caderno2 08 03 15

12
CADERNO DOIS www.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de março de 2015, Ano XXXIX, Nº 8649 Fundador/Diretor: Oscar Pires O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ

Upload: o-debate-diario-de-macae

Post on 08-Apr-2016

256 views

Category:

Documents


9 download

DESCRIPTION

 

TRANSCRIPT

Page 1: Caderno2 08 03 15

CADERNO DOISwww.odebateon.com.br Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de março de 2015, Ano XXXIX, Nº 8649 Fundador/Diretor: Oscar Pires

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ

Page 2: Caderno2 08 03 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ2 CADERNO DOIS Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de março de 2015

EDUCAÇÃO NA PONTA DO LÁPISpor AMÉLIA AUGUSTA GUEDES [email protected]

Adelina Arcangelo Andrea Aparecida Lourenco de SouzaAndrea Costa, Ieda Malfetano, Fabiana Paiva, Lucia Helena Monteiro, Eliana Vaz, Izabel Azeredo. Consuelo Damaso

Erani Viana Ines de Fatima Gomes Isis Maria Borges de Almeida Gomes

Ivania Ribeiro

Lucia Thomaz Luciane Carneiro Maria Aparecida Costa

Maria Aparecida Santos , Maria Georgina e Maria Auxiliadora

Neide Chabude Rosana Calandrini

Marilena GarciaMarlene Aparecida Morcelli Murakami

Eliane Salgado

Izes Maria Schuartz Rosa Katia Golosov Cure

Maria Helena Salles

8 de março - Dia da MulherFoi com um carinho muito grande, que vocês me-

recem, que organizamos esta simples edição de nossa coluna. Gostaríamos, de verdade, de colocar a foto e o

nome de todas. Mas... o espaço como vocês percebem, não dá. Sintam-se aqui, hoje, acolhidas com muito amor, porque nós sabemos o quanto vocês são ou fo-ram importantes para a vida de nossas crianças, jovens

e adultos. E vocês precisam sentir esta importância. Mais ainda, têm direito a ela.

Parabéns!!! Saúde e Paz! Nossos aplausos, de pé!

Milmar Madureira

Mulheres Educadoras

Rose Mary de Paula Tomaz

Rosymanny Sandra Matsumura Zilma Pires

Page 3: Caderno2 08 03 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de março de 2015 CADERNO DOIS 3ESPECIAL MULHER

Funcionárias de O DEBATE e do Hotel Personal ganham homenagemA comemoração acontece nesta segunda-feira (9), no Salão de Convenção do Hotel Personal

Isis Maria Borges [email protected]

Uma expressiva home-nagem recebem as funcionárias do jor-

nal O DEBATE e do Hotel Personal pela passagem do Dia Internacional da Mu-lher, num gesto de reco-nhecimento e valorização. A comemoração acontece nesta segunda-feira (9), no Salão de Convenção do Personal, onde todas as mulheres profissionais serão reverenciadas nesta data, que representa to-das as conquistas femini-nas nos últimos séculos. O clima de homenagem vai transcorrer em meio a ex-tensa programação festiva.

O evento tem início às 8h30 com recepção às par-ticipantes, sendo aberto às 9h com um coffee-break. Em seguida é iniciada a programação com pales-tra da médica Vânia Deve-za sobre o tema “Violência contra a Mulher”. Logo após, a advogada Andréa Meirelles irá ministrar

palestra sobre o tema “Di-reitos da Mulher”.

Já o médico Márcio Bit-tencourt e a enfermeira Maria Cláudia irão profe-rir palestra, abordando o tema “Saúde da Mulher”. E para encerrar, às 12h, o atleta Shiro Matsuda irá realizar uma aula de ginás-tica laboral.

Ao final, as funcionárias presentes receberão certi-ficado de participação, os palestrantes terão certifi-cado de agradecimento, e todas as mulheres presen-tes serão agraciadas com um rosa.

A comemoração é uma iniciativa dos diretores Zilma e Oscar Pires. O jornalista Oscar ressalta a competência profissio-nal das mulheres, que se comprova nos dias atuais até mesmo em áreas de atuação que eram exclu-sivamente masculinas. O diretor destaca também as qualidades inerentes à mulher, como a sua sensi-bilidade, os dons do amor, delicadeza, generosidade,

doçura, abnegação, sereni-dade e o dom de tudo em-belezar.

A PREDOMINÂNCIA DA MULHER

É fundamental lembrar que a presença da mulher é marcante nas dependên-cias do jornal O DEBATE e do Hotel Personal, onde elas predominam os am-bientes, ocupando os mais diversos cargos, desde di-reção, editoria, adminis-tração, corpo jornalístico e serviços diversos. Ambas as empresas comprovam verdadeiramente que valo-rizam o trabalho feminino, ao registrar em seus qua-dros de funcionários cerca de 70% de mulheres.

O Diretor de O DEBA-TE, jornalista Oscar Pires, deixa claro que este fato é apenas uma questão de justiça, como forma de reconhecimento da com-petência da mulher, que merece participar da vida econômica do país e dis-putar vagas no mercado de trabalho.

O clima de confraternização sempre reina no evento, no momento do coffee-break

Page 4: Caderno2 08 03 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ4 CADERNO DOIS Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de março de 2015

VIP'S por ISIS [email protected]

“PELO QUE

DEIXAI A MEN-

TIRA, E FALAI A

VERDADE CADA

UM COM O SEU

PRÓXIMO, POIS

SOMOS MEM-

BROS UNS DOS

OUTROS.”

(JOSUÉ 3:5)

Mulheres lindas e competentesDa roupa do marido aos inves-

timentos da família, a maioria das mulheres concentram deci-sões e tarefas que sobrecarregam cada vez mais a sua rotina. Sua jornada dupla (ou tríplice) de trabalho mostra que as mulheres se desenvolveram a ponto de não aceitarem abdicar do emprego,

nem da família e nem da casa.Neste Dia Internacional da

Mulher, comemorado neste domingo (8), elas merecem destaque pela competência e dedicação à família, derruban-do barreiras e enfrentando de-safios diários pela inclusão na sociedade.

Um exemplo de pioneirismo: Aurora Ribeiro Pacheco foi a primeira Eletrotécnica do sexo feminino em Macaé (Livro Mulheres de Macaé), como funcionária da LR Engenharia

Abraços de hojeUm domingo (8) de muitos

abraços curte Viviane e Carli-nhos Madureira Pinheiro, por conta do aniversário dela. A ani-

versariante ganha abraços e mais abraços dos familiares e amigos chegados.

Mil parabéns!!!

A bonita aniversariante de hoje, Viviane, em clima festivo junto ao marido Carlinhos

Aniversariante de hojeTambém este domingo (8) é dia especial pa-

ra o Pastor Maurício Crespo Maciel, da Igreja Água Viva, pelo seu aniversário. Ele será bas-tante cumprimentado pelos membros da igreja e pelos mais íntimos.

Felicidades, Pastor! Deus o abençoe sempre!!!

O aniversariante Pr Maurício junto a sua bonita família: a esposa Raquel e os filhos Thalita, Thereza Raquel (Theteu), Thales e William

Abraços de quintaA jornalista Simone Noronha

também curtiu clima de abraços na quinta-feira (5), sendo muito

festejada pelo seu aniversário.

Parabéns, amiga!!!

