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CADERNO DE RESUMOS II FÓRUM CPC: DEBATES SOBRE PATRIMÔNIO CULTURAL Universidade de São Paulo Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária Centro de Preservação Cultural II FÓRUM CPC Data: 08, 15, 22 e 29 de abril de 2013 Local: Centro de Preservação Cultural-USP Rua Major Diogo, 353 - Bela Vista, São Paulo

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CADERNO DE RESUMOS

II FÓRUM CPC: DEBATES SOBRE PATRIMÔNIO CULTURAL

Universidade de São PauloPró-Reitoria de Cultura e Extensão UniversitáriaCentro de Preservação Cultural

II FÓRUM CPCData: 08, 15, 22 e 29 de abril de 2013Local: Centro de Preservação Cultural-USP Rua Major Diogo, 353 - Bela Vista, São Paulo

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Coordenação Científica Prof. Dr. Antonio Augusto Arantes (UNICAMP)Prof. Dr. José Tavares Correia de Lira (CPC/ FAU-USP)Prof.ª Dr.ª Beatriz Mugayar Kühl (FAU-USP)Dra. Sabrina Studart Fontenele Costa (CPC-USP)

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOReitor Prof. Dr. João Grandino RodasVice-Reitor Prof. Dr. Hélio Nogueira da Cruz

PRÓ-REITORIA DE CULTURA E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIAPró-Reitora Profa. Dra. Maria Arminda do Nascimento ArrudaPró-Reitor Adjunto Prof. Dr. José Ricardo de Carvalho Mesquita AyresPró-Reitora Adjunta de Cultura Profa. Dra. Marina Mitiyo YamamotoSuplente da Pró-Reitora Lucas Antônio Moscato

CENTRO DE PRESERVAÇÃO CULTURALDiretor Prof. Dr. José Tavares Correia de LiraVice-Diretora Profa. Dra. Rose Satiko Gitirana Hikiji

Comissão Organizadora Prof. Dr. Antonio Augusto Arantes (UNICAMP)Prof.ª Dr.ª Beatriz Mugayar Kühl (FAU-USP)Prof. Dr. José Tavares Correia de Lira (CPC/ FAU-USP)

equipeDra. Sabrina Studart Fontenele CostaMaria Beatrice F. T. RodriguesLuciana Lischewski MattarCláudia D’Arco

Projeto Gráfico Maria Beatrice F. T. RodriguesLuciana Lischewski Mattar

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II FÓRUM CPC USPDEBATES SOBRE PATRIMÔNIO CULTURAL

CADERNO DE RESUMOS08,15, 22 e 29 de abril de 2013

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APRESENTAÇÃO

PROGRAMAÇÃO

MESA 1 HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA DO PATRIMÔNIO debatedora Prof.ª Dr.ª Ana Lanna

MESA 2 PATRIMÔNIO INTANGÍVELdebatedor Prof. Dr. José Guilherme Cantor Magnani

MESA 3 DESAFIOS À PRÁTICA PRESERVACIONISTA debatedora Prof.ª Dr.ª Marly Rodrigues

MESA 4 MUSEUS E O PATRIMÔNIO CIENTÍFICOdebatedor Prof. Dr. André Mota

MESA 5 ACERVOS E PRESERVAÇÃO DOCUMENTALdebatedora Prof.ª Dr.ª Johanna Smit

MESA 6 PRESERVAÇÃO E ACERVOS ICONOGRÁFICOSdebatedora Prof.ª Dr.ª Vânia Carvalho

MESA 7 GESTÃO DA CONSERVAÇÃO E DO RESTAURO debatedora Prof.ª Dr.ª Cláudia Carvalho

MESA 8 PATRIMÔNIO E GESTÃO DA CIDADEdebatedora Prof.ª Dr.ª Nádia Somekh

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II FÓRUM CPC USP: DEBATES SOBRE PATRIMÔNIO CULTURAL

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II FÓRUM CPC USP: DEBATES SOBRE PATRIMÔNIO CULTURAL

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apresentação

O Fórum CPC de Debates sobre o Patrimônio Cultural busca promover a discussão de projetos e pesquisas em andamento relativos aos diversos aspectos e modalidades do tema, como as tradições e desafios de gestão do patrimônio, patrimônio intangível, patrimônio científico, acervos documentais e iconografias, gestão e intervenção no patrimônio arquitetônico e urbano.

