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  • 7a SRIE 8oANOENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAISCaderno do ProfessorVolume 1

    HISTRIACincias Humanas

    Valid

    ade: 2014 2017

  • MATERIAL DE APOIO AOCURRCULO DO ESTADO DE SO PAULO

    CADERNO DO PROFESSOR

    HISTRIAENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS

    7a SRIE/8o ANOVOLUME 1

    Nova edio

    2014-2017

    governo do estado de so paulo

    secretaria da educao

    So Paulo

    HISTORIA_CP_7s_Vol1_2014.indd 1 08/11/13 08:22

  • Governo do Estado de So Paulo

    Governador

    Geraldo Alckmin

    Vice-Governador

    Guilherme Afif Domingos

    Secretrio da Educao

    Herman Voorwald

    Secretrio-Adjunto

    Joo Cardoso Palma Filho

    Chefe de Gabinete

    Fernando Padula Novaes

    Subsecretria de Articulao Regional

    Rosania Morales Morroni

    Coordenadora da Escola de Formao e Aperfeioamento dos Professores EFAP

    Silvia Andrade da Cunha Galletta

    Coordenadora de Gesto da Educao Bsica

    Maria Elizabete da Costa

    Coordenadora de Gesto de Recursos Humanos

    Cleide Bauab Eid Bochixio

    Coordenadora de Informao, Monitoramento e Avaliao

    Educacional

    Ione Cristina Ribeiro de Assuno

    Coordenadora de Infraestrutura e Servios Escolares

    Ana Leonor Sala Alonso

    Coordenadora de Oramento e Finanas

    Claudia Chiaroni Afuso

    Presidente da Fundao para o Desenvolvimento da Educao FDE

    Barjas Negri

    Senhoras e senhores docentes,

    A Secretaria da Educao do Estado de So Paulo sente-se honrada em t-los como colabo-

    radores nesta nova edio do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e anlises que

    permitiram consolidar a articulao do currculo proposto com aquele em ao nas salas de aula

    de todo o Estado de So Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com

    os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analtico e crtico da abor-

    dagem dos materiais de apoio ao currculo. Essa ao, efetivada por meio do programa Educao

    Compromisso de So Paulo, de fundamental importncia para a Pasta, que despende, neste

    programa, seus maiores esforos ao intensificar aes de avaliao e monitoramento da utilizao

    dos diferentes materiais de apoio implementao do currculo e ao empregar o Caderno nas aes

    de formao de professores e gestores da rede de ensino. Alm disso, firma seu dever com a busca

    por uma educao paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso

    do material do So Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.

    Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa So Paulo Faz Escola, apresenta orien-

    taes didtico-pedaggicas e traz como base o contedo do Currculo Oficial do Estado de So

    Paulo, que pode ser utilizado como complemento Matriz Curricular. Observem que as atividades

    ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessrias,

    dependendo do seu planejamento e da adequao da proposta de ensino deste material realidade

    da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposio de apoi-los no planejamento de suas

    aulas para que explorem em seus alunos as competncias e habilidades necessrias que comportam

    a construo do saber e a apropriao dos contedos das disciplinas, alm de permitir uma avalia-

    o constante, por parte dos docentes, das prticas metodolgicas em sala de aula, objetivando a

    diversificao do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedaggico.

    Revigoram-se assim os esforos desta Secretaria no sentido de apoi-los e mobiliz-los em seu

    trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofcio de ensinar

    e elevar nossos discentes categoria de protagonistas de sua histria.

    Contamos com nosso Magistrio para a efetiva, contnua e renovada implementao do currculo.

    Bom trabalho!

    Herman Voorwald

    Secretrio da Educao do Estado de So Paulo

    HISTORIA_CP_7s_Vol1_2014.indd 2 08/11/13 08:22

  • Governo do Estado de So Paulo

    Governador

    Geraldo Alckmin

    Vice-Governador

    Guilherme Afif Domingos

    Secretrio da Educao

    Herman Voorwald

    Secretrio-Adjunto

    Joo Cardoso Palma Filho

    Chefe de Gabinete

    Fernando Padula Novaes

    Subsecretria de Articulao Regional

    Rosania Morales Morroni

    Coordenadora da Escola de Formao e Aperfeioamento dos Professores EFAP

    Silvia Andrade da Cunha Galletta

    Coordenadora de Gesto da Educao Bsica

    Maria Elizabete da Costa

    Coordenadora de Gesto de Recursos Humanos

    Cleide Bauab Eid Bochixio

    Coordenadora de Informao, Monitoramento e Avaliao

    Educacional

    Ione Cristina Ribeiro de Assuno

    Coordenadora de Infraestrutura e Servios Escolares

    Ana Leonor Sala Alonso

    Coordenadora de Oramento e Finanas

    Claudia Chiaroni Afuso

    Presidente da Fundao para o Desenvolvimento da Educao FDE

    Barjas Negri

    Senhoras e senhores docentes,

    A Secretaria da Educao do Estado de So Paulo sente-se honrada em t-los como colabo-

    radores nesta nova edio do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e anlises que

    permitiram consolidar a articulao do currculo proposto com aquele em ao nas salas de aula

    de todo o Estado de So Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com

    os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analtico e crtico da abor-

    dagem dos materiais de apoio ao currculo. Essa ao, efetivada por meio do programa Educao

    Compromisso de So Paulo, de fundamental importncia para a Pasta, que despende, neste

    programa, seus maiores esforos ao intensificar aes de avaliao e monitoramento da utilizao

    dos diferentes materiais de apoio implementao do currculo e ao empregar o Caderno nas aes

    de formao de professores e gestores da rede de ensino. Alm disso, firma seu dever com a busca

    por uma educao paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso

    do material do So Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb.

    Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa So Paulo Faz Escola, apresenta orien-

    taes didtico-pedaggicas e traz como base o contedo do Currculo Oficial do Estado de So

    Paulo, que pode ser utilizado como complemento Matriz Curricular. Observem que as atividades

    ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessrias,

    dependendo do seu planejamento e da adequao da proposta de ensino deste material realidade

    da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposio de apoi-los no planejamento de suas

    aulas para que explorem em seus alunos as competncias e habilidades necessrias que comportam

    a construo do saber e a apropriao dos contedos das disciplinas, alm de permitir uma avalia-

    o constante, por parte dos docentes, das prticas metodolgicas em sala de aula, objetivando a

    diversificao do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedaggico.

    Revigoram-se assim os esforos desta Secretaria no sentido de apoi-los e mobiliz-los em seu

    trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofcio de ensinar

    e elevar nossos discentes categoria de protagonistas de sua histria.

    Contamos com nosso Magistrio para a efetiva, contnua e renovada implementao do currculo.

    Bom trabalho!

    Herman Voorwald

    Secretrio da Educao do Estado de So Paulo

    HISTORIA_CP_7s_Vol1_2014.indd 3 08/11/13 08:22

  • Orientao sobre os contedos do volume 5

    Situaes de Aprendizagem 7

    Situao de Aprendizagem 1 O Iluminismo 7

    Situao de Aprendizagem 2 A colonizao inglesa e a Independncia dos Estados Unidos da Amrica 15

    Situao de Aprendizagem 3 A colonizao espanhola e a Independncia da Amrica espanhola 22

    Situao de Aprendizagem 4 A Revoluo Industrial inglesa 27

    Situao de Aprendizagem 5 A Declarao dos Direitos do Homem e do Cidado 35

    Situao de Aprendizagem 6 O Brasil urbano de Debret 43

    Situao de Aprendizagem 7 Monarquia x Repblica 53

    Situao de Aprendizagem 8 Voto e cidadania 60

    Quadro de contedos do Ensino Fundamental Anos Finais 67

    Gabarito 68

    SumriO

    HISTORIA_CP_7s_Vol1_2014.indd 4 08/11/13 08:22

  • 5Histria 7 srie/8 ano Volume 1

    OriEntAO SObrE OS cOntEdOS dO VOLumECaro(a) professor(a),

    Este Caderno aborda temas relacionados crise do Antigo Regime, Revoluo France-sa e ao processo de emancipao poltica do Brasil, propondo Situaes de Aprendizagem que pretendem colaborar com as dinmicas de sala de aula. As sugestes aqui contidas devem ser avaliadas por voc e consideradas, sempre, em funo da experincia adquirida em sua convivncia com os alunos.

    conhecimentos priorizados

    Trabalhamos, neste volume, o Iluminismo, a colonizao inglesa e a Independncia dos Estados Unidos da Amrica, a colonizao espanhola e a Independncia da Amrica es-panhola e a Revoluo Industrial inglesa. Op-tamos por integrar os temas das colonizaes espanhola e inglesa a seus respectivos proces-sos de emancipao poltica para aproveitar melhor o tempo destinado s aulas de Hist-ria, pois, muitas vezes, para ns, professores, a ideia de cumprir ou no o planejamento um fator de tenso. Por esse mesmo motivo, os temas da Revoluo Francesa e da expanso napolenica foram integrados.

    Os trs temas que encerram o Caderno a vinda da famlia real portuguesa, o proces-so de Independncia do Brasil e o Primeiro Reinado , apesar de constiturem atividades distintas, so integrados em suas mltiplas relaes, considerando-se todas as transfor-maes promovidas pela presena da Corte no Rio de Janeiro e seu retorno a Lisboa, as influncias no processo de independncia e as condies da organizao do Estado Imperial Brasileiro, liderado politicamente pela casa dinstica portuguesa.

    Levando-se em considerao a importn-cia de se estabelecerem as relaes possveis entre a chamada Histria Geral e a Histria do Brasil, lembramos que alguns dos temas ci-tados so particularmente interessantes para atingir tais objetivos, por exemplo, por meio da anlise das relaes entre a expanso na-polenica e a vinda da Corte para o Brasil, da influncia dos ideais dos revolucionrios fran-ceses no processo de emancipao poltica do Brasil e de outros pases latino-americanos e das resistncias liberais ao despotismo de D. Pedro I, entre outras.

    Para cada tema foi elaborada uma Situa-o de Aprendizagem, que pode ser adaptada e complementada por cada professor, tendo em vista seu grupo de alunos e suas condies de trabalho.

    competncias e habilidades

    Todas as Situaes de Aprendizagem esto acompanhadas da identificao dos principais conceitos trabalhados, das competncias e ha-bilidades priorizadas, das estratgias e dos re-cursos que podem ser utilizados, alm de um roteiro para a sua aplicao e grades de ava-liao.

    Deve-se considerar, tambm, que as ati-vidades propostas esto baseadas nas orien-taes para a rea de Histria, estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases da Educao (Lei no 9.394/96) e pelos Parmetros Curri-culares Nacionais, principalmente no que se refere insero dos alunos em sua realida-de social, valorizando o direito de cidadania dos indivduos. Alm disso, pautamo-nos pelo reconhecimento de que a vivncia histrica interdisciplinar e deve ser desenvolvida com

    HISTORIA_CP_7s_Vol1_2014.indd 5 08/11/13 08:22

  • 6base em relaes entre contedo e atitudes, re-conhecendo os alunos como agentes na cons-truo do processo histrico.