Simone que curtiu clima de aniversário na quinta

Lions em AçãoO Lions Clube Macaé reali-

zou o Jantar de Companhei-rismo, na quarta-feira (4), onde transcorreu a campanha

para arrecadar fundos para a compra de perucas e sutiãs em apoio ao projeto "Mulhe-res em Luta", do Movimento

Tribo dos Malês, benefician-do mulheres carentes com câncer. A presidente Aurora Ribeiro Pacheco ressalta que

este trabalho merece todo apoio da comunidade, já que minimiza os sofrimentos das mulheres.

A presidente Aurora ao lado de Andrea, Solange Assis e sua bisneta Letícia, e toda a turma do Lions Macaé As companheiras do clube Hilma, Leda, Arival e Siqueira

A bela Fabiana Moura curtiu carinhosos abraços, no domingo (1º), por conta do seu aniversário. Parabéns, linda!!!

Alcyr e Terezinha Loureiro também curtiram clima festivo, quarta-feira (4), celebrando o aniversário dele

Page 5: Caderno2 08 03 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de março de 2015 CADERNO DOIS 5

ESPECIAL MULHER

Tragédia marca a história da mulherIsis Maria Borges [email protected]

O dia 08 de março foi a data escolhida porque neste mesmo dia, no ano

de 1857, centenas de operárias da fábrica de roupas Triangle Shirtwaist fizeram um mega protesto contra as más condi-ções de trabalho, como redu-ção na carga diária de trabalho (de 16h para 10), salários iguais aos dos homens (as mulheres que executavam o mesmo tipo de trabalho que os homens re-cebiam até um terço do salário deles), tratamento digno dentro do ambiente de trabalho, e de segurança das instalações.

A manifestação teve uma res-posta violenta. As operárias fo-ram trancadas na fábrica, que de-pois foi incendiada. Cerca de 130 delas morreram carbonizadas.

O acontecimento ficou regis-trado na história da cidade co-mo uma das piores tragédias. Nos anos seguintes, os protestos continuaram sempre no dia 08 de março, revivendo a morte das costureiras.c

QUEIMA DE SUTIÃS MARCA A HISTÓRIA

Muitos movimentos e passeatas feministas foram realizados ao re-dor do mundo. No entanto, o epi-sódio da queima de sutiãs em praça pública foi o mais marcante da his-tória. Na década de 60, mulheres dos Estados Unidos e da Europa lutavam por sua emancipação.

A simbologia deste gesto signifi-cava libertar-se da prisão, como se o sutiã fosse uma camisa-de-força. Elas queriam se livrar da organiza-ção social, que na época era mais machista que nos dias de hoje, que as aprisionavam. Elas procuravam colocar em prática seus direitos de cidadania, enquanto mulher, pe-rante o homem e a sociedade. Na época, o exagero de queimar suti-ãs nas ruas foi necessário para se fazerem notar e chamar a atenção da sociedade quanto às suas reivin-dicações.

Atualmente, as mulheres - que já conseguiram conquistar mais igualdade perante o homem em questões trabalhistas e políticas - querem continuar avançando e buscam chamar os homens a essa discussão, para compor um debate que é do interesse de todos.

A luta femininafoi devido a este marcan-te acontecimento que o Dia Internacional da Mulher é comemorado neste dia. A pri-meira vez que a data foi come-morada deu-se no dia 28 de fevereiro de 1909, na cidade de Nova Iorque, que já fora palco de vários protestos em busca de melhores condições de trabalho e equiparação sa-larial com os homens.

A iniciativa de reservar um dia especialmente para a mu-lher foi do Partido Socialista da América. No ano de 1910, aconteceu em Copenhague a primeira conferência sobre a

mulher, dirigida pela Interna-cional Socialista. A data foi co-memorada até o ano de 1920, depois caiu no esquecimento, sendo reavivada na década de 60.

No ano de 1975, tido como o Ano Internacional da Mulher, a Organização das Nações Unidas começou a patrocinar o Dia Internacional da Mulher.

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Quando a data de 8 de mar-ço foi oficializada, o objetivo era não só comemorar como

também debater sobre o papel da mulher na sociedade atual. O intuito é fazer com que a di-ferença entre elas e os homens diminuam e, quem sabe, um dia termine. As mulheres, em reuniões e conferências que são realizadas no mundo to-do, tentam acabar com o pre-conceito e a desvalorização. Mesmo com todos os avanços que o chamado “sexo frágil” conseguiu nas últimas déca-das, elas ainda sofrem com salários menores, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional.A mulher conquistou o seu lugar no mercado de trabalho ao lado dos homens, mas ainda sofre com

a discriminação, jornada dupla de trabalho, desvalorização profissional e violência doméstica

Page 6: Caderno2 08 03 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ6 CADERNO DOIS Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de março de 2015

ESPECIAL MULHER

Mulheres que �zeram históriaConheça algumas personalidades femininas inesquecíveis:

Coco Chanelela mal havia acabado de sair de um orfanato no interior da França quando seu jeito des-pojado de se vestir já anunciava uma das maiores mudanças ocor-ridas no guarda-roupa feminino em todos os tempos. Devolveu às mulheres a liberdade de mo-vimentos e aboliu os espartilhos, os vestidos com armações e os cabelos postiços, deixando-os na altura do pescoço (daí surgiu o famoso corte Chanel). Em pouco tempo, seus modelos fizeram mo-da e Coco Chanel tornou-se uma das estilistas mais famosas em to-do o mundo. E mais, numa época em que as mulheres deviam sub-missão a seus pais e maridos, ela foi empresária de sucesso e con-quistou independência financei-ra, principalmente, após a criação do perfume Chanel nº 5, que ven-deu milhões de frascos. Isso sem contar que viveu abertamente com os homens que amou, sem jamais se casar. Coco morreu em 1971, com 87 anos de idade;

Diana Spencerquando se casou com o Príncipe Char-les, em 1981, lady Dia-na Frances Spencer tornou-se Princesa de Gales e uma das mu-lheres mais polêmicas e amadas do século XX. Seu trabalho humani-tário e sua agitada vida pessoal a transforma-ram em uma das perso-nagens mais procuradas pela imprensa, fama que acabou provocan-do sua morte, em um acidente de carro. Seu casamento com Char-les e sua permanência na família real não du-raram muito: no dia 29 de fevereiro de 1996, ela anunciou ter aceitado o divórcio. Sua pensão foi fixada em 23 milhões de dólares. Após quase um ano mais tarde, sua vida terminou;

Indira Gandhi a Índia foi dominada pela Inglaterra por mais de um sé-culo, até sua independência, em 1947. A ascensão política de uma mulher, Indira Gandhi, ao mais alto cargo na mais populosa democracia do planeta foi espe-cialmente significativa para as mulheres indianas, que tradi-cionalmente eram subservientes

aos homens. Além disso, Indira serviu de inspiração para muitas outras mulheres em países de Terceiro Mundo e deu início ao movimento pela participação da mulher na política. No dia 31 de outubro, Indira foi assassinada por dois dos seus próprios guar-das de segurança quando passe-ava pelo jardim de sua casa;

Joana D’Arcnão existe dúvida entre os historiadores de que Joana D‘Arc é a mais famosa das guer-reiras francesas na história eu-ropeia. Embora jamais houves-se aprendido nada sobre guerra, ela demonstrava um talento mi-litar incomum no campo de ba-talha e sua coragem motivava as tropas como nenhum homem jamais havia conseguido. Joana justificava isso afirmando que era guiada por santos e anjos, cujas visões a acompanhavam

o tempo todo, no campo de ba-talha e fora dele. Mas ninguém acreditava nisso, alegando que ela se utilizava de feitiçaria. Capturada pelos ingleses, foi considerada bruxa e queimada numa fogueira. Depois de sua morte, durante a qual deixou um raro exemplo de luta por seu rei e por seu país, muitas opiniões mudaram e o próprio Vaticano reconheceu seus con-tatos com os espíritos divinos e acabou por canonizá-la;