Esta segunda edição do Fórum CPC realizou-se a partir de uma seleção criteriosa – a partir de duas diferentes fases de análise– das dezenas de propostas recebidas dos mais diversos lugares e instituições do país. Organizado a partir de oito temáticas diferentes, o eixo comum entre as mesas é a discussão das práticas do patrimônio cultural na atualidade. Espera-se que as propostas contribuam para a formação de um espaço interdisciplinar de crítica e interação em torno dessa temática, especialmente em seus aspectos teóricos, práticos, políticos e jurídicos.

A Coordenação Científica

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8 DE ABRIL

14h ABERTURA

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mesa1HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA DO PATRIMÔNIODebatedora: Prof.ª Dr.ªAna Lanna (FAU-USP/CONDEPHAAT)

14h30 às 16h30

Diogo de Souza Brito O SPHAN/Pró-Memória e a preservação do patrimônio cultural no Brasil (1975-1990)

Diálogos sobre a preservação do patrimônio cultural na América: o caso de Edson Motta no SPHAN-DPHAN

Maria Sabina Uribarren

mesa2PATRIMÔNIO INTANGÍVELDebatedor: Prof. Dr. José Guilherme C. Magnani (FFLCH-USP)

17h às 19h

Maria Patrícia L. GoldfarbEmanuel Oliveira Braga

Carla Gisele Moraes

Inventário Nacional de Referências Culturais dos engenhos de açúcar, rapadura e cachaça da Paraíba: levantamento preliminar

A dinâmica histórica registrada nos processos de reconhecimento do Patrimônio Cultural Imaterial: comparação entre registros do Brasil e do México

Luana Soncini

II FÓRUM CPC USP: DEBATES SOBRE PATRIMÔNIO CULTURAL

programação

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mesa3DESAFIOS À PRÁTICA PRESERVACIONISTADebatedora: Prof.ª Dr.ª Marly Rodrigues

14h às 16h

Beatriz Accioly Vaz Os grilhões do patrimônio: reflexões sobre as práticas do IPHAN relacionadas aos quilombos

Efeitos colaterais na salvaguarda do patrimônio imaterial: a instrumentalização da memória da comunidade quilombola colombiana San Basílio de Palenque com finalidades políticas e econômicas

Aline Khoury

mesa4MUSEUS E O PATRIMÔNIO CIENTÍFICODebatedor: Prof. Dr. André Mota (Museu Histórico FMUSP)

16h30 às 19h

Josiane Roza de Oliveira Patrimônio Cultural da Ciência e da Tecnologia: aproximações preliminares de uma análise comparativa entre a Casa de Oswaldo Cruz e o Museu de Astronomia e Ciências Afins 1985-2010

Aproximando os fósseis da população do Munícipio de Coração de Jesus (MG): uma discussão sobre patrimônio

O Museu de Anatomia Veterinária da FMVZ-USP (MAV): reflexões e perspectivas de um museu universitário

Maria Isabel LandimAlberto B. de

CarvalhoHussam Zaher

Marcia F. LourençoMariana Galera Soler

Mauricio C. da Silva

II FÓRUM CPC USP: DEBATES SOBRE PATRIMÔNIO CULTURAL

programação

15 DE ABRIL

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mesa5ACERVOS E PRESERVAÇÃO DOCUMENTALDebatedora: Prof.ª Dr.ª Johanna Smit (ECA/USP)

14h às 16h

Nayara Cavalini de Souza A Produção documental dos Processos de Tombamento no IPHAN e a Portaria IPHAN n.11, de 11 de setembro de 1986

Reflexões sobre o processo de elaboração da Política de Preservação e Gestão de Acervos Culturais das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz – Fiocruz

Marcos José de A. PinheiroCarla Maria T. Coelho

Liene Wegner

mesa6PRESERVAÇÃO E ACERVOS ICONOGRÁFICOSDebatedora: Prof.ª Dr.ª Vânia Carvalho (Museu Paulista)

16h30 às 19h

Cláudio Antonio Santos Lima Carlos

O Patrimônio Documental do Campus Seropédica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Vocabulário controlado para acervos fotográficos: desafios para desenvolvimento em arquivos públicos

Ivany SevarolliRicardo Mendes

II FÓRUM CPC USP: DEBATES SOBRE PATRIMÔNIO CULTURAL

programação

22 DE ABRIL

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mesa7GESTÃO DA CONSERVAÇÃO E DO RESTAURODebatedora: Prof.a Dr.a Cláudia Carvalho (Fundação Casa de Rui Barbosa)

14h às 16h

Jorge Eduardo L. Tinoco Plano de Gestão da conservação para edificações de valor cultural

