caderno metropole | estadão

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C4 Cidades/Metrópole QUINTA-FEIRA, 12 DE JULHO DE 2012 O ESTADO DE S. PAULO @diogo_abdalla “O que estraga SP é que os paulistanos insistem em usar a cidade do jeito erra- do (andar a pé, de bicicleta ou usar espaços públicos)” @abramovay “Triunfo do carrocentris- mo” @diegomaia “O que consigo entender disso aqui é que até gover- nantes acham a cidade de São Paulo inabitável” @ThaisWeiller “Já, já, vai estar proibido sair a pé em São Paulo” @MissEscarlate “A solução para os aciden- tes com ciclistas é não exis- tir ciclistas?” 1. Andar de bicicleta em São Paulo é perigoso? A colocação está inverti- da. Óbvio que São Pau- lo tem problemas de segurança em relação às bicicletas, mas colocar isso de forma atemori- zante para a população inverte a verdadeira causa dessa inse- gurança, que é a imprudência dos veículos motorizados. 2. Os órgãos públicos têm tratado a bicicleta dessa maneira? Não. Esse enfoque “não seja a próxima a vítima” foi atribuído à CET, mas nunca ouvi a CET falando disso. A matéria desconsidera a mobili- dade urbana de maneira geral. 3. Como assim? Essa ló- gica causa absurdos, como pensar no risco que as pessoas têm ao atravessar a rua, por exem- plo. Ou quer dizer que quanto mais pedestres mais acidentes? O problema é que a autoridade pública tem de garantir essa segurança. 4. Qual deve ser o papel do governo? O Diário Oficial deveria mos- trar como andar de bicicleta pode ser mais seguro e como Prefeitura e governo estadual estão trabalhando pa- ra isso, e não colocar um viés terrorista de que é suicídio an- dar de bicicleta. Valets: TJ dá decisão contra Prefeitura Valéria França A Justiça de São Paulo anunciou ontem que o motorista Reginal- do Francisco dos Santos, de 36 anos, vai responder criminal- mente pela morte da ciclista e bióloga Juliana Ingrid Dias, atro- pelada no dia 2 de março na Ave- nida Paulista, região central da capital. Ele é acusado de homicí- dio culposo (sem intenção). A de- núncia feita pelo Ministério Pú- blico foi recebida pela 9.ª Vara da Barra Funda, na zona oeste, no dia 26 de junho. A alegação é de que o motoris- ta agiu com imprudência ao colo- car o coletivo na faixa de tráfego não apropriada. Também não manteve a devida distância da bi- cicleta da vítima, fazendo que ela caísse e fosse atropelada por um outro coletivo, dirigido pelo motorista José Carlos Lopes, de 54 anos. O acidente aconteceu pouco depois de Santos conduzir o ôni- bus para a terceira faixa para ul- trapassar o coletivo de Lopes. Quando voltou para a segunda pista, onde trafegava Juliana, ela teria perdido o equilíbrio, segun- do testemunhas. No dia do acidente, Lopes qua- se foi linchado. Chegou a des- maiar. No 78.º Distrito Policial (Jardins), declarou que conhe- cia a moça de vista, e ambos cos- tumavam passar pelo mesmo lo- cal e horário quase todos os dias. Ativista. Juliana era funcioná- ria do Hospital Sírio-Libanês, na Bela Vista, e morava na Vila Ma- riana, zona sul da cidade. A Ave- nida Paulista fazia parte de seu percurso havia pelo menos um ano e meio. Ela era cicloativista, costumava sair de bicicleta em grupos para, por exemplo, plan- tar árvores pela cidade. No dia do acidente, os dois motoristas foram detidos e indi- ciados por homicídio culposo, mas apenas Santos teve de pa- gar fiança de R$ 1,5 mil para ser liberado. A juíza Patrícia Alva- rez Cruz, da 9.ª Vara da Barra Funda, recebeu a denúncia por entender estar “presentes nos autos de inquérito policial indí- cios suficientes de autoria e ma- terialidade.” estadão.com.br Motorista de ônibus vira réu em morte de ciclista na Paulista QUATRO PERGUNTAS PARA... Texto contra ciclista em Diário Oficial vira polêmica Reportagem publicada em jornal do Estado recomenda evitar pedalar na capital paulista REPRODUCÃO TV Estadão. Veja entrevista de Thiago Benicchio. www.estadao.com.br/e/ciclocidade Thiago Benicchio, diretor-geral da Ciclocidade Nataly Costa Rodrigo Burgarelli O Diário Oficial do Estado, veí- culo editado pela Imprensa Oficial, empresa do governo paulista, recomendou a ciclis- tas não usar bicicleta para se locomover no trânsito da capi- tal. A recomendação faz parte de reportagem que saiu on- tem com destaque na primei- ra página da publicação, intitu- lada “Mais ciclistas, mais aci- dentes”. Segundo o texto, 3,4 mil