emo-cional, tomada de decisão, capacidade de em-preender uma ação assumindo o risco, e capaci-dade de aprender com os erros; g) Competência Social e Cidadania: O xadrez ajuda a trabalhar a convivência entre as pessoas e a capacidade de superar os conflitos, usando o juízo ético basea-do em valores, regras e práticas democráticas. Atuar com critério próprio, manter uma atitude construtiva e solidária, aceitar os adversários e ajudar os que não sabem tanto, são habilidades a desenvolver; 2) Realizamos um Torneio de Xa-drez com a participação do campeão Brasileiro de Xadrez para Deficientes Visuais.

Resultados alcançadosNeste segundo ano do Projeto demos continui-dade e ampliamos a turma de alunos/enxadristas com os conhecimentos básicos do jogo de xa-drez e iniciamos sua preparação para a disputa de torneios internos e externos à instituição no nível local. Percebemos melhoras entre os alunos beneficiados pelo Projeto nas seguintes habili-dades: autoestima, conhecimento de si mesmo, responsabilidade, perseverança, criatividade, au-tocrítica, controle emocional, tomada de decisão, capacidade de empreender uma ação assumindo o risco e capacidade de aprender com os erros. Percebemos uma melhoria da inserção social dos deficientes visuais no grupo social ao qual estão vinculados e na sociedade como um todo. Um bom exemplo disto foi a participação de alunos do Projeto no Campeonato Paulista de Xadrez para Deficientes Visuais, conquistando o troféu de Vice-Campeão Paulista e várias medalhas. Permitimos ao aluno bolsista o envolvimento, o aprendizado e a socialização com a comunidade, dos conteúdos apreendidos na Universidade, e ampliamos sua formação humanística.

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Pessoa com Deficiência e Cidadania: Articulações IntersetoriaisCoordenadoraRegina Yoneko Dakuzaku Carretta

Ações/atividades desenvolvidasPara atender aos objetivos do projeto, ou seja, promover a articulação intersetorial perante as instituições, associações ou organizações que atuam para a promoção da cidadania de pesso-as com deficiência, desenvolveu-se as seguintes ações: 1) Identificação de equipamentos sociais no município, utilizando de busca no site da pre-feitura de Ribeirão Preto, onde procuramos pe-las associações, organizações e instituições que atuam de alguma forma com esses indivíduos. A partir dessa coletânea reunida, buscou-se con-tatar as pessoas responsáveis/envolvidas para o desenvolvimento de parcerias, eventos e a articu-lação entre as partes propriamente ditas; 2) Par-ticipação na Semana de Valorização da Pessoa com Deficiência; 3) Participação no evento em homenagem às entidades de atenção a pessoa com deficiência pelos vereadores da Câmara Municipal; 4) Participação em reunião do Con-selho Municipal de Promoção e Integração das Pessoas Portadoras de Deficiência (COMPPID); 5) Participação na atividade Lazer na OAB; 6) De-senvolvimento de atividades na Liga de Atenção ao Diferente, da FMRP-USP; 7) Organização do Cine Debate – filme: Intocáveis; 8) Participação na 14ª. Feira Nacional do Livro, em seu eixo abor-dando a pessoa com deficiência.Resultados alcançadosO projeto Pessoa com Deficiência e Cidadania: ar-ticulações intersetoriais promoveu o início de uma articulação enriquecedora entre a universidade e a comunidade que atua em prol da cidadania das pessoas com deficiência, proporcionando uma

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sobre o pensamento atual sobre as causas da dor de longo prazo; Discussão sobre experiên-cias de métodos alternativos para dor lombar; Benefícios do exercício físico; Discussão sobre o impacto físico da inatividade ou atividade altera-da e como as mudanças podem impactar sobre a dor; Discussão sobre os efeitos do exercício/atividades; Introdução ao modelo de dor crôni-ca; Flutuações da dor; Explicações sobre o ciclo de hipo/hiper atividade; Grupo de resolução de problemas; Tarefa específica que tende a causar percepção exagerada de dor; Organizando pro-jetos de exercícios e atividades Sistema SMART utilizado para estabelecer metas; Feedback para o grupo sobre como progredir, com metas de avaliação; Grupo de resolução de problemas so-bre metas; Pensamentos e sentimentos inúteis; Discussão sobre pensamentos inúteis incluindo catastrofização; Associação com comportamen-tos inúteis; Grupo de resolução de problemas sobre desafiar os pensamentos inúteis; Relaxa-mento; Discussão sobre as maneiras de relaxar e benefícios; Sessão prática de quatro modalida-des de relaxamento; Recomeçando atividades ou passatempos; Discussão sobre atividades comu-mente evitadas na dor lombar; Ciclo medo-evitar (fear-avoidance cycle); Grupo de resolução de problemas sobre o ciclo medo-evitar; Desenvolvi-mento de metas específicas sobre Quando a dor preocupa – Lidando com as crises de dor.Resultados alcançadosAté julho de 2014 foram avaliados 49 pacientes com média de idade 53,16 anos (IC 95%:47.15-59.18) que possuíam dor crônica musculoesque-lética, que frequentam o serviço de Fisioterapia no Centro de Saúde Escola (CSE) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. A média de ida-de dos pacientes avaliados foi 50,51 (IC: 49,55-51,47). A média do peso 74,44 (IC: 72,56-76,32) e a média da altura 1,61 (IC: 1,60- 1,62). Dividi-dos em grupos de acordo com o quadro clínico observa-se: 29 pacientes com lombalgia, 5 pa-cientes com fibromialgia, 8 pacientes com go-nartrose e 7 pacientes com cervicalgia. Através dos dados analisados observamos que 34,69% dos pacientes faziam uso de medicamentos para dor no dia da avaliação; 70,59% dos pacientes já receberam tratamento de fisioterapia para as seguintes dores: lombar, cervical, torácica e jo-elho, e a dor lombar foi a mais relatada pelos pacientes (59,18%). No estudo 18,37% relata-ram estar afastados do trabalho devido à dor. Os dados de limiar de dor por pressão (LDP) médios o para todos os pontos anatômicos avaliados variaram de 0.931kg/cm2 a 2.574 kg/cm2. Os valores de LDP para a maioria dos locais avalia-dos mostraram-se reduzidos nos pacientes com cervicalgia, seguidos pelos pacientes com fibro-mialgia e gonartrose (valores de LDP similares) e os valores mais altos foram observados para os pacientes com Lombalgia. Também foram cole-tados os dados referentes à pontuação e a por-centagem em relação à máxima pontuação de cada escala genérica (Escala Graduada de Dor Crônica – EGDC, Escala de Pensamentos Catas-tróficos sobre Dor – EPCD, Escala Hospitalar de

maior abertura e apropriação deste espaço que é público, porém carregado de determinados estig-mas que afastam a comunidade não-uspiana. O projeto também chamou a atenção dos graduan-dos de Terapia Ocupacional para refletir sobre a importância do tema, bem como mostrou que há muito pouco desenvolvimento e debate sobre a pessoa com deficiência em nosso currículo teóri-co e prático. Para o bolsista, este projeto propor-cionou importante aprendizado, de um conteúdo que dificilmente conseguiria ser abordado dentro de sala de aula. Pode-se perceber que há muitas pessoas e organizações que atuam no desen-volvimento e promoção de qualidade de vida, de garantia de direitos e cidadania das pessoas com deficiência em Ribeirão Preto, porém, as mesmas são pouco articuladas, fato que limita um maior sucesso e abrangência de suas ações. Um dos aspectos mais marcantes para a bolsista é que a esmagadora maioria de pessoas militantes na causa são mães e pais de pessoas com deficiên-cia, e até mesmo os profissionais da saúde que atuam com essa população, como uma das te-rapeutas ocupacionais e uma escritora de livros infantis sobre o Autismo, contatada durante a re-alização do projeto. Esse fato demonstra que as pessoas com deficiência e suas respectivas famí-lias ainda vivem em uma comunidade que não é totalmente incluída na sociedade geral, corrobo-rando com a justificativa de que há uma urgente necessidade de maior conhecimento da popula-ção sobre o tema deste projeto e inclusão efetiva das pessoas com deficiência na sociedade.

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Atendimento Interdisciplinar na Dor Crônica Musculoesquelética na ComunidadeCoordenadoraThais Cristina Chaves

Ações/atividades desenvolvidasIniciaremos em dezembro de 2014 a etapa de treinamentos para dar início às atividades de workshops em dor crônica e as atividades de atendimento em reabilitação para os pacientes participantes. Entretanto, para a etapa de 2014 do projeto as seguintes ações foram implementa-das: 1) Avaliação sistemática dos pacientes com dor crônica musculoesquelética da região do CSE unidade Cuiabá (Algometria/ Cinesiofobia/ Incapacidade/ Depressão e Ansiedade/Catastro-fização); 2) Formulação de um programa de edu-cação em saúde em equipe multidisciplinar con-tendo seis sessões sobre os seguintes tópicos, cada uma com duração de 90 minutos (Lamb et al, 2010). Avaliação: Coleta de dados sobre o problema atual e crenças provocadas pela dor lombar e atividades; Fixação de metas de cola-boração com planejamento das metas de ativida-des; Exercícios escolhidos de forma colaborativa a partir de opções, negociando os níveis; Prática de exercícios e discussão do programa; Entendo a dor; Atividade em grupo para demonstrar a di-ferença entre machucar e lesionar; Explicações

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Ansiedade e Depressão – HADS e Escala Tampa de Cinesiofobia – ETC). Para a EGDC, 32 pacien-tes obtiveram classificação de dor de alta intensi-dade, 10 pacientes apresentaram altos níveis de interferências em suas atividades de vida quoti-diana e 38 pacientes apresentaram a caracterís-tica de dor persistente (pelo menos 3 meses com dor diária em relação ao período de 6 meses). Os pacientes com cervicalgia e fibromialgia apre-sentaram a maior pontuação de ansiedade (14 ± 3,21 e 12,8 ± 3,63, respectivamente), assim com apresentaram a maior pontuação de depressão (10,6 ± 3,10 e 12,8 ± 3,42, respectivamente). Na escala de pensamentos catastróficos (EPC) as maiores pontuações foram observadas para as pacientes com cervicalgia (29,1 ± 12,99) e fi-bromialgia (26,6 ± 6,73) e para a Escala Tampa de Cinesiofobia – ETC, os grupos apresentaram valores médios similares.

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Aprender no Museu Histórico da FMRP-USPCoordenadoraAnette Hoffmann

Ações/atividades desenvolvidas1) Visitas a museus e galerias de arte; 2) Ativi-dades desenvolvidas no Museu Histórico: a) Entrevistas e transcrição das mesmas com pro-fessores pioneiros da FMRP; b) Identificação dos equipamentos do acervo do Museu.Resultados alcançadosNo geral, considerando o fato de o Museu Histó-rico estar em fase de organização e de que não dispõe de profissionais especializados, foram bastante positivos a despeito do abandono da tarefa ao final do estágio. Acreditamos que a vi-sita aos museus cumpriu a função primordial da bolsa que é propiciar uma formação cultural do estudante.

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Idealização, Organização e Divulgação do Anuário de Atividades da Divisão de Oftalmologia do HCRP-FMRP-USPCoordenadorEduardo Melani Rocha

Ações/atividades desenvolvidasO principal objetivo do projeto era o desenvol-vimento de um Anuário de acesso público que contemplasse o conjunto de atividades que fo-ram desenvolvidas pela Divisão do Departamento de Oftalmologia da Faculdade de Medicina de Ri-beirão Preto-USP, no ano de 2013, e servisse de modelo para os anos seguintes. Para que se de-senvolvesse o Anuário, foram realizadas diversas ações, desde a definição da estrutura, conteúdo, organização, imagens, até a parte gráfica e artís-tica do projeto. Participei ativamente no processo de idealização do anuário, definição de estrutura, conteúdo, coleta de informações e organização dos dados e imagens obtidas. Além disso, foi

feita uma pesquisa de modelos de anuário em conjunto com o Prof. Eduardo, opiniões de pú-blico alvo, edição e impressão dos Anuários. O Anuário foi amplamente divulgado e encontra--se disponível em forma impressa e digitalizada no site do Departamento: <http://www.roo.fmrp.usp.br>.Resultados alcançadosO processo todo envolveu o conhecimento e prática de ferramentas de diferentes áreas do conhecimento como a Ciência da Computação, o Design Gráfico e a Medicina. Na pesquisa de exemplos reais de Anuários antes de iniciar a execução do projeto a aluna teve contato com instituições nacionais e internacionais e isso foi de fundamental importância para a execução e para o conhecimento sobre essas organizações.

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Internacionalização: uma Aprendizagem em Diversity ManagementCoordenadorKlaus Hartmann Hartfelder

Ações/atividades desenvolvidasO aluno Murillo Carlos de Moraes participou de atividades importantes da CRInt direcionadas à integração acadêmica e cultural de alunos es-trangeiros da FMRP. Uma das atividades foi a participação na organização do Get Together, evento coordenado pelo Grupo Coordenador de Atividades de Relações Internacionais (GCARI) do campus de Ribeirão Preto. A tarefa e atividade principal do bolsista foi a confecção de um Ma-nual de Estudante Estrangeiro Bilíngue (inglês e português) a ser disponibilizado no site da CRInt, com o objetivo de orientar alunos intercambistas sobre a vida no campus e cidade e facilitar a sua chegada e integração.Resultados alcançadosA organização do Get Together foi um sucesso e o Manual, nas versões português e inglês, foi entregue em formato PDF dentro do prazo, colo-cado no site da CRInt pelos funcionários da STI da FMRP e encontra-se dispoível (<http://www.fmrp.usp.br/crint>). O mesmo já recebeu elogios de alunos que o consultaram. O bolsista, Murillo Carlos de Morais, atualmente é bolsista do pro-grama Ciência sem Fronteiras na Universidade Semmelweiss na Hungria.

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O Brincar, a Comunidade e a Inserção Sociofamiliar: a Contribuição de Granduandos da Terapia Ocupacional a Criança em ComunidadeCoordenadoraRegina Celia Fiorati

Ações/atividades desenvolvidasO projeto desenvolveu as seguintes ações: 1) Desenvolvimento do grupo de crianças, desen-volvendo encontros semanais com duas horas

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organizações não-governamentais. A descoberta dessas situações contribui para a perspectiva da promoção de saúde do CSE, favorecendo o de-senvolvimento saudável dos participantes. Redu-ção de vulnerabilidade social. Para a bolsista, o grupo constituiu-se em um espaço de aproxima-ção com a população atendida pelos Terapeu-tas Ocupacionais, o que contribui para a minha formação pessoal e profissional, pois possibilita convivência com experiências interdisciplinares desde minha formação, favorecendo a constru-ção de um olhar e prática profissional ampliados. Além disso, a possibilidade de poder atuar como coordenador de um grupo e pensar em todas as etapas necessárias para que o mesmo acon-tecesse como: escolha da atividade, escolha e busca dos materiais necessários, pensar em ma-teriais alternativos e relacionar a atividade com o tema proposto em cada grupo colabora muito para o desenvolvimento do raciocínio clínico e para a minha formação profissional.

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Reabilitação Baseada na Unidade: Acolhimento, Atenção e IntegralidadeCoordenadoraRegina Celia Fiorati

Ações/atividades desenvolvidasForam realizados atendimento domiciliares com orientação segundo a RBC com quatro pesso-as com deficiência. O projeto desenvolveu as seguintes ações: 1) Desenvolvimento de aten-dimentos terapêuticos ocupacionais supervisio-nados através de sessões semanais realizadas em domicílio; 2) Planejamento, organização e desenvolvimento de atividades junto à pessoa com deficiência no sentido de ampliar habilida-des necessárias para melhorar seu desempenho ocupacional nas ocupações de vida diária, pro-dutividade e lazer; 3) Planejamento, organização e desenvolvimento de ações que estimularam a maior participação da família e/ou cuidadores, visando a potencialização dos espaços de tro-cas e das relações solidárias intrafamiliares; 4) Conhecimento das histórias de vida das pessoas atendidas e identificação de situações que colo-quem em risco o desenvolvimento vital saudável; 5) Articulação junto à equipe do Núcleo de Saú-de da Família I e demais envolvidos (docentes, alunos de graduação, residentes, entre outros) e junto a recursos comunitários para viabilização de atividades integradas e potencialização de serviços e espaços na comunidade. Foram reali-zados atendimentos com quatro pessoas com as condições indicadas e os resultados apontaram para aumento da autoestima, incremento do in-ter-relacionamento familiar e organização do co-tidiano dos cuidadores, realização de atividades cognitivas e manuais desenvolvendo habilidades intelectuais, culturais e coordenação visuomoto-ra, aumento das habilidades voltadas a tarefas do cotidiano, organização e aumento de inde-pendência nas AVD e AIVD, geração de renda,

de duração no Centro de Saúde Escola da Vila Tibério, envolvendo as seguintes ações: a) Pla-nejamento, organização e desenvolvimento de atividades junto às crianças participantes do grupo, visando ampliar seu repertório cultural e desenvolver habilidades para o convívio social entre pares; b) Planejamento, organização e de-senvolvimento de ações que estimulem a maior participação dos pais e/ou responsáveis, visando a potencialização dos espaços de trocas e das relações solidárias intrafamiliares por meio das atividades desenvolvidas pela criança, seja no grupo de crianças, como em outras atividades; c) Conhecimento das histórias de vida das crianças participantes do grupo e identificação de situa-ções que coloquem em risco o desenvolvimento saudável; d) Identificação das situações de risco vivenciadas pelas crianças e discussão junto à equipe do Programa de Agentes Comunitários do Centro de Saúde Escola da Vila Tibério para o desenvolvimento de estratégias de enfrentamen-to e prevenção de vulnerabilidades; e) Articulação junto à equipe desta unidade de saúde e demais envolvidos (docentes, alunos de graduação, resi-dentes, entre outros) e junto a recursos comuni-tários para viabilização de atividades integradas e potencialização de serviços e espaços comuni-tários; 2) Aproximou os graduandos junto a este público-alvo, conhecendo as especificidades e necessidades deste período de desenvolvimen-to, bem como conhecer aspectos da dinâmica familiar das crianças; 3) Desenvolveu, junto a equipe do Centro de Saúde Escola da Vila Tibé-rio, estratégias de enfrentamento frente a possí-veis situações de risco a que as crianças possam estar expostas em seu núcleo familiar; 4) Desen-volveu habilidades para a atuação e abordagem junto a crianças visando a promoção da saúde, favorecendo e instrumentalizando os graduandos em sua formação pessoal e profissional; 5) De-senvolveu habilidades relacionadas ao trabalho em equipe; 6) Propiciou a reflexão sobre o papel social da Universidade no desenvolvimento de ações de extensão na e para a comunidade.Resultados alcançadosPara as crianças participantes, o grupo possibi-litou um espaço favorável para o encontro com outras crianças, para o aprendizado, descober-tas, relações de amizades, cooperação, respei-to ao outro e resolução de conflitos. Favoreceu também uma (re)significação da relação estabe-lecida com o serviço de saúde e com a própria comunidade. Além disso, temas pertinentes para a faixa etária como sexualidade, uso de subs-tâncias psicoativas, gravidez na adolescência, relações familiares foram discutidos de forma lúdica, o que contribui para uma reflexão mais profunda dos participantes. Através do grupo al-gumas situações de vulnerabilidade enfrentadas pela criança foram encontradas, como a falta de condições adequadas de higiene e alimentação, crianças que não frequentavam a escola, crian-ças que presenciavam uso de álcool e drogas pela família. Assim, buscou-se uma articulação entre os serviços oferecidos pela unidade de saúde e os existentes na comunidade como

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contato social com a comunidade, articulação de serviços primários e de reabilitação.Resultados alcançadosOs resultados para as pessoas atendidas foram verificados em nível de seu ganho de indepen-dência nas AVD e AIVD, foram articuladas ações na comunidade nas quais o bolsista pôde fre-quentar e incluir as pessoas atendidas, aumento de sociabilidade em geral, no interior da familia e com a comunidade, maior utilização dos recursos públicos para a acessibilidade; desenvolvimento pessoal das pessoas atendidas; ganho de au-tonomia frente às decisões próprias, em relação à familia e no contexto comunitário. Resultados para o aprendizado do bolsista: 1) A experiência aproximou o graduando junto ao público-alvo, conhecendo as especificidades e necessidades da pessoa com deficiência, bem como propi-ciou conhecer aspectos da dinâmica familiar e sua contribuição ao desenvolvimento da pessoa atendida; 2) Desenvolveu habilidades de trabalho em equipe, e foi muito bem avaliado junto à equi-pe do Núcleo de Saúde da Família I; desenvolveu estratégias de enfrentamento frente a possíveis situações de risco à integridade da pessoa com deficiência, visando sua inclusão social e criação de acesso universal nos espaços, equipamentos e serviços da comunidade; 3) Desenvolveu ha-bilidades para a atuação e abordagem junto a pessoas com deficiência, visando a promoção da saúde, favorecendo e instrumentalizando os gra-duandos em sua formação pessoal e profissional; 4) Possibilidade de refletir sobre o papel social da universidade no desenvolvimento de ações de extensão na e para a comunidade.

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A Saúde dos Agentes Comunitários de Saúde: Terapia Ocupacional Contribuindo para a Qualidade de Vida no TrabalhoCoordenadoraRegina Yoneko Dakuzaku Carretta

Ações/atividades desenvolvidasO projeto de extensão é realizado no Núcleo de Saúde da Família Marina Moreira de Oliveira – NSF4, onde o grupo é constituído de 5 participan-tes. Realizou-se 23 encontros durante o período de 16/08/2013 a 04/07/2014, as sextas feiras com a duração em média de 1:30 hora cada en-contro. Temas desenvolvidos: valorização profis-sional, articulação entre os equipamentos sociais do território, nova divisão de território entre unida-des de saúde deste distrito, dificuldades na rela-ção interpessoal, divisão de tarefas, participação nas atividades coletivas da unidade, participação em evento para apresentação de trabalho, ações para integração da equipe, tensões e conflitos cotidianos de trabalho. Participação em evento para apresentação de trabalho: IV Exposição da Saúde Exposaúde Ribeirão 2013 com o tema: Participação como idealizadores, organizadores ou colaboradores: Dia de Promoção de Saúde;

evento na comunidade em comemoração ao Dia da Criança; confraternização de final de ano.Resultados alcançadosO grupo mostrou-se num momento importante, sendo que para este ano, em sua participação na Exposaúde, elegeram apresentar sobre o grupo de Terapia Ocupacional do qual eles participam. O grupo tem-se caracterizado como espaço aco-lhedor, fortalecedor e propositivo. Nem sempre este caráter é suficiente para mudanças exter-nas e reais no cotidiano do trabalho, mas com-preende-se que o fortalecimento e a valorização do seu papel profissional colaboram para melhor enfrentamento e tomadas de decisão; – Para o bolsista: Quanto ao meu crescimento e apren-dizado, enquanto acompanhei o grupo, posso dizer que foram inestimáveis, pois pela primeira vez pude ter contato com esse importante profis-sional da saúde, com o seu trabalho. A partir da vivência, pude conhecer e entender o funciona-mento de um núcleo de saúde da família e além disso aprendi a trabalhar com um grupo, com as demandas que ele traz, a pensar atividades que trabalhem essas demandas, aprendi a acolher esses problemas e estimular o grupo a buscar soluções. Além de toda a vivência com o grupo, com a equipe do núcleo de saúde da família e seu funcionamento, pude participar de eventos que me colocaram em contato com a comuni-dade atendida por essa equipe e ver como o trabalho de toda a equipe é importante e deve ser bem integrado para realmente fazer diferença na qualidade de vida dessa comunidade. Por fim, também tive a oportunidade de expor um pôster no evento Exposaúde do qual os ACS também participaram, o trabalho abordava a importân-cia do grupo, o que era realizado nas reuniões e como isso auxiliava e aumentava a qualidade de vida e qualidade do trabalho dos ACS. Posso dizer que toda a vivência que tive e a experiência que adquiri enquanto estive com os ACS e toda a equipe do Núcleo de Saúde da Família terão grande peso na minha formação como profissio-nal de Terapia Ocupacional e será um diferencial no meu currículo, o vinculo que criei e a diferença que eu percebi e vi que o projeto fez na vida deles é um ganho ainda maior do que um acréscimo no meu currículo acadêmico.

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Terapia Ocupacional Junto a Grupo de Crianças em Situação de Vulnerabilidade: Estratégia para a Promoção de Saúde e Cidadania Ano IIICoordenadoraRegina Yoneko Dakuzaku Carretta

Ações/atividades desenvolvidasNo grupo, havia a participação de, em média, 15 crianças, entre meninos e meninas com idades entre 6 e 12 anos. Cada encontro compreendia uma atividade, que podiam ser atividades arte-sanais, dinâmicas, jogos e brincadeiras, depen-dendo do objetivo específico que deveria ser alcançado. O grupo contou com a participação

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de bolsista, terapeuta ocupacional, farmacêutico, psicóloga, fisioterapeuta e estagiária de Terapia Ocupacional. Os encontros do grupo eram rea-lizados na ONG de Mão Estendidas, localizada na comunidade. As atividades realizadas foram: – Criação de regras, que norteariam o andamen-to do grupo. Essas regras foram criadas pelas crianças, sob a orientação dos coordenadores; – Pintura em camisetas: receberam uma camiseta cada uma e as tintas foram colocadas sobre a mesa para que fosse dividida entre as crianças; – Jogo Imagem e Ação: com objetivo de favorecer o trabalho em equipe e a desenvolver a imagina-ção; – Confecção de uma sacola de coelho para a Páscoa: com o propósito confeccionar saco-linhas com a temática da Páscoa para ajudar a colocar os doces da Caça ao Tesouro. O objetivo era trabalhar o sequenciamento e a divisão de materiais com os colegas; – Caça ao tesouro de ovos de Páscoa: o objetivo era a colaboração e o trabalho em equipe; – Confecção de Bichinhos com farinha e bexiga: objetivo de desenvolver a noção de cuidar de algo frágil e desenvolver a criatividade. As crianças construiram um mas-cote que representaria o que cada um queria ser quando crescesse; – Confecção de porta--retratos para o Dia das Mães: Para comemorar o Dia das Mães, para presentear a pessoa que representasse a figura materna; – Dinâmica O fei-tiço virou contra o feiticeiro: objetivo de desper-tar nas crianças a noção de empatia e a reflexão de pensar nas próprias atitudes em relação ao outro (Não fazer com o outro o que não gosta-ria que fizessem com você); – Bugalha: objetivo de proporcionar experiências de confeccionar brinquedos com baixo custo. As bugalhas foram levadas já com três lados costurados e as crian-ças precisavam encher o saquinho com areia e depois costurar; – Massa de Modelar: objetivo de trabalhar o sequenciamento de uma receita, se-guir as instruções, saber medidas e proporções, preparando para a próxima atividade; – Bolo: foi a atividade que as crianças escolheram fazer como mérito por causa do comportamento e participa-ção. A massa do bolo foi levada assada e pronta, as crianças fizeram o brigadeiro para a cobertura.Resultados alcançadosAtravés da participação no projeto, as crianças vivenciaram brincadeiras e atividades que pude-ram favorecer seu desenvolvimento e a maneira com que lidam com os enfrentamentos do dia--a-dia. Também foi permitida a experiência de trabalho em equipe, para estimular a cooperação e para poderem pensar nas atitudes em relação aos outros; – Aprendizado do bolsista: Este pro-jeto de extensão proporcionou o aprendizado na prática das ações do terapeuta ocupacional, junto às crianças em situação de vulnerabilida-de social. Pude vivenciar as formas com que o TO analisa as atividades e como as atividades são adaptadas e colocadas em prática. Também pude conhecer como é o trabalho do terapeuta ocupacional na Atenção Básica e a prática da sua profissão na comunidade.

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Grupos de Terapia Ocupacional para Cuidadores de Pessoas Hospitalizadas: Estratégias Preventivas em Saúde MentalCoordenadorLeonardo Martins Kebbe

Ações/atividades desenvolvidasTratam-se de ações preventivas de Terapia Ocu-pacional em Saúde Mental, direcionadas para cuidadores de pacientes internados em hospital de nível secundário, precisamente o Hospital Es-tadual de Ribeirão Preto (HERibeirão). O objetivo dessas ações foi possibilitar a expressão, favore-cer a reflexão compartilhada de situações vividas e fornecer orientações para a retomada de um desempenho ocupacional significativo, com o objetivo de reduzir o sofrimento associado com as tarefas de cuidar. Foram realizadas supervi-sões semanais dos bolsistas para a intervenção grupal, assim como orientações para a sistemati-zação de estudos teóricos sobre a temática.Resultados alcançadosOs bolsistas puderam observar, através da análi-se da dinâmica dos grupos de Terapia Ocupacio-nal, que as técnicas empregadas nesses grupos facilitavam a expressão de ideias, pensamentos e sentimentos sobre ser um cuidador e sobre as tarefas associadas a este papel ocupacional. O grupo tornou-se espaço protegido de acolhimen-to das necessidades dos cuidadores, bem como possibilitou a partilha de experiências contribuin-do para a aprendizagem interpessoal, permitiu o gerenciando do estresse. Incentivou, também, a retomada de uma vida ocupacional significativa, o que foi identificado nos discursos dos partici-pantes ao relatarem retorno às atividades pro-fissionais. O compartilhamento de experiências tornou-se importante para os participantes, pois ao identificarem situações semelhantes mutu-amente, passaram a procurar soluções para os problemas vividos. O aprendizado interpessoal dos participantes foi enriquecido com a presença de cuidadores mais experientes no grupo, que encorajaram os recém-chegados no hospital. Os participantes frequentemente referiram que encontraram formas mais adequadas de en-frentamento de problemas, após os encontros, bem como referiram alívio da ansiedade. O grupo também se tornou um espaço de oferecimento de informações, à medida que questionamentos quanto à rotina hospitalar e situações conflitantes com a equipe foram esclarecidas pelos coorde-nadores dos grupos, tornando a comunicação e as relações afetivas mais eficazes. Os bolsistas desenvolveram, segundo relataram, habilidades para o planejamento de intervenção terapêutica, para a coordenação de grupos de Terapia Ocu-pacional e articulação teórico-prática. Foram re-alizados também, trabalhos para a apresentação em eventos.

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Projeto de Inclusão Digital de Idosos: Módulo Simulação de Caixa Bancário de Auto Atendimento (automated teller machine ATM)CoordenadorPaulo Mazzoncini de Azevedo Marques

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades realizadas pelo projeto incluem au-las teóricas e práticas sobre o uso do computa-dor, com o auxílio de recursos visuais e utilização de material didático. Além de aulas teórico-práti-cas, o projeto disponibiliza um horário dedicado apenas para dúvidas. O plantão de duvidas é de extrema importância, pois o participante tem a oportunidade de maior esclarecimento do conte-údo abordado em aulas e dúvidas que surgiram. Durante a passagem do participante pelo projeto, são aplicados diversos questionários, visando es-tabelecer o grau de interação do usuário com os conteúdos ministrados, avaliação do conteúdo e equipe. Com o objetivo de explorar uma nova forma de abordagem para o projeto, foi proposto o atendimento de idosos em locais específicos, como, por exemplo, os realizados durante o se-gundo semestre de 2013, no Centro Dia para idosos de Ribeirão Preto, localizado no bairro Jardim Juliana e no Círculo Operário de Vila Ti-bério, localizado no bairro Vila Tibério. A proposta foi nomeada de PIDI Itinerante e busca explorar a atividade de instrumentalização de idosos para o uso das novas tecnologias do cotidiano, fora do Espaço Cultural e de Extensão Universitária da FMRP-USP (ECEU). Foram realizadas no total duas realizações do PIDI Itinerante no segundo semestre de 2013. Para a abordagem dos ido-sos, durante o PIDI Itinerante, foram feitos folde-res, baseados no material didático do projeto de inclusão digital (apostilas), abordando de forma resumida as principais funções e utilidades de determinados aparelhos. Inicialmente o aparelho escolhido foi o celular, pois é o maior motivo de dúvidas e receio de idosos quanto a sua utiliza-ção. Sobre o simulador de caixa de auto atendi-mento, o principal objetivo é trazer para os idosos uma simulação de uma situação cotidiana em um banco no qual realizamos diversas atividades fi-nanceiras, com enfoque nas dificuldades que os mesmos enfrentam nessa situação a fim de saná--las para que, quando forem realmente realizar suas atividades financeiras, estejam preparados para qualquer imprevisto que possa surgir.Resultados alcançadosDurante este último ano, foram finalizadas qua-tro turmas no curso de Informática Básica I e II, sendo cada uma delas formadas com 8 partici-pantes e 16 com a mudança do projeto para o campus da USP. Participaram neste período, 30 idosos de Ribeirão Preto, sendo 83% mulheres e 7% homens, com média de idade de 65 anos. De modo geral, houve poucas desistências, sendo que os principais motivos foram quanto à incom-patibilidade de horário, viagens de longo período ou problemas de saúde. Os bolsistas também submeteram trabalhos para congressos relacio-nados ao tema.

Grupos de Terapia Ocupacional para Cuidadores de Pessoas Hospitalizadas: Estratégias Preventivas em Saúde MentalCoordenadorLeonardo Martins Kebbe

Ações/atividades desenvolvidasTrata-se de ações preventivas de Terapia Ocupa-cional em Saúde Mental, direcionadas à cuidado-res de pacientes internados em hospital de nível secundário, precisamente o Hospital Estadual de Ribeirão Preto (HERibeirão). O objetivo des-sas ações foi possibilitar a expressão, favorecer a reflexão compartilhada de situações vividas e fornecer orientações para a retomada de um de-sempenho ocupacional significativo, com o obje-tivo de reduzir o sofrimento associado às tarefas de cuidar. Foram realizadas supervisões sema-nais dos bolsistas para a intervenção grupal, as-sim como orientações para a sistematização de estudos teóricos sobre a temática.Resultados alcançadosOs bolsistas puderam observar, através da análi-se da dinâmica dos grupos de Terapia Ocupacio-nal, que as técnicas empregadas nesses grupos facilitavam a expressão de ideias, pensamentos e sentimentos sobre ser um cuidador e sobre as tarefas associadas a este papel ocupacional. O grupo tornou-se espaço protegido de acolhimen-to das necessidades dos cuidadores, bem como possibilitou a partilha de experiências, contribuin-do para a aprendizagem interpessoal, permitiu o gerenciando do estresse. Incentivou, também, a retomada de uma vida ocupacional significativa, o que foi identificado nos discursos dos partici-pantes ao relatarem retorno às atividades pro-fissionais. O compartilhamento de experiências tornou-se importante para os participantes, pois, ao identificarem situações semelhantes, mutu-amente, passaram a procurar soluções para os problemas vividos. O aprendizado interpessoal dos participantes foi enriquecido com a presença de cuidadores mais experientes no grupo, que encorajaram os recém-chegados no hospital. Os participantes frequentemente referiram que encontraram formas mais adequadas de en-frentamento de problemas, após os encontros, bem como referiram alívio da ansiedade. O grupo também se tornou um espaço de oferecimento de informações, à medida que questionamentos quanto à rotina hospitalar e situações conflitantes com a equipe foram esclarecidas pelos coorde-nadores dos grupos, tornando a comunicação e as relações afetivas mais eficazes. Os bolsistas desenvolveram, segundo relataram, habilidades para o planejamento de intervenção terapêutica, para a coordenação de grupos de Terapia Ocu-pacional e articulação teórico-prática. Foram re-alizados também, trabalhos para a apresentação em eventos.

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no apoio aos conteúdos ministrados pelos bolsis-tas. No âmbito da extensão universitária, o PIDI desenvolveu conhecimentos sobre as novas tec-nologias para cerca de 100 idosos por ano. As atividades extensionistas do PIDI Itinerante foram relevantes para os usuários idosos do Círculo Operário da Vila Tibério e do Centro Dia para Ido-sos no Jardim Juliana. Os participantes ressaltam positivamente esta iniciativa. No âmbito da pes-quisa, o PIDI tem sido importante para o desen-volvimento de estudos voltados à extensão, ao uso de equipamentos de uso na vida doméstica e tudo o que está neste entorno. As pesquisas são em nível de graduação (Iniciação Científica) e pós--graduação (Mestrado e Doutorado). Os bolsistas e a coordenadora participaram neste período de três eventos científicos internacionais e um local, resultando em cerca de dez trabalhos apresen-tados na modalidade pôster e oral e publicação em anais de evento e revista científica nacional e internacional. Publicações obtidas neste período: a) Santana, C. S.; Silva, D. O.; Marquine Raymun-do, T.; Santana, M. P.; Elui, V. M. C.; Marques, P.M.A. Uso de equipamentos de monitoramento da saúde por idosos no ambiente doméstico. Re-vista Brasileira de Geriatria e Gerontologia (UnATI. Impresso), v. 17, p. 383-393, 2014. b) Raymundo, T. M.; Carla da Silva Santana . Factors Influencing the Acceptance of Technology by Older People: How the elderly in Brazil feel about using electro-nics. IEEE Consumer Electronics Magazine, v. 3, p. 63-68, 2014. c) Marques, M. R.; Raymundo, T. M.; Bernardes, M.S.; Santana, Carla da Silva . Aspectos sociais envolvidos no uso de aparelhos eletrônicos por idosos. In:IV International Collo-quium of Gerontology, 2013, Ribeirão Preto. Su-plemento da Revista Medicina Ribeirão Preto. Ri-beirão Preto: Revista Medicina da FMRP-USP. d) Marquine Raymundo, T.; MARQUES, M. R.; BER-NARDES, M.S.; Campos, B.P.S.; Santana, Carla da Silva. A influência do gênero nas estratégias utilizadas por idosos para resolução das dificulda-des no uso de aparelho celular. In: IV International Colloquium of Gerontology, 2013, Ribeirão Preto. Suplemento da Revista Medicina Ribeirão Preto. Ribeirão Preto: Revista Medicina da Revista Medi-cina da FMRP-USP.

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Educação da População de Cássia dos Coqueiros sobre Problemas Oculares Preveníveis ou CuráveisCoordenadoraMaria de Lourdes Veronese Rodrigues

Ações/atividades desenvolvidasEm um primeiro momento, para a realização das atividades propostas, uma base teórica de-veria ser formada. Para isso, foram estudados problemas oculares e doenças sistêmicas com oculares, com enfoque para toxoplasmose. A realização de relatórios estipulados pela orienta-dora sobre cada uma das patologias permitiu a sedimentação do conhecimento, discussão dos conceitos e solução de questões/dúvidas (parte

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Projeto de Inclusão Digital de Idosos – PIDICoordenadoraCarla da Silva Santana

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades realizadas pelo projeto incluíram, aulas expositivas explicativas do aparelho eletrô-nico em questão, com o auxílio de um recurso visual, projetor multimídia e a utilização de ma-terial didático, apostilas. Além das aulas teórico--práticas, o projeto disponibilizou a importante interação do participante com o conteúdo abor-dado, em um horário dedicado apenas para as suas dúvidas. O plantão de dúvidas é de extrema importância, pois, o participante tem a oportuni-dade de receber um maior esclarecimento atra-vés de um atendimento individualizado, quanto ao conteúdo abordado nas aulas teórico-práti-cas, ao possível surgimento de dúvidas. Durante a passagem dos idosos pelo projeto, diversos questionários são aplicados, visando estabelecer o grau de interação do usuário com os conteú-dos ministrados e com a equipe. Os questioná-rios iniciais e finais, buscaram quantificar o grau de familiarização do participante com os recursos tecnológicos, antes e após sua passagem pelo projeto. Posteriormente, os dados obtidos com as aplicações de tais questionários, são utilizados em pesquisas e no desenvolvimento de materiais apresentados em eventos acadêmicos. O PIDI Itinerante: Com o objetivo de explorar uma nova forma de abordagem para o projeto, foi proposto o atendimento de idosos em locais de convívio dos mesmos, como por exemplo os realizados durante o segundo semestre de 2013, no Cen-tro Dia para idosos de Ribeirão Preto, localizado no bairro Jardim Juliana e no Círculo Operário de Vila Tibério, localizado no bairro Vila Tibério. A proposta foi nomeada de PIDI Itinerante e bus-cou explorar a atividade de instrumentalização de idosos para o uso das novas tecnologias do cotidiano, fora do Espaço Cultural e de Exten-são Universitária da FMRP-USP (ECEU). Foram realizadas no total duas realizações do PIDI Iti-nerante no segundo semestre de 2013. Durante o PIDI Itinerante, foram elaborados e distribuídos para os idosos participantes, folderes baseados no material didático do projeto de inclusão digi-tal (apostilas), abordando de forma resumida as principais funções e utilidades de determinados aparelhos. Inicialmente o aparelho escolhido foi o celular, pois é o maior motivo de dúvidas e receio de idosos quanto a sua utilização. As atividades realizadas pelos bolsistas durante o período de agosto de 2013 à julho de 2014, foram: aulas; plantão de dúvidas; reuniões de discussão; ativi-dades administrativas de organização; participa-ção em eventos científicos.Resultados alcançadosComo espaço de ensino, o projeto recebe cerca de 20 estudantes do curso de Terapia Ocupa-cional por ano. Esses estudantes desenvolvem atividades tanto de observação quanto práticas

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de depoimento de bolsista). Como a grade cur-ricular da FMRP dificultou a locomoção dos alu-nos para Cássia dos Coqueiros, decidiu-se, na segunda fase, ministrar aulas para os agentes comunitários, responsáveis pelos grupos fami-liares incluídos no Programa Saúde da Família, que, por sua vez, difundiriam os conhecimentos à população. Nesta fase, contou-se com a cola-boração do Prof. Dr. Gutemberg de Mello Rocha. Como atividade complementar, foi proposta pela orientadora a realização de pesquisa, basea-da em analise de prontuários de pacientes com glaucoma primário de ângulo aberto (um dos pro-blemas oculares abordados no projeto) acompa-nhados pelo Hospital das Clínicas da FMRP, so-bre não-adesão ao tratamento – um dos fatores de risco para a progressão da doença. Foram colhidos dados sobre o tempo de tratamento de tais pacientes, os medicamentos para contro-le da pressão intraocular, e suas repercussões sobre a evolução das perdas visuais. Um dos bolsistas, Moisés Moura de Lucena, aderiu. Os resultados preliminares foram apresentados pelo aluno no Congresso Norte-Nordeste de Oftalmo-logia, realizado em março de 2014 e, ampliados com a coleta de novos dados, será paresentado no Congresso Médico Acadêmico da FMRP, em setembro de 2014.Resultados alcançadosA realização do projeto e a participação dos alunos proporcionaram grande agregação ao desenvolvi-mento acadêmico destes. A oportunidade de co-nhecer novas formas de atuar sobre a comunida-de sob a óptica da promoção da saúde e de trocar resultados de pesquisa e conhecimento por meio de palestras, aulas e, até mesmo congressos, como se verificou no presente projeto, expandiu a visão dos estudantes sobre como a universidade age na sociedade. Verificou-se, assim, a proposta inicial de aliar o conhecimento e pesquisa universi-tária ao trabalho de campo e de extensão. Para a comunidade, 700 famíías (com média de três pes-soas cada) foram beneficiadas. Isto representa a população total de Cássia dos Coqueiros.

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Avaliação do Grau de Inclusão Digital de Pacientes e Oportunidade para Processos em Ambiente HospitalarCoordenadorJorge Elias Júnior

Ações/atividades desenvolvidasFoi realizado novo levantamento bibliográfico so-bre o assunto, com direcionamento principalmen-te para aspectos da segurança dos pacientes sub-metidos a exames de imagens. Foram realizadas várias reuniões com discussão sobre os múltiplos aspectos relativos ao objeto, com enriquecimen-to do conhecimento sobre o assunto pela aluna, salientando-se maior tempo nessa fase conside-rando que a área da aluna (Terapia Ocupacional) não tem formalmente no currículo esse conteúdo. Além disso foi revisado o questionário que será aplicado, além do termo de consentimento livre

e esclarecido para assinatura daqueles pacientes que concordarem em participar da pesquisa. Foi enviado o projeto para o CEP.Resultados alcançadosPreparação inicial de manuscrito que será sub-metido à publicação após completar o levanta-mento final junto aos pacientes.

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Projeto Oficina de Memória para IdososCoordenadoraCarla da Silva Santana

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades desenvolvidas no segundo semestre de 2013 tiveram como eixo norteador o conheci-mento e a construção de projetos de vida e como isto se articula com as memórias pessoais dos integrantes. Estes projetos pareceram bastante relevantes pois identificamos que grande parte dos idosos tem dificuldade em planejar a sua vida e ao longo do tempo o cotidiano vai se tornando vazio, ocorrendo também o esvaziamento dos papéis ocupacionais na velhice. Os encontros se-manais tiveram como atividade principal o desen-volvimento de projetos de vida de curto, médio e longo prazo para o pilar físico. Estes incluíam di-nâmicas de grupo, atividades expressivas, jogos e debates e as lembranças de momentos vividos e projetados para o futuro foram bastante importan-tes para fundamentar as vivências pessoais. As atividades do primeiro semestre de 2014 foram norteadas pelos projetos ligados ao pilar afetivo--sexual. As atividades principais foram a exibição do filme Chega de Saudade, debates e dinâmicas de grupo. Demais atividades realizadas: Reuni-ões de organização e debates da coordenadora (semanais). Participação em evento científico (IV International Colloquium of Gerontology). Visita a museu da FMRP-USP.Resultados alcançadosParticipação de 25 idosos ao longo do ano e de cerca de 20 estudantes do curso de Terapia Ocupacional da FMRP-USP em diferentes anos de formação. Apresentação de dois trabalhos científicos em eventos nacional e internacional na forma de pôster e oral, publicação do trabalho O Cuidar do Corpo na Terceira Idade: Projetos Pes-soais na Velhice de autoria de Molina, A.M.T.B.; Souza, F.R.D.; Santana, C.S. na Revista Medicina referente ao IV International Colloquium of Ge-rontology, 2013, Ribeirão Preto. Suplemento da Revista Medicina Ribeirão Preto. Ribeirão Preto: Revista Medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, 2013. v. 46.

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Projeto de Extensão: Caixa de HistóriasCoordenadoraLuzia Iara Pfeifer

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Ações/atividades desenvolvidasO Projeto Caixa de Histórias tem como objetivo capacitar graduandos de Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo para contar histórias infantis, utilizando, como recursos, bonecos con-feccionados por essas e outros elementos lúdi-cos. Após a contação das histórias, os persona-gens e os elementos da caixa são manipulados pelas crianças e adolescentes hospitalizados e são realizadas atividades de acordo com o tema da história. Vale ressaltar também que, os gradu-andos participam de capacitação inicial e depois de começarem a contar histórias, há supervisões com coordenadores do programa para troca de experiências e informações. Como um programa de extensão, o projeto que ocorre desde 2005, também proporciona integração entre universi-dade e comunidade, sucede às demandas da formação profissional na área de Terapia Ocupa-cional na infância e adolescência e, ao mesmo tempo, às necessidades do público-alvo da co-munidade, crianças e adolescentes que deferem das instituições (ambulatórios, hospitais e centro de reabilitação) da cidade de Ribeirão Preto-SP. Este ano, o projeto contou com a presença de dez voluntárias mais a bolsista e as contações foram realizadas nas enfermarias de pediatria no Hospital das Clínicas e na Unidade de Emergên-cia. Contamos com a colaboração de três Tera-peutas Ocupacionais que atuam nas enfermarias pediátricas, as quais contribuíram com as super-visões locais e com as tutorias quinzenais. Foi de extrema importância este processo tanto para as graduandas voluntárias, quanto para as crianças que se beneficiaram com as contações e dinâmi-cas propostas pelas atividades.Resultados alcançadosCapacitação de dez graduandos de Terapia Ocu-pacional para contação de histórias utilizando o recurso das caixas de histórias, além de contri-buir com o desenvolvimento das habilidades de oferecer atividades pré-elaboradas para crianças hospitalizadas, o que demanda certas adapta-ções para o sucesso do objetivo proposto. Deze-nas de crianças e adolescentes em situação de hospitalização beneficiados com o processo de contação e execução de atividades, que resga-tam seus papéis de brincantes e mudam o foco da dor e doença, para o da alegria e da infância.

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Ação Educativa no Museu de Anatomia Veterinária e no Museu Histórico da FMVZ-USPCoordenadorFrancisco Javier Hernandez Blazquez

Ações/atividades desenvolvidasA aluna de graduação Isabela Santos Silva (IB) e o aluno Matheus Burilli Cavalini (FMVZ) foram os bolsistas selecionadas que atuaram nesse pro-jeto. As atividades foram desenvolvidas no Mu-seu de Anatomia Veterinária FMVZ-USP, onde os estagiários tiveram um cotidiano envolvido pelo planejamento e realização de atividades educa-tivas relacionadas diretamente com a exposição de longa duração do museu. Os estagiários par-ticiparam dos processos ligados à extroversão e mediação das exposições, nos projetos em de-senvolvimento, atuaram nas ações junto aos visi-tantes espontâneos e, principalmente, em grupos organizados. Esses alunos receberam subsídios e treinamentos específicos com informações re-lacionadas a Anatomia Veterinária, Educação Pa-trimonial, Divulgação Científica e Extensão Cultu-ral, enriquecendo suas formações universitárias, criando, dessa forma, ótima oportunidade de aperfeiçoamento acadêmico e desenvolvimento profissional. A supervisão esteve a cargo de um docente da Medicina Veterinária e do especialista em museologia. Dentre as atividades realizadas, destacam-se as seguintes: Apoio no planejamen-to das ações educativas; Pesquisa de imagens e textos para produção de materiais educativos para os grupos de visitantes; Desenvolvimento de detalhes dos recursos expositivos aplicados nas exposições com funções pedagógicas, tais como: legendas explicativas, painéis e organiza-ção de vitrinas temáticas; Apoio na análise dos usos da página eletrônicas do MAV; Leitura e discussão de textos atuais ligados à educação em museus; Apoio na melhoria do Roteiro de Mo-nitoria da exposição de longa duração do MAV; Atendimentos de visitantes espontâneos e de grupos escolares da rede pública de ensino na exposição Dimensões do Corpo: da anatomia à microscopia; Apoio na identificação taxonômica dos exemplares das coleções do museu apre-sentadas ao público na exposição; Realização do levantamento dos conteúdos programáticos de temas de biologia na rede de ensino para adap-tação no Programa Educativo do MAV; Apoio no desenvolvimento de uma apostila para professo-res; Participação em eventos do Museu: USP & Profissões e Semana Nacional de Ciência e Tec-nologia; Visitas técnicas ao Museu da Faculdade de Medicina, à Pinacoteca do Estado e aos Mu-seus do Instituto Butantan.Resultados alcançadosEsse projeto buscou ampliar as possibilidades de vivência acadêmica e experimental de seus bol-sistas, interessados em atuar no campo da Mu-seologia aplicada às ações educativas. Ao seu final, foram alcançados os seguintes objetivos: trazer ao MAV alunos com formação em áreas diversas para as práticas museológicas; envolver alunos da graduação em projetos de extensão

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universitária, ligados, sobretudo, à ação educa-tiva em museus; realização de um trabalho mul-tidisciplinar, planejado a partir da atuação na in-terface das atividades do médico veterinário e de atividades museológicas; geração de oportunida-des para a difusão do conhecimento e da cultura universitária por meio de atividades de extensão ao público. Avaliamos que esse projeto propiciou uma experiência enriquecedora aos alunos, no que diz respeito ao cotidiano de trabalho em um museu universitário, por meio de sua imersão nos bastidores de uma instituição dedicada à pesqui-sa, ensino e divulgação da pesquisa em Medicina Veterinária. Os alunos envolvidos nesse projeto também tiveram contato direto com coleções de pesquisa e diferentes projetos educativos, partici-pando da execução e até mesmo da avaliação de resultados das propostas didáticas apresentadas aos diferentes visitantes que passaram pelo Mu-seu de Anatomia Veterinária da FMVZ-USP entre 2013 e 2014. Para os coordenadores do museu e do presente projeto, os resultados foram ex-celentes, superando as expectativas iniciais. O grande envolvimento das alunas trouxe aspectos expressivos, aperfeiçoando as metas de nossas ações. Isso pôde ser aferido, por exemplo, nos comentários dos responsáveis pelos grupos de visitas que passaram pelo museu e que foram atendidos pelos estagiários: cerca de 90% ava-liaram como “muito bom”, destacando por vezes a qualidade do atendimento e das informações apresentadas.

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Projeto e Montagem de Exposições no Museu de Anatomia Veterinária e no Museu Histórico da FMVZ-USPCoordenadorFrancisco Javier Hernandez Blazquez

Ações/atividades desenvolvidasA aluna de graduação da FMVZ Thais Almada Nobre de Mello foi a bolsista selecionada que atuou nesse projeto. As atividades foram de-senvolvidas no Museu de Anatomia Veterinária FMVZ-USP, onde a estagiária teve um cotidiano envolvido pelo planejamento e realização de ati-vidades expográficas relacionadas diretamente com a exposição de longa duração do museu. A estagiária participou dos processos ligados à ex-troversão da exposição, dos projetos em desen-volvimento, atuou nas pesquisas e elaboração de textos e imagens para os recursos expositi-vos. Essa aluna recebeu subsídios e treinamen-tos específicos com informações relacionadas à Anatomia Veterinária, Design Gráfico, Divulgação Científica e Extensão Cultural, enriquecendo suas formações universitárias, criando, dessa forma, uma excelente oportunidade de aperfeiçoamento acadêmico e desenvolvimento profissional. A su-pervisão esteve a cargo de um docente da Medi-cina Veterinária e do especialista em museologia. Dentre as atividades realizadas, destacam-se as seguintes: Apoio no planejamento e desenvolvi-mento dos projetos expográficos; Atuação nos

processos de planejamento e montagem de ex-posições; Desenvolvimento de detalhes dos re-cursos expositivos aplicados nas exposições, tais como mapas, ilustrações e vídeo; Vetorização de ilustrações científicas para os painéis explicativos da exposição do MAV; Apoio no desenvolvimento de produtos gráficos de divulgação das exposi-ções; Apoio na manutenção da exposição de lon-ga duração; Apoio na revisão do Roteiro de Mo-nitoria da exposição de longa duração do MAV; Atuação no desenvolvimento de detalhes dos recursos expositivos aplicados nas exposições com funções pedagógicas, tais como legendas explicativas, painéis e organização de vitrinas te-máticas: vitrina de aves e sobre dentes; Leitura e discussão de textos atuais ligados à Museologia; Atendimentos de visitantes espontâneos e de grupos escolares da rede pública de ensino na exposição Dimensões do Corpo: da anatomia à microscopia; Participação em eventos do Museu: USP & Profissões e Semana Nacional de Ciência e Tecnologia; Visitas técnicas ao Museu da Facul-dade de Medicina, à Pinacoteca do Estado e aos Museus do Instituto Butantan.Resultados alcançadosEsse projeto buscou ampliar as possibilidades de vivência acadêmica e experimental de sua bolsis-ta, interessada em atuar no campo da Museolo-gia aplicada aos projetos e montagem de exposi-ção. Ao seu final, foram alcançados os seguintes objetivos: trazer ao MAV alunos com formação em áreas diversas para as práticas museológi-cas; envolver alunos da graduação em projetos de extensão universitária, ligados, sobretudo, à comunicação museológica; realização de um tra-balho multidisciplinar, planejado a partir da atua-ção na interface das atividades do médico veteri-nário e museológicas; geração de oportunidades para a difusão do conhecimento e da cultura universitária por meio de atividades de extensão ao público. Avaliamos que esse projeto propiciou uma experiência enriquecedora à aluna no que diz respeito ao cotidiano de trabalho em um mu-seu universitário, por meio de sua imersão nos bastidores de uma instituição dedicada a pesqui-sa, ensino e divulgação da pesquisa em medicina veterinária. A aluna envolvida nesse projeto tam-bém teve contato direto com coleções de pes-quisa e diferentes formas de exposição de conte-údos científicos, participando da execução e até mesmo da avaliação de resultados das propostas expográficas apresentadas aos diferentes visitan-tes que passaram pelo Museu de Anatomia Vete-rinária da FMVZ-USP entre 2013 e 2014. Para os coordenadores do museu e do presente projeto, os resultados foram excelentes, superando as expectativas iniciais. O grande envolvimento des-sa aluna trouxe aspectos expressivos, aperfeiço-ando as metas de nossas ações. Isso pôde ser aferido, por exemplo, nos comentários dos visi-tantes que passaram pelo museu, reconhecendo a melhoria nos aspectos da comunicação muse-ológica, destacando por vezes a qualidade dos serviços oferecidos e das informações apresen-tadas. A aluna foi incentivada a utilizar novas fer-ramentas para o desenvolvimento de desenhos

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anatômicos. E aqui reside um importante objetivo atingido: introdução e desenvolvimento de técni-cas de ilustrações científicas computadorizadas. Através do Corel Draw e do Photoshop, a aluna pode desenvolver suas habilidades artísticas por meio da vetorização de imagens que buscam evi-denciar importantes caracteres anatômicos para o público do MAV. Os resultados foram excelen-tes, agregando valores tanto para a exposição como para os alunos, que passaram a utilizar essa ferramenta em seus projetos acadêmicos.

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Programa PESA – Práticas Educativas em Segurança dos Alimentos na Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira – CUASO-USPCoordenadoraSimone de Carvalho Balian

Ações/atividades desenvolvidasEste projeto corresponde à 3ª fase do Progra-ma PESA – Práticas Educativas em Segurança dos Alimentos na Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira-USP. A 1ª fase compreendeu o cadastramento dos pontos de venda de alimen-tos na CUASO-USP, fixos e em vias públicas. A 2ª etapa, a avaliação das condições de boas práticas de higiene e manipulação de alimen-tos – BPHM nos pontos de venda de alimentos, gerando relatórios de orientação técnica para a correção dos pontos, aspectos, estruturas e práticas não conformes. Nesta fase, a 3ª, relati-va a este projeto, foram realizadas atividades de campo para verificação das condições de expo-sição dos alimentos durante a comercialização, avaliando temperatura e fazendo-se a coleta de amostras para análises laboratoriais de natureza microbiológica. Foram colhidas amostras de ali-mentos quentes e frios, doces e salgados. Do to-tal de 53 estabelecimentos de comércio alimen-tício cadastrados na CUASO foram classificados em dois tipos: Restaurantes/Lanchonetes (com estrutura fixa) e Pontos Externos (com estrutura móvel). Foram selecionados 15 (quinze) estabele-cimentos, oito Restaurantes/Lanchonetes (RL) e sete Pontos Externos (PE), com representativos volumes de comercialização mensal. De cada um deles colheu-se, sem aviso prévio, três amostras de alimentos prontos para o consumo expostos à venda. Aos alimentos colhidos destinaram-se à análise laboratorial para a análise de seu perfil microbiológico higiênico-sanitário.Resultados alcançadosDo total de 45 amostras, 20 eram alimentos salgados quentes, 17 eram alimentos salgados frios e oito eram alimentos doces. Apenas quatro das 45 amostras colhidas (8,9%) apresentaram temperaturas de exposição ao consumo em con-formidade com a Portaria Municipal nº 2.619/11 (SÃO PAULO, 2011) e com a Portaria CVS-5/13 (SÃO PAULO, 2013). As quatro amostras em conformidade consistiam em dois alimentos sal-gados quentes, um salgado frio e um doce. As médias das temperaturas aferidas nos alimentos

salgados quentes, salgados frios e doces foi de 45,2°C (±13,5), 18,1°C (±6,2) e 17,2°C (±7,9), respectivamente. Todas as temperaturas médias aferidas enquadram-se na faixa de risco, entre 10 e 60°C, para a exposição à venda e consumo, segundo a Portaria Municipal nº 2.619/11 (SÃO PAULO, 2011) e a Portaria CVS-5/13 (SÃO PAU-LO, 2013). Participaram das atividades de cole-ta de amostras, transporte, análise laboratorial, elaboração de resultado final uma aluna de Pós--Graduação e graduandos em prática de estágio no setor de Higiene e Inspeção de Alimentos da FMVZ-USP. A realização desta etapa do Pro-grama PESA (3ª) – análises de alimentos, venho complementar a etapa anterior (2ª) que fez um levantamento das condições de BPHM – boas práticas de higiene e manipulação dos alimentos produzidos e comercializados na Cidade Univer-sitária Armando de Salles Oliveira – CUASO-USP. Vale lembrar que a 1ª fase aconteceu quando do cadastramento dos pontos de venda de alimen-tos na CUASO-USP, trabalho que teve início em 2010.

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Apoio às Atividades de Cultura e Extensão na FMVZCoordenadoraEvelise Oliveira Telles

Ações/atividades desenvolvidas1) Apoio na organização e divulgação dos even-tos gerais relacionados a CCEx, quais sejam: Momento Cultura e Extensão (atividades varia-das, normalmente no horário do almoço, com cerca de 40mins de duração, visando a integrar e relaxar o público local) em 2013 e 2014, Sema-na da Arte e Cultura de 2013, Feira de Ciência e Tecnologia de 2013, Feira de Profissões da USP de 2013 e 2014 e Visitas Monitoradas de 2014; 2) Levantamento de sugestões da comunidade FMVZ sobre atividades de interesse para o Mo-mento Cultura e Extensão para elaboração de uma proposta de programação; 3) Elaboração de uma lista de potenciais patrocinadores para as atividades do Momento Cultura Extensão; 4) Auxilio na divulgação do Cinevet, evento organi-zado pelo CA que seleciona e projeta filmes para a comunidade; 5) Divulgação dos eventos da PRCEU, como por exemplo, da Tenda Cultural, apresentação da OSUSP, Projeto Nascente, Pro-grama Giro, etc; 6) Divulgação das oportunidades de bolsa dos Projetos homologados do Aprender com Cultura, edição 2014-15.Resultados alcançados1) Os eventos foram divulgados no Facebook da CCEx, murais, salas e departamentos, etc. e houve o recrutamento de alunos interessados em atuar como monitores nos eventos, quando necessário. No Momento Cultura e Extensão fo-ram realizadas as seguintes atividades: piano no saguão para ser tocado por quem desejasse; ex-posição de fotografias sobre a Ilha de Galápagos; jogos teatrais ministrados por uma professora de artes cênicas; apresentação dos Violeiros de

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feridas e confecção de curativos, casqueamento preventivo, administração de vermífugos, assep-sia pré e pós-ordenha, auxílio antes, durante e depois do parto e diversos cuidados com neo-natos, por exemplo: amamentação, limpeza do umbigo com iodo e administração de colostro.Resultados alcançadosO Hospital de Bovinos tem uma alta casuísta, permitindo o acompanhamento de uma grande quantidade e variedade de casos clínicos, aten-dendo a comunidade da região da cidade de São Paulo e arredores. O aprendizado prático é valori-zado e a construção do conhecimento é constan-te. A participação de forma ativa das atividades do Hospital de Bovinos e seus laboratórios, bem como os atendimentos com a Clinica Ambulante permitiram, nesses 6 meses de projeto, aumen-tar o vínculo do aluno com a clínica de animais ruminantes. Sem dúvida este projeto tem uma importância fundamental para a formação não só acadêmica mas também profissional do aluno, pois há um contato direto entre homem e animal, relação fundamental para a profissão de médico veterinário. Em números, foram atendidos no Serviço de Clínica de Bovino e Pequenos Rumi-nantes (Levantamento por espécie) – 2013/2014: Número de animais atendidos segundo a espécie na Clínica Ambulante 2013:367; 2014:205 até o momento. Número de retornos 2014:522 até o momento.

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Projeto Animais Solidários: a Zooterapia como Extensão Universitária para Idosos InstitucionalizadosCoordenadoraMaria de Fatima Martins

Ações/atividades desenvolvidasNo projeto, os animais foram levados aos asi-los, como a Casa São Vicente de Paula (Piras-sununga-SP), para a interação com os idosos. As visitas com os animais proporcionaram uma contribuição da melhoria de qualidade de vida destas pessoas. Deste modo, os animais são meios importantíssimos para o desenvolvimento da institucionalização dos idosos, pois muitas ve-zes é o único afeto que esses recebem. O ato de afagar ou interagir com o animal pode levar a uma sensação de prazer, que está relacionada a hormônios, como a endorfina (responsável pela felicidade e prazer de viver). E, quando produzida em quantidades suficientes, pode elevar a auto--estima e proporcionar maior relaxamento. Esse foi um dos motivos pelos quais desenvolvemos este projeto, ou seja, desencadear a produção de endorfina com a presença dos animais em ido-sos, onde a falta de exercício associada à solidão e ao medo da morte, cria poucas expectativas com redução do bem-estar. O que esperamos através desta pesquisa foi que a interação entre esses animais e os neuro-mediadores relacio-nados ao prazer e à satisfação, como a endor-fina, pudessem ser ativados, beneficiando estes

Pirassununga no Anfiteatro; e exposição de fotos de animais silvestres do campus de Pirassunun-ga. Para todas as atividades foram feitos certifi-cados para os que regeram as atividades (ex: au-tor das fotografias, professora de arte cênicas); 2) Os funcionários foram os que mais deram suges-tões para o Momento Cultura e Extensão, que, em sua maioria, foram: dança, momento musi-cal, acréscimo com histórias, jogos de tabuleiro, sarau, debates sobre diferentes temas, espaço para brincadeiras, atuações, hora do idioma, etc. e foi proposto uma programa de atividades para o primeiro semestre de 2014; 3) Foi elaborada uma lista de potenciais patrocinadores.