    As competncias e habilidades gerais a ser desenvolvidas por meio das Situaes de Aprendizagem deste Caderno, extradas da matriz do Enema, so as seguintes:

    I. dominar a norma culta da lngua portu-guesa e fazer uso das linguagens matem-tica, artstica e cientfica;

    II. construir e aplicar conceitos das vrias reas do conhecimento para a com-preenso de fenmenos naturais, de processos histrico-geogrficos, da pro-duo tecnolgica e das manifestaes artsticas;

    III. selecionar, organizar, relacionar e interpre-tar dados e informaes, representados de diferentes formas, para to mar decises e enfrentar situaes-pro blema;

    IV. relacionar informaes, representadas de diferentes formas, e conhecimen-tos disponveis em diferentes situaes, para construir argumentao consisten-te;

    V. recorrer aos conhecimentos desenvolvi-dos na escola para elaborao de pro-postas de interveno solidria na reali-dade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultu-ral.

    Alm disso, em cada Situao de Apren-dizagem so detalhadas as habilidades espe-cficas que se pretende desenvolver na relao com os contedos priorizados.

    metodologias e estratgias

    Os textos estudados neste volume podem ser trabalhados por meio de Situaes de Aprendizagem que visam ao saber fazer, nas quais os alunos recorrem a seus esquemas de conhecimento para resolver situaes-pro-blema. Para tanto, enfatizamos a pesquisa e a sistematizao das informaes, a anlise de documentos, a produo de textos e de um pai-nel de imagens e as discusses em sala de aula.

    Avaliao

    Em relao s propostas de avaliao, entende-se que o processo deva oferecer um diagnstico completo da dinmica de ensino e aprendizagem, alm de representar um est-mulo aos alunos para que eles possam analisar o prprio desempenho. A avaliao se reveste de significado se for capaz de proporcionar o aprimoramento das atividades pedaggicas, tanto por parte do professor quanto do alu-no, devendo ser um momento de reflexo para ambos e fazer parte do prprio processo de ensino-aprendizagem.

    Alm disso, nas Situaes de Aprendizagem encontramos sugestes de avaliao, com ati-vidades de anlise de documentos, produo e leitura de textos e atividades de mltipla esco-lha. Essas sugestes podero ser utilizadas para avaliar o processo de aprendizagem dos alunos. As atividades de mltipla escolha podero ser justificadas pelos alunos, o que possibilitar a observao da argumentao e o entendimen-to das questes, bem como a assimilao do contedo. J as atividades de anlise de docu-mento e de leitura e produo de textos pode-ro exercitar a capacidade de interpretao e encadeamento de conhecimentos trabalhados sobre o perodo que est sendo estudado.

    Bom trabalho!

    a Documento bsico do Enem. Fonte: . Acesso em: 31 jul. 2013. As competncias bsicas da rea enunciadas na Matriz de Referncias para o Enem 2009 encontram-se disponveis em: . Acesso em: 17 maio 2013.

    HISTORIA_CP_7s_Vol1_2014.indd 6 08/11/13 08:22

  • 7Histria 7 srie/8 ano Volume 1

    Esta Situao de Aprendizagem visa iden-tificao e descrio da influncia de determi-nados aspectos do pensamento do Baro de Montesquieu na constituio do Estado brasi-leiro contemporneo.

    Por meio desta Situao de Aprendiza-gem, voc pode encaminhar as reflexes dos alunos para lev-los a perceber as relaes passado-presente e as permanncias e ruptu-ras na dinmica do processo histrico, alm de contribuir para que eles compreendam a importncia do pensamento iluminista como componente essencial da construo da atual concepo de cidadania e seu legado s mo-dernas democracias.

    A Situao de Aprendizagem tambm pretende incentivar a prtica do trabalho em

    grupo e da apresentao de seminrio, a reali-zao de pesquisa em fontes diversas e a siste-matizao de informaes, dados e conceitos.

    Durante as aulas expositivas sobre o Ilumi-nismo, sugerimos que sejam abordados os con-ceitos fundamentais que denotam as concepes de mundo iluminista, como: racionalismo, m-todo cientfico, progresso e liberdade. Assim, para a realizao da Situao de Aprendiza-gem, deve ser assegurado que os alunos j co-nheam os conceitos de Iluminismo e Sculo das Luzes e que sejam capazes de identificar os elementos que propiciaram seu surgimento, suas caractersticas, seus desdobramentos e in-fluncias, tanto nas questes econmicas quan-to polticas, alm de conseguirem integr-los ao processo de transformaes que ocorreram na Europa no sculo XVIII.

    SITUAO DE APRENDIzAGEM 1 O ILUMINISMO

    Sondagem e sensibilizao

    Na proposio da Situao de Aprendi-zagem desejvel que voc busque e valori-ze, por meio de questes muito simples, os conhecimentos prvios que os alunos detm sobre o tema.

    SituAES dE AprEndizAGEm

    contedos e temas: contrato social, Constituio, governo constitucional, liberalismo, Estado liberal, igualdade jurdica e sistema tripartite de poder.

    competncias e habilidades: autonomia na busca de dados e informaes, capacidade de leitura, seleo, organizao, anlise e esquematizao de dados, expresso verbal oral e escrita, capacidade de trabalhar em equipe.

    Sugesto de estratgias: aulas expositivas, trabalho em grupos, pesquisa, coleta e sistematizao das informaes e apresentao de seminrio.

    Sugesto de recursos: enciclopdias, almanaques, livros didticos e paradidticos, mdias eletrnicas e jornais.

    Sugesto de avalio: tarefas realizadas em sala de aula e participao dos alunos durante sua execuo. Para aquelas desenvolvidas extraclasse, voc pode solicitar um relatrio das atividades do grupo em que esteja descrita a participao de cada componente. Autoavaliao dos alunos.

    Professor, o Caderno do Aluno possui o texto a seguir, como ativi-dade de Leitura e anlise de texto,

    seguido por atividades que exploram o tema da diviso dos poderes. Alm disso, solicita-se que os alunos relacionem essa diviso com a realidade poltica atual do nosso pas.

    HISTORIA_CP_7s_Vol1_2014.indd 7 08/11/13 08:22

  • 8Vale mencionar que o grupo social de ori-gem do Baro de Montesquieu era a nobreza, e suas convices o aproximavam dos ideais de uma aristocracia liberal; o modelo escolhido para sua inspirao foi o ingls, adotado aps a Revoluo Gloriosa, em 1688. Apesar dis-so, suas ideias foram adotadas na organizao poltica da maioria dos Estados burgueses contemporneos e ocidentais, sejam eles mo-narquias ou repblicas.

    O objetivo dessa atividade estabelecer uma analogia entre as ideias de Montesquieu e a realidade poltica atual como o sistema poltico brasileiro est organizado. Para tan-to, voc deve identificar os conhecimentos que os alunos tm sobre a organizao poltica

    nacional em suas diferentes instncias: muni-cipal, estadual e federal.

    As perguntas e respostas devem servir como motivao para suscitar a curiosidade dos alunos sobre o tema. Permita que eles se expressem, inclusive propondo questes para as quais eles, eventualmente, no tenham res-postas.

    Aps uma breve exposio sobre o Ilumi-nismo, possvel que os alunos identifiquem o objetivo da atividade: a discusso sobre a existncia do sistema tripartite proposto por Montesquieu no Brasil atual. Caso os alunos no consigam identificar o objetivo da ativi-dade, para que a Situao de Aprendizagem adquira significado e importncia, explicite--o, pois fundamental que eles tenham plena clareza a esse respeito no momento em que o trabalho for proposto.

    Posteriormente, oriente os alunos para que realizem a Lio de casa, presente no Caderno do Aluno, e

    ajude-os a lembrar ou a descobrir o nome do prefeito da sua cidade, do governador do Estado de So Paulo e do presidente do Brasil.

    1. Quem o prefeito de sua cidade? Quais so suas funes?

    2. Quem o governador do seu Estado? Quais so suas funes?

    3. Quem o presidente da Repblica? Quais so suas funes?

    4. Quais so as funes de um juiz?

    5. Quais so as funes dos vereadores de sua cidade?

    Para que respondam as perguntas, sugira a eles que busquem as informaes em jornais

    Em 1748, o iluminista francs Charles--Louis de Secondat (1689-1755), o Baro de Montesquieu, publicou a obra O esprito das leis, na qual desenvolveu o sistema triparti-te de poder (Poder Executivo, Poder Legis-lativo e Poder Judicirio), que influenciou a organizao dos Estados liberais, a comear pela Constituio dos Estados Unidos da Amrica, redigida em 1787.

    Por considerar que s o poder freia o poder, Montesquieu destacou a necessi-dade de autonomia para cada uma das trs instncias da administrao pblica mencio-nadas em sua obra. Sua proposta, contudo, no defendia uma separao rgida entre os trs poderes, mas sim o estabelecimento de uma correlao de foras que conduzisse ao equilbrio entre eles, de maneira que hou-vesse o controle de um pelo outro. preciso lembrar, tambm, que o Baro de Montes-quieu desejava apenas a limitao do Abso-lutismo, regime vigente na Frana do sculo XVIII.

    Elaborado por Mnica Lungov Bugelli especialmente

    para o So Paulo faz escola.

    HISTORIA_CP_7s_Vol1_2014.indd 8 08/11/13 08:22

  • 9Histria 7 srie/8 ano Volume 1

    e telejornais, revistas, sites ou mesmo pergun-tando para adultos com os quais convivem. As funes de cada um desses cargos podem ser levantadas com a leitura de notcias so-bre seus atos; estimule os alunos a levantar hipteses sobre elas por meio de mecanismo investigativo. Para que os alunos formulem hipteses sobre quais seriam as funes de um juiz, sugira a eles que observem a atuao de um rbitro de futebol ou de qualquer outro esporte, em termos de resoluo de conflitos e da aplicao das leis da modalidade espor-tiva em questo. As funes dos vereadores podem ser investigadas por meio da consulta a jornais da cidade, ou mesmo em uma visita Cmara dos Vereadores local. Por fim, res-salte a importncia da anotao das fontes de pesquisa e valorize sua diversidade.

    1a etapa

    Aps a Sondagem e sensibilizao, proponha a realizao da Pesquisa em Grupo atividade do Caderno

    do Aluno, na qual eles podero registrar as in-formaes obtidas. Proceda diviso de gru-pos, de acordo com o critrio que considerar mais conveniente naquele momento. Por fim, agende tambm a data mais favorvel para as apresentaes dos seminrios.

    H algumas opes: permita que os alunos se agrupem de acordo com a prpria vontade ou organize-os voc mesmo utilizando crit-rios preestabelecidos, como equilbrio entre o nmero de meninos e o de meninas em cada grupo ou aproximao de alunos com diferen-tes graus de dificuldades, constituindo, assim, parcerias colaborativas.

    O nmero de grupos, ou mesmo de alu-nos por grupo, vai depender do nmero de alunos por classe. Contudo, conveniente que este nmero no ultrapasse cinco. Se necessrio, voc pode repetir ou aglutinar temas e sugerir possibilidades de diviso

    de tarefas para a realizao do trabalho, de maneira que todos os elementos do grupo possam participar.

