caderno de instruÇÃo operaÇÕes combinadas com carro de combate - fuzileiro blindado - ci 17-36/1

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MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES Caderno de Instrução OPERAÇÕES COMBINADAS COM CARRO DE COMBATE - FUZILEIRO BLINDADO - 1ª Edição - 2002 Experimental Preço: R$ CARGA EM______________ CI 17-36/1

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Page 1: CADERNO DE INSTRUÇÃO OPERAÇÕES COMBINADAS COM CARRO DE COMBATE - FUZILEIRO BLINDADO - CI 17-36/1

MINISTÉRIO DA DEFESAEXÉRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

Caderno de Instrução

OPERAÇÕES COMBINADASCOM CARRO DE COMBATE- FUZILEIRO BLINDADO -

1ª Edição - 2002

Experimental

Preço: R$CARGA

EM______________

CI 17-36/1

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MINISTÉRIO DA DEFESAEXÉRCITO BRASILEIRO

COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

PORTARIA N° 008 - COTER, DE 21 DE NOVEMBRO DE 2001.

Caderno de Instrução CI 17-36-1Operações Combinadas CC - FzoBld

O COMANDANTE DE OPERAÇÕES TERRESTRES, no uso dadelegação de competência conferida pela letra d), item XI, Art. 1° da Portaria N°441, de 06 de setembro de 2001, resolve:

Art. 1° Aprovar, em caráter experimental, o Caderno de Instrução CI17-36-1 Operações Combinadas CC - Fzo Bld.

Art. 2° Estabelecer que a experimentação deste Caderno de Instruçãoseja realizada durante os anos de 2002, 2003 e 2004.

Art. 3° Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de suapublicação.

Gen Ex FREDERICO FARIA SODRÉ DE CASTROComandante de Operações Terrestres

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CI - 17-36/1

OPERAÇÕES COMBINADAS COM CARRO DE COMBATE- FUZILEIRO BLINDADO -

NOTA

O CI 17-36/1 - O Combinado Carro de Combate - Fuzileiro Blindado- foi elaborado pelo Centro de Instrução de Blindados General Walter Pires. Apósrevisão do COTER, foi expedido para experimentação em 2002, 2003 e 2004.

Solicita-se aos usuários deste Caderno de Instrução a apresentaçãode sugestões que tenham por objetivo aperfeiçoá-lo ou que se destinem àsupressão de eventuais incorreções.

As observações apresentadas, mencionando a página, o parágrafo ea linha do texto a que se referem, devem conter comentários apropriados para seuentendimento ou sua justificação.

A correspondência deve ser enviada diretamente ao CIBldGWP, deacordo com Art 78 das IG 10-42 – INSTRUÇÕES GERAIS PARA A CORRES-PONDÊNCIA, PUBLICAÇÕES E OS ATOS NORMATIVOS NO ÂMBITO DOEXÉRCITO, onde serão avaliadas, respondidas e, se for o caso, remetidas aoCOTER para aprovação e divulgação.

1ª EDIÇÃO – 2002Experimental

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ÍNDICE DE ASSUNTOS

Pag

CAPÍTULO 1 – ORGANIZAÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAISARTIGO – O PELOTÃO DE FUZILEIROS BLINDADOS ........................1-1

1-1. Generalidades .............................................................................1-11-2. Organização ................................................................................1-21-3. Missão .........................................................................................1-31-4. Características Básicas da VBTP M113-B ..................................1-3

ARTIGO II – O PELOTÃO DE CARROS DE COMBATE ........................1-51-5. Generalidades .............................................................................1-51-6. Organização ................................................................................1-51-7. Missão .........................................................................................1-61-8. Características dos Carros de Combate .....................................1-6

ARTIGO III – O COMBINADO CARRO DE COMBATE – FUZILEIRO BLIN-DADO .......................................................................................................1-12

1-9. Generalidades .............................................................................1-121-10. Missões das Forças-Tarefas Blindadas ....................................1-171-11. Possibilidades do Combinado ...................................................1-171-12. Limitações do Combinado CC – Fzo Bld ...................................1-241-13. Emprego do Combinado CC – Fzo Bld ......................................1-241-14. O Combinado em Movimento ....................................................1-261-15. Formações de Combate ............................................................1-341-16. Dispositivos do Combinado .......................................................1-391-17. Técnicas de Progressão ............................................................1-43

CAPÍTULO 2 – OPERAÇÕES OFENSIVAS2-1. Generalidades .............................................................................2-12-2. Medidas de Coordenação e Controle ..........................................2-22-3. Marcha para o Combate ..............................................................2-22-4. Reconhecimento em Força .........................................................2-72-5. Ataque .........................................................................................2-82-6. Aproveitamento do Êxito .............................................................2-132-7. Perseguição ................................................................................2-142-8. Situações Diversas ......................................................................2-15

CAPÍTULO 3 – OPERAÇÕES DEFENSIVAS3-1. Defesa de Área ...........................................................................3-13-2. O Combinado como Reserva ......................................................3-103-3. Defesa Elástica ...........................................................................3-113-4. Movimentos Retrógrados – O Combinado na Ação Retardadora 3-123-5. Retraimento .................................................................................3-163-6. Retirada .......................................................................................3-18

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ANEXO A - FRATRICÍDIO .......................................................................A-1A-1. Generalidades ...........................................................................A-1A-2. Causas do Fratricídio ................................................................A-1A-3. Conseqüências do Fratricídio ....................................................A-2A-4. Medidas Preventivas para o Fratricídio .....................................A-2A-5. Reação a um incidente de Fratricídio ........................................A-3

BIBLIOGRAFIA

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CAPÍTULO 1

ORGANIZAÇÃO E CARACTERÍSTICAS GERAIS

ARTIGO I

O PELOTÃO DE FUZILEIROS BLINDADOS

1-1. GENERALIDADES

a. O pelotão de fuzileiros blindados é o elemento básico da Cia/ Esqd FzoBld. Sob determinadas condições poderá ser reforçado por outros grupos decombate ou elementos de apoio de fogo. Pode, também, reforçar outras fraçõescom seus GC e Gp Ap em função da situação tática.

b. O grupo de combate é a menor fração de emprego de fuzileiros blinda-dos.

c. Os Fzo Bld são aptos a operar em conjunto com os elementos de carrosde combate, facilitando o emprego destes, apoiando-os ou precedendo-os naação.

d. Quando desembarcados, poderão ser empregados isolados dos CC,quando o terreno não permitir a progressão de viaturas blindadas.

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1-2. ORGANIZAÇÃO

a. GPS;

b. Rádio nível SU e Pel;

c. Rádio portátil nível Pel e grupo;

d. Binóculo de visão noturna com mira laser;

e. Detetor portátil de minas;

f. Rádio nível pelotão;

g. Luneta para tiro noturno de fuzil com mira laser, e

h. Óculos de visão noturna para todos os integrantes da fração.

Obs: De cada GC, somente 09 homens poderão desembarcar para quepossa ser utilizado o apoio de fogo da Mtr .50.

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a. Cerrar sobre o inimigo, afim de destruí-lo, neutralizá-lo oucapturá-lo, utilizando o fogo, amanobra e o combate aproxima-do.

b. Manter o terreno,impedindo, resistindo e repelindoo ataque inimigo por meio do fogo,do combate aproximado e de con-tra-ataques.

