caderno inner fame fogo interior - by mystic[1]

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Dbefsop INNER-GAME FOGO INTERIOR By: Mystic

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Page 1: Caderno Inner Fame Fogo Interior - By Mystic[1]

Dbefsop!!

INNER-GAME FOGO INTERIOR

By: Mystic

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GUERRA DE FRAMES: S-HB x AFC

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NÃO SEJA APENAS MAIS UM MAMÍFERO...

LIBERTE A SUA MENTE.

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CADERNO-INNER-GAME FOGO INTERIOR

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Auto-Estima (Dra:Rosimeire Zago)

(EU ME AMO...)

A auto-estima tem dois componentes: o sentimento de competência pessoal e o sentimento de valor pessoal. Em outras palavras, a auto-estima é a soma da autoconfiança com auto-respeito. Ela reflecte o julgamento implícito da nossa capacidade de lidar com os desafios da vida (entender e dominar os problemas) e o direito de ser feliz (respeitar e defender os próprios interesses e necessidades). Assim, a auto-estima é a chave para o sucesso ou para o fracasso. É também a chave para entendermos a nós mesmos e os outros. Ter uma auto-estima elevada é sentir-se confiantemente adequado à vida, isto é, competente e merecedor, no sentido que acabamos de citar. Ter uma auto-estima baixa é sentir-se inadequado à vida, errado, não sobre este ou aquele assunto, mas errado como pessoa. Ter uma auto-estima média é flutuar entre sentir-se adequado ou inadequado, certo ou errado como pessoa e manifestar essa inconsistência no comportamento - às vezes agindo com sabedoria, às vezes como tolo - reforçando, portanto, a incerteza. Auto-estima, seja qual for o nível, é uma experiência íntima; reside no cerne do nosso ser. É o que EU penso e sinto sobre mim mesmo, não o que o outro pensa e sente sobre mim. Quando crianças, a nossa autoconfiança e o nosso auto-respeito podem ser alimentados ou destruídos pelos adultos - conforme tenhamos sido respeitados, amados, valorizados e encorajados a confiar em nós mesmos. Mas, em nossos primeiros anos de vida, as nossas escolhas e decisões são muito importantes para o

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desenvolvimento futuro de nossa auto-estima. Estamos longe de ser meros receptáculos da visão que as outras pessoas têm sobre nós. E de qualquer forma, seja qual tenha sido a nossa educação, quando adultos o assunto está em nossas próprias mãos. Ninguém pode respirar por nós, ninguém pode pensar por nós, ninguém pode nos dar autoconfiança e amor-próprio. Posso ser amado pela minha família, por meu companheiro ou companheira e por meus amigos e, mesmo assim, não amar a mim mesmo. Posso ser admirado pelos meus colegas de trabalho e mesmo assim ver-me como um inútil. Posso projectar uma imagem de segurança e uma postura que iludem virtualmente a todos e ainda assim tremer secretamente ao sentir a minha inadequação. Posso preencher todas as expectativas dos outros e, no entanto, falhar em relação ás minhas; posso conquistar todas as honras e apesar disso sentir que não cheguei a nada; posso ser adorado por milhões e despertar todas as manhãs com uma nauseante sensação de fraude e vazio. Porque é bom ter auto-estima? Quanto maior a nossa auto-estima, mais bem equipados estaremos para lidar com as adversidades da vida; quanto mais flexíveis formos, mais resistiremos à pressão de sucumbir ao desespero ou à derrota; Quanto maior a nossa auto-estima, maior a probabilidade de sermos criativos em nosso trabalho, ou seja, maior a probabilidade de obtermos sucesso; Quanto maior a nossa auto-estima, mais ambiciosos tenderemos a ser, não necessariamente na carreira ou em assuntos financeiros, mas em termos das experiências que esperamos vivenciar de maneira emocional, criativa ou e******ual; Quanto maior a nossa auto-estima, maiores serão as nossas possibilidades de manter relações saudáveis, em vez de destrutivas, pois, assim como o amor atrai o amor, a saúde atrai a saúde, e a vitalidade e a comunicabilidade atraem mais do que o vazio e o oportunismo; Quanto maior a nossa auto-estima, mais inclinados estaremos a tratar os outros com respeito, benevolência e boa vontade, pois não os vemos como ameaça, não nos sentimos como "estranhos e amedrontados num mundo que nós jamais criamos", uma vez que o auto-respeito é o fundamento do respeito pelos outros; Quanto maior a nossa auto-estima, mais alegria teremos pelo simples facto de ser, de despertar pela manhã, de viver dentro dos nossos próprios corpos. São essas as recompensas que a nossa autoconfiança e o nosso auto-respeito nos oferecem. Desenvolver a auto-estima é desenvolver a convicção de que somos capazes de viver e somos merecedores da felicidade e, portanto, capazes de enfrentar a vida com mais confiança, boa vontade e optimismo, que nos ajudam a atingir nossas metas e a sentirmo-nos realizados. Desenvolver a auto-estima é expandir a nossa capacidade de ser feliz. A verdadeira auto-estima não se expressa pela autoglorificação à custa dos outros, ou pelo ideal de se tornar superior aos outros, ou de diminuir os outros para se elevar. A arrogância, a ostentação e a super-estima das nossas capacidades são atitudes que reflectem uma auto-estima inadequada, e não, como imaginam alguns, excesso de auto-estima. Uma das características mais significativas da auto-estima saudável é que ela é o estado da pessoa que não está em guerra consigo mesma ou com os outros.

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Auto-estima é a capacidade de sentirmos a vida, estando de bem com ela. É: a confiança em nosso modo de pensar e enfrentar os problemas e o direito de ser feliz precisamos ter a sensação de que somos merecedores de nossas necessidades, desejos e desfrutar os resultados de nossos esforços. É preciso ter auto conhecimento e auto confiança. Se um indivíduo se sente inseguro para enfrentar os problemas da vida, se não tem auto-confiança e confiança em suas próprias idéias, veremos nele uma auto-estima baixa. Ou, então, se falta ao indivíduo respeito por si mesmo, se ele se desvaloriza e não se sente merecedor de amor e respeito por parte dos outros, se acha que não tem direito à felicidade, se tem medo de expor suas idéias, vontades e necessidades, novamente veremos uma auto-estima baixa, não importa que outros atributos positivos ele venha a exibir. Muitas vezes a auto-estima é confundida com egoísmo. Egoísta é aquela pessoa que quer o melhor, e quase sempre no sentido material, somente para si, não importando os outros. Quem possui uma auto-estima elevada, tem como conseqüência amor e estima aos outros. Ela quer o melhor para si, e para os outros também. A auto-estima fortalece, dá energia e motivação. Quanto maior a nossa auto-estima, mais queremos crescer, não necessariamente no sentido profissional ou financeiro, mas dentro daquilo que esperamos viver durante nossa vida... Como o emocional, criativo e e******ual. Quanto mais baixa nossa auto-estima, menos desejamos fazer e é provável que menos possamos realizar. A pessoa com auto-estima saudável não se envergonha de dizer, "Eu estava errado". É mais provável encontrarmos simpatia e compaixão, em pessoas com auto-estima elevada do que nas de baixa auto-estima; meu relacionamento com os outros tende a espelhar e refletir meu relacionamento comigo mesmo. Algumas práticas para se construir uma auto-estima elevada: 1. A prática de viver conscientemente. Participar intensamente daquilo que fazemos enquanto o fazemos, buscar e estar totalmente aberto a qualquer informação, conhecimento que afirme nossos interesses, valores, metas e planos. 2. A prática da auto-aceitação. Conseguir ouvir críticas ou idéias diferentes sem nos tornarmos hostis ou competitivos.

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3. A prática do senso de responsabilidade. Cada um de nós é responsável pela própria vida, pelo próprio bem-estar; que, se precisarmos da cooperação de outras pessoas para atingir nossos objetivos, devemos oferecer algo em troca; e que a pergunta não é "De quem é a culpa?", mas sempre "O que precisa ser feito?" 4. A prática da auto-afirmação. Respeitar os próprios valores e as outras pessoas. 5. A prática de viver objetivamente. Estabelecer nossos objetivos ou planos de curto e longo prazo 6. A prática da integridade pessoal. É dizer a verdade, honrar nossos compromissos e servir de exemplo dos valores que declaramos admirar; é tratar os outros de maneira justa. 7. Harmonize seu lar. Abra portas e janelas e comece uma limpeza. Faça isso em todas as dependências da casa ou escritório. Lembre-se, só fica o necessário! 8. Coma bem. Respeite os momentos das refeições. Evite falar sobre problemas. Acalme-se. 9. Preste atenção em você. Perceba os seus pensamentos os negativos e positivos. Você não é os seus pensamentos, mas eles têm uma enorme força sobre a sua vida. Se você tem mais pensamentos negativos, isto demonstra que você é uma pessoa negativa. Você pode mudar a sua vida, mudando a qualidade de seus pensamentos. Cultivando os positivos e os elevados. Quando o pensamento negativo lhe assaltar a mente, repita por sete vezes: "este pensamento não tem força sobre mim". Com o tempo você perceberá que no jardim existem rosas e espinhos e que a felicidade é! Um presente para quem observa as rosas e a tristeza os espinhos. 10. Tenha objetivos. Materiais e e******uais. O verdadeiro Bem-Estar só é alcançado por meio dos objetivos e******uais. Procure se tornar uma pessoa mais paciente, bondosa, serena, confiável e amiga, além de humilde, aberta, sincera e simples e, principalmente, uma pessoa que tenha fé e confiança na vida. 11. Faça exercícios. Escolha um exercício que lhe agrade, caminhar, dançar e nadar são os mais recomendados. O mais difícil é tomar a decisão de começar. 12. Utilize seus talentos. Todos tem dons e talentos. Descubra quais são eles e comece a colocar em prática. 13. Medite, medite e medite. Além de terapêutica é a melhor ferramenta para o crescimento pessoal e e******ual. Cada um deve praticar da maneira que se sentir melhor. Procure um livro, um curso ou um mestre, pois vai fazer você encontrar a pessoa mais importante do mundo: você mesmo! 14. Aceite a vida. Pare já de reclamar. Volte sua mente para o que a vida oferece de bom. Ajude ao próximo, seja uma pessoa sincera, alegre e procure trabalhar com amor. Aceite sua casa e seus bens. Aceite as pessoas como elas são e, principalmente, se aceite como você é, seu corpo, sua personalidade. Mas aceitar não significa se acomodar com os problemas e dificuldades da vida. Devemos buscar a força para mudar o que podemos mudar, e a aceitação para o que não se pode ser diferente. 15. Visite a natureza. Pelo menos uma vez por mês, faça uma visita à mãe natureza. Pisar descalço na terra descarrega as energias negativas. E não se esqueça, você é

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parte da natureza e deve estar em harmonia com ela se quiser manter ou recuperar a qualidade de sua vida. 16. Converse com Deus. Deus está ao seu redor e, principalmente, dentro do seu coração. A melhor forma? Fica a seu critério, o importante é desejar que isso aconteça. (AUTO ESTIMA NAS ALTURAS...)

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A IMPORTÂNCIA DO ENTUSIASMO (ph.d João Roberto Gretz)

A palavra entusiasmo, vem do grego e significa ter um deus dentro de si. Os gregos eram politeístas, isto é, acreditavam em vários deuses. A pessoa entusiasmada, era aquela que era possuída por um dos deuses e por causa disso, poderia transformar a natureza e fazer a s coisas acontecerem. Assim se você fosse entusiasmado por Ceres (deusa da agricultura) você seria capaz de fazer acontecer a melhor colheita e assim por diante... Segundo os gregos, só pessoas entusiasmadas eram capazes de vencer os desafios do cotidiano. Era preciso portanto, entusiasmar-se. Assim, o entusiasmo é diferente do otimismo. Otimismo significa acreditar que uma coisa vai dar certo. Talvez até torcer para que ela dê certo. Muita gente confunde otimismo com entusiasmo. No mundo de hoje, na empresa de hoje, é preciso ser entusiasmado. Pessoa entusiasmada é aquela que acredita na sua capacidade de transformar as coisas, de fazer dar certo. Entusiasmada é a pessoa que acredita em si. Acredita nos outros. Acredita na força que as pessoas têm de transformar o mundo e a própria realidade. E só há uma maneira de ser entusiasmado: é agir entusiasticamente! Se formos esperar ter as condições ideais primeiro,para depois nos entusiasmarmos, jamais nos entusiasmaremos com

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alguma coisa, pois sempre teremos razões para não entusiasmarmos. Não é o sucesso que traz o entusiasmo. É o entusiasmo que traz o sucesso.Conheço pessoas que ficam esperando as condições melhorarem, a vida melhorar, o sucesso chegar, para depois se entusiasmarem. A verdade é que jamais se entusiasmarão com coisa alguma. O entusiasmo é o que traz uma nova visão da vida. Mas afinal, como vai o seu entusiasmo pelo Brasil, pela empresa onde trabalha, por seu emprego, por sua família, por seus filhos, seus amigos, pelo seu sucesso pessoal? Acredite na sua capacidade de vencer, de construir o sucesso, de transformar a realidade. Você verá a diferença!”

O VALOR DO ENTUSIASMO: (Dr.Nélio Da Silva) As pessoas poderão ser bem-sucedidas em praticamente tudo, bastando para isso que tenham um entusiasmo ilimitado. Charles Schwab. Ele não lhe custa nada, mas pode lhe trazer praticamente tudo que você deseja. Ele pode atrair pessoas em sua direção, e dissuadi-las a lhe dar o suporte que você precisa. Estou falando do entusiasmo. Quando você o tem, você tem garantida uma força poderosa em seu favor. O entusiasmo é contagiante. Portanto, procure estar sempre próximo de pessoas entusiastas, e seu entusiasmo irá crescer. Você deseja realizar algo? Aspira a ser bem-sucedido? Pois saiba que o entusiasmo é o ingrediente imprescindível, fundamental. Quando você está entusiasmado com aquilo que está fazendo, ou irá fazer, psicologicamente

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você já se colocou numa posição favorável à concretização e aperfeiçoamento do que está realizando, ou pretende realizar. Abra seu rosto num largo sorriso! Não se sinta inibido pelo fato de estar demonstrando um genuíno e real entusiasmo. E por que isso? Porque o entusiasmo pode transportá-lo a grandes distâncias!

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"Determinação" (Dr.Paulo Cezar Strurgbel)

Existe em todo o ser humano vivente, uma força que é fundamental diante das dificuldades da vida e no dia- a-dia competitivo . Essa força, capaz de transformar os sonhos mais loucos em realidade é a determinação, também conhecida vulgarmente por "força de vontade". A determinação é aquela força que faz o impossível para muitos, tornar-se possível, graças à vontade de alguém que acreditou em seus planos, desejos e sonhos. Não há barreiras para a "determinação"... e as obras realizadas através dessa força, têm transformado o planeta e a vida de muitas pessoas. É também, através dessa força que modificamos nosso comportamento, removemos vícios , construímos uma carreira, nos realizamos profissional e culturalmente, nos erguemos dos "tombos" que o aprendizado exige e, nos motiva a viver sempre buscando o "melhor de nós mesmos". Essa força aumenta proporcionalmente a medida que a usamos, ou seja: quanto mais você usar a "determinação", mais forte você fica, mais energias positivas são colocadas na sua "bateria da vida". Quando você vence uma barreira, realiza um sonho, extingüe um vício, você começa a sentir o "gostinho" da vitória, o sabor do "vencer" e a força da determinação vai crescendo dentro de você... e as dificuldades começam a ficar cada vez menores e você começa a buscar planos e sonhos mais altos. Você deixa a fase do "simplesmente querer" para a fase do começar a poder. O contrário também existe, ou seja: quanto menos você usa a determinação, mais difíceis se tornam as situações com que você se defronta no seu dia á dia. Começa a acreditar que tudo é uma droga, que você não merece ser feliz... Aceita qualquer emprego, qualquer salário, tem medo do futuro .

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Você começa a ter sonhos "pobres" e se contenta com a "pobreza". Deixa de lutar e passa a viver de "esmolas do Universo" e aceita "ser mendigo da "vida". Nós, seres humanos, somos capazes de nos transformarmos a cada dia. Somos capazes de modificar estruturas sociais e revolucionar todo o mundo, através de nossas ações... Podemos construir ou destruir o nosso ambiente em poucos minutos, somos "soldados prontos" para qualquer desafio e temos dentro de nós uma "usina atômica", capaz de produzir energias muito fortes. Quanto você está usando de sua capacidade de transformar? Quantos planos e sonhos você tem para realizar hoje? Qual a quantidade de determinação que você está usando nesse momento? Quanto você gosta de você mesmo? É um novo tempo, um tempo que não espera o tempo passar e quando você se der conta , ele já passou e aquele seu sonho de ser feliz se torna cada dia mais distante. Reaja, lute, insista e não desista de ser feliz . Você pode muito mais do que imagina.

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Pensamento positivo

Pensamento positivo cria situações positivas; um pensamento negativo cria doença, desemprego, depressão e frustrações!!! "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez." Já é hora de compreendermos que devemos ser responsáveis ao falar. As palavras tem uma força própria - seguem a lei da gravidade: ao jogar uma bola para cima ela cairá, e poderá bater na sua cabeça, certo? Imagine então que cada palavra que sai de sua boca vai para cima: num dado momento elas cairão... resta saber: são boas ou más palavras? Imagine que palavras boas são flores perfumadas, e palavras ruins são pedras. O que você está jogando no Universo, flores ou pedras? Cada indivíduo deve ser - conscientemente - responsável pelo que diz... Por outro lado também precisamos aprender a fechar a boca! Por que espalhar aos quatro ventos flores que ainda não colhemos? Quantas vezes você inocentemente contou uma coisa ótima que estava para lhe acontecer e pouco tempo depois ela reverteu completamente? Aprenda a ser um pouquinho egoísta: nosso maior feito deve ser o de poder desfrutar das alegrias e conquistas sem depender de ninguém para compartilhá-las! E se você estivesse absolutamente só no mundo? Não ficaria feliz porque não teria ninguém para contar uma boa nova??? Ou, porque espalhar tantas pedras pelo seu caminho... machucar seus pés... porque ser negativo, depreciar-se ou os outros... porque falar mal de uma coisa ou pessoa... se cada um de nós é diretamente responsável pelo que nos acontece? Experimente esta mentalização todas as manhãs: coloque uma música muito calma e suave. Ouça por alguns minutos, deixe-se levar pela leveza do som. Comece a imaginar um lindo dia ensolarado, e um enorme e lindo campo de flores, as que você preferir; sinta o vento balançando-as, trazendo o

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perfume suave para dentro de você e limpando seu corpo. Agora olhe para todo o campo e diga: "estas lindas e delicadas flores são minhas palavras e meus pensamentos". Cada vez que você for criticar alguém pense em flores, não em pedras. Entenda: mesmo que você disser uma palavra a alguém, você estará jogando-a para cima da SUA cabeça, e não da outra pessoa (são flores ou pedras?) Algumas dicas para você usar o poder da Palavra: A primeira coisa a fazer é eliminar as palavras negativas do seu vocabulário. Não diga "eu tentei", "eu deveria", "se eu fosse", "eu vou fazer quando puder", etc.

• criando • Eu faço / estou fazendo • Eu manifesto / estou manifestando • Eu realizo / estou realizando • Eu tenho a intenção de • Eu sou feliz • Eu tenho saúde • Eu tenho tudo o que preciso • Eu estou sempre protegido • Eu consigo / estou conseguindo • Eu desejo • Eu quero • Eu decido • Eu Sou a manifestação da felicidade • É minha intenção que (...) se realize sem esforço.

-Ninguém gosta da companhia de pessoas negativas...

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Para eu aprender, alguma coisa que devo mudar. Acredito que estou sendo guiado, que estou cumprindo minha missão, portanto vou procurar o que devo aprender, sem julgamentos, seguindo o fluxo. Peço que todas as minhas mudanças venham com alegria, segurança e harmonia. Este é o meu decreto. Ele abrange tudo aquilo que eu quero em minha evolução: eu vivo com alegria, segurança e harmonia. Por isso, sigo essa energia e vejo o que está mudando para mim e o que eu preciso abandonar. Eu posso mudar tudo aquilo que desejar. Tenho coragem, força e saúde para isso, e recebo o Amor Divino com o coração aberto. Quero acelerar minha evolução pessoal. Quero que meu Espírito me ajude a aumentar minhas capacidades. Quero que o meu corpo se regenere constantemente. Quero emanar saúde. Quero abandonar as dificuldades para ser um exemplo vivo daquilo que a humanidade pode atingir. Eu assumo a responsabilidade por tudo em que estou envolvido. Eu assumo a responsabilidade por tudo o que acontece comigo. Se não gosto do que acontece comigo, vou perceber que crio coisas que não gosto para chamar minha atenção para algo que não consigo ver e assim poder mudar o que realmente não funciona para mim." Quando precisar muito de alguma coisa, peça: "Universo (ou Deus), eu quero trabalhar por você. Arranje-me (...) e mostre-me o que fazer. Conceda-me a oportunidade de viver a minha Luz, dizer a minha verdade e ser portador da Luz em todo o mundo." Tenha em mente seu potencial disponível e diga ao Universo o que quer como pagamento, desde que não seja prejudicial a ninguém e seja para a evolução. Esteja atento a todos os sinais que apareçam: pessoas que falam alguma coisa que tem a ver com o seu pedido, placas na rua com uma palavra, um filme na TV, enfim, esteja aberto a reconhecer a resposta. Se surgir uma oportunidade de ir a algum lugar, não pense "Ah, não tenho dinheiro". Vá! As coisas mais estranhas acontecem... Não tenha preocupações com o que vai acontecer ou com a aparência das coisas. Esteja preparado para enfrentar situações que sua mente lógica não aceita: "não posso fazer isso", "isso é loucura"! "preste atenção". Apenas diga: "Eu recebo orientação divina. Eu desejo uma aceleração. Eu tenho intenção de trabalhar nisso, minha capacidade está cada vez maior e me atiro nessa aventura. Sinto que estou agindo de forma correta pois sou protegido pelo Amor Divino e Ele tudo faz pelo meu bem estar. Vou em frente." Claro, você não deve fazer se você sentir que não é positivo! Não use o raciocínio, a lógica; use a sua intuição. Questione todas as pessoas que quiserem que você aceite as verdades delas como absolutas; ouça outras opiniões, sinta se as coisas soam bem, agradáveis. Ninguém tem o direito de fazer você depender de ninguém, e a decisão do que deve ser feito é sempre sua. As pessoas lhe dão as informações, mas é você quem decide o que fazer com elas - você está encarregado de viver a sua própria vida!

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PENSAMENTO POSITIVO. Você já ouviu falar no efeito Placebo? (Escritora:Paula Varejão.) Então, muito interessante. Quer dizer um tratamento “falso”, baseado no psicológico das pessoas, que inesperadamente dá certo, devido a um efeito real causado pela crença ou por uma ilusão subjetiva. Pessoas que tomam apenas pílulas de água e açúcar e sentem uma melhora, imaginando ter tomado o remédio feito especialmente para a sua doença. Mais ou menos assim: Se eu acreditar que a pílula ajuda, ela vai ajudar. É um dos fenômenos mais comuns observados na medicina, mas também um dos mais misteriosos. “Doentes com dor intensa, provocada por uma doença chamada aracnoidite, que recebiam injeções endovenosas de novocaína (um anestésico), tinham alívio da dor e dormiam. Nesses mesmos doentes, depois de algum tempo, com a troca da injeção de novocaína por soro fisiológico (uma solução fraquinha de sal), continuavam a ocorrer alívio da dor e sono.” “Médicos em um estudo eliminaram verrugas com sucesso, pintando-as com uma tinta colorida e inerte, e prometendo aos pacientes que as verrugas desapareceriam quando a cor se desgastasse. Em um estudo de asmáticos, pesquisadores descobriram que podiam produzir a dilatação das vias aéreas simplesmente dizendo às pessoas que elas estavam inalando um broncodilatador, mesmo quando não estavam.” “A um homem com cancro, em estado avançado, deram-lhe uma injeção única de um medicamento experimental, Krebiozen, na época tido como “milagroso”. Os resultados deixaram o médico assistente estupefato: os tumores haviam-se “derretido como bolas de neve”. Mais tarde, o doente viria a ler uns estudos que davam o medicamento como ineficaz; o cancro recomeçou a alastrar. Nessa altura, o médico, agindo por palpite, ministrou-lhe um placebo - água simples - por via intravenosa, dizendo que era uma nova fórmula do Krebiozen. O cancro voltou a atrofiar, de modo espantoso. Até que o paciente voltou a ler nos jornais o veredicto oficial da Associação Médica Americana: o Krebiozen era um medicamento inoperante. O paciente perdeu a fé por completo e morreu poucos dias depois.” O efeito placebo é poderoso. Estudos demonstraram que os placebos são eficazes em 50 a 60 por cento dos pacientes com determinadas condições, por exemplo, dores, depressão, algumas indisposições cardíacas, úlceras gástricas e outras queixas estomacais. O porquê de uma substância inerte, uma assim chamada “pílula de açúcar,” ou falsa cirurgia ou terapia fazerem efeito, não está completamente esclarecido. Esse também é o caso do tratamento homeopático, muito polemizado já que nunca conseguiu se provar sua real validade. Além disso, porque pílulas ou procedimentos usados pela medicina tradicional funcionam, até que seja demonstrado que não possuem valor? Em resumo, há certa quantidade de representação de papéis pelas pessoas doentes ou feridas. Representação de papéis não é o mesmo que falsidade, é claro. Não estamos falando de fingimento. O comportamento de pessoas doentes ou com lesões tem bases, até certo ponto, sociais e culturais. O efeito placebo pode ser uma medida da alteração do comportamento, afetado por uma crença no tratamento. Pode ser eficaz por reduzir a ansiedade do paciente, revertendo assim uma série de respostas orgânicas que dificultam a cura espontânea. As crenças e esperanças de uma pessoa sobre um tratamento, combinadas com sua sugestibilidade, podem ter um efeito bioquímico significativo. Sabemos que experiências sensoriais e pensamentos podem afetar o sistema nervoso. Assim, há provavelmente uma boa dose de verdade na afirmação de que a atitude esperançosa e as crenças de uma pessoa são muito importantes para o seu bem estar físico e sua recuperação de lesões ou doenças.

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Experimento feito por Ivan Pavlov no final do século passado, que ganhou o primeiro prêmio Nobel de Medicina, em 1902. A idéia geral é que o efeito placebo surge como um reflexo condicionado involuntário por parte do organismo do paciente. É conhecido pelo famoso experimento em que um cão saliva ao ouvir um sino, já que associa o barulho à apresentação da carne. Leia mais sobre. Já ouvi falar que pessoas vão ao médico muitas vezes por carência. Querem contar seus problemas a alguém, se sentirem importantes - sentir que alguém se preocupa com você. Como uma terapia. Pensa-se que o toque, o cuidado, a atenção e outras comunicações interpessoais que fazem parte do processo do estudo controlado (ou das características terapêuticas), além da esperança e encorajamento dados pelo experimentador/terapeuta, afetam o humor da pessoa testada, que por sua vez dispara mudanças físicas, como a liberação de endorfinas. O processo reduz o stress por dar esperanças ou reduzir a incerteza sobre que tratamento adotar ou qual será o resultado. A redução no stress previne, ou desacelera a ocorrência de futuras mudanças físicas prejudiciais. Mas enfim, ao ler sobre o assunto agora fiquei impressionada com a intensidade que a mente humana pode interferir no corpo. Milagres, fé, religião… Pessoas que se curam sem explicação. Acho que tem tudo a ver com isso. Eu não sou uma pessoa muito crente nesse tipo de coisa, mas depois que você vê estudos científicos sobre o assunto percebe o poder do pensamento positivo! Se você acredita muito que algo pode acontecer, essa energia pode acabar por interferir no curso das coisas!

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Poder do efeito placebo levou a um dilema ético. Um médico não deve enganar as pessoas, mas deve aliviar a dor e sofrimento dos seus pacientes. Deveria alguém usar a enganação para o benefício de seus pacientes? Seria anti-ético para um médico conscientemente prescrever um placebo sem informar ao paciente? Se informar ao paciente reduz a eficácia do placebo, seria justificável algum tipo de mentira com o objetivo de beneficiá-lo? **Na verdade, a idéia desse post veio de algo um pouco mais banal, mas que faz o mesmo sentido. Estava pensando sobre as festas raves, juntamente com as drogas que comunmente são usadas nesse espaço (doce, bala). Aparentemente elas são apenas um pedacinho de papelão, mas claro que lotadas de substâncias químicas que mexem com nosso sistema nervoso e proporcionam a sensação de euforia ou propõem alucinações, enfim.. Mas quantas não seriam as pessoas que, enganadas, ingeriram verdadeiros pedaçoes de papelão sem nada a mais e ficaram doidonas na rave?! Rs!

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bem danado. Mas ninguém consegue ficar rico só com a força do pensamento. Saiba como isso funciona. Pense. Em qualquer coisa. Numa casa, por exemplo. Imagine-a pintada de branco, com janelas azuis e cercada por um terraço com escadas que levam a um jardim. Ali estão margaridas, girassóis e uma árvore frondosa. Nos 10 segundos que você levou para chegar até aqui, uma avalanche de sinais nervosos ocorreu no seu cérebro. No córtex (camada periférica dos hemisférios cerebrais), milhares de neurônios foram acionados e trocaram informações em frações de segundo. Arquivos de memória foram vasculhados e, sem que você pudesse controlar ou prever, a imagem de uma casa surgiu em sua mente. Por isso, você deve ter sentido um bem-estar, uma vontade de possuir essa casa de verdade. Dentro de nossa caixa craniana ocorrem milhares de outros processos - esse que você acabou de perceber é o que podemos chamar de pensamento positivo, uma idéia que, nas prateleiras das livrarias, vem ganhando contornos de magia. O que acontece no cérebro? Os neurocientistas, por sua vez, concordam que o estado de ânimo pode, sim, influenciar o nosso organismo de várias maneiras. Os hormônios associados ao estresse têm grande influência na consolidação da memória. Ou seja, a idéia de que pensar positivo faz bem não é absurda. "Quando estamos muito estressados, o nível dos hormônios secretados é alto e influencia negativamente esse processo", afirma o neurocientista Martin Cammarota, pesquisador do Centro de Memória da PUC de Porto Alegre. De acordo com ele, não temos controle total sobre nosso cérebro nem sobre os processos químicos e celulares que ocorrem nele. "O ser humano é uma soma de circunstâncias. Por mais que você pense positivo, seus níveis de colesterol no sangue não vão diminuir somente em conseqüência disso", ressalta. No caso do colesterol, dieta e exercícios são algumas das circunstâncias a ser consideradas. Mas pensar positivo funciona?

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Funciona. Mas não como a maioria das pessoas gostaria. O pensamento positivo não vai engordar sua conta bancária do dia para a noite. Nem fará carros e diamantes orbitar ao seu redor. Porém, segundo várias pesquisas, uma atitude otimista pode influenciar muito a resistência do organismo às doenças.

Assertividade (Por Denize Dutra)

Tenho testemunhado ao longo da minha vida uma série de episódios uns com finais felizes e outros nem tanto, que tem me levado uma profunda reflexão sobre quais são as características que os SERES HUMANOS, em geral, precisam desenvolver para SEREM mais do que bem sucedidos, FELIZES? É claro, que a resposta para esta pergunta, mesmo para uma psicóloga, não é nada simples de responder, pois no que diz respeito ao SER HUMANO, estamos tratando do assunto da maior complexidade e que qualquer reducionismo seria no mínimo, um ato irresponsável. Mas, com o objetivo de compartilhar minha reflexão, acho que seria interessante chamar atenção para uma destas tão importantes características, o que não significa ,que é mais nem menos que outras tantas, também relacionadas a um conjunto de competências emocionais, que são consideradas hoje essenciais aos profissionais deste terceiro milênio – a ASSERTIVIDADE- Considero importante ressaltar esta característica não só pela compreensão equivocada que algumas pessoas tem a respeito da mesmo, mas pela própria dificuldade de entender no que consiste o comportamento assertivo e seus benefícios para a própria pessoa e para os relacionamentos tanto de natureza profissional como pessoal. Estamos numa sociedade que apesar da crescente violência, as pessoas tem muita dificuldade de lidarem com a agressividade, e muitas vezes esta agressividade é confundida com a assertividade, de tal modo, que pessoas agressivas se auto intitulam

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de assertivas ou muito francas, ou até ao contrário, algumas pessoas não assumem suas posições de forma simples e autêntica, com receio de serem agressivas. Por isso penso que o nosso primeiro passo é entender o significado literal da palavra assertividade, com o auxílio do nosso atualizadíssimo dicionário do Houaiss, que diz que assertividade é "qualidade ou condição do que é assertivo; assertivo : "que faz uma asserção; afirmativo locutor declara algo, positivo ou negativo, do qual assume inteiramente a validade; declarativo; afirmação que é feita com muita segurança, em cujo teor o falante acredita profundamente". Outro passo é sabermos que existem 4 tipos de comportamentos: passivo, agressivo, agressivo/passivo e assertivo. Cada um deles tem vantagens e desvantagens dependendo do momento em que for manifesto. Quando digo manifesto, é uma forma de chamar a atenção para a idéia de que comportamento é algo situacional, que pode mudar de acordo com o momento e a situação, em função disto, uma mesma pessoa pode ter os 4 comportamentos, ainda que certamente exista uma tendência maior as pessoas agirem de determinada forma em circunstâncias "normais" , ou seja, o indivíduo tende a adotar um determinado estilo como mais freqüente. Esta constatação nos confirma a idéia de que podemos mudar um comportamento se percebemos que ele não esta valendo a pena, isto é, não satisfaça as nossas necessidades, expectativas e objetivos pessoais. Podemos desenvolver a nossa assertividade. Neste ponto, relembramos um outro conceito importante, que é o de motivação, ou seja, quais os motivos que nos levam a desenvolver o comportamento assertivo, e com certeza nada responde melhor a esta pergunta se genericamente, considerarmos os benefícios que o comportamento assertivo pode nos trazer: -Lidam com os confrontos com mais facilidade e satisfação; - sentem-se menos estressadas;- adquirem maior confiança;

- agem com mais tato;- melhoram sua imagem e credibilidade; - expressam seu desacordo de modo convincente, mas sem prejudicar o relacionamento; -resistem às tentativas de manipulação, ameaças, chantagem emocional, bajulação, etc; - sentem-se melhor e fazem com que os outros também se sintam melhor. Sabemos da importância e temos motivos para ser assertivos, agora uma terceira questão: como desenvolver ? sem pretender dar "receitas" prontas ou mágicas, cabem

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algumas dicas já comprovadas que podem ajudar a quem está interessado no assunto: - Mudar o DIÁLOGO INTERIOR – de negativo para positivo; - levar em consideração seus DIREITOS e os do outros e desenvolver a AUTO-ESTIMA. Estas novas atitudes podem ser desenvolvidas através de modernas técnicas de treinamento ou em alguns caso através de processos psicoterápicos. Pense nas diversas situações de sua vida profissional e pessoal, em que a sua falta de assertividade fez com que você não conseguisse obter o resultado desejado, e sentir-se verdadeiramente realizado com suas conquistas. Quantas vezes, você deve que "engolir" a raiva gerada pelo sentimento de que deveria ter dito algo que não disse naquela determinada hora ? Quantas vezes você se viu "obrigado" a fazer determinadas coisas por não ter tido a coragem de dizer não para o outro ? seriam inúmeros exemplos, o mais importante é que pensemos sobre o assunto e busquemos ser mais assertivos em algumas situações, para que possamos não só expandir a nossa inteligência emocional, mas principalmente desenvolvermos relações interpessoais na vida pessoal e profissional, mais autênticas, harmoniosas e prazeirozas. Só lembro, que não podemos ser assertivos, sem sermos empáticos, pois como, desenvolver a nossa própria assertividade se não formos capazes de aceitar a assertividade do outro, e nos melindramos e achamos que quando se trata do outro, ele esta simplesmente, sendo curto e grosso ! Egoísta ! ou qualquer outro "desqualificativo", que expresse a nossa incompetência em lidar com esta questão ! Pense nisto !

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VOCÊ ESTÁ SATISFEITO COM A PESSOA QUE VOCÊ É?? (Por SaKAIZEN Sakurai)

Vamos iniciar fazendo uma reflexão sobre a pessoa que somos.Você está feliz com a sua vida? Você está satisfeito/satisfeita com sua carreira, com sua saúde, com seus ganhos financeiros, com seus relacionamentos e com a sua qualidade de vida? Você já atingiu o patamar de excelência em tudo que você faz? Enfim, você está satisfeito/satisfeita com a pessoa que você é? Se você é uma das raras pessoas que respondeu positivamente a todas essas questões, meus parabéns. A verdade é que muitas pessoas não estão satisfeitas consigo mesma. Enxergam mais defeitos e limitações que qualidades. Sua voz interior é muito ácida e crítica. Acham que não são tão boas quanto gostariam que fossem. Tratam a si próprio como tratam as pessoas de quem não gostam. Maltratam seu corpo com comidas inadequadas, álcool e outras drogas, criam dor e doenças em si próprio. Não demonstram afeto e amor próprio, ficam com raiva de si mesma e se culpam pelos seus fracassos. Adiam fazer coisas que lhes beneficiam, não reservam tempo para si e nem desenvolvem atividades que lhes dão prazer. Aceite você do jeito que você é. Somos perfeitos através de nossa imperfeição, tendo, inclusive, a capacidade de cometermos erros. Todo ser humano tem pontos positivos e negativos. Perceber e aceitar que você é um ser humano, com defeitos e qualidades, com sentimentos de medo, de insegurança, dúvida e ressentimento é o passo inicial para uma vida menos estressante.

Veja suas deficiências e limitações como ponto de partida para mudanças, visando seu aperfeiçoamento e evolução como ser humano, e não como

bloqueadores de suas realizações e como justificativas para seus fracassos. Você se conhece de verdade?

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“Aqueles que conhecem os outros, são sábios. Aqueles que se conhecem, são iluminados.”

Lao Tse Apesar de conviver tanto tempo consigo mesmo, a maioria das pessoas não se conhece de verdade. Tem a dificuldade de fazer uma auto-análise, de enxergar suas qualidades e suas limitações de uma forma justa, imparcial e isenta de distorções. Sua percepção e seu discernimento ficam desfocados e distorcidos, dificultando uma perspectiva adequada para o seu auto-conhecimento. Essa dificuldade de auto-análise é decorrente da tendência de adotarmos apenas uma perspectiva de auto-avaliação. Segundo Joseph Luft e Harry Inghan que idealizaram a Janela de Johari, a imagem holística de uma pessoa é composta de: - Imagem aberta: inclui todas as características que você sabe que tem e os outros também sabem que você tem. - Imagem secreta: inclui as características que você sabe que tem e os outros não sabem. - Imagem cega: inclui tudo aquilo que você não sabe que tem e os outros sabem que você tem. - Imagem desconhecida: inclui as coisas que nem você nem os outros sabem que você tem. Normalmente, a própria pessoa tem a percepção consciente de quem ela é, apenas através de sua imagem aberta e de sua imagem secreta. Porém, ela não tem a percepção consciente de sua imagem cega e nem de sua imagem desconhecida. O objetivo do auto-conhecimento é ter uma percepção mais completa possível de si mesmo, principalmente as características que fazem parte da sua imagem cega e da sua imagem desconhecida.

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O que você gosta e não gosta em você ? Você pode iniciar seu processo de auto-conhecimento pelo que você percebe da sua imagem aberta e da sua imagem secreta. Trace uma linha central de cima até embaixo dividindo uma folha de papel no meio. No lado esquerdo da folha, comece listando tudo quilo que você gosta em você. Liste as qualidades que você acha que tem e gostaria de continuar mantendo. A seguir, ainda do lado esquerdo, liste tudo que você não gosta em você. Relacione as suas limitações e deficiências que você tem que não gostaria mais de ter e que fazem parte de sua imagem aberta e da sua imagem secreta. O que consta destas duas listas representa como você percebe conscientemente a pessoa que você é. Aproveite aquilo que você listou para começar a refletir sobre a pessoa que você gostaria de ser. No lado direito, ao lado da lista das qualidades que você tem, liste agora as qualidades que gostaria de ter e ainda não tem. A seguir, transforme cada limitação ou deficiência que você identificou em uma qualidade que você ainda não tem. Faça isso, identificando ao lado de cada limitação a qualidade que você gostaria de colocar em seu lugar. As listas do lado direito contem as qualidades que você deve desenvolver para se transformar na pessoa que você gostaria de ser. Conhecendo sua imagem cega O próximo passo é conhecer a sua imagem cega, tudo aquilo que as outras pessoas sabem que você tem, mas você mesmo não sabe que tem. Qual a imagem que as pessoas que convivem com você têm a seu respeito? Como elas avaliam suas atitudes

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e seu comportamento diário? ´Para seu processo de auto-conhecimento é importante receber o feedback de como as pessoas julgam você, vendo aquilo que você mesmo não consegue enxergar. Passar por este processo nem sempre é fácil. Uma avaliação envolve não apenas elogios, mas também críticas. É preciso desarmar o espírito belicoso, é preciso saber ouvir tudo com humildade, refletir sobre tudo que foi observado, sem se alterar emocionalmente e sem criar mágoa ou ressentimento. Escolha algumas pessoas que lhe conhecem bem e em quem você confia. Peça-lhes que listem todas as qualidades e limitações que elas percebem em você. Compare estas listas com a sua própria lista. Tudo que constar das listas dessas pessoas, mas não constam de sua própria lista, podem ser características que fazem parte de sua imagem cega. Para concluir este processo, assuma as duas outras posições perceptivas. Assuma a segunda posição da pessoa que lhe avaliou e perceba o que você sente ao se ver desta perspectiva. Depois, assuma a terceira posição, a de um juiz imparcial para você tirar as suas conclusões independentes. Inclua as qualidades e limitações que você considerou válidas e que as outras pessoas percebem em você, mas você não percebe na sua lista de qualidades e deficiências pessoais que você tem. Conhecendo sua imagem desconhecida Até agora você tem uma melhor percepção das qualidades e limitações que fazem parte da sua imagem aberta, da sua imagem secreta e da sua imagem cega. Para completar o seu processo de auto-conhecimento você precisa conhecer a sua imagem desconhecida. É uma jornada para o seu interior, para as camadas mais profundas de sua psique em busca da descoberta da sua essência, de seu Self. Acredito que você já tem material suficiente para trabalhar e, assim, vamos deixar para uma segunda etapa o processo de conhecer a sua imagem desconhecida. O que você gostaria de mudar em você ? Agora que você fez os exercícios propostos, você já tem uma visão abrangente de quem você é. Ao nível de desenvolvimento pessoal, você tem uma melhor compreensão da pessoa que você é. Você conhece com maior profundidade toda sua força interior, todos os seus recursos e suas qualidades pessoais. Agradeça pelas suas conquistas e pela pessoa que você é. Sinta o prazer de possuir cada uma dessas qualidades. Valorize-as. Elas serão bastante úteis quando você estiver trilhando o caminho para o seu sucesso. Você identificou, também, suas limitações e deficiências que não quer mais. Você sabe todas as coisas positivas que você quer colocar no lugar delas, que vão ajudar voce a transformar-se na pessoa que você sempre quis ser. Agora que você tem plena consciência do seu estado atual, de onde você está, o próximo passo é definir o seu estado desejado, ou seja, para onde você quer ir. Mas isto fica para discutirmos num outro texto. Saudações SaKAIZEN Sakurai

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MEDO-SEU ALIADO PARA O SUCESSO (Por Virgílio Vasconcelos)

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Usando seus medos a seu favor Você já sentiu medo alguma vez? Se sim, passou pela sua cabeça a opção de usá-lo a seu favor? Será que isso é mesmo possível? Vamos mostrar aqui que o medo faz parte de um processo de avaliação que de fato é seu apoio para vencer. Apresentamos também uma estratégia comportamental para lidar com os medos e usar sua energia para algo que você queira e lhe seja útil, além de também apresentarmos sugestões de situações para aplicação da estratégia. Consideramos aqui toda a gama de emoções semelhantes a medo e com variações de intensidade, como receio, temor, terror, horror, preocupação e talvez outras. Percepções Segundo o Aurélio, medo é um "sentimento de grande inquietação ante a noção de um perigo real ou imaginário, de uma ameaça". Bem descrito, mas essa definição não fornece pistas sobre o que fazer com o medo. Vamos ver algumas percepções mais práticas. Antes de mais nada, o que faz com que uma pessoa consiga sentir medo? Suponha que você está aí tranqüilo ou tranqüila, olha para o lado e vê um leão olhando para você cheio de dentes e babando. Você sentirá medo, certo? Mas medo de quê? Certamente de ser devorado e de morrer, uma projeção de futuro, próximo, mas futuro, já que ainda não aconteceu. Agora considere uma pessoa que tenha medo de altura; em certas situações, ela sente medo de cair. No meu caso, quando comecei a dar aulas, em geral sentia aquela inquietação definida pelo Aurélio, enquanto estava caminhando para a sala. Certamente ficava pensando em várias coisas que poderiam dar errado! Mas creio que senti mais medo quando estava descalço diante de quatro metros de brasas, sobre as quais deveria caminhar! Em todos os casos, trata-se de projeções de acontecimentos futuros. Isto é, a pessoa está imaginando algo que pode acontecer, como morrer, queimar-se e todas aquelas coisas que não queremos que aconteça. Como pode o medo ser um aliado para o sucesso, conforme apregoa o título desta matéria? Para entender isto, vamos lembrar que somos movidos às direções que temos instaladas na nossa mente. Quer você se mexa para beber água ou ir a um restaurante, tem uma direção ou objetivo: saciar a sede no primeiro caso, alimentar-se e sentir prazer no segundo. Mas não temos só objetivos, podemos ter também o que chamo de direções negativas: não matar seres humanos, não puxar o rabo do cachorro, não desligar o computador sem desligar o Windows, não pular de mais de dois metros de altura. Esse tipo de direção é também importante para nos guiarmos pela vida e, mais relevante, todos temos a capacidade de lidar mentalmente com esse tipo de estrutura. Vez por outra, acontece de estarmos em uma situação com elementos novos, que precisam ser avaliados. Por exemplo, se estou em um primeiro passeio de ultraleve, posso não confiar muito na engenhoca, e penso: e se isto cair? Caindo ela, eu caio junto. E o que faço então? Se estou começando a dar aulas, há efetivamente alguma possibilidade de que eu esqueça algo, ou que não faça da melhor maneira, afinal é a primeira vez. Outro exemplo: se vou trocar a lâmpada da geladeira e não consigo tirá-la, posso pensar em usar um alicate. Mas minha projeção indica a possibilidade de quebrar a lâmpada e os cacos se espalharem pela geladeira, e então posso ficar com "medo de usar o alicate". Portanto, pensar em coisas indesejadas faz parte do processo normal da avaliação que fazemos do ambiente, em particular quando é novo ou tem elementos novos. As direções negativas nos indicam o que não deve ser feito, o que não conduz aos objetivos ou conduz a conseqüências e efeitos colaterais indesejados. São como um sinal de trânsito que diz "Não vá por aqui". O medo então é nosso aliado, no sentido de que nos informa de que existe a

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possibilidade de que pode ser melhor não fazer fazer algo. Imagine alguém sem medo, o que pode fazer! O medo será um problema apenas quando: - Ficarmos prestando atenção ao que não queremos que aconteça e apenas reagindo a isto, ou seja, paralisados e sem opção de ação. - A nossa projeção de conseqüências estiver distorcida da realidade. Esse é o caso de ficar com medo de um avião a jato cair se perder uma das turbinas, já que ele consegue voar sem ela. O piloto Marcos Pontes, futuro astronauta brasileiro na NASA, perguntado sobre se sentia medo ao voar, disse que não era bem uma questão de medo, e sim de prever os riscos possíveis e ter alternativas para lidar com cada um. Esta atitude, no contexto empresarial, é chamada Gerenciamento de Riscos: identificam-se os riscos e, para os principais, estabelece-se medidas para prevenção e para correção. Imagine se os construtores do túnel ferroviário sob o Canal da Mancha não tivessem feito gerenciamento de riscos; não teriam certamente construído o segundo túnel, só para socorro (e que já foi usado). Este é o próprio "poder do pensamento negativo"! Portanto, o medo por si só não constitui um problema. Ele pode ser uma indicação de que temos que nos preparar melhor para fazer algo. Ele pode ser uma indicação de que devemos buscar outra alternativa. Principalmente, o medo é uma força, tem energia, e nós podemos usar essa energia como impulso para algo que queiramos. Usando uma estratégia adequada, podemos fazer como no judô: se vamos usar a energia do adversário, quanto mais energia ele tiver, melhor para nós! Canalizando a energia do medo Uma vez tendo boas percepções a respeito do medo, precisamos aplicá-las, colocá-las em prática. Uma estratégia estruturada que pode ser usada para aproveitar o impulso e a energia do medo é: 1) Conscientização - tudo começa quando você detecta algo que pode ser bem descrito pela palavra "medo". Você sabe que é um processo da mente (eventualmente com reflexos no corpo), que é mais específico: medo de que alguma coisa aconteça. Ele está em andamento e você se prepara para uma auto-intervenção. Tenha em mente que muito do que sentimos é originado em coisas que pensamos mas não notamos, isto é, estão inconscientes - reagimos e tomamos decisões influenciados por algo que não sabemos que está lá. A conscientização é o primeiro passo para ter mais opções de lidar com a situação. Quanto mais rico o "mapa" que você tiver sobre o que está sentindo, mais opções terá. Para isso, tire a atenção dos sintomas corporais e direcione-a para imagens e sons internos, diretamente ou por meio de perguntas: medo de quê? O que pode acontecer de potencialmente ruim? O que estou imaginando? Quais são possíveis decorrências desagradáveis da situação atual? Também pode ser usada como apoio para obter informações a metáfora da "câmera mental". Faça de conta que tem uma e descubra como ela pode ajudar.

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2) Interpretação - Neste momento uma avaliação deve ser feita: o medo é um alerta? Procede? A avaliação dirá se é o momento de agir, e em caso positivo, o que é melhor de se fazer. Se o medo for julgado como não procedente, como por exemplo medo de cair do alto de um prédio protegido, você tem a opção de simplesmente ignorá-lo, deixá-lo de lado. No caso dos medos que causam sensações no corpo, como o de altura, uma opção que pode ser usada é a observação das sensações: localização, intensidade, qualidade. Caso você decida canalizar a energia, vai para o próximo passo. 3) Escolha do contexto alvo da energia - Aqui você define para onde quer canalizar o impulso do medo. Deve ser um comportamento executável por você. Por exemplo, se está fazendo um relatório e sente receio ou medo de que seja malvisto, pode imaginar-se relendo o relatório procurando por correções ou possibilidades de melhoria. Outra boa opção é se imaginar como se fosse o chefe lendo o relatório, com seus olhos e seus julgamentos. Veja mais idéias abaixo. 4) Transferência da energia - Neste ponto você tem dois cenários internos, um do medo e outro do objetivo. Para transferir a energia do primeiro para o segundo, você tem várias opções. Como isto é muito pessoal e para cada um pode ser diferente, você deve descobrir o que funciona melhor para você. Seguem algumas sugestões: - Diminuir a luminosidade de um e aumentar a do outro. - Visualizar a energia saindo de uma imagem e indo para a outra. - Dissociar-se ("sair do filme") de um e associar-se ao outro. - Fazer um morphing das imagens. Essa eu gosto muito, tem um efeito muito poderoso em mim. Você pode treinar-se em morphings mentais assistindo a vários deles, "ensinando" seu cérebro como é que ele deve fazer. Se quiser repetir para certificar-se do sucesso, evite fazer o inverso - abra os olhos e recomece. 5) Estabilização - Solte o corpo, e fique quieto por um minuto, permitindo que a mudança se estabilize. Aproveite para usufruir do prazer desse momento de descanso

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e também do possível prazer que possa estar sentindo pela sua atitude e iniciativa. Aplicações Algumas sugestões para aplicação da estratégia descrita: - Medo do escuro: ações de certificação da existência de perigos, como acender a luz e explorar o local, ou ações de proteção. - Medo após um filme de terror: ações de observação de imagens internas e de controle delas, como alterar a cor e tamanho. - Medo de perder o emprego: ações de revisão de produtos, de maior atenção aos objetivos e prioridades, ações de melhoria de relacionamento, ações de aquisição de conhecimento e novas habilidades. - Medo de dor física: se evitável, descobrir ações que poderiam prevenir a dor; se inevitável (como talvez uma injeção), a saída pode ser estimular uma atitude de extensão dos próprios limites (dores superadas fortalecem), sentir apenas a dor do momento (e não a dor subjetiva resultante da antecipação da dor) ou ainda fortalecer a percepção do momento presente, prestando atenção às sensações físicas do agora (por exemplo, "dor na cabeça" é presente, "dor de cabeça" faz menção à experiências passadas e pode ser pior). Medo intenso pode causar paralisia ou ter associadas a ele reações condicionadas e sem escolha. Conheci uma pessoa que, dirigindo em situações críticas de trânsito, se alguém gritasse ela pisava no freio, o que pode ser um perigo, como no caso em que estávamos vendo uma carreta a poucos metros em rota de colisão! Para estes casos, pode ser necessário "semear e colher": agir como se estivesse na situação e programar as escolhas previamente, ensaiando mesmo. Esta opção pode ser usada para lidar com qualquer medo antes que ele ocorra; basta imaginar-se na situação. Conclusão Várias dessas alternativas na verdade são meios que facilitam o início de um trabalho consciente. Posteriormente, quando você já tiver lidado com alguns casos, estes vão gerar um nível mais profundo de habilitação, envolvendo a crença e o domínio da estratégia e de suas variações, o que resultará cada vez mais agilidade, eficácia e naturalidade. Caso você queira saber, no caso das brasas eu respeitei meu medo e não passei. Já com a estratégia descrita acima, começo a ficar tentado a repetir a experiência... E de agora em diante, fique atento aos seus medos, agradeça a eles e aproveite-os da melhor maneira possível: eles estão aumentando suas chances de sucesso!

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COMPLEXO DE INFERIORIDADE (info-escola)

O termo Complexo de Inferioridade foi criado por Alfred Adler, primeiro seguidor de Freud, que depois se desligou dele por discordar de algumas idéias do pioneiro da Psicanálise. Ele acreditava que este sentimento era inerente ao homem, e nascia do meio em que a criança crescia. Dependente dos pais nos primeiros momentos de seu desenvolvimento, aparentemente fraca e, portanto, incapaz ainda de realizar determinados feitos, ela tinha diante de si o ambiente ideal para o surgimento deste complexo. Para equilibrar este distúrbio, o ser humano gera então sentimentos de superioridade, tentando obter algumas vantagens psíquicas. Essa pretensa inferioridade que alguns sentem pode ser imaginária, a partir do

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momento em que a criança se torna consciente de que não é o único alvo de atenção e de amor da família. Neste momento ela sente ciúmes e raiva. Segundo Adler, é fundamental na análise deste complexo saber se o filho é o mais velho, o mais novo ou o do meio. Destas condições nasce a competição que futuramente se desenvolverá entre os irmãos. De qualquer forma, este sentimento é inconsciente, e é compensado por atitudes de uma superioridade compensatória, para esconder estas emoções perturbadoras. O que diferencia uma percepção normal de inferioridade, que tem como função impelir o homem para sua evolução particular, o complexo se constitui em um estado emocional de profundo desânimo, que muitas vezes conduz o indivíduo a uma fuga da realidade, reforçada pelas fantasias de superioridade.

O íntimo do ser humano é povoado de lutas pelo poder, sentimentos inferiores e competições. É assim que o homem busca a atenção de seus companheiros, tenta se destacar no meio do todo e se defender de um meio agressivo e desconhecido. Estes processos contribuem para o desenvolvimento da personalidade do indivíduo. Os valores podem, a partir de então, ganhar contornos negativos, com a intensificação da concorrência e da agressividade, ou positivos, com o crescimento da solidariedade entre as pessoas, e a consciência cada vez mais clara de que perder uma disputa não é humilhante. Como geralmente, nestes momentos de derrota, não há ninguém ao nosso lado para nos mostrar esta face afirmativa da realidade, é quase inevitável a queda no Complexo de Inferioridade. É essencial plantar na criança sementes de auto-estima e de fortaleza moral, que lhe permitam resistir aos pontos de vista dos outros e às provações do caminho que o Ego

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enfrenta. Os pais precisam criar em torno do filho mecanismos que desenvolvam, ao longo do tempo, uma aura de segurança para protegê-lo das influências externas, e que na infância supram seus sentimentos iniciais de fragilidade, carência de proteção e dependência, vivências que dão origem ao que Adler chama de complexo de inferioridade primário. Esta emoção pode se amplificar se a família adquirir o hábito de compará-lo aos irmãos ou a outras pessoas adultas. Já o sentimento de inferioridade secundário está associado ao adulto, que tenta alcançar uma meta que reside no inconsciente ou um pretenso êxito pessoal para suprir seu complexo de inferioridade. O espaço que separa o sujeito da realização destes objetivos causa sentimentos de frustração e incita emoções negativas e inferiores. O complexo de inferioridade está, portanto, ligado ao meio em que a criança se desenvolve, ao comportamento dos pais com relação a ela – estes devem evitar discursos negativos e depreciativos, bem como o costume de destacar os deslizes dos filhos -, à presença de determinados defeitos físicos, que provocam muitas vezes zombarias e ironias alheias, a restrições mentais deste ser e também a níveis sociais desvantajosos. Percebe-se, pelos fatores acima, que o maior algoz e adversário da nossa personalidade hoje é a opinião do outro, que pode provocar em nossas emoções distúrbios os mais variados, bem como patologias psíquicas sérias. Neste momento de ansiedade extrema, é comum inventarmos em nosso interior um super-herói, através do qual podemos atuar emocional e socialmente, com prejuízos atenuados pela nossa criação mental. Afinal, o ser humano não suporta a marginalização, a rejeição social e a solidão. Complexo de inferioridade Por que sempre todo mundo é melhor do que eu? (Daniela Barbosa)

O que pode levar uma pessoa a desenvolver o sentimento de inferioridade? Será que esse complexo pode durar uma vida inteira? Existe cura? Qual o melhor tratamento? Dúvidas como essas chegam diariamente aqui na redação do Jovem. O sentimento de inferioridade existe e atinge principalmente os jovens, que por viverem em uma busca constante de identidade, acabam atropelando os próprios sentimentos e, consequentemente, esquecendo da autoestima. “Sinto-me sempre a mais feia, a mais burra, a mais lerda, a mais tonta, nunca sei fazer nada, não sei conversar, tenho dificuldade de me relacionar com as pessoas, sempre falo ou faço a coisa errada, com a pessoa errada, na hora errada e no lugar errado. Falando ou calada, eu me sinto muito idiota. Por isso é que me isolo, fujo das

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pessoas e o que é pior, acho que não tenho direito de me apaixonar por ninguém... Não sei ser legal, não sei ser divertida, não sei ser espontânea e, tentando agradar os outros, fazer amizades, me sinto patética, fico nervosa, acabo me mostrando uma completa de uma imbecil. Me odeio demais e tudo o que eu mais queria era morrer!” - Reprodução de um depoimento deixado em uma comunidade do Orkut sobre complexo de inferioridade. Para entendermos melhor por que esse tipo de comportamento tão comum e, ao mesmo tempo, tão preocupante se estabelece na vida de um jovem, conversamos com a psicóloga e psicanalista Neide Alonso, do Grupo Ser Psicoterapia. Confira a entrevista: iG Jovem - Quais as causas para uma pessoa desenvolver o complexo de inferioridade? Neide Alonso - As causas para o desenvolvimento de um complexo de inferioridade são muitas. Mas as mais importantes são: *Pertencer a famílias disfuncionais, que não validam as opiniões de seus membros; *Sentimento de não aceitação por parte do grupo familiar, amigos ou outros grupos de referência, como escola e trabalho; *Ser muito exigente consigo mesmo, o que por vezes leva à sensação de não estar fazendo o melhor em cada situação; *Dependência importante da opinião alheia, ou seja, para agir preciso sempre de um outro que me diga o que é melhor. iG Jovem - Esse tipo de complexo costuma existir desde a infância? Neide Alonso - Esse tipo de complexo vai se constituindo simultaneamente ao desenvolvimento do indivíduo. Como? Inicialmente, a criança vai percebendo o mundo e interagindo de acordo com o que é dela esperado. A família é o primeiro grupo de referência de um indivíduo. Se no grupo familiar a pessoa tiver referências claras dos valores, crenças ou se essas referências são muito rígidas, ela pode perceber-se como um "patinho feio", que nunca consegue corresponder ao que é esperado dela e esse sentimento pode levar a uma crença de que não é amada. iG Jovem - Qual o melhor tratamento para a cura desse tipo de complexo? Neide Alonso - Esse tipo de comportamento vai sendo esvaziado à medida que o indivíduo se conhece, percebe o que é mais importante para si, ele valoriza sua história e suas conquistas, se reconhece como membro de uma sociedade e como alguém que tem coisas a dizer e pode contribuir. iG Jovem - A pessoa pode carregar esse sentimento durante toda a vida? Neide Alonso - A pessoa que tem complexo de inferioridade pode carregar isso por toda a vida, pois vai se afastando de seu verdadeiro eu. Esse tipo de "complexo" empobrece as esferas da vida do indivíduo, como trabalho, estudos e relacionamentos afetivos. iG Jovem - Como a mídia pode influenciar no desenvolvimento desse complexo? Neide Alonso - A mídia pode contribuir muito para minimizar ou acentuar esse complexo de inferioridade, pois dita padrões, normas a seguir, que enquadram o indivíduo em duas categorias: ou você é o melhor, ou não é nada. Convivemos diariamente com informações de como se vestir bem, qual é o tipo de corpo mais valorizado, o carro com o qual você vai se sentir poderoso e assim por diante.

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iG Jovem - Por que esse tipo de comportamento é mais comum nos jovens? Neide Alonso - O complexo de inferioridade costuma ficar mais evidenciado nos jovens, porque a adolescência é um período extremamente conturbado: dizem que não sou mais criança, mas ainda não me sinto adulto para assumir certas responsabilidades. Não quero mais andar grudado com os pais, mas também é difícil deixá-los. Questiono os valores familiares, mas ainda não sei direito o que quero. Meu corpo muda a cada dia, mas ainda não é um corpo adulto. Que período confuso! E não há nada errado na confusão. Ela é saudável, mas é uma fase de maior vulnerabilidade, daí o complexo de inferioridade fica mais visível. iG Jovem - O tratamento psicológico faz com que a pessoa fique curada por completo? Neide Alonso - O tratamento psicológico adequado faz com que a pessoa conheça e desenvolva recursos para lidar com as múltiplas demandas sociais, porém é importante verificar se esse complexo de inferioridade não conduz a uma depressão ou retraimento social, que, dependendo da gravidade, necessita de intervenção médica concomitante ao tratamento psicológico. iG Jovem - Mesmo que a pessoa se torne mais bonita ou bem sucedida, o complexo ainda pode permanecer? Neide Alonso - Mesmo que a pessoa seja bonita e bem sucedida, o complexo de inferioridade pode estar presente, pois ela é tudo aos olhos dos outros, mas e aos seus próprios olhos? Como ela se vê interiormente? Tem contato com seu verdadeiro eu? iG Jovem - Se o adolescente conhece pessoas de outros lugares que ultrapasse os limites da escola, clube ou seu ciclo de convivência, isso pode ajudar a desenvolver a sua autoconfiança? Neide Alonso - Não é o número de círculos sociais frequentados que vai fazer com que o adolescente desenvolva sua autoconfiança, mas sim a qualidade dessas relações. Grupos que propiciem a expressão de opiniões e acolham diferenças são grupos que auxiliam e permitem o desenvolvimento da autoconfiança. iG Jovem - O complexo de inferioridade pode fazer com que a pessoa desenvolva depressão ou outras doenças psicológicas? Neide Alonso - É fundamental estar atento à gravidade desse complexo de inferioridade, que pode, sim, levar à depressão, retraimento social e limitações no ambiente de trabalho e estudos. iG Jovem - Esse complexo pode ser desenvolvido por fatores externos como bullying? Neide Alonso - Os fatores externos podem contribuir muito, mas não são os determinantes do complexo de inferioridade. iG Jovem - O que o jovem que tem complexo de inferioridade deve fazer? Neide Alonso - O jovem que se sente inferior deve procurar as causas que o levam a pensar dessa forma, verificar se tem relações significativas em sua vida, se relacionar com pessoas que gostem dele como ele é, que apreciem suas qualidades e que com as quais possa conversar de modo sincero sobre aquilo que sente. Caso não consiga identificar as causas que o levam a essa crença e esteja tendo problemas na escola ou no trabalho e se afastando dos colegas, seria importante a busca de ajuda profissional, no caso, um psicólogo ou um psicanalista.

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LIDANDO COM A REJEIÇÃO:

(Alan Smith ) A maioria de nós não lidamos bem com rejeição. Enquanto a seguinte história tem um toque de humor, no fundo sentimos a intensa dor de ser rejeitado num momento vulnerável. ‘Um soldado estava servindo longe do seu lar. Ele ficou arrasado quando sua namorada escreveu e acabou com seu noivado. Ela até pediu de volta sua foto. Ele foi para seus amigos e pediu todas as fotos de mulheres que eles não queriam mais, e as enviou para sua ex noiva com o seguinte recado: “Eu lamento que não consigo lembrar qual era você … por favor, tome sua foto e devolva as outras.”’ -------- ---------

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(Tito Oscar) "Passar por uma experiência de rejeição, em qualquer grau, certamente é algo amargo e traumatizante. E a rejeição, quando alojada no coração, dá origem a sentimentos indesejáveis, que podem nos levar a revolta, à agressividade, à insegurança e até mesmo arrastar-nos para a margem da vida." ------------------- ------------------------- Uma atitude de auto-acusação revela auto-rejeição :: Bel Cesar :: Na maioria das vezes, quando estamos confusos, intensificamos nossos mecanismos de auto-rejeição: Eu não poderia estar sentindo isso!. Rejeitamos a nós mesmos quando tentamos controlar nossos sentimentos. Rejeitamos a nós mesmos quando manipulamos nossos sentimentos, achando que deveríamos ou não estar tendo certo sentimento, ou então, quando tentamos realmente controlar as circunstâncias e as pessoas

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externas, escreve John Ruskan no livro Purificação emocional. E complementa: Não nos damos conta das inúmeras vezes que nos auto-rejeitamos, porque esse sentimento nos protege de sentir o que não queremos sentir. Desta forma, nos distanciamos de nós mesmos e da capacidade de nos auto-observarmos. Para não nos distanciarmos de nós mesmos, precisamos compreender que devemos aceitar tudo o que estiver acontecendo em nosso interior, menos a auto-rejeição! Enquanto nossa capacidade de análise estiver contaminada pelo hábito da auto-acusação, é melhor mantê-la de fora. O segredo está em sentir cada emoção sem rotulá-la como boa ou ruim. Podemos nos tornar um testemunho ativo de nossa confusão emocional aceitando as emoções sem contrariá-las. Assim, seremos capazes de deixar a emoção surgir e se dissipar por si mesma. Precisamos, de fato, da energia da delicadeza para sermos capazes de despertar a disponibilidade interna necessária para lidar com sentimentos que consideramos inaceitáveis e intoleráveis. Só assim, como uma árvore que suporta uma forte tempestade porque está bem enraizada, podemos manter nossos pés no chão quando nossas emoções estão confusas. Caso contrário, perderemos nosso eixo. Sermos delicados conosco é um modo de nos aceitarmos. Auto-aceitação não significa ser condescendente com as nossas confusões emocionais. Não é preciso sermos permissivos com a confusão, mas precisamos nos permitir experimentá-la para podermos nos conhecer melhor. Quando uma confusão emocional surgir, podemos nos propor a ficar com ela mais um pouco e perguntar-nos com delicadeza: O que está acontecendo aqui? Sem negar o que está acontecendo, respirando algumas vezes com profundidade, podemos dar a esta experiência desconfortável um pouco mais de atenção do que usualmente somos capazes, rompendo assim o hábito de temer a sensação de si mesmo.

Muitas vezes, tememos certas emoções por receio de não suportá-las. Então, da próxima vez que

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nos depararmos com a idéia preconcebida de que sentir algo pode ser perigoso, podemos inverter o processo. Ao invés de evitarmos aquilo que estamos sentindo, podemos nos abrir para conhecer o que nos ameaça: o que pode acontecer de tão ruim? Em um primeiro momento, quando percebemos a confusão emocional, sentimos um aperto no peito. Mas a intenção de nos mantermos abertos à experiência da nossa própria dor nos oferece um sentimento de expansão: temos, à frente, um novo caminho para seguir. Descobrimos que estamos livres de nossos conflitos emocionais quando nos oferecemos uma nova chance, um novo olhar. Assim, passamos a encarar nossas emoções sob uma perspectiva mais ampla e começamos a perceber que é possível e saudável recuar e abrir espaço em torno delas. Se nos identificamos demasiadamente com as emoções, elas passam a ter um poder ditatorial sobre nós: ditam ordens absolutas que esperam que sejam respeitadas por todos. Elas passam a nos ocupar cada vez mais e quando não somos mais capazes de manter o que sentimos em nosso espaço interior, tornamo-nos violentos. Mas, a partir do momento em que voluntariamente nos propomos a não nos identificarmos com nossas emoções, deixamos de ser reativos emocionalmente e nos tornamos ativos com relação ao nosso fluxo emocional. Ao reconhecer que podemos fazer algo por nós mesmos, isto é, que não precisamos ser vítimas de nossas emoções negativas, começamos imediatamente a diminuir o poder que elas têm sobre nós. O segredo para não ficarmos atolados em nossas emoções negativas é, portanto, aprender a não nos identificarmos excessivamente com elas. Podemos questionar as convicções profundas que temos a respeito de nós mesmos. Algumas pessoas acreditam que as emoções são perigosas. Mas raramente elas são o problema: são as histórias que criamos sobre as emoções e a pouca consciência que temos delas que geram o sofrimento. Sem consciência, os sentimentos dolorosos podem se corromper e se transformar em vício ou em ódio ou degenerar para o torpor. Assim, acabamos perdendo o contato não apenas com o que é sentido, mas com a sabedoria essencial do coração. Percebemos, desta forma, que negar o que se passa em nosso interior nos mantêm afastados de nós mesmos. Texto extraído do O livro das Emoções – Reflexões inspiradas na Psicologia do Budismo Tibetano de Bel Cesar, Ed.Gaia.

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Neurociencia e Meditacao (Dr.Leonardo Mascaro)

A Neurociencia tem estudado as reacoes do cerebro em estado de relaxamento e descobriu que e possivel, sim, melhorar sintomas de doencas ligadas a atividade cerebral por meio da pratica meditativa. O psicologo e mestre em Neurociencias pela Universidade de Sao Paulo (USP), Leonardo Mascaro, partiu da teoria sobre frequencias das ondas cerebrais e desenvolveu uma serie de exercicios para fazer com que as pessoas consigam entrar em estado de meditacao. Os resultados desta pratica, segundo Mascaro, sao fisiologicamente explicados e capazes de melhorar sintomas de estresse, sindrome do panico, dificuldade de concentracao e diversos outros problemas neurologicos e psicologicos.

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As descobertas cientificas mais recentes da Neurociencia, de acordo com ele, vem demonstrando que o cerebro e extremamente plastico e que treinamentos – mentais e neurologicos – podem produzir modificacoes tanto na estrutura quanto no funcionamento desse orgao vital. Mascaro assina o livro A Arquitetura do Eu – Psicoterapia, Meditacao e Exercicios para o Cerebro, no qual explica como a meditacao pode facilitar a experiencia de expansao da percepção e consciencia, trazendo bem-estar, equilibrio e paz interior. Qual a relacao entre relaxamento e a meditacao ? O relaxamento produz beneficios variados, tanto fisicos quanto mentais, mas sua principal funcao e fornecer a base para que a meditacao possa acontecer. O relaxamento ativa um ramo do sistema nervoso chamado parassimpatico, que reorganiza o arranjo das frequencias cerebrais, principalmente no que diz respeito as ondas beta que, para que a meditacao possa ocorrer, devem ter sua amplitude reduzida – o que ocorre com o relaxamento. Ha pessoas que se assumem como atarefadas e estressadas. Como esse comportamento pode prejudicar a saude psicologica? O que estas pessoas estao fazendo, na verdade, e alimentar uma auto-imagem que funciona como um programa “rodando” no hardware de seus cerebros, cobrando sistematicamente de seus sistemas nervosos a manutencao de um estado de alerta e prontidao constantes. Isso leva a um estado de estresse organico, que faz com que as glandulas supra-renais sejam constantemente estimuladas, liberando corticoides na corrente sanguinea, que vao abrindo grandes janelas para a atuacao dos radicais livres em areas bem demarcadas do cerebro, causando destruicao e perda de neuronios. Assim, ocorre um agravamento do quadro de estresse, que estimula mais e mais estes eventos fisiologicos, levando a perdas funcionais efetivas, de memoria, da capacidade de aprendizagem e, nao menos importante, do equilibrio emocional. Se a pessoa conseguir ao menos parar e se dedicar a respirar, alguns minutos, ja consegue modificar a frequencia cerebral? Isso pode ou nao produzir diferenca. Mas esta estrategia, em si, e limitada e nao produz o conjunto de mudancas que podem em ultima instancia levar a resultados permanentes e significativos em sua vida. Voce cita no livro que ha pessoas que passam anos dizendo que fazem meditacao. quando realmente nao conseguem. Quais sao os sinais que o corpo da de que realmente alguem entra em estado de meditacao? Alem do relaxamento muscular, ha outros indicativos fisiologicos, tambem objetivamente mensuraveis, que demonstram que uma pessoa esta no estado de meditacao. O primeiro deles e a mudanca na atividade do sistema nervoso autonomo – o que e medido pela resistencia eletrica da pele. Finalmente, as frequencias cerebrais se reagrupam de modo a produzir um padrao eletrico caracteristico, em que ha maior producao de ondas alfa e theta, com a correspondente reducao de beta. Do ponto de vista da experiencia subjetiva, ha, alem do relaxamento, um desligamento do dialogo interno e diminuicao significativa do raciocinio. Ao inves de pensarmos ou, como se diz, meditarmos a respeito de, por exemplo, compaixao, entramos no estado subjetivo da compaixao dentro de nos, experimentando-a diretamente.

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Voce diz que o estado comumente chamado de alfa nao e o de verdadeiro relaxamento. Entao qual a diferenca entre o estado alfa e a verdadeira frequencia cerebral de relaxamento ? O estado de relaxamento e, sim, caracterizado no cerebro por uma intensa producao de ondas alfa. No entanto, e importante nao confundir relaxamento com meditacao. As pessoas tendem a acreditar que meditar e entrar em alfa. Alfa e apenas uma das frequencias cerebrais componentes da configuracao de ondas eletricas que definem o estado de consciencia do verdadeiro meditar. Alfa, nesta configuracao, tem o papel de fazer a ponte entre beta (nosso consciente racional) e theta (nosso subconsciente, no qual vamos ter acesso a nossa criatividade, nossos conteudos emocionais, nossas memorias, bem como a tudo aquilo que nos constroi em nossa personalidade). A presença de alfa, portanto, e essencial para acessarmos as profundezas de nossa mente, mas, sozinha, isto e, sem o correspondente aumento de ondas theta, esta frequencia produz apenas relaxamento e uma profusao de imagens mentais sem significado ou sentido. Quanto tempo diario a pessoa deveria dedicar para conseguir atingir o verdadeiro estado de relaxamento? O verdadeiro estado de meditacao (e nao de relaxamento), para a maioria das pessoas, e alcancado somente a partir de treinamento sistematico, o que pode produzir resultados ja nas primeiras sessoes de meditacao ou, dependendo da pessoa, demorar algumas semanas de pratica constante. O tempo de treino, desde que adequadamente orientado, e definido pela propria pessoa. O importante e nao permitir que a pratica se torne cansativa ou extenuante. Ter prazer e fundamental. Basicamente, o que se consegue controlar com os exercicios na nossa fisiologia? Varios sao os estudos que demonstram maior controle de uma serie de funcoes fisiologicas, como a temperatura corporal ou a frequencia cardiaca. No entanto, o objetivo deve ser aprender a exercer o dominio das funcoes psicologicas, ja que, enquanto no controle a um gasto de energia consideravel para manter uma certa ordem, no dominio, tudo o que e necessario e uma decisao: eu quero, eu faco e assim permanece. O auto-dominio, juntamente com a mudanca no estado de consciencia, e a verdadeira meta da meditacao, levando a mudancas profundas da consciencia, produzindo beneficios tanto para a pessoa quanto para aqueles que com ela convivem.

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Resistência à Mudança (Por Geraldo Eustáquio de Souza )

Mudança assusta todo mundo! Não adianta negar ou fugir disso. Fomos treinados para a estabilidade, para as regras bem definidas, para a rotina bem estruturada, o tempo retilíneo uniforme, sem nenhuma surpresa ou variação.

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Infelizmente, a vida não é, nunca foi, assim tão certinha como querem os conservadores. Ainda mais em pleno século XXI, quando o império da tecnologia põe por terra a todo momento algumas das mais preciosas crenças e práticas, veneradas há séculos pela humanidade.

A EQUAÇÃO DA MUDANÇA

M = N – R Esta é a equação que eu uso para explicar o papel da resistência no processo de mudança. Na equaça, Mudança (M) é igual a Necessidade(N) menos Resistência(R). A partir daí, podemos tirar as seguintes conclusões: 1. A mudança só acontece quando a necessidade percebida (que gera vontade de mudar) é maior do que a resistência (equivalente a apego ou medo de perder) 2. Não haverá mudança, evidentemente, se a resistência for igual ou maior do que a necessidade. É verdade. Lulu Santos tem razão: Tudo muda o tempo todo no mundo. Portanto, é inútil resistir. O melhor é embarcar de cabeça na mudança e aproveitar cada "balançada da vida" para crescer e melhorar minha "performance" mais um pouquinho. Há muito tempo eu percebi que O OBJETIVO DA MINHA RESISTÊNCIA (de qualquer resistência!) É PRODUZIR DESISTÊNCIA. Eu resisto porque eu tenho medo. Resistir nada mais é do que insistir em ficar onde eu estou, ou seja, em desistir de mudar e crescer. Resistir à mudança é fugir do meu crescimento, negando a própria necessidade de crescer para lidar com as situações novas que a vida está me apresentando. Resistir é uma forma de esconder a minha fragilidade, a minha limitação, a minha incapacidade de acompanhar o movimento eterno da criação. Resistir é sobretudo uma forma de evitar, ao custo que for, seja de modo ostensivo ou de modo muito sutil, as mudanças e transformações - TRANSMUTAÇÕES - que eu preciso realizar para me realizar ou seja, para me tornar uma pessoa real, deixar de ser uma mera ficção.

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Ao "fugir do pau" da mudança, sempre eu justifico para mim mesmo que eu estou apenas me resguardando para não fazer besteiras, sendo prudente e cauteloso para não promover mudanças que acabem mais me prejudicando do que me ajudando a crescer, evitando embarcar cegamente em modismos passageiros... Mas no fundo o que eu estou fazendo é FUGINDO DOS MEUS DESAFIOS, REPRIMINDO MEUS IMPULSOS DE CRESCIMENTO, RECALCANDO MEUS DESEJOS, promovendo a minha própria ruína e infelicidade, aumentando progressivamente a minha incapacidade de me adaptar à vida e ao universo que não param de dar voltas à minha volta. As coisas nunca foram nada fáceis para quem resolve colocar em prática seus planos de crescimento e desenvolvimento pessoal. No momento em que eu decido implementar mudanças na minha vida, as resistências começam a surgir de todo lado – muitas vezes de gente que sempre esteve do meu lado. Ao contrário, os estímulos, que a gente precisa tanto nesses momentos de mudança, costumam ser muito limitados, comedidos e escassos. Na maioria das vezes, quem quer crescer tem que travar uma guerra solitária e muito desigual com pessoas que não apenas não querem mudar como também não querem que ninguém mude, que não suportam a idéia de ver gente mudando à sua volta. Como "gatos pesteados", que não bebem o leite nem deixam ninguém beber, essas pessoas tentam de todas as formas dificultar a vida de quem está crescendo, e muitos chegam mesmo a desistir de ir em frente por causa das suas investidas. Mas saber lidar com pessoas que não querem crescer é exatamente um dos mais importantes crescimentos, e um dos primeiros a ser buscados. Caso contrário, a tarefa de crescer pode ser abortada. Há um outro grande perigo a ser enfrentado: - é a nossa própria resistência à mudança "pegar carona" na oposição sistemática de outras pessoas ao nosso crescimento. Nesse caso, os outros passarão a justificar a minha própria preguiça e inércia em romper paradigmas e mudar meu comportamento.

DESCULPAS E JUSTIFICATIVAS MAIS COMUNS PARA EU NÃO MUDAR Eu já passei da idade (se eu fosse mais jovem...) Alegar um impedimento qualquer por questão de idade é na verdade uma grande mediocridade! Idade só é limite para alguma coisa quando eu próprio me deixo limitar.

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Em que pese uma pessoa de idade mais avançada não possuir o mesmo vigor físico ou agilidade mental de um jovem, nada impede que eu tente fazer no meu ritmo, do meu jeito, dentro dos meus limites e possibilidades. Vejo pessoas - não uma nem duas, mas uma montão - que deixam de fazer coisas que querem e podem só porque acham que não devem, única e exclusivamente em função da sua idade! Deixam de se divertir (dançar, por exemplo, é só para jovens, dizem), deixam de amar ("ficar", por exemplo, é só para jovens, afirmam com a convicção dos conformados...), deixam de usar esse ou aquele tipo de roupa (imagina um "velho" usando esse tipo de coisas!), deixam de estudar (eu não tenho mais cabeça para aprender...), deixam de querer produzir e progredir profissionalmente (estou só esperando pela minha aposentadoria...). Privar-me das coisas que eu quero, posso e gosto de fazer na vida por questão de idade é ainda uma grande auto-sacanagem, uma forma de me penitenciar por uma coisa que não é crime, mas um fato natural da vida: - envelhecer. É preciso combater duramente essa desculpa que faz com que muita gente se aposente mentalmente aos 18 e fique por aí (agora cada vez mais tempo, graças à ciência) ocupando espaço, parados no tempo e no espaço, e criticando, em tom amargo, quem continua a crescer, a despeito de qualquer limite de idade. O mundo é assim; não adianta querer mudar. Por trás dessa aparente resignação, existe uma grande covardia, um grande comodismo, que me leva a não tentar mudar nem ao menos o que está ao meu alcance e é da minha competência. Só porque as coisas se apresentam de uma certa maneira agora, não significa que elas tenham de ser assim para sempre. A maioria das situações que me incomodam foram criadas por gente, pessoas de carne e osso como eu. Portanto, podem ser também modificadas por pessoas de carne e osso, como eu. É claro que existem coisas muito difíceis de serem mudadas. Mas tudo começa com um pequeno passo, um pequeno empurrão, uma palavra, uma ação, um movimento. Exatamente o pequeno passo, o pequeno empurrão, a palavra, a ação, o movimento que está nas minhas mão realizar, aqui e agora. É o meu destino... Destino nada mais é do que um retrato que eu tiro do futuro e começo a viver em função dele. É muito confortável apoiar-me na idéia de que existe um destino por trás de cada coisa que acontece comigo. Nesse caso, eu não preciso fazer nada, eu não posso fazer nada, eu não tenho escolha, já que tudo na minha vida já está programado, devidamente escrito nas estrelas... Mas a tal "força do destino" é na verdade a força das minhas escolhas, das minhas ações e omissões, aqui e agora, no presente. Mas é inútil eu tentar me enganar. Minha vida é fruto das minhas escolhas e ações, dentro do total livre arbítrio que a Natureza me delegou. Para saber como será o meu amanhã basta eu olhar o que estou fazendo pelo meu hoje, hoje...