Madre Teresa de Calcutáentre as mulheres do século XX, Madre Te-resa de Calcutá destacou-se de modo inconfundível entre aquelas que dedica-riam sua vida a distribuir amor e compaixão aos sofredores. Essa vocação missionária a colocou entre as mulheres mais conhecidas e admiradas da segunda metade do sé-culo XX. Depois de anos de dedicação, Madre Te-

resa fundou, em 1948, a Ordem das Missionárias da Caridade, em Calcutá, na Índia. Na ordem, que dirigiu com suas carac-terísticas de tolerância e respeito, distribuiu ajuda e amor a pobres de todo o mundo, o que lhe valeu, em 1979, o Prêmio No-bel da Paz. Após sérios problemas de saúde, em setembro de 1997 Madre Teresa faleceu.

Page 7: Caderno2 08 03 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de março de 2015 CADERNO DOIS 7

ESPECIAL MULHER

Sete guerreiras que �zeram história no BrasilN e st e D i a I n t e r n a-

cional da Mulher, o pa-ís reverencia algumas guerreiras que fizeram

história no Brasil, sendo pioneiras e totalmen-

te corajosas. Mulheres revolucionárias que es-

tiverm à frente do seu tempo e foram capazes de

provocar mudanças cul-turais e sociais no Brasil:

Chiquinha Gonzagafoi a primeira mulher do Brasil a estar à frente de uma orquestra. Em 1885, a compo-sitora e pianista Chiquinha Gonzaga estreou como maes-trina. Precursora do chorinho, ela compôs mais de duas mil canções populares, entre elas a primeira marcha carnava-

lesca do País - “Ô Abre Alas”. Escreveu ainda 77 peças tea-trais. Além da música, Chiqui-nha participava ativamente do movimento pela libertação dos escravos. Vendia de por-ta em porta suas partituras, a fim de angariar fundos para a causa.

Alzira Soriano de Souzaem 1928, o governador do Rio Grande do Norte, Juvenal Lamartine, conseguiu uma al-teração na lei eleitoral dando o direito de voto às mulheres. Elas foram às ruas pela primeira vez, mas seus votos foram anulados. O mesmo ano foi marcante

também por um outro motivo, Alzira Soriano de Souza foi elei-ta prefeita de Lajes (RN), pelo Partido Republicano. Ela não só entrou para a história do Bra-sil, como da América Latina, por ser a primeira mulher escolhida para ocupar um cargo eletivo.

Maria Lenkaos 17 anos, a nadadora bra-sileira Maria Lenk embarcou para Los Angeles. Ela foi a pri-meira atleta sul-americana a participar dos Jogos Olímpicos. Maria fez parte da primeira tur-ma feminina formada em Edu-cação Física no País, em 1938;

Princesa Isabelúltima princesa impe-rial do Brasil e regente do Império por três ocasiões, na qualidade de herdeira de seu pai, o imperador Dom Pedro II. Isabel foi a terceira Chefe de Estado brasileiro após sua avó Leopoldina e sua trisavó Dona Maria I. Foi cognominada a Re-dentora por ter, através da Lei Áurea, abolido a escravidão no Brasil;

Georgina de AlbuquerqueEla foi uma das precursoras da participação das mulheres nas artes plásticas no Brasil. Georgina rompeu com o aca-demicismo após uma viagem à França, em 1906, e, em 1952, tornou-se a primeira mulher a dirigir a Escola Nacional de Be-las Artes, onde as mulheres só puderam entrar a partir de 1879. Em suas pinturas, Georgina trazia o impressionismo e suas derivações. Ela obteve menção honrosa no Salão Nacional de Belas Artes de 1909 por seu quadro “Supremo Amor” e foi a partir daí que seu talento foi reconhecido nacionalmente;

Nélida PiñonMembro da Academia Bra-sileira de Letras (ABL) desde 1990, a escritora Nélida Piñon foi a primeira brasileira a ocu-par a presidência da institui-ção. Em sua gestão, iniciou-se o processo de informatização da ABL, foi criado e implantado o Centro de Memória, e as portas da instituição foram abertas pa-ra visitação pública. Em 1961, Nélida publicou seu primeiro romance. Ela tem mais de uma dezena de livros publicados e numerosos prêmios no Brasil e no exterior. Também abriu ca-minho para que outra mulher assumisse a presidência da casa;

Maria Quitérianascida em 27 de julho de 1792 em Salvador, a “Soldado Medei-ros”, como era c o n h e c i d a , f o i militar brasilei-ra e heroína da Guerra da Inde-pendência. Con-siderada a Joana d’Arc brasileira, é a ‘patrono’ do Quadro Comple-mentar de Ofi-ciais do Exército Brasileiro.

Page 8: Caderno2 08 03 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ8 CADERNO DOIS Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de março de 2015

ESPECIAL MULHER

“Sou uma sobrevivente”, a�rma Marilena Garcia"Durante toda a minha vida as questões que envolvem a mulher, em todas as suas dimensões, me sensibilizavam"

Neste mês de março, mês da mulher, vamos con-versar com uma mulher

especial que completa 70 anos no próximo dia 16. Ela foi a pri-meira mulher eleita para o Le-gislativo Macaense na década de 80, foi líder sindical durante a ditadura militar, ex-vice-pre-feita do município, transfor-mou-se num verdadeiro ícone histórico da região, cumpriu quatro mandatos eletivos e tem exatamente 18 anos de vida pú-blica. Como vice-prefeita, assu-miu interinamente a prefeitura em seis ocasiões e foi também Secretária Municipal de Edu-cação, iniciando o processo de democratização da educação na cidade. Além disso, Marilena es-tá comemorando neste mês os cinco anos de uma cirurgia bem sucedida do seu segundo câncer de mama.

“Comemoro os meus 70 anos agradecendo e brindando à vi-da. Rompi e superei um mode-lo cultural familiar autoritário e conservador, criei sozinha os meus filhos baseada em crité-rios éticos e amorosos, casei e descasei quantas vezes decidi. Fui sindicalista durante a dita-dura militar, conquistei através de eleições quatro mandatos eletivos defendendo as bandei-ras da esquerda feminista, mas conservando a minha feminili-dade. Vivi e participei das trans-formações históricas de Macaé. Muitos dos meus amigos são os mesmos há décadas. Aprendi muito nas salas de aula com meus alunos e colegas. Superei dois cânceres de mama conser-vando meu otimismo. Paguei um preço por esse histórico. Às vezes alto. Assim é a vida. Sofri e me fortaleci em cada um desses momentos.”

1.MARILENA, E AGORA, AOS 70 ANOS, COMO VOCÊ ESTÁ?

Assustada por ver como o tempo passou rápido, talvez demais. Dizem que a velhice tem as suas alegrias, mas eu ainda não descobri. Como sou persistente... Por enquanto, só um lembrete do Quintana:

A vida é o dever que nós trouxe-mos para fazer em casa.Quando se vê, já são seis horas!Quando se vê, já é sexta-feira...Quando se vê, já terminou o ano...Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.Quando se vê, já se passaram 50 anos!Agora é tarde demais para ser reprovado.Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.Desta forma, eu digo: Não deixe de fazer algo que gosta, devido à falta de tempo, pois a única fal-ta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais. (MARIO QUINTANA)

2.CONTE PRA GENTE UM POUCO DA SUA HISTÓRIA FAMILIAR. VOCÊ NASCEU EM MACAÉ?