1-3.MISSÃO

1-4.CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DA VBTP M113-B

a. Peso

Pronto para o combate ------------10,6 Ton

b. Velocidade

- À frente ------------------------------62Km/h

- À retaguarda ----------------------- 9,5Km/h

- Na água -----------------------------5,6Km/h

c. Potência do motor ------------------172 hp

d. Combustível

- Tipo de combustível ------------------------------------------ Óleo diesel

- Capacidade total de combustível ------------------------- 300 l

- Consumo (em estrada) -------------------------------------- 1,8 Km/l

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- Consumo (em campo) --------------------------------------- 1,07 Km/l

- Autonomia (em estrada) ------------------------------------ 540 Km

- Autonomia (em campo) ------------------------------------- 321 Km

e. Obstáculos

- Degrau----------------------------------------------------------- 0,60m

- Fosso ------------------------------------------------------------ 1,65m

f. Armamento

- Principal ----------------- Mtr .50 M2 Browning

- Alcance útil ------------- 900m

- Alcance máximo------- 6900m

- Tipo de munição ------ Mun .50 (comum \ traçante \ perfurante)

g. Equipamentos Especiais

- Equipamento ótico ---------------------------Periscópio M19 Infravermelho

Periscópio M17

- Rádio-----------Veicular (EB 11 ERC 201/202/203/ 204/ 616), comalcances: 201 - 8Km

202 - RdA 20 Km (7W)RdB 50 Km (30W)203 - RdA 8 KmRdB 20/50KM204 - 20/50 Km616 – 30/40 Km(antena curta)

h. Transposição de curso d’água:

- Velocidade máxima --------------------- 5,6 Km/h

- Vau máximo sem preparo ------------- 41 cm

- Vau máximo com preparação--------- Sem limites

i. A VBTP M113-B é um veículo de transporte blindado e não um carro decombate, podendo, contudo, servir de instrumento de combate explorando-se amobilidade, a fluidez, a blindagem e sua capacidade de servir de base de fogos,além de seus recursos de comunicações.

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ARTIGO II

O PELOTÃO DE CARROS DE COMBATE

1-5.GENERALIDADES

a. Dotado de grande mobilidade através do campo, potência de fogo eproteção blindada, o Pel CC constitui o elemento de manobra eminentementeofensivo com que contam as FT. É apto a operar em cooperação com os Fzo Bld.

b. O pelotão CC é o elemento básico de emprego do esquadrão, sendoorganizado, equipado e instruído para atuar em conjunto, não podendo serfracionado. É a menor fração de emprego de carros de combate.

1-6.ORGANIZAÇÃO

a. GPS;

b. Rádio nível SU e Pel; e

c. Rádio de nível Pel.

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1-7. MISSÃO

a. Cerrar sobre o inimigo,a fim de destruí-lo ou neutralizá-lo, utilizando o fogo, a manobrae a ação de choque.

b. Destruir ou desorgani-zar o ataque inimigo por meiodo fogo e de contra-ataques.

1-8.CARACTERÍSTICAS DOS CARROS DE COMBATE

a. Características da VBC Leopard 1 A1

1) Peso

- Pronto para o combate — 40 Ton

2) Velocidade

- À frente ---------------62 Km/h

- Ré ----------------------24 Km/h

- Mínima ----------------4 Km/h

3) Potência do Motor ------------------------- 830 HP

4) Combustível

- Tipo de combustível --------------------------------- Óleo diesel

- Capacidade total de combustível ----------------- 955 l

- Consumo ----------------------------------------------- 0,333Km/l

- Autonomia --------------------------------------------- 450 Km

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5) Obstáculos

- Degrau ------------------------------------- 115cm

- Fosso -------------------------------------- 300cm

6) Armamento

a) Principal

- Canhão -------------------------------- 105 mm L7

- Alcance de utilização --------------- 4000 m (c/ calculador)

- Tipo de munição - APFSDS-T, APDS-T, HEAT-T, WP-T, H E P - T(HESH-T)

b) Secundário

(1) Metralhadora ---------------------- 7,62mm M971 MAG

- Alcance máximo ---------------- 3800 m

- Tipo de munição ---------------- 7,62 mm, em fita de elosmetálicos articuláveis

- Alcance útil ----------------------- 800 m

(2) Metralhadora 7,62 mm M971 MAG coaxial

- Alcance máximo ---------------- 3800 m

- Tipo de munição ---------------- 7,62 mm, em fita de elosmetálicos de sintegráveis

- Alcance útil ----------------------- 800 m

(3) Lançador de granada

- fumígena-------------------------- 76 mm

c) Quantidade de munição transportada

- 7,62mm (3500 tiros)

- 105mm (60 tiros)

- Gr Fumígena (24)

- Gr Mão (08)

7) Equipamentos Especiais

- Rádio SEM 25 (emissor/receptor tipo 25), com alcance máximo de25 Km com o CC parado e 12 Km com o carro em movimento.

8) Características Especiais

- Pivoteamento

- 04 (quatro) marchas à frente e 02 (duas) à retaguarda.

- Can, Mtr coaxial e aparelho de pontaria estabilizáveis.

- Aparelho de visão noturna ativo (infravermelho) para motorista e Cmtde CC.

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- Preparação para travessia de vau:

- 05 min, para vau de até 1,20 m

- 30 min, para vau de até 2,25 m

b. Características da VBC M 60 A3 TTS

1) Peso

- Pronto para o combate ------- 51,4 Ton

2) Velocidade

- Baixa --------------------------------------- 16,1 Km/h

- Alta ------------------------------------------ 48,3 Km/h

- Ré ------------------------------------------- 11,3Km /h

3) Potência do Motor ------------------------- 750 HP

4) Combustível

- Tipo de combustível ---------------------Óleo diesel

- Autonomia ---------------------------------450 Km

- Consumo -----------------------------------0,3 Km / l

- Capacidade total de combustível -----1457,2 l

5) Obstáculos

- Degrau ------------------------------------- 91,4cm

- Fosso -------------------------------------- 259,1cm

6) Armamento

a) Principal

- Canhão --------------------------------- 105 mm M68

- Alcance máximo de utilização ----- 4600 m

- Tipo de munição ---------------------- M68 cartucho fixo

- M833 APFSDS - T- M774 APFSDS - T- M735 APFSDS - T- M728 APDS - T- M392 A2 APDS - T- M456 A1 HEAT - T- M416 WP - T

b) Secundário

(1) Metralhadora .50 M85

- Alcance máximo -------------------------- 6703 m

- Tipo de munição -------------------------- Mun .50 (comum /traçante / perfurante)

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- Alcance útil --------------------------------- 2000 m

(2) Metralhadora 7,62 mm MAG M240

- Alcance máximo ---------------- 3725 m

- Tipo de munição ---------------- 7,62 mm com elos desinte-gráveis

- Alcance útil ----------------------- 900 m

(3) Lançador de granada fumígena M239

- Munição —— UK L8 A1 RP (fósforo vermelho)Gr Fumígena

c) Quantidade de munição transportada

- 7,62mm (6000 tiros)

- Cal .50 (900 tiros)

- M68 105mm (63 tiros)

- Granada de mão (08)

- M239 SGL fumígenas (24)

7) Equipamentos Especiais

- Equipamento de DQBN- Filtro de ar e máscara contra gases

8) Características Especiais

- Pivoteamento

- Gerador de fumaça

- Canhão, Mtr coaxial e Ap pontaria estabilizáveis

- Visão termal (TTS) para atirador e Cmt de CC

- Aparelho de visão noturna (passivo) para motorista e Cmt de CC

- Preparação para travessia de vau

- 05 min, para vau de até 1,20 m

- 30 min, para vau de até 2,40 m

c. Características da VBC M41

1) Peso

- Pronto para o combate ------26 Ton

2) Velocidade

- Baixa -------------------------------------------------- 16Km/h

- Alta----------------------------------------------------- 65Km/h

- Ré ------------------------------------------------------ 16Km/h

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3) Potência do Motor -------------------------405 HP