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Atendimento a Criatórios de Bovinos e Pequenos Ruminantes Localizados na Grande São PauloCoordenadoraLilian Gregory

Ações/atividades desenvolvidasDurante os meses do projeto, os bolsistas pude-ram acompanhar nos horários livres em suas gra-des horárias e aos finais de semana toda a rotina de trabalho do Hospital de Bovinos e Pequenos Ruminantes e Centro de Pesquisa e Diagnóstico em Enfermidades de Ruminantes. A abordagem dos animais era sistematizada em um primeiro atendimento com exame clínico completo e exa-mes físicos diários para acompanhamento da evolução do quadro clínico do animal internado. Inicialmente o exame clínico era composto pela identificação do animal, anamnese, exame físico geral, específico e através da solicitação de exa-mes complementares. A identificação é o regis-tro das características de espécie, raça, idade, sexo e procedência do animal. A anamnese é o levantamento do histórico do caso e de outras informações através de informações fornecidas pelo proprietário ou tratador. O exame físico geral consiste em coletar dados do animal através da inspeção, palpação, percussão e auscultação, incluindo exame do estado geral do animal, fun-ções vitais, mucosas, linfonodos e exame especí-fico de cada sistema acometido (digestório, loco-motor, reprodutivo, respiratório e etc). Os exames complementares reúnem exames laboratoriais, radiográficos, ultrassonográficos, endoscópicos e cirúrgicos exploratórios entre outros. As princi-pais atividades realizadas no Hospital de Bovinos e Pequenos Ruminantes foram: exame ultras-sonográfico, para diagnóstico de gestação em pequenos ruminantes, acompanhamento de pro-cedimentos clínico-cirúrgicos como descornas, bem como acompanhamento pós-operatório, transfaunação com conteúdo ruminal, coleta de material como sangue e fezes. Também duran-te o decorrer do projeto os alunos, sob tutela da Profa. Dra. Lilian Gregory e a ajuda de diversos Pós-graduandos, residentes e profissionais, tive-ram a oportunidade de aprender diversos outros procedimentos do atendimento dos bovinos e pequenos ruminantes, dentre eles: assepsia de

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idosos de modo que suas mentes, seu físico e seu afeto, fossem beneficiados através deste projeto da CCex.Resultados alcançadosOs resultados obtidos foram extremamente ani-madores, pois este projeto foi agradecido com Menção Honrosa no último evento do 3º Simpó-sio Aprender com Cultura e Extensão, que ocor-reu em Ribeirão Preto-SP. Este trabalho também foi publicado na revista da CCex, com o título Animais Solidários: A Zooterapia como Exten-são Universitária para Idosos Institucionalizados, v.11, ano 2014 (Fonte: <http://www.revistas.usp.br/rce/article/view/80068>), com o título Animais Solidários. E também foi assunto da Revista Toy--Mel & Cia, Ano III, Nº 09, Jun/2014, com o títu-lo Zooterapia assistido por animais com idosos institucionalizados. Este projeto também teve participação no CONBRAVET 2014, que ocorreu em Gramado-RS, com o título A contribuição da zooterapia no cotidiano de idosos institucionali-zados (Fonte: <http://www.conbravet2014.com.br/anais2014/index.phppg=anais&atividade=&tipo=&tt=&op=atividades&area=2>) Este projeto re-velou alguns aspectos importantes, que foram a importância da extensão para o aluno universitá-rio, pois os idosos não estabeleceram vínculos só com os animais, mas com toda a equipe execu-tora do projeto. Além disso, contribuiu para que nossos alunos pudessem refletir sobre a análise do envelhecer, a importância de ir além dos mu-ros, sentir a compaixão e buscar soluções para a melhoria do bem estar da população de idosos, que só tende a aumentar ano após ano. E final-mente, pode-se dizer que as iniciativas realizadas sobre o lazer de idosos institucionalizados ainda são extremamente escassas.

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Impactos do Conhecimento Técnico-Científico de Retireiros de Vacas Sobre a Qualidade do LeiteCoordenadoraMaria de Fatima Martins

Ações/atividades desenvolvidasNo cenário da bovinocultura leiteira a produção de um leite com qualidade está cada vez mais em evidência, porém observamos que existe uma grande carência de informações, principalmente quando voltada aos pequenos produtores. O prin-cipal objetivo das nossas ações foi verificar o nível de interação dos retireiros com as vacas quanto seu bem-estar, e também sobre as normas, assim como definir as relações existentes entre a inte-ração de comportamento retireiro-vaca leiteira, o bem estar do animal e as prováveis influências sobre a produtividade e a qualidade do leite. Fo-ram visitadas nesta pesquisa fazendas leiteiras da região de Pirassununga envolvendo aplicação de questionários qualitativos, perfil dos retireiros e a relação entre os funcionários e o rebanho.

Resultados alcançadosAs atividades desenvolvidas por este projeto possibilitaram determinar o perfil dos produtores e retireiros envolvidos em atividades leiterias em pequenas propriedades na região de Pirassu-nunga-SP. O projeto também propiciou o forta-lecimento da interação entre a universidade e os produtores, tornando possível a melhoria da qua-lidade e produtividade da bovinocultura leiteira, além do estudo do comportamento dos retireiros em relação ao bem-estar das vacas. Este traba-lho foi apresentado no V Congresso Brasileiro de Qualidade do Leite em Águas de Lindoia no pe-ríodo de 10 a 12 de junho de 2013. E também foi apresentado no CONBRAVET, que ocorreu em Salvador-BA, com o título Concepção de zoote-rapia e bem-estar na interação retireiro-vaca, ano 2013, P-337 (Fonte: <http://www.sbmv.org.br/docs/anais_conbravet_2013.pdf>). Portanto, dentro dos objetivos que a Cultura e Extensão apregoa, acreditamos que o projeto foi bem su-cedido.

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Educando Através dos Animais: o Papel da Zooterapia no Cotidiano de EscolaresCoordenadoraMaria de Fatima Martins

Ações/atividades desenvolvidasEste projeto foi extremamente bem executado pelos bolsistas envolvidos. Os animais foram às escolas e contribuíram com o aprendizado das crianças, os alunos tiveram uma visão extramu-ros sobre a educação nas escolas, o qual contri-buiu para o enriquecimento de sua formação. Os alunos desenvolveram metodologias de ensino, através dos animais, que foram repassadas aos professores e bastante utilizadas pelos mesmos. A presença dos animais nas escolas está centra-da na ciência da Zooterapia, que tem por alicerce a interação do ser humano com os animais. E poder levar estes animais até o ambiente escolar significa contribuir com uma educação humani-tária e demonstrar o respeito a todas as formas de vida. Além de que esta contribuição é de uma forma ética e vivencia a plena cidadania.Resultados alcançadosEste projeto participou do programa Bem--Estar Animal da Rede Globo de Televisão (Fonte: <http://globotv.globo.com/rede-globo/bem-estar/v/professores-usam-escargot-para--estimular-o-aprendizado-e-acalmar-os-alu-nos/2653891/>) onde foi enfatizada a impor-tância dos animais (escargots) no trabalho com crianças hiperativas. O mesmo também, com a participação dos bolsistas, teve a publicação na revista Toy-Mel & Cia (Zooterapia: Um elo na in-teração entre o homem e o animal. Ano II Nº 07 Trimestral, Dez/2013, p. 10; Utilização de gatos na zooterapia. Ano II, Nº 08 Trimestral, Mar/2014, p.21. Fonte: <http://toyemelecia.blogspot.com.br/>), onde dados do projeto foram divulgados à comunidade que gosta de animais. O projeto

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também participou ano passado e neste ano, do CONBRAVET (Congresso Brasileiro de Medicina Veterinária) em Salvador-BA (2013) e em Gra-mado-RS (2014). Com os projetos: A inserção de cães e gatos na função de co-terapeutas na promoção da saúde bucal de crianças no ensino fundamental. Anais CONBRAVET 2013, AO-89; A zooterapia no contexto da educação humani-tária para crianças do ensino fundamental. Anais CONBRAVET 2013, P-089. (Fonte: <http://www.sbmv.org.br/docs/anais_conbravet_2013.pdf>). Agradece à CCex pelo fornecimento das bolsas que viabilizou o atendimento de mais de 500 crianças, procedentes da rede pública e particu-lar, a interagir com animais através deste projeto.

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Manutenção do Site Educacional sobre Higiene e Segurança dos AlimentosCoordenadoraEvelise Oliveira Telles

Ações/atividades desenvolvidas1) Reconhecimento do projeto a fim de entender suas diretrizes, demandas e objetivos para que pudesse ser traçado um plano de metas; 2) Aná-lise do material bruto a ser publicado no site; 3) Pesquisas sobre Análise de Mídias Digitais, Pu-blicações Eletrônicas, Redes Sociais, Comunica-ção Digital, e assuntos relacionados; 4) Redação, preparação e revisão da produção textual do site, tais como cartilhas simplificadas sobre diversos temas relacionados à segurança e higiene alimen-tar, em linguagem simplificada a fim de comunicar com clareza e informar a população de maneira eficiente, possibilitando o melhor entendimento dos temas; 5) Revisão de todo o material produzi-do pelo projeto, tornando-o mais conciso, coeso e acessível sob o ponto de vista editorial, alinhan-do tal material às tendências em publicações em mídias digitais; 6) Reconhecimento da plataforma Joomla; 7) Testes de publicações através da pla-taforma Joomla; 8) Pesquisas sobres plataformas gratuitas que permitissem ao usuário ter autono-mia para decidir sobre a comunicação visual do site, nas publicações, em funcionalidades, bem como usufruir de ferramentas que auxiliem nos mecanismos de publicação e interatividade com o público; 9) Definição da identidade gráfica e visual do site, imagens a serem usadas, perio-dicidade das publicações, funcionalidades do site, desenvolvimento de formulários de contato através de linguagem específica (programação), dentre outros; 10) Confeção do Relatório Final.Resultados alcançados1) Textos claros, coesos e concisos que atingiram seu objetivo de comunicar de forma rápida, obje-tiva e concisa, como deve ser uma publicação di-gital; 2) Comunicação visual eficiente e agradável, que estimula a leitura sem cansar quem acessa o site; 3) Tornar acessível ao público em geral in-formações técnicas e acadêmicas, aproximando a comunidade da Universidade e de temas im-portantes e ao mesmo tempo de caráter técnico; 4) Concepção de uma espaço de interatividade

entre os pesquisadores, docentes, alunos e pú-blico em geral, com ferramentas eficientes que viabilizam tal comunicação.

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Projeto Santuário FMVZ-USPCoordenadoraPaula de Carvalho Papa

Ações/atividades desenvolvidasNos anos anteriores, as atividades desenvolvidas pelo grupo, essencialmente, eram preconizadas com base no Programa Permanente de Controle Reprodutivo de Cães e Gatos do Município de São Paulo, desenvolvido pela Secretaria da Saú-de de São Paulo. O programa objetiva desen-volver ações de controle reprodutivo de cães e gatos (mutirões de castração) e de orientação ao proprietário quanto à guarda responsável de ani-mais domésticos, assim como orientação quanto às zoonoses de importância em saúde pública, indicadas pelo Centro de Controle de Zoonoses. Atualmente, as atividades estendem-se também ao atendimento de convites feito por escolas in-dependentes dos mutirões, além das atividades realizadas pelo projeto Saúde Única, cuja parte educativa é desenvolvida pelo Projeto Santuário. Além destas ações, o Projeto Santuário estende suas atividades a participações em eventos des-tinados à família e à saúde coletiva, além de en-gajar e estimular a participação de seus membros em conferências, seminários, reuniões temáticas, feiras do mercado pet, entre outras.Resultados alcançadosOs resultados obtidos pelo projeto abrangem tanto os discentes envolvidos como a sociedade. Do ano de 2009 até 2014, já foram contabiliza-dos um total de 45 teatros e 112 conversas com os proprietários. Com relação aos discentes, os objetivos foram alcançados de maneira que os estudantes envolvidos adquiriram experiências extracurriculares importantíssimas para o desen-volvimento profissional. Como exemplos, essas experiências puderam ser no sentido de contato com a sociedade, trazendo aos seus membros uma experiência direta de como se comunicar e agir perante um público mais carente, o sensibi-lizando e causando uma empatia maior entre os profissionais e os proprietários de regiões mais periféricas, contato esse que é possível apenas em atividades extracurriculares. Esse tipo de ex-periência acaba tornando os participantes mais envolvidos com o compromisso social do mé-dico veterinário, seja no bem-estar animal, seja em saúde pública, nos tornado agentes mais conscientes do nosso papel no controle popu-lacional de cães e gatos. Discentes que partici-param do Projeto Santuário têm sido procurados por entidades parceiras como o ITEC (Insituto Técnico de Educação e Controle Populacional de Cães e Gatos), WAP (World Animal Protec-tion, antiga WSPA), Hospital Público Veterinário, etc. para preencherem cargos que necessitem de veterinários com o perfil da Medicina Veteri-nária do Coletivo dentro do contexto da Saúde

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Única. Com relação à sociedade, foi alcançado um aumento da confiança na população para o médico veterinário. Com ajuda do projeto, os es-tudantes de Veterinária puderam ter contato com populações que têm até mesmo um difícil acesso a esse profissional. Logo, esse contato se torna muito rico, dado que os proprietários passam a ter oportunidade de conseguir orientação e tirar dúvidas sobre doenças, guarda responsável, mi-tos e curiosidades em relação aos seus animais domésticos. Quanto às atividades do teatro, dada a nossa participação nas escolas e o re-conhecimento do trabalho do Projeto Santuário, é cada vez maior a quantidade de convites que recebemos, seja da mesma escola, para um pos-sível retorno, seja de novas escolas interessados em nossas atividades pela primeira vez, dado o reconhecimento que o Projeto Santuário vem ad-quirindo com o seu bom trabalho.

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Serviço de Extensão Rural do Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal (SER-LAE-FMVZ-USP)CoordenadorAugusto Hauber Gameiro

Ações/atividades desenvolvidasFoi realizado, pela bolsista do programa, o le-vantamento de propriedades rurais do município de Pirassununga, que aceitaram participar do programa de extensão. Foram priorizadas pro-priedades de pequena dimensão, caracterizadas basicamente pela exploração familiar. Identifica-ram-se oito propriedades que aceitaram partici-par do programa. Foram realizadas visitas a cada uma delas, para estabelecer contato e apresen-tar a proposta de participação. Os objetivos do programa de extensão foram explicados para os produtores e o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido de cada um foi obtido (e encontra-se de posse em nosso Laboratório). As proprieda-des participantes foram sucintamente descritas e apresentadas ao alunos matriculados na dis-ciplina VNP 415, de modo que eles poderiam elegê-las para realizar trabalho prático de exten-são (Disciplina de Sociologia e Extensão, Curso de Graduação em Medicina Veterinária de nossa Unidade). A disciplina é oferecida no primeiro se-mestre do ano. Os grupos realizaram, no míni-mo, quatro visitas às propriedades candidatas. O grupo deveria descrever a propriedade e as características gerais da família, das criações de animais e dos cultivos vegetais existentes. Como resultado final, o grupo identificou os principais problemas na propriedade e possíveis soluções a serem adotadas. Como atividade final, os gru-pos deveriam voltar às propriedades e apresentar os resultados aos produtores. Isso foi feito pelos grupos e o resultado foi bastante positivo. Do-cumentamos com fotografias a maioria dessas ações extensionistas, o que enriqueceu os tra-balhos. Todos os trabalhos escritos dos alunos estão disponíveis a interessados.

Resultados alcançadosOs resultados obtidos foram muito satisfatórios, pois permitiram que vários alunos (aproximada-mente 32 alunos: oito grupos de quatro alunos) tivessem contatos com os produtores e com a realidade do campo. As avaliações dos alunos foram extremamente positivas. Com isso, este projeto do Aprender com Cultura e Extensão per-mitiu não apenas o amadurecimento da bolsista, que teve de ser bastante pró-ativa para identifi-car os produtores, mas também dos alunos de graduação. Finalmente, destaco que, de certa forma, conseguimos levar algum conhecimento para os produtores assistidos e isso também au-menta a visibilidade de nossa Universidade para a sociedade.

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Elaboração do Boletim Eletrônico: Socioeconomia & Ciência AnimalCoordenadorAugusto Hauber Gameiro

Ações/atividades desenvolvidasEste projeto teve o objetivo de gerar conteúdo e elaborar o Boletim Eletrônico Socioeconomia & Ciência Animal, do Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal, da FMVZ--USP. O boletim eletrônico divulga resultados de pesquisas desenvolvidas e publicadas nacional e internacionalmente, e que tenham como campo de investigação as Ciências Humanas aplicadas diretamente ou conjuntamente à Ciência Animal. O boletim foi elaborado mensalmente e já se en-contra na sua 78ª edição. Portanto, 12 edições foram elaboradas com o apoio direto das duas bolsistas deste projeto. As edições são enviadas por e-mail para uma lista de inscritos voluntaria-mente. No momento, temos 1.299 endereços eletrônicos cadastrados. Para cada seção, tínha-mos uma das bolsistas responsáveis.Resultados alcançadosConseguimos gerar todas as 12 edições pre-tendidas. Ademais, criamos uma página no Fa-cebook, para o Laboratório de Análises Socioe-conômicas e Ciência Animal (LAE-FMVZ-USP) e os conteúdos gerados pelas bolsistas, além de serem veiculados no Boletim, eram alimentados diariamente na página dessa importante mídia social. Com isso, conseguimos dar enorme agi-lidade e visibilidade aos nossos trabalhos. En-tendo, portanto, que os resultados obtidos não apenas atenderam aos nossos objetivos iniciais como também os superaram significativamente. Caso haja interesse, lembro que todas as edições do Boletim ficam disponíveis no website da Bi-blioteca da FMVZ-USP e podem ser acessadas em: <http://www3.fmvz.usp.br/index.php/site/biblioteca/publicacoes_eletronicas/s/socioeco-nomia_ciencia_animal>. A página no Facebook também pode ser visitada em: <http://www.facebook.com/LAE.FMVZ.USP>.

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Diálogos do Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal (LAE)CoordenadorAugusto Hauber Gameiro

Ações/atividades desenvolvidasO projeto de extensão Diálogos do LAE men-salmente convida um profissional para ministrar palestra sobre diversos assuntos. Os temas são os mais diversos, abrangendo a Ciência Animal, questões ambientais, socioeconômicas, entre ou-tros. O projeto tem o objetivo de trazer temas re-levantes e atuais que promovam o estreitamento da relação entre a Universidade de São Paulo e a comunidade externa, tanto de produtores rurais, proprietários de animais de companhia, técnicos, acadêmicos de outras universidades e interes-sados na área. Até o mês de outubro de 2014 houve vinte e quatro encontros, com palestrantes de diversas áreas e instituições. A bolsista desen-volveu as seguintes atividades: a elaboração do cronograma de palestras; o contato e convite a palestrantes; a organização do anfiteatro no dia do evento; a divulgação das palestras entre o meio acadêmico, técnico e produtores; o rece-bimento das inscrições; a preparação e emissão (impressão) dos certificados aos participantes.Resultados alcançadosComo mencionamos, até o mês de outubro de 2014 houve vinte e quatro encontros, com pales-trantes de diversas áreas e instituições. Conside-rando o período exato de 12 meses do projeto, totalizamos nove encontros dos diálogos, uma vez que nos meses de férias (janeiro, fevereiro e julho) os encontros não são promovidos. O pú-blico presente variou de um mínimo de, aproxi-madamente, 30 pessoas, e o máximo de 120 pessoas (capacidade máxima do Anfiteatro do VNP-FMVZ-USP, onde são realizados os encon-tros). Podemos considerar uma média de 60 pes-soas por encontro, o que totalizaria ao redor de 540 participantes durante o período de vigência desta bolsa. Caso haja interesse, todos os Diá-logos são divulgados na página do Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal (LAE-FMVZ-USP) no Facebook: <http://www.fa-cebook.com/LAE.FMVZ.USP>.

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Odontologia do Esporte e a Extensão Universitária: Qual o Papel da FOUSP na Orientação e Proteção Odontológica aos Jovens Atletas da UniversidadeCoordenadorReinaldo Brito e Dias

Ações/atividades desenvolvidasFoi utilizado um questionário com 21 questões sobre Saúde Bucal e possíveis traumas sofridos durante a prática esportiva. Este questionário foi aplicado aos atletas universitários da Asso-ciação Atlética Acadêmica Rui Barbosa da Es-cola de Educação Física e Esporte da USP, ou EEFE-USP. A EEFE-USP conta com mais de 200 atletas, que estão ou não vinculados à Atlética, já que a grande maioria dos alunos já era pra-ticante de alguma modalidade esportiva antes do ingresso na universidade, segundo dito por vários membros da Atlética. Há atletas treinando nas mais diversas modalidades esportivas, tais como vôlei, rúgbi, basquete, handebol, futebol, natação, artes marciais, atletismo, tênis e remo. O número de atletas vinculados à Atlética é va-riável, sendo geralmente maior no início do ano letivo, em função de eventos como o BICHUSP. Em tal questionário, as perguntas foram dividas em Higiene Básica, Hábitos e Traumas. Foram distribuídas seis questões para que os atletas re-latassem seus dados de Higiene Básica e Saúde Bucal Geral; oito questões para que se registras-sem hábitos relacionados a refeições, ingestão de alimentos erosivos, hábito de roer as unhas (onicofagia), ronco; e mais seis questões para que fossem relatados dados relevantes para aná-lise de casos de traumas e fraturas de interesse odontológico. Todos os participantes da pesqui-sa receberam orientações para o preenchimen-to dos questionários, bem como o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para participarem da pesquisa confirme aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP). Foram aplicados 52 questionários, cujos resultados fo-ram analisados e dispostos em gráficos e tabelas para estudo feito pelos pesquisadores. A partir dos resultados obtidos, conseguiu-se estruturar as aulas/palestras de orientação aos atletas, le-vando informações relevantes aos treinos e mo-dalidades da Odontologia Desportiva, especial-mente quanto ao uso de protetor bucal durante a prática esportiva. Como critério de inclusão tem--se: Alunos atletas pertencentes às Atléticas das Unidades da Universidade de São Paulo, campus Capital, e Critérios de Exclusão: Alunos atletas da Universidade de São Paulo, não atletas e/ou não pertencentes ao campus Capital.Resultados alcançadosOs resultados foram organizados em gráficos.

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Clínica de Tratamento Restaurador Atraumático (ART)CoordenadoraDaniela Prócida Raggio

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Ações/atividades desenvolvidasAs alunas realizaram tratamentos restauradores e preventivos em crianças, de maneira menos do-lorosa e mais tranquila. Puderam conhecer prin-cípios que regem o tratamento, e poderão atuar como multiplicadores da ideia. Ideia esta, simples, porém trabalhosa e com embasamento científico.Resultados alcançadosForam tratadas mais de 40 crianças nos anos de 2013 e 2014, e foram realizados muitos trata-mentos completos.

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Avaliação do Estado de Saúde Oral e Sistemica. Estabelecimento de Correlação de Densidade Mineral Óssea da Osteoporose em Radiografia PanorâmicaCoordenadoraEmiko Saito Arita

Ações/atividades desenvolvidasO conhecimento das condições de saúde das pessoas idosas e seus determinantes. Os pro-cessos determinantes são fundamentais para orientar um planejamento e tratamento e aten-dimento correto de uma população. Neste pro-jeto foram vistos aspectos de uma visão geral de alguns conceitos que são de fundamental importância na compreensão da obtenção dos diferentes tipos de exames, avaliação de ima-gens e procedimentos clínicos de atendimento de pacientes, assim como noções de fisiologia e densidade óssea, densitometria óssea, climaté-rio, glicemia, colesterol, pressão arterial e demais dados clínicos contidos em questionário clínico que foi utilizado em atendimento de pacientes na Clínica Odontológica da FOUSP. Os alunos parti-ciparam dos atendimentos de pacientes, obser-vando os exames clínicos e aplicaram os ques-tionários. Praticaram a avaliação e interpretação das imagens radiográficas, aprenderam e avalia-ram os resultados das densitometrias ósseas dos antebraços e interpretação das imagens radio-gráficas. Após a realização de todos os exames e dos resultados foram feitos estudos descritivos com o objetivo de verificar a incidência da condi-ção e a qualidade da densidade mineral óssea de acordo com as características e também com a capacidade de avaliação adquirida pelos alunos. Teve como objetivo avaliar, a possibilidade da uti-lização das radiografias panorâmicas como um método capaz de expressar as alterações morfo-lógicas da mandíbula decorrentes da idade. Tam-bém teve como finalidade examinar mulheres de terceira idade, detecção de perda óssea oral e do antebraço, este com exame de densitometria ós-sea do antebraço; além dos fatores gerais impor-tantes que podem influenciar no desenvolvimento da osteoporose. A meta deste evento foi divulgar mais amplamente os princípios da prevenção e da interpretação dos métodos de avaliação da massa óssea e doenças orais, orientações da higiene oral, ressaltando particularmente os tó-picos de maior interesse clínico e populacional.

Resultados alcançadosA densidade óssea da mandíbula demonstrou, em uma série de resultados, ser correlacionada com a do antebraço, os quais são importantes sí-tios de osteoporose. A osteoporose tem sido as-sociada à perda óssea trabecular, perda dentária e perda de massa óssea da cortical mandibular. Resultados conflitantes destacam a controvérsia da existência de uma relação causal entre a per-da óssea sistêmica e diversas condições orais. Novos estudos, especialmente de gênero, raça e grupos etários específicos, são necessários para avaliar o papel da osteoporose em condi-ções bucais diversas, tais como a perda do osso alveolar, perda dentária e doenças periodontais para determinar o significado clínico terapêutico para elucidar se o dentista pode ser de valor para o diagnóstico inicial de sinais de osteoporose. O presente projeto buscou subsidiar informações aos alunos no sentido de favorecer ao atendi-mento, ao planejamento adequado às necessi-dades dos pacientes visando a uma formação profissional abrangente e efetiva, assim como ob-jetivou-se aumentar experiência e cultura, criando condições para que os estudantes pudessem ser motivados a aprofundar seus conhecimentos.

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Evidências Científicas em Odontopediatria: Construindo uma Ponte entre o Pesquisador e o ClínicoCoordenadoraMariana Minatel Braga Fraga

Ações/atividades desenvolvidasPor se tratar de uma iniciativa nova, algumas eta-pas preliminares tiveram que ser vencidas para que se implementasse a sistemática de trabalho desse projeto, as quais serão detalhadas a se-guir. O primeiro desafio foi escolher a forma de veiculação das informações para que o público alvo realmente pudesse ser alcançado. Tendo em vista que algumas pesquisas recentes têm mostrado o impacto das redes sociais na difu-são das informações, decidiu-se criar uma pági-na na rede social Facebook. O objetivo era levar aos profissionais o que está sendo pesquisado e publicado, nas melhores fontes de evidências científicas de uma forma rápida e simples, atra-vés de uma mídia social amplamente usada e de largo alcance. Acreditamos que, dessa maneira, o alcance seria mais amplo que se um novo site, ainda não conhecido, fosse criado. Em seguida, foi necessário definir o público alvo nessa rede social e qual a maneira de melhor alcançá-lo. Fizemos buscas por diversos grupos ligados à odontologia a fim de encontrar profissionais que estivessem interessados em se atualizar através da página. Depois buscamos saber qual era o modelo de página que chamaria mais atenção do público alvo, pesquisando e visitando diversas páginas da área odontológica e de publicidade também. Definimos, com base em discussões em grupos de trabalho formados por professo-res, alunos e profissionais, o modelo que seria

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usado e iniciamos a busca pelos artigos que seriam interessantes para serem publicados em nossa página. Baseado nesse modelo proposto, objetivamos postar a metodologia de funciona-mento de nossa página, na qual os interessados poderiam encontrar o conteúdo acima descrito.Resultados alcançadosAssim, os resultados obtidos se deram em sua maior importância no âmbito do desenvolvimento da metodologia que foi aplicada no desenvolvi-mento da página, e na metodologia de uso que foi empregada. Nesse período pudemos definir o modo mais atrativo para o público, com ima-gens, símbolos e palavras-chave que facilitam a visualização e a busca pela informação. Algumas publicações ficaram prontas. A primeira delas ex-plicando como a página funcionaria e explicando cada elemento que seria utilizado, para familia-rizar os seguidores com os símbolos e meto-dologia de uso. O primeiro tema abordado foi o aparecimento de sintomas ou sinais de erupção de dentes decíduos. Tivemos como fonte o artigo do periódico Pediatrics (2011) uma revista médi-ca, que trouxe um importante dado sobre Odon-tologia, fato este bastante controverso entre os dentistas. O principal resultado do artigo foi que, por conta da maior parte dos sinais ocorrerem no dia da erupção, não era possível predizer o aparecimento dos dentes com associação des-ses sintomas. Ainda concluiu que o aparecimento de febre não ocorre por conta da erupção den-tária. O segundo tema abordado foi relacionado aos tipos de exame mais eficazes para detecção de lesão de cárie, comparando exame clínico e métodos complementares como radiografias. O artigo usado como fonte foi escrito por profes-sores do Departamento de Pediatria da FOUSP. O resultado deste artigo mostra que o exame clí-nico é o principal na detecção de lesões e que o exame radiográfico deve ser utilizado apenas em caso de dúvidas. Uma agenda para as próximas publicações foi também elaborada para permitir a continuidade do projeto para o ano subsequente.

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Esporte, Sociedade e Fraturas Maxilo-Faciais: Estudos Epidemiológicos como Base para Sua PrevençãoCoordenadoraNeide Pena Coto

Ações/atividades desenvolvidasFoi realizado um estudo retrospectivo, no perío-do de setembro de 2000 a novembro de 2010, dos pacientes atendidos no Ambulatório de Ci-rurgia Bucomaxilofacial do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo, na cidade de São Paulo. Durante o período de setembro de 2009 a novembro de 2010, foram analisados 95 pacien-tes portadores de fraturas do osso zigomático, arco zigomático, mandíbula, crânio, ossos ma-lares e maxilares, ossos nasais, assoalho orbi-tal e outros locais, compondo assim a amostra analisada. Para a obtenção dos dados foram levantados os prontuários dos pacientes. Todos

os dados foram colhidos em formulário próprio, contendo as variáveis: gênero, idade, profissão, etiologia do trauma, localização das fraturas e tratamento. Os dados foram tabulados e anali-sados de forma descritiva.Resultados alcançadosDos prontuários analisados (período de setembro de 2009 a novembro de 2010) observou-se que as injúrias bucomaxilofaciais atendidas no HU--USP em um período de 2 anos ocorreram em: 26,31% devido a queda; 25,26% devido a agres-são física; 23,10% acidentes de transito; 14,73% de fratura por esporte e outras etiologias diversas em 10,52%.

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Centro de Pesquisa e Atendimento de Traumatismo em Dentes Decíduos da Disciplina de Odontopediatria da FOUSPCoordenadoraMarcia Turolla Wanderley

Ações/atividades desenvolvidasAs alunas de graduação acompanharam o atendimento de terça-feira a tarde e quinta-feira pela manhã nas clínicas do Centro de Pesquisa e Atendimento de Traumatismo em Dentes De-cíduos da Disciplina de Odontopediatria da Fa-culdade de Odontologia da USP. Os pacientes atendidos nesta clínica apresentam trauma em dentes decíduos, sendo realizado tratamento na dentição decídua e nos dentes sucessores per-manentes quando necessário. Todos os casos são fotografados, assim como suas radiografias. As alunas acompanharam estes atendimentos, desde a parte da orientação ao paciente, trata-mento emergencial e reabilitador até os casos quando os pacientes já apresentavam os suces-sores permanentes erupcionados, com ou sem alterações, e seu tratamento reabilitador, quando necessário. As alunas foram de fundamental im-portância para a documentação fotográfica dos casos, auxiliando a produção de material para divulgação, ensino e pesquisa.Resultados alcançadosA finalidade do projeto foi alcançada. A clínica recebe muitos pacientes, dentistas e estagiários, sendo bem agitada. A documentação fotográfica foi realizada com sucesso. As alunas envolvidas acompanharam os casos atendidos, conhece-ram técnicas odontológicas para o tratamento do trauma em dentes decíduos e repercussões para o permanente, acompanhando a aborda-gem do atendimento odontológico de crianças nas diferentes faixas etárias, desde o bebê até o adolescente. Além de acompanhar as orienta-ções preventivas, que são de extrema importân-cia na formação do profissional. A participação na documentação dos casos foi de fundamental importância, pois as alunas tiveram a oportuni-dade de ver casos do início até o final do trata-mento, sem precisar ficar anos acompanhando o caso de perto, pois toda documentação está arquivada junto com a ficha de cada paciente.

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Foi importante para a formação profissional das alunas como futuras dentistas, pois elas co-nheceram o tratamento integral da criança até a adolescência, podendo inclusive integrar com outras especialidades, formando profissionais mais completos e competentes.

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Construção de um Aplicativo para IPAD sobre Comunicação Suplementar e/ou Alternativa para Adultos com Déficits da Comunicação OralCoordenadoraMagali de Lourdes Caldana

Ações/atividades desenvolvidasFoi contratado um programador pela autora do trabalho para desenvolver o aplicativo. Na etapa da pesquisa realizada pela bolsista foi desenvolvi-do uma versão do aplicativo que será agora ava-liado por profissionais da área.Resultados alcançadosA intervenção fonoaudiológica com o uso da CSA, traz benefícios para a comunicação funcio-nal dos pacientes. O uso de tecnologias na área da saúde é uma prática em crescimento, porém ainda não há estudos para normatizar ou validar tais tecnologias. Com o aplicativo, o paciente com necessidade de se comunicar por meio de CSA poderá fazê-la de maneira mais rápida. Su-gere-se a continuidade de estudos na área.

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Avaliação das Atividades de Extensão em Saúde Coletiva na Formação Profissional dos Alunos de OdontologiaCoordenadorRoosevelt da Silva Bastos

Ações/atividades desenvolvidasFoi oferecido um questionário abordando as-pectos relacionados à integração ensino-serviço que os alunos do curso de Odontologia desen-volvem na Unidade de Saúde da Família Parque Santa Edwirges, tais como os procedimentos clínicos realizados, o desenvolvimento de cons-cientização social de atividades, satisfação em participar no serviço, dentre outros. Os dados obtidos foram apresentados por estatística des-critiva através de frequencias absolutas e relati-vas. Sendo este um estudo transversal descri-tivo, não foi realizada a análise estatística dos dados coletados, os quais são parte da avalia-ção da disciplina de graduação 2500017 Saúde coletiva VII estágio supervisionado.Resultados alcançadosComo foi observado no estudo, os principais objetivos do programa extra-muros realizado na Unidade de Saúde da Família do bairro Parque Santa Edwirges têm sido alcançados, desen-volvendo no aluno da universidade pública uma consciência social e mostrando o quão impor-tante será o seu trabalho como profissional da saúde para a sociedade como um todo. Dessa forma, integrando-o no serviço de saúde públi-ca, onde os mesmos acompanham de perto o funcionamento do SUS na Atenção Primária à Saúde, além de proporcionar aos alunos a possi-bilidade de aplicar a teoria conhecida na prática, promovendo saúde. Podendo assim os alunos oferecerem um retorno à sociedade de forma be-néfica e a sociedade podendo preparar, através do programa, tais alunos para serem grandes

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profissionais que pensam na saúde bucal da po-pulação como um todo.

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Desmistificando o Atendimento Odontológico a Pacientes com Necessidades EspeciaisCoordenadoraMarilena Chinali Komesu

Ações/atividades desenvolvidasO projeto Desmistificando o Atendimento Odon-tológico a Pacientes com Necessidades Espe-ciais tem demonstrado um grande potencial de estímulo e aprendizado aos alunos, tanto que o número de inscritos sempre cresce, e todos os que participam não querem deixar de exercer qualquer atividade possível no DAPE (espaço de execução dessas atividades). Infelizmente, a gra-de horária dos alunos de graduação da FORP é bastante restritiva, o que muitas vezes frustra a maioria dos trabalhos que se planeja realizar com os alunos. Mesmo assim muitos participam, com bolsa ou sem bolsa, seja acompanhando as ativi-dades clínicas – auxiliando no atendimento odon-tológico aos pacientes, auxiliando a atuação dos profissionais já atuantes em diferentes situações, observando o andamento da clínica e as neces-sidades dos pacientes, contribuindo para o bom andamento dos trabalhos clínicos. Os alunos de graduação participam também das atividades teóricas – discussões de casos clínicos, discus-sões de planejamento de tratamento, apresenta-ção de palestras relacionadas às condições clíni-cas desses pacientes, o que contribui muito para o seu aprendizado. Consideramos que o DAPE é um espaço fundamental para aqueles alunos que procuram melhorar seu desempenho tanto profissional como no que se refere à sua com-preensão das necessidades maiores de pessoas com doenças debilitantes e de seus cuidadores. E entendemos que os alunos de graduação estão compreendendo isso também, e a cada dia mais, procurando realizar atividades no DAPE, o que é muito gratificante.Resultados alcançadosO DAPE, como dito anteriormente, começou em 2004 como um projeto, depois de algum tempo se transformou em um serviço regular da Uni-dade. Realiza Cursos de Extensão e Atividades de Prática Profissionalizante, e agora teve tam-bém aprovada pela Comissão de Graduação da FORP-USP sua atividade como disciplina optati-va para a graduação. Tentamos, também, criar uma disciplina de pós-graduação, mas a Coor-denação do curso não considerou importante a realização de uma atividade clínica no seu curso. O DAPE já formou várias turmas de profissionais para o atendimento clínico desses pacientes, vá-rios deles continuam colaborando com o DAPE, seja no atendimento voluntário aos pacientes, seja atuando como palestrantes, quando solici-tados para ajudar na orientação dos novos parti-cipantes, seja participando dos encontros e sim-pósios – que já se encontram na sua 4a. edição. Nossas atividades nos permitiram estreitar laços com outros centros que realizam o atendimento a grupos de pacientes semelhantes àqueles por nós atendidos, o que nos permite uma troca de experiências bastante enriquecedora.

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Aspectos Básicos Relacionados às Alterações Hemodinâmicas para a PopulaçãoCoordenadorJoão Paulo Mardegan Issa

Ações/atividades desenvolvidasAs apresentações foram realizadas para alunos do 3º ano do ensino médio da Escola Dom Luís do Amaral Mousinho. O foco das apresentações compreendeu as alterações hemodinâmicas que afetam a circulação e o equilíbrio hídrico do or-ganismo, apresentando situações de diversas fai-xas etárias, mas que se concentra em indivíduos com hábitos inadequados de saúde e com um desequilíbrio em sua qualidade de vida. O traba-lho visou à adoção de medidas para a promoção da saúde populacional e a prevenção dessas doenças, beneficiando não só a população em que as palestras foram aplicadas, mas também os alunos envolvidos. As atividades desenvolvi-das como palestras e discussões a respeito des-sas alterações, proporcionaram à população um maior acesso à informação, à adoção de medi-das preventivas ou que minimizam ou retardam o aparecimento dessas doenças, com princípios de viabilizar a interação entre os alunos e a po-pulação, através de atividades informativas que abordam os aspectos de promoção de saúde.Resultados alcançadosOs alunos envolvidos no projeto discutiram os princípios abordados, e sua melhor viabilização, levando em conta as condições socioeconômi-cas dos adolescentes abordados, através das atividades (palestras e discussões) empregadas. A população mais carente foi priorizada. Ao apli-carmos as atividades percebemos que havia um grande déficit de informações a respeito dessas alterações hemodinâmicas, assim como ques-tões de higienização oral. Algumas dessas altera-ções, devido ao fato de serem muito corriqueiras, são confundidas e até mesmo menosprezadas pela sua grande frequência. O edema, por exem-plo, muitas vezes é creditado à hemorragia, e sabemos que não leva em questão o extravasa-mento de sangue e sim de líquido intersticial, e também podemos citar o trombo e embolo que são tratados como uma única alteração além de ser incluída como um dos nomes empregados ao infarto, por suas grandes associações nas suas alterações. Assim, partindo do conhecimento que eles possuíam sobre o assunto abordado, nós trabalhamos para que tenha ocorrido uma introdução mais adequada sobre aquelas alte-rações, que são frequentemente confundidas. A colaboração dos alunos foi de suma importância, acreditamos que esse interesse demonstrado retrata o quão carente está a população sobre tais alterações que são de grande relevância à saúde e qualidade de vida da população de Ri-beirão Preto.

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Doenças Osteometabólicas: Aspectos de Importância para a PopulaçãoCoordenadorJoão Paulo Mardegan Issa

Ações/atividades desenvolvidasO objetivo deste trabalho foi promover a interação entre os alunos e a população através de ativida-des informativas que abordaram os aspectos de promoção de saúde e prevenção pertinentes às doenças osteometabólicas. O projeto atingiu um público jovem, frequentadores do ensino médio das escolas da rede estadual e municipal, levou novas informações para que ocorram as devidas prevenções contra as doenças osteometabólicas desde a juventude, pois a osteoporose, uma das doenças ostemetabólicas, atinge fortemente aos idosos. Ao preparar um conteúdo informativo para jovens a fim de prevenir o aparecimento de doenças que atingem os idosos, realizou-se um trabalho de promoção da informação visando à prevenção ao longo de toda a vida, contudo, o público alvo passou a dar uma atenção privile-giada aos fatores de risco que ocasionam o apa-recimento dessas doenças osteometabólicas. Com base na formação do aluno o programa objetivou-se em levar um assunto que chega a ser bastante restrito em âmbito escolar, para que atitudes pudessem ser tomadas, a fim de se ter uma vida saudável, mesmo que as doenças oste-ometabólicas tenham atingido principalmente as pessoas idosas, contudo, ao transmitir o nosso conhecimento para estes alunos de ensino mé-dio estes puderam levar até os idosos que es-tivessem próximos de cada um, seja na família ou em algum ambiente comum, visando a uma rede de informação que é transmitida de pessoa para pessoa. Neste tema, palestras foram apre-sentadas nas escolas, que levou informações a respeito desse grupo de doenças que atinge principalmente as pessoas da terceira idade, tor-nando essas palestras uma forma de atentar a população jovem a ter hábitos saudáveis durante a vida para não serem vítimas dessas doenças osteometabólicas como a osteoporose, osteo-malácia, raquitismo e hiperparatireoidismo que causam tanto impactos sobre a qualidade de vida, quanto impactos socioeconômicos. Assim, as palestras e as orientações dadas pelos alunos da graduação, visaram à promoção da saúde e a prevenção dessas doenças, sendo relevantes e consequentemente trazendo benefícios para a população, como também para os alunos envol-vidos no projeto que puderam ter contato com alunos de ensino médio, que complementaram as palestras com casos que já presenciaram na família ou de pessoas próximas portadoras de al-guma doença do grupo.Resultados alcançadosApós as palestras, observou-se uma recepção positiva e uma aprovação em relação ao que foi proposto, por parte dos alunos e docentes das escolas. Tanto alunos como professores fizeram perguntas e tiraram suas dúvidas em relação às doenças, porém a doença pela qual observa-mos mais interesse foi a Osteoporose, por ser

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Resultados alcançadosFoi realizado um levantamento sobre a higieniza-ção dos portadores de PPR na clínica da FORP--USP, por meio de um questionário elaborado, tendo como resultados: todos os pacientes hi-gienizam a prótese, sendo que a maioria o faz 3 vezes ao dia. Grande parcela dos cirurgiões--dentistas orienta seus pacientes com relação à higienização, porém o método que mais indi-cam é o mecânico, composto pela associação do dentifrício com a escova tradicional. Desta forma, infelizmente, indica-se pouco o método químico, sendo que ele é de grande importân-cia para redução do biofilme dental e melhora na condição bucal. Também foi verificado que alguns pacientes (3,6%) higienizam suas PPRs com hipoclorito de sódio, fato este que compro-mete a estrutura metálica, por provocar corrosão em sua superfície. A escova de cerdas macias também é a mais utilizada pelos pacientes e a maioria deles retira a prótese durante a noite. Apenas pacientes com pouco tempo de uso da prótese, retiram durante o dia e, nesse período, o armazenamento de escolha é um recipiente com água. Também é notório que os usuários de PPR ainda relutam muito em higienizar suas próteses com pastilhas de higienização diária ou enxagua-tórios bucais, como relatado na literatura vigen-te. Assim, devem-se promover mudanças em relação à utilização de métodos químicos asso-ciados aos métodos mecânicos, tanto em nível de ensino dos futuros cirurgiões-dentistas como na orientação dos usuários de PPR, visando, sempre, à higienização mais efetiva das próteses removíveis. Também são necessários esclareci-mentos adicionais aos pacientes para que não utilizem, em nenhuma circunstância, hipoclorito de sódio na higienização de PPRs, evitando-se o processo de oxidação da estrutura metálica. Além disso, foi elaborado e distribuído um ma-nual de orientação de higienização de PPRs a 40 portadores de PPR no sentido de conscientizá--los sobre a importância de higienizar correta-mente suas próteses, visando a melhor saúde do sistema estomatognático e preservação dos dentes remanescentes e tecidos subjacentes. Sem dúvida nenhuma foi uma experiência muito importante, tanto para nós, responsáveis pelo projeto, como também para a bolsista e, sobre-tudo, para os portadores de PPR.

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O Corpo Humano Conhecido por meio do Museu de Anatomia Revitalizado da Faculdade de Odontologia de Ribeirão PretoCoordenadoraMamie Mizusaki Iyomasa

Ações/atividades desenvolvidasRevitalizaram parte do Museu de Anatomia Prof. Dr. Edgard Ignácio confeccionando recipientes em acrílico para acondicionamento de peças anatômicas, as quais foram devidamente pre-paradas pelos especialistas em laboratório do

a doença com mais incidência e provavelmente existirem casos nas famílias dos alunos e profes-sores presentes. Observamos que a interação entre os assuntos clínicos levados pelos gradu-andos e expostos para os alunos de diversas escolas são extremamente importantes para a aquisição de conhecimento e prevenção do sur-gimento dessas doenças, que atingem a terceira idade, desde a adolescência, fazendo com que, com estes conhecimentos adquiridos, os alunos se atentem para este assunto e busquem hábitos saudáveis durante a vida para não serem vítimas dessas doenças osteometabólicas ao longo de suas vidas. Este projeto e outros com a mesma temática e objetivo são muito importantes para a população, pois, segundo dados da OMS de uma pesquisa para obter os índices de Osteoporose no Brasil de 2004, doença abordada pelo projeto, na população brasileira 13,3% das mulheres, na faixa de idade de 45 anos, apresentam fragilidade óssea que pode resultar em fraturas associadas à osteoporose. Em termos estatísticos, isso sig-nifica mais de dois milhões de mulheres. Destas, cerca de um milhão deverão ficar inválidas e 200 mil deverão ir a óbito se não receberem tratamen-to adequado. O estudo, divulgado pela OMS, atingiu 32 mil mulheres em nove estados: Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal. Assim, podemos tirar como total ganho de experiência e conhecimento o en-volvimento no Programa Cultura e Extensão, pro-porcionando uma proximidade da Universidade com a população e ajudando a prevenir possíveis problemas futuros de saúde pública, tanto para os graduandos responsáveis pelo projeto quanto para os alunos e escolas atingidas.

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Grau de Percepção dos Portadores de Prótese Parcial Removível quanto à HigienizaçãoCoordenadoraValéria Oliveira Pagnano de Souza

Ações/atividades desenvolvidasInicialmente houve a formação da equipe de execução do Projeto, com a presença da bolsis-ta Larisse Eduardo Adami e dos dois docentes envolvidos no Projeto. Na sequência foi realizada uma solicitação à Supervisão de Clínicas e Disci-plinas Clínicas da FORP-USP para permissão de entrevistas com os portadores de PPR, preenchi-mento dos formulários e orientação de higieniza-ção das PPRs. Após isso, com a posterior capa-citação dos membros da equipe, foi realizado um levantamento dos materiais e métodos utilizados pelos portadores de PPR para sua higienização. Foram entrevistados 40 pacientes da FORP-USP, tendo como critério de inclusão ser portador de PPR. Após essa primeira etapa, foi confecciona-do um manual de orientação de higienização que foi entregue aos usuários de PPR da clínica de PPR I e III da FORP-USP, visando a melhor higie-nização das PPRs.

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Departamento de Morfologia, Fisiologia e Pato-logia Básica da FORP-USP. Executaram meios de conservação e preservação das peças ana-tômicas para melhor qualidade de ensino, cujas peças foram digitalizadas para confecção de um banner didático que as acompanha no museu. Realizaram uma pesquisa detalhada em bibliogra-fias específicas sobre o Sistema Nervoso e elabo-raram uma apostila para acompanhar as peças revitalizadas do museu. Elaboraram a aula sobre o sistema nervoso em multimídia e confeccionaram maquetes, que serviram como materiais de apoio para favorecer a aprendizagem do conteúdo por parte dos estudantes. Estenderam o conhecimen-to sobre a anatomia do Sistema Nervoso por meio da exploração das peças anatômicas, aos estu-dantes do ensino fundamental e médio da rede pública de ensino do município de Ribeirão Preto--SP. Despertaram o interesse e reflexão sobre a importância da manutenção da saúde humana e prevenção contra doenças por meio da identifica-ção das estruturas do Sistema Nervoso e as suas correlações com as funções e algumas patologias mais comuns, tais como: Doença de Alzheimer, Parkinson, distúrbios neuromusculares, dor, dro-gas e acidente vascular encefálico, que desper-tam grande interesse nas pessoas. Elaboraram também um vídeo explicativo intitulado O sistema nervoso, como material didático complementar, à disposição na página <iptv.usp.br>, com acesso por unidade Faculdade de Odontologia de Ribei-rão Preto (FORP-USP).Resultados alcançadosO projeto do Programa Aprender com Cultura e Extensão intitulado O corpo humano conheci-do por meio do museu de anatomia revitalizado da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto possibilitou adquirir conhecimentos por meio de pesquisas e enriquecer o acervo do museu com a revitalização de peças anatômicas de Sistema Nervoso. Possibilitou, também, esten-der o conhecimento universitário adquirido para estudantes de ensino fundamental e médio das escolas de Ribeirão Preto. A elaboração de ví-deo foi um grande aprendizado sobre o uso da tecnologia como material didático tanto para os bolsistas como para os orientadores. Assim, as atividades deste projeto foram desenvolvidas e alicerçadas no tripé da universidade, que são: ensino, pesquisa e extensão. Destaca-se que foi uma experiência muito valiosa e prazerosa, além de uma escola de crescimento de valor humano. Ficou evidente a importância e a necessidade da realização de atividades do Programa Aprender com a Cultura e Extensão similares no âmbito da Universidade.

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Estudo das Manifestações Bucais em Pacientes do SUS (Intra e Extramuros), Portadores de Doenças Sistêmicas. Exame Radiográfico PanorâmicoCoordenadorPlauto Christopher Aranha Watanabe

Ações/atividades desenvolvidasO Projeto em questão tem especial interesse nas atividades de extensão universitária, conjugando é claro o aprender. Para nossa área de saúde, Odontologia, a participação desse tipo de ativi-dade com pacientes é fundamental, e talvez prin-cipal do tripé da Universidade. Podemos "vascu-lhar" vários sinais radiográficos, silenciosos nos pacientes de rotina no processo ensino-aprendi-zagem, relacionados às doenças sistêmicas com manifestações bucais. Com esse olhar, no todo, os alunos aprenderão, e se valorizarão.Resultados alcançadosPôde-se verificar que é possível verificar muitos sinais radiográficos compatíveis com manifesta-ções das doenças sistêmicas na cavidade bucal.

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Programa Educativo de Prevenção ao uso de Prótese e sua Manutenção para Crianças e AdolescentesCoordenadoraAlma Blasida Concepcion Elizaur Benitez Catirse

Ações/atividades desenvolvidasOs objetivos: 1) Promover a saúde bucal de crianças e adolescentes de escolas públicas, pri-vadas, orfanatos, igrejas e demais comunidades assistenciais; 2) Capacitar os participantes para higienizar e/ou orientar seus familiares, atuando como multiplicadores, sobre higienização bucal e dos diferentes tipos de próteses dentárias, por meio de técnicas corretas. Por meio de: Orien-tação teórico-prática sobre os métodos de hi-gienização para prevenção de doenças bucais que levam à perda dos elementos dentários e higienização e manutenção dos diferentes tipos de próteses. Atividades: 1ª.etapa: 1) Foi montada a equipe de execução do Programa Educativo, essencialmente por alunos do Grupo de Estu-dos da FORP, pós-graduandos e docentes da FORP junto com as bolsistas; 2) Durante o pe-ríodo estabelecido para o presente projeto foram realizados agendamentos das atividades junto às escolas e demais comunidades; 3) Foram mon-tadas atividades para a preparação dos bolsistas e colaboradores, com palestras ministradas por docentes envolvidos no projeto, pós-graduandos voluntários, além de estudos e treinamentos; 4) Os bolsistas foram os responsáveis pela prepara-ção de todo o material didático utilizado no tea-tro, nas apresentações e no workshop; 5) Foram realizadas as solicitações de materiais, tais como manequins, kits de higiene bucal, evidenciadores de placa, para utilização durante a execução do programa educativo. Na 2ª. Etapa: 1) Foram de-senvolvidas as atividades por meio de teatro com fantoches, conto de historinhas, seguidos do workshop como estratégias de ensino dos mé-todos de escovação e motivação sobre a preven-ção das doenças bucais; 2) Estabeleceram-se grupos de no máximo 40 crianças e/ou adoles-centes no máximo por cada quatro alunos, em-bora o grupo se adequasse ao número de alunos, crianças ou adolescentes do local visitado; 3) O

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agendamento era realizado pelos próprios alunos bolsistas sob supervisão da coordenadora.Resultados alcançadosResultados: 1) Houve um feedback positivo dos alunos no entendimento às orientações e se mostraram verdadeiros multiplicadores, já que tivemos informações das escolas e lares em que visitamos que as orientações passadas chega-ram até as famílias dos participantes; 2) Com re-lação aos alunos participantes do projeto: como a preparação do material didático a ser utilizado nas peças de teatro, montagem do ambiente e no workshop fica sob a responsabilidade dos alunos, serve como incentivo para desenvolve-rem as suas habilidades criativas. O projeto tam-bém permite que os alunos bolsistas, por meio da experiência adquiram informações de grande importância para a sua formação profissional, assim como o aprender a se relacionar com as pessoas no âmbito de atuação. Foi atingida uma população de 450 pessoas estabelecidas como público alvo do projeto. Este Programa Educativo de Prevenção ao uso de Próteses para crianças e adolescentes, além da sua importância social--educativa para a população jovem, permite ao estudante de Odontologia, constatar a necessi-dade de maior investimento neste tipo de ativi-dade, tanto por parte de profissionais e de em-presas quanto de órgãos de fomento. Já que só a educação é que trará uma mudança de cultura com relação à saúde bucal.

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Revisão Crítica e Proposta de Intervenção sobre os Sistemas de Informação Epidemiológica do CEINFO e DATASUS: o Caso da Sífilis CongênitaCoordenadorPaulo Rogerio Gallo

Ações/atividades desenvolvidas1) Visitas às instituições: mensal (CeInfo) – 08 visitas – para discussão com os técnicos sobre preenchimento do fluxo de dados; 2) Visitas como convidados em reuniões; 3) do Comitê de Morta-lidade infantil do Município de São Paulo; 4) Reu-niões semanais com o orientador/coordenador do projeto e pesquisadores associados para discus-são de dados e elaboração da produção científica.Resultados alcançadosDois artigos submetidos: 1) Revista Cultura e Ex-tensão USP: apresentarmos o artigo Taxas de In-cidência de Nascidos Vivos com Sífilis Congênita Residentes no Município de São Paulo nas Bases CEINFO E DATASUS, 2007-2010. Nesse estudo partimos do suposto que a fidedignidade, agili-dade e consistência das informações veiculadas pelos bancos de dados oficiais são aspectos fun-damentais para a avaliação e ajuste de medidas sanitárias, e a investigação de bases de dados pôde fornecer ferramentas oportunas e eficazes no dimensionamento de recursos e revisão de estratégias para as políticas de vigilância epide-miológica e controle da doença. Vale destacar que, este artigo elaborado a partir de um estudo descritivo de corte transversal teve como objetivo verificar e comparar dados fornecidos nas bases CEInfo e DATASUS sobre as taxas de incidência de sífilis congênita de nascidos vivos residentes no Município de São Paulo. Trata-se de uma pes-quisa desenvolvida com bolsistas do Aprender com Cultura e Extensão, Projeto nº 8452, Ano 2013, Unidade Faculdade de Saúde do Curso de Graduação em Saúde Pública; 2) Einstein (São Paulo). ISSN 1679-4508. Munuscrito-3211 - Vigi-lância de Sífilis Congênita em Nascidos Vivos no Município de São Paulo, Brasil, 2007-2010. Ob-jetivo: Avaliar o processo de notificação da Sífilis Congênita, causa de morte infantil, em nascidos vivos no município de São Paulo, 2007-10. Mé-todos: Estudo transversal, descritivo e compara-tivo em duas bases de dados – Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde e Coor-denação de Epidemiologia e Informação, no perí-odo de 2007-10. Foram avaliados os coeficientes e números absolutos das taxas de incidência da doença em nascidos vivos de mães residentes no município de São Paulo, Brasil. Por serem va-lores de bancos de dados distintos com números estimados para o mesmo local e ajustados ano a ano, optou-se por uma avaliação estatística ba-seada em teste de proporções e por estimativa dos intervalos de confiança para nível de signifi-cância de 95%, nos anos em que as diferenças nos valores foram mais expressivas. Resultados: Permanece alta a incidência da doença, os valo-res divulgados pelos bancos de dados são dis-tintos, dificultando a analise dos dados, porém não apontando diferenças significativas (p≤ 0,5).

FACU

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Conclusão: Os sistemas estudados mostram-se como ferramentas de gestão importantes para vigilância e controle da doença, para tanto ne-cessitam de qualidade das informações.

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Desenvolvimento e Difusão do Uso de Instrumentos e Métodos para Pesquisas em Epidemiologia NutricionalCoordenadoraBetzabeth Slater Villar

Ações/atividades desenvolvidas1) Participação como monitor junto à supervisora Larissa Galastri Baraldi nos treinamentos do LAPI para o software Stata; 2) Auxílio em atividades cotidianas do laboratório: levantamento dos sof-twares mais utilizados para análise estatística das teses de mestrado e doutorado no departamento de nutrição, auxílio no reparo de hardwares e pe-quenas configurações vindas de solicitações ao LAPI; elaboração do Blog LAPI-FSP; desenvolvi-mento de QR-CODE; 3) Elaboração, em conjunto com a outra bolsista de cultura e extensão de manual para o software Zotero e Google Drive; 4) Elaboração, em conjunto com a outra bolsista de cultura e extensão no desenvolvimento e or-ganização de formulários para o LEP; 5) Auxílio na organização e funcionamento de software e hardware Voxer para o LABTEL; 6) Auxílio nas questões de rotina do LEP. Resultados alcançadosCom este ano de estudo e aprendizado junta-mente com a orientadora e co-orientadora no auxilio de minhas dificuldades e limitações, foram obtidos: 1) Desenvolvimento de manual Zotero; 2) Desenvolvimento de blog; 3) Desenvolvimento de QR-CODE para auxiliar a comunidade USP no pedido de solicitações ao LAPI; 4) Aprendi-zagem sobre redes e configurações; 5) Desen-volvimento de pesquisa e levantamento de sof-twares e hardwares para o LAPI; 6) Participação em cursos; 7) Reformulação de formulários para o LEP juntamente com a outra bolsista do proje-to; 8) Organização na estrutura de funcionamento do LEPTEL; 9) Aprendizado sobre softwares de educação voltados à área de pesquisa, nutrição e saúde pública; 10) Aprendizado sobre a rotina de um departamento, laboratório e da própria instituição; 11) Participação em Seminário de Pesquisa da Faculdade de Saúde Pública com apresentação de trabalho no formato de pôster.

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Programas de Rádio para Promoção da Saúde na População: da Linguagem Científica para a PopularCoordenadoraAngela Maria Belloni Cuenca

Ações/atividades desenvolvidasAs estudantes passaram por alguns treinamentos e orientações para poderem atuar na Audioteca. Esse aprendizado constitui-se em uma das fases da competência em informação, que, ao longo da vida, o estudante/profissional vai aprimorando sua habilidade de lidar com o acesso e o uso da informação científica. Dentre as atividades desen-volvidas destacamos as seguintes: – Recepção e visita às instalações da Biblioteca: Centro de Informação e Referência e do Centro de Produ-ção Digital da FSP-USP; – Participação nas reuni-ões e planejamento das atividades; – Orientação nas leituras da bibliografia indicada e manuais de serviço; – Participação no Curso Básico de SIBI-Net oferecido pela Biblioteca para acesso e uso da Biblioteca e dos recursos de informação da USP; – Participação no Curso LILACS oferecido pela Biblioteca para acesso à base de dados que abrange a literatura científica produzida no Brasil, América Latina e Caribe; – Uso do Vocabulário controlado DECS Descritores em Ciências da Saúde para indexação dos áudios nas bases de dados; – Participação no Curso Medline/Pub-Med, oferecido pela Biblioteca aos pós-graduan-dos e docentes, para acesso à literatura interna-cional da área da saúde; – Testes com mesa de som do Centro de Produção Digital; – Orientação na elaboração e preenchimento das planilhas de controle dos áudios; – Edição, sonoplastia, con-trole de edições e qualidade dos programas de áudio; – Avaliação qualitativa do acervo da Audio-teca por meio da leitura dos resumos das teses.Resultados alcançadosAs alunas colaboraram na gravação, em lingua-gem popular, de spots de rádio sobre as teses defendidas na FSP-USP para serem veiculados durante a programação de rádios comunitárias e demais veículos de comunicação. Houve uma ampliação de cerca de 20% na coleção Audiote-ca, que atualmente é formada por 196 registros (arquivos em MP3) de até 5 minutos. Consulta em: <http://www.bvs-sp.fsp.usp.br/cgi-bin/wxis.exe/iah/>. A divulgação deste trabalho será feita no Seminário de Cultura e Extensão da USP de 2014 e em congressos nacionais (comunicação, jornalismo ou saúde pública). As alunas realiza-ram as atividades previstas no plano de trabalho, correspondendo às nossas expectativas quanto ao aprendizado adquirido, ao convívio acadêmico e às atividades numa moderna biblioteca univer-sitária. Além de aprendizes, atuaram como multi-plicadoras dos conhecimentos adquiridos.

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Educação Alimentar e Nutricional: Estabelecendo Estratégias de Intervenção à DistânciaCoordenadoraAna Maria Cervato Mancuso

Ações/atividades desenvolvidasO presente trabalho foi desenvolvido no período de agosto de 2013 a julho de 2014, sendo uma das atividades do Centro de Referência para a

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mudanças de hábitos que as publicações pro-porcionaram, os mais relatados foram: redução do consumo de açúcar, sal, óleo e de alimentos industrializados, aumento do consumo de fibras, de frutas e de alimentos integrais, maior atenção às embalagens e rótulos e maior preocupação com saúde de modo geral. Entre as sugestões de assuntos para informativos, os mais citados foram: alimentação nas diversas fases da vida, como na pré-menopausa e infância, doenças, como obesidade e diabetes, suplementos ali-mentares; alimentos específicos, como linhaça e chia, aproveitamento integral dos alimentos, assuntos técnicos em nutrição e qualidade dos alimentos em redes fast-food.