Restauro e readequação do Edifício da Bolsa Oficial do Café de Santos/ Museu do Café

Lucio Gomes MachadoJosé Alfredo Q. dos Santos

Raquel Blaia Anadeu

mesa8PATRIMÔNIO E GESTÃO DA CIDADEDebatedora: Prof.ª Dr.ª Nádia Somekh (DPH/FAU-MACKENZIE)

16h30 às 19h

José Antonio C. Zagato Um órgão. Nove cidades. Proteção, planejamento e gestão em conjuntos urbanos tombados pelos CONDEPHAAT

Políticas públicas e Patrimônio Cultural: situação de emergência em São Luiz do Paraitinga/ SP

Brasília-patrimônio: desdobrar desafios e encarar o presente

Leonardo Fangola MartinsLiliane de Castro Vieira

Eduardo Pierrotti Rossetti

II FÓRUM CPC USP: DEBATES SOBRE PATRIMÔNIO CULTURAL

programação

29 DE ABRIL

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Diogo de Souza Brito (USP)

O SPHAN/Pró-Memória e a preservação do pratrimônio cultural no Brasil (1975-1990)

Este projeto de pesquisa tem como objetivo compreender como ocorreu o processo de reformulação do IPHAN que resultou na criação da SPHAN e da FNPM e se esses órgãos lograram êxito em seu projeto de renovar as políticas de preservação do patrimônio histórico e artístico nacional, modernizando as práticas institucionais, ampliando a natureza dos bens protegidos, alterando as relações entre a sociedade e os bens preservados e imprimindo uma nova representação para a cultura brasileira. Para tanto, faz-se premente construir uma narrativa que contemple os significados e valores em jogo para os diferentes grupos envolvidos nas disputas pela reformulação das políticas de preservação no Brasil dos anos 1980.

mesa1HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA DO PATRIMÔNIOProf.ª Dr.ª Ana Lanna (FAU-USP/CONDEPHAAT) DEBATEDORA

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Maria Sabia Uribarren (FAU-USP)

Diálogos sobre a preservação do patrimônio cultural na América: o caso de Edson Motta no SPHAN-DPHAN

Edson Motta (1910-1981) dirigiu o Setor de Recuperação de Obras de Arte da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (DPHAN) entre 1947 e 1976. O setor (que neste trabalho será identificado como “laboratório-ateliê”) – dedicou-se à conservação e restauração dos bens móveis e integrados à arquitetura e foi espaço de ação de profissionais não arquitetos, destacando-se seu chefe, Motta, pela articulação que estabeleceu com grupos preservacionistas de fora do Brasil.

A pesquisa em andamento, no curso de Pós-graduação da FAU-USP, visa o aprofundamento da atuação de Motta no SPHAN-DPHAN, para entender de que redes de contatos valeu-se este restaurador, em que jogos de autoridade e subordinação entrou e como administrou conflitos e tensões para assim encontrar um espaço de ação na instituição, e, fundamentalmente, pretende ampliar a compreensão do SPHAN-DPHAN como instituição que estabeleceu articulações com outros grupos preservacionistas da América servindo-se de situações internacionais e institucionais que as propiciaram.

mesa1HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA DO PATRIMÔNIOProf.ª Dr.ª Ana Lanna (FAU-USP/CONDEPHAAT) DEBATEDORA

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Maria Patrícia L. Goldfarb (UFPB)Emanuel Oliveira Braga (IPHAN)Carla Gisele Moraes (IPHAN)

Inventário Nacional de Referências Culturais dos engenhos de açúcar, rapadura e cachaça da Paraíba: levantamento preliminar

O INRC dos engenhos da Paraíba é uma pesquisa desenvolvida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em parceria com a Universidade Federal da Paraíba utilizando a metodologia do IPHAN para o Inventário Nacional de Referências Culturais. Iniciada em julho de 2012, tem como objetivo localizar informações acerca das referências culturais associadas aos engenhos da Paraíba no acervo literário, documental e bibliográfico localizado em arquivos documentais e bibliográficos do estado. O recorte espacial abrange a zona da mata, o sertão e o Brejo paraibano e o recorte temporal abrange todo o período de ocorrência de engenhos nas áreas estudadas (séculos XVI a XXI). A equipe de pesquisa formada por profissionais da Antropologia, História, Geografia e Arquitetura, pretende conferir ao tema uma abordagem multidisciplinar, buscando a compreensão da ocorrência de engenhos na Paraíba em sua territorialidade cultural, sob um enfoque ao mesmo tempo histórico e temático, abrangendo três tipologias de engenho – açúcar, cachaça e rapadura – ao longo dos séculos.

mesa2PATRIMÔNIO INTANGÍVELProf. Dr. José Guilherme C. Magnani (FFLCH-USP) DEBATEDOR

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Luana Soncini (PROLAM/USP)

A dinâmica histórica registrada nos processos de reconhecimento do Patrimônio Cultural Imaterial: comparação entre registros do Brasil e do México

Esta apresentação objetiva suscitar o debate sobre a concepção de história que norteia a elaboração de registros dos bens culturais reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial (PCI). Para tanto, serão analisados documentos oficiais produzidos no âmbito desta política cultural no Brasil e no México.