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O que é que vão pensar de mim? (o medo da reação das outras pessoas) Depois de usar essa desculpa por muito tempo, até ela ficar completamente esfarrapada, finalmente descobri a esperteza que existe por trás dela. Na verdade, o que os outros pensam de mim não é, nem nunca foi da minha conta (exceto na hipótese em que "os outros" sejam um juiz da vara de família ou um fiscal do imposto de renda...). Fora isso, pensar no que os outros pensam ou deixam de pensar ao meu respeito é imaginar que eu sou alguém de tamanha importância que os outros reservam boa parte dos seus pensamentos para me analisar e criticar. Ora bolas, quem me conhece? Além do mais, as pessoas andam tão preocupadas em saber o que as outras pessoas estão pensando delas mesmas que não lhes sobra tempo para pensar nada ao meu respeito... Assim, não é a minha alegada falta de tempo, de recursos e de oportunidades o principal obstáculo ao meu crescimento e desenvolvimento pessoal. O medo da reação das outras pessoas é de longe o principal freio a todos os meus projetos de mudança. Ninguém gosta de admitir isso, particularmente esses açucarados livros de auto-ajuda que povoam as estantes das livrarias com suas fórmulas de felicidade instantânea. Eu próprio já figurei inúmeras vezes na estatística dos que “abrem mão de crescer por medo da reação que os outros possam ter”. Para se ver livre da opinião e da oposição de terceiros as minhas melhores "receitas" sempre foram: 1. Manter o foco nas mudanças que eu quero realizar 2. Fortalecer ao máximo a minha auto-estima, de modo a poder ficar auto-centrado e contar comigo e com todo o meu apoio, nos momentos em que eu vier a ser vítima de qualquer tipo de "assédio moral" Enfim, a chave para me proteger das investidas alheias no meu território pessoal - particularmente críticas, opiniões e julgamentos devastadores - é me lembrar, sempre, que, eles queiram ou não, gostem ou não, eu continuarei a ser eu mesmo, com ou sem a aprovação deles. Ou, na imagem popular que há anos eu venho divulgando em minhas palestras, adotando a filosofia de cavalo em parada de 7 de setembro: - cagando, andando e sendo aplaudido (he, he, he)... Não há realmente nada que eu possa fazer... Embora haja situações e momentos em que eu realmente atinjo o limite das minhas possibilidades, na maioria das vezes eu sou capaz de fazer muito mais do que eu estou fazendo e do que eu estou pronto a reconhecer - até para mim mesmo - de que eu sou capaz. Aqui, novamente, é o medo que está por trás, ditando as regras. Medo de errar, medo de arriscar, medo de fazer e não dar certo, medo de dar com os burros n'água, da vaca ir pro brejo, essas coisas. O problema é que, a única maneira de eu saber se vai ou não funcionar é fazendo. Ação, por menor que seja, é a única solução contra resistência à mudança. Bons tempos foram aqueles... (feliz o tempo que passou, passou...) Viver "aqui e agora" é a mesma coisa que estar em sintonia com o presente, adaptado às circunstâncias que o presente me oferece, aqui neste momento, agora, neste lugar. Readaptar-me permanentemente às novas circunstâncias que o presente me oferece, em cada momento, em cada lugar, sempre exigirá algum tipo de mudança no meu comportamento, no meu estilo de vida. Recorrer à memória dos "bons tempos passados" é uma das minhas desculpas favoritas para adiar o máximo possível a incômoda tarefa de viver no presente, tendo de me readaptar a ele. O pior é que, nessas horas, a memória é altamente seletiva, sempre me mostrando o passado com lentes "cor-de-rosa", de modo a contrastar o máximo possível com as "coisas terríveis" que estão acontecendo no presente... O que justifica e aumenta ainda mais a minha

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resistência em mudar. Não vale a pena O medo de arriscar me manda dizer que "as uvas estão verdes", como na fábula de Esopo. Se eu acreditar pra valer na idéia que não vale a pena, terei poupado um mundo de esforços que, de outra forma, a mudança me exige. Mas até quando poderei permanecer comodamente instalado na minha "mesmice de sempre", dizendo, por exemplo, que "não vale a pena aprofundar meus conhecimentos em informática" ou "esforçar-me para dominar outro idioma"? Será mesmo que só a minha justificativa é capaz de segurar a minha barra? Bem que eu gostaria, mas não me deixam mudar... "Deus é testemunha da vontade que eu tenho e do esforço que eu faço para mudar, mas... (meu chefe, minha mulher, minha empresa, a cidade onde eu moro, o pessoal do meu prédio, minha família, meus vizinhos, etc, etc) NÃO ME DEIXAM MUDAR!" Não deixa de ser confortável pensar que eu estou fazendo tudo que eu posso para mudar e que são os outros que me impedem de fazer maiores progressos ou, pior, que não me deixam nem sair do lugar. Ainda que os outros tenham essa "extraordinária capacidade" de impedir o meu crescimento - o que é absolutamente falso - ainda assim eu continuo sendo o único responsável em administrar a minha vida e, portanto, em tomar decisões e empreender as ações de mudança que forem necessárias. Inclusive MUDAR DE "OUTROS", a partir do momento que eu constatar que os meu "outros" atuais estão sendo tamanho obstáculo ao meu progresso pessoal. Outro chefe, outra empresa, outra mulher (ou outro marido), outra cidade, outro prédio, outros "outros". Em qualquer hipótese, os outros são apenas um estímulo a mais para a minha própria resistência. Eu é que lhes dou corda, na esperança de que assim eu possa me sentir um pouquinho melhor e mais aliviado em relação à minha própria falta de coragem em mudar. (algumas pessoas vão se opor com todas as forças á sua mudança...)

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É a vontade de Deus que seja assim... Não há injustiça maior para com Deus dizer que ele é que não quer que eu mude, cresçam melhore, vá em frente, contribuindo cada vez mais e melhor com a obra que ele iniciou. Não acredito que Deus possa querer que eu fique parado, sofrendo, indeciso, chateado, angustiado, sem ver perspectivas. Um Deus que queira o meu mal, não é Deus, mas o diabo! Jogar nas costas de Deus a responsabilidade pelas coisas da minha vida é a mesma coisa que recusar a vida que Deus me deu. "Viva por mim e em meu lugar, Senhor", porque eu estou com muito medo de viver... É claro que existem espertalhões que se declaram "porta-vozes" do Senhor que se dispõem a "traduzir" em "regras"(feitas por eles, é claro) a "vontade" do Senhor. É tentador seguir esses malfadados profetas, sobretudo quando eles me seduzem chamando de "vontade de Deus" a minha preguiça, a minha falta de ânimo, a minha falta de entusiasmo, a minha falta de fé em Deus e na Vida... Aí eu me sinto realmente confortável e protegido em minha inércia, em minha pobreza existencial. Mas Deus não precisa de porta-vozes: - Ele fala comigo diretamente, o tempo todo, mesmo quando eu fico mais ou menos surdo ao que Ele está me dizendo. É preciso não confundir A MINHA FALTA DE VONTADE com a VONTADE DE DEUS.

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Não fica bem (ou "pega mal") Eis aí duas desculpas realmente esfarrapadas para não mudar. Elas são capazes como ninguém de justificar a minha "resistência" em tomar alguma providência que eu considero particularmente indigesta, que vai "afrontar" alguma ordem vigente, que vai desagradar esse ou aquele, que vai colocar em risco o meu "mundinho" organizado e bobo. Não fica bem ou pega mal quer dizer um não-dito muito forte: - esta mudança está "fora" dos padrões amplamente aceitos pela sociedade; ao faze-la, você corre o risco de ser rejeitado... Sendo assim tão "perigosa", o meu "bom senso" (que é sempre o do outro, como demonstrou Descartes...) imediatamente entra em cena, bloqueando por completo a ação de mudança que eu deveria desenvolver. E, é claro, justificando o bloqueio, para que eu não me sinta tão mal, como "estratégia de auto-preservação"... Agora o seguinte: qual é a mudança que NÃO vai contra alguma ordem instituída? Toda mudança é exatamente UMA ALTERAÇÃO DE ALGUMA ORDEM INSTITUÍDA, não tem outro jeito. Uma mudança que preservasse tudo como está seria uma "mudança que não muda nada", ou seja, uma falsa mudança. Assim é que, por medo de assumir qualquer tipo de conduta que VÁ CONTRA A ORDEM INSTITUÍDA eu acabo NÃO MUDANDO NADA EM MINHA VIDA, pois tudo que eu mudar de alguma forma irá sempre contra alguma ordem instituída. Fica bem e pega bem, sim, fazer tudo que estiver ao meu alcance para levar uma vida mais relevante, mais produtiva, mais criativa, mais livre, mais alegre, mais feliz. Portanto, vale a pena o esforço de assumir condutas diferenciadas da maioria, do amplamente aceito e já consagrado. Sócrates, Galileu, Ghandi ou até mesmo Mary Quant (a criadora da mini saia) prestaram um grande serviço à si próprios e a toda a humanidade quando se dispuseram a fazer isso. Afinal de contas, ninguém faz um bom omelete sem quebrar alguns ovos... Não tenho tempo A campeã absoluta de todas as desculpas e justificativas esfarrapadas. O poderoso não-dito atrás dessa inocente (e aparentemente tão justa e justificável) justificativa é "não tive vontade", "não estou a fim", "tenho coisas melhores para fazer", etc, etc. O pior é que o próprio justificador acaba acreditando tão convictamente na sua justificativa que realmente não encontra tempo na prática. A tática aqui é a seguinte: fazer tudo que não precisa ser feito de modo a ocupar o tempo todo e não sobrar tempo nenhum para fazer o que é preciso... Isso é muito difícil (não vou dar conta) O pior obstáculo é o que eu mesmo enxergo ou propositalmente coloco no caminho, a fim de justificar a minha incapacidade de seguir adiante. Mudança toma tempo, exige paciência e esforços, além de poder trazer aborrecimentos, transtornos e frustrações, às vezes até maiores do que as que eu já estou vivendo. O melhor mesmo é ficar quietinho no meu cantinho. Sendo muito difícil, eu jamais daria conta - e as pessoas, inclusive eu mesmo, me perdoarão "por eu ter tido a prudência" de nem sequer tentar... Esta é uma desculpa que pode funcionar e realmente funciona. Além de tudo, goza de um prestígio extra junto aos desavisados: - vem revestida da poderosa capa da humildade... Seu grande inconveniente, contudo, é que, para usá-la com freqüência, o justificador vai ter que manter sua auto-estima numa posição mais baixa do que "poleiro de pato"... Mas, como eu digo, passarinho que come pedra, sabe o cu que tem... Se eu tivesse mais dinheiro (quando eu tiver recursos) Como, teoricamente, a falta de dinheiro justifica tudo, esta sempre será uma adorável desculpa, capaz de comover até mesmo os mais empedernidos corações. No entanto, quando olho mais atentamente para a minha alegada "falta de grana", acabo descobrindo que a maior parte das coisas que preciso fazer INDEPENDEM de ter ou não

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dinheiro. Portanto, eu já podia estar fazendo. O discurso da falta de recursos se encaixa perfeitamente com a minha falta de coragem, com a minha indecisão, com a minha indisposição de pegar pra valer. Se os meus objetivos fossem realmente claros, se eu tivesse ao menos fixado prazos para tentar alcança-los, a falta de grana não precisaria ser usada como desculpa. Na verdade, todas as vezes que eu fiz isso, que eu fixei objetivos, prazos e priorizei projetos em minha vida, eu consegui ir adiante e atingir bons resultados, a despeito da falta de recursos. Que, aliás, nem deu pra notar. Eu quero pensar melhor antes de me decidir... Vamos deixar para um momento mais oportuno... Na vida, oportunidade e ameaça andam de braços dados, ou melhor, são a mesma coisa. Assim, se eu não enxergar a oportunidade logo adiante vou ver a ameaça, com todas suas garras afiadas e sua enorme boca aberta para me engolir. Se a minha resistência à mudança me obrigar a pensar e repensar um bilhão de vezes, quando eu tiver chegado à conclusão de se devo ou não aproveitar a oportunidade, ela já virou ameaça há muito tempo! O contrário de resistência à mudança é senso de oportunidade. Raramente a desculpa de "ter mais tempo para pensar melhor" ou "adiar para tempos melhores" representa na prática a posição de prudência com que ela vem revestida. Na maioria das vezes é apenas uma máscara para falta de disposição, de pulso, de ânimo, de coragem, para enfrentar a situação e decidir - aqui e agora. Quando eu não estou a fim de resolver a questão, quando minha insegurança é maior do minha esperança, a mudança não acontece. Isso aí eu já tentei várias vezes Dizer que eu já tentei alguma coisa muitas vezes dá "peso estatístico" à minha resistência, o que me confere autoridade suficiente para descartar a mudança que está sendo proposta. Em geral acontece de eu realmente ter tentado, mas apenas uma vez, e ter quebrado a cara ou então realmente muitas vezes, só que todas da mesma fracassada maneira, ou seja, cometendo os mesmos erros cometidos anteriormente. Segunda-feira eu começo, sem falta Essa é a desculpa típica de quando eu não estou a fim de começar o que me proponho, mas faço uma força danada para me convencer do contrário. Daí o adiamento providencial para a próxima segunda-feira, que é o dia em que tudo realmente começa (quando não é feriado, é claro...). Quando eu estou mesmo determinado a mudar, vou mudando, independente do dia da semana ou da hora do dia. Se eu tivesse alguém para me dar uma força... Quando eu estou realmente certo do que eu quero, não necessito de ninguém para empurrar. Eu caminho por minhas próprias pernas. É muito comum eu alegar que está me faltando o devido apoio quando, na verdade, o que me falta é decidir o que eu quero da vida e partir em busca disso, com os recursos que eu já tenho.

A PERIGOSÍSSIMA SEDUÇÃO DA SEGURANÇA O preço da segurança é a perda de liberdade de explorar o território sempre desconhecido e novo que é a VIDA, com suas infinitas escolhas e desafios. Aceitando as convenções e seguindo os modelos de vida socialmente aceitos e consagrados, você evita o risco e o trabalho (pesadíssimo!) de explorar e conhecer o seu próprio EU, de encontrar e de trilhar o seu próprio caminho. A segurança tenta me seduzir dizendo que o meu VAZIO INTERIOR, que a minha ALIENAÇÃO DE MIM MESMO, resultante do ABANDONO DA MINHA PRÓPRIA ESSÊNCIA, pode ser preenchido com bens materiais, títulos, fama, poder e grandes realizações. Não pode.

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CONHECIMENTO SEM AÇÃO NÃO É NADA...ENTÃO TENHA UMA GIGANTESCA...

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Motivação para a ação (Psiquiatra Afonso Aguilló)

"Merecem louvor os homens que em si mesmos encontraram o impulso, e subiram nos seus próprios ombros " (Séneca) Porquê essas diferenças? Em qualquer âmbito profissional, é fácil ver como há pessoas que sobressaem pela sua perseverança e dedicação ao trabalho, e isso faz com que superem outros colegas que possuem uma capacidade intelectual bastante mais elevada. Porque sucede isto? Porque é que uns conseguem manter esse esforço durante anos e outros não, ainda que o desejem? Quase todas as pessoas desejariam chegar a uma situação profissional mais elevada, e a maioria delas tem talento pessoal que sobra para o conseguir. Porque é que uns conseguem transformar esse desejo numa motivação diária que os faz vencer a inércia da vida, e outros, pelo contrário, não? Porque é que há crianças que estudam constantemente sem que pareça custar-lhes muito, e outros, pelo contrário, não há maneira de o fazerem, ainda que os castiguem, e que se lhes fale claramente, serenamente, das consequências que a sua preguiça lhes vai trazer? Parece claro que estamos a falar de algo que não é questão de coeficiente intelectual: É fácil verificar que as pessoas mais esforçadas e motivadas não coincidem com as de maior coeficiente intelectual.

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Há pessoas inteligentíssimas que são muito preguiçosas, e há pessoas de muito poucas luzes que mostram uma perseverança admirável. Porquê?

• - Será uma questão de força de vontade, suponho eu.

(Na foto abaixo um homem de 83 anos muito motivado...)

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Sim, mas falta uma motivação para pôr em andamento a vontade. Como assinalou o Senador Enrique Rojas, a partir da indiferença não se pode cultivar a vontade. Para se ser capaz de superar as dificuldades e os cansaços próprios da vida, é preciso ver cada meta como algo de grande e positivo que podemos e devemos conseguir. Por isso, nas pessoas motivadas sempre há "alguma coisa" que lhes permite obter satisfação onde os outros não a encontram; ou alguma coisa que lhes permite adiar essa satisfação (a maioria das vezes a motivação implica um adiamento, pois supõe sacrificar-se agora com o fim de conseguir mais tarde algo que consideramos mais valioso). Parece claro que nas pessoas motivadas há toda uma série de sentimentos e factores emocionais que reforçam o seu entusiasmo e a sua persistência perante os contratempos normais da vida. Mas sabemos também que os sentimentos nem sempre se podem produzir directa e livremente. A alegria e a tristeza não se podem motivar da mesma maneira que fazemos um acto de vontade. São sentimentos que não podemos governar como governamos, por exemplo, os movimentos dos braços. Podemos influenciar a alegria ou a tristeza, mas apenas de maneira indirecta, preparando-lhes o terreno no nosso interior, estimulando ou repelindo as respostas afectivas que vão surgindo espontaneamente no nosso coração. O sentimento da própria eficácia A fé de uma pessoa nas suas próprias capacidades tem um surpreendente efeito multiplicador sobre essas mesmas capacidades. Aqueles que se sentem eficazes recuperam mais depressa dos fracassos, não se perturbam demasiado pelo facto de que as coisas possam correr mal; pelo contrário, fazem-nas o melhor que podem e procuram a maneira de as fazer ainda melhor na vez seguinte. O sentimento da própria eficácia tem um grande valor estimulante, e vai acompanhado por um sentimento de segurança que alenta e conduz à acção. E não é um sentimento um pouco altivo? É certo que pode viver-se na sua versão arrogante, envolvido numa atitude de certo desprezo, ou até de temeridade. É verdade que há pessoas que parece que só estão contente, se conseguirem dominar os outros (e a essas pessoas o sentimento da sua própria eficácia pode levá-las a comportamentos hostis ou agressivos). Mas não são essas as atitudes a que nos referimos agora. Felizmente, a busca do sentimento da própria eficácia não tem que conduzir a um desejo de dominação dos outros. Tem outras versões mais construtivas, que levam a sentir-se dono de si mesmo, possuidor de qualidades que - como sucede com todas as pessoas - são irrepetíveis, a ver-se capaz de controlar a própria formação e o próprio comportamento. Como explicou José António Marina, os sentimentos fazem-nos a nós mesmos; são uma maneira de avaliar a nossa eficácia pessoal, a nossa capacidade para realizar tarefas e enfrentar os problemas; não são sentimentos maus, apenas intervêm como ingrediente decisivo em outros muitos sentimentos pessoais, sobretudo no que se refere á nossa relação com os demais. Nós, as pessoas, temos uma profunda capacidade de dirigir a nossa própria conduta. Prevemos as consequências do que fazemos, propomo-nos metas e fazemos valorizações sobre nós mesmos. E tudo isso pode ser estimulante ou paralizante,

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positivo ou negativo, construtivo ou autodestrutivo. A nossa inteligência será impulsionada ou perturbada por esses sentimentos, que constituem um campo de forças, animadoras ou depressivas, entre as quais há que abrir caminho a um comportamento inteligente.

• - Por que dizes abrir caminho?

Porque há bastante diferença entre dispor de uma determinada capacidade e ser capaz de chegar a utilizá-la. Por essa razão, pessoas distintas com recursos semelhantes - ou a mesma pessoa em distintas ocasiões - podem ter um rendimento muito diferente. O dia-a-dia requer uma contínua improvisação de habilidades que permitirão abrir caminho entre as diversas circunstâncias que se nos deparam, tantas vezes ambíguas, imprevisíveis e stressantes. Cada um lhes responde com sentimentos distintos, que o levam a uma retirada ou à constância, dependendo da ansiedade que produzam e da sua capacidade para a suportar. As pessoas temem - e por isso tentam evitá-las - aquelas situações que consideram acima das suas capacidades, e escolhem aquelas que são mais capazes de manejar. Por isso, a ideia que temos de nós mesmos condiciona em grande parte as nossas acções. Por exemplo, aqueles que se consideram pouco afortunados na sua relação com os outros, os que se menosprezam na sua capacidade de ganhar a amizade dos outros, ou as suas possibilidades de encarar o noivado, têm tendência para exagerar a gravidade tanto das suas próprias deficiências como das dificuldades exteriores que se lhes apresentam. E essa autopercepção de ineficácia ou incapacidade costuma ir acompanhada por um aumento daquilo a que poderíamos chamar medo antecipado, que facilita, por sua vez, o fracasso. Pelo contrário, quando o sentimento da própria eficácia é alto, o medo do fracasso diminui, e com ele as possibilidades reais de fracassar. A imagem reflecte A imagem que cada um tem de si mesmo é, em grande parte, reflexo daquilo que os outros pensam sobre nós; ou, melhor dizendo, a imagem que cada um tem de si mesmo é em grande parte o que queremos que os outros pensem sobre nós. Não podemos esquecer-nos, além disso, de que a imagem que alguém tem de si mesmo é uma componente real da sua personalidade, e que regula em boa parte o acesso à sua própria energia interior. E, em muitos casos, não só permite o acesso a essa energia, como inclusivamente cria essa energia. Como pode a imagem de si mesmo criar energia interior? É um fenómeno que pode observar-se claramente, por exemplo, nos desportos. Os treinadores sabem bem que, em determinadas situações anímicas, os seus atletas rendem menos. Quando uma pessoa sofre um fracasso, ou se encontra perante um ambiente hostil, é fácil que se sinta desanimado, desvitalizado, com falta de energia. Quando uma equipa de futebol joga com entusiasmo, os jogadores desenvolvem-se de uma forma surpreendente. Também isso acontece com os corredores de fundo, os ciclistas: podem estar no limite da sua resistência pelo cansaço de uma grande corrida, mas a aclamação do público ao dobrar uma curva parece pôr-lhes asas nos pés. A nossa energia interior não é um valor constante, mas depende muito do que pensamos de nós mesmos. Se me considerar incapaz de fazer algo, será extraordinariamente difícil que o faça, se é que chego a fazê-lo. Além disso, o caminho do desânimo tem também o seu poder de sedução, porque o derrotismo e o vitimismo se apresentam para muitas pessoas como algo realmente

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tentador.

A própria imagem tem um efeito decisivo na sua própria energia interior.

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E nisto também se adquire um hábito: o tom vital optimista ou pessimista, o ângulo favorável ou desfavorável com que vemos a nossa realidade pessoal, também é algo que em grande parte se aprende, algo em que qualquer pessoa pode adquirir um hábito positivo ou negativo.

• - E isto de pensar tanto na própria imagem não é um pouco narcisista?

O narcisista sofre porque não se ama a si mesmo, mas sim a toda a sua imagem, e dela acaba por ser um autêntico escravo. No momento de escolher entre si mesmo e a sua imagem, acaba na prática preferindo a sua imagem. E essa é a causa das suas angústias: uma atenção exagerada à sua figura tem como consequência uma falta de identificação e garantia em si mesmo. Optimismo: O grande motivador Matt Biondi, estrela da equipa de natação dos Estados Unidos nas Olimpíadas de 1988, Tinha muitas esperanças de igualar a proeza de Mark Spitz em 1972: ganhar sete medalhas de ouro. No entanto, Biondi ficou em terceiro lugar na primeira das suas provas, os 200 metros livres; e na prova seguinte, os 100 metros mariposa, foi de novo desterrado para um segundo lugar no sprint final. Os comentadores desportivos predisseram que aqueles fracassos desanimariam Biondi, que tinha partido como favorito em ambas as provas. Porém, e contra todas as expectativas, a sua reacção não foi de desânimo, mas sim de superação, pois ganhou a medalha de ouro nas cinco provas restantes. O optimismo é uma atitude que impede de cair na apatia, no desespero e tristeza perante as adversidades. Como assinalou Martin Seligman, o optimismo (um optimismo realista, compreenda-se, porque um optimismo ingénuo pode ser desastroso) influencia a forma como as pessoas explicam a si mesmas os seus êxitos e os seus fracassos. Os optimistas têm tendência a considerar que os seus fracassos se devem a algo que pode mudar, e por isso é mais fácil que na ocasião seguinte lhes saiam melhor as coisas. Em contrapartida, os pessimistas atribuem os seus fracassos a obstáculos que se consideram incapazes de modificar. Por exemplo, ante um insucesso, ou uma paragem laboral, os optimistas tendem a responder de forma activa e esperançada, procurando ajuda e conselho, vendo a boa direcção, procurando remover os obstáculos; os pessimistas, pelo contrário, consideram logo esses contratempos como algo quase irremediável, e reagem pensando que quase nada podem fazer para que as coisas melhorem, e não fazem quase nada. Para o pessimista, as adversidades quase sempre se devem a alguma deficiência pessoal insuperável ou a alguma conspiração egoísta e má dos outros. A questão chave é que se vá em frente quando as coisas se mostram frustrantes. O optimismo é muito importante na vida de qualquer pessoa; e na tarefa de educar poder-se-ia dizer que é imprescindível, pois a educação, de certa forma, pressupõe o optimismo, pois educar é crer firmemente na capacidade de o homem melhorar os outros e de se melhorar a si mesmo. Estilos Pessimistas e estilos Optimistas Há na actualidade indícios claros de que a predisposição para a depressão está a aumentar de modo preocupante entre os jovens. A tendência patológica para a autocompaixão, o abatimento e a melancolia aparecem cada vez com maior frequência e em idades mais jovens. Se bem que a tendência para a depressão tenha uma origem parcialmente genética,

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esta é potenciada por hábitos mentais pessimistas que, quando se dão, predispõem quem sofre deles a sentir-se abatido ante os pequenos contratempos da vida (problemas escolares, falta de entendimento com os pais, dificuldades nas suas relações sociais, etc. ). O que resulta mais revelador é que muitas das pessoas com tendência para a depressão estavam profundamente dominadas por hábitos mentais pessimistas antes de cair nela, e isto faz pensar que lutar contra esses hábitos é uma boa maneira de prevenir. Todos nós sofremos de fracassos que momentaneamente nos submergem numa situação de impotência ou desmoralização. Porque é que umas pessoas saem prontamente dessa situação, enquanto outras ficam fechadas nela como numa armadilha? Cada pessoa tem uma maneira para explicar e enfrentar os acontecimentos que a afectam. As pessoas pessimistas tendem a explicar os sucessos desagradáveis com razões de tipo pessoal (é culpa minha), com carácter permanente (há-de ser sempre assim) e projectando de forma expansiva sobre o futuro (isto vai arruinar a minha vida completamente). Com essa atitude, a sensação de fracasso já não é algo do passado e do presente, mas converte-se numa negra antecipação do futuro: tudo vai ser assim, por minha culpa e para sempre. As pessoas optimistas são totalmente opostas: há coisas que não dependem de mim, as más situações não vão durar sempre, nem ocupam toda a vida, apenas uma pequena parte dela. Que se pode fazer para passar de um estilo pessimista para um optimista? Não é uma pergunta simples, se bem que talvez a chave esteja em aprender a mudar um pouco a maneira de pensar, o estilo com que explicamos as coisas que nos afectam e a atribuição das causas do que nos sucede. Como dizia J. Escrivá de Balaguer, "não chegarás a conclusões pessimistas se te aperfeiçoares".

• - E pensas que esses estilos são de nascimento?

Se bem que sempre haja uma determinação genética dessa propensão optimista ou pessimista, influencia de modo decisivo a aprendizagem pessoal, e desde tenras idades. Por exemplo, um menino de sete anos terá uma maneira muito pessoal de explicar as coisas que lhe sucedem. Antes dessa idade, os meninos são sempre optimistas, razão pela qual não há depressões nem suicídios nos meninos mais pequenos (houve meninos de cinco anos que cometeram assassinatos, mas nunca atentaram contra a sua própria vida).

• - E o que é que determina essa forma de enfrentar as coisas?

Sobretudo, a maneira como os pais explicam cada coisa que sucede. Um menino ouve continuamente comentários sobre os acontecimentos da vida diária. As suas antenas estão sempre desdobradas, e sente um inesgotável interesse em encontrar explicações para as coisas. Busca com insistência os porquês. O pessimismo e o optimismo dos pais e irmãos é recebido pelo menino como se fosse a própria estrutura da realidade. Outro elemento decisivo é a maneira como os adultos - pais, outros familiares, os seus professores, a criada, etc. - valorizam ou criticam o comportamento das crianças. As crianças fixam muito, e não só o conteúdo da censura, mas também a forma como é feita. Por exemplo, é muito diferente se as reprimendas ou censuras se baseiam em causas permanentes ou em questões conjunturais. Se a um menino ou a uma menina se

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disse: "Disseste uma mentira", "Não estás a tomar atenção", "Estudaste pouco para este teste de Matemática", ou frases semelhantes, recebê-las-á como observações baseadas em descuidos ocasionais e específicos que pode superar. Em contrapartida, se se lhe disser habitualmente: "És um mentiroso", "Estás sempre distraída", "És muito má a matemática", etc., o menino ou a menina entenderá isso como algo permanente nele, e muito difícil de evitar. A forma de educar Dificulta ou favorece A motivação O mundo emocional de cada um dificulta ou favorece a sua capacidade de pensar, de sobrepor-se aos problemas, de manter com constância alguns objectivos. Por isso, a educação dos sentimentos estabelece um limite da capacidade de fazer render os talentos de cada um.

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Repressão sexual (Blog cama na rede)

Para Freud, o sofrimento humano tem três origens: a força superior da natureza, a fragilidade dos nossos corpos e a inadequação das normas que regulam as relações mútuas dos indivíduos na família, no Estado e na sociedade. O filósofo Bertrand Russel vê na repressão sexual graves prejuízos para a humanidade. A doutrina de que há no sexo algo pecaminoso é totalmente inadequada, causando sofrimentos que se iniciam na infância e continuam pela vida afora. Ele acredita que mantendo numa prisão o amor sexual, a moral convencional concorreu para aprisionar todas as outras formas de sentimento amistoso, e para tornar os homens menos generosos, menos bondosos, mais arrogantes e mais cruéis. Reich considera que as enfermidades psíquicas são a conseqüência do caos sexual da sociedade, já que a saúde mental depende da potência orgástica, isto é, do ponto até o qual o indivíduo pode se entregar e experimentar o clímax de excitação no ato sexual. Para ele, o homem alienou-se a si mesmo da vida e cresceu hostil a ela. Sua estrutura de caráter - refletindo uma cultura patriarcal milenar - é encouraçada, contrariando sua própria natureza interior e contra a miséria social que o rodeia. Essa couraça de caráter seria a base do isolamento, do desejo de autoridade, do medo à responsabilidade, do anseio místico e da miséria sexual. A unidade entre natureza e cultura continuará a ser um sonho enquanto o homem continuar a condenar a exigência biológica de satisfação sexual natural (orgástica). Numa existência humana ainda sujeita a condições sociais caóticas, prevalecerá a

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destruição da vida pela educação coerciva e pela guerra. O homem é a única espécie que não satisfaz à lei natural da sexualidade. A morte de milhões de pessoas na guerra seria o resultado da negação social da vida, que por sua vez seria expressão e conseqüência de perturbações psíquicas e somáticas da atividade vital. "O processo sexual, isto é, o processo expansivo do prazer biológico é o prazer vital produtivo per se", diz Reich. O neuropsicólogo James W. Prescott, do Instituto Nacional de Saúde Infantil e Desenvolvimento Humano, de Maryland, EUA, publicou em 1975 o resultado estatístico da análise de quatrocentas sociedades pré-industriais e comprovou algumas teses de Reich sobre o desenvolvimento humano e social. Ele concluiu que aquelas culturas que dão muito afeto físico a seus filhos e que não reprimem a atividade sexual de seus adolescentes são culturas pouco inclinadas à violência, à escravidão, à religião organizada - e vice-versa. Prescott afirma que uma personalidade orientada para o prazer raramente exibe condutas violentas ou agressivas e que uma personalidade violenta tem pouca capacidade para tolerar, experimentar ou gozar atividades sensualmente prazerosas.

Como a repressão se instala nas pessoas A repressão sexual é um fenômeno curioso, na medida em que algo meramente biológico e natural sofre modificações quanto ao seu sentido, à sua função e à sua regulação quando é deslocado do plano da Natureza para o da Sociedade, da Cultura e da História. Entretanto, a repressão não é apenas algo que vem de fora, submetendo as pessoas. As proibições e interdições externas são interiorizadas, convertendo-se em proibições e interdições internas, vividas sob a forma de vergonha e culpa. Marilena Chauí, em seu livro Repressão Sexual, considera que a repressão sexual será tanto mais eficaz quanto mais conseguir ocultar, dissimular e disfarçar o caráter sexual daquilo que está sendo reprimido. Nossos sentimentos poderão ser disfarçados, ocultados ou dissimulados, desde que percebidos ou sentidos como incompatíveis com as normas, os valores e as regras da nossa sociedade. Quando a repressão é bem-sucedida, já não é sentida como tal e a aceitação ou recusa por um determinado tipo de comportamento é vivido como se fosse uma escolha livre da própria pessoa.

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Por que tanta repressão? O sexo, como os demais elementos da condição humana, sempre foi usado para o controle dos povos por suas elites políticas. Como fonte de prazer, o sexo dos escravos pertenceu sempre aos seus proprietários. Sendo o escravo uma res (coisa, em latim) ele era objeto de uso de seu senhor. Essa é mais antiga e, até nossos dias, a mais praticada repressão que o sexo sofre: a sua reificação, coisificação. Sendo a via natural da reprodução humana, o sexo é reprimido com a dupla função: controlar o prazer e os lucros dele provenientes através da industria do erotismo e da pornografia, e manter sob vigilância as proles, a natalidade, os exércitos de reserva para o trabalho e a guerra, e a mulher.

Desde quando? O sexo sempre teve destaque na história da humanidade. Dependendo da época e do lugar, foi glorificado como símbolo de fertilidade e riqueza, ou condenado como pecado. A condenação do sexo surgiu com a instituição do sistema patriarcal, há 5000 anos, restringindo-se, no início, às mulheres, para dar ao homem a certeza da paternidade. Antigüidade Na Grécia antiga o sexo era reprimido na própria divisão de sua prática. O prazer ficava com os homens, que usufruíam dos mais jovens (efebos), protegidos sob a tradição de ensinar-lhes. Esses mesmos jovens exerceriam essa repressão sobre outros jovens quando se tornassem adultos. As mulheres eram divididas entre as esposas, que não tinham voz e cujo sexo prestava-se à reprodução, as concubinas, mulheres independentes com quem os homens conversavam, e as cortesãs, usadas para o prazer, em troca de dinheiro ou favores.

Horror ao sexo No cristianismo a repressão sexual generalizou-se. O padrão moral tornou-se, em tese, o mesmo para homens e mulheres, embora na prática houvesse maior condescendência para com o homem. A idéia do homem como superior à mulher em todos os sentidos foi absorvida pelas leis e costumes das antigas civilizações do Oriente Próximo. A mulher se tornou primeiro propriedade do pai, depois do marido e em seguida do filho. Quando a Igreja Cristã, solidamente baseada em fundações hebréias, tomou conta do mundo ocidental como sucessora de Roma, os relacionamentos social e sexual ficaram fossilizados no âmbar do costume hebreu antigo. Aos preconceitos do Oriente Próximo os pais da Igreja acrescentaram os seus. O sexo foi transformado em pecado e a homossexualidade em um risco para o Estado. Para os padres da Igreja o sexo era abominável. Argumentavam que a mulher (como um todo) e o homem (da cintura para baixo) eram criações do demônio. O sexo era "uma experiência da serpente" e o casamento "um sistema de vida repugnante e poluído".

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Um enigma muito estranho Lionel Tiger, autor de A busca do prazer, considera a repressão sexual um enigma muito estranho. Todos sentimos prazer com estímulos sexuais e com a própria sexualidade. "Por que será então que por toda parte, e praticamente o tempo todo, há sempre alguém preocupado em restringir essa sexualidade?" Ele argumenta, que os políticos, por exemplo, prosperam quando investem contra a sexualidade libertina, real ou imaginária, de seus concidadãos. Progridem na carreira e conseguem votos quando se oferecem para restringir essa pretensa licenciosidade em nome da moral. Ao mesmo tempo são censurados e correm o risco de ter sua carreira política interrompida se são flagrados entregues aos prazeres do sexo. Edward Kennedy, Gary Hart, John Towers, Earl Long, John Profumo, Andreas Papandreou e muitos outros foram vítimas da indignação popular. "Mas por que haverá a ralé de se ressentir das atividades sexuais de seus líderes? Por que se preocupar? Será que todo mundo é um censor em potencial? E, inversamente, na medida em que o sexo dá prazer, por que desejariam os detentores de poder restringir este prazer entre seus subordinados, tanto na vida privada quanto em expressões abstratas como filmes, quadros e livros?", pergunta Tiger. Ao contrário dos artistas gregos e romanos, que consideravam o nu masculino como exemplo da perfeição humana, após o cristianismo o nu das obras de arte passou a causar constrangimentos. Antes de ser exibidas para o público, as estátuas tinham seus órgãos genitais tapados, ou o pênis quebrado com um martelinho especial. O Davi, de Michelangelo, antes de ser exibido em Florença em 1504, recebeu uma folha de figueira, só retirada em 1912. Tiger se pergunta, ainda, o que haverá de errado no prazer sexual, se as pessoas chegarem ao trabalho na hora, obedecerem aos sinais de trânsito e não abusarem do bem-estar e da dignidade alheia.

As idéias de Marcuse A proposição de Sigmund Freud, segundo a qual a civilização se baseia na permanente subjugação dos instintos humanos, foi aceita como axiomática. O sacrifício metódico da libido, a sua sujeição rigidamente imposta às atividades e expressões socialmente úteis, é cultura. Contudo, o progresso intensificado parece estar vinculado a uma igualmente intensificada ausência de liberdade. E a repressão é mantida, inclusive, com tanto mais vigor quanto mais desnecessária se torna. O conflito entre princípio do prazer e princípio da realidade será irreconciliável num grau tal que necessite a transformação repressiva da estrutura instintiva do homem? Ou permitirá um conceito de civilização não-repressiva? A hipótese de uma civilização não-repressiva tem de ser teoricamente validada, primeiro, demonstrando-se a possibilidade de um desenvolvimento não-repressivo da libido, nas condições de civilização amadurecida. Há a possibilidade de uma sublimação não-repressiva. Entretanto, sob o princípio de realidade estabelecido, ela só pode aparecer em aspectos marginais e incompletos; sua forma totalmente desenvolvida seria a sublimação sem dessexualização. As relações de trabalho, que formam a base da civilização e, assim, a própria civilização seriam "apetrechadas" pela energia instintiva não-dessexualizada. Uma transformação na estrutura instintiva (como a do estágio pré-genital para o genital) acarreta uma mudança no valor instintivo da atividade humana,

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independentemente de seu conteúdo. Por exemplo: se o trabalho for acompanhado por uma reativação do erotismo polimórfico, pré-genital, tenderá a tornar-se gratificador em si mesmo, sem perder o seu conteúdo de trabalho. Ora, é precisamente tal reativação do erotismo polimórfico que se manifesta como a consequência da conquista da escassez e alienação. A transformação do trabalho em prazer é a idéia central da gigantesca utopia socialista de Fourier. Se Prometeu é o herói cultural do esforço laborioso, da produtividade e do progresso através da repressão, então os símbolos do outro princípio de realidade devem ser procurados no pólo oposto. Orfeu e Narciso (como Dioniso, com quem são aparentados: o antagonista do deus que sanciona a lógica da dominação, o reino da razão) simbolizam uma realidade muito diferente. A imagem deles é a da alegria e da plena fruição; a voz que não comanda mas canta; o gesto que oferece e recebe; o ato que é paz e termina com as labutas de conquista; a libertação do tempo, que une o homem com deus, o homem com a natureza. A oposição entre homem e natureza, sujeito e objeto, é superada. A canção de Orfeu pacifica o mundo animal, reconcilia o leão com o cordeiro, e o leão com o homem. Essa libertação é obra de Eros.

Descomplicando o sexo Todo xingamento ou palavra que expressa ódio ou desprezo a alguém geralmente contém um significado sexual. Principalmente quando se trata de ofensa grave, e as palavras usadas costumam vir acompanhadas de atos agressivos. É assim que, desde cedo, as crianças aprendem a associar sexo a algo sujo, perigoso. E dentro das famílias essa idéia ainda ganha um reforço. Por conta de todos os preconceitos, se vive como se não existisse sexo, e ninguém fala com tranqüilidade sobre o assunto. Sem ser percebida, a repressão sexual vai se instalando e condiciona o surgimento de valores e regras para controlar o exercício da sexualidade. Tudo isso passa a ser visto como natural, fazendo parte da vida. Quando a repressão é eficiente, deixa de ser percebida como tal e a aceitação de um determinado tipo de comportamento, ou sua recusa, é vivida como uma livre escolha da própria pessoa. Esse é o verdadeiro perigo e a causa de tantos sofrimentos. A repressão sexual é um enigma estranho e paradoxal. Se todo ser humano sente prazer com estímulos sexuais, por que então, o tempo todo e em toda parte, sempre existe alguém tentando restringir a liberdade sexual das pessoas? Uma explicação possível está no fato de que, quanto mais se vai ampliando e aprofundando a vida sexual, com mais coragem, vontade e decisão se vai vivendo. Transgredir e contestar

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as regras impostas pode, portanto, tornar as pessoas 'perigosas'. A lei natural da sexualidade não se aplica à espécie humana. O sexo é mostrado como tão ameaçador que várias expressões são usadas para revelar os riscos que contém: sentir 'dor' de amor, 'cair' de amores, 'morrer' de amor. No encontro entre um homem e uma mulher a coisa se complica ainda mais. É quase impossível uma relação de verdadeira confiança. Durante muito tempo a mulher foi vista como propriedade do homem, por isso se diz que o homem 'possui' a mulher e que esta se 'entrega' a ele. Ora, possuir é uma honra e entregar-se, uma humilhação. Assim, a mulher foi desenvolvendo uma atitude negativa em relação ao ato sexual. Como para muitos homens a conquista é mais prova de virilidade que experiência amorosa, fica mais fácil entender as razões da desconfiança feminina. Contudo, o sexo sempre teve destaque na história da humanidade. Dependendo da época e do lugar, foi glorificado como símbolo de fertilidade e riqueza, ou condenado como pecado. A condenação surgiu com o patriarcado, há 5000 anos. No início se restringia às mulheres, para dar ao homem a certeza da paternidade. Mais tarde, no cristianismo, a repressão sexual se generalizou e o padrão moral se tornou, pelo menos em tese, o mesmo para homens e mulheres. Toda essa censura, que colocou as pessoas em guerra contra o prazer e o próprio corpo, transformou algo meramente biológico e natural na maior fonte de conflitos humanos. Embora nos últimos 40 anos a moral sexual tenha sofrido grandes transformações, no inconsciente os antigos tabus ainda persistem. O sexo continua sendo um problema complicado, com muitas dúvidas. A maioria das pessoas dedica um tempo enorme de suas vidas às suas fantasias, desejos, vergonhas, medos e culpa. Não é de admirar que tanta gente renuncie à sexualidade ou que a atividade sexual que se exerce na nossa cultura seja de tão baixa qualidade. Na maioria das vezes ela é praticada como uma ação mecânica, rotineira, desprovida de emoção, com o único objetivo de atingir o orgasmo o mais rápido possível. Resulta daí ser o desempenho bastante ansioso, podendo levar a um bloqueio emocional e a vários tipos de disfunção, como impotência, ejaculação precoce, ausência de desejo e de orgasmo, sem falar nos casos mais graves de enfermidades psíquicas. É preciso descomplicar o sexo.

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Por que o sexo é reprimido Quantas vezes você ouviu uma amiga afirmar que não foi a um motel com um homem porque não sentiu vontade? Ou um amigo dizer que não está a fim de sair com determinada mulher, quando no fundo o medo é de falhar? Você acredita mesmo no que as pessoas falam sobre seus desejos sexuais? Eu não. Embora alguns pensem o contrário, o sexo é ainda tão reprimido, tão cheio de tabus e preconceitos, que ninguém tem muita clareza do que realmente gosta ou deseja. O maior perigo da repressão sexual é quando, de tão bem-sucedida, não se percebe sua existência. Através da educação os valores e as proibições sociais são assimilados de tal maneira que, depois de internalizados, se expressam sob a forma de culpa e vergonha. A linha de comportamento adotada pela pessoa passa a ser aceita como decorrente da sua livre escolha. E a idéia de que há no sexo algo de pecaminoso é absurda, causando sofrimentos que se iniciam na infância e continuam pela vida afora. Não podia ser de outro jeito, o ser humano é a única espécie que insiste em não seguir à lei natural da sexualidade. Ao contrário de outros lugares, em que alcançar o máximo de satisfação no sexo é importante, a nossa cultura judaico-cristã valoriza mais o sofrimento, considerado-o uma virtude. O prazer é visto com maus olhos. Se você quiser comprovar, basta fazer uma experiência. Quando chegar amanhã ao trabalho, conte uma desgraça, daquelas bem cabeludas. Diga como está sofrendo e como viver é difícil. Garanto que todos vão se mobilizar, ficar ao seu lado, tentando ajudar de todas as maneiras. Daqui a uma semana, faça o oposto. Conte como está feliz, diga que teve uma noite maravilhosa, de intenso prazer sexual. Mas se prepare. Seus colegas vão tentar disfarçar, mas se afastarão com risinhos irônicos e passarão a te olhar diferente, de um jeito meio crítico. Entretanto, existem situações em que os efeitos da repressão da sexualidade provocam distorções bem mais dramáticas. Há muito tempo presenciei um fato jamais esquecido. Uma americana casada com um brasileiro morava no Rio com um casal de

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filhos nascidos aqui, mas com dupla nacionalidade. Uma vez a encontrei desesperada porque a filha de 20 anos deixara de ser virgem. Meses depois soube que ela estava feliz e orgulhosa porque o filho de 18 anos decidira se alistar nas forças armadas americanas para lutar na guerra do Vietnã. Eu era muito jovem, mas desde cedo uma questão passou a me atormentar: que sociedade é essa que aceita a violência e repudia o prazer? Práticas sexuais constituem fonte de prazer para todos nós. Qual a razão de existir, em qualquer momento ou ocasião, alguém empenhado em limitar ou refrear a sexualidade? James W. Prescott, respeitado neuropsicólogo e pesquisador americano, concluiu que uma personalidade orientada para o prazer raramente exibe condutas violentas ou agressivas e que uma personalidade violenta tem pouca capacidade para tolerar, experimentar ou gozar atividades sexualmente prazerosas. W. Reich, profundo estudioso da sexualidade humana na primeira metade do século, vai mais longe ainda. Ele afirma que a repressão sexual da criança torna-a apreensiva, tímida, obediente, "simpática" e "bem comportada", produzindo indivíduos submissos, com medo da autoridade. O recalcamento - resultado da interiorização da repressão sexual - enfraquece o 'Eu' porque a pessoa, tendo que constantemente investir energia para impedir a expressão dos seus desejos sexuais, priva-se de parte de suas potencialidades. Portanto, conclui Reich, o objetivo da repressão sexual consiste em fabricar indivíduos para se adaptar à sociedade autoritária, se submetendo a ela e temendo a liberdade, apesar de todo o sofrimento e humilhação de que são vítimas. Acho que isso explica por que as pessoas preferem tomar tanto Lexotan e Prozac ao invés de ousar pensar e viver de forma diferente.

A ilusão do sexo livre Muita gente pensa que hoje o sexo é livre. Afinal, ele está em toda parte. A quantidade de programas de TV com apelos sexuais seria a prova incontestável disso, entretanto, na vida de cada um liberdade sexual é objetivo difícil de ser atingido. O sexo é alvo da maior perseguição na área dos costumes e fonte de grandes sofrimentos. Todos se reprimem e estão sempre prontos a criticar o outro por sua conduta sexual. As pessoas padecem por conta das próprias fantasias, desejos, culpas, medos e frustrações sexuais. Reich tinha razão quando denunciou a miséria sexual das pessoas. Ele lutou a vida inteira, apesar dos ataques sofridos, para convencer a todos de que a sexualidade, quando expressa de modo adequado, é a nossa principal fonte de felicidade. E quem é feliz está livre da sede de poder. Ele dizia que, se alguém tem a sensação de uma vida viva, alcança uma autonomia que se nutre das potencialidades do eu. Em vez da sexualidade dirigida, da sexualidade que procura beliscar o traseiro de todas as empregadas domésticas, diz ele, as pessoas se tornariam abertamente felizes em seu amor. Influenciado por essas idéias, surgiu no final da década de 60 um movimento de contracultura, que propunha uma cultura erótica onde se pudesse, através da experiência sexual, abrir nova perspectiva para o espírito. O que aconteceu então? O escritor Luiz Carlos Maciel, que viveu intensamente essa época, acredita que o sistema conseguiu anular os esforços desse movimento, reprimindo, absorvendo e distorcendo seus objetivos. E o golpe de mestre na aniquilação da liberdade sexual que se esboçava foi, em todo o Ocidente, a liberação da pornografia. "Vocês querem sexo?...Então vão ter." A partir daí passamos a ser bombardeados por um sexo obsceno, sujo, impessoal, de baixo nível. Essa estratégia se mantém, impedindo a verdadeira liberação da sexualidade. Controlar a sexualidade das pessoas significa controlar as pessoas. Esse processo se

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inicia na infância e continua por toda a vida. Os valores repressores são absorvidos de tal forma que, não percebendo sua existência, as escolhas pessoais, predeterminadas no inconsciente, assumem aparência de escolhas livres. Esse é o grande perigo da repressão sexual e o principal motivo da baixa qualidade do sexo praticado. Gaiarsa afirma que quanto mais a pessoa amplia, aprofunda e diversifica sua vida sexual, mais corajosa se torna. Vive com mais vontade, mais alegria, esperança e decisão. Pode vir a representar perigo do ponto de vista da ordem estabelecida. Por ser arriscado, a maior parte das pessoas renuncia à sexualidade e fica quieta no seu canto e vai se apagando de vida, de corpo e de espírito. Para a maioria o sexo está a serviço de outros objetivos. Mas é inegável que, apesar de tudo, algumas pessoas conseguem romper com a repressão e alcançam a autonomia para buscar no sexo a única coisa que ele pode oferecer: prazer sexual.

A repressão hoje

No Ocidente, o corpo é visto como inimigo do espírito. Há uma expectativa de que todos se sintam culpados e envergonhados por causa dos seus órgãos sexuais e suas funções. Morris Berman afirma que os ocidentais perderam o próprio corpo. Estando fora de contato com a verdadeira realidade somática, há uma tentativa de afirmação através de satisfações como sucesso, fama, auto-imagem, dinheiro etc. E mesmo fora do corpo observa-se uma preocupação paradoxal com o corpo e sua aparência. Tenta-se melhorá-lo com maquiagem, roupas, cirurgia plástica, alimentos naturais, vitaminas e exercícios. "Podemos entender a nossa obsessão por sexo como proveniente da ausência da verdadeira sexualidade: o ritmo autêntico do desejo sexual e sua expressão espontânea como parte do todo da nossa condição corporificada. Não confiamos no corpo, por isso o vigiamos constantemente como se fosse uma coisa separada de nós. Daí o fato de conseguirmos executar o ato sexual sem estarmos

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presentes de fato", diz Berman.

Sexo de baixa qualidade A baixa qualidade do sexo praticado na nossa cultura deriva-se também da moral sexual instituída pelo patriarcado. A mulher sempre foi vista como propriedade do homem, por isso considera-se que o homem possui a mulher e que esta se entrega. Como possuir constitui uma honra e entregar-se uma humilhação, a mulher desenvolveu uma atitude negativa em relação ao ato sexual, o que é reforçado pela educação autoritária. Para a maior parte dos homens, possuir uma mulher constitui muito mais uma prova de virilidade do que uma experiência amorosa; a conquista, tornando-se mais importante que o amor, justifica a atitude da mulher. Na sociedade ocidental o sexo é na maioria das vezes praticado como uma ação mecânica, rotineira, desprovida de emoção, com o único objetivo de atingir o orgasmo o mais rápido possível. Setenta e cinco por cento dos homens ejaculam menos de dois minutos depois de introduzir o pênis na vagina e muitos, depois disso, viram para o lado e dormem. Enquanto isso, a maioria das mulheres não tem orgasmo e se desilude com a objetividade sexual do homem. Resulta daí ser o desempenho sexual bastante ansioso, podendo levar a um bloqueio emocional e a vários tipos de disfunção como a impotência, a ejaculação precoce, as disfunções do desejo e a ausência de orgasmo. Entretanto, "quase todos os homens e mulheres sabem que são capazes de conseguir muito mais da própria vida sexual do que se permitem sentir; sabem também que no prazer sexual e nos jogos de amor existe um espaço imenso onde podem crescer e se desenvolver desde que encontrem tempo, energia, coragem e honestidade para partir em busca desse desenvolvimento". Hoje, no final do século XX, com o questionamento do sistema patriarcal por homens e mulheres, começam a despontar novas formas de viver a sexualidade. Cada vez um número maior de pessoas busca o prazer através de relações sexuais mais livres, respeitando o próprio desejo e o modo mais satisfatório para os envolvidos. O mundo entra no terceiro milênio ainda sofrendo da doença da repressão sexual. Vivemos bem melhor do que nossos antepassados gregos, ingleses, franceses, mas muito ainda falta ser feito. O caminho, parece estar provado, é o da conscientização. A identificação de sexo com prazer e a identificação de prazer com saúde física e mental no pleno uso do corpo. Gaiarsa resume a perspectiva do real prazer sexual quando afirma que: "Só seremos sexualmente satisfeitos no dia que pudermos ter relações sexuais QUANDO tivermos vontade, COM QUEM tivermos vontade, DO MODO que for melhor - para MIM e para ELA - aqui e agora."

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VOCÊ É UM HOMEM HISTERICO?? (Blog Boa Saúde)

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Conhecem-se relatos de quadros de histeria desde os primórdios da humanidade, podendo-se citar como exemplo os relatos presentes em documentos egípcios, escritos há 4 mil anos. Esse documento descreve casos de mulheres que apresentavam diversos sintomas associados, geralmente dores por todo o corpo, associadas à incapacidade de caminhar e até mesmo abrir a boca. Na antiguidade, atribuía-se como causa alguma alteração uterina. Acreditava-se que, devido ao descaso por parte do parceiro ou por fatalidade do destino, o útero deslocar-se-ia no interior do corpo da mulher, afetando o funcionamento dos outros órgãos e causando os sintomas. Por isso o nome "histeria", derivado do grego "hyster", que quer dizer útero. Hipócrates, o pai da medicina, já falava sobre a histeria, entre as doenças das mulheres. Ele também acreditava na hipótese da movimentação do útero pelo organismo feminino, e o tratamento que ele recomendava era o mesmo indicado pelos egípcios: inalação de vapores e fumaças produzidas pela queima de produtos exóticos (que exalavam mau cheiro) e manobras físicas com o objetivo de fazer o útero retornar ao local. Interessante notar que, naquela época, esses quadros eram muito associados à abstinência sexual, de forma que em casos mais complicados, era indicada a introdução de uma espécie de "consolo" embebido em substâncias perfumadas, na vagina da mulher. Para a prevenção da histeria, recomendava-se a prática de relações sexuais. Como as pacientes histéricas foram vistas ao longo da história? Durante a Idade Média, as pacientes com quadros histéricos começaram a ser identificadas como "bruxas", sendo que muitas pacientes foram assassinadas com base nessa suposição. O quadro de histeria era associado à conjunção com os demônios. Na época foi até publicado um livro (o "Martelo das Bruxas"), o qual orientava os inquisidores a diagnosticar e castigar tais mulheres. Existe uma personalidade histérica? Quando se fala em personalidade, refere-se à maneira como a pessoa vive e se relaciona com o meio ao seu redor. Existem características que, às vezes, podem ser destacadas como marcantes e específicas em cada pessoa, permitindo a classificação de sua personalidade. Quando existe apenas a característica, falamos em "traço de personalidade". Quando essa característica prejudica a forma como a pessoa age e reage frente ao mundo, falamos em "transtorno de personalidade". O paciente histérico caracteriza-se, geralmente, por apresentar um traço denominado "histriônico". Essa palavra estranha significa teatralidade. Assim, esse paciente costuma ter comportamento afetado, exagerado e exuberante, como se estivesse representando um papel. A pessoa é extrovertida, dramática e eloqüente; busca sempre chamar a atenção e seu comportamento varia de acordo com as reações das pessoas ("a platéia").

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Eles costumam apresentar emoções exageradas, apresentam acessos de mau humor, choro e acusações, quando deixam de ser o centro das atenções. No início as pessoas costumam se encantar por esse indivíduo, mas a necessidade de ser sempre o centro das atenções acaba minando essa admiração. Os homens apresentam histeria? Como vimos, desde a origem da palavra histeria, a doença sempre foi considerada exclusiva das mulheres. Era um dos maiores absurdos falar em histeria masculina. Além disso, a histeria era ligada à fraqueza moral da mulher, à sua incapacidade de mentir, sua imaturidade e necessidade de chorar e chamar a atenção e aos seus caprichos. Chegou-se a escrever que a histeria seria um componente essencial da natureza feminina. Atualmente, porém, a histeria deixou de ser encarada como desordem resultante de "irritação" uterina, passando a representar um distúrbio da mente. Por isso, pode-se falar em histeria masculina. No entanto, o estigma ainda existe, e o homem histriônico costuma apresentar quadros atípicos de histeria, de forma que muitas vezes o diagnóstico realizado é outro. Sabe-se que, nos homens, a existência de um evento traumático que desencadeie a crise é essencial. O homem histriônico, além dos sintomas típicos apresentados pelas mulheres, costuma ter preocupações com doenças cardíacas, vertigens e dores pelo corpo, além de preocupação com a aparência, o modo de falar e de se vestir. Costuma ser tão sedutor quanto a mulher histriônica. Quais as características de uma crise de histeria? A histeria é encarada como uma neurose, podendo manifestar-se com sintomas diversos, estranhos, muitas vezes transitórios. Frequentemente, os pacientes apresentam alterações das sensações, como cegueira, surdez, perda da voz, dores ou perda de sensibilidade (anestesia) em determinados locais. Outras queixas comuns são: dores de cabeça (até mesmo crises de enxaqueca), contrações da musculatura, dificuldade para caminhar, abrir a boca, elevar os braços, etc. De uma forma geral, os sintomas que o paciente apresenta são muito influenciados pelo seu meio cultural, já que esses indivíduos costumam ser muito sugestionáveis. Assim, embora a doença seja involuntária (o paciente não controla o surgimento dos sintomas), parece que existe um componente intencional inconsciente. Vale lembrar que esses pacientes não costumam aceitar que existe um componente emocional no surgimento do quadro, atribuindo os sintomas apenas a alterações orgânicas que ele acredita existirem de verdade. Existe associação entre histeria e depressão? Essa associação é cada vez mais reconhecida, e estima-se que aproximadamente 38% dos pacientes histéricos apresentem também o diagnóstico de transtorno depressivo. Sabe-se que os indivíduos histéricos, para desenvolver as crises, necessitam de vivências emocionais significativas, ou seja, precisam passar por situações/eventos que tragam grande ansiedade/estresse/sofrimento. Como os pacientes com depressão apresentam maior sensibilidade às dificuldades encontradas ao longo da vida, vivenciando os conflitos de forma mais dolorosa, eles tendem a reagir com sentimentos mais fortes. Assim, temos a combinação perfeita para o desenvolvimento das crises de histeria.

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O SENTIMENTO DE CULPA CRIOU A PATOLOGIA HUMANA (Osho) LIVRE-SE DA CULPA:

A culpa foi uma das estratégias básicas dos clérigos para explorar as pessoas POR QUE ME ENTREGAR À FLUIDEZ NATURAL DA VIDA FAZ-ME SENTIR CULPADO(A)? POR FAVOR FALE SOBRE A CULPA. É A CULPA QUE FAZ COM QUE A FLUIDEZ NÃO TENHA ATRATIVOS? A CULPA É UM DOS MAIORES PROBLEMAS que todas as pessoas devem ter que encarar. O passado inteiro da humanidade foi construído sobre a culpa. E cada geração vai passando suas doenças à nova geração. E elas vão se tornando, naturalmente, cada vez maiores. Elas se acumulam com cada geração. E cada nova geração é mais sobrecarregada que a anterior. Mas a culpa foi uma das estratégias básicas dos clérigos para explorar as pessoas. O padre, a freira, os sacerdotes, pastores, bispos não podem existir sem a culpa. Quando você se sentir culpado, lembre-se, o clérigo está ao seu redor. Quando você se sentir culpado, lembre-se, as mãos dos clérigos, estão ao redor do seu pescoço -elas estão batendo em você. A culpa é uma estratégia para explorar as pessoas e transformar as

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pessoas em escravas. Tente entender o mecanismo disto. Só esta compreensão o ajudará a sair disto. O que é a culpa, exatamente? Primeiro: é uma condenação da vida; é uma atitude de negação da vida. Foi dito a você que algo está basicamente errado com a vida; foi dito a você que você nasce como um pecador. Foi dito que nada de bom pode sair da vida ou de você ou de qualquer outra pessoa. Nada de bom é possível nesta terra! O bem é só de Deus. E você tem que encontrar um salvador -- um Cristo, um Krishna, um Buda -- você tem que encontrar um salvador que pode lhe salvar de você mesmo que pode levá-lo a Deus. A vida não vale viver -- evite viver! se você viver, você pecará mais e mais -- a vida é pecado. Evite a vida. Retire seu ser da vida. E sempre que você se sente atraído(a) para a vida, a culpa surge. Você começa a ter o sentimento que você vai fazer algo de errado. A vida é imensamente bela. Ela tem grande atração, tem gravitação. É natural ser atraído pela vida. É natural estar apaixonado. É natural desfrutar, é natural rir, é natural dançar. Mas tudo que é natural é condenado. Você tem que agir contra a natureza--isto tem sido ensinado. Os puritanos envenenaram suas fontes naturais de vida; eles o puseram contra o seu ser. Eles criaram uma divisão em você. Eles não puderam corromper o seu corpo, mas eles corromperam a sua mente. Assim a mente existe de acordo com os clérigos e o corpo existe de acordo com a natureza -- e não há nenhuma união. O corpo deseja as alegrias da vida -- todas as alegrias. O corpo é afirmação da vida e a mente é a negação da vida. A mente representa os padres. Seja ele -- cristão, hindu, jaina. A mente fala o idioma dos padres, dos sacerdotes, dos clérigos; ela diz "Isto está errado"! se você está comendo e você gosta, O Mahatma Gandhi fala para a sua mente: "Isto está errado -- não deguste, não saboreie. Degustar, saborear é pecado. No ashram de um Mahatma Gandhi uma das disciplinas básicas era o ASWAD --nenhum gosto. Você tem que só comer para matar as necessidades completamente, mas você não deve ter nenhum gosto, você não deve desfrutar o sabor da comida, o cheiro da comida. Você deve destruir a comida assim não degusta e você deve destruir sua língua para perder a sensibilidade. Quando você perde gosto, você se torna um mahatma. O mesmo é verdade para outras coisas: se você se apaixonar por um homem ou mulher, você está pecando, alguma injustiça está acontecendo. Se você vê a beleza de uma mulher ou de um homem, e você vibra, fica fascinado(a), grande culpa surge o que você está fazendo? Isto é irreligioso! Isto não é moral! E se você é uma mulher ou homem casado(a), então pior. Você tem uma esposa ou marido, você se comprometeu a ele(a). Agora, até mesmo apreciar a beleza de outro homem ou mulher é impossível. Você irá para casa e se sente culpado(a). Você não fez nada! Você tinha apenas visto um homem ou mulher bonita. Agora, isto é feio. Você sentirá culpa; você se sentirá na defensiva. Quando você cai na tentação você tentará se esconder. Você não permitirá que sua esposa ou marido saiba que na rua você viu

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uma mulher ou homem bonito(a) e foi uma grande alegria -- porque se você conta, haverá dificuldade. E por que se cria dificuldade, você mentirá. E quando você mente você se sentirá culpado(a) novamente porque você está mentindo, e a pessoa não deveria mentir para o próprio(a) marido ou esposa. Isso é assim e assim sucessivamente.... Uma culpa cria outra e assim por diante, sem parar. Não há nenhum fim nisto. Então você é montado(a) na culpa; você tem uma montanha como o Himalaia de culpa no seu coração.

Você não se libertará da culpa a menos que você entenda todo o mecanismo dela -- como é por culpa que os clérigos dominaram a humanidade, como os clérigos criaram a escravidão e uma escravidão sutil. Você não tem algemas nas suas mãos, você não tem algemas em seus pés, mas você tem algemas bem fundo na sua alma. Estar livre da culpa é estar livre de todo o sacerdócio. Estar livre da culpa é estar livre de todo o passado. E estar livre da culpa é se tornar um(a), porque então a divisão desaparece. Estar livre da culpa é derrotar a esquizofrenia. E então há grande alegria, porque você já não está mais lutando com você mesmo(a), você começa a viver! Como você pode viver se você for continuamente um lutador? Você não pode viver se você for lutar com você. Você só pode viver quando a briga terminar. Então a vida tem seu próprio ritmo, sua própria melodia. E vida é uma bênção. E só em harmonia, quando você vive sem culpa, sem repressão, sem tabus, sem inibições, sem padres e freiras que interferem em sua vida--hindu, maometano, cristão--quando você está por conta própria, sem interferências, com seu próprio mestre interior, então, só aí, há o contato com Deus. Os clérigos fazem o impossível! se você não pode contatar a vida, como você pode contatar a vida abundante? se você não pode contatar as flores, como você pode contatar quem as criou? se você não pode contatar a beleza, a alegria, o amor, como você pode contatar aquele donde toda a beleza, amor e alegria vem fluindo? Impossível. Os padres e as freiras querem o impossível. O clérigo é a causa por que a terra ficou irreligiosa. Sem destruir sacerdócios e as

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igrejas velhas e religiões velhas, o mundo permanecerá irreligioso. Eu lhe ensino uma religião nova! Não Cristianismo, não Hinduísmo, não Jainismo, não Budismo. Eu lhe ensino um tipo novo de religiosidade -- livre de culpa, menos proibitiva, não-repressiva. Eu lhe ensino uma religião de alegria, aceitação, naturalidade espontaneidade.

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COMPLEXO DE CULPA (Por: Maria Helena Brito Izzo Psicóloga e terapeuta familiar)

Quando se fala em complexo de culpa, todos se sentem mais ou menos atingidos. Mas há complexos e complexos. Uma pessoa pode se sentir culpada por haver prejudicado alguém ou se omitido em coisas sérias voluntariamente no passado, e esse sentimento lhe está pesando na consciência até hoje. Há dois aspectos a serem considerados: o do arrependimento, por ter procedido dessa forma, e o do não-arrependimento, mesmo depois de constatar que praticou o mal. No primeiro caso, existe uma grande mágoa que impede a pessoa de viver feliz, pois a culpa machuca-lhe a alma. No segundo, ela não se arrependeu do que fez ou deixou de fazer, mas inconscientemente carrega a culpa que a fere, incomodando-a, mesmo que demonstre não se importar com isso. As vítimas do primeiro caso têm uma tristeza de fundo; já as do segundo, sentem medo de não evoluírem e de serem castigadas. O complexo de culpa mais comum e que preocupa mais é aquele que a pessoa nutre em relação a si. Traduz-se numa mágoa profunda, depressão e sentido de vazio. Alguns impulsos, neuroses e complexos são ocasionados por situações não resolvidas quando aconteceram. Por exemplo: uma frustração não digerida pode acarretar mil problemas para uma pessoa. Por essa razão, tudo o que a está prejudicando psicologicamente precisa ser levado em conta, admitido. Deve buscar a causa do problema para ser tratada, a fim de posicionar-se de forma diferente perante a vida. Também não adianta só _ saber os motivos de um complexo. É preciso pôr mãos à obra, lutando contra ele e aceitando uma nova verdade; vendo que aquilo que a prejudicou não foi bom, mas aconteceu num determinado período da vida e nem por isso se repetirá indefinidamente. As vezes, alguém carrega um complexo de culpa pela vida afora porque lá atrás, na infância, deixou de fazer uma lição, passou uma -vergonha em público, sentiu-se incapaz, não soube lutar e não engoliu aquela frustração. O que acontece no passado tem reflexos no presente: são neuroses não digeridas. Uma vez aceitas e trabalhadas, a pessoa deslancha. O melhor caminho para alguém vencer a si próprio é procurar um bom profissional , com condições de fazê-lo chegar às causas dos obstáculos, até em nível de inconsciente. Há, porém, os que não têm possibilidades de apelar para um psicólogo, mas dispõem de uma boa dose de força de vontade. Para esses, o importante é analisar-se e dizer: "Sinto-me prejudicado por atitudes ou omissões do passado. Mas a partir de hoje não quero mais deixar-me influenciar por isso. Vou lutar contra esse sentimento, caminhar devagarinho em todas as direções, acreditando que vou realizar essa mudança em mim, pois tenho o direito de ser feliz e de usufruir da vida. Não é por causa de um erro cometido no passado que devo culpar-me para o resto da vida". Quem vive se lamuriando refugia-se atrás de uma desculpa esfarrapada. Omitiu-se, mas pode realizar agora. Errou, mas pode consertar o erro. Demonstra covardia e fraqueza quem vive fugindo de si mesmo. E hora de levantar a cabeça, dar a volta por cima e não errar mais. Mas é preciso muita coragem para tomar essa decisão, porque se

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desacomodar é muito mais difícil. Há outro detalhe. A pessoa que nutre um sentimento de culpa é um tanto masoquista. Gosta de ser vista como vítima - para chamar a atenção. Mas é bom lembrar: aquele que se acomoda, continua cada vez mais no complexo, na neurose, no medo. Não adianta tapar o sol com a peneira. É necessário admitir a verdade e encontrar o caminho para a saída. Só os esforçados e fortes o conseguirão. Está provado cientificamente que o ser humano é produto das cargas genética, e******ual e do meio ambiente. Seu modo de agir varia de acordo com sua essência e a do meio em que vive. Sente-se mais protegido, por exemplo, a pessoa que provém de uma família sadia, que se norteia por princípios sólidos. Mesmo atingido pêlos reflexos de uma sociedade doente, reúne condições de julgar entre o certo e o errado e optar pelo bem. Sabe se proteger e tem autocrítica. Não é porque o mundo está selvagem e os homens cada vez mais ambiciosos, sem escrúpulos e corruptos que a pessoa se deixará contaminar.Está faltando no mundo de hoje justamente o amor que vem de dentro, que brota da fé. É fundamental cada um olhar para dentro de si a fim de encontrar a melhor forma de realizar seu ideal e vencer as frustrações.

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COMPLEXO DE CULPA,DESTRUA ESSA DOENÇA PSÍQUICA: (BLOG MUNDO MYSTIKO) Quantas vezes já fizemos coisas que depois nos arrependemos amargamente? Quantas coisas fizemos na pequenez de um sentimento raivoso ou em um momento de desilusão e mágoa que depois nos deixaram com remorso pelas conseqüências? Todos nós já falhamos algumas vezes e tivemos atitudes reprováveis, porém tudo na vida é ensinamento e como diz o velho ditado “Não adianta chorar pelo leite derramado”, o importante é que não cometamos mais os mesmo erros na instabilidade de um momento, nem tampouco deixemos de valorizar aquilo que consideramos importantes pela falta de observância a detalhes. Estando ciente de que não adianta ficar remoendo passado porque ele não volta e poucas serão as vezes que temos uma segunda oportunidade em uma mesma situação, devemos avaliar esse complexo de culpa que estamos carregando analisando pontos importantes e compreendendo que: * Passado não volta; * Pessoas não mudam porque nós queremos; * Os erros nos ensinam para o futuro; Essa linha de raciocínio é muito importante para que erros não sejam cometidos exatamente em virtude do complexo de culpa que carregamos, que nos faz pensar que por um erro do passado merecemos sempre o resultado ruim das coisas. Vamos as questões que pode nos ajudar nesta auto-cura através de algumas respostas simples, existentes dentro de você. 1) Qual é a causa do seu complexo de culpa? (Por que você se sente culpado? O que você perdeu ou deixou de fazer?) 2) Quais são as pessoas ou situações que despertam seu complexo de culpa? (O que você fez para essa pessoa que não devia ter feito ou vice-versa? Por que se comportou de tal maneira?). 3) O que acha que deveria ter feito na situação que hoje se arrepende? (Que princípios morais, éticos, legais, religiosos você ofendeu? Qual o seu maior remorso?) 4) Hoje você tem chance de se redimir? (Se sim o que o impede de fazê-lo? Está disposto a enfrentar esta pessoa que magoou ou ofendeu? Sabe que ela poderá estar com raiva e decidir lhe ofender também? Quer realmente reatar laços e pedir perdão por suas atitudes ou palavras?). 5) Não tendo chance de se redimir que preço acredita ter que pagar? (Quanto tempo mais quer carregar esse complexo? Que tipo de penitência está se impondo pela culpa? Por quanto tempo vai se impor penitência pelo erro (s) que cometeu?). 6) O que você fez até hoje para se livrar do seu complexo de culpa?(Que tipo de contato ainda tem com estas pessoas ou situações?). 7) Posso me livrar do complexo de culpa diante de pessoas que não tenho ou não posso mais ter contato? (Mesmo fisicamente longe deste alguém ele (a) poderá me ouvir? Posso desabafar e dizer tudo que me vai no íntimo para me livrar desse complexo? Posso pedir perdão mentalmente? Posso chorar e expor minhas emoções ao conversar mentalmente com essa pessoa? Posso dizer e tentar fazer mentalmente o

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que me abstive em momento oportuno?) 8) Como posso perdoar a mim mesmo? (Quero deixar essa sensação para trás e me sentir bem novamente ou ainda acho que tenho que me punir mais?) Nesta fase, primeiramente para conseguir melhorar temos que sentir que realmente estamos dispostos a perdoar a nós mesmos, temos que ter ciência que todos nós somos passíveis de erros, não somos perfeitos, mas Deus nós da a chance de evitar os mesmos erros no futuro. Se somarmos todos esses entendimentos ao exercício mental de libertação para o estado de culpa, estaremos caminhando para a tranquilidade interior, vamos a ele: “Feche os olhos, respire profunda e calmamente, até sentir que seus músculos estão relaxados, reviva a situação que lhe machuca novamente, veja as mesmas pessoas e as mesmas coisas que estavam presentes no momento que você cometeu o erro, visualize tudo novamente até o ponto crucial da situação, depois dessa recordação, comece a imaginar o que acredita que deveria ter feito ou falado, veja a situação pelo ângulo oposto, imagine que a situação saiu diferente da que você tem lembrança e finalize sua mentalização com um resultado feliz, veja as pessoas se perdoando e se abraçando com entusiasmo, carinho e respeito.” Reescreva sua história mesmo que mentalmente se permitindo consertar o erro, encoraje-se para as atitudes que deve tomar para se redimir com quem ou o que errou e liberte-se mentalmente acreditando que teve uma segunda chance de falar e demonstrar mesmo para quem está distante fisicamente so eu arrependimento com tudo que houve e não esqueça que “O homem fraco não pode perdoar, perdoar é uma qualidade dos homens fortes” (Mahatma Ghandi)

(Homem carregando o fardo da culpa...)

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A SOLIDÃO (Dra:Elaine Lilli Fong)

Alguma vez você já se sentiu só? Você já procurou entrar fundo nesse sentimento de solidão para perceber o que acontece? No vocabulário de língua portuguesa a palavra "solidão" significa: estado de quem se sente ou está só. A solidão é um estado interno, a princípio um sentimento de que algo ou alguém está faltando. Uma sensação de separatividade e desconexão com algo ainda inconsciente, sendo que numa visão e******ualista é a separação de Deus, Eu Superior, Self, Vida ou o Todo. Atualmente, existem em algumas cidades muitas pessoas que já moram só e que apresentam um a vida bastante independente. Não podemos dizer que são pessoas solitárias, desde que elas se sintam em com essa situação. Entretanto, o que se mostra é que o sentimento de solidão pode estar presente em qualquer lugar ou situação. A pessoa pode sentir solidão durante uma festa com os amigos, no trabalho e até mesmo dentro de casa com a própria família. Cada ser humano vem sozinho ao mundo, atravessa pela vida como uma pessoa separada e morre finalmente sozinho. As fases de passagem pela vida física e para além dela trazem muitas experiências, onde tudo é passageiro e impermanente. As situações, os encontros e os fatos da vida surgem, permanecem por algum tempo e se vão. Portanto, procure refletir quando estiver sentido solidão. Com o que você ainda está resistindo no seu momento atual? Existe algo que precisa partir e você ainda não percebeu ou não aceitou essa possibilidade? A idéia da separação e do estar só é apenas uma ilusão, pois nada se vai totalmente e

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nada está separado. Ficará sempre a lembrança no qual contém toda a experiência e vivência ocorrida o que é muito rico. Perceber que você está se sentindo só é muito importante para o seu crescimento. Utilize desse sentimento como uma alavanca para assumir plenamente a sua vida, para agir a partir de si, fortalecer a sua base e seguir em frente, manifestando a sua própria força dentro dos seus objetivos. Tenha a sua própria companhia, dê atenção, escute, e acolha aquilo que você é e manifesta. Seja o seu melhor amigo. A partir de então, você perceberá que a solidão deixará de existir naturalmente. O que é solidão? (Psicólogo Jadir Lessa)

"O filósofo alemão Martin Heidegger (1889-1976) afirma em 'Ser e Tempo' que estar só é a condição original de todo ser humano. Que cada um de nós é só no mundo. É como se o nascimento fosse uma espécie de lançamento da pessoa à sua própria sorte. Podemos nos conformar com isso ou não. Mas nos distinguimos uns dos outros pela maneira como lidamos com a solidão e com o sentimento de liberdade ou de abandono que dela decorre, dependendo do modo como interpretamos a origem de nossa

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existência. A partir daí podemos construir dois estilos de vida diferentes: o autêntico e o inautêntico." "O homem se torna autêntico quando aceita a solidão como o preço da sua própria liberdade. E se torna inautêntico quando interpreta a solidão como abandono, como uma espécie de desconsideração de Deus ou da vida em relação a ele. Desse modo não assume responsabilidade sobre as suas escolhas. Não aceita correr riscos para atingir seus objetivos, nem se sente responsável por sua existência, passando a buscar amparo e segurança nos outros. Com isso abre mão de sua própria existência, tornando-se um estranho para si mesmo, colocando-se a serviço dos outros e diluindo-se no impessoal. Permanece na vida sendo um coadjuvante em sua própria história. Você já pensou nisso?" "Sendo autêntico você assume a responsabilidade por todas as suas escolhas existenciais, aceita correr os riscos que forem necessários para atingir os seus objetivos, e passa a encontrar amparo e segurança em si mesmo. Com isso, apropria-se da existência, torna-se indivíduo, torna-se autônomo, torna-se dono da sua própria vida, dono da própria existência, torna-se senhor de si mesmo. Você se percebe sendo o senhor de si mesmo?" Angústia "A angústia provocada pela solidão é o sentimento que muitas pessoas experimentam quando se conscientizam de estarem sós no mundo. É o mal-estar que o ser humano experimenta quando descobre a possibilidade da morte em sua vida, tanto a morte física quanto a morte de cada uma das possibilidades da existência, a morte de cada desejo, de cada vontade, de cada projeto." "Cada vez que você se frustra, que você não se supera, que você não consegue realizar seus próprios objetivos, você sente angústia. É como se você estivesse morrendo um pouco." "Muitas pessoas sentem dificuldade de estarem a sós consigo mesmas. Não conseguem viver intensamente a sua própria vida. Muitas vezes elas acreditam que o brilho e o encantamento da vida se encontram no outro e não nelas mesmas. Sua vida tem um encantamento, um brilho, algo de especial porque é sua, apenas sua. Independentemente do que você esteja fazendo, sua vida pode ser intensa, prazerosa, simplesmente pelo fato de ser sua e por você ser único. Cada um de nós pode ser uma pessoa especial para si mesmo." Solidão: a Condição do Ser "A solidão é a condição do ser humano no mundo. Todo ser humano está só. Esta é a grande questão da existência, mas não significa uma coisa negativa, nem que precise de uma solução definitiva. Ou seja, a

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solução não é acabar com a solidão, não é deixar de sentir angústia, suprimindo este sentimento. A solução não é encontrar uma pessoa para preencher o vazio existencial, não é encontrar um hobby ou uma atividade. A solução não é se matar de trabalhar e se concentrar nisso para não se sentir sozinho. Também não é encontrar uma estratégia para driblar a solidão. A solução é aceitar que se está só no mundo. Simplesmente isso. E sabendo-se só no mundo, viver a própria vida, respeitar a própria vontade, expressar os próprios sentimentos, buscar a realização dos próprios desejos. Quando se faz isso, a vida se enche de significado, de um brilho especial." "O objetivo não é fingir que a solidão não existe, não é buscar a companhia dos outros, porque mesmo junto com os outros você está e sempre será solitário. O outro é muito importante para compartilhar, trocar. O outro é muito importante para a convivência, mas não para preencher a vida, não para dar sentido e significado à uma outra existência. A presença do outro nos ajuda, compartilhando, mostrando a parte dele, dando aquilo que não temos e recebendo aquilo que temos para dar, efetivando a troca. Mas o outro não é o elemento fundamental para saciar a angústia ou para minimizar a condição de solidão." "Cada um de nós nasceu só, vive só e vai morrer só." "A experiência de cada um de nós é única. O nascimento é uma experiência única, pois ninguém nasce pelo outro. Da mesma forma que a morte é uma experiência única, pois ninguém morre pelo outro. E a vida inteira, cada momento, cada segundo da existência, é uma experiência única pois ninguém vive pelo outro."

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A SÍNDROME DE VÍTIMA- (A PESSOA QUE ASSUME O PAPEL DE COITADINHO) A INCAPACIDADE DE ACEITAR O MUNDO COMO ELE É (Dr.António Roberto Soares)

Todo o comportamento humano decorre da concepção que nós temos da realidade e nessa realidade existem dois pólos bastante distintos: aquilo que nós somos e aquilo que nos cerca. Nossa postura na vida depende do modo como estabelecemos essa relação: a relação entre nós e os outros, entre nós e os membros da nossa família, entre nós e outros membros da sociedade, entre nós e as coisas, entre nós e o trabalho, entre nós e a realidade externa. A nossa maneira de sentir e de viver depende de como cada um de nós interioriza a relação entre essas duas partes da realidade. E uma das formas que aprendemos de nos relacionarmos com os outros é a postura que designamos por vítima. O que é a vítima? A vítima é a pessoa que se sente inferior à realidade, é a pessoa que se sente esmagada pelo mundo externo, é a pessoa que se sente desgraçada face aos acontecimentos, é aquela que se acostuma a ver a realidade apenas em seus aspectos negativos. Ela sempre sabe o que não deve, o que não pode, o que não dá certo. Ela consegue ver apenas a sombra da realidade, paralelo a uma incrível capacidade para diagnosticar os problemas existentes. Há nela uma incapacidade estrutural de procurar o caminho das soluções e, neste sentido, ela transfere os seus problemas para os outros; transfere para as circunstâncias, para o mundo exterior, a responsabilidade do que está lhe acontecendo. Esta é a postura da justificativa. Justificar-se é o sinal de que não queremos mudar. Para não assumirmos o erro, justificamo-nos, ou seja, transformamos o que está errado em injusto e, de justificativa em justificativa, paralisamo-nos, impedimo-nos de crescer. A vítima é incompetente na sua relação com o mundo externo. Enquanto colocarmos a responsabilidade total dos nossos problemas em outras pessoas e circunstâncias, tiraremos de nós mesmos a possibilidade de crescimento. Em vez disso, vamos

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procurar mudar as outras pessoas. Este tipo de postura provém do sentimento de solidão. É quando não percebemos que somos responsáveis pela nossa própria vida, por seus altos e baixos, seu bem e seu mal, suas alegrias e tristezas; é quando a nossa felicidade se torna dependente da maneira como os outros agem. E como as pessoas não agem segundo nosso padrão, sentimo-nos infelizes e sofredores. Realmente, a melhor maneira de sermos infelizes é acreditarmos que é à outra pessoa que compete nos dar felicidade e, assim, mascaramos a nossa própria vida frente aos nossos problemas. A postura de vítima é a máscara que usamos para não assumirmos a realidade difícil, quando ela se apresenta. É a falta de vontade de crescer, de mudar‚ escondida sob a capa da aparição externa. Essa é uma das maiores ilusões da nossa vida: desejarmos transferir para a realidade que não nos pertence, sobre a qual não possuímos nenhum controle, as deficiências da parte que nos cabe. Toda relação humana é bilateral: nós e a sociedade, nós e a família, nós e o que nos cerca. O maior mal que fazemos a nós próprios é usarmos as limitações de outras pessoas do nosso relacionamento para não aceitarmos a nossa própria parte negativa. Assim, usamos o sistema como bode expiatório para a nossa acomodação no sofrimento. A vítima é a pessoa que transformou sua vida numa grande reclamação. Seu modo de agir e de estar no mundo é sempre uma forma queixosa, opção que é mais cômoda do que fazer algo para resolver os problemas. A vítima usa o próprio sofrimento para controlar o sentimento alheio; ela se coloca como dominada, como fraca, para dominar o sentimento das outras pessoas. O que mais caracteriza a vítima é a sua falta de vontade de crescer. Sofrendo de uma doença chamada perfeccionismo, que é a não aceitação dos erros humanos, a intolerância com a imperfeição humana, a vítima desiste do próprio crescimento. Ela se tortura com a ideia perfeccionista, com a imagem de como deveria ser, e tortura também os outros relativamente àquilo que as outras pessoas deveriam ser. Há na vítima uma tentativa de enquadrar o mundo no modelo ideal que ela própria criou, e sempre que temos um modelo ideal na cabeça é para evitarmos entrar em contacto com a realidade. A vítima não se relaciona com as pessoas aceitando-as como são, mas da maneira que ela gostaria que fossem. É comum querermos que os outros sejam aquilo que não estamos conseguindo ser, desejar que o filho, a mulher e o amigo sejam o que nós não somos. Colocar-se como vítima é uma forma de se negar na relação humana. Por esta postura, não estamos presentes, não valemos nada, somos meros objectos da situação. Querendo ser o todo, colocamo-nos na situação de sermos nada. Todavia, as dificuldades e limitações do mundo externo são apenas um desafio ao nosso desenvolvimento, se assumirmos o nosso espaço e estivermos presentes. Assim, quanto pior for um doente, tanto mais competente deve ser o médico; quanto pior for um aluno, mais competente deve ser o professor. Assim também, quanto pior for o sistema ou a sociedade que nos cerca, mais competentes devemos ser com pessoas que fazem parte desta sociedade; quanto pior for nosso filho, mais competentes devemos ser como pai ou mãe; quanto pior for a nossa mulher, mais

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competentes devemos ser como marido; quanto pior for nosso marido, mais competentes devemos ser como esposa, e assim por diante. Desta forma, colocamo-nos em posição de buscar o crescimento e tomamos a deficiência alheia como incentivo para nossas mudanças existenciais. Só podemos crescer naquilo que nós somos, naquilo que nos pertence. <A nossa fantasia está querermos mudar o mundo inteiro para sermos felizes em>. Todos nós temos parte da responsabilidade naquilo que está ocorrendo. Não raras vezes, atribuímos à sociedade actual, ao mundo, a causa de nossas atribulações e problemas. Talvez seja esta a mais comum das posturas da vítima: generalizar para não resolver.