4) Combustível

- Tipo de combustível ------------------------------- Óleo diesel

- Capacidade total de combustível --------------- 50 l

- Autonomia ------------------------------------------- 460 Km

- Consumo --------------------------------------------- 0,84 Km/l

5) Obstáculos

- Vau máximo ----------------------------------------- ,20m

- Altura máxima de obstáculo a ultrapassar --- 0,71m

- Fosso ------------------------------------------------- 1,82m

6) Armamento

a) Principal

- Canhão -------------------------------- 90 mm M32 Br2

- Alcance útil --------------------------- 2000 m

- Tipo de Munição

- 90 AE - Tr (HE – T)

- 90 AE AC - Tr (HEAT-T)

- 90 AE OD - Tr (HESH – T)

- 90 EXC AC - Tr (HEAT – TP - T)

- FUMÍGENA (SMOKE – WP – T)

- FLECHA – (APDSFS)

b) Secundário

(1) Metralhadora -------------------------------- .50 M2 Browning

- Alcance útil 900 m

- Tipo de munição .50 com elos desintegráveis

(2) Metralhadora -------------------------------- 7,62 mm (transformadada Browning .30)

- Alcance útil --------------------------------- 800 m

- Tipo de munição -------------------------- 7,62 mm com elosdesintegráveis

c) Quantidade de munição transportada

- 90 mm (65 tiros)

- 7,62 mm (5460 tiros)

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- Cal .50 (600 tiros)

7) Equipamentos Especiais

- Rádio ---------------------------- Veicular (EB11ERC 201/202/ 203/ 204)

com alcances: 201 - 8Km

202 - Rd A 20 Km (7W)

Rd B 50 Km (30W)

203 - Rd A 8 Km

Rd B 20/50Km

204 - 20/50 Km

8) Características Especiais

- Pivoteamento.

- Aparelho de visão noturna ativo (infravermelho) para o motorista.

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ARTIGO III

O COMBINADO CARRO DE COMBATE – FUZILEIRO BLINDADO

1-9.GENERALIDADES

a. Força-tarefa é um grupamento temporário de forças, de valor unidade ousubunidade, sob comando único, integrado por peças de manobra de naturezae/ou tipos diferentes, formado com o propósito de executar uma operação oumissão específica, que exija a utilização de uma forma peculiar de combate.Pode enquadrar, também, elementos de apoio ao combate e de apoio logístico.Em qualquer caso, é organizada em torno de um núcleo de tropas de infantariaou cavalaria, acrescido dos apoios necessários.

b. Caracteriza-se uma FT como forte em carros de combate quando a maioriade suas peças de manobra são de CC, do mesmo modo, uma FT forte em fuzileiroblindado induz que a maioria de seus pelotões são de Fzo Bld.

Fig 1-1. Exemplo de FT SU Bld forte em carros de combate.

Fig 1-2. Exemplo de FT SU Bld forte em fuzileiros blindados.

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Fig 1-3. Exemplo de FT Cia Fzo Bld equilibrada.

Fig 1-4. Exemplo de FT Esqd CC equilibrada.

d. O estudo de situação indicará se as FT Esqd/Cia devem ser organizadascom preponderância de CC, de Fzo Bld ou de maneira equilibrada.

e. Organiza-se uma FT com predominância de elementos de carros decombate (FT Esqd CC) quando:

1) O terreno apresenta-se lim-po e com poucos obstáculos;

c. Uma FT equilibrada possui igual número de pelotões de CC e de Fzo Bld.

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2) A posição do inimigo é su-mariamente organizada;

3) O inimigo é forte em blinda-dos;

4) A velocidade e a ação dechoque são fatores preponderantes;e

5) Em missão de contra-ata-que.

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f. Organiza-se uma FT com predominância de elementos de fuzileirosblindados (FT Esqd/Cia Fzo Bld) quando:

4) Há necessidade de limpezade posições inimigas ou zona de ação;e

3) O inimigo apresenta fortedefesa anti-carro;

2) O terreno possui muitosobstáculos e/ou áreas edificadas;

1) A visibilidade é restrita (e osCC não possuem equipamento de vi-são termal);

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5) A missão exige organiza-ção pormenorizada do terreno.

2) Houver necessidadeequivalente de emprego doscarros de combate e fuzileirosblindados; e

g. Organiza-se uma FT com igualdade de elementos em CC e Fzo Bld (FTequilibrada) quando:

1) A situação do inimigo é vaga, sem muitas informações sobre sua or-ganização no terreno, porcentagem de disponibilidade de seus pelotões ou suaspossibilidades de combate;

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3) A SU estiver cumprindo mis-sões que impliquem em defesa contraforças blindadas.

1-10.MISSÕES DAS FORÇAS-TAREFAS BLINDADAS

a. As missões básicas das forças-tarefas blindadas são:

1) Força-tarefa forte em carros de combate

a) Cerrar sobre o inimigo, a fim de destruí-lo ou neutralizá-lo, utilizandoo fogo, a manobra e a ação de choque.

b) Destruir ou desorganizar o ataque inimigo por meio do fogo e decontra-ataques.

2) FT forte em Fzo Bld

a) Cerrar sobre o inimigo, a fim de destruí-lo, neutralizá-lo ou capturá-lo, utilizando o fogo, a manobra e o combate aproximado.

b) Manter o terreno, impedindo, resistindo e repelindo o ataque inimigopor meio do fogo, do combate aproximado e de contra-ataques.

3) FT equilibrada

a) Cerrar sobre o inimigo, a fim de destruí-lo, neutralizá-lo ou capturá-lo, utilizando o fogo, a manobra, o combate aproximado e a ação de choque.

b) Manter o terreno, impedindo, resistindo e repelindo o ataque inimigopor meio do fogo, do combate aproximado e de contra-ataques.

c) Executar movimentos retrógrados, particularmente a açãoretardadora.

1-11.POSSIBILIDADES DO COMBINADO

a. O combinado Inf-CC emprega seu poder de fogo, mobilidade, flexibilidadee proteção blindada para conduzir ou participar de:

1) Operações ofensivas e defensivas continuadas, se apoiadas por umsistema logístico adequado e oportuno.

2) Amplos desbordamentos e envolvimentos.

3) Aproveitamento do êxito e perseguição do inimigo.

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1 - 18

3) Atacar ou defender localida-des;

2) Liderar a ação quando ne-cessário;

1) Apoiar os ataques dos car-ros de combate, para destruir resistên-cias inimigas remanescentes, abrir ouremover obstáculos, neutralizar oudestruir armas AC, designando alvospara os CC e proteger os CC contra oinimigo a pé;

4) Operações de segurança.

5) Movimentos retrógrados e ações dinâmicas da defesa.

6) Conquistar e manter o terreno.

7) Operações de junção.

8) Ações contra forças irregulares.

9) Missões no quadro de defesa interna.

10) Transposição imediata de curso d’água.

11) Defesa elástica.

b. Nesse contexto, os pelotões de fuzileiros blindados podem:

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4) Conquistar e manter o terre-no;

5) Participar de transposição deoportunidade e imediata de cursod’água;

6) Combater a pé;

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1 - 20

10) Destruir ou neutralizar ele-mentos de infantaria a pé com seu ar-mamento orgânico; e

9) Proteger obstáculos e im-pedir operações de abertura de bre-cha;

8) Conduzir patrulhas em-barcadas ou desembarcadas eoperar PO durante operações desegurança;

7) Realizar infiltrações em po-sições inimigas;

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c. Para garantir a missão, os pelotões de carros de combate têm apossibilidade de:

11) Repelir ataques inimigosatravés do combate aproximado.