Grande parte das expressões culturais reconhecidas como PCI na América Latina foram historicamente associadas ao conceito de cultura popular, o que remete a uma larga tradição de pensamento no qual é negada a historicidade destas manifestações, bem como a condição de sujeitos históricos dos grupos que as elaboram. O tipo de valorização privilegiado atualmente envolve, ao contrário, o reconhecimento dos processos criativos e dinâmicos de desenvolvimento destas manifestações em seu contexto de produção. A problematização que segue se ocupa de identificar e discutir permanências e mudanças evidenciadas nos documentos oficiais produzidos no âmbito desta política com relação à noção de história e sujeito histórico que norteia o reconhecimento destes bens culturais como PCI.

mesa2PATRIMÔNIO INTANGÍVELProf. Dr. José Guilherme C. Magnani (FFLCH-USP) DEBATEDOR

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Beatriz Accioly Vaz (IPHAN)

Os grilhões do patrimônio: reflexões sobre as práticas do IPHAN relacionadas aos quilombos

A partir da mudança de perspectivas incorporada no texto da Constituição Federal de 1988, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), responsável pela proteção e salvaguarda do patrimônio cultural no Brasil, precisou responder às demandas surgidas pelo reconhecimento dos bens referenciais da matriz afrodescendente, dentre os quais, aqueles relativos às comunidades quilombolas. Assim, o tombamento e, a partir do ano 2000, o registro, instrumentos da política de patrimônio nacional de uso privativo do Iphan, passaram a ser acionados como formas de reconhecimento, proteção e salvaguarda desses bens. Dentro desse universo, o presente artigo propõe, uma reflexão sobre como o(s) patrimônio(s) cultural(is) quilombola(s) vem sendo tratado(s) nesse campo, buscando identificar os conflitos e as possibilidades existentes no reconhecimento de direitos coletivos dessas comunidades através das políticas patrimoniais. Através dessa reflexão, as formas de incorporação do patrimônio “não consagrado” pelo Iphan e a separação do campo do patrimônio cultural em duas áreas distintas – material e imaterial- são problematizadas.

mesa3DESAFIOS À PRATICA PRESERVACIONISTAProf.ª Dr.ª Marly Rodrigues DEBATEDORA

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Efeitos colaterais na salvaguarda do patrimônio imaterial: A instrumentalização da memória da comunidade quilombola colombiana San Basílio de Palenque com finalidades políticas e econômicasAline Khoury (Université Paris V/USP)

O presente trabalho analisa as manipulações estratégicas que podem ser feitas em um programa de salvaguarda de patrimônio imaterial dentro de um contexto de precariedade material. Em tais circunstâncias de carência estrutural, os recursos patrimoniais podem se tornar alvo de disputa das lideranças locais. Estes grupos passam então a instrumentalizar algumas tradições culturais patrimonializadas visando a ganhos políticos e econômicos.

As discussões aqui levantadas partem de um estudo de campo na comunidade quilombola colombiana San Basilio de Palenque, em que o governo da Colômbia desenvolve um projeto de proteção patrimonial desde a inscrição do grupo como Patrimônio Cultural Imaterial da UNESCO em 2008. Este marco diplomático trouxe a Palenque investimentos estatais até então inéditos, incitando por um lado uma tendência à coesão – por meio da proteção legal de seu território e a valorização de suas especificidades culturais frente aos demais cidadãos colombianos – mas por outro lado instigando certa desarmonia local, na medida em que diferentes lideranças passaram a competir pelos novos recursos patrimoniais.