Os problemas da nossa vida só podem ser resolvidos em concreto, em particular. Dizer "em particular. Dizer, por exemplo, que somos pressionados pela sociedade a levar uma vida que não nos satisfaz, é colocar o problema de maneira insolúvel. Todavia, perguntar a nós mesmos quais são as pessoas que concretamente estão nos pressionando para fazer o que nos desagrada, pode ajudar a trazer uma solução. Só podemos lidar com a sociedade em termos concretos, palpáveis. Conforme nos relacionamos com cada pessoa, em cada lugar, em cada momento, estamos nos relacionando com a sociedade, porque cada pessoa específica, num determinado lugar e momento, é a sociedade para nós naquela hora. Generalizamos para não solucionarmos, e como tudo aquilo que nos acontece está vinculado à realidade, todas as vezes que quisermos encontrar desculpas para nós basta olhar a imperfeição externa. Colocar-se como vítima é economizar coragem para assumir a limitação humana, é não querer entender que a morte antecede a vida, que a semente morre antes de nascer, que a noite antecede o dia. A vítima transforma as dificuldades em conflito, a sua vida num beco sem saída. Ser vítima é querer fugir da realidade, do erro, da imperfeição, dos limites humanos. Todas as evidências da nossa vida demonstram que o erro existe, existe em nós, nos outros e no mundo. Neurótica é a pessoa que não quer ver o óbvio. . Crê que se o mundo não fosse do jeito que é‚ se sua esposa não fosse do jeito que é‚ se seus filhos não fossem do jeito que são, se o seu marido fosse diferente, ela estaria bem, porque ela, a vítima, é boa, os outros é que têm deficiências, apenas os outros

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têm que mudar. A esse jogo chama-se o "Jogo da Infelicidade". A vítima é uma pessoa que sofre e gosta de fazer os outros sofrerem com o sofrimento dela, é a pessoa que usa suas dificuldades físicas, afectivas, financeiras, conjugais, profissionais, não para crescer, mas para permanecer nelas e, a partir disso, fazer chantagem emocional com as outras pessoas. A vítima é a pessoa que ainda não se perdoou por não ser perfeita e transformou o sofrimento num modo de ser, num modo de se relacionar com o mundo. É como se olhasse para a luz e dissesse: "Que pena que tenha a sombra...", é como se olhasse para a vida e dissesse: "Que pena que haja a morte...", é como se olhasse para o sim e dissesse: "Que pena que haja o não...". E se nega a admitir que a luz e a sombra são faces de uma mesma moeda, que a vida é feita de vales e de montanhas. Não são as circunstâncias que nos oprimem, mas, sim, a maneira como nos posicionamos diante delas, porque nas mesmas circunstâncias em que uns procuram o caminho do crescimento, outros procuram o caminho da loucura, da alienação. As circunstâncias são as mesmas, o que muda é a disposição para o alvorecer e para o desabrochar, ou para murchar e fenecer." A Vida Te trata como Tu Te tratas!

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A SÍNDROME DO COITADINHO (Dr.Daniel C. Luz) Não há nada que cause mais amargura do que a auto-depreciação. Um sentimento que nos impede de sermos felizes, esta terrível doença atinge a todos e poderia ser diagnosticada como "síndrome do coitadinho". Nos casos mais dramáticos nos persuade a olharmos sempre para dentro de nós ao invés de olharmos externamente e para o horizonte. Sussurra pequenas coisas em nossos ouvidos. Lembra-nos do quando somos depreciados e maltratados. Importantes, mas, ainda sim, desprezados. Dotados, mas ignorados. Capazes, mas não reconhecidos. Brilhantes, mas eclipsados. Se eu tivesse que escolher uma cor para auto-depreciação eu escolheria o preto azulado e o roxo de um hematoma feio. A auto-depreciação é como uma mancha que aparece na superfície de nossas vidas ou nos nossos corpos: um sinal avisando que algo sério está acontecendo em um nível mais profundo. Temos hematomas quando sangramos por dentro. Uma das maneiras mais horríveis de morrer é pela hemorragia interna, o sangramento incontrolável dentro do corpo, traiçoeiro porque geralmente é indolor. Não há pistas visíveis mostrando o gotejar minúsculo que começa quando um pequeno vaso sangüíneo rompe até se tornar uma inundação fatal. A auto-depreciação é a silenciosa hemorragia da alma. Você não sente ou não vê a força da vida escapando, até que ela não esteja mais ali. Então, é tarde demais. Esta astuta enfermidade desliza para dentro do escritório do leal empregado que não foi promovido. Olhando de sua mesa imersa em papéis, a sua mente de repente é inundado com o lado da pena de si próprio: "ninguém liga pra você, encare a realidade. Nunca será promovido". Para o desempregado diz: "Sem chances!". O impacto mais prejudicial da auto-depreciação é o seu final. Uma carranca dentro de pouco tempo substituirá seu sorriso. Então você acredita que não pode vencer porque tem maus antecedentes; porque sua família é numerosa; porque você "não conhece ninguém" ou se casou com a pessoa errada; talvez você esteja gordo demais ou fraco demais; não tem dinheiro, não tem talento, tem muitas dívidas, não está seguro de si; é muito feio, branco demais, moreno demais, sua altura é pouca, tem um nariz muito grande. Pretextos. A lista de desculpas que as pessoas inventam poderia encher um livro. Tudo bem, algumas podem até ser verdadeiras, mas nenhuma vai trazer sucesso ou dinheiro. Mas, certamente, entorpeceriam a luta para consegui-lo. Em geral, as desculpas são algo que mascara sentimentos de dúvida. Tenhamos em conta que ninguém tem um complexo de inferioridade quando nasce. Isso é algo que se desenvolve com o tempo. Como na verdade ninguém é inferior por natureza, estes sentimentos podem ser vencidos reinstaurando-se a confiança em nós mesmos. Nunca lhe ocorreu que o fracasso pode ser um excelente professor? Muitas das histórias dos grandes vencedores tiveram origem em desastres pessoais. São muito poucas as pessoas que venceram, em qualquer campo que seja, que não tiveram que enfrentar o fracasso e repúdio em algum momento de sua vida. Tornaram-se notáveis porque tinham confiança em si, porque eram secundadas pelo valor de suas convicções e porque se apoiavam na sua capacidade de se levantarem depois de caírem. Seriam, por acaso, essas pessoas inferiores só porque fracassaram alguma vez ou tinham qualquer limitação? Claro que não. Se você não se livrar da sua "síndrome de coitadinho", de suas desculpas descabidas, complexos torpes e sentimentos de inferioridade ou de incapacidade, é claro que certamente morrerá. E morrerá de hemorragia da alma. Sem uma única gota de alegria.

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SÍNDROME DO COITADINHO (Cronista:Emílio Calil) Se você vai comprar feijão, significa que tem um problema: está sem feijão. A solução é o mercado. Vá até lá, compre o feijão e problema resolvido. Em momento algum você se pergunta quantas pessoas trabalharam para que aquele feijão chegasse ao mercado. Não interessa se houve problema na colheita ou se alguém trabalhou no fim de semana. Interessa que o feijão esteja na prateleira quando você for ao mercado. Nosso dia-a-dia é regido por conceito semelhante. Seja qual for sua profissão, saiba que você é pago para resolver problemas. Não interessam os contratempos enfrentados, mas apenas que os problemas sejam resolvidos. Assim, o desafio profissional está na criatividade para resolver problemas e o quanto se é pró-ativo para evitar novos problemas - aliás, ‘pró-atividade’ é palavrinha da moda que não gosto muito, mas se faz necessária aqui. Por que toco no assunto? Porque tenho visto, não poucas vezes, pessoas sendo afligidas pelo que chamo de Síndrome do Coitadinho. É um mal que parece alastrar-se. Essa síndrome faz a pessoa acreditar que o simples fato de exercer sua profissão a torna um ótimo funcionário. Lamento, mas não há nada de excepcional em fazer algo pelo qual se é pago. Desempenhar bem suas funções é obrigação, portanto, não espere reconhecimento. O elogio por um bom trabalho motiva para que façamos ainda melhor, mas não justifica promoção. É como se gabar de ser honesto. Não há virtude na honestidade, pois ela é obrigação. Virtuoso é quem busca a perfeição, como mostra Percival Puggina em Até a mediocridade se rarefaz. Funcionário que só executa o que lhe

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pedem faz o mínimo que se espera dele. Já aquele que questiona, que não se limita a executar ordens, assume novas responsabilidades sem que lhe peçam e, acima de tudo, se compromete com resultados, é digno de reconhecimento. Até aí, nada de novo. O caso é que o possuidor da Síndrome do Coitadinho sente-se injustiçado quando não é reconhecido. Mas não se esforça para obter reconhecimento. Ainda que diga o contrário, suas atitudes o entregam. Vive reclamando, diz que faz tudo o que lhe pedem, que cumpre os horários, que se dedica, mas o salário é baixo, as condições são ruins e por aí vai. Arruma desculpas para encobrir suas limitações e conformismo. Faz apenas o que está diante dos olhos e até onde o braço alcança. Se for criticado, o Coitadinho corre para se justificar, mas não assume o erro. Não aceita conselhos, pois, como não vê as próprias falhas, as sugestões são encaradas como complôs e intrigas para derrubá-lo: “Eu faço meu trabalho direito e querem puxar meu tapete”. Se a crítica vem dos chefes, é porque não o compreendem, não conhecem seus problemas e exigem demais dele. Exigem demais - veja só - para que ele faça aquilo para o qual foi contratado. O Coitadinho não procura ampliar seus conhecimentos, o que o limita social e profissionalmente, pois não sabe fazer nada além do que está habituado e fica difícil até manter longos diálogos, já que só sabe falar dos mesmos assuntos. Em geral não é má pessoa. Ao contrário, pode ser divertido e brincalhão. E por isso considera fundamental sua permanência na empresa: “Se não sou eu ali, o lugar vira um túmulo”. Acredita que vínculos de amizade entre colegas e patrões servem de motivo para mantê-lo empregado. Infelizmente, isso pode servir como adiamento para triste e inevitável fim. Como falei no início da crônica, somos pagos para resolver problemas. Podemos dar exemplo de profissionalismo e dedicação, mas se não resolvermos os problemas que nos competem e mostrarmos resultados positivos, de nada servimos. E chega o fatídico dia em que o Coitadinho é forçado a colher aquilo que plantou - ou melhor, o que não plantou. Colocada na balança a proporção custo-benefício de seu desempenho, ele se vê transformado em mais uma estatística do desemprego. Triste, inconformado e principalmente revoltado, dispara farpas: “Essa empresa não merece alguém como eu”, “Dei meu sangue por eles e essa é a recompensa que recebo”, “Bando de ingratos”, “Eu estava certo, havia um complô pra me derrubar”, etc., etc., etc. Passa tudo pela cabeça do Coitadinho, exceto uma única coisa: “Onde foi que eu errei?” Então o Coitadinho arruma novo emprego. Ambiente novo, novas obrigações, novos colegas e uma página em branco para escrever seu futuro profissional. Mas ele pensa: “Agora sim encontrei empresa que reconhece meu potencial, aqueles ingratos sentirão minha falta”. E quer saber? Os ‘ingratos’ não sentirão falta nenhuma. No começo, o Coitadinho se vê reconhecido e valorizado, mas não tardará a perceber novas ‘intrigas internas’ ou novas ‘tarefas impossíveis’ que lhe foram incumbidas. E a história se repetirá. “A Síndrome do Coitadinho tem cura?” - você perguntará. Sim! Eu mesmo já sofri desse mal. O único remédio eficaz é passar a assumir a responsabilidade pelos próprios erros e, inclusive, até por erros alheios. Quando perceber que as desilusões são resultado exclusivo de suas ações, o Coitadinho dá o primeiro passo em direção à cura. Tentará, então, recuperar o tempo perdido e reverter o prejuízo. É jornada longa e difícil - dolorosa, até -, mas incrivelmente revigorante e compensadora. Ou então ele pode passar o resto da vida imaginando aqueles grandes feitos e sonhos jamais realizados, enquanto tenta entender por que alguém com 3 meses de empresa foi promovido e ele, com mais de 3 anos, continua com o mesmo salário. Lembrei agora de um ditado que dizia mais ou menos o seguinte:

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Tens uma tarefa a cumprir. Podes realizar dez tarefas até mais importantes na frente desta, mas se não concluíres a primeira tarefa, terás desperdiçado teu tempo.

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VOCÊ SOFRE DE CARÊNCIA AFETIVA?? (Terapeuta Flávio Pedro dos S. Pita)

Carência Afetiva é um distúrbio de comportamento que afeta um número muito grande de homens e mulheres. Em geral, pessoas que amam ilimitadamente, que vivem em uma linha tênue que alterna entre carência, amor e sofrimento, na grande maioria de total baixa auto-estima, quase todas adquiriram este distúrbio em alguma experiência onde suas necessidades emocionais não foram atendidas, seja na infância ou mesmo em relacionamentos passados. Não se importando com seus próprios interesses, essas pessoas por muitas vezes mudam drasticamente suas opiniões em atenção ao relacionamento, se anulam, se fixam no relacionamento e fazem dele o centro de sua vida, vivendo muitas vezes um mal-estar interior, um sofrimento decorrente do relacionamento, que nada mais é que uma forma de se conectar com seus próprios sentimentos. Os carentes afetivamente idealizam relacionamentos da forma que desejariam que ele fosse, e com isso acabam sendo vítimas de relacionamentos conturbados: Se envolvem com todo e qualquer tipo de pessoa, muitas vezes enxergam da forma em que acreditam que seu amor ou dedicação irá corrigir aquele defeito, fato este identificado na terapia como uma forma de fugir de seus próprios problemas

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centrando-se nos problemas dos outros, existe ainda o entendimento de que estas pessoas inconscientemente não distinguem amor e dor. O carente afetivo é inseguro e está sempre pronto a agradar, demonstra muito amor e muito controle, sem perceber que isso acaba por sufocar a outra parte, mesmo não sendo esta a intenção, tem a necessidade de controlar as pessoas e os relacionamentos, temendo perder, e camuflam esse controle mostrando-se uma pessoa prestativa, sempre pronta a ajudar. O perfil do carente é o mesmo: Quer ser amado, quer aproximar e não afastar o outro, mas como não sabe se valorizar, talvez por não ter aprendido, e como não aprendeu a viver um relacionamento afetivo saudável acaba pondo os pés pelas mãos, afastando o outro cada vez para mais longe. Além dos sintomas tradicionais deste tipo de carência existem ainda outros pouco notados: A tentativa de sentir-se melhor com o consumismo e o Altruísmo. Experimente fazer perguntas a você mesmo, pergunte se optou por um retrocesso ou estagnação na sua carreira em função do relacionamento ou se desistiu completamente de investir em si mesmo. São diversas perguntas que você pode fazer a você mesmo em busca de respostas. Como cuidar da carência afetiva? Você precisa aprender a amar de forma saudável, estando em primeiro lugar e dosando para não ser egoísta, ame a si mesmo, resgate seu amor próprio, sem isso jamais poderá se relacionar de forma equilibrada. Desenvolva auto-aceitação, não é por ser carente que você vai encontrar em outros indivíduos o que te falta, busque dentro de você, e se achar que não é capaz procure ajuda especializada, existem muitos grupos de apoio e profissionais neste sentido. O importante é você admitir que ninguém poderá ajudá-lo sem que você seja consciente de seus próprios sentimentos, não importa o quanto você receba de amor de outra pessoa, jamais isso poderá curar suas feridas interiores, o único remédio para isso é entender e superar o que aconteceu.

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(sonhando com uma HB...)

Carência Afetiva: Fruto de uma Infância Sofrida? (Dr.Flávio Gikovate)

Ouve-se com freqüência a frase: ‘Tive uma infância sofrida, por isso fiquei com uma carência afetiva muito grande’. Esse tipo de depoimento provoca imediatamente simpatia e compaixão. Surge uma vontade de proteger a pessoa que teve um passado doloroso. É evidente que muitos falam frases parecidas justamente para provocar esse tipo de reação, por esperar uma espécie de pagamento por danos sofridos na infância. Para sabermos se esse tipo de expectativa é justo e saudável, precisamos compreender as relações existentes entre nossas vivências infantis e o que somos depois de adultos. Há uma tendência nas pessoas em geral – e também em muitos psicólogos – de estabelecer uma correlação entre episódios do passado e traços da personalidade de um adulto. ‘Fulano ficou assim porque passou por tais situações na infância’ e outras frases do tipo são comuns. Estudos longitudinais – acompanhamento das mesmas pessoas por várias décadas – conduzidos nos Estados Unidos têm mostrado resultados muito importantes. Por exemplo: por duas décadas foram acompanhados filhos de mães esquizofrênicas, para saber quantos deles cresceriam com distúrbios psíquicos graves. É difícil imaginar situação infantil pior, pois tais mães são totalmente incapazes de manifestações afetivas. Mas o resultado foi surpreendente: cerca de 15% das crianças cresceram mais equilibradas e maduras do que a média das pessoas – foram, por isso mesmo, chamadas de super kids. Muitas evoluíram dentro da média e apenas algumas manifestaram doenças mentais mais graves. Tais estudos demonstram que há precipitação no estabelecimento das correlações

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entre fatos da infância e condições emocionais adultas. A coisa não é automática. Não vale raciocinar assim: ‘Passou por isso, ficou traumatizada e depois manifestou aquilo’. Para muitas pessoas as adversidades e dificuldades maiores são justamente o que as fazem crescer fortes e determinadas. Outras crescem derrotadas porque não foram capazes de ultrapassar os obstáculos. Umas são derrubadas por obstáculos enormes, enquanto outras caem por qualquer tipo de problema banal. Tudo depende da força interior de cada indivíduo e dos estímulos que ele recebe de parentes e outras pessoas próximas. Vivências infantis equivalentes influem de modo muito variado sobre como virão a ser os adultos que passaram por elas. De todo modo, considerar-se muito prejudicado ou traumatizado pelo que se teve de enfrentar será sempre um sinal de fragilidade, não de força. Há anos tenho problemas com a expressão carência afetiva. Ela sugere que algumas pessoas têm maior necessidade de aconchego do que outras. Que as mais carentes têm direitos especiais, adquiridos em função de uma história de vida particularmente infeliz. Não é isso que percebo. Aqueles que se colocam como carentes tiveram vivências pessoais similares às da maioria das pessoas. Além do mais, não é necessário ser particularmente carente para gostar, e muito, de ser tratado com amor, carinho e atenção. Para mim, o que acaba parecendo é que as pessoas mais egoístas – indiscutivelmente as mais fracas, apesar de serem agressivas e parecerem ter ‘gênio forte’ – usam esse tipo de argumento para obter maior atenção e carinho do que estão dispostas a dar. O prejuízo do passado terá de ser recuperado nos relacionamentos afetivos atuais, de forma que receber mais do que dar estaria justificado por essa suposta carência. É um argumento bastante maroto, mas capaz de sensibilizar os bons corações que, com facilidade, se enchem de compaixão e de culpa. A expressão ‘estou carente’ corresponde também a um pedido indireto de atenção e afeto, coisa com a qual também não concordo. Não creio que se deva pedir amor. Ou uma pessoa está encantada comigo, e estará disposta a ser amorosa e dedicada de forma espontânea, ou eu devo fazer uma séria autocrítica. Em vez de pedir amor e atenção, talvez eu devesse me ocupar em dar-lhe tudo o que pudesse lhe agradar. A retribuição virá espontaneamente. Se não vier, isso significa que a relação afetiva se partiu e não há nada mais que eu possa fazer.

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Carência Afetiva

(Dra.Vera de Almeida Campos)

A carência afetiva , dentro da conceituação gestaltista, é intrínseca ao ser humano, ao contrário do que ocorre em outras conceituações psicológicas - psicanálise, por exemplo, onde a

carência é entendida como resultante de um processo deficitário, de relacionamento afetivo, principalmente

fundamentado no que se refere às figuras paterna e/ou materna.

Quando dizemos que a carência afetiva é intrínseca ao ser humano, estamos dizendo que ela é tão configurativa do

humano, como o são os olhos, braços, pernas, etc. Localizado o tema, focalizemos seu significado. Por carência afetiva

entendemos a necessidade ou possibilidade de relacionamento com o outro; dentro desta nova compreensão (abordagem da carência afetiva), torna-se claro o por que de sua colocação extrínseca, sinônima de problemática emocional, dada pelas

outras teorias psicológicas, isto porque devido à falta de visão global unitária, ou seja, à esquematização elementarista do

fenômeno comportamental e existencial humano, apreenderam apenas a carência afetiva resultante de uma necessidade de

relacionamento com o outro, configurativa de estruturas inautênticas, portanto, advindo daí todo um tratamento

distorcido do tema, pois que unilateralizado.

A carência afetiva configura o outro no sentido de possibilidade ou de necessidade de relacionamento. Sendo intrínseca,

assumida, a carência possibilita o outro; caso contrário é uma barreira, começando o outro a ser uma meta, um obstáculo. Se a carência está cada dia menos assumida, ela vai ficando cada

vez mais extrínseca e à minha volta vai se constituindo um vazio muito grande - o chamado autismo. O autismo corta a possiblidade de relacionamento, é uma negação da minha imanência carencial, possibilitando assim o surgimento da

divisão eu e o outro, nível de realização e nível de aspiração, quantidade e qualidade, etc. Ficando assim, torna-se impossível

para mim ser unitária, aceitar-me como possibilidade de relação. Não me aceitando como possibilidade de relação, não

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me auto-determino em relação ao outro. Não sou disponível, nem autêntica. Utilizo o outro como instrumento em função de

minhas necessidades. Tudo porque não tenho o contexto, o espaço da carência assumida que é o lugar do outro, ficando assim com o vazio existencial; em outras palavras, solidão diante de mim, portanto extrínseca, desde que pela minha pontualização auto-referenciada não houve coexistência vivencial. A solidão por auto-referenciamento e não por

assunção de carência foi transformada em objeto de queixas, dado extrínseco, consumível, portanto, enquanto fantasma que

povoa e substitui o outro. 36

Voltando ao conceituado, verifiquemos o funcionamento carencial, a atitude de carência afetiva - esta figura, totalizada em necessidade ou em possibilidade de relacionamento.

O nível de estruturação das necessidades relacionais (e isto não engloba apenas a carência afetiva) é o de sobrevivência, enquanto que o nível de estruturação das possibilidades

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relacionais é o existencial. Neste momento de nossos desenvolvimentos explicativos, as tessituras conceituais se

espessam e para que não se tornem emaranhados, clarifiquemos o que antes já foi sinteticamente globalizado.

O homem está-no-mundo e deste posicionamento surgem todos os seus relacionamentos que sempre estão diante dele, mas que podem ser vivenciados como antes, depois e agora, por, para e como, autenticamente, inautenticamente, participativamente, contemplativamente, alienadamente, assumidos ou negados,

distorcidos, enfim, as vivências podem ser totais ou parcializadas distorcidamente em níveis sociais (aí entendendo-

se cultura, economia, família, religião, etc.) e biológicos. Por que consideramos a vivência do social (entendendo-se por social todo o universo da sociedade com suas instituições ideológicas,

políticas, familiares, religiosas, industriais, profissionais, científicas, literárias, de cultura e civilização) assim

parcializada? Por que o biológico seria parcializante? A resposta a estes questionamentos nos remete às conceituações iniciais do que é o ser humano. Recapitulemos rapidamente. O ser humano é temporalidade enquanto vivência psicológica; seu relacionamento com seu situante constituinte, o mundo, o

outro, é feito através da percepção, consciência, intencionalidade, daí sua vivência psicológica ser toda sua

condição de relacionamento-conhecimento. Além disso, de ser temporalidade, processo relacional, o ser humano é um

organismo, biologicamente estruturado com tal possibilidade. A vivência do social, a ele extrínseca, se dá em condições de aderência, como parte de um todo que é o seu processo de estar-no-mundo, mas ocorre que nesta vivência pode surgir

uma distorção parte-todo, ocasionando assim a unilaterialização - o homem-máquina, o homem-instituição, o homem-obrigação,

o homem-coisa ou como pensam alguns, achando que isto explica e define o homem, o homo socius, homo economicus,

homo intelectus, etc. 37

O biológico é o estruturante, relembrando o círculo que através da translação de sua base configura o cilindro 38.O espaço da dinâmica processual humana é o contexto (vide isomorfismo). Quando nos situamos apenas na faixa do biológico, não nos

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relacionamos, apenas estamos situados, parcializados portanto. Visualizados os níveis de parcialização, façamos um

relacionamento dos mesmos com os temas referentes à autenticidade e inautenticidade já abordados.

Para efeito de configurações didáticas que são simplesmente descritivas (daí as analogias plastificantes), entendemos por

vivência coisificada as vivências espacializadas, aderentes, não transcendentes, não humanas, embora que dos homens, e,

chamamos a isso deslocamentos, configurações e estruturações dados no nível de sobrevivência, onde o homem está reduzido a

uma simples condição de resposta frente às demandas do mundo, e esta resposta nada mais é que ajuste, procura de

ajuste ou desajuste, sempre resposta ao social, à civilização - boas maneiras, fazer parte de um clube, ter uma profissão:

maneira formalizada e esquematizada de ganhar a vida, tanto quanto de justificá-la, ter filhos, propriedades, carteira de identidade, ser delinquente (a marginalização também é padronizada), revolucionário, religioso, etc. - daí ser um

sobrevivente, contingente, tonalizado por limites extrínsecos, códigos, rótulos, regras, técnicas, ciências, enfim, estar

aprisionado ao que convencionou chamar de sua condição humana, natureza humana que, sendo isto, é alienante, pois

sendo dele divergente, externa, o coloca na posição de copiador, executor, mantenedor, etc, 39.

O homem social responde, luta, transforma, situa-se, progride, adapta-se, adquire funções, tem e faz, sobrevive, domina e

vence a natureza, cria 40. Tudo isso, decorrente da vivência do social, já é um escoadouro, uma saída, tanto quanto uma criação, progresso e transformação de seus espaços por

motivações biológicas, reduzidas e explicadas através de sexo, fome, sede e sono, basicamente 41.

Estas coisas existem. Não são boas nem más, certas nem erradas, são parte do todo. São o nível de sobrevivência, mas não esgotam nem definem o homem, são seu ponto de partida, estão aí para serem assumidas e transcendidas, mas também para serem obstáculos, limites. Havendo a transcendência - isto é possível através da dinâmica relacional - se dá uma

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transformação de quantidade em qualidade, e surge o nível existencial, transcendente porque relacional e não posicionante, dando margem ao homem igual a ele mesmo, sem padrões extra (Deus, sociedade, cultura, etc.) aderentes; ele é a medida dele próprio, única possível para sua singularidade, sua qualidade humana. [pags.42 a 47]

Muitas vezes é encarado de maneira muito superficial, dando ênfase a palavra em si, que naturalmente creio ser a palavra mais comum e usada para descrever alguns estados que vivenciamos em dado momento de nossa vida. Procuro não me deter à palavra em si, mas sim no significado que ela traz. Por isso não acredito nessa história de “fracasso” e “derrota” e sim em resultados que vamos gerando ao longo da nossa caminhada, quem não sabe muito bem o que quer, naturalmente ficará a mercê dos eventos que a vida lhe proporcionar. Tenho certeza que em todas as experiências de Thomas Edison, ele descobriu n variações que os elétrons poderiam proporcionar e, ainda não satisfeito com seus resultados continuou até conseguir o que objetivava. E o incrível e inaceitável que vivenciamos em nossa sociedade é, que a cada dia as pessoas vêm direcionando os seus “não resultados satisfatórios” a eventos que lhes ocorrem fora de seu campo de atuação, ou seja, fora de suas responsabilidades. Como

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ter determinação e perseverança, se o individuo não sabe nem o que quer? Onde canalizar essa energia para se tornar mais efetivo se a síndrome da falha, do não acerto, é tão presente que impede qualquer tipo de ação? Veja: “Não existe vergonha em ter problemas ou sofrer derrotas”. Nesta afirmação é nítido está dualidade, quando na verdade são frutos de único processo, que automaticamente gerará outros e outros, até se conseguir o que deseja ou não. “Terrível é se permitir levar uma vida medíocre com resultados ínfimos por medo de arriscar-se”. Ora, cada um faz o que faz com os recursos que tem disponível. E dentro de cada contexto, à sua própria realidade, a quem se sinta bem sendo medíocre. Se dentro do contexto a mediocridade é inaceitável, ai é outra história... O que quero defender é uma nova linguagem e postura em relação aos eventos que experimentamos a cada dia. Excluir essa idéia de dualidade, e viver o processo, experimentando, aceitando, mudando, se refazendo o quanto for necessário até atingir o que se almeja. Não precisamos esperar um acidente de percurso para que percebamos que podemos dar muito mais para nós e para vida, do que costumamos oferecer rotineiramente. Podemos oferecer 100% logo da primeira vez, porque ou para que, “esperar” uma segunda ou terceira chance. Definitivamente fracasso não existe... “A linguagem direciona nossas ações e pode potencializar significativamente nossos estados, e aumentar nossa habilidade de comunicação conosco e com os outros”. Victor Duarte Vincent van Gogh, "Rapaz de quepe", foi vendida por 15 milhões de dólares, Nada a estranhar. Um de seus girassóis estava cotado a 35 milhões. O espanto seria do próprio pintor, se pudesse presenciar um desses leilões. Van Gogh morreu em 1890 sem ter vendido um só quadro na vida. Não tinha dinheiro nem para comprar tinta. Perto de morrer, presenteou seu médico (esteve internado num sanatório) com uma tela que foi usada durante anos para tapar buraco num galinheiro. Um sujeito esperto passou por lá e comprou-a por uma bagatela Ficou rico. Só muito mais tarde, nos anos 30 do século 20, é que fariam de Van Gogh um dos gigantes da pintura moderna. E Inês era morta havia muito. Pode-se dizer que algo parecido aconteceu com o poeta Fernando Pessoa, que vivia de biscates em escritórios contábeis de Lisboa, quase sem nenhum reconhecimento. Só depois de sepulto nos Jerônimos é que foram ver quem era: um dos maiores do século. E aí me lembro da frase do filósofo espanhol Ortega y Gasset: "O homem é ele próprio e sua circunstância". Transcrevo de memória, a forma podendo ser outra. Caso em que o sujeito pode ter todo o talento do mundo mas não ser favorecido pelo contexto. Pode ter nascido em lugar errado, entre pessoas que não o compreendem, ou até mesmo ter nascido antes da época, distante de seus verdadeiros contemporâneos. Não é raro que, mesmo batendo contra muralhas de incompreensão, alguns desses estóicos mantenham a pose e a perspectiva. Fernando Pessoa parecia saber que escrevia para o futuro. Stendhal, escritor do século 19, achava que seus leitores estavam no século 20 (e tinha razão). Van Gogh pintou implacavelmente 900 telas em

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menos de 15 anos, o que seria impensável se ele não alimentasse uma rija fé em si mesmo Os diários pessoais andam fora de moda, mas em Genebra houve um sujeito que no século passado preencheu 16 mil páginas de cadernos com anotações sobre sua tendência ao fracasso. Aspirava à filosofia e à literatura, mas nunca teve coragem de se atirar para valer na feitura de um livro: contentava-se com notas, vinhetas, pequenos esboços. Invejava seus amigos que tinham mulher e filhos, mas nunca se casou, apesar das três ou quatro admiradoras que o cortejaram a vida toda. Teve sua primeira relação sexual aos 40 anos. Nem mesmo foi um grande professor, e ele era o primeiro a admitir que suas aulas eram tediosas. "Irresolução, preguiça, inconstância, abatimento, pusilanimidade", escrevia ele aos 34 anos a.respeito de si mesmo. Aos 51: "A indecisão crônica esterilizou todas as minhas faculdades". E aos 60, no ano de sua morte: "Os vaivens da ilusão, as incertezas do desejo, os sobressaltos da esperança dão lugar à resignação tranqüila". Em suma, considerava-se um fracasso consumado e parecia ser isso mesmo. Cuidava apenas de morrer sem mágoa. Nem obra, nem filhos, nem reconhecimento público. Conformismo, só isso. Mas estava enganado. O genebrino Henri-Frédéric Amiel não estava destinado ao esquecimento, como supunha. Mal o sepultaram, seu diário começou a bater asas. Uma daquelas quatro amigas compilou e publicou urna primeira edição. O livro despertou uma enorme simpatia do público. Os milhares de leitores logo saltaram para milhões e hoje o livro está traduzido em todas as línguas cultas. É um clássico. Ou seja, o repositório dos fracassos de Amiel, seu diário secreto, tornou-se o vetor de seu sucesso. Do ponto de vista histórico, Amiel é um vitorioso, assim como Van Gogh, Pessoa e Stendhal. Aqui no Brasil podemos dizer o mesmo de Lima Barreto e Sousândrade, escritores que não foram reconhecidos em suas épocas. O chato é que, para o artista morto, a vitória póstuma não existe, salvo se ele puder contemplar seus ouropéis de onde estiver (caso esteja) Mas é muito possível que, se assim for, já não dará importância à feira de vaidades armada por marchands, editores e leiloeiros.

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E?ENTÃO MUDE...

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provavelmente uma das tarefas mais difíceis de realizar pelo ser humano. Em geral as pessoas não estão totalmente satisfeitas com seus comportamentos, seja pessoal ou profissional, e encontram grandes dificuldades em realizar as mudanças necessárias. Há casos de condutas que gostaríamos de abandonar, mas continuamos a repeti-los compulsivamente, ou às vezes tentamos ser diferentes do que somos e ter comportamentos que não conseguimos. Em todas estas situações falta-nos uma estratégia para realizar as mudanças que precisamos. Alguns exemplos de comportamentos que em geral as pessoas gostariam de modificar são: vicio de fumar, alcoolismo, comer em excesso, hábitos alimentares, medo de falar em público, atividade física, programa de estudo, mudança profissional, relacionamentos afetivos, relacionamentos profissionais, atitudes inadequadas, cuidados pessoais, organização e tantos outros hábitos que desejariam que fossem diferentes, mas que não conseguem modifica-los. Seja no contexto pessoal ou profissional, este é um grande dilema que vive o ser humano. O fumante, por exemplo, frequentemente promete a si mesmo, abandonar o vício, o obeso deseja controlar sua alimentação e o sedentário aspira iniciar um programa de atividades físicas. O profissional incompetente promete iniciar um programa de estudo e desenvolvimento profissional, e o viciado em trabalho promete mudar seu estilo de vida e se dedicar mais ao lazer e à família. Em geral estes compromissos ficam apenas no plano das intenções enquanto o tempo passa e nada acontece. Mas é possível desenvolver uma estratégia para realizar mudanças pessoais e profissionais de maneira sistemática. Vamos apresentar as bases de um modelo, que possibilitará ás pessoas aprenderem a realizar as mudanças que precisam para suas vidas, mas que não conseguem pelos caminhos tradicionais. Existe uma técnica de mudanças pessoais, chamada “remodelagem”, que foi desenvolvida e apresentada pelos especialistas em programação neurolingüistica, Richard Bandler e John Grinder, em seu livro “Sapos em Príncipes”, (Editora Summus, 1979). Nós inspiramos neste modelo, mas o ampliamos e adaptamos de forma a possibilitar que qualquer pessoa possa aprender a operar mudanças pessoais em si

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mesmo, independente de qualquer acompanhamento terapêutico. Existem alguns pressupostos básicos que necessitam ser compreendidos inicialmente para possibilitar a realização destas mudanças. Pressuposto um É sempre melhor ter varias escolhas para um determinado comportamento do que não ter escolhas, ou seja, é fundamental ter diversas maneira de atingir certos resultados almejados. Em lugar de uma pessoa se limitar, evitando simplesmente ter um determinado comportamento através de uma mudança radical, o ideal é que esta pessoa possa acrescentar mais opções de comportamentos para satisfazer as mesmas necessidades. Um exemplo é o caso do indivíduo que acredita que a bebida alcoólica esta lhe prejudicando. Em vez de tentar simplesmente parar de beber e sofrer uma espécie de síndrome da abstinência, o ideal é que ele possa encontrar outros hábitos que lhe tragam tanta satisfação quanto à bebida e que sejam aceitáveis em sua vida. Assim, terá mais alternativas pessoais, e estará livre para beber de forma moderada, se e quando desejar, sem permitir que esta conduta possa prejudicar sua saúde e suas relações sociais e familiares. Não ter alternativas é uma forma de limitar a pessoa. É como o jogador que tem apenas uma opção de jogo; depois de certo tempo sua jogada perde a eficácia, ao contrário daquele jogador que têm várias alternativas e está sempre surpreendendo o adversário.

Recursos pessoais necessários à realização das mudanças desejadas apesar de nem sempre poderem contar com estes recursos nos contextos apropriados. Por exemplo, algumas pessoas têm medo de falar em público, no entanto conseguem ser bons comunicadores em outras áreas de suas vidas. Os recursos de comunicação já estão lá

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no seu comportamento, no entanto elas não conseguem acessá-los no contexto de falar em público. Nossa história de vida nos permite adquirir várias experiências pessoais, que são recursos valiosos e podem ser utilizados em outras situações parecidas. O que precisamos é aprender a acessar estas experiências e saber usá-las em outros contextos. Pressuposto três Cada comportamento de qualquer ser humano tem alguma função positiva em determinado contexto. Ou seja, existe algum ganho em certas áreas de nossa vida ao realizarmos determinados comportamentos, mesmo que estes em si não sejam apropriados em outras áreas. Por exemplo, ser uma pessoa fria e insensível é considerado um defeito nas relações sociais do dia a dia, no entanto em situações de grande tensão, perigo ou stress, este comportamento pode ser útil e até salvar a vida desta pessoa. Em geral as pessoas não têm consciência desta relação entre comportamentos, recursos pessoais, propósitos e contextos. Elas ficam lutando consigo mesmo para superar um determinado comportamento inadequado, sem levar em conta que este tem algum propósito, ou seja, uma função em outra área da vida daquela pessoa. Enquanto a pessoa não elaborar uma estratégia para gerar novos comportamentos que possam substituir a função do antigo comportamento nas áreas em que eles estão sendo úteis, dificilmente conseguirá fazer mudanças definitivas. Vamos mencionar um exemplo. Digamos que uma pessoa é fumante e que deseja ardentemente superar este vício. No entanto, por mais que tente, não conseguem, pois o hábito e o desejo de fumar são maiores do que sua vontade de parar. O que provavelmente esta ocorrendo é que este habito tornou-se um mecanismo para satisfazer outra área do desejo e das necessidades daquele indivíduo. Enquanto esta pessoa não conseguir criar alternativas de comportamento que satisfaçam às mesmas necessidades, inconscientemente ele continuará gerando forte desejo de fumar. O mesmo raciocínio vale para outras áreas de nossa vida. Às vezes temos determinados comportamentos que conscientemente acreditamos ser inadequados ou prejudiciais em nossa vida pessoa e profissional, no entanto pode existir alguma outra área em que esta conduta inadequada, esteja trazendo alguma vantagem, um ganho secundário, e que não percebemos. Enquanto não satisfizermos estes ganhos secundários por outros meios, dificilmente conseguiremos realizar um processo de mudanças. Algumas pessoas podem ficar doentes a partir de um desejo inconscientes de chamar atenção, outras fumam ou bebem por falta de companheirismo, camaradagem, ou alguma outra necessidade que não percebem conscientemente. Na verdade todos os nossos comportamentos têm algum propósito que nos impele a fazê-lo, apesar de nem sempre ter um significado racional. Para realizar um processo de mudanças pessoal é preciso entender este mecanismo e criar uma estratégia para substituição do comportamento inadequado por outros hábitos que sejam válidos para a pessoa como um todo, e que satisfaçam às necessidades inconscientes que possam existir.

Nossa estratégia de mudanças pode ser utilizada por qualquer pessoa para providenciar modificações de comportamentos em si próprias, ou ajudar outras

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pessoas a fazê-lo. Chamamos de “Plano de mudanças pessoais.” Ele necessita que a pessoa realize um esforço de auto-conhecimento, análise e meditação. Através deste processo, que dividimos em sete etapas, o individuo poderá percorrer um caminho que o levará a operar as mudanças necessárias em sua vida. Etapa Um – identificação do comportamento a ser modificado. Nesta primeira fase, é preciso que a pessoa identifique o comportamento específico que deseja mudar, por exemplo, “parar de fumar”, de forma que possa controlar os resultados posteriormente em relação às mudanças. Para facilitar o processo, é necessário que reduza o problema ou comportamento ao menor grau possível e realize as mudanças de maneira específica para cada pequeno comportamento, em vez de tentar realizar uma grande mudança de uma única vez. É muito comum às pessoas terem um grande problema e se sentirem impotentes para resolvê-lo. No entanto, se dividirem este problema em pequenas porções e forem resolvendo uma de cada vez dentro de suas possibilidades, em pouco tempo teriam o problema como um todo solucionado. Da mesma forma, as mudanças devem ser realizadas da mais fácil para a mais difícil e em porções pequenas, para que, no prazo adequado, a mudança geral seja realizada. Neste contexto, andando de vagar se vai mais longe e mais rápido do que tentando realizar tudo de uma vez. Tarefas da etapa Um:

• Definir a mudança que se quer realizar. • Ser específico, procurando modificar comportamentos menores inicialmente

para, gradativamente, fazer mudanças mais profundas. • Dar um nome específico a mudança que se deseja fazer. • Concentrar-se em uma alteração cada vez.

Etapa Dois – Entender o comportamento e o propósito no contexto de sua vida Nesta etapa a pessoa precisa analisar o comportamento em relação ao contexto geral de sua vida, buscando encontrar razões para o mesmo em alguma outra área que não se relaciona diretamente àquela conduta. É preciso meditar calmamente e descobrir algum propósito disfarçado para o comportamento inadequado. Por exemplo, uma pessoa que se alimenta excessivamente precisa entender o que significa este comportamento. Existirá alguma espécie de ganho indireto para aquele hábito indesejável? A partir de uma análise em sua vida como um todo, a pessoa pode descobrir de que forma o comportamento “comer em excesso“, tem um propósito e representa algum ganho em outra situaçõa de sua vida. Deste entendimento, é possível criar novos comportamentos que realizarão a mesma tarefa que o antigo hábito. Na medida em que tenhamos várias opções de comportamentos, estaremos dando à nossa mente, mais alternativas e, portanto, novas formas para realizar o mesmo propósito. Quando temos várias opções para alcançar o mesmo objetivo, o natural é que possamos utilizar a alternativa que seja mais fácil e menos prejudicial. Da mesma forma, se uma pessoa tem vários caminhos para chegar numa localidade, certamente

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sua natureza deverá escolher o melhor e mais adequado caminho para atingir aquele propósito. Tarefas da etapa Dois:

• Entender o comportamento inadequado. • Identificar o propósito ou a intenção positiva do comportamento em

determinados contextos. • Etapa Três – Especificar a necessidade e a importância da mudança

pessoal para a pessoa Até esta etapa a pessoa já definiu o comportamento que deseja mudar, analisou e entendeu esta conduta inadequada no contexto de sua vida, distinguindo o propósito do comportamento inadequado e o ganho secundário que obtêm ao realizá-lo. Agora é preciso avaliar qual a repercussão positiva que uma alteração deste comportamento poderá ter em sua vida. Nesta etapa é necessário relacionar todas as vantagens que terá ao realizar a mudança. Qual área de sua vida será beneficiada? Conseguirá melhorar sua saúde, relacionamentos, terá mais dinheiro, qualidade de vida ou felicidade? É importante tomar consciência de todas as vantagens para, a partir do conhecimento destes benefícios, poder desenvolver um grande desejo de mudança, e, em função deste desejo e destas vantagens, pagar o preço pelas mudanças que muitas vezes são tão difíceis de realizar. dinheiro, relacionamentos, qualidade de vida ou o que?

• Que prejuízo esta tendo com o atual comportamento? • Como será sua vida após a mudança? • Em quanto tempo conseguirá mudar e qual o custo?

grande desejo de mudança pessoal Para criar um forte desejo de mudança, será necessário associar uma grande dor e uma sensação desagradável ao fato de não mudar, e um grande prazer, e estímulo pela idéia de mudança. Assim nos sentiremos motivados e teremos um grande desejo de realizar esta alteração de comportamento em nossas vidas. Imagine a seguinte situação: digamos que seus familiares e as pessoas de quem gostam estão de férias em uma praia, desfrutando o prazer daquela situação e você foi obrigado a permanecer trabalhando. O que acontecerá? Certamente você estará associando uma grande dor e uma sensação desagradável ao fato de ter de ficar trabalhando e um grande desejo de mudança daquela situação, ou seja, ir ao encontro das pessoas de quem gosta e que estão de férias. No processo de mudança será bastante útil realizar o mesmo raciocínio. A partir da análise que fez ao relacionar todas as vantagens da mudança e todas as desvantagens que têm com o antigo comportamento, é possível vincular dor e desprazer ao fato de não mudar e um grande prazer pela mudança. Assim seu desejo de mudar será significativo.

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Se alguém tem um determinado comportamento que deseja mudar, por exemplo, “comer em excesso”, e vincula este comportamento a sensações de prazer, dificilmente conseguirá realizar as mudanças. Todas as vezes que se imaginar tomando um sorvete, ou comendo um enorme sanduíche, sentirá sensações de prazer e satisfação, o que só aumenta seu desejo por aquele comportamento inadequado. Mas se a pessoa que come em excesso mudar a maneira de pensar e imaginar-se sendo ridicularizado pelas pessoas por estar acima do peso, toda vez que pensar em comer um sanduíche ou sorvete, aquela sensação será desagradável e trará enorme dor e sofrimento à pessoa. E ao mesmo tempo, ela imaginar que terá grande prazer por ser elogiada pela sua estética e boa forma ao ter conseguido controlar o peso, esta sensação de prazer fará com que tenha grande desejo de operar a mudança. Tarefas da etapa Quatro:

• Associe grande dor e sensações desagradáveis ao fato de não mudar.

Associe grande prazer e sensações agradáveis e estimulantes com a possibilidade de mudança.

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alternativas de comportamentos Nesta etapa, é preciso gerar novas alternativas de conduta para substituir pelo comportamento inadequado. Se alguém simplesmente parar de fumar, de comer em excesso, ou romper um relacionamento, ou parar com algum outro comportamento obsessivo e não colocar nada no lugar deste, adivinhe o que vai acontecer em pouco tempo? Isto mesmo! O antigo comportamento volta rapidinho. Quantas vezes isto já aconteceu conosco? Por isto é tão fundamental gerar novos comportamentos para substituir os antigos, de forma que estas novas condutas possam satisfazer as mesmas necessidades latentes. Um exemplo: existem pessoas que são viciadas em assistir televisão. Interromper este hábito deixará um vácuo na vida destes indivíduos. Alem do mais, este comportamento pode ser uma cortina de fumaça para encobrir problemas no casamento ou outro desequilíbrio em sua vida. De todo modo, esta pessoa está com sua vida bastante limitada. Neste caso o ideal é gerar novas possibilidades de lazer e ocupação que possam satisfazê-la, e encontrar dentro destas novas possibilidades aquelas que venham a atender o seu propósito embutido. Talvez esta pessoa possa começar a ver cinema, ir ao shopping, navegar na internet, passear no parque, ir pescar, praticar um esporte, passear com a pessoa amada ou com a família, fazer churrasco, passear de carro, ter um hobby e diversas outras escolhas como alternativas. É preciso ampliar as possibilidades de seu mundo.

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Analisando com cuidado e com honestidade consigo mesmo o antigo comportamento, a pessoa acabará descobrindo o propósito que tinha com aquela forma inadequada de levar sua vida, e poderá escolher entre as novas alternativas algumas que podem substitui e satisfazer as mesmas necessidades e atender aos mesmos propósitos. O fundamental é ter algo para colocar no lugar do antigo comportamento. Esta substituição terá um grande impacto e será uma forma de superar a situação mais facilmente. O ser humano é assim, se tem algo para substituir o antigo comportamento fica mais fácil a mudança. As crianças são um bom exemplo: se queremos que parem de chorar, que é um comportamento inadequado, podemos distrai-las com outras coisas, como um pirulito ou um chocolate. Claro que estamos falando de comportamentos mais complexos, esta é apenas uma analogia. Tarefas da etapa Cinco:

• Gere uma grande quantidade de novas condutas que possam substituir o comportamento inadequado, e que sejam mais aceitáveis.

• Identifique qual era o propósito embutido no comportamento inadequado. • Inicie a substituição do antigo hábito compulsivo por alguns dos novos

comportamentos que possam atender aos mesmos propósitos. • Faça um acordo consigo mesmo de utilizar as novas opções por um

determinado prazo, por exemplo, um mês, para testar se os novos comportamentos são de fato melhores e poderão substituir adequadamente os antigos hábitos de maneira satisfatória em todos os contextos.

Etapa Seis – Imaginar as novas mudanças ocorrendo em sua vida Agora é hora de testar as novas mudanças no plano da imaginação, buscando vivenciar sua situação daqui para frente com os novos comportamentos. É preciso pensar em diversas circunstâncias particulares, sociais, profissionais em que o antigo comportamento acontece, e imaginar-se utilizando as novas opções no lugar da antiga conduta. Se o comportamento inadequado é parar de fumar, por exemplo, e você gerou novas opções para substituir este hábito, como: mascar chicletes, comer uma fruta, ouvir música, brincar com algum jogo, desenhar, fazer alguma atividade manual, tocar um instrumento, ligar para a pessoa amada, ou diversas outras coisas, então comece a pensar nos contextos onde fumava e, neste caso, se imagine realizando estas outras atividades em substituição à antiga conduta. Se você gerou muitas opções e agora se imagina realizando cada uma destas novas alternativas em substituição ao comportamento inadequado, perceberá que algumas destas escolhas serão mais eficazes e mais atraentes do que outras, e, neste caso, terá uma pista de quais serão as melhores opções para substituir o antigo hábito. Escolha as três melhores opções que entender sejam mais eficazes e mais estimulantes para substituir o antigo hábito. Estas três escolhas deverão ser testadas nos próximos trinta dias em substituição ao comportamento inadequado.

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Tarefas da etapa Seis:

• Imagine-se utilizando as novas alternativas em substituição ao antigo comportamento.

• Escolhas as três opções mais adequadas, atraentes estimulantes e eficazes para substituir o antigo comportamento e atender aos propósitos do comportamento inadequado.

• Concentre-se em testar as três novas alternativas no mundo real e nos contextos apropriados pelos próximos trinta dias.

Etapa Sete – Assumir o compromisso de implantar a mudança Chegamos a ultima etapa, e agora sugerimos que a pessoa deva assumir um forte compromisso consigo mesmo de efetuar a mudança desejada. Recomendamos que todo o processo de mudança seja documentado, e que a pessoa deve realizar por escrito as tarefas solicitadas ao final de cada etapa. precisa escrever e realizar todas as tarefas descritas e ao final assinar o documento em que assume o compromisso consigo mesmo de tentar com todas as suas forças e determinação, efetuar a mudança utilizando os três novos comportamentos em substituição ao hábito inadequado. Este documento de compromisso deve ser lido com freqüência durante o período em que assumiu o acordo, para que possa consolidar a mudança em sua mente. Ao final do tempo estipulado de 30 dias o individuo então terá oportunidade de fazer uma escolha: manter o compromisso de mudança por tempo indeterminado, ou desistir e voltar ao comportamento anterior que tanto lhe prejudicava. Caso alguma coisa, por qualquer motivo, não esteja funcionando adequadamente com as novas escolhas, é preciso reiniciar o processo gerando outros comportamentos e realizando um novo compromisso de mudança. A estratégia que acabamos de apresentar não é uma formula definitiva e certamente não é a única maneira de efetuar mudanças. Entretanto é um caminho possível e uma ótima maneira de realizar transformações pessoais. Acreditamos que iniciando este processo de aprender a realizar mudanças comportamentais, e com isto operar uma evolução enquanto ser humano, a pessoa acabará adquirindo uma nova habilidade que será útil em sua vida pessoal e profissional. Sugerirmos iniciar estes procedimentos com comportamentos mais simples e a medida que for adquirindo habilidade com o processo, buscar utilizá-lo nas mudanças mais importantes e que são essenciais para seu crescimento como pessoa e na busca de sua realização e felicidade.

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Inteligência Emocional (Dr.Francisco Ferreira)

Desde que iniciei a busca pessoal por algo mais consistente para minha existência, há quase duas décadas, li muito, pesquisei muito, aprendi muito. Mas somente a pouco mais de dois anos, quando resolvi estudar Neurolingüística, foi que consegui estabelecer uma paralelo muito produtivo entre o conhecimento esotérico, o sagrado e o racional analítico. E eis que uma grande revolução interna ocorreu-me quando, dentro do campo da PNL, conheci os trabalhos de vários autores que faziam referência a uma tal de Inteligência Emocional. O tema me interessou bastante e com muito empenho pessoal me aprofundei no assunto. Com base nos pressupostos apresentados por Goleman, Weisinger, Payne, Mayer e outros pesquisadores da EI, fiz uma junção com outros dados estudados em Neurolingüística e Poder da Mente e construí uma análise sobre o tema, o qual apresento aqui na Casa do Aprendiz. EI ou Inteligência Emocional é um termo utilizado em Psicologia para designar a inteligência que envolve habilidades para manipular as emoções, tornando-as coadjuvantes no processo de crescimento interno. Com a aplicação da Inteligência Emocional, as emoções dispersas, descontroladas e geralmente maléficas, podem ser analisadas, controladas e direcionadas para o desenvolvimento de pessoas e grupos. A Inteligência Emocional foi popularizada a partir de 1995, pelo psicólogo, jornalista e escritor Daniel Goleman, com o fascinante livro que traz o termo como título. Através de uma análise coerente e inteligente, Goleman nos mostra que o QI elevado de uma pessoa não é garantia de sucesso e felicidade, contrariando o saber científico difundido até então. Utilizando-se de métodos de pesquisa inovadores que avaliam estados mentais, ondas cerebrais e comportamentos, ele demonstra que pessoas de QI elevados podem fracassar, enquanto pessoas que apresentam quociente mais moderado nos testes obtiveram êxito em seus projetos e metas pessoais e profissionais.

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Daniel Goleman derruba categoricamente o mito de que a inteligência é determinada pela carga genética. Para ele a Inteligência é emocionalmente construída através da forma como vivenciamos nossas emoções. Dessa forma; o êxito pode ser produzido por qualquer indivíduo que tenha capacidade suficiente para controlar seus impulsos, agindo com coerência e uma inteligência emocionalmente construída. Princípios para o desenvolvimento da Inteligência Emocional Um homem com grau desenvolvido de inteligência emocional caracteriza-se pela habilidade e pela capacidade para perceber e controlar as emoções de si mesmo das outras pessoas. Tal pessoa tem ampliado a sua capacidade de dominar as emoções com inteligência passando a utilizar o fluxo de suas emoções de forma inteligente e construtiva, melhorando seus relacionamentos conjugais, afetivos, sociais e profissionais. O processo de aquisição e domínio da emoção através da inteligência está no princípio do conheça-te a ti mesmo. Ter autoconsciência significa reconhecer e compreender nossos pensamentos, sentimentos e ações, estabelecendo uma relação produtiva entre esses elos para que se produzam reações favoráveis. Assim; adquirimos o poder de dominar as nossas emoções. com o tempo o autodomínio é naturalmente ampliado ao nosso círculo de relacionamentos, levando-nos a uma melhor compreensão do que se passa na cabeça daqueles que convivem conosco, trazendo a perspectiva de uma melhoria significativa em nossas perspectiva de vida. Como desenvolver e ampliar sua autoconsciência: Reserve um tempo no final do seu dia para fazer uma auto-análise. Procure perceber o modo como faz as suas ponderações, suas avaliações e seu julgamento acerca de fatos, circunstâncias e eventos ocorridos e repare bem na forma como reagiu. Para ampliar a

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autoconsciência é primordial desenvolver a autocrítica. Seja crítico para consigo mesmo, prestando atenção nos seus sentimentos. Repare bem na sua atuação com os outros no decorrer do dia e analise os bons e os maus sentimentos experimentados nessa relação. Além desse exercício diário de autoconhecimento peça para alguém confiável para que teça uma análise de sua personalidade e lhe apresente uma análise franca sobre a mesma. Os outros enxergam-nos por um prisma diferenciado e muitas vezes, podem revelar algo que desconhecemos sobre nós. Portanto; é imprescindível estar atentos ao que representamos para o mundo. Para ampliar a consciência é necessário, além de ser um crítico positivo de si mesmo, ter a nobreza de aceitar as críticas construtivas dos outros. Como controlar as suas emoções: As nossas emoções, quando descontroladas e absortas, dissipam grande quantidade de energia. É necessário dominar e redirecionar essa energia emocional para alcançar os resultados positivos que almejamos. Controle sua excitação, seus medos, seus ódios e seu desânimo porque não tais sentimentos dissipam grande quantidade de energia, acabando por minar todas as sua forças. É necessário controlar o nosso emocional, habituando-se a focar nossos pensamentos e sentimentos em expectativas positivas . Faça do bom humor e do entusiasmo grandes aliados em seu dia-a-dia. Aprenda que novos hábitos são criados a partir de novos pensamentos mantidos com sentimento. Pode até parecer difícil no início; mas a medida que seus novos pensamentos são mantidos, embasados em uma nova perspectiva mais positiva, gradativamente vão tornando parte de sua personalidade. Alimente seus pensamentos diários através da emoção e você estará seguramente construindo novos hábitos. A nossa vida é construída e mantida por uma teia de relações em todos os seus aspectos. E, nossas emoções são as bases que estabelecem a nossa forma de se relacionar com o mundo, determinando sucesso ou insucesso nas mais diversas áreas. Portanto; o domínio das emoções consiste num grande e potente diferencial capaz de nos transportar daquilo que somos para tudo aquilo que almejamos ser ou ter. Somos seres complexos diante de um universo dinâmico, mas ao mesmo tempo simples em seu modus operandi. Seguindo a regra básica do conheça-te a ti mesmo e aplicando-a sob a forma de um autocontrole eficaz, poderemos usufruir positivamente das poderosas energias da emoção.

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Aprenda a se automotivar Acredito piamente que somos o resultado daquilo que pensamos. Isso não se deve apenas ao fato de eu ser um estudioso da Lei da Atração. A razão também tem me mostrado que um ser motivado não só atrai, mas também, gera e constrói uma perspectiva melhor. Um homem motivado está sempre disposto a aprender. E, os mais céticos doutores da ciência tradicional reconhecem que conhecimento é poder. Assim; acreditando ou não na força da crença, aja sempre motivado para o êxito. Quem vive motivado ama o que faz ou aprende a gostar do que a vida lhe reservou. Tem mais energia para trabalhar e produzir melhor, porque o desânimo dissipa força mental e emocional, provocando a estagnação. Escolha pensar e acreditar naquilo que te faça sentir-se bem. Acredite que você pode desenvolver e potencializar as suas capacidades. Creia em si mesmo e aja confiante e esperançoso que dias melhores virão. Você pode até ter sido moldado por uma sociedade que cultiva a filosofia do pessimismo; mas não precisa se manter indefinidamente preso a isso. Mude o foco de sua atenção para a grande realidade de que a verdadeira natureza da vida é o aprendizado, a expansão e o crescimento. Observe a natureza e o universo em seu estado original com sua exuberância e grandiosidade. Essa é uma maneira de elevar a sua consciência a um estado de identificação com a opulência do cosmos. Seja seletivo em relação às suas verdadeiras amizades. Fuja dos pessimistas de plantão e daqueles que sempre estão julgando e condenando a si mesmos e aos outros. Busque agrupar-se a pessoas otimistas e vitoriosas. O otimismo é contagiante e o convívio com pessoas dessa categoria irão te conduzir a um estado de espírito motivado e confiante. Mude o seu visual e o ambiente à sua volta Transforme a sua casa e o seu local de trabalho em locais mais agradáveis. Reorganize os seu móveis, melhore a iluminação. Troque a decoração. Vista-se bem, com roupas com design bonito e jovial, faça um novo corte de cabelo, mais moderno. Dessa forma; você estará ocasionando mudanças inconscientes no seu mundo interno, espelho fiel daquilo que vivenciamos externamente. Creia! Uma coisa reflete na outra: o que está fora é como o que está dentro, como nos afirma o velho axioma hermético. Lembre-se: você é um templo sagrado do Espírito Universal e como tal, deve ser respeitado e bem cuidado para que possa estar em sintonia com Ele. E, sua casa e seu local de trabalho são uma extensão de você. Mude-os e será mudado conforme a natureza de sua mudança. Assim a vida é construída. Desenvolva sua transcendência Desde os primórdios da civilização o homem tem latente em sua alma a aspiração a algo superior. Todas as religiões do mundo originaram-se dessa necessidade de se ligar a algo transcendental. Hoje; vivemos em uma época em que o Superior está sendo desmistificado e apresentado de uma maneira mais racional. Mas isso não significa a negação de Deus e sim sua sublimação. Quem analisar todo o conteúdo deste site, verá que é possível aliar razão, intuição e emoção para construir dentro de nós a perspectiva de uma e******ualidade evoluída e muito mais produtiva. Não estamos querendo incutir uma metodologia ou uma filosofia especifica a respeito de e******ualidade. Queremos apenas estimulá-lo a buscar dentro de si uma perspectiva de apoio transcendental, útil ao seu crescimento interno e externo. Seguindo a sua perspectiva pessoal, você poderá usufruir mais e melhor desse Poder Superior que te guia. Você pode chamá-lo do que quiser: Deus, Sagrado Anjo Guardião, Eu Superior, Jesus, Mente Universal... Não importa o nome que se dê a isso. Importa que você acredite piamente nisso. As evidências comprovam-nos continuamente que a fé em algo superior conduz o homem à realização de milagres de todos os tipos. Concluindo Com base nos pressupostos apresentados acima, gostaria de concluir a minha explanação a respeito da Inteligência Emocional frisando que tal prática configura um conjunto de competências e habilidades, emocional e inteligentemente construídas para se atingir a excelência nas mais diversas áreas de atuação, tais como: na família, no trabalho. Ter inteligência emocional, significa não somente possuir os conhecimentos técnicos ou saberes intelectuais, é muito mais: é ter o controle de nossas emoções e aplicar a nossa inteligência para obter êxito nos relacionamentos

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afetivos, sociais e profissionais. É ter amor próprio e auto-estima elevada. É desenvolver a capacidade de gostar o que fazemos. É acreditar em nosso potencial. Ser capaz de gerenciar as emoções, produzindo um equilíbrio interno que se reflete numa eficaz capacidade de lidar com situações adversas e solucionar problemas. A inteligência emocional bem treinada e elaborada é base propícia para a conquista da excelência, aprimorada a partir de uma associação favorável entre a razão e a emoção.

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O PODER DA MENTE SUBCONSCIENTE (Joseph Murphy)

Quando a nossa mente subconsciente aceita deliberadamente uma idéia ou um plano criador e o transfere para o subconsciente com confiança, a inteligência do subconsciente faz a coisa ocorrer na nossa experiência. A mente subconsciente age como uma lei e produz com exatidão matemática o equivalente da idéia na experiência. Uma moça escreveu-me de Wichita, no Kansas, dizendo-me que tinha lido o meu livro O Poder do Subconsciente e decidira seguir o conselho de seu médico de perder 20 quilos de peso. Disse ela que havia feito vários tipos de dieta, perdendo peso, mas que sempre o havia recuperado. Seguindo então o conselho dado no meu livro, todas as noites antes de dormir ela começou a pensar certo e a transmitir a resposta correta à sua mente subconsciente. Seu pensamento justo era o seguinte: “Eu peso 54 quilos na ordem Divina. A inteligência infinita da minha mente subconsciente aceita este pedido e age de acordo. Durmo em paz e a correta ação Divina me governa”. Após uma semana aproximadamente a moça descobriu que tinha perdido todo o desejo de alimentos amiláceos e substâncias gordurosas de que antes sentia um ávido desejo, e desse modo não teve dificuldade em perder o peso desejado. Antes disso, ela submetia-se com esforço a uma dieta rigorosa, e ao mesmo tempo ansiava o tempo todo por sorvete, torta de maçã e doces em geral. Qualquer pessoa que diga: “Não posso perder peso” está na realidade dizendo: “Não quero perder peso”. A única coisa que a pessoa tem de fazer é chegar a uma decisão definida na sua mente consciente, e o seu subconsciente fará o resto. Você descobrirá que perdeu todo o desejo daquelas comidas que contribuem para a sua obesidade. Você é o Único Pensador no Seu Universo Você tem o privilégio de escolher qualquer idéia construtiva; alimentá-la e mantê-la, sabendo que haverá uma resposta da sua mente subconsciente. A sabedoria do seu subconsciente resolverá a idéia que você escolheu à sua própria maneira inimitável. O Poder do Pensamento no Seu Corpo Você tem observado o efeito do medo no seu pulso, na batida do coração, etc. A vergonha faz subir o rubor às faces e a raiva e a cólera empalidecem a pele. Muitos jovens têm ficado de cabelo branco depois de experiências angustiantes. A notícia da morte súbita de um ente querido tem produzido cegueira e surdez psicológicas. A preocupação afeta a digestão e pode produzir úlceras,

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colite e outras disfunções e doenças. Os nossos jornais e revistas mostram-nos diariamente os estragos do ódio, da inveja, do ciúme e da tensão no corpo, tais como anemia, pressão alta do sangue, perturbações cardíacas e até câncer. Comece a Usar o Poder Criador com Sabedoria A nossa consciência é o único poder criador em nossa vida. A nossa consciência representa o que nós pensamos, sentimos, cremos e aquilo a que damos consentimento mental. Ela é a causa de todas as nossas experiências, males, circunstâncias e eventos de nossa vida. Não considere o mundo exterior uma causa; ele é um efeito. Recuse definitiva, positiva e absolutamente dar poder a coisas exteriores, como os ventos, as ondas, o tempo, o sol, a neve, as estrelas ou qualquer coisa criada. O pensador científico nunca faz de um efeito uma causa; por conseguinte, ele não mais se deixa hipnotizar pelo mundo e suas crenças. O criador é maior do que a sua criação. O pensador é maior do que os seus pensamentos, e o artista é maior do que a sua arte. Pense bem e o bem se seguirá; pense negativamente e virá a negação. Em uma conferência que fiz no ano passado em Las Vegas um homem perguntou-me: “Que é pensamento e que há do novo nisso?” Expliquei-lhe que pensar significa comparar; isto é, comparar uma coisa com outra, uma proposição com outra. Se o instrumento mental pode dizer apenas “sim”, não 6 possível a comparação. Se temos uma escolha entre duas coisas —a uma delas dizemos “sim” e à outra “não”. Quando perguntamos por quê, estamos procurando uma razão. Todo o raciocínio compreende escolher isto e rejeitar aquilo, e seria impossível selecionar ou rejeitar se a nossa mente não tivesse o poder de afirmação e rejeição. A maioria das pessoas não pensa realmente. Estamos pensando quando a nossa mente se dedica às eternas verdades de Deus, quando rejeitamos todo o medo e meditamos sobre a realidade do nosso desejo, sabendo que há um Poder Onipotente que responde ao nosso pensamento e que o fará acontecer. Estamos pensando verdadeiramente quando arrazoamos sobre as coisas em nossa mente, rejeitando todos os conceitos negativos como impróprios para a casa de Deus, e deleitando-nos com a realidade da solução Divina, sabendo que uma sabedoria subjetiva responde ao nosso pensamento criador quando estamos livres de medo. Isto pareceu satisfazê-lo, e ele disse: - Nunca até agora eu soube o que era o pensamento. O homem é mente, e continuamente está empunhando o instrumento do pensamento e produzindo mil males e mil alegrias.

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O SUBCONSCIENTE (Dr.Renato Brandão) Agora eu vou lhes falar de um poder extraordinário: o poder do subconsciente. Esse é um poder que todos têm. Ricos e pobres, fracos e fortes, religiosos ou não. A mente consciente todos já conhecem, é essa mente que pensa, imagina, cria, deseja. A mente subconsciente muita gente não a conhece. Ela não pensa, não sente e nem deseja como o consciente. Ela apenas executa o que pensamos.É a nossa ligação com o superior, com a mente divina que tudo criou. Por isso nós podemos restaurar qualquer órgão doente, ajudar alguém a restaurar ou mudar qualquer situação que nos favoreça ou nos faça crescer. O que se precisa a princípio são de bons pensamentos, relaxamento e muita oração. E enquanto estiver orando criar na mente a imagem do que se quer como se já tivesse conseguido. Às vezes, demora dias, meses ou anos até, depende da fé de cada um. Seja um carro, casa ou uma cura, não duvide do seu poder. Ele vem de Deus e está pronto para te ajudar a qualquer momento. Por que pensar em Ordens Religiosas, Irmandades ou Sociedades Secretas. O poder que temos é muito mais simples que isso. Ele provém do íntimo do nosso ser, através do pensamento. Não precisa seguir essa ou aquela tendência ou idéia. Nem decorar nomes difíceis. Basta pensar no bem. E não permitir que pensamentos maus invadam nossa mente. Se algum mau pensamento invadir sua mente consciente, mude para pensamentos bons ou visualize alguma imagem bonita: O rosto de Jesus, um jardim, uma praia, uma cachoeira, um quadro, etc. só você pode controlar seus pensamentos. Pense positivo. Pense no bem.

A mente subconsciente e a Lei da Atração Sabemos que a Lei da Atração está relacionada à auto-realização. O que precisamos compreender é que existem três níveis de auto-realização: o nível da personalidade, o nível da alma e o nível e******ual. Para que você possa se sentir completamente

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realizado na vida, sem aquela sensação de vazio ou de estar faltando alguma coisa, mesmo quando se conquista algo, o ideal seria atingir esses três níveis. A auto-realização no nível da personalidade traz a felicidade, no nível da alma traz júbilo e no nível e******ual traz o êxtase. O requisito mais importante para alcançar esses três níveis de auto-realização é: aprende a tomar posse do seu poder pessoal, ou seja, do seu destino. E como fazer isso? O ideal é dizer a você mesmo ou à sua mente subconsciente que é a mente não racional, a mente que trabalha com as impressões, estímulos, lembranças, hábitos, desejos, impulsos, instintos, habilidades, etc...: Eu sou o poder, o equilíbrio, a força, o amor, a vontade, onde tudo posso, tudo é possível, em tudo sou capaz de gerar e criar, pois sempre estou centrada no meu auto-controle e autodomínio do meu poder. A função da mente subconsciente ou não-racional é armazenar o que a mente consciente ou racional comanda, por isso, a importância de ter atitude, analisar informações que você recebe através da mente racional e mandar para seu subconsciente; é ela que vai criar caminhos, fluxo energético e formas-pensamento de acordo com o que armazenou durante toda sua vida. Por isso, é muito comum as pessoas manifestarem padrões sem terem consciência dessa manifestação. A pessoa armazena hábitos, positivos e negativos, e pode mudá-los criando ao mesmo tempo hábitos saudáveis. Você já deve ter ouvido dizer que são necessários 21 dias para firmar um novo hábito na mente subconsciente. Você pode aprender algo num só dia mas, para gravar o hábito, a mente subconsciente precisa do período de 21 dias. Isso permite que você cresça continuamente, desenvolvendo novas capacidades, sem se preocupar com as antigas. A mente subconsciente é o campo onde opera a Lei da Atração. Ela está continuamente atraindo algumas coisas para você e repelindo outras, de acordo com o programa que foi instalado. “Ser Mestre é usar essa lei para benefício próprio e consciente.” Joshua David Por isso, batemos sempre na mesma tecla: se você tem gravada em sua mente subconsciente a crença de que jamais terá dinheiro, então certamente não o terá. Se, por outro lado, você acredita que terá dinheiro, sua mente subconsciente irá atrair as oportunidades e as possibilidades para tal. Tudo o que você deseja na vida pode afirmar e visualizar na mente subconsciente e esta irá atraí-lo e magnetizá-lo até você. Carl Jung tratou disso quando falou do inconsciente coletivo. Sua mente subconsciente necessitada de algo está interligada com todas as outras mentes subconscientes que têm o que você precisa. É dessa forma que ocorre a atração. A mente subconsciente é a sede das capacidades psíquicas, tem os cinco sentidos internos e para desenvolvê-los, é como os externos, é só uma questão de prática e treinamento apropriado. Então, vamos à prática. Exercício de Desidentificação Toda manhã, durante 21 dias, sugiro que repita essas afirmações três vezes em voz alta, até que penetrem totalmente na sua mente consciente e subconsciente. Para doença: Eu tenho um corpo, mas não sou esse corpo. Meu corpo pode se encontrar em diferentes condições de saúde ou doença. Isso nada tem a ver com o meu ego verdadeiro ou o “Eu” verdadeiro. Para mau comportamento: Eu tenho um comportamento, mas não sou esse comportamento. Todo meu comportamento provém dos meus pensamentos. Como não desenvolvi o controle de mim mesmo e, ainda assim funciono no piloto automático, às vezes me comporto de forma inadequada. Mas ainda que eu me comporte bem ou mal, eu não sou esse comportamento. Isso nada tem a ver com o meu verdadeiro ego, meu verdadeiro “Eu”.

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Para emoções: Eu tenho emoções, mas não sou essas emoções. Porque ainda não desenvolvi o controle de mim mesmo, minhas emoções às vezes são negativas e outras vezes positivas. À medida que eu for me assenhoreando de minha vida, isso irá mudar. Embora uma onda de emoções possa me dominar, eu sei que eu não sou essas emoções. Minha verdadeira natureza não irá mudar. “Eu” permaneço o mesmo. Para a mente: Eu tenho uma mente, mas não sou essa mente. Minha mente é a ferramenta que tenho para criar as emoções, o comportamento e o corpo físico, assim como as coisas que atraio para a minha vida. Porque ainda não desenvolvi o controle de mim mesmo, minha mente às vezes me governa, em vez de eu controlar minha mente. A mente é o meu instrumento mais valioso, mas não é aquilo que “Eu” sou. Exercício de Identificação: O que sou “Eu”? Depois de desidentificar-se (o “Eu”) dos conteúdos da consciência, afirmo que “Eu” sou um centro de pura autoconsciência. Sou um centro de vontade e poder pessoais, capaz de ser a causa e o criador de cada aspecto da minha vida. Sou capaz de dirigir, de escolher e de criar todos os meus pensamentos e emoções, o meu comportamento, a saúde do meu corpo e as espécies de coisas que atraio para a minha vida. É isso o que “Eu” sou.

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Auto-imagem pode gerar auto-sabotagem (Terapeuta Bel Cezar)

O que mais me impressionou ao refletir sobre auto-sabotagem, foi observar que ela ocorre quando finalmente estamos nos sentindo bem.

:: Você já se observou o que acontece quando nos sentimos bem e os outros não estão tão bem quanto nós?

:: Será que a felicidade só existe sob certas condições? :: Quem dita as regras de nosso bem estar?

Apenas poderemos manter nosso bem-estar se soubermos nos manter atentos e ao mesmo tempo relaxados. A questão é não perder o contato interno: a percepção do que necessitamos a cada momento. A auto-percepção é como uma âncora que nos

mantém atentos às constantes mudanças internas.

O bem estar verdadeiro surge da confiança de sermos capazes de nos auto-sustentar continuamente, mesmo diante situações em que nos tornamos frágeis e emocionalmente reativos. Nestes momentos, quando nos confrontamos com nossos

bloqueios internos, gostaríamos de nos manter inocentes: crianças soltas e irresponsáveis. Isto acontece porque não estamos familiarizados em lidar com nossas

próprias sombras.

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Cada vez que desconfiamos de nossa capacidade em superar obstáculos, cultivamos um sentimento de covardia interior, que bloqueia nossas emoções e nos paralisa. Muitas vezes não queremos pensar naquilo que sentimos, pois, em geral, temos

dificuldade para lidar com nossos sentimentos sem julgá-los. Sermos abertos para com nossos sentimentos demanda sinceridade e compaixão.

:: Mentir para nós mesmos

Temos uma imagem idealizada de nós mesmos, que nos impede de sermos verdadeiros. Produzimos muitas ilusões a partir desta idealização. Muitas vezes, dizemos o que não sentimos de verdade. Isso ocorre porque não sentimos o que pensamos! Algumas de nossas auto-imagens não querem ser vistas! Por isso, é imprescindível reconhecer quando não estamos de fato sentindo o que gostaríamos de sentir, pois só a verdade nos auto-organiza. É nossa auto-imagem que gera sentimentos e pensamentos em nosso íntimo. Podemos nos exercitar para identificá-la. Mas este não é um exercício fácil, pois resistimos em olhar nosso lado sombrio. No entanto, uma coisa é certa: tudo que ignoramos sobre nossa parte sombria, cresce silenciosamente e um dia será tão forte que não haverá como deter sua ação. Portanto, é a nossa auto-imagem que dita nosso destino. O mestre do budismo tibetano Tarthang Tulku, escreve em seu livro "The Self-Image" (Ed.Crystal Mirror): "A auto-imagem não é permanente. De fato, o sentimento em si existe, no entanto o seu poder de sustentação será totalmente perdido assim que você perder o interesse por alimentar a auto-imagem. Nesse instante, você pode ter uma experiência inteiramente diferente da que você julgou possível naquele estado anterior de dor. É tão fácil deixar a auto imagem se perpetuar, dominar toda a sua vida e criar um estado de coisas desequilibrado... Como podemos nos envolver menos com nossa auto-imagem e nos tornar flexíveis? Somos seres humanos, não animais, e não precisamos viver como se estivéssemos enjaulados ou em cativeiro. No nível atual, antes de começarmos a meditar sobre a auto-imagem, não percebemos a diferença entre nossa auto-imagem e nosso 'eu'. Não temos um portão de acesso ou ponto de partida. Mas, se pudermos reconhecer apenas alguma pequena diferença entre a nossa auto-imagem e nós mesmos, ou 'eu' ou 'si-mesmo', poderemos ver, então, qual parte é a auto-imagem"

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"A auto-imagem pode representar uma espécie de fixação. Ela o apanha, e você como que a congela. Você aceita essa imagem estática, congelada, como um quadro

verdadeiro e permanente de si mesmo", explica Peggy Lippit no capítulo sobre Auto-Imagem do livro "Reflexões sobre a mente" organizado por seu mestre Tarthang Tuku

(Ed. Cultrix). Para saber como nos auto-sabotamos, devemos responder a seguinte pergunta: "O que eu sei de mim mesmo que preferia não saber?". A resposta desta pergunta revelará a auto-imagem responsável por nossos comportamentos repetitivos de auto-sabotagem. Ao encontrar a auto-imagem que gera sentimentos desagradáveis, temos

a oportunidade de purificá-la em vez de apenas nos sentirmos mal.

:: Auto-sabotagem em nossas mudanças profundas Nós nos auto-sabotamos quando saímos de nosso propósito de vida. Cada um tem um propósito na vida e quando não vibramos de acordo com a intenção desde propósito

nossa vida fica cheia de obstáculos. Há momentos em nossa vida que reconhecemos estarmos prontos para dar um novo salto: estamos dispostos a efetivar uma mudança profunda. Nos lançamos num novo empreendimento, numa nova relação afetiva, mudamos de cidade e até mesmo de

apelido. ...Mas, aos poucos, nos pegamos fazendo os mesmos erros de nossa "vida passada". É

como se tivéssemos dado um grande salto para cair no mesmo buraco. Caímos em armadilhas criadas por nós mesmos. Nos auto-sabotamos.

Isso ocorre porque apesar de querermos mudar nosso inconsciente ainda não nos permitiu mudar! É aí que está o que mais precisamos saber: nos informar para não

nos auto-sabotar. Por isso, afirme para si mesmo, com determinação, o que de agora em diante o seu

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inconsciente deve de fato saber. Enquanto não formos capazes de ver, de compreender, de perceber nossos desejos e atuar de modo coerente, cairemos na

auto-sabotagem.

:: Reprograme seu insconsciente! Quais são as frases que você escutou sobre o perigo da felicidade? Em nosso interior escutamos e obedecemos, sem nos dar conta, ordens de nosso inconsciente

emitidas a partir de frases que escutamos inúmeras vezes quando ainda éramos crianças. Toda família tem as suas...

Por exemplo: "Não fale com estranhos" é uma clássica. Como a nossa mente foi

programada a não falar com estranhos, cada vez que conhecemos uma nova pessoa nos sentimos ameaçados.

Uma parte de nosso cérebro nos diz: "abra-se" e outra adverte "cuidado".

Num primeiro momento o desafio em si é encorajador, por isso nos atiramos em novas

experiências e estamos dispostos a enfrentar os preconceitos. No entanto, quando surgem as primeiras dificuldades que nos fazem sentir incapazes de lidar esse novo empreendimento, reconhecemos dentro de nós, a presença desta parte inconsciente que discordava em que nos arriscássemos a mudar de atitude: "Bem que eu já sabia

que falar com estranhos era perigoso". Muitas vezes o medo da mudança é maior do que a força para mudar. Por isso,

enquanto nos auto-iludirmos com soluções irreais e tivermos resistência em rever nossos erros e aprender com eles, estaremos bloqueados. Desta forma, a preguiça e

o orgulho serão expressões de auto-sabotagem, isto é, de nosso medo de mudar.

Dificilmente percebemos que nos auto-sabotamos. Nos auto-iludimos quando não lidamos diretamente com nosso problema raiz. Não é fácil perceber que a traição começa em nós mesmos, pois nem nos damos conta de que estamos nos auto-

sabotando!

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A auto-sabotagem (Dr.Rodolfo Fonseca)

De onde pode vir à traição senão de dentro de nós mesmos? Isso me faz lembrar que o grande

inimigo a vencer não se encontra lá fora e sim dentro de cada um de nós e que ele é muito poderoso, pois age no silêncio do dia-a-dia escondido por entre nossos medos e bloqueios.

Tudo que ignoramos sobre a nossa parte mais sombria, cresce silenciosamente e um dia será tão forte que não haverá como deter sua ação traiçoeira. É também por essa razão que insistimos na

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imperiosa necessidade do autoconhecimento, que sempre será a melhor prevenção contra todos os tipos de ação negativa contra nós mesmos.