    Distribua os temas a seguir entre os gru-pos:

    Tema 1: o Poder Legislativo federal

    Tema 2: o Poder Legislativo estadual

    Tema 3: o Poder Legislativo municipal

    Tema 4: o Poder Executivo federal

    Tema 5: o Poder Executivo estadual

    Tema 6: o Poder Executivo municipal

    Tema 7: o Poder Judicirio

    Cada grupo de trabalho deve realizar sua pesquisa para responder, no mnimo, s se-guintes questes, includas no Caderno do Aluno:

    a) Quem exerce esse Poder?

    b) Como so escolhidas as pessoas que exer-cem esse Poder?

    c) Qual a durao do mandato dessas pes-soas?

    d) Quais so as atribuies desse Poder?

    Professor, incentive a pesquisa em dife-rentes fontes de informao. H algumas indicaes referente aos itens na seo Re-cursos para ampliar a perspectiva do profes-sor e do aluno para a compreenso do tema.

    interessante orientar os alunos para que dividam as tarefas entre os componentes do grupo, considerando que a pesquisa e a

    HISTORIA_CP_7s_Vol1_2014.indd 9 08/11/13 08:22

  • 10

    organizao das informaes so tarefas co-muns a todos. Depois, de acordo com as ha-bilidades e interesses de cada um, dividir as demais tarefas: a execuo da apresentao visual e a exposio oral.

    Estabelea a data para a apresentao dos seminrios e o tempo de apresentao para cada grupo. Lembre aos alunos que eles faro a apresentao oral dos seminrios e, por isso, eles precisam se preocupar em transmitir as informaes de maneira clara, em linguagem formal, de preferncia utilizando o material escrito apenas como referncia, e no para simples leitura em voz alta. Professor, a seguir, uma sntese do que esperado que os alunos pesquisem sobre os temas propostos.

    tema 1: o poder Legislativo federal

    a) Quem exerce esse Poder?Esse poder exercido pelo Congresso Nacional, que cons-

    titudo por duas casas: a Cmara dos Deputados e o Senado

    federal. A Cmara dos Deputados conta, atualmente, com

    513 membros, que representam a populao dos Estados e

    do Distrito Federal, sendo eleitos um mnimo de oito e um

    mximo de 70 em cada um deles, proporcionalmente po-

    pulao. O Senado federal tem 81 senadores que represen-

    tam os Estados, sendo trs para cada uma das 27 Unidades

    da Federao.

    b) Como so escolhidas as pessoas que exercem esse Poder?

    Os deputados federais e os senadores so escolhidos pelos

    eleitores, por meio de eleies diretas.

    c) Qual a durao do mandato dessas pessoas?

    O mandato de quatro anos para os deputados federais e de

    oito anos para os senadores.

    d) Quais so as atribuies desse Poder? A Cmara dos Deputados e o Senado trabalham em conjun-

    to para elaborar as leis para o pas, obedecendo ao seguinte

    critrio: uma das casas recebe e analisa um projeto de lei,

    cabendo outra revisar a deciso da primeira.

    tema 2: o poder Legislativo estadual

    a) Quem exerce esse Poder?Esse poder exercido pelas assembleias estaduais, onde tra-

    balham os deputados estaduais.

    b) Como so escolhidas as pessoas que exercem esse Poder?

    Os deputados estaduais so eleitos por eleies diretas.

    c) Qual a durao do mandato dessas pessoas?

    O mandato dos deputados estaduais de quatro anos.

    d) Quais so as atribuies desse Poder?Os deputados estaduais apresentam, discutem e votam as leis

    que so importantes para seu Estado. Eles tambm fiscalizam

    os atos dos governadores e secretrios.

    tema 3: o poder Legislativo municipal

    a) Quem exerce esse Poder? Esse Poder exercido pelos vereadores, eleitos em seus mu-

    nicpios para as Cmaras Municipais.

    b) Como so escolhidas as pessoas que exercem esse Poder?

    Os vereadores so eleitos por eleies diretas.

    c) Qual a durao do mandato dessas pessoas?

    O mandato dos vereadores de quatro anos.

    d) Quais so as atribuies desse Poder? Os vereadores apresentam, discutem e votam proposies

    que sejam importantes para seu municpio. Eles tambm fis-

    calizam o uso das verbas municipais.

    tema 4: o poder Executivo federal

    a) Quem exerce esse Poder? O Poder Executivo federal exercido pelo presidente da Re-

    pblica e seus ministros.

    b) Como so escolhidas as pessoas que exercem esse Poder?

    HISTORIA_CP_7s_Vol1_2014.indd 10 08/11/13 08:22

  • 11

    Histria 7 srie/8 ano Volume 1

    A eleio para presidente da Repblica feita em um ou dois

    turnos. O segundo turno acontece caso nenhum dos candi-

    datos obtenha mais da metade dos votos vlidos na primeira

    consulta. Concorrem, ento, os dois candidatos mais votados

    no primeiro turno.

    c) Qual a durao do mandato dessas pessoas?

    O presidente da Repblica eleito para um mandato de qua-

    tro anos e pode concorrer reeleio.

    d) Quais so as atribuies desse Poder? O Poder Executivo federal responsvel por executar as leis.

    O presidente da Repblica concentra as funes de chefe de

    Estado e chefe de governo, cabendo-lhe, tambm, a escolha

    de seu ministrio.

    tema 5: o poder Executivo estadual

    a) Quem exerce esse Poder?O Poder Executivo estadual exercido pelo governador e

    seus secretrios estaduais.

    b) Como so escolhidas as pessoas que exercem esse Poder?

    A eleio para governador feita em um ou dois turnos. O

    segundo turno acontece caso nenhum dos candidatos obte-

    nha mais da metade dos votos vlidos na primeira consulta.

    Concorrem, ento, os dois candidatos mais votados no pri-

    meiro turno.

    c) Qual a durao do mandato dessas pessoas?

    O governador eleito para um mandato de quatro anos e

    pode concorrer reeleio.

    d) Quais so as atribuies desse Poder? O Poder Executivo estadual responsvel por executar as leis.

    O governador administra seu Estado e cabe a ele a escolha

    de seus secretrios.

    tema 6: o poder Executivo municipal

    a) Quem exerce esse Poder?O Poder Executivo municipal exercido pelo prefeito e seus

    secretrios.

    b) Como so escolhidas as pessoas que exercem esse Poder?

    A eleio para prefeito realizada em um ou dois turnos. O se-

    gundo turno acontece apenas nas cidades com mais de 200

    mil habitantes caso nenhum dos candidatos obtenha mais

    da metade dos votos vlidos na primeira consulta. Concorrem,

    ento, os dois candidatos mais votados no primeiro turno.

    c) Qual a durao do mandato dessas pessoas?

    O prefeito eleito para um mandato de quatro anos e pode

    concorrer reeleio.

    d) Quais so as atribuies desse Poder?O prefeito administra e comanda os servios pblicos de seu

    municpio e cabe a ele a escolha de seus secretrios.

    tema 7: o poder Judicirio

    a) Quem exerce esse Poder?Os Tribunais de Justia (federal, esta dual, militar, eleitoral

    e do trabalho) e os Superiores (os Supremos Tribunais).

    b) Como so escolhidas as pessoas que exercem esse Poder?

    Os juzes ingressam na carreira por meio de concurso pbli-

    co. Os ministros dos tribunais superiores so escolhidos entre

    os juzes, nomeados pelo presidente da Repblica e aprova-

    dos pelo Senado federal.

    c) Qual a durao do mandato dessas pessoas?

    No Poder Judicirio os cargos so vitalcios.

    d) Quais so as atribuies desse Poder?O Poder Judicirio responsvel por aplicar as leis que ga-

    rantem os direitos individuais.

    2a etapa

    Este o momento da apresentao dos se-minrios. Cuide para que seja mantido um am-biente de respeito entre os grupos, para garantir que todos os alunos possam aproveitar as ex-posies dos demais temas e aprender com elas.

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    Oriente os alunos a anotarem no caderno as in-formaes apresentadas durante os seminrios.

    Aps as apresentaes de todos os grupos, cabe a voc encerrar a Situao de Aprendi-zagem discutindo com os alunos e ajudando--os a perceber as relaes passado-presente e as permanncias e rupturas na dinmica do processo histrico. Enfatize que o Estado bra-sileiro adota o sistema tripartite de poder pro-posto pelo iluminista Montesquieu no sculo XVIII e que, portanto, esse um modelo que ainda considerado adequado. Assim, evi-dencie a importncia do Iluminismo para a construo da cidadania, bem como seu lega-do s democracias modernas.

    Avaliao da Situao de Aprendizagem

    O resultado da avaliao deve ser um diag-nstico do processo de ensino-aprendizagem e um estmulo aos alunos para que eles prprios possam analisar seu desempenho. A avaliao s tem significado se for capaz de proporcio-nar o aprimoramento das atividades peda-ggicas, tanto por parte do professor quanto do aluno, devendo ser um momento de refle-xo para ambos e fazer parte do prprio pro-cesso de aprendizagem.

    Por meio de suas observaes e do rela-trio de atividades do grupo, voc pode ve-rificar:

    1. O contedo apresentado nos seminrios aten deu s expectativas temticas propostas?

    2. A apresentao do grupo foi esclarecedora para os colegas?

    3. A elaborao de materiais para a apresenta-o colaborou com a elucidao dos temas?

    4. Como o grupo avaliou o processo de tra-balho?

    proposta de questes para a avaliao

    As questes a seguir esto includas na seo Voc aprendeu? do Cader-no do Aluno.

    1. Verifique a definio do que uma Medida Provisria:

    Medida Provisria (MP): norma criada apenas pelo presidente da Repblica. A Medi-da Provisria (MP) deve ser utilizada quando o presidente tem muita pressa em criar uma lei. A MP tem efeito imediato e vale por 60 dias (e sua validade pode ser aumentada uma vez por mais 60 dias). O Congresso Nacional pode transformar em Lei a Medida Provisria por meio de um Decreto Legislativo.

    Plenarinho Cmara dos Deputados. Disponvel em: . Acesso em:

    20 maio 2013.

    Conforme voc aprendeu, responda:

    f Qual dos Trs Poderes exerce o presidente da Repblica e qual a sua principal funo?O aluno deve responder que o presidente da Repblica exer-

    ce o Poder Executivo federal e que ele responsvel por apli-

    car as leis e exerce funes administrativas.

    f Com base na definio de Medida Provi-sria (MP) que voc acabou de ler, qual a funo que o presidente est desempe-nhando ao cri-la? O aluno deve conseguir perceber que, ao criar uma Medida

    Provisria (MP), o presidente da Repblica est exercendo

    uma funo legislativa e que isso est de acordo com o sis-

    tema previsto por Montesquieu. O pensador admitia a inter-

    penetrao das funes judicirias, legislativas e executivas.