Focando-se nas consequências desta segunda dimensão, o presente trabalho mostra como as lideranças de San Basilio e do governo colombiano vem instrumentalizando os programas de patrimônio imaterial para obter benefícios políticos e financeiros, manipulando de maneira estratégica a noção de “memória palenquera”. O estudo aponta que a ação nesse sentido é feita de um lado por líderes palenqueros, visando a aumentar sua autoridade local e a captar investimentos patrimoniais; e por outro lado por órgãos do governo, a fim de promover uma imagem positiva e apoio eleitoral.

mesa3DESAFIOS À PRATICA PRESERVACIONISTAProf.ª Dr.ª Marly Rodrigues DEBATEDORA

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Esta comunicação pretende tratar da relação entre museus de ciência e o patrimônio cultural. Procura demonstrar as confluências e divergências entre as ideias de preservação da memória da ciência e da tecnologia e o ensino de ciências num momento que antecede a criação do MAST e da Casa de Oswaldo Cruz. Apresenta um paralelo entre essas concepções e a situação contemporânea e questiona sobre a possibilidade de maior inserção da produção do conhecimento histórico nas ações museológicas dessas instituições.

Patrimônio Cultural da Ciência e da Tecnologia: aproximações preliminares de uma análise comparativa entre a Casa de Oswaldo Cruz e o Museu de Astronomia e Ciências Afins (1985-2010)Josiane Roza de Oliveira (FIOCRUZ)

mesa4MUSEUS E O PATRIMÔNIO CIENTÍFICOProf. Dr. André Mota (Museu Histórico FMUSP)DEBATEDOR

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Aproximando os fósseis da população do Munícipio de Coração de Jesus (MG): uma discussão sobre patrimônioMariana Galera Soler (Instituto Butantan)Maria Isabel Landim (Instituto de Biociências/USP)Alberto Barbosa de Carvalho (Museu de Zoologia/USP)Hussam Zaher (Museu de Zoologia/USP)Marcia Fernandes Lourenço (Museu de Zoologia/USP)

As delimitações entre patrimônio cultural e natural remontam a diferentes lógicas e momentos históricos dos quais estes conceitos emergem. Contudo, estes conceitos mostram-se cada vez mais próximos e indissociáveis. Neste trabalho é relatado o desenvolvimento de um projeto no município de Coração de Jesus (MG), onde são realizadas escavações paleontológicas desde o ano de 2005, que culminaram na descoberta do esqueleto parcialmente completo e crânio do dinossauro Tapuiasaurus macedoi (em 2007). Embora esta descoberta tenha sido aclamada na comunidade científica, a população corjesuense esteve à parte desse processo, criando significados próprios para estes fósseis. Neste contexto, foi realizado pelo Museu de Ciências da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária em parceria com o Museu de Zoologia, ambos da Universidade de São Paulo, e a Prefeitura Municipal de Coração de Jesus, um projeto cultural que uniu a Exposição “Cabeça Dinossauro: o novo titã brasileiro” a uma série de ações educativas direcionadas à população local. Este projeto buscou o reconhecimento e valorização do patrimônio fossilífero do município, o fortalecimento dos estudos científicos na região e a disseminação do conhecimento e trabalhos desenvolvidos pela USP. Os resultados apontam que o arcabouço científico apresentado nas ações deste projeto foram também um fator para a valorização dos fósseis de Coração de Jesus. Propõe-se, então, a discussão sobre as interfaces do patrimônio natural e a construção do seu significado por uma população.

mesa4MUSEUS E O PATRIMÔNIO CIENTÍFICOProf. Dr. André Mota (Museu Histórico FMUSP)DEBATEDOR

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O Museu de Anatomia Veterinária da FMVZ-USP (MAV): reflexões e perspectivas de um museu universitárioMauricio Candido da Silva (Museu de Anatomia Veterinária da FMVZ-USP)

Em setembro de 2012 a nova exposição de longa duração do Museu de Anatomia Veterinária da FMVZ USP completou dois anos de existência. Este período, também é marcado pela implantação de uma nova estratégia de trabalho, caracterizada por uma metodologia sistêmica e modular de planejamento e desenvolvimento de ações. Oportuno momento para reflexões e perspectivas. O presente trabalho tem por objetivo destacar aspectos constitutivos e inerentes aos museus universitários, por meio da apresentação das estratégias de gestão e de seus resultados para esta tipologia de museu, utilizando o museu em foco e práticas adotadas como estudo de caso. Além da descrição metodológica desenvolvida e aplicada, são apresentados os resultados e perspectivas futuras. Esperamos com isso compartilhar nossa experiência e contribuir para a reflexão sobre essa tipologia de museus e suas perspectivas de desenvolvimento dentro da Universidade de São Paulo.

mesa4MUSEUS E O PATRIMÔNIO CIENTÍFICOProf. Dr. André Mota (Museu Histórico FMUSP)DEBATEDOR