Dificilmente percebemos que constantemente nos auto-sabotamos, vivendo dias de completa

incerteza; somos vítimas de estranhas coincidências que tentamos explicar, ora de forma cética ou racional ou através da visão de um sentido místico e oculto. Como muitos de nós não conseguem entender ou interpretar satisfatoriamente esses fatos sincrônicos, não atingimos a serenidade e a

tranqüilidade que tanto buscamos e acabamos pastando numa vida muito material. São raros os momentos em que o entusiasmo absoluto nos envolve espontaneamente, pois somos massacrados por tantas notícias desanimadoras sobre nosso país, suas condições sócio/econômicas

e culturais. Que tal então iniciar com vontade a verdadeira busca da felicidade, que, como estou percebendo, sempre esteve bem dentro da gente, mas para a qual nunca demos atenção suficiente? Trabalhar com o que efetivamente gostamos, morar onde nos sentimos bem e vivênciar cada minuto com

quem realmente nos faz sentir bem e queridos, para que enfim nossas aspirações, sonhos e perspectivas de vida possam finalmente se concretizar.

Minha conclusão é: sou um ser maravilhosamente complexo; e este fato, ao mesmo tempo em que apresenta minhas qualidades, revela meus defeitos. Nessa minha eterna luta, a consciência

desperta e o livre arbítrio se tornam amigos e juizes de minhas ações e me ensinam a superar a nefasta auto-sabotagem.

Sempre que afirmo que sou capaz, que posso e que, independente de outros, vou resolver meus problemas, estarei fazendo desse momento que estou vivendo, o melhor de minha vida.

auto-estima por um fio

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Pessoas podem proteger o ego com auto-sabotagem, diz estudo

(Dra.Benedict Carey) A cada resultado negativo em uma prova ou teste, a cada prazo estourado, a cada projeto fracassado, surge a oportunidade de experimentar novas desculpas, como o carro enguiçado, o gato doente ou uma emergência no trabalho. Esse tipo de conversa é tão familiar que a maioria das pessoas desconsidera rapidamente as desculpas. Esse é um dos motivos para que os genuínos artistas no campo da desculpa - e existem milhões deles - não esperem até que um problema qualquer aconteça para praticar a sua magia. Eles já começam a dificultar suas próprias vidas com o maior afinco antes mesmo de estabelecer um objetivo ou de submeter seu desempenho a qualquer crítica. As desculpas que usam são como que parte deles: "Na verdade, estamos falando de pessoas que sabotam a si mesmas, por exemplo, ao beber pesadamente no dia anterior a um teste, faltarem a treinos ou utilizarem equipamentos de qualidade realmente horrível", disse Edward Hirt, professor de psicologia na Universidade de Indiana. "Algumas pessoas costumam agir dessa maneira em muitas ocasiões, e frequentemente se torna difícil perceber se estão conscientes do que estão fazendo e dos custos que essas práticas acarretarão". Os psicólogos vêm estudando esse tipo de comportamento desde pelo menos 1978, quando Steven Berglas e Edward Jones começaram a utilizar a expressão "auto-sabotagem" para descrever os estudantes participantes de um estudo que optaram por usar uma droga que supostamente inibiria seu desempenho em uma prova (ainda que a informação não procedesse e a droga em questão na verdade fosse inerte). Essa pulsão vai bem além de um simples rebaixamento generalizado de expectativas e tem mais a ver com a proteção da autoimagem do que com os conflitos psicológicos enraizados no desenvolvimento inicial da personalidade, em sentido freudiano. Pesquisas recentes ajudaram a esclarecer não só que tipo de pessoa se sente mais inclinada a sabotar suas próprias chances como as consequências dessa atitude. No conceito original, Berglas e Jones identificaram a tendência a autossabotagem em estudantes que foram informados de que haviam passado com nota máxima em um teste composto por perguntas impossíveis de responder. Os participantes haviam conseguido "sucesso" sem que soubessem como ou por quê. "Estamos falando de pessoas que foram informadas de que eram brilhantes, sem saber de que maneira essa inferência foi derivada", disse Berglas, que hoje conduz um programa de treinamento de executivos na região de Los Angeles. Ele compreendia perfeitamente o impulso. Havia começado a usar drogas quando estava no segundo grau, poucas semanas antes da data marcada para o seu exame de avaliação do Segundo Grau, no qual a expectativa de desempenho para ele era de que conquistasse a nota máxima. E sua irresponsabilidade juvenil serviu de primeira semente à teoria. Essa tendência ou impulso de agir de maneira autodestrutiva parece mais forte entre os homens do que entre as mulheres. Em pesquisas, Hirt e outros avaliaram a tendência por meio de um questionário no qual pediam que os participantes indicassem até que ponto as 25 declarações que o teste oferecia serviam como descrição de seu comportamento - por exemplo, "eu tento não me envolver demais em atividades competitivas porque assim evito sofrer demais caso eu saia derrotado ou

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apresente mau desempenho".

Os homens tendiam a apresentar concordância mais forte com essas afirmações e a se sabotar mais seriamente em estudos de laboratório. Mas caso surja a oportunidade, e se os motivos forem considerados válidos pelos seus critérios pessoais, a maioria das pessoas gosta de alegar desvantagens. Em estudo publicado no terceiro trimestre de 2008, Sean McCrea, professor de psicologia na Universidade de Konstanz, Alemanha, descreveu experiências nas quais ele manipulava os resultados dos participantes em diversos testes de inteligência. Em alguns deles, os participantes podiam escolher entre se preparar para realizar os testes ou fazer parte do grupo "sem treinamento". McCrea constatou que aqueles que obtinham maus resultados atribuíam o problema à falta de prática, se pudessem. Além disso, mencionar essa desvantagem servia para atenuar o abalo que sua autoconfiança sofreria devido ao mau resultado. Mas alegar desvantagens também tem outro efeito. Em uma experiência diferente, os participantes que tinham uma boa desculpa para seus maus resultados - ruídos incômodos durante o teste, transmitidos pelos fones de ouvido que todos os participantes usavam - se sentiam menos motivados para se preparar para um novo teste do que as pessoas que não tinham desculpa. "Alegar uma desvantagem permitia que as pessoas com maus resultados declarassem que não haviam se saído tão mal, levando todos os fatores em conta. Elas chegavam a alegar que haviam se saído bem", disse McCrea em entrevista por telefone. "Ou seja, elas não tinham nenhum impulso ou ímpeto de melhora". O rubor causado pelo embaraço serve, em muitas ocasiões, como a luz que ilumina a motivação. Em sua forma de estratégia de curto prazo, a autossabotagem ou alegação de desvantagens não passa de um exercício de autoilusão. Estudos envolvendo alunos de universidades descobriram que as pessoas que costumam sabotar a si mesmas - cabulando muitas aulas, perdendo prazos ou

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deixando de ler o material requerido - tendem a se classificar como parte dos 10% mais inteligentes entre os alunos de suas classes, ainda que suas notas costumem ser mais baixas. E as pessoas que conquistam sucesso apesar de seu apego pela desordem tendem tipicamente a se apegar às supostas desvantagens, seja o uso de bebidas, de drogas, ou o desrespeito às regras. "Com o sucesso, as expectativas aumentam e o comportamento dessas pessoas se torna ainda mais extremo", diz Berglas, autor de um livro que ensina as pessoas bem sucedidas a superar os momentos de desgaste. Mas a tática não ilude muita gente. Em estudo recente, James McElroy, da Universidade Estadual do Iowa, e J. Michael Crant, da Universidade Notre Dame, pediram que 246 adultos avaliassem o comportamento de personagens em diversas histórias comuns em locais de trabalho. As impressões dos participantes quanto aos personagens começavam a decair depois da segunda vez em que estes mencionavam uma desvantagem como desculpa. "O que aconteceu aqui é que, se a pessoa recorre com freqüência a esse tipo de desculpa, os observadores atribuem o desempenho que a pessoa apresenta a ela mesma, e consideram que as desculpas constantes são parte de sua personalidade, ou seja, a pessoa é chorona", escreveu McElroy em mensagem de e-mail. "Mas é possível evitar essa impressão se outra pessoa fornece desculpas a você - e, surpreendentemente, mesmo que isso aconteça com frequência". Essa é outra tendência bem conhecida entre os mais experientes criadores de desculpas: a melhor desculpa é a que vem de terceiros. A coisa mais importante para muitos é, não importa o método, evitar considerar a explicação alternativa. "É como aquela fala do velho filme Sindicato de Ladrões, com Marlon Brando: "eu poderia ter disputado o título", disse Hirt. "Em longo prazo, para algumas pessoas pode ser mais fácil conviver com isso do que saber que fizeram o melhor que podiam e fracassaram".

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VOCÊ É UMA PESSOA NEUROTICA?? (Blog PsiqWeb)

O que é Neurose? A palavra "neurótico", da maneira como costuma ser usada hoje, tem sentido impróprio e pode ser ofensivo ou pejorativo. Pessoas que não entendem nada dessa parte da medicina podem usar a palavra "neurose" como sinônimo de "loucura". Mas isso não é verdade, de forma alguma. Trata-se de uma reação exagerada do sistema nervoso em relação a uma experiência vivida (Reação Vivencial). Neurose é uma maneira da pessoa SER e de reagir à vida. A pessoa É neurótica e não ESTÁ neurótica. Essa maneira de ser neurótica significa que a pessoa reage à vida através de reações vivenciais não normais; seja no sentido dessas reações serem desproporcionais, seja pelo fato de serem muito duradouras, seja pelo fato delas existirem mesmo que não

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exista uma causa vivencial aparente. Essa maneira exagerada de reagir leva a pessoa neurótica a adotar uma serie de comportamentos (evita lugares, faz atitudes para alívio da ansiedade... etc). O neurótico, tem plena consciência do seu problema e, muitas vezes, sente-se impotente para modificá-lo. Exemplos: 1 - Diante de um compromisso social a pessoa neurótica reage com muita ansiedade, mais que a maioria das pessoas submetidas à mesma situação (desproporcional). Diante desse mesmo compromisso social a pessoa começa a ficar muito ansiosa uma senana antes (muito duradoura) ou, finalmente, a pessoa fica ansiosa só de imaginar que terá um compromisso social (sem causa aparente). 2 - Num determinado ambiente (ônibus, elevador, avião, em meio a multidão, etc) a pessoa neurótica começa a passar mal, achando que vai acontecer alguma coisa (desproporcional). Ou começa a passar mal só de saber que terá de enfrentar a tal situação (sem causa aparente). O que não é Neurose? Como vimos, a Neurose é uma doença, uma doença emocional, afetiva e da personalidade. Logo, Neurose não é: - Falta de Homem (ou de Mulher) - Falta de pensamento positivo - Cabeça ou mente fraca - Falta de vontade - Falta de ter o que fazer - Ruindade ou maldade - Senvergonhice - Influência e******ual - Mal-olhado ou encosto - Coisa "de sua cabeça" (isso é caspa) - Falta de ter passado por dificuldades de verdade (isso é azar) - Por nunca ter passado dificuldades - Falta de uma boa surra - A "gente é que permite" - Conseqüência de ter tido de tudo na vida - Conseqüência de não ter tido nada na vida - Porque o pai brigava com a mãe - Porque o pai separou da mãe - Porque o pai era enérgico - Porque o pai era omisso - Porque não teve pai - Porque a mãe era protetora - Porque a mãe era omissa - Porque não tinha mãe - Porque soube que a mãe não era essa - Porque "forçou demais a cabeça" - Porque nunca "teve que forçar a cabeça" - Porque a menstruação subiu para a cabeça - Finalmente, porque misturou manga com leite...

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A Neurose é uma Doença Mental? Não, a Neurose não é sonônimo de loucura, assim como também, a pessoa neurótica não apresenta nenhum comprometimento de sua inteligência, nem de contato com a realidade. Seus sentimentos também são normais. Eles amam, sentem alegria, tristeza, raiva, etc., como qualquer pessoa. A diferença entre uma pessoa neurótica e uma normal é em relação à quantidade de emoções e sentimentos e não quanto à qualidade deles. Os neuróticos ficam mais ansiosos, mais angustiados, mais deprimidos, mais sugestionáveis, mais teatrais, mais impressionados, mais preocupados, com mais medo, enfim, eles têm as mesmas emoções que todos nós temos, porém, exageradamente. A Neurose, portanto, não é uma doença mental é, sobretudo, uma doença da personalidade. Para entender melhor, estude: Teorias da Personalidade Transtornos da Personalidade Tipos de Neuroses De modo geral, e didaticamente, as neuroses costumam ser classificadas através de seu sintoma mais proeminente. Isso não significa que todas elas possam ter uma série de sintomas comuns (todas têm ansiedade, por exemplo). Um dos tipos mais comuns, hoje em dia, é aquele cujo sintoma proeminente é a fobia (medo patológico), juntamente com ansiedade. O Transtorno Fóbico-Ansioso é uma neurose que se caracteriza, exatamente, pela prevalência da Fobia entre outros sintomas de ansiedade, ou seja, um medo anormal, desproporcional e persistente diante de um objeto ou situação específica.

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Dentro dos quadros fóbicos-ansiosos destacam-se três tipos: 1 - Agorafobia (medo fóbico de lugares específicos); 2 - Fobia Social (medo de ser avaliado por outras pessoas) e; 3 - Fobia Específica (medo fóbido de determinados objetos). O Transtorno Ansioso é outro tipo de Neurose. Os padrões individuais de Ansiedade variam amplamente. Algumas pessoas com ansiedade neurótica podem ter sintomas cardiovasculares, tais como palpitações, sudorese ou opressão no peito, outros manifestam sintomas gastrointestinais como náuseas, vômito, diarréia ou vazio no estômago, outros ainda apresentam mal-estar respiratório ou predomínio de tensão muscular exagerada, do tipo espasmo, torcicolo e lombalgia. Enfim, os sintomas físicos da ansiedade variam de pessoa para pessoa. Psicologicamente a Ansiedade pode monopolizar as atividades psíquicas e comprometer, desde a atenção e memória, até a interpretação fiel da realidade. Os Transtornos Histriônicos (Histéricos) são neuroses onde o sintoma principal é a teatralidade, sugestionabilidade, necessidade de atenção constante e manipulação emocional das pessoas ao seu redor. O neurótico histérico pode desmaiar, ficar paralítico, sem fala, trêmulo, e desempenhar todo tipo de papel de doente. Há grande variedade nesse tipo de neurose. Os Transtornos do Espectro Obsessivos-Compulsivos reúnem neuroses cujo sintoma principal é a incapacidade de controlar manias e rituais, assim como determinados pensamentos desagradáveis e absurdos. Incluimos a Distimia nessa classificação como representante da neurose cujo sintoma mais proeminente é a tendência a reagir depressivamente à vida, ou seja, é a pessoa com tendência à longos períodos de depressão.

A Neurose tem cura? Antigamente se pensava que a neurose era sempre incurável e que se convertia, com o tempo, numa doença crônica e invalidante. Hoje em dia, felizmente, as pessoas que sofrem deste transtorno podem recuperar-se por completo e lavar uma vida normal como qualquer outra pessoa. A questão da cura das neuroses, que é uma doença da personalidade, deve ser comparada à diabetes, pressão alta, miopia, reumatismo, alergia, asma e uma grande série de outras doenças. As pessoas portadoras dessas doenças, assim como os

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neuróticos, teriam uma péssima qualidade (e quantidade) de vida se não fossem os recursos da medicina. A rigor, para as neuroses, recomenda-se um acompanhamento psicológico adequado, associado ao tratamento médico (com medicamentos) quando necessário, juntamente com a cooperação apropriada do próprio paciente e da sua família. Com essa conduta, felizmente, a grande maioria das neuroses podem ser perfeitamente controlada, proporcionando ao paciente uma melhor qualidade de vida e inegável bem estar. Em casos mais graves a medicação é inevitável, normalmente quando há componentes depressivos e ansiosos graves. A família pode causar a neurose? Sim e não! Essa resposta depende da família e do neurótico. Para entender melhor essa questão, vamos comparar a neurose com a alergia. Vamos considerar uma pessoa com rinite alérgica e que, ao entrar em contacto com um ambiente embolorado, manifesta sua rinite. Esse exemplo é muito didático. Perguntamos: o fungo do bolor (a família), é a causa da rinite alérgica (neurose)??? Para haver a rinite alérgica é preciso 2 coisas; que a pessoa seja alérgica previamente, e do fungo. Entretanto, para essa, para essa crise de rinite, precisamente, o fungo foi indispensável. Mas isso não quer dizer que a pessoa não possa, um dia qualquer, ter a rinite sem o fungo, assim como, não ter a rinite apesar do fungo. Dependerá de como está sua imunidade (analogamente, seu humor ou afetividade) naquele dia. O mais correto, agora, é dizer que o fungo (família) pode desencadear, agravar ou proporcionar condições para uma crise alérgica aguda (uma reação neurótica), mas não é a causa exclusiva. Da mesma forma, podemos dizer que para desenvolver uma neurose é preciso uma certa vulnerabilidade emocional e, para que esta se manifeste em sua plenitude, é preciso uma vivência desencadeadora. A Neurose é herdada? Em primeiro lugar convém fazer uma distinção entre o que é genético, o que é constitucional e o que é hereditário: 1) Se uma doença é Genética, isso quer dizer que antes de nascer uma pessoa pode ter um gene ou uma programação que a conduza em direção à doença, mas em forma de probabilidade e não de certeza. Cada um de nós carrega genes de diferentes doenças mas não as desenvolvemos obrigatoriamente. Um exemplo claro disso é o câncer de pulmão, identificado em genes de pessoas sadias não fumantes. Uma pessoa que tenha este gene teria uma predisposição genética a desenvolver a doença, mas isso não quer dizer que esta pessoa vá desenvolvê-la obrigatoriamente. De fato, se não fumar, levar uma vida não estressante, enfim, se não cumprir os requisitos necessários ao desenvolvimento da doença não terá câncer de pulmão. 2) É Constitucional a doença que faz parte da pessoa, sem necessariamente ter sido genética ou hereditária. Constitucional significa ter nascido assim ou ter adquirido para sempre. Se a pessoa nasceu surda, essa surdez é constitucional, sem necessidade de ser genética. As marcas de vacina que alguns têm nos braços, podemos dizer que são constitucionais (fazem parte da pessoa) mas não foram herdadas. Antes disso, foram adquiridas em tenra idade e não desapareceram mais. 3) Uma doença Hereditária é uma doença genética que se transmitirá, com certeza, de uma geração a outra e, além disso, terá uma porcentagem fixa e calculada de novos

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casos da doença na geração seguinte. Um exemplo de uma doença hereditária é a Coréia de Huntington. Esta doença crônica supõe um degeneração corporal e mental que se passa de uma geração a outra, desenvolvendo-se em 50% dos filhos. Quer dizer que um paciente de Huntingtom que decide ter um filho sabe, de antemão, que a cada dois filhos que nascerem, no mínimo um desenvolverá a enfermidade. Até o momento, podemos considerar as Neuroses de natureza Constitucional e, algumas vezes, Genética. Qual a importância social das neuroses? As neuroses são, indubitavelmente, o contingente mais importante de pacientes que procuram ajuda de psicólogos e psiquiatras. Seu quadro é extremamente variado, indo dos problemas psicossomáticos, sexuais, depressões, angústia, insôniao, etc, etc. As neuroses interferem e estão presentes também nos problemas de aprendizagem, no desenvolvimento da personalidade, no fracasso escolar, nos conflitos failiares e nas crisis conjugais. A psiquiatria considera as neuroses transtornos menores, em relação às psicoses. Isso se deve ao fato do neurótico conservar, de alguma maneira, critérios de avaliação da realidad semelhantes às pessoas consideradas normais. Entretanto, ao falarmos em “transtorno menor”, não estamos nos referindo a algum criterio de prognóstico. O mais comum é que a neurose tenha um curso crônico e, não tratada, pode até levar a algum grau de incapacidade social e/ou profissional.

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O que é timidez? (Clínica do Amor e Timidez)

A timidez pode ser definida como um desconforto diante de situações sociais que atrapalha o indivíduo na conquista de seus objetivos, sejam eles pessoais ou profissionais. Mas o que muita gente não percebe é que virtualmente toda a população é afetada pela timidez, já que ela funciona como um verdadeiro "regulador social", atribuindo culpa e vergonha para evitar os excessos que transformariam nossa sociedade em um verdadeiro caos. Por algumas razões uma porcentagem que não é pequena desenvolve uma inibição excessiva, e é neste caso que ela realmente atrapalha. Pesquisas demonstram que aproximadamente 50% das pessoas sofre com a timidez em algum momento de suas vidas. A timidez pode ser crônica ou situacional. Na timidez crônica a pessoa experimenta dificuldade em praticamente todas as áreas do convívio social. Ela não consegue falar com estranhos, fazer amigos, paquerar, falar em público, enfim, o prejuízo é generalizado. Já na timidez situacional a inibição se manifesta em ocasiões específicas, e portanto o prejuízo é localizado. Por exemplo, a pessoa não experimenta dificuldades no amor mas morre de medo de falar em público. Ou o contrário! Esta é a forma mais comum de timidez, e também a mais fácil de ser vencida. Isto ocorre porque o tímido situacional possui mais habilidades sociais do que o tímido crônico, e grande parte do tratamento consistirá na "migração" das habilidades já existentes, enquanto que no segundo caso faz-se necessário um desenvolvimento completo dos recursos necessários para a interação com o mundo. Mas isto não quer dizer que tratar o tímido crônico seja impossível, muito pelo contrário. Este desenvolvimento ou aprendizado é perfeitamente viável e diariamente presenciamos pequenos "milagres" que acontecem na vida dos clientes que chegaram com este diagnóstico. E quanto à fobia social, qual a diferença em relação à timidez? A fobia social pode ser considerada a porção psicopatológica da timidez. Algumas pessoas

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desenvolvem a fobia social sem necessariamente ter experimentado a timidez, mas muitos tímidos evoluem para esta condição por negligenciar sua dificuldade e rejeitar as opções de tratamento. Enquanto que na timidez a pessoa sente desconforto mas ainda enfrenta os desafios do cotidiano, na fobia social ela passa a evita-los, isolando-se gradativamente. As consequências podem ser devastadoras: geralmente o fóbico começa abandonando a escola ou faculdade, sacrificando em seguida o emprego; não participa de festas ou reuniões, distanciando-se portanto dos amigos; há casos em que a pessoa recusa-se até mesmo a sair de casa, e precisa ser acompanhada por um parente para desempenhar atividades comuns como uma visita ao supermercado ou ao consultório médico.

As causas tanto da timidez quanto da fobia social ainda são objeto de polêmica. Alguns defendem que os motivos são genéticos, outros garantem que são mesmo aprendidos. Na CAT acreditamos que pode existir uma predisposição genética, mas será o aprendizado que irá determinar se a criança, jovem ou adulto experimentarão ou não dificuldades na relação com as pessoas. Se é aprendido, podemos reaprender. Só deixamos de aprender após a morte (ou não?:-), então nunca é tarde para iniciar a sua luta contra as dificuldades que o impedem de ser feliz!

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Sintomas da timidez (Clínica do Amor e Timidez) A timidez e a fobia social podem ocorrer em um ou mais dos seguintes níveis: cognitivo, afetivo, fisiológico e comportamental. Os sintomas cognitivos mais comuns são pensamentos negativos sobre si mesmo e a situação, medo de avaliação negativa e de parecer "bobo" diante dos outros, perfeccionismo e crenças de inadequação social, entre outros. Os sintomas afetivos incluem a vergonha, tristeza, solidão, depressão, ansiedade e baixa auto-estima. Os sintomas fisiológicos mais observados são o aumento do batimento cardíaco, secura na boca, tremedeira, rubor, transpiração excessiva e gagueira. Em alguns casos, principalmente na fobia social, ocorrem sensações de desmaio, medo de perder o controle ou sofrer um ataque cardíaco. Finalmente, os sintomas comportamentais comumente encontrados são a inibição e passividade, evitação do contato visual, baixo volume de voz, reduzida expressão corporal e a apresentação de comportamentos nervosos. Só a própria pessoa tem a noção exata do quanto sua dificuldade a prejudica, uma vez que a maior parte dos sintomas é invisível aos olhos dos outros. Quando não tratada ocorre um verdadeiro círculo vicioso de fracassos ou evitações, ocasionando prejuízos em todos os âmbitos da vida do indivíduo. As consequências mais comuns são: * Dificuldade em fazer amigos, círculo social extremamente reduzido;

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* Dificuldade em arrumar parceiros amorosos, início tardio da vida amorosa; * Dificuldade em apresentar trabalhos no colégio, faculdade ou serviço; * Dificuldade em participar de reuniões e apresentar seu ponto de vista. Pesquisas demonstram que tímidos e fóbicos casam-se mais tarde e são menos felizes no relacionamento conjugal, têm menos oportunidades de ascensão profissional e maiores chances de sofrer com a depressão, entre outros. Ambos podem ser tratados, e as chances de sucesso são extraordinárias. Quanto mais cedo a pessoa identifica o seu problema e procura ajuda profissional, melhor.

Da timidez (Por Luiz Fernando Veríssimo) Ser um tímido notório é uma contradição. O tímido tem horror a ser notado, quanto mais a ser notório. Se ficou notório por ser tímido, então tem que se explicar. Afinal, que retumbante timidez é essa, que atrai tanta atenção? Se ficou notório apesar de ser tímido, talvez estivesse se enganando junto com os outros e sua timidez seja apenas um estratagema para ser notado. Tão secreto que nem ele sabe. É como no paradoxo psicanalítico, só alguém que se acha muito superior procura o analista para tratar um complexo de inferioridade, porque só ele acha que se sentir inferior é doença. Todo mundo é tímido, os que parecem mais tímidos são apenas os mais salientes. Defendo a tese de que ninguém é mais tímido do que o extrovertido. O extrovertido faz questão de chamar atenção para sua extroversão, assim ninguém descobre sua timidez. Já no notoriamente tímido a timidez que usa para disfarçar sua extroversão

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tem o tamanho de um carro alegórico. Daqueles que sempre que-bram na concentração. Segundo minha tese, dentro de cada Elke Maravilha existe um tímido tentando se esconder e dentro de cada tímido existe um exibido gritando "Não me olhem! Não me olhem!" só para chamar a atenção. O tímido nunca tem a menor dúvida de que, quando entra numa sala, todas as atenções se voltam para ele e para sua timidez espetacular. Se cochicham, é sobre ele. Se riem, é dele. Mentalmente, o tímido nunca entra num lugar. Explode no lugar, mesmo que chegue com a maciez estudada de uma noviça. Para o tímido, não apenas todo mundo mas o próprio destino não pensa em outra coisa a não ser nele e no que pode fazer para embaraçá-lo. O tímido vive acossado pela catástrofe possível. Vai tropeçar e cair e levar junto a anfitriã. Vai ser acusado do que não fez, vai descobrir que estava com a braguilha aberta o tempo todo. E tem certeza de que cedo ou tarde vai acontecer o que o tímido mais teme, o que tira o seu sono e apavora os seus dias: alguém vai lhe passar a palavra.

O tímido tenta se convencer de que só tem problemas com multidões, mas isto não é vantagem. Para o tímido, duas pessoas são urna multidão. Quando não consegue escapar e se vê diante de uma platéia, o tímido não pensa nos membros da platéia como indivíduos. Multiplica-os por quatro, pois cada indivíduo tem dois olhos e dois ouvidos. Quatro vias, portanto, para receber suas gafes. Não adianta pedir para a platéia fechar os olhos, ou tapar um olho e um ouvido para cortar o desconforto do tímido pela metade. Nada adianta. O tímido, em suma, é uma pessoa convencida de que é o centro do Universo, e que seu vexame ainda será lembrado quando as estrelas

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virarem pó.

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AUTO CONTROLE MENTAL (Sry Ananya Bhakti)

O que você grava na mente subconsciente, está programado para se tornar realidade física. O pensamento dá a ordem e o subconsciente cumpre. Por isso, você é o resultado dos seus

pensamentos. Seu pensamento é sua verdadeira oração. Todo pensamento que o subconsciente aceita como verdadeiro, ele move céus e terra para realizá-lo.

Você mesmo já teve sonhos, em outros tempos, que lhe pareciam inatingíveis, mas hoje eles são realidade na sua vida. Para realizar um sonho você deve criar forte convicção e

não apenas alguma esperança.

Se você tem convicção, sua idéia surgirá, a cada instante, eletromagnetizada e essa força emocional sensibilizará o subconsciente, fazendo-o agir na concretização desse desejo.

O sucesso chega para aqueles que têm certeza do sucesso e, conseqüentemente,

caminham na direção dele. Nunca diga que algo é impossível. Todo desejo reforçado pela fé torna-se realidade física.

PARA ALCANÇAR

A vida é uma festa e está aí de braços abertos para acolher-nos carinhosamente e nos oferecer todas as dádivas. Isso é viver no mundo dos sonhos, pois quem vive, sabe que todo

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sonho se torna realidade. Todo sonho já é uma realidade mental que caminha a passos largos para a realidade física. Mas é preciso sonhar e usar os meios certos para atingir

esse objetivo. É preciso querer uma coisa com o coração e sintonizar a mente na mesma freqüência do coração.

Se você é uma pessoa honesta, leal e de bom caráter, mergulhe na abundância divina que jorra para você como uma chuva torrencial. As riquezas do universo não são limitadas no sentido pregado pelos economistas. As riquezas, no sentido metafísico, são inesgotáveis e todos podem extraí-las para seu benefício e para benefício da humanidade. Quanto mais você acredita nas riquezas infindáveis do universo, mais riquezas atrairá para si. Quanto mais você acredita que as riquezas da terra estão à sua disposição, mais rapidamente elas chegarão até você. Se existem ricos ao seu redor e você é pobre, isto é a prova mais cabal

de que você pode ser rico como eles, e até muito mais se assim o desejar.

Você está pensando certo quando imagina – e a força do subconsciente está na sua imaginação – a riqueza fluindo aos borbotões para você, circulando por você e seguindo

adiante. Você é o universo e, ao mesmo tempo, é parte do universo. Receba os bens, use-os à vontade, transforme-os e devolva-os à livre circulação novamente.

Você nasceu para viver na abundância. Esta é sua única verdade. O resto é ilusão. E não é

certo que só poderá progredir dando murro e trabalhando como um mouro. Utilize seu talento, sua simpatia, sua personalidade marcante e faça a riqueza fluir naturalmente para você. Aproprie-se dela porque ela lhe pertence. Deseje o que é bom e este bem será seu. O homem é aquilo que pensa o dia inteiro, porque é o fervor com que pensa que faz o desejo tornar-se realidade física. É a lei da ação e da reação. O pensamento é a ação e a

resposta do subconsciente é a reação.

Diga muitas vezes ao dia, até impressionar vivamente seu subconsciente: as riquezas de Deus estão jorrando vivamente para mim e todas as minhas contas são pagas devidamente e

sempre serão pagas. Ainda me sobre a abundância infinita. Sou imensamente grato ao Poder Supremo por fazer com que o dinheiro sempre apareça para pagá-las e tomo o

dinheiro necessário no meu Banco Divino. A cada pedido, o Poder Supremo sempre me atenderá porque essa é uma lei que nunca falha. Todo pedido já vem junto com o provimento. É a lei da opulência. Sempre que peço, já estou “ipso facto”, atendido.

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O PODER DE PENSAR

Como é o pensamento que aciona o poder do subconsciente, na verdade pensar é poder. Acredite que você e Deus formam uma só unidade todo-poderosa e por isso você irradia paz para todas as pessoas. Não deve existir lugar para tristeza, mágoas, ressentimentos,

solidão e nervosismo. Esse enlace com a força divina nos fortalece para enfrentar a vida. Isso é mudar o padrão dos pensamentos e, conseqüentemente, mudar os rumos da

própria vida.

A FORÇA DA PALAVRA

De Hudyard Kipling: “as palavras são a droga mais poderosa da humanidade”.

Algumas palavras que irradiam energia poderosa: Amor, Fé, Sucesso, Riqueza, Paz, Alegria, Saúde, Harmonia, Vencer, Eu Posso, Deus, Força, etc. A repetição de uma palavra tem força, note como são utilizadas pelos meios de comunicação. Uma curta frase, repetida

muitas vezes como numa canção de acalanto, tem poder. Veja a oração. Neste caso você está usando, conjugadamente, duas forças poderosas: a força energética do pensamento que

tem a carga significativa da palavra e a força da repetição. Acredite na força de suas palavras. Faça jorrar o conteúdo de cada palavra como uma torrente irresistível, e

verdadeiros milagres acontecerão. “Tu Lho rogarás e Ele te ouvirá e cumprirá os teus votos. Formarás os teus projetos e terão

feliz êxito e a luz brilhará em teus caminhos” (Jó, 27-28).

A FÉ COMO LEI DO PODER MENTAL

Durante toda a história da humanidade a fé tem sido o grande suporte do homem. Todos os grandes líderes da Bíblia extraíram sua força da fé. Só existe uma forma de acionar o

Poder Infinito que é através da fé. Não a fé no sentido de um sentimento vago, indefinido, esperança imprecisa, mas fé no sentido de certeza de que seu pensamento é

verdadeiro. Acreditar, portanto, é aceitar definitivamente uma coisa como verdadeira.

A mente tem suas leis e seus princípios que nunca falham quando usados corretamente. O pensamento cria, o desejo atrai e a fé realiza. Isto quer dizer que tudo o que você pensa,

deseja e acredita que vai acontecer, acontece obrigatoriamente. Peça e receberá! É um princípio simples, mas verdadeiro, porque todo pedido já traz, subjacente, o recebimento. Quando se pede, automaticamente, já se está sento atendido, assim como quando se bebe

água, já se está matando a sede. O pedido existe para ser atendido.

Entretanto, para ter seu pedido atendido, deve-se seguir o princípio básico da fé: acredite que o seu pensamento é verdadeiro, ou seja, que o seu pedido já está sendo atendido só

pelo fato de ter sido formulado. Permitir a dúvida, não acreditando que vai ser atendido, é mandar duas ordens opostas e conflitantes ao seu subconsciente. E como

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seu subconsciente é o seu subordinado todo-poderoso, que não discute ordens, que não raciocina nem seleciona, vai ficar sem condições de realizar seu pedido. Mandar duas

ordens opostas ao subconsciente é o mesmo que não desejar ser atendido. É por esse motivo que muitos pedidos e orações não são atendidos.

QUANDO O ATENDIMENTO É AO CONTRÁRIO

Observe que, sempre que o seu pedido não é atendido, é porque você está fazendo duas orações opostas. Isso significa que você foi atendido, só que negativamente atendido,

porque, entre duas ordens opostas e contraditórias, numa você acreditou muito mais do que na outra. E, nesses casos, com certeza, você pôs muito mais emoção, muito mais energia,

no pensamento negativo.

Está errado, também, mentalizar durante dez ou quinze minutos por dia aquilo que se deseja e passar o restante das vinte e três horas e quarenta e cinco minutos mentalizando idéias de fracasso e insegurança. Você precisa acreditar. Desfaça-se das barreiras negativas. A sua mente é cósmica, e, através dela, você pode entrar em contato com todo o universo.

Quando o subconsciente está ligado a sentimentos de medo, de expectativa, de incerteza,

tudo acontece ao contrário daquilo que se deseja.

Ao pedir, veja a pessoa ou aquilo que deseja. Não se volte para as imagens contrárias ao seu desejo. Fixe na mente apenas a imagem que verdadeiramente deseja e o seu

subconsciente reagirá de acordo com isso. Ter fé é acreditar que a imagem colocada na mente se tornará realidade física. E quanto mais emocionalizado for seu pensamento, com

mais força e rapidez vai ocorrer o resultado almejado.

É a fé que opera no subconsciente. Na realidade não é a religião, o objeto ou a imagem que produzem o resultado, mas a crença que você tem de que esses elementos produzem resultado é que fará com que as coisas aconteçam. A fé é uma força irresistível imanente em você, no fundo, é a própria Força Divina existente em você. Essa força não age movida por aparatos exteriores, mas unicamente pelo seu pensamento. Lembre-se que acreditar é

aceitar o seu pensamento como verdadeiro, quer ele seja, de fato, verdadeiro ou não.

Quando você acredita em alguma coisa o seu pensamento se dirige apenas nessa direção e então aciona o Poder Infinito que está dentro de você e o Poder Infinito cumpre. Então é o

seu pensamento que se cria na sua mente a capacidade de realização.

De Shakespeare: “o bem e o mal não existem, é o pensamento que os cria”.

A sugestão é uma força difícil de resistir, mas toda pessoa tem o poder de conduzir e reprogramar sua vida conforme o desejar. A criatura humana, pelo fato de ter liberdade e capacidade de novas opções a cada instante, pode, conseqüentemente, modificar qualquer

premonição, por mais que aquilo lhe pareça verdadeiro.

No momento em que acreditamos em premonições estamos dando a outrem o poder de

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comandar nossa vida. Deixar-se influenciar é aceitar um comando dado por outra pessoa para reger nossa vida. E se você permitir que o seu subconsciente aceite, essa ordem vai

realmente tornar-se realidade física. Portanto, nunca dê a outrem um poder que é só seu. É você que deve conduzir sua vida conforme sua determinação e não se deixar subordinar

pelos fatos aleatórios da vida. Se você acredita numa sugestão negativa dada por alguém, na verdade não é esse alguém que está prejudicando você, é você mesmo que, ao assumir uma

sugestão estranha, adotou-a como sua, prejudicando-se.

Não acredite num destino fatalístico. Você pode modificar o destino a qualquer momento. Acredite que existe uma Sabedoria Infinita dentro de você e invoque-a sempre

para que ela o conduza pelo melhor e para o melhor. Imagine-se transitando pela vida alegre e feliz e viva sua vida de forma maravilhosa. Exerça você mesmo esse poder e então

estará acima das influências negativas. Ore, com convicção absoluta, esta prece: “A Presença Infinita que está em mim e sabe tudo sobre todos me guia e me protege, então

nada de ruim poderá acontecer-me”. Nunca se perturbe e faça com que a Sabedoria Infinita, que habita o seu íntimo, oriente você corretamente, na direção do amor, do sucesso, da

felicidade e da vida.

Agora faça uma limpeza geral na sua mente. Destrua a ponte que o liga às influências negativas. Assuma você mesmo o comando do seu barco, pois ninguém quer mais bem a você do que você mesmo, portanto ninguém buscará com mais acerto o seu benefício do

que você mesmo.

Todo pensamento de medo tem uma força magnética que atrai a realidade. Os medos nos enfraquecem porque sufocam nosso talento, achatam nossa personalidade, aniquilam a liberdade e a nossa autoconfiança. Não se deixe vencer pala crítica. Elas partem, muitas vezes, de pessoas que não estão bem consigo mesmas. São pedaços da doença de outras

pessoas que não podem se alojar dentro de nós. Seja você. Deixe-se guiar pela Sabedoria Infinita que está no seu íntimo e siga em frente de cabeça erguida, sem se intimidar

com comentários destrutivos. Acreditar no nosso próprio pensamento é acreditar que temos, dentro de nós, a Sabedoria Infinita. É confiar nela. Se há uma voz dentro de você, que gosta

de você que quer seu sucesso e sua felicidade, é essa voz que você deve ouvir. Se desprezarmos aquele pensamento que é nosso, corremos o risco de ver, mais tarde, com magistral bom senso, precisamente aquilo que sempre pensamos e sentimos, e seremos

forçados a receber de outrem, envergonhados, nossa própria opinião. Deixe que os outros pensem como quiserem. Apenas não permita que decidam num mundo que é apenas seu.

Não tenha medo de perder o amor. Quando duas pessoas se amam, são como duas metades que se juntam de forma tão unitária que ninguém pode separar, a não ser vocês mesmos. É só cultivar e o amor continuará até o fim dos tempos. Mas o mais importante é que você

nunca perderá o amor em seu coração. Se o seu amor se foi, saiba que você pode perder o amor do outro, mas jamais perderá o amor verdadeiro que habita seu coração. Este sempre

existe em você, é inesgotável e tende, por sua própria essência, a encontrar a sua outra parte. Não se feche e não sufoque. É na liberdade que o amor mais se desenvolve. Se você

deseja ter um amor na vida, também é verdade que existe alguém que deseja amar uma pessoa exatamente como você. Você é como uma metade que está atraindo uma outra

metade, cuja união e fusão formam uma unidade perfeita. Só o que você precisa fazer é

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atrair o seu amor para você o verdadeiro amor de sua vida. Acione o seu radar. E assim tudo acontecerá.

Não tenha medo do fracasso. Ligue sua mente no sucesso e terá sucesso. O negócio que você abriu é outro e nada tem a ver com o anterior. Para você criar uma imagem positiva mais forte, fixe sua mente naquilo que realmente almeja. Amplie essa visão e dê muita luminosidade a ela. Vá em frente com coragem, entusiasmo, dinamismo e inteligência.

Ponha na cabeça que aquilo foi talhado para você e sinta-se uma pessoa bem-sucedida. Aja como se já estivesse na posse daquilo que você almeja. Você é um vitorioso. O pensamento positivo atrai a realidade positiva. Use suas energias para progredir e confie na Sabedoria Infinita que habita sua inteligência. Essa é uma nova mentalidade para encarar a vida de

frente.

Não tenha medo de envelhecer. Tudo tem o seu encanto. À medida que os anos avançam, você passará a contemplar o mundo de um pedestal mais alto e, na medida em que

diminuem os seus espaços exteriores, ampliam-se, consideravelmente, os seus espaços interiores. Então nada há para se perturbar.

Os valores mais fortes da vida, que mantêm uma pessoa vigorosa, sadia, jovem, produtiva, não envelhecem nunca. São o amor, a alegria, a paz de espírito, a bondade, a generosidade,

a sabedoria, o poder mental, a felicidade, a lucidez e o ideal. Você tem a idade dos seus pensamentos. Você só envelhecerá quando parar de sonhar...

A corrente positiva e a negativa coexistem. Nada dá certo para quem está mergulhado na corrente negativa e tudo acontece para quem está envolto na corrente positiva. Por isso é

necessário fazer uma reprogramação mental porque o homem é aquilo que pensa.

Pela auto-sugestão positiva você pode determinar que o seu subconsciente alcance o que você deseja. É no subconsciente que residem o Poder Infinito e a Sabedoria Infinita, que

agem de acordo com as impressões recebidas de forma marcante e unívoca, transformando

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as ordens recebidas em realidade física.

Então a sugestão é uma força muito poderosa que deve ser utilizada em seu benefício. Ela pressiona o botão do subconsciente e o faz abrir as comportas do poder e da sabedoria. Ela tem mais força do que a própria realidade e torna a mente subconsciente submissa, impotente para confrontar-se contra ela. É por isso que a sugestão pode curar e pode

adoecer uma pessoa. Pode enriquecê-la e pode empobrecê-la. Pode erguê-la e pode rebaixá-la.

Um método simples e prático para trabalhar a auto-sugestão é a repetição: “Todos os dias, sob todos os pontos de vista, vou indo cada vez melhor em todos os sentidos”. Essa

afirmação deve ser feita de olhos fechados, com sentimento e de forma que você possa ouvir as próprias palavras e disso convencer-se. Os melhores momentos para esse exercício

são à noite, deitado, quando você está querendo pegar no sono e de manhã, quando você recém acordou e ainda está em estado de sonolência. Faça a sua própria oração, pedindo

tudo o que você deseja. Essa sugestão, repetida em momentos estratégicos, lhe dará resultados maravilhosos.

Quando a vontade e a imaginação estão em conflito é sempre a imaginação quem vence.

E quando a vontade e a imaginação estão de acordo, multiplica-se o poder e a força tanto da vontade quanto da imaginação. Então o uso da imaginação lhe auxilia a alcançar o que deseja. A imaginação sempre vence a vontade. É por isso que lhe acontece na vida não tanto o que você quer que aconteça, como o que você imagina que vá acontecer. A

imaginação e a sugestão geram a realidade porque acionam o subconsciente nessa direção. Toda ordem que você manda para o subconsciente com determinação, ele trata de

realizar.

Muitas vezes você se queixa de que não consegue as coisas que mentaliza, mas se esquece de que há uma dicotomia nos seus pensamentos. Se você se programa para um determinado lado, mas acha que está mentindo para si mesmo, está mantendo duas forças lutando dentro de si mesmo, cada uma querendo impor-se ao subconsciente. Nesse caso, o que você deve

fazer é optar racionalmente pelo caminho melhor e procurar impô-lo ao seu subconsciente pelo método da repetição, afastando a imagem negativa. Você já aprendeu

que se mandar duas ordens conflitantes para o seu subconsciente ele tornará realidade aquele comando que estiver mais carregado de emoção, mesmo que essa emoção tenha

origem no medo!

O PASSADO

Não adianta se amargurar recordando o passado porque ele não vai mais voltar. Isso é desperdício de energia que poderá ser aproveitada em outra nova empreitada. Também não

queira antecipar o futuro porque vai igualmente desperdiçar energia. A vida é hoje, é o presente, é o agora. Você é o que está vivendo agora, por isso é importante organizar-se de

forma a sentir-se bem no presente.

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O FUTURO

Para assegurar um futuro maravilhoso, basta viver o presente de maneira maravilhosa. Aquilo que você semeia hoje, irá colher amanhã. Plante o sucesso e colherá sucesso. Nada

há de incerto no futuro porque ele é a resposta do seu presente. Só cuide para semear no seu coração e na sua mente, sementes sadias e de alto astral porque o subconsciente não seleciona os pensamentos assim como a terra não seleciona as sementes que nela são

jogadas. Nunca semeie fracasso. Viva o presente intensamente, com fé e confiança total. Se você acredita em si, seu futuro será um sucesso. Não cultive problemas. Expulse-os da

mente e eles desaparecerão. Esqueça-os e eles ficarão na poeira da estrada. Negue-os e eles se evaporarão. Defina o que você quer da vida e siga por essa estrada. Você chegará lá com

absoluta certeza. A mente subconsciente responde de forma infalível ao que for programado.

O PEDIDO E O ATENDIMENTO

Todo o que pedires ao Pai, em oração, crendo que haveis de alcançar, alcançareis. Trata-se de uma lei universal e, conseqüentemente, infalível como o são a lei da física da mecânica, da eletricidade, etc. Isso vale para qualquer pedido: amor, saúde, paz interior, casa, carro riquezas, felicidade, harmonia, inteligência, memória, emprego, viagem, alegria, calma,

segurança interior, coragem, sensibilidade, intrepidez, sucesso, etc. Para tanto é necessário, antes de tudo, pedir. Pedir para que o Poder Infinito tenha definido, sabendo o que você quer realmente. Isso porque Deus sabe o que é melhor para você, mas deu-lhe a liberdade

para escolher. Também esse pedido tem de ser feito em estado de oração, portanto, ao pedir, recolha-se para dentro de si mesmo e procure descer às profundezas de sua mente

para que sua oração chegue mais límpida. Quanto mais profunda a sua concentração e mais passiva estiver a sua mente consciente, mais fortemente você gravará no subconsciente o

seu pensamento. Como em estado de profundidade mental diminuem as reações contrárias da mente consciente, com mais facilidade e segurança você crê que vai

alcançar o que pedir. Este é um requisito para o atendimento: crer que, só pelo fato de pedir, já está sendo atendido. Crer é ter certeza. Quando você duvida, está mandando duas ordens contrárias ao subconsciente: uma é a ordem daquilo que você deseja e pede e a outra

é o sentimento hesitante de que talvez não seja atendido.

Quando você vai retirar o dinheiro do banco, basta preencher corretamente o cheque, ter crédito e entregar o cheque ao caixa, não é mesmo? A partir daí você fica só esperando o dinheiro com a tranqüilidade e certeza absoluta de que o receberá. Pois é assim que deve

fazer quando pedir algo ao Poder Infinito. Crie o sentimento de certeza de que, só pelo fato de pedir, será atendido. Assim, livre de preocupações, de dúvidas, de medos, de incertezas e

de ansiedades, você alcançará o que almeja.Toda oração é infalível.

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O MUNDO A SEUS PÉS

Levante-se e ponha o mundo a seus pés. Comece desde agora a construir o seu mundo. Seja você o arquiteto e o engenheiro de sua vida. Você é uno com o Pai e nunca deve sentir-se

como um verme rastejante. Sinta como é poderoso e livre! Seus anseios de amor e felicidade, seus desejos de viver em abundância e na saúde perfeita são normais e legítimos. Este mundo cheio de belezas e riquezas foi criado também para você. Use a Força Divina e terá o mundo a seus pés. Use o Poder Infinito que está dentro de você e será um triunfador.

Use a Sabedoria Infinita que está em você e saberá chegar aonde deseja. Mergulhe na Presença Infinita e nada de mal poderá acontecer-lhe. Proclame, com vigor, para você

mesmo: eu sou um vencedor. Assim é e assim será!

Tudo o que você determinar, com convicção, ao subconsciente, ele realiza. Aí está sua arma. À noite, ao entrar em estado de sonolência, repita, repita, repita: “eu estou em paz,

estou alegre, dormirei um sono saudável e reparador e amanhã acordarei bem disposto, feliz e tranqüilo, em perfeita saúde física e mental”. Está feita a sua programação. Faça assim todas as noites e o subconsciente aceitará a sugestão. Isso é assumir o comando da sua

mente e não permitir que nenhum pensamento aventureiro lance mão de você. Comece a imaginar-se – a força da mente subconsciente é a imaginação – sorridente, alegre, calmo,

bem humorado, vitorioso e em ótimo estado de saúde. Agradeça a incrível aventura de estar vivo neste universo particular, saudando os filhos, os amigos, os familiares. Sinta-se uma

pessoa agradável, benquista, admirada e querida por todos. Repita: bom-dia, bom-dia, bom-dia e levante-se em estado de vibração interior. Vá até a janela, respire o ar puro do

amanhecer e saúde o céu, os pássaros, as plantas,o sol ou a chuva e as pessoas que já estão circulando na rua. Diante do espelho, sorria para si mesmo e diga que gosta muito de você. Fale da sua admiração pela sua coragem, pela sua valentia, pela sua honestidade.

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Cante, dance e seja uma pessoa admirável e bem sucedida. Pronto, está gravado em você um novo padrão positivo de pensamento e de vida.

Recorra também à visualização. Visualize-se praticando aquilo que quer que aconteça.

Quanto mais claro e vivamente puder imaginar os detalhes, mais profundamente experimentará aquela situação que está determinando à sua mente. Relaxe os músculos e respire profundamente. Todos os grandes atletas de nível internacional e outras pessoas capazes de performances admiráveis são visualizadores. Eles vêem, eles sentem, eles

experimentam antes a situação que enfrentarão depois. Mas todos eles começam com um objetivo em mente. Crie uma “zona confortável” interna. Depois, quando você chegar

diante da situação, já estará tão familiarizado com ela que vai sentir-se seguro para lidar com os fatos com maestria.

Se até hoje você não foi bem, apague tudo e, a partir de agora começe a ser um vencedor, alinhando seus pensamentos de fé no sucesso, eletromagnetizados pelo

entusiasmo e pela certeza da vitória.

O fracasso deve ser encarado de imediato como um fato passado. Ele foi apenas um requisito para você se aprimorar e alcançar o sucesso. Hoje já é outro dia e agora você deve sentir-se mergulhado na abundância, na riqueza e na plenitude. Não há carência para quem

está mergulhado na presença de Deus, que é a Riqueza Infinita.

Em todo objetivo que tivermos em mente, é nosso entusiasmo que nos livrará do malogro. É a intensidade do nosso interesse por um resultado feliz que nos levará a alcançá-lo. Se

quisermos ser ricos, seremos ricos. Se quisermos ser felizes, seremos felizes. Todas as coisas nos são dadas de acordo com o nosso pensamento. Ninguém é rico por sorte e

ninguém é pobre por azar. E também não há ninguém que tenha alcançado essas coisas tendo desejado o contrário. Só temos, então de querer essas coisas com todas as forças

do nosso coração. A Mente Infinita atende a cada um conforme seus pensamentos.

Se você deseja alguma coisa, construa-a mentalmente, peça-a, acredite que já está recebendo e tudo acontecerá de acordo. Dê vida às suas idéias. Aguce a criatividade que

existe em seu âmago e veja, por onde quer que passe, rios de fortuna jorrando em sua direção. Amplie essa visão e dê-lhe força e muita luminosidade!

Para livrar-se da incerteza e da dúvida, medite e pergunte à Sabedoria Infinita se há alguma

razão para não ter o que deseja. Quando há perfeita interação entre o sujeito e o merecimento, entre a mente consciente e o subconsciente, há sintonia entre você e o

Poder Supremo que habita seu íntimo e, nesse caso, infalivelmente, a oração é atendida porque você agora sabe que merece. Deus só age em você por meio de você.

Quando a mente consciente duvida, tem medo, ela torna-se negativa e passa a ser causa de

dano. Você precisa acalmá-la, ou adormecê-la, tornando-a passiva para que não crie obstáculos às ordens que você está mandando para o seu subconsciente. Por isso há a

necessidade de meditação.

Procure, então relaxar a mente consciente, descontraindo seu corpo e concentrando-se

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profundamente no seu desejo. Acalme-se, solte-se bem, relaxe, feche os olhos e afirme, na sua mente, o quadro ideal daquilo que deseja ver realizado.Formule o pedido

positivamente. Mantenha uma atitude serena, confiante e certa. Não faça um pedido vago e indefinido. Peça especificamente o que deseja. Trace sua meta e deixe que o subconsciente

providencie o meio para você chegar até lá. Tudo acontecerá conforme o seu desejo porque o Poder Infinito, que habita você, irá fazer com que as coisas aconteçam, acredite.

Mentalize constantemente até receber. Você se sentirá impulsionado a dar os passos necessários para a concretização dos seus desejos. Mas na hora que você for chamado a

agir, aja!

Sua meta reflete seu talento e seu sentido de missão. Uma meta eficaz concentra-se em resultados e não na atividade. Ela estabelece onde você quer chegar e, durante o processo lhe ajuda a determinar onde está. É graças à sua meta que o seu subconsciente o impulsiona

a agir para chegar até lá. Identifique os objetivos que deseja atingir e mova-se nessa direção.

Peça e mentalize quando estiver dominado por um desejo forte. Crie emoção e sentimento. A satisfação ou prazer que causará a obtenção do pedido têm muita força emocional. Repita com freqüência, com sentimento e com persistência e busque conservar a imagem mental

vívida em você. Você receberá infalivelmente o que pediu.

Saiba que o subconsciente reage melhor quando você estiver em relax. Quanto mais calma e passiva estiver a mente consciente na hora de formular o pedido, tanto melhor. E não se ponha a especular sobre o tempo que irá demorar para ser atendido. Você será atendido.

Você será atendido!

Agora comece a agradecer. Diga: muito obrigado, Senhor, pois tu ouviste a minha oração. Tu sempre ouves o meu pedido. Estou sendo atendido em Teu nome e por isso Te sou

imensamente grato.

Um momento muito valioso para você mentalizar aquilo que deseja é à noite, quando vai dormir. Coloque-se numa posição confortável, relaxe e fique visualizando na sua tela mental aquilo que deseja. Adormeça com a mente ligada nesses pensamentos. O seu

subconsciente, nessas horas, está mais receptivo e pode ser que você obtenha a resposta até em sonhos.

Mas qualquer outra posição de relax, em qualquer hora do dia, pode também ser empregada com muito proveito. É que o subconsciente não distingue entre a realidade e a imaginação e buscará criar condições para transformar a sua imaginação em realidade física. O que você

cria na mente, acontece no mundo dos fatos!

A MEDITAÇÃO

São quatro os estados de consciência: nível beta, nível alfa, nível teta e nível delta. O cérebro emite minúsculos impulsos eletroquímicos e a maior ou menor freqüência dessas

pulsações ou ciclos é que vai determinar o seu estado de consciência. Quanto mais elevada estiver a sua freqüência mental, menor será a sua capacidade. Quanto mais baixa a

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freqüência cerebral, maior a sua capacidade. Beta é o estado mental em que você se encontra agora. É o estado de vigília, é o estado máximo da mente consciente. Representa,

portanto, a mais alta ciclagem cerebral. Correspondendo a uma média de 21 ciclos por segundo. O pânico, o susto, o nervosismo, a ansiedade podem, no entanto, elevar essa ciclagem até 60 ciclos ou mais. Observe que, quanto maior a sua freqüência cerebral, menor e a sua capacidade mental, a tal ponto de a freqüência máxima poder gerar um

“branco total” na mente ou até mesmo paralisá-la. A aceleração da sua freqüência cerebral faz diminuir proporcionalmente a sua lucidez mental, bloqueando a sua inteligência. E

nessa ciclagem cerebral a mente não raciocina bem. É no relaxamento que a mente passa a funcionar melhor. Quando a pulsação cerebral se aproxima dos 21 ciclos volta a ser

possível um raciocínio lógico e analítico.

Mas o ideal para o nosso trabalho é o estado de alfa. Entrar em alfa é descer ao estado de relax profundo, mantendo a mente e o corpo, através de técnicas adequadas, em paz, em calma, sem tensões físicas e emocionais. Pode-se descer ao nível alfa não só através de relax profundo, como também pela meditação, pela contemplação, pela oração. Nesse

estágio, o ritmo cerebral se situa entre 7 e 14 ciclos por segundos. Nesse nível mais profundo, aumenta o campo da sua inteligência, da sua memória, da sua criatividade, da sua inspiração, da sua percepção sensorial e extra-sensorial e a sua intuição é mais aguda. Toda

programação mental que você fizer em nível alfa sensibilizará de modo efetivo o seu subconsciente, pois quanto mais profundamente gravar uma determinação ou desejo no

subconsciente, mais rápido e fortemente ele cumpre. O nível alfa é, portanto, o nível ideal para gravar profundamente.

ENTRANDO EM NÍVEL ALFA

Pode-se recorrer a uma música calma, colocando-se numa posição bem confortável. Procure relaxar, respirando profundamente algumas vezes. Concentre sua atenção nas

diversas partes do seu corpo e vá relaxando uma por uma. Você estará relaxado se sentir, nessa parte, uma espécie de formigamento ou leveza, dando a impressão de que essa parte do corpo não existe. Vá da sola dos pés até o couro cabeludo, incluindo todos os órgãos internos. Sinta a mente leve, límpida, em paz e calma, sinta o coração iluminado e feliz, cheio de boas intenções positivas. Saboreie uma perfeita interação entre sua mente, seu coração e seu corpo e sinta-se mais leve, leve como a flutuar num mundo maravilhoso e

sinta a serenidade de um lago azulado. Relaxe mais e mais. Agora você está em condições de se programar, de mandar alguma ordem para o seu subconsciente, está em condições de

estudar e resolver problemas.

O nível teta é ainda mais profundo e é o último nível que você atinge em estado de consciência. O ritmo cerebral fica entre 4 e 7 pulsos por segundo. É como se você estivesse em estado de sonolência, mas ainda está em consciência, embora em baixa freqüência. Por sinal, quanto mais baixa é a freqüência em estado de consciência, maior é a energia mental.

Quanto mais diminui a fronteira entre a mente consciente e a mente subconsciente, mais você se aproxima da Sabedoria Infinita, do Eu Superior e da Mente Cósmica.

Aproveite, então, a hora em que vai dormir e deixe-se adormecer com o pensamento ligado

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naquilo que você deseja solucionar. Você obterá a resposta do subconsciente e essa resposta nunca pode ser errada.

O nível delta é o do sono. Nesse estado a mente consciente não atua. Mas você pode programar-se para sonhar a solução de um problema, para alcançar a resposta de uma

questão e assim por diante. Agora que você já tem o conhecimento, seja o senhor das alturas. Alce seu vôo e

aventure-se pelos céus a fora. Voe bem alto, como uma águia. Pratique a meditação todas as noites e coloque as suas necessidades e você verá a resposta de Deus em sua

vida!

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AUTO CONTROLE EMOCIONAL (Instituto de pesquisas psíquicas)

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COMPLEXO DE FEIÚRA-dismorfobia-(Ou síndrome do patinho feio) (Por:Rodrigo Moura)

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Do desafio de se apresentar aos outros ou participar de uma reunião de trabalho até as "provas de fogo" de entrar em contato com uma pessoa desconhecida ou falar em público, todas as situações nas quais é necessário se relacionar com outras pessoas podem causar insegurança e mal-estar se você não está satisfeito com sua imagem. De repente, você sente que está vermelho, começa a gaguejar, as mãos suam e tremem, o estômago revira e o coração parece que vai sair pela boca. Você se sente enjoado e sua impressão é de que todos estão prestando atenção e lhe achando ridículo. Então começa a se perguntar o que as pessoas estarão pensando de você e surge uma vontade incontrolável de se esconder. Você se aterroriza e pensa em fugir o mais rápido possível. Grande parte da timidez que atormenta muita gente nas situações sociais é devido à insatisfação com o corpo ou características. Quando alguém se olha no espelho, nem sempre fica feliz com o que vê, o que abala a auto-estima e acaba aumentando a sensação de insegurança. Para evitar os problemas de timidez relacionados à imagem – ou melhor, a forma como alguém a percebe –, enfrentar as situações mais difíceis ou freqüentes que geram mal-estar e aliviar a ansiedade causada pela fobia social até níveis "suportáveis", basta seguir os conselhos dos especialistas. Há uma série de recomendações gerais que podem servir para enfrentar qualquer tipo de desafio diante das outras pessoas e dizer "adeus e até nunca" à timidez. Identificar as idéias que causam medo, se antecipar às situações que causam angústia,

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marcar metas para ir superando a apreensão, adquirir e praticar certas habilidades sociais são os elementos fundamentais para superar a timidez. O mínimo progresso na tarefa de derrubar as idéias negativas que tem sobre si mesma e descobrir que são infundadas permitirá "ganhar muitos pontos" em matéria de auto-estima e segurança, e será uma preparação para enfrentar situações sociais cada vez mais difíceis. Estas são algumas estratégias psicológicas e recursos práticos que realmente funcionam para superar o medo de enfrentar outras pessoas, no momento em que ataca a incômoda sensação de que você é feia: - Contextualize seu "defeito" corporal com exatidão: Mesmo que você tenha um nariz não muito bonito, o resto do rosto não será totalmente sem atrativos; - Valorize as qualidades físicas positivas: Uma pessoa pode ter baixa estatura, mas possuir uma bela silhueta. Talvez tenha mãos feias, mas uma boca bonita; - Lance mão de todos os truques de beleza: É recomendável saber que tipo de roupas, sapatos, acessórios, penteados e maquiagem combinam melhor com você. Se possível, recorra a um especialista;

- Compense o aspecto "defeituoso" por outros: Por exemplo, a falta de aptidão para esportes pode ser compensada com a dedicação à música ou à leitura; - Tenha em conta que nem tudo é o físico: O que há "por fora" é muitas vezes muito pouco importante comparado ao que há "por dentro", ou seja, sua personalidade; - Algumas insatisfações físicas podem ser resolvidas: A obesidade pode ser vencida com esforço e ajuda médica, e a medicina estética atual consegue resultados prodigiosos; - Olhe-se no espelho: Não se deve negar a evidência do defeito e fazer como a avestruz, procurando o primeiro lugar para se esconder, mas enfrentá-lo, buscar soluções e colocá-las em prática.

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Vítimas da dismorfobia sofrem vivendo uma eterna insatisfação com a própria imagem (Phelipe Rodrigues) O dado mais claro para mostrar a preocupação excessiva do brasileiro com a aparência é da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica: em 2000, 350 mil pessoas no País se submeteram a operações com finalidade estética. O fenômeno não faz crescer o movimento apenas nos consultórios de cirurgiões plásticos. Psicoterapeutas e psiquiatras que cuidam dos distúrbios relacionados à insatisfação com a forma física vivem, hoje, com agenda lotada. Além de transtornos como anorexia e bulimia, passam a tratar a dismorfobia, um medo da alteração de alguma parte do corpo. Na maioria dos casos, essa imagem vista no espelho não condiz com o real. O que se

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vê recebe uma lente de aumento. Por isso, a dismorfobia também é conhecida como feiúra imaginária. "São magros que olham no espelho e se enxergam bem gordos. Ou mesmo gente bastante bonita que só identifica seus defeitos", analisa o psicanalista George Lederman. Ele revela que uma das causas seria uma falha na construção da identidade, surgida já na infância. "O que cria uma insatisfação constante consigo mesmo. Há uma eterna necessidade de mudança", diz Lederman. Para exemplificar, o mutante Michael Jackson é citado pela psicoterapeuta Alda Batista como o caso mais extremo. "O desconforto com a própria imagem é tanta que o faz mudar o tempo todo. Ele não pode se construir, definindo um papel, porque está sempre se lançando na eterna busca pela forma ideal", explica Alda. "O mais complicado é ser um ídolo para adolescentes. Nessa fase, estamos muito suscetíveis a opinião dos outros. Podem achar que o caminho mais fácil é se modificar com plásticas o que não está achando bom", completa ela. O que deve ficar claro, de acordo com os especialistas, é que mesmo depois de um procedimento cirúrgico, alguém que sofre com a dismorfobia não fica satisfeito. "Porque não estamos lidando com o real, e sim com uma distorção grave, o que leva a um transtorno compulsivo-obssessivo", observa o psiquiatra Everton Botelho. Quem passa por esse problema, começa a gastar muito tempo no espelho,observando a deformidade que ela considera tão relevante. "Além de analisar demoradamente a falha, há uma obsessão em escondê-la. Se for uma orelha de abano, a pessoa deixa o cabelo crescer, ou até mesmo pára de sair", conta o médico.

Serotonina - A sensação de vergonha e inibição causa um grande impacto no comportamento, podendo limitar a vida social. "Vejo dois caminhos possíves para tratá-la. Um seria a prescrição de anti-depressivos que agem de forma seletiva, aumentando a serotonina", indica Botelho. Quando há alteração dessa substância, o indivíduo estará, fisicamente, predisposto a focalizar sua ansiedade para o corpo. "A outra é a psicoterapia cognitiva-comportamental. Utilizando argumentos lógicos, o

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psicólogo questiona o paciente de onde tirou a idéia sobre a deformidade". A melhora começaria a surgir em torno de 45 dias. Mas há outras práticas que surtem efeito. "Se há um problema físico, de fato, claro que vai haver a indicação da cirurgia. Quando tudo se passa só na cabeça de quem desenvolveu essa fobia, uso a psicoterapia. Levamos cerca de um ano para trabalhar os significados desses medos com o paciente", argumenta Alda Batista. Nas sesssões de psicanálise, George Lederman trabalha a identidade, investigando as relações com a mãe e alguns traumas originados na infância. "É um processo de percepção da própria identidade, sem um tempo determinado para que ela se complete", finaliza Lederman.

Dismorfobia (Sandro Soares) A dismorfobia também denominada Transtorno Dismórfico Corporal (TDC), é conhecida há mais de um século e caracteriza-se por uma fixação em um defeito físico imaginário ou mínimo, gerando níveis excessivos de ansiedade. Introdução O TDC afeta cerca de 1% da população e pode resultar em disfunção ocupacional ou memso incapacitação social importante. A prevalência do TDC parece ser maior em pacientes mais joviens e naqueles sob tratamento dermatológico (cerca de 11% dos pacientes dermatológicos apresentam dismorfobia) Pacientes com o transtorno frequentemente desenvolvem depressão, comportamento violento e apresentam risco de suicídio. O receio de sofrer embaraços ou ser ridicularizado força estes pacientes a evitar o convívio social habitual ou relações mais íntimas. De um modo geral, indivíduos com dismorfobia acreditam firmemente que uma mudança drástica em sua aparência é um pré-requisito para sua felicidade e/ou bem-estar.

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A hereditariedade pode constribuir para o desenvolvimento do TDC. A prevalência de dismorfobia é quatro vezes maior em pacientes de primeiro grau de indivíduos portadores do distúrbio. O TDC parece estar relacionado ao transtorno obsessivo compulsivo, outros diagnósticos diferenciais válidos incluem depressão, distúrbio bipolar e esquizofrenia. Abordagem diagnóstica O curso do TDC em geral é crônico e estes pacientes frequentemente possuem um histórico de múltiplas visitas ao dematologista e cirurgiões plásticos, sem muito sucesso com os tratamentos propostos. Estas consultas recorrentes podem significar uma tentativa de confirmar e aumentar o significado de um determinado defeito físico. Entretanto, é inútil tentar explicar que o referido defeito não existe ou é mínimo. Muitos pacientes exibem hábitos compulsivos, tais como checagens frequentes no espelho, tricotilomania (arrancar os cabelos) etc. O reconhecimento precoce dos sintomas é crucial, uma vez que propedêuticas extensas podem resultar em um desperdício de recursos, dinheiro e tempo. Praticamente qualquer parte do corpo pode ser "eleita" como fonte de angústia e desconforto. Contudo, as partes mais frequentemente envolvidas são a pele, o cabelo e o nariz. As queixas variam bastante, incluindo preocupação com rugas, pintas, manchas, acne e poros. Pequenas máculas vasculares, oleosidade, cicatrizes, eritemas, áreas excessivamente pilosas e outras queixas também são encontradas com certa frequencia. Tratmento Pacientes com este distúrbio quase sempre recusam uma avaliação psiquiátrica forma, principalmente devido à negação do distúrbio. O tratamento dermatológico ou através de cirugias plásticas em geral não resultam em melhora dos sintomas dismorfóbicos. A

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pessoa continua sempre insatisfeita. Medicamentos antidepressivos e terapia cognitivo comportamental costumam ajudar. Conclusão O TDC caracteriza-se por uma fixação em um defeito físico imaginário ou mínimo, gerando níveis excessivos de ansiedade. O diagnóstico é essencialmente clínico.

Dismorfobia. Uma nova anorexia? ( Dr. Milton Peruzzo ) A dismorfofobia, também denominada Transtorno Dismórfico Corporal ou síndrome da distorção da imagem, é um transtorno da percepção e valorização corporal; consiste em uma preocupação exagerada com algum defeito, inexistente, na aparência física, ou ainda, uma valorização desproporcional de possíveis anomalias físicas que poderiam manifestar-se. A fobia de deformação física é um quadro clínico bastante freqüente; quem sofre a convicção obsessiva de ter uma parte ou todo corpo deformado se angustia com sua suposta "feiúra" e tende a deixar que minúsculas imperfeições assumam uma importância desmesurada. Afeta pessoas atraentes e não atraentes. As queixas podem concretizar-se em qualquer parte do corpo; as pesquisas demonstram que em 45% dos casos, a queixa centra-se no nariz, embora as alterações imaginárias ou mínimas podem também se referir a outras partes do rosto (espinhas, boca, mandíbula), barriga, cabelos, busto, pés, mãos, genitais, pernas, ao peso, estatura, traseiro, etc. Observa-se essa fobia, ou medo, de ter um aspecto anormal, mais freqüentemente nos adolescentes, de ambos os sexos, e está extremamente relacionada às transformações ocorridas na puberdade, começando ao redor dos doze anos e finalizando, nos casos

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patológicos, ao redor dos dezoito ou vinte anos. Essas idéias obsessivas sobre defeitos no próprio corpo são muito semelhantes aos pensamentos obsessivos dos pacientes com Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), e em geral são egodistônicas, ou seja, estão em desacordo com o gosto da pessoa, portanto, fazem a pessoa sofrer. No Transtorno Dismórfico Corporal são mais comuns as queixas que envolvem defeitos faciais, como por exemplo, em relação à forma ou tamanho do nariz, do queixo, calvície, etc. As queixas geralmente envolvem falhas imaginadas ou, se existem são bem mais leves que o paciente imagina, na face ou na cabeça, tais como perda de cabelos, acne, rugas, cicatrizes, marcas vasculares, palidez ou rubor, inchação, assimetria ou desproporção facial, ou pêlos faciais excessivos. Outras preocupações comuns incluem o tamanho, a forma ou algum outro aspecto do nariz, dos olhos, pálpebras, sobrancelhas, orelhas, boca, lábios, dentes, mandíbula, queixo, bochechas ou cabeça. Não obstante, qualquer outra parte do corpo pode ser o foco de preocupação do paciente, inclusive podem envolver outros órgãos ou funções, como por exemplo, preocupação com o cheiro corporal que exalam, mau hálito, odor dos pés, etc. Embora a queixa seja freqüentemente específica, algumas vezes pode ser vaga e alguns pacientes podem apenas se queixar de uma “feiúra” geral. Em nossa clínica lidamos freqüentemente com muitos pacientes jovens tomados pelo pânico de ficarem calvos.O termo correto para esta fobia é a "FALACROFOBIA" que é a aversão e o medo mórbido e irracional, desproporcional persistente e repugnante de ficar calvo. Ouço relatos de desespero, crises de identidade, depressão, etc. Isso em jovens saudáveis e que deveriam estar no apogeu de sua vida. O mais importante é tentar passar a eles a importância da prevenção e evitar ao máximo que fiquem obcecados com este problema. Os tratamentos incluem a psicoterapia e se necessário o uso de medicações como a sertralina, fluoxetina, etc. a critério médico. O cirurgião plástico deve ter bom senso e a experiência necessária para encaminhar estes casos de forma clínica evitando a cirurgia que inevitavelmente não agradará ao paciente trazendo transtornos para ambos. Dr. Milton Peruzzo

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O poder do Riso (escritor:A. Penjon)

http://www.youtube.com/watch?v=D6iNxLir0bw http://www.youtube.com/watch?v=yHvk8aMSsSY Temos um grande número de pesquisadores em muitos campos explorando o papel do riso no bem estar de nosso corpo e mente. Koestler fala dele como um “reflexo de luxo”, que só pode estar evoluído nos seres humanos no estágio de “emancipação cortical”, quando nos tornamos capazes de perceber nossas “próprias emoções como redundantes, e admitir, sorrindo: fui surpreendido”. Ele também afirma que o riso só poderia ter surgido “numa espécie biologicamente segura com emoções redundantes e autonomia intelectual”. Um propósito chave do riso, é que ele nos mantém livres da tirania do nosso passado e de nossa sociedade. Das crenças que costumamos arrastar desde a mais tenra infância e dos contextos sociais robotizantes. O riso é também uma forma de lidarmos com o que não conseguimos explicar, pois ele nos possibilita o distanciamento temporário de um evento sobre o qual não temos controle, lidar com ele e depois continuar saudável com nossas vidas. O riso após emoções que poderiam nos desequilibrar e roubar a energia necessária para permanecer na realidade, nos purifica e nos recoloca na situação, porém com a atenção desperta. O riso desenvolve uma habilidade criativa, que estimula a flexibilidade mental e traz portanto uma capacidade ampliada do uso da inteligência. O riso também pode definir nossa sanidade. Nossa habilidade em associar universos de discursos independentes só funciona quando estamos mentalmente sãos. Koestler define essa habilidade como a chave do riso e da criatividade. O momento em que pacientes clinicamente deprimidos dão risada é um momento de ruptura em direção à cura. Até aquele ponto eles haviam sentido seu mundo como um lugar constantemente amedrontador e hostil. A vida não deve ser vista de forma tão literal, precisamos ser capazes de usar o contexto “faz de conta”, que é a marca registrada de uma criança espontânea e da imaginação humana. A Terapia do Riso resgata a noção de aprender a brincar com nossa dor e descobrir meios de trazer nossas crenças para o presente, ajustando-as ao que somos hoje, ou seja, à nossa realidade.

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As pessoas que conseguem rir, lidam de forma muito mais saudável com a sua realidade, percebem o mundo e tudo que as cerca com intensidade e vitalidade. São mais humildes quando têm sucesso e menos derrotadas em momentos difíceis. É algo como não ter medo de viver o presente, o real, os fatos, porque existe um prisma de positivismo que os faz crer que existem infinitas saídas e formas de transformar os desafios em aprendizados. Com certeza há coisas mais importantes na vida do que achar engraçado o que fazemos, mas não consigo imaginar qualquer outra coisa que faça a minha vida valer mais a pena. Uma das crenças mais persuasivas que nos impedem de viver a vida que queremos é a de que devemos ser sérios para sermos respeitados. Confundimos responsabilidade com seriedade e perfeição nas coisas que fazemos. É essa confusão que nos leva a perder contato com aquele “lugar interior do riso, da brincadeira, da vontade espontânea de aprender” que pode dar alegria às nossas vidas. Abandonamos a nossa criatividade em prol da responsabilidade e do respeito. Não acho que seja uma questão de troca ou opção, pois ao contrário do que os “donos dos sistemas” querem pregar, podemos ser criativos, respeitáveis e responsáveis a todo momento, e necessariamente bem humorados e positivos. E ainda mais, livres internamente. “O riso nos livra do vazio, por um lado, e do pessimismo, por outro, mantendo-nos maiores do que aquilo que fazemos e maiores do que o que pode nos acontecer”. Texto extraído do livro “O poder de cura do Riso” EFEITOS DO RISO SOBRE O ORGANISMO (Academia letras Brasil) Você já observou quem está a sua volta? Alguns são bem humorados, passam felicidade, contagiam o ambiente e atraem as atenções de todos. Já os sisudos, tornam as coisas mais difíceis, mais pesadas. Entre um e outro – como a noite e o dia, sentimo-nos motivados e depressivos – alegres e infelizes – relaxados e tensos – vívidos e angustiados. Onde encontram-se as chaves para a felicidade? Nas pessoas que nos cercam ou dentro de nós? Nos planos e projetos – na saúde e trabalho – nos esportes e lazer? Sabemos que algumas pessoas vivem mais que outras, mas, que segredinho é este? Após analisar uma amostra superior a 1.500 pessoas, inclino-me a afirmar que as pessoas mais bem humoradas polarizam os meios, fazendo com que pequenas e grandes decisões, empresariais e políticas, girem a sua volta. São seres como pólos energéticos, como ímãs. Através dos recentes avanços da bioeletrografia, constatamos o entrecruzamento das energias humanas, também, de infinitas trocas energéticas entre os seres e os objetos. Existem campos de energia com maior e menor “quantum” de irradiação, - o que provocam mudanças nos limiares de outros seres e mesmo objetos. A energia é uma realidade inquestionável, ela existe em tudo e também nos seres. Cada célula humana armazena entre 40 e 90 mini-voltz. Os bem humorados tem uma maior capacidade de armazenamento de energia e suportam melhor as tensões.

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Todo os processos psiconeuro e biofisiológicos, mecânicos e extra-corpóreos, sociais, são dependentes de energia. Em todos os momentos, trocas ocorrem, modificando os limiares dos objetos e pessoas sob o nosso raio bioeletromagnético. Quem já não passou frente a um aparelho de televisão, rádio, ou mesmo ao pentear-se, e notou a existência e presença da energia? Nas 1.500 pessoas analisadas, aquelas que tinham um maior senso de humor, energeticamente, polarizavam seus pares. Uma significativa redução nos níveis de estresse – muitos pacientes que queixavam-se de algum tipo de dor, frente ao riso, tinham suas dores minimizadas.

Alguns efeitos do riso sobre o organismo: - O hormônio do estresse, que é produzido pelas glândulas suprarenais são reduzidos. - Com o riso, suas lágrimas passam a ter mais imunoglobulinas, um anticorpo que é a sua primeira linha de defesa contra algumas infecções oculares provocadas por vírus e bactérias. - Sua boca também passa a ter mais imunoglobunina, resultando em uma melhor função imunológica. - O riso acelera a recuperação de convalescentes e é eficaz no combate a dor. - O poder do riso, de ativar a produção de endorfinas, é tão eficiente quanto a acupuntura, o relaxamento, a meditação, os exercícios físicos e a hipnose. - O nível de cortisol aumenta de forma nociva durante o estresse, diminuindo significativamente com o riso. - A pressão sanguínea aumenta durante o riso e cai abaixo dos níveis de repouso depois. - Há uma redução da tensão muscular depois do riso. Um dos principais fatores que contribui para as doenças ocupacionais, como a Dort – Distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho, é o excesso de tensão muscular. - O ar é expelido em grande velocidade de sus pulmões e de seu corpo quando você dá uma boa gargalhada. Seu corpo todo é oxigenado – inclusive o cérebro. Este fenômeno contribui tanto para que você pense com clareza quanto para uma boa forma aeróbica. - O riso possui um efeito antiinflamatório em suas juntas e ossos que contribui para reduzir a inflamação e aliviar a dor em condições artríticas. - Durante o estresse, a glândula supra-renal libera corticosteróides que são convertidos em cortisol na corrente sanguínea. Níveis elevados de cortisol têm um efeito imunossupressivo – o riso reduz os níveis de cortisol, protegendo nosso sistema imunológico – o estresse é o elo entre a pressão alta, a tensão muscular, o sistema

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imunológico enfraquecido, enfarto, diabetes e muitas outras doenças. (Vencer, Dez/01, p. 50).

O BOM HUMOR FAZ BEM Á SAÚDE ( Revista Bons Fluidos) O que uma exuberante gargalhada contém? A ciência quis saber. Nessa empreitada, primeiro percebeu e depois comprovou que o riso não só transmite alegria de pessoa para pessoa como também melhora a saúde delas. O mais recente estudo aconteceu na Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos. Os pesquisadores verificaram que a ativação de uma determinada região do cérebro associada a emoções negativas enfraquece a imunidade dos pacientes. Quem é mais triste apresenta uma atividade maior na parte frontal direita do córtex cerebral. Isso mexe com os neurotransmissores, as substâncias produzidas e liberadas ali, e reduz a produção de células de defesa do organismo. Em contrapartida, pessoas que tendem a olhar o lado positivo das coisas, nas quais o lado esquerdo do cérebro fica mais ativado, apresentam uma melhora na capacidade imunológica. O bom humor é, então, uma forma descontraída de prevenir gripes e resfriados. E ainda um fortificante quando se fala em aids, câncer e problemas de coração. Um levantamento da Universidade de Maryland, também nos EUA, descobriu que sorrir influencia o músculo cardíaco: segundo o estudo, infartados apresentam 40% menos tendência a rir do que homens saudáveis da mesma idade. Em outra pesquisa, desta vez no Brasil, realizada no Instituto Nacional do Câncer, a

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enfermeira Maria Helena Amorim, atual professora da Universidade Federal do Espírito Santo, constatou que mulheres com câncer de mama que enfrentam a doença com otimismo produzem mais de uma substância positiva no próprio sangue: há aumento de células natural killers, um tipo capaz de eliminar células tumorais. "Os exames de sangue comprovam que, no grupo de mulheres que receberam ajuda de terapeutas para relaxar e enfrentar a doença com otimismo, o índice dessas células poderosas chegou a 19%", informa a pesquisadora. Entre as mulheres que não receberam essa ajuda, o índice ficou em 8,5%. "Em pacientes soropositivos e com câncer, a falta de esperança é um obstáculo sério ao tratamento. Costumo dizer que é como tentar empurrar um carro brecado: não funciona. O otimismo, por outro lado, faz tolerar melhor os medicamentos e os efeitos colaterais", observa o infectologista Arthur Timmerman, de São Paulo. Benefício de corpo e alma Ao reafirmar a importância das emoções e dos pensamentos positivos para a saúde, as pesquisas assinalam que brincar, rir e não se levar tão a sério é absolutamente desejável. ?Ser bem-humorado significa perceber que a maior parte das situações que vivemos não é nem muito importante, nem muito séria, nem muito grave?, define Silvia Cardoso, neurocientista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que estuda o riso e seus efeitos. Ela constatou que não importa se a risada é por algo engraçado ou um gesto de cumprimento. Para ser benéfica, ela tem é de ser sincera. "Só quando o sorriso passa pela emoção é que libera substâncias que reduzem a tensão, relaxam os músculos e aumentam a imunidade", avisa. "Sabemos ainda que rir oxigena o sangue e faz pensar melhor", completa Allen Klein, presidente da Association for Applied and Therapeutic Humor (um tipo de associação americana do humor terapêutico). Para a alma, o benefício de uma boa gargalhada é bem mais amplo. No livro Ninguém Escapa de Si Mesmo -Psicanálise com Humor (ed. Casa do Psicólogo), a psicanalista paulista Paulina Cymrot descreve alguns casos em que comentários divertidos abriram uma janela na alma trancada dos pacientes. "O humor serve para minimizar o excesso de dor, de rigor consigo próprio e com as outras pessoas", escreve a autora. A palavra humor vem do latim humore, que significa "deixar fluir". Isso inclui desculpar-se das próprias falhas e expandir-se internamente. Às vezes, é preciso deixar vir a raiva, o medo, a tristeza. "Estar de bem com a vida não significa ser super-herói e esconder os sentimentos ruins. Pelo contrário, é importante deixar a dor doer até passar", diz a doutora em psicobiologia Thelma Andrade, professora do departamento de ciências biológicas da Universidade Estadual Paulista (Unesp, campus de Assis). "O otimista também se irrita, mas reconhece que está assim e, tão logo quanto possível, elabora o fato e segue a vida. Não fica paralisado nem remoendo frente a um obstáculo", compara a psiquiatra Alexandrina Meleiro, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, de São Paulo. Energia que transforma A chargista argentina Maitena Burundera, 41 anos, autora do livro Mulheres Alteradas, transforma o sofrimento em fonte de criação. "Para mim, o humor é um mecanismo para lidar com minhas angústias. Tento rir do que me faria chorar", revela.