Prevenção e Controle de Doenças Associadas à Nutrição (CRNutri). O CRNutri está inserido no Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza, da Faculdade de Saúde Pública da USP, e tem como um dos objetivos promover saúde, preve-nir agravos e tratar enfermidades de indivíduos e grupos populacionais. Teve por objetivo avaliar o impacto dos conteúdos sobre alimentação e nu-trição veiculados via web por um centro focado na prevenção de doenças associadas à nutrição. Foram desenvolvidos materiais periódicos para serem divulgados por e-mail para os usuários do Centro de Saúde, alunos e funcionários da Facul-dade de Saúde Pública da USP, além da página do Facebook e do Twitter do CRNutri, visando a atingir o público externo, onde maior número de pessoas poderiam ter acesso a esse material. Es-ses conteúdos consistiam em informativos e re-ceitas culinárias. Os informativos eram publicados quinzenalmente, cujos temas eram selecionados mediante busca por assuntos atuais comentados pela mídia ou por sugestões fornecidas por pes-soas que acompanhavam as publicações pela internet. Eles eram elaborados com cores chama-tivas e figuras para atrair a atenção dos usuários. Os textos apresentavam linguagem popular e termos não-técnicos para que fossem de enten-dimento de toda a população. Em julho de 2014, foram contabilizadas 1865 pessoas que recebe-ram informações do CRNutri via Facebook e 386 via Twitter. As receitas, divulgadas semanalmente, foram adaptadas de sites ou revistas de culinária para se tornarem opções saudáveis, financeira-mente acessíveis e de fácil execução. Após as alterações, realizaram-se degustações entre os nutricionistas, aprimorandos e estagiários do CR-Nutri para verificar a aceitabilidade das mesmas, relacionadas ao sabor, textura e aparência. Foram publicadas 41 receitas e 20 informativos durante o período analisado. Para a avaliação do impacto da divulgação desses materiais, foi desenvolvido um questionário sobre as receitas e informativos, via Google Drive, contendo perguntas sobre: for-ma de acesso ao material, reprodução das recei-tas, opinião sobre as receitas e os informativos, entre outros. Esse questionário foi publicado tanto nas redes sociais como enviado por e-mail para os 312 indivíduos cadastrados.Resultados alcançadosOs dados foram analisados no programa Excel levando em conta o número e a porcentagem de pessoas para cada resposta obtida. O total de 66 pessoas respondeu ao questionário entre 15 de Maio e 14 de junho de 2014. A tabela 1 apresenta as respostas relacionadas à forma de acesso aos materiais divulgados pelo CRNutri e sua utiliza-ção por parte do público. Pode-se observar que o acesso mais frequente é via Facebook e e-mail. Com relação às receitas, mais de 70% das pes-soas já testaram alguma das receitas publicadas e, destas, a maior parte testou de dois a cinco receitas, tendo 93,6% de resultado satisfatório. Quanto aos informativos, 98,5% das pessoas relataram gostar dos temas propostos e mais de metade mudou algum hábito devido às infor-mações publicadas. Com relação às principais

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Compostagem para o Campus de Pirassununga-USPCoordenadoraTamara Maria Gomes

Ações/atividades desenvolvidasAs ações e atividades desenvolvidas pelas bol-sistas do projeto tiveram como objetivo principal despertar o senso de conservação dos recursos naturais, internalizando práticas de reciclagem e educação ambiental, além de despertar habilida-des pedagógicas. Para isso foi desenvolvido uma cartilha para construção de uma composteira caseira, vermicomposteira, além da confecção de uma unidade modelo. Após pesquisas sobre o assunto e a confecção da cartilha e da vermi-composteira iniciou-se a divulgação em escolas municipais de Pirassununga e eventos relacio-nados ao tema. Foram cinco escolas, atingindo aproximadamente 305 crianças de seis a onze anos de idade e participação no Domingo Ecoló-gico, Semana da Água e na Feira de Ciências do município. A divulgação atingiu desde crianças até adultos, com diferentes classes sociais e es-colaridade. As bolsistas realizaram as atividades com empenho e criatividade. Foi possível através do programa levar à comunidade de Pirassunun-ga a técnica da compostagem como alternativa à disposição dos resíduos orgânicos domésticos, que contribuem com 50% do volume destinado aos lixões e/ou aterros sanitários.Resultados alcançadosComo resultados: – elaboração da cartilha; – confecção de uma unidade de compostagem caseira; – educação ambiental atingindo 305 crianças, em cinco escolas municipais, com ida-de de seis a onze anos; – divulgação da prática da compostagem através de três eventos relacio-nados ao tema ambiental no município de Piras-sununga, atingindo pessoas de todas as idades e classes sociais.

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Avaliação Ergonomica de Tratores Agrícolas no Município de Pirassununga – SPCoordenadorMurilo Mesquita Baesso

Ações/atividades desenvolvidasO projeto foi desenvolvido no município de Piras-sununga-SP. Sendo o ensaio realizado com os seguintes tratores:

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LDAD

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ENTO

SFZ

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ModeloPotência

(cv)

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(rpm)

Ano de

F a b r i c a -

çãoMassey Ferguson 292 97 1700 1989

Massey Ferguson 275 76 1700 1987

Massey Ferguson 275 – Cabinado 76 1700 1987

Massey Ferguson 65X 65 1800 1974

Valmet 88 82 1800 1984

Valmet 785 75 1800 1994

Valtra BL 88 88 1850 2008

Valmet 65 61 1700 1979

Valtra BM 125i - Cabinado 132 1800 2010

Val tra BT 210 - Cabinado 215 1800 2012

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Os níveis de ruídos foram determinados por um decibelímetro digital, marca ICEL, modelo DL-4020, nos circuitos de resposta rápida e de equa-lização A, sendo expressos em dB(A); em todas as medições foi utilizado o protetor de vento do decibelímetro. As leituras foram tomadas próxi-mas ao ouvido do operador e em cada raio de afastamento de 1 a 10m, coletadas de 1 em 1m, direcionadas para os lados direito e esquerdo e partes traseira e frontal do trator. Em cada ponto foram realizadas três leituras em cada condição. Além do ruído emitido pelo trator foram avaliados os demais itens de segurança e ergonomia: Pre-sença de cabine fechada, estrutura de proteção à capotagem (EPC), cinto de segurança, altura do degrau, alça de apoio, freio de mão, uso de calço, faróis, buzina, peças soltas, assento do operador e condições dos pneus. Foram realiza-das palestras com produtores rurais sobre aci-dentes no meio rural.Resultados alcançadosTodos os tratores, com exceção dos com cabi-nas originais de fábrica, apresentaram níveis de ruído próximo ao ouvido do operador acima dos limites permitidos pela Norma Regulamentadora (NR 15) do Ministério do Trabalho e Emprego. Os operadores destes tratores estão sujeitos a risco de hipoacusia, quando trabalham sem pro-teção auricular. Todos os tratores apresentaram irregularidades de segurança e ergonômicas. Fa-vorecendo o risco de acidentes e doenças ocu-pacionais.

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Química e Bioquímica via Web na FZEACoordenadorEdson Roberto da Silva

Ações/atividades desenvolvidasForam desenvolvidas atividades de elaboração de vídeos educacionais na área de química e bioquímica.Resultados alcançadosProdução de três vídeo-aulas, onde uma foi disponibilizada na internet e teve cerca de 100 acessos.

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Conhecimento Técnico, Científico e Cultural Divulgado no Site da FZEACoordenadora Catarina Abdalla Gomide

Ações/atividades desenvolvidasNo decorrer do projeto a aluna procurou os do-centes, funcionários e alunos para entrevistá-los, procurando abordar os temas e assuntos que estavam em evidência, naquele momento, no âmbito da nossa faculdade.Resultados alcançadosVerificamos que os entrevistados se sentiam mui-to contentes, estimulados e valorizados em suas entrevistas. A bolsista pôde ter contato e conhe-cer pesquisadores renomados e importantes na

comunidade científica. Ainda pôde aprender a importância da relação entre a linguagem falada (entrevista) e a escrita (redação do texto).

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Corantes Artificiais na Alimentação InfantilCoordenadoraMaria Teresa de Alvarenga Freire

Ações/atividades desenvolvidasForam identificados os principais corantes en-contrados e sua frequência qualitativa de uso em várias categorias de produtos consumidos pelo público infantil. Esta fase do projeto foi efetuada por meio de visitas a supermercados, avaliação de rótulos de produtos e consultas pela internet. Questionários foram elaborados para as várias categorias de produtos para serem aplicados junto ao público infantil para verificar quais os principais corantes consumidos pelas crianças. Na sequência, após a aprovação do projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa, os questionários foram aplicados aos consumidores via on-line e também em várias escolas. Cerca de catorze questionários foram elaborados, de acordo com a classificação dos produtos. Com base neste conjunto de informações, foram realizadas ava-liações estatísticas de forma a se alcançar um mapa ilustrativo sobre consumo de corantes arti-ficiais pelo público infantil.Resultados alcançadosDos produtos de diversas categorias nos mer-cados, pôde-se perceber que o corante artificial com maior frequência nos alimentos é o Tartrazi-na. Os alimentos que continham a maior quanti-dade de corantes artificiais foram: Refrigerantes, doces e guloseimas, gelatinas e suco em pó. O detalhamento dos resultados encontra-se no relatório enviado impresso à presidência da Co-missão de Cultura e Extensão da FAZEA. Esse estudo permitiu avaliar o consumo de produtos coloridos artificialmente por crianças com até 12 anos, gerando resultados que futuramente serão utilizados para pesquisas científicas na área da Toxicologia dos alimentos, que permitam estabe-lecer a ingestão dos corantes artificiais de forma a orientar a população quanto ao consumo sau-dável destes produtos. As dificuldades encontra-das na coleta de informação tanto via pesquisa on-line como entrevistas aplicadas nas escolas denotam a confiança dos pais relativa à quali-dade dos produtos industrializados que contêm corantes como aditivos em suas formulações. No entanto, o aumento da oferta destes produtos re-quer uma atualização dos cálculos de ingestão diária aceitável, fundamentada em estudos toxi-cológicos mais atualizados sobre estas substân-cias. Munidos destas informações será possível transmitir ao consumidor ferramentas que lhe permitam dosar com maior conhecimento e se-gurança a ingestão de alimentos que contenham este tipo de aditivo em suas formulações.

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A Medicina Veterinária na Educação em Saúde do Município de Pirassununga-SPCoordenadoraTrícia Maria Ferreira de Sousa Oliveira

Ações/atividades desenvolvidasO grupo realizou reuniões semanais durante o período letivo, e a cada reunião um aluno pre-parou apresentação sobre alguma zoonose ou doença infectoparasitária, sob a supervisão das docentes responsáveis. As ações de extensão também contemplaram palestras e visitas a es-colas e associações, para apresentação de te-mas relacionados à educação em saúde e posse responsável de cães e gatos, além de eventos nas dependências da FZEA-USP. Os integrantes do GESA produziram material gráfico explica-tivo sobre diferentes temas, entregues nas noi-tes de palestras na FZEA e também durante as apresentações para crianças em associações e escolas de Pirassununga. O levantamento sobre as zoonoses de maior ocorrência no município foi feito por meio de questionários. Foram feitas visitas às clínicas veterinárias do município e os questionários foram respondidos pelos médicos veterinários. Os questionários eram compostos por perguntas de múltipla escolha e discursivas a respeito dos dados do animal (nome, espécie, sexo, raça e data de nascimento), dados da clí-nica veterinária (nome da clínica, endereço da clínica e nome do médico veterinário), dados do proprietário (nome, endereço e telefone), ana-mnese (vacinação, vermifugação, alimentação, ambiente onde o animal vive, viagens, castração, acasalamentos, histórico de aborto, histórico de hemoparasitoses e ixodidiose, procedimentos preventivos contra ectoparasitas) e informações específicas quanto às zoonoses (data do atendi-mento, sinais observados, qual o exame utilizado para confirmar o diagnóstico, nome da doença, qual o tipo de tratamento utilizado, se houve su-cesso no tratamento, se houve recidiva e se o animal veio à óbito).Resultados alcançadosO Grupo de Estudos em Saúde Animal realizou 83 reuniões do 2º semestre de 2010 ao 1º se-mestre de 2014, com média de 11,3 alunos presentes, além de proporcionar aos alunos a oportunidade de apresentar seminários durante as reuniões, foram 61 seminários apresentados nesses 4 anos. Foram realizadas nove visitas a escolas e associações, com temas relacionados à posse responsável, doenças de impacto em saúde animal e saúde pública. O grupo também

organizou três noites de palestra na FZEA, sendo a primeira sobre Febre Maculosa e Hantaviroses, a segunda sobre Toxoplasmose e Hemoparasito-ses em pequenos animais e a terceira sobre as-pectos da infecção por Brachyspira spp. Os três eventos foram gratuitos e houve a participação de alunos da graduação em medicina veterinária de diferentes instituições da região, médicos ve-terinários autônomos e funcionários da vigilância epidemiológica de Pirassununga, com público médio de 50 ouvintes. Durante os três eventos foram arrecadados pacotes de ração, posterior-mente doados para ONGs de proteção animal do município. Os alunos do GESA produziram folderes educativos sobre adoção, maus tratos e posse responsável, além de material esclare-cendo sobre enfermidades de importância em saúde pública. Esses panfletos foram distribu-ídos durante os eventos e visitas organizados pelo grupo. Com relação ao levantamento de ocorrência de zoonoses no município de Pirassu-nunga, foram visitadas nove clínicas veterinárias e 60 questionários preenchidos retornaram, com preenchimento completo ou parcial.

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Portal Biossistemas: Site de Formação e Informação Tecnológica para Sustentabilidade AgropecuáriaCoordenadorFabricio Rossi

Ações/atividades desenvolvidasA aluna desenvolveu inúmeras atividades relacio-nadas ao Portal Biossistemas, desde a confec-ção e publicação de matérias até nas questões gráficas do novo site e na elaboração de folderes para divulgação do curso de Engenharia de Bios-sistemas e do Portal Biossistemas.Resultados alcançadosO Portal Biossistemas conseguiu ampliar suas visualizações consideravelmente no período do trabalho da bolsista, em função de uma maior periodicidade de publicações e pela destacada atuação da aluna em divulgar o trabalho do Portal Biossistemas e a importância nacional e interna-cional do site para pesquisas no assunto Enge-nharia de Biossistemas (dados abaixo). Número de acessos mensais ao Portal Biossistemas, com formatação condicional. Destaco que foi muito importante o trabalho da bolsista, permitindo a consolidação do Portal Biossistemas em seu novo site: <www.usp.br/portalbiossistemas>.

Número de Visualizações do Portal Biossistemas (2010-2014)

Ano/mês

Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. Totais

2010 130 120 192 223 222 456 486 1829

2011 526 635 1163 1584 2161 1721 1157 1412 1410 1620 1506 756 15651

2012 661 964 1655 1621 3182 3330 1808 2340 2198 2363 3533 2420 26075

2013 1880 1976 2130 2179 2292 2063 1667 2076 2804 2261 1804 1285 24417

2014 1418 1775 1587 1895 1954 8623

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o abastecimento de informações pertinentes den-tro da plataforma do site do Unicetex Centro de Inovação, Empreendedorismo e Extensão Univer-sitária; a exposição e apresentação do presente trabalho no 2° Simpósio Aprender com Cultura e Extensão e o auxílio nas atividades gerais do Unicetex e da UNITec-Incubadora de Empresas. A princípio o projeto conta com uma bolsista do curso de Engenharia de Alimentos. Pretende-se inserir no projeto bolsistas de todos os cursos oferecidos pela FZEA, de maneira a contribuir de forma mais ampla com as demandas encontra-das no projeto. Desta forma, poderemos atender às mais diversas demandas, tanto da patê tec-nológica, de engenharia, com animais e também com alimentos. A experiência foi enriquecedora, principalmente no quesito lidar com pessoas. Ex-pressar idéias de forma clara e convencê-las de que tal prática trará benefícios, foi desafiador e de extrema importância. Ter visão crítica e enxergar como fazer ou o que mudar, também contribuiu muito para a formação da aluna envolvida.Resultados alcançadosUma vez que a maioria das empresas permane-cem incubadas, os resultados das ações desen-volvidas no período de duração da bolsa ainda es-tão se repercutindo, seja na transmissão de ideias empreendedoras aos estudantes da Universidade, ou na implementação de mecanismos que facili-tam o desenvolvimento das empresas incubadas, ou até mesmo na consolidação de pretensões empreendedoras com bases na inovação, objeti-vando o desenvolvimento do sucesso profissional e espírito empreendedor em todos os casos.

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Implantação de Unidade Comunitária Beneficiadora de Leite (UCBL) com Reaproveitamento Sustentável dos Resíduos Orgânicos no Semi-Árido NordestinoCoordenadoraCelia Regina Orlandelli Carrer

Ações/atividades desenvolvidasInicialmente desenvolveu-se um manual, com o objetivo de criar um roteiro que explicasse passo--a-passo a maneira de processar o leite e produzir seus derivados com segurança. Realizou-se o le-vantamento da legislação federal, estadual e mu-nicipal que regulamenta estabelecimentos para produção de leite e derivados, além da execução da cotação de equipamentos e maquinários que viabilizem a produção com aproveitamento dos recursos disponíveis. Desenvolveu-se a planta de um laticínio modelo que atenda às necessidades locais do município para a produção de leite e processamento de seus derivados. A planta do laticínio foi desenvolvida atendendo às especifi-cações presentes na legislação pertinente, e à medida que a Unidade Comunitária Beneficiado-ra de Leite for implementada, o material estará disponível para a comunidade, a fim de auxiliá-los na produção de leite e seus derivados.

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Acompanhamento e Geração de Índices de Viabilidade das Empresas Incubadas na UNITec-Incubadora de Empresas do Agronegócio – FZEA-USP de Pirassununga-SPCoordenadorCelso da Costa Carrer

Ações/atividades desenvolvidasFoi feito um levantamento das empresas asso-ciadas da UNITec-Incubadora de Empresas do Agronegócio de Pirassununga, verificando-se o estágio atual de cada empresa, além de se atua-lizar os índices financeiros das empresas gradua-das. Utilizou-se alguns artifícios expositivos para propagar informações pertinentes ao âmbito da busca pela edificação sólida e eficiente de um projeto empresarial. Dentre esses artifícios des-tacam-se o abastecimento de informações perti-nentes dentro da plataforma do site do Unicetex Centro de Inovação, Empreendedorismo e Exten-são Universitária; a exposição e apresentação do presente trabalho no 3° Simpósio Aprender com Cultura e Extensão e o auxílio nas atividades ge-rais do Unicetex.Resultados alcançadosConseguiu-se verificar a graduação de empresas como a Solinova que tem sua sede agora locali-zada na cidade de Pirassununga-SP, verificando seu desenvolvimento, e geração de índices de sua viabilidade como uma empresa emergente que nasceu e cresceu através do trabalho em conjunto com a Incubadora.

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Serviço de Suporte para Alavancamento de Recursos de Inovação para as Empresas Incubadas na UNITec-Incubadora de Empresas do Agronegócio de PirassunungaCoordenadorCelso da Costa Carrer

Ações/atividades desenvolvidasO trabalho propôs auxiliar as tomadas de deci-sões, sempre pautadas na analise prévia da si-tuação atual da empresa e pretensões futuras dos seus empreendedores. Para tanto, a bolsista envolvida, amparada pelo orientador responsável, seguiu vias estratégicas para a busca de soluções práticas e eficientes como: a) Apoio administra-tivo/operacional para o desenvolvimento das atividades dos empreendedores; b) Facilitar a in-teração entre a instituição de ensino, extensão e pesquisa (USP) e as empresas, de forma partilha-da; c) Visitas técnicas às empresas para diagnós-tico inicial; d) Estimular funcionários com a realiza-ção de cursos ligados a gerenciamento, melhoria de processos, treinamentos, etc. Foram utilizados também, alguns artifícios expositivos para propa-gar informações pertinentes ao âmbito da busca pela edificação sólida e eficiente de um projeto empresarial. Dentre esses artifícios destacam-se

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Resultados alcançadosA medida que a Unidade Comunitária Beneficia-dora de Leite for sendo implementada, o material poderá ser acessado e colocado em prática, au-xiliando assim, a comunidade em seu dia-a-dia na produção correta de leite e seus derivados.

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Projeto Mel do Sertão: A Exploração Apícola como Tecnologia Estimuladora do Desenvolvimento Econômico e Social na Região de Caiçara do Rio dos Ventos-RNCoordenadoraCelia Regina Orlandelli Carrer

Ações/atividades desenvolvidasO projeto foi realizado no campus Pirassununga da USP, objetivando aplicação em Caiçara do Rio dos Ventos-RN. Os bolsistas do projeto fariam viagens ao local para implantação dos apiários, apresentação de palestras e dias de campo sobre manejo das colméias, visando às normas de BPF, EPIs, manuseio das caixas e processamento do mel e de outros produtos para posterior venda, com o intuito de aumentar a produção, a quali-dade e agregar valor aos produtos, mas que infe-lizmente não foi possível realizar em apenas dois semestres. Além disso, pretendia-se a instalação de uma casa do mel modelo, onde todos os pro-dutores poderiam processar seu mel para venda.Resultados alcançadosComo resultados alcançados podemos citar: – crescimento profissional e pessoal dos estudan-tes bolsistas envolvidos no projeto; – entendimen-to da realidade socioeconômica regional e do país por parte dos alunos; – diagnósticos das ativida-des que auxiliem o desenvolvimento da agricultu-ra local; – habilidade de relacionamento, espírito de equipe, liderança e pró-atividade dos alunos.

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Projeto Portal dos Ventos no Sertão Nordestino: Uma Experiência de Aprendizado e CidadaniaCoordenadoraCelia Regina Orlandelli Carrer

Ações/atividades desenvolvidasDesenvolveu-se a planta baixa de acordo com as dimensões estipuladas pelo projeto, o qual era regrado de acordo com o órgão financiador (CNPQ), baseado em pequenos laticínios. Segue a composição do pequeno laticínio: Plataforma de recepção; Sala de Recepção; Estoque; Sala da Caldeira; Laboratório; Vestiários; Escritório; Sala de Trabalho; Câmaras Frias; Sala de Expedição.Resultados alcançadosComo citado anteriormente, finalizou-se a cons-trução da planta baixa da Unidade Comunitária de Beneficiamento de Leite seguindo as regras determinadas pelo órgão financiador, e foi reali-zada também uma cotação parcial de todos os equipamentos a serem utilizados.

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Projeto Cãocer: Educar, Conhecer e Prevenir os Casos de Câncer em Animais Domésticos da Região de Pirassununga-SP: 4 anosCoordenador Heidge Fukumasu

Ações/atividades desenvolvidas1) Participação do projeto em eventos: Houve a participação do projeto na Semana de Respon-sabilidade Social desenvolvida pela faculdade FATECE de Pirassununga, o projeto contou com ajuda da comissão organizadora do evento dis-ponibilizando um local para colocada dos painéis e folders do projeto. No dia, foram apresentadas de forma oral maneiras de prevenção sobre o câncer e foram esclarecidas dúvidas gerais da população a respeito do câncer. Também no mesmo ano, 2013, o projeto confirmou presen-ça no evento realizado pelo ONCOCANE-FMVZ--USP em São Paulo, no Parque do Ibirapuera, com objetivo de diagnosticar tumores mamários em cadelas; 2) Desenvolvimento de material di-dático para publicação no site: Foram escritas quatro matérias para publicação no site do proje-to com os seguintes temas: Quimioprevenção e câncer, quimioprevenção e dieta, diagnostico do câncer em animais domésticos e seis maneiras de prevenir o câncer em animais domésticos. As matérias já foram revisadas pelo orientador do projeto Prof. Dr. Heidge Fukumasu e aguardam para ser publicadas; 3) Sobre a realização do ci-clo de palestras e a II Cãopanha de Prevenção: Não foi possível a realização desses eventos de-vido à indisponibilidade de local e de tempo para organização dos eventos; 4) Publicação do arti-go: Estudo retrospectivo de neoplasias em cães e gatos atendidos no Hospital Veterinário da USP de Pirassununga-SP. O artigo conta com banco de dados obtidos a partir de prontuários médi-cos do hospital veterinário da FMVZ no campus de Pirassununga. Esse trabalho de colheita de dados vem sido desenvolvido desde o primeiro ano do projeto, porém haviam falhas na análise desses dados, portanto os dados já coletados fo-ram revisados no período de janeiro a fevereiro de 2014 pelas alunas do projeto. Após essa revisão foram feitos gráficos e tabelas para delinear os resultados obtidos. O artigo já está em fase de processamento, porém não foi enviado para pu-blicação e tem previsão de termino até dezembro de 2014; 5) Publicação de artigo na revista de cultura e extensão da PRCEU. O manuscrito foi enviado porém sem previsão de publicação.Resultados alcançadosOs objetivos do projeto foram alcançados e o comprometimento social atráves da conscien-tização da população sobre a prevenção foram mantidos. Apesar do término do implemento das bolsas, o projeto realizará participação na Virada Científica da USP em Outubro com apresentação do seminário O câncer em animais domésticos: Conceitos gerais e prevenção. A finalização do artigo será concluida até dezembro desse ano

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intervalo entre a primeira e segunda visita foi ela-borada uma cartilha com respostas para as dúvi-das dos proprietários e dicas de manejo básico, na segunda visita esclarecemos dúvidas levanta-das anteriormente, e foi ensinada a necessidade e a maneira correta de se escovar e limpar os cascos dos animais, o proprietário não adquiriu o vermífugo e o carrapaticida para que pudesse ser feita a devida aplicação. Não foi possível man-ter o acompanhamento, e seguir com o projeto na propriedade, pois perdemos o contato com a proprietária.

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Posse Responsável: da Adoção ao Convívio FamiliarCoordenadoraRoberta Ariboni Brandi

Ações/atividades desenvolvidasDurante o projeto foi realizada uma revisão de literatura sobre o assunto, sistematização de material de divulgação do conceito de posse res-ponsável, acompanhamento de feiras de doação, auxilio e adequação de formulários utilizados pela ONG, transferência de informações para os ado-tantes e proprietários de animais.Resultados alcançadosFoi possível aplicar o nosso material, gerado pelo grupo, conscientizar adotantes sobre a posse responsável e auxiliar na adequação dos formu-lários da ONG.

e seus resultados poderão contribuir para a in-formação da população de Pirassununga, bem como médicos veterinários do município.

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Conceitos Fundametais para o Manejo de Equídeos: da Teoria à PraticaCoordenadoraRoberta Ariboni Brandi

Ações/atividades desenvolvidasForam realizadas revisões literárias para maior conhecimento sobre os assuntos a serem abor-dados, para que assim pudessem ser utilizados com maior propriedade. Foi feita a divulgação do projeto no Sindicato Rural e nas casas de rações, localizados na cidade de Pirassununga-SP, onde foi deixado o contato para que os proprietários interessados entrassem em contato, o retorno dos interessados foi extremamente baixo. Foi re-alizada uma visita no 13º Regimento de Cavalaria Mecanizada, sedeado em Pirassununga, onde foi acompanhada a rotina diária do regimento, desde a limpeza das baias, pelagem e cascos dos ani-mais, e alimentação fornecida aos mesmos, para composição de pôster e confecção de relatório com sugestões de melhoria. Também foi feita uma visita em uma propriedade interessada, onde realizou-se o reconhecimento das condições em que os animais eram criados, para posteriormen-te serem elaboradas dicas para um melhor ma-nejo. Foi confeccionada, para tanto, uma cartilha educativa contendo informações básicas sobre manejo alimentar e sanitário, bem-estar animal.Resultados alcançadosA visita no exército foi proveitosa, pois pudemos conhecer um ambiente diferente do vivencia-do dentro Universidade, porém não foi possível manter contato para a continuidade do processo, devido à participação do regimento no patrulha-mento da Copa do Mundo de Futebol. Grande parte do efetivo foi deslocada e com isso o pro-jeto foi interrompido. Foram realizadas visitas na propriedade localizada no bairro do Mamonal, cidade de Pirassununga, onde existiam dois ani-mais, sem raça definida, sendo um cavalo cas-trado, utilizado para eventuais cavalgadas, e uma égua prenhe no segundo terço de gestação, que não realizava nenhuma atividade especifica. Na primeira visita foi feita uma entrevista com as pro-prietárias, o reconhecimento do manejo geral e das principais dúvidas das proprietárias. Dentre as principais dúvidas destacaram-se cuidados gerais a serem tomados com a égua em ges-tação, necessidade da utilização de vermífugo e carrapaticida, alimentação e limpeza de um modo geral. Após discussão com o grupo de tra-balho e estudo das solicitações, foram tomadas tais providencias: indicação de vermífugo e car-rapaticida ideal para seus animais, necessidade de uma alteração na alimentação e a maneira correta de se escovar o pelo e limpar os cascos dos cavalos, e quais suas importâncias. Nesse momento foi indicado a compra de uma raspa-deira, limpa-casco, carrapaticida e vermífugo. No

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Divulgação da Astronomia para Despertar Vocações CientíficasCoordenadoraJane Cristina Gregorio Hetem

Ações/atividades desenvolvidasForam realizados dois grupos de atividades re-lacionadas ao Bacharelado em Astronomia. Tais atividades foram voltadas tanto ao atendimento ao corpo discente (desenvolvimento de experi-mentos), como ao público pré-vestibular (divulga-ção do curso).Resultados alcançadosEmbora parciais, as atividades dos bolsistas trouxeram o benefício ao projeto de dar enca-minhamento a novidades que poderão ser im-plementadas em futuras solicitações. Este é um projeto de longo prazo que visa levar ao público universitário, bem como aos pré-vestibulandos uma maior proximidade da realidade profissional do astrônomo.

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O Uso de Telescópios na Escola para Divulgação da AstronomiaCoordenadoraVera Jatenco Silva Pereira

Ações/atividades desenvolvidasNo projeto de Cultura e Extensão O Uso de Teles-cópios na Escola para Divulgação da Astronomia, foram desenvolvidas atividades juntamente com alunos de vários centros de ensino de diversas regiões do Brasil, através do uso de telescópios controlados remotamente através da internet. No projeto, eles puderam registrar imagens de diver-sos objetos celestes e fazer um tour pelo céu no-turno e desenvolver pequenos projetos científicos através dos softwares disponibilizados pela equi-pe como: cálculo de distâncias, luminosidades e diâmetros, e ainda processamento de imagens, auxiliados pelo software PInE (Processamento de Imagens na Escola).Resultados alcançadosPode-se citar como resultados do projeto, pri-meiramente, a possibilidade de divulgação da Astronomia em larga escala, de forma que alu-nos que nunca tiveram conhecimento sobre esse campo de estudo puderam manusear um teles-cópio e aprender sobre a Astronomia, de forma prática. Também, um manual para o software PInE foi desenvolvido para auxiliar na captação de imagens do projeto e está sendo atualizado. O servidor do site do projeto está sendo colocado na USP Cloud, de forma a reduzir os problemas de atualização do mesmo, não sendo mais res-trito a um único computador. Ao final do projeto, ainda foi feita uma apresentação, pelos bolsistas, no Simpósio de Iniciação Científica no IAG-USP na forma de um pôster intitulado Telescópios na Escola: Ensino e Divulgação de Ciência através de telescópios robóticos. A divulgação científica permite aos estudantes expandir sua cultura ge-ral e interesse pela ciência. O projeto foi de suma importância para o aprendizado dos alunos.

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80 anos da Estação Meteorológica do IAG-USPCoordenadorRicardo de Camargo

Ações/atividades desenvolvidasUma das atividades realizadas ao longo do perí-odo de vigência da bolsa foi a criação de conte-údo para a internet. Esse conteúdo consistiu em textos e publicação de imagens em uma fanpage na rede social Facebook <https://www.facebook.com/estacaoIAG>. A fanpage já existia antes do Projeto, no entanto, divulgava apenas os dados meteorológicos horários coletados na Estação Meteorológica do IAG-USP (EM-IAG-USP). Ao longo do projeto, curiosidades sobre Meteoro-logia e informações do Museu de Meteorologia também foram divulgados. Dessa maneira, hou-ve um estreitamento com o público apreciador da fanpage. Muitos professores conheceram a fanpage e agendaram visitas de seus grupos de alunos. Dessa maneira, foi possível divulgar as atividades da EM-IAG-USP e do Museu de Me-teorologia. Antes mesmo do Projeto, já existia um site da EM-IAG-USP <http://www.estacao.iag.usp.br/>. Esse site divulgava informações técni-cas sobre o trabalho da EM-IAG-USP: relatórios, boletins (anuais, trimestrais e mensais), infor-mações sobre os instrumentos meteorológicos em operação, dados meteorológicos, etc. Com o Projeto Aprender com Cultura e Extensão, o aluno Lucas Cantos Nascimento de Almeida tra-balhou ativamente na criação de um site para o Museu de Meteorologia. Esse site, que na verda-de está dentro do site da própria EM-IAG-USP e foi mencionado anteriormente, começou a ser criado em Outubro de 2013 e entrou no ar alguns meses depois. Pode ser acessado diretamen-te em: <http://www.estacao.iag.usp.br/historia.php>. Com o objetivo de apresentar informações sobre o Museu de Meteorologia na web, esse site conta com textos sobre a história da EM--IAG-USP. O acervo fotográfico foi digitalizado e as imagens são apresentadas ao longo dos tex-tos do site, situando o leitor dentro da história do IAG-USP. Também foi criado um banco de dados de imagens e descrições sobre os itens do acer-vo do Museu de Meteorologia. Além dessas ati-vidades, o aluno também atuou no atendimento a visitantes. As visitas são guiadas e constituem em uma palestra sobre meteorologia, visita a EM--IAG-USP e vista ao Museu de Meteorologia.Resultados alcançadosO aluno demonstrou-se satisfeito com o conheci-mento alcançado ao longo do projeto. Ele adqui-riu conhecimentos de HTML, MySQL e outras fer-ramentas que possibilitaram a criação do site do Museu de Meteorologia. O aluno inclusive criou um tutorial para que futuros alunos do Programa Aprender com Cultura Extensão ou funcionários da EM-IAG-USP possam inserir novas imagens e informações no Banco de Dados. O site do Museu de Meteorologia foi um importante ob-jetivo alcançado, já que possibilita que pessoas

de todo o mundo conheçam o acervo do museu. A interação com os apreciadores da fanpage do Facebook foi muito satisfatória, de modo que houve um aumento no número de apreciadores no período de Julho de 2013 a Agosto de 2014. Outro importante objetivo alcançado trata-se na verdade de um objetivo pessoal para o aluno. Foi possível ver sua evolução ao longo do projeto. Antes, ele mostrava-se mais tímido e receoso ao atender grupos de visitantes. No final do período de vigência da bolsa, ele já estava mais articulado e desembaraçado.

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Noite com as EstrelasCoordenadorRamachrisna Teixeira

Ações/atividades desenvolvidasO evento Noite com as estrelas ao qual se refere este processo, bem como outras atividades de extensão desenvolvidas no Observatório Abrahão de Moraes (OAM) estão sob responsabilidade do Professor Coordenador desse projeto e de cinco alunos de pós-graduação do IAG. Sua realização é assegurada pelas pessoas já citadas e também, graças aos cinco alunos de graduação da USP, de diversas áreas, contemplados com bolsas no âmbito desse projeto. Naturalmente, a realização do evento conta ainda com a colaboração de funcionários do OAM. São elas: – Observação do céu noturno com telescópios durante um final de semana (sexta, sábado e domingo) por mês; são recebidas duas ou três turmas por noite, depen-dendo da época do ano, sendo que cada turma é composta de aproximadamente quarenta pes-soas. A atividade dura em torno de uma hora e é precedida por uma preleção informativa de apro-ximadamente quinze minutos; – No sábado do final de semana de observações há sempre uma visita guiada aos instrumentos do Observatório, na qual a funcionalidade dos mesmos é explica-da, bem como sua aplicação científica; – Na tarde desse mesmo sábado, é oferecida uma palestra de um tema geral relacionado a Ciências. O tema pode ser escolhido pelo palestrante ou sugerido pelos visitantes em nossa página no Facebook.Resultados alcançadosApesar das dificuldades, a intensa dedicação dos envolvidos rendeu muitos frutos. No perío-do destacado foram atendidas 2310 pessoas e a demanda foi muito maior do que a estrutura física e humana suportam. O projeto segue com destaque na programação cultural das cidades vizinhas e da região, com fila de espera para os próximos atendimentos. A satisfação dos visitan-tes é notória e motivadora. Por outro lado, um resultado também notável foi o desenvolvimen-to dos monitores bolsistas como divulgadores de ciência. O contato direto com estudantes de pós-graduação foi muito valioso no seu desen-volvimento acadêmico e pessoal, bem como a troca promovida entre os próprios monitores, selecionados dentre diversas áreas do conhe-cimento. Ao final da vigência de suas bolsas, o

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aprendizado, tanto prático quanto relativo aos conhecimentos básicos e avançados de Astro-nomia, foi notório, tendo todos obtido destaque em testes realizados pelos monitores da pós-gra-duação. O projeto também foi destaque na mídia local e foi agraciado com o Voto de Louvor em sessão da Câmara Municipal de Valinhos.

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Blog da Terra: Como Conhecer Nosso Planeta (Renovação)CoordenadorEder Cassola Molina

Ações/atividades desenvolvidasPlanejamento de um blog para apresentar infor-mações sobre a Terra: estrutura, evolução, com-posição, e o que se conhece a partir de métodos geofísicos, baseando-se no formato de outros blogs existentes em Universidades e Instituições de pesquisa nacionais e estrangeiras. Elaboração de textos simples, busca de imagens, e elabo-ração de um blog simples para apresentar as informações.Resultados alcançadosNenhum dos objetivos inicialmente planejados foi alcançado, visto as dificuldades da bolsista no decorrer do projeto. Ainda assim, a mesma está engajada em finalizar, mesmo que de forma bas-tante modesta, a tarefa de elaborar um blog com um mínimo de informações sobre a Terra.

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Patrimônio Arquitetônico, Design e Educação: Desenvolvimento de Sistemas Interativos Lúdicos (Modelos Tridimensionais em Dobraduras em Papel)CoordenadorPaulo Cesar Castral

Ações/atividades desenvolvidasEtapa 1 – Revisão Bibliográfica: Foi realizada, no mês de agosto, revisão do embasamento teórico da pesquisa, atentando para uma contextualiza-ção de algumas relações emergentes no primeiro ano da pesquisa e para as quais se fez necessá-rio um aprofundamento. Etapa 2 – Revisão dos Produtos: Nos três primeiros meses do segundo ano de pesquisa objetivou-se a realização de uma primeira revisão nos produtos já confeccionados, e na feitura das duas dobraduras faltantes. Eta-pa 3 – Definição dos Novos Produtos: Após a feitura dos dois modelos em papel faltantes na primeira etapa da pesquisa, se decidiu a continu-ação de produtos com novas dobraduras. Então, no mês de outubro, junto à finalização dos seis primeiros modelos, foram escolhidas três novas edificações para fazer um novo conjunto de seis dobraduras. Etapas 4 e 5 – Material das Edifica-ções e Preparo de Novas Dobraduras: Nos me-ses de outubro, novembro, dezembro e janeiro, realizaram-se as tarefas de levantamento e leitura das edificações escolhidas, bem como o registro fotográfico, desenhos e levantamento das medi-das e da volumetria de cada uma das três novas edificações. Etapas 6 e 7 – Testes Programáticos e Finalização do Produto: Nos meses de março e abril foram realizados testes de usabilidade e de montagem para finalizar eventuais questões e problemáticas de linguagem e montagem. As-sim, através dos testes, foi possível a finalização dos modelos para que pudessem ser testados em meio educacional no próximo mês. Etapa 8 – Teste na Escola: No mês de maio os seis mo-delos direcionados para o ensino fundamental foram aplicados com um grupo de 12 crianças, com idades entre 10 e 14 anos. Teve como resul-tado a avaliação de usabilidade por observação das crianças montando as dobraduras, junto a um questionário escrito que foi respondido por elas. Etapa 9 – Revisão dos Resultados: No mês de junho, a partir dos resultados dos testes com crianças e dos questionários respondidos por elas, realizou-se uma revisão nas dobraduras, a fim de corrigir eventuais erros de montagem e outras dificuldades encontradas nos teste. Etapa 10 – Finalização do Resultado: Entre os meses de julho e agosto foi realizada uma revisão geral dos resultados e produtos com o intuito de organizar o material produzido no último ano de pesquisa, e assim realizar a finalização das dobraduras e feitura das cartilhas e do material que acompa-nharia os diagramas das dobras das edificações. Etapa 11 – Relatório Final: Organização do mate-rial e feitura do relatório.

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Resultados alcançadosÉ importante ressaltar que o ensaio de interpreta-ção das informações geradas pela tabulação dos questionários, e que participa do relatório final dessa pesquisa, não esgota as possibilidades de interpretação e análise que o material que será depositado no Centro de Documentação do Ins-tituto de Arquitetura e Urbanismo pode ser capaz de suscitar: são 700 entrevistas e um relatório de 239 páginas que contextualiza o processo de urbanização desse território, as resenhas da lite-ratura pesquisada, os depoimentos dos pesqui-sadores e a tabulação sob a forma de gráficos e porcentagens, além do ensaio propriamente dito. As informações ficam à disposição da comuni-dade e, especialmente, dos dirigentes da Uni-versidade como forma de auxiliar na tomada de decisões acerca de como a Universidade pode se relacionar com seu o entorno imediato.

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Patrimônio Arquitetônico, Design e Educação: Desenvolvimento de Sistemas Interativos Lúdicos (Blocos Tridimensionais de Montar)CoordenadorJoubert José Lancha

Ações/atividades desenvolvidasCompreensão do potencial de conceitos lúdicos como mediadores do reconhecimento de formas geométricas e arquitetônicas e desenvolvimento de sistemas interativos para edifícios pertencen-tes ao Patrimônio Histórico de São Carlos-SP. Estudos teóricos acerca das novas demandas pedagógicas dos séculos XIX e XX, as quais in-centivaram a busca por parte de historiadores e filósofos por entendimento do potencial dos jo-gos como auxiliadores do aprendizado infantil.Resultados alcançadosA pesquisa atingiu os objetivos propostos inicial-mente. Com a compreensão do papel do lúdico no auxílio à pedagogia infantil, desenvolveu-se ao longo desse trabalho dois sistemas de blocos in-terativos lúdicos, para dois edifícios pertencente ao Patrimônio Histórico de São Carlos. Toda esta experiência e seu resultado legitimam o argumen-to da capacidade dos objetos lúdicos de atuarem como mediadores do reconhecimento arquitetô-nico e formal de edifícios de valor histórico para a cidade, além de introduzirem discussões acerca do que é Patrimônio Arquitetônico e quais são suas características.

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Patrimônio Arquitetônico, Design e Educação: Desenvolvimento de Sistemas Interativos Lúdicos (Jogos Educativos em Meio Digital)CoordenadoraSimone Helena Tanoue Vizioli

Resultados alcançados1) Revisão bibliográfica do tema; 2) Conjunto de 24 dobraduras que representam 12 edificações significativas para o patrimônio local, testadas e prontas para a distribuição para o público alvo; 3) Participação em diversos encontros científi-cos apresentando o processo e os resultados da bolsa.

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Integrando Campus e Bairro – Caracterização Socioambiental do Entorno da Área 2 do Campus da USP São CarlosCoordenadoraLuciana Bongiovanni Martins Schenk

Ações/atividades desenvolvidasA área 2 do campus da USP São Carlos teve seu processo de implantação a partir de 2001 na re-gião dos bairros de Santa Felícia, Santa Angelina e Romeu Tortorelli. Trata-se de um território que participa da micro-bacia hidrográfica do córrego do Mineirinho, cuja urbanização recente data da década de 60, encontrando-se, segundo o Plano Diretor do município, no vetor de crescimento da cidade de São Carlos. Os desafios iniciais foram relacionados aos recortes que seriam funda-mentais à estruturação da pesquisa. O entorno da área 2 do campus da USP São Carlos tinha contornos imprecisos e seria necessária uma aproximação do fenômeno para que essa de-cisão fosse tomada. A pesquisa optou por uma aproximação pautada pela unidade geográfica, que também se constitui numa unidade de pai-sagem, que é a bacia. A bacia hidrográfica do Mineirinho, da qual participam o campus e os bairros objetos da pesquisa, teve recente ocupa-ção; o crescimento da cidade de São Carlos nas décadas subsequentes à inauguração do bairro de Santa Felícia será acompanhado de um fenô-meno de espraiamento urbano e terá um de seus vetores de então apontado também para o lado oposto, justamente para regiões de maior fragili-dade ambiental, o bairro chamado Cidade Aracy, e que receberiam severas restrições do Plano Diretor de 2005. A estratégia desenvolvida para promover o estudo do histórico da ocupação da região bem como uma aproximação do território que seria objeto de pesquisa foi a instalação de seminários acerca de literatura pertinente: num primeiro momento as alunas foram instadas a realizar um levantamento dos livros, teses, dis-sertações e documentos relacionados ao tema e, a partir desse levantamento, títulos foram traba-lhados sob a forma de resenhas e apresentadas ao grupo sob a forma de seminários. Essa etapa de formação de repertórios dos pesquisadores, e que se constituiu num momento importante de construção de um repertório comum aos parti-cipantes da pesquisa terminou por participar de toda a investigação, mantendo-se mesmo quan-do se iniciou o processo de aplicação, (iniciado após dois meses de preparação) e posterior à tabulação dos questionários.

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a escolha da Zona Leste como região geral, foi realizada uma avaliação inicial da bacia do Ari-canduva, visando a escolha de uma sub-bacia para um exercício aplicado. Em seguida foi am-pliada a abrangência para outras sub-bacias da Zona Leste, procurando uma condição ge-omorfológica compatível com a proposta. Após uma análise mais detalhada de quatro opções, foi escolhida a Bacia do Lajeado, na sub-pre-feitura do Itaim Paulista. A escolha se deveu à existência de um intervalo entre o sistema viário que receberá o corredor de ônibus em 2016 e o curso d'água, o que permitiu uma maior análise e exploração das opções de reurbanização. Em março foi realizado um workshop estruturado pelo material levantado pelos bolsistas, que con-tou com a participação de alunos da Engenharia Ambiental e de várias secretarias da Prefeitura de São Paulo. Participaram ainda dois professo-res e cinco doutorandos da Hafencity Universität de Hamburgo, Alemanha. As análises do caso aplicado permitiram entender as implicações reais em situações de fundo de vale que pas-sarão pela intensificação como eixo estrutural de transporte público. Foram elaborados estu-dos para ações que visam minimizar os efeitos negativos dessa implantação. Após o workshop os bolsistas sistematizaram o material produzido visando a sua utilização em publicações, aulas e conferências. Por último foi realizado relatório individual refletindo sobre a experiência.Resultados alcançadosO primeiro diagnóstico ambiental e urbano da Bacia do Aricanduva procurou aproximar os dois métodos de trabalho (Engenharia Ambiental e Arquitetura e Urbanismo). O relatório alimentou a promoção de um workshop que reuniu alunos de graduação e pós-graduação de Arquitetura e Urbanismo e de Engenharia Ambiental, além de funcionários de secretarias municipais de São Paulo relacionadas ao tema. Foi produzida pro-posta de parâmetros urbanos para a revisão do modo de realizar o aumento da densidade nas áreas de influência do futuro corredor de ônibus, incorporando avaliações do seu impacto social e ambiental. O material produzido foi utilizado em conferências deste coordenador em São Paulo, São Carlos, Austin e Londres. Junto com o mes-trando Alexandre Leitão dos Santos foi produzi-da comunicação no painel Mobilidade, desen-volvimento urbano e meio-ambiente na cidade contemporânea, no III ENANPARQ, realizado em São Paulo em outubro de 2014. O bolsista mais maduro, aluno de Engenharia Ambiental, Guilher-me Destro, foi tão afetado pela experiência que transformou seu trabalho de conclusão de curso em um estudo ambiental das propostas do Plano Diretor Estratégico de São Paulo. O tema levan-tado pelo projeto foi incorporado ao convênio de cooperação entre o IAU-USP e a Hafencity Uni-versität de Hamburgo.

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Ações/atividades desenvolvidasNesta segunda fase do projeto as atividades fo-ram divididas em duas frentes: a continuidade do desenvolvimento do protótipo do quebra-cabeça digital e a aplicação prática de um pré-teste do jogo junto aos alunos do Projeto Pequeno Cida-dão da USP São Carlos. Foi elaborado para o pré-teste um questionário com quinze perguntas de múltipla-escolha, onde avaliaram-se os fato-res de jogabilidade, usabilidade, dificuldade do jogo, tempo para completar o quebra-cabeça, identificação da imagem com relação ao patrimô-nio, entre outras. Com base nos resultados dos questionários dos jogadores que o acessaram pelo site, foram realizadas algumas alterações no jogo: o manual foi modificado para tornar-se mais simples e didático. Foram adicionadas imagens esquemáticas mostrando como movimentar as peças para auxiliar a compreensão do usuário através do feedback visual.Resultados alcançadosOs resultados podem ser resumidamente descri-tos em três momentos: a) Pré-teste e sua avalia-ção quanto à usabilidade do jogo cujos gráficos--síntese encontram-se no relatório final; dentre as considerações finais destacam-se o alcance dos objetivos propostos, entre eles a importância do desenho como meio de representação, e as van-tagens de sua aplicação em jogos digitais uma vez que estimulam a usabilidade do jogo, tornan-do o objeto patrimonial mais atrativo ao público alvo e principalmente despertando o interesse dos alunos pelas obras; b) O próprio jogo com as versões para três obras com valor patrimo-nial arquitetônico que serão postados no site do n.elac; e c) A disseminação da pesquisa por meio da apresentação da pesquisa em congressos nacionais e internacionais: 3o. Simpósio Apren-der com Cultura e Extensão em Ribeirão Preto; XXI SIICUSP, Simpósio Internacional de Iniciação Científica e Tecnológica da USP, em São Paulo; XXI Simpósio Nacional de Geometria Descritiva e Desenho Técnico – Florianópolis em Santa Cata-rina; XVII Conferência da Sociedade Ibero-ameri-cana de Gráfica Digital – SIGraDi na Universidade Técnica Federico Santa Maria em Valparaiso, Chi-le; XIII SHCU, Seminário de História da Cidade e do Urbanismo, Brasília; III ENANPARQ na Univer-sidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo; XXII SIICUSP, no Instituto de Arquitetura e Urba-nismo; e XII CICOP, Congresso Internacional de Reabilitação do Patrimônio Edificado no campus da UNESP em Bauru, SP.

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Requalificação Urbanística e Ambiental de Bacias de Córregos em Área UrbanaCoordenadorRenato Luiz Sobral Anelli

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades desenvolvidas foram aquelas pre-vistas no projeto, envolvendo a análise das ba-cias hidrográficas urbanas em São Paulo. Após

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Sistematização das Informações sobre Taipa Japonesa. Caso: Moradia dos Imigrantes Japoneses do início do século XX no Vale do RibeiraCoordenadoraAkemi Ino

Ações/atividades desenvolvidasAtividades desenvolvidas como bolsista: – Par-ticipação no Curso de difusão 2013 – 3ª edição do Canteiro Escola: Taipa Japonesa (1º Módulo: 22/07 a 26/07, 2º Módulo: 05/08 a 08/08, das 16:30 às 19:30), como membro da equipe de apoio, realizando atividades de organização de ferramentas, limpeza do local de trabalho, pre-paro de material (picar palha em tamanhos re-duzidos por meio do uso de liquidificador para a aplicação da segunda camada de barro); – Digita-lização de dados manuscritos, desenhos e foto-grafias obtidas durante o curso de difusão; – Or-ganização de fotos; – Workshop Taipa Japonesa; – Elaboração de relatório-síntese do Workshop Taipa Japonesa; – Elaboração de relatório diário do Workshop Taipa Japonesa; – Tradução para o inglês do relatório diário do Workshop Taipa Ja-ponesa; – Diagramação documento relacionado ao curso de Taipa Japonesa; – Digitalização de dados da avaliação do Workshop Taipa Japo-nesa feita pelos participantes; – Elaboração de gráficos ilustrativos a partir dos dados de ava-liação do Workshop Taipa Japonesa feita pelos participantes em 6 tópicos: Docentes; Conteú-do; Material; Pessoal de Apoio; Geral e Média; – Elaboração de croquis; – Complementação do relatório Workshop Taipa Japonesa; – Digitaliza-ção de croquis elaborados para sua inclusão no relatório Workshop Taipa Japonesa; – Elabora-ção de modelos 3D no software de modelação SketchUp das sete diferentes etapas da técnica; – Elaboração de modelos 3D no software de mo-delação SketchUp da montagem dos quadros (montantes + travamentos); – Esquematização da técnica passo a passo utilizando as imagens geradas a partir dos modelos 3D para ilustrar o modo como a técnica é aplicada; – Elaboração de apresentação em Power Point com os me-lhores momentos do workshop Taipa Japonesa, com fotos dos altos do curso, a ser enviada à Fundação Japão; – Contribuição na tradução de artigo a ser publicado a respeito do Workshop Taipa Japonesa; – Levantamento de dados em casas construídas com Taipa Japonesa no Vale do Ribeira: Registros fotográficos, Registros em vídeo; – Elaboração de croquis; – Medição de cômodos das casas visitadas.Resultados alcançadosCom a realização do Curso de Difusão da Tai-pa Japonesa tinha-se desde o princípio o intuito de promover uma difusão de saberes milenares da cultura construtiva oriental e permitir um ali-nhamento de tais conhecimentos não só com as técnicas de taipa de mão brasileiras mas tam-bém com questões atuais que têm sido ampla-mente discutidas relacionadas à sustentabilida-de. As aulas teóricas e práticas permitiram uma abordagem do processo de produção da Taipa

Japonesa, incluindo desde a etapa de escolha das matérias primas à montagem da estrutura e a apresentação das ferramentas empregadas e dos métodos de aplicação, aulas que tiveram um retorno muito maior do que aquele esperado ini-cialmente. A avaliação feita pelos participantes e os resultados vivenciados foram muito satisfató-rios, havendo sido todos os objetivos previamen-te estipulados alcançados com sucesso. Como produto desta bolsa tem-se: Participação em SIICUSP 2014 com pôster Taipa Japonesa no Brasil. Desenhos digitalizados, do levantamento em campo realizado, das casas dos imigrantes japoneses. Relatório passo a passo do processo de execução da taipa japonesa.

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Organização de Exposição de Modelos Reduzidos: Componentes e Sistemas Construtivos Desenvolvidos pelo Grupo de Pesquisa HABISCoordenadoraAkemi Ino

Ações/atividades desenvolvidasAtividades desenvolvidas pelos bolsistas: 1) Acompanhamento das aulas: durante as aulas do curso de Modelos Reduzidos os bolsistas registravam o processo de desenvolvimento dos modelos reduzidos de cada dupla. Esse regis-tro resultou em uma planilha com a evolução de cada dupla em seu respectivo projeto; 2) Elabo-ração do layout dos Cadernos Passo-a-Passo, caderno este composto pelas fotos e desenhos das etapas de produção de cada modelo. A pro-posta de criar layout foi para dar unidade aos cadernos finais de cada modelo; 3) Organização das imagens para a confecção do Caderno Geral do curso, que resultará em um livro contendo as etapas de produção dos modelos e informações sobre o projeto executado pelo Grupo Habis; 4) Elaboração do material gráfico para a divulgação da Exposição Itinerante Mostra Habis 21, foram confeccionados: um pôster tamanho A3 conten-do as informações da Exposição e um flyer ta-manho A6 para ser distribuído antes e durante a exposição; 5) Elaboração de banners: uma faixa de 2,40 x 0,8m (banner convite) e um banner de apresentação do curso de modelos, da exposi-ção e sobre o Grupo Habis; 6) Elaboração de 8 painéis de 1,10 x 0,65m para cada modelo com informações sobre o projeto de arquitetura e so-bre a produção do modelo.Resultados alcançadosOs resultados do projeto são: Realização de qua-tro Exposições Itinerantes Mostra Habis 21 em 2014: 1) 4 a 17 de abril de 2014 em São Carlos, com boa visitação, recebeu comentários positi-vos da exposição, quanto à qualidade dos mo-delos reduzidos e dos projetos de pesquisa do Grupo Habis; 2) 28 a 30 de abril, em Natal-RN junto ao XIV EBRAMEM; 3) 5 a 9 de maio, na FAU da Universidade Federal de Rio Grande do Norte, Natal-RN; 4) 9 a 21 de junho, na FAU-UnB, Brasí-lia-DF, em especial nesta exposição os números

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de visitantes foram acima do esperado, alcan-çando um grande êxito, o caderno de visitação com assinaturas dos visitantes com comentários muito positivos, os modelos reduzidos dos proje-tos de sistemas construtivos utilizando madeira tiveram uma boa aceitação. A proposta de or-ganizar uma Exposição Itinerante foi muito acer-tada. Produtos: 8 Cadernos passo-a-passo de cada modelo. 3 Banners de exposição 8 Painéis explicativos dos modelos. 8 Caixas para trans-porte, armazenamento e suporte para exposição.

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Estação Biologia: Desenvolvimento de Novos Materiais EducativosCoordenadoraBeatriz Pacheco Jordao

Ações/atividades desenvolvidasA Estação Biologia vem, há mais de 20 anos, desenvolvendo atividades lúdico-educativas para crianças e jovens do ensino básico. Mais de 2.500 alunos do ensino fundamental e médio visitam o Instituto de Biociências anualmente, onde são recebidos por monitores da Estação Biologia para uma visita monitorada ao espaço do IB-USP, bem como para o desenvolvimento de atividades educativas acerca de temas da Bio-logia na própria Estação Biologia, que ocupa um espaço no IB-USP. As visitas são adaptadas para satisfazer diferentes faixas etárias e diferentes in-teresses em temas da Biologia, selecionados de comum acordo com os professores que trazem seus alunos ao IB-USP. Os monitores são sem-pre alunos de graduação do IB-USP, altamente treinados e capacitados para desenvolver tais tarefas. As atividades acima mencionadas con-ferem aos alunos do IB-USP uma valiosa expe-riência, tanto no aprofundamento de temas da Biologia que são apresentados e desenvolvidos com os alunos do ensino básico visitantes, como no trato com crianças, jovens e demais professo-res envolvidos nesse projeto. Faz parte da rotina anual da Estação Biologia o desenvolvimento de novas atividades lúdico-educativas a serem apli-cadas junto aos visitantes do ensino básico. O desenvolvimento de tais atividades requer uma seleção prévia de temas da biologia, uma ampla e profunda revisão desses temas e o desenvolvi-mento das atividades, o que se dá com constan-te acompanhamento dos professores do IB-USP envolvidos no projeto Estação Biologia.Resultados alcançadosOs resultados foram amplamente alcançados.

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Estação Biologia: Formação de Novos MonitoresCoordenadoraBeatriz Pacheco Jordao

Ações/atividades desenvolvidasA Estação Biologia vem, há mais de 20 anos, desenvolvendo atividades lúdico-educativas para crianças e jovens do ensino básico. Mais de 2.500 alunos do ensino fundamental e médio vi-sitam o Instituto de Biociências anualmente, onde são recebidos por monitores da Estação Biologia para uma visita monitorada ao espaço do IB-USP, bem como para o desenvolvimento de atividades educativas acerca de temas da Biologia na pró-pria Estação Biologia, que ocupa um espaço no IB-USP. As visitas são adaptadas para satisfazer diferentes faixas etárias e diferentes interesses em temas da Biologia, selecionados de comum acordo com os professores que trazem seus alu-nos ao IB-USP. Os monitores são sempre alunos de graduação do IB-USP, altamente treinados

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Exposições Virtuais: Criação e Manutenção de Página com Base em Exposições, já Realizadas, sobre Neurociência e Comportamento Coletivo de FormigasCoordenador André Frazão Helene

Ações/atividades desenvolvidasPara a realização das atividades de exposição virtual a primeira ação foi montar uma base só-lida que permita receber os conteúdos. Para isso foi criado um site montado sobre protocolo JOOMLA, ferramenta utilizada para criação de páginas que ofereçam todas as funcionalidades mais recentes para internet. A partir da criação desta página foi realizada a adequação do conte-údo, criação de um canal no YouTube e inserção de material neste canal. Com isso foi possível es-tabelecer a base para recebe todo o material a ser criado. O primeiro material envolve um curso em flash sobre neurofisiologia básica, sendo seguido por um vídeo de uma das exposições montadas e por dois vídeos previamente produzidos sobre formigas e, atualmente, um conjunto de vídeos curtos que tratam do conteúdo das exposições e artigos montados e publicados pelo grupo. A proposta é ciar um canal no YouTube onde cada artigo publicado pelo grupo seja oferecido como um vídeo amigável e simples que permita ao es-pectador ter contato com o conteúdo ali tratado.Resultados alcançadosCriação de uma página de alta qualidade, confi-ável e segura. Oferecimento na página de ferra-mentas online para tratar tanto dos assuntos de difusão quanto oferecer ferramentas de difusão de conteúdos de pesquisa.

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Pensando Evolutivamente: Coleções Biológicas para o Processo de Ensino-Aprendizagem dos Públicos Escolar e EspontâneoCoordenadoraAlessandra Fernandes Bizerra

Ações/atividades desenvolvidasO projeto Pensando Evolutivamente: coleções biológicas para o processo de ensino-aprendiza-gem dos públicos escolar e espontâneo, ainda em desenvolvimento, contou com as seguintes ações no período: 1) Reuniões com docentes, funcionários e alunos – Foram realizadas doze reuniões, com uma média de 14 pessoas por en-contro. O objetivo principal dessas reuniões era o estabelecimento, de forma coletiva, das dire-trizes para a elaboração de uma nova exposição de longa duração no Instituto de Biociências da USP. Os bolsistas do Aprender com Cultura e Extensão participaram desse processo; 2) For-mação de grupo de estudos – Foi estabelecido um grupo de estudos, composto por nove alu-nos e conduzido pela docente responsável pelo

e capacitados para desenvolver tais tarefas. As atividades acima mencionadas conferem aos alu-nos do IB-USP uma valiosa experiência, tanto no aprofundamento de temas da Biologia que são apresentados e desenvolvidos com os alunos do ensino básico visitantes, como no trato com crianças, jovens e demais professores envolvidos nesse projeto. Faz parte da rotina anual da Esta-ção Biologia o treinamento e formação de novos monitores, dando assim a essencial continuidade ao projeto vigente. É primordial que tal formação seja feita através de alunos/monitores com mais vivência na Estação Biologia, quando completam assim um ciclo ao formarem novos monitores, treinando-os tanto no atendimento às escolas que nos visitam, como também nas atividades educativas desenvolvidas no âmbito da Estação Biologia e na manutenção do espaço da Estação Biologia (espécimes vivos ou não, organização do processo de avaliação das visitas, participa-ção em demais eventos do IB-USP, etc.).Resultados alcançadosOs resultados foram amplamente alcançados.

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Peças Anatômicas de Encéfalos, em Resina, para Uso em Aulas e na Exposição: O Que Esperamos Encontrar em Nossas CabeçasCoordenadorAndré Frazão Helene

Ações/atividades desenvolvidasDurante o período foi acrescida à coleção de en-céfalos mais duas peças. Para isso foram extraí-dos os encéfalos, realizadas as preparações dos moldes primários e, a partir destes, criado um conjunto de cópias em acrílico. Com estas peças em mão foi criado material expositivo que, no pre-sente momento, está sendo aplicado em três ex-posições: – exposição em fase final de implemen-tação a ser montada no saguão do prédio André Dreyfus; – exposição em fase de preparação do projeto expositivo, que poderá vir a ser montada junto com o Museu de Anatomia; – exposição móvel que está em fase final de preparação, que neste ano teve seu conteúdo expositivo piloto en-viado à Universidade do Norte do Paraná, para ser utilizado na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, como parte das atividades. O envio foi realizado sob responsabilidade da Profa. Roberta Ekuni de Souza. Para viabilizar todas estas atu-ações foi realizada a produção de cerca de 100 peças acrílicas, de todas as peças anatômicas.Resultados alcançadosUm conjunto grande de peças foi criado, isso permitiu o uso em diversas exposições e gerou a possibilidade de tanto dar consistência à iniciativa quanto permitir a aplicação das peças em outras atividades. Atualmente os encéfalos humanos es-tão sendo utilizados para a produção de peças expositivas interativas. Nestas peças, com uso de sistema eletrônico desenvolvido é possível ge-rar padrões de acendimento das áreas corticais sensoriais a partir da interação com o visitante.