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A Produção documental dos Processos de Tombamento no IPHAN e a Portaria IPHAN n.11, de 11 de setembro de 1986Nayara Cavalini de Souza (IPHAN)

O projeto parte de um conceito de preservação documental ampliado, baseado nas propostas do arquivista e conservador de acervos americano Paul Conway. Com isto posto, argumenta que pensar sobre a dinâmica conteúdo/suporte na produção de documentação permanente é também uma contribuição para preservação de acervos documentais. Propõe uma análise dos padrões de produção, de discurso e das motivações que embasaram a constituição de arquivos institucionais, com forma de contribuir para a identificação de valores atribuídos à documentação ao longo da trajetória institucional. Com base em observações na experiência do Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio Cultural do IPHAN, bem como das demandas apresentadas pela atuação profissional na conservação preventiva de documentos e do contato com estas fontes documentais, questiona os processos de produção de documentação técnica. Busca analisar como se constrói uma documentação que já nasce permanente, que possibilita uma série de estudos e visões sobre o patrimônio cultural e gerar também questões específicas para a conservação de seus suportes físicos (o papel). Por fim, aborda a dinâmica entre o conteúdo - a informação - e o suporte – o aspecto físico -, aspectos essenciais para a elaboração de planos de preservação de acervos. O presente trabalho visa apresentar algumas questões trabalhadas pela pesquisa, ainda em andamento. O trecho apresentado enfoca, especificamente, a relação entre o Decreto-Lei 25/ 1937 e a Portaria nº 11/1986, dois instrumentos normativos, no que tange à produção documental e aos agentes envolvidos nesta produção.

mesa5ACERVO E PRESERVAÇÃODOCUMENTALProf.ª Dr.ª Johanna Smit (ECA-USP)DEBATEDORA

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Marcos José de Araújo Pinheiro (FIOCRUZ)Carla Maria Teixeira Coelho (FIOCRUZ)Liene Wegner (FIOCRUZ)

Reflexões sobre o processo de elaboração da Política de Preservação e Gestão de Acervos Culturais das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz – Fiocruz

A Casa de Oswaldo Cruz (COC) é a unidade técnico-científica da Fiocruz responsável pela preservação e valorização da memória da instituição em seus campos de atuação. Atualmente, a equipe técnica da COC atua na preservação de edifícios históricos, sítios urbanos, acervos arquivísticos, bibliográficos e museológicos que representam importante fonte de conhecimento.

Como resultado da experiência e do amadurecimento da COC no que tange seus processos de trabalho e instrumentos de gestão e de planejamento institucional foi identificada a necessidade de elaboração de uma Política de Preservação e Gestão de Acervos.

O processo de elaboração desse documento teve início no começo de 2012, com a criação de um Grupo de Trabalho composto por integrantes dos diferentes departamentos e coordenado pela Vice-direção de Informação e Patrimônio Cultural. O documento base elaborado tem como objetivo definir princípios, diretrizes e orientações que devem regeras atividades de gestão e preservação dos acervos culturais das ciências e da saúde sob a guarda da COC.

O processo de construção coletiva do documento contempla sua avaliação por consultores externos ad-hoc, um período de consulta interna e sua submissão ao Conselho Deliberativo da unidade para aprovação, e tem contribuído para uma maior integração entre as diferentes áreas envolvidas. O presente trabalho busca refletir sobre o processo de elaboração – ainda em andamento – da Política de Preservação e Gestão de Acervos Culturais das Ciências e da Saúde e discutir os futuros desdobramentos desse trabalho.

mesa5ACERVO E PRESERVAÇÃODOCUMENTALProf.ª Dr.ª Johanna Smit (ECA-USP)DEBATEDORA

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Cláudio Antonio S. Lima Carlos (UFRRJ)

O Patrimônio Documental do Campus Seropédica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

O presente texto visa apresentar os resultados da pesquisa desenvolvida desde 2009, no Programa de Iniciação Científica da UFRRJ, voltada ao resgate e a divulgação da memória documental da construção do conjunto arquitetônico/ paisagístico do seu campus, localizado no município de Seropédica/RJ e construído no período 1939 – 1948. O citado conjunto em estilo neocolonial recebeu projeto paisagístico de autoria de Reynaldo Dierberger, em estilo romântico inglês. Em virtude de seus atributos estilísticos, foi tombado provisoriamente, em nível estadual, em 1998, e definitivamente, em 2001.