    2. Leia as duas frases a seguir. A primeira atribuda a Voltaire e a segunda de auto-ria de Montesquieu, ambos pensadores do

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    Histria 7 srie/8 ano Volume 1

    Iluminismo. Identifique em cada uma delas o princpio da Filosofia das Luzes que elas expressam:

    Esto corretas as afirmaes:

    a) I, II e III.

    b) apenas I e II.

    c) apenas I e III.

    d) apenas II e III.

    e) nenhuma das afirmaes correta.O aluno deve ser capaz de discernir, entre as proposies,

    aquelas que caracterizam o Iluminismo e reconhecer que

    o pensamento iluminista exerceu grande influncia sobre a

    sociedade ocidental.

    4. A autoridade do prncipe limitada pelas leis da natureza e do Estado. Essa frase, escrita por Diderot, est em um dos arti-gos da Enciclopdia, publicada a partir de 1751.

    Segundo a frase, o autor afirmava que:

    a) o poder do soberano deve ser absoluto, pois ele divino.

    b) apenas no regime republicano a autori-dade do governante reconhecida pelos cidados.

    c) o poder do governante deve ser limita-do, o que est de acordo com o pensa-mento iluminista.

    d) deve haver um limite ao poder do prncipe, mas nada pode limitar o poder de um rei.

    e) as leis devem ser elaboradas pelo prncipe, para que sejam seguidas pelos sditos.

    O aluno deve ser capaz de discernir, entre as proposies,

    aquela que est de acordo com a frase de Diderot, ou seja, o

    carter limitado do poder do soberano.

    5. Leia o artigo da Declarao dos Direitos do Homem e do Cidado, de 26 de agosto

    No concordo com uma s palavra do que dizes, mas defenderei at a morte o teu direito de diz-las.

    Frase atribuda a Voltaire.

    [...] uma experincia eterna: todo ho-mem que tem poder levado a abusar dele [...]. Para que no se abuse do poder, pre-ciso que, pela disposio das coisas, o poder freie o poder.

    MONTESQUIEU, Charles-Louis de Secondat, Baro de. O esprito das leis. Disponvel em: . Acesso

    em: 17 maio 2013. Traduo Clia Gambini.

    Na frase de Voltaire, o aluno deve identificar a defesa da

    liberdade de expresso, um dos princpios bsicos do pen-

    samento iluminista. Na frase de Montesquieu, o aluno deve

    perceber a crtica do autor ao poder absoluto, concentrado

    apenas em uma pessoa, e a necessidade de estabelecer siste-

    mas de controle que evitem o abuso do poder.

    3. As afirmaes a seguir so referentes ao Iluminismo. Leia-as e assinale apenas a al-ternativa correta.

    I. O pensamento iluminista valorizava a razo como meio para atingir o conhe-cimento.

    II. O pensamento iluminista compreendia a liberdade como um dos principais di-reitos de todo ser humano.

    III. O pensamento iluminista no exerceu influncias sobre a atual sociedade oci-dental.

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    de 1789, um documento no qual esto cla-ros alguns dos princpios do Iluminismo.

    situaes propostas neste Caderno e a avalia-o , voc poder identificar entre os alunos aqueles que no tenham alcanado seus obje-tivos, tanto no que concerne apreenso dos contedos quanto no desenvolvimento das habilidades e competncias contempladas.

    Para esses alunos, com maiores dificulda-des, podemos utilizar diferentes estratgias para obter resultados que indiquem progresso no processo de ensino-aprendizagem.

    A compreenso do tema Iluminismo es-sencial para a continuao dos estudos hist-ricos, pois pr-requisito para outros temas, como a Independncia dos Estados Unidos da Amrica, a Revoluo Francesa e a Con-jurao Mineira.

    O mais importante que o aluno consiga identificar as crticas do pensamento iluminis-ta ao mundo do Antigo Regime, bem como suas propostas de transformao, sintetizadas nos conceitos de Liberalismo poltico e eco-nmico. Em relao s habilidades e com-petncias, recomendvel que voc consiga identificar as dificuldades e os progressos de cada um de seus alunos.

    proposta 1

    Uma possibilidade para a retomada dos contedos referentes ao tema Iluminismo a releitura do livro didtico, visando elabo-rao de um dicionrio conceitual, no qual o aluno faa uma lista dos principais conceitos que aparecem no texto didtico e redija suas respectivas definies.

    Voc pode definir previamente quais se-ro esses conceitos, de acordo com o mate-rial didtico adotado, e sugerir que os alunos montem jogos de palavras cruzadas nos quais aparea a definio de cada conceito como pista para que o aluno o identifique e preen-cha as lacunas.

    Artigo VI

    A lei a expresso da vontade geral. To-dos os cidados tm o direito de concorrer pessoalmente, ou atravs de seus represen-tantes, sua formao. Ela deve ser a mes-ma para todos, tanto para proteger como para punir. Todos os cidados, sendo iguais aos seus olhos, so igualmente admissveis a todas as dignidades, lugares e empregos p-blicos, segundo sua capacidade, tendo como nica distino suas virtudes e seus talentos.

    Declarao dos Direitos do Homem e do Cidado (1789). Disponvel em: . Acesso em: 17 maio 2013. Traduo Clia Gambini.

    Segundo o artigo:

    a) todos os cidados so iguais perante a lei.

    b) a lei deve ser estabelecida pelos gover-nantes e imposta aos cidados em geral.

    c) os cidados devem ser julgados de acor-do com suas capacidades e talentos.

    d) a lei deve garantir a igualdade social en-tre todos os cidados.

    e) a vontade geral dos cidados no pode ser um critrio para o estabelecimento das leis.

    O aluno deve ser capaz de discernir, entre as proposies,

    aquela que est de acordo com o artigo 6o da Declarao dos

    Direitos do Homem e do Cidado, ou seja, a ideia de igualdade

    de todos perante a lei.

    propostas de Situaes de recuperao

    Depois da realizao da Situao de Aprendizagem regular aulas, exerccios, as

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    Histria 7 srie/8 ano Volume 1

    proposta 2

    A produo de um texto pelos alunos outra possibilidade que pode favorecer o pro-cesso de recuperao. Voc poder optar pela produo individual ou em duplas.

    Oriente seus alunos para que seja elabo-rada uma pequena biografia do Baro de Montesquieu, na qual constem suas prin-cipais obras e ideias, inclusive o sistema tri-partite de poder. Como concluso, devem aparecer no texto as relaes passado-pre-sente e as permanncias e rupturas na di-nmica do processo histrico, considerando que o Estado brasileiro adota o sistema tri-partite. Assim, fica evidenciado o legado do Iluminismo para as modernas democracias e sua importncia na construo da cidadania.

    recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreenso do tema

    Livros

    FALCON, Francisco Jos Calazans. Iluminis-mo. So Paulo: tica, 1994. (Srie Princpios). O autor estabelece relaes entre o Renasci-mento, a revoluo cientfica do sculo XVII e o Iluminismo.

    FORTES, Lus Roberto Salinas. O Iluminismo e os reis filsofos. So Paulo: Brasiliense, 1993. (Tudo Histria). O autor analisa o Sculo das Luzes, seus significados e suas decorrn-cias.

    GRESPAN, Jorge Lus da Silva. Revoluo Francesa e Iluminismo. So Paulo: Contexto, 2003. . O autor estabelece relaes entre o Iluminis-mo e a Revoluo Francesa, que representa-riam no s a concretizao daqueles ideais filosficos, mas tambm uma etapa de toda a construo terica sobre o Iluminismo.

    NASCIMENTO, Maria das Graas S. do; NASCIMENTO, Milton Meira do. Ilumi-nismo, a revoluo das luzes. So Paulo: tica, 1998. (Histria em Movimento). Os autores analisam o Iluminismo e a obra de seus prin-cipais pensadores.

    VOLTAIRE. Cndido ou o otimismo. Adaptao de Jos Arrabal. So Paulo: Scipione, 2004. (Reencontro). Obra do clebre autor iluminista, adaptada ao pblico infan-tojuvenil, que retrata as calamidades huma-nas, contrariando certa filosofia otimista.

    Sites

    Histria Cultura e Pensamento Voltai-re, smbolo do Iluminismo. Disponvel em: . Acesso em: 17 maio 2013. Resumo didtico sobre o Ilumi-nismo.

    Plenarinho. Disponvel em: . Acesso em: 20 maio 2013. Site para o pblico infantojuvenil, vol-tado para as questes relativas aos conceitos polticos e Histria do Brasil.

    SITUAO DE APRENDIzAGEM 2 A COLONIzAO INGLESA E A INDEPENDNCIA DOS

    ESTADOS UNIDOS DA AMRICA

    Com a realizao desta Situao de Aprendi-zagem, os alunos podero compreender a forma-o da sociedade estadunidense, desde sua gnese

    at o processo de independncia. Voc pode in-centivar, tambm, a percepo de seus alunos a respeito das permanncias na dinmica do

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    processo histrico, principalmente considerando a posio atual dos Estados Unidos da Amrica no contexto cultural e geopoltico mundial e as caractersticas de sua colonizao e independn-cia. Assim, voc pode ajud-los a perceber como determinados elementos do presente podem ser encontrados no passado, cuidando para no es-tabelecer trajetrias lineares entre o passado e o presente.

    Outro objetivo muito importante pro-piciar a prtica da sistematizao de infor-maes, garantindo a noo de sequncia e trabalhando um dos conceitos constitutivos da disciplina o tempo histrico , compreen-dido como no linear nem homogneo, mas sim mltiplo portador de mudanas e tambm de permanncias.

    contedos e temas: colnia, metrpole, colonizao, companhia de comrcio, agricultura para exporta-o, latifndio, escravido, puritanos, manufatura, mercado interno, comrcio triangular, Iluminismo, liberdade, revolta, independncia, autonomia, Repblica, presidencialismo.

    competncias e habilidades: autonomia na busca de informaes pertinentes ao tema; desenvolvi-mento da capacidade de leitura; seleo e organizao de dados; desenvolvimento da capacidade de argumentao.

    Sugesto de estratgias: aula expositiva, pesquisa, coleta e sistematizao das informaes e exerccio da sntese, linha do tempo.

    Sugesto de recursos: o livro didtico e o Caderno do Aluno, como tambm outros livros didticos.

    Sugesto de avaliao: qualidade das informaes e clareza dos principais conceitos e contedos perti-nentes aos temas estudados.

    Sondagem e sensibilizao

    Em relao ao contedo, importante que os alunos consigam articular a colonizao in-glesa ao contexto geral dos processos de colo-nizao no continente americano, bem como a ruptura com a metrpole crise do Antigo Regime.

    Ao abordar o perodo colonial, pretende--se ampliar o conceito de colonizao, con-siderando-se que no h um modelo nico, valorizando-se a questo da diversidade colo-nial, com especial ateno para as diferenas regionais.

    preciso salientar que evitamos as tradi-cionais expresses colnias de povoamento e colnias de explorao como distintivas

    da colonizao inglesa em oposio coloni-zao ibrica. Tampouco as utilizamos para diferenciar, no conjunto das Treze colnias inglesas, as colnias do Norte e as colnias do Sul. Adotamos esses critrios porque tais ex-presses empobrecem a compreenso das es-pecificidades histricas, visto que ignoram, justamente, a diversidade colonial. Se consi-derssemos a colonizao espanhola como representante do modelo colnias de explo-rao, como explicar, por exemplo, a precoce atividade artstica e intelectual que existiu ali, inclusive com a fundao de universidades em cidades cuidadosamente urbanizadas?