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sobre Ensino de Evolução e Elaboração de Ex-posições (grupo de estudo), quanto por permitir um engajamento efetivo dos alunos bolsistas na construção coletiva do discurso expositivo. Ficou evidente o envolvimento dos bolsistas para que o Projeto Expográfico representasse toda a co-munidade do IB. Os bolsistas tiveram acesso aos acervos do Instituto, bem como aos bastidores dos laboratórios de pesquisa que participam do projeto. Puderam olhar para esses laboratórios com a visão de comunicadores da ciência e ela-borar uma transposição museográfica, tendo em mente os possíveis públicos dessa exposição; 3) Produção de conteúdos para a exposição e elaboração do Projeto Expografico. Embora não tenhamos conseguido executar o Projeto Expo-gráfico, todo o conteúdo a ser exposto já está definido e organizado em forma de textos, ima-gens, objetos e softwares. Essa produção foi intensa e podemos afirmar que foi estabelecida no coletivo, com tensões e conflitos importantes que geraram numerosas negociações. Sem dú-vida, foram essas negociações que deram o tom dessa nova exposição: a representação de um Instituto integrado, respeitando múltiplas vozes.

projeto. Foram discutidos textos sobre Ensino de Evolução, teorias de aprendizagem, mediação em museus, educação não-formal e divulgação científica; 3) Seleção de acervos e conteúdos – Foram selecionados os objetos a serem expostos na Exposição, por meio de consulta aos acervos seco e úmido dos departamentos de Zoologia e Botânica do IB-USP. Além desses acervos, foram consultadas coleções de laboratórios do Departamento de Fisiologia. Foram entrevista-dos oito docentes, dois pós-graduandos e dois funcionários a fim de ampliarmos o rol de obje-tos passíveis de serem expostos, bem como le-vantarmos estudos de casos e conteúdos para potencial inclusão no discurso expositivo. Os bolsistas do Aprender com Cultura e Extensão participaram intensamente dessa etapa; 4) Cole-ta de fotografias 3x4 para painel expositivo – Foi desenvolvida uma campanha interna para coleta de imagens 3x4cm de membros da comunida-de IB, incluindo funcionários terceirizados, a fim de compor um painel expositivo com o logo do IB-USP construído a partir das fotografias com fundo azul (em contraposição às de fundo bran-co). A ideia é montarmos um painel que repre-sente a integração entre os diferentes setores e departamentos do Instituto. Um dos bolsistas do Aprender com Cultura e Extensão coordenou essa ação; 5) Elaboração dos textos expostos – Houve a contratação de uma equipe responsável pela elaboração dos textos a serem expostos, que trabalhou com os materiais disponibilizados pelos docentes pesquisados pelos bolsistas do Aprender com Cultura e Extensão; 6) Criação de software educativo – Foi elaborado um software sobre Seleção Natural em lagartos, que foi ava-liado em diferentes momentos, inclusive durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia da USP, em 2013.Resultados alcançadosOs principais resultados alcançados até o mo-mento foram: 1) Grande integração entre alunos, funcionários e docentes. A participação conjunta de diferentes setores e departamentos do IB--USP resultou em uma exposição que retrata o Instituto como um todo. A exposição será insta-lada em dois prédios (um deles engloba os de-partamentos de Zoologia, Fisiologia e Ecologia e outro, os de Genética e Botânica). Os temas, entretanto, não seguirão a lógica departamental e serão expostos indistintamente nos dois edifícios. Dessa forma, haverá, por exemplo, pesquisas da Botânica apresentadas no hall do prédio da Zoo-logia e vice-versa. As vozes dos alunos estão for-temente presentes na exposição, principalmente em uma parte de caráter temporário, sobre as pesquisas desenvolvidas no IB. A proposta é que os alunos selecionem e elaborem, a cada quatro meses, um novo conteúdo a ser exposto, com pesquisas desenvolvidas por docentes, técnicos e/ou alunos de graduação e pós-graduação ou outro assunto de interesse, pertinente ao projeto geral; 2) Formação dos estudantes de gradua-ção. A parte do projeto desenvolvida até o mo-mento foi relevante para a formação de alunos do IB, tanto por propiciar um espaço de reflexões

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Portal de Microbiologia – Os Microrganismos pela InternetCoordenadorMário Henrique de Barros

Ações/atividades desenvolvidasO acesso à informação é um direito garantido a todos os cidadãos. A universidade pública possui como tarefa essencial, divulgar o conhecimento produzido, o qual é obtido através dos investi-mentos da sociedade. Este projeto, portanto, tem como missão principal a divulgação científica e a ferramenta escolhida para tal foi a internet, através de blogs, redes sociais e a página de Cultura e Extensão do Departamento de Microbiologia, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB). A difusão do conhecimento sobre Microbiologia foi fomen-tada a partir da elaboração de textos com lingua-gem mais acessível ao público leigo. Entretanto, ainda apresentando certos conceitos específicos à área de conhecimento. Buscou-se conciliar o interesse do público com pesquisas publicadas, tanto pelo ICB, como pelas revistas científicas mundialmente conhecidas. Inicialmente, foi feita a uniformização de todos os artigos préexistentes na base de dados da página de Cultura e Exten-são do Departamento de Microbiologia (<http://www.icb.usp.br/bmm/ext/>). Numa segunda eta-pa, a prioridade foi a melhora do conteúdo prée-xistente, no qual foram linkados artigos similares, que acrescentavam mais informação aos temas. Em seguida, foi feita a criação do conteúdo pelo próprio bolsista, cuja análise de textos científicos e papers davam a base para elaboração do artigo de divulgação.Resultados alcançadosPara difundir o material produzido, foram criados um portal no WordPress (<http://microbiologiausp.wordpress.com>), uma página no Facebook e um perfil no Twitter (<http://www.twitter.com/microbiousp/>). Foi abordada uma gama de assuntos, incluindo tó-picos como câncer, Parkinson, pesquisas com Saccharomyces cerevisiae, metodologia científi-ca, bioquímica, antibióticos, doenças causadas por microrganismos, biorremediação, entre ou-tros. A página no Facebook teve um alcance de 203 pessoas que curtiram a página, já o Twitter obteve 55 seguidores. O número de acessos na página de Cultura e Extensão foi o principal indi-cador de acompanhamento tendo praticamente dobrado o número de acessos mensais (de 2500 a 4800) bem como o número total de acessos dos artigos publicados passou de 45.000 a 244000 acessos – um grande avanço em com-paração a outras páginas do departamento de Microbiologia que não passaram pelo mesmo processo de atualização e divulgação mais cons-tantes, corroborando o sucesso do projeto.

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Parasite Image DB: Um Portal de Imagens Digitais de ParasitasCoordenadorArthur Gruber

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Ações/atividades desenvolvidasO grupo adquiriu recentemente o software Leica LAS Montage com verba de fomento da PRCEU (Projeto 625), que permite automatizar a captura de imagens em múltiplos planos focais (usando a motorização da lupa) e sua junção em uma única imagem pela técnica de empilhamento de foco (focus stacking). Assim, foram refotografa-das dezenas de imagens obtidas previamente sem a técnica de empilhamento de foco. Com o uso desse software, pudemos melhorar sensi-velmente a qualidade das imagens. A partir do treinamento da bolsista Adne Malvarez em téc-nicas de edição de imagens no programa Adobe Photoshop, foram editadas até o momento cerca de 100 imagens pela estudante. Foi ainda cria-da uma marca d’água que deverá ser utilizada em todas as imagens de alta resolução, e dois tipos diferentes de logotipos, os quais serão adi-cionados (um ou outro) no canto inferior direito de cada imagem de baixa resolução. Também foram desenvolvidos scripts de Photoshop (ac-tions) que permitem a inserção automática em todas as imagens de um diretório, independen-temente de sua orientação e/ou resolução. Isso deverá facilitar enormemente a tarefa de proteger os créditos autorais das imagens disponibilizadas publicamente. Para a captura de imagens em fo-tomicroscópio, adquirimos com verba FAPESP uma câmera digital, computador e software de captura de imagem para o microscópio Nikon do laboratório. A partir daí, a estudante aprendeu a manipular o microscópio, a utilizar o software de captura e digitalizou mais de uma centena de lâminas em diferentes aumentos e campos. Pos-teriormente, foram também utilizadas técnicas de junção de múltiplas imagens tiradas em diferentes campos com a ferramenta de junção de imagens em modo panorama do Photoshop. A técnica de empilhamento de foco foi usada no microscópio de forma manual, utilizando-se o ajuste micromé-trico para cada plano focal e tirando-se sucessi-vas fotos. Para a junção das imagens, adquirimos o software ZereneStacker, considerado um dos melhores programas de empilhamento de foco existentes. Esse programa foi então usado para com as imagens tiradas no microscópio em múl-tiplos planos focais. Como o programa mostrou um desempenho bastante superior ao do Leica LAS Montage, as imagens tiradas na lupa foram reprocessadas com o ZereneStacker, melhoran-do a qualidade das imagens reconstruídas.Resultados alcançadosO repositório de imagens está disponível na in-ternet, no endereço <http://coccidia.icb.usp.br/parasite_db>. Na medida em que o novo banco de dados relacional desenvolvido pelo Prof. Dr. João Eduardo Ferreira (IME-USP) estiver pronto, deveremos migrar os dados para um novo site e incorporar todo o novo acervo de imagens digi-tais que dispomos. Nesse ano do projeto foram fotografadas novamente cerca de 50 imagens na lupa, agora utilizando a técnica de empilha-mento de foco. Também foram capturadas cer-ca de 200 imagens microscópicas de cerca de 100 lâminas. Finalmente, foram editadas 100

imagens no Adobe Photoshop para a correção de tons, remoção de objetos estranhos, ruídos, etc. Algumas imagens tiveram edições mínimas, mas outras demandaram horas de trabalho de edição. A ideia do projeto foi sempre a de ob-ter, no final, imagens com alta qualidade. Material suplementar devido a restrições de espaço no tamanho do arquivo de relatório permitido pelo site da PRCEU, estamos provendo uma versão completa dos resultados com numerosas ima-gens em um arquivo de material suplementar. O arquivo pode ser baixado do endereço: <http://www.coccidia.icb.usp.br/Relatorio_Adne_com-pleto.pdf>. Conclusões: O trabalho de captura de imagens prosseguiu com a lupa estereoscópica e também com um fotomicroscópio. Ao lado des-se trabalho, foram utilizadas técnicas avançadas de manipulação de imagens que incluíram o uso de programas de empilhamento de foco, Leica LAS Montage para a lupa e ZereneStacker para as imagens do fotomicroscópio e lupa, e Adobe Photoshop para aprimoramento das imagens e correção de artefatos. Os protocolos de captura e edição de imagens foram padronizados.

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Criação de Folheto Explicativo Contendo Imagens Microscópicas de Tecidos Animais e VegetaisCoordenadoraVanessa Morais Freitas

Ações/atividades desenvolvidasOs objetivos do pronto foram cumpridos em sua totalidade. O estudante aprofundou seus conhe-cimentos em Histologia ao estudar as lâminas presentes no kit. Esse conhecimento foi neces-sário para que ele pudesse fazer a descrição que acompanha cada uma das imagens. Adicional-mente, aprendeu rapidamente a utilizar o sistema de aquisição de imagens digitais com o software AxioVision e a processar essas imagens no sof-tware Photoshop. Além disso, com a ajuda do Sr. Marcos Matsukuma e Dirce Maria Freitas Pran-zetti do setor de Divulgação do ICB, conseguiu finalizar o folheto e imprimi-lo. Não foi possível anexar o folheto na íntegra devido ao limite de 500kb.Resultados alcançadosTivemos a oportunidade de realizar uma ativida-de com professores de escolas públicas nos dias 2 e 3 de julho de 2014. Durante essa atividade cada professor recebeu um kit com 10 lâminas histológicas e o folheto desenvolvido nesse pro-jeto. Nosso objetivo era saber se as informações contidas no folheto desenvolvido estavam de acordo com a realidade encontrada por eles nas salas de aula com estudantes do ensino funda-mental e médio. Os professores responderam um questionário sobre a atividade, o kit e o fo-lheto. As respostas foram excelentes e, como esses professores deixarão o kit disponível em suas respectivas escolas, esse trabalho pode beneficiar até 9000 estudantes do ensino públi-co do Estado de São Paulo. Acreditamos que

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esse projeto deve continuar, pois a maioria dos professores responderam que possuem micros-cópio, mas que falta material para ser analisado. Vale ressaltar que, nessa atividade, os professo-res puderam tirar dúvidas sobre as lâminas com os professores e técnicos do Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvimento do ICB. O estudante também esteve presente nessa ativi-dade. O desempenho do estudante Caio Cesar Sousa foi excelente, tanto que ele foi selecionado novamente para dar continuidade a este projeto como bolsista do Aprender com Extensão no ano de 2014.

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Os Micróbios Estão em JogoCoordenadoraMaria Ligia Coutinho Carvalhal

Ações/atividades desenvolvidasO projeto esteve quase todo o ano sem bolsis-tas por falta de candidatos que pudessem cum-prir as exigências do projeto. Em abril de 2013 foi contratado o bolsista Joel Mariano (avaliação do bolsista) que realizou alguns trabalhos com-plementares que já haviam sido iniciados no ano anterior. Durante 4 meses realizou algumas tare-fas que diziam respeito apenas a terminar alguns jogos graficamente e confecção dos baralhos e respectiva plastificação com montagem terminal dos kits a serem doados para as escolas onde foram realizadas oficinas com os professores. Por questões de ordem pessoal, o bolsista ti-nha pouca disponibilidade, o que dificultou ainda mais a continuidade dos trabalhos, não gerando nenhum resultado que pudesse ser transforma-do em pôster para apresentação no simpósio. O projeto conta atualmente com duas bolsistas que vêm recuperando muito bem as atividades e ob-jetivos da proposta do projeto, já tendo realizado um bom trabalho. O resultado do trabalho das novas bolsistas será devidamente apresentado em 2015 e com certeza terá uma qualidade bas-tante superior. Resultados alcançadosConfecção dos baralhos do jogo Um Dia na Casa Microassombrada. Plastificação das cartas e montagem dos dois kits (tabuleiros, peoes, bara-lhos (5)) de jogos, para serem utilizados por 4200 alunos, considerando que a oficina oferecida para professores da rede publica de Osasco foi montada com 60 professores que vivenciaram o jogo e pediram os jogos para serem utilizados em sala de aula. Cada kit tem material para uma sala de 42 alunos. Uma segunda oficina foi feita para a rede publica de Itapecerica da Serra com 60 professores que também solicitaram os kits dos materiais para serem utilizados em sala de aula. Embora o trabalho do bolsista possa não ter sido relevante para a comunidade, indiretamente foi fundamental para que o material fosse finalizado e disponibilizado nas diretorias para empréstimo para as escolas.

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Divulgação Científica dos Avanços da Pesquisa Biomédica ao Público Leigo pela Mídia Eletrônica e Impressa – Fase IIICoordenadoraEdna Teruko Kimura

Ações/atividades desenvolvidasO presente projeto é a continuidade do projeto iniciado em 2011, de produção de textos de di-vulgação científica, com o intuito de tornar aces-sível, ao público em geral, informações sobre as pesquisas desenvolvidas no Instituto de Ciências Biomédicas. No ICB são desenvolvidas pesqui-sas de relevância na área das Ciências Biomédi-cas e da Saúde, relacionadas a temas diversos como: diabetes, câncer, hipertensão, terapia gênica, biotecnologia, inflamação e parasitoses. Esses são temas de grande interesse para o pú-blico leigo, em função disso o intuito de tornar acessível ao público informações sobre pesqui-sas realizadas por docentes da USP relevantes para a sociedade. Desenvolvimento de textos de divulgação científica a partir de informações so-bre pesquisas científicas que acontecem no Insti-tuto. A partir de artigos científicos publicados em revistas e entrevistas realizadas com os docen-tes, os alunos-bolsistas produzirão textos com linguagem voltada para um público leigo, que posteriormente serão divulgados em formato ele-trônico e impresso. Para a produção dos textos, os alunos bolsistas trabalharam a problemática de tornar compreensível informações técnicas de alta especificidade para um público amplo, supe-rando as questões relacionadas à dificuldade de entendimento e ao risco de deturpação do con-teúdo científico.Resultados alcançadosOs bolsistas envolvidos no projeto produziram textos de divulgação científica que abordam te-mas pesquisados por docentes e pesquisadores do ICB. Os textos encontram-se publicados no canal eletrônico do instituto (<http://www.icb.usp.br/avancosdapesquisabiomedica>). Para a produção dos textos, os alunos bolsistas traba-lharam a problemática de tornar compreensível informações técnicas de alta especificidade para um público amplo, superando as questões re-lacionadas à dificuldade de entendimento e ao risco de deturpação do conteúdo científico. Na etapa final, foi proposta a criação de um blog específico para a divulgação dos textos, devido à falta de visibilidade da página eletrônica usada para o projeto; contudo, a falta de tempo hábil deixou a proposta do blog em estágio embrioná-rio. A implantação final desse blog será objeto de projeto futuro.

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SynbioBrasil – Clube de Biologia Sintética: Pesquisa, Inovação e Difusão em Biologia SintéticaCoordenadoraLuiziana Ferreira da Silva

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foram trazidos para as mídias eletrônicas e discu-tidos com detalhes nesta comunidade. A iniciati-va agrega pessoas com formações diversas, com bastante motivação própria, focadas em temas inovadores e pode ser um reservatório de pro-fissionais bastante promissores para o mercado de trabalho privado e acadêmico, e para a so-ciedade como um todo, cumprindo os objetivos do programa Aprender com Cultura e Extensão.

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Criação e Divulgação do Banco de Bioimagens do Instituto de Ciências BiomédicasCoordenadorJose Ernesto Belizario

Ações/atividades desenvolvidasO principal objetivo do projeto é a criação de uma plataforma computacional para compartilhamen-to de imagens histológicas em campo claro e fluorescência de alta qualidade para desenvolvi-mento e criação de atlas, livros e outros materiais de divulgação científica e didática. O principal alvo do projeto são os estudantes de graduação, pós-graduação e professores da Universidade de São Paulo. Neste primeiro semestre de 2014 foram iniciados os cursos e estágios de treina-mento de operação do microscópio digitalizador de imagens AxioScan Z1 nas dependências do Instituto de Ciências Biomédicas, sala 300, ter-ceiro andar do prédio do ICB-I. A plataforma de imagem digital está sob a coordenação do Prof. José Ernesto Belizário, da Profa. Gláucia Santelli, do funcionário Roberto Modia Junior e da estu-dante Beatriz Viana dos Santos. No segundo se-mestre de 2014 foram iniciados alguns projetos individuais para a criação de lâminas histológicas virtuais que já foram aproveitadas em teses e ar-tigos científicos de vários alunos e professores do ICB. Principais ações e atividades no período: 1) Instalação do digitalizador de imagens histoló-gicas AxioScan Z1 (Zeiss Inc) e computador de apoio; 2) Curso de treinamento e operação do equipamento para um grupo de estudantes, fun-cionários e futuros usuários; 3) Curso de treina-mento em técnicas histológicas para estudantes e funcionários; 4) Desenvolvimento de protocolos de digitalização de tecidos e células em lâminas coradas com hematoxilina e eosina e coleta de dados de imagens em campo claro; 5) Desenvol-vimento de protocolos de digitalização de tecidos e células em lâminas coradas com compostos fluorescentes e anticorpos marcados com fluoró-foros e coleta de dados de imagens em fluores-cência; 6) Preparações de textos e imagens para criação da página na web do projeto Bioimagem, que hoje se encontra em funcionamento no en-dereço (<www.icb.usp.br/bioimagem>); 7) Aná-lise e interpretação de aspectos morfológicos e estruturais e lâminas digitais pelo software ZenSli-deScan; 8) Coleta de imagens histológicas de cé-lulas, órgãos e tecidos obtidos de camundongo transgênico C57/BL-6 tomato (proteína vermelha fluorescente) para a criação de primeiro banco de

Ações/atividades desenvolvidasFoi elaborado pelo grupo do Clube de Biologia Sintética um cronograma de busca de temas, or-ganização de palestras e reuniões nos diversos temas diretamente relacionados à Biologia Sinté-tica e indiretamente relacionados. Profissionais, pós-doutores, alunos de graduação aderiram ao Clube e apresentaram seus temas e propostas de trabalho. Engajamento e visitas a outros labo-ratórios ampliando a interdisciplinaridade neces-sária a esta iniciativa ( a título de exemplo, além da Biologia Sintética, foram objeto de discussões projetos de construção de pequenos equipa-mentos, impressão de itens para laboratório em 3D, etc.). Propostas de inovação e empreende-dorismo foram embasadas pelas atividades de-correntes da integração com outros laboratórios. Exemplo disso foram as discussões realizadas com outros grupos do ICB que possuem em co-mum com o Synbio o interesse pela Bioengenha-ria. A partir da troca de experiência dos alunos do Clube de Biologia Sintética que ja participaram da competição iGEM, organizada pelo MIT EUA no ano anterior, este grupo pretende se organizar para a competição chamada Biomod que nas-ceu em Harvard. O objetivo dessa competição é desenvolver projetos com DNA origami (<http://biomod.net/>). Atualização da pagina eletrônica do Clube de Biologia Sintética foi atividade cons-tante. Ampla divulgação em outros canais de comunicação, incluindo transmissões ao vivo de algumas palestras.Resultados alcançadosAprimoramento dos estudantes envolvidos na elaboração de cronogramas, busca de pales-trantes e temas, atualização da página eletrônica, previsão e prevenção de possíveis problemas, incorreções e mau uso das ferramentas eletrôni-cas de divulgação e de confiabilidade das infor-mações veiculadas, busca de espaços abertos para realizar as reuniões do Clube e as atividades de laboratório propostas. Alcance de outras mí-dias a propagação do tema em diferentes canais de comunicação ( Facebook, Twitter, YouTube, página eletronica do ICB e outros blogs). Como resultado, houve a adesão ou mesmo acesso de diversos outros estudantes, potencializando o al-cance da iniciativa. Artigos científicos e avanços publicados em jornais tradicionais foram trazidos para as mídias eletrônicas e discutidos com deta-lhes nesta comunidade. Aproximação e integra-ção dos temas de Biologia Sintética, empreen-dedorismo com a Agencia de Inovação. Diversos projetos discutidos levantam e motivam os novos alunos a se engajarem no desenvolvimento de suas ideias para estabelecerem seus próprios projetos. Integração de diversos profissionais, pos-doutorandos, trazendo suas experiências para os alunos de graduação envolvidos no Clu-be de Biologia Sintética. Em conclusão, os obje-tivos iniciais do projeto foram cumpridos e agora o Clube possui autonomia para seguir o trabalho e agregar novos associados e desenvolver novos projetos. O público-alvo tem sido alcançado den-tro e fora da comunidade da USP. Artigos científi-cos e avanços publicados em jornais tradicionais

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literatura e espaços para busca de informações nos temas, exposições para saber de seu ganho em compreensão e possíveis dúvidas, assimila-ção de conhecimento e mudança de hábitos. A linguagem também, para algumas pessoas, teve de ser bastante trabalhada. Os jovens assimilam rapidamente os conhecimentos, são bastante interessados em todos os aspectos e isso foi in-teressante. Senti que há necessidade de muito mais ações com a população no tema.Resultados alcançadosConseguimos sensibilizar jovens para as ques-tões de busca de conhecimento em sexualidade, também em escolas foi interessante a reação dos professores e a adesão às estratégias utilizadas, abordando com livros, figuras e modelos, o cor-po humano e suas potencialidades. As mulheres eram bastante curiosas e interessadas, algumas com vergonha, mas se sentiram à vontade para perguntar e olhar os modelos. Os homens eram mais reservados. Considero que os resultados foram muito bons.

imagens de referência da morfologia e histologia de um camundongo modelo experimental; 9) Co-leta de imagens histológica de regiões do cérebro humano para criação de atlas virtual de anatomia do cérebro humano.Resultados alcançadosOs principais resultados do período foram os se-guintes: 1) A instalação e operação do AxioScan Z1 que foi um primeiro passo para a criação do banco de imagens histológicas do ICB e oportu-nidade de realizar, junto com docentes, estudos e pesquisas mais amplas e aprofundadas em imagem digital no campo da biologia celular; 2) Treinamento de vários estudantes e técnicos, e grandes progressos na padronização de protoco-los de coleta de imagens digitais em lâminas co-radas com HE e fluorescência. As perspectivas e metas para as etapas seguintes do projeto são: 1) A nossa meta para o próximo ano é oferecer este serviço a todos os interessados. Continuaremos a desenvolver protocolos de coleta de imagens de lâminas. Lâminas virtuais fornecem uma grande quantidade de dados valiosos, apesar de precisar de muito espaço de armazenamento e uma boa estrutura de arquivamento para obter alto rendi-mento. A instalação do AxioScan Z1 completo com o ZEN web browser permitirá aos usuários que organizem seus dados de microscopia virtual online e atlas de imagens através de uma interfa-ce da rede em nuvem. Assim, os usuários pode-rão fazer a publicação de projetos online – tornan-do seus dados e imagens de microscopia virtual acessíveis para uma audiência maior, incluindo alunos de graduação e pós-graduação, e cola-boradores e alunos em todo o mundo; 2) Iniciar a criação de banco de imagens com ZEN web browser para organização e compartilhamento de dados de microscopia virtual; 3) Oferecer um cur-so de treinamento de técnicas e métodos para a preparação de lâminas, coloração e suporte téc-nico para trabalhos da captura, processamento e análise de dados de imagens virtuais de fluo-rescência multicanais com um z-stack, similar às obtidas em microscopia confocal.

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Prevenção de DST e Planejamento FamiliarCoordenadoraMaria Inês Nogueira

Ações/atividades desenvolvidasNesse projeto, o foco foi trabalhar a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e o pla-nejamento familiar. Para tanto, foi programada a participação da estudante nas oficinas e reuni-ões do grupo Arte e Ciência no Parque, Institu-to de Física, com o qual o Instituto de Ciências Biomédicas colabora, a fim de me habituar com as abordagens utilizadas nessas atividades de educação em espaços não-formais e em esco-las públicas. Participamos dos eventos em várias escolas públicas, na Semana Nacional de Ciên-cia e Tecnologia de 2013, no CIENTEC, Parque Raposo Tavares, Gincana de Ciências. Indicamos

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Apresentação da Matemática de Forma Atrativa aos Alunos de Escola PúblicaCoordenadora Ana Claudia Nabarro

Ações/atividades desenvolvidasO aluno começou o projeto, participou de algu-mas reuniões com a coordenadora, visitou a es-cola pública, assistiu aulas, começou a preparar atividades para apresentar na aula de matemáti-ca da escola pública.Resultados alcançadosResultados não satisfatórios.

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Explorando a Robótica Inteligente: Aprendizado Através de Experimentos – Divulgação Científica e Popularização da Ciência (Fase 2)CoordenadoraFernando Santos Osório

Ações/atividades desenvolvidasEste projeto visava desenvolver e apresentar ex-perimentos didáticos ligados ao ensino de con-ceitos relacionados à Robótica Inteligente, volta-dos para um público leigo, com atenção especial aos alunos de ensino médio e ensino superior, pessoas interessadas na área e profissionais atuantes nas áreas Exatas. O projeto teve como objetivo o desenvolvimento de experimentos e demonstrações que permitissem o aprendizado sobre os principais conceitos da Robótica Inteli-gente, que envolvem o uso de sensores (capazes de perceber o estado do robô e/ou do ambiente) e de atuadores (motores capazes de executar movimentos junto ao ambiente). Um exemplo de sensor muito usado na robótica é a Unidade Inercial IMU (Inertial Measurement Unit), capaz de registrar movimentos e transmití-los para um robô, fazendo com que esse possa reagir aos movimentos percebidos por este sensor. A IMU, que foi objeto deste trabalho, permite que sejam implementados dispositivos para manter o equilí-brio de robôs humanoides, sendo também usada para monitorar o deslocamento de robôs móveis e veículos autônomos, e também para registrar comportamentos e ações humanas, inclusive sendo usada para a estabilização de câmeras de vídeo robotizadas e inteligentes. Neste projeto foi desenvolvido um protótipo que fez uso de uma IMU modelo Razor da SparkFun com 9 graus de liberdade (9 DOF 3 graus/eixos de um acelerô-metro, 3 graus/eixos de um giroscópio, e mais 3 graus/eixos do magnetômetro). A IMU foi integra-da com uma base do tipo Pan-Tilt, que permite o deslocamento de uma base com movimentos laterais (pan girar para esquerda e direita) e verti-cais (tilt girar para baixo e para cima). A leitura dos dados da IMU e conexão com a base Pan-Tilt foi realizada através do uso de um microcontrolador Arduino, que pode também ser conectado a um computador PC. O resultado do projeto é um experimento de demonstração dos conceitos de

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Sobre a Utilização de Jogos Digitais no Ensino de Matemática BásicaCoordenadoraRenata Cristina Geromel Meneghetti

Ações/atividades desenvolvidasA princípio, buscamos diversos artigos a res-peito da utilização de jogos digitais na sala de aula. Notamos que ainda existem muitos auto-res defendendo a ideia de que os jogos podem e devem ser utilizados como meio de entreteni-mento e ensino para crianças do nível básico de escolaridade, porém encontramos pouquíssimos trabalhos práticos a respeito (nenhum no Brasil). Em seguida, procuramos embasamento teórico para que pudéssemos definir o que é um jogo e ponderamos sobre o porquê de nós, como hu-manos, sentirmos essa necessidade de sair do mundo real em um jogo. Paralelamente, fizemos um estudo cuidadoso sobre a história dos jogos digitais e consoles mais famosos, a fim de que pudéssemos nos situar historicamente no con-texto dos vídeo games desde o seu início até os dias atuais. Com isso, pudemos verificar modelos utilizados por desenvolvedores e como a indústria fora lentamente se desenvolvendo à medida que o mercado crescia cada vez mais. Finalmente, pudemos discutir sobre os jogos educacionais, mais detalhadamente, porque eles não apare-cem muito no mercado atual. Discutimos alguns exemplos de jogos que são feitos unicamente para ensinar e jogos que são feitos para entreter, além de exemplos de jogos que acabam ensi-nando por tabela, ou seja, passando para seus jogadores certos conteúdos, porém de forma sutil. Analisamos um dos maiores clássicos da história, o jogo Super Mario World, desenvolvido pela Nintendo nos anos 80, onde discutimos as ferramentas que os designers usaram para ensi-nar o jogador sobre as mecânicas e dinâmicas do jogo, de uma forma que ficasse fácil para o joga-dor entendê-las. Com esses estudos levantados, iniciamos o processo de desenvolvimento dos jogos digitais do projeto. Pensamos em construir dois jogos, um focado somente em ensinar e ou-tro que pudesse entreter além de ensinar, a fim de que levássemos em sala de aula para verificar qual jogo possuiria maior adesão no gosto dos alunos. O tema escolhido para ensino no jogo foi a operação de adição (para educação básica), pois assim poderíamos também expandir para as outras operações básicas futuramente.Resultados alcançadosHouve contribuição a respeito de se levantar so-bre o que existe em relação à utilização de jogos digitais para o ensino de matemática, bem na direção de se apontar o que ainda é necessário fazer. Também se criou um jogo para o ensino da adição para educação básica.

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percepção inercial (uso da IMU) que foi integrada com motores da base Pan-Tilt, permitindo a im-plementação de um sistema robótico autônomo e reativo (percepção-ação). Além disto também foi estudada a integração do dispositivo com uma placa de processamento embarcado, a Be-agleBone Black, que permite um processamento mais robusto e saídas gráficas, com um custo re-duzido e baixo consumo (dispensa o uso de um computador ou notebook).Resultados alcançadosForam realizados testes iniciais com a IMU Razor e a base Pan-Tilt, onde foi possível adquirir dados e controlar os dispositivos através de sua integra-ção junto a um Arduino. A unidade inercial Razor mostrou-se muito eficiente na obtenção de da-dos como a angulação que a mesma se encontra em relação à terra. Assim, obteve-se um excelen-te sistema reativo de percepção-ação para situ-ações onde o robô está em um plano inclinado, por exemplo, podendo assim corrigir e estabilizar a posição de câmeras ou outros sensores atra-vés do Pan-Tilt. O Arduino mostrou-se muito prá-tico e didático, principalmente em relação à sua facilidade de aprendizado e de integração com os demais dispositivos. O Arduino possui uma excelente API (biblioteca) com funções de fácil entendimento e uma documentação muito com-pleta, sendo assim uma ótima opção para ser uti-lizado no aprendizado de robótica para pessoas leigas. A placa BeagleBone Black oferece uma possibilidade de adicionar mais poder ao siste-ma, se comparado ao uso do Arduino, podendo assim processar programas mais robustos e ofe-recer um campo extenso de projetos que podem ser desenvolvidos com o seu uso. A BeagleBone Black pode também se comunicar com o Ardui-no, podendo assim substituir o uso de um PC conectado ao Arduino, criando assim um sistema embarcado completo de baixo custo. O sistema como um todo chama a atenção por permitir a interação com o público (demonstração interati-va), pois com a manipulação da IMU o Pan-Tilt responde/reage imediatamente, cativando assim a atenção das pessoas, sendo excelente para a demonstração e o aprendizado sobre a Robóti-ca. Como resultados, destaca-se além do protó-tipo do kit didático desenvolvido, a participação no SIICUSP com a preparação de um resumo e apresentação do trabalho sob a forma de pôster. Concluindo, através deste projeto pôde-se ter, assim, um excelente sistema para o aprendiza-do sobre a Robótica, que pode ser utilizado em escolas, feiras de ciência, museus interativos, ou até mesmo em Universidades, mostrando o fun-cionamento na prática de sensores e atuadores que tomam suas decisões de forma autônoma, ou seja, sem a supervisão de uma pessoa. Este sistema também pode ser utilizado em diversas aplicações e trabalhos de pesquisa.

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As Olimpíadas Brasileiras de Matemática na Escola Pública de São CarlosCoordenadoraEdna Maura Zuffi

Ações/atividades desenvolvidasA metodologia aplicada na preparação dos alu-nos foi a resolução de problemas de avaliações de anos anteriores, a discussão e a correção dos exercícios do ano corrente, a resolução de problemas dos bancos de questões da OBMEP, além da discussão sobre a importância das olim-píadas do conhecimento. A coordenação da escola escolhida, a EE Dr. Álvaro Guião, por já possuir parceria com o ICMC, responsabilizou-se pela divulgação. Como poucos alunos ingressa-ram no projeto, os que iniciaram as atividades começaram a chamar seus colegas para parti-ciparem. Para auxiliar o acesso aos materiais passados durante a aula, o monitor montou um site (<http://aulaolimpiada.wordpress.com/>). Com-binamos um horário extraclasse dos alunos para que pudessem participar do projeto. Também de-cidimos que o colocaríamos em prática de forma independente no segundo semestre de 2013 e no primeiro de 2014, separando, em cada se-mestre, duas turmas, uma para o Nível 1 (6º e 7º ano do ensino fundamental) e outra para o Nível 2 (8º e 9º ano do ensino fundamental), visto que não houve alunos do ensino médio interessados em participar. Entregamos, para todos os alunos, um termo de responsabilidade para ser assinado pelo responsável, autorizando o deslocamento dos mesmos. No primeiro contato, apresenta-mos os objetivos do projeto e os benefícios de se dedicar à realização de olimpíadas. O bolsista percebeu que quase todos alunos não sabiam a dimensão da OBMEP, como era a distribuição das premiações ou da existência de uma se-gunda fase. Grande parte dos exercícios foram selecionados dos bancos de questões de 2011, 2012 e 2013 da OBMEP. Sempre com o cuidado de selecionar problemas relevantes para manter a motivação, o bolsista, com o apoio da orientado-ra, analisou muitas questões. Constatou que nem sempre os alunos dominam todos os conceitos que deveriam, de acordo com o ano que estão cursando. Por este motivo, foi previsto desde o início que muitas das correções de exercícios/problemas envolveriam a explicação de conteú-dos que já deveriam ser parte do conhecimento deles. No primeiro semestre de 2014, o bolsista propôs uma revisão inicial de conceitos básicos, utilizando questões que abordavam de forma direta e simples os conceitos essenciais. Além da proposta inicial do projeto, em São Carlos, o bolsista já desenvolvia uma atividade semelhante, de forma voluntária, em parceria com a EE Álvaro Fraga Moreira, na cidade de Jaú, e replicou o pro-jeto nessa cidade, de fevereiro a agosto de 2014.Resultados alcançadosNo segundo semestre de 2013 participaram 18 alunos, sendo 13 de Nível 1 (6º e 7º anos) e 5 de Nível 2 (8º e 9º anos); do total, 13 obti-veram uma frequência igual ou superior a 70%.

Novas Ações Pedagógicas em Matemática Visando Auxiliar um Empreendimento Solidário de Produção de Produtos de Limpeza (Limpsol)Coordenadora Renata Cristina Geromel Meneghetti

Ações/atividades desenvolvidasO desenvolvimento do projeto consistiu em par-te teórica e prática, no entanto por questões de reestruturação do LimpSol (Empreendimento em Economia Solidaria-EES – focado neste trabalho produz diversos produtos de limpeza, tais como detergente, desinfetante, etc.) e por participação da única cooperada dele no EES Banco Comuni-tário Nascente, no primeiro semestre do desen-volvimento do projeto trabalhamos mais a parte teórica e com visitas no empreendimento para podermos observar as reais demandas do mes-mo com o intuito de dar segmento ao projeto, pois como o número de cooperadas diminuiu e a Rose é a única integrante do empreendimento a permanecer, também participando do Banco Comunitário Nascente. Portanto, em um primeiro momento, vimos qual seria a melhor forma para o desenvolvimento do projeto, tido isso, mais a parte teórica, começamos as oficinas sobre regra de 3 e porcentagem, foi o que ficou pendente do projeto anterior e era a parte de maior dificulda-de dela. Contudo, a segunda parte desse projeto foi dividida em duas frentes: a do Sabão Recicla (pois é um empreendimento que foca a produção de sabão caseiro e funciona agregado ao Limp-Sol – e que atualmente também contem uma única integrante, e o empreendimento LimpSol juntamente com o Banco Comunitário Nascente, que visa ao trabalho e às metodologias do Banco Nascente dentro do LimpSol. Realizamos ofici-nas de Educação Matemática que ajudou, por-tanto, tanto ao LimpSol, ao Banco Nascente e ao Sabão Recicla.Resultados alcançadosOs resultados alcançados durante a bolsa foram sobre a perspectivada da cooperada reciclagem e da que compõe o LimpSol de seu conhecimen-to matemático, de modo a poder auxiliar na auto-gestão do EES Sabão Recicla e do EES LimpSol. Em suma, fizemos o possível para auxiliá-las para que administrassem melhor o empreendimento com a aquisição de conhecimentos matemáticos necessários aos mesmos. O tempo não foi sufi-ciente para trabalhar todo o conteúdo necessá-rio, mas foram muito significativos os resultados obtidos. Já em relação aos bolsistas participantes houve aprimoramento de conhecimento cientifico na área da educação matemática e no desenvol-vimento da capacidade didática para se trabalhar conteúdos matemáticos de forma alternativa.

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implantação do portal do Museu. Para isso, foi ne-cessário conduzir atividades de instalação, confi-guração e utilização de tais ferramentas; Apoio no projeto e implementação de novas funcionalida-des no Sistema Memória Virtual: visando a cons-trução no novo site do Museu de Computação, os alunos deram apoio ao projeto e implementação do Sistema Memória Virtual, que gerencia a base de dados do site do Museu e que está disponível em <http://mc.icmc.usp.br/>; Apoio na pesqui-sa por informações dos objetos que compõem o acervo do Museu: vale destacar que a grande maioria dos objetos possue atualmente somente dois ou três tipos de informações identificadas. Dessa forma, foi necessário a realização de uma investigação minuciosa por informações sobre os objetos; Manutenção da infraestrutura de har-dware e software: os alunos foram também res-ponsáveis pela manutenção de toda a infraestru-tura do Laboratório, o que inclui dois servidores, computadores e impressora, de modo a manter um ambiente adequado de trabalho; Apoio na or-ganização e preservação dos objetos do acervo do Museu: os alunos deram apoio à organização, bem como a preservação dos objetos que estão tanto disponibilizados no próprio Museu quanto nas duas salas que armazenam a reserva téc-nica do Museu; Apoio na recepção de doações de objetos ao Museu: os alunos também deram apoio à recepção de objetos que foram doados ao Museu durante esse período; Apoio na organi-zação da exposição: os alunos tiveram essencial participação no planejamento e preparação da exposição Computação e Copa num só ritmo. Mais informações sobre essa exposição podem ser encontradas em <http://mc.icmc.usp.br/exposicoes.html.> Orga-nização de visitações: os alunos deram apoio na organização de visitações ao Museu de Compu-tação feitas por parte de escolas e outros grupos; e Publicações: visando a disseminar resultados do projeto, publicações foram também realizadas.Resultados alcançadosVale apontar que os principais resultados alcan-çados com a condução deste projeto foram: Contribuição para uma formação mais sólida dos alunos de graduação dos cursos de bacharelado em Ciências da Computação e bacharelado em Sistemas de Informação com conhecimento da área de Engenharia de Software quanto às ati-vidades realizadas para o desenvolvimento de sistemas web; Contribuição para a formação técnica dos alunos de graduação no tocante à utilização de tecnologias para o desenvolvimen-to de software e que se encontram em uso na atual indústria de software; Contribuição para a formação cultural dos alunos de graduação que se envolveram no contexto de acervos históri-cos e relevância de sua preservação, bem como com o planejamento e preparação de uma ex-posição; e Contribuição para a disseminação de conhecimento sobre computação, por meio de visitas da comunidade ao próprio Museu. Por fim, considerando-se os resultados alcançados, pretende-se dar continuidade a este projeto, con-tribuindo tanto para a formação de novos alunos

Aproximadamente 72% dos alunos permanece-ram até o final. No primeiro semestre de 2014, apenas 7 alunos se interessaram, sendo 4 de Nível 1 e 3 de Nível 2; destes, 6 obtiveram uma frequência igual ou superior a 70%, Aproximada-mente 85% dos alunos que iniciaram sua partici-pação neste segundo semestre permaneceram. Na penúltima aula, em ambos os semestres, foi aplicado um simulado com questões de provas anteriores, e de forma geral o resultado foi muito bom. Percebemos uma melhora em seu desem-penho ao longo do desenvolvimento das ativida-des. A média das notas no segundo semestre de 2013 foi 6.2, numa escala de 0 a 10 (Nível 1: 7.5, e do Nível 2: 4.9). Em 2014 optamos por aplicar como simulado a própria prova da primeira fase de 2010. Com esta avaliação a média das no-tas foi 5.2 (Nível 1: 5.6 e do Nível 2: 4.8). Como a segunda fase da OBMEP ocorreu no início de setembro de 2013, não foi possível dizer se a par-ticipação no projeto foi fato responsável para que um dos alunos obtivesse medalha de prata nesse ano. Este mesmo aluno já havia conquistado uma medalha no ano anterior e participava do Progra-ma de Iniciação Científica. Outra aluna também obteve medalha de bronze e participará também do Programa de IC. Porém, estes exemplos fo-ram essenciais para motivar os outros alunos, tornando visível a possibilidade de conquista de uma premiação. No primeiro semestre de 2014, o calendário de aulas ficou relativamente reduzi-do por conta da Copa do Mundo. Mesmo assim, foi uma excelente oportunidade para os alunos se prepararem para a primeira fase da OBMEP 2014 que aconteceu no dia 27 de maio. Ao final dos períodos, por iniciativa de Guilherme, propu-semos aos alunos um breve questionário para avaliar o desempenho do bolsista e a dinâmica das atividades. As respostas foram muito positi-vas, para as aulas, o material de apoio e o senti-mento de que valeu a pena participar do projeto, e também para o preparo do monitor. De forma geral, os participantes puderam desenvolver mais suas habilidades de solução de exercícios e es-tão mais preparados para participar de olimpía-das de matemática. Esta foi uma oportunidade para que tivessem um acompanhamento indivi-dual, estimulando cada participante na busca por novas habilidades. Isto fez com que o bolsista desenvolvesse sua capacidade de comunicação.

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Divulgação do Acervo do Museu de Computação do ICMC-USPCoordenadoraElisa Yumi Nakagawa

Ações/atividades desenvolvidasA seguir, são sintetizadas as principais atividades realizadas no período de execução do projeto: Investigação e estudo de novas tecnologias que sejam software livre para a construção de sites/portais da web: Os alunos realizaram um estu-do minucioso de novas ferramentas que pode-riam compor o ambiente de desenvolvimento e

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Resultados alcançadosComo os principais resultados alcançados com a condução deste projeto, têm-se: Contribuição para uma formação mais sólida dos alunos de graduação do curso de bacharelado em Ciências de Computação ou bacharelado em Sistemas de Informação com conhecimento da área de Engenharia de Softwares quanto às atividades realizadas para o desenvolvimento de sistemas web; Contribuição para a formação técnica dos alunos de graduação no tocante à utilização de tecnologias para o desenvolvimento de software e que se encontram em uso na atual indústria de softwares; Contribuição para a formação cultu-ral dos alunos de graduação que se envolveram no contexto de acervos históricos e relevância de sua preservação; Projeto e implementação do Sistema Memória Virtual; e Divulgação dos resultados das pesquisas por meio da escrita de documentos de trabalho, relatórios técnicos e artigos científicos em congressos de Iniciação Científica. Por fim, considerando-se os resultados positivos alcançados, pretende-se dar continui-dade ao Projeto Memória Virtual, contribuindo tanto para a formação de novos alunos de gra-duação quanto para a área de Preservação de Acervos Históricos.

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Elaboração de Atividades para o Ensino de Grandezas e Medidas no Ensino FundamentalCoordenadoraEsther Pacheco de Almeida Prado

Ações/atividades desenvolvidasO bolsista pesquisou os conceitos de grandezas e medidas, no aspecto da história da sua forma-ção, observando as medidas não convencionais e convencionais de várias épocas; pesquisou várias mídias para realizar um vídeo e optou por aquela que entendeu ser a que possuía mais re-cursos; elaborou um vídeo que pode ser utilizado como material de apoio ao ensino de Matemática na educação básica.Resultados alcançadosO vídeo produzido contribui para o ensino e aprendizagem de grandezas e medidas para a educação básica, pois poderá ser utilizado como material de apoio nesse nível de ensino. O bol-sista realizou duas apresentações do vídeo nas disciplinas sob minha responsabilidade, Estágio Supervisionado de Ensino de Matemática I e In-trodução aos Estudos da Educação I, no primei-ro semestre de 2014. A interação graduandos/bolsista foi positiva para ambos, os graduandos ficaram interessados nas ferramentas utilizadas, como programa, máscaras, etc. E, para o bolsis-ta, proporcionou a experiência de apresentar o projeto desenvolvido para um público de futuros usuários e refletir sobre sua produção, revendo--a e modificando-a. Vídeo disponível em <https://www.youtube.com/watchv=y4JGB6fqOHo>.

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de graduação quanto para a área de Museus Históricos.

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Memória Virtual: Usabilidade e FuncionalidadeCoordenadoraElisa Yumi Nakagawa

Ações/atividades desenvolvidasEstudo do processo de desenvolvimento do Sis-tema Memória Virtual: os alunos continuaram o estudo do processo de software adotado no desenvolvimento do Memória Virtual, no caso, o OpenUP; Estudo de novas tecnologias: os alunos realizam um estudo minucioso de novas ferramentas que poderiam compôr o ambiente de desenvolvimento e implantação do Memória Virtual; Análise e projeto do Sistema Memória Vir-tual: os alunos foram responsáveis pela análise e projeto de novos requisitos. Para a modela-gem dos requisitos do sistema, bem como para a análise e projeto do sistema, foram utilizadas técnicas da UML e o plugin Papyrus do Eclipse; Projeto da interfaces web do usuário customizá-veis para diferentes usuários: os alunos projeta-ram e implementaram uma interface do usuário customizáveis para os diferentes tipos de usuá-rios do Sistema Memória Virtual; Implementação das funcionalidades projetadas: os alunos utiliza-ram tecnologias livres, tais como o Eclipse e o PostgreSQL, para a implementação do sistema; Condução da atividade de teste de software: os alunos foram responsáveis pelo planejamento do teste, projeto de casos de teste e execução da atividade de teste. Para isso, foram investigadas e selecionadas ferramentas de teste de software, bem como técnicas de teste que melhor se ade-quem ao teste de sistemas web; Condução da validação do Sistema Memória Virtual: além da atividade de teste de software, os alunos deram apoio à atividade de validação do sistema, por meio do acompanhamento de sua utilização por pesquisadores que fizeram parte de um projeto de pesquisa financiado pela FAPESP (Processo N.: 11/51015-2); Utilização do Sistema Memória Virtual: os alunos deram suporte à utilização do Memória Virtual para a catalogação do acervo do Museu de Computação (<http://mc.icmc.usp.br>) e do Museu de Fauna e Flora (<http://mff.icmc.usp.br>). Especificamente, os alunos des-te projeto desenvolveram atividades de disponi-bilização do Sistema Memória Virtual no Cloud Computing do ICMC-USP; Manutenção da infra-estrutura de hardware e software: os alunos fo-ram também responsáveis pela manutenção de toda a infraestrutura do Laboratório do Projeto Memória Virtual; Documentação do Memória Vir-tual: foram preparados documentos de trabalho relacionadas ao desenvolvimento e implantação do Sistema Memória Virtual; e Publicações: Vi-sando a disseminar resultados do projeto, diver-sas publicações foram realizadas.

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Divulgação dos Cursos do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação na Cidade de São CarlosCoordenadorFrancisco Aparecido Rodrigues

Ações/atividades desenvolvidasO aluno visitou diversas escolas na cidade de São Carlos a fim de divulgar os cursos do ICMC. Ele visitou aproximadamente 10 escolas municipais. Durante as visitas, apresentou os cursos, descre-vendo cada um deles, informou sobre a Fuvest e como os alunos poderiam participar do vestibular. Além disso, o aluno distribuiu material de divulga-ção dos cursos do ICMC ao alunos do terceiro ano do ensino médio. Também foram feitas visi-tas ao Centro de Divulgação Cultura da USP, que recebe a visitação de alunos de escolas públicas para participarem de atividades científicas. Duran-te tais visitas monitoradas, o aluno distribuiu ma-terial informativo sobre os cursos do ICMC.Resultados alcançadosForam visitadas cerca de 10 escolas públicas na cidade de São Carlos. Os alunos foram informa-dos sobre os cursos do ICMC, sobre a Fuvest, sobre as provas e como obter a isenção na inscri-ção do vestibular. Além disso, foram distribuídos materiais informativos sobre os cursos do ICMC. A atividade desenvolvida proporcionou uma visão mais geral do que os alunos sabem e esperam das universidades. Percebeu-se também, que a procura por cursos de exatas é bem baixa. A divulgação em si, foi bem produtiva, pois propor-cionou aos alunos uma visão mais geral do que é estar em uma grande universidade e todos os benefícios que isso traz para o futuro.

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Criação de Infraestrutura para Apresentação do Acervo do Museu de Computação Odelar Leite LinharesCoordenadoraRegina Helena Carlucci Santana

Ações/atividades desenvolvidasOs alunos do Aprender com Cultura e Extensão participaram de todas as etapas relacionadas à definição do projeto e implementação da nova exposição do Museu de Computação Prof. Ode-lar Leite Linhares. Dentre as atividades desta-cam-se: 1) Definição do tema a ser abordado na exposição: Os bolsistas participaram tanto das discussões quanto da realização de pesquisas que visavam a realizar um estudo sobre a ade-quabilidade do tema; 2) Estudo de ferramentas para a apresentação do tema escolhido: Foram realizados estudos tanto de ferramentas interati-vas quanto não interativas; 3) Pesquisa de fatos relevantes que relacionassem Computação e as Copas do Mundo: Neste estágio foram aprofun-dados os estudos dos fatos históricos relacio-nados com computação mais relevantes para a época de cada uma das copas do mundo de futebol realizadas. Foi ainda realizado um estudo que mostra como a computação seria utilizada

durante a Copa do Mundo de 2014. Os temas foram destacados e apresentados na exposição; 4) Desenvolvimento do material para a exposição: Os bolsistas colaboraram com a confecção de painéis, vídeos e cartazes para a exposição; 5) Auxilio nas visitas monitoradas: Após a inaugura-ção da exposição os bolsistas colaboraram nas visitas monitoradas, auxiliando a recepcionar os visitantes e explicar a exposição.Resultados alcançadosO resultado alcançado foi a elaboração da expo-sição Computação e Copa num só ritmo, com a confecção de painéis, videos e a exposição de diversas peças do acervo do Museu de Compu-tação utilizadas na época de cada Copa do Mun-do de Futebol.

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Apoio ao Processo de Formação Pedagógica de Estudantes, com Ênfase no Uso de Recursos Experimentais Simples e na Apresentação do Show de FísicaCoordenadorFuad Daher Saad

Ações/atividades desenvolvidasOs estudantes bolsistas apresentam diariamente o Show de Física no Anfiteatro Alessandro Volta do Instituto de Física, para estudantes do ensino fundamental e médio. Este evento faz parte dos programas de extensão universitária oferecidos pelo IF-USP. Trata-se de um autêntico diálogo científico que é oferecido aos nossos estudantes, procurando motivá-los e despertá-los pelo inte-resse do saber científico e suas aplicações. São realizadas duas apresentações diárias: uma pela manhã e outra a tarde, com duração aproximada de duas horas. Os bolsistas, convenientemente orientados, apresentam, durante o Show, diver-sos fenômenos físicos de forma divertida, com grande interatividade e forte apelo ao emocional dos estudantes visitantes, num cenário muito rico e atraente. Os shows exibem fenômenos relacio-nados com o cotidiano dos estudantes visitantes. Os monitores são preparados para poderem atu-ar como apresentadores do Show, com plateia média de 100 estudantes. É um estímulo para a formação de futuros e competentes professores. O Show de Física participa regularmente de even-tos de outras unidades da USP: Escola Politécni-ca (FEBRACE), Escola de Engenharia de Lorena, Biologia, USP Leste, Giro Cultural, Feira USP e as Profissões e USP Profissões, participam, tam-bém, dos programas oferecidos pela Pró-Reitoria de Extensão, etc. O projeto tem apoiado ações que atendem estudantes em áreas de risco, bem como os chamados Cursinhos Comunitários. É importante destacar que o Show recebe visitas de escolas de inúmeras cidades do interior pau-lista, além de visitantes de outros estados. Os bolsistas participam do desenvolvimento de ex-perimentos simples para subsidiar os cursos de Física e Ciências do ensino básico. Eles colabo-ram com a equipe responsável pelo programa. É indiscutível a importância da experimentação, para que o estudante possa melhor compreender os conceitos envolvidos nos conteúdos explora-dos. A realização de experimentos permite aos estudantes melhor compreender os fenômenos físicos presentes em inúmeras situações do co-tidiano. Propõem-se desenvolver experimentos simples para capacitar os professores a utilizá--los rotineiramente em sala de aula. Sabe-se que muitos professores carecem de uma formação experimental adequada, para melhor desenvolver seus cursos. Apresentar o Show da Física que é oferecido, a estudantes do ensino médio e funda-mental, no IF-USP.Resultados alcançadosÉ perceptível o aprimoramento profissional/acadêmico dos bolsistas envolvidos no projeto. Muitos estudantes que participam do projeto pas-saram a se interessar pelo magistério do ensino

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básico de forma interessante e desafiadora. O programa tem colaborado, portanto, com a for-mação de docentes e pesquisadores na área do ensino. Alguns de nossos antigos monitores exi-bem programas de grande audiência em TV’s de canal aberto e a cabo, com grande sucesso. É crescente o interesse de escolas do ensino fun-damental e médio, pelo Show e pelos materiais experimentais desenvolvidos. O Anfiteatro Ales-sandro Volta cedido pelo IF-USP, com 160 luga-res, muitas vezes mostra-se pequeno, diante de platéias numerosas. Foram atendidos 19.359 alu-nos, durante o período de agosto de 2013 a julho de 2014, 326 escolas e 652 Professores. O êxito do programa é indiscutível, motivo pelo qual pre-tendemos dar continuidade ao mesmo: favorece o processo de formação profissional de nossos estudantes a atender uma comunidade carente de ações experimentais interativas, no campo da difusão científica e na produção de recursos ex-perimentais para o ensino de Física e Ciências.

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Física Teórica ModernaCoordenadorDiego Trancanelli

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades desenvolvidas foram reuniões com frequência bissemanal para desenvolvimento de material para um curso de extensão sobre Física Teórica dividido em módulos (Mecânica Clássica, E/M, Quântica, Relatividade, Partículas etc.).Resultados alcançadosJunto com o bolsista e outros integrantes da equipe desenvolvemos os primeiros dois módu-los, sobre Mecânica Clássica e E/M.

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Estudo dos Objetos do Patrimônio Histórico e Artístico: no Olhar InterdisciplinarCoordenadoraMarcia de Almeida Rizzutto

Ações/atividades desenvolvidasComo o objetivo principal deste projeto era va-lorizar e qualificar o ensino de graduação e com isto auxiliar a formação do aluno de graduação na compreensão e entendimento de conceitos de física, principalmente os tópicos relacionados à Física Moderna com ênfase nos processos de interação de íons e fótons com a matéria e a apli-cação destes conceitos para análise e caracte-rização de objetos de arte e arqueológicos. Foi possível desenvolver a pesquisa de análise com uma metodologia física de interação de fótons com a matéria. Ambos os alunos entenderam e desenvolveram estudos de perda de energia, in-teração da radiação com a matéria. O aluno Gus-tavo participou das atividades de tomada e aná-lise de dados com a técnica de fluorescência de raios-X para caracterizar os elementos químicos presentes em pigmentos presentes nas paredes

e portas de uma capela em Campinas que estava em processo de restauro permitindo assim sua interação com outras áreas como História da Arte e Conservação e Restauro. O aluno também es-tudou materiais metálicos em pareceria com uma pesquisador da FAU-USP, para caracterização de tipos metálicos utilizados na impressão do início do século XIX. A aluna Jade participou ativamente dos estudos para análises com técnicas de ima-geamento e auxiliou muito na confecção do site do núcleo de pesquisa: Física Aplicada ao Estudo do Patrimônio Artístico e Histórico NAP FAEPAH (<www.usp.br/faepah>). Estudou os processo de interação da luz com a matéria e os proces-sos de imageamento utilizados pelo grupo. Este projeto de iniciação científica está vinculado ao Grupo de Física Aplicada com Aceleradores e o objetivo principal desse projeto é contribuir para a formação do estudante, ensiná-lo a pesquisar e torná-lo apto a ensinar o que foi pesquisado, bem como se espera que no futuro o aluno venha a desenvolver pesquisas relacionadas à caracte-rização de objetos de arte e arqueológicos no campo da arqueometria.Resultados alcançadosA aluna Jade estudou o processo de imagea-mento através das técnicas de fotografia científi-ca com luz visível, reflectografia com infraverme-lho próximo (NIR), fotografia com fluorescência ultravioleta (UV), fotografia com luz tangencial e transmitida. Estas técnicas auxiliam a analisar e registrar desenhos subjacentes, pendimenti do artista, assim como o estado de conservação das obras, mostrando as intervenções de restau-ro, perdas de policromia, etc. A aluna, em con-junto com os outros bolsistas do grupo, ajudou a montar a página do grupo <www.usp.br/faepah> e preparou as imagens relacionadas às técnicas de imagem (mais textos) para serem colocadas no site. O aluno Gustavo realizou dois trabalhos com as análises com fluorescência de raios-X: Primeiro, a análise da Capela da Boa Morte, na Santa Casa de Misericórdia de Campinas. Nesta capela, foram analisados vários pontos em di-versos locais com pigmentação diferente, com a intenção de descobrir a composição química dos pigmentos utilizados e que estavam escon-didos em diferentes camadas, devido a restauros antigos. As superfícies analisadas apresentavam diversos acabamentos sobrepostos, fazendo com que existissem camadas de diferentes co-lorações e composições nas camadas inferiores. Esta capela está em processo de restauro e es-tas análises permitem auxiliar os conservadores e restauradores a melhor entender os materiais presentes nos objetos estudados. Aprendeu a técnica de Fluorescência de Raios-X bem como analisar os resultados obtidos com esta técnica. O segundo trabalho foi a análise de ligas metá-licas em comparação com uma pesquisadora da FAU-USP, com a mesma técnica realizada na análise anterior (uso da técnica de XRF) foram obtidos as concentrações de ligas metálicas com elementos desconhecidos a partir de padrões metálicos com concentrações de elementos pre-viamente conhecidos.

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preservação, memória e conservação dos equi-pamentos científicos e didáticos.

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Preservação e Disponibilização do Acervo Histórico do IF-USP – Documentos Escritos, Instrumentos e Iconografia (1934-1990)CoordenadoraVera Bohomoletz Henriques

Ações/atividades desenvolvidasOs bolsistas participaram do desenvolvimento do Projeto de Preservação e Disponibilização do Acervo Histórico do Instituto de Física da Uni-versidade de São Paulo – Documentos Escritos, Instrumentos e Iconografia (1933-1990) – Editais Especiais, nas atividades de: 1) produção do in-ventário analítico, na etapa de descrição de do-cumentos; 2) processo de descrição e identifica-ção do arquivo fotográfico; e 3) levantamento e catalogação dos aparelhos didáticos experimen-tais do IF.Resultados alcançadosO desenvolvimento deste projeto, associado ao Projeto de Preservação e Disponibilização do Acervo Histórico do Instituto de Física da Uni-versidade de São Paulo – Documentos Escritos, Instrumentos e Iconografia (1933-1990) – Editais Especiais, foi fundamental para, com o auxilio dos bolsistas: 1) efetuar 80% da descrição para o inventário analítico dos documentos; 2) digitalizar 60% do acervo de 4000 fotos e 20 mil negativos, e iniciar o processo de descrição e identificação; e 3) realizar uma parte do levantamento e cata-logação dos aparelhos didáticos experimentais do IF.

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Arte e Ciência no ParqueCoordenadorMikiya Muramatsu

Ações/atividades desenvolvidasParticipação no programa da CAPES-USP, no projeto Vivendo a USP, que teve a parceria com sete escolas publicas do ensino básico, desen-volvendo uma serie de oficinas de ciências; – Ex-posições em escolas da rede publica de ensino, realizando oficinas e discussões com professores sobre metodologias de ensino de Ciências. Parti-cipação no evento Um dia na escola de meu filho nas escolas de Campo Limpo-SP, São Miguel Paulista e Suzano; – Participação na Olimpíada USP do Conhecimento, aplicando o projeto pro-posto em duas escolas do ensino básico; – Rea-lização de exposição de Ciências nos seguintes locais: GRAAC, IFT, Feira das Profissões e Se-mana Nacional de C&T, 2013 ( Parque Cientec).Resultados alcançados– Atendimento de mais de 10.000 pessoas, especialmente o publico escolar; – Melhoria de comunicação dos monitores com o publico em geral; – Há uma percepção geral de melhoria do ambiente de aprendizagem nas escolas em que o projeto atuou.

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Laboratório de Demonstrações do IF-USPCoordenadorMikiya Muramatsu

Ações/atividades desenvolvidasNo projeto do LD foi elaborado uma homepage onde foram catalogados os experimentos exis-tentes no laboratório. Foram tiradas fotos dos experimentos e do local. Foram feitas entrevistas com alguns dos professores que elaboraram ex-perimentos desenvolvidos no laboratório e seus comentários foram integrados às paginas on-line dos respectivos experimentos. No site é possível realizar buscas pelo nome dos experimentos ou pelo texto contido nas descrições ou comentá-rios. Há fotos panorâmicas que mostram a gran-de quantidade de experimentos e prateleiras no laboratório. Foi feita uma tentativa de catalogação física com etiquetas, mas não há como organizar tudo no espaço que o laboratório tem disponí-vel. Foi feita também um trabalho de divulgação do site entre algumas escolas e reuniões de pro-fessores, que se mostraram muito curiosos e interessados em visitar o laboratório; – Tem-se feito reuniões semanais tanto para a discussão de temas específicos de educação e divulgação científica, como reuniões de trabalho no próprio Laboratório de Demonstrações.Resultados alcançados– Elaboração de um catálogo digital, totalizan-do cerca de 200 equipamentos, após limpá-los, fotografá-los, colocar-lhes título e uma breve des-crição; – Aprendizagem dos monitores sobre a

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Criação de Curso EAD para Orientação de Alunos Quanto ao Uso de Fontes de Informação e Normalização de DocumentosCoordenador Francisco Castilho Alcaraz

Ações/atividades desenvolvidasCriação de Curso EAD, utilizando a plataforma Moodle, com o objetivo de orientar alunos quanto ao uso das fontes de informação e na normaliza-ção de documentos científicos. Durante o projeto o conteúdo do curso foi desenvolvido pela equi-pe do Serviço de atendimento ao usuário da bi-blioteca, enquanto os recursos e ferramentas da plataforma Moodle eram estudados para melhor disponibilizar o conteúdo desenvolvido. O site es-colhido para hospedagem do curso foi <http://ead.cisc.usp.br/>. No último mês (julho de 2014) a equipe da biblioteca foi treinada para dar conti-nuidade aos trabalhos com fim do projeto.Resultados alcançadosOs módulos 1 e 2 do curso foram hospedados e abertos para teste com a equipe da biblioteca. A equipe da biblioteca foi treinada para dar conti-nuidade aos trabalhos com fim do projeto.

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Nanoarte como Agente Motivador para Ensinar Conceitos Associados à NanotecnologiaCoordenadorAntonio Carlos Hernandes

Ações/atividades desenvolvidasDurante o desenvolvimento do projeto foi de-senvolvido um minicurso sobre Nanociência e Nanotecnologia, intitulado Do Átomo à Arte. O minicurso objetivou ampliar e/ou iniciar o conhe-cimento de alunos da educação básica, sobre-tudo de escolas públicas, sobre esta temática e incentivar o posicionamento crítico a respeito da Nanotecnologia e seu uso. O minicurso en-volveu conceitos básicos físicos e matemáticos da Nanotecnologia, suas diversas aplicações no cotidiano, o desenvolvimento histórico desta área do conhecimento, e à produção artística inspira-da na evolução científica da referida área, sendo ministrado para 389 estudantes do ensino funda-mental e médio e oriundos de duas escolas públi-cas da cidade de São Carlos. Como instrumento de avaliação utilizou-se de mapas conceituais e desenhos produzidos pelos alunos da educa-ção básica para identificar as concepções dos mesmos sobre Nanociência e Nanotecnologia antes e após a intervenção didática. No âmbito da formação dos bolsistas, José Guilherme Licio e Lucas Henrique Francisco, estes participaram e apresentaram trabalhos em eventos científicos, sendo o 21° Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP e 3º Simpósio Aprender com Cultura e Extensão, e participaram em cursos de formação em suas áreas de atuação na III Sema-na Integrada de Graduação e Pós-Graduação do Instituto de Física de São Carlos (SIFSC).