Nasci e fui criada em Macaé. Sou de uma família classe média conservadora. Meu pai, Carlos Garcia, funcionário do Banco do Brasil, era um idealista huma-nitário e a minha mãe, Magda Garcia, era comerciante e esti-lista. Ambos sonharam e rea-lizaram juntos. Meu avô, José Garcia, espírita kardecista, foi quem doou e construiu o Lar de Maria. Minha avó, Carolina Garcia, foi a primeira professo-ra pública de Macaé. Tenho dois irmãos, Paulo César e Margare-th. Casei-me aos 19 anos com Antônio Carlos Assis, mineiro, com quem tive três filhos: Gu-to, Mônica e Susana. Margarida veio depois, pelo caminho do co-ração. Foram eles que me mos-traram a luz quando o túnel da vida estava muito escuro. Ana

Carolina, Lucas, Luisa, Gabrie-la, Júlia e Sofia, meus seis netos, são meus desafios, pois através do esforço que faço para conhe-cê-los mais, tenho me redesco-berto na minha amorosidade. No meu genro, Herson Capri, tenho um amigo e companheiro de discussões políticas. Depois de divorciada, criei sozinha os meus filhos. Eles são as priori-dades na minha vida. Tive mais três companheiros e com todos vivi alegrias e problemas, como são as relações humanas no seu cotidiano.

3 – E COMO FOI A SUA INFÂNCIA, E A SUA ADOLESCÊNCIA?

Como quase todas as crianças e jovens de Macaé, eu estudei nos Colégios Estaduais Matias Neto e Luiz Reid, piano com dona Letícia, pintura com Lui-sa e corte e costura com dona Terezinha. Meus pais se esfor-çaram para eu ser uma menina bem comportada. Frequentava as praias do Forte e Imbetiba, mergulhava na Praia da Con-cha e atravessava a nado o rio Macaé em frente ao Mercado de Peixes. Fiz pescaria de siri na Lagoa de Imboassica com os puçás feitos pelo meu pai, dançava nos bailes no Ipiranga, Tênis e Fluminense ao som das grandes orquestras e do piano de Armando Marconi. Namo-rei escondido na Rua da Praia e dancei as quadrilhas juninas de dona Eléa. Frequentava as ma-tinês de domingo no cine Santa Izabel e depois tinha o footing no quarteirão do Cine Taboada.

4 – E A POLÍTICA? QUANDO VOCÊ COMEÇOU A SE ENVOLVER NELA?

Sempre esteve presente na minha vida. O desejo de colabo-rar nas mudanças para melhor marcaram os acontecimentos desde a minha infância. A po-lítica foi e sempre será uma grande paixão. O que me movia era o sonho, a paixão, a utopia. Durante a ditadura militar, co-mo sindicalista, tínhamos a cer-teza de que transformaríamos o mundo. E realmente transfor-mamos: a ditadura caiu. Sempre fui da ação. E quando abraço uma causa, inicio logo o pro-cesso de organização e vou em frente. Assim foi a Campanha dos Royalties do Petróleo, a Es-cola Técnica Federal, a criação do CETEP, as Casas das Mulhe-res Chefes de Família, a Câmara Juvenil, a criação do Arquivo do Legislativo, o PRODESMAR- Programa de Desenvolvimento de Macaé e Região, e tantos ou-tros. Quanto à minha formação política, foi em Cuba que, atra-vés da FEDIM - Federação De-mocrática de Mulheres, que es-tudei técnicas de planejamento de Mobilização Popular. Isso foi na Universidade de Havana, a extensão da Educação Popular. Na Amazônia, com as Mulheres Seringueiras, aprendi na prática a capacidade de superação das dificuldades do dia a dia. Na China, no Congresso Mundial de Mulheres, a convivência com mulheres de 165 países alargou meus horizontes. Como uma parte da minha geração que participava da política, estudei filosofia marxista com uma vi-são aberta e questionadora do mundo. Exerci os meus quatro mandatos durante 18 anos com zelo, destemor e paixão. Da vida pública registro grandes lem-branças. Tive amigos e compa-nheiros eternos. Sou aposenta-da como professora do estado. Não tenho vínculo empregatí-cio com o município. Daí não ter nenhuma incorporação salarial. Como ex-vereadora, eu não re-cebo aposentadoria. Recebi os subsídios enquanto portadora de mandatos. Acabou.

5 – A SUA PARTICIPAÇÃO NA CONQUISTA DOS ROYALTIES DO PETRÓLEO PARA ESTADOS E MUNICÍPIOS FOI DECISIVA. COMO FOI ISSO?

WANDERLEY GIL

Quando a Petrobras se esta-beleceu em Macaé, em 1978, não existia a indenização dos Royalties. Foi uma conquista através de uma luta que durou seis anos. Das salas de aula até o Congresso Nacional a campa-nha intitulada ROYATIES, UM DIREITO, UMA NECESSIDA-DE foi crescendo, percorrendo estados brasileiros e chegou a Brasília. Os macaenses conse-guiram a vitória em dezembro de 1986. A vitória dessa causa mudou a história e a economia do Estado do Rio e do Brasil. Tu-do começou na Câmara Muni-cipal de Macaé no ano de 1983.

6 – E AGORA FALA PRA GENTE SOBRE A SUA ATUAÇÃO NA QUESTÃO DE GÊNERO. A QUESTÃO DA MULHER.

Durante toda a minha vida as questões que envolvem a mulher, em todas as suas di-mensões, me sensibilizavam. Nunca aceitei o papel do femi-nino que era imposto à minha geração. Quando assumi o pri-meiro mandato no legislativo, em 1982, transformei as mi-nhas inquietações em ações. Daí a criação dos Conselhos (da Mulher e o de Combate à Violência), da Delegacia de Mu-lheres, das Casas de Mulheres Chefes de Família, as Mulheres da Paz, dentre outras. A polí-tica sempre foi, e ainda é, um espaço masculino. Aliás, todas as esferas que detêm o poder são masculinas. Basta observar a representação feminina do legislativo, executivo e judici-ário brasileiros. Imagina só, na década de 70, uma sindicalista! E em 80, uma vereadora numa câmara só de homens? As situ-ações eram complexas e varia-das, engraçadas e sérias, como por exemplo, a necessidade da construção, em regime de urgência, de um banheiro fe-minino na Câmara Municipal porque jamais tinham pensado na possibilidade de uma mulher vereadora! As conquistas foram inúmeras, como a minha pró-pria conscientização de todo o processo e o companheirismo de muitas mulheres e homens mais sensíveis e dispostos a mudanças. E também as novas feministas, articuladas e protes-

tando de forma organizada, que não deixaram de lado as antigas demandas. O fim da violência doméstica e do abuso sexual, assim como a liberdade sexual e reprodutiva, seguem como reivindicações primordiais. É a luta que continua.

7 – COMO VOCÊ VÊ A POLÍTICA HOJE?