    No que se refere ao processo de independn-cia, deve ser destacado o fato de que se trata da primeira colnia americana a conquistar sua emancipao poltica. No devemos esquecer,

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    Histria 7 srie/8 ano Volume 1

    porm, as contradies inerentes a este proces-so, como a convivncia entre o ideal de liberda-de poltica e a manuteno da escravido.

    Apesar de muitos livros didticos tratarem estes dois temas a colonizao inglesa e a independncia das Treze colnias em captu-los distintos, acreditamos que, ao trat-los em conjunto, conseguiremos maximizar o uso do tempo destinado s aulas de Histria, muitas vezes um problema de difcil adminis trao.

    Para dar incio compreenso da forma-o dos EUA desde o perodo colonial at o processo de independncia, voc pode valori-zar os conhecimentos prvios que os alunos tm sobre essa sociedade na atualidade, por meio de questes que exemplifiquem a presen-a desta cultura em nosso cotidiano.

    Que elementos da cultura estadunidense voc percebe em seu cotidiano? Liste na lousa os principais elementos citados pelos alunos, estimulando-os a explicitar e detalhar o que esto mencionando. Por exemplo, caso citem elementos relacionados alimentao, pea que digam quais so e como eles aparecem incorporados aos nossos costumes atuais. Os alunos podero registrar as respostas no pr-prio Caderno do Aluno.

    previsvel que as respostas indiquem que o estilo de vida estadunidense difundiu-se e est muito presente na vida dos brasileiros, alis, de toda a sociedade ocidental. Pergunte a eles se tm alguma explicao para isso, se sabem como os EUA se tornaram o pas mais poderoso da atualidade (no s pela difuso de um estilo de vida, mas tambm pela sua he-gemonia econmica e poltica).

    Depois de ouvidas as argumentaes dos alunos, explicite que seu objetivo com esta Situao de Aprendizagem buscar pistas no passado que indiquem algumas respostas para essas indagaes.

    Esclarea que no se deve estabelecer re-laes diretas entre o passado colonial es-tadunidense ou mesmo entre o processo de independncia das Treze colnias e a atual he-gemonia dos EUA, mas, seguramente, alguns indcios j podem ser encontrados em pocas passadas.

    Alerte, tambm, que no cabem compa-raes baseadas em juzos de valor como: aqueles tipos de colnia ou aquele processo de independncia foram capazes de produ-zir uma nao prspera, enquanto os outros, no.

    Aps esta sondagem inicial, apresente a proposta de trabalho aos alunos, valorizando a importncia da pesquisa antes das aulas ex-positivas sobre o tema. Incentive-os a buscar as informaes para garantir uma viso de conjunto sobre o assunto, de maneira que eles possam participar ativamente da discusso posterior realizao da linha do tempo.

    1a etapa

    Aps a Sondagem e sensibilizao, apresente aos alunos as datas e os eventos que devem ser pesquisa-

    dos no material didtico e que esto tambm listados no Caderno do Aluno, na seo Pes-quisa individual. So eles:

    f 1607: fundao de Jamestown (identifique o evento e caracterize o tipo de ocupao colonial realizada);Incio da colonizao inglesa, organizada pela Companhia

    de Londres. Jamestown foi o ncleo da primeira colnia in-

    glesa, denominada Virgnia; nesta regio, foi introduzido o

    cultivo de tabaco e algodo em grandes propriedades rurais,

    por meio da explorao do trabalho de escravos africanos e

    com a produo voltada para exportao.

    f 1620: chegada do Mayflower (identifique o evento e caracterize o tipo de ocupao colonial realizada);

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    Navio que trouxe puritanos ingleses que fundaram a colnia

    de Massachusetts, ncleo inicial do que seria a Nova Inglater-

    ra, grupo de colnias cuja ocupao foi baseada em ativida-

    des variadas de agropecuria e manufatura, na pequena pro-

    priedade familiar, no trabalho livre e com a produo voltada

    para o mercado interno.

    f 1756-1763: Guerra dos Sete Anos (defina e explique por que depois de seu trmino as relaes entre a Inglaterra e os colonos ingleses pioraram); Conflito militar entre a Frana e seus aliados (Rssia, ustria,

    Sucia e Saxnia) e a Inglaterra, aliada Prssia. Apesar de

    vitoriosa, a Inglaterra saiu da guerra muito endividada e deci-

    diu impor novos impostos aos colonos ingleses.

    f 1764: Lei do Acar (defina e explique por que prejudicava os colonos ingleses);Imposto adicional sobre o acar importado pelas colnias

    inglesas da Amrica do Norte de produtores no britnicos

    do Caribe. O melao, produzido com o acar, era trans-

    formado em rum pelos comerciantes da Nova Inglaterra e

    trocado por escravos na costa da frica. Esta atividade ficou

    conhecida como comrcio triangular, e a nova taxa e o

    monoplio praticado em benefcio de produtores ingleses

    prejudicavam os interesses dos colonos, pois aumentavam

    seus custos.

    f 1765: Lei do Selo (defina e explique por que prejudicava os colonos ingleses);Determinava que todos os jornais, livros e documentos

    publicados nas colnias deveriam pagar uma taxa, o que

    implicava mais despesas para os colonos. Foi revogada

    em 1766.

    f 1767: Atos de Townshend (defina e explique por que prejudicavam os colonos ingleses);Leis que criavam novas taxas de importao para os colonos

    sobre produtos como vidro, papel e corantes, a serem pagas

    pelos colonos, o que resultava em mais custos para eles.

    f 1773: Lei do Ch (defina e explique por que prejudicava os colonos ingleses);Concedia Companhia das ndias Orientais o monoplio da

    venda do produto nas colnias, o que prejudicava os comer-

    ciantes locais de ch.

    f 1773: Festa do Ch de Boston (defina);Colonos reagiram Lei do Ch, jogando no mar o carrega-

    mento de trs navios da Companhia das ndias Orientais.

    f 1774: Leis Intolerveis (defina);Nome dado pelos colonos s leis impostas pelo governo in-

    gls como punio Festa do Ch: fechamento do Porto de

    Boston, indenizao Companhia das ndias Orientais e per-

    da da autonomia administrativa da colnia de Massachusetts.

    f 1776: Declarao da Independncia dos Estados Unidos da Amrica (defina);Documento, inspirado nas ideias do Iluminismo, que decla-

    rava a independncia das colnias inglesas da Amrica do

    Norte.

    f 1776-1781: Guerra da Independncia (de-fina);Confronto militar entre os colonos, liderados por George

    Washington, e as tropas inglesas, com vitria dos colonos.

    f 1783: Tratado de Paris (defina);Reconhecimento da independncia dos Estados Unidos da

    Amrica pela Inglaterra.

    f 1787: Constituio dos Estados Unidos da Amrica (principais caractersticas).Documento que estabeleceu as regras para o funcionamen-

    to do novo pas: Repblica federativa presidencialista, com os

    poderes da Unio divididos em Executivo, Legislativo e Judi-

    cirio. Foi adotado o voto censitrio e mantida a escravido

    para os negros.

    Voc pode optar por selecionar apenas al-gumas das datas anteriores para a realizao do trabalho. interessante verificar seu mate-rial didtico e sua disponibilidade de tempo para utilizar todas as datas.

    2a etapa

    Se possvel, desejvel que outros livros di-dticos e paradidticos sejam oferecidos aos alunos para que eles possam confrontar infor-maes e ter acesso a muitas ilustraes sobre o tema. No Caderno do Aluno h sugestes

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    Histria 7 srie/8 ano Volume 1

    para a realizao da pesquisa e construo da linha do tempo.

    Indique uma consulta ao ndice do livro se-lecionado para que os alunos localizem o(s) captulo(s) referente(s) aos assuntos propos-tos. Em seguida, sugira uma leitura integral do(s) texto(s), para que eles possam ter asse-gurada uma viso geral sobre o tema. Insista nisso e enfatize que pesquisar no o mesmo que apenas localizar informaes a partir de algumas palavras-chave; necessrio adquirir uma viso de conjunto e s depois localizar as informaes solicitadas.

    Em seguida, oriente-os a anotar no cader-no, sinteticamente, as explicaes referentes a cada um dos eventos destacados na lousa.

    3a etapa

    Este o momento em que voc pode discu-tir com seus alunos cada um dos eventos que constam na linha do tempo, facilitando a par-ticipao deles na aula expositiva.

    Desta maneira, ao abordar o tema, voc poder contar com as informaes que os alunos adquiriram por meio da pesquisa. Nesta faixa etria, os alunos costumam ficar muito satisfeitos ao perceberem que podem participar da aula expositiva.

    Professor, para finalizar esta Situao de Aprendizagem voc pode propor a atividade Lio de casa, presente no Caderno do Aluno, que pede a realizao de um jogo de palavras cruzadas com os temas levantados na pesqui-sa da linha do tempo.

    Avaliao da Situao de Aprendizagem

    A avaliao do processo de ensino-apren-dizagem deve ser capaz de proporcionar o aprimoramento das atividades pedaggicas,

    tanto por parte do professor quanto do aluno. Ela exige a observao das vrias etapas do trabalho e da atuao dos alunos, no s indi-vidualmente, mas tambm em grupo.

    Por intermdio de suas observaes, voc pode verificar:

    1. O aluno identificou as informaes solici-tadas?

    2. A apresentao das informaes relevantes privilegiou a habilidade de sntese?

    3. A linha do tempo foi organizada de forma correta?

    4. O aluno participou da discusso coletiva, contribuindo para o bom andamento da aula?

    propostas de questes para a avaliao

    As questes a seguir esto inseri-das na seo Voc aprendeu? do Caderno do Aluno.

    1. Em 1765, durante o processo de indepen-dncia dos EUA, um grupo de comerciantes adotou o seguinte lema: Nenhum impos-to sem representao. Eles reivindicavam o direito de as colnias terem representan-tes no Parlamento ingls, caso contrrio, se recusariam a pagar os novos impostos exigidos pela metrpole. De acordo com o que voc aprendeu, a que novos impostos estavam se referindo os comerciantes? O aluno deve mencionar a Lei do Acar (1764), um imposto

    adicional sobre o a car importado das colnias inglesas no

    Caribe, e a Lei do Selo (1765), que determinava que todos os

    jornais, livros e documentos publicados nas colnias deve-

    riam pagar uma taxa.

    2. Da Declarao da Independncia dos Estados Unidos da Amrica, escrita por Thomas Jefferson, consta a seguinte frase:

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    Considerando a sociedade estadunidense logo aps a independncia dos EUA, po-demos dizer que os direitos bsicos citados na Declarao foram garantidos a todos os seres humanos? No trecho da Declarao, o aluno deve identificar que to-

    dos os homens tm assegurados o direito vida, liberda-

    de e busca da felicidade. No entanto, fundamental que

    reconheam que, apesar disso, a escravido continuava

    a existir nos Estados Unidos, mesmo depois da indepen-

    dncia, o que torna evidente a contradio presente no

    documento.