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e cientistas, e o que eles achavam necessário para aprender Ciências da Natureza. Após o término das atividades foi elaborada uma entre-vista do tipo semi-estruturada com o objetivo de identificar qual atividade o clubista mais gostou de desenvolver, seu interesse por participar do workshop e se esta atividade se assemelha ao trabalho de um cientista. O impacto do clube na vida dos seus participantes, a diferença entre as aulas da escola e os encontros do clube foram outros tópicos abordados na entrevista.Resultados alcançadosAo analisarmos o pré-teste, quando os clubistas foram questionados sobre a importância da Ci-ência no seu dia-a-dia, as respostas puderam ser enquadradas em três categorias, relacionando a Ciência à saúde (onde se enquadra o tratamento de doenças, nutrição, respiração e movimento), à tecnologia (onde são citados os aparelhos ele-trônicos e veículos), e à alimentação (onde apare-cem agrotóxicos, processos de cozimento, com-bustão, e a temperatura). Foi observado também que muitos clubistas confundiram Ciência com tecnologia. Na questão relacionada às ativida-des de um cientista, em geral, todos afirmaram que os pesquisadores estudam e procuram criar ou aprimorar coisas para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Os motivos listados para a prática da Ciência foram diversos, como os citados a seguir: encontrar respostas, entender a vida, comprovar teorias, facilitar a vida, solu-cionar problemas, desenvolver teorias e explicar o mundo. Na terceira questão, relacionada ao que seria necessário para se aprender Ciências da Natureza, os clubistas indicaram: dedicação, interesse, experimentação, relação entre teoria e prática e conhecimentos prévios. No geral, os alunos sentem a necessidade de ir ao laboratório e compreendem a real necessidade da Ciência para toda a sociedade. Os resultados do pós--teste mostraram que os clubistas apreciaram as atividades lúdicas que relacionaram as teorias e práticas a temas e atividades do cotidiano. Os clubistas sentiram-se cientistas ao realizar seu projeto para o workshop. Eles compararam suas atividades com o trabalho de um cientista, des-tacando a pesquisa, divulgação para a socieda-de, os experimentos para testar as teorias e até a possibilidade de erros como características do trabalho de um cientista. Os clubistas disseram que o Clube ajudou na escolha de uma possível área de atuação profissional (Química, Física ou Biologia), da mesma forma que os aproximou da universidade. Analisando sua própria prática, os tutores do Clube (todos licenciandos em forma-ção) destacaram uma melhora no planejamento dos encontros, evidenciada através da escolha de atividades mais pertinentes aos objetivos do projeto e mais atrativas para os clubistas. Tam-bém perceberam que adquiriram uma maior de-senvoltura na condução das discussões, na rea-lização das atividades práticas e no controle do tempo (duração do encontro).

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Resultados alcançadosDurante o período de vigência da bolsa, os bol-sistas puderam ampliar seus conhecimentos a respeito de Nanociência, Nanotecnologia e Ci-ência dos Materiais, desenvolveram habilidades de apresentar trabalhos em público, tanto no contexto do ensino quanto no contexto acadê-mico e elaboraram o minicurso. O minicurso foi ministrado para 389 estudantes do ensino fun-damental e médio, totalizando 24 apresentações. Além disso, foi possível estudar o uso de duas metodologias para análise da aprendizagem dos alunos, em atividades de caráter não-formal, a saber: Mapas Conceituais e Desenhos produzi-dos pelos alunos da educação básica.

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Clubes de Ciências para Alunos da Rede Pública de EnsinoCoordenadoraNelma Regina Segnini Bossolan

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades do Clube de Ciências em 2013 se-guiram as seguintes etapas: 1) Definição do tema e objetivos do Clube de Ciências: Em 2013 foram trabalhados temas do cotidiano dos clubistas, a partir de atividades experimentais focadas no método investigativo, buscando atingir os obje-tivos de alfabetização científica; 2) Capacitação dos tutores/bolsistas: A capacitação foi feita com participação em oficinas ministradas no Espaço Interativo de Ciências (EIC) do CIBFar-INBEQMe-DI e através de pesquisas na literatura voltadas aos temas e objetivos traçados. Os tutores, inclu-ído o bolsista do projeto, foram alunos do curso de Licenciatura em Ciências Exatas do campus USP-São Carlos; 3) Divulgação e seleção dos clubistas: A divulgação do Clube foi realizada para alunos do 1o. e 2o. anos do ensino médio durante o mês de abril de 2013. Foram seleciona-dos 30 alunos de nove escolas diferentes; 4) Pla-nejamento dos encontros: Foi realizado através de reuniões com os tutores, com a supervisão das orientadoras; 5) Encontros do Clube: Ocor-reram 27 encontros, com início em 08/5/2013. O bolsista Alisson iniciou sua participação no Clu-be de Ciências a partir do encontro 11. Durante os encontros os tutores buscavam despertar o interesse dos clubistas através de atividades ex-perimentais desenvolvidas a partir de temas do cotidiano, incentivando a investigação. Durante o andamento do projeto os tutores se reuniam com a educadora para refletir sobre as atividades, elaborando possíveis melhorias no planejamento para encontros posteriores. As atividades realiza-das também incluíram uma viagem cultural a São Paulo (Parque Zoológico e Jardim Botânico), e a participação no V Workshop do Clube de Ciên-cias do EIC-CIBFar-INBEQMeDI, com a apresen-tação de pôsteres sobre experimentos realizados pelos clubistas com a supervisão dos tutores; 6) Avaliação do projeto: No início das atividades foi realizado um pré-teste, para levantar as concep-ções dos clubistas sobre tópicos como Ciência

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continua sendo o desenvolvimento de habilidades fundamentais, especialmente a capacidade de trabalho em equipe; uso de softwares de edição de imagens de vídeos e de apresentação; desen-voltura; criatividade na proposição de novos ex-perimentos e escrita de textos; responsabilidade no cumprimento de horários e prazos; e a possi-bilidade de replicar estas apresentações no âmbi-to do programa A Universidade e as Profissões, onde o IFSC recebeu 120 alunos no ano de 2012 e 150 no ano de 2014. Estes bolsistas também foram responsáveis pela apresentação do stand do IFSC nas feiras de profissões da USP Capital, edições 2013 e 2014. Nesta edição, buscando aperfeiçoar a difusão do conhecimento científico, utilizamos mapas conceituais. Tais mapas foram feitos digitalmente através do Cmap Tools, um software gratuito. Os monitores puderam expor seu conhecimento por meio desta ferramenta.Resultados alcançadosAvaliando o perfil dos ingressantes nos cursos do IFSC por meio de questionários, tivemos a indicação dos meios pelos quais o aluno tomou conhecimento do IFSC. Até o momento, 30 alu-nos participantes do programa ingressaram no IFSC e indicaram a apresentação como forma de conhecimento e fator de escolha pelo curso e instituto. Diversos destes alunos do IFSC e ex-participantes já procuraram o programa in-teressados em atuar como bolsistas. Do ponto de vista de formação de recursos humanos, os bolsistas tiveram a oportunidade de aprender mais sobre experimentos, produção de mate-riais didático-científicos e o aperfeiçoamento de sua postura em público, contribuindo para a sua formação acadêmica. Pudemos verificar um au-mento no engajamento dos mesmos em ativida-des de extensão e divulgação científica, uma me-lhora expressiva em suas habilidades no sentido de adaptação de linguagem e consolidação de conhecimentos e uma motivação dos mesmos em seus cursos de graduação. Desde maio de 2011 até julho de 2014 o programa já recebeu 12994 alunos de 305 escolas, abrangendo de 50% das microrregiões do Estado de São Paulo. Somente em 2013 foram atendidos 4109 estu-dantes de 108 instituições de ensino dos quais 64% provenientes de escolas públicas, sendo 2245 estudantes no primeiro semestre e 1864 no segundo semestre. Entre março e julho de 2014 foram atendidos 880 alunos.

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Recursos Humanos para o Programa Cientista do AmanhãCoordenadorEduardo Ribeiro de Azevêdo

Ações/atividades desenvolvidasOs bolsistas contribuíram com seus conhecimen-tos e experiência nas monitorias do programa, no desenvolvimento do logo do programa e do site (<http://www.ifsc.usp.br/~cientistas>), na co--orientação dos alunos e sugestões de ativida-des. Os bolsistas acompanharam os estudantes

Estudo dos Novos Processos de Fissão-Fusão para Geração de Eletricidade, Insumos Estratégicos e Reutilização do Combustível IrradiadoCoordenadorReginaldo de Jesus Napolitano

Ações/atividades desenvolvidasO estudante fez um trabalho de pesquisa sobre os efeitos ambientais da radiação no acidente da usina nuclear de Chernobyl. Esse trabalho foi utilizado como parte do texto de divulgação do projeto de mesmo título, em convênio com a empresa Eletronuclear. O desempenho do estu-dante foi exemplar.Resultados alcançadosO estudante conseguiu apresentar um resumo sobre os efeitos da radiação no meio ambien-te, como consequência do acidente nuclear de Chernobyl. O resumo foi utilizado como parte da divulgação do projeto de mesmo título que o desta inciação científica, em convêncio com a empresa Eletronuclear.

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Recursos Humanos para o Programa Universitário por um Dia – Terceira EtapaCoordenadorEduardo Ribeiro de Azevêdo

Ações/atividades desenvolvidasCom o aumento de bolsistas, foi possível ter a participação de estudantes de diferentes cursos do IFSC. Estes puderam contribuir com seus co-nhecimentos e sua experiência nas apresentações do programa, expondo sobre as assistências es-tudantis, intercâmbio, pesquisa e, especialmente, sobre a orientação vocacional voltada ao seu cur-so de graduação. Entre as atividades desenvol-vidas pelos estudantes estão: 1) Participação na recepção dos visitantes e nas atividades progra-madas: as demonstrações interativas e visitas são coordenadas por um funcionário do IFSC. Porém, nesta edição, devida à consolidação do formato de apresentação, foi possível obter a participação do estudante bolsista na realização dessas ativi-dades, o que inclui auxílio na realização de expe-rimentos de demonstração e monitoramento das visitas; 2) Participação na elaboração de material de divulgação científico-tecnológico: uma parte importante do programa é mostrar aos visitantes de maneira clara e simples as atividades do IFSC e a importância do conhecimento científico tecnoló-gico para a sociedade; 3) Alimentar o site do Lab. de Ensino do IFSC com material de divulgação, fotografias e vídeos das atividades e visitas, de-poimentos dos visitantes e administração de uma página na rede social Facebook (<https://www.facebook.com/pages/Show-de-F%C3%ADsica--IFSC-USP/268271079866596>); 4) Pesquisas e levantamento de dados foram realizados para co-nhecer melhor, a cada dia, a realidade dos alunos, das escolas e, principalmente, do ensino de Física em nosso Estado. O diferencial para os bolsistas

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na: 1) Aplicação de simulados; 2) Auxilio do aluno durante os trabalhos desenvolvidos nos labora-tórios; 3) Correção/reformulação de relatórios. Além disso, os bolsistas alimentam o site do programa e apresentam a estrutura do IFSC aos alunos participantes por meio de visitas moni-toradas. Os bolsistas participaram também das Feiras de Profissões da universidade auxiliando na busca de novos talentos.Resultados alcançadosDesde quando era realizado somente nos labo-ratórios do Crescimento de Cristais e Materiais Cerâmicos (CCMC), o programa já se mostrava efetivo. Seis alunos do programa ingressaram em universidades públicas depois de concluírem o ensino médio. No ano de 2012, em que houve a institucionalização do projeto, 15 alunos foram selecionados para o programa Cientista do Ama-nhã, dos quais dois foram aprovados na primeira fase da FUVEST para um dos cursos do IFSC. Além disso, os alunos apresentaram ótimos de-sempenhos em olimpíadas científicas, resultando em medalhas de ouro na OBF, OBFEP e OBA, e prata na OBMEP. Houve seis admissões em grandes universidades pelos alunos do projeto em 2013, dentre USP/UNICAMP/UNESP/UFS-CAR, contabilizando 100% de admissões dos alunos em universidades públicas. Do ponto de vista de formação de Recursos Humanos, os bol-sistas tiveram a oportunidade de aprender mais sobre experimentos, a Iniciação Científica Júnior e seus objetivos, a orientação de jovens na cons-trução do conhecimento científico, método cien-tífico, produção de materiais didático-científicos e o aperfeiçoamento de sua postura em público, contribuindo para a sua formação acadêmica. Pudemos verificar um aumento no engajamen-to dos mesmos em atividades de extensão e divulgação científica, uma melhora expressiva em suas habilidades no sentido de adaptação de linguagem e consolidação de conhecimentos e motivação dos mesmos em seus cursos de graduação. Os bolsistas puderam também ter a experiência de atuar em um laboratório, auxilian-do e instruindo os participantes durante a reali-zação dos trabalhos e tornando-se, em termos de pesquisa, cada vez mais aptos para o meio acadêmico.

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Oficina de Réplicas para o Ensino Fundamental, Médio e Superior, na Área de Ciências da TerraCoordenadorLuiz Eduardo Anelli

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades desenvolvidas no Projeto Oficina de Réplicas para o ensino fundamental, médio e su-perior, na área de Ciências da Terra, envolvendo a produção constante das coleções O Ciclo das Rochas (com 9 rochas), Minerais (com 9 minerais) e também O Passado em Suas Mãos (com 27 réplicas de fósseis): Todas as réplicas de fósseis passam para vários estágios, são eles: confec-ção em resina, retirar as rebarbas, lixar, pintura com guache, betume, verniz e embalagem. Além da produção do material didático, também rece-bemos grupos de escolas para conhecer o traba-lho da Oficina de Réplicas.Resultados alcançadosForam produzidos mais de 300 kits de minerais e rochas, assim como mais de 50 kits da coleção O Passado em Suas Mãos (com 27 réplicas, cada coleção). Assim como mais de 1000 réplicas de fósseis avulsas.

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Curadoria e Informatização do Acervo da Coleção Científica de Paleontologia do Instituto de Geociências – USPCoordenadoraJuliana de Moraes Leme Basso

Ações/atividades desenvolvidasA catalogação e digitação dos livros tombos da coleção científica continua sendo executada, pois são mais de 30 mil fósseis. Estamos utili-zando o sistema de informatização do programa LUND. As coleções são dividas em coleções de entrada (estudo), coleção (tipo) material já pu-blicado e também coleção de comparação. Em todo esse processo além da informatização das coleções, os espécimes são limpos, armazena-dos em caixas de papelão e de plástico, etique-tados, e guardados nos arquivos deslizantes para consulta de pesquisadores na área da Paleonto-logia. Uma vez que for digitalizada, a consulta da coleção científica já fica disponível, via internet, para consulta pública.Resultados alcançadosJá foram catalogados aproximadamente 10 mil espécimes da coleção científica, isso envolve toda a conferência, etiquetas de identificação no-vas, caixas de papelão novas que foram armaze-nados nos arquivos deslizantes.

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de autores que abordam a alfabetização em Ge-ociências, sendo eles: A alfabetização global em Ciências no Currículo da Escola Secundária, do autor Victor J. Mayer, e o texto de David Thomp-son, Para uma educação em ciências da terra e do meio ambiente destinada a alunos entre 4 e os 16 anos de idade.Resultados alcançadosNa maioria das atividades os alunos demonstra-ram-se interessados e, de forma geral, foi possível utilizar muitos recursos didáticos que chamaram a atenção para os temas. Um tema supostamen-te estranho, como Alienígenas, pôde ser utilizado para alavancar conceitos importantíssimos que foram absorvidos pelos alunos com êxito, como as condições da Terra para a vida, a dimensão do universo e a possível existência de extrater-restres desmistificando o tenebroso alienígena. A atividade da elaboração dos desenhos das aulas foi surpreendente. Os alunos, em sua maioria, compreenderam o Sistema Solar e até mesmo a ordem dos planetas, suas órbitas e a distância ao sol, diferenciando os planetas em rochosos e gasosos, com parcial entendimento da questão escalar. Concluímos, assim, que a atividade da Viagem ao Espaço, bem como os vídeos, foram realmente produtivos, além de muitos desenhos incluírem alienígenas e a história da formação da Lua, comentada em diversas aulas. Essa ativida-de particularmente foi bastante gratificante tanto para o monitores, que perceberam os resultados imediatos de suas atividades, como para os alu-nos da Escola de Aplicação, que puderam estu-dar uma série de temas que não estão presentes no currículo das séries iniciais e que aprenderam "brincando" os temas relacionados ao Planeta Terra. O desenvolvimento do projeto no contra--turno escolar tem se revelado de grande apren-dizado para os alunos do curso de Licenciatura em Geociências e Educação Ambiental, pois eles estão em contato direto com a realidade escolar e desenvolvem autonomia nas suas atividades e responsabilidade como futuros professores. Em relação aos alunos, observamos que os temas das Ciências da Terra são de grande interesse e que a participação direta deles nas atividades, a possibilidade de escolher temas que sejam de interesse, favorece o aprendizado e a motiva-ção. Através do programa Contra-turno torna-se possível ensinar ciências a crianças das séries iniciais, como também é de grande contribuição nos processos de formação do indivíduo (Figuei-redo, 1989). Seja resolvendo problemas, seja apenas se familiarizando com temas geocientífi-cos, o Contra-turno tem contribuído para a for-mação de uma pequena quantidade de alunos do ensino fundamental I e II, os quais tiveram a oportunidade de discutir questões e conheci-mentos sobre o Planeta e que estarão aptos a fazer uma leitura de mundo mais integrada e mais crítica (Carneiro, Toledo, Almeida, 2004).

Explorando o Potencial Científico-Social da Coleção Científica de Fósseis do IGc-USP: Preparação de Material para Pesquisa, Exposição e Uso DidáticoCoordenadorThomas Rich Fairchild

Ações/atividades desenvolvidasForam feitas a preparação química (11 peixes) e mecânica (2 peixes) para a exposição pública. Foi desenvolvida metodologia para a preparação quí-mica com o uso de vinagre, para a recuperação dos peixes adulterados com o fins de atividades didáticas. Foi preparado um guia para o profes-sor da rede pública poder realizar a recuperação de um peixe fóssil e aproveitar a experiência para ensinar conceitos de Paleontologia e Cidadania.Resultados alcançadosO guia já está em revisão pelo professor coor-denador, e está praticamente pronto. A exposi-ção dos peixes preparados está agendado para Dezembro de 2014 no saguão do IGc-USP. O calendário proposto foi praticamente cumprido integralmente.

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Geociências na EscolaCoordenadoraDenise de La Corte Bacci

Ações/atividades desenvolvidasO projeto visou ministrar oficinas lúdicas para en-sino das Geociências com os alunos da Escola de Aplicação da FEUSP, no período do contra--turno escolar. O projeto envolveu 10 alunos do curso de Licenciatura em Geociências e Educa-ção Ambiental, dos quais quatro eram bolsistas. As atividades foram desenvolvidas em três linhas: discussão e elaboração das aulas, ministração das aulas/oficinas e grupo de estudos. Os pla-nejamentos das aulas, nesse ano letivo, foram realizados todas as quintas-feiras, das 15h às 18h30, no Laboratório de Recursos Didáticos do IGc. Esses encontros visaram a organização de materiais e elaboração das atividades com as crianças, além de estudos teóricos para embasar as atividades. Os temas são sempre escolhidos pelos alunos da Escola de Aplicação no primei-ro encontro. Neste ano, os temas escolhidos foram: Alienígenas, Mundo (Sistema Solar e For-mação da Terra), Oceanos e Evolução. As aulas se desenvolvem sempre de maneira interativa e didática, através de jogos, brincadeiras, rodas de conversa, desenhos, recursos de mídia e conta-ção de histórias, aumentando, assim, a atenção dos alunos para os temas propostos de forma divertida. Os textos acadêmicos, escolhidos pela docente, tiveram o intuito de aprimorar o de-sempenho dos bolsistas e alunos monitores, de forma a embasar teórica e metodologicamente a elaboração das ativiades. As reuniões sempre ocorreram por meio de diálogos e discussão dos conceitos teóricos a fim de potencializar a apren-dizagem dos alunos. Iniciamos com dois textos

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Validação Estatística do Questionário DCM para Avaliar as Atitudes de Pacientes com Diabetes MellitusCoordenadoraViviana Giampaoli

Ações/atividades desenvolvidasO aluno realizou pesquisas de material biblio-gráfico (livros e artigos) relacionados à diabetes mellitus e validação de questionários. Estudou técnicas estatísticas relacionadas à validação de questionários. Fizemos reuniões de discussão dos temas e a elaboração do relatório.Resultados alcançadosO desenvolvimento do projeto permitiu ao aluno estudar e se aprofundar nas técnicas estatísticas relacionadas à confiabilidade, validação e análi-ses fatoriais de um questionário, temas que, no geral, não são tratados no bacharelado em Es-tatística. Além disso, o material escrito servirá como material de consulta para outros alunos que precisem realizar a validação de questio-nários, já que se desconhece bibliografia neste tema em português, apesar de ser um assunto com bastante procura por pesquisadores das áreas de saúde e sociais.

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Iniciação de Editores na Revista Psicologia USPCoordenadorGustavo Martineli Massola

Ações/atividades desenvolvidasTem se mostrado evidente para todos os mem-bros da equipe editorial que a colaboração dis-cente é fundamental para o andamento das vá-rias etapas do trabalho de editoração. A presente proposta amplia o leque de experiências forne-cido pela graduação, integrando o engajamento nas questões relativas à gestão editorial ao pro-cesso de formação dos alunos, e se concretiza nas seguintes atividades por parte dos alunos: participação nas reuniões da equipe editorial, co-laborando na elaboração das pautas e atas; atu-alização regular dos dados relativos aos artigos submetidos à revista, dando suporte à progra-mação editorial; participação no gerenciamento da comunicação entre os membros da equipe e os autores e pareceristas; colaboração na orga-nização de eventos promovidos pelo periódico; e em especial, na implementação e sustentação à gestão editorial on-line, no sistema ScholarOne. O projeto envolveu a participação de inúmeros alunos de graduação e pós-graduação que par-ticiparam de diversas atividades junto à comis-são editorial da revista. Entre essas atividades, podemos destacar: – participação nas reuniões da equipe editorial, colaborando na elaboração das pautas e atas e na discussão da política edi-torial da revista; – atualização regular dos dados relativos aos artigos submetidos à revista, dando suporte à programação editorial; – participação no gerenciamento da comunicação entre os membros da equipe e os autores e pareceris-tas; – colaboração na organização de eventos promovidos pelo periódico; – implementação e sustentação à gestão editorial online, no sistema SciELO Publication System Online Submission; – participação na elaboração (design, conteúdo, etc.) de um site eletrônico para hospedagem do conteúdo da revista; – participação na elabora-ção do layout da revista e de seu projeto gráfico, incluindo a elaboração da capa; – auxiliar na re-visão dos artigos; e – participação nas discus-sões editoriais relativas ao julgamento dos tra-balhos submetidos. Esse conjunto de atividades foi acompanhado e avaliado, regularmente, pelo conjunto da equipe da revista e, mais diretamen-te, pelos editores.Resultados alcançadosEste projeto permitiu à revista Psicologia USP cumprir seu objetivo de publicar 4 números no ano de 2012 e 3 números no ano de 2013. Também permitiu à revista desenvolver proces-sos editoriais mais modernos e responder com eficiência às demandas vindas da comunidade científica de autores e revisores. Quanto aos alu-nos, o projeto permitiu que eles desenvolvessem conhecimentos sobre publicação científica, sobre o mercado editorial em geral, sobre a universi-dade (na medida em que os alunos participaram indiretamente da definição de critérios para con-tratação de empresas prestadoras de serviço

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Técnica Local de São Paulo. Centros de Educa-ção e Cultura Indígena (CECI) Jaraguá, da Pre-feitura de São Paulo. Além de diversos trabalhos apresentados em congressos científicos e outros eventos, relacionados à temática do projeto.Resultados alcançadosEmbora seja crescente a participação da psico-logia em instituições que atuam junto às popu-lações indígenas, os desafios para uma atuação criteriosa e cuidadosa neste âmbito ainda são grandes. Um dos aspectos que intensificam os desafios enfrentados diz respeito à relevante necessidade de instrumentalização intercultural dos estudantes, profissionais e pesquisadores da área. Partindo das experiências preliminares mencionadas, o serviço Rede de Atenção à Pes-soa Indígena visou contribuir para o aprofunda-mento de: 1) reflexões sobre os desafios da psi-cologia cultural no trabalho com povos indígenas; 2) compreensões sobre o complexo contexto sócio-histórico-cultural que atravessa o caráter inter-étnico da sociedade brasileira envolvendo populações indígenas; 3) desenvolvimento de es-tratégias teóricas e metodológicas da psicologia cultural concernentes aos desafios desta proble-mática. Consideramos que estabelecer o diálogo multiprofissional e interdisciplinar é importante para a construção de referências para a atuação do psicólogo, mais afinadas com o contexto so-cial e a problemática que apresenta. Os diálogos precisam incluir as diferentes áreas de atuação junto aos povos indígenas, como a saúde, garan-tia de direitos, demarcação de terras, o fortaleci-mento da cultura tradicional e a educação, visan-do à melhoria nas condições de vida dos povos indígenas no país e seus atores indígenas e não indígenas. A rede de atenção volta-se, portanto, para a percepção do sujeito em sua integralida-de, que envolve, dentre outras dimensões, valo-res pessoais e culturais. Ao longo do período de realização desse projeto, conseguimos progres-siva abertura dos indígenas em contexto urbano e áreas demarcadas do município, para a explici-tação de vulnerabilidades enfrentadas por suas comunidades. Realizamos a escuta de relatos expressos em rodas de conversas promovidas nas comunidades, acompanhamento de práticas tradicionais, de intervenções em saúde e práti-cas pedagógicas nas escolas em que estudam alunos indígenas. Proporcionamos a construção conjunta com os indígenas de atividades que vi-saram fomentar o diálogo reflexivo sobre a situa-ção da saúde, garantia de direitos, demarcação de terras, fortalecimento da cultura tradicional e educação diferenciada, tendo em vista a melhoria nas condições de vida.

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Projeto de Orientação Profissional e Orientação de Estudos num Cursinho Comunitário Pré-UniversitárioCoordenadorMarcelo Afonso Ribeiro

de revisão e impressão, por exemplo) e sobre a criação e difusão do conhecimento científico. Trata-se de uma experiência que tem como con-sequência um amadurecimento dos alunos, pois eles estabelecem contato frequente com os pro-fessores que trabalham na revista, e tanto com pesquisadores e professores amplamente reco-nhecidos nesta área quanto com professores e pesquisadores iniciantes, que atuam como auto-res ou revisores. Os alunos podem ter uma ideia mais clara do universo acadêmico como um todo e de sua finalidade maior, em específico, que é a criação e difusão do conhecimento científico.

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Rede de Atenção à Pessoa IndígenaCoordenadorDanilo Silva Guimarães

Ações/atividades desenvolvidasProdução bibliográfica produzida no período, re-lacionada à temática do projeto: 1) GUIMARÃES, D. S. Introdução – Indígenas entre a Amazônia e São Paulo: atravessamentos dialógicos. In: Re-nan Albuquerque Rodrigues. (Org.). Sofrimento mental de indígenas na Amazônia. 1ed.Parintins, AM: Editora da Universidade Federal do Amazo-nas (Edua). 2014, v. 1, p. 9-39; 2) GUIMARÃES, D. S. Temporality in cultural trajectories: a psycho-logical approach on semiotic constructions. In: SIMÃO, L. M.; GUIMARÃES, D. S.; VALSINER, J. (Orgs.) Temporality: Culture in the Flow of Hu-man Experience, a book in Advances in Cultural Psychology series at Charlotte, NC: Information Age Publishers. No prelo. Apoio e organização de eventos relacionados ao projeto: Apoio ao I En-contro Nacional de Estudantes Indígenas. Evento sediado pela Universidade Federal de São Car-los, apoiado pela Pró-Reitoria de Cultura e Exten-são da USP, em parceria com outras instituições. Realizado em setembro de 2013. Apoio ao Huvi-xa Kuery Nehmboa Ty: Encontro de Lideranças Guaranis. Evento apoiado pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da USP. Terra Indígena Tekoa Pyau (Jaraguá, São Paulo) e IP-USP, São Paulo. Realizado em setembro de 2013. Realização das Conferências da Sonata Fantasma Bandeirante na SP Escola de Teatro (setembro de 2013); Ro-das de conversa com mulheres da Tekoa Pyau (final de 2013 e 1º semestre de 2014); Rodas de conversa com jovens da Tekoa Pyau (final de 2013 e 1º semestre de 2014); Organização de cursos: No segundo semestre de 2013, coorde-nei a primeira edição do curso de difusão cultural Psicologia e Povos Indígenas: Noções Introdu-tórias (30 horas). Participações em Grupos de Trabalho: 1) Participação no Grupo de Trabalho Saúde e Violência nas Aldeias Indígenas de São Paulo, a convite da coordenação técnica local da FUNAI–SP; 2) Participação no Grupo de Traba-lho Psicologia e Povos Indígenas, do Conselho Regional de Psicologia 6ª região, São Paulo. Parcerias estabelecidas: Conselho Regional de Psicologia, 6ª Região, São Paulo. Fundação Na-cional do Índio (FUNAI), através da Coordenação

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em qualquer trabalho de Orientação Profissional. Em termos sociais, é importante salientar a ne-cessidade básica de que a universidade pública cumpra seu papel público e ofereça atividades e espaços para a comunidade externa; 2) Plantões de Orientação Profissional e de Orientação de Es-tudos: Em termos formativos, uma contribuição importante do POPE foi colocar os alunos em si-tuações nas quais eles tivessem que reconstruir concepções teóricas e, principalmente, as estra-tégias de intervenção que haviam aprendido na formação, experiência, esta, fundamental, para enfrentar e lidar com as contingências da atua-ção no mundo do trabalho. Em termos sociais, o espaço do POPE num cursinho popular permitiu a elaboração e realização de novas estratégias em orientação profissional; 3) Grupos de Orien-tação Profissional: Em termos formativos, os gru-pos de Orientação Profissional possibilitaram aos alunos experienciar e desenvolver a capacidade de trabalhar em pequenos grupos através do dis-positivo estratégico em Psicologia da modalidade grupal, que se constitui num importante instru-mento de intervenção nos mais variados contex-tos de atuação para o psicólogo, principalmen-te no setor público. Em termos sociais, a oferta deste espaço grupal de Orientação Profissional num cursinho popular amplia a possibilidade de que os alunos possam ter acesso a trabalhos que não teriam na sociedade em geral; 4) Realização de conjunto articulado de oficinas: Em termos formativos, a principal contribuição das oficinas pontuais foi a constatação da amplitude de estra-tégias existentes no campo da Orientação Profis-sional, dos objetivos diferenciados de cada uma e da complementaridade necessária entre elas, dependendo do contexto onde se está atuando, deixando claro que a diversidade de intervenções e a necessidade de contextualização das mes-mas é fundamental. Vale salientar o espaço se-manal da supervisão, como espaço fundamental de aprendizagem e desenvolvimento para leitura da realidade e intervenção profissional.

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Atenção Psicológica à Comunidade do Departamento Jurídico do Centro Acadêmico XI de Agosto da Faculdade de Direito da USPCoordenadoraHenriette Tognetti Penha Morato

Ações/atividades desenvolvidasEste projeto consiste em um plantão psicológi-co realizado duas vezes por semana das 15 às 17 horas no Departamento Jurídico do Centro Acadêmico XI de Agosto da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco da USP sito na praça Dr. João Mendes, Sé. A equipe é formada por um profissional já formado que cumpre a fun-ção de supervisor de campo, uma psicóloga do LEFE cumprindo a função de supervisora e um aluno bolsista de graduação. O serviço consis-te em uma atenção psicológica a qualquer um dos frequentadores da instituição que o procurar,

Ações/atividades desenvolvidasForam realizadas as atividades previstas com a exclusão da quinta estratégia (realização de três aulas dentro do projeto ARENA proposto pelo próprio cursinho, que foi transformado em ou-tro projeto, no qual não houve a participação do POPE), e a inclusão de outra estratégia surgida como demanda e possibilidade ao longo da reali-zação do projeto que se definiu como um conjun-to articulado de quatro oficinas com temas afins (descritas no item 5). 1) Plantões de Orientação Profissional e de Orientação de Estudos: Foram realizados plantões semanais de Orientação Pro-fissional e de Orientação de Estudos, nos quais o aluno bolsista ficava disponível durante 1h30 antes do início das aulas, visando o atendimento contínuo às demandas dos alunos em relação a questões relacionadas à: a) escolha profissional e elaboração do projeto de vida no trabalho; b) informação profissional; e c) dificuldade na orga-nização e concretização dos estudos; 2) Grupos de Orientação Profissional: Foram realizados grupos de orientação profissional fora do perí-odo dos plantões, com duração de 4 semanas e 1 hora cada encontro grupal, proporcionando maior aprofundamento no tema da escolha pro-fissional e da elaboração do projeto de vida no trabalho; 3) Organização e realização do DICA. O DICA se constituiu num Dia Informativo de Carrei-ras, ocorrido em agosto de 2013, no qual foram organizadas mesas de discussão com profissio-nais convidados, que apresentaram e tiraram dú-vidas sobre as profissões que os próprios alunos haviam previamente selecionado; 4) Reunião en-tre a Equipe do Projeto e Supervisão Semanal: Foram realizadas reuniões semanais entre os integrantes do projeto, bem como supervisões semanais com o coordenador do projeto para se discutir e planejar as atividades realizadas; 5) Realização de conjunto articulado de oficinas temáticas: Esta proposta surgiu em função da di-ficuldade de horários para atividades extras dos alunos e da necessidade de discussão de temá-ticas fundamentais para este momento da vida deles, a saber: projeto de vida, projeto de estu-dos, mercado de trabalho e gestão do cotidiano. Foi realizada, então, um conjunto articulado de quatro oficinas com os temas afins acima descri-tos, mas que poderiam ser frequentadas em sua totalidade (participação nas quatro oficinas) ou, então, apenas a participação em uma delas de forma isolada, pois todas tinham começo, meio e fim, visando ampliar a participação dos alunos que têm problemas de horário disponível para ati-vidades extras.Resultados alcançados1) DICA 2013: Apesar da dificuldade da organi-zação e da pouca aderência dos alunos do cur-sinho, julgou-se ser uma atividade importante do projeto, pois, em termos formativos, a organiza-ção, gestão e realização do evento DICA propi-ciou aos alunos estagiários do POPE, o desenvol-vimento da competência de organização de um evento como um todo, bem como a vivência de formas alternativas de trabalhar com a informa-ção profissional e educacional, ação fundamental

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suporta projetos de intervenção em instituições de segurança, justiça e de saúde, em modali-dade de Plantão Psicológico. Ampliando esta modalidade, oferece-se como terreno fértil para a criação de novos tipos de prática psicológica que garantam atendimento efetivo aos usuários das respectivas comunidades. No entanto, a im-plantação de modalidades de prática psicológica traz à tona a dificuldade de encaminhamento dos clientes que requeiram atendimentos específicos e/ou especializados. Desse modo, a necessidade da constituição de parcerias com várias modali-dades profissionais, a fim de dar continuidade às demandas surgidas, impôs a formação de uma Rede de Apoio Social, envolvendo uma gama de profissionais de saúde, educação e, se pos-sível e necessário, outras áreas de conhecimento e de atuação. Na consecução desse objetivo, oferece-se oportunidade para graduandos se fa-miliarizarem com o modo de intervenção partici-pativa como ação comunitária para que clientes possam ser cada vez mais bem atendidos no que demandam, assim como para que as instituições possam se aproximar, dando abertura para uma maior comunicação entre as mesmas. Possibilita ao aluno entrar em contato com vários serviços e instituições, enriquecendo sua formação ao apre-sentá-lo a realidades diversas, contribuindo para participação e discussões no campo das políti-cas públicas de saúde. Num primeiro momento, a construção da Rede de Apoio Social se con-centrou, para os alunos de graduação, a partir dos serviços e laboratórios existentes dentro do Centro de Atendimento Psicológico (CAP) do IP--USP. Entrevistas com funcionários dos mesmos permitiram a composição de uma cartografia do CAP, visando constituir parcerias para legitimar o CAP-IP-USP como referência à comunidade que a ele recorre. Num segundo momento, o mesmo procedimento ocorreu visando estabelecimento de parcerias do CAP-IP-USP com outros servi-ços/laboratórios especializados da USP, Serviços de Saúde e Educação, públicos e/ou de terceiro setor, e clínicas-escola de outras universidades da Grande São Paulo. Foi decisivo para esse segundo momento a participação da assistente social do IP-USP como parceira do LEFE.Resultados alcançados1) Formação dos alunos de graduação através da ida a campo com finalidade de pesquisa in-terventiva, do contato com embasamento teórico para análise e do contato com a comunidade; 2) Encaminhamentos entre serviços e laboratórios de pesquisa, permitindo ao aluno bolsista co-nhecer os meandros de funcionamento de uma clínica-escola como lugar para atendimento em Saúde Pública; 3) Comunicação e troca de co-nhecimento entre serviços e laboratórios de pes-quisa, aprimorando a formação do bolsista; 4) Estabelecimento de parcerias para atendimento intersetorial à comunidade, na tentativa de com-por com uma rede mais ampla de apoio à saúde na região Oeste; 5) Estabelecimento de parcerias intra e extra USP com serviços/laboratórios de saúde e educação, públicos e/ou de terceiro se-tor, e outras clínicas-escola de IES, estimulando

sejam os estagiários de graduação de Direito, os clientes que a princípio buscam uma atenção ju-rídica ou funcionários do departamento. O tempo de atendimento, o número de sessões e o tipo de cuidado nunca são definidos a priori, mas sim de acordo com a necessidade de cada um e os desdobramentos de cada encontro. Os serviços psicológicos não são excludentes aos serviços jurídicos e vice-versa, mas também não se trata de uma psicologia jurídica. O cliente do Depar-tamento Jurídico tem acesso aos dois tipos de assistência, sendo que a assistência psicológica pode ser realizada em um encontro pontual com encerramento após algumas horas, se desdobrar em um acompanhamento do caso ou, quando for tido como necessário, o encaminhamento a outra instituição. O aluno bolsista da graduação pode entrar em atendimentos individuais com o cliente, juntamente com um estagiário de di-reito, ou participar de encontros em grupo com os estagiários de direito, por exemplo. O aluno bolsista é acompanhado por um supervisor de campo, que cumpre a função de amparar os alu-nos fazendo supervisões durante as pausas no atendimento para que o discente seja orientado sobre a condução do caso; imediatamente após o encerramento do atendimento, discutindo so-bre como compreendeu sua atuação e sua parti-cipação nos atendimentos quando um estagiário de direito vem procurar diretamente o grupo da psicologia ou quando acha necessário acompa-nhar algum dos alunos. A supervisão de campo tem o papel de propiciar ao aluno plantonista um acolhimento e segurança, também o instigando a refletir sobre a sua prática, articulando-a com a perspectiva fenomenológica existencial e as noções de plantão psicológico. Semanalmente, todos os alunos participam de uma supervisão com duração de duas horas com supervisor, no Instituto de Psicologia. O aluno que ocupa o car-go de supervisor de campo também integra outra supervisão, também de 2 horas, voltada apenas aos supervisores de campo.Resultados alcançados1) Atendimento em Plantão Psicológico à comuni-dade e a estagiários da Faculdade de Direito São Francisco. Presença (120 pessoas atendidas) e atuação de psicólogos/plantonistas inauguram tendência para compreensão do sofrimento hu-mano divergentemente do modelo epistemoló-gico tradicional. 2) Comunicações em eventos científicos e artigos para publicação.

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Rede de Apoio Social na Prática Psicológica em Instituições: Introduzindo a Participação em Políticas Públicas de SaúdeCoordenadoraHenriette Tognetti Penha Morato

Ações/atividades desenvolvidasA necessidade e importância da construção de uma Rede de Apoio Social se constituiu através do trabalho desenvolvido pelo LEFE-IP-USP, que

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qual a criança possa avançar no estabelecimento de laços sociais, apreender conteúdos da cultura na qual está inserida, ampliar seu repertório de comportamentos e de fala e ampliar sua circula-ção social. O grupo terapêutico é composto por dois momentos diferentes com atividades distin-tas. A primeira parte é composta por atividades tais como jogos, pinturas, brincadeira com lego, leitura de histórias, e a segunda parte conta com uma oficina terapêutica de música. A Oficina de Música se propõe a ofertar conteúdos cultural-mente compartilhados como um caminho para a subjetivação. Ao longo de toda a vigência das bolsas, foram realizados atendimentos individuais e grupais, semanais, que prosseguem mesmo após a não-renovação das bolsas por parte do programa. No que tange à escolarização, foram realizadas atividades nas escolas das crianças atendidas pelo Núcleo, tais como reunião com educadores e acompanhamento escolar da criança em sala de aula e nos outros espaços da escola. Em acréscimo ao acompanhamento realizado na escola, foi oferecido aos educadores um espaço mensal no Instituto de Psicologia, em uma modalidade de trabalho denominada Gru-po de Escuta de Educadores, coordenado pela psicóloga Yara Sayão. Neste grupo de escuta, a proposta foi oferecer um espaço de interlocução e troca de experiências sobre os impasses e as possibilidades de inclusão de crianças graves na escola regular. De forma geral, as atividades abrangeram a vertente clínica e escolar, concor-rendo para a evolução das crianças do ponto de vista psíquico e incidindo sobre os contextos de escolarização das mesmas.Resultados alcançados– Vertente clínica: Consideramos que houve avanço nas crianças atendidas do ponto de vista do estabelecimento dos laços sociais, da apren-dizagem e da fala, com ampliação do repertório de comportamentos das mesmas no espaço de tratamento (Instituto de Psicologia) e na escola. Houve construções de brincadeiras compartilha-das que incidiram sobre a relação das crianças com a Lei simbólica e com os limites e o apazi-guamento dos sintomas característicos da psico-se e do autismo, tais como: agitação motora, fa-las ecolálicas ou descontextualizadas, isolamento e dificuldades no aprendizado; – Vertente do acompanhamento escolar: Do ponto de vista da incidência do projeto nas escolas acompanha-das, acreditamos que propiciamos aos educado-res momentos de reflexão sobre a sua prática e sobre as concepções acerca do aluno incluído, movimentando a rede discursiva que, muitas vezes, atribui um lugar cristalizado de incapaci-dade à criança com problemas. Muitos profes-sores compartilharam suas angústias, saindo de uma situação de paralisia diante do desafio de incluir, e passaram a refletir sobre estratégias de trabalho que efetivamente enlaçassem todas as crianças; – Vertente da formação dos alunos de graduação: Consideramos que o estágio realiza-do neste projeto ensejou diversas aprendizagens necessárias à formação em Psicologia: 1) articu-lação da teoria aprendida ao longo do curso com

a construção de uma rede de apoio em saúde a partir do IP-USP; 6) Proporcionou um melhor atendimento à comunidade que recorre ao IP--USP como referência para atendimento com qualidade;7) Foram realizados 8 encaminhamen-tos, nos quais colaboraram alunos bolsistas, psi-cólogos supervisores, mestranda em psicologia e assistente social, o que proporcionou uma expe-rimentação do trabalho interdisciplinar em saúde, tão requerido pelos programas de formação de profissionais de saúde.

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Conhecendo e Ensinando: Educação Ambiental e Caracterização do Grupo de Bugios do Parque CienTecCoordenadoraBriseida Dogo de Resende

Ações/atividades desenvolvidasO aluno participou de um minicurso sobre obser-vação de primatas, o que o capacitou para início do trabalho. Ele frequentou o Parque CienTec entre Agosto de 2013 e Agosto de 2014, tota-lizando 26 visitas, cerca de 150h de esforço de campo e seis horas e trinta minutos de contato com os bugios. Nestas visitas, houve familiari-zação com as trilhas e com o grupo de animais e estreitamento das relações com a equipe do Parque. O aluno descreveu o número de sujei-tos do grupo e suas atividades. Além disso, pôde avaliar a área de uso do grupo de bugios, e a possibilidade de inclusão nas trilhas de educação ambiental do Parque, tendo, portanto, cumprido as atividades inicialmente propostas.Resultados alcançadosOs objetivos propostos foram cumpridos: o aluno conseguiu descrever o grupo de bugios, descre-ver suas trilhas e contribuiu com a proposta de acrescentar o grupo de bugios nos assuntos tra-tados pela educação ambiental do Parque.

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Acompanhamento Clínico-Educacional de Crianças com Transtornos do DesenvolvimentoCoordenadoraMaria Cristina Machado Kupfer

Ações/atividades desenvolvidasNo âmbito deste projeto de extensão realizamos o acompanhamento clínico educacional de cin-co crianças em atendimento no Núcleo de Edu-cação Terapêutica do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, coordenado pela Profa. Dra. Maria Cristina Machado Kupfer e pe-las psicólogas Ana Beatriz Coutinho Lerner, Pau-la Fontana Fonseca e Yara Sayão. O Núcleo de Educação Terapêutica do IP0-USP foi criado em 2013 e oferece tratamento institucional e acom-panhamento do processo de escolarização para crianças com transtornos psíquicos, tais como psicose, autismo e neuroses graves. Tem como objetivos oferecer um campo de linguagem no

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de Eldorado-SP) nos dias 09 e 10 de novembro de 2013. Visita técnica dos alunos de Pré-IC com trabalho de campo nas Vila Caiçara do Guaraú e Barra do Una (município de Peruíbe-SP) nos dias 07 e 08 de dezembro de 2013. Realização do Seminário II em 12 de dezembro de 2013, com participação de alunos de Pré-IC, supervisores, professores e alunos do IP-USP. Reuniões em Iguape e Registro dos professores da USP para acompanhamento dos alunos de Pré-IC no de-senvolvimento de suas pesquisas junto às co-munidades tradicionais da região. Reuniões em Iguape e Registro dos professores da USP para preparação do Seminário III do projeto a ser reali-zado em 12 de dezembro de 2014.Resultados alcançados– O projeto proporcionou viagens didáticas e ati-vidades de campo apoiando um processo edu-cativo e científico no Vale do Ribeira, reunindo professores e alunos do IP-USP e de Escolas Técnicas (ETEcs) de Iguape e Registro na inves-tigação das manifestações culturais (artísticas e religiosas), formas de participação e organização, lazer e sociabilidade e interação com o turismo, de comunidades tradicionais da região. A experi-ência aconteceu no âmbito do Programa de Pré--Iniciação Científica da Pró-Reitoria de Pesquisa e do Centro Paula Souza de Educação Tecnoló-gica, no qual professores e alunos de pós-dou-torado do IP-USP orientam alunos bolsistas das ETEcs do Vale do Ribeira, numa iniciativa integra-da de difusão e popularização do conhecimento científico; – Ao todo houve quatro viagens didá-ticas com atividades de campo em três comuni-dades e três visitas aos espaços de ciência da USP, incluindo seminários do projeto no IP-USP. Participaram das viagens didáticas com ativida-des de campo 36 alunos de ensino médio, oito professores das ETECs, oito professores da USP, dez alunos de graduação e seis alunos de pós--graduação do IP-USP. Participaram das visitas aos espaços de ciência da USP 36 alunos e oito professores das ETEcs, dois alunos de gradu-ação e quatro alunos de pós-graduação do IP--USP; – No dia 12 de dezembro de 2014 será realizado o ultimo Seminário do Projeto que ocor-rerá no Centro Paula Souza com exposição dos banners com os resultados das pesquisas que os alunos Pré-IC fizeram nas comunidades do Vale do Ribeira; – A preparação do livro contendo o conteúdo do Seminário I está prevista para lan-çamento em fevereiro de 2015.

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A Singularização do Laço e a Promoção de Saúde Mental na Primeira Infância em Instituições EducativasCoordenadoraMaria Cristina Machado Kupfer

Ações/atividades desenvolvidasO projeto teve por objetivo aprofundar as refle-xões acerca do ato educativo no cenário pedagó-gico contemporâneo. Para tanto, nos utilizamos de dois instrumentos, a saber: o protocolo IRDI

os atendimentos clínicos individuais e em grupo; 2) Conhecimentos de abordagens de trabalho com as psicopatologias da infância: psicose, au-tismo e neuroses graves; 3) Apropriação de uma modalidade de trabalho em equipe denominada Educação Terapêutica (KUPFER, 2010) que é de-finida como um conjunto de práticas interdiscipli-nares que visa a retomada da estruturação psí-quica de crianças que enfrentam vicissitudes em seu processo de constituição subjetiva; 4) Interfa-ce do trabalho em Psicologia com outros campos de saber, como a Educação; 5) Discussões sobre a escuta de pais no contexto do tratamento de crianças com questões graves na constituição psíquica; 6) Ressaltamos que o estágio realizado pelos alunos (Guilherme Célio de Oliveira e Julia-na Gonzales) nesse projeto de extensão ensejou a realização de dois trabalhos apresentados no SIICUSP (2014) no formato de pôster.

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Revelando o Turismo de Base Comunitária e a Universidade de São Paulo para Alunos de Três Escolas Técnicas do Vale do Ribeira – SPCoordenador Alessandro de Oliveira dos Santos

Ações/atividades desenvolvidasPlanejamento de atividades, preparação para aplicação de instrumentos de coleta de dados, análise de dados coletados. Visita dos alunos Pré-Iniciação Científica, do Vale do Ribeira, ao campus central da USP, no dia 26 de setem-bro de 2013, aos espaços de ciência Biblioteca Brasiliana e Museu do Instituto Oceanográfico. Aplicação de questionários quantitativos com os alunos visando coletar dados sobre o grau de satisfação com a atividade e com o projeto. Vi-sita técnica dos alunos de Pré-IC com trabalho de campo nas vilas Caiçaras do Guaraú e Barra do Una (município de Peruíbe) nos dias 24 e 25 de agosto de 2013. Visita técnica dos alunos de Pré-IC com trabalho de campo nas vilas Caiçaras da Barra do Ribeira (município de Iguape) e Aldeia Mbya Pindo-Ty (município de Pariquera-Açu-SP) nos dias 14 e 15 de setembro de 2013. Reuni-ões realizadas em Iguape-SP para preparação de alunos Pré-IC para devolutiva dos dados para as quatro comunidades visitadas. Preparação do Seminário I Chico Mendes Vive Mais: confecção de ofícios, convites, banner de divulgação, reser-va de espaço físico, aquisição de lanche. Reali-zação do Seminário I em 29 de outubro de 2013, com participação de alunos de Pré-IC, supervi-sores, alunos e professores do IP-USP e aplica-ção de questionário junto aos alunos de Pré-IC. Preparação da realização de grupo focal com os alunos para coleta dos dados, preparação das tarefas que seriam realizadas durante as visitas técnicas de devolutivas dos dados coletados pe-los alunos Pré-IC nas comunidades. Visita técni-ca dos alunos de Pré-IC com trabalho de campo na vila caiçara da Barra do Ribeira (município de Iguape) e no Quilombo Pedro Cubas (município

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Sustentar a indeterminação do outro possibilita que este não seja totalmente previsível, ou ainda, que haja espaço para o inesperado. Entendemos que a Metodologia IRDI caminha ao encontro desse movimento, reconhecendo o atual cenário pedagógico e suas vicissitudes, buscando espa-ços onde há possibilidade de singularização e de acolhimento, acreditando essencialmente que o ato educativo do professor pode conter, em seu âmago, uma função subjetivante. Ou seja, quan-do um professor da creche educa, ele também estará contribuindo para a constituição de um sujeito ainda por advir (KUPFER et al., 2012).

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Iniciação à Editoria de Revistas CientíficasCoordenadoraMaria Cristina Machado Kupfer

Ações/atividades desenvolvidasO bolsista trabalhou com a ferramenta de recep-ção de artigos utilizada pela revista Estilos, acom-panhou as etapas de confecção da revista (envio dos artigos para revisão, diagramação e impres-são), iniciou contatos com banco de dados para atualizar as indexações da revista e acompanhou o processo de editoração dos números que esti-veram sob sua responsabilidade. O bolsista mos-trou-se assíduo e dedicado, e avalio que os obje-tivos esperados em relação a suas possibilidades de aprendizado de edição de revistas científicas foi alcançado.Resultados alcançadosO aluno aprendeu a fazer a edição de uma revista científica, em especial no que diz respeito à revi-são de textos, tanto em relação à revisão de lín-gua portuguesa como em relação à normalização (citações no texto, revisão das referências de final de texto, normas de apresentação de originais).

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Mito e Vida na Cidade. Uma Proposta de Trabalho Antropagógico Através de Narrativas MitopoéticasCoordenadoraSandra Maria Patricio Ribeiro

Ações/atividades desenvolvidasA execução do projeto foi prejudicada pelo can-celamento da bolsa a pedido da bolsista, por mo-tivos pessoais. Mesmo assim, conseguiu-se de-senvolver as seguintes atividades: 26/09/2013: Exibição e debate do documentário Entre Rios, de Caio Silva Ferraz (2009), para um público for-mado por 22 estudantes de graduação da USP (Psicologia, Letras, Arquitetura e História), no âm-bito da Semana de Psicologia de 2013 (IP-USP/CAII). 14/10/2013: Exibição do filme El bar del cuchillo, de Manoela Zigiatti (2002), seguida de comentários da Dra. Eda Terezinha de Oliveira Tassara (Professora Titular do IP-USP-PST), para um público formado por 212 pesquisadores, estudantes de graduação e pós-graduação da

(indicadores de risco para o desenvolvimento in-fantil) e a avaliação psicanalítica aos 3 anos (AP3). O protocolo IRDI é um instrumento que primeira-mente surgiu com o objetivo de descrever e in-vestigar certos indicadores presentes na relação mãe-bebê para uso de pediatras. Contém 31 indicadores que auxiliam a observação desses profissionais no que se refere ao desenvolvimen-to psíquico dos bebês. Na interface psicanálise--educação, propôs-se o acompanhamento por meio do protocolo IRDI da relação educador-be-bê. Surgiu então a metodologia IRDI, que parte da constatação de que a mãe não é a única a encarnar o Outro para seu filho. Fato este eviden-ciado na modernidade, onde grande parte das mulheres trabalha e precisa deixar seus filhos sob cuidado de um outro. A metodologia IRDI propõe o estudo da relação entre os bebês que frequen-tam creches e suas professoras, acreditando que o laço entre eles formado é de relevante impor-tância para a constituição subjetiva desse bebê. O estágio foi realizado numa das creches da USP e foi possível aprofundar reflexões a partir do refe-rencial teórico adotado. O estagiário acompanhou semanalmente, ao longo de um ano, as atividades desenvolvidas na creche com um dos subgrupos do berçário. A experiência prática possibilitou que muitas questões fossem levantadas além de trazer para a cena uma questão relevante para a formação de qualquer psicólogo que pretenda trabalhar na interface com a educação: como o psicólogo atua nos acontecimentos escolares.Resultados alcançadosDurante o desenvolvimento do projeto aprofun-damos nossa reflexão acerca do conceito de pre-sença/ausência oriundo da teorização lacaniana no tocante a constituição subjetiva. Essa discus-são foi realizada tomando por base o indicador 23 do protocolo IRDI. A professora alterna mo-mentos coletivos com momentos de dedicação exclusiva à criança. O indicador 23 aponta para necessidade de uma relação lógica entre presen-ça e ausência. A simbolização é decorrente des-te jogo de alternância, o que aponta para uma articulação intrínseca entre esses dois tempos. No indicador utilizado para acompanhar a rela-ção educador-bebê nas creches, há uma inver-são dos termos, na medida em que primeiro se marca a existência de momentos coletivos, que são alternados com momentos de dedicação ex-clusiva. Há aqui uma peculiaridade do ambiente educativo, enquanto na relação mãe-bebê a de-dicação exclusiva aparece em primeiro lugar, na escola o coletivo ganha a cena. Outra articulação aprofundada foi a dos termos cuidar e educar e, como esse binômio, é posto em ato no ambiente de educação de bebês. Na nossa perspectiva o cuidar e educar são entendidos como uma única ação e se articulam como uma banda de Moe-bios: não são duas ações separadas, mas uma ação que leva à outra e vice-versa. Em relação especialmente ao cenário pedagógico atual, des-tacamos a importância da indeterminação frente à crença de que haveria um desenvolvimento na-tural do bebê e que técnicas educativas adequa-das poderiam promover este desenvolvimento.

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jovens de Heliópolis planejaram e coordenaram oficinas de capacitação na produção e execução de Baladas sem álcool – a atividade mais conhe-cida do seu projeto Alconscientes. Participaram desta capacitação realizada na ETEC de Iguape, com os alunos da USP e de duas ETECs do Vale do Ribeira, que puderam aprender como realizar em suas comunidades atividades de prevenção de uso abusivo de álcool no âmbito de festas e baladas. Responderam ao desafio de traduzirem o que tinham aprendido nas tecnologias de ofi-cina para disseminar sua experiência em outros locais e foram muito aplaudidos, inclusive por pais e professores do Vale. No segundo semestre do projeto, acompanhou-se, então, as diversas ativi-dades dos jovens capacitados nas atividades de multiplicação e renovação dessa experiência junto a seus colegas na ETEC de Heliópolis e a outras comunidades de jovens moradores de Heliópolis, que foram extremamente criativas. Esse projeto e experiência foram, então, apresentados na forma de pôster e mini-atividades em um sábado para toda a escola e aos pais, em setembro de 2014.Resultados alcançadosAlém de ter realizado quase todas as atividades de extensão previstas (desenhar em colaboração com bolsistas de extensão e jovens da comuni-dade um programa para aumentar o nível de co-nhecimento sobre diversas alternativas de sexo seguro, formar agentes multiplicadores, mapear e estudar a epidemia e os aparelhos de atenção à saúde do adolescente , em especial, à sua se-xualidade e à prevenção de AIDS), garantimos uma integração inédita de projetos de extensão que caminham na mesma direção (prevenção do HIV e promoção da saúde) para além do territó-rio originalmente previsto (Heliópolis), integrando jovens de São Paulo e do Vale do Ribeira, as-sociando em atividades, jovens de ensino médio e da graduação, assim como seus professores supervisores. Foi uma experiência intensa, pro-dutiva e importante para o momento dos alunos, de um lado, e da resposta ao crescimento da epidemia da AIDS entre jovens, por outro. Se o apoio para esse trabalho continuar, temos muitos caminhos abertos para continuar integrando o ensino de graduação, com experiências de ex-tensão e formação para a pesquisa e extensão entre alunos e professores do ensino médio.

área das Ciências Humanas vinculados a diver-sas instituições de ensino e pesquisa, no âmbito do Colóquio Científico Internacional: Paisagem, Imaginário e Narratividade: olhares transdiscipli-nares e novas interrogações da Psicologia Social (IP-USP). 28/11/2013: Exibição e debate do fil-me Enraizados, de Ricardo Martensen e Felipe Tomazelli (2011), para um público formado por 11 espectadores, entre funcionários e clientela da Biblioteca Municipal Camila Cerqueira César (Butantã). Além dessas atividades, a bolsista par-ticipou do 3º Simpósio Aprender com Cultura e Extensão, realizado em Ribeirão Preto em setem-bro de 2013, apresentando o pôster relativo ao período anterior do projeto.Resultados alcançadosÀ despeito da dificuldade mencionada, os resul-tados foram positivos, posto que se conseguiu atingir um público total de 245 espectadores, aos quais foram mostrados filmes que retratam a re-alidade urbana em São Paulo (Entre Rios e Enrai-zados) e em Havana (El bar del cuchillo).

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Prevenção do HIV e Promoção da Saúde em uma Comunidade na Perspectiva dos Direitos HumanosCoordenadoraVera Silvia Facciolla Paiva

Ações/atividades desenvolvidasAo longo do ano e do projeto, todas as ativida-des previstas foram desenvolvidas, mais inten-samente na ETEC de Heliópolis do que junto aos participantes do Grupo Alconscientes (da associação de moradores UNAS) como aborda-do no item dificuldades enfrentadas. O evento facilitador na ETEC de Heliópolis foi o acesso ao Pré-Iniciação Científica da escola, um forte apoio de sua direção e da professora supervisora dos alunos agraciados com a bolsa. Conseguimos desenvolver todas as atividades de prevenção e promoção previstas. A algumas das atividades previstas – as 6 sessões de oficinas de sexo se-guro, por exemplo – também agregamos um gru-po de 25 alunos de graduação da disciplina sob minha responsabilidade no IP-USP – Promoção e Promoção da Saúde no campo da sexualida-de I e II, curso que envolve alunos de diferentes unidades da USP da área da Saúde e Ciências Sociais e Humanas – o que permitiu integração grande entre os alunos das duas instituições de Heliópolis e de outros alunos de graduação da USP, não apenas dos dois bolsistas envolvidos neste projeto de extensão. Depois da capacitação conjunta nas oficinas em Heliópolis, com apoio do IP-USP e da Reitoria de Extensão e Cultura, to-dos os Pré-ICs da ETEC de Heliópolis e uma par-te significativa dos jovens do Grupo Alconscien-tes viajaram para Iguape, Vale do Ribeira, onde, por três dias, nos juntamos a jovens da ETEC de Iguape e continuamos a capacitação para a prevenção de gravidez e da AIDS. A capacitação foi realizada, então, pelos alunos da USP, sob mi-nha supervisão. Nessa mesma oportunidade, os

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Laboratório Aberto de Química: Divulgação Científica por meio de Atividades Experimentais e do Desenvolvimento de Materiais AudiovisuaisCoordenadoraMaria Eunice Ribeiro Marcondes

Ações/atividades desenvolvidasO trabalho do grupo envolve dois tipos de ati-vidades: elaboração, adaptação, montagem e aplicação de uma oficina e a produção de ví-deos. Na adaptação, montagem e aplicação, os bolsistas testam os experimentos, preparam apresentações de slides sobre aspectos do tema que permitem uma ampliação do conhecimento e o estabelecimento de relações com a socieda-de; discutem a linguagem a ser utilizada, como abordar conceitos considerando a faixa etária e os conhecimentos que os participantes já têm. Ainda, fazem uma primeira intervenção junto aos alunos, que é videogravada e discutida no gru-po, procurando-se evidenciar aspectos como: correção dos conceitos, linguagem empregada, atenção aos alunos etc. Esse trabalho é feito colaborativamente. Tanto na elaboração de uma nova oficina temática, quanto na produção dos vídeos, são realizadas, inicialmente, pesquisas bibliográficas e seminários sobre os temas a serem desenvolvidos, visando o aprofundamen-to dos conhecimentos do grupo, a seleção dos conteúdos científicos, tecnológicos, sociais e ambientais, bem como de experimentos a se-rem abordados e a adequação da linguagem a ser empregada. Os experimentos são testados e adaptados, quando necessário, considerando-se a facilidade de realização e de descarte dos ma-teriais, tendo em vista causar o menor impacto ambiental possível. O desenvolvimento de uma oficina envolve a elaboração de roteiros experi-mentais, os quais serão utilizados pelos alunos durante a realização das oficinas. Também, são elaboradas apresentações para computador, para abordar dados e informações que possibili-tem estabelecer relações entre os conteúdos dos experimentos e as aplicações sociais da química. A produção dos vídeos exige a elaboração de um roteiro prévio às filmagens, em que se decidem: o nível conceitual a ser abordado, as relações ci-ência e sociedade que serão feitas e a linguagem a ser utilizada. Envolve, ainda, a edição, posterior à filmagem, em que é feita uma revisão do mate-rial produzido, e são corrigidos problemas, como falta de clareza conceitual e de comunicação, falhas durante a filmagem, e são inseridas infor-mações e dados pertinentes. Após esse trabalho de edição, o vídeo é publicado em meio digital. A equipe se reúne regularmente para organizar o trabalho, desde a montagem e oferecimento das oficinas, até a publicação do vídeo, e avaliação do trabalho produzido.Resultados alcançadosAtendimento a escolas: Foram oferecidas 34 ofi-cinas a escolas de ensino fundamental e ensino médio. Oferecimento de atividades na Semana da Química do IQ-USP, atendendo a quatro turmas

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experimentos por alternativas que empregam reagentes de menos impacto ambiental. Este foi o caso de um dos experimentos em que a formação de poliuretano foi substituída pela for-mação de polímero interligado de Bórax-PVA; 2) Criação do espetáculo IQ-TV: Tendo em vista a dificuldade do grupo com os locais de apresen-tação, pois geralmente é necessário o uso de ambientes escuros/fechados para que o projetor multimídia e algumas reações fiquem visíveis, o grupo desenvolveu essa peça que tem o propó-sito de ser encenada em espaços que não dis-põem de estrutura cênica específica, tão pouco de infraestrutura para palestras. É, portanto, um espetáculo viável na maioria dos espaços es-colares. A peça explora o formato de quadros que compõem um noticiário. Em cada quadro é apresentado uma questão cotidiana e um expe-rimento é realizado; 3) Consolidação da oficina de capacitação cênica do grupo: Iniciado em 2012, a oficina é elaborada a cada edição. Neste período foi revista a seqüência de jogos teatrais para serem desenvolvidos no decorrer de qua-tro semanas consecutivas. Cada um dos quatro dias tinha um tema (acolhimento, grupo, objeto e improvisação) e os jogos estavam relacionados a ele. Um objetivo secundário foi divulgar o tra-balho do Grupo e convidar os calouros para in-tegrá-lo. Deste trabalho resultou a integração de três novos membros ao grupo, ingressantes no curso de Química em 2014. É interessante res-saltar que a oficina reúne tanto estudantes que já haviam tido alguma experiência teatral no ensino médio quanto estudantes que jamais haviam tido tais experiências. Criou-se portanto um espaço de troca de saberes entre os membros do grupo.Resultados alcançadosDados sobre a apresentação do grupo e abran-gência das ações: o público alvo totaliza, no perí-odo de agosto de 2012 a agosto de 2013, cerca de 1600 pessoas de diferentes faixas etárias e pertencentes a diferentes níveis educacionais. Os dados abaixo sumarizam tais resultados: Contex-to Público Escolas 430; Colégio Brasil Canadá 50; EE Cel. Pedro Árbues 380; Eventos Institu-cionais 770; Feira de Profissões USP 250; Sema-na da Química 160; Universidade e as Profissões 240; Semana de Recep. aos calouros 120; Ou-tros contextos 370; Semana da Química da UF-TMG 150 (Uberaba/MG); Ciência em Cena 120. A questão da divulgação da Química parece ser o principal motivador do público. A opinião do pú-blico foi registrada por meio de um questionário simples. A compilação do resultado acima indica que as ações do grupo têm grande aceitação pelo público atendido. Ressalta-se também que os esforços empregados em adequar a lingua-gem parecem atender ao compromisso entre a corretude conceitual química e as adaptações de linguagem inerentes ao contexto cênico e a hete-rogeneidade do público. Os resultados obtidos e apresentados na forma de indicadores tangíveis corroboram fortemente esta premissa. Contudo, há de se considerar os resultados intangíveis obtidos pelo grupo, os quais se manifestam no acolhimento do público, no crescente destaque

de ensino médio. Oferecimento das oficinas a seis das escolas que fazem parte do Projeto No-vos Talentos, do qual nosso grupo participa (pro-jeto sob a coordenação da Profa. Dra. Vera Hen-riques, do IF-USP). Realização das oficinas para professores de Química nos seguintes eventos: orientação técnica oferecida em outubro de 2013 a professores de Química da rede pública (Ofici-na Química na Cozinha, 35 professores), curso de formação continuada oferecido em janeiro de 2014 (Oficina Energia, 30 professores). Número total de alunos participantes foi de 1190. A maio-ria das escolas visitantes é da região metropoli-tana de São Paulo, havendo, entretanto, escolas de outras regiões do Estado. Foram produzidos os seguintes vídeos: a Química nos fogos de ar-tifício; Montagem de aparelho de condutibilidade Elétrica, Identificação de Amido e Proteína em Alimentos, Produção de Carvão Vegetal. Desen-volvimento da Oficina Energia e Sustentabilidade: O tema foi selecionado devido à relevância atual e a possibilidade de ampliação para vários aspec-tos sociais e cotidianos. Após pesquisas biblio-gráficas e discussões no grupo, foram realizados seminários pelos bolsistas sobre temas pertinen-tes, como: fontes renováveis de energia, matriz energética brasileira, biocombustíveis, energia eólica. Foram selecionados assuntos ligados ao tema da oficina e elaborados ou adaptados os seguintes experimentos: 1) Produção de carvão vegetal – queima de madeira sob condições de baixa quantidade de oxigênio. Permite a discus-são sobre a produção em larga escala do car-vão vegetal, seus usos e problemas ambientais; 2) Produção de etanol por meio de fermentação de solução de açúcar. Reconhecimento do álcool formado; 3) Comparação do poder calorífico de combustíveis automotivos permite que se discu-ta a relação energia produzida/ fatores ambien-tais/ fatores econômicos; 4) Aproveitamento de energia solar: comparação de aquecimento que simula o efeito solar sobre diferentes materiais. Permite a discussão sobre a radiação solar e condições de aproveitamento. Os experimentos foram testados e adaptados, os materiais sepa-rados e os roteiros foram elaborados. Os mate-riais de apoio estão em fase de elaboração.