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Acostumada a ouvir as dores humanas, a psicóloga paulista Lilian Pinheiro, 56 anos, entende que a alegria é a melhor coisa que existe. "O bom humor cura, faz as pessoas levarem a vida mais leve. Com certeza, me conduz à saúde física e mental", afirma. Sua energia é tanta que dá até para distribuir aos amigos. "Ela não faz tempestade em copo d'água. Sempre que converso com ela, sinto aquele ânimo, uma vontade de viver. Lilian contagia a gente", diz a amiga Erika Fromm, 30, cineasta, de São Paulo. Hábitos que ativam o otimismo Três atitudes ajudam a ampliar a cota de bom humor. 1. Dormir bem. A privação do sono eleva a agressividade. 2. Atividade física. Estimula a liberação de endorfinas, um tipo de neurotransmissor associado ao bem-estar. "Pode ser natação, ioga, caminhada. Só não vale ser algo competitivo, que estresse ainda mais", sugere a psiquiatra Alexandrina Meleiro. 3. Alimentação rica em fibras e nutrientes. "Quem está com o intestino preso fica intoxicado e de mau humor, frisa Célia Mara Melo Garcia, nutricionista e iridóloga, de São Paulo. Além disso, os alimentos certos servem de matéria-prima para a produção de parte da serotonina fundamental na química do bom humor. Entre eles estão: Soja: Uma pesquisa recente provou que o grão contém moléculas que participam da formação da serotonina substância responsável pela sensação de bem-estar. Carnes magras, peixes, nozes e leguminosas: Fontes de triptofano, facilitador da produção de serotonina, neurotransmissor do bem-estar. Banana e castanha-do-pará: Contêm vitamina B6, que colabora para o bem-estar. Manga: Alimentos amarelos, como essa fruta, são ricos em magnésio, outro mineral envolvido na regulação da serotonina, relaxante produzido pelo cérebro. Leite e iogurte desnatados e queijos magros: Ricos em cálcio, fundamental para a liberação de neurotransmissores, como a serotonina. Motivos para sorrir Para cultivar seu senso de humor: * Liste as coisas de que você mais gosta e considere seriamente a possibilidade de colocá-las em prática. * Lembre do que você fazia com prazer na infância. O que o fazia ficar horas absorto, ler, olhar as estrelas, assistir um jogo... * Perceba as atividades divertidas que pratica durante o dia. Jantar fora com um amigo, fazer amor, brincar com o cachorro, cozinhar. Observe como a alegria custa pouco. * Tudo tem sua parte divertida e outra nem tanto. Só não deixe o que é divertido ficar escondido. * Brincar é tão natural quanto respirar, sentir, pensar. Autorize-se. Tente caminhar por um quarteirão observando quantos sorrisos encontra pela frente. Depois, faça o mesmo percurso sorrindo e comprove que rir é contagioso. "Ser bem-humorado significa perceber que a maior parte das situações que vivemos não é nem muito importante, nem muito séria, nem muito grave", Silvia Cardoso, neurocientista.

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O Poder do Riso

(Silvia Helena Cardoso, PhD)

Pense na última vez que você riu. Foi por alguma situação engraçada? Ou por alguma piada? Ou por uma sátira que viu na TV? Talvez por nenhuma dessas razões. Muito provavelmente não houve uma razão especial e você riu ou sorriu ao cumprimentar alguém, quando conversava com amigos ou quando brincava com alguém. O riso é universal na espécie humana e uma das coisas mais comuns que fazemos. Nós rimos muitas vezes por dia e em situações extraordinariamente diversas, mas não percebemos isso, porque raramente controlamos conscientemente o nosso riso. O neurobiologista Robert Provine, ao observar 1200 conversações em locais públicos como shopping centers, salas de aula, lanchonetes, ruas, etc, descobriu que 80% do nosso riso não tem nada a ver com humor. Nós rimos essencialmente em situações sociais e geralmente em momentos de felicidade, prazer e brincadeiras, mas sabemos que ele é muito mais do que apenas uma mera manifestação de alegria. Ele também atenua hostilidade e agressão (repare como utilizamos o riso quando queremos atenuar uma típica tensão entre estranhos ou necessitamos dizer não a alguém. Nós frequentemente rimos quando nos desculpamos. O riso desarma as pessoas, cria uma ponte entre elas e facilita o comportamento amigável. Tudo sto indica que o riso é um elemento importante de nossa biologia comportamental humana. Ele parece ter sido selecionado pela evolução como um dispositivo importante para a nossa sobrevivência. Entender o riso significa compreender as nossas raízes sociais e biológicas e aprimorar as nossas relações sociais.

Por que nós rimos? O riso, como qualquer outro comportamento emocional, tem uma função e o riso não é exceção. A função do riso é a de comunição. É uma mensagem que nós enviamos às outras pessoas comunicando disposição para brincar, ligar-se a elas, ficarmos felizes e fazê-las felizes, mostrarmos que somos pacíficos. Nós somos criaturas que necessitamos criar estruturas sociais e viver bem. Então nós precisamos

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ter relações pacíficas com as pessoas ao nosso redor. O riso promove efeitos positivos em nossos contatos sociais. A função social do riso pode aprofundar-se ainda mais. Estudos mostraram que indivíduos socialmente dominantes como chefes executivos ou tribais usam o riso para controlar seus subordinados. Quando o chefe ri, os subordinados em geral também riem. O riso é então uma forma de expressar o poder? O filósofo John Moreall especula que desta forma, os chefes estão "controlando o clima emocional do grupo". Dr. Provine e sua equipe observaram que as mulheres em uma audiência riem mais quando o palestrante é um homem. Precisamos dos risos e das brincadeiras para interagirmos como indivíduos com o grupo social no qual nos inserimos, e também para aliviar as tensões sociais do cotidiano. O riso, as cócegas e as brincadeiras estão entrelaçados de formas bastante complexas e são uma das nossas primeiras experiências de vida.

Nós aprendemos a rir? Será que aprendemos a rir desde bem pequenos, principalmente com nossos pais? Tendemos a pensar que um bebê poderia estar rindo por imitação, mas evidências apontam que o riso possui uma base inata, pré-progaramada. Estudos com cegos, surdos e mudos congênitos, por exemplo, provaram que eles podiam rir e sorrir, mesmo sem a possiblidade de imitar outras pessoas. Recentemente observamos o riso em crianças cegas congênitas e verificamos que eles riem como qualquer criança normal e pelos mesmos motivos, ou seja, por brincadeiras, cócegas, ao ouvir músicas alegres, etc.

Os animais riem? Se o riso é inato, deve haver evidências para ele no registro evolutivo. Quando observamos primatas próximos aos humanos, nós vemos que o riso não é único a nós mesmos. Os antropóides (chimpanzés, gorilas e orangotango) abrem suas bocas, expõe seus dentes, retraem os cantos da boca, e emitem vocalizações altas e repetitivas, não como o riso dos humanos, mas sons mais parecidas com guinchos ou granidos ou até mesmo através de certas posturas corporais. Eu não acho isso surpreendente, porque nós somos somente uma entre as espécies sociais e não existe razão pela qual deveríamos ter um monopólio sobre o riso como uma ferramenta social. O riso pode ter evoluído até mesmo antes dos primatas aparecerem em cena. Ratos, quando estão brincando com seus companheiros, emitem vocalizações que são interpretadas como riso. Estudos realizado pelo neurobiologista americano Jaak Panksepp mostraram que ratos emitem vocalizações ultrasônicas durante o comportamento de brincar de rolar no chão. Pansepp sugere que ratos e primatas, especialmente os jovens, usam o riso para distinguir de interações físicas ameaçadoras. Nós observamos filhotes rolar no chão com os outros, mostrar os dentes e ameaçar morder e perseguir o companheiro. Para nós, eles claramente estão brincando com esta luta de faz-de-conta, mas, vocalizações súbitas do comportamento, incluindo vocalizações, sinalizam a seus parceiros que a luta não é séria. A inabilidade de um filhote de rato vocalizar por causa de um dano cerebral, pode levar a uma luta séria. Crianças de todas as idades, e, em muitas culturas, e também pais e filhos, também se engajam em brincadeiras de rolar no chão, de dar socos, mas sempre acompanhados pelo riso.

A importância do riso e das brincadeiras O riso é uma das nossas primeiras experiências de vida. Ele dá início a interação com o mundo ao nosso redor. O ato de brincar é essencial para a aprendizagem e para forjar ligações sociais. Precisamos dos risos e das brincadeiras para interagirmos como indivíduos com o grupo social no qual nos inserimos, e também para aliviar as tensões sociais do cotidiano. Alguns cientistas acreditam que as brincadeiras são parte essencial da formação do caráter. Quando brincamos, simulamos e desenvolvemos as mesmas situações cotidianas que viveremos mais tarde durante a vida adulta. Ou seja, essas brincadeiras físicas vitais e precoces ensinam-nos o alto controle e o comportamento social de que precisaremos na idade adulta. Isto ocorre quando nós aprendemos a usar o riso para indicar que a brincadeira agressiva é só uma brincadeira. Como consequência, formam-se ligações emocionais positivas. Na faculdade de Ohio, o renomado cientista Dr. Jaak Panksepp, encontrou evidências de que as

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brincadeiras são uma necessidade básica partilhada entre as espécies, e que serve como uma forma de trabalhar o jogo de dominação e submissão entre indivíduos do mesmo grupo social, de forma não-violenta. Isso nos leva a concluir que as brincadeiras e o riso têm o significado da competição entre os indivíduos de uma mesma espécie e grupo social. E nos ajuda a entender as sutilezas das relações sociais, aprendendo a ganhar e a perder, dominar e ser dominado socialmente. O contexto da brincadeira de rolar no chão, perseguir, usar expressão de ameaça é o seguinte: "Vou te atacar e te matar, mas quando o riso se entrelaça nessa brincadeira ele sinaliza: mas não vou machucá-lo, é tudo uma brincadeira. O comportamento de brincadeira é universal entre os mamíferos. Brincar de rolar no chão é como simular um ataque. A vocalização típica nestas situações, indica que isso é só um faz de conta. A brincadeira é essencial para a aprendizagem do alto controle e o comportamento social de que precisaremos na idade adulta e para forjar ligações sociais. Ouça a vocalização do macaco e do rato quando estão brincando O riso é um reflexo primitivo que nós dividimos com alguns animais. Mas o riso humano involve regiões cerebrais altamente desenvolvidas que nos permite por exemplo, entender uma piada. .

O riso é um bom remédio O riso está associado não somente com o alívio de tensão induzido pelo perigo e sinalização não agressiva, mas também com a expressão de emoções positivas. Isto poderia ser a base para a a expressão bem conhecida mundialmente de que "o riso é um bom remédio". Pesquisas sérias têm mostrado que esta noção é verdadeira. Riso e humor diminuem estresse e ansiedade, reforça a imunidade, relaxa a tensão muscular e diminui a dor. A Medicina moderna está começando a levar vantagens destes efeitos positivos: crianças hospitalizadas que vêm palhaços brincando permancem menos tempo nos hospitais que aquelas que não vêm. O riso inicia uma cadeia de reações fisiológicas. Primeiro, ele ativa o sistema cardiovascular, então a freqüência cardíaca e pressão arterial aumentam. As artérias então se dilatam, levando, portanto, a uma queda da pressão. Contrações fortes e repetidas dos músculos da parede torácica, abdomen e diafragma aumentam o fluxo sanguíneo nos órgãos. A respiração forçada (o ha! ha! ha! do riso) eleva o fluxo de oxigênio no sangue. A tensão muscular diminui e nós podemos temporariamente perder controle dos nossos membros, como na expressão "ficar fraco de tanto rir". Pessoas que sofrem de raiva crônica têm alta incidência de pressão sanguínea elevada, níveis mais altos de colesterol e ataques card;iacos. Enquanto a raiva, a depressão e frustração perturbam a função de muitos sistemas fisiológicos, incluindo o sistema imune, o riso ajuda estes sistemas a funcionarem melhor. Por exemplo, o riso ajuda o sistema a aumentar o número de células que auxiliam contra a infecção, as células T, no sangue. O riso também pode promover mudanças hormonais benéficas. Cientistas especulam que o riso libera transmissores neuroquímicos chamados endorfinas, os quais reduzem a sensibilidade à dor e promovem sensações prazeros e de bem estar.

Um mundo melhor com o riso Riso e brincadeira são elementos vitais em nosso repertório comportamental humano. Dr. Panksepp sumariza isso com sabedoria e beleza: “Riso e brincadeira fertilizam não somente o cérebro, mas fertilizam também o espírito humano. Estes são tipos de sistemas que nos permitem ser brincalhões, construir estruturas sociais estáveis e manter unidas criaturas que fazem coisas certas no mundo. Se outras pessoas estão interagindo com nós de forma positiva e nós respeitamos a forma como elas sentem, então eu acho que nós temos um mundo melhor. E o riso e a brincadeira são grande parte disso”.

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HOMEM VIRGEM É ASSUNTO TABU: http://www.youtube.com/watch?v=xB66vK_w_ec --------------------- ----------------------- COMPLEXO DE VIRGINDADE MASCULINA (Dr.Gustavo Maximiliano)

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VIRGINDADE MASCULINA Eu gostaria de saber se existe alguma forma de saber se um homem é virgem, se existe algum exame, por favor me responda pois minha namorada não acredita que sou virgem, e já tivemos muitas brigas em relação a isso. Não há nenhum exame que possa comprovar a virgindade masculina. Sua namorada terá que acreditar na sua palavra. Nem mesmo os teste de paternidade, que analisam o DNA de uma criança nascida, seriam indício definitivo de que um homem perdeu a virgindade. Não vamos esquecer que ser pai não significa, necessariamente, transar. Um homem pode ser pai, sem nunca ter transado. Basta para isso, recolher seu esperma (numa masturbação) e inseminar, artificialmente, uma mulher. IDADE para PERDA da VIRGINDADE Sou homem, 16 anos, e gostaria de saber qual é a média de idade que as mulheres perdem a virgindade? É difícil dizer a média de idade para a perda da virgindade. Sabe-se que hoje em dia, as garotas estão tendo sua primeira transa, entre os 12 e os 17 anos. No entanto, esta idade é também a idade em que mais ocorrem casos de gravidez e contaminação do HIV. Portanto, não é vantagem nenhuma iniciar a vida sexual com parceiros e não adotar um comportamento maduro, seguro e responsável. Penso que as garotas que transam depois de seus 15, 17, 20 ou até 25 anos, podem refletir e buscar a hora certa e a oportunidade mais adequada.

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A virgindade é um tabu desde o início dos tempos. Antes de Cristo, épocas medievais e vários outros momentos da história citam esse tema. Em algumas civilizações, como a fenícia, as mulheres tinham que provar sua virgindade para que o filho não fosse considerado fruto de adultério. Era comum o noivo mostrar o lençol abarrotado de sangue para registrar o feito. Muitos mitos e crenças acerca do assunto perduram até hoje. É trivial escutar no consultório médico: “Minha namorada não sangrou, ela é mesmo virgem?

Mesmo do ponto de vista científico a definição do termo ainda é um pouco complicada, pois a variedade e a época de vida com que o ser humano inicia sua vida sexual são inúmeras. Perda da virgindade é a iniciação sexual de um indivíduo através do coito pênis-vagina, com rompimento total ou parcial do hímen, uma fina película que fica na entrada da vagina. Parece simples, mas ter somente esse parâmetro como referência permite vieses. Algumas mulheres nascem sem hímen, outras possuem um hímen complacente (bem elástico) o qual muitas vezes só se rompe no parto vaginal ou após diversas relações sexuais. O fato de sangrar ou não também é um mito antigo e sem nexo, pois inúmeras mulheres perdem a “prega” sem sangrar. Se houver apenas coito anal, a mulher, por definição, é virgem; mas convenhamos, considerar-se virgem nessa condição é pura hipocrisia. Há dúvidas se a mulher pode perder a virgindade sozinha, se masturbando, através da introdução de um dedo ou objeto inanimado dentro da

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vagina. Uma virgem pode ter orgasmo através da masturbação sem perder a virgindade. Lésbicas podem perder a virgindade sem a ajuda de um pênis. Vimos que inúmeras dúvidas pairam sobre esse quesito em questão. Com a liberdade sexual da era atual, o termo virgindade torna-se mais complexo, envolvendo não só parâmetros anatômicos, mas de outras etiologias. Perda da virgindade, independente do hímen, é o início da experiência sexual de um indivíduo, compartilhada com um parceiro e com consciência de ambos. Essa definição engloba outras formas de relacionamento que são marginalizadas pelo conceito tradicional, como homossexualismo, coito anal, sexo oral e masturbação com o uso de acessórios, por exemplo. Realmente esse tema é muito polêmico e traz muitas discussões. Isso é bem legal. Mas o verdadeiro intuito do texto é insistir que os iniciantes sexuais devam se ater mesmo a ter uma primeira vez bem planejada, com poucos riscos, com a pessoa certa. Deve-se dar pouca importância ao fato de sangrar ou não e ter noção de responsabilidade que rege o ato sexual (gravidez indesejada, DST’S), uma porta para a vida adulta. Virgindade pode sim ser considerada algo supremo, sagrado, mas muito mais importante é ter uma iniciação sexual saudável na hora e momento certos, com o parceiro sonhado e planejado, para que se goze ao máximo esse dom que Deus nos deu: o amor. Esse sim é importante. E não dá para perder.

A virgindade masculina (Psicóloga Silvana Martani) Quando o menino entra na puberdade, os pais já esperam que, com o tempo e quase que por osmose, o menino avance o sinal progressivamente com suas "ficantes" ou namoradinhas ou, ao entrar na adolescência, seu pai ou mais comum, o amigo safado, se encarregue de levá-lo para alguma prostituta possa iniciá-lo.

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É sabido que hoje em dia as prostitutas estão em desuso neste papel de "professoras do sexo" nos grandes centros. O que se faz, então, é transar com a colega de classe que já passou pela mão de vários amigos e se presta a esta função com prazer e de graça ou com a namoradinha virgem que precisa se livrar do hímen, custe o que custar. Seja como for, a iniciação sexual é tão difícil para os meninos como para as meninas e é um tabu para ambos. A partir da adolescência, ou mesmo no final da puberdade, a virgindade é vista como uma “doença” que deve ser eliminada. É motivo de gozação, de discriminação e até homossexualismo, pois quem não transa tem problemas sérios de cabeça ou é doente mesmo. O único problema que um menino pode apresentar nesta fase de desenvolvimento é imaturidade emocional e isso não é nem doença, nem homossexualidade, é o esperado para sua idade. Antes mesmo da primeira relação sexual, sexo, transa, masturbação, tamanho do pênis, revistas e filmes eróticos são os assuntos preferidos pelos grupos de meninos e é nesse momento que um ou outro integrante do grupo pode se sentir acuado pela inexperiência e viabilizar sua iniciação de qualquer jeito, sem qualquer condição emocional para isso. A maioria dos meninos inicia sua vida sexual forçado pela família, que vive perguntando se ele já transou, ou pelo grupo a que pertence. Instruído pelo filme pornográfico, grande professor da gurizada, o menino inicia sua empreitada com fé e coragem para repetir com as meninas o que faz no banheiro quase todos os dias com a revista erótica na mão. Este início é difícil para todos, mas poucos admitem que sentem medo, muito medo de falhar. Falhar para um menino é não ter ereção, pois não existe neste momento qualquer preocupação com a parceira e sim se seu pênis vai corresponder a sua expectativa ou não. Não que a parceira não seja importante, mas é tão difícil este começo que não dá para se preocupar com tudo, ou seja, cada um com seus problemas... Penetrar e ejacular numa vagina de verdade é que faz toda a diferença e, neste momento, o que está em jogo é se o menino vai conseguir ou não. Se a empreitada foi um sucesso, a experiência foi ótima independente do outro e de ter quase morrido de angústia e tensão, de se sentir desajeitado e meio estranho, mas, se a experiência não deu certo, o menino está jogado a sua própria sorte e aí a coisa se complica. Para a maioria dos jovens o início sexual é muito ruim. Não sentir prazer para as meninas e não ejacular para os meninos é o que mais perturba o iniciante e o que mais acontece. A menina ainda pode fingir que foi legal para não perder o amigo ou namoradinho da vez, mas o menino não tem como enganar. Como o menino transa para se auto-afirmar e não para dar prazer à namorada, o que mais o preocupa nem é tanto o fato de seu pênis ter falhado na hora H, o que ele pode até entender, é os outros ficarem sabendo e ele virar motivo de chacota dos amigos, da mocinha insatisfeita e de suas amigas.

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O que acabamos percebendo é que adolescentes imaturos e sem apoio da família têm muito mais chance de se precipitarem quanto à iniciação sexual do que aqueles que se sentem à vontade para discutir o assunto com seus pais. E isso não quer dizer que os pais legais são aqueles que deixam os filhos adolescentes transarem dentro de casa e tudo bem, pois esses pais não são legais, eles só deixam os filhos transarem dentro de casa.

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Pais legais são os que dão abertura para os filhos esporem suas opiniões e tirarem suas dúvidas, o que vai garantir uma iniciação mais ponderada e compatível com sua maturidade emocional. Sexo é muito bom, mas feito de qualquer jeito e a qualquer preço NÃO VALE. VIRGINDADE MASCULINA (Por:Natanael)

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A virgindade masculina é tão insignificante hoje em dia, que se um jovem afirmar que ainda é virgem, pode passar por ridículo até em um grupo de amigos! Mas já é hora de mudarmos os conceitos. A Virgindade para o homem é uma tremenda vantagem em um mundo erotizado e cheio de instabilidade emocional. Toda experiência que passamos, seja sexual ou qualquer outra é gravada em nosso cérebro; isto é feito através de trilhas de neurônios, ativadas nos vários centros do cérebro responsáveis pelos sentidos e funções fisiológicas. Muitas dessas trilhas terminam no sistema de recompensa do cérebro, conferindo satisfação e prazer. O sexo é uma das maiores experiências de recompensa que o cérebro oferece ao homem, sendo assim as trilhas de neurônios que veiculam os impulsos sexuais para o hipotálamo são trilhas de preferência aos elétrons que circulam o cérebro em uma atividade sexual ou contato com o sexo oposto. Essa eletricidade vai estimular a hipófise e neuro-transmissores serão liberados, glândulas secundárias também serão ativadas e hormônios despejados na corrente sanguínea, nos oferecendo o prazer da relação sexual. Essa experiência é tão marcante e significativa, que a primeira relação sexual determina os rumos que tomarão a nossa vida sexual e nosso patrimônio emocional. Traumas são comuns nas primeiras experiências sexuais quando ocorrem de forma antecipada, violenta ou abusiva; a experiência sexual para o cérebro é muito impressiva, e ocorrendo de forma traumática, vai estabelecer conexões neuronais que impedirão um prazer ou relação normal. Os traumas sexuais e outros mais são difíceis de serem tratados e requerem tempo devido a essas fortes impressões que são feitas no cérebro. Serão necessárias muitas terapias para uma reconceituação subconsciente e formação de novas trilhas para o prazer onde a violência e o abuso estejam fora dos caminhos da memória. Daí a importância da primeira relação sexual; os estímulos e o nível de prazer oferecidos irão dopar a pessoa a um nível viciante, e se for uma única pessoa estabelece-se a fidelidade. Caso ocorram várias relações furtivas e com pessoas diferentes surge o mecanismo da promiscuidade. Como o homem é ativado sexualmente pela visão, o mecanismo da promiscuidade vai sempre lhe estar apresentando a possibilidade de prazer com mulheres variadas. Como o homem geralmente não tem uma única relação sexual (a maioria) grava em sua memória um patrimônio afetivo diversificado; o prazer sexual passa a ser na diversidade de companheiras sexuais. A virgindade masculina garante uma grande possibilidade de sucesso na fidelidade conjugal e estabilidade emocional; a promiscuidade sexual é uma programação do cérebro para o prazer na diversidade, ou na furtividade emocional. Um jovem que se mantêm virgem para o casamento tem grandes possibilidades de sucesso na sua vida emocional e afetiva. A sua experiência sexual, com certeza vai ser mais prazerosa, pois não vai haver comparações com experiências anteriores. O risco do adultério não vai estar ausente, é obvio, mas prazer sexual para este indivíduo, não será na variedade sexual. Muitos poderão dizer que aqueles que se casam virgens, também desfazem os casamentos ou praticam o adultério. Concordo, não é o fato de se manter virgem que nos eliminará o ´virus´do pecado. Mas o indivíduo que controla os seus impulsos e se mantêm firme em seus princípios, honrando a Deus, tem maiores chances de vitória e sucesso. O próprio Criador capacitará a esses, dando-lhes força moral, pureza e fidelidade, que são os frutos do Espírito!

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Depressão e Transtorno Maníaco-Depressivo (Clinica Moema)

Todos nós passamos por diversas alterações do nosso estado de ânimo, do momento em que acordamos até a hora de irmos dormir, dependendo dos acontecimentos que vão ocorrendo em casa, no trabalho, na rua, das pessoas que encontramos, das notícias que recebemos e assim por diante. Podemos nos irritar, ficamos alegres ou chateados, isso é comum a todo mundo. O humor é variável e modifica-se diversas vezes durante o dia em todas as pessoas. Se tivermos muitos momentos estressantes e desgastantes num único dia é natural que, quando esse dia chegue ao fim, estejamos sem energia, cansados e tristes. Não devemos, contudo, confundir tristeza com depressão. A tristeza é um sentimento que pode aparecer por algum motivo qualquer e depois de algum tempo ela passa. Porém, existem distúrbios que são muito mais intensos e que alteram de forma persistente o estado de humor, sem que a pessoa consiga compreender nem controlar essa alteração, são os chamados Transtornos de Humor. A Depressão e o Transtorno Bipolar ou Maníaco-Depressivo são as principais manifestações dos Transtornos de Humor. O que acontece nesses transtornos é uma perturbação no estado emocional interno da pessoa que pode tornar-se continuamente depressiva, ou então, intercalar momentos de depressão profunda com momentos de euforia. Em ambos os casos o sujeito vivencia, além da sensação de falta de controle pelo seu humor, a queda na sua capacidade de realizar atividades, prejuízo das suas funções cognitivas como raciocínio e concentração e um intenso sofrimento psíquico que comprometem negativamente o andamento de sua vida pessoal, profissional e social.

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Depressão e Distimia A depressão é, muitas vezes, confundida com os momentos de baixo-astral que sentimos um dia ou outro, quando estamos mal-humorados ou abatidos, mas depressão é muito mais do que isso. Depressão é uma doença caracterizada por um estado freqüente e prolongado de sintomas de desconforto psicológico e físico, sentimentos de tristeza intensa, desânimo e desesperança que tomam conta da vida da pessoa quase todos os dias, por semanas ou meses seguidos, prejudicando seu trabalho, suas relações sociais, sua saúde e fazendo com que ela perca o gosto pela vida. Um quadro de depressão clínica é verificado quando os sintomas atingem a pessoa por inteiro, ou seja, quando afeta seus sentimentos, pensamentos, alteram seus comportamentos e suas relações sociais, além do seu corpo. Pode aparecer sem um motivo aparente, ou então, a partir de um evento desencadeante como a perda de um ente querido ou do emprego, stress, problemas financeiros, uma separação conjugal ou outras grandes e súbitas mudanças de vida. O desenvolvimento dos sintomas depressivos costuma aparecer gradualmente e vai se intensificando com o passar do tempo, intercalado com períodos de melhoria do humor. Muitas pessoas que sofrem desse mal convivem por tanto tempo com esses sintomas que acabam acreditando que eles fazem parte de sua personalidade, ou mesmo, que se trata apenas de uma crise passageira, para qual, possuem uma explicação aparentemente convincente que justifique aquele momento difícil que estão vivendo. Pensam que com o passar do tempo tudo se resolverá por si só, não necessitando buscar auxílio médico. Não sabem elas que agindo assim estão contribuindo para o agravamento da doença. Quanto mais cedo iniciar o tratamento, melhores serão os resultados obtidos. A depressão é uma doença bastante comum no mundo todo e pode afetar crianças, adolescentes, adultos e idosos, de qualquer sexo, raça ou classe econômica. Seus sintomas são bastante variados na forma e intensidade em que são sentidos e não ocorrem, necessariamente, todos juntos em uma única pessoa. Os principais são: - Perda do interesse pelas atividades que anteriormente gostava e pelas tarefas que realizava. - Falta de energia e cansaço freqüentes. - Incapacidade de ver o lado bom das coisas. - Humor deprimido, pessimismo e queixas constantes. - Dificuldade para se concentrar, tomar decisões e para cumprir suas tarefas e compromissos. - A agilidade mental e física torna-se mais lenta. - Queda no desempenho acadêmico ou profissional. - Sentimentos de constante desconforto, desesperança e tristeza excessiva. - Alterações do apetite e do sono. - Baixa auto-estima. - Isolamento social (vontade de ficar em casa, desinteresse em encontrar, sair ou conversar com os amigos ou com a família). - Angústia. - Sentimento forte de culpa, fraqueza ou incapacidade. - Auto-reprovações, auto-acusações, vergonha e pena de si mesmo e de sua situação. - Sofrimento e idéias suicidas. - Desinteresse sexual. - Irritabilidade, ansiedade, inquietação interna, mal-estar, sensação de que nada e nenhum lugar é bom. - Choro freqüente ou incapacidade de chorar. - Apatia (sensação de falta de sentimentos), passividade ou, ao contrário, agitação constante, exagerada e agressividade. - Dores físicas. - Ausência de prazer em qualquer atividade. - Dificuldades de memória e raciocínio. - Sentimento de inutilidade. - Sensação de vazio. - Sentimento de ausência de significado na vida. - Inibição

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Para que seja diagnosticada a depressão é importante realizar uma criteriosa análise médica que exclua a possibilidade destes sintomas serem resultado de alguma outra enfermidade física que também pode desencadear algum destes sintomas como as alterações da tireóide, mau funcionamento do intestino, desnutrição, câncer, problemas neurológicos, diabetes, distúrbios hormonais, entre outros. Assim que comprovado o diagnóstico de doença depressiva, avalia-se em que grau se encontra e a forma como os sintomas se apresentam, ou seja, se é de uma depressão leve, moderada ou grave. Em seguida inicia-se o tratamento recomendado para cada caso em especial. A distimia é um tipo de depressão que se caracteriza por ser leve e prolongada. Embora esteja presente a maioria dos sintomas depressivos comuns à depressão moderada e grave, eles são sentidos de forma menos intensa. Na distimia, os sintomas depressivos incomodam o paciente, mas não o impede de exercer suas atividades, apenas faz com que ele tenha que despender um esforço muito maior que as outras pessoas para realizá-las. As pessoas que sofrem com a distimia estão sempre queixosas e “pra baixo”. Sentem-se, freqüentemente, mal-humoradas e nada parece ser bom o suficiente para elas. Com o passar do tempo passam a acreditar que são assim mesmo e que esse mal-humor faz parte de sua personalidade, o que não é verdade. A distimia pode ser tratada e curada com um bom tratamento psicológico e, se necessário, com utilização medicamentos. A falta desse tratamento pode intensificar a doença e torná-la moderada, ou seja, com mais sintomas depressivos que passam a interferir mais freqüentemente na vida da pessoa, ou mesmo, se agravar a ponto de se tornar uma depressão grave ou Depressão Maior que se caracteriza pela manifestação de muitos sintomas debilitantes e inibitórios ao mesmo tempo, tornando praticamente impossível o cumprimento de suas atividades rotineiras.

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Doença Maníaco–Depressiva ou Transtorno de Humor Bipolar O Transtorno de Humor Bipolar ou Maníaco-Depressivo é caracterizado por oscilações extremas e bruscas do humor. A pessoa intercala momentos da mais profunda tristeza depressiva com momentos de agitação intensa, alegria e excitação. Estes momentos de humor exaltado são chamados de mania. Entre as crises maníaco-depressivas o paciente passa por períodos de normalidade. O Transtorno Bipolar tem como características: Na fase depressiva: -Sintomas de depressão já anteriormente citados Na fase de mania: - Irritabilidade - Euforia - Hiperatividade - Agitação motora e do pensamento - Uso demasiado da fala - Falta de sono - Desorganização - Baixa tolerância à frustração - Vontade de fazer muitas coisas ao mesmo tempo - Não conseguir manter-se parado

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- Fuga de idéias - Idéias de grandeza quanto suas próprias capacidades (auto-estima elevada) - Realização de atividades que causem prazer imediato, mas que possam trazer danos (abuso de álcool, drogas, sexo, jogos, etc). - Pode haver delírios e agressividade.

Os Transtornos de Humor podem ocorrer em qualquer fase da vida: na infância, adolescência e na fase adulta e se não forem devidamente tratados podem durar a vida toda. Estes transtornos causam muito sofrimento para o doente porque ele sente que não é mais o que era anteriormente, que houve uma mudança onde algo se perdeu e culpa-se por isso. Acha que agora é menos do que era, menos capaz, menos inteligente, menos confiante. A visão que tem do mundo e de si mesmo está distorcida, fragmentada e é sempre bastante pessimista e radical. Não consegue visualizar mudanças positivas em sua vida porque acredita que tudo é irreversível e imutável. É por isso que os conselhos e estímulos vindos de amigos e parentes que pedem que ele se esforce e se anime, pouco afetam o depressivo e, muitas vezes até pioram a doença. Ele simplesmente não consegue reagir a tudo que, para os outros, é bom e agradável, não consegue apenas com um esforço reverter seu estado emocional de angústia e vazio. O que ele sente é tão desconhecido para ele como é incompreendido por quem está de fora e é isso que gera sua inibição e isolamento. Suas auto-acusações de incapacidade e indignidade, embora não reflitam a realidade, descrevem exatamente o conteúdo das suas impressões internas, é assim, da forma como se descreve, que ele enxerga a si mesmo. Ressalta e exagera a proporção de defeitos e ignora suas qualidades.

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Não consegue se ater ao mundo exterior porque suas forças estão totalmente voltadas para seus conflitos internos. Todas essas características ajudam a entender que depressão é um problema grave de saúde e deve ser tratada com a devida seriedade. O primeiro passo, então, é procurar ajuda de um bom profissional que prescreverá um tratamento adequado. Se o tratamento for iniciado no princípio da doença impede que ela se torne crônica. Os principais tratamentos utilizados nos casos de depressão combinam psicoterapia e medicamentos antidepressivos. O tratamento vai trazer resultados e melhora em todos os aspectos como a redução do sofrimento e alívio dos sintomas até que eles desapareçam e a vida volte ao normal. Haverá, em seguida um trabalho de prevenção que impede a volta da doença mais para frente, mas, para isso, é preciso manter os cuidados terapêuticos firmemente até o fim. Os resultados são graduais e começam a aparecer após umas três semanas, aproximadamente, do inicio do tratamento, variando de pessoa para pessoa, o fato é que os benefícios podem realmente ajudá-lo a ter uma vida melhor.

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TRANSTORNOS DE HUMOR (Clínica Plenamente) HISTÓRICO Foi no século XIX que Emil Kraeplin apresentou o conceito das depressões, semelhante à forma que elas são explicadas no tempos atuais, introduzindo o termo Psicose Maníaco-Depressiva (PMD), atualmente sob a denominação de Transtorno de Humor Bipolar. Mesmo já tendo descrito as depressões psicógenas e os estados depressivos leves permanentes, alternados ou não com estados hipomaníacos, Kraeplin hesitava em incorporá-los na PMD ou nos Transtornos de Personalidade.

Ao final do século XIX, a idéia de que os estados depressivos não tinham somente causa endógena foi fortalecida, surgiram diferentes terminologias, como por exemplo, depressão reativa, depressão neurótica, depressão de esgotamento, entre outras. Foi dentro deste panorama que confirmou-se a hipótese de que a depressão tem causa multifatorial. A partir de 1993, a Organização Mundial de Saúde através da Classificação

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Internacional de Doenças (CID-10), começou a adotar critérios fenomenológicos e descritivos para classificar as depressões. Com os critérios internacionalmente aceitos, vão sendo progressivamente abolidas as diferentes classificações da depressão, minimizando as controvérsias de conceituação. (2) O QUE É A DEPRESSÃO? A depressão se caracteriza por um sentimento de tristeza profunda, associado com sintomas fisiológicos e cognitivos no indivíduo. (16) Tanto a CID-10 como a American Psychiatric Association (DSM-IV) caracterizam a depressão como um conjunto de sintomas que incluem humor deprimido (tristeza, desesperança), perda de interesse e prazer por atividades anteriormente satisfatórias e diminuição da energia, levando-o à uma importante falta de ânimo que interfere na vida no indivíduo. De acordo com o DSM-IV, para ser caraterizado como depressão, este conjunto de sintomas deve estar presente por no mínimo duas semanas e causar prejuízo significativo na vida social e/ou ocupacional do indivíduo. Segundo a CID-10, dependendo da forma como os sintomas são experimentados, a depressão deve ser classificada como leve, moderada ou severa. QUAIS SÃO AS CAUSAS? A depressão apresenta causas multifatoriais, tendo sua origem em fatores endógenos (neurobiológicos, genéticos) e fatores exógenos (psicossociais). Vale ressaltar que esses fatores apresentam uma forte relação de interdependência. (11) Aspectos neurobiológicos</STRONG> Na depressão ocorre uma alteração bioquímica no cérebro, causada por um déficit no metabolismo da serotonina que é o principal neurotransmissor responsável pelo equilíbrio do humor e da sensação de bem-estar no indivíduo. (11, 15) Estudos mostram que o fator genético apresenta grande importância para a evolução de um quadro depressivo. (16) Aspectos psicossociais Vários são os fatores psicossociais que podem contribuir para o desenvolvimento da depressão. A ocorrência de eventos negativos recentes (morte de um ente querido, perda do trabalho, doenças), problemas no relacionamento afetivo/conjugal, estresse e falta de auto-estima, são considerados fatores psicossociais facilitadores para a instalação de um quadro depressivo. (3, 16)

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QUAIS SÃO OS SINTOMAS? De acordo com o DSM-IV, os sintomas da Depressão se caracterizam por: a) Humor deprimido Um forte sentimento de tristeza, desesperança em relação ao futuro, falta de ânimo frente à quase todas as situações são sintomas comuns apresentados pela pessoa deprimida. Muitas vezes, o indivíduo relata estar se sentindo "vazio". b) Perda de interesse O indivíduo não apresenta desejo em realizar atividades anteriormente consideradas agradáveis (por exemplo: prática de esportes, lazer, etc.), observando-se um retraimento social. Algumas pessoas apresentam uma diminuição significativa no interesse sexual. c) Alterações no apetite e/ou no peso Embora na maior parte dos casos o apetite se apresente reduzido, alguns indivíduos têm avidez por alimentos específicos como doces ou carboidratos. De acordo com a alteração no apetite, pode ocorrer perda ou ganho significativo de peso. d) Distúrbios do sono A maioria das pessoas acometidas pela depressão apresentam insônia, com dificuldades na conciliação e/ou manutenção do sono. No entanto, há aquelas que sofrem de hipersonia, uma necessidade excessiva de sono durante grande parte do dia. e) Retardo ou agitação psicomotora Há pessoas que apresentam um retardo psicomotor, com lentificação da fala, pensamento e atividade corporal, em geral nota-se a diminuição significativa do volume da voz ou da variedade de assuntos, podendo chegar ao mutismo. Por outro lado, outros indivíduos podem apresentar agitação psicomotora, não conseguindo se manter parados em um só lugar. f) Fadiga e perda energia É muito comum a pessoa deprimida se sentir cansada mesmo sem ter feito esforço físico algum. Dessa forma, tarefas simples como tomar banho e vestir-se tornam-se exaustivas e podem levar o dobro do tempo normal para serem concluídas. g) Sentimento de inutilidade ou culpa Há um forte rebaixamento da auto-estima, estando o indivíduo sob a tendência de se avaliar de forma negativa, interpretar erroneamente eventos corriqueiros, e de se sentir culpado por adversidade de forma exacerbada, mesmo não possuindo responsabilidade sobre tais situações. h) Dificuldades de concentração e na tomada de decisões O indivíduo se distrai facilmente e se queixa de problemas de memória. Dessa forma, pode apresentar forte dificuldade em tomar decisões simples ou concluir tarefas cotidianas.

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Pensamentos de morte ou ideação suicida A depressão pode trazer pensamentos relacionados à morte, chegando até a ideação suicida. Estes sintomas ocorrem na maioria das vezes em decorrência da sensação de inutilidade ou da falta de esperança quanto ao futuro. A ideação suicida deve ser cuidadosamente observada pela família e pelos profissionais que assistem o paciente, por representar risco real.

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TRANSTORNOS DE HUMOR A depressão é um dos Transtorno de Humor, podendo se manifestar de diferentes formas. Veja a seguir as diferenças entre os principais distúrbios de humor. DEPRESSÃO MAIOR Para o diagnóstico de Depressão Maior, segundo o DSM-IV, o indivíduo precisa apresentar pelo menos 5 dos sintomas descritos anteriormente, por um período de no mínimo duas semanas. Dentre os sintomas, pelo menos um deve ser o humor deprimido ou a perda do interesse ou prazer. O quadro precisa causar prejuízo significativo nas atividades sociais, ocupacionais e de lazer do indivíduo. A Depressão Maior pode ser manifestada apenas por um único episódio, ou ser recorrente. (1, 16) DISTIMIA A Distimia se caracteriza por um humor cronicamente triste ou deprimido na maior parte dos dias, na maioria dos dias, por no mínimo dois anos. Os distímicos descrevem seu humor como triste ou "na fossa", o que muitas vezes é confundido com características de personalidade. É comum que a Distimia não seja diagnosticada e que o paciente se reconheça como tendo sido sempre "mal humorado" e irritado. A sintomatologia é em geral semelhante a da Depressão Maior, de forma menos intensa, excluindo-se a ideação suicida. A Distimia tem início insidioso, ou seja, instala-se lentamente ao longo do tempo. A pessoa com Distimia também pode apresentar um episódio depressivo maior em algum momento da vida. (1, 16) TRANSTORNO DE HUMOR BIPOLAR I Anteriormente chamado de Psicose Maníaco-Depressiva, o Transtorno de Humor Bipolar I caracteriza-se pela ocorrência de no mínimo dois episódios de mudança brusca de humor, nos quais o indivíduo apresenta uma perturbação nos níveis de

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humor e atividade. (1, 5, 16) O período de duração média de um episódio maníaco gira em torno de quatro meses, enquanto que o episódio depressivo pode durar mais tempo, cerca de 6 meses. (5) O quadro se manifesta por mudanças abruptas do humor, ou seja, há ocasiões em que ocorre elevação significativa dos níveis de humor, da energia e da atividade (episódio maníaco), seguidas de outras em que há rebaixamento destes mesmos níveis (depressão). (1, 5) O aumento da energia no episódio maníaco vem caracterizado por uma hiperatividade, fala excessiva (logorréia), diminuição da necessidade do sono, grandiosidade e otimismo excessivo. O indivíduo acredita ser capaz de realizar atos inimagináveis, relata ter várias habilidades, gasta dinheiro em excesso, entre outros. (1, 5). Já no episódio depressivo ocorre o processo contrário, podendo o paciente apresentar até mesmo ideação suicida. (1, 5, 16) TRANSTORNO BIPOLAR II A característica essencial do Transtorno Bipolar II é um curso clínico marcado pela ocorrência de ciclos rápidos de Depressão, acompanhados por pelo menos um Episódio Hipomaníaco. Estes ciclos podem se alternar de uma semana para outra, de um dia para outro, ou até num mesmo dia. Aproximadamente 5 a 15% dos indivíduos com Transtorno Bipolar II têm múltiplos (quatro ou mais) episódios de humor (Hipomaníacos ou Depressivos Maiores) que ocorrem dentro de um mesmo ano. Embora a maioria dos indivíduos com Transtorno Bipolar II retorne a um nível plenamente funcional entre os episódios, aproximadamente 15% continuam apresentando humor instável e dificuldades interpessoais ou ocupacionais. DEPRESSÃO NA CRIANÇA E NO ADOLESCENTE Há cerca de três décadas, ainda não se pensava sobre a possibilidade de crianças e adolescentes desenvolverem um quadro depressivo. Atualmente, pesquisadores confirmam que qualquer grupo etário está suscetível à depressão. No entanto, há que se atentar para a sintomatologia de acordo com cada faixa do desenvolvimento humano (11, 14) (veja sessão desenvolvimento humano neste site). Em crianças e adolescentes, acrescenta-se ao quadro sintomatológico o humor irritável, o comportamento desafiador e queixas de sintomas físicos sem causa aparente, como cefaléias, dor abdominal, náuseas, etc. (1, 8, 13, 14) Já em crianças mais novas, por não terem habilidade para comunicar suas verdadeiras emoções, é comum se observar mudanças no comportamento geral, seja no sentido do aumento (hiperatividade), ou na diminuição do contato (distanciamento e apatia) . (13) Mudanças abruptas no comportamento da criança ou do adolescente devem ser cuidadosamente observadas. Essas alterações incluem a dificuldade de adaptação social, altos níveis de irritabilidade, agressividade e oposição à autoridade. (13, 15). A criança ou o adolescente acometido por algum tipo de depressão, está bastante propenso a ter o seu desenvolvimento psicológico e social comprometido (13). O abuso de álcool ou outras drogas é, por exemplo, freqüente em adolescentes deprimidos, como uma forma de se livrarem dos sentimentos que os cercam. (14, 18) Pesquisas mostram que 5% das crianças e adolescentes na população geral apresenta um quadro depressivo em algum momento da vida, comprovando que não somente os adultos são suscetíveis aos transtornos de humor. (18)

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DEPRESSÃO NO IDOSO Os distúrbios afetivos com alterações do humor são as principais psicopatologias que acometem os idosos. (10) A prevalência da depressão é muito maior em indivíduos de idade avançada do que em qualquer outra faixa etária. (2) Cerca de 15% da população idosa apresenta sintomas depressivos (2), enquanto que em indivíduos na fase adulta os índices giram em torno de 5 a 9% para mulheres, e de 2 a 3% para homens. (1) As mudanças psicossociais decorrentes do avanço da idade, (como tornar-se dependente dos filhos ou o aparecimento de doenças), são a principal causa de depressão em idosos, principalmente nos homens. A dificuldade em processar as emoções e os sentimentos também pode fazer com que o paciente geriátrico não perceba as alterações em seu estado de ânimo, e direcione suas atenções apenas aos sintomas físicos. Isto faz com que a avaliação e o diagnóstico da depressão no idoso nem sempre sejam realizados de maneira adequada. (9) Ao se avaliar um paciente idoso do ponto de vista clínico, o profissional deve sempre levar em consideração a ocorrência de depressão, pois ela pode se apresentar como diagnóstico diferencial ou associado em diversos quadros.(6) É freqüente a observação de sintomas depressivos em idosos com importantes afecções físicas. Ainda, se a depressão não for tratada adequadamente, pode dificultar o processo de recuperação da enfermidade física, prolongar o período de hospitalização e provocar o aumento do índice de mortalidade. (4) TRATAMENTO O tratamento da depressão pode ser feito através de psicoterapia, medicamentos antidepressivos, ou pela combinação de ambos, o que aumenta sua efetividade. (7, 12, 16)

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Tratamento farmacológico Existem no mercado vários tipos de antidepressivos, sendo necessária uma avaliação clínica, para então decidir sobre o medicamento mais adequado para o paciente. (7, 12, 16). Sabe-se que a serotonina é um dos principais neurotransmissores responsáveis pela estabilização do humor e pela sensação de bem-estar do indivíduo. Logo, um déficit na produção desse neurotransmissor contribui para o surgimento de sintomas depressivos. (12, 17) Um dos medicamentos antidepressivos mais modernos compreendem os Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS). Sua atuação no sistema nervoso promove um aumento da da recaptação deste neurotransmissor pela célula pós sináptica, ocasionando um aumento deste na fenda sináptica, o que contribui ao longo de algumas semanas para o alívio dos sintomas. (7, 12, 16) Nos Transtorno Bipolar, os medicamentos indicados são os estabilizadores de humor, por terem melhor resposta tantos nos episódios maníacos como os depressivos. A avaliação feita por um médico psiquiatra é obrigatória para indicar o melhor tipo de medicação para o paciente. Tratamento psicoterápico Assim como os psicofármacos, há uma grande variedade de abordagens psicoterápicas. Porém, todas elas objetivam a melhora da qualidade de vida do indivíduo, trabalhando sobre as causas e conseqüências da depressão, e auxiliando o paciente a desenvolver recursos internos para lidar com suas disfunções. O trabalho psicoterápico, associado ao tratamento medicamentoso é reconhecidamente a maneira mais eficaz de tratar a depressão, pois possibilita a remissão dos sintomas depressivos, bem como evita sua reincidência. (7, 12, 15, 16) O tratamento psicoterápico só pode ser oferecido por profissionais capacitados na área da saúde mental: psicólogo ou psiquiatra. (veja maiores detalhes na seção Processo Psicoterápico)

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COMPLEXO DE VELHICE (ou síndrome de peter pan) (por Dr. carlos guimarães coelho )

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Não tem nada a ver com a questão da maturidade que vem antes para as mulheres do que para os homens. "As meninas, por um motivo biológico, tornam-se mulheres mais cedo, mas isso não quer dizer que os homens não serão maduros e responsáveis; eles se tornarão um pouco mais tarde, mas se tornarão um dia", Há alguns anos isso seria uma aberração. O que era inconcebível até a década de 80, nos anos 90 passou a ser natural. As pessoas reviram seus valores e, para a surpresa dos adeptos da contracultura, fortaleceu-se o conceito de família. É comum, hoje, homens e mulheres na faixa dos 30 e 40 anos, solteiros e separados, viverem novamente sob o mesmo teto que seus pais. Muitos podem, equivocadamente, associarem esse novo padrão de comportamento à teoria do chamado Complexo de Édipo, ou à alardeada “Síndrome de Peter Pan”, mas, com um olhar aproximado às situações deste tipo, percebe-se que há muito mais naturalidade do que se imagina e, de modo algum, a liberdade dos trintões e quarentões é cerceada apenas pelo fato de habitarem a mesma casa de sua infância. Diferentes razões levam pessoas de todos os níveis sociais a optarem por permanecer na moradia dos pais. Em vários casos apontados, prevalece uma dependência psíquica. Com ou sem culpa, o adulto solteirão não quer desvencilhar-se do porto seguro que a família representa. Em segunda instância, há o aspecto econômico. Quem chegou a essa faixa etária, presenciou um País de instabilidades econômicas, explícitas nas quatro décadas mais recentes. Com a maturidade, veio o desejo de conter gastos e usufruir mais da vida. Uma boa alternativa para isso é aconchego do lar materno. Assim, sobram mais recursos para os deleites pessoais. E, por fim, filhos que não querem deixar os pais no abandono da velhice. Querem ampará-los e dar-lhes a assistência necessária, mesmo com a existência de conflitos anteriores. Isso, em boa parte das situações acontece quando um dos cônjuges morre. O filho, então, passa a ser o esteio do par que assumiu a viuvez. Neste contexto, permanecer na casa nem sempre representa economia. Ao contrário, com a velhice aumentam-se os gastos, ainda que assistido por um bom plano de saúde. Embora todas estas situações possam parecer conflituosas e, em decorrência, aflorar tardias

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crises existenciais, não é mais surpreendente perceber adultos no ápice da maturidade ainda agarrados aos mimos familiares. Em algumas culturas, sobretudo na América do Norte, os filhos são praticamente “expulsos” de casa, antes mesmo de completar a maioridade. Saem de seus lares assim que entram na faculdade e raros são os que retornam quando a concluem. No Brasil, já é bem diferente. Se, por um lado, os pais, por mais moderninhos que sejam, sempre vêem os filhos como crianças e os querem “debaixo de suas asas”, por outro, esta possessividade tem sido contornada com a convivência diária de um ser humano adulto, vivendo sob o mesmo teto e se relacionando em pé de igualdade, sem hierarquias ou relações de poder. O ator Ivens Thilman, depois de viver em outras cidades, onde morava sozinho, após o divórcio de um breve casamento, coincidente também com a separação de seus pais, arranjou soluções criativas para uma convivência em harmonia com a sua mãe. Inicialmente, mesmo morando com ela, criou um espaço alternativo, uma espécie de estúdio, garçonière, para os momentos em que queria entrar em um processo criativo de trabalho ou mesmo apenas para ter um pouco mais de privacidade. Como estava saindo caro a manutenção de duas casas, optou por construir o mesmo espaço em cima de sua garagem, com entrada independente, mas, ao mesmo tempo, interligada à casa materna. Desse modo, preservou-se em sua individualidade sem trazer à mãe a sensação de abandono. Para ele, não há transtorno nenhum em viver com a mãe. Ele declara que o diálogo é intenso e permanente. Quando surgem as discordâncias, ele se impõe como um ser humano adulto e, desse modo, espontaneamente, regras de convivência vão sendo estabelecidas. Maria Amélia Fernandes, também atriz, após morar em Belo Horizonte, inicialmente sozinha e depois com o ex-marido, retornou à casa dos pais, idosos, dos quais toma conta até hoje. Boa parte de seus cachês fica na manutenção das atividades de seu filho adolescente, de um sobrinho neto que vive na mesma casa e no arsenal de remédios estocados para os pais, quase centenários. Neste caso, o conflito de gerações é multiplicado por três e ela tem de pular para se manter como o ponto de equilíbrio, financeiro e psicológico, para os mais novos e os mais velhos. Claro que, de algum modo, há perdas e danos para os adultos que decidem fazer companhia aos pais idosos. Em algum momento, paga-se o preço por isso. Alguns sonhos acumulados ao longo da vida acabarão involuntariamente sendo descartados. Tudo pode ser conflituoso e harmonioso Por mais que o relacionamento seja tranqüilo, e que haja mecanismos para não se perder a privacidade, a casa dos pais nunca será a sua casa, nunca terá a sua identidade visual. Ainda que você seja o proprietário do imóvel. Pais geralmente nunca perdem a “autoridade” e acabam sendo sempre a opinião conclusiva na decoração, no cardápio da semana e em todas as variáveis que compõem a realidade doméstica. Além de ter uma preocupação excessiva, típica dos pais em qualquer faixa etária, com sua alimentação, com o consumo alcoólico e quaisquer outros hábitos dos quais sejam discordantes. Receber os amigos em casa? Como, convidando também os pais para estarem presentes à mesa? E fazer você pagar o maior mico quando o assunto da roda de amigos remete a algum episódio constrangedor de sua infância ou adolescência? Ou vendo a mãe preparando o seu prato e controlando a quantidade de vinho que você está consumindo? Em se tratando de família, não há o certo e o errado. Tudo pode ser conflituoso. Tudo pode ser harmonioso. E, por mais que possa causar estranheza, pessoas maduras ainda dividirem o teto com o pai ou com a mãe, ou com ambos, isso hoje em dia já se tornou normal. Está livre de qualquer julgamento de valor que a “libertária” década de 60 apregoava. O ser humano na atualidade vive segundo os seus próprios preceitos. Não quer se prender a nenhum tipo de ideologia para dar diretrizes à sua vida pessoal. Pelo menos, a maioria, talvez por estar calejada de (des)governos tumultuando os seus planos e os seus orçamentos. A ingerência dos pais sobre filhos adultos depende exclusivamente da postura que os filhos assumem frente à família, independente de morarem perto ou longe. Muitas vezes, os pais influenciam a vida de filhos que moram longe. Amadurecer e cortar o cordão umbilical independe de estar ou não sob o mesmo teto. O fato é que hoje as pessoas se viram como podem. E, ao contrário dos preceitos lançados na década de 60, família não é estorvo. Os conflitos existem, mas, acima de tudo, como brasileiros que somos, prevalece o afeto e o desejo de um amadurecimento coletivo.

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(MEDO DE FICAR VELHO) (Dr.Ricardo Sanchez)

“Todos querem viver por muito tempo, mas ninguém quer envelhecer”. Esta frase, atribuída a Benjamin Franklin, pode soar atual, apesar de ter mais de duzentos anos. Na sociedade de hoje, é comum se observar o medo e a repulsa ao envelhecimento. “Muitos jovens acham que ficar velho é uma coisa muito ruim”, afirma a estudante Caroline Colunna, 20 anos. Um fator importante que pode determinar o receio do envelhecimento está nos próprios valores da sociedade atual, que supervaloriza os conceitos de beleza e do culto à juventude, e descrimina o não-jovem. A psicóloga Maria Fátima Barroso Barbosa, 50 anos, alerta: “Fico preocupada com algumas práticas estéticas que considero desnecessárias, como o uso de botox em mulheres de 20 anos.” Mas por que ninguém quer envelhecer? A realidade é que ser idoso hoje em dia não é nada fácil. Além das barreiras físicas e psicológicas que o corpo passa a impor, o medo da solidão, a dificuldade de arrumar emprego, de ter um programa de lazer adequado, entre inúmeros outros fatores, contribuem para que a sociedade veja com maus olhos a velhice, passando a discriminá-la. “É lógico que temos consciência de que envelhecer é natural, porém, muitas vezes nos sentimos temerosos pelo futuro, temos medo de ficarmos sozinhos ou dependentes de outros”, ressalta a psicóloga. Hoje em dia é necessário ter muita coragem para envelhecer e superar todas as dificuldades que esta fase da vida proporciona. Não se deve ter medo de ficar velho. Como em qualquer idade, novos desafios aparecem. É preciso saber se adequar às novas limitações do corpo e buscar novas atividades. É importante que o idoso tenha sempre consciência de sua importância, e saiba que é nele que mora a memória do passado, podendo desfrutar das recompensas e satisfações que acompanham a maturidade, mesmo em uma sociedade obcecada pela juventude. A sociedade atual deveria se espelhar no modelo de alguns países orientais, onde o idoso é respeitado e idolatrado, sendo sinônimo de sabedoria e experiência. Em todos os setores, os mais velhos têm participação ativa e suas opiniões são consideradas as mais sensatas. Respeitar os mais velhos é saber dar valor ao conhecimento, a quem viveu e aprendeu, e que tem muito a ensinar. Ter medo de ficar velho passa a ser contraditório, já que o medo de não envelhecer é ainda maior, em um mundo que tem a violência como um de seus principais problemas. Atingir a terceira idade é uma recompensa, quando se pode colher os frutos das realizações que são adquiridas em fases anteriores da vida. E é só envelhecendo que se aprende a envelhecer.

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Síndrome de Peter Pan Por que alguns caras não crescem nunca? Da Redação do Jovem Sabe aqueles caras que já passaram dos 30, mas ainda agem, pensam e se vestem como se tivessem 15 anos? Aqueles caras que têm idade para ser seu pai, mas continuam freqüentando baladas, raves e, o pior, querendo ficar apenas com meninas adolescentes? Hoje, esse tipo de comportamento já tem uma explicação: trata-se de um problema psicológico, chamado Síndrome de Peter Pan. Características da Síndrome do Peter Pan • Fugir das responsabilidades • Não pensar em sair da casa dos pais por comodidade • Ter pavor a compromissos • Usar roupas e acessórios comuns a adolescentes

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• Freqüentar baladas e raves onde o público jovem é dominante • Usar gírias • Interessar-se somente por garotas bem mais novas Essa patologia atinge principalmente homens mais velhos, mas é na juventude que ela começa a se desenvolver. É comum nos dias de hoje os adolescentes adiarem cada vez mais suas responsabilidades. Muitos começam a trabalhar só depois que terminam a faculdade, evitam compromissos e só querem curtir a vida. Segundo o educador Wagner Israel, as razões para o aparecimento da síndrome são: • Pais super protetores que não atribuem responsabilidades aos filhos, coisa que de deve começar desde cedo; • Controle e a segurança que os pais exercem dentro da própria casa. “Eles são os chefes da família e não podem deixar transparecer fraquezas ou instabilidades. O jovem precisa sentir nos pais segurança e firmeza nas decisões para que os tenham como referenciais e tornem-se adultos mais seguros”, afirma o educador; • Pais que costumam dar muito dinheiro e bens materiais aos filhos, evitando que eles se esforcem para conseguirem o que querem. Se você é jovem ainda, jovem ainda... Rodrigo*, de 30 anos, ainda é o filhinho da mamãe. “Minha mãe põe comida no meu prato, lava minha roupa e me dá mesada. Meu pai me deu um carro, que eu já bati duas vezes inclusive!”, contou o rapaz, que não vê motivos para deixar a casa dos pais. O programa preferido de Rodrigo é freqüentar raves com os amigos mais novos, que têm cerca de 20 anos. “A gente sai sempre, bebe pra caramba, dança... Eu pego várias minas! Minha vida é perfeita”, concluiu. Pedro*, de 43 anos, sofre com alguns sintomas da Síndrome de Peter Pan. Ele ainda mora com os pais e decidiu não se casar. “Tenho minhas responsabilidades, mas não penso em ter famílias, nem filhos, acho ótimo morar com os meus pais, alguns amigos me criticam e isso me incomoda muito”, diz Pedro. Além de se vestir como um adolescente, ele mantém amizade somente com pessoas mais novas e adora freqüentar baladas. Segundo a psicóloga Juliana Paganelli, um cara que nitidamente sofre com a Síndrome de Peter Pan e o Rafinha, do BBB 8. “Apesar de ter 26 anos, idade um pouco inferior a comum para a síndrome, ele adora agir como um molecão. O comportamento dele chega a ser infantil”, afirmou a especialista.

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Crescer é necessário A adolescência é o período determinante para o não desenvolvimento dessa doença. Se você é daqueles que adora reclamar das cobranças e responsabilidades delegadas pelos seus pais, desencana! Agradeça e lembre-se que isso será muito importante para a sua formação futura, afinal você não quer ser um garotão por toda vida, né? Não amadurecer pode fazer você deixar de curtir a fase adulta, que também tem sua graça. O ideal é aproveitar tudo ao seu tempo.

EU TEMIA...MAS A MATURIDADE ME ENSINOU (Por: Helenice) Eu tinha medo de ficar sozinho, até que aprendi a gostar de mim mesmo. Temia fracassar Mas, percebi que só fracasso, se desistir. Eu tinha medo do que as pessoas pudessem pensar de mim. Até que percebi, o que conta é o que eu penso de mim. Eu temia ser rejeitado, até que percebi que devo ter fé em mim mesmo. Eu tinha medo da dor. Até que percebi que o sofrimento só me ajuda a crescer. Eu temia a verdade. Até descobrir a feiúra da mentira. Eu temia a morte, até que aprendi que a morte não é o fim, mas o começo. Temia o ódio, até que aprendi que o ódio é apenas ignorância. Eu temia o ridículo, até que aprendi a rir de mim mesmo. Temia ficar velho, até que compreendi que a cada dia ganho sabedoria. Temia ser ferido nos meus sentimentos Eu tinha medo até ao último, temia a escuridão. Até que entendi a beleza da luz de uma estrela Temia mudanças, até que percebi que as mudanças porque tem que passar uma borboleta antes de poder voar.

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Vamos enfrentar cada obstáculo à medida que apareçam em nossas vidas com coragem e confiança. E não se esqueça que, no final, haverá sempre uma esperança a mais..

ANSIEDADE DE APROXIMAÇÃO:

(Dr:Eraldo egídio)

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É um medo excessivo de humilhação ou embaraço em vários contextos sociais, como falar, comer, escrever, praticar atividades físicas e esportivas em público, assim como urinar em toalete público ou falar ou aproximar-se de um parceiro em um encontro romântico. O resultado disso é uma importante limitação na vida da pessoa pela evitação dessas situações ou atividades sociais temidas. Também podem ocorrer prejuízos na vida profissional e afetiva do indivíduo. A ansiedade é um sentimento de apreensão desagradável, vago, acompanhado de sensações físicas como vazio (ou frio) no estômago (ou na espinha), opressão no peito, palpitações, transpiração, dor de cabeça, ou falta de ar, dentre várias outras. A ansiedade é um sinal de alerta, que adverte sobre perigos iminentes e capacita o indivíduo a tomar medidas para enfrentar ameaças. O medo é a resposta a uma ameaça conhecida, definida; ansiedade é uma resposta a uma ameaça desconhecida, vaga. A ansiedade prepara o indivíduo para lidar com situações potencialmente danosas, como punições ou privações, ou qualquer ameaça a unidade ou integridade pessoal, tanto física como moral. Desta forma, a ansiedade prepara o organismo a tomar as medidas necessárias

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para impedir a concretização desses possíveis prejuízos, ou pelo menos diminuir suas conseqüências. Portanto a ansiedade é uma reação natural e necessária para a auto-preservação. Não é um estado normal, mas é uma reação normal, assim como a febre não é um estado normal, mas uma reação normal a uma infecção. As reações de ansiedade normais não precisam ser tratadas por serem naturais e auto-limitadas. Os estados de ansiedade anormais, que constituem síndromes de ansiedade são patológicas e requerem tratamento específico. Os animais também experimentam ansiedade. Neles a ansiedade prepara para fuga ou para a luta, pois estes são os meios de se preservarem. A ansiedade é normal para o bebê que se sente ameaçado se for separado de sua mãe, para a criança que se sente desprotegida e desamparada longe de seus pais, para o adolescente no primeiro encontro com sua pretendente, para o adulto quando contempla a velhice e a morte, e para qualquer pessoa que enfrente uma doença. A tensão oriunda do estado de ansiedade pode gerar comportamento agressivo sem com isso se tratar de uma ansiedade patológica. A ansiedade é um acompanhamento normal do crescimento, da mudança, de experiência de algo novo e nunca tentado, e do encontro da nossa própria identidade e do significado da vida. A ansiedade patológica, por outro lado caracteriza-se pela excessiva intensidade e prolongada duração proporcionalmente à situação precipitante. Ao invés de contribuir com o enfrentamento do objeto de origem da ansiedade, atrapalha, dificulta ou impossibilita a adaptação. A ansiedade é uma sensação ou sentimento decorrente da excessiva excitação do Sistema Nervoso Central conseqüente a interpretação de uma situação de perigo. Parente próximo do medo, (muitas vezes onde a diferenciação não é possível). é distinguida dele pelo fato de o medo ter um fator desencadeante real e palpável enquanto na ansiedade o fator de estimulo teria características mais subjetivas. A ansiedade é o grande sintoma de características psicológicas que mostra a intersecção entre o físico e psíquico, uma vez que tem claros sintomas físicos como taquicardia (batedeira), sudorese, tremores, tensão muscular aumento das secreções (urinárias e fecais) aumento da motilidade intestinal, cefaléia (dor de cabeça). Quando recorrente e intensa também é chamada de Síndrome do Pânico (Crise ansiosa aguda). Toda esta excitação acontece decorrente de uma descarga de um Neurotransmissor chamada Noradrenalina que é produzida nas Supra-renais, Lócus Cerúleos e Núcleo Amigdalóide.

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COMO COMPREENDER A ANSIEDADE? O nosso Sistema Nervoso Central e a nossa mente necessitam de uma situação de conforto e de segurança para usufruir a sensação de repouso e de bem estar. Quando a nossa percepção nos alerta para uma situação de perigo a este estado acontece o estado ansioso. Evolutivamente faz muito pouco tempo que saímos dos tempos da caverna, onde os perigos de vida e a necessidade de luta eram uma constante. A excitação do Sist. Nerv. Central vinha como uma forma de estimular o nosso corpo para a luta ou para a fuga. O que interpretamos como perigo hoje, transcende e muito o perigo de vida biológico. Perda de status, de conforto, de poder econômico, de afetos, amizades, de privilégios, vantagens, de possibilidade de concretizar interesses, de vaidade, são fatores mais do que suficientes em muitos casos para disparar o estado ansioso. Em estados de desequilíbrio emocional, o simples contacto com o novo, com situações inesperadas e desconhecidas são o suficiente para disparar estados ansiosos. A principal característica psíquica do estado ansioso é uma excitação, uma aceleração do pensamento, como se estivéssemos elaborando, planejando uma maneira de nos livrar do perigo e da maneira mais rápida possível. Este movimento mental, na maioria das vezes acaba causando uma certa confusão mental, uma ineficiência da ação, um aumento da sensação de perigo e de incapacidade de se livrar do perigo o que configura um círculo vicioso, pois esta sensação só faz aumentar ainda mais o estado ansioso. "Mente acelerada é mente desequilibrada". Este movimento impulsivo de a mente se acelerar, de precisar ter tudo sob controle, para poder usufruir a sensação de repouso e conforto faz com que ela se excite e se o problema não tiver uma solução mental imediata como o que acontece na maioria dos casos teremos a chamada ansiedade patológica, que tende a se cronificar e piorar com os anos. ORIGENS DA ANSIEDADE A primeira é que a ansiedade poderia ter uma origem genética, ou seja, a pessoa herda de seus ancestrais uma pré-disposição para ter estes sintomas. Nestes casos as manifestações podem ser bastante precoces, sendo a pessoa desde cedo uma criança agitada, as vezes hiperativa, que chora com facilidade e as vezes até com dificuldade de dormir. A ansiedade precoce também pode se manifestar através da avidez de mamar e numa postura mais teimosa e possessiva ainda como criança. A segunda é uma infância carente e problemática onde as dificuldades dos pais, mas principalmente da mãe de passar afeto e suprir as carências afetivas da criança, vão fazendo com que ela vá se sentindo insegura e exposta e vá gravando e condicionando um sentimento de que coisas ruins e sensações negativas podem acontecer a qualquer momento. A terceira é a dificuldade de incorporar fatos e intercorrências novas ou desconhecidas. O velho ou conhecido sempre traz a sensação de segurança e controle. O novo por sua vez tem a capacidade de potencializar a sensação de medo no sentido de que algo ruim ou perigoso pode vir á acontecer. É mais ou menos assim, "Tudo que vem de mim é seguro e tudo que vem de fora e não está sob controle é perigoso". É a clássica postura do pessimista, como aquele personagem dos desenhos antigos de TV, a hiena Hardy, amiga do leão Lippy, que sempre dizia "Oh céus, oh vida, oh azar, não vai dar certo!" Traumas de infância, grandes sustos, perdas afetivas ou mesmo materiais também podem desencadear quadros ansiosos importantes, mas não chegariam a ser causas

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específicas A tentativa de se livrar deste mundo de sensações e sentimentos, que tenha características desequilibradas, desajustadas, são causadoras dos seguintes transtornos:

COMO DIMINUIR A ANSIEDADE Primeiro é preciso entender que a ansiedade é um fato normal quando não é exagerada. A ansiedade corresponde à excitação do neurônio e a sua necessidade de descarregà-la. Ela normalmente é desencadeada quando a pessoa entra em contacto com situações novas e desconhecidas ou quando a situação contém alto valor afetivo. Para poder combate-la o primeiro passo é identifica-la. O corpo fica tenso, existe uma necessidade de se movimentar fisicamente (mexer pés ou mãos e inquietação em geral), a respiração esta mais acelerada e o pensamento fica agitado (muitas idéias passam pela cabeça de forma acelerada). Algumas vezes a cabeça fica confusa e não se sabe direito o que se quer. Uma vez identificado este estado deve-se focar na respiração. A freqüência respiratória precisa ser diminuida. Deve se inspirar lentamente e encher o pulmão em mais ou menos 75%. Em seguida deve-se expirar e tirar todo o ar do pulmão(inclusive com a ajuda

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do diafragma),também de forma lenta. A respiração tem a capacidade de controlar o corpo e a mente. Este tipo de exercício deve ser feito por pelo menos 10 minutos e deve-se tentar manter a cabeça vazia. Os pensamentos precisam sair da mente junto com o ar expirado. Os Yogues já sabem destas coisas há mais de 3000 anos.A ansiedade é desencadeada por preocupações. Uma incerteza que desperta o nosso pessimismo, e a sensação de algo muito ruim vai acontecer. E que é preciso fazer algo para evitar o pior. Atingir as nossas metas e objetivos. Esta é a hora de parar, quanto maior a nossa pressa para atingir o objetivo maior a ansiedade. Não se pode ter pressa para atingir objetivo. É como dizem os ditados populares: "O apressado come cru". "Devagar se vai ao longe". É lógico que não devemos abrir mão de nossos objetivos, mas é preciso que ele seja atingido quando possível e necessário no plano do real e não na cabeça, o que nos protege é a nossa ação e não as nossas idéias, portanto as idéias servem para nos orientar e não para nos acelerar. Esvazie a cabeça quando estiver ansioso e confie que de forma lenta você chegará num ponto de proteção, abra mão mentalmente de sua meta e objetivo por um tempo. Só até recuperar o equilíbrio. "Mente acelerada é mente desequilibrada" (Isaac Efraim). Se depois de cuidar da respiração e de esvaziar a cabeça você não melhorar, vá para os remédios, talvez eles te ajudem mais. Muitos de nós vivemos protelando o sucesso por temermos alguma coisa real ou imaginária que "poderia" nos causar danos físicos ou morais.

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Distúrbios de Ansiedade

(Emedix clínica) O que é ansiedade ? A ansiedade é um sinal de alerta, que permite ao indivíduo ficar atento a um perigo iminente e tomar as medidas necessárias para lidar com a ameaça. Portanto é um sentimento útil. Sem ela estaríamos vulneráveis aos perigos e ao desconhecido. É algo que está presente no desenvolvimento normal do ser humano, nas mudanças e nas experiências novas e inéditas. A ansiedade permite a um ator que estreará uma nova peça, ensaiar o suficiente para ter maior segurança e, conseqüentemente, menor ansiedade; ou então que um jovem se prepare demoradamente e até com vários detalhes irrelevantes para um encontro amoroso. Após algum tempo, a preparação para o encontro com uma antiga namorada se torna quase desnecessária, já que não há mais ansiedade. Como surge a ansiedade? A ansiedade pode surgir repentinamente, como no pânico, ou gradualmente, ao longo do tempo, que pode variar de minutos a dias. A duração da ansiedade pode variar de alguns segundos a anos e sua intensidade pode variar do muito leve ao gravíssimo. A ansiedade pode ser aumentada por um sentimento de vergonha: "Os outros notaram que estou nervoso". Alguns ficam surpresos ao notarem que os outros não perceberam sua ansiedade ou não notaram a sua intensidade. Como é a ansiedade normal? A ansiedade normal é uma sensação difusa, desagradável, de apreensão, acompanhada por várias sensações físicas: mal estar epigástrico, aperto no tórax, palpitações, sudorese excessiva, cefaléia, súbita necessidade de evacuar, inquietação etc. Os padrões individuais físicos de ansiedade variam amplamente. Alguns indivíduos apresentam apenas sintomas cardiovasculares, outros apenas sintomas gastrintestinais, há aqueles que apresentam apenas sudorese excessiva. A sensação de ansiedade pode ser dividida em dois componentes:

1. a consciência de sensações físicas, e 2. a consciência de estar nervoso ou amedrontado.

Quando a ansiedade é anormal? A ansiedade anormal ou patológica é uma resposta inadequada a determinado estímulo, em virtude de sua intensidade ou duração. Diferentemente da ansiedade normal, a patológica paralisa o indivíduo, traz prejuízo ao seu bem estar e ao seu desempenho e não permite que ele se prepare e enfrente as situações ameaçadoras. Qual a diferença entre medo e ansiedade? A diferença entre medo e ansiedade é questão teórica. Como citado

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anteriormente, a ansiedade é uma sensação vaga e difusa que nos leva a enfrentar com sucesso as situações agradáveis ou não. Já o medo, que também é uma reação normal, difere da ansiedade porque é ligado a uma situação ou objeto específico que apresenta perigo, real ou imaginário, e nos leva a evitá-lo. Um exemplo é o medo de assalto. Todos evitamos as situações que possam nos deixar mais vulneráveis.

O que é a fobia? A fobia envolve uma ansiedade persistente, intensa e irrealística, em resposta a uma situação específica, como por exemplo altura. A pessoa fóbica evita a situação que desencadeie a sua ansiedade ou suporta-a com grande sofrimento. Entretanto, ela reconhece que sua ansiedade é excessiva e consciente que tem um problema. Uma fobia é caracterizada por:

1. Medo excessivo, imensurável de um objeto ou situação; 2. Comportamento de esquiva em relação ao objeto temido;

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3. Grande ansiedade antecipatória quando próximo do objeto em questão; e

4. Ausência de sintomas ansiosos quando longe da situação fóbica.

O que causa uma fobia ? Existem diversas teorias para o aparecimento de uma fobia como a psicanalítica, a comportamental, a existencial e a biológica. Segundo as teorias psicanalíticas, a fobia é um sinal para o ego de que um instinto inaceitável está exigindo representação e descargas conscientes (sintomas de ansiedade ou fobias). A ansiedade desperta o ego para que tome medidas defensivas contra as pressões interiores. Se a repressão não for bem sucedida, outros mecanismos psicológicos de defesa podem resultar em formação de sintomas. Segundo as teorias comportamentais, a fobia é uma resposta condicionada a estímulos ambientais específicos. Uma pessoa pode aprender a ter uma resposta interna de ansiedade após uma experiência negativa ou imitando respostas ansiosas de seu meio social. A teoria cognitiva da fobia sugere que padrões de pensamentos incorretos, distorcidos, incapacitantes ou contra-producentes acompanham ou precedem os comportamentos desadaptados. Os pacientes que sofrem de fobia tendem a superestimar o grau e a probabilidade de perigo em uma determinada situação e a subestimar suas capacidades para lidar com ameaças percebidas ao seu bem-estar físico ou psicológico. De acordo com as teorias existenciais, as pessoas ficam fóbicas ao se tornarem conscientes de um profundo vazio em suas vidas. A ansiedade é a resposta a este imenso vazio de existência e significado. Pelas teorias biológicas, a fobia é definida como uma função mental e essas teorias criam hipóteses para sua representação cerebral. Essas teorias são baseadas em medições objetivas que comparam a função cerebral de pessoas normais com indivíduos com fobias, principalmente através do uso de medicamentos ansiolíticos (tranqüilizantes). É possível que certas pessoas sejam mais suscetíveis ao desenvolvimento de um transtorno de ansiedade, com base em uma sensibilidade biológica. Os três principais neurotransmissores associados às fobias são a noradrenalida, o ácido gama-aminobutírico (GABA) e a serotonina. Quais são os principais distúrbios de ansiedade? Os principais distúrbios de ansiedade são: ansiedade generalizada, ansiedade induzida por drogas ou problemas médicos, ataque de pânico, distúrbio do pânico, distúrbios fóbicos (agorafobia, fobia social, fobia generalizada etc.), transtorno obsessivo-compulsivo. O que é o distúrbio de ansiedade generalizada? O distúrbio de ansiedade generalizada é a ansiedade e preocupação excessiva, quase que diária, sobre uma série de atividades ou eventos, e que dura 6 meses ou mais. A ansiedade e a preocupação são intensas e de difícil controle, desproporcionais à situação e podem ser sobre as mais diversas questões como dinheiro, saúde etc. Nesse distúrbio, pelo menos três dos seguintes sintomas estão presentes: inquietação, fatiga, dificuldade de concentração, irritabilidade, tensão muscular e sono de má qualidade. O

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tratamento é realizado com a a associação de medicamentos (antidepressivos ou benzodiazepínicos) e psicoterapia comportamental.

O que é a ansiedade induzida por drogas ou doenças? Neste distúrbio, a ansiedade é decorrente de problemas médicos ou uso de drogas lícitas ou ilícitas. As doenças que podem causar ansiedade são: infecções cerebrais, doenças do labirinto, distúrbios cardiovasculares (insuficiência cardíaca, arritmias), distúrbios endócrinos (hiper-atividade das glândulas tireóide ou supra-renal) e distúrbios respiratórios (asma, doença obstrutiva crônica do pulmão). Entre as drogas que podem causar ansiedade têm-se: álcool, cafeína, cocaína e diversas drogas medicamentosas. A ansiedade também pode ser causada quando se para de tomar determinados medicamentos ou drogas ilícitas. Quais são os principais distúrbios fóbicos? Os principias disturbios fóbicos são agorafogia, transtorno do estresse pós traumático, fobia social, fobias específicas. O que é a agorafobia? O termo "agorafobia" significa medo de lugares abertos. Na prática clínica designa medo de sair de casa ou de situações onde o socorro imediato não é possível. O termo, portanto, refere-se a um grupamento inter-relacionado e freqüentemente sobreposto de fobias que abrangem o medo de sair de casa, medo de entrar em lugares fechados (aviões, elevadores, cinemas etc.) multidões, lugares públicos, permanecer em uma fila, viajar de ônibus, trem ou automóvel, de se distanciar de casa e de estar só em uma destas situações. A agorafobia é uma complicação freqüente no transtorno de pânico,

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onde todas as situações temidas têm em comum o medo de passar mal e não ter socorro fácil ou imediato. O que é a fobia social ou transtorno de ansiedade social? A fobia social é o medo patológico de comer, beber, tremer, enrubescer, falar, escrever, enfim, de agir de forma ridícula na presença de outras pessoas. Uma característica importante da fobia social é a ansiedade antecipatória e o sofrimento durante a exposição. O que são fobias específicas? São fobias restritas a situações altamente específicas, como determinados animais, altura, trovão, escuro, espaços fechados, visão de sangue ou medo de exposição a doenças específicas. Apesar de a situação temida ser limitada, a iminência ou o contato com ela pode provocar um ataque de ansiedade aguda. Fobias específcias surgem na infância e podem persistir por toda a vida se permanecerem sem tratamento, como ocorre na maioria dos casos. O tratamento indicado é a terapia comportamental, com uso de técnicas como a dessensibilização ou "flooding", associadas a técnicas de relaxamento. Em alguns casos, o uso de benzodiazepínicos, por período limitado, pode ser útil. O que é o Transtorno de Estresse Pós-Traumático? É um distúrbio de ansiedade que se desenvolve em pessoas que experimentaram estresse físico ou emocional de magnitude suficientemente traumática para um ser humano comum. As principais características deste distúrbio são:

1. a re-experiência do trauma através de sonhos e pensamentos em vigília ("flash back");

2. torpor emocional para outras experiências relacionadas; e 3. sintomas físicos de ansiedade, depressão e dificuldades cognitivas.

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A ansiedade e depressão estão comumente associadas e a ideação suicida pode ocorrer. Como exemplo, há as experiências de guerra, catástrofes naturais, estupro, acidentes sérios etc. Fatores predisponentes, como traços de personalidade ou presença de outros transtornos mentais, podem facilitar o aparecimento do transtorno ou agravar o seu curso, mas não são necessários nem suficientes para explicar a sua ocorrência. O início do quadro segue o trauma com um período de latência que pode variar de poucas semanas a meses, raramente excedendo a 6 meses. O curso é flutuante e a recuperação ocorre na maioria dos casos. O tratamento com psicoterapia de orientação psicanalítica, terapia cognitiva e a associação a psicofármacos, ansiolíticos ou antidepressivos, conforme a síndrome predominante, parecem trazer bons resultados. O que é o transtorno-obsessivo compulsivo? O Transtorno Obsessivo Compulsivo, ou simplesmente TOC, é uma doença crônica caracterizada pela presença involuntária e intrusiva de obsessões e/ou compulsões. Obsessões são pensamentos, sentimentos, idéias, impulsos ou representações mentais vividos como intrusos e sem significado particular para o indivíduo. As obsessões mais comuns são as de limpeza e contaminação (por sujeira e doenças), verificação, escrupulosidade (moralidade), religiosas e sexuais.