ciclistas foram internados em hospitais estaduais em 2011, com custo de R$ 3,2 mi- lhões ao governo paulista. A recomendação virou polêmi- ca ontem nas redes sociais, após o estadão.com.br publicar a his- tória. Até um tumblr (site de fo- tos que reproduzem sátiras de al- gum fato polêmico) foi criado, trazendo réplicas humorísticas da manchete, como “Mais den- tes, mais cáries” – o endereço é mais-sp.tumblr.com. A repercus- são fez o governo estadual emi- tir nota desautorizando a publi- cação e dizendo que não compar- tilha dessa visão. A reportagem do Diário Oficial ouviu apenas um especialista – o chefe do Grupo de Trauma Orto- pédico do Hospital das Clínicas (HC), Jorge dos Santos Silva. O médico afirmou que não é reco- mendado que ciclistas pedalem no trânsito de São Paulo. Peda- lar, segundo ele, “é uma opção segura de lazer em cidades meno- res, parques públicos e em ciclo- vias (em referência à Ciclofaixa de Lazer) instaladas na capital, aos domingos”. A dica surge tam- bém com destaque na legenda da foto, que mostra ciclista peda- lando em uma rua paulistana. De acordo com Silva, nos seis primeiros meses deste ano hou- ve quase tantas internações de ciclistas acidentados no HC quanto em todo o ano passado, o que seria um reflexo do aumento no número de bicicletas no trân- sito da cidade. Sugestões. Outro trecho da re- portagem traz recomendações atribuídas à Companhia de Enge- nharia de Tráfego (CET), da Pre- feitura de São Paulo, para que o leitor “não seja a próxima víti- ma”. Uma delas diz que “o tráfe- go em avenidas, apesar de permi- tido, é prática pouco segura para o ciclista”. Essa informação, po- rém, não consta do site da com- panhia. Em suas páginas na inter- net, a CET afirma que uma das suas principais diretrizes é esti- mular o uso de bicicleta. O governo estadual enviou no- ta no início da noite e informou que é “absolutamente favorável à ampliação do uso de bicicletas na capital e em todo o Estado, não só para lazer como também para trabalho” e a opinião do or- topedista não reflete o que pen- sa a administração. Segundo a nota, prova disso são os esforços “já realizados ou em curso para aprimorar a oferta deste tipo de transporte à população” de São Paulo. Entre os exemplos citados pe- lo governo estão a ampliação da ciclovia do Rio Pinheiros, inaugu- rada em fevereiro, e a operação de ciclovias e bicicletários ao lon- go das linhas de metrô e trem. Além disso, o governo afirmou que, até 2014, vai construir uma ciclovia de 13 quilômetros, que vai ligar oito municípios da Re- gião Metropolitana de São Pau- lo. Legislação. A bicicleta é um dos veículos autorizados a circu- lar sobre as vias urbanas e rurais pelo Código de Trânsito Brasilei- ro e tem preferência sobre os au- tomotores. Segundo Renato Boa- reto, coordenador de Mobilida- de do Instituto de Energia e Meio Ambiente, o papel do po- der público deveria ser estimu- lar o uso de bicicletas. “Há várias iniciativas mundiais de incorpo- ração da bicicleta no sistema de mobilidade urbana. Essa é uma política de tendência mundial”, disse. O especialista em transportes Celso Bottura concorda com a posição do médico do HC. “Na essência, ele está certo. A bicicle- ta é muito perigosa. Não se deve incentivar de maneira alopra- da”, afirmou. De acordo com ele, é impossível São Paulo se adap- tar para se tornar mais amigável aos ciclistas. “A cidade foi feita de uma maneira atabalhoada.” A Prefeitura sofreu outra derro- ta judicial em sua proposta de pa- dronizar talões de valet. O Tribu- nal de Justiça manteve decisão que isenta uma empresa de com- prar antecipadamente cartões da Secretaria de Finanças. O car- tão serve para obrigar que empre- sas paguem Imposto Sobre Servi- ços (ISS), o que gerou o questio- namento judicial – o argumento é de que o imposto está sendo pago antes de o fato gerador da cobrança ocorrer – e resultou em mandado de segurança isen- tando a empresa de usar os car- tões. A Prefeitura havia feito pe- dido de reconsideração da deci- são, julgado ontem na 18.ª Vara de Direito Público. A Prefeitura informou que, até ontem, não ha- via sido notificada da decisão. / BRUNO RIBEIRO Manchete. Texto diz que ‘tráfego em avenidas, apesar de permitido, é prática pouco segura’ Condutor vai responder por homicídio culposo. Bióloga usava bicicleta como meio de transporte entre casa e trabalho REAÇÕES NO TWITTER