O mundo mudou nos seus valores éticos e existenciais. A política mudou. Onde estão as paixões e utopias? Elas é que nos comprometem com pro-jetos de justiça e de liberdade. Convivemos atualmente com a derrocada dos valores mais humanos e harmoniosos. Hoje vence o pragmatismo imposto pelo modelo imediatista, preda-tório e consumista do capitalis-mo selvagem. A política preci-sa buscar novos significados, uma nova definição. Não estou tratando de partidos políticos, nem de pessoas. A crise é civi-lizatória, mais profunda. É um momento precioso de reflexão.

8 – QUAIS AS SUAS EXPERIÊNCIAS E CONQUISTAS NA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO?

Acumulei o mandato de vice-prefeita e o cargo de Secretária de Educação. Eu tinha compor-tamentos diferenciados: como vice, tentava atuar nas lacunas do governo, como secretária, brigava feito uma leoa. Cria-mos um sistema integrado de Educação: fundamental, mé-dio e superior. Definimos o eixo principal da FUNEMAC, que foi estruturar, através de cursos, as demandas do serviço público de Macaé. Daí as dezenas de cursos de graduação, extensão e pós. Também fomos buscar os ide-alistas e sonhadores para criar o CETEP, o CAP- Colégio de Aplicação, a Escola de Idiomas, os Mutirões Escolares e o Cen-tro Filosófico Claudio Ulpiano. Quando me licenciei por mo-tivo de saúde, tive a alegria de ser substituída pelo Prof. Guto Garcia, meu filho, que com a sua competência e dedicação mar-cou significativamente a sua passagem pela Educação com o PCCV- Plano de Cargos, Carrei-ra e Vencimentos e a instituição

das Eleições Diretas para Dire-tores, dentre outras realizações.

9 – E COMO VOCÊ SE SAIU COMO VICE-PREFEITA?

Fui a primeira mulher vice-prefeita de Macaé. Um vice de-ve ser sábio e discreto. Procurei dar visibilidade ao meu papel atuando em projetos concretos. Quando assumi a prefeitura, em seis ocasiões, não me importava se era por 10 ou 30 dias. Assu-mia integralmente, mantendo inclusive harmonia com o se-cretariado.

10 – MARILENA, FALE UM POUCO DA SUA MACAÉ DE HOJE.

Acompanho pouco a política macaense. Quando terminou o meu mandato, mudei-me para o Rio. Saí da política competitiva por decisão pessoal, sem perder eleição. Não desejo nenhum cargo governamental de ne-nhuma esfera. Nem municipal, estadual ou federal. Acho que a chefia do executivo é sempre um desafio. Mas pelas carac-terísticas de Macaé, o desafio é maior. É um desafio despro-porcional ao poder de execu-ção. São problemas cotidianos que superam planejamentos e metas estabelecidas. Devemos lembrar que o ciclo do petróleo encontrou Macaé desprepara-da para responder aos impactos do crescimento desgovernado. É preciso lembrar também que houve uma sucessão de gover-nos municipais que não se pre-ocupavam com o planejamento do município. Hoje, por toda a problemática que envolve o se-tor petrolífero, a situação da ci-dade me preocupa. Mais do que nunca precisamos de união. Os poderes executivo, legislativo e judiciário, a sociedade civil organizada, os movimentos so-ciais, estudantes, trabalhadores e a população em geral, devem dialogar. Continuo acreditan-do na política e acho que hoje temos novos caminhos de atu-ação.

11 – O QUE MACAÉ SIGNIFICA NA SUA VIDA ATUALMENTE?

É a minha referência de exis-tência. Através da família, ami-gos, companheiros, colegas de

trabalho, alunos, eleitores, vivi as fases mais significativas da minha vida. É o lugar onde me constituí cidadã, mulher, mãe, profissional, política. Onde travei as minhas batalhas mais importantes. É o lugar ao qual eu pertenço.

12 – COMO VOCÊ AVALIA A EDUCAÇÃO NO SEC. XXI?

Vivemos um impasse. Con-tinuamos o debate de antigas questões não resolvidas e outras que se apresentam. Cito o pro-fessor português José Pacheco que sintetiza bem a nossa reali-dade brasileira: “Nossas escolas são do séc. XIX, os professores são do sec. XX e os alunos do sec. XXI.” Mas nunca se falou tanto em educação como eixo principal na construção de uma sociedade mais justa e cidadã. Isso é muito bom.

13 – E O PT?O PT enfrenta uma crise sé-

ria, está ferido em alguns prin-cípios éticos e ideológicos. De-vemos ter a coragem, simples e honesta, de reconhecer todo o erro partidário. Mas há um nor-te claro a nos guiar que é o pro-jeto que mudou a cara do País e produziu a maior mobilidade social vivida nestas plagas. Um projeto político que finalmente tirou o Brasil do Mapa da Fome, conforme dados da FAO (ONU) de 2014, depois de 514 anos de muita miséria e sofrimento. Crescer com distribuição, cui-dar dos excluídos, combater a desigualdade é nosso objetivo e destino. É preciso manter o orgulho dessa conquista, repa-rar os erros e seguir em frente.

14 – E A SUAVIDA HOJE?Está calma até demais. Já co-

meça a incomodar! Mas eu es-tava mesmo precisando dar um tempo. O final do mandato com o acúmulo do stress da cirurgia e da quimioterapia foi bastante difícil. Hoje presto assessoria  à minha filha, a atriz Monica Martelli, no programa Saia Justa do GNT. E também sou palestrante convidada quando os temas são Câncer de Ma-ma e Educação. Mas pretendo ser uma militante no Direito de Envelhecer.

“Comemoro os meus 70 anos agradecendo e brindando à vida. Rompi e superei um modelo cultural familiar autoritário e conservador, criei sozinha os meus filhos baseada em critérios éticos e amorosos, casei e descasei quantas vezes decidi.”MARILENA GARCIA

Page 9: Caderno2 08 03 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de março de 2015 CADERNO DOIS 9

FOTOS: MPORÃO

As mulheres ainda sofrem preconceito de algumas empresas com relação a oportunidades na área industrial, pois preferem o sexo masculino

ESPECIAL MULHER

Mulher avança no mercado de trabalhoO sexo feminino avança nas conquistas de emprego no município atingindo 61,2% nos dois primeiros meses deste ano

As m u l h e r e s g a n h a m cada vez mais espaço no mercado de traba-

lho. Dados da secretaria de Trabalho e Renda de Macaé apontam que o sexo femini-no avança nas conquistas de emprego no município. A mé-dia, entre janeiro e fevereiro de 2015, de vagas cadastradas para elas na Central do Traba-lhador é de 61,2%. No mesmo período, o número de encami-nhamentos para empregos foi de 43,4%. O Dia Internacional da Mulher acontece neste domingo (8) e para a técnica de Segurança no Trabalho e Meio Ambiente, Sintiane de Jesus Mota, 31 anos, o motivo é para comemorar.

- Estou há oito dias em Ma-caé. Sou da Bahia e minha esperança de me consolidar no município é grande. Esta é a segunda vez que estou na Central do Trabalhador. Es-se serviço é muito importan-te, pois encaminha as pessoas para o mercado de trabalho. Cada dia que passa, estamos ganhando nosso espaço. Po-rém, ainda temos o precon-ceito de algumas empresas com relação a oportunidades na área industrial, pois prefe-rem o sexo masculino, mesmo com os avanços da mulher. De

qualquer forma, temos muito a comemorar -, disse.