3) Apoiar a transposição decursos d’água pelos fuzileiros blinda-dos;

2) A poiar pelo fogo a progres-são dos fuzileiros blindados;

1) Destruir blindados inimigospelo fogo;

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6) Quando equipados commateriais adequados, eliminar obstá-culos de arame e minas;

4) Liderar a ação sempre quepossível;

5) Conduzir operações querequeiram poder de fogo, mobilidade,proteção blindada e ação de choque;

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10) Conduzir operações decombate sob condições de pouca vi-sibilidade, quando dotados de equi-pamentos de visão termal.

9) Utilizar fumígenos, pro-porcionando segurança às ope-rações, inclusive para os Fzo Bld; e

8) Defender posições, repe-lindo o ataque inimigo pelo fogo;

7) Conquistar posição inimiga;

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1-12.LIMITAÇÕES DO COMBINADO CC – FZO BLD

a. Os combinados Inf-CC são grupamentos temporários dotados de meiossuficientes para períodos limitados de combate. Para a execução de operaçõescontinuadas, há necessidade de apoio logístico adequado.

b. As limitações das FT refletem as próprias limitações dos carros de combatee viaturas blindadas, podendo ser citadas,

1) Quanto ao inimigo:

a) Vulnerabilidade aos ataques aéreos; e

b) Sensibilidade ao emprego de minas, armas AC e obstáculosartificiais.

2) Quanto ao terreno e condições meteorológicas:

a) Mobilidade restrita nos terrenos montanhosos, arenosos, pedregosose pantanosos;

b) Reduzida capacidade de transposição de curso d’água;

c) Sensibilidade às condições meteorológicas adversas, que reduzema sua mobilidade; e

d) Necessidade de rede rodoviária para apoio.

3) Quanto aos meios:

a) Necessidade de volumoso apoio logístico, particularmente desuprimento de classe III, V e IX;

b) Limitada capacidade de transposição de cursos d’água pelos carrosde combate;

c) Manutenção permanente requerida pelo material;

d) Necessidade de transporte rodoviário, aéreo, marítimo ou ferroviáriopara suas viaturas blindadas nos deslocamentos administrativos; e

e) Mobilidade estratégica limitada, devido ao elevado peso e desgastenos trens de rolamento de seus blindados.

1-13.EMPREGO DO COMBINADO CC-FZO BLD

a. Os elementos de CC e de Fzo Bld complementam-se e conferemversatilidade e eficiência à FT.

b. Os Pel CC combatem em seus carros e os Pel Fzo Bld combatem, sempreque possível, embarcados, podendo combater a pé se a situação o exigir.

c. Os elementos de CC são empregados para:

1) Proporcionar ação de choque para conquista e consolidação dosobjetivos;

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2) Neutralizar ou destruir as armas e blindados inimigos;

3) Proporcionar apoio de fogo, a fim de possibilitar a progressão dosfuzileiros blindados;

4) Abrir passagens para os fuzileiros blindados nos obstáculos antipessoal;

5) Liderar as ações, sempre que possível;

6) Apoiar a transposição de cursos d’água pelos fuzileiros blindados;

7) Neutralizar ou destruir posições fortificadas pelo fogo direto; e

8) Realizar contra-ataques.

d. Os elementos de Fzo Bld são prioritariamente empregados para:

1) Apoiar, quando embarcados, a progressão dos CC

2) Destruir pequenos bolsões de resistência;

3) Abrir ou remover obstáculos, dentro das suas possibilidades;

4) Cooperar na destruição ou neutralização de armas AC;

5) Designar alvos para os CC;

6) Realizar a limpeza e auxiliar na consolidação de objetivos;

7) Proteger os CC contra o inimigo a pé, em bosques, localidades e nassituações de visibilidade precária;

8) Liderar a ação, quando necessário; e

9) Ser empregado a pé, a fim de:

a) Conduzir infiltrações;

b) Participar de operações aeromóveis limitadas;

c) Prover a guarda de prisioneiros;

d) Organizar e manter o terreno;

e) Realizar patrulhas e ocupar PO; e

f) Realizar ações de emboscada contra o inimigo.

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1-14.O COMBINADO EM MOVIMENTO

a. Existem 3 processos básicos de progressão CC-Fzo Bld

1) CC e Fzo Bld em umamesma via de acesso

2) CC e Fzo Bld em eixos convergentes

3) CC apoiando pelo fogo

b. A escolha do processo de progressão ou de uma combinação de processosdeve levar em consideração:

1) As tarefas básicas dos carros de combate e fuzileiros blindados descritasacima;

2) A velocidade de progressão do ataque deve ser a máxima permitidapelo terreno e inimigo;

3) Os fuzileiros devem permanecer embarcados o maior tempo possível,

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b) Abrir ou remover obs-táculos;

c) Cooperar na neutraliza-ção ou destruição das armas AC doinimigo;

de modo que:

a) O escalão de ataque possa progredir na velocidade dos CC;

b) As baixas dos Fzo Bld sejam minimizadas; e

c) Não haja desgaste prematuro dos homens.

4) Os Fzo Bld desembarcam quando for necessário:

a) Evitar sua destruiçãopelo fogo AC inimigo;

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d) Participar do ataqueatravés de regiões densamentematosas, terreno acidentado ouatravés de localidades;

e) Auxiliar a progressãodos CC sob condições de visibilidadee campos de tiro restritos; e

f) Realizar a limpeza deum objetivo e auxiliar naconsolidação

c. Progressão CC-Fzo Bld em uma mesma VA

Fig 1-5. Progressão CC-Fzo Bld em uma mesma VA.

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1) Proporciona melhor coordenação e controle;

2) Permite apoio mútuo mais cerrado;

3) Condições que favorecem a adoção deste processo:

a) Terreno limpo e plano, com dificuldades para mascarar movimentos;

b) Disponibilidade de apenas uma via de acesso;

c) O objetivo não pode ser flanqueado facilmente; e

d) Necessidade de um maior controle da operação.

4) Os Fzo Bld podem ser empregados embarcados ou a pé

a) CC com Fzo Bld embarcado

(1) Normalmente, os carros de combate lideram os movimentos,utilizando melhor sua potência de fogo, mas a posição relativa de cada pelotãodepende dos fatores da decisão. As VBTP podem ser dispostas à retaguarda e/ou nos intervalos dos CC, apoiando-os com seus fogos, podendo ainda seremposicionadas nos flancos e à retaguarda da formação dos CC.

Fig 1-6. Pel CC liderando com Pel Fzo Bld à retaguarda.

(2) Esta técnica, normalmente, é utilizada quando o inimigo nãoconta com uma defesa anticarro eficiente.

(3) A frente ocupada pelos Pel combinados em uma única formaçãodeve proporcionar dispersão entre as viaturas e espaço para manobra,ocasionando ampliação da frente normal de pelotão.

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Fig 1-7. Dispersão e espaço para manobra.

(4) Progressão CC – Fzo Bld em uma mesma VA, com Fzo Bld emmovimento por lanços.

Fig 1-8. Fzo Bld ocupando posição desenfiada.

(a) Esta técnica de movimento aumenta a segurança dosfuzileiros blindados, pois o Pel Fzo Bld desloca-se à retaguarda dos carros,ocupando, sucessivamente, posições desenfiadas no terreno.

(b) O controle deve ser exercido de modo a assegurar aexecução coordenada do assalto, para que os CC não abordem o objetivoisoladamente.

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(1) Este processopoderá ser empregado em localidadese em situações de pouca visibilidade,como em bosques e sob neblinadensa, se os CC não possuemequipamento de visão termal.

(2) Os Fzo Bld poderãose colocar entre os CC ouimediatamente à sua retaguarda.Nenhum homem dos GC deveprogredir à frente de um CC emmovimento.

(3) Os CC ficam maisvulneráveis aos fogos AC peladiminuição da velocidade.