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Caderno Metropole | Estadão 12/07/2012

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C4 Cidades/Metrópole QUINTA-FEIRA, 12 DE JULHO DE 2012 O ESTADO DE S. PAULO

@diogo_abdalla“O que estraga SP é que ospaulistanos insistem emusar a cidade do jeito erra-do (andar a pé, de bicicletaou usar espaços públicos)”

@abramovay“Triunfo do carrocentris-mo”

@diegomaia“O que consigo entenderdisso aqui é que até gover-nantes acham a cidade deSão Paulo inabitável”

@ThaisWeiller“Já, já, vai estar proibidosair a pé em São Paulo”

@MissEscarlate“A solução para os aciden-tes com ciclistas é não exis-tir ciclistas?”

1.Andar de bicicleta emSão Paulo é perigoso? Acolocação está inverti-da. Óbvio que São Pau-

lo tem problemas de segurançaem relação às bicicletas, mascolocar isso de forma atemori-zante para a população invertea verdadeira causa dessa inse-gurança, que é a imprudênciados veículos motorizados.

2.Os órgãos públicostêm tratado a bicicletadessa maneira? Não.Esse enfoque “não

seja a próxima a vítima” foiatribuído à CET, mas nuncaouvi a CET falando disso. Amatéria desconsidera a mobili-dade urbana de maneira geral.

3.Como assim? Essa ló-gica causa absurdos,como pensar no riscoque as pessoas têm

ao atravessar a rua, por exem-plo. Ou quer dizer que quantomais pedestres mais acidentes?O problema é que a autoridadepública tem de garantir essasegurança.

4.Qual deve ser o papeldo governo? O DiárioOficial deveria mos-trar como andar de

bicicleta pode ser mais seguroe como Prefeitura e governoestadual estão trabalhando pa-ra isso, e não colocar um viésterrorista de que é suicídio an-dar de bicicleta.

Valets: TJ dádecisão contraPrefeitura

Valéria França

A Justiça de São Paulo anunciouontem que o motorista Reginal-do Francisco dos Santos, de 36anos, vai responder criminal-mente pela morte da ciclista ebióloga Juliana Ingrid Dias, atro-pelada no dia 2 de março na Ave-nida Paulista, região central dacapital. Ele é acusado de homicí-dio culposo (sem intenção). A de-núncia feita pelo Ministério Pú-blico foi recebida pela 9.ª Vara daBarra Funda, na zona oeste, nodia 26 de junho.

A alegação é de que o motoris-ta agiu com imprudência ao colo-car o coletivo na faixa de tráfegonão apropriada. Também nãomanteve a devida distância da bi-cicleta da vítima, fazendo queela caísse e fosse atropelada porum outro coletivo, dirigido pelomotorista José Carlos Lopes, de54 anos.

O acidente aconteceu poucodepois de Santos conduzir o ôni-

bus para a terceira faixa para ul-trapassar o coletivo de Lopes.Quando voltou para a segundapista, onde trafegava Juliana, elateria perdido o equilíbrio, segun-do testemunhas.

No dia do acidente, Lopes qua-se foi linchado. Chegou a des-maiar. No 78.º Distrito Policial(Jardins), declarou que conhe-cia a moça de vista, e ambos cos-tumavam passar pelo mesmo lo-cal e horário quase todos os dias.

Ativista. Juliana era funcioná-ria do Hospital Sírio-Libanês, naBela Vista, e morava na Vila Ma-riana, zona sul da cidade. A Ave-nida Paulista fazia parte de seupercurso havia pelo menos umano e meio. Ela era cicloativista,costumava sair de bicicleta emgrupos para, por exemplo, plan-tar árvores pela cidade.

No dia do acidente, os doismotoristas foram detidos e indi-ciados por homicídio culposo,mas apenas Santos teve de pa-gar fiança de R$ 1,5 mil para serliberado. A juíza Patrícia Alva-rez Cruz, da 9.ª Vara da BarraFunda, recebeu a denúncia porentender estar “presentes nosautos de inquérito policial indí-cios suficientes de autoria e ma-terialidade.”

estadão.com.br

Motorista de ônibusvira réu em morte deciclista na Paulista

QUATRO PERGUNTAS PARA...

Texto contraciclista emDiário Oficialvira polêmicaReportagem publicada em jornal do Estadorecomenda evitar pedalar na capital paulista

REPRODUCÃO

TV Estadão. Veja entrevistade Thiago Benicchio.

www.estadao.com.br/e/ciclocidade

Thiago Benicchio, diretor-geral da Ciclocidade

Nataly CostaRodrigo Burgarelli

O Diário Oficial do Estado, veí-culo editado pela ImprensaOficial, empresa do governopaulista, recomendou a ciclis-tas não usar bicicleta para selocomover no trânsito da capi-tal. A recomendação faz partede reportagem que saiu on-tem com destaque na primei-ra página da publicação, intitu-lada “Mais ciclistas, mais aci-dentes”. Segundo o texto, 3,4mil ciclistas foram internadosem hospitais estaduais em2011, com custo de R$ 3,2 mi-lhões ao governo paulista.