    3. As afirmaes a seguir so referentes s Treze colnias inglesas na Amrica do Norte. Leia-as e assinale a alternativa cor-reta.

    I. Nas colnias da regio conhecida como Nova Inglaterra predominou a mo de obra livre.

    II. Nas colnias da regio conhecida como Nova Inglaterra foi organizada uma pro-duo diversificada, que inclua at ativi-dades manufatureiras.

    III. As colnias da regio conhecida como Nova Inglaterra tiveram como ncleo inicial a colnia de Massachusetts.

    Esto corretas as afirmaes:

    Consideramos estas verdades como evi-dentes por si mesmas: que todos os homens so criados iguais, que so dotados pelo Criador de certos direitos inalienveis, que entre estes esto a Vida, a Liberdade e a bus-ca da Felicidade.

    Declarao de Independncia dos Estados Unidos da Amrica (1776). Disponvel em: . Acesso em: 17 maio 2013. Traduo Eloisa Pires.

    a) I, II e III.

    b) apenas I e II.

    c) apenas I e III.

    d) apenas II e III.

    e) nenhuma das afirmaes correta.O aluno deve ser capaz de identificar que as trs afirmaes

    caracterizam as colnias da Nova Inglaterra: mo de obra

    livre, produo diversificada e Massachusetts como ncleo

    inicial de povoamento.

    4. Sobre as colnias inglesas do Sul, podemos afirmar que:

    a) foi organizada uma economia voltada ao abastecimento do mercado interno.

    b) para as plantaes de algodo, foi utili-zada a mo de obra de escravos negros africanos.

    c) nas propriedades produtoras de tabaco predominou, durante todo o perodo colonial, o trabalho familiar.

    d) as propriedades latifundirias no ca-racterizaram esse conjunto de colnias.

    e) o comrcio triangular era praticado pe-los comerciantes dessas colnias.

    O aluno deve ser capaz de identificar que a questo da mo

    de obra escrava, a produo para exportao e a grande

    propriedade caracterizam a produo econmica das co-

    lnias do Sul.

    5. O Dia de Ao de Graas comemorado ainda hoje nos EUA, na ltima quinta-fei-ra de novembro, mas sua origem est as-sociada primeira celebrao da colheita realizada pelos peregrinos do Mayflower. Sobre a religio desses peregrinos, im-portante componente de sua viso de mun-do, correto afirmar que eles eram:

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    Histria 7 srie/8 ano Volume 1

    a) catlicos, para os quais as boas obras so responsveis pela salvao da alma.

    b) anglicanos, grupo religioso que rejeita-va o cristianismo.

    c) puritanos, grupo ligado ao protestantismo, que considerava o bom resultado do traba-lho como sinal da aprovao de Deus.

    d) muulmanos, para quem a guerra san-ta deveria prosseguir na Amrica.

    e) judeus, que se consideravam o povo elei-to por Deus.

    O aluno deve ser capaz de relacionar a comemorao do Dia

    de Ao de Graas aos puritanos que colonizaram as colnias

    inglesas do Norte.

    propostas de Situaes de recuperao

    Voc poder perceber que alguns de seus alunos no alcanaram os objetivos plane-jados; por isso, devemos elaborar diferentes estratgias para tentar obter melhores resul-tados entre eles.

    A compreenso dos temas colonizao in-glesa e processo de independncia dos EUA essencial para a continuao dos estudos histricos, pois pr-requisito para a carac-terizao tanto do Antigo Regime quanto da sua crise.

    importante que voc procure identificar as dificuldades de cada aluno e valorize as conquistas individuais, principalmente entre os alunos em recuperao.

    proposta 1

    Para retomar os contedos referentes ao tema colonizao inglesa na Amrica do Nor-te, voc pode sugerir a elaborao de um qua-

    dro comparativo entre as colnias do Norte e do Sul. Voc pode definir itens de compara-o, como: propriedade da terra, tipo de mo de obra predominante e atividades econmi-cas mais importantes.

    proposta 2

    Outra possibilidade de recuperao pode ser a utilizao da linha do tempo realizada pelos alunos para a produo de um texto. Voc pode optar pela produo individual ou em duplas.

    Voc pode orient-los para que o texto con-tenha uma introduo na qual os alunos devem definir o tema. Depois, eles devem estabelecer conexes entre cada um dos eventos listados, garantindo as relaes de antecedncia e de con-sequncia entre eles, principalmente no que se refere ao processo de independncia dos EUA. Finalmente, eles podem elaborar uma concluso definindo as caractersticas do Estado estaduni-dense embasando-se na Constituio de 1787.

    recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreenso do tema

    Livros

    CLARK, Philip. A guerra de independncia dos Estados Unidos: das origens ao sculo XXI. So Paulo: tica, 2002. (Guerras que Mudaram o Mundo). Descrio dos antecedentes e das ba-talhas da guerra de independncia dos EUA.

    FERNANDES, Luiz Estevam et al. Hist-ria dos Estados Unidos: das origens ao scu-lo XXI. So Paulo: Contexto, 2007. . Artigos so-bre a histria dos EUA, que tratam da cons-truo de sua hegemonia contempornea.

    KARNAL, Leandro. Estados Unidos: a formao da nao. So Paulo: Contexto,

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    2001. (Repensando a Histria). . Anlise da colonizao dos EUA at o processo de independncia.

    Site

    Histria por Voltaire Schilling. Disponvel em . Acesso em: 17 maio 2013. Artigos sobre a histria dos EUA.

    Filmes

    Os filmes a seguir podem ser utilizados para a preparao das aulas, mas importante que observe e se atenha classificao etria antes de indic-los aos alunos.

    A letra escarlate (The Scarlet Letter). Direo: Roland Joff. EUA, 1995. 135 min. 14 anos. Romance ambientado na colnia inglesa de Massachusetts, entre uma mulher casada e o reverendo local. So discutidos valores reli-giosos e padres morais.

    As bruxas de Salem (The Crucible). Direo: Nicholas Hytner. EUA, 1996. 124 min. 14 anos. Jovens de uma pequena cidade colonial da Nova Inglaterra so acusadas de bruxaria, levando-se instaurao de um tribunal religioso.

    O patriota (The Patriot). Direo: Roland Emmerich. EUA, 2000. 165 min. 16 anos. Re-trata as dificuldades dos colonos americanos durante a guerra da independncia dos EUA.

    SITUAO DE APRENDIzAGEM 3 A COLONIzAO ESPANHOLA E A INDEPENDNCIA

    DA AMRICA ESPANHOLA

    Esta Situao de Aprendizagem visa compreenso das principais caractersticas re-ferentes explorao da mo de obra indge-na no processo de colonizao espanhola na Amrica.

    Com ela, voc pode incentivar a percepo de seus alunos a respeito do processo de domi-nao colonial da Espanha sobre o continente americano, especialmente no que se refere s relaes de trabalho impostas, bem como s formas de resistncia das populaes amern-dias a elas. A anlise de textos da poca ou-tro objetivo muito importante da Situao de Aprendizagem, pois eles tm a funo de ele-mento problematizador. Voc pode ajudar seus alunos a levantar dvidas e a verificar quais so as questes propostas pelas fontes escritas. No se deve utilizar o documento apenas para comprovar as informaes do li-vro didtico.

    Alm disso, preciso destacar que a fonte histrica uma representao daquela po-ca e que, inevitavelmente, carrega consigo as marcas de seu produtor e de seu tempo.

    Ao realizar a Situao de Aprendizagem, os alunos tm a oportunidade de experimen-tar como ocorre o processo de trabalho do historiador, o fazer historiogrfico.

    Considerando que j foram tratadas as co-lonizaes inglesa e portuguesa, interessante identificar as semelhanas e diferenas entre essas dinmicas. importante que os alunos consigam articular a colonizao espanhola ao contexto geral dos processos de coloniza-o no continente americano e a ruptura com a metrpole crise do Antigo Regime.

    Apesar de muitos livros didticos tratarem desses dois temas a colonizao espanhola

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    e a independncia das colnias em captu-los diferentes, uni-los pode significar melhor aproveitamento do tempo das aulas.

    Ao se abordar o perodo colonial, pre-tende-se ampliar o conceito de colonizao.

    Deve ser enfatizado que no existiu um ni-co modelo de colonizao, mas experincias diversas, inclusive na mesma metrpole. Alm disso, fundamental que j tenha sido aprendido pelos alunos o conceito de encomienda.

    contedos e tema: mundo colonial hispnico (colnia, metrpole, colonizao, encomienda).

    competncias e habilidades: compreenso de texto, capacidade de interpretar dados e informaes con-tidas em documentos histricos e de relacionar essas informaes entre si.

    Sugesto de estratgias: aula expositiva e anlise de documentos.

    Sugesto de recursos: documento que ser objeto de anlise para os alunos.

    Sugesto de avaliao: participao dos alunos na discusso e em todo o processo de trabalho. Verificar a apreenso do conceito de encomienda pelos alunos com o auxlio de respostas individuais.

    Sondagem e sensibilizao

    Pergunte aos seus alunos se eles sabem o que so fontes histricas. Ajude-os a mencionar no apenas as fontes escritas (documentos, cartas, livros, jornais, revistas), mas tambm as visuais (desenho, pintura, fotografia, cinema, vdeo), as orais (relatos e depoimentos) e as materiais (ves-tgios arqueolgicos, roupas e objetos variados).

    Para explorar esse tema, professor, poss-vel propor a atividade da seo Para comeo de conversa, do Caderno do Aluno, na qual o aluno deve refletir sobre diferentes tipos de fontes histricas. Oriente-os para que no se limitem a fontes histricas escritas, como as representadas nas trs imagens presentes no Caderno. Se necessrio, oferea exemplos de fontes visuais (desenho, pintura, fotografia, cinema, vdeo), orais (relatos e depoimentos) e materiais (vestgios arqueolgicos, roupas e objetos variados).

    Informe que a Situao de Aprendizagem proposta tem como objetivo a anlise de um documento, produzido na metade do sculo

    XVI, sobre a colonizao espanhola no con-tinente americano.

    Incentive os alunos a extrair do documento a maior quantidade possvel de informaes, sem que recorram ao livro didtico para reconhecer os conceitos, e estimule-os a verificar quais so as semelhanas e diferenas entre eles.

    1a etapa

    Aps breve introduo sobre a Si-tuao de Aprendizagem, apresente aos seus alunos o documento trans-

    crito a seguir e presente no Caderno do Alu-no, na seo Leitura e anlise de texto, para ser analisado.

    Voc pode solicitar aos alunos que redi-jam as respostas em casa e as corrigir na aula seguinte. No momento da correo, sugeri-mos que os alunos sejam estimulados a ler as respostas em voz alta e que voc as comente, complementando-as quando for o caso.