(4) As VBTP devemprogredir logo atrás dos Fzo Blddesembarcados, para estaremdisponíveis a qualquer momento,podendo ser utilizado o seu poder defogo para reforçar o dos carros decombate e dos fuzileiros blindados apé.

b) Progressão CC – Fzo Bld em uma mesma VA, com Fzo Blddesembarcados

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d. CC e Fzo Bld em vias de acesso convergentes

1) Normalmente, a nível SU, os pelotões serão empregados em umamesma direção. No entanto, poderão surgir situações nas quais os pelotões sejamempregados em direções convergentes.

Fig 1-9. O Combinado em direções convergentes.

2) A coordenação e controle são dificultados neste caso, entretanto, obtém-se o máximo efeito da surpresa.

3) As condições que favorecem o emprego deste processo são:

a) Possibilidade de flanqueamento do objetivo.

b) Possibilidade de manutenção do controle a despeito das dificuldades.

4) Os dispositivos do combinado quando empregado em vias de acessodiferentes podem ser:

a) Pel CC e Pel Fzo Bld juntos em cada via de acesso;

b) Pel CC e Pel Fzo Bld em vias de acesso diferentes.

5) CC e Fzo Bld juntos em cada via de acesso

Fig 1-10. CC e Fzo Bld juntos em cada via de acesso.

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a) Em cada via de acesso, o combinado Pel CC - Pel Fzo Bld segue asmesmas considerações feitas para os dispositivos dos carros de combate efuzileiros blindados em uma mesma direção.

b) A coordenação deve ser feita de maneira que os pelotões cheguemao objetivo simultaneamente.

6) CC e Fzo Bld em vias de acesso diferentes

Fig 1-11. CC e Fzo Bld em vias de acesso diferentes.

a) Neste caso, a coordenação poderá ser feita de maneira que os CCcheguem primeiro ao objetivo, permitindo o uso de munição de tempo da artilhariae de morteiros.

b) Esse dispositivo poderá ser adotado quando houver vias de acessodistintas para fuzileiros blindados e carros de combate. O Pel Fzo Bld progridepela via de acesso impraticável para os CC, podendo estar embarcado oudesembarcado.

e. Os CC somente apóiam pelo fogo:

Fig 1-12. CC somente apóiam pelo fogo

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1) Este dispositivo poderá ser adotado pela FT SU Bld quando o terrenoou o inimigo impedirem a progressão dos Pel CC. Neste caso, os carros decombate apóiam os fuzileiros blindados pelo fogo de seu armamento até quepossam retomar a progressão.

2) O Cmt FT SU Bld, além de estabelecer as medidas de coordenação econtrole já mencionadas, deve também recomendar ao Cmt Pel CC os cuidadosquanto à margem de segurança para o tiro sobre e no intervalo de tropa amiga,para evitar o fratricídio.

3) Quando os Pel Fzo Bld não puderem progredir embarcados, o que énormal nestas situações devido à sua vulnerabilidade ao fogo anticarro do inimigo,as VBTP também apóiam pelo fogo a progressão dos fuzileiros a pé.

1-15.FORMAÇÕES DE COMBATE

a. A formação de combate não é rígida. Ela é planejada com base em ondeo contato com o inimigo é esperado, dependendo, também, das condições doterreno, visibilidade e missão.

b. Em algumas situações, os pelotões devem adotar a formação determina-da pelo Cmt FT SU Bld e, em outras, o Cmt Pel adotará a formação mais adequadasegundo sua avaliação da missão, inimigo, terreno, meios e condiçõesmeteorológicas.

c. Em princípio, a distância entre duas viaturas blindadas deverá ser emtorno de 100 metros. Por isso, as frentes das frações blindadas poderão sermaiores do que aquelas estipuladas para a tropa a pé.

Fig 1-13. Distância entre viaturas.

d. O adequado aproveitamento do terreno é mais importante do que a posiçãoexata que cada carro deve ocupar no dispositivo.

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1) Esta forma-ção é usadaquando:

a) O desloca-mento necessita develocidade.

b) O terrenorestringe o movi-mento.

c) A visibili-dade é reduzida.

d) O contatocom o inimigo éremoto.

2) A formação emcoluna apresentaas seguintes carac-terísticas:

a) Permite omáximo controle.

b) Permiterápida mudança deformação.

c) Propor-ciona pequenapotência de fogo àfrente e à reta-guarda.

d) Permitebom controle defogos para osflancos.

e) Normal-mente utilizada natécnica de pro-gressão contínua.

e. Formação em coluna.

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1) Esta formação é utilizadaquando:

a) A situação do inimigo nãoestá definida.

b) O contato é iminente.c) Em operações de busca de

informes.

2) A formação em cunha apresentaas seguintes características:

a) Facilita a manobra da FT.b) Fácil controle.c) Muito boa potência de fogo à

frente e boa para os flancos.d) Boa dispersão, de acordo com

o terreno.e) Pode ser usada nas técnicas.

de progressão contínua e protegida.f) Permite rápida transição para

a progressão por lanços.

f. Formação em cunha.

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1) Esta formação é empregadaquando:

a) O inimigo encontra-se àfrente e sua localização é conhecida.

2) Características:a) Proporciona maior potência de

fogo à frente do que a formação emcunha e boa potência de fogo para osflancos.

b) Garante velocidade de progres-são.

c) Permite liberdade de manobracom um pelotão.

d) Facilita rápida transição paraoutra formação.

e) Pode ser utilizada nas técnicasde progressão contínua e protegida.

f) Permite rápida transição paraprogressão por lanços.

g. Formação em cunha invertida

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1) Emprego:a) Na travessia de cristas.b)Transposição de cursos

d’água.c) Transposição de áreas batidas

por fogos.d) No assalto, quando o terreno

e as condições do inimigo permitirem.e) Ao emergir de uma cortina de

fumaça.f) Necessidade de rápido escla-

recimento da situação.

2) Características:a) Proporciona máxima potência

de fogo à frente e à retaguarda.b) Permite maior velocidade.c) Dificulta a coordenação e o

controle.d) Permite utilizar maior número

de vias de acesso.e) É menos segura do que as

outras formações devido à falta deprofundidade.

f) Dificulta a transição para ou-tras formações.

1) Emprego:a) Cobrir um flanco

exposto.b) Pode ser em es-

calão à direita ou à es-querda.

2) Características:a) Boa potência de

fogo à frente e no flancopara o qual estáescalonado.

b) Menor velocidadede progressão.

c) Dificulta o contro-le.

d) Necessidade demaior número deitinerários para os carros.

e) Facilita o empre-go na direção do escalo-namento.

h. Formação em linha

i. Formação em escalão

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1) Emprego:a) Combate não linear.b) Terreno aberto.c) Poucas informações

sobre o inimigo.d) Boa visibilidade.e) Situação tática podendo

evoluir rapidamente.2) Características:

a) Proporciona profundida-de ao dispositivo.

b) Possibilita boa proteçãoà frente, nos flancos e naretaguarda.

c) Permite à FT desdobrar-se rapidamente para fazer face àsameaças vindas de qualquerdireção.

d) Ampla flexibilidade.e) Proporciona boa disper-

são e velocidade de progressão.3) Os pelotões podem adotar,

também, a formação em losango.

j. Formação em losango ou diamante

1-16. DISPOSITIVOS DO COMBINADO

a. Generalidades

1) Seguindo os fatores da decisão, o Cmt FT definirá as posiçõesrelativas das frações e as distâncias entre os pelotões e as viaturas blindadas.

2) Nos dispositivos da FT, os pelotões em segundo escalão sãoempregados no apoio de fogo aos elementos de primeiro escalão, podendo serempregados para manobrar pelos flancos ou mesmo para assumir a missão deum pelotão que tenha sido detido ou desgastado.

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1) Dispositivo normal-mente utilizado durante umataque ou açãoretardadora. Pode ser ne-cessário que os Fzo Bldatuem junto com os CC.