A compreensão do inestimável valor histórico da documentação pesquisada e da importância da sua conservação e divulgação embasou a proposição da pesquisa. Este estudo destaca seu difícil acesso e estado de conservação precário, apontando para ações de identificação, catalogação e análise empreendidas pela pesquisa. Para atingir os objetivos propostos, utilizou-se uma base teórica fundamentada nos princípios conceituais do movimento neocolonial no contexto cultural brasileiro dos anos 1920-1930, que precedeu o processo de identificação, catalogação e análise de pranchas relacionadas aos projetos arquitetônicos das edificações tombadas.

Atualmente, com base na documentação explorada, a pesquisa busca resgatar informações acerca das edificações protegidas que dizem respeito a variações formais não executadas, de detalhes construtivos e ornamentais das edificações protegidas, com vistas à publicação de pôsteres que divulgarão os resultados até então obtidos. A pesquisa possibilitou formar um acervo mais de 1.500 fotos digitais, que serão publicadas, contribuindo para a conscientização da população do campus sobre a importância da preservação da sua memória documental.

mesa6PRESERVAÇÃO E ACERVOS ICONOGRÁFICOSProf.ª Dr.ª Vânia Carvalho (Museu Paulista)DEBATEDORA

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Ivany Sevarolli (AHSP/SMC/PMSP)Ricardo Mendes (AHSP/SMC/PMSP)

Vocabulário controlado para acervos fotográficos: desafios para desenvolvimento em arquivos públicos

O projeto Descrição Arquivística, implantado no Arquivo Histórico de São Paulo-AHSP, procurou estabelecer parâmetros para o gerenciamento de um vocabulário controlado que refletisse a natureza de um arquivo público, expressão das ações da municipalidade no gerenciamento da cidade. Em principio voltado para a coleção fotográfica, esse trabalho exigiu a integração conceitual com a totalidade do acervo, bem como a interação com ferramentas conexas, com diferentes graus de desenvolvimento, como sistema de classificação, tipologia documental e autoridades arquivísticas.

mesa6PRESERVAÇÃO E ACERVOS ICONOGRÁFICOSProf.ª Dr.ª Vânia Carvalho (Museu Paulista)DEBATEDORA

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Jorge Eduardo Lucena Tinoco (CECI)

Plano de Gestão da conservação para edificações de valor cultural

Esta comunicação trata do Plano de Gestão da Conservação como um instrumento de planejamento que estabelece uma política de administração para o uso adequado dos espaços e dos componentes construtivos, bem como da manutenção periódica do imóvel. Aborda a carência atual no âmbito técnico especializado da conservação do patrimônio construído dos procedimentos para elaboração de um documento que concilie os processos políticos e administrativos de dotações orçamentárias e de captações financeiras versus as necessidades técnico-operacionais das obras e dos serviços. O artigo apresenta o case do Plano de Gestão da Conservação da Basílica da Penha, elaborado pelo CECI no ano de 2006, como uma experiência exitosa para a garantia da integridade e autenticidade de um bem cultural construído.

mesa7GESTÃO DA CONSERVAÇÃO E DO RESTAUROProf.ª Dr.ª Cláudia Carvalho (Fundação Casa de Rui Barbosa) DEBATEDORA

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Lucio Gomes Machado (FAU-USP/GMAA)José Alfredo Q. dos Santos (GMAA)Raquel Blaia Anadeu (GMAA)

Restauro e readequação do Edifício da Bolsa Oficial do Café de Santos/ Museu do Café

O Edifício da Bolsa do Café tem grande valor simbólico para a cidade de Santos, sendo núcleo fundamental do seu Centro Histórico. Sofreu diversas intervenções que o descaracterizaram parcialmente por não ter sido suficientemente analisado e levantado e ter sido objeto de projetos incompletos. Atualmente é objeto de novo projeto de intervenção estudado de modo a valorizar suas características originais, adequando-o aos requisitos adequados ao funcionamento de um museu atual, com o concurso de um prédio anexo que abrigará equipamentos de grande porte, potencialmente danosos ao edifício original.

mesa7GESTÃO DA CONSERVAÇÃO E DO RESTAUROProf.ª Dr.ª Cláudia Carvalho (Fundação Casa de Rui Barbosa) DEBATEDORA

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O presente artigo deriva da monografia apresentada para obtenção do título de Especialização em Economia Urbana e Gestão Pública do autor pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Trata-se dos processos de reconhecimento e gestão de nove conjuntos urbanos tombados pelo órgão paulista de patrimônio cultural, o Condephaat, nas cidades de Amparo, Bananal, Cananeia, Iguape, Iporanga, Itu, Santana de Parnaíba, São Luís do Paraitinga e São Sebastião.