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    Os espanhis tm o encargo de ensinar os ndios em nossa f catlica. [...] Como po-deriam os espanhis que vo s ndias, ainda que fossem bravos e nobres, cuidar das al-mas? Muitos dentre eles ignoram o Credo e os Dez Mandamentos e a maioria ignora as cousas que interessam sua salvao e no vo s ndias seno para satisfazer seu desejo e ambio, sendo todos viciados, corrompi-dos, desonestos e desordenados. [...] O ttulo sob o qual se do os ndios em comenda aos espanhis no foi encontrado para outro fim seno para reduzi-los servido.

    LAS CASAS, Bartolomeu de. O paraso destrudo. Traduo Heraldo Barbuy. Porto Alegre: L&PM, 2001.

    p. 153-154. (Descobertas).

    A ideia estimular os alunos a conhecer o conceito de encomienda, bem como uma crtica que se fez a este sistema, com base no documento e nas questes seguintes.

    1. No documento, h uma meno a em comenda, o sistema de trabalho conhe-cido como encomienda, em que os ndios ficavam submetidos ao encomendero. Se-gundo o texto, o autor considera eficiente esse sistema? Por qu?No, ele considera que esse sistema tem a finalidade de

    reduzir os indgenas servido.

    2. Quais as crticas de Frei Bartolomeu de Las Casas ao sistema de encomiendas? Em primeiro lugar, o autor diz que os colonizadores igno-

    ram princpios da f catlica, tais como o Credo e os Dez

    Mandamentos, e que o que os motiva na Amrica a am-

    bio, pois so todos viciados, corrompidos, desonestos e

    desordenados.

    Voc pode esclarecer que o autor do documento um fa-

    moso frei dominicano, que viveu entre o final do sculo XV e

    meados do sculo XVI e que se dedicou defesa dos indge-

    nas e denncia dos abusos cometidos pelos colonizadores.

    Avaliao da Situao de Aprendizagem

    A avaliao do processo de ensino-apren-dizagem deve proporcionar o aprimoramento das atividades pedaggicas. Nesta Situao de Aprendizagem, o foco a interpretao de texto.

    Por meio de suas observaes, voc pode verificar:

    1. O aluno identificou as principais caracte-rsticas do documento?

    2. Os conceitos foram identificados e com-preendidos?

    3. A habilidade de redigir respostas formais e completas foi contemplada?

    proposta de questes para a avaliao

    As questes a seguir esto includas na seo Voc aprendeu? do Cader-no do Aluno.

    1. Escreva um pargrafo explicando com suas palavras o conceito de encomienda.Para explicar o conceito de encomienda, os alunos precisam

    mencionar que se tratava de um sistema de trabalho imposto

    s populaes amerndias, em algumas regies da Amrica

    espanhola, em que os indgenas trabalhavam para os coloni-

    zadores e recebiam em troca a educao crist.

    2. Sobre a mo de obra utilizada pelos colo-nos espanhis, no podemos afirmar que:

    a) a mita era um sistema utilizado entre os incas antes da conquista espanhola.

    b) na mita havia a remunerao do traba-lho para os indgenas.

    c) na encomienda, os indgenas trabalha-vam para colonos que deveriam promo-ver sua catequese.

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    Histria 7 srie/8 ano Volume 1

    d) o trabalho de escravos africanos no mundo colonial espanhol foi predomi-nante nas Antilhas.

    e) o trabalho dos indgenas limitou-se s reas de explorao de minrios nas co-lnias espanholas.

    O aluno deve ser capaz de observar que o trabalho indgena

    no se limitava s reas de explorao de minrios, mas foi

    estendido a todas as atividades econmicas desenvolvidas no

    mundo colonial espanhol.

    3. A Igreja Catlica participou ativamente do processo de colonizao na Amrica espa-nhola. Em 1502, chegava ao Novo Mundo Frei Bartolomeu de Las Casas, com a mis-so de pregar o cristianismo entre os ind-genas. Sua experincia produziu importan-tes relatos sobre aquele perodo. Vejamos um pequeno trecho:

    [...] Os espanhis entravam nas vilas, burgos e aldeias no poupando nem crian-as e velhos, nem mulheres grvidas e par-turientes e lhes abriam o ventre e faziam em pedaos como se estivessem golpeando cor-deiros [...], sempre matando, incendiando, queimando, torrando ndios e lanando-os aos ces [...] e assassinaram tantas naes que muitos idiomas chegaram a desaparecer por no haver ficado quem os falasse [...].

    LAS CASAS, Bartolomeu de. O paraso destrudo. Traduo Heraldo Barbuy. Porto Alegre: L&PM, 2001.

    p. 32. (Descobertas).

    Segundo essa observao do Frei Bartolo-meu de Las Casas:

    a) o relacionamento entre os espanhis e os indgenas era de mtuo respeito.

    b) os espanhis procuraram preservar o modo de viver das diversas comunida-

    des indgenas, exigindo apenas seu tra-balho nas minas.

    c) os indgenas foram exterminados pelos espanhis, que promoveram um verda-deiro genocdio.

    d) os indgenas conseguiram reagir militar-mente ocupao espanhola e impedi-la.

    e) aos espanhis apenas interessava a ca-tequizao dos indgenas, por isso mui-tos religiosos foram enviados ao Novo Mundo.

    O aluno deve ser capaz de compreender e interpretar o pe-

    queno trecho do Frei Bartolomeu de Las Casas, que trata do

    extermnio dos indgenas.

    4. Identifique e explique o papel das elites criollas nos processos de independncia ocorridos na Amrica espanhola no incio do sculo XIX.O aluno deve responder que os criollos, elite branca nas-cida na Amrica, lideraram os processos de independncia

    na Amrica espanhola, pois foram influenciados pelas ideias

    do Iluminismo e pela Independncia dos Estados Unidos da

    Amrica. Alm disso, eles desejavam o fim das restries im-

    postas pelo Pacto Colonial, bem como participar da admi-

    nistrao poltica, j que os principais cargos eram exclusivos

    aos chapetones, brancos nascidos na Espanha.

    proposta de Situao de recuperao

    Voc poder perceber, entre seus alunos, que alguns apresentam defasagens no desen-volvimento da Situao de Aprendizagem planejada. Para eles, podemos elaborar outra atividade, tentando recuperar tanto o conte-do quanto o aprimoramento de suas habili-dades e competncias. Para estes alunos em recuperao, a observao individual muito importante, pois o objetivo que, dentro de suas possibilidades, cada um consiga progres-sos no processo de ensino-aprendizagem.

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    A compreenso dos temas colonizao espa-nhola e processo de independncia da Amrica espanhola muito importante para a continua-o dos estudos histricos, pois esses temas com-pem a caracterizao e a crise do Antigo Regime e introduzem aspectos essenciais da estrutura econmica, social e poltica dos Estados latino--americanos nos sculos XIX, XX e XXI.

    proposta

    Retome o tema da colonizao espanhola por meio de uma pesquisa sobre a revolta liderada por Tpac Amaru II em 1780, a maior rebelio indgena da Amrica colonial. Essa atividade est no Caderno do Aluno, na seo Lio de casa.

    O estudo dessa rebelio reveste-se de impor-tncia porque permite aos alunos conhecer uma das principais resistncias indgenas dominao colonialista europeia.

    Voc pode orientar seus alunos para que, por meio da pesquisa, relembrem os temas relativos atividade econmica da minerao no mundo colonial hispano-americano, principalmente os conceitos relativos explorao da mo de obra indgena.

    O texto final deve conter o nome, a data e o local da revolta, uma pequena biografia de seu l-der, os antecedentes revolta, suas caractersticas e resultados.

    recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreenso do tema

    Livros

    BETHELL, Leslie. (org.). Histria da Amrica Latina: a Amrica Latina colonial. So Paulo: Edusp, 1997. v. 1. (Histria da Amrica Latina). Anlise do perodo colonial latino-americano.

    _________. (org.). Histria da Amrica Latina: a Amrica Latina colonial. So Paulo: Edusp,

    1999. v. 2. (Histria da Amrica Latina). Anlise do perodo colonial latino-americano, dedicado principalmente economia e cultura.

    _________. (org.). Histria da Amrica Latina: da independncia a 1870. So Paulo: Edusp, 2001. v. 3. (Histria da Amrica Latina). Anlise dos processos de independncia e da formao dos Estados latino-americanos.

    FERREIRA, J. L. Conquista e colonizao da Amrica Espanhola. So Paulo: tica, 1988. (Princpios). Anlise dos processos de conquista e colonizao espanholas na Amrica.

    LAS CASAS, Bartolomeu de. O paraso des-trudo. Traduo Heraldo Barbuy. Porto Alegre: L&PM, 2001. (Descobertas). Texto escrito por Frei Bartolomeu de Las Casas, em meados do sculo XVI, que faz crticas s aes espanholas no processo de colonizao.

    PINSKY, Jaime. (org.). Histria da Amrica atravs de textos. So Paulo: Contexto, 1994. . Propos-ta de estudos sobre o continente americano por meio de textos.

    PRADO, Maria Lgia C. Amrica Latina no sculo XIX: tramas, telas e textos. So Paulo: Edusp, 2004. Anlise dos processos de indepen-dncia latino-americanos por meio do estudo de publicaes literrias e do estudo de representa-es iconogrficas.

    PRADO, Maria Lgia C. A formao das na-es latino-americanas. 25. ed. So Paulo: Atu-al, 2008. (Discutindo a Histria). Estudo sobre a formao dos Estados Nacionais na Amrica Latina.

    TEIXEIRA, Francisco M. P. As guerras de inde-pendncia na Amrica Latina. So Paulo: tica, 1996. (Guerras que Mudaram o Mundo). An-lise das guerras que levaram ruptura dos laos coloniais entre as colnias espanholas na Am-rica e suas metrpoles.

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    Histria 7 srie/8 ano Volume 1

    Sites

    Historianet. Disponvel em: . Acesso em: 30 jul. 2013. Textos sobre a colonizao espanhola.

    Historianet. Disponvel em: . Acesso em: 30 jul. 2013. Textos sobre a Independncia dos Estados Unidos da Amrica e da Amrica espanhola.

    SITUAO DE APRENDIzAGEM 4 A REVOLUO INDUSTRIAL INGLESA

    Esta Situao de Aprendizagem procura incentivar a discusso sobre o trabalho infan-til, uma questo social abordada nos estudos sobre a Revoluo Industrial e ainda presente no Brasil e no mundo.

    Os alunos podero refletir sobre as relaes passado-presente e, principalmente, sobre as per-manncias na dinmica do processo histrico. A Revoluo Industrial trouxe transformaes significativas sociedade, entre elas destacamos o surgimento do operrio urbano: homens, mu-lheres e crianas que trabalhavam nas indstrias. Evidentemente, o trabalho infantil no surgiu com a Revoluo Industrial, mas constitui uma das caractersticas da superexplorao a que fo-ram submetidos os trabalhadores, inclusive as mulheres e as crianas, naquela poca de trans-formaes das relaes sociais de produo.

    Assim, os conhecimentos desenvolvidos na escola podem proporcionar uma discusso

    tica e tambm propostas de interveno soli-dria na realidade, com o objetivo de garantir o respeito aos valores humanos.