2) Dispositivo que podeser utilizado na marchapara o combate, quando oCmt FT necessita de umPel CC em apoio de fogo.O Pel CC e o Pel Fzo Bldpodem estar em apoio mú-tuo, atuando juntos.

3) Dispositivo empregadoquando, no ataque, há viasde acesso favorável à In-fantaria desembarcada evia de acesso favorável aosCC e se necessita de umPel CC no apoio de fogo.

4) Este dispositivo é em-pregado quando os CC nãopodem progredir e apóiamos Fzo Bld pelo fogo.

b. Dispositivos da FT Esqd CC.

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5) Dispositivo utilizado emamplas frentes, havendo viasde acesso favoráveis aos CCe Fzo Bld. A posição do PelFzo Bld pode variar para ocentro ou laterais conforme oterreno.

1) Dispositivo adotado tantopara o ataque quanto para adefesa. O Pel CC poderá es-tar junto com os Fzo Bld noataque ou nos núcleos de de-fesa. Poderá, também, estarapoiando a Infantaria pelofogo, quando o terreno impe-dir a progressão dos CC.

2) Dispositivo adotado nassituações em que o carro decombate pode liderar a pro-gressão. Normalmente, ocor-re na marcha para o comba-te, ataque e aproveitamentodo êxito.O Pel Fzo Bld, emsegundo escalão, pode pro-gredir junto com o Pel CC, senecessário.

3) Dispositivo utilizado naação retardadora, entre as po-sições de retardamento, a fimde propiciar aos Pel Fzo Blda organização sumária deseus núcleos, protegidos pe-los CC. Pode, também, serutilizado quando o Pel CC li-derar a ação contra posiçõesinimigas sumariamente orga-nizadas e no ataque contraCC inimigo.

c. Dispositivos da FT Cia Fzo Bld

(As FT Cia Fzo Bld contam com o Pel Ap da Cia Fzo)

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4) Dispositivo emprega-do quando há via de aces-so favorável aos CC e ou-tra via favorável aos FzoBld.

d. Dispositivos da FT equilibrada.

(A FT equilibrada, à 4 pelotões, pode adotar qualquer um dos dispositivosprevistos para as outras FT, mantendo em reserva um pelotão.)

1) Dispositivo empregado quando se espera maior quantidade detarefas para os fuzileiros blindados do que para os carros de combate.Normalmente, na defesa e, em alguns casos, no ataque coordenado quandoo terreno e a DAC do inimigo dificultam o movimento dos CC.

2) Os dispositivos acima são empregados quando as tarefas para osCC são em maior quantidade que as para a Infantaria.

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1-17. TÉCNICAS DE PROGRESSÃO

a. Generalidades

- A técnica de progressão mostra como a FT deve movimentar-se noterreno, permitindo que os carros de combate e Fzo Bld possam apoiar-semutuamente durante o combate.

b. Para adotar a técnica de progressão adequada, deve-se analisar osseguintes fatores:

1) Possibilidade de contato com o inimigo.

2) Tipo de contato esperado.

3) As condições do terreno.

4) Disponibilidade de apoio de fogo.

5) Equilíbrio entre velocidade e segurança necessárias no combate.

6) Premência de tempo.

c. A FT pode utilizar as seguintes técnicas de progressão, analisando apossibilidade de contato com o inimigo:

OÃSSERGORPEDACINCÉT OTATNOCEDEDADILIBISSOP

aunítnoC otomeR

adigetorP levávorP

soçnaLroP etnenimI

d. Progressão contínua

1) Caracteriza-se pelo deslocamento da FT como um todo, sem paradaspara observação. Utilizada quando o contato com o inimigo é improvável ou oapoio de fogo for suficiente para neutralizá-lo e a velocidade é um fator importante.

2) A distância entre os pelotões fica determinada pela visibilidade e oterreno, não descuidando da dispersão entre as frações.

e. Progressão protegida

1) Utiliza-se este tipo de progressão quando a velocidade é necessá-ria, mas o contato com o inimigo já se torna possível. Esta técnica propicia que ocontato inicial com o inimigo seja feito com a menor fração possível, de formaque o restante da FT tenha condições de prover apoio imediato àquela fração.

2) A distância entre os pelotões deve ser baseada na apropriada

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utilização do terreno e na capacidade de observar e prestar o apoio de fogonecessário ao pelotão que lidera a ação. A idéia é dispersar em profundidade aFT, dar flexibilidade ao dispositivo e manter a capacidade de manobrar, caso ocontato com o inimigo ocorra.

f. Progressão por lanços

1) Técnica utilizada quando o contato com o inimigo é iminente,oferecendo maior segurança, porém pouca velocidade.

2) Os pelotões revezam-se na cobertura e movimento, na execuçãodos lanços.

3) O pelotão que, naquele momento, provê segurança e apoio recebeum setor de tiro, enquanto outro pelotão utiliza o terreno para progredir para umaposição coberta e abrigada, por lanços, tendo a precaução de não entrar no setorde tiro do pelotão que apóia o movimento. Os lanços devem sempre terminar emuma posição de tiro e não devem ultrapassar a distância de apoio.

4) O pelotão que cobre o movimento deve estar sempre em condições

de, imediatamente, apoiar o elemento do lanço quando o mesmo estabelecercontato com o inimigo.

5) Os lanços podem ser alternados ou sucessivos.

a) Lanços Alternados

Fig 1-14. Lanços alternados.

- Caracterizam-se pelo fato do pelotão que executa o lanço

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ultrapassar o pelotão que cobre o movimento, ocupando uma posição de tiro à

frente. Possibilitam maior rapidez de deslocamento quando comparado aos lançossucessivos. Podem ser empregados em terrenos planos e limpos, que nãoofereçam boas cobertas e abrigos,ou quando o inimigo apresentar fraca resistênciae sua situação for conhecida.

b) Lanços Sucessivos

Fig 1-15. Lanços sucessivos.

- O pelotão que executa o lanço não ultrapassa o pelotão que oapóia, ocupando uma posição de tiro nas suas imediações. Possibilita maiorsegurança e controle e os pelotões dispõem de melhores condições de observaro terreno e o inimigo antes de iniciarem o lanço. Permite aos motoristasreconhecerem visualmente o seu itinerário até a próxima posição.

g. As técnicas de progressão devem estar sempre aliadas às formaçõesde combate.

h. Os comandos poderão ser diminuídos em grande parte por meio deuma NGA.

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2 - 1

CAPÍTULO 2

OPERAÇÕES OFENSIVAS

2-1. GENERALIDADES

a. O combinado Inf-CC poderá participar de qualquer um dos tipos deoperações ofensivas, explorando ao máximo as suas características demobilidade, ação de choque, proteção blindada, potência de fogo e flexibilidade.

b. Durante as operações ofensivas, preferencialmente, deve-se evitarabordar o dispositivo inimigo na sua parte mais forte ou frontalmente, dandoprioridade para atuar sobre seu flanco e retaguarda.

Fig 2-1. Abordar o inimigo pelo flanco ou retaguarda.

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2-2. MEDIDAS DE COORDENAÇÃO E CONTROLE

- A FT SU Bld segue as mesmas prescrições de outras tropas em relaçãoàs medidas de coordenação e controle. As poucas exceções são as seguintes:

a. O Cmt Pel, ao receber um setor da ZReu, deve atribuir setores de tiropara as Vtr Bld e para o GC, se for o caso.

Fig 2-2. Setores de tiro na ZReu.

b. Normalmente, as subunidades blindadas não ocupam posição deataque.

c. A FT Bld, via de regra, não marca objetivos intermediários.