A recomendação virou polêmi-ca ontem nas redes sociais, apóso estadão.com.br publicar a his-tória. Até um tumblr (site de fo-tos que reproduzem sátiras de al-gum fato polêmico) foi criado,trazendo réplicas humorísticasda manchete, como “Mais den-tes, mais cáries” – o endereço émais-sp.tumblr.com. A repercus-são fez o governo estadual emi-tir nota desautorizando a publi-cação e dizendo que não compar-tilha dessa visão.

A reportagem do Diário Oficialouviu apenas um especialista – ochefe do Grupo de Trauma Orto-pédico do Hospital das Clínicas(HC), Jorge dos Santos Silva. O

médico afirmou que não é reco-mendado que ciclistas pedalemno trânsito de São Paulo. Peda-lar, segundo ele, “é uma opçãosegura de lazer em cidades meno-res, parques públicos e em ciclo-

vias (em referência à Ciclofaixa deLazer) instaladas na capital, aosdomingos”. A dica surge tam-bém com destaque na legendada foto, que mostra ciclista peda-lando em uma rua paulistana.

De acordo com Silva, nos seisprimeiros meses deste ano hou-ve quase tantas internações deciclistas acidentados no HCquanto em todo o ano passado, oque seria um reflexo do aumentono número de bicicletas no trân-sito da cidade.

Sugestões. Outro trecho da re-portagem traz recomendaçõesatribuídas à Companhia de Enge-nharia de Tráfego (CET), da Pre-feitura de São Paulo, para que oleitor “não seja a próxima víti-ma”. Uma delas diz que “o tráfe-go em avenidas, apesar de permi-tido, é prática pouco segura parao ciclista”. Essa informação, po-rém, não consta do site da com-panhia. Em suas páginas na inter-net, a CET afirma que uma dassuas principais diretrizes é esti-mular o uso de bicicleta.

O governo estadual enviou no-ta no início da noite e informouque é “absolutamente favorávelà ampliação do uso de bicicletasna capital e em todo o Estado,não só para lazer como tambémpara trabalho” e a opinião do or-topedista não reflete o que pen-sa a administração. Segundo anota, prova disso são os esforços“já realizados ou em curso paraaprimorar a oferta deste tipo detransporte à população” de SãoPaulo.

Entre os exemplos citados pe-lo governo estão a ampliação daciclovia do Rio Pinheiros, inaugu-rada em fevereiro, e a operaçãode ciclovias e bicicletários ao lon-go das linhas de metrô e trem.Além disso, o governo afirmouque, até 2014, vai construir umaciclovia de 13 quilômetros, quevai ligar oito municípios da Re-gião Metropolitana de São Pau-lo.

Legislação. A bicicleta é umdos veículos autorizados a circu-lar sobre as vias urbanas e ruraispelo Código de Trânsito Brasilei-ro e tem preferência sobre os au-tomotores. Segundo Renato Boa-reto, coordenador de Mobilida-

de do Instituto de Energia eMeio Ambiente, o papel do po-der público deveria ser estimu-lar o uso de bicicletas. “Há váriasiniciativas mundiais de incorpo-ração da bicicleta no sistema demobilidade urbana. Essa é umapolítica de tendência mundial”,disse.

O especialista em transportesCelso Bottura concorda com aposição do médico do HC. “Naessência, ele está certo. A bicicle-ta é muito perigosa. Não se deveincentivar de maneira alopra-da”, afirmou. De acordo com ele,é impossível São Paulo se adap-tar para se tornar mais amigávelaos ciclistas. “A cidade foi feitade uma maneira atabalhoada.”

A Prefeitura sofreu outra derro-ta judicial em sua proposta de pa-dronizar talões de valet. O Tribu-nal de Justiça manteve decisãoque isenta uma empresa de com-prar antecipadamente cartõesda Secretaria de Finanças. O car-tão serve para obrigar que empre-

sas paguem Imposto Sobre Servi-ços (ISS), o que gerou o questio-namento judicial – o argumentoé de que o imposto está sendopago antes de o fato gerador dacobrança ocorrer – e resultouem mandado de segurança isen-tando a empresa de usar os car-tões. A Prefeitura havia feito pe-dido de reconsideração da deci-são, julgado ontem na 18.ª Varade Direito Público. A Prefeiturainformou que, até ontem, não ha-via sido notificada da decisão. /

BRUNO RIBEIRO

Manchete. Texto diz que ‘tráfego em avenidas, apesar de permitido, é prática pouco segura’

Condutor vai responderpor homicídio culposo.Bióloga usava bicicletacomo meio de transporteentre casa e trabalho

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