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TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO (Famosos TIQUES NERVOSOS...) (Blog ABC da saúde)

O que é? É uma doença em que o indivíduo apresenta obsessões e compulsões, ou seja, sofre de idéias e/ou comportamentos que podem parecer absurdas ou ridículas para a própria pessoa e para os outros e mesmo assim são incontroláveis, repetitivas e persistentes. A pessoa é dominada por pensamentos desagradáveis de natureza sexual, agressiva entre outros que são difíceis de se afastar de sua mente, parecem sem sentido e são aliviados temporariamente por determinados comportamentos. As obsessões não são meras preocupações excessivas com problemas da vida real. Compulsão é um comportamento consciente e repetitivo, como contar, verificar ou evitar um pensamento que serve para anular uma obsessão. Acomete 2 a 3% da população geral. A idade média de início costuma ser por volta dos 20 anos e acomete tanto homens como mulheres. Depressão Maior e Fobia Social podem acometer os pacientes com Transtorno Obsessivo-Compulsivo ao longo da vida. O que se sente? Freqüentemente as pessoas acometidas por este transtorno escondem de amigos e familiares essas idéias e comportamentos, tanto por vergonha quanto por terem noção do absurdo das exigências auto-impostas. Muitas vezes desconhecem que esses problemas fazem parte de um quadro psiquiátrico tratável e cada vez mais responsivo à medicamentos específicos e à psicoterapia. As obsessões tendem a aumentar a ansiedade da pessoa ao passo que a execução de compulsões a reduz. Porém, se uma pessoa resiste a realizacão de uma compulsão ou é impedida de fazê-la surge intensa ansiedade. A pessoa percebe que a obsessão é irracional e a reconhece como um produto de sua mente, experimentando tanto a obsessão quanto a compulsão como algo fora de seu controle e desejo, o que causa muito sofrimento. Pode ser um

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problema incapacitante porque as obsessões podem consumir tempo (muitas horas do dia) e interferirem significativamente na rotina normal do indivíduo, no seu trabalho, em atividades sociais ou relacionamentos com amigos e familiares. Como se faz o diagnóstico? O diagnóstico é clínico, ou seja, baseado nos sintomas do paciente. Nenhum exame laboratorial ou de imagem é utilizado para o diagnóstico. Como se trata? O tratamento deve ser individualizado, dependendo das características e da gravidade dos sintomas que o paciente apresenta. Em linhas gerais, contudo, utiliza-se a psicoterapia de orientação dinâmica ou cognitivo-comportamental associada com tratamento farmacológico (antidepressivos) em doses bem elevadas.

TIQUES (Dra. Gia Carneiro C.)

Nem sempre a falta de afecto provoca anomalias orgânicas. O factor emocional em desequilíbrio origina as somatizações psicogénicas, por auto-compensação (já focalizei a onicofagia), e hoje debruçar-me-ei sobre os Tiques. É vulgar observar pessoas que piscam os olhos

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continuadamente, outros que têm espasmos no pescoço, que abanam a cabeça, manifestam contracções involuntárias na face, que cospem assiduamente, que fazem esgares parecendo caretas, que levam a mão continuamente ao cabelo, que sacodem os ombros e muitos outros gestos anómalos. Todas estas manifestações não são mais do que Tiques. A grande maioria dos tiques são transitórios. Surgem habitualmente entre os cinco e oito anos e atingem com maior frequência os rapazes sobretudo na idade da pré-puberdade. De um modo geral aparecem na sequência duma perturbação familiar: separação dos pais, morte de alguém a quem de perto assistiram, atitudes dos adultos que alarmam e amedrontam, nascimento dum irmão que a criança rejeita, e outros conflitos psicológicos provocados pelo meio ambiental. Tanto os pais hiper-protectores como em contrapartida os demasiado rígidos e hiper-exigentes provocam deformações graves no crescimento interior das crianças que as levam a viver angustiada e ansiosamente qualquer fracasso escolar, o medo de desagradar aos pais, o pavor dos ralhos e gritos e todos os mecanismos distorcedores da verdade psíquica do indivíduo, da formação da sua personalidade, mecanismos que se geram no meio ambiental humano.

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Os tiques aumentam sob a influência das emoções, desaparecem normalmente durante o sono, e atenuam-se quando tudo está calmo. Frequentemente estes gestos anómalos provocam a ironia e troça dos colegas de escola e até dos próprios familiares ignorantes. Os tiques, que tanto complexam quem os transporta, podem ser indício de alguma infelicidade, dum conflito emocional incontrolável, uma espécie de reclamação, dum aflitivo chamamento de atenção ... ou até segundo o Dr. Jaques Thomas um chamamento de socorro! O inconsciente reclama, nutrientes que alimentem e harmonizem o Ser interior ... até que ... com a passagem do tempo sem ninguém escutar ou entender os chamamentos de atenção, os tiques instalam-se comodamente e dominam, como um hábito, o comportamento do indivíduo.

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As mesmas causas produzem naturalmente efeitos diferentes nas diversas estruturas psíquicas. As crianças sujeitas aos tiques são em geral muito emotivas, vulneráveis, ansiosas e medrosas: medo do escuro, de ficarem sozinhas, de mudar de escola ... um exército de medos criados pelo meio ambiental, onde a ignorância impera e a inconsciência do sofrimento provocado são constantes! Temem assustadoramente os castigos e são em geral muito dependentes das mães.

Normalmente os tiques podem estar associados a outros distúrbios: insónia, gaguez, certas incapacidades geralmente induzidas pelos adultos, enurese, etc. Por vezes um tique surge após uma doença real, como, depois duma constipação a criança ou mesmo um adolescente continua a fungar e a tossicar para ter o privilégio da continuidade das

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atenções de que beneficiou durante a doença. Também há o tique por imitação: uma criança pisca os olhos ou sacode uma madeixa de cabelo como faz o seu amigo predilecto. São considerados tiques menores, mas se persistirem para além dos seis meses de prática é caso para preocupar, pois pode ser indício duma neurose. Convém saber que os castigos e as ameaças não fazem senão agravar as perturbações existentes e também é inútil prometer presentes ou dinheiro que aliciam a criança. Nem por este tão deseducativo processo ela consegue dominar os tiques involuntários que se manifestam em perfeita liberdade. A superprotecção é também nefasta à supressão do tique; pelo contrário é imprescindível o encorajamento às possibilidades e válidas capacidades do indivíduo, valorizando-o, estimulando-o no caminho da independência e de autonomia. Está provado, que na generalidade as crianças ou jovens que sofrem de tiques têm pais autoritários ou mães de extremos exageros ou exigências tanto numa hiper-protecção e controlo asfixiantes, como criar com exigência e críticas responsabilidades para além da maturidade da criança, o que conduz a angustiantes medos continuados de nada conseguir de bem feito, de minimamente perfeito. Frequentemente juntam-se as duas situações.

Felizmente há formas de tratar ou atenuar o problema. Consoante a precocidade ou a forma do tique

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estabelece-se a psicoterapia adequada à criança ou ao jovem ou ao adulto. Outros processos muito eficientes são técnicas de relaxamento. Pois o indivíduo possuidor de tiques está geralmente muito tenso.

Tiques e Síndrome de Tourette (Dra.Ana Gabriela Hounie e Euripedes Constantino Miguel)Tiques são movimentos involuntários, rápidos, repetitivos e estereotipados, que surgem de maneira súbita e não apresentam ritmo determinado. Alguns exemplos são piscadas de olhos e movimentos com os ombros, mas as manifestações também podem se dar na forma de sons emitidos pelo paciente (vocalizações). Podem ser contínuos ou surgir repentinamente, como acessos. A intensidade dos tiques é variável. Alguns são quase imperceptíveis, mas outros são bastante complexos, como saltos ou fortes latidos. Há também casos em que são “camuflados” em atitudes corriqueiras, como afastar o cabelo do rosto ou ajeitar a roupa. Neste caso, só são reconhecidos pelo seu caráter repetitivo. O paciente consegue evitar os tiques, porém com esforço e tensão emocional. Algumas vezes, as manifestações são precedidas por uma sensação desconfortável, chamada premonitória e, freqüentemente, seguidas por um sentimento de alívio. Costumam desaparecer durante o sono e diminuir com a ingestão de bebidas alcoólicas ou durante atividades que exijam concentração. Por outro lado, fatores como estresse, fadiga, ansiedade e excitação aumentam a intensidade dos movimentos característicos. Tiques complexos Os tiques podem ser simples ou complexos. No primeiro caso, estão as manifestações mais diretas, como piscar os olhos, fazer caretas, torcer o nariz ou a boca, trincar os dentes, levantar os ombros, mover os dedos das mãos e sacudir a cabeça ou o pescoço. Entre as vocalizações dessa categoria estão “coçar” a garganta, estalar a língua, gritar, assobiar, roncar e imitar sons de animais, como grunhidos, uivos, zumbidos e latidos.

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Já os tiques complexos podem organizar-se e serem ritualizados. Assemelham-se às compulsões, manifestações precedidas de fenômenos cognitivos ou obsessões (idéias, pensamentos e imagens), normalmente acompanhadas de intensa ansiedade, palpitações, tremores e sudorese. A diferença é que os tiques são precedidos por uma sensação de obrigatoriedade, de ter que fazer algo, que age como uma pressão crescente que precisa ser descarregada. Além disso, portadores de tiques relatam sensações táteis ou musculares que antecipam os comportamentos repetitivos (sensações premonitórias), o que não ocorre com as compulsões. Síndrome de Tourette Portadores de tiques costumam apresentar mais de um tipo de manifestação. Quando elas são múltiplas e envolvem tanto tiques motores como vocais, não necessariamente ao mesmo tempo, caracterizam a síndrome de Tourette. O distúrbio surge por volta dos 7 anos, mas esse evento pode variar dos 2 aos 15 anos. No início, ocorrem tiques motores simples, como piscadelas dos olhos. Aos 11 anos, em média, a criança apresenta vocalizações, como pigarro, fungadelas, tosse e exclamações coloquiais, entre outras. Essa ordem, entretanto, pode ser invertida. O tique também pode se manifestar como uma emissão involuntária de palavras ou gestos obscenos (coprolalia e copropraxia, respectivamente). A coprolalia ocorre em menos de um terço dos casos e talvez sofra alguma influência cultural, já que é mais freqüente em determinados países. Na Dinamarca, por exemplo, é seis vezes mais comum que no Japão. A copropraxia, por sua vez, afeta de 1% a 21% dos pacientes. Em menos da metade dos casos, também pode ocorrer repetição de palavras ouvidas (ecolalia), de gestos observados (ecopraxia) ou da própria fala (palilalia). Estimativas Calcula-se que um terço dos pacientes apresente remissão completa no fim da adolescência; outro terço, melhora dos tiques. O restante provavelmente continuará com o problema inalterado durante a vida adulta. Ainda assim, há relatos de desaparecimento dos tiques de forma espontânea em 3% a 5% dos casos.

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Depois que a síndrome de Tourette se instala, os sintomas variam de intensidade, principalmente na adolescência. Alguns distúrbios de comportamento costumam aparecer junto com a doença, como hiperatividade, automutilação, problemas de conduta e de aprendizado, além do transtorno obsessivo compulsivo (TOC). Estudos sugerem que mais de 40% dos portadores da síndrome de Tourette também apresentam TOC e cerca de 90%, sintomas obsessivos. Há casos em que os transtornos associados são mais preocupantes que os tiques. A síndrome de Tourette raramente é grave e nem sempre exige tratamento com medicações. Muitas pessoas passam a vida com tiques sem maiores problemas. Causas Cerca de 1% da população mundial tem síndrome de Tourette, desde as formas mais brandas e não-diagnosticadas até as mais graves. Os tiques costumam afetar até 20% das crianças, mas em geral desaparecem espontaneamente, em menos de três meses. Caso contrário, há suspeita de tiques crônicos ou síndrome de Tourette. A causa da doença é desconhecida, mas sabe-se que há influência de fatores genéticos e neurobiológicos. Estudos com famílias de portadores indicam que há uma transmissão genética da predisposição à síndrome. Entre gêmeos idênticos (monozigóticos), quando um irmão é afetado, em mais de 50% dos casos o outro também possui a doença. Se não forem idênticos, esse percentual é de 10%. Quando todos os tipos de tique são incluídos, e não apenas a síndrome de Tourette, a taxa de concordância entre gêmeos monozigóticos aumenta para 77%. Investigações sugerem que também há uma relação entre problemas na gravidez e a ocorrência da doença no filho. Algumas mostram uma incidência 1,5 vez maior de

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complicações durante a gestação de portadores de tiques do que na de indivíduos saudáveis. Entretanto, nem todas as pesquisas conseguiram demostrar essa correspondência. Os fatores psicológicos também podem ter grande influência no desenvolvimento do transtorno. Os tiques pioram, por exemplo, na presença de eventos estressantes, não necessariamente desagradáveis. Já se verificou que há uma associação entre o conteúdo dos tiques, seu início e os eventos marcantes na vida das crianças portadoras da doença. Pequisas Estudos com ressonância magnética cerebral mostraram que há alterações em algumas estruturas cerebrais, conhecidas como gânglios da base e corpo caloso, de portadores da síndrome. Tomografias de maior precisão, que funcionam à base da emissão de partículas subatômicas (pósitrons e fótons), revelaram que esses pacientes, em geral, apresentam menor atividade em algumas regiões do cérebro, chamadas córtex frontal e temporal, cíngulo, estriado e tálamo. Inúmeras pesquisas sugerem que a síndrome de Tourette seja influenciada por um substrato neuroquímico. A principal teoria dessa linha é que, nos portadores do transtorno, há uma atividade maior da dopamina, uma substância que auxilia na transmissão dos impulsos nervosos de um neurônio para outro. Medicamentos que inibem a ação da dopamina reduzem a intensidade e freqüência dos tiques, enquanto drogas que estimulam sua atividade causam exacerbação das manifestações. A incidência da síndrome é maior no sexo masculino. Por isso, acredita-se que os tiques estejam relacionados a influência dos hormônios masculinos sobre o sistema nervoso central. Há relatos exacerbação dos sintomas associada ao uso exagerado de esteróides androgênicos, anabolizantes que aumentam a massa muscular. Em outros casos, os tiques intensificam-se no período pré-menstrual, o que demonstra uma relação do problema com o equilíbrio hormonal.

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Alguns pesquisadores também sugerem que há uma relação entre os tiques e outros transtornos e anticorpos que atacam o cérebro (antineurais), produzidos pelo organismo para combater infecções causadas por estreptococos. Essa teoria baseia-se no fato de que algumas pessoas começam a apresentar tiques ou pioram seu estado depois de sofrerem infecções de garganta. Estudos realizados no Projeto Transtornos do Espectro Obsessivo-Compulsivo (Protoc), do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, mostraram que a febre reumática, uma complicação posterior à infecção de garganta que está associada a alterações imunológicas, pode aumentar a chance de se ter síndrome de Tourette tanto nos pacientes como em seus familiares. Tratamento O tratamento da síndrome de Tourette envolve a terapia psicossocial e a farmacológica. Antes de ser iniciado, deve-se fazer uma avaliação dos tiques, no que diz respeito a localização, freqüência, intensidade, complexidade e interferência na vida cotidiana. Também devem ser analisados aspectos como ambiente escolar e familiar, relacionamentos e distúrbios associados ao problema. Até o momento, não há cura para os tiques e a síndrome de Tourette, mas medicamentos podem ajudar a aliviar os sintomas. Estima-se que 60% dos portadores precise desse tipo de tratamento. A filosofia da terapia é conservadora: as doses são as menores possíveis, para evitar que o paciente tome remédio desnecessariamente. Mesmo com o auxílio de drogas, os tiques não desaparecem completamente. Em determinados casos, indica-se a psicoterapia, inclusive com orientação a pais, familiares e professores. É importante que todos estejam bem informados a respeito da doença, suas características e o modo de lidar com o paciente. Deve-se evitar a estigmatização e atitudes superprotetoras, porque a criança pode perceber e manipular a doença para obter o que deseja. Há relatos de cura com a psicoterapia comportamental. Nesse contexto, a técnica conhecida como reversão de hábito tem se mostrado a mais adequada. Consiste basicamente em ensinar o paciente a perceber quando os tiques vão ocorrer para então tentar suprimi-los, modificá-los ou substituí-los por outro, menos incômodo. Uma manifestação desagradável e embaraçosa, como acenar para pessoas desconhecidas, pode ser modificada, com esforço e treino, para uma atitude mais aceitável ou imperceptível, como passar a mão no cabelo ou no corpo. A maioria dos portadores de tiques e síndrome de Tourette tem grande melhora no início da vida adulta, com diminuição dos sintomas ou adaptação a tiques mais estáveis e moderados. A redução mais significativa ocorre por volta dos 20 anos. A evolução, muitas vezes, é instável. A gravidade na infância não indica como será a evolução do quadro. Por isso, na maioria dos casos, a abordagem psicossocial e educacional é o elemento mais importante, porque ajuda o paciente e a família a entenderem os sintomas e aprenderem como lidar com eles, sem a necessidade de medicação. Exemplos de tiques mais freqüentes Tiques SimplesTiques ComplexosMotoresPiscamento dos olhos; Eye Jerking (desvios do globo ocular); caretas faciais; movimentos de torção do nariz e boca; estalar a mandíbula; trincar os dentes; levantar dos ombros; movimentos dos dedos das mãos; chutes; tensão abdominal ou de outras partes do corpo; sacudidelas de cabeça, pescoço, ou outras partes do corpo. Gestos faciais; estiramento da língua; manutenção de certos olhares; gestos das mãos; bater palmas; atirar ou jogar; empurrar; tocar a face; movimentos de “arrumação”; pular; bater o pé; agachar-se; saltitar; dobrar-se; rodopiar ou rodar ao andar; girar; retorcer-se; posturas distônicas; desvios oculares(rodar os olhos para cima ou para os lados); lamber mãos, dedos ou objetos; tocar, bater em ou checar partes do corpo, outras pessoas ou objetos; beijar; arrumar; beliscar; escrever a

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mesma letra ou palavra; retroceder sobre os próprios passos; Movimentos lentificados ou inibição; bater com a cabeça; morder a boca, os lábios ou outra parte do corpo; ”cutucar” feridas ou os olhos; ecopraxia e copropraxia. VocaisCoçar a garganta; fungar; cuspir; estalar a língua ou a mandíbula; Cacarejar, roncar, chiar, latir, apitar, gritar, grunhir, gorgolejar, gemer, uivar, assobiar, zumbir, sorver e inúmeros outros sons. Proferição súbita de sílabas inapropriadas, palavras- “ôps”, “êpa”, frases curtas e complexas incluindo palilalia, coprolalia e ecolalia. Outras anormalidades da fala como bloqueio da fala.

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Importância da atividade física (Blog Boa Saúde)

"A prática regular de atividade física sempre esteve ligada à imagem de pessoas saudáveis. Antigamente, existiam duas idéias que tentavam explicar a associação entre o exercício e a saúde: a primeira defendia que alguns indivíduos apresentavam uma predisposição genética á prática de exercício físico, já que possuíam boa saúde, vigor físico e disposição mental; a outra proposta dizia que a atividade física, na verdade, representava um estímulo ambiental responsável pela ausência de doenças, saúde mental e boa aptidão física. Hoje em dia sabe-se que os dois conceitos são importantes e se relacionam." Introdução Mas o que é atividade física? De acordo com Marcello Montti, atividade física é definida como um conjunto de ações que um indivíduo ou grupo de pessoas pratica envolvendo gasto de energia e alterações do organismo, por meio de exercícios que envolvam movimentos corporais, com aplicação de uma ou mais aptidões físicas, além de atividades mental e social, de modo que terá como resultados os benefícios à saúde. No Brasil, o sedentarismo é um problema que vem assumindo grande importância. As pesquisas mostram que a população atual gasta bem menos calorias por dia, do que gastava há 100 anos, o que explica porque o sedentarismo afetaria aproximadamente 70% da população brasileira, mais do que a obesidade, a hipertensão, o tabagismo, o diabetes e o colesterol alto. O estilo de vida atual pode ser responsabilizado por 54% do risco de morte por infarto e por 50% do risco de morte por derrame cerebral, as principais causas de morte em nosso país. Assim, vemos como a atividade física é assunto de saúde pública.

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Por que a preocupação com o sedentarismo? Na grande maioria dos países em desenvolvimento, grupo do qual faz parte o Brasil, mais de 60% dos adultos que vivem em áreas urbanas não praticam um nível adequado de exercício físico. Esse problema fica mais claro quando levamos em conta os dados do censo de 2000, que mostram que 80% da população brasileira vive nas cidades. Os indivíduos mais sujeitos ao sedentarismo são: mulheres, idosos, pessoas de nível sócio-econômico mais baixo e os indivíduos incapacitados. Observou-se que as pessoas reduzem, gradativamente, o nível de atividade física, a partir da adolescência. Em todo o mundo observa-se um aumento da obesidade, o que se relaciona pelo menos em parte à falta da prática de atividades físicas. É o famoso estilo de vida moderno, no qual a maior parte do tempo livre é passado assistindo televisão, usando computadores, jogando videogames, etc. Quais são os benefícios da atividade física? A prática regular de exercícios físicos acompanha-se de benefícios que se manifestam sob todos os aspectos do organismo. Do ponto de vista músculo-esquelético, auxilia na melhora da força e do tônus muscular e da flexibilidade, fortalecimento dos ossos e das articulações. No caso de crianças, pode ajudar no desenvolvimento das habilidades psicomotoras. Com relação à saúde física, observamos perda de peso e da porcentagem de gordura corporal, redução da pressão arterial em repouso, melhora do diabetes, diminuição do colesterol total e aumento do HDL-colesterol (o "colesterol bom"). Todos esses benefícios auxiliam na prevenção e no controle de doenças, sendo importantes para a redução da mortalidade associada a elas. Veja, a pessoa que deixa de ser sedentária e passa a ser um pouco mais ativa diminui o risco de morte por doenças do coração em 40%! Isso mostra que uma pequena mudança nos hábitos de vida é capaz de provocar uma grande melhora na saúde e na qualidade de vida. Já no campo da saúde mental, a prática de exercícios ajuda na regulação das

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substâncias relacionadas ao sistema nervoso, melhora o fluxo de sangue para o cérebro, ajuda na capacidade de lidar com problemas e com o estresse. Além disso, auxilia também na manutenção da abstinência de drogas e na recuperação da auto-estima. Há redução da ansiedade e do estresse, ajudando no tratamento da depressão. A atividade física pode também exercer efeitos no convívio social do indivíduo, tanto no ambiente de trabalho quanto no familiar. Interessante notar que quanto maior o gasto de energia, em atividades físicas habituais, maiores serão os benefícios para a saúde. Porém, as maiores diferenças na incidência de doenças ocorrem entre os indivíduos sedentários e os pouco ativos. Entre os últimos e aqueles que se exercitam mais, a diferença não é tão grande. Assim, não é necessária a prática intensa de atividade física para que se garanta seus benefícios para a saúde. O mínimo de atividade física necessária para que se alcance esse objetivo é de mais ou menos 200Kcal/dia. Dessa forma, atividades que consomem mais energia podem ser realizadas por menos tempo e com menor freqüência, enquanto aquelas com menor gasto devem ser realizadas por mais tempo e/ou mais freqüentes. Como é feita a escolha da atividade física adequada? A escolha é feita individualmente, levando-se em conta os seguintes fatores: • Preferência pessoal: o benefício da atividade só é conseguido com a prática regular da mesma, e a continuidade depende do prazer que a pessoa sente em realizá-la. Assim, não adianta indicar uma atividade que a pessoa não se sinta bem praticando. • Aptidão necessária: algumas atividades dependem de habilidades específicas. Para conseguir realizar atividades mais exigentes, a pessoa deve seguir um programa de condicionamento gradual, começando de atividades mais leves.

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• Risco associado à atividade: alguns tipos de exercícios podem associar-se a alguns tipos de lesão, em determinados indivíduos que já são predispostos. Atividade física em crianças e jovens Nesses grupos, além de ser importante na aquisição de habilidades psicomotoras, a atividade física é importante para o desenvolvimento intelectual, favorecendo um melhor desempenho escolar e também melhor convívio social. A prática regular de exercícios pode funcionar como uma via de escape para a energia "extra normal" das crianças, ou seja, sua hiperatividade. Atividade física em idosos A falta de aptidão física e a capacidade funcional pobre são umas das principais causas de baixa qualidade de vida, nos idosos. Com o avanço da idade, há uma redução da capacidade cardiovascular, da massa muscular, da força e flexibilidade musculares, sendo que esses efeitos são exacerbados pela falta de exercício. Está mais do que comprovado que os idosos obtém benefícios da prática de atividade física regular tanto quanto os jovens. Ela promove mudanças corporais, melhora a auto-estima, a autoconfiança e a afetividade, aumentando a socialização. Antes do início da prática de exercícios, o idoso deve passar por uma avaliação médica cuidadosa e realização de exames. Isso permitirá ao médico indicar a melhor atividade, que pode incluir: caminhada, exercício em bicicleta ergométrica, natação, hidroginástica e musculação. Algumas recomendações são importantes, e valem também para as outras faixas etárias: • Uso de roupas e calçados adequados. • Ingestão de grandes quantidades de líquidos, antes do exercício. • Praticar atividades apenas quando estiver se sentindo bem. • Iniciar as atividades lenta e gradualmente. • Evitar o cigarro e medicamentos para dormir. • Alimentar-se até duas horas antes do exercício. • Respeitar seus limites pessoais. • Informar qualquer sintoma. Atividade física durante a gestação É necessário a todas as gestantes um trabalho corporal a cada trimestre da gestação, para facilitar a adequação às alterações que ocorrem nesse período. Uma melhor capacidade cardiorrespiratória facilita a realização das atividades domésticas; uma melhoria das condições musculares e esqueléticas ajuda na adaptação às mudanças posturais e no trabalho de parto. Além disso, é de extrema importância a auto-estima, a convivência com outras gestantes e os sentimentos de segurança e de felicidade. Os exercícios de ginástica garantem fortalecimento muscular, protegendo assim as articulações e reduzindo o risco de lesões. Ajudam também na oxigenação, na circulação e no controle da respiração. Já os exercícios desenvolvidos na água favorecem o relaxamento corporal, reduzem as dores nas pernas e o inchaço dos pés e mãos. Antes do início dos exercícios, a gestante deve passar por consulta de pré-natal para ser avaliada pelo obstetra. Após a realização dos exames ele poderá liberar ou não a prática de exercícios. As mulheres que já praticavam atividade física e que nunca sofreram aborto espontâneo, podem continuar as atividades após adaptação para seu novo estado. Já aquelas sedentárias devem iniciar os exercícios após a décima segunda semana de gestação. Não havendo problemas, os exercícios podem ser continuados até o parto, embora seja necessário reduzir a intensidade aos poucos. Após o parto normal, as atividades podem ser retomadas após 40 dias. No caso de cesárea, o médico avalia cada caso.

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As atividades físicas mais recomendadas às mulheres grávidas são: • Caminhada: é muito bom para a preparação para o parto, já que melhora a capacidade cardiorrespiratória e favorece o encaixe do bebê na bacia da mãe. O ideal é caminhar 3 vezes por semana, cerca de 30 minutos. • Natação: trabalha bastante a musculatura. Atenção: apenas algumas modalidades são liberadas durante a gestação. • Hidroginástica: são os mais indicados para as gestantes! • Alongamento: ajuda a manter a musculatura relaxada e o controle da respiração.

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Considerações finais Para finalizar devemos ressaltar que a prática de atividade física deve ser sempre indicada e acompanhada por profissional qualificado, incluindo médicos, fisioterapeutas e profissionais de educação física. Caso sinta algo diferente é mandatório informar ao responsável. Outro ponto importante, que não deve ser esquecido, é a adoção de uma alimentação saudável, rica em frutas, legumes, verduras e fibras. Prefira o consumo de carnes grelhadas ou preparadas com pouca gordura. Evite o consumo excessivo de doces, comidas congeladas e os famosos lanches de "fast-foods". E lembre-se: beba muito líquido (de preferência água e sucos naturais). A atividade física consiste em exercícios bem planejados e bem estruturados, realizados repetitivamente. Eles conferem benefícios aos praticantes e têm seus riscos minimizados através de orientação e controle adequados. Esses exercícios regulares aumentam a longevidade, melhoram o nível de energia, a disposição e a saúde de um modo geral. Afetam de maneira positiva o desempenho intelectual, o raciocínio, a velocidade de reação, o convívio social. O que isso quer dizer? Há uma melhora significativa da sua qualidade de vida! O que precisamos ressaltar é o investimento contínuo no futuro, a partir do qual as pessoas devem buscar formas de se tornarem mais ativas no seu dia-a-dia, como subir escadas, sair para dançar, praticar atividades como jardinagem, lavagem do carro, passeios no parque. A palavra de ordem é MOVIMENTO

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Traumas psicológicos (USP-Setor científico) Uma pesquisa comprovou os benefícios da terapia de exposição e reestruturação cognitiva no tratamento do transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) parcial. Pacientes traumatizados por assaltos, acidentes ou violência sexual que foram submetidos à psicoterapia conseguiram superar o evento traumático ao elaborarem um novo significado para a experiência. O mesmo não aconteceu com o grupo controle, que não fez terapia. A comprovação ocorreu por meio da análise de imagens de determinadas áreas cerebrais dos dois grupos. De acordo com o estudo, as pessoas submetidas ao tratamento apresentaram um aumento da atividade do córtex pré-frontal (responsável pela classificação e categorização das experiências), do hipocampo esquerdo (ligado à capacidade de síntese, de aprendizagem e de memória) e dos lobos parietais (relacionados com a orientação espacial e temporal dos eventos), além de um decréscimo da atividade da amígdala (área do cérebro envolvida com a expressão do medo). "Os que fizeram psicoterapia conseguiram rotular e sintetizar mais positivamente o evento e passaram a ter uma melhor orientação temporal e espacial da experiência, ou seja, o trauma passou a ser um acontecimento pertencente ao passado", conta o psicólogo Júlio Peres, doutorando do programa de Neurociências e Comportamento do Instituto de Psicologia da USP. "Existem apenas 22 trabalhos científicos sobre esse tema em todo o mundo. Este é o primeiro estudo brasileiro envolvendo neuroimagem funcional e psicoterapia", completa. Os resultados serão publicados neste mês na Revista Psychological Medicine.

Durante dois meses, uma vez por semana, o grupo de 16 pacientes fez a terapia de exposição e reestruturação cognitiva, totalizando oito sessões. Antes da primeira sessão, eles leram em voz alta um roteiro personalizado para evocação da situação traumática vivida. Em seguida, receberam a injeção de um radiofármaco (marcador da atividade cerebral) e foram encaminhados para fazer um exame chamado SPECT

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(tomografia por emissão de fóton único), que permite identificar os circuitos cerebrais ativados e desativados durante determinada tarefa. Depois da oitava sessão, esse mesmo exame foi repetido. Os resultados foram comparados aos do grupo controle, composto por 11 pacientes com o mesmo diagnóstico em lista de espera para psicoterapia, mas que fizeram apenas os exames de tomografia, em um intervalado de 60 dias. TEPT parcial Peres explica que o transtorno do estresse pós-traumático (TEPT) pode ocorrer após um evento traumático como um abuso sexual, um acidente de carro ou um episódio de violência entre outros. Memórias traumáticas, pesadelos e pensamentos indesejáveis recorrentes, estado de alerta, insônia, distanciamento afetivo e isolamento social podem ser, entre outros sintomas, indicadores do TEPT. "É um transtorno limitante, que afeta a qualidade de vida, os relacionamentos pessoais e profissionais e atinge cerca de 9% a 10% da população", comenta o psicólogo. Quando a pessoa apresenta alguns desses sintomas, o diagnóstico é de TEPT parcial. "Neste caso a ocorrência na população em geral é maior, cerca de 30%", conta, lembrando que a pesquisa foi desenvolvida com este grupo, que é "esquecido por muitos pesquisadores". Novos arranjos "Os efeitos neurobiológicos da psicoterapia são hoje considerados dos mais relevantes às Neurociências", conta Peres. "Os resultados do estudo confirmam que processos psicológicos de aprendizado podem ocasionar novos arranjos nas sinapses cerebrais relativos à remissão dos sintomas." De acordo com o pesquisador, até poucos anos não existiam métodos que permitissem avaliar os marcadores biológicos dos efeitos da psicoterapia. E que, mesmo na área da saúde, ela não era tão creditada por trabalhar com a subjetividade das pessoas. "Isso mudou, pois as Neurociências têm mostrado em estudos recentes com neuroimagem que as psicoterapias aplicadas apresentam o potencial de modificar circuitos neurais disfuncionais associados aos transtornos tratados", esclarece.

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Memória e Trauma (Dra.Sirley Bittú) Nossa história pessoal é uma seqüência de memórias resultantes de nossas vivências internas e externas. Muitas vezes nos lembramos de pequenos detalhes como um perfume, um som, uma cena, uma palavra, um gesto, escolhas muito particulares e muitas vezes inexplicáveis que funcionam como referências em nossa vida. Para entender como um trauma se instala em nosso sistema de informações, precisamos primeiramente entender um pouco sobre memória. Nosso cérebro tem a capacidade de guardar toda informação a que temos acesso, de forma direta ou indireta, digo de forma indireta, porque temos a capacidade de guardar informações até mesmo sem consciência disso. As memórias podem ser compostas de imagens, sons, nomes, partes do corpo, sentimentos e sensações vivenciadas, cheiros, sabores, texturas, temperatura, lugares, clima emocional etc., tanto podemos ter várias dessas informações sobre um determinado evento, ou apenas uma delas guardadas na memória. O ser humano é extremamente rico em sua forma de se relacionar com o mundo, experimenta uma gama enorme de sentimentos, emoções e percepções em suas vivências, que são decodificadas pelo crivo de suas crenças culturais e elaboradas pelo viés de sua maturidade emocional. Uma criança, por exemplo, pode assistir a uma briga dos pais e sentir-se culpada por entender que é ela a causa daquele desentendimento, porque, pela sua perspectiva emocional, o mundo ainda está muito centrado em seus desejos. A mesma briga pode ser entendida pelos pais como uma busca de entendimento entre o casal devido a uma divergência de opiniões, não estando em nada relacionado com a criança. Nosso cérebro busca processar todas as nossas vivências durante o estágio mais profundo de nosso sono, caracterizado por movimentos oculares rápidos (Rapid Eye Movements - sono REM), traduzindo-as para nosso entendimento como fonte de informação e experiência, confirmando ou

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não valores e crenças sobre nós mesmos e sobre o mundo que nos cerca. Quando a vivência traz consigo uma carga emocional muito forte, como uma situação de estresse intensa, o cérebro pode não conseguir elaborar de forma apropriada aquela situação, e a informação adquirida no momento do evento - incluindo imagens, sons, afeto e sensações físicas - é mantida neurologicamente em seu estado perturbador causando o que chamamos de nó neurológico. Desta forma este conteúdo traumático continua a ser deflagrado por uma variedade de estímulos internos e externos, expressando-se de diferentes formas, como, sonhos repetitivos, pesadelos, flashbacks e pensamentos intrusivos - os assim chamados sintomas positivos do TEPT - Transtorno do Estresse Pós-Traumático, dificuldades para relacionar-se afetivamente e profissionalmente, fobias etc. O que define se o cérebro conseguirá ou não processar aquela informação é a carga emocional da situação e a capacidade do indivíduo em lidar com esta carga.

Esta informação que foi guardada de forma disfuncional, passa a interferir na vida do indivíduo, trazendo sofrimento, limitando seus relacionamentos e capacidade de lidar com as mais diversas situações em sua vida. Uma proposta de tratamento para o trauma emocional é o EMDR – Eye Movement Desensitization and Reprocessing - que busca, através dos movimentos bilaterais, ativar o sistema de processamento de informação, permitindo que aquela memória traumática possa ser acessada e elaborada.

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A hipótese é de que os movimentos bilaterais utilizados no EMDR deflagram um mecanismo fisiológico que ativa o sistema de processamento de informações, atingindo a rede de memória que guarda a informação disfuncional, desta forma o trauma pode ser processado e liberado, a memória continua, mas a perturbação não. O modelo do processamento acelerado de informações oferecido pelo EMDR é uma hipótese neurofisiológica de trabalho, pois o conhecimento atual da fisiologia cerebral é ainda insuficiente para que seja verificada sua precisão. Um dos princípios básicos do EMDR é a noção da existência de uma tendência dinâmica do nosso cérebro em direção á saúde mental. Da mesma forma que nosso corpo tem capacidade de cicatrizar uma ferida física, tem também a capacidade de cicatrizar feridas emocionais. O EMDR ajuda neste processo. O que sabemos é que a resolução do trauma é alcançada pela estimulação dos processos inerentes de autocura do cliente.

Vergonha é uma fobia social

(vergonha de ser pobre,não ter curso superior e outras cositas mas...) (Dra.Vera Felicidade de Almeida Campos)

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A vergonha é um sentimento social, dizia Lévi-Strauss.

A não aceitação decorrente do processo psicológico de ser pegado em flagrante fora dos padrões aceitos e valorizados, pensamos nós. A presença do outro, insinuada enquanto testemunho, fiscal, juiz, avaliador é determinante do sentir vergonha. As pessoas não sentem vergonha por estarem fora dos padrões, elas sentem vegonha quando ocorre o flagrante. A estruturação da vivência de vergonha vai depender dos processos relacionais, de seus contextos. A vergonha pode ser estruturada no nível corporal, no social e no existencial. O corpo é um grande estruturante de vergonha, pois existem vários padrões éticos e estéticos determinando como ele deve ser, como deve aparecer, o que deve esconder etc. Desde Adão e Eva, conforme nos conta a Bíblia, escondemos "nossas vergonhas". A folha de parreira quando cai causa vergonha pelo que é mostrado. A idéia de que a nudez tinha que ser escondida era tão forte, que a palavra vergonha também significava, era sinônima de genitália. Ficar nú é vergonhoso, é o estar desprotegido, exposto. Atualmente, quando o corpo é uma mercadoria, um produto de consumo, exibí-lo causa prazer, causa orgulho. Envergonhador é o corpo fora dos padrões "malhado", "sarado", jovem. O corpo é escondido ou exibido em função dos padrões do que é aceitável, do que é estigmatizante. Além da nudez, outro fator gerador do sentimento de vergonha do corpo é a gordura ou magreza excessivas. A magreza pode denunciar a falta de dinheiro, a impossibilidade de comer ou a doença que se desenvolve (câncer, AIDS, diabetes, por exemplo). Estar gordo, via de regra, é estar afastado da convivência com os outros, é criar barreiras aos relacionamentos. Tudo é impossibilitador: para ir a um cinema, para ir a um bar tem que pensar se "a cadeira é grande". A gordura exibe também a gula, a ansiedade, o descontrole, a falta de disciplina e determinação, desde quando o sistema já oferece mil maneiras de não engordar.

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Vários endocrinologistas relatam que seus pacientes obesos frequentemente mentem, negam ter comido doces, ter comido quantidades maiores. As mentiras existem para esconder o

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descontrole, a gula, que envergonham. O circulo vicioso se instala: não se aceita, desloca para comida, engorda, busca o tratamento, mas não pode admitir a causa do problema, então mente para manter o conseguido. Em certos casos, o engordar é uma maneira de ser livre, poder fazer o que quer. Essa motivação, não explicitada - "quem manda em mim sou eu", "sei o que fazer da minha vida", por exemplo - cria comprometimentos responsáveis pela mentira. Contextualizada ainda no corpo, temos a vergonha da cicatriz, do estar doente, do estar impedido. Quanto mais estigmatizada a doença, maior a vergonha. Através da vergonha procuramos neutralizar toda e qualquer situação que nos deixaria marginalizados, excluídos da convivência com o outro, por isso a vergonha é um sentimento fundamentalmente social, como dizia Lévi-Strauss. Estruturada no contexto social, a vergonha existe quando os padrões valorizados não são atingidos: ser pobre, morar no subúrbio, não poder comer no McDonald, infelicitam. Não saber usar corretamente os talheres, desconhecer as safras e nomes de vinho são também desencadeantes de vergonha, sempre acompanhados do sentimento de inferioridade. As roupas inadequadas, os conhecimentos defasados, a ignorância, também envergonham. A vergonha sempre muda, à medida que os padrões mudam. Ser mãe solteira, ter os pais separados eram situações frequentemente geradoras de vergonha até as décadas de 50, 60. Hoje significam liberdade, escolha. No contexto existencial, no nível do ser, das possibilidades de relacionamento, o sentimento de vergonha surge quando a inautenticidade é constatada. É a mentira, o despiste, a falsa ideologia. Esconder opções sexuais não aceitas, ser homossexual, por exemplo, e fazer de conta que não é, gera uma constante sensação de ameaça, medo, desencadeadora de vergonha. A vergonha surge quando são abaladas as construções feitas para ocultar a origem não aceita, esconder o pai ladrão, ocultar o filho gay, negar a filha toxicômana. A falência econômica, a quebra da imagem mantida, o se ver sem saída, também causam vergonha às vezes responsável pelo suicídio.

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vergonha está muito próxima do medo e da depressão. A omissão, o medo, o esconder, são artifícios usados para proteger. Quanto maior o medo, maior a vergonha. O medo é a barreira que ao proteger, também imobiliza, esvazia. Amedrontado, sempre com medo do que vai acontecer, temendo desmascaramento, o ser humano começa a evitar a vida, o relacionamento, começando assim a construir a depressão. Medo, vazio, vergonha, depressão e culpa são os estruturantes da conhecida síndrome de pânico. Evitando sair, evitando falar, evitando tudo, aos poucos criam-se impossibilidades, situações de impasse, de tensão. É o pânico com seus sintomas: suor frio, tonturas, vômitos etc. A vergonha é um sintoma de não aceitação da não aceitação. Não aceitando ser o que se é, cria-se uma máscara, uma aparência transformadora do ser em parecer. Este parecer é a aparência, a máscara. Não pode ser tocada, enfim não pode

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existir, apenas representar, indicar, esconder. Qualquer contato com a realidade será demolidor, por isso não se pode ir à rua, não se pode falar em público etc. Monta-se o cenário para a síndrome de pânico, escamoteando-se assim toda a vergonha estruturada pela não aceitação de si, da realidade, dos limites.

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Como lidar com pessoas difíceis (Bullying) (Instituto Polimento do Ser)

Pessoas difíceis nos impedem de atingir as metas. Saber por que essas pessoas são assim irá ajudar você a prever quem criará dificuldades e a agir para evitar problemas e reduzir conflitos. As pessoas difíceis absorvem seu tempo e sua energia. Quanto mais cedo você identificar quem é difícil, e quando, melhores serão suas chances de lidar bem com ela. Para isso, é preciso saber o que torna as pessoas difíceis. Cada pessoa tem sua visão, você pode enxergar um copo cheio até o meio, e os seus colegas irão ter outra visão, respeite a visão deles, mesmo que você não concorde. Cada pessoa reage de forma diferente quanto à pressão imposta nos locais de trabalho, nos estudos, na vida pessoal e nos negócios. As vezes é penoso lidar com pessoas que possuem valores diferentes dos nossos. Quando compreendemos a nós mesmos e às outras pessoas, podemos aprender a não julgá-las pelas diferenças, a não tentar mudá-las e, em vez disso, valorize o que elas têm para apresentar e o que não serve, elimine. Dicas para tomar os primeiros passos em lidar com pessoas difíceis: 1. Cumprimente todas as pessoas todos os dias com quem convive; 2. No local de trabalho, dê voltas, faça perguntas e escute, compartilhe alguns minutos de descompressão e relaxe; 3. Elogie as pessoas, coisas e fatos; 4. Não reclame, avalie cada situação, reflita;

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5. Fique aberto e peça contribuições para as decisões que afetam as pessoas com quem trabalha; 6. Mostre consistência e segurança no que desenvolve; 7. Compartilhe informações e conhecimentos; 8. Faça cursos, se atualize e melhore o desempenho; 9. Aprenda a repassar conhecimentos que adquiriu ou está adquirindo às outras pessoas; 10. Não espere gratidão dos outros, faça a sua parte e da melhor forma possível. Ao enfrentar a agressão ou a passividade, incentive a pessoa difícil a ser positiva, ao mesmo tempo que você mesmo se mantém positivo. Ser positivo significa ser firme com os fatos e flexível com as pessoas; é dizer diretamente aos outros o que você quer, precisa ou sente; é ser honesto consigo mesmo e com os outros e reconhecer que outros indivíduos, mesmo a pessoa difícil, têm o direito de ser ouvidos e de ter opinião. Passar esse exemplo para sua equipe fará você conseguir um desempenho melhor da pessoa difícil.

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Lembre-se: as pessoas estão sempre observando você, entender melhor o comportamento positivo dessas pessoas é melhor do que focar o lado negativo, ambos saem ganhando nas observações. As pessoas não estão preparadas para mudanças, há resistências em lidar com novos paradigmas. Quando as pessoas visualizam como será a mudança completa, elas tendem a se empenhar nela. É preciso enviar sinais claros de melhora ao longo do caminho para mostrar que a mudança está ocorrendo com sucesso. Saiba que as reações das pessoas à mudança tende a seguir um padrão conhecido e lhes dá o tempo de que precisam para passar pelas etapas de aceitação. As empresas começam investir nos seus funcionários difíceis, através de treinamentos e apoio para fortalecer a mudança. Em geral, a melhor maneira de descobrir por que uma pessoa está ficando difícil é questioná-la com diplomacia. Use perguntas abertas para incentivar a pessoa difícil se abrir e mostrar o que provoca as dificuldades, faça isso pessoalmente. As perguntas abertas dão tempo para a pessoa difícil pensar e formular uma resposta. Estimule a pessoa difícil a continuar falando, sem ter de concordar ou discordar com o que ela diz, empregando expressões que não comprometem, em tom de voz positivo. Por exemplo: "Sei, sei...ah.....e fale mais sobre isso.... Pense em algo para dizer que esteja ligado ao que foi dito antes, usando as palavras do próprio indivíduo e mostrando que você está escutando com atenção, como: "você disse que achava isso desafiador? em que sentido"? Reformule, resuma e confirme o comentário do outro com palavras suas, para demonstrar que está escutando com atenção. A comunicação não verbal tem a capacidade de demonstrar sinais não-verbais da outra pessoa, isso chamamos de linguagem Neurolinguística, através dessa comunicação,você pode usar a programação e aumentar seu entrosamento com uam pessoa difícil. A PNL - Programação Neurolinguística oferece algumas técnicas úteis para uma ótima comunicação não-verbal. Aja de modo confiante e começará a se sentir confiante.

O que é Bullying? O termo BULLYING compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima. Por não existir uma palavra na língua portuguesa capaz de expressar todas as situações de BULLYING possíveis, o quadro, a seguir, relaciona algumas ações que podem estar presentes: Colocar apelidos Ofender Zoar Gozar Encarnar Sacanear Humilhar

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Fazer sofrer Discriminar Excluir Isolar Ignorar Intimidar Perseguir Assediar Aterrorizar Amedrontar Tiranizar Dominar Agredir Bater Chutar Empurrar Ferir Roubar Quebrar pertences

• E onde o Bullying ocorre?

O BULLYING é um problema mundial, sendo encontrado em toda e qualquer escola, não estando restrito a nenhum tipo específico de instituição: primária ou secundária, pública ou privada, rural ou urbana. Pode-se afirmar que as escolas que não admitem a ocorrência de BULLYING entre seus alunos, ou desconhecem o problema, ou se negam a enfrentá-lo.

• De que maneira os alunos se envolvem com o Bullying? Seja qual for a atuação de cada aluno, algumas características podem ser destacadas, como relacionadas aos papeis que venham a representar:

- alvos de Bullying - são os alunos que só sofrem BULLYING; - alvos/autoresde Bullying - são os alunos que ora sofrem, ora praticam BULLYING; - autores de Bullying - são os alunos que só praticam BULLYING; - testemunhas de Bullying - são os alunos que não sofrem nem praticam Bullying, mas convivem em um ambiente onde isso ocorre.

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§ Os autores são, comumente, indivíduos que têm pouca empatia. Freqüentemente, pertencem a famílias desestruturadas, nas quais há pouco relacionamento afetivo entre seus membros. Seus pais exercem uma supervisão pobre sobre eles, toleram e oferecem como modelo para solucionar conflitos o comportamento agressivo ou explosivo. Admite-se que os que praticam o BULLYING têm grande probabilidade de se tornarem adultos com comportamentos anti-sociais e/ou violentos, podendo vir a adotar, inclusive, atitudes delinqüentes ou criminosas. § Os alvos são pessoas ou grupos que são prejudicados ou que sofrem as conseqüências dos comportamentos de outros e que não dispõem de recursos, status ou habilidade para reagir ou fazer cessar os atos danosos contra si. São, geralmente, pouco sociáveis. Um forte sentimento de insegurança os impede de solicitar ajuda. São pessoas sem esperança quanto às possibilidades de se adequarem ao grupo. A baixa

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auto-estima é agravada por intervenções críticas ou pela indiferença dos adultos sobre seu sofrimento. Alguns crêem ser merecedores do que lhes é imposto. Têm poucos amigos, são passivos, quietos e não reagem efetivamente aos atos de agressividade sofridos. Muitos passam a ter baixo desempenho escolar, resistem ou recusam-se a ir para a escola, chegando a simular doenças. Trocam de colégio com freqüência, ou abandonam os estudos. Há jovens que estrema depressão acabam tentando ou cometendo o suicídio. § As testemunhas, representadas pela grande maioria dos alunos, convivem com a violência e se calam em razão do temor de se tornarem as "próximas vítimas". Apesar de não sofrerem as agressões diretamente, muitas delas podem se sentir incomodadas com o que vêem e inseguras sobre o que fazer. Algumas reagem negativamente diante da violação de seu direito a aprender em um ambiente seguro, solidário e sem temores. Tudo isso pode influenciar negativamente sobre sua capacidade de progredir acadêmica e socialmente

• E o Bullying envolve muita gente? A pesquisa mais extensa sobre BULLYING, realizada na Grã Bretanha, registra que 37% dos alunos do primeiro grau e 10% do segundo grau admitem ter sofrido BULLYING, pelo menos, uma vez por semana. O levantamento realizado pela ABRAPIA, em 2002, envolvendo 5875 estudantes de 5a a 8a séries, de onze escolas localizadas no município do Rio de Janeiro, revelou que 40,5% desses alunos admitiram ter estado diretamente envolvidos em atos de Bullying, naquele ano, sendo 16,9% alvos, 10,9% alvos/autores e 12,7% autores de Bullying. Os meninos, com uma freqüência muito maior, estão mais envolvidos com o Bullying, tanto como autores quanto como alvos. Já entre as meninas, embora com menor freqüência, o BULLYING também ocorre e se caracteriza, principalmente, como prática de exclusão ou difamação.

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• Quais são as conseqüências do Bullying sobre o ambiente escolar? Quando não há intervenções efetivas contra o BULLYING, o ambiente escolar torna-se totalmente contaminado. Todas as crianças, sem exceção, são afetadas negativamente, passando a experimentar sentimentos de ansiedade e medo. Alguns alunos, que testemunham as situações de BULLYING, quando percebem que o comportamento agressivo não trás nenhuma conseqüência a quem o pratica, poderão achar por bem adotá-lo.

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Alguns dos casos citados na imprensa, como o ocorrido na cidade de Taiúva, interior de São Paulo, no início de 2003, nos quais um ou mais alunos entraram armados na escola, atirando contra quem estivesse a sua frente, retratavam reações de crianças vítimas de BULLYING. Merecem destaque algumas reflexões sobre isso: - depois de muito sofrerem, esses alunos utilizaram a arma como instrumento de "superação” do poder que os subjugava. - seus alvos, em praticamente todos os casos, não eram os alunos que os agrediam ou intimidavam. Quando resolveram reagir, o fizeram contra todos da escola, pois todos teriam se omitido e ignorado seus sentimentos e sofrimento. As medidas adotadas pela escola para o controle do BULLYING, se bem aplicadas e envolvendo toda a comunidade escolar, contribuirão positivamente para a formação de uma cultura de não violência na sociedade.

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• Quais são as conseqüências possíveis para os alvos?

As crianças que sofrem BULLYING, dependendo de suas características individuais e de suas relações com os meios em que vivem, em especial as famílias, poderão não superar, parcial ou totalmente, os traumas sofridos na escola. Poderão crescer com sentimentos negativos, especialmente com baixa auto-estima, tornando-se adultos com sérios problemas de relacionamento. Poderão assumir, também, um comportamento agressivo. Mais tarde poderão vir a sofrer ou a praticar o BULLYING no trabalho (Workplace BULLYING). Em casos extremos, alguns deles poderão tentar ou a cometer suicídio.

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• E para os autores?

Aqueles que praticam Bullying contra seus colega poderão levar para a vida adulta o mesmo comportamento anti-social, adotando atitudes agressivas no seio familiar (violência doméstica) ou no ambiente de trabalho. Estudos realizados em diversos países já sinalizam para a possibilidade de que autores de Bullying na época da escola venham a se envolver, mais tarde, em atos de delinqüência ou criminosos.

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• E quanto às testemunhas?

As testemunhas também se vêem afetadas por esse ambiente de tensão, tornando-se inseguras e temerosas de que possam vir a se tornar as próximas vítimas.

SERÁ QUE VOCÊ É UM PSICOPATA? (ROBÔ SOCIAL) (Dr.Luiz Fernando Arquimedes)

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Trechos de “O psicopata — Um camaleão na sociedade atual” (ed. Paulinas, 2005), do espanhol Vicente Garrido, tradução de Juliana Teixeira: “Os indivíduos com traços psicopáticos são pessoas que agem somente em benefício próprio, não importando os meios utilizados para alcançar o seu objetivo. Além disso, são desprovidos do sentimento de culpa e dificilmente estabelecem laços afetivos com alguma pessoa — quando o fazem, é simplesmente por puro interesse.” (do prefácio da psicóloga Ivone Rodrigues Lisboa Patrão) “Os psicopatas geralmente falam muito, expressam-se com encanto, têm respostas espertas e contam histórias — muito improváveis, mas convincentes — que lhes deixam em uma boa situação perante as pessoas. Não obstante, o observador atento vê que eles são muito superficiais e nada sinceros, como se estivessem lendo mecanicamente um texto. Falam de coisas atrativas para as quais não têm preparo, como poesia, literatura, sociologia ou filosofia. Não lhes importa ficar evidente que suas histórias são falsas, algo que nem sempre é fácil acontecer, considerando o desembaraço e a imaginação com que empreendem os seus relatos.” (pág. 37) “O psicopata tem uma auto-estima muito elevada, um grande narcisismo, um egocentrismo fora do comum e uma sensação onipresente de que tudo lhe é permitido. Ou seja, sente-se o ‘centro do universo’ e se crê um ser superior regido por suas próprias normas. É compreensível que, com tal percepção de si mesmo, pareça diante do observador como altamente arrogante, dominante e muito seguro de tudo o que diz. Fica evidente que ele procura controlar os outros e parece incapaz de compreender que haja pessoas com opiniões diferentes das suas. Mergulhado nesse mundo de superioridade, raramente o psicopata se preocupa com problemas financeiros, legais ou pessoais que possa ter, pois acredita que são ‘dificuldades transitórias’, produtos da má sorte ou do azar de terceiros. Alguém assim não precisa envolver-se em metas realistas de longo prazo e, quando estabelece um objetivo, logo se vê que não tem as qualidades necessárias para alcançá-lo, nem sabe, na verdade, que é preciso fazer algo. Ele de fato acredita que suas habilidades lhe permitirão conseguir qualquer coisa.” (pág. 38) “Mentir, enganar e manipular são talentos naturais para o psicopata. Quando é demonstrado o seu embuste, não se embaraça; simplesmente muda a sua história ou distorce os fatos para que se encaixem de novo.” (pág. 41) “A convicção com a qual o psicopata conta a sua história vem acompanhada da crença de que o mundo se encontra dividido em dois grupos: os que ganham e os que perdem, de tal modo que lhe parece um absurdo não se aproveitar das fraquezas alheias.” (pág. 41)

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“Os psicopatas parecem possuir uma incapacidade flagrante para sentir de modo profundo a categoria completa das emoções humanas. Às vezes, ao lado de uma aparência fria e distante, manifestam episódios dramáticos de afetividade, que nada mais são que pequenas exibições de falsa emotividade.” (pág. 42) “Por que, então — podemos perguntar —, uma pessoa assim se casa, por que decide ter uma família? As razões variam, evidentemente, mas em geral a resposta é que, quando decidiu casar-se ou ter filhos, naquele momento era uma escolha que servia a seus fins imediatos e acerca da qual não adquiriu nenhum tipo de responsabilidade.” (pág. 47) “Na realidade, os psicopatas usam metáforas, já que, em seu comportamento enganoso e manipulador, a linguagem florida e figurativa joga uma parte importante.” (pág. 71) “A conclusão (...) é uma população que alberga, cada vez mais, jovens transformados em adultos sem um claro código de valores, que assumem o olhar cínico e desconfiado de uma sociedade em que o sucesso material talvez seja o único bem seguro

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e tangível.” (pág. 83) “O ser humano está cada vez mais isolado, mais sozinho, apesar de poder se comunicar quase instantaneamente com qualquer parte do mundo. Caso aprenda a viver sem necessitar dos outros, aprenderá a não se preocupar com os outros, um traço básico na personalidade psicopática.” (pág. 85) “De fato, o psicopata está livre das alucinações e dos delírios que constituem os sintomas mais espetaculares da esquizofrenia. Sua aparente normalidade, sua ‘máscara de sanidade’, torna-o mais difícil de ser reconhecido e, logicamente, mais perigoso.” (pág. 99) “É inquestionável a habilidade que têm os psicopatas de se rodear de pessoas sem escrúpulos, que lhes facilitam realizar suas ambições.” (pág. 102) “A característica do psicopata é não demonstrar remorso algum, nem vergonha, quando elabora uma situação que ao resto dos mortais causaria espanto.” (pág. 117) ------------------------------------- ---------------------------------- Liberte-se...

FANATISMO (Espaço ciência e e******ualidade)

a) O que é?

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«Fanatismo, vem do latim fanaticus, quer dizer "o que pertence a um templo", fanum. O indivíduo fanático ocupa o lugar de escravo diante do senhor absoluto, que, pode ser uma divindade, um líder mundano, uma causa suprema ou uma fé cega. O fanatismo é alimentado por um sistema de crenças absolutas e irracionais que visa servir à um ser poderoso empenhado na luta contra o Mal. Ou seja, o fanático acha que pode exorcizar pessoas e coisas supostamente possuídas pelo demônio", "combater as forças do Mal" ou "salvar a humanidade" do caos[1].» Diz o dicionário de lingua portuguesa que fanatismo é o “culto excessivo de alguém ou de alguma coisa; zelo religioso excessivo; paixão política; intolerância; sectarismo; exaltação exagerada; faccionismo; dedicação excessiva.” «O significado que se dá à palavra “fanático”, assenta no facto de primitivamente, os sacerdotes de determinadas divindades (Cibele, Belona) entrarem em delírio sagrado e nesses momentos se ferirem deixando correr o sangue do próprio corpo. Os sintomas do fanatismo, em grupo, são: orações, privações, peregrinações, jejum, discursos monológicos e martírios que podem terminar com o sacrifício da própria vida visando salvar o mundo das "trevas" ou do que ele entende ser "o mal" Do ponto de vista psicopatológico, todo fanatismo parece ter relação com a fuga da realidade. A crença cega ou irracional parece loucura quando se manifesta em momentos ou situações específicas, porém se sua inteligência não está afetada, o fanático aparentemente é um sujeito normal. No entanto, torna-se um ser potencialmente explosivo, sobretudo se o fanatismo se combinar com uma inteligência tecnologicamente preparada. Fanático inteligente é um perigo para a civilização. O terrorismo, por exemplo, que atua com a única meta de destruir inimigos aleatórios é realizado por indivíduos fanáticos cuja inteligência é instrumentada apenas para essa finalidade. No terrorismo é uma das expressões do fanatismo combinado com uma inteligência tecnológico, mas totalmente incapaz de exercitá-la por meios mais racionais, políticos e legais. Para o terrorismo sustentado no fanatismo, os inocentes devem pagar pelos inimigos; a destruição deve ser a única linguagem possível (...). O fanatismo parece surgir de uma estrutura psicótica. O fato do sujeito se ver como o único que está no lugar de certeza absoluta, de "ter sido escolhido por Deus para uma missão "x", já constitui sintoma suficiente para muitos psiquiatras diagnosticarem aí uma loucura ou psicose. Mas, seguindo o raciocínio de Freud, vemos que "aquilo que o psicótico paranóico vivencia na própria pele, o parafrênico experiência na pele do outro", ou seja, somos levados a supor que o fanatismo está mais para a parafrenia que para a paranóia... O fanatismo é a intolerância extrema para com os diferentes. Um evangélico fanático é incapaz de diálogo e respeito para com um católico ou um budista. Um fanático de direita não quer diálogo com os de esquerda. Organizações como a Ku Klux Klan são intolerantes igualmente com negros adultos, mulheres e crianças... São tão fanáticos os terroristas-suicidas muçulmanos como os fundamentalistas cristãos norte-americanos que atacam clínicas de abortos, perseguem homossexuais, proíbem o ensino da teoria evolucionista de Darwin, obrigando aos professores ensinarem a doutrina criacionista tal como está na Bíblia, ou ainda, os protestantes da Irlanda do Norte que atacam crianças católicas ou os bascos que querem ser um país independente a qualquer preço, por meio do terror. Alguns personagens "messiânicos" de nosso tempo, como Hitler, Idi Amin, Reagan, G. W. Bush, Sharon, os grupos dos martírios suicidas do Oriente Médio, entre outros, tem algo em comum: cada um se sente o escolhido para cumprir uma especial missão[2]». b) Método de doutrinação fanática «O psicólogo francês, J-M. Abgrael, resume o método de doutrinação fanática em 3 etapas: 1º) sedução das pessoas para a "causa"; 2º) destruição da antiga personalidade, eliminação dos elos familiares, sociais e profissionais e 3º) construção de uma nova personalidade "renascida" ou "renovada", de acordo com o modelo e as regras da seita. Geralmente essa passagem da vida normal para a vida "renovada", há um ritual, algum tipo de batismo, onde se inicia a adoção de um novo nome, novos hábitos, apresentação de novas "famílias". Sentir-se incluso num grupo "de irmãos" ou "de luta pela causa" "é como estar apaixonado; surge uma sensação maravilhosa, tudo passa a fazer sentido na vida, a pessoa se sente acolhida e imensamente alegre". O indivíduo passa a se ver se modo especial, diferente dos demais para realizar a missão elevada; se vê inundado por um sentimento grandioso que Freud chama de "sentimento oceânico". Imagine um indivíduo desesperado, desgarrado de seu grupo social, sem uma forte identidade psicossocial cuja vida perdeu o sentido, ao ser acolhido em um grupo fanático, recebe mensagens confortadoras, do tipo: "nós amamos você", "você é muito importante para o projeto de Deus", "você faz parte de nossa vida", "Deus te ama", etc Diz P. Demo (2001) "o sentimento de ser amado, move o entusiasmo mais do de qualquer coisa. Faz parte da estratégia para atrair pessoas para novas seitas e igrejas, investir em programas produzidos para solitários que sofrem insônia e depressão nas madrugadas. Os desesperados sentem-se acolhidos com tais palavras mágicas e facilmente se sentem inclusos e maravilhados pela ilusão de nova vida e sentimento extremo de felicidade, numa igreja em que o fanatismo é o seu ponto cego.» concentre-se...

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c) Instrumentos usados Por todo o lado e em todas as épocas homens, mulheres e crianças têm sido instrumentos usados nas mãos de lideres fanáticos que estão à frente de grupos religiosos, filisoficos, cientificos ou outros. Estes, julgando-se os senhores detentores da Verdade, usam indiscriminadamente o seu poder persuasivo, a sua posição na sociedade ou mesmo só dentro do grupo a que pertencem, e destituídos de escrúpulos aproveitam-se da necessidade de pertença, solidão, e todo o tipo de necessidades a que as pessoas estão sujeitas tornando-se assim, muitas vezes, alvos fáceis para esses mestres das promessas, que tudo usam, tal como palavras calorosas, abraços, sugestão, transe hipnótico etc., para as cativarem levando-as a acreditar e segui-los cegamente, e tornando-as incapacitadas de conseguirem analisar friamente aquilo que se passa com elas próprias e com o grupo em que se inserem. d) Alguns exemplos de fanatismo A cegueira e o fanatismo estão tão generalizados que por todo o lado, e pelos diversos grupos se pode observar atitudes exageradas para demonstrarem a sua crença, zelo religioso excessivo, exaltação exagerada; faccionismo; e dedicação excessiva. Todo isto ao contrário do amor (amor uns pelos outros, e o amor da divindade ou divindades - em que acreditam – para com eles), que todos mais ou menos professam, entra muitas vezes em contradição com o que se observa através do testemunho diário dessas pessoas que pertencem a esses grupos. . Que amor é esse que leva as pessoas a perseguirem, descriminarem e matarem, o seu semelhante por causa da divergência de crenças?. Que ser superior é esse ao qual elas se dedicam de corpo e alma e, que segundo elas, aceita essas atitudes que provocam sofrimento noutros seres humanos e, que segundo certos credos até incentiva à exterminação da sua criação? .

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Será isso Amor? . Depois de tomarmos conhecimento de acontecimentos dramáticos provocados pelo fanatismo em que muitas pessoas se encontram continuaremos anestesiados ao que se passa à nossa volta? – pergunto. Gostaria que o leitor se debruçasse com especial atenção aos exemplos que são dados a seguir a propósito de atitudes fanáticas. SUPERE A MANIPULAÇÃO...

e) Exemplos de fanatismo · Acontecimentos drásticos têm acontecido em todas as épocas fruto de um fanatismo e entrega desmesurada. Temos como exemplos: 74 suicídios em 1984, cometidos por membros da Ordem do Templo Solar; 39 membros de Heaven's Gate que se suicidaram em 1997; e o grupo que seguiu o Rev. Jim Jones para a Guiana onde mais de 900 se uniram num massacre/suicídio ritual em 1978. · “Muçulmanos realizam penitência sangrenta durante procissão: ferindo a cabeça com lâminas afiadas e praticando um ritual de auto-flagelação com um chicote de estiletes, muçulmanos xiitas de várias partes do Oriente Médio lembraram ontem a morte, há 14 séculos, de seu mártir imã Al-Hussein.”

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· Uma outra noticia refere ainda a propósito do mesmo assunto: “Na cidade libanesa de Nabatiyeh, conhecida por ser berço de forte tradição xiita, milhares de pessoas marcharam em uma procissão. Muitos homens e mulheres feriram suas cabeças com lâminas, facas e espadas. Algumas pessoas feriram também as cabeças de seus filhos, com cortes de navalha de barbeiro.”

· “A morte de Hussein mantém-se até hoje como um forte exemplo desacrifíciopara muitos xiitas, que representam cerca de 10% dos cerca de 1 bilhão de muçulmanos em todo o mundo.” · “Em Nabatiyeh e Beirute, capital do Líbano, centenas de milhares de xiitas marcaram a ocasião conhecida como Ashoura com procissões pelas ruas da cidade. Em todo o país, as manifestações realçam a divisão entre muçulmanos e sunitas.” · “Em Beirute, mais de 150 mil libaneses desfilaram pelas ruas dos subúrbios do Sul, gritando palavras de ordem, as quais anunciavam “Morte à América e morte a Israel”. A passeata foi organizada pelo grupo guerrilheiro Hizbollah · “A manifestação de fé do grupo, “Irmandade da Cruz”, Penitentes do Sítio Cabeceiras”, zona rural de Barbalha – CE, será mostrada dia 25 às 20h, no Salão Social do Sesc. A tradição do grupo dos penitentes, tem suas raízes no período dos séculos XI e XII nas práticas de autoflagelação envolvendo brancos, negros e índios... As práticas religiosas do Irmandade da Cruz fazem parte do universo da religiosidade popular constituindo uma herança lusitana que se reinventou em solo brasileiro e adquiriu características peculiares. Suas representações e práticas alimentam-se dos usos oficiais da Igreja Católica e recebem outros significados.

Perambulam pelas noites vestindo “opas” trazem o rosto encapuzado cantando benditos buscando cemitérios e cruzeiros para se penitenciarem. Na flagelação o martírio é feito por meio de chicotadas com lâminas de aço afiadas que eles realizam através de movimentos repetidos sobre as costas em frente a os túmulos e cruzeiros das almas. Quando não se cortam, fazem longas caminhadas com pedra na cabeça. Praticam rituais por meio do canto e da oração nas casas dos doentes encomendando-os a Deus; fazem sentinelas nos velórios; e são esmoladores durante o período da quaresma.

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Essa forma de catolicismo foi disseminada no Cariri Cearense pelos missionários Capuchinhos no período da colonização... Seus ensinamentos ganham força no período da grande seca em 1877 seguida de uma epidemia de cólera que matou milhares de pessoas. O medo da fome e da doença que ameaçava, levou muitos seguidores do padre a acreditarem que a flagelação e as penitências os livrariam da morte e os purificaria dos pecados[2].” · “Em nossa época, o gesto suicida ocupa uma posição limítrofe, entre a política e os interesses do Eu, entre a ciência e a fé, entre a tradição e a modernidade, entre a aceitação da natural conservação de si e a falta de sentido de existir. Como o sujeito de nossa época não mais acredita na idéia de revolução, deixa-se levar pelos ventos da paixão mística ou niilista, usando a morte do próprio corpo para expressar sua revolta contra um mundo sem coração. Morre o corpo para viver o transcendente. E, os terroristas islâmicos estão na vanguarda desse movimento irracionalista porque escolheram o suicídio como gesto político de sacrifício por uma causa difusa entre o misticismo, a política, a estética e a ética tribal e tradicionalista. O suicídio do terror despreza a vida terrena de si e dos outros, em nome de uma causa mais voltada para a vida dos céus do que a vida da terra. Os ataques suicidas de 11/9 ou de tantos outros que ocorrem na Palestina, no Paquistão, Índia, Chechênia, ou no Iraque não escolhem vítimas. Crianças, mulheres, velhos, civis, militares e homens de governo, empresas, ongs humanitárias, ONU, todos são como que merecedores de morrer e sofrer junto com o suicida. O suicídio político-religioso da era contemporânea pode até ser criticado como um gesto movido unicamente pela e paixão e fanatismo, porém não pode ser negado, nele, a sua racionalidade, premeditação e cálculo, tanto para causar destruição e impacto no inimigo como também causar visibilidade no mundo, aproveitando-se sempre de uma mídia sedenta de audiência a qualquer preço. Mesmo sendo um ato político que ataca os símbolos do capitalismo ianque, ou da vida ocidentalizada de Israel ou da democracia da Espanha, o terrorismo-suicida contemporâneo não é inspirado em uma doutrina de esquerda socialista, nem tem aspiração à democracia pluralista. Pelo contrário. Conforme Rounaet (2001), “são agentes de uma ideologia religiosa de extrema direita, que apaga as fronteiras de classe e nesse sentido funciona como ópio do povo, na mais pura acepção marxista..." O suicídio, evidentemente, tem várias motivos: político, amoroso, financeiro, sentimento de culpa ou remorso, doença fatal, reprovação sócio-cultural, um meio de expressar uma causa mítica ou religiosa, etc. Pode ser um gesto individual ou coletivo, de livre-arbítrio ou influenciado por uma causa, líder carismático ou grupo. O suicídio tem sido usado com frequncia por ser uma arma de guerra de baixo custo, e causar grandes danos materiais e efeito moral do inimigo poderoso que está mais preparado para uma guerra convencional..

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f) Exemplos de fanatismo · A prática de autoflagelação[1] pré-suicida vista nas manifestações públicas do Irã, a partir da chegada ao poder da teocracia xiita que atemoriza o ocidente, era comumente aceita pela cultura cristã.Não só no período da chamada Igreja primitiva, e das cruzadas, como até o século 20, suicídios coletivos foram comandados por seitas neocristãs. Desde a Idade Média, a interpretação movida pela fé cristã fazia do sofrimento e da dor um significado redentor. O martírio fundado na fé religiosa não era considerado um suicídio em si, mas um bom gesto de negação material e a conseqüente supervalorização da alma em ascese. Acreditava-se que não era o sujeito que escolhia tal ato, mas este era instrumento do desejo divino ou das circunstâncias que o colocava em teste para com a divindade. No período das cruzadas, os cristãos fervorosos comumente faziam penitências, autoflagelação, martírios de todo tipo, e iam para a guerra quase que se oferecendo para morrer, tudo sustentado pela crença de obtenção de uma vida melhor pós-morte...

·É comovente a descrição do fato ocorrido no centro da cidade de Saigon (hoje, Ho Chi Minh) feito por um jornalista e documentado em fotos: "os monges formam um círculo em torno de um deles, já idoso, que senta-se numa almofada e cruza as pernas. Dois desses monges despejam gasolina no crânio raspado e no manto amarelo de monge idoso. Logo, esse monge arde em chamas, em posição de lótus, impassível"...

· Influenciados pela tática kamikase dos japoneses, o conceito de "morte gloriosa", do "suicídio como tática de luta" ou "o suicídio por uma causa", teria ressurgido entre os grupos palestinos, e fundamentalistas islâmicos, como forma extrema de protesto por se sentirem alijados do direito de também ter o seu próprio estado [palestino], após a criação do Estado de Israel. O khomeinismo extremista também produziu o movimento

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dos "bassidjis", jovens voluntários que morriam na guerra contra o Iraque. Nesse período, o mundo ficaria sabendo através do noticiário que homens-bomba eram doutrinados e treinados para se lançarem em carros-bomba contra alvos norte-americanos e israelenses.A escalada do terrorismo suicida internacional parece ter chegado ao seu clímax – pelo menos por enquanto – , no dia 11 de setembro de 2001, quando aviões de passageiros foram usados como bombas para atacar às duas torres gêmeas americanas...

· Ao que pudemos apurar até o momento, o suicida islâmico embora no início não acredite que sua morte poderá ocorrer através do atentado terrorista, a doutrinação fundamentalista o leva a acreditar nos privilégios do paraíso para os mártires da Jihad – a crença na "guerra santa" contra os infiéis - , além de receber a garantia dos grupos organizados para sua família não passar necessidade, ou algum tipo de benefício material, honras de herói-e-mártir, etc. Um ex-terrorista revela sobre esses privilégios depois da morte:

"Falaram-me que o martírio levaria suas famílias para o paraíso, que iria casar com 72 mulheres virgens. Lá no céu, o mártir estará com pessoas pias e com os profetas. E Deus perdoará seus pecados (...). Eles me convenceram dessa verdade. Também disseram que eu ganharia algum dinheiro, uns 6 mil dólares para morrer na explosão. Depois que morremos, nossa família recebe o dinheiro, pois sabemos que nossa família vive em más condições. Disseram-me também que a família e os amigos iam para o paraíso se eu fizesse um ato de martírio"... Embora alguns teólogos islâmicos rejeitam a tese de que a religião islâmica garante certos privilégios no paraíso, para os fundamentalistas, em particular para os mártires da Jihad, existe a crença fanática baseada numa interpretação distorcida do Alcorão de que sua morte será recompensada no céu e na terra... Os vídeos de Bin Laden não trazem nenhum argumento favorável a sua causa; mostram-no apenas fazendo pregação religiosaonde sua palavra é passada como revelação divina. Não existe projeto político ou pauta de reivindicação minimamente elaborada pela organização Al Qaeda[2].” g) Grupos ligados ao satanismo · “Todos nos lembramos da morte da actriz norte-americana Sharon Tate. No seu assassínio esteve envolvido um grupo ocultista e satanista dirigido por Charles Manson. Eles mesmos se auto-apelidavem de Escravos de Satanás... Mais tarde Manson mudou-se para Los Angeles com a família e dedicava-se a um grupo satânico, onde se misturavam as drogas, o LSD e o sexo.Praticava orgias sexuais com várias mulheres à meia-noite enquanto os homens se sentavam a ver e a tomar drogas, acabando todos em ritos sexuais e satânicos. O assassínio de Sharon Tate está relacionado com estes ritos de Satanás. O mundo ficou chocado com os relatos da brutalidade ritual satânica dos autores do crime... tanto mais que Sharon Tate se encontrava grávida de oito meses e foi apunhalada no ventre de maneira a ser sacrificado também o filho. Este crime é apenas um entre muitos outros de grupos ligados ao satanismo. Não se pode afirmar que todos os grupos satânicos – e são dezenas – tenham por

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finalidade o ritual sacrificial de seres humanos para agradar Satanás, mas fala-se abertamente nos Estados Unidos da América do Norte, e também nalguns países da Europa, sobretudo na Itália, que tantíssimas crianças e jovens desaparecidos foram raptados para este fim...

De facto, o que mais escandaliza a sensibilidade cristã e humana são os ritos satânicos onde entra o sacrifício humano, mormente de crianças e jovens. Parte-se do princípio que o sangue inocente oferecido a Satanás faz com que o mesmo Satanás fique satisfeito e proporcione as benesses requeridas aos seus adoradores...

Jeffrey J. Steffon afirma que os satanistas se servem das crianças para matarem outras crianças. “A destruíção de jovens apazigua os demónios e, segundo Aleister Crowley, o melhor sacrifício é uma criança de sexo masculino. Os membros do culto satânico desejam desta maneira doutrinar as crianças para que no futuro elas entrem no movimento. Por isso, a escolha das crianças não é acidental. Os satanistas, através do abuso ritual, desejam implantar um auto-conceito de maldade no inconsciente das crianças para, assim, assegurarem que ele ou ela irão fazer o mal e não o bem no futuro, mesmo que não seja num culto satânico. Desta maneira a criança cresce com uma dupla personalidade”, e a terapia para curar estas múltiplas personalidades é sempre morosa e difícil. Segundo o autor, a partir das estatísticas, aproximadamente 25 por cento dos que sofrem de múltipla personalidade nos Estados Unidos passaram pelo abuso de ritos satânicos[1]”.

LIBERTE-SE...

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VAZIO INTERIOR (Dr. Paulo Valzacchi)

Eu sei como é se sentir vazio por dentro, afinal todos um dia sentimos isso, onde você sente aquela tristeza profunda, desânimo com a vida, uma vontade de sumir, andar sem rumo, a noite parece melancólica, a solidão invade a sua alma, parece que estamos sem direção, tudo tão estranho, realmente um vazio profundo. Mas no fundo esse vazio está repleto, esta mais cheio do que imaginamos, estamos abarrotados de decepções, frustrações, mentalizações negativas, parece que definitivamente você não se importa, a vida perdeu o sabor, mas isso por pior que seja é um ótimo sinal, é um despertar do sono profundo, você começa a abrir os seus olhos para algo que até então não havia percebido. Insatisfação é sinônimo de que existe algo errado, e que queremos algo novo. A maioria das pessoas sente esse vazio aos 40 anos, mas pelo que venho observando há anos esses efeitos estão começando muito mais cedo, eu não diria que é um despertar, mas eu diria que estamos começando a dar alguns passos em direção a esse momento. Não fique tão preocupada assim isso tudo é natural. O vazio interior é sentido por pessoas que querem algo mais, que querem fugir do caminho do rato. Isso mesmo, o caminho do rato. Lembra-se de quando compramos aquele ratinho, um ramster, e colocamo-lo numa pequena gaiola, onde ele se diverte em ficar andando sobre uma roda que gira e gira, e ele continua em busca de nada, bem assim somos nós, estamos correndo nessa roda, indo em direção a nada, apenas correndo em círculos, estamos dormindo, mas quando vislumbramos dentro de nós que existe algo melhor, você quer pular dessa roda, mas como estamos acostumados a correr em círculos simplesmente ficamos completamente perdidos. O que precisamos então? O que você precisa hoje? Eu sei, nós precisamos de uma direção, um rumo, parece que estamos perdidos, mas

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temos a escolha de seguir adiante, de nos encontrar. Milhares de pessoas ainda estão nos trilhos da roda, mas você esta insatisfeita, você quer fugir sem rumo, isso é um sinal, mas você precisa de um rumo, uma bússola, que aponte o norte, que aponte para aquele lugar aonde você quer chegar, um objetivo, um ideal. [IMG]http://www.sere******ual.org/img/e******ualidade.jpg[/IMG] O que você quer da sua vida? Para onde você quer ir? Qual o seu ideal? Calma, essas perguntas podem deixar você mais confusa agora, mas são essenciais para um rumo fiel á aquilo que você necessita. Pare um minuto, respire, tente se encontrar, dentro de si, sem pressa, as respostas estão ai dentro, chega uma hora que nossos ideais são maiores do que imaginávamos, e saiba que nós podemos realizar esses ideais, pois eles são os nossos objetivos mais fiéis, o vazio interior é o primeiro passo no qual trás uma mensagem a você, ele lhe diz que existe algo errado, depois com essas questões virão a indecisão, e é nesse momento especial que você precisa avaliar o que você quer da sua vida, despertar os seus ideais de fé, de coragem, de amor, ou você prefere uma vida de dor e de sofrimento? Nós podemos escolher. Se você quer algo profundo, busque a fé na religiosidade, não estou dizendo religião, mas na comunhão com Deus, busque a fé no amor, no auxilio ao próximo, busque o equilíbrio, mas antes desperte de dentro de você a força que vai gerar tudo isso, a sua criatividade. A criatividade é um potencial divino guardado em nós, somente você tem esse Dom, pense comigo, somos quase 5 bilhões de pessoas, cada um com uma digital diferente, cada um com um DNA ( Deus é Nosso Autor ) diferente, você é especial, todos somos especiais, todos carregamos um Dom de fazer algo pelo mundo, pela vida, mas você não acredita, eu quero que você acredite, eu mostrei isso a muitas pessoas que hoje estão rumo aos seus ideais, sejam lá quais forem, colocando em prática os seus potenciais para auxiliar o próximo, para estar perto de Deus, não importa qual seja o seu Dom, até escutar é um Dom maravilhoso, escrever, fazer, pintar, amar, lutar por algo, com fé e coragem, com determinação, expandir seu Dom para que todos escutem o quanto Deus é importante em nossas vidas, através do seu exemplo de amor. Saiba que isso não tem nada a ver com religião, tem a ver com o seu contato intimo, com o despertar da sua consciência, com um novo rumo, com trazer a luz para um mundo que esta necessitando do brilho de sua alma. O Vazio interior é a oportunidade de você mudar a sua vida, pense nisto, desperte a sua criatividade, a sua potencialidade, caminhe ao lado de Deus, peça a ele Luz, entendimento e sabedoria e esta bússola vai lhe mostrar o caminho para sua evolução. Muita paz em sua jornada.

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COMPORTAMENTOS COMPULSIVOS (Dr.GERALDO BALLONE)

Comportamentos compulsivos ou aditivos são hábitos aprendidos e seguidos por alguma gratificação emocional, normalmente um alívio de ansiedade e/ou angústia. São hábitos mal adaptativos que já foram executados inúmeras vezes e acontecem quase automaticamente. Diz-se que esses comportamentos compulsivos são mal adaptativos porque, apesar do objetivo que têm de proporcionar algum alívio de tensões emocionais, normalmente não se adaptam ao bem estar mental pleno, ao conforto físico e à adaptação social. Eles se caracterizam por serem

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repetitivos e por se apresentarem de forma freqüente e excessiva. A gratificação que segue ao ato, seja ela o prazer ou alívio do desprazer, reforça a pessoa a repeti-lo mas, com o tempo, depois desse alívio imediato, segue-se uma sensação negativa por não ter resistido ao impulso de realizá-lo. Mesmo assim, a gratificação inicial (o reforço positivo) permanece mais forte, levando a repetição. Por exemplo:

1. Se a pessoa é acometida pela idéia (contra sua vontade) de que está se contaminando através de alguma sujeita nas mãos, terá pronto alívio em lavar as mãos. Entretanto, se tiver que lavar as mãos 40 vezes por dia, ao invés de adaptar essa atitude acaba por esgotar.

2. Se a pessoa é acometida pela idéia de que seus pais sofrerão algum acidente fatal, poderá conseguir alívio da angústia gerada por esses pensamentos se, por exemplo, bater 3 vezes na madeira... Mas tiver que bater na madeira 40 vezes por dia, ao invés de aliviar, essa atitude acaba por constranger e frustrar.

3. Se a pessoa tem um pensamento incômodo de que aquilo que acabou de comer poderá engordá-la, terá alívio dessa sensação provocando o vômito, ou tomando laxantes....

Causas Não há uma causa bem estabelecida para a ocorrência de comportamentos compulsivos. Pode-se falar em vulnerabilidades e predisposições, seja de elementos familiares, tais como os hábitos conseqüentes à extrema insegurança e aprendidos no seio familiar, seja por razões individuais e relacionados às vivências do passado e a ao dinamismo psicológico pessoal, seja por razões biológicas, de acordo com o funcionamento orgânico e mental. Assim, comportamentos compulsivos ou aditivos podem ser entendidos como atitudes (mal-adaptadas) de enfrentamento da ansiedade e/ou angústia, trazendo conseqüências físicas, psicológicas e sociais graves. Algumas pessoas apresentam comportamentos com caráter compulsivo, que levam a conseqüências negativas em suas vidas, como por exemplo, recorrer ao uso abusivo do álcool, das drogas, à fuga do convívio social, ao hábito intempestivo do vômito e às mais variadas atitudes. Essas pessoas podem ainda comprar compulsivamente, sem levar em conta o saldo bancário, comer compulsivamente, mesmo quando não se tem fome, jogar, praticar atividades físicas em excesso, etc.