2-3. MARCHA PARA O COMBATE

a. A FT SU Bld pode marchar como uma força independente, fazer partedo grosso de uma FT U ou ainda atuar como força de segurança (vanguarda,flancoguarda ou retaguarda).

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Fig 2-3. A FT SU Bld como escalão de combate.

b. CC-Fzo como escalão de combate.

1) O Esc Cmb de uma FT Vanguarda é, em princípio, uma FT SU Bldreforçada em elementos de engenharia e armas de apoio.

2) Caso o Pel Exp não tenha sido designado pelo Cmt FT U para exercera missão de escalão de reconhecimento, a FT SU Bld pode destacar um Pel CCou um Pel Fzo Bld para cumprir esta missão, baseado no seu estudo de situaçãoe nos fatores da decisão (missão, inimigo, terreno e meios).

Fig 2-4. FT Cia Fzo Bld no Esc Cmb sem contar com o Pel Exp como Esc Rec.

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2 - 4

3) Em alguns casos, os pelotões CC e Fzo Bld poderão ser empregadosjuntos no Esc Rec, intensificando o apoio mútuo.

Fig 2-5. Pel CC e Fzo Bld sendo empregados juntos.

4) Quando os CC não puderem progredir, a Infantaria assume a liderançaapoiada pelo fogo dos CC, até que estes possam retomar a progressão.

Fig 2-6. CC impossibilitados de prosseguir apóiam a progressão dos Fzo Bld.

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5) Os escalões de reconhecimento e de combate, sempre que possível,executam um rápido desbordamento para destruir posições inimigas.

Fig 2-7. Esc Cmb desborda a Pos Ini.

6) Pequenas resistências de armas automáticas são ultrapassadasfacilmente devido à proteção blindada das viaturas, fogos dos canhões emetralhadoras e proteção de fumígenos. As áreas batidas por fogos de artilhariae campos de minas devem ser ultrapassadas ou desbordadas sem demora. Nocaso de campos de minas, os elementos do Esc Cmb devem procurar locais depassagem ou desbordar o obstáculo, balizando-os e informando ao escalãosuperior. Caso não seja possível o desbordamento, uma abertura imediata deveser tentada com os meios orgânicos e elementos de engenharia em apoio.

c. O combinado na flancoguarda.

1) A FT SU Bld atua na flancoguarda ocupando posições, em lançossucessivos ou alternados, que bloqueiam as possíveis vias de acesso do inimigoao flanco da tropa protegida.

2) As posições ocupadas são normalmente guarnecidas por pelotões,eventualmente GC, e a distância entre elas e o grosso pode ser de 2 a 3 km.

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2 - 6

Fig 2-8. FT SU Bld na flancoguarda.

d. CC-Fzo Bld na retaguarda

- Na missão de retaguarda, a FT SU Bld ocupa posições sucessivas oualternadas de bloqueio como um todo ou designa um pelotão para se constituirem um escalão de reconhecimento de retaguarda.

Fig 2-9. FT SU Bld na retaguarda.

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2-4. RECONHECIMENTO EM FORÇA

a. A FT Esqd CC é o combinado mais apto à execução do reconhecimentoem força. As características de mobilidade, potência de fogo e proteção blindadadevem ser exploradas ao máximo para se obter êxito na atividade de fazer oinimigo revelar-se.

b. O Cmt FT SU Bld planeja e conduz o reconhecimento em força comoum ataque.

c. O reconhecimento em força pode ser executado como:

1) Um ataque com objetivo limitado.

Fig 2-10. Ataque com objetivo limitado.

2) Uma incursão

Fig 2-11. Execução de manobra de incursão.

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2-5. ATAQUE

a. O combinado Inf-CC no ataque coordenado pode estar enquadrado emuma das seguintes situações:

1) Escalão de ataque;

2) Base de fogos; ou

3) Reserva.

b. O combinado emprega qualquer uma das formações de combate equalquer um dos processos de emprego CC-Fzo Bld já citados, dependendo doterreno e da situação.

c. A FT SU Bld no escalão de ataque deve progredir da LP para o objetivoevitando ao máximo as paradas. Entretanto, se a ação do inimigo for intensa,ela poderá ser obrigada a progredir empregando a técnica de fogo e movimento.

Fig 2-12. FT SU Bld executando fogo e movimento.

d. Os tiros de tempo de artilharia são largamente empregados sobre ospelotões, devido à proteção blindada da tropa amiga.

e. Sempre que possível, os carros de combate devem liderar a ação paraexplorar ao máximo as características de ação de choque, mobilidade e potênciade fogo. As VBTP acompanham os CC a uma distância que permita o apoio dosfuzileiros aos carros.

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Fig 2-13. CC liderando ataque.

f. Assalto ao objetivo.

1) O Cmt Pel Fzo Bld pode determinar o desembarque de seus homensantes do objetivo, sobre o objetivo ou após o objetivo. No entanto, todo esforçodeve ser feito para que os fuzileiros blindados permaneçam embarcados o maiortempo possível, permitindo que os mesmos e os CC assaltem o objetivo juntos.

Fig 2-14. CC e Fzo Bld assaltam o objetivo juntos.

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2) O desembarque antes do objetivo somente deve ser conduzido quandoa progressão das viaturas blindadas se tornar difícil ou muito lenta, quando fornecessária a remoção de obstáculos, cooperar na destruição de armas AC quedetenham a progressão das viaturas ou quando for exigida a segurançaaproximada aos CC (condições de pouca visibilidade, matas etc).

3) O desembarque dos fuzileiros blindados pode ocorrer no “interior doobjetivo”, para limpeza das resistências remanescentes do inimigo, ou “após oobjetivo”, realizando um assalto na direção contrária ao movimento inicial,suprimindo as resistências remanescentes pela retaguarda.

Fig 2-15. Situações de desembarque dos Fzo Bld.

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g. Consolidação

1) Para assegurar a posse do objetivo, permitir o prosseguimento daoperação e fazer face a possíveis contra-ataques, os CC ocupam posições detiro batendo as vias de acesso mais favoráveis ao Ini. Da mesma forma, os FzoBld providenciam a limpeza do objetivo e ocupam posições para proteger osCC e para bater as vias de acesso favoráveis à tropa inimiga a pé.

Fig 2-16. CC batendo VA no setor designado e Pel Fzo Bldprotegendo os CC e barrando VA favoráveis à tropa a pé.

2) Se a missão da SU no ataque for atacar para conquistar e manter, oCmt FT SU Bld deve distribuir seus pelotões em um dispositivo que facilite adefesa da posição e sua organização.

Fig 2-17. Um exemplo de dispositivo se a missão da SUfor conquistar e manter.

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3) Se a missão da SU no ataque for conquistar e ficar em condições deprosseguir, o Cmt FT SU Bld deve dispor seus pelotões de maneira a rapidamenteexecutar preparativos tendo em vista a próxima missão.

Fig 2-19. Entrega de suprimento na posição.

Fig 2-18. Um exemplo de dispositivo da FT SU Bld ECDprosseguir no ataque.

4) Na consolidação, o apoio de fogo e apoio ao combate cerram à frente.

h. Reorganização

1) Para manter ou restabelecer a eficiência combativa e o controle daSU, são realizadas as seguintes medidas:

a) Relatórios.

b) Recompletamentos.

c) Suprimentos.

d) Evacuação.

e) Controle.

2) O método de entrega de suprimento pode ser “na posição” ou “fora daposição”, conforme a disponibilidade de tempo.

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Fig 2-20. Exemplo de suprimento “fora da posição”.

2-6. APROVEITAMENTO DO ÊXITO

a. No aproveitamento do êxito, o combinado pode estar enquadrado emuma das seguintes situações:

1) Participar do 1º ou 2º escalão da Força de Aproveitamento do Êxito.

2) Compor a reserva da F Apvt Ext.