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Química em Ação: Teatro e Divulgação CientíficaCoordenadorGuilherme Andrade Marson

Ações/atividades desenvolvidasAs principais ações desenvolvidas foram: 1) Aperfeiçoamento do espetáculo A Química das Sensações: A peça teatral A Química das Sen-sações foi modificada para ser apresentada não somente aos estudantes do ensino médio, mas também para crianças e leigos. Dessa for-ma, a divulgação da Ciência, particularmente da Química, tornou-se mais abrangente. Neste período o espetáculo foi aperfeiçoado de modo a diminuir a geração de resíduos e substituir

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institucional do grupo, e na motivação que agre-ga a vivência universitária de seus participantes.

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Micro-Organismos: Esta Leitura Vai Te Pegar!Coordenador André Luiz Meleiro Porto

Ações/atividades desenvolvidasTodas as atividades foram cumpridas. Foi possí-vel elaborar um material didático no formato de gibi, conforme foi proposto no projeto original.Resultados alcançadosFoi possível elaborar um material didático no for-mato de gibi utilizando conceitos de microbiolo-gia dentro da proposta apresentada no projeto. Pretende-se fazer uma publicação deste material e distribuir nas escolas.

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Promoção de Cultura da Mobilidade Sustentável no Campus de São CarlosCoordenadorArtur de Jesus Motheo

Ações/atividades desenvolvidasForam realizadas ações junto à comunidade us-piana (palestras, oficina de bicicletas, participação em eventos de trânsito, etc.) e a prefeitura do campus para a melhoria da mobilidade no cam-pus. As sugestões foram encaminhadas à comis-são sobre o assunto do conselho do campus que optou, por exemplo, por abrir passagens para pedestres em pontos estratégicos visando o me-nor fluxo de veículos para o interior do campus. A colocação de tags nos capacetes de ciclistas foi outra ação movida pela prefeitura de forma que a cancela de entrada seja erguida sem a ne-cessidade do ciclista parar. O passeio ciclístico programado para o primeiro fim de semana após o domingo de Páscoa não foi realizado devido à mudança do prefeito e sub-prefeito no campus, mas, todos os contatos com entidades da cidade e patrocinadores foram feitos pelo bolsista.Resultados alcançadosAlém dos resultados descritos no relatório, hou-ve mobilização por parte do conselho gestor na direção da mobilidade dos campi de forma que as sugestões coletadas foram utilizadas parcial-mente. Houve também uma conscientização dos alunos da necessidade de melhorias na mobili-dade interna.

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São Paulo Cosmópolis – os Desafios de uma Política Migratória MunicipalCoordenadoraDeisy de Freitas Lima Ventura

Ações/atividades desenvolvidasA Coordenação de Políticas para Migrantes da Prefeitura de São Paulo e o Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo (IRI--USP) firmaram um convênio de extensão univer-sitária com o objetivo de subsidiar a elaboração a médio prazo, de uma pioneira política municipal para migrantes. Para este fim, o IRI auxiliou a Pre-feitura na realização de três tarefas: a realização de um diagnóstico dos órgãos da Prefeitura que mantém contato com os migrantes, prestando atendimento ou serviços, promovendo a identifi-cação de atores e atividades, o levantamento dos principais problemas e a formulação de suges-tões; a organização de uma conferência munici-pal de migrações, especialmente a elaboração de um documento de base sobre política migratória; sob a forma de um portal (embrião de um atlas eletrônico), o levantamento dos estudos quan-titativos e qualitativos que existem sobre as mi-grações internacionais na cidade de São Paulo, além de notícias, vídeos e eventos sobre o tema, a fim de reunir em uma base comum e tornar fa-cilmente acessível este acervo para pesquisado-res, agentes públicos e cidadãos, especialmente migrantes. As atividades dos bolsistas foram as seguintes: – participação na concepção, imple-mentação, alimentação e atualização do Portal Cosmópolis, já disponível desde agosto de 2014; – formação para pesquisa qualitativa, com reuni-ões para leitura e discussão de textos, que pos-sibilitaram sua participação na elaboração dos questionários dirigidos aos agentes municipais; – realização de sete entrevistas com agentes pú-blicos municipais; – participação na organização do lançamento do Portal Cosmópolis, ocorrido em 13 de agosto de 2014 na Biblioteca Mário de Andrade; – participação ativa na organização da Conferência Municipal de Migrações; – participa-ção nas reuniões do convênio entre IRI-USP e Prefeitura Municipal.Resultados alcançados– O maior resultado do projeto, por enquanto, é o próprio Portal Cosmópolis, em linha desde agosto de 2014, que já é uma referência para pesquisadores, agentes públicos e cidadãos, es-pecialmente migrantes; – O diagnóstico sobre o atendimento de migrantes pela Prefeitura Munici-pal de São Paulo, ainda em fase de elaboração, poderá contribuir de modo decisivo para a elabo-ração de políticas públicas inclusivas, e a atuação dos bolsistas do Programa Aprender com Cultura Extensão, na preparação e na execução das en-trevistas, foi brilhante.

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Acompanhamento e Suporte ao Grupo de Análise da Conjuntura Internacional e no Programa de Seminários do Instituto de Relações Internacionais (IRI)CoordenadorFelipe Pereira Loureiro

Ações/atividades desenvolvidasOs alunos participaram da organização das reu-niões do Grupo de Análise e Conjuntura Interna-cional do IRI-USP (GACInt) e dos Seminários de Relações Internacionais no IRI-USP, expedindo convites, mantendo atualizado o mailing list, tra-tando da sua divulgação pela internet e no site do IRI, providenciando junto ao CCE a filmagem dos eventos, que serão incorporados à videote-ca do IRI, acessível no site do instituto. Além de organizá-las, os bolsistas assistiram às reuniões do GACInt e às palestras oferecidas no Programa de Seminários.Resultados alcançadosEm teoria, os bolsistas deveriam fazer resenhas dos debates realizados tanto no GACInt quanto nos Seminários do IRI-USP. Além disso, pediu--se para que eles analisassem o impacto dessas atividades junto à comunidade externa à USP, seja por meio da avaliação da presença na mí-dia e em meios de comunicação em geral das personalidades ligadas ao GACInt e aos Seminá-rios de Pesquisa, via análise das intervenções e comentários de personalidades externas à USP nas reuniões de ambas as atividades. Como já foi dito, infelizmente o comprometimento dos bolsis-tas nessas funções deixou a desejar.

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Ensinando Oceanografia Através da Ciência na Esfera (Science on the Sphere)CoordenadoraOlga Tiemi Sato

Ações/atividades desenvolvidasO intuito deste projeto é familiarizar os alunos com a programação computacional para desen-volver filmes curtas para serem apresentados na ferramenta Ciência na Esfera, uma atração do museu oceanográfico do IO-USP. O tema desen-volvido foi o El Niño, ou seja, como os dados ob-tidos pelos satélites mostram a evolução desse evento. Dentre as atividades destaco: 1) Fami-liarizar-se com os diversos conjuntos de dados oceanográficos obtidos por satélites de acesso público que são distribuídos em bases de dados na internet; 2) Obter séries temporais de mapas globais obtidos por satélites; 3) Organizar os ma-pas de forma que todas as variáveis utilizadas es-tejam sincronizadas para um mesmo período; 4) Gerar filmes a partir da sequência de mapas; 5) Transferir os filmes para o servidor da Ciência na Esfera para projeção.Resultados alcançadosO principal resultado alcançado foi a finalização de dois filmes curtas sobre o evento do El Niño: um a nível de ensino médio, para ser apresentado no museu, para o público em geral, e outro a nível de graduação, para os alunos de bacharelado em Oceanografia. Como resultados secundários: 1) Familiarização do alunos em diversas ferramentas computacionais de programação (Matlab, GMT), editores de texto e de filme (openshot); 2) Fami-liarização com banco de dados de satélites e seu processamento; 3) Criação de um banco de da-dos local com os dados utilizados no projeto que serão utilizados para geração de novos filmes e também para pesquisa em geral.

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Construção de um Pêndulo de FoucaultCoordenadoraOlga Tiemi Sato

Ações/atividades desenvolvidasDentre as atividades destaco: 1) Familiarizar--se com a literatura e exemplos de Pêndulos de Foucault existentes; 2) Desenvolver um mecanis-mo para Pêndulo do ponto de vista mecânico e eletrônico; 3) Projetar o braço onde o Pêndulo seria fixado no teto; 4) Projetar o posicionamen-to do Pêndulo no saguão do prédio didático do IO-USP; 5) Elaborar um documento informativo para divulgação que seria mostrado no local e também pela internet.Resultados alcançadosInfelizmente, com o desligamento do aluno no decorrer do projeto, os resultados que foram propostos não foram alcançados. Entretanto, considero muito importante e instrutivo para os alunos de carreiras ligadas às Ciências Exatas e da Terra observarem e entenderem o porquê do

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funcionamento do Pêndulo. Procurarei realizar este projeto num futuro próximo.

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Resgatando História e Ciência: Navio Oceanográfico Professor Wladimir Besnard ao Navio Oceanográfico Alpha CrucisCoordenadoraSueli Susana de Godoi

Ações/atividades desenvolvidasA pesquisa contou com a colaboração de inte-grantes da equipe de profissionais que acompa-nharam a reforma do R/V Moana Wave EUA para chegar ao Navio Oceanográfico – N/Oc Alpha Crucis – IO-USP: Eng. Francisco Luiz Vicentini Neto e Eng. Dr. Luiz Vianna Nonnato, vinculados ao Laboratório de Instrumentação Oceanográfica, o qual encontra-se, atualmente, sob a Coordena-ção da Profa. Dra. Elisabete de Santis Braga da Graça Saraiva, do Departamento de Oceanogra-fia Física, Química e Geológica IO-USP. Ambos os engenheiros fizeram parte da equipe científica que navegou na primeira Singradura do N/Oc. Alpha Crucis, com saida de Seattle-EUA em 29 de março de 2012 e chegada em Santos-SP em 12 de maio de 2012. O Dr. Luiz Vianna Nonnato atuou como Chefe Científico durante a expedição. O estudante Paulo Henrique de Almeida Soares Pimenta teve a oportunidade de vivenciar a expe-riência contada pela visão de engenheiros. Dentro do contexto do projeto, as ações direcionados ao estudo consistiram em compilar, primeiramente, informações, via levantamento bibliográfico, sobre os pontos de destaque das trajetórias histórica e científica do N/Oc. Prof. W. Besnard, seguida pe-las atuais do N/Oc. Alpha Crucis. Naturalmente, aspectos como o R/V Moana Wave se transfor-mou em N/Oc. Alpha Crucis foram abordados. O levantamento envolveu, entre outros, fatos relacionados com as características físicas das referidas embarcações. Complementando, para se ter um elo entre as atividades de cultura e ex-tensão universitária e aquelas articuladas com as de ensino e pesquisa, uma ação relevante foi o processamento e tratamento de dados hidrográ-ficos registrados, por equipamento instalado no casco da embarcação, ao longo de toda a tra-jetória da primeira Singradura. Complementando, tema correlato desenvolvido por estudantes do Programa de Pré-Iniciação Científica, vinculados ao ensino médio da rede pública, possibilitou uma integração entre estes e o universitário Paulo Hen-rique de Almeida Soares Pimenta. Assim, o tema Resgatando História e Ciência: Navio Oceanográ-fico Professor Wladimir Besnard ao Navio Ocea-nográfico Alpha Crucis pôde ser explorado sob perspectivas e olhares que se complementaram e enriqueceram o conhecimento.Resultados alcançadosDe forma geral, pôde-se resgatar, ainda que su-cintamente, em uma linha do tempo, a História e Ciência: Navio Oceanográfico Professor Wladimir Besnard ao Navio Oceanográfico Alpha Crucis.

Agora em novembro, o trabalho será apresenta-do, em forma de pôster, no primeiro workshop sobre o N/Oc. Alpha Crucis, uma iniciativa do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo. Posteriormente, em dezembro, a divulga-ção da pesquisa será no 4o. Simpósio Aprender com Cultura e Extensão. Desta forma, os resul-tados da pesquisa tendem a ser divulgados à comunidade acadêmica-científica-social, englo-bando escolas da rede pública de ensinos fun-damental e médio, universitários, sociedade e instituições afins. Produtos gerados e aprimora-dos posteriormente, tais como video e cartilha, serão disponibilizados aos visitantes do Museu Oceanográfico, das Bases de Pesquisas Dr. João de Paiva Carvalho Cananéia (SP) e Clarimundo de Jesus – Ubatuba (SP), vinculados ao IO-USP. Além disso, a compilação de informações vem a contribuir para o enriquecimento do acervo da Biblioteca Prof. Dr. Gelso Vazzoler IO-USP. Con-cluindo, os resultados alcançados pela pesquisa se mostraram plenamente satisfatórios.

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Educação Ambiental Voltada às Comunidades LitorâneasCoordenadoraElisabete de Santis Braga da Graca Saraiva

Ações/atividades desenvolvidasDurante o projeto algumas atividades merece-ram destaque entre as demais: 1) A Maquete sócio-ambiental de Cananéia-Iguape (SP) e Pa-ranaguá (PR), iniciada na versão anterior deste Projeto com 4mx1m baseada em cartas geográ-ficas obedecendo a escalas geográficas, apre-sentando os limites das áreas de proteção APAS e Parques Estaduais, núcleos urbanos, praias, vegetação e sistema hídrico como um todo, foi encerrada, inaugurada em Cananéia (SP). Esta maquete tem sido visitada diariamente por esco-lares e turistas, pois as secretarias de educação e turismo e órgãos ambientais locais indicam esta visitação. Cerca de 80% das escolas da cidade já visitaram a maquete para desenvolver atividades educativas. Trata-se de um excelente instrumen-to para a educação não-formal e para a educa-ção ambiental; 2) O I Encontro de atualização do ensino de Ciências com ênfase nas condições geográficas de Cananéia foi encerrado com uma prática dos professores do Encontro e seus alu-nos junto à maquete durante sua inauguração. Mais de 20 professores encerraram o curso e a prática foi realizada com cinco salas de aula da rede de ensino; 3) Foi criado um guia com expli-cações para utilização da maquete contendo as principais informações sobre a região e os pontos sinalizados nas legendas da maquete interativa, onde centenas de leds acendem mostrando ao visitante as delimitações das APAS e Parques Estaduais ao toque de botões disponíveis jun-to às legendas. Este guia tem servido de apoio às visitações e está sendo utilizado pelo guias e professores que acompanham os visitantes. Nele há propostas para introdução e abordagem de

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público avulso em geral e a programas USP como Giro Cultural e Vivendo a USP. Eventos especiais, como, por exemplo, a vinda da ex-posição francesa Tara Oceans: Um Panorama do Plâncton Marinho Mundial, também exigiram um grande comprometimento dos bolsistas com as atividades do Museu, tanto na questão das monitorias como no treinamento, preparação e montagem da exposição. Os bolsistas também trabalharam em diversas atividades externas ao IO-USP (Feira do Estudante, Festa da Cidade de Cananéia, Festa do Mar etc.), disponibilizando in-formações sobre o acervo e sobre as atividades desenvolvidas no Museu a públicos distantes ou com acesso mais restrito a sede do Museu Ocea-nográfico em São Paulo. Cabe ressaltar, também, o apoio dos bolsistas às atividades do Curso de Extensão: Noções Sobre Oceanografia, princi-palmente através de visita monitorada ao Museu Oceanográfico e participação na escursão ecoló-gica (parte prática do curso), geralmente realiza-da em Cananéia. A prática da monitoria permitiu a capacitação profissional e aprimoramento da linguagem científica, crescimento do conheci-mento em Ciências do Mar e Ciência Ambiental, facilitando o relacionamento e aproximação com a comunidade geral, com forte ênfase ao público acadêmico, sem deixar de lado o geral.Resultados alcançadosAnualmente é recebida no Museu Oceanográfico uma média de 15.000 pessoas, numero que ten-de a aumentar significativamente devido a algu-mas exposições e eventos em que o Museu par-ticipou e nos quais a colaboração dos bolsistas foi, e é, essencial. Cita-se, por exemplo, a Feira de Estudantes (CIEE), onde cerca de 65.000 vi-sitantes tiveram acesso ao estande do IO-USP e a passagem de cerca de 18.000 visitantes/ano pelo Museu do IO- USP. Os programas da USP como Vivendo a USP e Giro Cultural, ambos atendidos com monitoria, atividades práticas e jogos educativos, também têm contribuído subs-tancialmente com o aumento no numero de visi-tantes ao Museu. Fica evidente portanto, a impor-tância do trabalho realizado pelos bolsistas que nos permite atender um numero muito maior de pessoas nos vários projetos que o Museu partici-pa. Além disso, o conhecimento adquirido pelos bolsistas durante os treinamentos e monitorias, ajuda sobremaneira na melhoria de sua didática e relacionamento com o público, investimento que volta ao próprio museu na forma de um melhor atendimento e satisfação dos visitantes. Número de visitantes anual do Museu – 2013: No ano de 2013 tivemos 6.394 alunos de escolas e 2.414 visitantes avulsos, totalizando 8.808 visitantes. O público atingido pelo Museu, contando com setor de empréstimo, totalizou 18.698 pessoas.

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diferentes conteúdos ambientais, e geográficos e ainda, sócio-ambientais, pois os núcleos ha-bitacionais, bairros, e vilarejos são sinalizados, bem como sua inserção na região e sua relação com o sistema hídrico, valorizando a posição do Homem do mar nesta região. Também foram de-senvolvidos jogos educativos que são propostos para atividade com os escolares e visitantes, de modo a melhor aproveitar o espaço da base nas visitações; 4) O trabalho educativo tem valoriza-do a posição do Homem do mar, das pesquisas e das áreas de preservação e seu contexto nas mudanças globais; 5) A divulgação na cidade e em diversas mídias foi realizada, identificando o projeto e os parceiros (disposição para a comu-nidade).Resultados alcançadosMuitos foram os frutos deste projeto, sendo os seguintes alguns deles: Nesse projeto conquis-tamos parceiros para a divulgação e uso da ma-quete como professores da rede de ensino públi-ca e privada, funcionários da base de Cananéia, membros de Órgãos estaduais e municipais, como o Instituto de Pesca e o Parque Estadu-al da Ilha do Cardoso, Secretaria de Turismo e Prefeitura, todos tomaram conhecimento da exis-tência da maquete e da sua disponibilidade para visitação gratuita e prática educativa na Base de Cananéia – IO-USP, de modo que as visitas ocor-rem diariamente e com alta frequência. A ma-quete interativa é uma excelente ferramenta de integração onde o visitante tem a noção da gran-diosidade do ecossistema em que está inserido, sendo extremamente divulgada e elogiada por todos de modo que sua fama já é grande. Com o auxílio do guia, além do painel interativo, os professores e grupos avulsos podem tirar maio-res informações ambientais e sócio-ambientais, culturais e econômicas das práticas e riquezas naturais da região. O guia oferece maior oportu-nidade de aproveitamento da visita à maquete. Os professores inseriram a vista à maquete no seu calendário escolar e os turistas são conduzi-dos primeiramente à maquete antes de visitar os diferentes pontos do sistema estuarino e reser-vas naturais locais. A maquete se tornou ponto obrigatório de visitação, de modo que a USP se aproximou mais da comunidade Cananeiense com esta ação. O projeto teve, e está tendo, excelente produtos de interação entre a USP e a comunidade, permitindo esta experiência aos nossos alunos, funcionários e professores.

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Museu Oceanográfico como Espaço para Prática da Educação Ambiental Junto à Comunidade e de Capacitação de Graduandos na Difusão das CiênciasCoordenadoraElisabete de Santis Braga da Graca Saraiva

Ações/atividades desenvolvidasForam realizadas diversas práticas de monito-ria junto a visitas monitoradas sobre o acervo do Museu Oceanográfico, oferecidas a escolas,

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de exposições e trabalhos técnicos com envolvi-mento do Navio Besnard e da história da Institui-ção. Houve contribuição à formação profissional de alunos ligados à pesquisa histórica e comuni-cação, oferecendo experiência prática na pesqui-sa histórica, construção de roteiros e produção de material impresso e em várias mídias, incluin-do a digital. Este Projeto nos permitiu trabalhar nos depoimentos colhidos pela Comissão de Me-mória, que foram transcritos no formato bruto e aguardam recursos humanos, para serem edita-dos e publicados. Houve oportunidade única de localizar e avaliar documentos da instituição que estão merecendo recuperação e preservação, como é o caso dos diários de bordo e máquinas. Foi formalizada parceria com a FAU para regis-tro em vídeo do Navio W. Besnard em seu perfil histórico. Enfim, este projeto contribuiu de modo muito importante às atividades que divulgam e preservam a memória da Instituição, oferecendo oportunidade aos alunos envolvidos de aprimora-rem o conhecimento histórico presente na USP e permitindo conhecer os esforços de preservação que não devem ser interrompidos, pois a memória histórica é fundamental à todos. A coordenação do projeto se empenhou na formação de novas parcerias como a estabelecida com a Seção de Vídeo FAU-USP para o programa 14/15, quanto para a preservação de acervo histórico e difusão da história da Unidade disponível na linha do tem-po no novo portal do IOUSP <http://www.io.usp.br/index.php/institucional/historico>. Mostra do material histórico compilado e trabalhado, agora disponível no Memória <http://200.144.182.66/memoria/por/unidade/171-Instituto_Oceanogra-fico>. O envolvimento na recuperação do casca-dor de redes, com interface com o projeto Um mar de histórias para contar foi muito importante para o registro desta passagem histórica que se encontra fora dos registros documentais da Uni-dade. Houve recuperação do sítio histórico pelo projeto mencionado, mas houve também o maior contato com os funcionários da base do IO-USP em Cananéia, a grande maioria da comunidade caiçara e o resgate de alguns objetos históricos como o cascador.

Contribuição à Construção da Memória Audiovisual (Científica e Tecnológica) do Instituto Oceanográfico da Universidade de São PauloCoordenadoraElisabete de Santis Braga da Graca Saraiva

Ações/atividades desenvolvidasDurante esse período, houve um envolvimen-to significativo com as atividades relacionadas à memória do Instituto Oceanográfico da Uni-versidade de São Paulo, com destaque para a parceria com os projetos de fomento e edital da PRCEU-USP. Um mar de histórias para contar e Memória da Oceanografia no Brasil: o papel do Navio oceanográfico Prof. Wladimir Besnard do IO-USP que visam a resgatar parte da história da Oceanografia. Foi estabelecida parceria com a Seção de Vídeo da FAU-USP, que será imple-mentada no próximo projeto. Além das restrições financeiras na USP e não dispondo na Unidade de equipamentos audiovisuais semi ou profissio-nais foi-nos possível realizar somente poucas en-trevistas, com registro sonoro e visual, de alguns dos funcionários, ativos e aposentados, da base de apoio do IO-USP João de Paiva Carvalho em Cananeia-SP. Também produzimos textos resu-midos de entrevistas audiovisuais de alguns dire-tores e cientistas da Unidade e do Contra-Almi-rante Yapery Tupiassu de Britto Guerra, docente e engenheiro naval da POLI-USP, coordenador do projeto de construção do N/OC. W. Besnard do IO-USP, na década de 1950. As entrevistas fazem parte da coleção audiovisual da Comissão de Memória do IOUSP Projeto do IOUSP & CNPq (2004/06) sobre a Memória Científica e Tecnoló-gica do IO-USP. Foi resgatado documentos para a construção da linha do tempo no novo web-site da Unidade e no Projeto do Museu de Ci-ências da USP. Também foram relacionados os Diários de Navegação e de Máquina do N/OC. W. Besnard, sendo feita uma avaliação de estado de conservação e contato com técnicos em pre-servação de documentos para que se possa dar continuidade à recuperação destes documento fundamentais à manutenção da identidade histó-rica da Unidade. Houve a recuperação, manuseio e avaliação da condição dos Diários de Bordo do Navio Oceanográfico Prof. W. Besnard, hoje de-sativado, foi o primeiro Navio Oceanográfico Bra-sileiro, deu suporte a muitos projetos nacionais e internacionais e sua pesquisa colocou o Brasil no Tratado Antártico, como um dos países mem-bros. Sua história é memorável e parte dela está contida nos diários de bordo e diários de máqui-na que foram localizados e avaliados para seguir para uma etapa de restauro no âmbito do Projeto do Edital da PRCEU de preservação da Memória do navio W. Besnard.Resultados alcançadosEsse projeto logra para um futuro rendimento acadêmico dos alunos e também para a valori-zação da história de uma instituição importante como o IO-USP. Somado a isso, esse projeto fa-vorecerá a pesquisa futura desta documentação, seja para leigos, seja para especialistas, através

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Apoio ao Gerenciamento de Resíduos Sólidos no CENACoordenadorAntonio Vargas de Oliveira Figueira

Ações/atividades desenvolvidas– Coleta seletiva: por toda a extensão da Unidade podem ser encontrados coletores laranja e caixas de papelão destinadas à coleta seletiva de mate-riais; – Monitoramento: Uma vez no semestre, a equipe do USP Recicla verificou cada laboratório e sala do CENA com a finalidade de levantar os pontos problemáticas e os de sucesso no geren-ciamento de resíduos na Unidade; – Diagnóstico: o diagnóstico foi realizado bimestralmente, com o intuito de fazer uma análise qualitativa e quan-titativa dos resíduos não recicláveis e recicláveis do CENA. Os recicláveis, que estão em sacos azuis no galpão, foram analisados pela equipe do USP Recicla, que utilizou máscaras, luvas, ba-lança digital, lona para impermeabilizar o solo e material de anotação. Com isso, todos os sacos foram abertos, e separados os rejeito (segundo a PNRS, 2010, são resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos dispo-níveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final am-bientalmente adequada) dos recicláveis. A sepa-ração foi quantificada e anotada. Atualmente, o índice tolerável no campus de rejeito nos reciclá-veis é de 5%, este número é baseado em dados históricos. Os dados coletados geraram um ban-co de informações, que posteriormente foram, repassados para os representantes de cada setor do USP Recicla, apontando os pontos negativos e positivos, com a finalidade de uma melhor ges-tão dos resíduos. Pesagem dos resíduos e análise das práticas de consumo: verificou-se a quanti-dade e a qualidade dos recicláveis, atentando se há ou não o consumo excessivo de materiais e desperdício; – Desenvolvimento de intervenções educativas: foram realizadas duas atividades de formação às equipes de limpeza terceirizada do CENA, a fim de esclarecer sobre os procedimen-tos de gerenciamento, com participação total de funcionários. Além disso, foram realizadas pales-tras para a pós-graduação e monitoramentos nos setores, a fim de realizar correções no processo de gerenciamento de resíduos e sensibilizar a co-munidade local.Resultados alcançadosCom relação à análise dos materiais recicláveis, foi observada uma significativa redução na por-centagem de rejeitos presentes nos materiais encaminhados para reciclagem em relação aos anos anteriores. Sendo 2,8 a media percentual de rejeitos no período que abrange o segun-do semestre de 2013 e o primeiro semestre de 2014, estando o programa, portanto, dentro da meta do campus Luiz de Queiroz, que é de 5% de rejeitos presentes nos recicláveis.

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Mulheres Colecionadas: Mulheres Artistas em Coleções ModernistasCoordenadoraAna Paula Cavalcanti Simioni

Ações/atividades desenvolvidasO projeto pretendeu recuperar as modalidades de ingresso das obras de artistas mulheres em diver-sas e importantes coleções públicas de São Pau-lo, tais como: Pinacoteca do Estado de São Pau-lo, Coleção do Palácio do Governo do Estado, Museu de Arte Contemporânea da USP, valendo notar que em sua primeira edição havíamos já enfrentado as mesmas questões para a coleção do Instituto de Estudos Brasileiros. Para tanto, as bolsistas realizaram investigações nas bibliotecas e arquivos das instituições museais, mapeando, assim, quando as obras ingressaram e por quais meios (doações, aquisições, premiações). Fina-lizada essa etapa da pesquisa, duas bolsistas foram encaminhadas para trabalhos importantes junto ao Arquivo do Instituto de Estudos Brasilei-ros, colaborando na organização dos fundos do-cumentais do acervo de Marta Rossetti Batista, que congrega muitos dados significativos sobre a produção de Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Adriana Janacopulus e de diversos outros artistas brasileiros atuantes entre 1920-1950.Resultados alcançadosO projeto atingiu plenamente seus objetivos. Pri-meiramente fomos capazes de mapear e histori-cizar o ingresso das obras das artistas modernis-tas nas principais instituições museais públicas da cidade de São Paulo, levantando as modali-dades de ingresso, o papel dos intermediários, a datação correta da chegada das obras, o que permitirá, a partir de agora, o estabelecimento de análises mais subsidiadas sobre a construção social e histórica do reconhecimento das artistas no Brasil. Em segundo lugar, mas não menos im-portante, visava-se fornecer às alunas bolsistas uma formação complementar ao bacharelado em curso. Acreditamos que a experiência que tiveram nos arquivos foi decisiva nesse sentido. Vale notar que uma delas elaborou, a partir des-sa experiência, um projeto de Iniciação Científi-ca que acaba de ser contemplado pelo PBIC, o que demonstra o nascimento de vocações para a pesquisa por meio de projetos de estímulo fo-mentados pela PRCEU.

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O MAE-USP e o Público Deficiente VisualCoordenadorCamilo de Mello Vasconcellos

Ações/atividades desenvolvidasForam realizadas diversas atividades junto a ins-tituições que desenvolvem trabalhos com defi-cientes visuais, a partir de um Kit Multissensorial desenvolvido pelos educadores do MAE-USP sob a coordenação do Prof. Dr. Camilo de Mello Vasconcellos. Pudemos acompanhar as reações e emoções de pessoas (adultas e adolescentes), que nunca haviam tido contato com a arqueo-logia brasileira e, dessa maneira, descortinar um universo repleto de potencialidades cognitivas e sensoriais. Por meio do tato essas pessoas pu-deram tocar em objetos arqueológicos originais, conhecer o perfil do trabalho de um arqueólogo e compreender o raciocínio desse profissional quando encontra vestígios arqueológicos em es-cavações pelo território brasileiro. Tudo isso foi possível por meio do trabalho com as maquetes multissensoriais que o MAE possui e que foram concebidas especificamente para o trabalho com este público especial. Todas essas atividades foram registradas por meio de fotografias e, ao final, pelo depoimento dos deficientes visuais que elogiaram sobremaneira a atividade e o nosso envolvimento profissional junto a eles, proporcio-nando um maior contato com o universo desco-nhecido da arqueologia brasileira.Resultados alcançadosOs objetivos foram plenamente atingidos, o que proporcionou uma satisfação ampla, não só para a equipe do MAE, mas também para os estagiá-rios diretamente envolvidos com a proposta des-se projeto. Além disso, para o público deficiente visual ficou a impressão de que estas oportunida-des são essenciais para que eles se sintam cida-dãos plenos e com acesso ao conhecimento e à cultura da maneira mais ampla possível.

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A Terceira Idade no MAE: Inclusão de Públicos DiferenciadosCoordenador Camilo de Mello Vasconcellos

Ações/atividades desenvolvidas

– Contato com instituições que realizam tra-balhos com a categoria de público da terceira idade; – Realização de oficinas a respeito da memória dos envolvidos com o projeto no MAE; – Palestras sobre o tema da memória, arqueologia e museologia; – Oficinas sobre memória, arque-ologia e processos identitários dos envolvidos; – Montagem de exposição museológica sobre as memórias dos envolvidos no projeto; – Abertura e acompanhamento da exposição.Resultados alcançados– Maior envolvimento daquelas pessoas envolvi-das com a proposta junto ao MAE; – Valorização das memórias e dos cidadãos envolvidos com a

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atividade; – Participação intensa dos envolvidos, tanto no processo das oficinas, como da monta-gem da exposição sobre a vida de cada um dos participantes; – Envolvimento dos funcionários do MAE na realização da proposta como um todo.

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A Utilização de Recursos Pedagógicos no MAE-USPCoordenadorCamilo de Mello Vasconcellos

Ações/atividades desenvolvidas– Leitura e discussão de textos sobre os temas da arqueologia, museologia, etnologia e edu-cação em museus; – Acompanhamento das atividades de atendimento dos professores por meio dos kits pedagógicos que possuímos no MAE-USP; – Colaboração no atendimento dos professores e demais grupos atendidos pe-los educadores do MAE-USP; – Contato com instituições que atuam no campo cultural para conhecerem o MAE-USP e poderem utilizar os nosso recursos pedagógicos.Resultados alcançados– Melhor performance dos alunos com o aten-dimento de diferentes categorias de público; – Crescimento de muitos dos estagiários vincula-dos a este projeto (percepção das expectativas do público atendido quando de sua vinda ao MAE); – Melhor qualidade de atendimento dos nossos públicos escolar e espontâneo.

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Elaboração de Material Didático sobre Questões Afro-brasileiras no MAE-USPCoordenadorCamilo de Mello Vasconcellos

Ações/atividades desenvolvidas– Leitura de textos sobre os temas da etnologia africana e afro-brasileira; – Visita à Reserva Técni-ca do MAE para conhecimento do nosso acervo nessa área; – Leituras de textos sobre materiais didáticos em contextos museológicos; – Atuação em oficinas de capacitação de professores da rede pública e privada que visitam o MAE.Resultados alcançados– Envolvimento do alunos com as questões dos recursos pedagógicos em museus; – Interesse na temática afro-brasileira e o papel dos museus antropológicos.

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Ação Educativa na Reserva Técnica Visitável – Revelando os Bastidores do Museu – MAE-USPCoordenadorCamilo de Mello Vasconcellos

Ações/atividades desenvolvidas– Leitura sobre museologia, arqueologia e etno-logia; – Leitura e discussão de textos sobre atu-ação educativa em museus; – Acompanhamento das visitas orientadas na Reserva Técnica Visitá-vel do MAE; – Realização de visitas monitoradas no espaço da Reserva Técnica Visitável.Resultados alcançadosMuito positivos no que tange à atuação do esta-giário no espaço expositivo da Reserva Técnica Visitável; grande envolvimento com questões de atendimento ao púbico em instituições museo-lógicas; maior desenvoltura do estagiário no re-lacionamento com os demais setores do MAE--USP.

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Saber e Ensinar Arte ContemporâneaCoordenadoraCarmen Sylvia Guimaraes Aranha

Ações/atividades desenvolvidasO projeto Saber e Ensinar Arte Contemporânea tem como objetivo aproximar os professores de ensino fundamental e médio das exposições do MAC por meio de visitas orientadas ao espaço expositivo e aulas teóricas para fundamentar o encontro com o acervo, propiciando a cons-trução de um programa de ensino de arte que contemple a produção artística atual. Para a re-alização das atividades previstas no programa foi necessário ampliar minha formação em artes bem como o conhecimento das metodologias de ensino e aprendizagem da arte. O plano de for-mação norteou-se, então, em dois eixos: saber e ensinar arte contemporânea. Para a constru-ção do conhecimento em arte contemporânea foram realizadas diversas leituras a partir de uma bibliografia organizada pela co-responsável pelo projeto. Essas leituras permitiram a aproximação com o conteúdo teórico da arte, mais especifica-mente das questões da produção artística atual. Além dessas leituras, as visitas coordenadas pe-los curadores das exposições em cartaz propicia-ram o contato com diversos artistas presentes no acervo do museu, ou convidados, a participar de exposições temporárias. Como parte de minha formação teórica estudei as diferentes metodo-logias do ensino da arte: DBAE (Disciplined Ba-sed Art Education – Arte educação baseada em disciplinas), Estratégias do Pensamento Visual e Proposta Triangular por meio de leituras de tex-tos e vídeos que exibiam os educadores em suas práticas nos museus utilizando esses diferentes métodos. Esse referencial teórico foi aprofunda-do em aulas ministradas no curso oferecido aos professores que integram o programa. A forma-ção teórica em arte contemporânea foi propor-cionada também por meio de visitas em outras instituições culturais, selecionadas e indicadas pela co-responsável pelo projeto a Profa. Renata SantAnna para complementar a minha formação. Essas experiências somadas à observação de vi-sitas orientadas pelos educadores dos museus nortearam minha postura crítica e teórica durante as visitas orientadas que realizei como parte de meu processo de aprendizagem.Resultados alcançadosPor meio das ações desenvolvidas durante o pro-jeto no MAC-USP, entendo que o trabalho edu-cativo em museus não se pauta somente pelo atendimento de grupos em visita. Para possibi-litar uma aproximação efetiva entre ambos são necessárias ações mais abrangentes que com-preendam um desenvolvimento contínuo junto às instituições de ensino. Assim, a produção de materiais educativos disponíveis, cursos promo-vidos pela instituição, juntamente com as visitas orientadas, compõem um programa de formação de público. As ações realizadas durante o pro-jeto favoreceram a construção de uma relação interdisciplinar entre os conhecimentos advindos do curso de graduação e das especificidades

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promovidas pelo quadro teórico-prático de refe-rência das ações no Museu de Arte Contemporâ-nea da USP. Assim, o curso Saber e Ensinar Arte Contemporânea representou um eixo de aproxi-mação entre o conteúdo do curso de Letras e a formação em artes. Do mesmo modo, desenvolvi habilidades de pesquisa, planejamento, organiza-ção do conteúdo para exposições, obtive conhe-cimento das diversas metodologias de leituras de obras de arte e conhecimento de diversos materiais de apoio produzidos para professores e crianças. A participação nesse programa de for-mação despertou meu interesse em conhecer o trabalho educativo desenvolvido em outras insti-tuições. Desse modo, as ações desenvolvidas no programa permitiram a construção de uma for-mação interdisciplinar que se articula entre Arte e Letras, ensino e pesquisa, estendendo minha atuação profissional para além da formação uni-versitária no bacharelado de Letras.

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Projeto Acervo: Roteiros de VisitaCoordenadora Katia Canton Monteiro

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades desenvolvidas pelo Projeto Acer-vo: Roteiros de Visita realizadas no período entre agosto de 2013 e julho de 2014 no MAC-USP visaram desenvolver as habilidades pedagógicas dos bolsistas contemplados, ao mesmo tempo em que estes, auxiliaram o setor de educação do MAC no envolvimento com professores e es-tudantes do ensino básico, promovendo o en-grandecimento cultural e informativo de ambas as partes. Entre as atividades realizadas para a formação dos bolsistas, podemos destacar: reu-niões entre bolsistas dos programas Acervo e MEL e a educadora responsável por ambos, Maria Angela Serri Francoio; leituras de textos e livros; confecção e manutenção de material didático e lúdico; atendimento às visitas às exposições do MAC; participação em eventos em parceria com o projeto Vivendo a USP do Instituto de Física; encontros de curadores e artistas plásticos com os educadores e bolsistas do Museu; e por fim, desenvolvimento de roteiros de visita para o acer-vo do Museu em exposição. As leituras realizadas envolveram uma série de textos breves de autores como Ana Mae Barbosa, Michael Parson, Julio Plaza e livros de Paulo Freire, Cristina Freire, Anne Cauquelin e Nicholas Borriaud, além do material didático já desenvolvido pelo Acervo, como as 50 fichas didáticas. Sobre a confecção de material para os espaços educativos, foram desenvolvi-dos jogos paras as exposições José Antônio da Silva em Dois Tempos, Júlio Plaza Indústria Poé-tica e Transarquitetônica, de Henrique Oliveira. A parceria com o Vivendo rendeu visitas de escolas ao MAC, uma gincana envolvendo os parceiros do programa e um curso de extensão com o to-tal de 30 horas (este curso foi realizado em três oportunidades; julho de 2013 e janeiro e julho de 2014). Nas oportunidades em que foi promovido

o diálogo entre bolsistas e curadores, houve falas de Carmem Aranha e Evandro Nicolau sobre León Ferrari – Lembranças de meu pai, Cristina Freire sobre Júlio Plaza Indústria Poética e Tadeu Chiarelli sobre Por um Museu Público – Tributo a Walter Zanini e Hudinilson Junior: Em torno de Narciso. Também participaram da formação dos bolsistas os artistas plásticos Regina Silveira, Gabriel Bor-ba e Henrique Oliveira. Todas essas ações contri-buíram para a formação dos bolsistas do projeto Acervo e possibilitaram que em determinados mo-mentos, nós, com a orientação de Maria Angela, promovêssemos a confecção de alguns roteiros de visita experimentais. Roteiros que visam esti-mular a abstração do visitante buscando tornar a vivência no museu mais agradável.Resultados alcançadosO primeiro resultado alcançado a ser apontado é, também, a consequência de todas as ativida-des realizadas pelo Projeto Acervo. Ou seja, a formação de um conhecimento acerca de arte contemporânea, arte-educação e pedagogia. Cabe ainda avaliar que esse resultado ainda está se consolidando, uma vez que, a cada se-mana, em cada atividade praticada, a formação desse conhecimento é aprimorada e atualizada. A formação em arte-educação promovida pelo Projeto Acervo também se constrói diante dos problemas mencionados no tópico anterior. Ou seja, outro resultado alcançado por esse proje-to foi o aprimoramento das minhas habilidades pedagógicas, colocando-as em prática nas ativi-dades desenvolvidas. Um último resultado refere--se à transformação dos espaços expositivos em potenciais laboratórios do ensino da arte, como afirma Ana Mae Barbosa em decorrência da aplicação do material didático desenvolvido pelo Projeto Acervo.

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Lazer com Arte para a Terceira Idade (LAPTI)CoordenadoraKatia Canton Monteiro

Ações/atividades desenvolvidasDurante todo o processo desenvolvido, o objetivo de minha participação no programa foi acompa-nhar e auxiliar o desenvolvimento de processos artísticos no espaço de ateliê. A metodologia uti-lizada aponta, primeiramente, para a identificação de referências pessoais dos envolvidos, posterior-mente utilizadas como material disparador para uma produção artística, vislumbrando muito mais uma solução poética, utilizando orientações técni-cas em artes visuais, porém, não de forma estrita.Resultados alcançadosAs atividades da Bolsa de Cultura e Extensão de-senvolveram meus conhecimentos na prática ar-tística contemporânea exercitando competências específicas na organização e manutenção dos ateliês, assim como, vivenciando todo o proces-so de curadoria e de montagem da exposição de extroversão da produção de ateliê e pesquisa de obras de arte, desenvolvendo minha capacidade

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que me proporcionaram o contato com a história da arte contemporânea junto com a leitura dos textos de apoio, me aproximando dos diversos conceitos e propostas da arte contemporânea.

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Museu, Educação e o Lúdico (MEL)CoordenadoraKatia Canton Monteiro

Ações/atividades desenvolvidasNo período de fevereiro de 2013 a julho de 2014, os pressupostos do Programa MEL fundamenta-ram as ações de organização dos espaços Edu-cação e Arte que integram as museografias das exposições O Agora, O Antes: uma síntese do acervo do MAC; Os Volpis do MAC; José Antonio da Silva em dois tempos e a instalação Transar-quitetônica. A organização desses espaços edu-cativos não teve verba de apoio. Assim, foram reapresentados materiais educativos e museo-gráficos desenvolvidos em exposições passadas, porém em uma proposta atualizada. Na exposi-ção O Agora, O Antes, estão sendo apresenta-dos materiais da exposição Retratos e Auto-re-tratos: jogos, brinquedos e brincadeiras, mostra realizada em 1997. Estratégias da organização da itinerância dessa exposição na Casa da Dona Yayá, no centro de São Paulo, em 2005, também fazem parte da mostra O Agora, O Antes. Nas exposições de J. Antonio da Silva e Alfredo Volpi são apresentados e explorados materiais e jogos desenvolvidos para as exposições Ciranda de Formas: Bichos jogos, brinquedos e brincadeiras (1999) e Alfredo Volpi: O toque revelador (1997), a segunda sob a responsabilidade da educado-ra Amanda Tojal. Para a exposição Julio Plaza: Indústria Poética foi desenvolvido um jogo labo-ratório de linguagens que apresenta possibilida-des de formar letras, palavras e somar imagens. O jogador pode utilizar bastões, letras, palavras, imagens com o objetivo de explorar ludicamente aspectos da intersemiótica. Para o espaço Edu-cação e Arte da exposição Transarquitetônica foram feitos registros fotográficos do processo da construção da instalação. De quase mil fotos foram selecionadas 40 visando à interação do vi-sitante com as etapas de criação da instalação. Na exposição O Agora, O Antes está sendo ex-plorado o jogo de loto realizado para a exposição Redes Alternativas (2011-2012), pois há obras na exposição que justificam a exploração de tal jogo. Na exposição Classicismo, Realismo, Vanguarda: Pintura Italiana no Entreguerras, o jogo de per-curso referente à obra Cavalos à Beira mar, de Giorgio De Chirico, realizado para a exposição Ciranda de formas: Bichos Jogos, brinquedos e brincadeiras tem sido explorado diante da citada obra de De Chirico, em exposição. Nos cursos oferecidos para professores, USP-Escola – Vi-vendo a USP, em julho de 2013 e janeiro e julho de 2014, assim como na recepção dos grupos escolares do Vivendo a USP os materiais são utilizados. As ações de formação do programa junto à bolsista Beatriz Tadioto foram compostas

crítica para questões relacionadas à arte, educa-ção e cultura. Essa nova gama de conhecimento me levou a um processo mais apurado de apre-ciação e contextualização da arte contemporâ-nea, desenvolvendo a minha prática enquanto assistente-técnica de ateliê e complementando a minha formação acadêmica e social.

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Poéticas Visuais em Interação (POVISUINT)CoordenadoraKatia Canton Monteiro

Ações/atividades desenvolvidasObjetivos: Promover maior aproximação do público-alvo da práxis artística contemporânea, teórica e prática, através da interação criativa com a programação de exposições do Museu de Arte Contemporânea, com base na tríade de apreciação da arte, contextualização do artista e, finalmente, na criação artística em ateliê. Promo-ver uma maior atualização cultural do participante do programa. Desencadear e desenvolver, junto a esse público de artistas e profissionais afins, participantes do programa, novos processos pessoais de criação em artes plásticas, cons-truindo uma poética pessoal que dialogue com a produção contemporânea empregando procedi-mentos da cultura digital. Ações Desenvolvidas: Aulas teóricas, práticas de ateliê, ao ar livre, para obtenção de material fotográfico e expositivas de história e teoria da arte. Visitas guiadas com o professor Sylvio Coutinho aos espaços expo-sitivos do MAC, galerias e espaços alternativos. Apresentação e avaliação de trabalhos em grupo e individuais, produzidos pelos alunos. Organiza-ção de seminário pelos alunos, compartilhando seus estudos das poéticas abordadas. Exposi-ção Anual de Avaliação, com trabalhos selecio-nados dos alunos.Resultados alcançadosA participação no Programa POVISUINT Poéticas Visuais em Interação contribuiu na minha forma-ção participando como assistente-técnica nas atividades do programa, centrado em atividades de ateliê de arte contemporânea, nas linguagens artísticas: desenho, pintura, gravura, instalação, multimeios e arte-digital; com atividades correla-tas à montagem de mostra anual da produção do ateliê, além de incluir visitas orientadas às exposições, seminários, encontros com artistas, assim como, extensivamente, acompanhando, mais de perto, a agenda cultural do MAC-USP, assim favorecendo meu aprimoramento da for-mação geral, cultural e humanística, como cida-dão, em particular na interação com o público de artistas em formação e demais interessados em arte contemporânea, provenientes dos diversos campos afins às artes plásticas como o design, a arte-terapia, arte-educação, dentre outros. O programa de integração estimulou minha reflexão sobre o processo de ensino e aprendizagem da arte, através de metodologias do ensino e apren-dizagem contíguas, por meio de aulas expositivas

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discussões sobre as obras e oficinas, dentre as quais a xilogravura. As visitas são direcionadas de acordo com as demandas do público, com base nas leituras das obras e nos estudos dos textos críticos; não existe restrição quanto ao tipo de pú-blico. As visitas são feitas para crianças, adultos, escolas, etc. Cada público é orientado de acordo com as suas necessidades e expectativas. Duran-te as visitas, tanto o bolsista como os visitantes interagem em conjunto para que a visitação seja algo singular, ou seja, que os visitantes não sejam simples repositórios de informação. Essa intera-ção possibilita o compartilhamento dos conheci-mentos e da vivência de cada um, pois pensamos que, citando Oliveira: Se as escolas se destina-vam a ensinar, deviam primeiro aprender, assim sendo, aprendemos e ensinamos.Resultados alcançadosAs ações das visitas guiadas desenvolvidas pelos bolsistas, educadores e estagiários através da Divisão Técnico-Científica de Educação e Arte do MAC-USP (DTCEA), visa a apresentar à popula-ção acesso às obras de arte. Dentre as ações desenvolvidas, foram permitidas e ampliadas as discussões críticas sobre a história da arte no Brasil, e a cultura de um povo, na afirmação de Ott, A arte pode assumir diversos significados em suas várias dimensões, mas como conhecimento proporciona meios para a compreensão do pen-samento e das expressões de uma cultura. Por outro lado, foram problematizados os processos das criações artísticas como, por exemplo, as questões das colagens, fotografias, xerografia e etc. Os resultados foram heterogêneos, pois as aproximações feitas entre a visão crítica dos visi-tantes se amparavam nas suas vivências e expe-riências anteriores, o que possibilitou alargamen-to de leques de possibilidades que contribuíram para eficiências das visitas.

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Programa de Inclusão Socioeducativa e Cultural VIVA ARTE!CoordenadoraCarmen Sylvia Guimaraes Aranha

Ações/atividades desenvolvidasA partir de um cronograma elaborado no início da bolsa, foram estabelecidas leituras para forma-ção de mediadores, que incluíram textos e dis-cussões sobre educação em museus, educação não formal, a história do MAC-USP e história da arte em geral. Conforme a agenda de encontros e visitas, novas leituras faziam-se necessárias, visto a especificidade das exposições e a ela-boração dos roteiros de visitas e atividades di-rigidas. Ao todo foram sete visitas com o Grupo Transformar que tiveram as seguintes temáticas/exposições: Exposição do Julio Plaza abordando os meios tecnológicos em suas obras. Exposição do Hudinilson Junior, cujo objetivo foi conversar a partir das obras a representação do Eu, tendo como atividade a elaboração de trabalhos utili-zando a técnica do artista. Exposição Para além do ponto e da Linha a qual, intercalando diversos

de leitura e discussão de textos, encontros com artistas e curadores, estudos sobre os artistas do acervo do MAC-USP; acompanhamento de visitas orientadas e, em seguida, realização das visitas, exploração de jogos durante as visitas, colaboração na construção de jogos educativos, participação como ouvinte de cursos de exten-são para professores ministrados pela coordena-dora assistente dessa bolsa, etc.Resultados alcançadosO MAC novo amplia consideravelmente o acesso público às artes visuais, como têm demonstrado os números de visitantes no Museu, percorren-do as 17 exposições com obras do acervo. As exposições denotam um trabalho em equipe, de funcionários e docentes, mesmo com dificulda-des recorrentes, e as ações do programa estão visíveis. O processo educativo nesse novo espa-ço fica sensivelmente enriquecido pelo número de obras em exposição que gera possibilidades de relações e convívio entre as obras, seja dentro das curadorias, seja em mostras diferentes, mas no mesmo prédio. Ou seja, as relações possí-veis entre as produções artísticas propriamente ditas e as áreas do saber repercutem nas visi-tas aos professores, aos escolares e na escola. As relações entre as pessoas estimuladas pelas diversas propostas artísticas durante visitas em diálogos, para grupos, também são afetadas positivamente. Conforme Nicolas Borriaud: (...) a arte sempre foi relacional em diferentes graus, ou seja, fator de sociabilidade e fundadora do diálo-go. Uma das potencialidades da imagem é seu poder de reliance [sentimento de ligação] (...). A educação no museu alcança um objetivo impor-tante que é o de provocar e despertar o professo-rado para essa qualidade da arte de quase salvar vidas, na medida em que a arte tem o poder de arejar modos de pensar, de favorecer a inclusão, a flexibilidade, os afetos etc. Os desdobramentos possíveis das experiências passam pelo autoco-nhecimento, pelo estímulo à produção da arte, pela formação do ser fruidor da arte, por um ser mais crítico. As artes visuais, em consonância com as diversas instâncias da vida, são aliadas importantes dos trabalhos na sala de aula.

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Atendimento de Grupos em Vista ao MAC-USPCoordenadoraCarmen Sylvia Guimaraes Aranha

Ações/atividades desenvolvidasO programa de atendimento ao público, no Mu-seu de Arte Contemporânea do MAC-USP, tem como umas das metas possibilitar a aproximação de público com a arte, permitindo contato e co-nhecimento com toda e qualquer manifestação artística existente no Museu. O programa não está direcionado para um público específico, ele engloba atendimento a escolas, ONGs e a públi-co espontâneo. Durante o período de vigência da bolsa, foi desenvolvido em conjunto (educadoras, bolsistas e visitantes) as atividades de visitação,

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e obras presentes no museu de uma maneira que proporcionou contatos críticos e produtivos entre as participantes. Ao participar desse Programa Aprender com Cultura e Extensão, ampliaram-se meus conhecimentos e experiências com media-ção em museu, porém sob um novo olhar quanto às questões sobre acessibilidade e inclusão, visto que as leituras e principalmente a convivência me trouxeram outra percepção sobre educação, mo-dificando alguns parâmetros quanto à formação acadêmica, pois, mais do que elaborações pom-posas e teóricas, a apropriação sobre o tema, concreta de todos esses espaços culturais, só acontece quando ações como o Programa Viva Arte! são efetivadas.

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Classificação, Acondicionamento e Diagnóstico das Obras de Arte sobre Papel da Coleção Edemar Cid Ferreira, sob Guarda Administrativa do MAC-USPCoordenadoraHelouise Lima Costa

Ações/atividades desenvolvidasA bolsista deu continuidade ao trabalho junto à Coleção Edmar Cid Ferreira, iniciado pelos bol-sistas dos anos anteriores do Programa Aprender com Cultura e Extensão [desde 2010]. A referida Coleção encontra-se sob a guarda do MAC-USP desde 2005 e, neste último ano, a bolsista Mô-nica Caroline Silva atuou em várias frentes, es-pecialmente na conferência e complementação do trabalho de classificação das fotografias e na pesquisa sobre as diversas obras selecionadas para participar da exposição Fronteiras incertas: arte e fotografia no acervo do MAC-USP. A bol-sista colaborou ainda na preparação de verbetes explicativos sobre as obras expostas, destinados a informar o público sobre a origem e caracte-rísticas daquelas consideradas mais importantes.Resultados alcançadosOs resultados alcançados foram: – a Redução de riscos de danos causados por manuseio excessi-vo e acondicionamento inadequado; – Melhorado estado de conservação das obras; – Otimização do gerenciamento desta coleção; – Melhora da qualidade da informação catalográfica; – Otimi-zação do atendimento à pesquisa; – Salvaguarda do fundo documental desta coleção; – Melhora das condições para difusão da coleção para o público por meio de exposições, publicações e atividades didáticas.

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Do Palácio da Agricultura ao Novo MAC: a História de uma Edificação-Marco da Arquitetura Moderna em São PauloCoordenadoraHelouise Lima Costa

artistas, abordamos a questão do tridimensional na arte. Obra do João Loureiro em que conver-samos sobre a tridimensionalidade e suporte na obra desse artista e fizemos um trabalho cons-truindo animais com a técnica semelhante à uti-lizada na obra. Retomando algumas discussões anteriores sobre autorretrato e representação do corpo, fizemos um trabalho a partir da visita à exposição Fronteiras Incertas. Visita à expo-sição Leon Ferrari: lembranças de meu pai. Vi-sita à exposição Vânia Mignone. Cenários, cuja observação dos painéis possibilitou um diálogo espontâneo e fluído entre os participantes. Para essa agenda, as atividades envolviam a pesquisa do artista, sua contextualização, pesquisa para a atividade educativa e elaboração do roteiro. Quanto à programação referente aos encontros com as profissionais da saúde, foram quatro ati-vidades dirigidas, cujo foco era o exercício dos processos da criação em arte, partindo de visitas e análise de algumas exposições do museu, dis-cussões sobre história da arte contemporânea, elaboração de trabalhos individuais e oficinas. As tarefas pertinentes à bolsista eram a recepção e acompanhamento dos participantes e auxílio na elaboração dos conteúdos, além da participação nas atividades.Resultados alcançadosParticipar de mediações com esse público su-perou toda e qualquer expectativa que a bolsista tinha antes de iniciar as atividades. Observar a dedicação e esforço de cada participante torna-ram as visitas mais significativas e quebraram, na prática, muitas barreiras culturais que a acade-mia, principalmente na área de história (forma-ção da bolsista), ainda não conseguiu. O desejo de estar e ter aquelas experiências do grupo, mesmo com algumas limitações, fazia com que qualquer esforço ou imprevisto fosse prazeroso para os que estavam envolvidos nas visitas. A sensibilidade expressada por eles nas exposi-ções iam além do que era proposto, interligando a arte com suas experiências de uma forma úni-ca que não era apenas lúdica, mas muito crítica, algumas vezes, ampliando as interpretações e percepções das obras. A apropriação dos espa-ços do museu pela transformar não se limitava apenas às exposições, mas no contato, mesmo que rápido, com todos no museu. A diferença no olhar e no perceber dessas pessoas foi algo mui-to marcante, deixando ainda mais claro a impor-tância desse programa para o MAC e de ações como essa em instituições culturais, para tornar algo natural à interação desses diversos públicos nesses espaços. Quanto aos encontros com o CECCO, foi revigorante presenciar o entusias-mo e dedicação daquelas mulheres que, além de buscarem novos conhecimentos que diver-sificassem suas atividades profissionais, conse-guiram uma integração com a arte, produzindo trabalhos e desenvolvendo com primazia novas habilidades. Propor um espaço que seja próximo e inteligível ao público estimula novas interações e isso pôde ser observado por meio da meto-dologia utilizada nesses encontros, colocando a arte contemporânea e principalmente os artistas

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danos tanto à sua apresentação estética, como aceleravam processos de degradação da obra, como a acidez; – Planificação da obra através da umidificação, direta ou indireta, dependendo das especificidades da obra, e utilizando a prensa. Esse tratamento ajuda a corrigir dobras, vincos e pregas presentes na obras; – Banho, realizado de acordo com a necessidade da obra, e avaliando a possibilidade de realizá-lo sem provocar danos. Esse processo auxilia na redução da acidez em casos mais extremos. Além desses processos, também foram realizadas ações de registros das trajetórias delas no espaço do laboratório. Essas atividades se resumem a: – Manutenção de regis-tro fotográfico das obras, de seus estados antes e após os tratamentos realizados; – Elaboração de lista de tratamentos referente às obras do acervo conceitual dos artistas latino-americanos que passaram pelo laboratório; – Elaboração de fichas individuais de tratamentos, para os casos que necessitaram de desmontagem e cuidado específico de página por página da publicação; – Elaboração de relatórios individuais para cada revista de artista, incluindo neles narrativa deta-lhada explicando cada um dos procedimentos realizados e suas especificidades, com fotos e observações; – Organização de dados, com o diagnóstico do estado de conservação de aproxi-madamente 114 obras do acervo conceitual dos artistas latino-americanos.Resultados alcançadosDurante a bolsa, especificamente, 39 obras do acervo dos artistas latino-americanos passaram pelo laboratório, e dessas obras, 28 foram sub-metidas a tratamentos de conservação. Entre as 28, oito foram revistas de artistas, que necessita-ram de desmontagem da obra para o tratamento individual de cada página. 114 obras passaram por diagnóstico e avaliação do seu estado de conservação dentro das condições de acondi-cionamento na reserva técnica do museu, e le-vando em consideração a sua trajetória até esse momento. Foram estabelecidos planos de priori-dade de tratamento, obedecendo à necessidade de exposições ou publicações. Avalio como posi-tivo a inclusão do aluno de graduação na área da Conservação de obras sobre o suporte de papel, setor do conhecimento pouco, ou nada, explora-do na grade curricular dos cursos da Universida-de. É inegável o conhecimento adquirido, sob a supervisão e orientação de especialistas em con-servação e restauro, e o quanto isso agrega valor e qualidade à formação acadêmica e profissional do aluno que busca se inserir no meio museoló-gico e museográfico atual.