Complicações Normalmente nesse tipo de problema, classificados em sob o título de transtornos do espectro obsessivo-compulsivo (TOC), a pessoa acaba tornando-se dependente dessas atitudes, as quais ocupam um espaço importante no seu cotidiano. Em alguns casos ocorrem-se danos físicos, como na pessoa com vigorexia, que precisa malhar (exageradamente) todos os dias e por longas horas, ou lesões na pele das mãos devido aos rituais de lavar continuadamente, ou escoriações quando há auto-escoriações, calvície quando há tricotilomania, ou desnutrição quando a compulsão é por vômitos (bulimia) e assim por diante. Normalmente essas pessoas sentem desconforto emocional se não fizerem esses comportamentos, apresentam grande angústia ou ansiedade na ausência ou na impossibilidade em realizar a atividade compulsiva. Socialmente a ocorrência de tais comportamentos pode resultar em prejuízo no trabalho, na conclusão de tarefas, na liberdade de sair de casa, na vergonha do contacto com outras pessoas, etc. A repetição desses comportamentos e o aumento gradual da freqüência deles acabam caracterizando um verdadeiro processo de dependência. Alguns buscam o alívio do desprazer das

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emoções de angústia e ansiedade, do afastamento de pensamentos incômodos. Quando se pretende a busca do prazer pode haver adicção química, que é o consumo exagerado de substâncias. Didaticamente podemos dizer que existe uma grande semelhança entre comportamentos compulsivos e dependência química: a angústia provocada pela ausência, os sintomas emocionais da abstinência, tais como tremores, sudorese, taquicardia, etc, o caráter compulsivo e repetitivo, a importância que essa atitude ocupa na vida da pessoa, o comprometimento na qualidade da vida familiar, profissional, afetiva e social. É assim que, por exemplo, o ato de jogar tem praticamente o mesmo papel que a droga, ou álcool, a cocaína e outras substâncias psicoativas.

Tipos Jogar Compulsivo

A característica essencial do Jogo Patológico é um comportamento de jogo mal adaptativo, recorrente e persistente, que perturba os empreendimentos pessoais, familiares e/ou ocupacionais. A pessoa com esse transtorno pode manter uma preocupação com o jogo, tais como, planejar a próxima jogada ou pensar em modos de obter dinheiro para jogar. A maioria dessas pessoas com Jogo Patológico afirma que está mais em busca de "ação" do que de dinheiro e, por causa dessa busca de ação, apostas ou riscos cada vez maiores podem ser necessários para continuar produzindo o nível de excitação desejado. Os indivíduos com Jogo Patológico freqüentemente continuam jogando, apesar de repetidos esforços no sentido de controlar, reduzir ou cessar o comportamento. Através do reforço emocional intermitente, onde ganhar é um reforço positivo imediato e perder é “apenas” uma circunstância aleatória, o indivíduo apresenta o comportamento compulsivo de jogar. Está sempre na expectativa de ganhar, como foi conseguido anteriormente. Existe ainda uma sensação especial no comportamento de risco, o que ocupa a mente do jogador fazendo que passe a repetir o comportamento (dependência). O jogo pode tornar-se uma grande fonte de prazer, podendo vir a ser a única forma de prazer para algumas pessoas. O jogador compulsivo costuma se tornar inconseqüente, gastando aquilo que não tem, perdendo a noção de realidade. A síndrome de abstinência pode estar presente. Atividade Física Compulsiva A escravização que as pessoas das sociedades civilizadas se submetem aos padrões de beleza tem sido um dos fatores sócio-culturais associados ao incremento da incidência do comportamento compulsivo para a prática de exercícios. É hábito que o ser humano moderno esteja moderadamente preocupado com seu corpo, sem que essa preocupação se converta numa obsessão. Mas, alguns complexos de feiúra ou de estar em desacordo com os padrões desejáveis podem levar à obsessão pela beleza física e perfeição.

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Inicialmente essa atividade física pode proporcionar prazer, relaxar, fazer com que a pessoa se sinta mais saudável e bonita. Este comportamento libera substâncias em nosso cérebro responsáveis pelo prazer e bem-estar (veja mais). Quando isso se transforma num comportamento compulsivo, exercitar-se em excesso pode resultar em prejuízo físico, atingindo as articulações, aparelho respiratório e o coração. O sistema emocional pode ficar comprometido quando se apresenta um comportamento compulsivo, constante, comprometendo a realização satisfatória de outras atividades da vida da pessoa e proporcionando sofrimento significativo em outros aspectos. A atividade física compulsiva deve ser considerada um transtorno da linhagem obsessivo-compulsiva, tanto pela obsessão em musculatura, pela compulsão aos exercícios e ingestão de substâncias que aumentam a massa muscular, quanto pela fragrante distorção do esquema corporal que essas pessoas experimentam. Comprar Compulsivo Assim como os demais comportamentos compulsivos ou aditivos, o comprador compulsivo é, praticamente, um dependente do comportamento de comprar, precisando fazê-lo sem limites para se sentir bem, pelo menos bem naquele momento (para depois arrepender-se). O comprador compulsivo acaba por consumir coisas pelo fato de consumir e não mais pela necessidade do objeto que é consumido. Ir ao shopping sem realizar algumas compras parece tornar-se quase impossível. Muitas vezes sente-se culpado, porém, como em qualquer comportamento aditivo, o mais comum é perder o controle da situação. Entretanto, é fundamental fazer a diferença entre o simples hábito pelas compras do comportamento compulsivo às compras. "Os hábitos de consumo são mais emocionais que racionais", afirma Dílson Gabriel dos Santos, que leciona comportamento do consumidor na USP. O professor esclarece que comprar por impulso, mas não por compulsão, é adquirir um bem por sentir uma atração instantânea pelo produto, seja por causa da embalagem, do preço ou do apelo publicitário. Essas pessoas impulsivas pelas compras cometem as "... pequenas loucuras que se cometem ao passar pelas gôndolas de supermercados", diz. "Leva-se uma garrafa de bebida, um iogurte ou um pacote de biscoitos a mais", observa. Já o compulsivo vai às compras como um viciado que sai de casa para jogar ou em busca das drogas, e a compulsão acaba sendo uma atitude que exclui logo o prazer pela aquisição do novo produto. Trabalhar Compulsivo

Com o objetivo de vencer profissionalmente, ganhar dinheiro, sobressair-se socialmente, tem sido glorificado pelo sistema cultural que a pessoa procure dar o melhor de si trabalhando. O trabalho pode ser utilizado como uma ocupação mental capaz de tomar o espaço de outros sentimentos ou pensamentos mais difíceis de serem vivenciados. Quando a atividade funciona como uma forma de esconder-se, fugir ou não ter que sentir ou pensar em outros problemas, enfim, quando alivia a angústia da vida de relação, o trabalhar pode tornar-se compulsivo, constante, enfim aditivo. Neste caso, o trabalhar perde sua função natural passando a ser prejudicial ao bem estar físico, familiar psicológico e social do indivíduo. Na compulsão pelo trabalho a pessoa vai de casa para o trabalho, do trabalho para a casa, excluindo-se de sua vida as opções do lazer, as pausas nos finais de semana, o convívio descontraído com a família, etc. A pessoa com compulsão pelo trabalho freqüentemente exige dos outros o mesmo ritmo que tem para si, costuma criticar demais esses outros, exige perfeição, dedicação e devoção ao trabalho, tal como elas próprias se comportam. E o próprio compulsivo para o trabalho sofre com sua situação.

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Normalmente são pessoas severas, isoladas, inflexíveis, perfeccionistas, amargas e exageradamente “realistas”. Por causa dessas características os workaholics racionalizam tudo na vida, ocultam seus próprios sentimentos, têm um contato mínimo com eles próprios e mantêm abafados seus conflitos íntimos. Para essas pessoas o trabalho é seu escudo protetor e, melhor que isso, trata-se de uma atitude fortemente enaltecida pelos valores sociais. Mas, na realidade, o workaholic também sofre, normalmente é um insatisfeito consigo mesmo, alimenta a fantasia de ser potente e meritoso. Na verdade, toda essa voracidade para o trabalho pode estar aliviando sentimentos de angústia por se acreditar um pai omisso ou uma mãe ausente, um companheiro fugidio, etc. Comer Compulsivo

Os transtornos alimentares constituem uma verdadeira "epidemia" que assola sociedades industrializadas e desenvolvidas acometendo, sobretudo, adolescentes e adultos jovens. Vivemos em uma sociedade na qual existe o culto da magreza. Assim, comer, um comportamento universalmente tido como prazeroso, torna-se alvo de preocupação de muitas pessoas. Como usufruir deste prazer sem sentir-se fora dos padrões sociais de saúde e beleza? Quais serão os sintomas dessa epidemia emocional? De um modo geral, o pensamento falho e doentio das pessoas portadoras dessas patologias se caracteriza por uma obsessão pela perfeição do corpo. Na realidade, trata-se de uma "epidemia de culto ao corpo".

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Essa "epidemia" se multiplica numa população patologicamente preocupada com a perfeição do corpo e que está sendo afetada por alterações psíquicas caracterizadas por distúrbios na representação pessoal do esquema corporal. Os transtornos alimentares vêem aumentando sua incidência perigosamente e já começa a alarmar especialistas médicos, sociólogos, autoridades sanitárias. Essa busca obsessiva da perfeição do corpo tem várias formas de se manifestar e, algumas delas, diferem notavelmente entre si. Existem os transtornos alimentares mais tradicionais, que são a anorexia e bulimia nervosa mas, não obstante, existem outros que se estimulam e desenvolvem na denominada "cultura do esbelto". Todos estes transtornos alimentares compartilham alguns sintomas em comum, tais como, desejar uma imagem corporal perfeita e favorecer uma distorção da realidade diante do espelho. Isto ocorre porque, nas últimas décadas, ser fisicamente perfeito tem se convertido num dos objetivos principais (e estupidamente frívolos) das sociedades desenvolvidas. É uma meta imposta por novos modelos de vida, nos quais o aspecto físico parece ser o único sinônimo válido de êxito, felicidade e, inclusive, saúde.

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O QUE É A HIPERATIVIDADE? (saúde e informações)

A hiperatividade, denominada na medicina de desordem do déficit de atenção, pode afetar crianças, adolescentes e até mesmo alguns adultos. Os sintomas variam de brandos a graves e podem incluir problemas de linguagem, memória e habilidades motoras. Embora a criança hiperativa tenha muitas vezes uma inteligência normal ou acima da média, o estado é caracterizado por problemas de aprendizado e comportamento. Os professores e pais da criança hiperativa devem saber lidar com a falta de atenção, impulsividade, instabilidade emocional e hiperativa incontrolável da criança. O comportamento hiperativo pode estar relacionado a uma perda da visão ou audição, a um problema de comunicação, como a incapacidade de processar adequadamente os símbolos e idéias que surgem, estresse emocional, convulsões ou distúrbios do sono. Também pode estar relacionado a paralisia cerebral, intoxicação por chumbo, abuso de álcool ou drogas na gravidez, reação a certos medicamentos ou alimentos e complicações de parto, como privação de oxigênio ou traumas durante o nascimento. Esses problemas devem ser descartados como causa do comportamento antes de tratar a hiperatividade da criança. O verdadeiro comportamento hiperativo interfere na vida familiar, escolar e social da criança. As crianças hiperativas têm dificuldade em prestar atenção e aprender. Como são incapazes de filtrar estímulos, são facilmente distraídas. Essas crianças podem falar muito, alto demais e em momentos inoportunos. As crianças hiperativas estão sempre em movimento, sempre fazendo algo e são incapazes de ficar quietas. São impulsivas. Não param para olhar ou ouvir. Devido à sua energia, curiosidade e necessidade de explorar surpreendentes e aparentemente infinitas, são propensas a se machucar e a quebrar e danificar coisas. As crianças hiperativas toleram pouco as frustrações. Elas discutem com os pais, professores, adultos e amigos. Fazem birras e seu humor flutua rapidamente. Essas crianças também tendem a ser muito agarradas às pessoas. Precisam de muita atenção e tranqüilização. É importante para os pais perceberem que as crianças hiperativas entenderam as regras, instruções e expectativas sociais. O problema é que elas têm dificuldade em obedecê-las. Esses comportamentos são acidentais e não propositais. Para a criança hiperativa e sua família, uma ida a um parque de diversão ou supermercado pode ser desastrosa. Há simplesmente muita coisa acontecendo - muito estímulo ao mesmo tempo. Devido à sua incapacidade de concentrar-se e ao constante bombardeamento de estímulos, a criança hiperativa pode ficar estressada. A criança hiperativa pode ter muitos problemas. Apesar da "dificuldade de aprendizado", essa criança é geralmente muito inteligente. Sabe que determinados comportamentos não são

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aceitáveis. Mas, apesar do desejo de agradar e de ser educada e contida, a criança hiperativa não consegue se controlar. Pode ser frustrada, desanimada e envergonhada. Ela sabe que é inteligente, mas não consegue desacelerar o sistema nervoso, a ponto de utilizar o potencial mental necessário para concluir uma tarefa. A criança hiperativa muitas vezes se sente isolada e segregada dos colegas, mas não entende por que é tão diferente. Fica perturbada com suas próprias incapacidades. Sem conseguir concluir as tarefas normais de uma criança na escola, no playground ou em casa, a criança hiperativa pode sofrer de estresse, tristeza e baixa auto-estima. Um especialista em comportamento infantil pode ajudá-lo a distinguir entre a criança normalmente ativa e enérgica e a criança realmente hiperativa. As crianças até mesmo as menores podem correr, brincar e agitar-se felizes durante horas sem cochilar, dormir ou demonstrar qualquer cansaço. Para garantir que a criança realmente hiperativa seja tratada adequadamente - e evitar o tratamento inadequado de uma criança normalmente ativa - é importante que seu filho receba um diagnóstico preciso. Durante a primeira ou a segunda consulta médica, a criança hiperativa pode ser comportar de forma quieta e educada. Sabendo o que é esperado, pode se transformar em uma criança "modelo". Esteja preparado para descrever, de forma precisa e objetiva, o comportamento do seu filho em casa e nas atividades sociais. Se seu filho está encontrando dificuldade na escola, peça ao professor que converse com o médico ou envie-lhe um relatório por escrito. Pode ser preciso várias consultas antes que o comportamento hiperativo torne-se aparente. Não se preocupe. Um especialista em crianças, geralmente, pode realizar um diagnóstico preciso.

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Ao tratar da criança hiperativa, sua meta é ajudá-la a fazer o melhor possível, em casa, na escola, e com os amigos. Lembre-se sempre de que seu filho está lutando com todas as forças para superar uma deficiência do sistema nervoso. Explique, se preciso for, mas não se sinta envergonhado ou culpado quando seu filho não se comportar bem. Os pais da criança hiperativa merecem muita consideração. É preciso muita paciência - e vigor - para amar e apoiar a criança hiperativa em todos os desafios e frustrações inerentes à doença. Os pais da criança hiperativa estão sempre preocupados e atentos, sempre "em alerta". Conseqüentemente, é fácil sentirem-se cansados, abatidos e frustrados, às vezes. É de importância vital para os pais da criança hiperativa serem bons consigo mesmos, descansar quando apropriado, além de buscar e aceitar o apoio para eles e para o filho. TRATAMENTO CONVENCIONAL Antes de qualquer tratamento, um exame físico deve se feito para descartar outras causas para o comportamento do seu filho, tais como infecção crônica do ouvido médio, sinusite, problemas visuais ou auditivos ou outros problemas neurológicos. O metilfenidato é o medicamento mais comumente receitado para hiperatividade. É um estimulante que tem efeito paradoxal de acalmar o sistema nervoso e aumentar a capacidade da criança hiperativa de prestar atenção. Contudo, não deixe de verificar com seu médico antes de parar de dar esse medicamento a seu filho. A tioridazina é um tranqüilizante ao qual se pode recorrer se a criança for extremamente agressiva e, nesse caso, apenas nas situações mais difíceis. Na maioria das circunstâncias, o medicamento para a hiperatividade pode ser interrompido durante o verão e retomado quando as aulas começarem novamente, após as férias. Essa conduta pode limitar alguns dos efeitos colaterais prolongados desses medicamentos. Após um verão sem medicamento, talvez seja útil deixar que seu filho freqüente as primeiras semanas de aula sem qualquer medicação. Considere esse período como um teste para determinar se seu filho pode passar sem o medicamento. (Converse sempre com seu médico antes de descontinuar qualquer tratamento, durante qualquer período de tempo). DIRETRIZES ALIMENTARES Antes de experimentar qualquer tratamento comece eliminando o açúcar refinado e os aditivos da dieta do seu filho. Leia os rótulos cuidadosamente e elimine alimentos processados que contenham corantes, flavorizantes, adoçantes e conservantes, relacionados comumente como benzoatos, nitratos e sulfitos. Os aditivos de alimentos comuns também incluem silicato de cálcio, BHT, BHA, peróxido de benzoíla. emulsificantes, espessantes, estabilizantes, gomas vegetais e amido. Os salicilatos muitas vezes têm implicação na hiperatividade. É mais difícil eliminá-los da dieta; ocorrem naturalmente além de serem usados como aditivos. Uma série de frutas e hortaliças conhecidas contêm salicilatos, inclusive amêndoa, maçã, damasco, banana, cereja, uva, limão, melão, nectarina, laranja, pêssego, ameixa, ameixa-seca, passa, framboesa, pepino, ervilha, pimentão-verde, pimenta-malagueta, picles e tomate. Segundo um estudo citado no periódico Pediatrics, mais de 50% das crianças hiperativas demonstraram menos problemas comportamentais e tiveram menos problemas de sono quando seguiram uma dieta restrita. A dieta ideal não continha aditivos artificiais e químicos, chocolate, glutamato monossódico, conservantes e cafeína. SUPLEMENTOS NUTRICIONAIS Um suplemento líquido de cálcio e magnésio é calmante para o sistema nervoso. Após ter eliminado os conservantes e o açúcar da dieta do seu filho, dê-lhe esse suplemento. As crianças de cinco a sete anos devem tomar uma colher de chá, uma vez ao dia. Crianças com mais de dez anos devem tomar uma colher de sopa, uma ou duas vezes a dia. Siga esse regime durante dois meses, depois diminua a dose para cinco dias por semana durante três meses. Em seguida, pare de dar o suplemento. A colina aparentemente melhora a memória e a atenção de algumas crianças. Se seu filho tiver quatorze anos ou mais, experimente dar-lhe 500 miligramas por dia durante um mês. Um suplemento líquido do complexo B é muito importante para crianças hiperativas. Ajuda a

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relaxar o sistema nervoso estressado e melhorar o funcionamento mental e a concentração. Siga as orientações sobre dosagem indicadas na bula e dê a dose recomendada durante dois meses. Depois, diminua a dose para cinco dias por semana durante três meses. Em seguida, pare de dar o suplemento.

TRATAMENTO FITOTERÁPICO O chá de camomila é sabidamente relaxante. Dê ao seu filho uma dose na hora de dormir, conforme necessário. O bupleuro é uma fórmula fitoterápica chinesa que relaxa o sistema nervoso e pode ajudar a aliviar o estresse. Dê ao seu filho uma dose diária durante um mês, seguida de aveia brava durante um mês. Observação: O bupleuro não deve ser dado a crianças com febre ou qualquer outro sinal de infecção aguda. A escutelária é relaxante e acalma a mente. Dê ao seu filho uma dose, três vezes por semana, durante três meses. Observação: Essa erva não deve ser dada a crianças com menos de seis anos. A aveia brava acalma o sistema nervoso. Dê ao seu filho uma dose diária durante um mês. Certas essências botânicas podem acalmar a criança hiperativa. Misture uma gota de óleo de alecrim, sálvia, lavanda e camomila em 1/8 de xícara de azeite de oliva e use esse óleo aromático para esfregar os pés e coluna do seu filho na hora de dormir. Os índios norte-americanos usavam, tradicionalmente, o alecrim e a sálvia para relaxar a mente. HOMEOPATIA É melhor consultar um homeopata para determinar um remédio constitucional para a criança hiperativa. Contudo, os remédios a seguir ajudarão a aliviar os sintomas. Independente do remédio que escolher, a menos que indicado de outra forma, tente dar ao seu filho uma dose, três vezes ao dia, durante cinco dias. Faça isso mês sim, mês não, durante seis meses. Para a criança magra, excitada, ansiosa e sempre apressada, use Argentum nitricum 9ch. Essa criança adora doce, que afeta seu comportamento de forma adversa. Pode ser suscetível e ter

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conjuntivite e amigdalite. Essa criança tem medo de multidão e não gosta de ir a lugares públicos, inclusive à escola. Prefere ficar ao ar-livre. Calcarea phosphorica 9ch é benéfico para a criança endiabrada, geralmente do sexo masculino, inquieta, tímida e medrosa, mas que adora correr riscos e fazer traquinagens. Essa criança tende a ter gases abdominais, tem um abdome levemente proeminente e poder ter amígdalas aumentadas. Se seu filho inquieto acalma-se tão logo é chamado à atenção, dê-lhe Chamomilla 9ch. Esse tipo de criança pode se tornar tão hiperativa que ficará exausta e começará a chorar. Observação: Não dê ao seu filho Chamomilla da homeopatia e chá de camomila ao mesmo tempo. Um anulará o outro. Para atingir o efeito calmante da camomila, escolha uma forma ou outra. Dê Kali bromatum 9ch para a criança irrequieta que está constantemente fazendo algo com as mãos - jogando bola, brincando de bola de gude, de aviãozinho. Se não tiver nenhum brinquedo na mão, essa criança estala os dedos. As mãos da criança que toma Kali bromatum nunca estão sossegadas. Dê Lycopodium 9ch para a criança que está mais cansada, mais inquieta e irritada entre 4:00 e 8:00 da noite. Cansada ou não, essa criança não quer sentar-se à mesa do jantar, mas quer comer. Essa criança aparenta mais idade e tem geralmente uma inteligência acima da média. Uma dose de Medorrhinum 1M ajudará a criança irritada, agitada e apressada. Essa criança pode ter tido assadura quando bebê e, posteriormente, erupções cutâneas e asma. Stramonium 30d é para a criança com séria hiperatividade e possível agitação violenta. Sua voz é alta e sua fala é rápida, possivelmente incoerente.

RECOMENDAÇÕES GERAIS Elimine conservantes e açúcar da dieta do sei filho. É o mais importante e primordial a fazer pela criança hiperativa. Para melhorar ainda mais, siga todas as recomendações sob Diretrizes Alimentares. Dê ao seu filho um suplemento líquido de cálcio e magnésio. Dê ao seu filho a erva chinesa bupleuro. Escolha um remédio homeopático específico para o sintoma do seu filho. Se não estiver satisfeito com os resultados, consulte um homeopata para descobrir um remédio constitucional. Busque terapia e experimente modificação comportamental. Essas disciplinas ajudam a criança a entender o problema contra o qual está lutando, a estabelecer metas e padrões e reconhecer e avaliar seu comportamento. Podem ser de grande valia. Esses programas ensinam controles internos que podem ser usados em várias situações. Seu filho aprenderá a oferecer recompensas pelos seus feitos e aprenderá a partir dos seus erros. Coopere com seu médico ou terapeuta para desenvolver programas de modificação comportamental. É importante que o

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programa seja claro, facilmente entendido e facilmente executado por todos que dele participam - pela criança bem como pelos adultos. É essencial que essas intervenções sejam realizadas com cautela e boa vontade, em um ambiente calmo e carinhoso. A criança deve participar com disposição. Certifique-se de que os dois tenham entendido que esses programas objetivam ajudar e não punir. Desenvolva uma rotina estável em casa. Para diminuir a confusão e a quantidade de estímulos diários, defina horários específicos para comer e dormir. Experimente atribuir uma tarefa pequena e rápida e insista delicadamente para que seja concluída. Em seguida, não deixe de agradecer e elogiar seu filho quando a tarefa tiver sido concluída. Faça com que a criança participe de projetos que ela goste para ajudá-la a concentrar-se. Aprender a concentrar-se alterará sua resposta ao mundo, gradativamente. Lembre-se sempre de que, além de ter um desequilíbrio do sistema nervoso que transforma em tortura o simples ato de permanecer sentado, a criança hiperativa e inteligente entedia-se facilmente. Coopere com seu filho para ajudá-lo a realmente concluir um projeto. Concluir um projeto oferecerá uma idéia de competência e maior auto-estima. O domínio e conclusão de uma tarefa requer elogio. Busque terapia para você e seu cônjuge. Para ajudar a diminuir os sentimentos de frustração e isolamento, os pais da criança hiperativa precisam de informação e apoio. Busque auxílio; certamente encontrará. Você aprenderá a apoiar seu filho e a ficar calmo e próximo, mesmo quando a situação parecer fora de controle. Você também aprenderá que é importante que os pais tirem férias sem se sentirem estressados ou culpados por deixarem uma criança "difícil" com outras pessoas competentes. Nunca é demais enfatizar a necessidade dos pais terem uma folga. Tire uma tarde, uma noite ou um fim de semana. Entre em contato com uma pessoa que possa tomar conta do seu filho. Ligue para seus pais e amigos. Se você não fizer isso para o seu próprio bem, faça por seu filho. Provavelmente você voltará se sentindo renovado, mais calmo e carinhoso. PREVENÇÃO Durante a gestação, mantenha a exposição a chumbo ambiental ao mínimo possível e elimine álcool. Os dois tem sido relacionados à hiperatividade. Não deixe que seu filho se exponha ao chumbo. As fontes mais comuns de exposição ao chumbo são tinta à base de chumbo, água potável e cerâmica mal esmaltada. ALGUNS FATOS SOBRE A HIPERATIVIDADE Embora muitos pais de crianças enérgicas perguntem aos médicos sobre a hiperatividade, ela não é problema comum. De acordo com um artigo publicado no British Journal of Psychiatry, apenas 3% das crianças são realmente diagnosticadas com a desordem do déficit de atenção. A hiperatividade é dez vezes mais comum nos meninos do que nas meninas. A causa ou causas exatas da hiperatividade são desconhecidas. A comunidade médica teoriza que a desordem pode ser resultado de fatores genéticos; desequilíbrio químico; lesão ou doença na hora do parto ou depois do parto; ou um defeito no cérebro ou sistema nervoso central, resultando no mau funcionamento do mecanismo responsável pelo controle das capacidades de atenção e filtragem de estímulos externos. Metade das crianças hiperativas têm menos problemas comportamentais quando seguem uma dieta livre de substâncias como flavorizantes, corantes, conservantes, glutamato monossódico, cafeína, açúcar e chocolate.

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A Síndrome de Don Juan(Pisiquiatria e sexualidade)

Fica mais difícil entender os novos tempos, quando consideramos que as expressões ficar com... e sair com... significam a mesma coisa, apesar dos termos ficar e sair

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serem antagônicos. Donjuanismo é uma expressão em desuso que veio à tona há algum tempo, depois do filme Don Juan de Marco, com Marlon Brando e Johnny Depp. O filme Don Juan de Marco foi escrito e dirigido por Jeremy Leven. Don Juan é um personagem literário tido como símbolo da libertinagem. O primeiro romance com referência ao personagem foi a obra El Burlador de Sevilla, de 1630, do dramaturgo espanhol Tirso de Molina. Posteriormente Don Juna aparece em José Zorrilla com a estória de Don Juan Tenorio. A figura de Don Juan foi também cultuada na música, em obras de Strauss e Mozart, este último com a ópera Don Giovanni, composta em 1787. Outro paradigma do eterno sedutor é a figura de Casanova, conhecida pela autobiografia do veneziano Giovanni Jacopo Casanova. Mas a figura do eterno sedutor continua atrelada à Don Juan, que aparece ainda na obra de Molière, em Le Festin de Pierre, no poema satírico de Byron chamado simplesmente Don Juan, no drama de Bernard Shaw, chamado Man and Superman. Segundo Jung, para quem qualquer forma de arte, assim como os mitos, são veículos para a expressão do inconsciente coletivo, Don Juan pode representar nossos arquétipos (Walter Boechat - veja mais sobre o filme).Trata-se de um padrão de personalidade caracterizado por uma pessoa narcisista, enamorada , inescrupulosa, amada e odiada e que faz tudo valer para a conquista de uma mulher. O donjuanismo representa um protótipo particular de comportamento humano, classificação esta estribada particularmente em valores culturais e morais. Não existe essa denominação no CID.10 ou DSM.IV, mas isso não significa, absolutamente, que pessoas assim deixam de existir. Independente das interpretações psicanalíticas sobre o filme Dom Juan de Marco, interessa aqui apenas caracterizar um tipo de conduta atual; a inclinação que as pessoas têm para liberdade sexual explícita. A característica principal do que se pode chamar hoje de donjuanismo, seria uma forte compulsão para sedução, entretanto essa ocorrência não é isolada nem única na personalidade da pessoa, mas reflete sim uma estrutura social e comportamental especial. Descreve-se o donjuanismo como uma personalidade que necessita seduzir o tempo todo, que aparentemente se enamora da pessoa difícil mas, uma vez conquistada, a abandona. As pessoas com esse traço não conseguem ficar apegados a uma pessoa determinada, partindo logo em busca de novas conquistas. As pessoas com essas características são os anarquistas do amor (Sapetti), tornando válidos quaisquer meios para conquistar, entretanto, os entimentos da outra pessoa não são levados em conta. Aliás, Foucault enfatiza essa questão ao dizer que Don Juan arrebenta com as duas grandes regras da civilização ocidental, a lei da aliança e a lei do desejo fiel. Em psiquiatria clínica, entretanto, a despeito do aspecto contestador que Foucault quer ver nessa atitude, o desprezo para com o sentimento alheio pode ser critérios para o diagnóstico de Sociopatia ou Personalidade Anti-Social. Para o donjuan só interessa o instante do prazer e o triunfo sobre sua conquista, principalmente quando a presa de seu interesse tem uma situação civil proibida (casada, freira, irmã ou filha de amigo, etc). Normalmente essas pessoas ignoram a decência e a virtude moral mas seu papel social tenta mostrar o contrário; são eminentemente sedutores. Sobre essa característica o escritor Carlos Fuentes, alega ao seu Don Juan a frase: "Porque nenhuma mulher me interessa se não tiver um amante, marido, confessor ou Deus, ao qual pertença ...". O aspecto de desafio mobiliza o donjuan, fazendo com que a conquista amorosa tenha ares de esporte e competição, muitas vezes convidando amigos para apostas sobre sua competência em conquistar essa ou aquela mulher. Não é raros que esses conquistadores tragam listas e relações das mulheres conquistadas, tal como um troféu de caça.

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Por outro lado, segundo Kaplan, deve haver significativos sentimentos homossexuais latentes desses indivíduos. Esse autor considera que, levando para a cama a mulher de outro, o donjuan estaria inconscientemente se relacionando com o marido, motivo maior de seu prazer. Tanto que é maior o prazer quanto mais expressivo é o marido ou namorado traído. O narcisismo (traço feminóide) dessas pessoas é uma das características mais marcantes, ao ponto delas amarem muito mais a si mesmas que a qualquer outra pessoa conquistada. Outros autores acham o donjuanismo um excesso do complexo de Édipo, ou fixação na mãe, já que muitos deles não constituem família com nenhuma de suas conquistas e acabam vivendo para sempre com suas mães. Nos casos mais sérios a inclinação à sedução pode adquirir caráter de verdadeira compulsão, tal como acontece no jogo patológico. De certa forma, a conquista compulsiva do Donjuan serve-lhe para melhorar sua sensação de segurança e auto-estima, entretanto, uma vez possuído o que desejava, já não o deseja mais. Em alguns casos o Donjuan começa a se desestimular com a conquista, quando percebe que a mulher conquistada já está apaixonada por ele, ou ainda, pode nem haver necessidade do ato sexual a partir do momento em que ele percebe que a mulher aceita e deseja o sexo com ele. Por outro lado, se a mulher é indiferente ou não cede à sua sedução, o Donjuan se torna mais obstinado ainda. Não será totalmente lícito dizer, como dizem alguns, que o Donjuan se diverte com o sofrimento alheio. Na realidade parece mais que seja insensível ao sentimento alheio do que tenha prazer com ele. De fato, parece que eles não experimentam com o amor o mesmo tipo de sentimento que as demais pessoas. O amor neles é um sentimento fugaz, passageiro e que, continuadamente, tem o objeto alvo renovado. Se algum déficit pode ser apurado na personalidade do Donjuan, este se dá no controle da vontade. Apesar dessa compulsão à sedução, isso não significa que a pessoa portadora de donjuanismo seja, obrigatoriamente, mais viril ou mais ativo sexualmente. A contínua sedução do donjuan nem sempre se dá às custas de um eventual desempenho sexual excepcional mas sim, devido à habilidade em oferecer sempre às mulheres tudo aquilo que elas mais estão querendo. Nesse sentido, todos eles são sempre muito inconstantes, desempenham papeis sociais sempre teatrais e exclusivamente dirigidos à satisfação de suas conquistas, por isso fazem sempre o tipo "príncipe encantado", tão cultuado pelo público feminino. Eles têm habilidade em perceber rapidamente os gostos e franquezas de suas vítimas e, são igualmente rápidos em atender as mais diversas expectativas. Há quem considere como uma das características fundamentais da personalidade do donjuan uma acentuada imaturidade afetiva. O aspecto volúvel e responsável pela constante troca de relacionamento pode ser indício dessa imaturidade afetiva e indica, sobretudo, uma completa carência de responsabilidade ou medo de assumir os compromissos normais das pessoas maduras (casamento, família, filhos, etc.). "Ficar com..." "Ficar com...", "sair com...", "namorix", são termos atualmente usados para designar a atitude de se relacionar sexualmente (com penetração sexual ou não), fortuitamente, fugazmente e sem nenhum compromisso de continuidade. Este relacionamento é fortuito porque não implica, obrigatoriamente, em nenhuma combinação ou contrato prévio, é fugaz devido à provisoriedade da união. Não há compromisso de continuidade porque, ao menor sinal de interesse de um dos envolvidos no sentido de continuar, a relação se desfaz e é evitada (diz-se que fulano(a) não é legal porque pega no pé). Nessa nova modalidade de relacionamento não há envolvimento amoroso, não há cobrança de compromisso e os objetivos se concretizam e se esgotam no orgasmo ou na despedida, normalmente com satisfação bilateral. A mulher começou a expandir significativamente sua sexualidade depois da

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disseminação do uso da pílula anticoncepcional, nas décadas de 60-70, e a inconseqüência sexual que antes era monopólio dos homens, também passou a ser experimentada por ela. Descobriu-se que o prazer podia ser bilateral e, a partir daí, deixou-se de falar que fulano se aproveitou de fulana; ambos se aproveitam. A atitude de "Ficar com..." é diferente daquilo que se entende por donjuanismo porque não implica numa verdadeira conquista. "Ficar com..." é uma afinidade recíproca, e um não conquista o outro porque ambos estão, decididamente, com o mesmo objetivo em mente. Se no donjuanismo a insensibilidade e menosprezo para com o sentimento alheio são a marca do diagnóstico, "ficar com..." implica, em essência e caracteristicamente, na ausência de sentimentos mais profundos de ambas as partes. Assim sendo, não havendo sentimentos profundos, não há o que menosprezar. Conseqüentemente e decididamente, entre a população adepta do "ficar com..." não há espaço para o Donjuan. Nesse meio ele não encontra sua presa, já que as mulheres não preenchem os requisitos de candidatas. Aqui as mulheres, como se diz, estão a fim, não costumam ser comprometidas, não são conquistadas, uma vez que o conluio é também o objetivo delas, portanto, a compulsão do Don Juan se desfaz ante a ausência do desafio. Donjuanismo Feminino Mas, mesmo com a moda do "ficar com..." e com a maior liberalidade feminina o donjuanismo não desapareceu. Antes disso, atualmente já pode ser possível observá-lo entre as mulheres. Embora num campo da ação muito mais restrito, o donjuanismo continua fazendo suas vítimas sentimentais; agora, femininas e masculinas. Não há designação satisfatória para descrever a mulher que preenche os requisitos do donjuanismo, mas elas existem indubitavelmente. São também pessoas movidas pela compulsão da conquista do outro, pela inclinação ao relacionamento impossível, seja com homens mais velhos ou muito mais novos, casados, padres, enamorados de outras mulheres, enfim, pessoas que oferecem alguma condição de desafio. No donjuanismo feminino, tanto quanto no masculino, não há necessidade invariável de concluir a conquista através do ato sexual. Basta a mulher perceber que o objeto da conquista está, digamos, aos seus pés, que a motivação para continuar o relacionamento se desvanece. Representação Cultural do Donjuanismo Evidentemente o mito de Don Juan pode epresentar um ideal masculino e, em alguns segmentos culturais, também um ideal feminino. A conquista como reforço da auto-estima pode, durante alguns momentos da vida ou em certas circunstâncias afetivas, ser eficiente. Entretanto, sendo a personalidade mais bem estruturada, a atitude conquistadora acaba mais cedo u mais tarde. Outra característica que diferencia as conquistas circunstanciais, apesar de múltiplas, do donjuanismo, é a ausência de consideração para com os sentimentos alheios que sempre está presente neste último. Nas conquistas múltiplas e circunstanciais a pessoa tem boa noção e crítica sobre os eventuais transtornos sentimentais causados nas pessoas conquistadas e, em seguida, abandonadas. Evidentemente a existência da atitude de Don Juan só existe em decorrência da existência da vítima, ou seja, o Don Juan só tem sucesso passando-se por príncipe, encantado enquanto houver mocinhas em busca de príncipes encantados.

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O Don Juan nunca é uma pessoa absolutamente normal, trabalhadora e submetida às angústias do cotidiano como qualquer um, nunca é uma pessoa que sofre as limitações costumeiras da falta de dinheiro, do tédio da monotonia da vida e coisas assim. Normalmente o papel do Don Juan é excêntrico e exótico, ele é de fato o que sonham as mocinhas incautas. Psicopatologia: - Seria o donjuanismo uma doença? - Seria uma doença, merecedora de tratamento ? Considerando o critério estatístico, aquele que constata a normalidade ou não-normalidade tomando como base a ocorrência estatística do fenômeno, podemos dizer que o donjuanismo não é normal (maioria dos homens não são assim). Mas, a maioria dos homens não é assim? Não conquistam? Não se arriscam a novos relacionamentos? Na realidade, a diferença está no fato de que a expressiva maioria dos homens não é destituída de consideração para com o sentimento dos outros, mais especificamente, podemos dizer que a maioria os homens se mobiliza com o sentimento das mulheres. Mas, em psiquiatria ou na medicina geral, ser não-normal não significa, obrigatoriamente, ser doente. Para ser objeto de atenção médica é necessário que essa não-normalidade implique num aspecto de morbidez, ou seja, implica na necessidade de sofrimento da pessoa ou de terceiros. Então, o donjuanismo poderá ser objeto de atenção médica na medida em que produz sofrimento. Dentre os quadros classificados no DSM.IV e na CID.10, alguns critérios encontrados no Donjuan podem também ser encontrados no Transtorno Dissocial da Personalidade, da CID.10, ou em seu correspondente no DSM.IV, Transtorno Anti-social da Personalidade. Entre os critérios do DSM.IV para o Transtorno Anti-social da Personalidade temos os seguintes: Critérios para 301.7 - Transtorno da Personalidade Anti-Social A. Um padrão invasivo de desrespeito e violação dos direitos dos outros, que ocorre desde os 15 anos, como indicado por pelo menos três dos seguintes critérios: (1) fracasso em conformar-se às normas sociais com relação a comportamentos legais,

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indicado pela execução repetida de atos que constituem motivo de detenção (2) propensão para enganar, indicada por mentir repetidamente, usar nomes falsos ou ludibriar os outros para obter vantagens pessoais ou prazer (3) impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro (4) irritabilidade e agressividade, indicadas por repetidas lutas corporais ou agressões físicas (5) desrespeito irresponsável pela segurança própria ou alheia (6) irresponsabilidade consistente, indicada por um repetido fracasso em manter um comportamento laboral consistente ou honrar obrigações financeiras (7) ausência de remorso, indicada por indiferença ou racionalização por ter ferido, maltratado ou roubado outra pessoa. B. O indivíduo tem no mínimo 18 anos de idade. C. Existem evidências de Transtorno da Conduta com início antes dos 15 anos de idade. Entre esses critérios do Transtorno Anti-social da Personalidade, o Donjuan puro e sem outra patologia poderia cumprir os itens 1, 2, 3 e 7. Não mais que isso e, talvez isso não seja suficiente para alocar essas pessoas nessa classificação. Normalmente elas trabalham, não costumam ser irritáveis e agressivas, não desrespeitam a segurança própria, etc. Entretanto, sob o código 302.9 do DSM.IV há o chamado Transtorno Sexual Sem Outra Especificação. Diz lá, que esta categoria é incluída para a codificação de uma perturbação sexual que não satisfaça os critérios para qualquer transtorno sexual específico, nem seja uma Disfunção Sexual ou uma Parafilia. Cita como exemplos o seguinte: 1. Acentuados sentimentos de inadequação envolvendo o desempenho sexual ou outros traços relacionados a padrões auto-impostos de masculinidade ou feminilidade. 2. Sofrimento acerca de um padrão de relacionamentos sexuais repetidos, envolvendo uma sucessão de amantes sentidos pelo indivíduo como coisas a serem usadas. 3. Sofrimento persistente e acentuado quanto à orientação sexual. Nosso Don Juan poderia ser incluído no item 2 desse diagnóstico mas, mesmo assim, fica meio vago e pouco preciso pois, em nosso caso, o sofrimento seria mais por conta das vítimas do Don Juan que dele próprio e isso não está claro na descrição do DSM.IV. Conclusões A impressão (falsa) que se tem sobre o donjuan é que, assim como é bem sucedido nas conquistas amorosas, também deve sê-lo em relação aos demais aspectos de sua vida. Entretanto, apesar dessas pessoas dominarem muito bem a arte da conquista do sexo oposto, elas não costumam ter a mesma habilidade em outras áreas da atividade humana; ocupacional, empresarial, estudantil ou mesmo familiar. A trajetória de sua vida nem sempre resulta num final satisfatório. Normalmente as pessoas com esse perfil de personalidade acabam por não se fixarem com nenhuma companhia mais seriamente, não constituem família e acabam se aborrecendo quando constatam que não têm mais facilidade para conquistar mocinhas de 20 anos quando já estão na casa dos 60. Além disso, muitas vezes acabam ridicularizados por essas tentativas totalmente fora do contexto. Além disso, eles podem atravessar períodos de grande angústia na maturidade quando se dão conta de que todos seus amigos estão casados têm família e eles já não podem desfrutar de tantas companhias femininas como outrora. Tendo-se em mente a natureza constitucional do donjuanismo, ou seja, considerando ser este um defeito do caráter, o tratamento mais eficiente deve ser pleiteado para as intercorrências emocionais que acometem o paciente por conta da situação vivencial em que se

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encontra e não, diretamente dirigido à essa característica da personalidade.

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MARKETING PESSOAL (Blog Mulher de classe)

.....Marketing Pessoal hoje, é a ferramenta mais eficiente de fazer com que seus pensamentos e atitudes, sua apresentação e comunicação, trabalhem a ser favor no ambiente profissional. Além desses detalhes o cuidado com a ética e a capacidade de liderar, a habilidade de se auto-motivar e de motivar as pessoas a sua volta, também fazem parte do Marketing Pessoal. .....As empresas de hoje analisam muito mais do que sua experiência profissional. A preocupação com o capital intelectual e a ética, são fundamentais na definição do perfil daqueles que serão parceiros/colaboradores. .....Alguns detalhes merecem atenção especial:

• Estar sempre pronto e capacitado para enfrentar mudanças; • Ter consciência da importância da atitude para a concretização de objetivos; • Saber focar os problemas e controlar a preocupação e os sentimentos de

frustração e angústia; • Entender e acreditar a própria capacidade de realização e de superação de

obstáculos; • Manter-se motivado;

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• Usar uma forma gentil e atenciosa de tratar as pessoas, de forma que ela trabalhe como seu diferencial;

• Seja absolutamente pontual; • Preocupe-se com a objetividade e a honestidade para que você não seja traído

com detalhes de menor importância; • Observe com cuidado a roupa que vai usar, adequando-a cuidadosamente à

situação e ambiente; ela pode abrir ou fechar portas; • Preocupe-se com o seu linguajar, seu gestual e com o tom da sua voz. Evite

gírias ou expressões chulas, controle suas mãos e braços, fale baixo e devagar; • Controle suas emoções mas não as anule, elas são muito importantes para

mostrar o seu envolvimento ou comprometimento com o tema que está sendo tratado;

• Cuidado com o uso do celular; • Não fale demais nem de menos.

Trabalhe sua imagem

(Professor José A. Rosa) .....Muita gente competente passa uma imagem contrária e essa aparência negativa acaba por limitar suas oportunidades. É preciso ter cuidado para com a imagem e

buscar eliminar dela qualquer item que possa trazer impacto desfavorável. A imagem é formada principalmente por:

.....a) aparência; .....b) comportamentos;

.....c) comunicações; .....d) resultados apresentados;

.....e) outros aspectos. .....O ideal é fazer uma análise tipo "pente-fino" da própria imagem, levando em conta

cada um desses tópicos. .....Vários desses pontos podem comunicar a idéia de incompetência,

irresponsabilidade, falta de comprometimento com as metas da empresa, desatenção, ou simplesmente distorcem a maneira como você é visto por outras pessoas. Vejamos

cada quesito individualmente:

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Aparência

.....Uma roupa espalhafatosa, ou mesmo casual demais, pode comunicar a idéia de que o sujeito é desleixado, desorganizado, inconseqüente ou rebelde. Mas vale pecar

pelo excesso de sobriedade do que pela falta dela. .....Um acessório inadequado pode transmitir a idéia que o sujeito está na profissão errada (por exemplo, imagine um executivo uma pasta de esportista) ou que seu

emprego não é sua maior prioridade (bonés de time de futebol etc.). .....Excentricidades em geral: um bigode ou cabelo mirabolante pode dar a idéia de que o indivíduo perde tempo demais cuidado da aparência e preocupando-se com

picuinhas.

Comportamentos .....Atraso crônico no término de trabalhos, reuniões, cumprimento de compromissos pode ter uma boa justificativa, mas, transmite forte idéia de descaso ou incapacidade

de cumprir prazos. .....Manter mesa atolada, ambiente desorganizado transmitem idéia de falta de

controle. Da mesma forma, excesso de objetos pessoais podem atrapalhar na hora de construir uma imagem de comprometimento.

.....Resista à tentação de expor seus problemas pessoais no trabalho, além de dar margem a fofocas, você tira o foco das pessoas dos resultados que obteve.

Comunicações

.....Excessiva comunicação social, envio de e-mails não-profissionais dá a impressão de que o indivíduo não é firme no trabalho ou está com tempo de sobra.

.....Confusão em comunicar transmite idéia de amadorismo ou desconhecimento do assunto discutido.

.....Dificuldade de diálogo ou hesitação na hora de relacionar-se com os colegas demonstra falta de espírito de liderança e limita suas opções de crescimento.

Resultados apresentados

.....O relatório contém erros - e lá se vai a imagem de valor que ele deveria ter e com ela a credibilidade dos dados contidos.

.....Explicações muito longas na hora de apresentar indicam que a proposta não se sustenta sozinha. Seja objetivo e incisivo, explicando apenas quando for necessário.

.....A apresentação está rebuscada e enfeitada na proposta – e os outros ficam pensando que houve desvio de atenção e perda de tempo.

Outros aspectos

.....As companhias escolhidas pelo indivíduo afetam negativamente sua imagem, eventualmente. Lembre-se de que ao trabalhar em uma empresa você está

associando-se aos sucessos e fracassos da mesma. .....Esteja sempre informado de tudo o que puder sobre sua empresa. Dessa forma você nunca é pego de surpresa e comprova estar sempre alinhado aos objetivos da

mesma. .....Saber trabalhar sua imagem é uma competência em si, e deve ser desenvolvida para fazer seu trabalho aparecer. Então preste atenção em como você está sendo visto em seu emprego e assuma controle de sua imagem.

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O Sono É Importante (Dr. Fausto Ito)

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Dormir bem é essencial não apenas para ficar acordado no dia seguinte, mas para manter-se saudável, melhorar a qualidade de vida e aumentar a longevidade. Durante o sono ocorrem processos metabólicos, que se forem alterados, podem afetar o equilíbrio de todo organismo. Quem dorme menos que o necessário tem menos vigor físico, envelhece precocemente e está mais propenso às infecções, à obesidade, à hipertensão e ao diabetes. O fato de ficar sem dormir afeta a coordenação motora, a capacidade de raciocínio, prejudica a memória e o organismo deixa de cumprir uma série de tarefas importantissímas. A Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, realizou um estudo que avaliou um grupo de pessoas que ficaram sem dormir durante 19 horas, e em seguida foram submetidas a testes de atenção. O resultado demonstrou que essas pessoas cometeram mais erros do que indivíduos que ingeriram uma quantidade de alcool (0,8 g no sangue) que correspondente a 3 doses de uísque. Dormir bem não é uma questão de escolha, porque durante o sono pode ocorrer alterações como o ronco, a apnéia (falta de ar), bruxismo, insônia, entre outros que afetam o metabolismo e prejudica a qualidade de vida das pessoas. Abaixo segue algumas dicas para melhorar o sono:

• Estabelecer horários regulares para deitar e levantar. Caso haja necessidade de utilizar o despertador, dê preferência para o mesmo horário sempre e vire-o de costas para não controlar o passar das horas, pois traz ansiedade e o sono foge;

• Evitar o consumo de bebidas alcoólicas; • Evite bebidas que contenham cafeína (café, refrigerantes, chá preto, chimarrão,

achocolatados) pois estimulam o sistema nervoso central; • Evite fumar, a nicotina também tem efeito estimulante; • Os exercícios físicos devem ser evitados próximo ao horário de dormir, porém

mantidos regularmente todos os dias; • Planejar tarefas para o dia seguinte antes de dormir traz ansiedade e

preocupação. Organize tudo com calma até 3 horas antes de ir para cama; • Faça refeições leves antes de se deitar. Dê preferência a saladas, legumes e

frutas; • Deixe o quarto bem escuro para favorecer o sono repousante. Evite lugares

barulhentos e se possível regule a temperatura; • Evite remédios para dormir sem ter prescrição médica; • Vá para a cama com sono e saia dela se estiver sem sono; • Evite dormir com fome ou sede; • Use a cama apenas para dormir e fazer sexo e elimine atividades incompatíveis

com o sono, por exemplo: TV, notebook, telefone, lanches.

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• Por que o sono é importante? • (Blog Big Bang)

o O sono dá uma chance ao corpo de reparar os músculos e tecidos, substituindo células mortas por exemplo;

o O sono dá ao cérebro a chance de organizar e arquivar memórias. Estudos apontam que os sonhos são parte deste processo;

o Dormir diminui nosso consumo de energia, evitando que tenhamos que fazer 4 ou 5 refeições diárias;

Como uma breve introdução ao assunto dos sonhos, ressaltamos que é o momento em que o cérebro apresenta uma atividade elétrica aleatória. Isso significa que a parte frontal do cérebro tenta desesperadamente entender o que os sinais enviados sem qualquer padrão, formando então os sonhos. Isto não significa que eles não possuem significados, pois o que sonhamos é o meio em que nosso cérebro analisa as coisas é pode nos contar coisas sobre nós mesmos. Por que quando mais eu durmo mais eu tenho sono? Agora que tratamos dos fundamentos do sono, vamos às duas perguntas que geraram este post, lembrando que as respostas não são verdades universais e que existem estudos contínuos à esse respeito em diversos laboratórios. O fato é que é possível termos sono demais. Manter o corpo no estado de sonolência por muitas horas além do necessário engana nosso corpo e o faz

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quere continuar nesse estado, nos tornando sonolentos ao invés de alertas. Problemas durante a noite (mais comum nos dias de hoje do que imaginamos) podem atrapalhar o tempo em que dormimos, e quando pensamos que dormimos o tempo necessário não tivemos na verdade o tempo necessário para os reparos que deveriam ter sido feitos naquele período. Ronco, a qualidade do ar que respiramos, o ambiente ao redor, o barulho, o nível de agitação da pessoa antes de dormir, cafeína, álcool e muitas outras coisas podem afetar nosso sono. As dicas para uma boa noite de sono:

o Faça exercícios regularmente, isso cansa e relaxa nosso corpo; o Não consuma cafeína após as 4 hora da tarde, ou qualquer outro

estimulante. (para saber mais sobre os efeitos da cafeína, veja aqui); o Evite o álcool antes de dormir, ele atrapalha o padrão normal do cérebro

durante o sono; o Mantenha um padrão regular de hora de dormir e de acordar, mesmo

nos finais de semana.

E como eu sei quantas horas de sono eu preciso para me sentir bem? Por mais que gostaríamos que a resposta fosse uma fórmula matemática, as coisas não são tão simples. Cada pessoa possui seu ritmo, sua resistência e suas deficiências próprias, o cálculo correto é, no final das contas, experimental. O melhor meio de saber como seu corpo reage é fazer experimentos, testar diferentes horários e ver como seu corpo e seu humor se comportam no dia seguinte. Existem as pesquisas gerais que podem nos ajudar. A maioria dos adultos precisam de 7 a 9 horas de sono por noite, mas isso é uma média e é, portanto, subjetiva. A quantidade de sono necessária diminui conforme ficamos mais velhos: um recém nascido precisa de cerca de 20 hora de sono por dia, mas aos 10 anos o tempo já caiu para 10 horas. Infelizmente, a resposta para essa pergunta é mesmo depende, cada pessoa possui seu ritmo.

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Dicas para Fazer uma Alimentação Saudável (Dr. Josefina Bressan)

Melhore seus hábitos alimentares adotando estas dicas no seu dia-a-dia e mantenha uma vida saudável e boa qualidade de vida.

• Coma quatro ou cinco vezes por dia: Fazendo quatro ou cinco refeições leves e equilibradas você leva o organismo a utilizar mais facilmente o seu combustível de reserva, que são as gorduras, além de conseguir controlar melhor seu apetite e vontade de beliscar alimentos desnecessários.

• Coma a intervalos regulares: O ideal é fazer uma refeição a cada três horas. Se isso não for possível, estabeleça intervalos de no máximo 4 horas entre as refeições. Uma vez fixados esses horários, há uma tolerância de meia hora, contanto que sejam obedecidos os intervalos mínimo e máximo. Fazendo o número previsto de refeições, a intervalos regulares, você evitará a hipoglicemia (queda no nível de açúcar no sangue) e reduzirá a chance de ter uma fome sem controle dos alimentos a serem ingeridos.

• Coma sempre nos mesmos horários: Programe os horários das refeições de modo que possa cumpri-los e faça todo o possível para cumpri-los de fato. Alimentando-se sistematicamente nos mesmos horários, seu organismo se acostumará ao novo ritmo e ficará condicionado a esperar a comida somente nestes horários. Se você acordar mais tarde, perdendo a hora do café da manhã, faça essa refeição na hora do lanche e mantenha as outras refeições conforme o programado.

• Coma devagar e preste atenção ao que come: Observe primeiro o que irá comer. Mastigue bem, e lentamente, para sentir a textura e o sabor de cada alimento, experimentando o prazer de saborear o que come. Ao se alimentar dessa forma, seu cérebro receberá maior número de informações, que contribuirão para acionar o centro da saciedade, levando sua fome a ser satisfeita com menores quantidades de alimento. Separe o ato de comer das

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outras atividades, como ler, assistir televisão, pois estas atividades interferem recepção destas informações.

• Respeite a quantidade e a qualidade dos alimentos permitidos: Como dito anteriormente, os alimentos devem ser ingeridos em quantidade e qualidade adequadas para suprir todas as necessidades nutricionais sem excesso de calorias. Cada indivíduo precisa de um plano alimentar específico. -Evite a monotonia: Um erro comum e desastroso é repetir sempre os mesmos alimentos, pois a monotonia na alimentação faz com que o plano alimentar seja abandonado. Varie bastante dentre os alimentos de cada grupo. Invente novos pratos. Capriche na arrumação da mesa. Torne o momento da refeição um prazer.

• Beba bastante líquido: beba bastante água filtrada, mineral (sem gás) e sucos naturais (sem açúcar) para hidratar-se. Evite o consumo de café, refrigerantes e sucos industrializados.

• Não adote dietas radicais: Você não vai agüentar por muito tempo e voltará rapidamente para antigos e maus hábitos alimentares. Além disso, a grande perda de peso em curto período de tempo é prejudicial ao metabolismo do organismo, pois a grande perda de massa magra, com conseqüente redução do gasto energético total, o que leva possivelmente ao aumento de massa gordurosa após a dieta restritiva.

• Evite ter na despensa alimentos calóricos e pobres em nutrientes saudáveis: Assim você se protege do risco de um ataque surpresa na hora de fome.

• Deixe sempre na gaveta do escritório barra de cereais, bolacha integral (ingira, no máximo, 3 unidades), ou se possível, uma fruta ou iogurte natural: deste modo, quando a fome bater, terá algo saudável para comer.

• Se tiver vontade de comer um doce, coma-o. Mas lembre-se: somente um pedaço ou unidade. Isso é melhor do que devorar uma caixa de bombom no final do dia.

• Evite o uso de óleos e temperos industrializados para temperar as saladas: se quiser pode usar um fio de azeite, mas abuse mesmo dos temperos aromáticos como orégano, manjericão, cheiro verde, louro, pois deixarão a salada mais saborosa. Use também vinagre ou suco de limão (melhor que o vinagre, pois é rico em vitamina C).

• As preparações com molhos branco, quatro queijos, bolonhesa, ou ainda, com mussarela e presunto devem ser evitados, pois são muito calóricos. Dê preferência ao molho “ao sugo” e use os temperos aromáticos para deixar os pratos mais saborosos.

• Bebidas energéticas devem ser evitadas. Mesmo os indivíduos que praticam atividade física regular não possuem necessidades energéticas ou de minerais para ingestão destes produtos. A água ainda é o melhor hidratante.

• Utilize adoçante nos sucos e no cafezinho, ao invés de açúcar. • Dê preferência às carnes magras e sem gordura visível: pois possuem

menos gordura e menos calóricas como peixe, frango (partes magras e sem pele), peru, patinho, contra-filé. O modo de prepará-las também é importante: cozidas, grelhadas ou assadas.

• Evite enlatados, temperos industrializados, apresuntados e defumados: eles são ricos em sódio e perigosos para pessoas com predisposição a pressão alta.

• Queijos amarelos (mussarela, provolone, prato, parmesão) devem ser evitados: são muitos mais gordurosos que os queijos brancos (minas, frescal, ricota e cottage).

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• Bebidas alcoólicas são calóricas: Consuma esporadicamente e em pequena quantidade (deixe para o fim de semana). Além disso, evite os petiscos como amendoim, batata frita, castanha de caju, carne seca ou salgadinhos que acompanham as bebidas alcoólicas, pois são calóricos e com alto teor de gordura saturada.

• Em restaurantes por quilo: Passe primeiro por todas as opções antes de escolher os alimentos. Isso evitará exageros. Escolha opções de hortaliças, legumes cozidos (sem maionese ou molhos), carne magras, massas sem molhos brancos e com mussarela e presunto ou arroz branco (ou sortido com legumes) e para sobremesa, prefira as frutas.

• Em épocas de calor, evite sorvetes de massa: Opte pelo picolé de fruta. • Compras no supermercado: não vá com fome: Isso evitará pegar balas,

chocolates e salgadinhos. Não compre alimentos que devem ser evitados. Sempre olhe a informação nutricional presente dos rótulos dos alimentos: calorias, quantidades de carboidratos, gorduras, fibras, sódio.

• Cuidado com os produtos light e diet: apesar de apresentarem redução de algum nutriente, nem sempre, esta restrição é em calorias ou gorduras.

• Movimente-se: Você não precisa ir à academia! Caminhar 3 vezes por semana pelo bairro, por 40 minutos cada sessão, irá ajudá-lo a ter mais saúde!

• Substituições mais saudáveis: Experimente o requeijão light, cream cheese light (mesmo estes devem ser usados com moderação), queijo tipo cottage, pois além do valor calórico reduzido, oferecem mais nutrientes como cálcio e proteínas.

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• Alimentação saudável • (Dra.Roberta Stella)

Festas, festas e mais festas. Essa foi a rotina das últimas semanas, não é mesmo? Confraternizações regadas a muita, mas muita comida. Se depois de tanta alegria, o que restou agora te deixa preocupado, principalmente em relação ao peso (ou ao excesso dele), nada mais oportuno do que voltar ao equilíbrio. Se não sabe por onde começar, se pretende ir para o "tudo ou nada", espere um pouco! Será que vale a pena? O nosso corpo, quando entra em uma alta restrição alimentar, não entende o que está acontecendo. Isso significa que ele não sabe se a deficiência energética é porque desejamos um corpo mais bonito ou para ficarmos mais saudáveis. Sua meta é perder peso? Nós ajudamos você na luta contra a balança.

• Imagine-se no deserto, onde há pouca comida, pouca água. O que acontecerá quando encontrar alimento e bebida? Nada mais natural do que comermos mais para nos prepararmos para a próxima restrição. Pois bem, é isso que o nosso organismo faz. Se você alterna momentos de alta restrição com abundância de alimentos e, conseqüentemente de calorias, o corpo estocará o pouco que ele receberá para se preparar para a próxima deficiência, dificultando o emagrecimento. O que isso significa? Que altas restrições alimentares não são boas para você. Isso não irá ajudá-lo a eliminar peso com saúde e muito menos o ajudará no período de manutenção. Então, esqueça o "tudo ou nada" e siga as próximas 60 dicas para que possa se livrar do excesso das festas e se preparar para cumprir a promessa de ter saúde. Afinal, saúde está diretamente relacionada com a alimentação adequada. Você duvida disso? 1. Evite dietas milagrosas em que há uma grande eliminação de peso em um curto período de tempo. 2. Não faça uma alimentação baseada em somente um tipo de alimento ou nutriente. 3. Mesmo tendo exagerado nos dias anteriores, faça, pelo menos, 5 refeições por dia. 4. Pequenos lanches entre as refeições principais irão evitar a vontade de devorar o primeiro prato que encontrar pela frente. 5. Não belisque entre as refeições. 6. Esqueça dos snaks (salgadinhos) e da bolacha recheada. 7. Deixe na gaveta do escritório barrinha de cereais, bolacha integral (ingira, no máximo, 3 unidades). 8. Frutas e iogurtes light são excelentes lanches. 9. Se tiver vontade de comer um doce, coma-o. Mas lembre-se: somente um pedaço ou unidade. Isso é melhor do que devorar uma caixa de bombom no final do dia.

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10. Comece sempre as refeições por um caprichado prato de saladas. 11. Evite o uso de óleos para temperar as saladas. Use vinagre ou suco de limão. 12. Macarrão é permitido, mas cuidado com o molho. 13. Molho branco, quatro queijos, bolonhesa são muito mais calóricos quando comparados com o ao sugo. Portanto... 14. Não repita a refeição. 15. Evite beber refrigerantes, mesmo os light ou diet. 16. Evite água gaseificada. Bebidas com gás dilatam o estômago dando uma falsa sensação de saciedade. 17. Bebidas energéticas tipo Gatorade devem ser evitadas. São calóricas e, para não atletas, a água ainda é o melhor hidratante. 18. Prefira sucos naturais. 19. Utilize adoçantes nos sucos e no cafezinho. 20. Beba, no máximo, 4 xícaras pequenas de café por dia. 21. Ingira bastante água durante o dia. No mínimo, 1,5 litro ou 8 copos. 22. Leve sempre uma barrinha de cereais na bolsa. Quando a vontade de comer alguma coisa aparecer, você já tem algo em mãos. 23. Ingira todos os dias legumes. 24. Coma diariamente 2 frutas. 25. Prefira ameixa, melancia, melão, morango que são menos calóricas. 26. Cuidado com as frutas secas. Por serem desidratadas é fácil ingerir mais calorias do que as naturais. 27. Ingira carnes menos calóricas como peixe, frango (peito), peru, patinho, contra-filé. 28. Cuidado com o salmão. Ele apresenta mais calorias do que outros peixes. 29. Retire a pele das aves. Ela contém basicamente gordura. 30. Evite atum e sardinha conservados em óleo. Já existe a versão light. 31. Miúdos e vísceras são ricos em gorduras saturadas. Então, minimize o consumo desses alimentos.

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32. Retire a gordura visível das carnes, como por exemplo, a da picanha. 33. Evite alimentos fritos. Dê preferência ao grelhados ou cozidos. 34. Embutidos (mortadela, presunto, salame) devem ser evitados. 35. Enlatados são ricos em sódio, por isso, prefira os alimentos naturais. 36. Manteiga, creme de leite, chantilly, massa podre são ricos em calorias e colesterol. Evite-os. 37. Queijos amarelos (mussarela, provolone, prato, parmesão) devem ser evitados. 38. Dê preferência aos queijos brancos como o de minas, frescal, ricota e cottage. 39. Evite as preparações gratinadas. 40. Dê preferência aos alimentos desnatados como leite e iogurtes. 41. Se não tem boa aceitação ao leite desnatado, fique com o semi-desnatado. 42. Evite chocolates, inclusive o diet. 43. Ingira alimentos ricos em fibras como legumes, verduras e frutas. 44. Consuma maçã, pêra, uva com a casca. 45. Pizza prefira as menos calóricas como de escarola, rúcula, mussarela. Mas fique somente na primeira fatia. 46. Tomate seco, por ser conservado em óleo, deve ser evitado. 47. Bebidas alcoólicas são calóricas. Consuma esporadicamente e em pequena quantidade. 48. Uma taça de vinho diariamente faz bem para a saúde. Mas nada adiantará se não tem o hábito da boa alimentação e é sedentário. 49. Em barzinhos evite os petiscos como amendoim, batata frita, castanha de caju, carne seca ou salgadinhos. 50. Evite os fast-food. Os alimentos servidos são normalmente ricos em gorduras. 51. Se não tiver saída, prefira uma unidade de cheeseburguer, refrigerante light e batata frita pequena. Dispense a sobremesa. 52. Em restaurantes por quilo, passe primeiro por todas as opções antes de escolher os alimentos. Isso evitará exageros. 53. Para a sobremesa, prefira frutas da época.

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54. Evite sorvetes de massa. Opte pelo picolé de fruta. 55. Em sorveteria por quilo, prefira os sorvetes de frutas. Passe reto nas coberturas e chantilly. 56. Nunca vá ao supermercado com fome. Vá sempre após uma refeição. Isso evitará pegar balas, chocolates e salgadinhos. 57. Não compre alimentos que devem ser evitados. 58. Compare os rótulos dos alimentos e verifique se os light e diet são menos calóricos. Nem sempre isso é verdade. 59. Nunca acumule a fome. Por isso deixe na geladeira legumes picados (cenoura, pepino, salsão) e gelatina diet. Eles não prejudicarão o seu emagrecimento. E, por fim, vale essa dica: 60. Movimente-se!! Você não precisa ir à academia! caminhar 3 vezes por semana pelo bairro, por 40 minutos cada sessão, irá ajudá-lo a ter mais saúde!

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KI ESSÊNCIA VITAL (BLOG SAINDO DA MATRIX)

É chamado Chi ou Qi. No Japão é chamado Ki. Podemos definir o Ki como Força Vital, ou Essência vital da pessoa, que também está presente em animais, plantas, e todos os seres vivos. Na filosofia chinesa, originalmente, Chi era aquilo que diferenciava as coisas com vida das coisas sem vida. Com o desenvolvimento dessa filosofia, o conceito de Chi foi ampliando, cada vez mais, sua gama de significados e aplicações. Por isso desenvolveu-se o trio Jing, Chi, Shen: Essência, substância, e energia e******ual. Assim, pode-se dizer que o corpo físico (Jing) contém o Chi (que poderia ser um campo elétrico ligando o físico ao e******ual) e que o Chi contém o espírito, que é sem forma e intangível. Note que o Chi é a ponte entre matéria e espírito, mais ou menos como o conceito de perispírito no E******ismo. Outro conceito é que o Chi seria o "material" básico do qual todas as coisas são feitas. As diferenças não seriam que algumas coisas tinham Chi e outras não, mas sim um princípio (Li; em japonês, Ri) que determinava como o Chi estava organizado e funcionava (similar à metafísica grega de forma/matéria). Podemos detalhar ainda mais o Chi em quatro tipos: 1º) Yuan Chi - Chi original, verdadeiro. É o mais importante para o corpo, pois é formado pelo Chi essencial, inato, produzido a partir dos alimentos pelo Estômago e pelo Baço/Pâncreas, e também pela inalação do ar límpido (ver Prana). É a força motriz para as atividades vitais do corpo. 2º) Zhong Chi - Chi principal. Constitui a força motora que promove a respiração do Pulmão e circulação do sangue e do coração. A voz e a respiração, a temperatura e a capacidade de movimento do corpo estão relacionadas com esse Chi, que se obtém principalmente do ar. 3º) Yong Chi - Chi da nutrição. Produzido a partir da água e dos alimentos, está distribuído nos vasos sanguíneos, realizando o papel de nutrição. 4º) Wei Chi - Chi defensivo ou protetor. Produzido principalmente pelo estômago e

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pelo baço/pâncreas, esse Chi é a parte mais forte convertida a partir de alimentos, e possui a característica de ser ágil e rápido nos movimentos. Ele está livre do controle da corrente sanguínea, circulando livremente por todo o corpo, até mesmo exteriormente pela pele. As funções de Wei Chi são defender a superfície corpórea contra fatores patogênicos exógenos, controlar o abrir e fechar dos poros cutâneos, regular a temperatura, umedecer e dar brilho à pele e aos pêlos. A insuficiência de Chi no estômago, baço e pâncreas pode levar o paciente a sentir frio e facilidade em apresentar secreção pulmonar. A origem etimológica do ideograma (Kanji) Ki (�) é o Chi tradicional chinês (�), que representa o arroz (�) emanando de si o vapor (�) enquanto cozinha. É interessante, porque a energia vital da pessoa pode ser vista por um sensitivo como a aura (em diferentes cores) que rodeia seu corpo, como aquela fumacinha que sai dos Cavaleiros do Zodíaco quando eles "queimam o Cosmo" (só não devemos confundir com o (de)efeito óptico que todos nós temos de ver um contorno difuso em torno das pessoas). Também é interessante notar que no dicionário há 31 significados associados ao ideograma, os mais comumente usados sendo ar, sopro, essência, espírito, coração, éter, atmosfera, temperamento, sabor, etc, enquanto "energia", tão comumente associado a Ki no ocidente, tem outro ideograma e nome: "Seiryoku". A atuação do Ki e seu efeito na atividade imunológica recentemente começou a ser estudado em laboratório, quando o Dr. Tsuyoshi Ohnishi, do Philadelphia Biomedical Research Institute, procurou obter evidências científicas objetivas da existência ou não do "efeitos Ki" inibindo o crescimento de células cancerígenas. Foram usadas células cultivadas de fígado humano com câncer, HepG2, separada em três grupos com a mesma contagem de células. Um especialista japonês em Ki emitiu sua energia através dos dedos sobre as vasilhas de um grupo por 5 minutos e 10 minutos em outro, deixando um grupo sem exposição alguma. Após 24 horas, foram feitas novas contagem de células e estudo de proteínas. Foi percebido que o número de células cancerígenas nos grupos expostos ao Ki era muito menor do que o do grupo não-exposto, na faixa de 30.3% e 40.6% (com 5 a 10 minutos de exposição ao Ki, rexpectivamente). E a quantidade de proteína por célula era muito maior nos grupos expostos ao Ki, na faixa de 38.8% e 62.9% (5 e 10 min, respectivamente). Como todos os grupos tinham o mesmo número de células no início do experimento, a diferença entre os dois se deu por conta do "Efeito Ki". Os resultados foram significantes estatisticamente. HARA

Hara (�) significa literalmente "barriga". É na região abdominal onde o Ki se acumula, mas o ponto central de onde esta energia flui para todo o corpo é conhecido por Tanden (em japonês) ou Tan t'ien (�� em chinês), que significa literalmente "área vermelha", um ponto 6cm (três dedos) atrás e abaixo do umbigo. É nesse ponto que os praticantes de Kempô/Karatê ou do Tai Chi Chuan se concentram quando fazem as

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suas técnicas. É fechando o períneo e contraindo o cócix que se fecha um circuito de energia (para não deixá-la escapar, nas meditações Taoístas) e assim unir os canais ímpares Jen Mu e Tu Mu, fazendo assim a órbita Microcósmica no interior do corpo. Sendo estes dois canais intensificados (energizados) os demais meridianos são também intensificados (os dois canais ímpares influem nos outros canais pares, na acupuntura). Com a prática dessa técnica de retenção do Ki, pode-se fazer uma brincadeira que é usada em demonstrações de artes marciais, quando uma pessoa normalmente magra é levantada facilmente por outra mais forte, mas quando essa mesma pessoa se concentra e direciona seu Ki para baixo, "enraíza" no chão e aparentemente dobra de peso, só sendo levantada novamente com grande esforço físico. Na verdade o que ocorre o seguinte: quando alguém tenta nos levantar e concentramos no Tantien, nós dirigimos - mentalmente - o nosso Ki para baixo, para os pés e para a terra. Assim, a força do nosso adversário é direcionada para baixo pela força do nosso fluxo - da nossa energia indo para baixo - então o nosso adversário está nos "empurrando" para baixo e não para cima, como ele pensa que está. Para ele superar este fluxo terá que desprender bem mais energia do que o necessário para nos levantar do solo. É um redirecionamento da força do oponente (a base do Aikidô).

Uma outra técnica que todos podem fazer diariamente para aumentar gradativamente o Ki é o Resshu Gamae, uma técnica de centralização de energia. Você assume essa postura aí do desenho, com os joelhos levemente flexionados, como se estivesse abraçando o tronco de uma grande árvore. As palmas das mãos espalmadas, viradas para dentro, e cujos dedos apontam um para o outro, sem se tocar. Comece fazendo isso por 5 minutos ao dia, por 15 dias. Depois passe para 10 min. ao dia por mais 15 dias, e depois 20 min. por mais 15 dias (ufa!). Depois disso você já pode sair por aí soltando Hadouken, Leigan, etc. No Japão, diz-se que os mestres em caligrafia, espada, cerimônia do chá ou artes marciais "atuam a partir do Hara", ou seja, não precisam de esforço para fazê-lo (algo próximo ao nosso "saber de cor"). Professores budistas orientam seus estudantes a centrar suas mentes no Tanden, que ajuda a manter sob controle os pensamentos e as emoções. "Atuar a partir do Tanden" no budismo é o equivalente ao estado de Samadhi.

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NA MEDICINA CHINESA O Tan t'ien está no centro do corpo. Os taoístas acreditavam que no útero o feto humano recebe um tipo especial de Ki pelo cordão umbilical. Era o chamado "Ki pré-natal", que circulava livremente em sua órbita bem como em todos os 32 meridianos de energia. Depois do nascimento e com o passar do tempo este Ki perde seu controle sobre o corpo, não circula mais livremente, os meridianos ficam bloqueados e resultam em desequilíbrios emocionais, doenças físicas e fragilidade, na velhice. Por outro lado, Tan t'ien é o nome dado aos três principais centros de energia localizados no eixo interno de nosso corpo: 1º) Tan t'ien Superior - Localizado atrás do ponto médio entre as sobrancelhas - Hipófise. 2º) Tan t'ien Médio - Localizado na região do Plexo - Coração. 3º) Tan t'ien Inferior - Localizado três dedos abaixo do umbigo. É esse último ao qual nos referimos aqui, também chamado "Mar de Energia". Segundo a Medicina Tradicional Chinesa, estando cheio o reservatório, ele transborda para os oito vasos energéticos ("vasos maravilhosos") e posteriormente flui para os doze canais (meridianos), cada um dos quais associados a órgãos específicos. Dessa forma o Ki circula por todo o corpo ao longo de canais (muitas vezes seguindo um percurso paralelo ao sistema cardiovascular), animando toda a matéria viva de nosso ser. O Tan t'ien, portanto, é claramente a base de todo o sistema energético. Mas os órgãos de vital importância para o corpo, na medicina chinesa, são os rins (Shen), pois eles que regulam o armazenamento e distribuição de Chi para o corpo.

Sabedor disso (de alguma forma), os sacerdotes das diversas religiões usam uma cinta, faixa ou corda exatamente nesta altura (notem que não é uma questão estética,

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já que ela fica um pouco acima da cintura). Lutadores de artes marciais também costumam amarrar uma larga faixa bem apertada nesse local, para ativar e evitar dispersão da energia. A importância parece estar no judaísmo, também, pois no velho testamento os Salmos fazem várias referências ao coração e rins. E no ritual de iniciação ao Zoroastrismo o sacerdote pega três cordões, que simbolizam a essência filosófica dessa religião: boas palavras, bons pensamentos e boas ações. O iniciado beija as cordas, que são então levadas à altura da fronte (ou terceiro olho) e é então amarrado na cintura do iniciado, na altura dos rins, simbolizando um comprometimento com essas três bases Zoroástricas de uma forma muito parecida com o judaísmo, que usa um Tefilin no braço e na cabeça para simbolizar que se está intimamente "atado" a Deus. NO HINDUÍSMO Na índia, o Hara é conhecido como o Swadhistana (Morada do Prazer), em sânscrito, ou Chakra sexual (sacro), no Brasil. Na verdade, a função desse chakra ultrapassa em muito a função genital. Ele também controla as vias urinárias e as gônadas (glândulas endócrinas: testículos no homem; ovários na mulher) e é responsável pela vitalização do feto em formação (função essa que divide com o chacra básico). Aliás, a ligação desse dois chakras é estreita demais. Isso se deve ao fato de que parte da energia Kundalini é veiculada do básico para dentro do chakra sacro. É por esse fator que alguns tibetanos consideram esses dois chakras como um único centro. Devido à sua intensa atuação energética na área genital, o chakra sacro normalmente é suprimido por várias doutrinas e******ualistas ocidentais, muito presas à condicionamentos antigos sobre sexualidade. Muitas delas colocam o chakra esplênico (que fica na altura do baço) em seu lugar. O motivo disso é simplesmente o tabu em relação à questão sexual. Já os orientais não sofreram a repressão sexual imposta aqui no Ocidente pelo Cristianismo, daí não hesitaram em classificar o chakra sexual como um dos principais centros de força do campo energético, enquanto consideram o chakra do baço apenas como um centro de força secundário. Osho nos fala, no livro The Golden Future, sobre a prática de reter o Ki ao "fechar o Hara":

Nosso valoroso combatente Kuwabara, do desenho Yuyu Hakusho, coloca uma faixa para proteger os rins, fechar o Hara e elevar seu Ki para enfrentar o Torneio das Trevas.

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"O Hara é o centro por onde a vida deixa o corpo. É o centro da morte. A palavra Hara é Japonesa; eis porque no Japão, suicídio é chamado de Harakiri. O centro localiza-se a duas polegadas abaixo do umbigo. Isso é muito importante, e quase todo mundo já o sentiu. Porém, só no Japão eles se aprofundaram em suas implicações. O Hara está muito próximo do centro sexual. Se você não se elevar em direção aos centros mais altos, em direção ao sétimo centro que está na sua cabeça, se você permanecer por toda sua vida no centro sexual, bem ao lado do centro do sexo está o Hara, e quando sua vida acabar, o Hara será o centro por onde sua energia da vida sairá do corpo. Energia transbordando no centro do sexo é perigoso, porque ela pode começar a ser liberada pelo Hara. E se ela começar a sair pelo Hara, ficará mais difícil conduzi-la para cima. Então eu tinha lhe dito para manter sua energia dentro e não para ser tão expressivo: Segure-a dentro! Eu só queria que o centro do Hara, que estava se abrindo e que poderia ser muito perigoso, ficasse completamente fechado. Você seguiu isso, e você se tornou uma pessoa totalmente diferente. Agora quando lhe vejo, não posso acreditar na expressividade que tinha visto antes. Agora você está centrado e sua energia está se movendo na direção correta para os centros mais elevados. Está quase no quarto centro, que é o centro do amor e que é um centro muito equilibrado. Três centros estão abaixo e três centros estão acima dele. Por causa desses sete centros, a Índia nunca deu importância ao Hara. O Hara não está na linha; está apenas ao lado do centro do sexo. O centro sexual é o centro da vida e o Hara é o centro da morte. Excitação demais, muito descentramento, lançar demasiada energia por todo o lugar é perigoso porque isso leva sua energia em direção ao Hara. E uma vez que a rota é criada, fica mais difícil mover-se para cima. O Hara situa-se paralelo ao centro sexual, assim a energia pode se mover muito facilmente. O Hara deve ser mantido fechado. Eis porque eu lhe disse para ficar mais centrado, para segurar seus sentimentos dentro, e para trazer a energia para seu Hara. Se você puder manter seu Hara controlando conscientemente suas energias, este não as permite sair. Você começa a sentir uma tremenda gravidade, uma estabilidade, um centramento, o que é uma necessidade básica para que a energia se eleve. Seu centro do Hara tem tanta energia que, se ela for corretamente direcionada, a iluminação não é um lugar distante. Portanto, essas são minhas duas sugestões: mantenha-se tão centrado quanto possível. Não se perturbe com coisas pequenas: alguém está zangado, alguém lhe insulta e você fica pensando nisso por horas. Toda sua noite fica perturbada porque alguém disse alguma coisa... Se o Hara puder segurar mais energia, assim, naturalmente essa imensa energia começa a subir. Há somente uma certa capacidade no Hara, e toda energia que se move para cima move-se através do Hara; mas o Hara deve estar bem fechado. Então uma coisa é que o Hara deve permanecer fechado. A segunda coisa é que você deve trabalhar sempre pelos centros mais elevados. Por exemplo, se você fica zangado com muita freqüência você deve meditar mais sobre a raiva, para que essa raiva desapareça e essa energia se transforme em compaixão. Se você é um homem que a tudo odeia, então você deve se concentrar no ódio; medite sobre o ódio, e essa mesma energia se transforma em amor. Prossiga movendo-se para cima, pense sempre nos degraus mais altos, para que você possa alcançar o ponto mais elevado de seu ser. E não deve haver nenhum vazamento no centro do Hara. Não deve ser permitido que a energia se mova através do Hara. Uma pessoa cuja energia começa através do Hara, você pode detectar muito facilmente. Por exemplo, existem pessoas com quem você irá se sentir sufocado, com quem você irá sentir como se elas estivessem sugando sua energia. Você descobrirá isso, depois que elas

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vão embora, você relaxa e fica à vontade, embora essas pessoas não estivessem fazendo nada de errado a você. Você também encontrará o tipo oposto de pessoas, cujo encontro lhe torna alegre, mais saudável. Se você estiver triste, sua tristeza desaparece; se você estiver zangado, sua raiva desaparece. Essas são as pessoas cujas energias está se movendo para os centros mais elevados. A energia delas afeta a sua energia. Estamos continuamente afetando uns aos outros. E o homem cônscio, escolhe amigos e companhias que elevam sua energia. Um ponto está bem claro. Existem pessoas que lhe sugam, evite-as! É melhor ser claro quanto a isso, diga adeus a elas. Não há necessidade de sofrer, porque são perigosas; elas também podem abrir o seu Hara. O Hara delas está aberto, eis a razão de criarem tal sentimento de sugação em você.

A psicologia ainda não percebeu isso, mas é muito importante que pessoas psicologicamente doentes não deviam ficar juntas. E isso é o que está ocorrendo por todo o mundo. Pessoas psicologicamente doentes são colocadas juntas em instituições psiquiátricas. Elas já são psicologicamente doentes e vocês as estão colocando numa companhia que irá arrastar a energia delas mais para baixo ainda. Mesmo os médicos que trabalham com doentes mentais já deram indicações suficientes disso. Mais psicanalistas cometem suicídio do que qualquer outra profissão, mais psicanalistas enlouquecem do que qualquer outra profissão. E todo psicanalista de vez em quando precisa ser tratado por algum outro psicanalista. O que acontece com esses coitados? Cercado de pessoas psicologicamente doentes, eles são continuamente sugados, e eles não têm a menor idéia de como fechar o Hara delas. Existem métodos, técnicas para fechar o Hara, assim como há métodos para a meditação, para mover a energia para cima. O melhor e mais simples método é: tente permanecer tão centrado em sua vida quanto possível. As pessoas não podem sequer

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sentar em silêncio, elas ficam mudando de posição. Elas não podem deitar silenciosamente, por toda à noite elas ficam agitadas e revirando-se. Você fez bem. Basta continuar o que você está fazendo, acumulando sua energia dentro de você mesmo. A acumulação de energia automaticamente a faz subir. E quando ela ficar mais elevada você irá se sentir em paz, mais amoroso, mais alegre, compartilhando, mais compassivo, mais criativo. Não está muito longe o dia quando você irá se sentir repleto de luz, e com o sentimento de ter chegado de volta em casa."