O secretário de Trabalho e Renda, Alexandre Fernandes, afirmou que o público femini-no tem superado os desafios. Segundo ele, ainda é preciso avançar nos segmentos de petróleo e construção civil. "Nesses dois setores a dife-rença ainda é grande, porém, já temos exemplos de mulhe-res que se capacitam e estão entrando para o mercado de trabalho nestas áreas. No ano passado, por exemplo, entre diversos formandos, algumas já se qualificaram como sol-dadoras e estão empregadas", ressaltou o secretário.

Alexandre opinou, também, que a mulher, desde a faixa etária de 16 anos, do programa Jovem Aprendiz, até a adulta, é mais caprichosa, detalhista e intuitiva. "Desenvolvemos ações em parceria com outros órgãos, de geração de renda e qualificação profissional. Is-so contribui bastante para o aprimoramento delas no mer-cado", frisou.

No Centro de Educação Tecnológica e Profissional (Cetep), ligado à secretaria de Trabalho e Renda, são ofe-recidos diversos cursos. As oportunidades são nas áreas

de beleza, artesanato, corte e costura, gestão, industrial e outras. A proposta é desen-volver políticas públicas de geração de trabalho e renda, estimulando a diversificação da economia.

A Feira de Economia Soli-dária é mais um espaço para a mulher expor seus trabalhos. O objetivo é fomentar peque-nos grupos produtivos (coo-perativas, associações, redes solidárias, entre outros). A ar-tesã Ana Lúcia Pinto de Souza Pereira, 51 anos, transformou suas habilidades em negócio. Depois de um diagnóstico de depressão, ela foi incentivada pelo marido a fazer um curso na área de artesanato e, atual-mente, confecciona bonecas de pano e outros materiais. Os produtos são vendidos por en-comendas e na feira, que fun-ciona na primeira semana de cada mês na Praça Veríssimo de Melo, das 9h às 21h. "Quan-do comecei com esse quadro em 2004, meu marido me co-locou no curso de bijuterias. Desde então, a confecção de bonecas de pano mudou a mi-nha vida", afirmou Ana Lúcia. As mulheres têm motivo de sobras para festejar o Dia Internacional da Mulher

Page 10: Caderno2 08 03 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ10 CADERNO DOIS Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de março de 2015

Teatro SESI Macaé comemora Dia da Mulher com a peça 'Rosa'Monólogo com Débora Olivieri conta experiências de uma senhora judia que viveu o terror nazista

Isis Maria Borges [email protected]

Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o Teatro SESI Macaé apre-

sentou, neste sábado, dia 7, às 20h, o espetáculo “Rosa”, com a atriz Débora Olivieri. A deliciosa comédia dramática é de autoria de Martin Sherman e direção de Ana Paz, abrindo o circuito cultu-ral 2015 do Sesi Macaé. O Teatro do Sesi Macaé fica na Alameda Etelvino Gomes, 155, Riviera Fluminense. Outras informações pelo telefone (22) 2791-9214.

A peça ‘Rosa’, que fez grande sucesso nas temporadas carioca e paulista, conta a história de Rosa, uma senhora judia de aproxima-damente 80 anos que, durante o shivah (período do luto judaico), relembra sua vida, como sua in-fância em Yultishka - cidadezi-nha perdida no meio da Ucrânia, de estradas de terra batida e de casinhas minúsculas - até seus dias atuais, em Miami Beach, cidade americana que a acolheu.

Rosa revive momentos marcan-tes, como sua mudança para Var-sóvia, a invasão da Polônia pelos nazistas, o sonho da Palestina - a terra dos antepassados, que Deus havia prometido - sua passagem por Jerusalém, Atlantic City e Connecticut. Clandestina num na-vio em Sete, na França, Rosa tam-bém viu o mar pela primeira vez e achou que era uma alucinação.

Com leveza, emoção e muita ironia, a personagem nos con-duz para quase um século de histórias - suas e do mundo.

Débora foi indicada como Melhor Atriz aos Prêmios Shell e Prêmio APTR de Teatro em 2011 com Rosa.

DEBORA OLIVIERIDebora Olivieri, 53 anos, es-

tudou Artes Cênicas na Escola Macunaíma com Silvio Zilber e Miriam Muniz; Ganhadora do Prêmio Mambembe e AP-CA de Melhor Atriz por sua atuação no espetáculo “Mo-rangos e Lunetas”, de Denise Crispum e Beto Crispum; Cor-po com Klaus Vianna e Artes Plásticas e Educação com Fanny Abramovich.

Trabalhou em teatro com Charles Möeller e Claudio Bo-telho, Miguel Falabella, Marí-lia Pêra, Naum Alves de Souza, Joaquim Vicente, Robert Cas-tle, dentre outros. No cinema, foi dirigida por Arnaldo Jabor, Carla Camurati, Alain Fresnot, Guilherme de Almeida e par-ticipou dos filmes “Vendedor de Passados”, direção de De Lula Buarque; “Educação Sentimental”, direção de Julio Bressane; “Isolados”, direção de Tomas Portella; “Banho Maria”, direção de Miguel de Oliveira, dentre outros.

Na TV, participou de no-velas e séries na TV Globo, HBO, Telefe (Argentina) e TV Cultura, tendo sido dirigida por Denis Carvalho, José Al-varenga, Ricardo Wadington, Jayme Monjardim, Roberto Talma, Miguel Falabella, Jor-ge Fernando, Wolf Maia, den-tre outros. Em 1986, também ganhou o Prêmio Governador do Estado de SP por sua atua-ção no espetáculo Morangos e Lunetas, de Denise Cris pum e Beto Cris pum. Sua última novela foi “Guerra dos Sexos”, com direção de Jorge Fernan-do, na TV Globo.

DIVULGAÇÃO

A comédia dramática, de 90 minutos de duração, tem texto assinado por Martin Sherman e direção de Ana Paz

ESPECIAL MULHER

Page 11: Caderno2 08 03 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de março de 2015 CADERNO DOIS 11

CIGARRAS DE MACAÉpor AURORA [email protected]

CIGARRAS DE MACAÉ - Hoje um domingo especial, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, apresentamos:

As muito feias que me perdoemMas beleza é fundamental. É precisoQue haja qualquer coisa de flor em tudo issoQualquer coisa de dança, qualquer coisa de haute coutureEm tudo isso (ou entãoQue a mulher se socialize elegantemente em azul, como na República Popular Chinesa).Não há meio-termo possível. É precisoQue tudo isso seja belo. É preciso que súbitoTenha-se a impressão de ver uma garça apenas pousada e que um rostoAdquira de vez em quando essa cor só encontrável no terceiro minuto da aurora.É preciso que tudo isso seja sem ser, mas que se reflita e desabrocheNo olhar dos homens. É preciso, é absolutamente precisoQue seja tudo belo e inesperado. É preciso que umas pálpebras cerradasLembrem um verso de Éluard e que se acaricie nuns braçosAlguma coisa além da carne: que se os toqueComo o âmbar de uma tarde. Ah, deixai-me dizer-vosQue é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaroSeja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo eSeja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvemCom olhos e nádegas. Nádegas é importantíssimo. Olhos, entãoNem se fala, que olhem com certa maldade inocente. Uma bocaFresca (nunca úmida!) é também de extrema pertinência.É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossosDespontem, sobretudo a rótula no cruzar as pernas, e as pontas pélvicasNo enlaçar de uma cintura semovente.Gravíssimo é porém o problema das saboneteiras: uma mulher sem saboneteirasÉ como um rio sem pontes. IndispensávelQue haja uma hipótese de barriguinha, e em seguidaA mulher se alteia em cálice, e que seus seiosSejam uma expressão greco-romana, mais que gótica ou barrocaE possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de cinco velas.Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebralLevemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal!Os membros que terminem como hastes, mas bem haja um certo volume de coxasE que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugemNo entanto sensível à carícia em sentido contrário.É aconselhável na axila uma doce relva com aroma próprioApenas sensível (um mínimo de produtos farmacêuticos!)Preferíveis sem dúvida os pescoços longosDe forma que a cabeça dê por vezes a impressãoDe nada ter a ver com o corpo, e a mulher não lembreFlores sem mistério. Pés e mãos devem conter elementos góticosDiscretos. A pele deve ser fresca nas mãos, nos braços, no dorso e na faceMas que as concavidades e reentrâncias tenham uma temperatura nunca inferiorA 37º centígrados, podendo eventualmente provocar queimadurasDo primeiro grau. Os olhos, que sejam de preferência grandesE de rotação pelo menos tão lenta quanto a da terra; eQue se coloquem sempre para lá de um invisível muro de paixãoQue é preciso ultrapassar. Que a mulher seja em princípio altaOu, caso baixa, que tenha a atitude mental dos altos píncaros.Ah, que a mulher dê sempre a impressão de que se fechar os olhosAo abri-los ela não mais estará presenteCom seu sorriso e suas tramas. Que ela surja, não venha; parta, não váE que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beberO fel da dúvida. Oh, sobretudoQue ela não perca nunca, não importa em que mundoNão importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidadeDe pássaro; e que acariciada no fundo de si mesmaTransforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempreO impossível perfume; e destile sempreO embriagante mel; e cante sempre o inaudível cantoDa sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarinaDo efêmero; e em sua incalculável imperfeiçãoConstitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação inumerável.

Receita de Mulher

MENSAGEM DE FÉpor ROBSON OLIVEIRA

Vinicius de Moraes

Para todas as mulheres, de nossa Macaé, o carinho especial de nosso Coro de Cigarras!!! Feliz dia, semana, mês, ano... Feliz vida-mulher!!!

[email protected] <mailto:[email protected]>

Aurora Ribeiro Pacheco

Mulheres Guerreiras nunca desistem!mulheres guerreiras são como águias, se renovam no sofrimento! Se fortalecem no amor, e lutam com todo vi-gor. Mulheres guerreiras são verdadeiras águias, que voam bem alto para repor todos su-as forças do seu sofrimento. São enérgicas, valentes e vão bem fundo no seu desejo. De onde elas buscam esta força? Do seu coração, do seu ser, da sua fé, do seu amor, do seu querer. Mulheres guerreiras têm uma fé tão intensa, que chega a ultrapassar seus limi-tes, na busca do impossível. Pois o impossível para elas é apenas o início de uma grande

batalha. Com muita fé e deter-minação, mulheres guerreiras buscam o que querem: ven-cer!! Esta é a sua meta. Lutar é a sua força. Mulheres guer-reiras têm na alma a força de lutar e fé de vencer.

A vida não é um cenário ro-sa, cheio de flores. A estrada é espinhosa, atravessamos desertos, às vezes passamos por pinguelas estreitas, nos deparamos com vales, enfren-tamos ventos fortes e tempes-tades.

Não vivemos nesse mundo imunes aos problemas, sofri-mentos e dores. Caminhamos muitas vezes com o rosto co-

berto de decepção e lágrimas. Mas tudo isso não acontece por acaso. Os problemas e ad-versidades são os exercícios necessários para a musculatu-ra da fé. Toda vez que saímos de uma tempestade saímos mais fortes, mais experientes, mais conhecedores de Deus.

Assim foi com Jó: "Eu te conhecia de ouvir falar, mas agora os meus olhos te veem."

Mulheres, nunca desistam e lancem sobre Deus toda a vossa ansiedade, pois Ele cui-da de vós!

Feliz Dia Internacional da Mulher!

ESPECIAL MULHER

Mulheres vencem o câncer e viram exemplo de superaçãoQuatro moradoras de Macaé contam como conseguiram dar a volta por cima e alertam sobre a prevenção

Marianna [email protected]

Apesar de serem rotuladas como “sexo frágil” pelos ho-mens, as mulheres muitas

vezes provam que são muito mais fortes do que aparentam ser. Um exemplo disso são as milhares que lutam contra o câncer.

O DEBATE, como forma de ho-menageá-las pelo Dia Internacio-nal da Mulher, que é celebrado nes-te domingo (8), e também alertar a sociedade e o poder público, traz a história de quatro guerreiras, que enfrentaram a doença e hoje são exemplos de superação.

A primeira delas é Kathia Reid, de 53 anos, que teve câncer no ová-rio esquerdo. Ela foi uma das pri-meiras pacientes a realizar todo o tratamento no Centro Oncológico de Macaé, no Hospital São João Batista.

“Em agosto de 2013 fiz alguns exames e me disseram que eu tinha um cisto no ovário. Fiquei nessa até outubro, e nisso a minha barriga in-chando cada vez mais e eu sentindo muitas dores. Procurei o Dr. Flávio Antunes e ele só de ver o meu esta-do já percebeu que se tratava de um tumor. Sete dias depois eu já estava operando. Precisei tirar o útero, o ovário, a trompa e o tumor. Graças a Deus não estava muito avançado. Felizmente sou muito alto astral e tenho muita fé, isso me ajudou a enfrentar essa doença. Não foi fácil. Eu, que era muito vaidosa, precisei raspar o cabelo. Mas consegui su-perar. E a minha vontade de viver acabava chamando atenção dos enfermeiros do hospital, que sem-

pre me pediam para dar um apoio aos outros pacientes. A Marilene, do Mulheres em Luta, sempre me pede suporte”, conta.

Ao contrário de Kathia, que sem-pre fez o preventivo, Rosimárcia Rosa Monteiro, também com 53 anos, conta que até os 46 anos nun-ca tinha feito uma mamografia. Em novembro de 2009 ela descobriu que tinha câncer de mama, um dos mais comuns nas mulheres.

“Quando eu descobri, o caroço já estava em estágio avançado. Até en-tão, nunca tinha feito o preventivo na minha vida. Descobri que tinha algo errado quando toquei no meu seio. E mesmo assim demorei uns sete meses para ir ao médico, pois tinha medo de ouvir que poderia ser câncer. Quando soube, fiquei muito triste, deprimida, o mundo parecia que estava desabando. A minha sor-te foi que a minha família me deu muita força para lutar e meu filho cuidava de mim. Esse acolhimento foi fundamental. Precisei fazer a mastectomia. Fui uma das primei-ras a receber a prótese do Mulheres em Luta. Antes disso, eu usava um paninho no sutiã. Como eu sou mui-to religiosa, acredito que a Deus me deu uma segunda chance. Hoje olho tudo diferente, tenho mais disposi-ção. Dou mais valor à minha vida. Digo para quem estiver passando por uma situação semelhante para nunca perder a sua fé”, ressalta.