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Arte Latino-Americana dos anos 1960/70 no acervo do MAC-USPCoordenadoraMaria Cristina Machado Freire

Ações/atividades desenvolvidasA bolsista deu continuidade ao trabalho iniciado anteriormente pelos outros bolsistas do Pro-grama Aprender com Cultura e Extensão que atuaram no âmbito deste projeto [desde 2011], cujo objetivo é recuperar a história do edifício onde atualmente está instalado o Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. A bolsista Natália Martins realizou levantamento bibliográfico complementar, deu continuidade à pesquisa de fontes primárias em arquivos e bi-bliotecas e contribuiu para a seleção da docu-mentação que será utilizada para a exposição e o livro que o museu pretende editar. A fim de complementar a formação da bolsista ela foi so-licitada a contribuir na preparação de uma das exposições do acervo, intitulada Rafael França: entre mídias. Nesse contexto ela colaborou com a preparação da lista de obras e com a pesquisa sobre as obras expostas.Resultados alcançadosColaboração na pesquisa de fontes primárias em arquivos e bibliotecas e contribuição para a se-leção da documentação com vista à realização de uma exposição documental sobre a história do antigo Pavilhão da Agricultura, nova sede do Museu de Arte Contemporânea da USP no Ibira-puera, com previsão de publicação de um folder e um livro sobre a história do antigo Pavilhão da Agricultura. Esta exposição continua em fase de preparação, ainda sem data prevista para inau-guração.

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Conservação de Obras de Arte sobre Papel do Acervo MAC-USP Arte ConceitualCoordenadoraMaria Cristina Machado Freire

Ações/atividades desenvolvidasDurante a vigência da bolsa, o aluno realizou, sob supervisão, ações e tratamentos de conservação preventiva, tais como higienização de obras, re-moção de elementos estranhos às obras, como fitas adesivas e resíduos de adesivos utilizados em montagens anteriores. Outros tratamentos também foram realizados buscando a estagna-ção de processos degradativos do suporte de papel e a melhoria na apresentação e no esta-do geral de conservação da coleção. De modo geral, os conhecimentos adquiridos na prática de conservação de obras sobre o suporte de papel inclui os seguintes tratamentos: – Higieni-zação de obras, limpeza mecânica com pó de borracha e trincha, eliminando as sujidades su-perficiais, cuja gravidade varia em decorrência do material utilizado, da forma como foi guardada, e tempo; – Remendos e reforços no papel, no caso de rasgos ou fragilidades, utilizando papel japonês e metil celulose, ou fita filmoplast R e espátula térmica. Procedimento de reparo, que evita o agravamento de rasgos e perdas de su-porte posteriores; – Remoção de fitas adesivas, e materiais estranhos às obras, que causavam

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Ações/atividades desenvolvidasA aluna desenvolveu pesquisa de artistas e obras latino-americanas do acervo do MAC-USP, além do desenvolvimento de plataformas virtuais para a divulgação dos resultados da pesquisa, incluin-do: – Desenvolvimento de biblioteca virtual do grupo de estudos em Arte Conceitual e Concei-tualismos no Museu: arquivamento de textos de referência em um website de acesso privado aos integrantes do grupo. <www.bibliotecaconceitu-al.tumblr.com>; – Desenvolvimento de website do GEACC (acesso público) com o arquivamento de toda a produção do grupo (publicações, ex-posições, seminários, etc.) <www.geacc.mac.usp.br>; – Registro fotográfico de obras do acer-vo para inclusão no banco de dados e utilização no livro Terra Incógnita; – Cruzamento de listas de obras do acervo para organizar uma lista final de obras que entrarão no livro Terra Incógnita; – Revisão da bibliografia do livro Terra Incógnita; – Assistência na revisão de verbetes de obras do livro Terra Incógnita. A aluna integra o Grupo de Estudos em Arte Conceitual e Conceitualismos no Museu (CNPq), sob minha coordenação.Resultados alcançados– Foi possível realizar registros fotográficos de obras do acervo para serem incluídos no livro que está sendo organizado sobre arte latino--americana; assim como o desenvolvimento de plataformas virtuais que facilitaram a divulgação dos trabalhos que estão sendo realizados sob minha coordenação.

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Programas Educativos Interar-te (para famílias) e Arte+Perto (para professores)CoordenadoraCarmen Sylvia Guimaraes Aranha

Ações/atividades desenvolvidasOs programas Interar-te e Arte+Perto ocorrem, aproximadamente, uma vez por mês. A elabo-ração das atividades acontecem no decorrer do mês, através de visitas às exposições, reuniões e debates, visando definir os temas abordados. Após a definição, são elaborados o roteiro e foi preparado o material que será utilizado no dia da atividade. Por exemplo, foi feita uma atividade, em junho de 2014, a partir da exposição Vânia Mignone. Cenários, exposição que celebra os vinte anos de carreira da artista, com obras que trafegam entre pinturas, colagens e xilogravuras – para ambos os programas (respeitando, é cla-ro, o enfoque de cada grupo). Para tal, foram se-lecionadas algumas obras, feitas em xilogravura, para analisar com os grupos, e depois realizada a oficina desta técnica com os participantes.Resultados alcançadosO Programa Aprender com Cultura e Extensão proporciona o contato com métodos do ensino e aprendizagem em museus, apresentando di-ferentes abordagens metodológicas e reflexões a respeito da educação, contribuindo assim, com a formação dos alunos bolsistas como

professores-educadores. Além, é claro, da con-vivência com diversas formas de arte, a qual os torna mais sensível à compreensão e apreensão de diversas linguagens artísticas, favorecendo o seu aprendizado acadêmico em diversos cur-sos. M

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PEstudo de Coleções do Museu PaulistaCoordenadoraHeloisa Maria Silveira Barbuy

Ações/atividades desenvolvidas– Leitura de bibliografia básica sobre museologia, cultura material e documentação (identificação e classificação) de coleções arqueológicas; – Exa-me junto à coordenadora de fontes documentais e iconográficas para catalogação dos registros das pesquisas de cada sítio arqueológico; – Conferência dos registros no banco de dados e inserção de novos dados; – Auxílio na inserção de dados e imagens no banco de dados para o Inventário do Acervo de Objetos; – Classe Interio-res: acompanhamento da produção de fotos de cada unidade de acervo e tratamento e inserção das imagens digitais em servidor.Resultados alcançadosNas atividades de catalogação dos documentos, a estagiária: – complementou as planilhas de re-gistro da documentação textual e iconográfica de cada sítio arqueológico estudado; – contribuiu na revisão e complementação do arquivamento da documentação nas pastas dos 54 dossiês de pesquisa organizados por sítio arqueológico; – contribuiu com o inventário do acervo de objetos continuando a alimentação do banco de dados.

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ÓRGÃOS CENTRAIS E COMPLEMENTARES

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Brasiliana USP (Fase 5): Expansão da Biblioteca Brasiliana DigitalCoordenadoraGiuliana Ragusa de Faria

Ações/atividades desenvolvidasDesde 2009, o apoio do Programa Aprender com Cultura e Extensão tem se mostrado essencial para a consolidação do projeto de digitalização de acervos proposto na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin. Com o passar dos anos, os métodos utilizados pelo laboratório de digita-lização da Biblioteca foram sendo aprimorados e, atualmente, os bolsistas envolvidos recebem treinamento teórico e prático em técnicas de con-servação e digitalização, a partir de um programa desenvolvido pelo laboratório que aborda concei-tos como manipulação física de volumes, gera-ção de matrizes digitais, preservação de acervos digitais, tratamento digital, reconhecimento de caracteres, compactação de arquivos, entre ou-tros. Após o treinamento teórico, os bolsistas ini-ciam o contato com os sistemas automatizados de digitalização utilizados e aprendem, na prática, seu funcionamento, bem como os cuidados ne-cessários à sua operação e à manipulação das obras. Durante o treinamento prático, os bolsistas digitalizam livros em domínio público destinados especificamente a esse fim para se familiarizarem com os sistemas e compreenderem a relação en-tre máquina e livro durante o processo. Em segui-da, os bolsistas aprendem sobre o processamen-to digital das imagens capturadas, os diferentes tipos de formatos digitais utilizados (JPEG, TIFF, RAW, PDF) e as técnicas e softwares necessários para sua geração. Os arquivos digitais gerados são então submetidos, pelo próprio bolsista, ao processo de reconhecimento de caracteres (OCR), para posterior disponibilização na inter-net. Durante este último ano, os alunos bolsistas do programa tiveram contato com a digitalização e tratamento digital de obras pertencentes aos acervos da BBM e das bibliotecas de obras raras do Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi). Além disso, participaram de workshops desenvolvidos no laboratório, discussões e atividades coletivas específicas para a criação do manual de triagem de materiais utilizado atualmente pelo laboratório, momento em que puderam desenvolver habilida-des como trabalho em equipe, análise e controle de processos, entre outras.Resultados alcançadosO programa tem se mostrado bastante eficaz em auxiliar o laboratório de digitalização, também na produção de conteúdo digital, mas principalmen-te na análise e avaliação de seus próprios proces-sos, buscando, assim, formas de torná-los mais eficientes, tanto para o resultado do processo em si, que é a disponibilização de um livro em formato digital pela internet, quanto para o aprimoramen-to das etapas que compõem todo o fluxo de tra-balho do laboratório. Em especial, o treinamento da equipe tem sido aprimorado constantemente, seja por meio da criação de novos materiais de apoio, revisão dos já existentes ou ainda pela al-teração e/ou eliminação de etapas do processo,

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CDCCResultados alcançados

Até o presente momento foram escritas cerca de 40 micronarrativas, de tamanho um pouco vari-ável, de acordo com o assunto. Se não se tem muita informação sobre o tema da micronarrativa ou sua importância é pequena, ela é constituída de 350 caracteres, em média. Nas mais impor-tantes, cujos detalhes são relevantes e o texto requer mais informações, elas podem alcançar o número de mil caracteres, no máximo. As mi-cronarrativas são basicamente desdobramentos dos principais temas das viagens, então foram escritas principalmente a partir das instituições de formação e produção às quais os viajantes estavam ligados (Universidade de Coimbra, Aca-demia de Ciências de Lisboa, Complexo Museo-lógico da Ajuda), às características da formação (cursos de Filosofia Natural, Matemática, Enge-nharia, etc.), os acontecimentos políticos relacio-nados ao contexto social e ideológico da época (Reforma Pombalina), entre outros. Tratar dessas entrelinhas das viagens é importante porque mui-to se apreende também do contexto específico de Portugal em relação ao desenvolvimento das ciências na época, e como todo esse esforço de natureza acadêmica também respondia a motiva-ções diversas, principalmente de ordem política e econômica. Como bem sabemos, a história não é simplesmente uma sucessão de fatos dentro de um tempo linear, mas também uma intercone-xão de momentos e ideias que quando são visu-alizados a posteriori mostram o quão complexo é o resultado das iniciativas humanas.

de maneira a identificar e reduzir a ocorrência de erros, o que permite ao laboratório continuar em sua busca pela excelência em questões referen-tes à digitalização de acervos, especificamente os de obras raras. Durante o período 2013-14, o laboratório ampliou a oferta de objetos digitais destinados à pesquisa, promovendo assim sua constante busca pela facilitação e democratiza-ção do acesso via internet a um conteúdo cujo acesso era antes restrito às dependências físicas da própria biblioteca.

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Implementação de Bancos de Dados para Dicionário Biobibliográfico de Viajantes Portugueses na Biblioteca Brasiliana-USPCoordenadoraErmelinda Moutinho Pataca

Ações/atividades desenvolvidasA aluna elaborou cerca de 40 micronarrativas biográficas dos viajantes luso-brasileiros. Essas narrativas se referem às práticas desenvolvidas por naturalistas, desenhadores, governadores e engenheiros, tanto no gabinete, quanto no cam-po. As micronarrativas foram elaboradas através da tese de doutoramento Terra, água e ar nas viagens científicas portuguesas (1755-1808) e no banco de dados do Dicionário Biobliográfico de naturalistas, artistas, engenheiros e governa-dores. Houve grande amadurecimento sobre a escrita biográfica, através da criação de micro-narrativas, ou pequenos textos construídos sobre as percepções e ações locais dos viajantes em cada momento das viagens. Para o desenvolvi-mento da escrita biográfica, foi realizada a leitura e discussão do texto de François Dosse, O De-safio biográfico (2009). A ideia de levar ao público a história destes viajantes do século XVIII envolve uma complexidade muito maior do que se supõe quando falamos de um dicionário biobibliográfi-co, uma vez que não se pretende apenas tratar da história desses personagens em si mesmos, mas tentar entender todo o contexto histórico e social. Logo, uma maneira especifica de escrita precisou ser pensada para dar conta dessa in-tenção, e na data do meu início no projeto já se tinha delineado boa parte do método que seria usado para escrever sobre a vida destes perso-nagens e suas diversas dimensões, a saber: os biografemas e as micronarrativas. Além da ela-boração das micronarrativas, a aluna participou das reuniões do grupo de pesquisa com a leitura e discussão de textos; – Durante a pesquisa, fi-zemos uma visita ao Arquivo do Estado, buscan-do documentação relativa à viagem de Frei José Mariano da Conceição Veloso. Essa atividade foi extremamente enriquecedora por tratar de uma prática de arquivo; – O trabalho foi apresentado em forma de pôster no 1º Seminário Internacional em Humanidades Digitais, ocorrido na Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin entre 23 e 25 de outubro de 2013.

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Cine Observatório: Quando Astronomia e Arte se EncontramCoordenadoraCibelle Celestino Silva

Ações/atividades desenvolvidasPara que as sessões de Cine Observatório pos-sam acontecer, é necessária a realização de uma série de tarefas que listamos a seguir: 1) Realizar uma pesquisa e seleção dos materiais disponí-veis, como conteúdo, tipo de mídia, gênero e classificação indicativa; o material é constituí-do de filmes, documentários e animações que fazem referência a conteúdos astronômicos; 2) Pesquisar, adaptar ou elaborar uma sinóp-se para cada material escolhido; 3) Elaborar os cartazes mensais que serão afixados no prédio do Observatório e em vários lugares da cidade, via malote e apoio do setor de áudio visual do CDCC; 4) Promover a divulgação nos veículos midiáticos da cidade de São Carlos e região, feita mediante cadastramento do evento na Assesso-ria de Comunicação da USP, publicação no site e na página que o setor mantém no Facebook; 5) Preparar os equipamentos do auditório para exibição do filme, documentário ou animação, além de desligá-los corretamente e relatar even-tuais problemas no livro de atividades do setor, ao final da atividade; 6) Acompanhar a exibição, sendo que, ao término, é necessário iniciar o debate ou esclarecimento de dúvidas sobre o material apresentado. Além dessas atividades, o bolsista participa, juntamente com os monitores, das demais atividades que o Observatório Dietri-ch Schiel oferece ao público, como atendimento semanal para escolas agendadas, atendimento nos finais de semana ao público em geral, assim como elaborações e apresentações de palestras para a atividade alternativa de sábado, a Sessão Astronomia (palestras sobre temas astronômicos abertos ao público) e comparecimento nas reuni-ões semanais de equipe. Nos atendimentos junto ao público espontâneo e o escolar, o bolsista, juntamente com os monitores, promovem escla-recimentos de dúvidas do público, manuseiam telescópios para observação do céu e apresen-tam dispositivos didáticos do acervo do Observa-tório. Nas Sessões Astronomia, o bolsista prepa-ra e ministra uma apresentação sobre um tema, como uma forma de ganhar experiência e desen-voltura nesse tipo de atividade. As palestras são apresentadas alguns dias antes sob a forma de prévia nas reuniões semanais de equipe. Durante o período de vigência da bolsa foram apresen-tadas as seguintes palestras: 1) Astronomia na Antiguidade, no dia 11/01/2014, com público de 22 pessoas; 2) Carnaval, Páscoa e Astronomia, no dia 15/03/2014, com público de 24 pessoas; 3) Vida Além da Terra, no dia 14/06/2014, com público de 19 pessoas.Resultados alcançadosApós a exibição do filme, documentário ou ani-mação, é feito o cômputo de frequentadores e esses números são disponibilizados na página do Cine Observatório. Com base nos dados de frequência do público foi possível obtermos os

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conjuntos, funções, frações e proporção; 3) Parti-cipação na Exposição da Matemateca: o bolsista participou dessa exposição itinerante do IME--USP, que esteve no CDCC de 01 a 11 de outu-bro de 2013, em horários compatíveis com o seu trabalho estabelecido previamente no semestre. Tal evento teve a participação de cerca de 70 pessoas por dia, o que foi um público bastante significativo para a região, recebendo escolas de São Carlos, Ribeirão Preto, Ibaté e Descalvado, além de visitantes esporádicos de Campinas e Rio Claro, num total de 670 pessoas. A divulga-ção dos materiais apresentados na Matemate-ca atraiu novos participantes nas atividades do CDCC, segundo o relato do bolsista, principal-mente para o plantão de dúvidas de Matemática e para o auxílio nas feiras de ciências escolares. Segundo semestre: 1) Continuidade da divulga-ção do setor de matemática, com a elaboração de pôsteres das atividades oferecidas: não houve proposta de minicurso. Também foram 14 esco-las visitadas pelo aluno, mais 10 contatadas via e-mail, além da Diretoria Regional de Ensino de São Carlos, que auxiliou na divulgação entre os diretores das escolas estaduais; 2) plantões de dúvidas: 55 alunos atendidos.Resultados alcançadosVerificamos que, após a consolidação das divul-gações, o número de atendidos no setor aumen-tou significativamente no ano de 2013 e início de 2014. Outro ganho significativo deu-se com relação à formação do bolsista, com a oportu-nidade de ter tido contato com várias escolas, seus coordenadores, diretores, professores e alunos, podendo conhecer suas estruturas, dia-logar com as pessoas que as administram e que as frequentam, conhecer um pouco da realidade de cada lugar e desenvolver sua capacidade de comunicação e também de análise da realidade escolar. Nílson também desenvolveu habilidades quanto aos conteúdos de Matemática que teve que ensinar nos plantões: algumas ocasiões em que ele apresentou dúvidas, procurou-me para saná-las e foi visível sua melhora quanto a isso, o que é bastante importante para sua formação como futuro professor de Matemática.

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CineClube CDCCCoordenadorAntonio Aprigio da Silva Curvelo

Ações/atividades desenvolvidasPreparar uma atividade cultural requer planeja-mento prévio e prazo hábil. Os alunos bolsistas ficam responsáveis pelo planejamento, exe-cução e exibição da programação. São feitas pesquisas, avaliações de filmes, elaboração de textos, confecção de impressos e divulgação da programação mensal no campus (via malote) e pessoalmente em vários pontos da cidade, por exemplo, museus, bibliotecas, escolas de idio-mas, secretaria de educação e etc. Durante a avaliação e confecção do material de divulgação dos filmes, os alunos bolsistas tomam cuidados

seguintes números, que se referem ao período de agosto de 2013 a julho de 2014: a) Total de pessoas atendidas no Cine Observatório: 421; b) Número total de visitantes no setor de Astrono-mia nos dias de Cine Observatório: 2381; c) Per-centual médio de frequentadores do Cine Obser-vatório em relação ao total de visitantes: 17,7%. Esse percentual é bastante variável. No período em foco, ele variou entre 5,8% (dezembro/2013) a 30,4% (fevereiro/2014); d) Média de público por sessão: 8,6 pessoas (17,2% da capacidade do auditório). Embora o índice de ocupação do Cine Observatório esteja acima da média nacio-nal, em torno de 13% (Earp e Sroulevich, 2008), acreditamos que este número pode melhorar. De uma forma geral, avaliamos que a frequência de público é baixa em relação número de frequen-tadores em dias de sessão. Podemos atribuir essa frequência reduzida aos seguintes fatores: 1) Concorrência com a crescente facilidade de obtenção doméstica dos filmes exibidos; 2) Falta de interesse nas modalidades de filmes exibidos; 3) Divulgação insuficiente, especialmente junto ao público presente nos dias de sessão. Pode-mos implementar ações pertinentes ao item (3) e avaliar o seu alcance para o próximo período de vigência do programa. Referência: EARP, F. & SROULEVICH, H. (2008). O mercado de cinema no Brasil.

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Matemática para São Carlos e para o BrasilCoordenadoraEdna Maura Zuffi

Ações/atividades desenvolvidasPrimeiro semestre de vigência: 1) Divulgação do setor de matemática: a) Elaboração de pôsteres das atividades oferecidas, como o minicurso Geometria – Grandezas e Medidas, não houve inscritos; – para o ensino médio, os plantões de dúvidas com os horários dessa atividade, plan-tões para a OBMEP, a olimpíada das escolas pú-blicas; b) Visitas às escolas de São Carlos: 18 instituições de ensino fundamental e médio, pelo bolsista, além da Diretoria Regional de Ensino de São Carlos, dando ênfase ao setor de matemáti-ca e visando atrair o público a frequentar o centro em todas as suas atividades. Para isso, utiliza-mos os cartazes elaborados anteriormente e que foram fixados nos murais das escolas, com a solicitação aos seus respectivos coordenadores pedagógicos para que incentivassem os alunos a participarem dessas atividades. Esses cartazes e boletins informativos do CDCC foram enviados impressos à DE e também por e-mail. Em todas as escolas visitadas o bolsista procurou conver-sar com o diretor e também com alguns alunos para informá-los sobre as atividades; 2) Plantões de dúvidas: atendeu cerca de 40 estudantes nes-se semestre, que tinham dúvidas em provas de concursos e de seleção da escola ETEC de São Carlos e do ITA, listas de exercícios e provas de vestibulares, principalmente quanto aos assuntos

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quanto à classificação indicativa, o gênero do filme e sua duração, pois filmes longos podem cansar pessoas idosas ou indispor as que não possuem veículos para locomoção em horários tardios da noite, medidas que visam respeitar e preservar a segurança dos frequentadores. Para a recepção e exibição dos filmes, os alunos bol-sistas se revezaram entre a portaria e a sala de projeção, atendendo o público, sanando dúvidas e controlando todo aparato técnico de som e ví-deo do auditório.Resultados alcançadosDurante a vigência da bolsa, os alunos bolsistas se envolveram diretamente na organização e realiza-ção de 42 sessões de filmes, aprendendo a ope-rar ferramentas de edição gráfica, aparelhagem técnica de áudio e de vídeo. Os alunos bolsistas se envolveram nestas e em outras atividades ex-ternas do CDCC, como a exposição no shopping da cidade onde a equipe do Cineclube expôs um projetor cinematográfico, vários cartazes e filmes clássicos e divulgou a programação de filmes para um grande público. No período de 3 de agosto de 2013 a 21 de dezembro de 2013 e de 1 de feve-reiro de 2014 a 31 de julho de 2014 o Cineclube recebeu 828 pessoas nestas sessões.

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Educação Ambiental com Ênfase em Resíduos SólidosCoordenadoraSalete Linhares Queiroz

Ações/atividades desenvolvidasDentre as atividades desenvolvidas pelo CDCC, encontra-se o Programa de Visita Científica Mo-nitorada ao Aterro Sanitário, que possibilita aos alunos observar a quantidade de resíduo gerado, refletir sobre problemas ambientais relacionados e conhecer as propostas de destinos adequados para os vários tipos de resíduos sólidos (RS), além de discutir o desenvolvimento do município nesta área. Ao passar dos anos esta visita tem sofrido modificações em função da disponibili-dade dos locais a serem visitados. No segundo semestre de 2012 o antigo Aterro Sanitário en-contrava-se esgotado, o lixo era depositado em uma área de transbordo e depois transferido para outro aterro da região. Em 2013, com a mudança de gestão municipal, ocorreu a interrupção das atividades de compostagem que eram realiza-das na Horta Municipal e, consequentemente, aconteceram mudanças na estrutura da visita que hoje está restrita ao novo Aterro Sanitário Municipal localizado na Central de Valorização de Resíduos (CVR) e ao Centro de Reciclagem de Plástico do CDCC. Em dias chuvosos a visita ao Aterro Sanitário fica impossibilitada em função da presença de barro e desta forma o tema Resí-duos Sólidos é trabalhado no prédio do CDCC. São realizadas oficinas relacionando os hábitos de vida das pessoas e a quantidade e qualidade de lixo gerado, e, também, provocar uma discus-são sobre a quantidade média de lixo produzido por pessoa no Brasil e como reduzí-la. Também é

realizada uma apresentação dialogada sobre os problemas decorrentes da exacerbada produção de resíduos sólidos e sobre o princípio dos 3Rs. A cada visita, o monitor faz adaptações da apre-sentação dialogada considerando a faixa etária dos alunos, os temas já estudados em sala de aula, o conteúdo sugerido pelo professor para ser abordado e também os locais a serem visita-dos. A visita é avaliada pelo professor e pelo mo-nitor por meio de questionários onde são focadas as atividades realizadas, participação do monitor, do professor e dos alunos. O contexto dos RS sofre constante modificação em relação às di-mensões, tecnologias de tratamento e disposi-ção final. Assim, a equipe responsável pela visita busca sua atualização sobre o tema por meio de encontros de estudo. Além das divulgações do projeto como atividade do Centro, ele também foi divulgado no III Simpósio Aprender com Cultura e Extensão com o trabalho Educação Ambiental com Ênfase em Resíduos Sólidos: alterações nos locais visitados.Resultados alcançadosOs locais visitados foram a Injetora de Plástico no CDCC e o novo Aterro Sanitário Municipal, que foi inaugurado em 2013. Durante o período de vigência das bolsas, de agosto de 2013 a julho de 2014, foram realizadas 29 visitas monitoradas com atendimento de 682 participantes, como indicado a seguir. Segundo semestre de 2013 (agosto a dezembro): Foram realizadas 22 visitas com 604 participantes dos quais 569 eram alu-nos, 27 professores e oito acompanhantes (pais ou coordenadores escolares). Dos alunos partici-pantes, 518 pertenciam ao ensino fundamental e 51 do ensino médio. Primeiro semestre de 2014 (fevereiro a junho): Neste período, em função da reestruturação de verbas da USP, o CDCC não disponibilizou ônibus para as escolas públicas, o que levou a uma brusca redução na quantidade de visitas, mesmo sendo no segundo semestre que esta atividade deveria ser mais procurada, por ser o período escolar em que este tema é abordado nas escolas. Foram realizadas sete vi-sitas, com um total de público atendido de 128 dos quais 113 eram alunos, sete professores e oito acompanhantes (pais ou coordenadores es-colares). Dos participantes, 74 eram alunos do ensino fundamental e 21 do ensino médio, além de 18 adultos.

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Informática para Alunos dos Ensinos Fundamental e MédioCoordenadorValter Luiz Líbero

Ações/atividades desenvolvidasO trabalho dos bolsistas do Setor de Informáti-ca teve como meta ajudar os usuários a fazerem pesquisas na internet, digitar textos, orientar so-bre questões relativas ao uso de softwares insta-lados nos computadores da sala de informática e sanar dúvidas em geral sobre informática. Para-lelamente a essa atividade, foi desenvolvido um

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questionário para conhecermos melhor nossos usuários. Por exemplo, seria perguntado o perfil do usuário, a afinidade do usuário com o com-putador e questões relativas entre o uso da infor-mática e a educação. O objetivo foi obter conhe-cimentos de como a introdução à computação nas escolas, e nessa geração de jovens como um todo, está impactando não só suas vidas, mas como eles se relacionam com a sociedade. A metodologia a ser utilizada seria a aplicação de um questionário, para avaliar três conhecimen-tos: – Perfil do usuário; – Afinidade do usuário com o computador; – Informática e educação.Resultados alcançadosO presente trabalho visou observar a evolução do uso da tecnologia como apoio aos educadores na rede de ensino público. Apesar da pesquisa não ter sido concluída com êxito, em face da não aplicação do questionário de perfil, os monitores prepararam material didático para cursos de In-formática, tais como Windows, Word e Excel e Power Point. Está em curso a aplicação desse material, junto ao público, neste momento. Mes-mo sem os questionários, foi possível observar que hoje em dia mais escolas públicas estão in-corporando a informática no auxílio à educação básica. A necessidade de inclusão digital é cres-cente e desde cedo, se dermos condições, os jovens já conseguem usufruir dessa tecnologia, principalmente pensando no futuro profissional, tendo assim, a sociedade, mais profissionais ca-pacitados amanhã. É notório entre os jovens a capacidade de incorporar novas ferramentas de informática ao trabalho escolar do dia-a-dia.

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Experimentoteca Pública Ensino MédioCoordenadorAntonio Aprigio da Silva Curvelo

Ações/atividades desenvolvidasEste programa tem por objetivo atender professo-res da rede de ensino e oferecer orientação téc-nica para os professores que procuram por em-préstimo dos kits. Refazer os experimentos para verificar as eventuais falhas funcionais ou de ma-teriais. Reservar material através de agendamento para retiradas dos professores, dar manutenção para que os kits estejam sempre em ordem, verifi-car o estoque de peças de reposição, reagentes, pilhas, baterias e etc. Fazer relatório no final do ano das atividades desenvolvidas. Além das ati-vidades da Experimentoteca, os bolsistas desen-volvem projetos relacionados ao ensino de Física, Química e Biologia. Quando o CDCC participa de eventos, os bolsistas ajudam na elaboração de materiais para a participação em Simpósios, Feira de Ciências, Exposições, etc.Resultados alcançadosO projeto atingiu seus objetivos, porque a Expe-rimentoteca do ensino médio de 2014 atendeu 13.494 alunos, 90 professores e 60 escolas.

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A Experimentação no Ensino de CiênciasCoordenadorAntonio Aprigio da Silva Curvelo

Ações/atividades desenvolvidasEste programa tem por objetivo atender profes-sores da rede de ensino e oferecer orientação técnica para os professores que procuram por empréstimo dos kits. Refazer os experimentos para verificar as eventuais falhas funcionais ou de materiais. Reservar material através de agen-damento para retiradas dos professores, dar manutenção para que os kits estejam sempre em ordem, verificar o estoque de peças de re-posição, reagentes, pilhas, baterias e etc. Fazer relatório no final do ano das atividades desenvol-vidas. Além das atividades da Experimentoteca, os bolsistas desenvolvem projetos relacionados ao ensino de Ciências. Quando o CDCC participa de eventos, os bolsistas ajudam na elaboração de materiais para a participação em Simpósios, Feira de Ciências, Exposições, etc.Resultados alcançadosO projeto atingiu seus objetivos, porque a Expe-rimentoteca do ensino fundamental, no ano de 2014, atendeu 25.275 alunos, 158 professores e 120 escolas.

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A Ocupação Urbana e os Problemas Decorrentes deste Processo: O Que Podemos FazerCoordenadoraSalete Linhares Queiroz

Ações/atividades desenvolvidasDentre as ações pedagógicas propostas por Centros e Museus de Ciências, as visitas cien-tíficas monitoradas compreendem uma das prin-cipais estratégias utilizadas como recurso para contribuir com as questões que envolvem o en-sino de Ciências no Brasil. Na área ambiental a bacia hidrográfica é considerada uma importante unidade de estudo e gestão, relacionada ao uso e ocupação do solo, que atende não somente à manutenção do ciclo continental da água como também os diferentes recursos biológicos e físi-cos, como o solo e a atmosfera local. Conside-rando a importância da visita a campo como re-curso pedagógico e da bacia hidrográfica como unidade de gestão e ensino, este projeto tem como intuito conhecer os problemas decorrentes do processo de urbanização da cidade de São Carlos, a partir da utilização da visita à microbacia hidrográfica do Córrego do Gregório como unida-de de estudo. Este córrego nasce em área rural, a leste da cidade, percorre a área urbana no sen-tido Leste-Oeste atravessando a região central, e deságua no Rio do Monjolinho. Sua extensão é de, aproximadamente, 8 kilômetros, sendo que apenas 2,5km do seu percurso estão dentro da área rural. Este projeto teve como objetivos: – despertar o interesse dos professores e alunos pelas questões ambientais; – discutir o conceito

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de bacias hidrográficas e sua importância como unidade de gestão ambiental; – observar os impactos ambientais causados pela ocupação humana na área urbana e refletir sobre possí-veis maneiras de minimizá-los; – contribuir com a formação pessoal e acadêmica dos bolsistas. Durante o período de agosto de 2013 a julho de 2014, a visita à microbacia do Córrego do Gre-gório foi oferecida duas vezes por semana para escolas de São Carlos e da região, sendo uma no período da manhã e outra no período da tarde, com duração média de 3h. Além de acompanhar as visitas, os bolsistas participaram de reuniões semanais e desenvolveram as seguintes ativida-des: – revisão dos roteiros e das fichas de ins-crição e avaliação; – organização dos materiais e preparação das visitas agendadas de acordo com a solicitação do professor; – levantamen-to dos problemas ocorridos durante as visitas e levantamento de propostas para minimizá-los; – elaboração de estratégias com o objetivo de envolver mais os participantes, tornando a visita mais dinâmica; – elaboração de relatórios. Tam-bém participaram de eventos e de atividades complementares às visitas, cursos de formação e palestras.Resultados alcançadosDurante o período de agosto de 2013 a julho 2014 foram realizadas dezesseis visitas, das quais participaram 507 alunos, de sete escolas e dois projetos sociais, sendo cinco escolas da rede pública de ensino. Quanto ao nível de esco-laridade, 12% delas são do ensino fundamental I e 57% do 5o e 6o ano do ensino fundamental II e os 31% restantes distribuídos entre 7o ano e 8o ano do ensino fundamental II e ensino mé-dio. Além das visitas à microbacia hidrográfica do Córrego do Gregório, os bolsistas também acom-panharam visitas à Trilha da Natureza da UFSCar, visita, esta, que também faz parte do Programa de Visitas Monitoradas a Campo, realizada pelo setor de Biologia do CDCC. De acordo com a análise das fichas de avaliação dos professores e monitores, podemos confirmar o pressuposto de que a visita é um importante recurso para o ensino-aprendizagem, visto que ajuda a visualizar e entender mais claramente o tema principal da visita – Bacia Hidrográfica – assim como sensi-bilizar os alunos com relação aos impactos cau-sados pela ocupação urbana e a importância da conservação e preservação ambiental. Vale des-tacar que o envolvimento do professor durante a visita é de grande importância, pois estimula os alunos a participarem, a fazerem relações com o cotidiano e com o conteúdo abordado em sala de aula. Com relação ao preenchimento da ficha de avaliação pelos professores, percebemos que não se sentem a vontade para registrar suas crí-ticas além de responderem às questões coloca-das de forma muito objetiva, deixando de colocar detalhes que poderiam contribuir para a melhoria das visitas. Para os bolsistas, a oportunidade de atuação como monitores promoveu o apri-moramento das técnicas didático-pedagógicas, além de promover o contato direto com os alu-nos, a troca de experiência com professores e a

realização do trabalho em grupo. A participação no projeto também proporcionou aos bolsistas uma maior percepção e fundamentação teórica sobre as questões ambientais e a importância de abordar este tema nos diferentes níveis de ensi-no, além de contribuir para a formação enquanto cidadãos e futuros profissionais. Desta forma, é importante considerar que é uma experiência im-portante para alunos não só da licenciatura, mas dos diferentes cursos graduação.

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Conhecendo a Biodiversidade do CerradoCoordenadora Salete Linhares Queiroz

Ações/atividades desenvolvidasA proposta deste projeto consistiu em conhecer a biodiversidade do cerrado, um dos principais biomas da nossa região, por meio de visitas a uma área de conservação, localizada ao norte do campus da Universidade Federal de São Carlos. Essa área compreende uma trilha, com vegeta-ção de cerrado em fase avançada de regenera-ção, um trecho de mata galeria, o lago Mayaca, e áreas que estão invadidas por braquiária, uma espécie de gramínea exótica. O percurso da tri-lha é de aproximadamente 2km. Durante a ca-minhada, os monitores incentivam os visitantes a perceberem o ambiente utilizando os cinco sen-tidos e estimulam a curiosidade sobre aspectos da fauna, da flora e da ecologia do cerrado, além da importância da conservação da biodiversida-de, mostrando a relação do ser humano com o ambiente em que ele vive. O projeto teve como objetivos, a partir do tema Biodiversidade, des-pertar nos estudantes o interesse por atividades de interpretação do meio; identificar e diferenciar os tipos de vegetação nativa e exótica, a fauna a elas associadas e suas relações com o ambiente físico; reconhecer a importância das áreas prote-gidas; observar os impactos ambientais causa-dos pela ocupação humana, estimulando os alu-nos a buscar soluções ou medidas mitigadoras; contribuir com a formação pessoal e acadêmica dos bolsistas. Durante o período de agosto de 2013 a julho de 2014, a visita à Trilha da Natureza oferecida duas vezes por semana para escolas de São Carlos e da região, sendo uma no período da manhã e outra no período da tarde, com dura-ção média de 3h. Além de acompanhar as visitas, os bolsistas participaram de reuniões semanais e desenvolveram as seguintes atividades: – revisão dos roteiros e das fichas de inscrição e avalia-ção; – organização dos materiais e preparação das visitas agendadas, de acordo com a solici-tação do professor; – levantamento dos proble-mas ocorridos durante as visitas e levantamento de propostas para minimizá-los; – elaboração de estratégias com o objetivo de envolver mais os participantes, tornando a visita mais dinâmica; – elaboração de relatórios. Também participaram de eventos e de atividades complementares às visitas, cursos de formação e palestras.

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Resultados alcançadosDurante o período de agosto de 2013 a julho de 2014, os monitores bolsistas acompanharam 25 visitas à Trilha da Natureza. Das escolas partici-pantes, seis eram da rede particular, 15 da rede pública e quatro do sistema S de ensino. Quanto às séries atendidas uma era da Educação Infantil; 14 do ensino fundamental, sendo duas do 4º ano, sete do 5º ano, três do 7º ano, uma do 8º ano e, uma do 9º ano. Já do ensino médio, foram: oito do 1º ano e uma do 3º ano. Além disso, recebe-mos duas turmas de graduação da UNESP de Araraquara e uma de técnicos em Meio Ambiente do SENAC de São Carlos. No total, recebemos 732 alunos e 33 professores. A análise das fi-chas de avaliação confirma que a visita a campo é um importante recurso pedagógico que con-tribui com o processo de ensino-aprendizagem dos alunos. Porém, observa-se que existe uma relação entre conteúdos trabalhados previamente pelo professor e a participação dos alunos duran-te a visita, levantando questões inclusive sobre problemas mais abrangentes ou respondendo às perguntas feitas pelos monitores. A partir desta interação, os conhecimentos prévios podem ser aprofundados e novos conhecimentos assimila-dos fazendo com que tenham uma visão mais articulada do ambiente, neste caso, das rela-ções fauna, flora e ambiente físico. Também fica evidente que a participação e envolvimento dos alunos estão diretamente ligados à participação do professor durante a visita. Além das visitas, os bolsistas realizaram algumas atividades, dentre elas: formação de monitores; participação de pa-lestras; participação do Simpósio Aprender com Cultura e Extensão; participação como monitores das Exposições Matemateca e Olha O Bicho!; leitura de textos e artigos para aprimoramento dos temas abordados nas visitas. É importante considerar que a participação dos bolsistas neste projeto como monitores foi de extrema importân-cia para a formação tanto pessoal quanto aca-dêmica, pois tiveram a oportunidade de entrar em contato com diversos problemas ambientais, sensibilizar e refletir sobre suas posturas como cidadãos e futuros professores. Com relação à área pedagógica, o trabalho desenvolvido pos-sibilitou o contato direto com alunos do ensino fundamental e médio em situações diferentes da sala de aula, que em muito contribuiu para a for-mação profissional dos bolsistas.

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A Sala Solar: Um Espaço para Introdução e Apreciação da Física ModernaCoordenadoraCibelle Celestino Silva

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades realizadas ao longo da vigência do programa pelo bolsista foram as seguintes: 1) Participação em treinamento, dado pelos téc-nicos do Observatório e monitores mais expe-rientes, para aquisição de conhecimento básico

sobre a correta operação dos equipamentos, cuidados em relação ao público e aos próprios equipamentos e sobre a física envolvida nos fe-nômenos mostrados com os equipamentos e como abordá-la com o público; 2) Estudo do material disponibilizado/indicado pelos técnicos e pela coordenadora do projeto; 3) Leituras prévias das fichas de atividades enviadas pelas escolas que agendaram as visitas orientadas; 4) Recep-ções das turmas escolares no auditório do obser-vatório, onde é feita uma breve introdução, por meio de mini-palestra, versando sobre um tema previamente escolhido pelo proponente da visita; 5) Explanação para os visitantes sobre os equipa-mentos da Sala Solar, e os fenômenos que eles exibem, de acordo com a orientação recebida de demonstrar boa vontade em elucidar as dúvi-das apresentadas pelos alunos ou pelo público, utilizando-se de vocabulário adequado ao nível escolar da classe atendida, faixa etária ou nível de instrução do visitante; 6) Anotações – em ca-derno de atividades do Observatório – do núme-ro de pessoas atendidas, eventuais ocorrências no atendimento ou com os equipamentos; Além dessas atividades, o bolsista, juntamente com os monitores, participa das demais atividades que o Observatório Dietrich Schiel oferece ao públi-co, como atendimento semanal para escolas agendadas, atendimento nos finais de semana ao público em geral, assim como elaborações e apresentações de palestras para a atividade al-ternativa de sábado, a Sessão Astronomia (pa-lestras sobre temas astronômicos abertas ao pú-blico) e comparecimento nas reuniões semanais de equipe. Nos atendimentos junto ao público espontâneo e ao escolar, o bolsista, juntamente com os monitores, promovem esclarecimentos de dúvidas do público, manuseiam telescópios para observação do céu e apresentam dispositi-vos didáticos do acervo do Observatório. Durante o período de vigência da bolsa foram apresenta-das as seguintes palestras: a) O Ensino de As-tronomia para Crianças, no dia 04/01/2014, com público de 1 pessoa; b) Saturno: o gigante dos anéis, no dia 03/05/2014, com público de 17 pessoas; c) A Formação de Sistemas Planetários, no dia 28/06/2014, com público de 3 pessoas.Resultados alcançadosCom base nos dados de frequência do público foi possível obtermos os seguintes números, que se referem ao período de agosto de 2013 a julho de 2014: 1) Total de pessoas atendidas nos Do-mingos Solares: 242; 2) Público médio por dia de Domingo Solar: 10,1 pessoas; 3) Total de alunos atendidos: 35. Avaliamos o número de visitantes como baixo e atribuímos esse número reduzido a dois principais fatores: a) hábito ainda não incor-porado de comparecimento nessa atividade re-lativamente nova do Observatório; b) período de vigência da bolsa incluiu período de estruturação de atividades da Sala Solar junto ao público es-colar (segundo semestre de 2013) e de obras no Observatório (primeiro semestre de 2014). Com relação ao item (a), esperamos que à medida que o público se acostume com o oferecimento regu-lar dessa atividade, devemos ter uma frequência

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maior, como acontece hoje em dia com a ativida-de de observação do céu noturno. Aqui cumpre apenas reforçar que se tratam fatores cuja atua-ção deverá ser descontinuada já no próximo pe-ríodo de vigência do programa.

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Programa de Exercícios Físicos para Complemento do Tratamento de Pacientes com Depressão Leve e ModeradaCoordenadorValdir José Barbanti

Ações/atividades desenvolvidasFazem parte do programa de exercícios físicos: caminhar e pedalar 40 minutos (20 minutos para cada atividade); exercícios localizados (20 minu-tos); alongamento, relaxamento e meditação (30 minutos). O treinamento tem duração de 1 hora e 30 minutos, três vezes por semana. Inicialmen-te os indivíduos realizam um teste ergométrico para determinar a capacidade cardiorrespiratória e, de acordo com as informações obtidas, é de-terminada a intensidade do treinamento, sendo estabelecido para o público em questão 60% a 75% da máxima frequência cardíaca obtida no teste ergométrico. Os alunos fazem bicicleta er-gométrica e caminhada na primeira fase da aula. A prescrição e controle do treinamento são feitas com base nos resultados obtidos no teste ergo-métrico. Em seguida os alunos fazem exercícios localizados, alongamentos suaves, relaxamento e meditação específicos para o público alvo. No de-senvolvimento das atividades as ações programa-das são: aferir a frequência cardíaca dos alunos do programa antes, durante e depois das ativida-des aeróbias (bicicleta ergométrica e caminhada); ministrar aulas de exercícios localizados, alonga-mento, relaxamento e meditação. A coleta de da-dos para pesquisa é feita no início e final de cada semestre letivo. Desenvolver o projeto de pesqui-sa com esta população para verificar os efeitos psicológicos dos exercícios físicos nas mudanças de humor. As atividades oferecidas são realizadas por ação do NUPSEA, que já desenvolveu pes-quisas com este grupo, como a publicada na re-vista Educação Física em Revista sobre Avaliação da eficiência e eficácia da prática de dois tipos de exercícios aeróbicos e alongamento na qualidade vida no tratamento da depressão.Resultados alcançadosOs principais efeitos benéficos destes exercícios físicos programados para a saúde dos pacientes são: Efeitos metabólicos, antropométricos, neu-romusculares, e psicológicos. Diminuição dos sintomas depressivos e do consumo de medi-camentos. Alívio e/ou remissão e prevenção dos sintomas da DP. Melhora do humor, autoconceito, autoestima, imagem corporal, tensão muscular, insônia, das funções cognitivas e da socialização. Normalização dos níveis de áreas da atenção, memória e controle motor. Controle da ansieda-de e estresse. Melhor qualidade de vida e atendi-mento aos alunos do programa. Efeitos positivos crônicos e/ou agudos do exercício físico. Analisar o resultado da coleta de dados da pesquisa sobre os benefícios psicológicos dos exercícios físicos para pacientes com depressão. Formulação de relatório e publicação dos resultados.

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Programa Exercício Físico para Grupo Antitabagismo e Dependentes Químicos em RecuperaçãoCoordenadorzValdir Jose Barbanti

Ações/atividades desenvolvidasFazem parte do programa de exercícios físicos: atividades aeróbias – 40 minutos (caminhada e bicicleta ergométrica); atividades não aeróbias – 50 minutos (exercícios localizados e alongamen-to, relaxamento/meditação). O treinamento tem duração de 1 hora e 30 minutos, três vezes por semana. Inicialmente os indivíduos realizam um teste ergométrico para determinar a capacidade cardiorrespiratória e, de acordo com as informa-ções obtidas no teste, é determinada a intensi-dade do treinamento, sendo estabelecida para o público em questão 60% a 75% da máxima fre-quência cardíaca obtida no teste ergométrico de acordo com as pesquisas e literatura. Os alunos fazem bicicleta ergométrica e caminhada nesta fase aeróbia da aula. A prescrição e controle do treinamento são feitos com base nos resultados obtidos no teste ergométrico. Em seguida, os alunos fazem exercícios localizados, alongamen-tos suaves, relaxamento e meditação específicos para o público alvo. No desenvolvimento das ati-vidades as ações programadas são: aferir a fre-quência cardíaca dos alunos do programa antes, durante e depois das atividades aeróbias (bicicleta ergométrica, e caminhada), completando o treina-mento com exercícios localizados e alongamento, relaxamento e meditação. A coleta de dados para pesquisa é feita no início e final de cada semestre letivo. Desenvolvimento de projeto de pesquisa com esta população. As atividades oferecidas são realizadas por ação do NUPSEA – Núcleo de Psicologia do Esporte e Atividade Física – do CE-PEUSP, que já desenvolveu a pesquisa com estes grupos, que foi publicada na Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde sobre o Efeito da ativida-de física na qualidade de vida em pacientes com dependência química.Resultados alcançadosResultados esperados – Indicadores de acompa-nhamento: Os principais efeitos benéficos destes exercícios físicos para a saúde são: efeitos me-tabólicos, antropométricos e neuromusculares, e psicológicos. Diminuição da compulsão da dependência química e tabagismo, depressão e consumo de medicamentos. Melhora do humor, autoconceito, autoestima, imagem corporal, ten-são muscular, insônia, funções cognitivas e da socialização. Melhor qualidade de vida e aten-dimento aos alunos participantes. Normalização dos níveis de áreas da atenção, memória e con-trole motor. Prevenção das recaídas das doenças que eles apresentam. Controle da ansiedade e estresse. Analisar o resultado da coleta de dados da pesquisa sobre os benefícios psicológicos dos exercícios físicos para pacientes com dependên-cia química em recuperação e tabagismo. For-mulação de relatório e publicação dos resultados.

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Projeto Espalhando Tecnologia – Programa de Formação e Estudo em Desenvolvimento Humano pelo Esporte (PRODHE)CoordenadorLuciano Basso

Ações/atividades desenvolvidasNo Planejamento Anual foram definidos objetivos específicos para a sistematização e dissemina-ção da metodologia. A partir disso, a bolsista teve em média 36 dias/semestre (8h semanais) para planejar, desenvolver e avaliar as ações pro-postas. Também teve aproximadamente 18 dias/semestre de orientação acadêmica (1h30 sema-nal), com atividades individuais ou em grupo e participou das Semanas de Formação/Planeja-mento (agosto de 2013, carga horária de 16h) e de Avaliação (dez-2013, carga horária de 20h). As principais ações desenvolvidas pelo bolsista, em conjunto e complemento com os educadores do CEPEUSP, foram: – Utilização do blog insti-tucional do Programa e das redes sociais (Face-book) para difusão de informações concernentes ao programa, tais como a divulgação de even-tos, conteúdos veiculados no site do CEPEUSP e informações gerais sobre esporte e atividade física; – Gerência da comunicação institucional, cujo principal objetivo é o estabelecimento de relações duradouras com seus públicos; – Pro-dução textual sobre as atividades cotidianas rea-lizadas no programa ou daquelas que contaram com a participação de pelo menos um de seus colaboradores.Resultados alcançadosA partir dos resultados e indicadores apontados no projeto, fazemos a seguinte análise: – avalia-mos que havia uma estrutura para dar suporte à formação de mais estudantes universitários, em-bora a procura tenha sido baixa; – tivemos um decréscimo nas ações de comunicação durante o período devido ao processo de adaptação da bolsista. No entanto, a comunicação das prin-cipais atividades e eventos ocorreu dentro do planejado; – em novembro de 2013, com apoio da bolsista foi organizado o II Congresso Espor-te de Alto Desenvolvimento: futebol além das 4 linhas. As ações desenvolvidas ampliaram a for-mação da bolsista, que pôde articular os saberes acadêmicos oriundos dos cursos de graduação com a prática pedagógica do programa para utilizar formas de comunicação de fácil acesso atualmente e gerar ações capazes de aumentar a visibilidade do PRODHE. Avaliamos de forma positiva os resultados apresentados. Em con-junto com mudanças estruturais no atendimento das crianças e adolescentes, apontam para um equilíbrio dos objetivos de atendimento de crian-ças e adolescentes, formação de educadores e sistematização/disseminação/comunicação do conhecimento, aproximando o programa dos ob-jetivos e do papel social da Universidade.

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comunidade USP e comunidade externa; – Os Bolsistas demonstraram grande responsabilida-de e comprometimento com o estágio trazendo o conhecimento da graduação para a prática, propondo atividades diferenciadas e descobrin-do um novo olhar para a formação esportiva ao longo da vida. Dos quatro bolsistas participantes, três identificaram-se mais com a área de atua-ção e o público atendido e deram continuidade ao trabalho com crianças e adolescentes no es-porte após o término da bolsa: Ana foi aprovada no concurso público da prefeitura de Holambra e hoje atua como professora de Educação Físi-ca; Thais inscreveu-se em outro projeto do PACE que atende crianças com Déficit de Coordena-ção Motora; e Gabriela prepara-se para fazer um intercâmbio com uma universidade da Holanda para aprofundar os estudos sobre avaliação da Coordenação Motora, após participação em uma clínica organizada em parceria com o PRODHE em maio de 2014; – Organizamos três eventos esportivos com ampla participação de educado-res e educandos de outras instituições: a OLIPET, o Festival Ruas de Esporte, e os torneios espor-tivos (dezembro de 2013 e abril de 2014); – Par-ticipamos de um evento externo com educandos e educadores de outras instituições: CADÍADA, Olimpíada da Escola de Esportes do Esporte Clube Pinheiros (outubro de 2013). Os resultados demonstram o alcance dos objetivos propostos, pois os bolsistas tiveram a oportunidade de apli-car seus conhecimentos no atendimento direto e contribuíram significativamente na sistematização e aperfeiçoamento metodológico. A presença de bolsistas é fundamental para a evolução do proje-to, trazendo novas ideias e a discussão de temas pertinentes para o dia-a-dia e para a formação acadêmica. Enfatizamos o caráter inseparável das ações de formação das crianças; de forma-ção dos universitários e de sistematização e dis-seminação do conhecimento; que concretizam, ao nosso ver, a indissociabilidade do tripé ensino--pesquisa-extensão.

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Ginástica Laboral na USPCoordenadorAlexandre Moreira

Ações/atividades desenvolvidasO objetivo geral deste projeto é inserir durante o horário de expediente dos funcionários das unidades/seções atendidas, uma atividade físi-ca específica, de acordo com o planejamento e através desta intervenção, estimular o funcioná-rio para que este dê início e/ou continuidade à prática de uma atividade física regular. No perí-odo concernente a 1º de agosto de 2013 a 31 de julho de 2014 foram trabalhados os seguintes temas: – Exercícios Posturais; – Jogos Recreati-vos; – Equilíbrio; – Coordenação Jogos Coopera-tivos; – Alongamento; – Aspectos do Treinamento Funcional; – Agilidade.

Pojeto Esporte Talento – Programa de Formação e Estudo em Desenvolvimento Humano pelo Esporte (PRODHE)CoordenadorLuciano Basso

Ações/atividades desenvolvidasO Planejamento Anual define competências a serem desenvolvidas com os educandos. A par-tir disso, os bolsistas tiveram em média 17 dias/semestre (2h30 semanal, as quartas-feiras) para planejarem atividades com as crianças. Os bol-sistas atuaram com os grupos em média 41 dias/semestre (3h/dia), acompanhados e orientados por um educador. Os bolsistas tiveram apro-ximadamente 17 dias/semestre de orientação acadêmica (1h30 semanal) para desenvolvimento de seus trabalhos, com atividades individuais ou em grupo. Participaram das Semanas de Forma-ção/Planejamento (agosto de 2013, carga horá-ria de 16h e fevereiro de 2014, carga horária de 32h) e de Avaliação (dezembro de 2013 e julho de 2014, carga horária de 16h). Também se en-volveram no planejamento e desenvolvimento de eventos gerais: – XV OLIPET (setembro de 2013): competição esportiva inovadora que possibilita o desenvolvimento de recursos pedagógicos para o estímulo das competências dos educandos; a formação dos educadores para atuação como mediadores esportivos; o desenvolvimento do evento como forma de disseminação da meto-dologia e o registro para subsidiar outras ações de comunicação; – II Congresso Esporte de Alto Desenvolvimento Futebol além das 4 linhas (outu-bro de 2013): evento acadêmico e de trocas de experiências; – VII e VIII Festival Ruas de Esporte (novembro de 2013 e maio de 2014): evento para valorizar a prática da atividade fisico-esportiva e a apropriação dos espaços públicos; – Torneios es-portivos infanto-juvenis (novembro de 2013 e abril de 2014): competições esportivas preparatórias para a OLIPET; – Show de Fim-de-Ano (dezembro de 2013): ação de finalização do ano para come-moração e integração educativa de educandos, educadores e familiares; – Festa Junina (junho de 2014): ação de integração com educandos e fa-miliares. Cancelada devido à greve; – Seminário Interno do PRODHE (julho de 2014): evento no fi-nal do período da bolsa no qual os bolsistas apre-sentaram suas experiências acadêmicas e práti-cas de atuação no projeto. As ações realizadas são importantes para os estudantes relacionarem os conteúdos teóricos com a prática e a especi-ficidade do ambiente de atuação, mas também são fundamentais para uma melhor compreen-são de aspectos das relações de trabalho, como: pontualidade, organização de prioridades, iniciati-va, compromisso. Também é fundamental para os bolsistas se organizarem e conciliarem as discipli-nas, estudos, bolsa e outras atividades.Resultados alcançados– Atendemos 118 participantes de 120 pre-vistos (em 2013); um público diversificado em seu caráter sócio-econômico, promovendo uma convivência mais ampla e o atendimento à

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Resultados alcançadosO projeto contemplou 11 Unidades. Dentro des-tas, 26 seções receberam os atendimentos de Ginástica Laboral. Foram atendidos aproximada-mente cerca de 300 funcionários do campus des-ta Universidade: unidades e respectivas seções: 1) Arquivo Geral da USP; 2) Divisão de Tecnologia da Informação (DTI, antigo CCE); 3) Editora da USP (EDUSP); 4) Escola Politécnica (Administra-ção, Engenharia Civil, Engenharia de Produção, Engenharia Elétrica, Biblioteca Central, Mecâni-ca); 5) Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH): Biblioteca e Administração; 6) Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG); 7) Instituto de Estudos Bra-sileiros (IEB); 8) Instituto Oceanográfico (IO); 9) Psicologia: Biblioteca; 10) Reitoria: Departamen-to de Recursos Humanos-DRH, Treinamento e Departamento de Recursos Humanos-DRH, Carreira Reitoria Renovada: Departamento Admi-nistrativo (DA), Departamento Financeiro e anexo, Gabinete do Reitor (GR), Vice-Reitoria Executiva de Administração (VREA), Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU), Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG), Serviço de Registro de Atos (SVRATOS) e Pagamentos (SCPGTO); 11) SIBi (Sistema Integrado de Bibliotecas).

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Lembranças do Futuro: Cultura e Arte Contemporânea no Maria AntoniaCoordenadorMoacyr Ayres Novaes Filho

Ações/atividades desenvolvidasEnvolvidos com ações de levantamento, organi-zação, catalogação e digitalização dos arquivos e documentos do Maria Antonia referentes ao seu histórico e atuação, os bolsistas do projeto de-ram sequência ao trabalho iniciado nas edições anteriores do Programa Aprender com Cultura, através de atividades como: Sobre o histórico do Prédio: – Realização de pesquisa sobre o históri-co da região, da construção do prédio e sua uti-lização pela Universidade de São Paulo (de 1949 a 1968, período em que o prédio abrigou a FFCL, e de 1993 até hoje, como Centro Universitário Maria Antonia-USP); – Realização de pesquisa e documentação específica dos eventos relacio-nados ao período da FFCL, sobre o movimento estudantil no período da ditadura militar e os con-flitos que envolvem os estudantes e que tiveram como palco o prédio em 1968. Sobre as ativida-des do Maria Antonia: – Organização e cataloga-ção das peças gráficas produzidas pelo CEUMA, referentes à produção artística apresentada no programa anual de exposições e pesquisa com-plementar sobre a obra dos artistas participan-tes. Para essa edição, contamos com a parceria de pesquisadores do CPC-USP, que integraram a equipe para a produção de pesquisa para o projeto de exposição de longa duração sobre a história dos edifícios ocupados pelo Centro e sua relevância à história da Universidade e movimen-to estudantil no país. Coube aos bolsistas atua-rem junto à pesquisa de imagens (fotografias) e publicações (depoimentos publicados).Resultados alcançadosTodo esforço dedicado ao levantamento e cata-logação dos materiais objetiva disponibilizá-los para futura consulta, in loco, no Centro de Do-cumentação e Memória, assim como a divulga-ção de sua disponibilidade para consulta através do site do Centro Universitário Maria Antonia. Durante o período das atividades desse ano, os envolvidos no projeto estiveram focados na pes-quisa e organização do material levantado para a realização da exposição de longa duração sobre a história dos edifícios, Maria Antonia, movimen-to e memória, que realizar-se-á em parceria com o Centro de Preservação Cultural-CPC-USP, no próximo ano. Com esse trabalho, possibilitamos ao bolsista o contato com pesquisadores e a prática da pré-produção de eventos desse por-te. Além de incluir em suas formações o conhe-cimento aprofundado sobre a história da própria Universidade. Para a sequência das atividades do projeto Lembranças do futuro, demos um impor-tante avanço na organização desses materiais, assim como na estruturação do próprio Centro de Memória, que tornou-se um espaço de pes-quisa e difusão do tema.

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Biblioteca Gilda de Mello e Souza: Literatura e Outras Artes, Extensão do SaberCoordenadorMoacyr Ayres Novaes Filho

Ações/atividades desenvolvidas– Organização e manutenção dos catálogos e cadastros da biblioteca; – Atendimento de em-préstimos e consultas; – Orientação aos usuá-rios no uso do banco de dados DEDALUS-USP, e outras bases de informação, bem como no uso dos equipamentos; – Cadastramento dos registros de documentos, referentes às diversas etapas do processamento automatizado, para as bases/bancos de dados existentes visando à disseminação da informação; – Auxílio nas ta-refas de conservação e preservação do acervo; – Orientação no uso adequado da biblioteca, ga-rantindo a integridade do acervo e a satisfação do usuário; – Colaboração no desenvolvimento de atividades de extensão como: conversas com autores, exposição de livros, pesquisa de temas sobre os eventos realizados, pesquisa bibliográ-fica para os usuários.Resultados alcançadosDevido ao ótimo envolvimento dos bolsistas, conseguimos resultados acima dos esperados pelo pouco tempo que trabalharam. Além das atividades de atendimento ao usuário e de ma-nutenção e conservação do acervo, os bolsistas registraram e catalogaram no banco de dados cerca de 1500 volumes. Colaboraram no planeja-mento e desenvolvimento do evento: Escrito em voz alta, série de encontros mensais promovido pela Biblioteca Gilda de Mello e Souza. Realiza-ram levantamentos bibliográficos para os usuá-rios da biblioteca. Colaboraram nas pesquisas de diversos temas e abordagens para o planeja-mento dos eventos de arte e literatura, do Centro Universitário Maria Antonia.

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Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle APPCC: Diagnóstico em Lactário de um Hospital de EnsinoCoordenadoraNágila Raquel Teixeira Damasceno

Ações/atividades desenvolvidasO preparo, higienização e distribuição de fórmu-las infantis e dietas enterais é de responsabili-dade do lactário. A população atendida é mais susceptível a doenças, pelo fato de estarem ex-postas a bactérias de ambiente hospitalar ou por não apresentarem total maturação do sistema digestório e imunológico. Dessa forma, é indis-pensável garantir o controle higiênico dos pro-cessos de produção e distribuição das fórmulas preparadas no lactário, visando proporcionar a segurança alimentar a todos. Sabe-se que uma das principais formas de promover a qualidade higiênico-sanitária de alimentos é a implementa-ção do sistema de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) em serviços de ali-mentação. O controle higiênico-sanitário rigoroso é essencial mesmo para fórmulas autoclavadas, uma vez que a eficácia desse processo depende da carga microbiana inicial do produto e do bi-nômio tempo-temperatura empregado. Objetivo: Identificar os perigos e pontos críticos de con-trole no processo de produção de leite de vaca integral (LVI) com engrossante, que passa por processo de autoclavagem. Metodologia: Acom-panhamento da rotina de trabalho e processos do lactário em estudo, seguido de aplicação de check-list de verificação, monitoramento de tem-peratura durante o processo de distribuição das mamadeiras, elaboração de treinamentos para os funcionários, elaboração de fluxograma de produção e análises microbiológicas da água do purificador, manipuladores, utensílios e fórmula infantil em diferentes pontos da cadeia produtiva.Resultados alcançadosIdentificaram-se os pontos críticos e as possíveis melhorias a serem realizadas, como a modifica-ção das etiquetas de validade dos produtos, ar-mazenamento do sabão utilizado para lavagem dos utensílios e atenção ao binômio tempo-tem-peratura durante o processo de distribuição das mamadeiras de LVI engrossado. Os temas abor-dados nos três treinamentos apresentados aos funcionários foram pensados a partir de pontos a serem melhorados no processo de trabalho du-rante o desenvolvimento do projeto. Em todas as análises microbiológicas o LVI engrossado, tanto autoclavado, quanto não autoclavado, obteve re-sultado satisfatório em 100% das amostras. Di-ferente das amostras de utensílios, que apresen-taram o resultado desejado em apenas 83% dos casos. As não conformidades foram encontradas em duas amostras, pela presença de coliformes totais e valores superiores ao limite estabelecido para bactérias mesófilas aeróbias. A análise mi-crobiológica feita em amostras de água do pu-rificador do lactário e envasada, e também das mãos dos manipuladores apresentaram 100% de adequação em seus resultados. O sistema APPCC mostrou-se como importante ferramenta

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Caracterização da População Atendida pelo Grupo de Controle de Peso do Ambulatório de Nutrição do Hospital Universitário da USPCoordenadoraNágila Raquel Teixeira Damasceno

Ações/atividades desenvolvidasAvaliar a influência da intervenção nutricional para perda de peso, sobre a qualidade geral da dieta de indivíduos com excesso de peso e a relação entre índice/carga glicêmicos e as adipocitocinas previamente à intervenção.Resultados alcançadosA intervenção nutricional resultou em importan-tes melhorias no consumo alimentar habitual dos indivíduos, entre elas, a diminuição do consumo de ácidos graxos saturados e o aumento do consumo de frutas, verduras, legumes e fibras, contribuindo para uma considerável evolução da qualidade geral da dieta. Os resultados po-sitivos não dispensam, no entanto, o tratamento interdisciplinar da obesidade, com envolvimento de outros profissionais da saúde em estratégias como acompanhamento psicológico e atividade física orientada. A determinação do índice glicê-mico e da carga glicêmica das dietas ingeridas pelos indivíduos no estudo mostrou a grande frequência de inadequação do consumo de in-divíduos com excesso de peso, evidenciando a necessidade de intervenção nutricional voltada para o consumo dos carboidratos entre esse público. A falta de associação significativa entre índice/carga glicêmicos e as adipocitocinas, após ajuste por sexo, porcentagem de gordura e in-gestão energética, demonstra que estes índices não foram determinantes de suas concentrações plasmáticas nos indivíduos da amostra. No en-tanto, a realização de mais estudos se faz neces-sária para a confirmação da real influência dos índices glicêmicos dietéticos nas adipocitocinas plasmáticas em indivíduos com excesso de peso.