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Mentalidade da Abundância (Stephen R. Covey)

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Muitas pessoas vivem segundo o roteiro daquilo que chamo de Mentalidade da Escassez. Elas encaram a vida como uma fonte limitada, como se só houvesse uma torta disponível. E, se alguém pegar um pedaço grande da torta, todos os outros comerão menos. A Mentalidade da Escassez é o paradigma da contagem regressiva na vida. Pessoas com a Mentalidade da Escassez encontram muitas dificuldades em obter reconhecimento, crédito, poder ou lucro - mesmo em relação àqueles que as auxiliam na produção. Elas também têm dificuldade para sentir um prazer genuíno com o sucesso de outras pessoas - até mesmo, ou especialmente, os membros de sua família, amigos íntimos e colegas. Parece que algo lhes ë subtraído quando alguém recebe o reconhecimento e os frutos do trabalho ou atinge um sucesso ou meta notável. Apesar de verbalmente expressarem contentamento pelo sucesso alheio, no íntimo morrem de inveja. Seu senso de valor deriva da comparação, e o sucesso dos outros, de certo modo, implica seu fracasso. Apenas alguns podem ser alunos classe "A". Apenas um pode chegar em "primeiro lugar". "Vencer" significa apenas "derrotar". Freqüentemente as pessoas com a Mentalidade da Escassez abrem esperanças secretas de que os outros sofram infortúnios - não infortúnios terríveis, mas infortúnios aceitáveis, que as mantenham em "devido lugar". Elas estão sempre comparando, sempre competindo. Elas dedicam suas energias a possuir coisas, ou outras pessoas, de modo a aumentar sua noção de valor próprio. Elas querem que os outros sejam da maneira que estipulam. Com freqüência procuram clones, e se cercam de "vacas de presépio", pessoas que não as desafiam, mais fracas do que elas. Quem tem uma Mentalidade da Escassez encontra muitas dificuldades em participar de uma equipe que se complementa. Elas encontram a diferença como um sinal de insubordinação e deslealdade. A Mentalidade da Abundância, por outro lado, deriva de um senso profundo de valor e segurança pessoais. Seu paradigma indica que existe bastante para ser repartido entre todos. Esta atitude resulta em compartilhar prestígio, reconhecimento, lucros e a tomada de decisões. Ela abre as portas para novas possibilidades, opções e alternativas, além de liberar a criatividade. A Mentalidade da Abundância lança mão da alegria, da satisfação e da realização pessoal dos Hábitos 1, 2 e 3, e as orienta para fora, reconhecendo a individualidade, a força interior e a natureza proativa dos outros. Aceita as possibilidades ilimitadas para o crescimento interativo positivo e para o desenvolvimento, criando Terceiras Alternativas inéditas.

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A Vitória em Público não significa a vitória sobre as pessoas. Ela significa uma interação eficaz, que traz resultados mútuos benéficos para todos os envolvidos. A Vitória em Público é o trabalho em conjunto, a comunicação entre pessoas, gerando coisas que as mesmas pessoas, trabalhando isoladamente, seriam incapazes de criar. A Vitória em Público é uma conseqüência do paradigma da Mentalidade da Abundância. Um caráter marcado pela integridade, maturidade e Mentalidade da Abundância tem uma autenticidade que supera os limites das técnicas ou a ausência destas, no que se refere às interações humanas. Uma das coisas que considero particularmente útil para ajudar pessoas do tipo Vencer/Perder a desenvolver um caráter Vencer/Vencer é a associação com um modelo ou mentor que realmente pense em Vencer/Vencer. Quando as pessoas estão profundamente influenciadas por filosofias como Vencer/Perder, e regularmente mantêm contato com gente sob a mesma influência, não encontram muitas chances para experimentar a filosofia de Vencer/Vencer na prática. Assim, recomendo que leiam livros adequados, como a inspiradora biografia de Anuar Sadat, In Seareh of Identity (Em Busca da Identidade) e Os Miseráveis e vejam Games como Carruagens de Fogo, bons exemplos dos modelos de Vencer/Vencer. Mas lembrem-se: Se procurarmos lá no fundo de nós mesmos – para lá das lições interiorizadas, para lá das atitudes e dos comportamentos aprendidos - a verdadeira validação do princípio Vencer/Vencer, assim como de qualquer outro princípio correto, pode ser encontrada em nossas vidas.

MENTALIDADE DE ABUNDÂNCIA (BLOG IN COMPORTAMENTO) Como você faz isso? É doar o que você tem. Isso não é complicado, realmente. Falta de tempo? Algumas pessoas estão sempre a correr por falta de tempo - como se fosse dinheiro . As pessoas estão sempre sem tempo estão sempre em pânico para conseguir fazer as coisas.

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Se você está sempre sem tempo então faça a coisa sensata - dê o seu tempo ! Isso soa uma como uma loucura ? Bem, talvez seja para o lado esquerdo do seu cérebro, mas realmente dê-lhe alguma consideração. Aqui está a coisa. Algumas pessoas não ceder o seu tempo, porque não acho que há “tempo suficiente” para dar. E quando você não está dando o seu tempo, é um sinal de que você não o tem. E essa falta mantém você preso nessa mentalidade. O interessante é que, quando aparece a falta , aparece em toda a parte. O jeito de fazer alguma coisa é a forma como tudo deve ser feito. Não é diferente com o dinheiro. Você tem uma escassez de dinheiro ? Talvez você é uma dessas pessoas que seguram cada centavo que tem - guardar dinheiro para um dia chuvoso é uma maneira de pensar. Eu sei porque eu costumava ser aquele tipo de pessoa. Talvez você seja realmente frugal com o seu dinheiro. Não há nada de errado em ser frugal. O que estou a falar é algo completamente diferente. Segurar o seu dinheiro não traz mais para você. Evidentemente, segurar ou economizar seu dinheiro é prova de que você não pensa que você tem “suficiente”. E isso faz você viver em escassez ou o que o minha amiga Júlia chama de “cidade do medo”. Então, como é que se quebrar o padrão ? Como que se cria uma mentalidade de abundância ? Você tem de estar disposto a dar a partir de onde você estiver. Para criar a mentalidade de abundância, você tem que estar dispostos a dar.

Há 6 formas de criar uma mentalidade abundância :

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• Escassez Dinheiro ? Dê alguns . Sim, você me ouviu bem. Não venda a casa, longe disso. Mas considere dá dinheiro a um amigo ou membro da família para ajudá-los.

• Você está com tempo curto ? Você nem sempre têm de dar o seu dinheiro. Você pode dar a seu tempo também. Você não tem que dedicar 90% do seu dia ao serviço dos outros - não é isso o que estou a dizer. Apenas encontre o equilíbrio entre dar e receber.

• Falta de amor ? Você tem que dar algum antes de receber algum Sai agora mesmo e dê a 5 pessoas que você conhece um grande abraço. Eu garanto que depois de fazer isto , você vai se sentir óptimo. Você vai sentir como um milhão de dólares! Você vai se sentir amado. Sai agora e abrace 5 pessoas!

• Você têm um Problema ? Ajudar os outros em primeiro lugar. Pense em alguém que você sabe que está com um problema semelhante. E pense numa maneira que você poderia ajudá-los. Você não precisa saber todas as respostas, mas apenas comece a ajudar alguém e eu garanto que você vai receber ajuda também. Anote o que você pretende fazer para ajudar essa pessoa e, em seguida, faça-o. Estou lhe dizendo - isso funciona ! Quando você ajudar os outros sinceramente, a ajuda vai sempre voltar para você.

• Sem confiança ? Sim, você sabe isso. Dê-a! Encontre alguém é carente e com falta de auto-confiança e dê-lhes um impulso. Passe algum tempo com essa pessoa e diga-lhes o quanto você acredita neles. Coloque ideias positivas em suas mentes. Incuta confiança nos outros e a confiança vai fluir abundantemente para você.

• Faltam-lhe Ideias Criativas ? Dê-as! Dê aos outros maneiras criativas para aumentar os lucros nos seus negócios, encontrar uma carreira estimulante ou melhorar sua saúde. Dê livremente ideias e ideias voltarão para você.

Você tem que começar por onde você está. Você não pode dar aquilo que você não tem. Esteja disposto a dar o que tens de onde você está e eu lhe prometo - abundância vai correr em sua vida. Você irá criar a mentalidade abundância. (existem em 2009, 7 bilhões de habitantes no planeta,dos quais 4 bilhões são mulheres.)

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Inteligência social (ufabc) A Inteligência Social é um termo genérico para abordar os comportamentos coletivos inteligentes. A nomenclatura relacionada a essa área de estudos é variada, abarcando desde a "inteligência emergente" (Johnson), os "coletivos inteligentes" (Rheingold) até a "sociedade da mente" (Minsky), a "inteligência conectiva" (Kerckhove) e a "inteligência coletiva" (Lévy). Todos têm em comum a concepção de que a inteligência humana está vinculada à vida social e baseia-se na capacidade de predizer comportamentos do Outro e construir um sistema partilhado de expectativas que é sintetizado em modelos de sociabilidade e de troca de informações. Estudos comparados entre humanos e chimpanzés demonstraram que, já na infância, a maior diferença que aparece, além das mais evidentes no campo da anatomia e do genótipo, é no campo da socialização. Os humanos comportam-se como agentes intencionais e desenvolvem autopercepções diferenciadas no processo de individuação. Portanto, não se pode pensar em processos cognitivos desvinculados de processos sociais. O diferencial dos estudos de Inteligência Social advém desse valor que o coletivo agrega aos processos de resolução de problemas (problem-solving). Assim, comunidades e grupos podem ser mais eficazes para resolver certos tipos de problema do que indivíduos isolados. A ação coletiva, como numa colônia de formigas, configura soluções conjuntas e põe em sinergia forças que, dispersas, seriam desperdiçadas. Como projeção hodierna de uma inteligência coletiva capaz de conectar todas as informações do mundo, o ciberespaço alimenta a possibilidade de uma "mente coletiva" que compartilha e gera novos recursos informacionais. Na perspectiva de uma racionalidade instrumental, a inteligência constróise na interação de estruturas e processos. As práticas humanas são convertidas, na medida do possível, em tecnologias e reapropriadas / resignificadas no mundo das máquinas. O pesquisador nesta linha não terá a obrigação de implementar tecnologicamente suas criações conceituais, mas deverá ser capaz de tratar seu problema de pesquisa numa visão sistêmica abarcando as demandas sociais numa moldura de solução tecnológica. Partindo do estado da arte, verificando limites e apontando caminhos de ampliação do conhecimento, cabe a este pesquisador elaborar modelos teórico-conceituais que sejam computáveis, isto é, suscetíveis de implementação em plataforma tecnológica programável. Para isso, deverá recorrer a ontologias em soluções de modelagem formal que permitam a aplicação de técnicas básicas de simulação computacional ou criação de protótipos capazes de validar teoricamente e revelar a viabilidade de implementação (feasibility) do modelo proposto. Adotando conceitos básicos como "sistema", "complexidade", "autoorganização" e outros característicos de um enfoque sistêmico, esta linha de pesquisa desenvolve, ao lado da pesquisa teórica, aplicações da Inteligência Social nos domínios das Ciências Sociais, Economia, Comunicação, Educação e Biologia, dentre outros.

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Inteligência Social (Daniel Goleman,)

Daniel Goleman, escritor do livro Inteligência Emocional, amplia seus estudos e chega à conclusão de que a neurociência descobriu que o design real de nosso cérebro o torna sociável, inexoravelmente ele nos leva a uma íntima conexão cérebro-a-cérebro sempre que nós interagimos com outra pessoa. Esta ponte neural nos permite “atritar” nosso cérebro, e assim o corpo, com todo mundo com quem nós entramos em contato, da mesma maneira que eles fazem conosco. Mesmo nossos mais rotineiros encontros, são reguladores no cérebro, iniciando emoções em nós, algumas agradáveis. Outras não. Quanto mais conectados emocionalmente estivermos com alguém, maior será a força mútua. As trocas mais poderosas ocorrem com aquelas pessoas com quem gastamos a maior quantidade de tempo dia sim, dia não, particularmente aquelas que mais queremos bem. Durante esses links neurais, nossos cérebros embarcam num “tango emocional”, uma dança de sentimentos. Nossas interações sociais operam como moduladores, alguma coisa como um termostato interpessoal que continuamente reconfigura aspectos-chave de nossas funções cerebrais ao passo que elas orquestram nossas emoções. Os sentimentos resultantes têm conseqüências de longo alcance, penetram sorrateiramente através de nossos corpos, enviando cascatas de hormônios que regulam os sistemas biológicos desde nosso coração até nosso sistema imunológico. Talvez ainda mais impressionante, a ciência agora rastreia conexões entre os mais estressantes relacionamentos e a operação principal de genes específicos que regulam o sistema imunológico. Em uma extensão surpreendente, então, segundo Goleman, nossos relacionamentos moldam não apenas nossa experiência, mas nossa biologia. O link cérebro-a-cérebro permite nossos relacionamentos mais poderosos nos modelar de maneiras tão

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benignas e profundas quanto os genes são (ou não são) ativados nas células-t (nossos soldados do sistema defensivo na constante batalha contra bactérias e vírus invasores). Isto representa uma espada de dois gumes: relacionamentos agradáveis têm um impacto benéfico sobre nossa saúde, enquanto aqueles tóxicos podem agir como pequenas doses de veneno que em longo prazo acarretam prejuízos. O livro Inteligência Emocional estava focado sobre as capacidades emocionais dentro de um indivíduo, a habilidade para gerenciar as próprias emoções e potenciais para obter relacionamentos positivos. O foco de Inteligência Social engloba esse aspecto e vai além, muda da psicologia “eu interagindo comigo mesmo” para a psicologia “eu interagindo com você”, aquilo que transpira quando nós interagimos. O foco de luz se amplia para as interações e isto implica profundas conseqüências quando, nas palavras do escritor, “nós percebemos como, através das somas totais, criamos um ao outro”.

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ENTRE SENTIMENTOS E EMOÇÕES (Dra.Conceição Trucom)

O bem maior do homem é a realização completa de sua razão, quando ela consegue dominar os seus sentimentos e desejos e a partir daí, todos eles perdem seu sentido de ser. É comum a idéia de que, quando a mente humana entra em ação, em primeiro lugar se formou o pensamento. Mas, numa camada mais profunda do que aquela em que se forma o pensamento, surge o sentimento, que gera o pensamento. As pessoas pensam porque sentem A força criativa não é acionada diretamente pelo pensamento. Toda ação criativa é decorrente de um sentimento. Portanto, os sentimentos desempenham um papel muito importante, porque são eles que acionam todos os pensamentos e a materialização das ações. A Mente Subconsciente é a sede de todas as emoções, de todos os sentimentos. A Mente Consciente é apenas uma área mental onde são registrados as emoções e os sentimentos já experimentados. Esta é a razão porque as emoções e os sentimentos gravados na Mente Subconsciente se manifestam com tanta força. E, chega o momento onde é fundamental diferenciar emoções de sentimentos, pois existe muita confusão. Na verdade emoções e sentimentos caminham muito perto um do outro. Até porque, afloram do mesmo ponto da mente, o subconsciente, embora as emoções sejam mais reptilianas (primitivas, instintivas, carentes de uma censura), enquanto os sentimentos são emoções que já passaram por filtros conscienciais e e******uais. A grande diferença está no processo evolutivo do indivíduo, ou seja, se ele aceita ser movido: pelos instintos e a irracionalidade - emoção OU pela e******ualidade, assumindo seu livre-arbítrio e todas as suas conseqüências - sentimento A emoção é um estado afetivo intenso, muito complexo, proveniente da REAÇÃO, ao mesmo tempo mental e orgânica, sob a influência de certas excitações internas ou externas. Na emoção existe

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forte influência dos instintos, das inferioridades e da não-racionalidade. O sentimento se distingue basicamente da emoção por estar revestido de um número maior de elementos intelectuais e racionais. No sentimento já existe alguma elaboração no sentido do entendimento e compreensão. No sentimento já acontece uma aproximação da reflexão e do livre-arbítrio, da e******ualidade e da racionalidade ou evolução humana.

Alegria é um sentimento. Euforia é emoção. A alegria é espontânea, na maioria das vezes não depende de um motivo ou causa, ela simplesmente acontece e transborda. Ela é calma e contagiante. A euforia atropela, é inadequada, incomoda e é pouco diplomática. Normalmente, após a euforia seguem quadros de frustração, depressão e apatia. Tristeza é um sentimento. Depressão é emoção. A tristeza é inevitável em algumas situações da vida, mas ela pode ser vivenciada juntamente com a paz, porque acontece a compreensão de que tudo é passageiro e transitório, como também aprendizado.

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Medo é um sentimento. Pânico é emoção. Os medos são muitos e até servem como autoproteção, autopreservação ou alerta. Mas o medo constante, sem motivo aparente ou real, que paralisa, revela falta de lucidez e confiança. Coragem (coração + ação) é fazer com medo. Raiva é um sentimento. Ódio é emoção. É humano expressamos o sentimento de raiva, até como um posicionamento, um discernimento. Mas este sentimento deve ser rápido, passageiro, o tempo de aprender como transformá-lo em atitudes realizadoras, oportunidades do exercício da paciência, tolerância e compreensão. Jamais deixe que a raiva se transforme em mágoa, rancor ou ódio, pois este é o caminho da autodestruição. Amor é um sentimento. Paixão é emoção. O Amor anima e liberta. Junto com a paixão vêm de brinde o ciúme, a dor, insegurança e a possessividade. Existem três tipos de sentimentos: Agradáveis Desagradáveis Neutros Quando temos um sentimento desagradável, desejamos evitá-lo. Porém, o ideal é voltar à respiração consciente, que vai oxigenar, trazer clareza e apenas observá-lo, identificando-o em silêncio. Note: Inspirando, tomo consciência de que há um sentimento desagradável em mim. Expirando, percebo claramente que há um sentimento desagradável em mim. Raiva, tristeza ou medo, nomeado e identificado com clareza, fica mais sincera e profunda e forma de lidar com ele. Respirando e tornando-se consciente A respiração é a forma mais poderosa à nossa disposição para nutrir e fortalecer de poder construtivo as questões emocionais e afetivas. As filosofias orientais já dominavam este conhecimento e faziam uso desta ferramenta há milênios. Bons exemplos são a yoga e os mantras. Através da respiração é possível entrarmos rapidamente em contato com nossos sentimentos, observá-los por uma ótica mais clara, oxigenada e administrá-los. Se a respiração for leve e tranqüila — resultado natural da respiração consciente — a mente e o corpo irão lentamente se tornando leves, tranqüilos e claros. E da mesma forma os sentimentos. Na cura dos sentimentos desagradáveis é fundamental cuidado, amor e não-violência. Não acredite em transformações sem amor. Mesmo porque, através da observação consciente, os sentimentos desagradáveis podem ser muito esclarecedores, proporcionando revelações e compreensão a respeito de nós mesmos e da nossa sociedade. O sentimento verdadeiro é a compreensão, é o perdão. É uma sensação de paz. Em vez da ação que busca se desfazer de partes de nós mesmos, devemos aprender a arte da transformação. Podemos transformar nossa raiva, por exemplo, em algo mais salutar, como a compreensão. E, desta mesma forma, é possível tratar a ansiedade (medo) ou a depressão (desesperança). As emoções nos levam às ilusões, às falsas expectativas, à distorção da realidade. Desta forma, ficam comprometidos o discernimento e a capacidade de julgamento. Fica faltando a luz da evolução e******ual. Por outro lado, os sentimentos nos fazem crescer, expandir para a conquista da paz.

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Emoção e Sentimento (Blog Cola da Web)

A emoção é uma experiência afetiva que aparece de maneira brusca e que é desencadeada por um objeto ou situação excitante, que provoca muitas reações motoras e glandulares, além de alterar o estado afetivo. Nossa existência está contextualizada no mundo e como tal, vivemos cercados de objetos, situações e de outras pessoas com quem interagimos. Tudo o que nos cerca provoca um desejo de afastamento ou de aproximação e estes desejos, mesmo que não sejam realizados, constituem a experiência afetiva de cada um. Para muitos teóricos, a diferença existente entre emoção e sentimento diz respeito apenas ao grau de intensidade e, neste caso, um estado afetivo mais suave, relacionado com as características do objeto em questão, constituiria um sentimento, enquanto que a emoção seria um sentimento mais intenso. Não existe uma classificação precisa para emoções e sentimentos, mas há um certo consenso entre os profissionais da psicologia que consideram alegria, tristeza, medo e raiva como emoções fundamentais. A característica e intensidade da emoção depende do objeto que a desencadeia e, mesmo que as reações orgânicas que aparecem pareadas a uma emoção forem induzidas por injeção de hormônios ou outras drogas, a emoção sentida frente a um objeto ameaçador será distinta da induzida artificialmente. Algumas reações motoras ou glandulares acompanham diferentes emoções, como é o caso do choro que pode aparecer junto com emoções diferenciadas. As reações orgânicas aparecem depois da compreensão que o indivíduo tem da natureza do objeto desencadeador da emoção. Existem várias teorias relacionadas às emoções e as dificuldades encontradas para estudar o assunto são muitas. As duas teorias principais da emoção são a periférica e a excitatória. De acordo com a teoria periférica, a

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emoção depende de um conhecimento prévio e a repercussão orgânica é desencadeada por uma reação afetiva a este conhecimento. Neste conceito, as reações nos órgãos viscerais ou musculares antecedem à emoção, que é desencadeada quando o indivíduo toma conhecimento destas reações. A teoria excitatória é mais recente e valoriza a idéia de que a percepção do valor que o objeto tem, no momento em que ele se apresenta ao sujeito, é tão importante quanto a percepção das excitações, que são produzidas pelos órgãos periféricos no desencadeamento das emoções.

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No tempo que tenho dedicado à elaboração de planos, campanhas e estratégias para meu negócio, consegui reavaliar alguns dos motivos das falhas e dos acertos dessas linhas de ação, a fim de revisar visão, posicionamento e pretensões futuras. Da minha experiência pessoal, foi possível perceber que a boa gerência e a implementação eficaz de estratégias em um escritório de advocacia, como em qualquer negócio, estão, inevitavelmente, ligadas a um conteúdo subjetivo do ser humano que não pode ser negligenciado: significado pessoal que gera comprometimento pessoal. Nesse sentido, conforme comentei no post Planejamento Estratégico x Imagem da Administração: (re)definindo visão, quando você consegue traduzir seu plano em uma síntese de perspectiva individual, observará que seu comprometimento com a execução dele ficará mais intensa. Assim, de nada servem belas arquiteturas estratégicas formalizadas em um processo de planejamento estratégico, caso tais arquétipos não sejam passíveis de tradução pessoal. Sem essa possibilidade de conversão do plano para um significado pessoal, as estratégias e objetivos almejados estarão tão desligados da realidade e dos sonhos da equipe que não poderão ser implementados. Encontrei duas passagens interessantes do professor Mintzberg sobre o tema tratado neste post: “O compromisso profundo, o apoio sem reservas, é um pré-requisito necessário para a busca bem-sucedida de cursos de ação difíceis. E o comprometimento parecer vir do controle pessoal, uma sensação de propriedade de um projeto

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(daí a popularidade da palavra, “defensor”), que não seja profundamente restringido pelas condições específicas dos planos formais nem pelo desligamento dos chamados cálculos objetivos.” (Mintzberg, Henry. Ascensão e Queda do Planejamento Estratégico. P. 147) Segue o pensamento: “As estratégias pretendidas não têm valor em e por si mesmas; elas só passam a ter valor quando pessoas empenhadas as enchem de energia (parafraseando Selznick, 1957). É por isso que todo problema de implementação também é um problema de formulação – não somente para as estratégias reais concebidas, mas também para o processo pelo qual ocorre a concepção.” (Mintzberg, Henry. Ascensão e Queda do Planejamento Estratégico. P. 147) Dessa maneira, o modo como você conceberá suas estratégias (planejamento estratégico, estratégia emergente, etc.) e irá implementá-las não possui valor intrínseco, tal valor decorrerá do empenho pessoal dedicado ao processo de concepção-implementação. Assim, a força do referido empenho está baseada no subjetivismo do comprometimento e da paixão pessoais dispensados ao seu projeto de negócio. Logo, utilizar a melhor técnica de planejamento estratégico com uma matriz SWAT de última geração e o mais moderno modo de controle de implementação (e.g. Balanced Scorecard - BSC), será desperdício de energia, caso sua equipe não assuma a elaboração e a realização das estratégias com paixão e fé. Penso que as pessoas, via de regra, não constituem o problema do insucesso dos planos traçados para um negócio específico, pois o grande defeito parece estar ou na ausência de criatividade do “estrategista” para inventar alternativas ao fracasso formulatório-implementativo ou na relutância deste em reconhecer que certas estratégias efetivamente não servem para o seu negócio. Como você pretende, por exemplo, trabalhar com certo produto ou serviço se ninguém dos sócios ou colaboradores da empresa, incluindo você, consegue cumprir o compromisso executar uma mínima ação para criação ou melhoramento do produto ou serviço?

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O sucesso das competências estratégicas escolhidas, dos projetos elaborados, das tarefas diárias e do próprio negócio, somente será possível baseada no comprometimento pessoal de cada membro da equipe. Essas pessoas devem aplicar fé e emoção na busca dos objetivos, a fim de liderar e inspirar todos na realização de uma visão coletiva que pode ser, por exemplo, tornar-se referência nacional no fornecimento de determinado produto ou serviço em seu mercado alvo. Portanto, significado pessoal gerador de comprometimento pessoal é a palavra de ordem para uma estratégia bem sucedida. Se não existirem tais fatores, risque sua estratégia e comece já a traçar novos caminhos e alternativas, pois a formulação não está adequada. Contudo, tenha cuidado com uma flexibilização excessiva de sua estratégia, pois uma falta demasiada de consistência estratégica pode gerar desperdício de energia. Este cria uma situação na qual tudo o que você elabora não chega ao final por não ter sido conferido o devido tempo para assimilar e maturar o comportamento necessário na equipe, circunstância que impossibilitará a obtenção de sucesso em suas estratégias. Se é certo que funcionamos melhor quando podemos conceber algumas coisas como certas, ao menos por algum tempo, também é correto afirmar que uma consistência tola é inimiga da criatividade. Esta floresce na inconsistência e possibilita descobrir novas combinações de fenômenos ambientais (Safári de Estratégia, Mintzberg p. 22) para torná-las em estratégias melhores para seu negócio. Logo, cuidado na insistência excessiva em planos restritivos de sua capacidade inventiva e desconectores da atual ou da futura realidade gerencial do seu negócio. Como saber o grau de consistência necessário para o sucesso? Isto somente será percebido por meio da experiência prática, do conhecimento de seu mercado e através do conhecimento profundo de quem são as pessaos da sua equipe. Com esta breve reflexão espero ter passado a importância do significado e do comprometimento pessoais na formulação e implementação das estratégias, bem como espero ter alertado aos empresários sobre as duas faces da consistência estratégica.

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A CORAGEM (Dr.André Comte)

De todas as virtudes, a coragem é sem dúvida a mais universalmente admirada. Fato raro, o prestígio que desfruta parece não depender nem das sociedades, nem das épocas, e quase nada dos indivíduos. Em toda parte a covardia é desprezada; em toda parte a bravura é estimada. As formas podem variar, claro, assim como os conteúdos: cada civilização tem seus medos, cada civilização suas coragens. Mas o que não varia, ou quase não varia, é que a coragem, como capacidade de superar o medo, vale mais que a covardia ou a poltronice, que ao medo se entregam. A coragem é a virtude dos heróis; e quem não admira os heróis? Essa universalidade, porém, não prova nada, seria até suspeita. O que é universalmente admirado o é, portanto, também pelos maus e pelos imbecis. São eles tão bons juízes assim? Além do mais, admiramos também a beleza, que não é uma virtude; e muitos desprezam a doçura, que o é. O fato de a moral ser universalizável,

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em seu princípio, não prova que ela seja universal em seu sucesso. A virtude não é um espetáculo e não lhe importam os aplausos. Sobretudo, a coragem pode servir para tudo, para o bem como para o mal, e não alteraria a natureza deste ou daquele. Maldade corajosa é maldade. Fanatismo corajoso é fanatismo. Essa coragem – a coragem para o mal, no mal – também é uma virtude? Parece difícil achar que sim. Ainda que se possa admirar em alguma coisa a coragem de um assassino ou de um SS, em que isso os faz virtuosos? Um pouco mais covardes, teriam feito menos mal. O que é essa virtude que pode servir para o pior? O que é esse valor que parece indiferente aos valores? “A coragem não é uma virtude”, dizia Voltaire, “mas uma qualidade comum aos celerados e aos grandes homens.” Uma excelência, pois, mas que não seria, em si, nem moral nem imoral. O mesmo se dá com a inteligência ou a força, também elas admiradas, também elas ambíguas (podem servir tanto ao mal como ao bem) e, por isso, moralmente indiferentes. No entanto, não estou muito certo de que a coragem não signifique mais. Consideremos um patife qualquer: ele ser inteligente ou idiota, robusto ou magricela, não muda em nada, do ponto de vista moral, seu valor. Inclusive, em certo grau, a idiotice poderia desculpá-lo, como também, talvez, alguma deficiência física que tivesse perturbado seu caráter. Circunstâncias atenuantes, dirão: se ele não fosse idiota ou manco, seria tão mau? A inteligência ou a força, longe de atenuarem a ignomínia de um indivíduo, antes a aumentariam, tornando-a ao mesmo tempo mais nefasta e mais condenável. O mesmo se dá com a coragem. Se a covardia às vezes pode servir de desculpa, a coragem, enquanto tal, ainda assim continua eticamente valorizada (o que não prova, veremos, que seja sempre uma virtude) e, parece-me, mesmo no patife. Suponhamos dois SS, em tudo comparáveis mas sendo que um se revela tão covarde quanto o outro corajoso; o segundo talvez seja mais perigoso, mas quem poderá dizer que é mais culpado? Mais desprezível? Mais odiável? Se digo de alguém: “é cruel e covarde”, os dois qualificativos se somam. Se digo: “é cruel e corajoso”, antes se subtrairiam. Como odiar ou desprezar inteiramente um camicase?

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Mas deixemos a guerra, que nos levaria longe demais. Imaginemos em vez disso dois terroristas, em tempo de paz, que explodem cada um avião de carreira cheio de turistas… Como não desprezar o que faz isso de terra, sem correr pessoalmente nenhum risco, mais do que o que fica no avião e morre, em conhecimento de causa, com os outros passageiros? Detenho-me nesse exemplo. Podemos supor nesses dois indivíduos motivações semelhantes, por exemplo ideológicas, como também que seus atos terão, em relação às vítimas, idênticas conseqüências. E admitiremos que essas conseqüências são demasiado pesadas e essas motivações demasiado discutíveis para que aquelas possam ser justificadas por estas; em outras palavras, os dois atentados são moralmente condenáveis. Mas um de nossos dois terroristas acrescenta a isso a covardia, ao saber que não corre risco nenhum, e o outro, coragem, sabendo que vai morrer. Em que isso altera as coisas? Em nada, repitamos, para as vítimas. Mas e para nossos colocadores de bombas? A coragem contra a covardia? Sem dúvida, mas isso é moral ou psicologia? Virtude ou caráter? Que a psicologia ou o caráter possam influir, e mesmo que influem necessariamente, é inegável. Mas parece que se acrescenta o seguinte, que diz respeito à moral: O terrorista heróico atesta pelo menos, com seu sacrifício, a sinceridade e, talvez, o desinteresse de suas motivações. Aludo como prova que a espécie de estima (mista, sem dúvida) que podemos sentir por ele seria atenuada, ou até desapareceria, se soubéssemos, lendo seu diário íntimo, por exemplo, que só cometeu seu delito na convicção de que ganharia com isso – pensemos em algum fanatismo religioso – muito mais do que perderia, a saber, uma eternidade de vida feliz. Nesta última hipótese, o egoísmo resgataria seus direitos ou, antes, nunca os teria perdido, e a moralidade do ato recuaria na mesma medida. Já não estaríamos lidando com alguém que está pronto a sacrificar vítimas inocentes para sua felicidade própria, em outras palavras, de um patife ordinário, por certo corajoso, em se tratando dessa vida, mas de uma coragem interessada, ainda que post mortem, e portanto, privada de todo e qualquer valor moral? Coragem egoísta é egoísmo. Imaginemos, ao contrário, um terrorista ateu: se ele sacrifica a vida, como lhe atribuir motivações baixas? Coragem desinteressada é heroísmo; e, se isso nada prova quanto ao valor do ato, indica pelo menos algo quanto ao valor do indivíduo. Esse exemplo me esclarece. O que estimamos, na coragem, e que culmina no sacrifício de si, seria, pois, em primeiro lugar, o risco aceito ou corrido sem motivação egoísta, em outras palavras, uma forma, se não sempre de altruísmo, pelo menos de desinteresse, de desprendimento, de distanciamento do eu. É, em todo caso, o que na coragem parece moralmente estimável. Alguém agride você na rua, cortando qualquer possibilidade de retirada. Você vai se defender furiosamente ou, ao contrário, implorar clemência? É um problema principalmente de estratégia ou, digamos, de temperamento. Que se possa achar a primeira atitude mais gloriosa ou mais viril, está bem. Mas a glória não é moral, nem a virilidade, virtude. Supondo-se que por outro lado, sempre na rua, você ouça uma mulher pedir socorro porque um malfeitor a quer estuprar, está claro que a coragem de que você dará ou não prova, sempre devendo algo, por certo, a seu caráter, comprometerá também sua responsabilidade propriamente moral; em outras palavras, sua virtude ou sua indignidade. Em resumo, embora sempre estimada, de um ponto de vista psicológico ou sociológico, a coragem só é verdadeiramente estimável do ponto de vista moral quando se põe, ao menos em parte, a serviço de outrem, quando escapa, pouco ou muito, do interesse egoísta imediato. É por isso que, sem dúvida, e especialmente para um ateu, a coragem diante da morte é a coragem das coragens, pois o eu não pode encontrar nenhuma gratificação concreta ou positiva. Digo “imediata”, “concreta” e “positiva” porque todos sabem muito bem que não nos desvencilhamos sem mais nem menos do ego; até mesmo o herói é suspeito de ter buscado a glória ou fugido do remorso, em outras palavras, de ter buscado na virtude, ainda que indiretamente e a título póstumo, sua própria felicidade ou seu bem-estar. Não se escapa do ego; não se escapa do princípio

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de prazer. Mas encontrar seu prazer em servir ao outro, encontrar seu bem-estar na ação generosa, longe de contrariar o altruísmo é a própria definição e o princípio da virtude.

O amor a si, dizia Kant, sem ser sempre condenável, é a fonte de todo mal. Acrescento de bom grado: e o amor ao outro, de todo bem. Mas seria alargar demais o fosso que os separa. Só se ama a outro, sem dúvida, amando a si (é por isso que as Escrituras nos dizem justamente que é preciso amar ao próximo “como a si mesmo”), e só se ama a si mesmo, talvez, na proporção do amor recebido e interiorizado. Nem por isso deixa de haver uma diferença de ênfase, ou de orientação, entre o que só ama a si e o que também ama, às vezes até de maneira desinteressada, a um outro, entre o que só gosta de receber ou tomar e o que também gosta de dar, em suma, entre um comportamento sordidamente egoísta e o egoísmo sublimado, purificado, libertado (isso mesmo: o egoísmo libertado do ego!), a que chamamos… altruísmo ou generosidade. Mas voltemos à coragem. O que retenho de meus exemplos, e poderíamos encontrar muitos outros, é, pois, que a coragem, de traço psicológico que é a princípio, só se torna uma virtude quando a serviço de outrem ou de uma causa geral e generosa. Como traço de caráter, a coragem é, sobretudo, uma fraca sensibilidade ao medo, seja por ele ser pouco sentido, seja por ser bem suportado, ou até com prazer. É a coragem dos estouvados, dos brigões ou dos impávidos, a coragem dos “durões”, como se diz em nossos filmes policiais, e todos sabem que a virtude pode não ter nada

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a ver com ela. Isso quer dizer que ela é, do ponto de vista moral, totalmente indiferente? Não é tão simples assim. Mesmo numa situação em que eu agiria apenas por egoísmo, pode-se estimar que a ação corajosa (por exemplo, o combate contra um agressor, em vez da súplica) manifestará maior domínio, maior dignidade, maior liberdade, qualidades moralmente significativas e que darão à coragem, como que por retroação, algo de seu valor: sem ser sempre moral, em sua essência, a coragem é aquilo sem o que, sem dúvida, qualquer moral seria impossível ou sem efeito. Alguém que se entregasse totalmente ao medo que lugar poderia deixar a seus deveres? Donde a espécie de estima humana – eu diria pré-moral ou quase moral – de que a coragem, mesmo que puramente física e mesmo que a serviço de uma ação egoísta, é objeto. A coragem força o respeito. Fascínio perigoso, decerto (pois a coragem, moralmente falando, não prova nada), mas que se explica talvez pelo fato de que a coragem manifesta pelo menos uma disposição para furtar-se ao puro jogo dos instintos ou dos temores, digamos um domínio de si e de seu medo, disposição ou domínio de si que, sem serem sempre morais, são pelo menos a condição – não suficiente, mas necessária – de toda moralidade. O medo é egoísta. A covardia é egoísta. Não obstante essa coragem primeira, física ou psicológica, ainda não é uma virtude, ou essa virtude (essa excelência) ainda não é moral. Os antigos consideravam-na a marca da virilidade (andréia, que significa coragem em grego, vem, como de resto virtus em latim, de uma raiz que designa o homem, anêr ou vir, não como ser genérico, mas por oposição à mulher), e muitos, ainda hoje, concordariam com eles. “Ter ou não ter” (Nota do tradutor: “Em avoir ou pas”, que em francês corresponde a “ter colhões ou não ter”), diz-se vulgarmente, o que indica pelo menos que a fisiologia, mesmo fantasista, nesse caso importa mais que a moralidade. Não nos deixemos enganar muito por essa coragem (coragem física, coragem do guerreiro). É evidente que uma mulher pode dar prova dela. Mas essa prova, moralmente falando, não prova nada. Essa coragem pode pertencer tanto ao patife como ao homem de bem. É apenas uma regulação feliz ou eficaz da agressividade: coragem patológica, diria Kant, ou passional, diria Descartes, por certo útil, na maioria das vezes, mas útil antes de tudo ao que a sente, e por isso privada em si mesma de qualquer valor propriamente moral. Um assalto a banco não acontece sem perigo nem, portanto, sem coragem. Mas nem por isso é moral; em todo caso seriam necessárias circunstâncias bem particulares (relativas, em especial, às motivações do ato) para que pudesse vir a sê-lo. Como virtude, ao contrário, a coragem supõe sempre uma forma de desinteresse, de altruísmo ou de generosidade. Ela não exclui, sem dúvida, uma certa insensibilidade ao medo, até mesmo um gosto por ele. Mas não os supõe necessariamente. Essa coragem não é a ausência do medo, é a capacidade de superá-lo, quando ele existe, por uma vontade mais forte e mais generosa. Já não é (ou já não é apenas) fisiologia, é força de alma, diante do perigo. Já não é uma paixão, é uma virtude, e a condição de todas. Já não é a coragem dos durões, é a coragem dos doces, e dos heróis. Digo que essa coragem é a condição de qualquer virtude; e eu dizia a mesma coisa, talvez estejam lembrados, da prudência. Por que não? Por que as virtudes seriam condicionadas por uma só dentre elas? As outras virtudes, sem a prudência, seriam cegas ou loucas; mas, sem a coragem, seriam vãs ou pusilânimes. O justo, sem a prudência, não saberia como combater a injustiça; mas, sem a coragem, não ousaria empenhar-se nesse combate. Um não saberia que meios utilizar para alcançar seu fim; outro recuaria diante dos riscos que eles supõem. O imprudente e o covarde não seriam, pois, verdadeiramente justos (de uma justiça em ato, que é a verdadeira justiça), nem um nem outro. Qualquer virtude é coragem; qualquer virtude é prudência. Como o medo poderia substituir esta ou aquela? É o que explica muito bem santo Tomás: tanto quanto a prudência, embora de forma diferente, a fortitudo (a força de alma, a coragem) é “condição de qualquer virtude” ao

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mesmo tempo em que, diante do perigo, é uma delas. Virtude geral, pois, e cardeal propriamente, pois suporta as outras como um pivô ou um gonzo (cardo), já que se requer para qualquer virtude, dizia Aristóteles, “agir de maneira firme e inabalável” (é o que podemos chamar de força de alma); mas também virtude especial (que chamamos de coragem, estritamente), que permite, como dizia Cícero, “enfrentar os perigos e suportar os labores”. Porque a coragem, notemos de passagem, é o contrário da covardia, decerto, mas também da preguiça ou da frouxidão. É a mesma coragem nos dois casos? Sem dúvida não. O perigo não é o trabalho; o medo não é o cansaço. Mas é preciso superar, nos dois casos, o impulso primeiro ou animal, que preferiria o repouso, o prazer ou a fuga. Na medida em que a virtude é um esforço – sempre o é, fora a graça ou o amor -, toda virtude é coragem, e é por isso que a palavra “covarde”, notava Alain, é “a mais grave das injúrias”. Não porque a covardia seja o pior no homem, mas porque sem coragem não se poderia resistir ao pior em si ou em outrem. Resta saber que relação a coragem mantém com a verdade. Platão interrogou-se muito sobre esse ponto, tentando, sem nunca conseguir de maneira satisfatória, reduzir a coragem ao saber (no Laques e no Protágoras) ou à opinião (na República). A coragem seria “a ciência das coisas temíveis e das que não o são”, explica, ou pelo menos a “salvaguarda constante de uma opinião reta e legitimamente acreditada sobre as coisas que são ou não são temíveis”. Era esquecer que a coragem supõe o medo e se contenta com enfrentá-lo. Podemos mostrar coragem diante de um perigo ilusório; e ela pode nos faltar diante de um perigo comprovado. O medo comanda. O medo basta. Medo justificado ou não, legítimo ou não, razoado ou desarrazoado? Não é esse o problema. Dom Quixote dá prova de coragem contra seus moinhos, ao passo que a ciência, embora muitas vezes tranqüilize, nunca deu coragem a ninguém. Não há virtude que resista mais ao intelectualismo. Quantos ignorantes heróicos? Quantos eruditos covardes? Os sábios? Se o fossem inteiramente, não teriam mais medo de nada (como se vê em Epicuro ou em Spinoza), e qualquer coragem lhes seria inútil. Os filósofos? É indiscutível que precisam de coragem para pensar; mas o pensamento nunca bastou para lhes dar coragem. A ciência ou a filosofia podem, às vezes, dissipar os medos, dissipando seus objetos; mas a coragem, repitamos, não é ausência de medo, é a capacidade de enfrentá-lo, de dominá-lo, de superá-lo, o que supõe que ela existe ou deveria existir. O fato de um eclipse, por exemplo, para um moderno e graças ao saber que temos a seu respeito, já não ser motivo de temor não nos dá, em relação a ele, nenhuma coragem – no máximo, tira-nos uma oportunidade de dar prova de coragem… ou de sua falta. Do mesmo modo, se pudéssemos nos convencer, com Epicuro, de que a morte não é nada para nós (ou, com Platão, de que é desejável!), não precisaríamos mais de coragem para suportar a idéia de morrer. A ciência basta num caso, a sabedoria ou a fé bastariam no outro. Mas só precisamos de coragem justamente quando estas não bastam, ou por estarem ausentes, ou por serem, em relação a nossa angústia, sem pertinência ou sem eficácia. O saber, a sabedoria ou a opinião dão ou tiram ao medo seus objetos. Não dão coragem, dão a oportunidade de servir-se dela ou dispensá-la.

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Foi o que Jankélévitch bem viu: a coragem não é um saber, mas uma decisão, não é uma opinião, mas um ato. É por isso que a razão aqui não basta: “O raciocínio nos diz o que devemos fazer, se o devemos, mas não nos diz que devemos fazê-lo; e menos ainda ele mesmo faz o que diz.” Se há uma coragem da razão, ela está apenas em que a razão nunca tem medo, quero dizer que nunca é a razão que em nós se atemoriza ou

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se assusta. Cavaillès sabia disso, como também que a razão não basta para agir ou querer: não há coragem more geometrico, nem ciência corajosa. Vá demonstrar, sob tortura, que não se deve falar! Aliás, se essa demonstração fosse possível, quem poderia acreditar que bastasse? A razão é a mesma, em Cavaillès (que não falou…) e em qualquer outro. Mas a vontade não; mas a coragem não, e a coragem nada mais é que a vontade mais determinada e, diante do perigo ou do sofrimento, mais necessária. Toda razão é universal; toda coragem, singular. Toda razão é anônima; toda coragem, pessoal. É por isso, aliás, que é preciso coragem para pensar, às vezes, como é preciso para sofrer e lutar, porque ninguém pode pensar em nosso lugar – nem sofrer em nosso lugar, nem lutar em nosso lugar -, e porque a razão não basta, porque a verdade não basta, porque é necessário ainda superar em si tudo o que estremece ou resiste, tudo o que preferiria uma ilusão tranqüilizadora ou uma mentira confortável. Daí o que chamamos de coragem intelectual, que é a recusa, no pensamento, de ceder ao medo, a recusa de se submeter a outra coisa que não a verdade, à qual nada assusta e ainda que ela fosse assustadora. É também o que chamamos lucidez, que é a coragem do verdadeiro, mas a que nenhuma verdade basta. Toda verdade é eterna; a coragem só tem sentido na finitude e na temporalidade – na duração. Um deus não precisaria dela. Nem um sábio, talvez, se só vivesse nos bens imortais ou eternos evocados por Epicuro ou Spinoza. Mas isso não é possível, e é por isso que, de novo, precisamos de coragem. Coragem para durar e agüentar, coragem para viver e para morrer, coragem para suportar, para combater, para enfrentar, para resistir, para perseverar… Spinoza chama de firmeza de alma (animositas) esse “desejo pelo qual cada um se esforça por conservar seu ser sob o exclusivo ditame da razão”. Mas a coragem está no desejo, não na razão; no esforço, não no ditame. Trata-se sempre de perseverar em seu ser (é o que Éluard chamará de “o duro desejo de durar”), e toda coragem é feita de vontade. Não estou certo de que a coragem seja a virtude do começo, pelo menos que seja apenas isso, ou essencialmente isso: é preciso tanta a mesma coragem, às vezes mais, para continuar ou manter. Mas é verdade que continuar é recomeçar sempre e que a coragem, não podendo ser “nem entesourada nem capitalizada”, só continua sob essa condição, como uma duração sempre incoativa do esforço, como um começo sempre recomeçado, apesar do cansaço, apesar do medo, e por isso sempre necessário e sempre difícil… “É preciso, pois, sair do medo pela coragem”, dizia Alain; “e esse movimento, que começa cada uma de nossas ações, também está, quando é retido, no nascimento de cada um de nossos pensamentos.” O medo paralisa, e toda ação, mesmo de fuga, furta-se um pouco a ele. A coragem triunfa sobre o medo, pelo menos tenta triunfar, e já é corajoso tentar. Qual virtude, de outro modo? Qual vida? Qual felicidade? Um homem de alma forte, lemos em Spinoza, “esforça-se por agir bem e manter-se alegre”; confrontado com os obstáculos, que são muitos, esse esforço é a própria coragem. Como toda virtude, a coragem só existe no presente. Ter tido coragem não prova que se terá, nem mesmo que se tem. É todavia uma indicação positiva e, literalmente, encorajadora. O passado é objeto de conhecimento e, por isso, mais significativo, moralmente falando, que o futuro, que é apenas objeto de fé ou de esperança – apenas de imaginação. Querer dar amanhã ou outro dia não é ser generoso. Querer ser corajoso na semana que vem ou daqui a dez anos não é coragem. Trata-se apenas de projetos de querer, de decisões sonhadas, de virtudes imaginárias. Aristóteles (ou o discípulo que fala em seu nome) evoca com graça, na Grande moral, os que “se fazem de corajosos porque o risco é para ser corrido daqui a dois anos, e morrem de medo quando estão cara a cara e nariz a nariz com o perigo”. Heróis imaginários, poltrões reais. Jankélévitch, que cita essa frase, acrescenta com razão que “a coragem é a intenção do instante em instância”, que o instante corajoso designa nisso “nosso ponto

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de tangência com o futuro próximo”, em suma, que se trata de ser corajoso, não amanhã ou daqui a pouco, mas “no ato”. Muito bem. Mas o que é esse instante em instância, em contato com o futuro próximo ou imediato, senão o presente que dura? Não precisamos de coragem para enfrentar o que já não é, claro; mas tampouco para superar o que ainda não é. Nem o nazismo nem o fim do mundo, nem meu nascimento nem minha morte são para mim objetos de coragem (a idéia da morte talvez, sendo atual, como também, sob certos aspectos, a idéia do nazismo ou do fim do mundo; mas uma idéia requer muitíssimo menos coragem, nesses domínios, que a própria coisa!). O que há de mais ridículo do que esses heróis por contumácia, que só enfrentam, imaginariamente é claro, perigos excluídos? Todavia, acrescenta Jankélévitch, “também não há ar para a respiração da coragem se a ameaça já foi realizada e se, quebrando o encanto do possível, suspendendo os transes da incerteza, o perigo transformado em infortúnio deixa de ser perigo”. É tão certo assim? Se fosse verdade, a coragem não seria necessária, seria até inútil, contra a dor, física ou moral, contra a enfermidade, contra o luto. Em que situação, porém, precisamos mais dela? Aquele que resiste à tortura, como Cavaillès ou Jean Moulin, quem pode crer que é antes de tudo o futuro, antes de tudo o perigo, que mobilizam sua coragem (que futuro é pior que o presente deles? Que perigo é pior que a tortura?), e não a atroz atualidade do sofrimento? Dirão que a escolha é, então, se é que há escolha, fazer cessar ou continuar esse horror, o que, como toda escolha, só tem sentido com referência ao futuro. Sem dúvida: o presente é uma duração, muito mais que um instante, uma distensão, como dizia santo Agostinho, sempre proveniente do passado, sempre voltada para o futuro. E é necessário coragem, dizia eu, para durar e agüentar, para suportar sem se quebrar essa tensão que nós somos, ou essa divisão entre passado e futuro, entre memória e vontade. É a própria vida, e o esforço de viver (o conatus de Spinoza). Mas esse esforço está sempre presente e, na maioria das vezes, é difícil. Se é o futuro que tememos, é o presente que suportamos (inclusive nosso medo presente do futuro), e a realidade atual do infortúnio, do sofrimento ou da angústia não requer menos coragem, nesse presente que dura, do que a ameaça do perigo ou os transes, como diz Jankélévitch, da incerteza. É verdade para a tortura, e para qualquer tortura. O canceroso, em fase terminal, quem acredita que é apenas diante do futuro, apenas diante da morte, que ele precisa de coragem? E a mãe que perdeu o filho? “Tenha coragem”, dizem-lhe. Se isso se refere ao futuro, como todo conselho, não quero dizer que a coragem seja aqui necessária contra um perigo, ou risco ou uma ameaça, mas sim contra um infortúnio presente, atrozmente presente, e que só está indefinidamente por vir porque é e será, doravante – pois o passado e a morte são irrevogáveis – definitivamente presente. É preciso coragem ainda para suportar uma deficiência, para assumir um fracasso ou um erro, e também essas coragens referem-se antes de tudo ao presente que dura e ao futuro apenas enquanto é, enquanto não pode ser mais que a continuação desse presente. O cego precisa de maior coragem do que aquele que enxerga bem, e não apenas porque a vida para ele é mais perigosa. Irei mais longe até. Na medida em que o sofrimento é pior que o medo, pelo menos sempre que o é, é necessária maior coragem para suportá-lo. Isso depende, é claro, dos sofrimentos e dos medos. Consideremos então um sofrimento extremo: a tortura; e um medo extremo: o medo da morte, o medo da tortura, ambas iminentes. Quem não percebe que é preciso mais coragem para resistir à tortura do que à sua ameaça, ainda que perfeitamente determinada e crível? E quem não preferiria suicidar-se, apesar do medo, a sofrer a esse ponto? Quantos não o fizeram? Quantos lamentaram não ter meios para fazê-lo? Pode ser que seja preciso ter coragem para se suicidar, e sem dúvida sempre é preciso. Menos, contudo, do que para resistir à tortura. Embora a coragem diante da morte seja a coragem das coragens, quero dizer, o modelo ou o arquétipo de todas, ela não é necessariamente nem sempre a maior. É a mais simples, porque a morte é o mais simples. É a mais

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absoluta, se quisermos, porque a morte é absoluta. Mas não é a maior, porque a morte não é o pior. O pior é o sofrimento que dura, é o horror que se prolonga, ambos atuais, atrozmente atuais. E no próprio medo, quem não vê que é preciso coragem para superar a atualidade da angústia, tanto quanto e às vezes mais do que para enfrentar a virtualidade do perigo? Em resumo, a coragem não se refere apenas ao futuro, ao medo, à ameaça; refere-se também ao presente, e sempre está ligada à vontade, muito mais do que à esperança. Os estóicos, que dela fizeram uma filosofia, sabiam disso. Só esperamos o que não depende de nós; só queremos o que depende de nós. É por isso que a esperança só é uma virtude para os crentes, ao passo que a coragem o é para qualquer homem. Ora, o que é necessário para ser corajoso? Basta querê-lo, em outras palavras, sê-lo de fato. Mas não basta esperá-lo, apenas os covardes se contentam com isso. Isso nos leva ao famoso tema da coragem do desespero.

“É nos casos mais perigosos e mais desesperados que se empregam mais ousadia e coragem”, escrevia Descartes; e embora isso não exclua a esperança, como ele também diz, exclui que a esperança e a coragem tenham o mesmo objeto ou se confundam. O herói, diante da morte, bem pode esperar a glória ou a vitória póstuma de suas idéias. Mas essa esperança não é o objeto de sua coragem e não poderia fazer as vezes dela. Os covardes esperam a vitória, tanto quanto os heróis; e, sem dúvida, só se foge tendo esperança da salvação. Essas esperanças não são coragem, nem bastam, infelizmente, para dá-la. Isso não quer dizer, é claro, que a esperança sempre seja uma quantidade desprezível! Ela pode reforçar a coragem ou sustentá-la, isso é ponto pacífico, e Aristóteles já o

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havia ressaltado: é mais fácil ser bravo no combate quando se espera vencê-lo. Mas isso é ser mais corajoso? Pode-se pensar o contrário: já que, de fato, a esperança fortalece a coragem, é necessário ser corajoso, sobretudo, quando falta esperança; e o verdadeiro herói será aquele que for capaz de enfrentar não apenas o risco, que risco sempre há, mas, se preciso, a certeza da morte ou, mesmo, pode acontecer, da derrota final. É a coragem dos vencidos, que não é menor, quando estes a têm, nem menos meritória, longe disso, do que a dos vencedores. Que podiam esperar os insurretos do gueto de Varsóvia? Nada para eles mesmos, pelo menos, e por isso mesmo sua coragem foi ainda mais patente e heróica. Por que combater então? Porque é preciso. Porque o contrário seria indigno. Ou pela beleza do gesto, como se diz, estando entendido que essa beleza é de ordem ética e não estética. “As pessoas verdadeiramente corajosas só agem pela beleza do gesto corajoso”, escrevia Aristóteles, só “pelo amor ao bem”, como também se pode traduzir, ou “impelidas pelo sentimento da honra”. As paixões, sejam elas cólera, ódio ou esperança, também podem intervir e prestar seu concurso. Mas a coragem, sem elas, ainda é possível, e mais necessária, e mais virtuosa. Lê-se, inclusive, em Aristóteles que a coragem, em sua forma mais elevada, é “sem esperança”, ou até “antinômica da esperança; pelo simples fato de não ter mais nenhuma esperança, o homem corajoso diante de uma doença mortal o é mais do que o marinheiro na tempestade; daí ‘os que a esperança sustenta já não serem, por isso, bravos verdadeiros’, assim como aqueles que têm a convicção de serem mais fortes, de poderem triunfar no combate”. Não estou certo de que se possa ir tão longe, ou pelo menos que isso não seja, a partir de uma interpretação um tanto unilateral, levar Aristóteles até onde eu aceitaria chegar, por minha parte e pelo menos no abstrato, porém mais longe, temo, do que ele queria chegar ou do que consentiria em nos acompanhar. Não tem importância, é só história da filosofia. A vida nos ensina que é preciso coragem para suportar o desespero, e também que o desespero, às vezes, pode dar coragem. Quando não há mais nada a esperar, não há mais nada a temer: eis toda coragem disponível, e contra toda esperança, para um combate presente, para um sofrimento presente, para uma ação presente! É por isso que, explicava Rabelais, “de acordo com a verdadeira disciplina militar, nunca se deve pôr o inimigo em situação de desespero, porque essa necessidade multiplica sua força e aumenta sua coragem”. Pode-se temer tudo de quem nada teme. E o que temeriam, se nada mais têm a esperar? Os militares sabem disso e tratam de evitá-lo, do mesmo modo que os diplomatas ou os estadistas. Toda esperança dá margem a outra; todo desespero, a si. Para se suicidar? Muitas vezes há coisa melhor a ser feita: a morte nada mais é que uma esperança como outra. Alain, que foi soldado, e soldado corajoso, encontrou na guerra alguns heróis de verdade. Eis o que diz deles: “Sem dúvida, é preciso não esperar mais nada para ser totalmente bravo; e vi tenentes e subtenentes de infantaria que pareciam ter posto um ponto final em sua vida; sua alegria me dava medo. Nisso, eu estava na retaguarda; sempre estamos na retaguarda de alguém.” É verdade, e não só na guerra. Alain evoca em outra página a coragem de Lagneau, não mais no combate mas numa sala de aula, seu “desespero absoluto”, graças ao qual ele pensava “com alegria, sem nenhum temor e sem nenhuma esperança”. Mas o que prova nosso medo, a não ser que precisamos de coragem? É igualmente conhecida a fórmula de Guilherme de Orange: “Não é necessário esperar para empreender, nem ter êxito para perseverar.” Diziam-no taciturno, o que não o impediu nem de agir, nem de ousar. Onde se viu que só os otimistas sabem o que é coragem? Sem dúvida é mais fácil empreender ou perseverar quando a esperança ou o êxito estão à vista. Mas, quando é mais fácil, tem-se menos necessidade de coragem. O que Aristóteles mostrou claramente, em todo caso, e com o que cumpre concluir, é que a coragem é inseparável da medida. Não quer dizer, é claro, que não se possa ser

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extremamente corajoso, ou enfrentar um perigo extremo. Mas que é necessário proporcionar os riscos que se correm ao fim que se tem em vista: é bonito arriscar a vida por uma causa nobre, mas insensato fazê-lo por bagatelas ou por puro fascínio pelo perigo. É o que distingue o corajoso do temerário e graças ao que a coragem – como toda virtude, segundo Aristóteles – se mantém no cume, entre esses dois abismos (ou no meio-termo, entre esses dois excessos) que são a covardia e a temeridade: o covarde é submisso demais a seu medo, o temerário despreocupado demais com sua vida ou com o perigo, para poderem ser, um ou outro, verdadeiramente (isto é, virtuosamente) corajosos. A ousadia, ainda que extrema, só é assim virtuosa se temperada pela prudência – o medo contribui para ela, a razão a provê. “A virtude de um homem livre se revela tão grande quanto ele evita os perigos”, escreve Spinoza, “como quando os supera; ele escolhe com a mesma firmeza de alma, ou presença de espírito, a fuga ou o combate.” Quanto ao resto, é bom lembrar que a coragem não é o mais forte, mas sim o destino ou, é a mesma coisa, o acaso. A própria coragem está ligada a ele (basta querer, mas quem escolhe sua vontade?) e a ele permanece submetida. Para todo homem, há o que ele pode e o que ele não pode suportar. O fato de encontrar ou não, antes de morrer, o que o vai abater é uma questão de sorte, pelo menos tanto quanto de mérito. Os heróis sabem disso, quando são lúcidos: é o que os torna humildes diante de si mesmos e misericordiosos diante dos outros. Todas as virtudes se relacionam, e todas se relacionam com a coragem.

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A ARTE DE OUSAR (NOSPERHATT) Ousar é o verbo. Coragem o substantivo. Hoje, sempre, os advérbios.

Nunca pensei em mim mesma como uma pessoa ousada. Aliás, esse é um conceito bastante “demodé” hoje em dia: qualificar alguém como ousado. Esse termo nos remete à épocas passadas, quando se usavam palavras como galhardia, cavalheirismo, casadoira e fósseis afins. E no entanto… procurando um ângulo para este texto, percebi que sim, sou uma pessoa ousada. Tanto no sentido positivo como no sentido pejorativo da palavra - dependendo do ponto de vista de quem me observa. O que me levou do microcosmo - eu - ao macrocosmo - a sociedade, a humanidade. Quanto de nós se perde por falta de ousadia? Ousadia - Definição Mas primeiro vamos definir o que é ousar. O dicionário diz: Ousar v. tr., atrever-se a; ter a ousadia, a coragem de; empreender, abalançar-se. E ainda: Ousadia s. f., qualidade do que é ousado; ato audacioso; atrevimento;

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destemor; arrojo; coragem; audácia; galhardia. Empreender, atrever-se a; ato audacioso, destemor, coragem. Palavras grandiosas, muito distantes do nosso dia-a-dia, não é? Não deveria ser assim. Retomo minha pergunta: Quanto de nós se perde por falta de ousadia?

Perdemos oportunidades; não ousamos tentar, por medo de errar. Perdemos afetos; não ousamos amar. Perdemos pessoas; não ousamos dizer “eu te amo”, “você é importante”. Perdemos descobertas; não ousamos experimentar coisas novas. Perdemos tempo; não ousamos dizer não, nem sim. Perdemos personalidade; não ousamos “sacudir o barco”, dizer o que realmente pensamos. Perdemos vida, por que não ousamos viver. Sem uma certa dose de ousadia, a vida nada mais é do que um tedioso corredor da morte. Há que se diferenciar ousadia de comportamento impensado (e até mesmo estúpido). Ousar é uma arte. Se você está pensando que ousar é dizer umas quantas verdades ao seu chefe, sem pensar nas consequências, está muito enganado! A ousadia frutífera tem dois pilares: a coragem e a inteligência. Por tanto, não venha se queixar se acabar jogando fora seu emprego, inspirada no meu texto! Ousadia: Medo X Coragem Quando se trata de ousar, estamos falando de dar um passo em direção ao desconhecido, e o medo quase sempre se faz presente - se você tem um mínimo de bem senso e instinto de auto-conservação, claro. Aqui entra em cena um famoso clichê-verdade: coragem não significa não sentir medo, mas seguir em frente apesar do medo. Nem todo mundo tem capacidade para isso. A covardia, o comodismo, a mediocridade, são moedas correntes na nossa sociedade. Aprendemos desde cedo a “deixar pra lá”, a escolher o caminho mais fácil, a baixar a cabeça, a seguir a opinião da maioria, a “encaixar”. Somos ensinados a permitir que a atração natural que sentimos pelo que é prazeiroso, bloqueie nossa aceitação de experiências menos agradáveis. Rejeitamos a mudança

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porque ela nos causa insegurança. Concordamos com o outro, com o único intuito de evitar o confronto. Evadimos a todo custo qualquer tipo de problema ou desconforto; vivemos no que eu chamo de “mentalidade de boiada”. Nem só de Prazer Vive o Homem

A busca do prazer acima de todas as coisas, e a rejeição de tudo o que não produz prazer, é um estágio infantil da psicologia humana. Após uma certa idade (que eu localizaria nos anos que transitam entre o final da adolescência e o começo da idade adulta) o ser humano deveria amadurecer, e aprender que a vida é mais do que somente prazer. A partir daí é que a arte de ousar pode ser exercida com consciência, de forma produtiva e frutífera. As crianças ousam por instinto; por necessidade de conhecer o mundo que as rodeia e estabelecer seus limites; por completa ignorância dos riscos inerentes aos seus atos. E aí temos outra diferença, que expressa o quanto uma pessoa cresceu e amadureceu. A criança ousa para saber quem é. O adulto necessita saber quem é, para poder ousar. É Preciso Auto-conhecimento

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Explico: somente sabendo quem você é - quais são suas fortalezas e debilidades, suas virtudes e defeitos, seus princípios e expectativas, quê coisas são importantes para você - poderá definir com propriedade o que realmente deseja, quanto está disposto a arriscar, o que é inaceitável, e de quais coisas está disposto a abrir mão. Baseando-se nessa claridade, é que se pode ousar, não com segurança (o que seria uma incongruência) mas com consciência. Lembre-se: ousar é um risco, uma aposta; não há garantias, é impossível ganhar sempre. Perder faz parte do jogo. Você decide quanto quer arriscar. (O PICK UP É UM JOGO DE OUSADIA,VENCE QUEM ARRISCA MAIS.)BY closer-Pua(antigo trick)

Você é eficiente ou eficaz? (psicólogo Eduardo Santos)

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Há certas palavras que ganham significado e conotação novos dependendo de onde são usadas. No mundo corporativo isto é muito comum. São jargões profissionais que são cunhados para traduzir ou sintetizar uma idéia, um modo de pensar. Um bom exemplo disto são as palavras eficiência e eficácia. Nos dicionários trata-se de sinônimos, porém no dia-a-dia organizacional elas têm significados distintos. Talvez tudo tenha começado por um novo conceito em um livro ou palestra sobre gestão. Na verdade não sei a origem da distinção, o que sei é que tanto no Aurélio quanto no Michaelis os dois termos são dados como sinônimos. Lá encontramos: Eficiência: Ação, força, virtude de produzir um efeito; eficácia. Eficaz: Que age com eficiência. Eficácia: Qualidade ou propriedade de eficaz; eficiência. Contudo, estas duas palavras são usadas para designar duas formas diferentes de fazer. Eficiência, no "dialeto" corporativo significa fazer certo. Enquanto eficácia traduz-se por fazer da maneira certa. E nisto consiste uma grande diferença. Isto porque podemos alcançar uma meta, porém despendendo um esforço e recursos maiores do que o necessário. Vejamos um exemplo. Imagine que a missão de dois profissionais seja ir de Juiz de Fora a Belo Horizonte. Ambos saem no mesmo horário, porém um pega a BR 040 e chega ao destino em 3 horas, perfazendo 280 km do trajeto e consumindo cerca de 28 litros de gasolina. O segundo motorista resolve seguir o caminho passando por Manhumirim e de lá para BH. Resultado gasta 16 horas de viagem num trajeto superior a 1000 Km tendo um consumo de mais de 100 litros de gasolina. Como não estipulamos um prazo máximo para o cumprimento da missão, ambos foram eficientes, pois cumpriram o que deviam, ou seja, chegaram ao destino. Porém, o primeiro, além de eficiente foi eficaz. E você tem sido eficiente ou eficaz?

Sempre que somos eficazes somos eficientes, porém o inverso não é verdadeiro. Enquanto a eficiência está ligada ao resultado, ao produto, ao objetivo final a eficácia vai além. Está vinculada ao método ao como foi feito e não apenas se foi feito. A verdade é que vemos hoje em dia muitos profissionais e empresas eficientes, mas poucos eficazes. Na maioria das vezes cumprimos o que temos de fazer, porém de uma forma que exige mais recursos, tempo e energia. O que podemos fazer então? Primeiro estar aberto à mudança. Questionar como temos feito as coisas, nossos

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métodos e estratégias. Precisamos não nos acomodar ao que sempre deu certo. Acredite que mesmo que sempre tenha sido feito de um modo é bem provável que possa ser melhorado. Segundo ponto: invista tempo estudando e planejando suas ações. Você verá o quanto economizará depois. A eficácia exige planejamento, organização. Parar para planejar irá lhe permitir ir muito mais rápido depois, ou pelo menos evitar perdas de tempo maiores e retrabalho. Diz uma história que certa vez um jovem lenhador resolveu desafiar o mestre de seu vilarejo. Este homem era um senhor já de idade, mas muito respeitado em sua profissão. Conhecia todas as técnicas e era quem tinha sempre a maior produção entre os lenhadores. O jovem, convencido de que era melhor do que ele fez o desafio. Nesta região, estes desafios eram eventos que agitavam os moradores locais. Ser o melhor lenhador era um título que conferia status, respeito e admiração. O jovem se preparou muito até o dia marcado. Chegando, cumpriram todo o ritual que deveria anteceder à competição. Cada qual deveria usar apenas um machado. Venceria aquele que cortasse mais árvores num período de 8 horas. Cabe aqui um pequeno comentário. Para que a história não tenha um sentido politicamente incorreto, ou seja, antiecológico. Vale destacar que tratava-se de um reflorestamento específico para fins industriais e que o mesmo estava dentro das regras ambientais. Assim dito, foi iniciado o embate. Ambos começaram a atividade com vigor. Após um longo período, o lenhador mais jovem, ao olhar para trás viu o mestre sentado. E continuou a labuta. Por várias vezes o mancebo ao olhar em direção ao experiente lenhador o via sentado. Logo imaginou o cansaço do mesmo devido à idade e que com isto a vitória seria fácil. Ao final do período estipulado, os juízes foram contar o número de árvores que cada um havia derrubado. O sorriso do jovem traduzia sua certeza de vitória. Porém, o mesmo se viu decepcionado ao ouvir o resultado. Havia perdido por uma boa diferença. Inconformado questionou ao mestre como poderia ter perdido se sempre que olhava para trás o via sentado. O experimentado senhor disse-lhe: todas as vezes que me via sentando eu estava a amolar meu machado. Enquanto o jovem lenhador só se preocupava com a tarefa (derrubar árvores) seu machado ia cegando. A cada nova árvore era necessário despender muito mais força e tempo. Ao contrário do mestre que planejou e se preocupou no como fazer melhor. Esta é a grande distinção entre o significado de eficiência e eficácia. Imagine quem estava mais exausto ao final da competição. Certamente o mais jovem e não o mais velho que soube dosar sua energia e preparar sua ferramenta adequadamente. Este mesmo efeito pode ser constatado em outro esporte que é a nossa paixão nacional: o futebol. Muitas vezes vemos times ou jogadores de grande vigor físico e de muita correria. Por outro lado, outro jogadores, mesmo que não mais experientes, mas mais talentosos, conseguem com menos exaustão melhores e mais belas jogadas. O que, embora nem sempre, mas na maioria das vezes se converte em gol. Reavalie seus métodos. Descubra um jeito melhor de fazer as coisas. Isto poderá gerar economia de tempo, material, equipamento e poderá traduzir-se em um diferencial em sua carreira ou empresa. Faça certo e da maneira certa. Não fique preso somente ao fazer, mas fazer da melhor maneira possível. Você só tem a ganhar sendo eficaz. Por isto, da próxima vez que lhe perguntarem se você é eficiente ou eficaz, que você possa responder confiante: EFICAZ! Não espere. Faça melhorar!

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PAZ INTERIOR (Rabino Shabsi Alpern)

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Há muitos séculos os grandes filósofos da humanidade têm tentado responder à seguinte pergunta: Qual é o ingrediente básico para uma vida boa e feliz?

Os antigos gregos sustentavam que o conhecimento era a chave da verdadeira felicidade, pois o uso do intelecto induziria o homem a levar uma vida tranqüila e feliz. Os estóicos discordavam dessa teoria. Para eles não o conhecimento, mas sim a força de vontade, era a principal virtude da existência. Aquele que sabia dominar sua vontade, controlar seus apetites e desejos era merecedor de estímulo e louvor. Havia ainda os epicuristas, os quais afirmavam que somente o atributo da serenidade traria contentamento e paz. "Removam o medo" – diziam – "evitem a ansiedade e a dor – então desfrutarão os benefícios da vida." Conta-se que um indivíduo certa vez colocou uma placa num terreno baldio, com os dizeres: "Darei esta propriedade a quem realmente estiver satisfeito." Um rico fazendeiro que passava de carro leu o aviso. Parou, pensando que poderia ganhar o lote, como qualquer outra pessoa. Dirigiu-se ao proprietário, explicando o motivo da vinda. "Você está deveras satisfeito?" perguntou-lhe. "Sim, tenho tudo que necessito e estou plenamente satisfeito" – respondeu o fazendeiro. "Amigo, se você já está satisfeito, então por que deseja o meu lote?" A maioria das pessoas precisa aprender a lição que nos ensina que a satisfação não se encontra nos objetos materiais, mas nas atitudes: devemos ser felizes com o que temos e não nos deixar levar pelo que não possuímos. A alegria não reside no fato de mudar de uma casa pequena para uma grande, de trocar um carro velho por um novo, ou deixar o campo pela cidade. É aquilo que existe dentro de nosso coração que faz da vida um Paraíso ou um Inferno.

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PAZ INTERIOR (Chagdud Tulku Rinpoche )

Uma resposta a essa pergunta realmente requer um ensaio inteiro. Mas basicamente, eu diria que a paz não se deve a circunstâncias externas. Se não temos paz interior, não é porque há algo errado com o mundo exterior. A paz interior é um subproduto direto da própria mente da pessoa, não importa quais condições externas possam existir. Todas as coisas dependem das motivações internas da pessoa. A paz surge agora, na nossa realidade presente, como um resultado direto de todas as ações que tenhamos tomado no passado e de acordo com a nossa motivação interna. Se experimentamos a paz agora, é um resultado de toda a bondade, bons trabalhos e ações compassivas que realizamos anteriormente. E se agora nos falta paz interior, se agora estamos tendo dificuldades, deve-se diretamente a termos sido difíceis antes. Isto é, nossas intenções e ações impuras voltarão para nós como a falta de paz interna. Mas mesmo que tenhamos atrás de nós uma acumulação de comportamento não-pacífico, não é impossível mudar isto. A própria mente tem uma capacidade de mudança intrínseca a ela. O que quer que uma pessoa pense é o que se traduz na realidade da pessoa. Portanto, se a pessoa deseja ter condições cheias de paz, afortunadas, conducentes, a chave de tudo é um coração puro, as aspirações altruístas da própria pessoa, sua motivação pura. As suas ações e as ações dos outros podem não ser tão diferentes; a diferença está no coração, na motivação pelo que você faz. E é isto que faz toda a diferença no resultado de suas ações no mundo. Você deve ter a pureza do seu próprio coração, a pureza de sua própria postura e das intenções em relação aos outros e ao mundo que o rodeia. Essa é a causa-semente de toda a paz interior. ORGASMOS PELA PAZ,NÃO FAÇA GUERRA...PRATIQUE PICK UP.

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MANTENHA O FOCO (BLOG FMN PLURAL)

Priorize sem piedade - sobretudo na vida PESSOAL. Todos nós conhecemos alguém que consegue passar horas a fio com a atenção concentrada em alguma atividade. E, provavelmente, quando éramos crianças, todos nós éramos capazes de manter esse tipo de atenção quando estávamos envolvidos em alguma atividade que nos interessava. Por outro lado, todos conhecemos aquele sujeito que pode ser definido como "o grande fracassado". Ele tinha tudo para dar certo. Era inteligente até demais. Mas começou em uma profissão, largou, passou para outra, largou, depois abriu um negócio que também largou, e passou a vida mudando de uma coisa para outra, de um lugar para outro, até que chegou à conclusão que não valia mais à pena tentar nada de novo.

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Esses dois exemplos mostram formas de lidar com uma das características mais essenciais aos vencedores: a de ter um foco e mantê-lo. A criança que está totalmente envolvida em uma atividade é um exemplo de quem está com sua mente concentrada, sem desvios, em um ponto. O "grande fracassado", por sua vez, é um exemplo de alguém que é totalmente dispersivo, não consegue encontrar ou manter um foco de atenção. Telescópios e microscópios Quando falamos de foco, estamos, na verdade, falando de duas coisas diferentes, mas complementares. E podemos defini-las como o foco do telescópio e o foco do microscópio. O foco do telescópio, em sua vida, é saber o que você quer a longo prazo. Qual é a sua meta? O que deseja realmente, o que o fará feliz? Esse é o problema do "grande fracassado". Ele não foi capaz de estabelecer um foco a longo prazo. E por isso é que ficou pulando de galho em galho. Encontrar esse foco é realmente difícil. As influências da família, da sociedade, da mídia, muitas vezes nos deixam confusos e nos levam a crer que queremos o que eles querem. Para encontrar o seu "foco do telescópio", você precisará se voltar para dentro de si, e esquecer todas essas influências. Imagine-se como um explorador. Você terá que explorar o seu território interno, descobrir suas paisagens, seus vales e relevos. O foco do telescópio, paradoxalmente, o levará a uma viagem para dentro. Para encontrar a sua estrela Vão aqui algumas dicas para que você possa encontrar o seu objetivo, a sua missão. Elas o ajudarão a encontrar a sua estrela guia. 1 - Faça um guia de viagem Como um explorador, seria altamente recomendável que você mantivesse um diário de exploração. Se puder, e se quiser, separe um caderno de anotações para registrar as suas descobertas. 2 - Descubra que território lhe agrada Um explorador nunca vai visitar regiões que simplesmente detesta, não é mesmo? Assim, a primeira informação que você precisa saber sobre si mesmo é descobrir o que realmente gosta de fazer. Escreva uma lista do que lhe agrada. Não tenha pressa - isso pode demorar dias. Anote o que lhe dava prazer quando criança, o que lhe dava prazer quando adolescente e o que lhe agrada fazer hoje. Lembre-se: pessoas muito felizes e muito bem sucedidas são aquelas que fazem seu trabalho com prazer, que não vêem uma distinção entre trabalho e lazer. 3 - Faça uma lista de seus instrumentos de viagem Assim como um explorador precisa ter uma lista do que precisará levar na viagem, você terá que ter a sua lista pessoal. Nela, você irá listar quais são os seus pontos fortes. Determine o que faz bem, as suas qualidades únicas. Esses são os seus instrumentos, a sua mochila, a sua bússola. 4 - Faça uma lista dos obstáculos no território a ser explorado Um explorador estuda detalhadamente o território que irá percorrer, e registra todos os possíveis obstáculos. Da mesma forma, você terá que registrar quais são as suas deficiências e pontos fracos. A melhor forma de supera-los é saber exatamente quais são. 5 - Faça o seu mapa de viagem Sabendo do que gosta, quais as qualidades que tem e quais as deficiências que tem que superar, você já tem todas as ferramentas necessárias para poder estabelecer qual é seu objetivo profissional. Escreva, da forma mais detalhada possível, qual é esse objetivo. Ele será a sua estrela guia, que lhe indicará que caminhos adotar ao longo da jornada.

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ÂNCORAS E ESTRATÉGIAS (Master Practitioner em pnl:RODRIGO ZAMBON)

Estive imerso nas duas últimas semanas em estudar dois temas de grande valor dentro do universo da PNL: Âncoras e Estratégias - duas ferramentas importantes para o nosso autogerenciamento e crescimento pessoal. Como de costume, começo meus artigos com perguntas. E a pergunta deste artigo é: "Por que uma atividade, um projeto ou mesmo uma palestra com um nível melhor, obtém menos sucesso do que uma com um nível aquém das expectativas?". Com esse questionamento pude notar que um medo freqüente, não só nas salas de PNL, é o medo de falar em público. Muitos se sentem retraídos até para se apresentarem aos demais, suam frio e tremem simplesmente para dizerem seus nomes. A PNL possui ferramentas eficazes para mudar esses comportamentos e investigar as possíveis causas que limitam e muitas vezes prejudicam o sujeito a vender, ou apresentar seus trabalhos perante o público. Gostaria agora de introduzir o conceito de Âncoras e vou descrever a técnica de auto-ancoragem "Círculo de Excelência", que nos momentos anteriores às apresentações pode ser feita rapidamente, produzindo um resultado satisfatório e, como embutido no nome da técnica, fornecer uma boa dose de coragem. Uma âncora é qualquer estímulo ou representação tanto externa quanto interna, que gera determinada reação ou estado interno. As âncoras podem ocorrer com

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naturalidade ou serem criadas para fins específicos. Círculo de Excelência Antes de começar, ancoragem é a técnica da PNL utilizada para criar ou modificar respostas associadas a estímulos. Ou seja, com esta técnica vamos criar um estado desejado para as experiências de falar em público. 1 - Pense e identifique um estado desejado; um estado de excelência e de tranqüilidade para a situação. Relembre um momento em que estava tranqüilo, relaxado, repleto de recursos e bem consigo mesmo. 2 - Projete uma imagem de um círculo na sua frente e preencha com a cor que lhe agrada. O círculo e a cor são objetos metafóricos na técnica. Serve apenas para você intensificar seu estado. 3 - Dê um passo a frente e entre neste círculo. Comece a relembrar o momento em que estava no estado desejado. Intensifique a lembrança e perceba os canais sensoriais. Isto é muito importante. 4 - Saia do círculo e observe a si mesmo dentro dele. Como está o seu estado, sua voz, sua expressão facial, e se preciso, modifique a cena para melhor. Realce a experiência. 5 - Escolha agora uma auto-âncora cinestésica; um toque discreto para poder acioná-lo a qualquer momento. Particularmente, gosto de segurar a ponta do dedo indicador da mão esquerda com o polegar e o indicador da mão direita. O local do toque e a intensidade da força são condições essenciais para uma boa ancoragem. 6 - Volte ao círculo, recupere o estado e ancore. 7 - Separe os estados e teste sua âncora. Esta técnica pode ser feita sozinho ou com a presença de um guia. Lembrando que as condições para uma boa ancoragem são: (1) ancorar estados intensos e puros, (2) ancorar no auge do estado, (3) escolher um estímulo único, (4) repetir com precisão.

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Confiança Confiança é um elemento chave para o bom desempenho. Certa vez recebi a incumbência para ministrar uma palestra sobre Mapas Mentais. Apesar de conhecer bem o assunto, me senti desafiado. Nunca havia feito palestras sobre este assunto. Precisamos estar preparados em dois níveis: o de conhecer a matéria e o do preparo psicológico. Estudei alguns dias sobre o tema e como não tinha experiências anteriores como referência, busquei um outro estado de recursos e fiz o Círculo de Excelência. A confiança também vem da experiência. Se você já fez isso uma vez e obteve sucesso, você pode fazer novamente. Fiz também uma visualização de como gostaria de estar após a palestra e tracei dois objetivos que desejava que o público assimilasse. O primeiro era para cultivarem o tempo livre, concentrarem as energias neste tempo precioso e o outro era para suspenderem por alguns instantes a crença que não sabiam desenhar. Com a âncora de recursos, os objetivos traçados e a ponte ao futuro, consegui me sair bem na atividade. Lidando com as Críticas Quando recebemos uma crítica reagimos de diversas maneiras sem antes nos perguntar: “A crítica do outro foi realmente o que aconteceu?”. O primeiro passo para lidar com as críticas é recebê-la em segunda posição. Quando estamos em segunda posição podemos analisar com mais cuidado e aproveitar positivamente a crítica do outro. Quem aprende é o nosso outro eu que posteriormente é absorvido. Essa talvez seja a diferença básica que encontramos nas diversas reações às críticas. As pessoas que reagem bem viam-se a si próprias, ou seja, estavam dissociadas no momento da crítica. Com

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este distanciamento podiam analisá-la com mais frieza e decidir com mais calma o que fazer. Ao contrário disto, as pessoas que se sentem mal com as críticas imaginam o lado negativo e acabam por interiorizar, sem ao menos passá-la pelo questionamento da consciência. É muito fácil levar a crítica para o lado pessoal ou dar muita importância a ela. Vale lembrar que a crítica é micro perante o macro universo ao nosso redor. A crítica de um não pode ter o poder tão grande de nos influenciar negativamente. Conclusão Vivemos num mundo onde quase tudo se tornou perecível. As pessoas não têm mais tempo para ensinar e nem mesmo conversar. No trabalho, em casa, com a família, as exigências aumentaram e junto vieram as críticas e as cobranças. A PNL nos ajuda a criar estados. Podemos ressignificar em poucos minutos as nossas emoções, impressões e conclusões sobre determinada experiência. Sempre vamos ter a escolha: deixar ou não as vicissitudes sociais interferirem no nosso emocional. É claro que corre sangue em nossas veias, mas uma análise profunda da situação pode melhorar e muito nossa reação.

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“The art of attack in approximation in cold... "Quando um membro da irmandade vence,a irmandade vence" ORGASMOS PELA PAZ...NÃO FAÇA GUERRA,PRATIQUE PICK UP.

” por Mystic Produção : The Pick Up Artist Mystic Edição do texto : Pua Paulo Cezar “É sempre uma honra ajudá–lo nessa grandiosa jornada, meu velho e caro amigo Mystic.” Paulo Cezar