No caso de Dulcineia França, de 56 anos, que também foi diag-nosticada com câncer de mama, a doença surgiu devido ao uso de um medicamento hormonal. “O gine-cologista me passou um hormônio, o Gestinol, porque eu estava com

um mioma. Isso foi no final de 2010. Fiquei durante um ano tomando e quando era para suspender, não consegui ser atendida pelo mesmo médico. Diante disso, resolvi con-tinuar com a medicação por conta própria por mais um ano. Com isso, minhas células se multiplicaram e surgiu o tumor. Descobri durante uma mamografia, que eu fazia re-gularmente, que tinha uma altera-ção. Depois de fazer uma ultrasso-nografia, ficou constatado que era câncer. Estava no início, só que o meu tratamento foi pelo SUS, o que demorou. Essa demora é perigosa. Quando fui ver já estava avançado e tive que tirar a mama. Foi uma luta muito grande, mas superei através da minha fé”, relata.

A última delas, mas não menos importante, é Nilceia Santos, de 67 anos. Ela, que também teve câncer de mama, conta que o pior não foi o tratamento, que era feito em Cam-pos dos Goytacazes, mas sim o des-

locamento até o outro município. “Nós já estamos debilitadas, esse tempo todo na estrada acaba des-gastando ainda mais e aumentando o nosso sofrimento. O ideal era po-der fazer tudo em Macaé, mas você precisa realizar todo o procedimen-to onde você deu entrada”, conta.

Ela conta que além da mamogra-fia e da ultrassonografia, ela só des-cobriu o problema após uma resso-nância magnética. “Isso mostra que nem sempre os dois métodos são suficientes. Quando descobri que estava com câncer, saí do medico revoltada, chorando. Eu confesso que não tive uma boa reação. Fiz os exames, operei e hoje faço o trata-mento. A sorte é que eu descobri no início e não precisei tirar a mama. Mesmo assim resolvi tirar forças de onde eu pensava que não tinha e dei a volta por cima. Pensar positivo é sempre importante”, relata.

Nilceia também faz um alerta aos homens. “Não são apenas as mu-

WANDERLEY GIL

Projeto Mulheres em Luta, que não tem vínculos políticos, dá suporte a pacientes com câncer

lheres, todo mundo precisa fazer o preventivo. O câncer não difere sexo. Também faço um apelo aos maridos, para que não abandonem suas espo-sas nesse momento. É um momento muito triste. O apoio de todo mundo é fundamental”, enfatiza.

SOLIDARIEDADE TAMBÉM VIRA EXEMPLO

Além do câncer, o que une essas mulheres é Marilene Ibraim, fun-dadora do Projeto Mulheres em Luta. Apesar de não ter a doença, foi graças à sua sensibilidade, que essa iniciativa surgiu, e hoje presta apoio a várias pacientes de Macaé e de outras cidades do norte, noroes-te e baixada litorânea do Estado do Rio de Janeiro.

O Banco de Próteses, Sutiãs e Perucas é o único na região que oferece o material para pacientes com câncer gratuitamente. Ele é reabastecido com recursos vindos de eventos beneficentes promovi-dos pelo Movimento Negro Tribo dos Malês 21. O próximo “Boteco da Marilene” está agendado para o dia 11 de abril, na Rinha das Artes.

Marilene conta que a iniciativa surgiu após ela acompanhar de perto um caso de Celine, uma mo-radora de Macaé que lutou contra a doença, mas não sobreviveu.

“Eu corro atrás de acompanhan-te para ficar com elas no hospital, consigo remédios, que muitas vezes estão em falta na Farmácia Popular, tento marcar os exames, levo para fazer o tratamento. Tem vezes que tenho vontade de desistir, mas sem-pre aparece alguém precisando dessa ajuda e eu não consigo deixar de me envolver, deixar de ajudar. É preci-

so conscientizar as pessoas sobre a prevenção e o poder público tem que dar toda estrutura para isso”, alerta.

Ela ressalta que muitas mulhe-res que ela presta apoio enfrentam a doença sozinhas. “Muitas moram longe da família e não têm com quem contar. É aí que a gente atua. Buscando dar esse suporte e aco-lhimento para quem está passan-do por um momento muito difícil na vida. Além da solidão, também existe um problema social. Muitas pacientes vivem em situação de vulnerabilidade. E a mulher com câncer precisa ter uma alimentação saudável, como que elas vão custear isso se mal têm dinheiro para com-prar o básico?”, conta.

As mulheres carentes que preci-sam do suporte, podem procurar os representantes do projeto através do número (22) 99956-4574. Qual-quer voluntário que deseje partici-par e abraçar o projeto também pode entrar em contato.

DADOS ALARMANTES NO MUNDO

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 14 mi-lhões de novos casos de câncer sur-gem anualmente em todo o mundo. Os dados também apontam uma média de 8 milhões de mortes por vários tipos da doença, sendo que 60% dos óbitos ocorrem em países da África, Ásia e América do Sul.

E a situação pode ser ainda mais preocupante do que se ima-gina. Uma análise feita pela OMS mostra que esses números devem aumentar 70% nos próximos 20 anos, passando de 14 milhões para 22 milhões.

Page 12: Caderno2 08 03 15

O DEBATE DIÁRIO DE MACAÉ12 CADERNO DOIS Macaé (RJ), domingo, 8 e segunda-feira, 9 de março de 2015

O DEBATINHO por KÁTIA GOLOSOV [email protected]

Viva a mulher!!!

Esse gato charmoso e inteligente é o Victor Rezende curtindo o verão. Seus pais Mey Silveira e Edlo curtem o rapazinho de montão. Mas vale a pena, pois é fantástico!!!

Ela arrebatou todas as atenções, foi a musa infantil revelação do Carnaval 2015, ganhando a cena como a “Minnie da Disney”. É a lindinha Maria Alice Sousa. Alegres e inebriados estavam seus pais, Jessica e Henrique Sousa com sua pequerrucha encantadora. E a dinda Carmen Lucia que é orgulho puro com essa afi lhada. Maravilha de neném!!!

Esse rapazinho é o cara!!! É João Guilheme, fonte de energia de seus pais Rose e Carlos Gilmar. Felicidade pura!!!

Sinônimo de talento e inteligência!!! É o Gabriel Alvarez Curvelo, imenso amor dos médicos Camile e Sérgio Júnior. Um prêmio!!!

Olha que Mulher maravilha mais cheia de graciosidade e meiguice!!! É a bela Isabela Cabral de Oliveira Borba, a mocinha apaixonante de seus papais, Clisse e Francis Borba. Divina, realmente!!!

Olha que Mulher maravilha mais cheia de graciosidade e meiguice!!! É a bela Isabela Cabral de Oliveira Borba, a mocinha apaixonante de

Pequenos, hoje se comemora o Dia Internacional da Mulher. Olhando para o passado obser-vamos que seria impensável ver-mos uma mulher comandando

uma empresa, tomando deci-sões, ditando regras e, sobretu-do, não deixando para trás o seu batom, sua escova progressiva e ainda seu trejeito mimoso de ser.

Hoje podemos fazer a seguinte leitura: A Mulher é aquela que lutou com afi nco para alcançar seus sonhos, tanto no seu lado profissional quanto como pro-

vedora da família. É inegável que a mulher conquistou seu espaço na sociedade com muita luta e sacrifício. Portanto, pequenos, vamos parar para aplaudir e

gritar “VIVA A MULHER”, não apenas no “Dia Internacional da Mulher”, não apenas no “Dia das Mães”, não só no Dia das Avós - que são mães duas vezes. Mas

sim, Viva a Mulher, todos os dias, todos os minutos e os segundos, porque “Ela é linda todo o tem-po”. Parabéns a todas as mulhe-res deste planeta!!!”

A divazinha Maria Clara Matos Lessa, a inspiração deliciosa de seus pais Mariana e Toni. Uma gracinha realmente!!!