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Avaliação Sistemática da Qualidade em Terapia NutricionalCoordenadoraNágila Raquel Teixeira Damasceno

Ações/atividades desenvolvidasAvaliar a qualidade da Terapia Nutricional Paren-teral (TNP) de pacientes cirúrgicos internados na UTI do Hospital Universitário (HU) da USP, por meio da aplicação de Indicadores de Qualida-de. Estudo retrospectivo (parecer CEP891/09), realizado com pacientes cirúrgicos (≥ 18 anos) internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HU da USP, que permaneceram com Terapia Nutrição Parenteral (TNP) exclusiva por mais de 72 horas, entre janeiro de 2010 e dezembro de 2013. Foram coletados dados desde o início da TNP até a sua descontinuidade. Os indicadores aplicados foram de acordo com o proposto pelo International Life Sciences Institute Brasil (ILSI) 2008, 2010 e Projeto Diretrizes (DITEN) 2011.

para o controle higiênico sanitário de alimentos, auxiliando a busca constante em oferecer um pro-duto final seguro aos consumidores. Ficou claro durante todo o desenvolvimento do projeto, a im-portância do acompanhamento diário da rotina de trabalho dos funcionários, através de aplicação de check-list de verificação e orientação constante. As alterações e adaptações realizadas nos pro-cessos de produção e distribuição do LVI engros-sado beneficiaram toda a cadeia de processos de produção de fórmulas infantis do lactário.

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Caracterização do Perfil Nutricional e Clínico dos Funcionários do Hospital Universitário Atendidos com Dieta Hipossódica e HipogordurosaCoordenadoraNágila Raquel Teixeira Damasceno

Ações/atividades desenvolvidasAvaliar o consumo alimentar dos funcionários de um Hospital Universitário de São Paulo e sua associação com a frequência de uso do refeitó-rio institucional. Metodologia: Estudo transversal de caráter observacional incluindo funcionários de um hospital escola. Foram incluídos no estu-do funcionários dos três turnos de trabalho, de todos os níveis de ocupação na carreira e de ambos os sexos. Foram aplicados dois recor-datórios de 24 horas. Foram coletados dados antropométricos de peso (Kg), estatura (m), cir-cunferência da cintura (CC, cm) e dados de com-posição corporal, ou seja, percentuais de massa gorda (MG%) e massa magra (%MM). A análise estatística foi realizada no programa SPSS 22.0. Foram realizados vários testes estatísticos, com valor de significância p0,05.Resultados alcançadosParticiparam do estudo 280 funcionários, sendo 95 homens (34%) e 185 mulheres (66%), na faixa etária de 21 a 66 anos. 177 funcionários (63,2%) apresentavam peso acima do ideal (IMC>25Kg/m2), sendo 120 pessoas (42,8%) estavam com sobrepeso e 57 pessoas (20,3%) eram obesos (IMC>30Kg/m2). A obesidade estava presente em 26% das mulheres e em 9% dos homens. Os funcionários usuários do refeitório (≥ 3vezes/semana) quando comparado aos não usuários, apresentaram menor IMC, CC e MG%. Os usu-ários do refeitório tiveram majoritariamente nível superior e maior renda. Houve menor ingestão de açúcar livre e maior ingestão de fibras pelos usu-ários do refeitório em relação aos não usuários. Conclusão. Os usuários do refeitório obtiveram maior ingestão de fibras do que os não usuários, menor ingestão de açúcar e apresentaram meno-res valores de IMC, CC e Massa Gorda, portanto, o uso do refeitório pode trazer benefícios nutricio-nais ao funcionário.

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PRCE

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SUSPterciários, 55,4% estavam internados na unidade

de terapia intensiva, havendo maior prevalência de crianças entre 1 mês e 6 meses de idade (52,2%). As doenças mais frequentes foram as-sociadas ao sistema respiratório (73,88%). No que se refere à estimativa das necessidades nu-tricionais, estas foram estimadas em 100% das crianças em NA3. Observou-se que 56,7% dos pacientes não alcançaram a meta de volume infundido durante a internação. Este percentu-al pode refletir a gravidade dos pacientes, mas também as causas externas que levaram a não administração da dieta. Verificou-se ainda que aproximadamente 66% dos pacientes tiveram pelo menos um dia sem registro do volume de dieta administrado. Apesar desse perfil, 63,7% das crianças apresentaram ganho ponderal e mais de 80% dos pacientes não apresentaram diarreia durante o período de internação. Conclu-são: O protocolo de triagem nutricional utilizado permitiu a triagem de 100% da população pedi-átrica. Todas as crianças em NA3 tiveram suas necessidades calóricas e proteicas calculadas, permitindo a otimização do suporte nutricional.

Resultados alcançadosForam avaliados 58 pacientes, 62,1% idosos, 69% do sexo masculino, 51,7% com sepse na admissão e com predominância de cirurgias do trato gastrointestinal (86,2%). Com relação à gravidade, a média de SAPS foi 55,8 (14,6). A média de duração da TNP foi de 12,5 (8,4) dias, sendo que antes do início da parenteral 62,1% dos pacientes ficaram em jejum por ≤96h, mas 5 pacientes (8,6%) apresentaram jejum ≥7 dias (168h). Dos 43 pacientes que tiveram seus Índi-ces de Massa Corpórea (IMC) calculados, 41,4% apresentaram IMC menor ou igual a 25Kg/m2. A meta nutricional prescrita foi atingida com mé-dia de 66,5 (27,7) horas e a média de energia e proteínas prescrita foi de 24,4 (2,5) Kcal/kg/dia e 1,2 (1,0-1,2) g/kg/dia, sendo que 20 pacien-tes (34,5%) apresentavam insuficiência renal. Receberam ≥80% da energia e proteína prescri-tas 53 pacientes (91,4%). Dos 6 indicadores de qualidade aplicados, 5 atingiram a meta, incluin-do frequência de estimativa das necessidades, administração adequada de energia, proteínas, quantidade média de volume infundido e recupe-ração da via oral. Na aplicação dos indicadores de qualidade, 83,3% dos pacientes estiveram de acordo com a meta estabelecida. O tempo em jejum antes da introdução da TNP, mesmo consi-derando as divergências entre as diretrizes com relação ao tempo máximo permitido, merece atenção para não extrapolar 7 dias. Essa análise fornece subsídio para otimização da assistência nutricional nos pacientes em que a nutrição en-teral não é viável.

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Implementação da Triagem Nutricional na Clínica Pediátrica do Hospital UniversitárioCoordenadoraNágila Raquel Teixeira Damasceno

Ações/atividades desenvolvidasRealizar a triagem nutricional e avaliar a monito-ração da assistência nutricional informatizada ao paciente pediátrico no Hospital Universitário da USP. Metodologia: Estudo tipo observacional e retrospectivo. Na primeira etapa foram incluídas todas as crianças atendidas na clínica pediá-trica e triadas pela Divisão de Nutrição Clínica. Na segunda, os pacientes classificados pela triagem em nível de assistência terciária (NA3) e com nutrição enteral via sonda foram monitora-dos quanto à adequação do suporte nutricional. A amostra foi caracterizada quanto aos dados demográficos (idade e sexo), clínicos (nível de assistência, unidade de internação, tipos de do-enças, comorbidades e diarreia) e nutricionais (peso, ganho ponderal).Resultados alcançadosCem por cento das crianças internadas (1504) no período de um ano, foram avaliadas. A ida-de variou entre 1 mês e 15 anos incompletos, sendo que 68,9% estavam no NA1, 20,6% no NA2 e 10,5% no NA3. Em relação aos pacientes

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Bastidores da Orquestra Sinfônica da USP – OSUSPCoordenadorEdson Roberto Leite

Ações/atividades desenvolvidasO projeto Nos Bastidores da Orquestra Sinfônica da USP tem como objetivo propiciar aos alunos envolvidos a possibilidade de participarem da temporada de concertos da Orquestra Sinfônica da USP, como forma de adquirirem a experiência necessária para a prática profissional, especial-mente no que se refere à produção de eventos culturais. As principais atividades desenvolvidas foram: divulgação da música coral, sinfônica e camerística através de concertos promovidos pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universi-tária da Universidade de São Paulo, especialmen-te a música de concerto brasileira; promoção de concertos com finalidades didáticas nos vários campi da USP; realização de cursos, palestras e festivais, divulgando a cultura musical e artística junto à comunidade em geral; apresentação de temporadas anuais de concertos destinados aos professores, alunos e funcionários da Universida-de de São Paulo e à comunidade em geral; rea-lização de série de concertos especiais destina-dos a professores e alunos da educação infantil, dos ensinos fundamental e médio e aos vários segmentos da comunidade, com palestras e ati-vidades correlatas, visando ao aperfeiçoamento cultural e artístico da população beneficiada.Resultados alcançadosCom a participação no projeto, os alunos envolvi-dos ajudam na divulgação da música sinfônica e camerística, especialmente a música de concerto brasileira e latino-americana, junto à comunida-de em geral; colaboraram na promoção de con-certos com finalidades didáticas; participam de cursos, palestras e festivais, divulgando a cultura musical e artística, visando ao aperfeiçoamento cultural e artístico da população beneficiada.

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Relações com a Natureza: Preservação no Parque CienTecCoordenadorFabio Ramos Dias de Andrade

Ações/atividades desenvolvidasApresentar aos alunos das escolas públicas e privadas do ensino fundamental e médio as complexas relações Meio Ambiente e Socieda-de, através de um percurso que se desenvolve em meio à vegetação com espécies exóticas e nativas da Mata Atlântica e animais nativos, valo-rizando a preservação do ecossistema, o respei-to à natureza e os cuidados necessários para a continuidade da existência do local. Os bolsistas selecionados receberam treinamento com o ob-jetivo de levar os visitantes à conscientização no tocante às questões ambientais. Os vertedouros de monitoração constituem-se num verdadeiro laboratório de ecologia, que se encontra em mi-crossistema que abriga o bioma da Mata Atlânti-ca, onde os bolsistas expõem a necessidade da existência de áreas verdes para a sobrevivência das espécies em zonas urbanas densamente po-voadas, e a valorização do uso racional da água. Os alunos de graduação em Ciências Biológicas, Geografia, Geofísica e Ciências da Natureza têm a oportunidade de colocar em prática os conhe-cimentos adquiridos teoricamente sobre o meio ambiente, em um espaço definido como Reserva da Biosfera pela ONU, situação privilegiada para a interdisciplinaridade e para o exercício da cons-ciência ecológica.Resultados alcançadosDurante o período, o Parque CienTec deu conti-nuidade à aplicação de questionário para avalia-ção das atividades pelos professores visitantes. Esse questionário tem servido como referência para a melhoria nos atendimentos. Por meio das fichas de avaliação, foi possível mensurar positi-vamente a participação dos visitantes das ativida-des do projeto, a maioria composta por alunos de escolas do ensino fundamental e médio. Algumas dessas escolas já haviam visitado a instituição, tendo retornado com outros grupos, graças à oportunidade oferecida pela Universidade de São Paulo, por meio do Parque CienTec, de com-plementar os conteúdos apresentados em sala de aula. Por outro lado, os bolsistas, alunos de graduação em Ciências da Natureza, Biologia e Geociências, têm a oportunidade de colocar em prática os conceitos aprendidos em sala de aula, melhorando as relações desses bolsistas com o próprio curso e facilitando a formação de recur-sos humanos para o ensino fundamental e médio graças à experiência preliminar adquirida com o monitoramento de grupos de visitantes.

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Física e o CotidianoCoordenadorFabio Ramos Dias de Andrade

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Ações/atividades desenvolvidasO Parque CienTec dispõe de um acervo de equi-pamentos científicos projetados para comple-mentar as atividades de aprendizado tradicional ministrado nas escolas do ensino fundamental e médio, constituindo um laboratório ideal para essa finalidade. Os bolsistas, por meio de equi-pamentos ludo-científicos fornecem explicações sobre o princípio da Física aos alunos do ensino fundamental e médio, de escolas públicas e pri-vadas, de como os fenômenos físicos estudados pelo homem, desde a Antiguidade, podem ser utilizados em seu benefício. Os alunos de gradua-ção em Física, Matemática e Ciências da Nature-za tiveram a oportunidade de colocar em prática os conhecimentos adquiridos teoricamente, atu-ando como monitores de escolares previamente agendados. Receberam treinamento para apre-sentarem cada um dos equipamentos ludo-cien-tíficos: gerador Van Der Graaf, Banco de Pregos, Olho Humano, Roldanas, Vasos Comunicantes, Plataforma Giratória e outros, indicando como os seres humanos passaram a utilizar as forças da natureza em suas atividades, desenvolvendo o conhecimento da Física. Os brinquedos abor-dam temas como Eletricidade, Força Centrípeta, Energia Potencial e Cinética, Força Hidráulica, Gravidade, Propriedades e Ilusões Óticas, Gera-ção e Armazenamento de Energia, Magnetismo e sua relação com a eletricidade e Propriedades de Espelhos Côncavos e Convexos. Todos os te-mas, próprios do programa do ensino médio, são apresentados de forma divertida e interativa, com o acompanhamento de monitores.Resultados alcançadosOs equipamentos são apresentados de forma di-vertida e interativa, com o acompanhamento dos bolsistas, levando o aluno visitante a um aprendi-zado espontâneo, sem a tendência em direcionar o ensino de Física à resolução de problemas re-pletos de cálculos e fórmulas. Deve ser conside-rada a oportunidade da disseminação da ciência ao público escolar, a melhoria das relações dos alunos bolsistas de graduação com o próprio curso e a formação de recursos humanos para o ensino fundamental e médio decorrente dessa experiência preliminar dos bolsistas com grupos de alunos. A atuação dos bolsistas é também im-portante para a formação profissional desses alu-nos, que desenvolvem a experiência prática com o atendimento aos visitantes. O desempenho dos bolsistas favorece a sua evolução global, que alia os conhecimentos adquiridos em sala de aula com as experiências vivenciadas com um público heterogêneo, permitindo melhor adaptação com a realidade do mercado de trabalho.

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Física ao Ar LivreCoordenadorFabio Ramos Dias de Andrade

Ações/atividades desenvolvidasApresentação, aos alunos do ensino fundamental e médio de escolas públicas e privadas, de como os fenômenos físicos, estudados desde a Antigui-dade, e utilizados pelo homem em seu benefício, podem ser visualizados por meio de demonstra-ções de equipamentos ludo-científicos. Por meio dos equipamentos de Física localizados na área externa do Parque CienTec: Vasos Comunican-tes, Antenas Parabólicas, Esfera de Granito, Pris-ma d’Água, Gangorra Solidária e outros, os alu-nos visitantes orientados pelos bolsistas puderam aprender os conceitos estudados em sala de aula de maneira lúdica e descontraída, relacionando--os com a teoria aprendida em sala de aula. Por estar localizada num ambiente descontraído e em meio à natureza, essa atividade tornou-se bas-tante agradável aos visitantes que são levados a utilizarem os equipamentos de Física citados nas atividades, com a finalidade de explorar os con-ceitos de Eletricidade, Eletromagnetismo, Mecâ-nica, Hidráulica, de maneira interativa e descon-traída, relacionando-os com o cotidiano desses visitantes. Como mediadores, os bolsistas tiveram a oportunidade de desenvolver habilidades alian-do o conteúdo de conhecimentos teóricos adqui-ridos em sala de aula com a prática adquirida com a monitoria, interagindo com diversos tipos de público, de diferentes faixas etárias. Esse contato com a realidade e articulação de conhecimentos deve proporcionar aos bolsistas a oportunidade de desenvolverem habilidades para a sua inser-ção no mercado de trabalho.Resultados alcançadosPor estar localizada num ambiente descontraído e em meio à natureza, essa atividade tornou-se bastante agradável aos visitantes, que são leva-dos a utilizar os equipamentos de Física citados nas atividades, com a finalidade de explorar os conceitos de Eletricidade, Eletromagnetismo, Mecânica e Hidráulica, de maneira interativa e descontraída, relacionando-os com o cotidiano desses visitantes, culminando com um aprendi-zado espontâneo, sem que haja a tendência em direcionar o ensino da Física à resolução de pro-blemas repletos de cálculos e fórmulas. Deve ser considerada a oportunidade da disseminação da Ciência, principalmente entre o público das esco-las, a melhoria das relações dos alunos bolsistas de graduação com o próprio curso e a formação de recursos humanos para o ensino fundamental e médio decorrente dessa experiência preliminar dos bolsistas com grupos de alunos ou outro campo de atuação profissional.

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Alameda do Sistema Solar e AstronomiaCoordenadorFabio Ramos Dias de Andrade

Ações/atividades desenvolvidasTrata-se de atividade bastante procurada por grupos de visitantes adultos, embora a gran-de maioria seja composta por alunos do ensino

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fundamental e médio. O interesse mais específi-co tem sido demonstrado pelos visitantes adultos e alunos dos últimos anos do ensino médio, os quais formulam perguntas que abrangem outras áreas da Astronomia que vão além do Sistema Solar, incluindo a possibilidade da existência de vida em outros planetas. Os visitantes formulam questões sobre a origem do universo, como os corpos celestes se organizam, sobre a gravidade e até sobre a existência de discos voadores. Os bolsistas responsáveis pela atividade preparam--se para as respostas, o que os leva a um cons-tante aprendizado sobre a matéria. Esse projeto também engloba visita ao telescópio, onde os bolsistas fazem demonstração das manchas so-lares e de como acontece a observação noturna.Resultados alcançadosPor meio das atividades da Alameda do Siste-ma Solar e Astronomia, os alunos visitantes, a maioria da rede pública e privada, têm a oportu-nidade de conhecer peculiaridades interessantes e instigantes sobre os corpos celestes, compa-rando as diferentes dimensões e composições atmosféricas, por meio de conversa informal com os monitores. Há, também, a oportunidade dos visitantes conhecerem uma luneta, equipamento que muitos desconhecem. Os alunos ficam ad-mirados e interessados, aumentando a curiosida-de, abrindo-se, dessa maneira, uma porta para a pesquisa desses visitantes. Por outro lado, os bolsistas, alunos de graduação em Física, Ciên-cias da Natureza, Astronomia, e outras Ciências Exatas, têm a oportunidade de colocar em prá-tica os conceitos aprendidos em sala de aula, melhorando as relações desses bolsistas com o próprio curso e facilitando a formação de recur-sos humanos para o ensino fundamental e médio graças à experiência preliminar adquirida com o monitoramento de grupos de visitantes.

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Oficina de Física Óptica e Energias AlternativasCoordenadorFabio Ramos Dias de Andrade

Ações/atividades desenvolvidasDurante a atividade, os bolsistas fazem uma de-monstração do princípio da fotografia através da câmara de orifício. Os visitantes demonstram in-teresse na apresentação do processo de forma-ção da imagem na câmara escura e do registro da imagem no papel fotográfico. O entusiasmo dos alunos visitantes pela aprendizagem do pro-cesso é notado, principalmente, pela oportuni-dade de tirar uma foto com uma máquina foto-gráfica construída com lata de tinta ou de leite e acompanhar todos os passos da revelação das fotos, as quais são doadas ao visitante. Essa atividade é composta por módulos que apresen-tam de novas formas de energia que podem ser transformadas em elétrica ou térmica: mecânica, solar fotovoltaica, hidroelétrica e solar-térmica. Durante o atendimento, os bolsistas procuram mostrar aos visitantes questões relativas aos

problemas causados pelo uso inadequado dos recursos energéticos no Brasil e no mundo, des-tacando os impactos ambientais gerados pela má utilização desses recursos. Discutem com os visitantes sobre os aspectos positivos decorren-tes da utilização de uma fonte de energia limpa.Resultados alcançadosA experiência de atuar em educação informal contribui para que os alunos bolsistas de gradua-ção tenham a possibilidade de aplicar os conhe-cimentos adquiridos teoricamente nas disciplinas de formação na graduação. Destacamos ainda a melhoria das relações de alunos de graduação com o próprio curso e a formação de recursos humanos para o ensino fundamental e médio com a experiência preliminar adquirida com os atendimentos de grupos de alunos e de profes-sores das escolas da rede pública e particular e do público em geral. Os bolsistas tornaram-se mais comunicativos e adquiriram maior habilida-de para tratar com o público.

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Nave Mario Schenberg e Gruta DigitalCoordenadorFabio Ramos Dias de Andrade

Ações/atividades desenvolvidasAmbos os espaços são de realidade virtual, desenvolvidos pelo LCI-EP-USP. A Nave Ma-rio Schenberg é um espaço cenograficamen-te construído para proporcionar uma imersão no ambiente projetado, com o painel frontal da Nave e seis estações interativas com controle totalmente interconectadas, incluindo uma proje-ção estereoscópica do Celestia, animações em três dimensões, filmes, sistemas de interação e jogos interativos. O roteiro da atividade propos-ta consiste em uma missão espacial, quando o grupo de aprendizes vai pilotar uma nave com o objetivo de salvar uma população que vive em um planeta distante e que está sendo ameaçado pelo seu Sol, prestes a explodir. O outro equipa-mento é também um espaço de realidade virtu-al, no qual alunos e professores podem interagir com o sistema. A projeção é estereoscópica, ou seja, duas imagens são projetadas, simulando o princípio da visão tridimensional. Com o uso de óculos especiais e o som estéreo, o resultado é uma sensação de imersão. Os temas finaliza-dos para uso no sistema permitem viajar em um ambiente virtual em um voo sobre o Rio de Ja-neiro, viajar num universo entre os planetas e as estrelas, e mergulhar em uma molécula. Os mo-nitores acompanham os visitantes à Nave Mario Schenberg e lá cumprem as seguintes tarefas: 1) Apresentação da missão e convocação dos par-ticipantes; 2) Distribuição dos grupos que contro-larão os vários módulos da Nave chamados de estações: radar, comando, energia, velocidade, rota, manutenção; 3) Execução do roteiro previa-mente programado; 4) Acompanhamento, pelos estagiários, junto a cada estação, criando um ambiente envolvente para o sucesso da missão; 5) Reflexão final sobre as condições do planeta

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Terra no universo; 6) Disseminação de conheci-mentos científicos; 7) Sensibilização dos alunos quanto à valorização do meio ambiente em nosso Planeta; 8) Estimular o interesse e a curiosidade dos participantes sobre a Ciência e a Tecnologia; 9) Simular uma viagem espacial de forma lúdica e interativa, levando o visitante a vivenciar uma aventura no espaço, encontrando soluções para o êxito da missão. Resultados alcançadosA possibilidade de trabalhar com equipamentos tecnicamente sofisticados em educação informal contribui para melhor percepção das discipli-nas do curso de graduação. Os alunos envolvi-dos com tais atividades têm a oportunidade de mesclar educação informal e tecnologia sofisti-cada. Os alunos desenvolvem suas habilidades e comportamentos de motivadores, conforme a proposta da educação informal, retomando o conceitual científico de forma acessível, de acordo com a faixa etária do público. Além das atividades inerentes ao projeto, os bolsistas, por meio dos treinamentos, foram capacitados para atuação, nas horas suplementares, em atividades de outros projetos do Parque CienTec, visando a ampliar as relações entre os estudantes de dife-rentes áreas do conhecimento, com o objetivo de que tenham uma visão interdisciplinar na experi-ência cotidiana.

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Exposição de Matemática 2000CoordenadorFabio Ramos Dias de Andrade

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades dos bolsistas indicados para aten-dimento do público para a Exposição de Mate-mática são voltadas à orientação do visitante na execução, entre outras, das seguintes tarefas: 1) Construção de curvas cônicas e espirais; 2) Cálculo de volume de sólidos; 3) Demonstração prática do Teorema de Pitágoras; 4) Confecção de rosáceas. O objetivo é levar o visitante a definir matematicamente os seguintes conceitos; 1) Cir-cunferência, parábola, elipse e ramos de hipérbo-le; 2) Operações de multiplicação e potenciação; 3) Utilização de áreas dos quadrados de lados e medidas diferentes; 4) Estudo das simetrias.Resultados alcançadosOs resultados alcançados podem ser observados pelo contínuo interesse dos alunos e professores das escolas do ensino fundamental e médio, e demais interessados que visitam a Exposição de Matemática e que retornam com outros grupos de alunos. Por se tratar de uma aula de matemá-tica interativa não formal, os alunos aceitam mui-to bem as explicações fornecidas pelos bolsistas, sendo que aquela resistência, que geralmente costuma ocorrer com relação ao ensino da ma-temática, acaba diminuindo, em um curto prazo. Por esse motivo, o Parque CienTec reconhece que esse projeto tem beneficiado, de um modo geral, as atividades educacionais relacionadas ao ensino da matemática. A interdisciplinaridade

entre as diversas áreas da Ciência é o foco do Parque CienTec. Os bolsistas tiveram a opor-tunidade de participar na monitoria de diversas áreas, dialogando com diferentes alunos de gra-duação, reconhecendo melhor a conexão entre os campos do saber. O relacionamento das ati-vidades com o cotidiano faz-se necessário para o desenvolvimento de discussões críticas em be-nefício da sociedade. A flexibilidade em trabalhar com o púbico visitante, composto por diferentes grupos, tanto em termos sociais e econômicos, como em termos de diferentes linhas pedagó-gicas, contribui para a evolução dos bolsistas, preparando-os para uma melhor adaptação ao mercado de trabalho.

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Compostagem de Resíduos Orgânicos: uma Abordagem Educativa nas Moradias Universitárias do Campus Luiz de QueirozCoordenadorWilson Roberto Soares Mattos

Ações/atividades desenvolvidas– Diagnóstico dos resíduos orgânicos gerados nas moradias; – diagnóstico de folhas varridas e ensacadas no campus Luiz de Queiroz; – de-senvolvimento de atividades educativas com moradores da Vila e Casa do Estudante para que compreendam a importância do gerencia-mento de resíduos in loco; – montagem de es-trutura para a coleta de resíduos orgânicos e orientação dos moradores para realização da segregação adequada dos resíduos; – apoio na produção de material didático informativo sobre o tema nas moradias; – apoio na construção de uma composteira domiciliar didática e funcional; – manejo semanal da compostagem, com acom-panhamento e registro das atividades realizadas; – apoio na produção de composto a partir do resto de alimentos da própria cozinha e incentivo à produção de horta para produção de espécies medicinais e condimentos; – desenvolvimento de oficinas/minicursos de compostagem para todos os interessados; – desenvolvimento de noções sobre a produção de alimentos através plantio de uma horta com o objetivo de passar uma ideia de ciclagem de nutrientes; – elaboração de horta com o uso do composto orgânico, principalmen-te no caso da Vila Estudantil, que possui maior área para o desenvolvimento de tais atividades.Resultados alcançadosOs resultados alcançados foram: 1) Melhorar o descarte de restos de alimentos; 2) Reduzir a quantidade de resíduos enviados para aterro sanitário; 3) Acredita-se que projeto tenha con-tribuído para o desenvolvimento da educação ambiental e para o desenvolvimento de práticas ambientais mais coerentes nas moradias vincula-das à Prefeitura do campus, além disso, acredita--se que a prática, se bem conduzida e manejada, poderá estimular os estudantes a levarem essas ações para além dos muros da universidade.

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Educação Ambiental para Usuários do Campus Luiz de QueirozCoordenadorWilson Roberto Soares Mattos

Ações/atividades desenvolvidas1) Pesquisa de levantamento e opinião da po-pulação visitante do campus, procurando saber mais sobre o perfil, assiduidade, desejos, recla-mações e impactos gerados pelos usuários; 2) Criação de um grupo de trabalho formado por alunos, funcionários e professores para atuação em conjunto no diagnóstico, preparo e execução das atividades de conscientização dos usuários; 3) Integração de grupos da ESALQ que fazem al-gum tipo de atendimento com usuários externos

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da comunidade; 4) Utilização de dados e estrutu-ração do programa Amigos do Campus, come-çando a reestruturação dos dados; 5) Elabora-ção de materiais de apoio e informativos sobre diversos temas ligados à educação ambiental aplicáveis no parque do campus Luiz de Queiroz.Resultados alcançadosOs resultados alcançados foram: 1) Obtenção de um perfil social dos usuários do campus Luiz de Queiroz, no que diz respeito aos hábitos de uti-lização da área comum do parque e geração de indicadores de uso das principais áreas verdes; 2) Formação e estruturação de uma comissão multidisciplinar de atuação do projeto envolven-do alunos, funcionários e professores e início da geração e oficialização de um GT para o Plano Diretor do campus para tratar exclusivamente dessa demanda; 3) Diagnóstico e início da rees-truturação dos dados do programa Amigos do Campus para uso futuro dos associados como fomentadores e formadores dos demais usuários do campus.

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Integração Multicultural no Campus da USP em Ribeirão PretoCoordenadorOsvaldo Luiz Bezzon

Ações/atividades desenvolvidasCom base em um questionário on-line sobre as atividades de interesse dos alunos estrangeiros do campus, oferecemos uma Oficina de Dança Forró, em parceria com a Seção de Atividades Culturais da PUSP-RP, com aulas ministradas às sextas-feiras das 18h30 às 19h30, no período de 13/09 a 22/11/2013. Recebemos 18 inscrições de alunos de diferentes nacionalidades, entre elas colombiana, indiana, mexicana, paraguaia, argentina, equatoriana, jamaicana e cabo-verdia-na, das unidades: FEARP, FMRP, FCFRP e FORP. Durante a oficina, os participantes puderam co-nhecer importantes compositores e intérpretes brasileiros, principalmente da cultura nordestina. No período de 30/10 a 13/11/2013 abrimos as inscrições, também por formulário on-line, para a visita monitorada realizada no dia 22/11/2013 ao Museu de Arte Contemporânea MAC-USP. Re-cebemos 40 inscrições de alunos de graduação e pós-graduação, entre eles, colombianos, mexi-canos, paquistaneses, peruanos, indianos, equa-torianos, argentinos, chilenos, cabo-verdianos, panamenhos, bolivianos, nigerianos, angolanos e paraguaios. No total, 26 estrangeiros participa-ram da viagem, que teve o transporte financiado pela PUSP-RP. Os participantes arcaram com despesas apenas de alimentação. Durante a visi-ta, foi possível acompanhar os estrangeiros tam-bém ao Parque Ibirapuera, ao Museu Afro-Brasil e visitar a exposição The Little Black Jacket, no Pavilhão da Oca. Foi distribuído, ainda, panfleto bilíngue informativo sobre os museus e as expo-sições, elaborado pela SCAPVEST, com a par-ticipação da bolsista. No primeiro semestre de 2014, reabrimos as inscrições para a Oficina de Forró e recebemos 17 inscrições de alunos vin-dos de países como Paquistão, Colômbia, Equa-dor, México, Argentina, Espanha, Chile e Peru, e vinculados às Unidades FMRP, FFCLRP, FEARP, EERP e FORP. Em maio de 2014, planejamos a participação dos alunos estrangeiros no Pro-grama da PRCEU Giro Cultural no campus USP de São Paulo. Dentre os roteiros disponíveis, foi selecionado o Acervo Cultural, que apresenta os espaços de cultura do campus USP de São Paulo e um pouco da vasta produção da Univer-sidade nessa área, que inclui exposições, corais, cinema, grupos teatrais, orquestras e baterias universitárias. Para esta atividade, inscreveram--se 33 alunos, sendo que 9 deles ficaram na lista de espera. Infelizmente a atividade não pôde ser realizada pela limitação orçamentária da Univer-sidade, impossibilitando o custeio do transporte até a cidade de São Paulo.Resultados alcançadosA avaliação do projeto é a melhor possível, uma vez que proporcionou aos estudantes intercam-bistas uma integração à cultura brasileira, ao mesmo tempo em que os aproximou de estudan-tes de diferentes nacionalidades, potencializando

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o processo de internacionalização desses alunos e dos brasileiros que os cercam. O interesse manifestado pelos alunos estrangeiros demons-tra que o projeto caminha no sentido correto e que facilita o sentimento de acolhimento desse público. Vale destacar que a atuação da bolsis-ta foi determinante para o sucesso das ativida-des propostas. Desempenhou suas tarefas com comprometimento, iniciativa, competência, exce-lente relacionamento interpessoal, assiduidade e eficiência, além de buscar sempre aplicar os conhecimentos já adquiridos em suas ativida-des acadêmicas para aperfeiçoar as atividades propostas. Felizmente, o projeto Integração Mul-ticultural no Campus USP de Ribeirão Preto foi novamente aprovado pelo Programa Aprender com Cultura e Extensão no exercício 2014-2015, o que permitirá o desenvolvimento de outras ati-vidades, objetivando o acesso à cultura brasileira e a maior integração cultural entre estrangeiros e brasileiros.

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Aplicação e Divulgação de Ações no Tratamento de Resíduos Químicos Gerados no Campus USP de São CarlosCoordenadorDagoberto Dario Mori

Ações/atividades desenvolvidasO projeto foi desenvolvido dentro do programa-do, portanto considero aprovado.Resultados alcançadosOs objetivos do projeto foram alcançados.

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Atividades de Criação de Material de Estudos com Crianças em Situação de Vulnerabilidade Socio-EconômicaCoordenadorDagoberto Dario Mori

Ações/atividades desenvolvidasAs atividades aconteceram presencialmente, uma vez por semana, com um grupo de crianças pré-selecionadas por uma avaliação inicial e que apresentaram maior dificuldade de aprendiza-gem. As crianças são alunos inscritos no Projeto Pequeno Cidadão. As áreas de interesse foram determinadas pela coordenação do projeto em conjunto com o bolsista.Resultados alcançadosAo longo do processo as crianças atendidas já tinham interesse em participar ativamente das ati-vidades oferecidas e, em depoimento, diziam ter tido melhora significativa nas matérias escolares e na participação em sala de aula, perguntando e fazendo exercícios.

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AS O Engenho São Jorge dos Erasmos: História, Luz e SomCoordenadoraVera Lucia Amaral Ferlini

Ações/atividades desenvolvidas1) Pesquisa histórica; 2) Estudo do meio am-biente; 3) Desenho e produção de cenas; 4) Levantamento das condições técnicas. Etapa 1 – Pesquisa de fontes iconográficas e seleção de imagens e informações de referência. Le-vantamento e desenho de precisão da área de projeção no Engenho. Elaboração de pré-roteiro. Qualificação e quantificação dos recursos tec-nológicos envolvidos para projeto executivo de Projeção Mapeada: orçamento para levantamen-to arquitetônico das estruturas do Engenho São Jorge dos Erasmos; orçamento preliminar para compra ou locação de equipamentos do sistema de projeção; orçamento preliminar de execução do projeto de projeção mapeada; orçamento preliminar de testes de projeção. A história das ruínas no contexto das fontes (textuais, arquite-tônicas, arqueológicas e históricas). Tema princi-pal da narrativa desenvolvido em três partes (sé-rie de projeções mapeadas). Parte 1: o ambiente indígena anterior à chegada dos colonizadores; Martim Afonso de Souza e a instalação do En-genho São Jorge; quem foi Erasmus Schetz; o manuscrito de 1548: a escravidão, a moenda, a arquitetura fortificada dos primeiros engenhos. Parte 2: as vilas de São Vicente e Santos; o re-lato ilustrado de Hans Staden na construção do imaginário europeu sobre o Novo Mundo; um grupo Tupinambá aprisiona Hans Staden (em Antuérpia, Staden visita Gaspar Schetz). Parte 3: a relação dos Schetz com os jesuítas (da Bahia, em 1578, Anchieta envia carta para Antuérpia destinada a Gaspar Schetz); em 1585, reunião na Ermida do ESJE para justificar futura guerra contra os Carijó; a terceira geração dos Schetz e a disputa pela propriedade; em 1615, Spilbergen incendeia o ESJE; as ruínas redescobertas pela arqueologia; a história oral na comunidade.Resultados alcançadosForam bolsistas, no ano de 2011, as alunas Ga-brielle Tavares Nunes Lopes e Luanda Dessana Ferreira dos Santos, e o aluno Renato França Pi-res. Em 2012 o quadro de discentes foi acrescido por Luan Diego Silva Fernandes. A equipe desen-volveu um modelo de fichas de catalogação para o Banco de Imagens, sendo este criado para subsidiar a projeção mapeada. Cada membro do grupo ficou responsável por realizar pesquisas acerca de temas pré-estabelecidos, quais sejam: indumentária dos séculos XVI ao XVIII, escravos indígenas e africanos, etc. As pesquisas ocorre-ram nas bibliotecas da USP em diversos centros, como Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Cátedra Jaime Cortesão, Instituto de Estudos Brasileiros, entre outros; – Acervo de Imagens: Assunto: Escravos. Acervo: Biblioteca Brasiliana-USP. Subassunto: Indígenas. Localiza-ção: Fonte: Joao, le vieux chef des Mundurucus. Biard, Auguste François, 1798-1882. Descrição: Disponível em: <http://www.brasiliana.usp.br/

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bbd/handle/1918/002856-154>. João, o antigo chefe Mundurucus. Índio idoso Aparência can-sada; – Acervo de Imagens: Assunto: Escravos. Acervo: Biblioteca Brasiliana-USP. Subassunto: Indígenas. Localização: Fonte: Femme et enfant mundurucus. Biard, Auguste François, 1798-1882. Descrição: Disponível em: <http://www.bra-siliana.usp.br/bbd/handle/1918/002856-142>. Mulher e criança Munducurus. Mulher indígena caminhando com uma criança. Cabelos longos e seminua; – Acervo de Imagens: Assunto: Tor-mentas. Acervo: Google imagens. Subassunto: Tormentas. Localização: <http://invitaminerva45.blogspot.com.br/2011/05/tormentosa-espe-ranca.html>. Fonte: <http://invitaminerva45.blo-gspot.com.br/2011/05/tormentosa-esperanca.html>. Descrição: Cabo da Boa esperança; Colorida; Caravela; Pintura. Também se iniciou os trabalhos com a pré-elaborarão do roteiro da projeção mapeada. Para tanto, realizou-se a lei-tura de textos referentes à história do Engenho São Jorge dos Erasmos. Apontamentos iniciais para o roteiro imagético: 1) O Engenho de Martim Afonso e Erasmos Schetz: da pujança ao esque-cimento (1534 - 1958); 2) Engenho.

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Culturas e Sociedades AçucareirasCoordenadoraVera Lucia Amaral Ferlini

Ações/atividades desenvolvidasO projeto desenvolveu atividades de levantamen-to das temáticas e articulando-se às atividades pedagógicas e culturais do Engenho São Jorge dos Erasmos para a elaboração de roteiros, es-colha de imagens, textos, músicas e produção dos eventos. Subsidiou a organização de exposi-ções/eventos itinerantes, junto a escolas da rede pública, enfocando a sociedade, a política, os conhecimentos e técnicas, a economia e a cul-tura das expansões ibéricas. Essa atividade ofe-receu ao público – através de mostras, vídeos, apresentações teatrais – informações e reflexões sobre a história dos descobrimentos, a partir dos enfoques e das problematizações mais recen-tes. Principais atividades: 1) Levantamento de material histórico; 2) Levantamento dos referen-ciais de meio ambiente; 3) Redação dos textos descritivos; 4) Escolha e adequação de músicas e efeitos sonoros; 5) Preparação de imagens; 6) Planejamento de sequências; 7) Confecção de maquetes físicas e digitais; 8) Elaboração de vídeo para os totens interativos. O projeto ser-ve de base para a produção de material peda-gógico para as visitas monitoradas ao Engenho e subsidia as atividades culturais do Programa Portas Abertas, voltado para a comunidade. Em relação ao aluno envolvido, Renan Biller Teixeira, a elaboração de roteiros rigorosos e adequados à divulgação de conhecimentos permitiu intensifi-car seus conhecimentos específicos, desenvolver estratégias de veiculação dos mesmos, adaptar tecnologias de comunicação e sensibilização para as questões do conhecimento histórico,

ambiental e de preservação do patrimônio. Entre os materiais desenvolvidos, temos a elaboração de material interativo para os totens, com exem-plo que segue: Disponível em: <http://prezi.com/ii64_d_s9rug/ruinas-engenho-sao-jorge-dos--erasmos/>. Para elaboração deste material, a realização de ampla pesquisa iconográfica e tex-tual foi realizada, já que o prezi traça a trajetória do Engenho, sob diferentes temáticas, utilizando diferentes mídias. Durante a vigência da bolsa, também ocorreu à organização do IV Seminário de História do Açúcar: Patrimônio, Economia e Sociedade, a realizar-se no ano de 2013. Trata--se de um tradicional encontro de especialistas no tema que visa debater as recentes produções acerca da História do Açúcar e afins. Abaixo segue a descrição do evento. IV Seminário de História do Açúcar: Patrimônio, Economia e So-ciedade. 1) Escopo: Seminário acadêmico; 2) Pe-ríodo: 02 a 06 de dezembro de 2013.Resultados alcançadosA elaboração de roteiros rigorosos e adequados à divulgação de conhecimentos permitiu inten-sificar conhecimentos específicos, desenvolver estratégias de veiculação dos mesmos, adaptar tecnologias de comunicação e sensibilização para as questões do conhecimento histórico, ambiental e de preservação do patrimônio. Entre os materiais desenvolvidos temos a elaboração de material interativo para os totens, com exem-plo que segue abaixo: Disponível em: <http://prezi.com/ii64_d_s9rug/ruinas-engenho-sao-jor-ge-dos-erasmos/>. Para elaboração deste ma-terial, a realização de ampla pesquisa iconográ-fica e textual foi realizada, já que o Prezi traça a trajetória do Engenho, sob diferentes temáticas, utilizando diferentes mídias. Durante a vigência da bolsa, também ocorreu à organização do IV Seminário de História do Açúcar: Patrimônio, Economia e Sociedade, a realizar-se no ano de 2013. Trata-se de um tradicional encontro de es-pecialistas no tema que visa debater as recen-tes produções acerca da História do Açúcar e afins. Segue a descrição do evento. IV Seminário de História do Açúcar: Patrimônio, Economia e Sociedade. 1) Escopo: Seminário acadêmico; 2) Período: 02 a 06 de dezembro de 2013; 3) Obje-tivos: a) Estimular o balanço historiográfico sobre a história do açúcar; b) Cotejar as diversas leitu-ras historiográficas sobre o tema; c) Apresentar o estado atual dos acervos documentais; d) Expôr e discutir questões sobre economia, sociedade, e cultura material da produção açucareira, em especial ênfase na análise da conservação do patrimônio; 4) Sub Temas: a) Açúcar e literatura; b) Civilizações do açúcar: espaços de sociabili-dade e cultura material; c) Açúcar e patrimônio técnico; d) Estrutura fundiária e patrimônio nas economias açucareiras; e) Patrimônio, família e cultura do açúcar; f) Arquiteturas e arqueologias dos espaços açucareiros; g) Capitais, finanças e açúcar; h) Saberes do açúcar: hábitos, heranças e receitas; i) Patrimônios imateriais do mundo do açúcar; j) Açúcar e meio ambiente; k) Patrimô-nio açucareiro e ações educativas; l) Linhas de

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pesquisa, fontes e métodos de análise; m) Açú-car e trabalho.

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USP Legal é Cultura!CoordenadoraGiliola Maggio

Ações/atividades desenvolvidasO projeto visou à construção de um espaço vir-tual no qual os moradores da comunidade São Remo pudessem compartilhar entre si desde experiências sobre os desafios da acessibilida-de física em seu entorno quanto às facilidades encontradas nos espaços culturais locais e nos lugares que frequentam nas suas atividades de lazer. Inicialmente direcionado a um público jo-vem, o projeto atentou para as demandas atu-ais promovidas pela globalização e o advento da comunicação virtual. Para além da questão da acessibilidade, tinha-se o objetivo de reunir es-sas pessoas com ou sem mobilidade reduzida da comunidade, a fim de possibilitar um espaço de saudável integração coletiva. Para tanto, desde o início foi adotada uma medida de aproximação não invasiva com a comunidade, seguida de vá-rias pesquisas de campo procurando entender como funcionava a estrutura física e social da comunidade. Posteriormente houve o estabele-cimento de contato com os próprios moradores, conhecendo aos poucos as pessoas com dificul-dade de locomoção, e investigando qual era a real demanda daquela comunidade, oferecendo a ferramenta do espaço virtual, mas de maneira que houvesse um contato formal para se enten-der se de fato tal ferramenta seria interessante e útil para a população residente da São Remo.Resultados alcançadosMuito embora a ideia inicial (da criação de um espaço virtual) não tenha sido alcançada, cons-titui-se de valorosa importância e de riqueza in-contável toda essa aproximação com a realidade da comunidade São Remo, toda essa reflexão incisiva que o projeto promoveu, a fim de não pensar somente a questão da acessibilidade ou urbanística, mas a questão do papel e do modo como a universidade dialoga com tal comunida-de. Adentrar e conhecer o lugar, dado que cada comunidade e região de São Paulo tem a sua dinâmica social específica, poder entrar em con-tato com os seus moradores e suas questões, oferece insumo tanto para se entender o funcio-namento da sociedade quanto para se compre-ender o valor inerente a toda questão e atividade de cunho social.

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Guia Eletrônico de Acessibilidade para EventosCoordenadoraLucia Vilela Leite Filgueiras

Ações/atividades desenvolvidasO projeto propôs o desenvolvimento de um guia eletrônico de acessibilidade para eventos uni-versitários, voltados aos diversos agentes orga-nizadores e promotores de eventos científicos, institucionais e artístico-culturais na Universidade de São Paulo. A atividade inicial foi a leitura e

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Ikeda (Geografia) coube também a atualização e aperfeiçoamento do roteiro Vista Panorâmica, que traz ao público informações sobre a histó-ria da Universidade de São Paulo e as unidades de ensino do campus USP da Capital. O bol-sista Leonardo Rudi (Relações Públicas), dada a sua formação na área de comunicação, ficou responsável pela divulgação do Giro Cultural USP juntos às escolas e à imprensa e também à atualização da página do projeto no Facebook. Desde o início deste projeto, os passeios do Giro Cultural USP são acompanhados por dois me-diadores, o que foi possível graças à ampliação da equipe, com o apoio do Programa Aprender com Cultura e Extensão.Resultados alcançadosNo período de agosto de 2013 a julho de 2014, o Giro Cultural USP atendeu 3.425 pessoas, nú-mero que é quase o dobro do atendido no perío-do de 2012-2013. A página do projeto no Face-book, no qual são publicadas fotos dos passeios e dicas culturais da USP, também apresentou resultados positivos. A página, que conta hoje com 1.410 curtidas, é hoje uma importante fer-ramenta de comunicação do projeto com o seu público-alvo, o estudante. Ressaltamos ainda a participação dos bolsistas em grandes eventos, que ajudaram a divulgar o Giro Cultural USP, tais como a Feira de Profissões da USP, o Butantur, organizado pela Prefeitura de São Paulo, e a Fei-ra dos Estudantes da Editora Abril. Destacamos, por fim, a avaliação positiva que os mediadores do Giro Cultural USP têm em nossa pesquisa de opinião junto aos participantes. O item Atuação dos Mediadores é o quesito mais bem avaliado de nossa pesquisa, o que mostra o empenho da equipe durante os passeios a fim de proporcionar ao visitante a melhor experiência que a USP pode oferecer.

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Pare Legal: Sensibilização quanto a Vagas de Estacionamento para Pessoas com Deficiência Física, Mobilidade Reduzida e Idosas em Todos os Campi da USPCoordenadoraLucia Vilela Leite Filgueiras

Ações/atividades desenvolvidasAs seguintes ações foram desenvolvidas: – estu-do da legislação brasileira e municipal, a respeito das vagas reservadas; – pré-projeto da campa-nha, com a concepção de diversos produtos educativos tais como: multa moral personalizada da USP, folder, outdoor, banner, palestra de sen-sibilização, campanha viral, vídeos informativos/interativos, dinâmicas, cursos de capacitação da Guarda Universitária, um relatório sobre o am-paro legal da campanha e veículos virtuais de informação (página do Facebook e site da rede Saci/USP Legal); – apresentação das alternativas de projeto à equipe da Prefeitura do campus da Capital; – detalhamento das campanhas; – brie-fing para campanha dos mobiliários urbanos;

pesquisa de forma a permitir uma maior familia-rização com as temáticas da deficiência, as for-mas de apropriação do espaço e os direitos das pessoas com deficiência, bem como a disserta-ção e a base teórica e normativa pré-existente sobre acessibilidade em suas mais diversas nu-ances: física/arquitetônica, de comunicação e social/atitudinal, visando à quebra de paradigmas e preconceitos e elucidação de muitas dúvidas provindas do maior contato as temáticas citadas acima. Complementando a formação do aluno, ele participou do Curso de Educação Continuada e Certificação em Acessibilidade, promovido pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida junto ao USP Legal, sen-do o conteúdo ministrado pela arquiteta Silvana Cambiaghi. A segunda fase do projeto tratou da elaboração do conteúdo do guia. A partir do embasamento teórico do primeiro mês de traba-lho, foi feita a estruturação dos assuntos e dos temas – e sua profundidade – a serem aborda-dos. Assim, ao longo de um período de quatro a cinco meses foi produzido todo o texto do Guia de Acessibilidade para Eventos. Os principais métodos adotados neste processo foram: aná-lise crítica e reescrita de informações e conteú-dos oriundos de publicações semelhantes e/ou relacionadas, as quais compõem a bibliografia da cartilha; a seleção e explicação dos parâmetros provindos de normas técnicas e leis com diálo-go direto com o tema do projeto. Os últimos três meses do projeto foram destinados ao projeto gráfico eletrônico e acessível do conteúdo.Resultados alcançadosO resultado desejado foi alcançado. O guia está materializado em um documento eletrônico, que será disponibilizado no site do USP Legal.

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Projeto Giro CulturalCoordenadorJose Nicolau Gregorin Filho

Ações/atividades desenvolvidasO projeto foi desenvolvido conjuntamente por servidores e alunos da USP tanto estagiários quanto os três bolsistas selecionados do Progra-ma Aprender com Cultura e Extensão. Após um período de treinamento, os bolsistas passaram a atuar como mediadores do projeto, no aten-dimento aos grupos agendados para as visitas monitoradas do Giro Cultural USP em três rotei-ros: Vista Panorâmica, Acervo Cultural e Científi-co. As visitas monitoradas do Giro Cultural USP são realizadas com grupos de até 40 pessoas e atendem, essencialmente, estudantes de ensino fundamental e de ensino médio. Nos dias em que não havia passeio agendado, os bolsistas desenvolveram atividades de apoio e aperfeiçoa-mento do projeto, tais como: 1) desenvolvimento de dinâmicas educativas para desenvolver com os grupos escolares; 2) atendimento ao público por telefone e por e-mail; 3) preparação dos kits a serem entregues aos participantes. Às bol-sistas Carolina Costa (Lazer e Turismo) e Layse

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deficiência visual; – estudo de conceitos de aces-sibilidade em meios de comunicação, em parti-cular na web e das diretrizes de acessibilidade, além do uso de leitores de tela e de ferramentas de avaliação de acessibilidade para baixa visão.Resultados alcançadosOs resultados alcançados limitaram-se ao apren-dizado da aluna a respeito da temática da defici-ência, em especial da deficiência visual.

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Guia Eletrônico USP AcessívelCoordenadoraLucia Vilela Leite Filgueiras

Ações/atividades desenvolvidasAs seguintes atividades foram conduzidas neste projeto: – levantamento dos serviços disponíveis na USP a partir dos sites oficiais dos serviços dis-poníveis da Universidade de São Paulo; – con-solidação dos dados levantados nos seguintes tópicos: introdução do projeto e sua importância, informações gerais e de acessibilidade distribu-ídas em grandes áreas (alimentação, cultura e arte, estudo/educação, esporte, moradia, saúde, transporte/mobilidade e serviços gerais), sendo elas, subdivididas, quando necessário (como na área de cultura e arte que divide-se em tópicos de cinema, música, museus, teatros e salas de exposição), e também em tópicos apresentando as informações referentes ao assunto, distinguin-do os campi e, por último, o esclarecimento das estruturas físicas e de atenção concedidas aos usuários com deficiência nos serviços de alimen-tação por enquanto nos campi da capital (como rampas de acesso, textos em braile, audiodescri-ção, interpretação em libras, pessoas com treina-mento, entre outros); – elaboração de formulário para levantamento de dados; – confecção do formato do guia, com recursos de acessibilidade, apresentando cada serviço, contendo sua des-crição, funcionamento, endereço, contato (site, e-mail e telefone) e observações (informações de acessibilidade).Resultados alcançadosOs resultados alcançados foram: a produção do Guia, incialmente com 111 páginas, possuindo mais de 100 serviços contemplados em todos os campi da universidade, um formulário embasado e prático de uso abrangente na coleta de infor-mações de acessibilidade e sua distribuição entre os responsáveis de cada serviço.

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USP Sustentável e a Formação Socioambiental de Servidores Públicos de Todos os CampiCoordenadorMarcelo de Andrade Romero

Ações/atividades desenvolvidas– Apoio à organização de encontros educativos com PAPs2 nos campi; – apoio à organização e execução de formação presencial integrada dos

– pesquisa de campo para verificar a ocupação devida e indevida das vagas reservadas; – lança-mento da campanha Pare Legal, nos Mobiliários Urbanos e nos Relógios em 23 de Abril de 2014 no campus USP Butantã. A campanha ficou em voga nos Mobiliários durante um período de dois meses, nos relógios do campus por tempo inde-terminado, juntamente com outras campanhas já trabalhadas antes pela Prefeitura da USP Capi-tal; – desenvolvimento e distribuição de folder in-formativo; – pesquisa de campo pós-campanha para verificar sua eficácia.Resultados alcançados– Formação das alunas quanto aos direitos da pessoa com deficiência e idosas; – campanha Pare Legal, implantada nos Mobiliários Urbanos e nos Relógios em 23 de Abril de 2014 no campus USP Butantã. A campanha ficou em voga nos mobiliários durante um período de dois meses; – folder educativo do uso das vagas reservadas; – conscientização da comunidade USP a respeito do uso das vagas de idoso e de pessoas com deficiência.

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Inventário dos Equipamentos de Acessibilidade Arquitetônica nos Campi da USPCoordenadoraLucia Vilela Leite Filgueiras

Ações/atividades desenvolvidasAs seguintes atividades foram desenvolvidas: – estudo a respeito da acessibilidade do espaço físico, legislação e normas pertinentes; – vistoria em diversos prédios da universidade, registrando em relatórios a situação dos equipamentos de acessibilidade; – especificação e experimenta-ção com ferramenta computacional de registro do inventário (Sistema Hera, que conversa com o Sistema Atlas da SEF); – carga de dados no Sistema Hera.Resultados alcançadosO principal resultado foi a vistoria das condições de acessibilidade de vários espaços da USP: te-atro da Faculdade de Medicina, Centro de Aten-dimento Psicológico da Faculdade de Psicologia, na Tenda Cultural Ortega y Gasset, nos três pré-dios do Instituto de Biologia, no prédio do Ciclo Básico da EACH e na Escola de Aplicação da Faculdade de Educação.

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Elaboração de Roteiros de Teste de Acessibilidade para Pessoas com Deficiência VisualCoordenadoraLucia Vilela Leite Filgueiras

Ações/atividades desenvolvidasAs seguintes atividades foram realizadas: – par-ticipação em seminários sobre a temática da pessoa com deficiência; – leitura e estudo da legislação e das condições das pessoas com

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PAPs no campus de Pirassununga; – coleta e or-ganização de dados relacionados ao projeto nos campi, bem como registros fotográficos; – orga-nização de um acervo para dar apoio aos estu-dos dos PAPs; – apoio à divulgação das ações, elaboração de cartazes, banners e outros recur-sos de comunicação do projeto; – apresentação do projeto em eventos técnico-científicos.Resultados alcançados– Apoio à organização de seis encontros edu-cativos em cada campus (Bauru, São Paulo, Pirassununga) com os 80 PAPs2, totalizando 18 horas de aulas presenciais; – apoio à organização e execução de 22 horas de formação presencial no campus de Pirassununga, nos dias 10, 11 e 12 de dezembro de 2013, com os 180 PAPs dos sete campi da USP, bem como sistematização do relatório geral do encontro; – coleta e organiza-ção de portfolio do Evento de Pirassununga; – or-ganização de uma biblioteca virtual no Moodle e de outras pastas virtuais relacionadas ao projeto para dar apoio aos estudos dos PAPs; – apoio à divulgação dos vídeos produzidos pela SGA e TV USP nos encontros dos PAPs, elaboração de cartazes, banners e outros recursos de comuni-cação do projeto; – apresentação do projeto no Simpósio da CCEX-2014.

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ALEnvolvendo-se com CulturaCoordenadorWaldyr Antônio Jorge

Ações/atividades desenvolvidas– Programação e organização de eventos musi-cais realizados no Espaço Ágora da SAS; – Cap-tação de eventos culturais para apresentação, divulgando-os ao público atingido pela SAS (usuários dos restaurantes da SAS, em média 10.000 usuários/dia, funcionários da SAS e comunidade externa); – Ampla divulgação de eventos à comunidade.Resultados alcançados– Ampliação da parceria ECA-USP para apresen-tação de grupos musicais de alunos, sob a coor-denação do Prof. Dr. Michael Albert, do Labora-tório de Música da ECA; – Organização de dois eventos musicais realizados no Espaço Ágora da SAS; – Organização de apresentação do Coral da USP no saguão do restaurante Central; – Re-gistro dos eventos por fotografias dos eventos; – Divulgação das apresentações no blog da Co-missão de Ação Cultural da SAS, com informa-ções atualizadas; – Envolvimento dos bolsistas em eventos culturais à comunidade.

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Na Boca do CRUSP – Prevenção e AcolhimentoCoordenadorWaldyr Antônio Jorge

Ações/atividades desenvolvidas– Elaboração de informativos bi/trimestrais distri-buídos em todo o CRUSP (oito blocos de moradia) e na EACH, com tiragem de 1.500 exemplares, e também enviados para as Unidades de Ensino, contendo matérias direta ou indiretamente rela-cionadas a pesquisas e informações sobre dro-gas lícitas ou ilícitas, em todo o mundo, além de assuntos relacionados à Doenças Sexualmente Transmissíveis; – Distribuição de preservativos masculinos e femininos disponibilizados pela Se-cretaria da Saúde por meio de convênio, com o objetivo de orientar e incentivar práticas de pre-venção de doenças sexualmente transmissíveis; – Participação no Simpósio Aprender com Cultura.Resultados alcançadosO projeto elaborou os informativos, com a SAS proporcionando o pagamento do material em gráfica. Durante todo o ano foram distribuídos preservativos masculinos, obtidos por meio de convênio com a Secretaria da Saúde. Esses pre-servativos têm grande aceitação e são procura-dos com bastante frequência pelos moradores, atingindo, assim, plenamente um de nossos ob-jetivos, que é incentivar o uso de preservativos no CRUSP e demais ambientes da Universidade. Particularmente entre os meses de maio e setem-bro de 2014, as atividades foram prejudicadas em virtude do movimento de greve por parte dos funcionários, alunos e docentes da Universidade. O número de inscrições de bolsistas vem aumen-tando a cada ano – para o período de 2014-2015

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quando cheios em uma das cozinhas, para re-colhimento pela ONG Trevo, ligada à SABESP. Além do trabalho de monitoramento, o bolsista é responsável pela elaboração e fixação das orien-tações quanto ao despejo adequado do óleo. Foram fixados murais com mensagens educati-vas para incentivar a participação consciente dos moradores no projeto.Resultados alcançadosO projeto é responsável pelo funcionamento da coleta de óleo das cozinhas do CRUSP. Incen-tivamos os moradores a minimizarem o uso do óleo, e acreditamos estar contribuindo para di-minuir os impactos do óleo na água e encana-mentos. Entendemos que a coleta de óleo é, hoje, algo incorporado pelos moradores, assim, embora pudéssemos aperfeiçoar as atividades, acreditamos que o que é realizado já é muito po-sitivo e importante.

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SOS MulherCoordenadorWaldyr Antônio Jorge

Ações/atividades desenvolvidasAtendimentos individuais a mulheres que sofre-ram violência física, psicológica ou sexual, media-ção de conflitos, encaminhamentos para serviços públicos de saúde, jurídicos e terapias comple-mentares, orientação e acompanhamentos para efetivação de boletim de ocorrência e medidas protetivas. Planejamento anual de atividades para eventos comemorativos e preventivos. Participa-ção em seminários e congressos com elaboração de trabalhos relacionados à violência de gênero. Elaboração de materiais educativos sobre o tema (painéis, folhetos e boletins).Resultados alcançadosNos acompanhamentos dos casos individuais observa-se que há necessidade de vários aten-dimentos para que a vítima reconheça a violência sofrida. A mediação de conflitos de casais mos-tra-se satisfatória para a melhoria dos relacio-namentos. No decorrer dos acompanhamentos nota-se recuperação da autoestima, melhora do desempenho acadêmico e profissional.

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Mãe CRUSPianaCoordenadorWaldyr Antônio Jorge

Ações/atividades desenvolvidasConhecer e monitorar as moradoras do CRUSP com filhos; – verificar as condições em que vivem com seus filhos e como articulam seus diversos papéis; – realizar atividades de educação em saúde por meio de oficinas, murais e panfletos, a fim de promover a saúde dessas estudantes e seus filhos; – desenvolver atividades de edu-cação em saúde no espaço do Alojamento das Mães do CRUSP.

tivemos nove alunos inscritos –, sendo que sete deles são moradores do CRUSP, o que entende-mos como fator indicativo de que o projeto está despertando o interesse e sendo reconhecido como importante pelos próprios moradores.

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Horta Agroecológica do CRUSPCoordenadorWaldyr Antônio Jorge

Ações/atividades desenvolvidas– Divulgação e convite aos moradores do CRUSP para participação voluntária nas atividades da Horta; – Limpeza e manutenção do espaço, in-cluindo podas; – Retirada de mudas e sementes no Viveiro da Prefeitura Municipal de São Paulo; – Reuniões mensais de grupo de estudos e de planejamento; – Planejamento de novas ações como compostagem para geração de adubo, mi-nhocário, oficinas para crianças e viveiro de mu-das; – Participação no Simpósio Aprender com Cultura; – Oferecimento do curso aos moradores do CRUSP: Agricultura Biodinâmica e Permacul-tura na Horta do CRUSP, com feira agroecológica, com início em 26 de abril e término dia 20 de no-vembro de 2014, todo último sábado dos meses.Resultados alcançados– Por tratar de atividades voltadas para a susten-tabilidade e agroecologia, relativamente recen-tes na moradia estudantil, o projeto tem como principal preocupação a conscientização e mul-tiplicação de informações acerca dos temas no sentido de sensibilizar a população do CRUSP. A participação voluntária de moradores é bastante efetiva; – Devido às grades de aulas dos alunos e outras obrigações acadêmicas, as atividades da horta se concentram em sua maioria nos finais de semana, o que acaba se tornando também uma atividade de lazer e socialização para alunos que não deixam o CRUSP nesses dias; – O nú-mero de inscrições de bolsistas vem aumentando a cada ano – para o período de 2014-2015 tive-mos 30 alunos inscritos –, sendo que 18 deles são moradores do CRUSP, o que entendemos como fator indicativo de que o projeto está des-pertando o interesse e sendo reconhecido como importante pelos próprios moradores; – O projeto foi premiado com Mérito Acadêmico no último (3º) Simpósio Aprender com Cultura e Extensão.

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Coleta Seletiva no CRUSPCoordenadorWaldyr Antônio Jorge

Ações/atividades desenvolvidasO projeto desenvolveu atividades voltadas es-pecificamente à coleta do óleo das 28 cozinhas coletivas do CRUSP. Cada cozinha dispõem de um vasilhame plástico de 5Lts, com funil, onde os moradores despejam o óleo que utilizam. Cabe ao bolsista monitorar se os vasilhames estão em boas condições de utilização e acondicioná-los,

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Resultados alcançadosO projeto Mãe CRUSPiana tem promovido um ambiente de melhor qualidade de vida acadêmi-ca aos moradores do CRUSP com filhos, e ainda transformando o Alojamento das Mães em um espaço acolhedor e adequado às crianças. As atividades socioeducativas têm promovido a in-tegração das famílias no sentido de serem agen-tes de transformação da realidade em que estão inseridas.

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Este catálogo foi composto em Helvetica e The Mix e gravado por JCN Digital em junho de 2015.

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