    Entre os objetivos desta Situao de Apren-dizagem esto a realizao da pesquisa de ima-gens, a montagem de um painel sobre o trabalho infantil no Brasil atual e a prtica do traba-lho em equipe.

    O produto final dever ser um painel pro-duzido por toda a classe: os alunos pesquisam as imagens individualmente, mas a elaborao do painel ser coletiva, o que exige o desenvol-vimento das capacidades de negociao para a concepo dos critrios de montagem e de organizao para a diviso de tarefas.

    Para a realizao destas atividades, os alu-nos devero estar informados sobre a Revolu-o Industrial, suas principais caractersticas e seus efeitos sociais.

    contedos e temas: Revoluo Industrial, relaes de trabalho, capitalismo, burguesia, proletariado, classe operria e diviso do trabalho.

    competncias e habilidades: autonomia na busca, seleo e organizao de imagens, posturas de cola-borao, de solidariedade, de tolerncia e de respeito a si prprio e aos outros no trabalho em equipe.

    Sugesto de estratgias: aulas expositivas, pesquisa e montagem de painel.

    Sugesto de recursos: livros, jornais, revistas, sites e papel kraft.Sugesto de avaliao: na avaliao individual, a pesquisa de imagens e sua seleo devem ser considera-das. Na atividade do grupo devem ser consideradas as competncias atitudinais (como a colaborao e a solidariedade) na produo do painel, a organizao, a criatividade e a diversidade de imagens e suas legendas.

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    Sondagem e sensibilizao

    Na seo Leitura e anlise de texto, do Caderno do Aluno, est inserido o texto a seguir. Leia-o com os alunos. Pode ser interessante discutir com eles a respeito de como foi constitudo historicamente o conceito de infncia, que passou a ser definido como uma categoria biolgica.

    O conceito de infncia est to incorporado mentalidade contempornea que se tem a impresso de que ele sempre existiu, quando, na verdade, foi criado pela cultura dos homens, ou seja, foi histori-camente construdo.

    Na Europa medieval (sculos V a XV), por exemplo, as crianas compartilhavam totalmente o mundo adulto em seus trabalhos, jogos e vestimentas. Era comum, por volta dos sete anos, as crianas serem afastadas da casa de seus pais para servir como aprendizes nas casas de parentes ou conhecidos. A socializao dessas crianas era tarefa da comunidade e elas aprendiam as coisas que deviam saber fazer ajudando os adultos a faz-las.

    Na Europa moderna (sculos XV a XVIII), surgiu o conceito de infncia, que considerava as crian-as criaturas especiais, com necessidade de proteo, de preparo escolar para o domnio da leitura e da escrita e de separao do mundo adulto. Porm, isso ficou restrito s classes abastadas. Nas classes

    Figura 1 Revoluo Industrial inglesa trabalho infantil. Escola inglesa, sc. XIX, Biblioteca de Artes Decorativas, Paris, Frana.

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    Histria 7 srie/8 ano Volume 1

    populares, a industrializao foi prejudicial infncia, j que obrigava as crianas a pertencer ao mun-do do trabalho dos adultos, como mo de obra de baixo custo, afastando-as da escola.

    A partir da segunda metade do sculo XIX, contudo, principalmente nos pases ricos, houve um es-foro para diferenciar cada vez mais o mundo infantil e para afastar as crianas das fbricas e conduzi--las escola. Disseminou-se a ideia de vesturio e mobilirio especiais, de literatura e jogos infantis e de leis de proteo que as tornaram definitivamente diferentes dos adultos.

    No Brasil, as crianas escravas e as crianas pobres trabalhavam desde muito cedo, s vezes desde os cinco anos apenas, quando se tornavam capazes de desempenhar pequenas tarefas nas plantaes, na criao de animais, ou mesmo engraxando sapatos ou levando recados nos centros urbanos. Elas no podiam frequentar a escola e usufruam de pouco tempo para as brincadeiras.

    Elaborado por Mnica Lungov Bugelli especialmente para o So Paulo faz escola.

    Professor, no Caderno do Aluno, aps o texto, h a proposta de elaborao de uma ta-bela sobre o conceito de infncia na sociedade crist ocidental.

    Para introduzir o tema do trabalho infantil no Brasil atual, o texto a se-guir est inserido no Caderno do

    Aluno, na seo Leitura e anlise de texto. Pergunte se eles conhecem crianas que traba-lham e que no esto na escola, se j ouviram falar disso e o que pensam a respeito.

    Informe a seus alunos que, em 1990, foi pro-mulgado o Estatuto da Criana e do Adolescen-te (ECA), que, entre outras medidas, estabelece:

    captulo V do direito profissionalizao e proteo no trabalho

    Art. 60. proibido qualquer trabalho a menores de quatorze anos de idade, salvo na condio de

    aprendiz.

    Art. 61. A proteo ao trabalho dos adolescentes regulada por legislao especial, sem prejuzo

    do disposto nesta Lei.

    Art. 62. Considera-se aprendizagem a formao tcnico-profissional ministrada segundo as diretri-

    zes e bases da legislao de educao em vigor.

    Art. 63. A formao tcnico-profissional obedecer aos seguintes princpios:

    I garantia de acesso e frequncia obrigatria ao ensino regular;

    II atividade compatvel com o desenvolvimento do adolescente;

    III horrio especial para o exerccio das atividades.

    Disponvel em: . Acesso em: 17 maio 2013.

    Ajude alguns alunos com maior dificulda-de para se expressar, sugerindo as questes do Caderno do Aluno. Alguns temas importantes para essa discusso podem ser:

    1. Voc acredita que o contedo expresso no documento corresponde realidade? Por qu?Evidentemente, a resposta a esta questo ser no. Prossiga

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    na discusso perguntando se eles conhecem crianas que

    trabalham e que no esto na escola, se j ouviram falar disso

    e o que pensam a respeito.

    2. Como a atividade de trabalho pode com-prometer o desenvolvimento de crianas e adolescentes?Provavelmente, as respostas iro se vincular ao fato de que

    o trabalho afasta as crianas dos estudos, comprometendo

    seu desenvolvimento intelectual. Ajude os alunos a perce-

    ber que, nessas circunstncias, prejuzos sade das crianas

    tambm eram frequentes, pois elas eram muitas vezes sub-

    metidas a tarefas incompatveis com sua fase de desenvolvi-

    mento ou mesmo insalubres e perigosas.

    3. Quais podem ser os reflexos do trabalho in-fantil no futuro dessas crianas?Procure instigar seus alunos a buscar exemplos para ilustrar os

    possveis reflexos do trabalho infantil no futuro das crianas,

    no que se refere, por exemplo, a suas oportunidades de em-

    prego e desenvolvimento pessoal.

    4. O que a sociedade pode fazer para impedir o ingresso prematuro e ilegal das crianas no mercado de trabalho? Quais so os pre-juzos que isso pode causar infncia? Lembre-se de retomar o prprio texto do Estatuto da Criana

    e do Adolescente para orientar essa discusso.

    Professor, em seguida, voc pode sugerir a montagem do painel.

    1a etapa

    Aps a Sondagem e sensibilizao dos co-nhecimentos prvios sobre o tema, indique as etapas do trabalho Montagem do painel do Caderno do Aluno.

    Estabelea um prazo para que cada aluno realize a pesquisa e selecione duas imagens que considere mais significativas para a abor-dagem do tema, de acordo com os dados de sua pesquisa, procurando mencionar tanto a realidade rural quanto a urbana. Indique as possveis fontes de consulta.

    Essas imagens podem ser fotografias ou desenhos feitos pelos prprios alunos, mas importante que elas tenham uma legenda, identificando o tipo de atividade que as crian-as desempenham e o local, quando se tratar de foto.

    2a etapa

    Professor, este o momento da mon-tagem do painel pela classe. muito im-portante que voc atue como mediador de discusses e conflitos, cuidando para que as divergncias sejam resolvidas de maneira democrtica.

    Em primeiro lugar, os alunos devem co-locar suas imagens sobre as mesas de traba-lho para que todas sejam conhecidas pelo grupo.

    Em seguida, preciso que a classe esta-belea critrios para a montagem do painel. Por exemplo: as imagens podem ser agru-padas por atividade profissional, por regio do pas, ou por mdia da faixa etria das crianas, entre outras possibilidades, de acordo com o material disponvel.

    Oriente seus alunos que, antes de iniciar a colagem das imagens, eles devem esboar um planejamento que garanta boa distribuio espacial, prevendo espao para legendas, ttu-lo principal e demais elementos componentes do painel.

    Avaliao da Situao de Aprendizagem

    Para a avaliao de contedo, o principal verificar se os alunos conseguiram compor um painel amplo sobre o trabalho infantil no Brasil, abordando as diferentes atividades de-sempenhadas pelas crianas trabalhadoras, e se conseguiram organizar as informaes de maneira coerente.

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    Histria 7 srie/8 ano Volume 1

    A realizao desta Situao de Aprendi-zagem muito simples e voc deve levar em considerao, principalmente, o envolvimento de seus alunos com o projeto.

    Por meio de suas observaes, voc pode verificar:

    1. Cada um dos alunos contribuiu com ma-teriais pesquisados para a montagem do painel?

    2. As imagens e as legendas colocadas no painel pelo grupo so coerentes com a proposta?

    3. A sntese de ideias explicitadas por meio das imagens e legendas crtica em relao explorao do trabalho infantil?

    proposta de questes para a avaliao

    As questes a seguir esto inseridas na seo Voc aprendeu? no Cader-no do Aluno.

    1. A Revoluo Industrial pode ser associada a um intenso processo de urbanizao, acom-panhado de grande aumento demogrfico. Estabelea as relaes entre estes dois con-ceitos: Revoluo Industrial e urbanizao.Os alunos precisam perceber que a atividade industrial promo-

    veu uma concentrao espacial humana, pois, como conse-

    quncia do processo de cercamento nos campos ingleses, mui-

    tas pessoas tiveram de deixar o campo. Elas partiram em busca

    de emprego nas fbricas e nas minas de carvo, migrando para

    as cidades e concentrando-se nos bairros mais pobres.

    2. Leia o texto a seguir:

    Um homem extrai o metal, outro o forja, um terceiro o corta, um quarto faz a ponta, um quinto afia a ponta para receber a cabea; para fazer as cabeas so necessrias duas ou trs operaes dis-tintas; para coloc-la necessrio um trabalho peculiar, assim como para o branqueamento dos alfi-netes; at mesmo empacot-los um negcio especfico; e, assim, o importante negcio da produo de alfinetes est dividido em cerca de dezoito operaes distintas que, em algumas manufaturas, so todas realizadas por diferentes mos, ainda que em outras a mesma pessoa ir realizar duas ou trs dessas operaes. Eu observei uma pequena manufatura desse tipo na qual apenas dez homens eram empregados e, consequentemente, alguns realizavam duas a trs operaes distintas. Mas apesar de serem muito pobres e, portanto, alocados indiscriminadamente ao maquinrio necessrio, eles conse-guiam produzir entre eles, quando se esforavam, cerca de 12 libras de alfinetes em um dia. Em cerca de 1 libra existem 4 000 alfinetes de tamanh