Através da abordagem de aspectos históricos, conceituais, administrativos e legais da trajetória da instituição, busca-se debater a gestão preservacionista – anterior e atual – desses bens culturais. Cabe pontuar que o instituto do tombamento foi originalmente criado para a preservação cultural de monumentos isolados, tendo seu uso ampliado no século XX para abarcar amplos tecidos urbanos. A proteção desses conjuntos urbanos pelo Estado demanda interação permanente com outras áreas do conhecimento – como o planejamento urbano – e agentes – administrações municipais e proprietários de imóveis sujeitos a restrições. Nesse sentido, faz-se necessário problematizar a atuação e estrutura do Condephaat, para que, progressiva e efetivamente, se busquem a preservação e a valorização desses bens culturais para a sociedade.

José Antonio C. Zagato (UPPH/SEC. DA CULTURA DO ESTADO DE SP)

Um órgão. Nove cidades. Proteção, planejamento e gestão em conjuntos urbanos tombados pelos CONDEPHAAT

mesa8PATRIMÔNIO E GESTÃO DA CIDADEProf.ª Dr.ª Nádia Somekh (DPH/FAU-MACKENZIE)DEBATEDORA

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Leonardo Fangola Martins (IPHAN)Liliane de Castro Vieira (IPHAN)

Políticas públicas e Patrimônio Cultural: situação de emergência em São Luiz do Paraitinga/ SP

Em janeiro de 2010, a enchente que atingiu a cidade São Luiz do Paraitinga, São Paulo, provocou graves danos aos seus edifícios históricos e à vida cotidiana da comunidade local. As duas principais igrejas da cidade e outros dezoito imóveis ruíram por completo, enquanto outros oitenta edifícios sofreram danos parciais. Quatrocentos imóveis foram inundados; todos os bens pessoais foram danificados pelas águas.

Instâncias públicas e privadas deslocaram suas equipes até a cidade, dispuseram-se a realizar ações emergenciais em apoio à população desabrigada e também a dar início imediato às obras de reconstrução. O Governo Municipal, completamente desestruturado em função da perda da sua documentação e instalações e, ainda, sob o impacto da tragédia na vida pessoal da sua equipe, tardou em instituir um grupo de gerenciamento de crise. Este vácuo temporal, bastante justificável, deu espaço para que os apoiadores externos atuassem descoordenadamente no que entendiam ser as ações de socorro necessárias. Pautados no bom-senso, posteriormente, os diversos entes se articularam em atuações complementares e não pulverizadas.

A partir da experiência de enfrentamento à catástrofe em São Luiz do Paraitinga, este trabalho pretende avaliar a efetividade das ações realizadas, elaborando indicações para Políticas Públicas voltadas a situações semelhantes. Para tanto, serão analisados os comportamentos de entes públicos, privados e da sociedade local diante dos processos adotados naquela situação de emergência e a efetividade das políticas públicas aplicadas àquele contexto.

mesa8PATRIMÔNIO E GESTÃO DA CIDADEProf.ª Dr.ª Nádia Somekh (DPH/FAU-MACKENZIE)DEBATEDORA

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Eduardo Pierrotti Rossetti (UNICEUB/FAU-UNB)

Brasília-patrimônio: desdobrar desafios e encarar o presente

Este artigo tem o objetivo de dar continuidade aos estudos sobre Brasília, com interesse especial pelas questões relativas à preservação e ao patrimônio moderno de Brasília. Quando se trata de uma cidade pensada em perspectiva tão otimista e utópica, encarar sua situação atual e refletir sobre o presente torna-se uma tarefa fundamental. A abordagem crítica dos nexos da arquitetura moderna de Brasília é útil para pautar uma reflexão sobre nossa própria modernidade, ampliando a fortuna crítica de nosso próprio campo epistemológico. O tombamento de Brasília é um fator sine qua non para pensar a cidade e suas arquiteturas. Ao investigar as tensões entre o ideário geral da cidade e o projeto urbano consolidado, é possível debater alternativas e possibilidades novas, desdobrando seu projeto adiante. Para tanto é preciso investigar os desafios técnicos, os aspectos simbólicos e as demandas funcionais referentes à conservação e à preservação de sua arquitetura moderna.

mesa8PATRIMÔNIO E GESTÃO DA CIDADEProf.ª Dr.ª Nádia Somekh (DPH/FAU-MACKENZIE)DEBATEDORA

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