caderno tgi.i - amanda mitre
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caderno desenvolvido durante a disciplina de TGI I- 2012TRANSCRIPT
"Esses são os elementos físicos. Os outros são a emoção
e o mistério. Arquitetura sem emoção não é arquitetura.
Arquitetura não se define com palavras, transmite-se com
emoção. Um espaço pode ser lindo, mas se não ilumina o
espírito, não é arquitetura. Eu adoro o mistério, não só
para a arquitetura, mas na vida. Gosto de descobrir. Ir a
algum lugar sem saber o que vou fazer ou o que esperar
daquele lugar. Não existe uma arquitetura genuína sem o
mistério de descobrir os espaços pouco a pouco, de vê-
los cada vez de uma maneira diferente."
- Ricardo Legorreta
Pré TGI
- palavra: luz e cor
Objeto desenvolvido: - Três cubos coloridos vazados (cada um
com 3 cores diferentes combinadas) que possibilitam diferentes composições e combinações. Dependendo da interação entre objeto e o sujeito é possível recriar e alterar sua relação com o espaço em que é inserido (diferentes montagens e incidências de luz).
- Método
- Composição - Articulação
No que diz respeito a elaboração do universo projetual que pauta o desenvolvimento durante a disciplina de TGI I pode ser dividida em dois momentos: Em um primeiro momento, que teve o seu início nas primeiras explorações de interesses, com pré tgi, e investigações projetuais e conceituais , tive uma grande inclinação a buscar referencias que atraiam meu olhar, que se destacavam na paisagem inserida. A COR e a LUZ nesse momento se mostraram elementos conceituais de grande interesse. A maneira como o objeto arquitetônico acontece durante o dia e durante a noite devido a questão de iluminação noturna também se mostrou um ponto de relevância durante os estudos e do processo. Em um segundo momento, a pauta conceitual do presente trabalho também se elabora na constituição de diferentes espacialidades que surgem através da articulação e composição de elementos formais simples, que sofrem ações de movimento como: rotação, deslocamento, junção, afastamento, intersecção.
Em ações projetuais foram estudadas diferentes articulações de blocos e distintas configurações que o corredor poderia adquirir nesse processo. Foram estudadas duas situações base: os prismas e os corredores formando espaços internos e os corredores formando percursos entre os núcleos. Nesse ponto é importante ressaltar que a circulação passa a assumir um papel importante no projeto, pois pretende-se criar através dos espaços de circulação, ambientes que articulem os conceitos iniciais de cor e luz.
Blocos e Corredores
articulados formando
espaços internos
Blocos e Corredores
articulados formando
espaços internos
Corredores como
formadores de percursos
entre os blocos
Blocos e Corredores
articulados formando
espaços internos
Estudo Inicial de composição
A cidade de São Carlos localiza-se no centro geográfico do Estado de São Paulo e se configura como um local importante no centro regional industrial. Destaca-se pela presença de instituições de pesquisa voltadas à alta tecnologia que se desenvolvem em torno de duas grandes universidades presentes na cidade: A Universidade de São Paulo (USP) - com dois campi- e a Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR). As atividade culturais desenvolvidas no município se organizam principalmente na área central a cidade, como teatro, cinemas e museus, e nas periferias se desenvolvem atividades culturais em centros comunitários. Embora presente de forma pulverizada em pequenos espaços, as artes visuais e plásticas não possuem um centro devidamente equipado e que concentre atividades relacionadas ao tema do presente trabalho.
Área de Projeto
N
São Carlos
A área escolhida para implantar o projeto se encontra na Avenida dos Crisântemos, em um vazio urbano, localizado numa centralidade da cidade, próximo a USP e a Avenida Trabalhador São- carlense. A escolha para o local partiu de diversas preocupações:
Vias
A primeira delas se desenvolve da necessidade que o projeto encontrar-se nas proximidades de vias importantes na cidade, pois elas possibilitariam um dinamismo de pessoas na região da área de intervenção. Três vias importantes de São Carlos localizam-se próxima a área de projeto: Avenida São Carlos, Avenida Trabalhador São- carlense e Rua Miguel Petroni.
Espaços Culturais
Constatei através de levantamentos de espaços dedicados a atividades culturais em São Carlos, que uma grande parte deles estão localiados na região central da cidade. Dessa forma, foi buscada uma área da cidade que houvesse uma certa carência de equipamentos culturais para que fosse possível levar a atividade cultural para outros setores da cidade.
Transporte Público
O estudo das vias de transporte público da cidade foi outro fator importante estudado da área de projeto, pois era necessário que o local escolhido ou tivesse a possibilidade de serem articuladas linhas de transporte público já existentes, ou tivesse linhas já consolidadas nas proximidades da região. No caso da área de projeto escolhida, existem 3 grandes vias de transporte público que passam em frente à área de projeto e ainda há outras 3 que passam nas proximidades da área. É interessante para o projeto que exista essa dinâmica de pessoas, pois possibilita que pessoas de outras partes da cidade possam usufruir das atividades propostas
Entorno
Com relação ao entorno, era interessante que a área que o Centro Cultural se estabelecesse fosse localizada em uma região de grande fluxo de pessoas. A USP (campus 1) e o Kartódromo se consolidam como o entorno de interesse para o projeto pois nessas duas localidades há um fluxo muito grande de pessoas em diferentes horários do dia.
Vias Importantes
Mapa de espaços voltados a
atividade cultural
Transporte
Público
Na imagem a esquerda é possível identificar três linhas (vermelha, azul e amarela) de transporte público que passam em frente ao terreno de implantação. Já na imagem a direita identifica-se que outras três linhas (verde, roxo e marrom) tem rota nas proximidades da área.
Pontos de interesse no entorno à área de projeto
A escolha do programa partiu da carência que existe na cidade em relação a atividades culturais voltadas as artes. Este se caracteriza como um espaço cultural direcionado às artes gráficas. Busca-se articular espaços que propiciem o ensino com espaços de convivência, aproximando o usuário das atividades que acontecem no interior do projeto
Programa
- Biblioteca
Livros, vídeos e áudio
-Auditório
- Sala Multi- Uso
- Apoio
- Ateliês
- Salas de informática
- Salas de Aula
- Administração
- Cafés
- Cursos
desenho
Pintura
Fotografia
Computação gráfica
Edição de Imagem
Webdesign
Os cursos adotados se dividem-se em duas vertentes: A primeira se direciona ao aluno em contato direto com aquilo que ele produz. A segunda se direciona ao aluno utilizando-se de tecnologia para produzir seu trabalho
Foi constatado que existem duas linhas de influência que atuam sobre a área de projeto: da cidade e do kartódromo. Essas linhas de influência viriam a definir a base volumétrica do projeto
Linha de Influência Cidade
As intersecções dos dois volumes dão origem à duas entradas
Através da articulação dos volumes no sentido vertical, vão criando-se espacialidades externas ao volume configurado
Curvas de nível modificadas
Implantação da proposta
Tem-se como proposta ligar fisicamente o Centro Cultural com o Kartódromo através de uma transposição, pensando na possibilidade de que atividades que ocorrem em ambas as localidades se complementassem por seus caráteres distintos
Atividade física + Atividade Intelectual
A transposição direciona-se a um grande espaço de convívio delimitado por um deck de madeira plástica. Esse deck tem continuidade para dentro da edificação visando criar um integrado dentro e fora da edificação.
Deck: eventos, exposição dos trabalhos realizados no Centro Cultural
O paisagismo foi pensado de forma a adentrar na área de projeto através de “rasgos”, tendo uma vegetação mais densa nas proximidades com o Córrego do Monjolinho. A medida com que a vegetação aproxima-se da Avenida dos Crisântemos, os rasgos vão tornando-se mais controlados e menores.
De maneira dotar a edificação de uma estrutura que orientasse a organização dos espaços internos, foi proposta a incorporação de uma malha de 8mx8m
A própria fachada passa a ser vista como um elemento gráfico, que tem como conceito o “pixel”. A intenção é de que a fachada possa ser usada como fechamento no edifício, e que se torne um elemento que instigue a percepção do usuário. É interessante apontar que intenta-se que haja uma iluminação noturna na fachada gráfica.
Fachada
Planta do Primeiro Pavimento
Fechamento por portas de vidro (possibilidade de integrar o primeiro pavimento com o espaço de convívio do deck externo)
Circulação vertical
Utilização da fachada gráfica como estrutura de fechamento, de forma de promover novas percepções no ato de percorrer (através da utilização de cor e de luz). Um ato distraído como caminhar por entre os diferentes níveis se torna um momento de atenção.
Estudo da fachada gráfica inserida na circulação
Estudo da fachada gráfica inserida na circulação
Estudo da fachada gráfica inserida na circulação, agregando o uso da cor
Estudo da fachada gráfica inserida na circulação, agregando o uso da cor
Planta do Segundo Pavimento
Diferença entre níveis: o nível onde encontra-se a biblioteca e a circulação vertical está 1m acima do nível onde encontram-se os ateliês.
Os ateliês configuram-se de maneira a formar um espaço central. Devido aos ateliês possuírem um “sistema de portas” é possível que haja a abertura das portas de todos os ateliês, conformando um espaço único.
terraço
Por causa do pé direito dos ateliês serem de 5m, foi possível criar mezaninos que possam ser utilizados para armazenamento de material, exposição de trabalhos, etc.
“Sistema de portas”
Abertura no piso
Visualização do pavimento inferior e entrada de iluminação (a abertura continua no terceiro pavimento)
Uso da fachada gráfica no terraço criado para os ateliês
Planta do Terceiro Pavimento
terraço
terraço
O terceiro pavimento possui uma utilização mais controlada do que os outros pavimentos devido o uso ser mais direcionado.
Os núcleos de programa são organizados de maneira a formar um pátio central de convívio com uma abertura zenital que não transpassa para os níveis inferiores .
Planta da Cobertura
Fachada gráfica
Aberturas zenitais
Corte AA
Estudo da Volumetria
– fachada oeste
Estudo da Volumetria –
fachada Norte
Estudo da Volumetria –
fachada Sul