3) Participar da Força de Acompanhamento e Apoio.

Fig 2-21. Esquema de um aproveitamento do êxito.

b. A FT SU Bld deve adotar um dos dispositivos, já citados, que melhor seaplique à situação do terreno.

c. A princípio, o combinado utiliza a técnica da progressão contínua,desbordando as resistências inimigas de pequeno vulto.

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Fig. 2-22. Desbordar resistências de pequeno vulto.

d. O combinado na F Apvt Ext pode receber as seguintes missões:

1) Conquistar objetivos profundos na retaguarda do inimigo.

2) Cortar linhas de transporte e suprimentos inimigos.

3) Barrar ou cortar eixos de retraimento do inimigo.

4) Cercar e destruir forças inimigas.

5) Desorganizar a capacidade de comando e controle do inimigo.

6) Desempenhar as missões típicas de reserva de um ataque,assegurando flexibilidade, impulsão e segurança da operação.

e. A FT SU Bld na força de acompanhamento e apoio pode ser empregadapara:

1) Manter aberta a brecha da penetração realizada pela F Apvt Ext.

2) Assegurar a posse de acidentes capitais de interesse.

3) Limpar terreno ultrapassado.

4) Proteger áreas e instalações à retaguarda da F Apvt Ext.

5) Destruir resistências inimigas ultrapassadas.

6) Substituir elementos da força de aproveitamento do êxito.

2-7. PERSEGUIÇÃO

a. Para completar a destruição do inimigo na perseguição, o CombinadoInf – CC pode participar dos seguintes grupamentos:

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1) Força de pressão direta.

2) Força de cerco.

Fig. 2-23. Esquema de uma Perseguição

2-8. SITUAÇÕES DIVERSAS

a. Redução de um bloqueio de estrada

1) Normalmente, os bloqueios de estrada são realizados em locais dedifícil manobra, apoiados em obstáculos naturais e artificiais e armas automáticas.

2) O Cmt Pel, que lidera a ação, esclarece a situação e tenta desbordarempregando o fogo e movimento.

3) Se a ação deste Pel não for bem sucedida, seu Cmt deve determinarque se desdobre no terreno e mantenha o inimigo sob fogo, informando ao CmtFT SU Bld.

4) O Cmt FT SU Bld emite ordem fragmentária para empregar a SU(-) em ação desbordante. Os elementos de fuzileiros blindados e engenheirosdisponíveis, normalmente, são empregados para reduzir o bloqueio e destruiras posições inimigas que o batem.

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Fig. 2-24. FT detida: os CC anulam os fogos Ini sobre a áreadestruída, Fzo a pé desbordam e o Pel Eng tenta desobstruir.

b. Ataque noturno

1) Apesar dos equipamentos sofisticados de visão noturna facilitarem arealização do combate noturno como se de dia fosse, ainda existe umanecessidade de maior preparação e medidas de controle do que o ataque diurno.

Fig. 2-25. Medidas de controle de um ataque noturno.

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2) Nos ataques não iluminados, em que as viaturas não são dotadas dedispositivos de visão noturna, normalmente, os fuzileiros desembarcam.

3) Nos ataques iluminados, Os Fzo Bld, dependendo de outros fatores,poderão deslocar-se embarcados.

4) A iluminação do campo de batalha pode ser feita por artifíciosiluminativos ou por projetores dos CC, neste caso, podendo ser realizada demaneira direta ou indireta.

a) Na iluminação direta, os projetores devem incidir diretamente sobrea zona do objetivo, podendo ser utilizados para designação de objetivos, cegarou iludir o inimigo. É um processo que não deve ser praticado em todas assituações ou períodos prolongados por propiciar reação imediata do inimigo.

Fig. 2-26. Iluminação direta.

b) A iluminação indireta é realizada pelos projetores em posiçõesdesenfiadas e a luz obtida por reflexão ou difusão dos raios luminosos.

Fig. 2-27. Difusão dos raios luminosos.

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Fig. 2-28. Reflexão dos raios luminosos.

5) Durante os ensaios devem ser enfatizadas as medidas de coordenaçãoe controle para abertura de fogos, plano de iluminação e ações no objetivo.Devem ser revistas, também, as medidas para identificação de pessoal e viaturas.

6) Os CC e VBTP que não participarem do escalão de ataque devemocupar posições de tiro nos flancos da LP para executar fogos de apoio e ficarem condições de apoiar os Fzo Bld em todas as fases do combate.

Fig. 2-29. Blindados ocupando posições de tiro nos flancos da LP.

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7) Após o assalto, durante a consolidação, as armas orgânicas e emreforço, CC e VBTP cerram rapidamente para o objetivo.

8) Ataque noturno embarcado

a) Progressão

(1) A opção por realizar o ataque noturno embarcado normalmenteserá feita pelo Cmt FT U.

(2) As distâncias entre as viaturas e as eventuais formaçõesutilizadas dependerão do alcance dos equipamentos de visão noturna veiculares.A formação adotada deve facilitar o controle e a manutenção da direção deataque.

(3) Na FT Cia Fzo Bld, a progressão poderá ser realizada como(s) Pel CC em linha, seguido(s) dos Pel Fzo Bld embarcados e em linha.

(4) Na FT Esqd CC, normalmente, o(s) Pel Fzo Bld progredirá(ão)em coluna, imediatamente à retaguarda dos Pel CC.

(5) Os fuzileiros blindados desembarcam durante a progressão,quando é necessário apoiar os CC na remoção de obstáculos ou eliminação dearmas AC inimigas.

(6) Normalmente, os fuzileiros blindados desembarcam antes doobjetivo no ataque noturno.

b) Assalto

(1) O assalto ao objetivo normalmente é feito pelos CC, seguidospelos fuzileiros blindados, desembarcados, e pelas VBTP.

(2) A velocidade deve ser regulada de modo a evitar um excessivoafastamento dos CC e fuzileiros blindados a pé.

(3) Sirenes e tiros traçantes podem ser empregados para obterum efeito psicológico sobre o inimigo.

(4) Os fuzileiros blindados devem limpar as posições ultrapassadas.

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CAPÍTULO 3

OPERAÇÕES DEFENSIVAS

3-1. DEFESA DE ÁREA

a. O combinado Inf – CC é apto a executar as ações dinâmicas da defesa,podendo ser empregado na área de segurança, na área de defesa avançadaou na área de reserva, ou mesmo em mais de uma dessas áreas.

Fig 3-1 - Escalonamento da Defesa

b. O combinado Inf – CC terá maiores possibilidades de explorar suascaracterísticas de mobilidade, potência de fogo e ação de choque quandoempregado para constituir a reserva.

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c. As FT fortes em Fzo Bld, ou equilibradas, são as tropas mais indicadaspara serem utilizadas na ADA. As VBTP e os CC deverão, em princípio, serusados para reforçar os fogos dos Fzo Bld desembarcados que ocupam osdiferentes núcleos de defesa.

d. Os Fzo Bld são os elementos mais aptos a ocupar o terreno. Os CCsão empregados para reforçar os fogos dos fuzileiros, particularmente os deDAC, e para realizar as ações dinâmicas da defesa.

1) Para tanto, poderá ser distribuída uma seção de CC por núcleo deFzo Bld, permanecendo, entretanto, o comando com o Cmt Pel CC.

2) Quando houver maior probabilidade do inimigo atacar com blindadosem apenas um dos núcleos de defesa, todo o Pel CC poderá ser empregadopara reforçar os fogos desse núcleo.

Fig 3-2. Pel CC como um todo reforçando os fogos.

e. Os CC devem estar em condições de ocupar posições de tiro quepossibilitem engajar blindados inimigos o mais à frente possível, adotando asposições de desenfiamento mais convenientes para a ação.

Fig 3-3. CC apoiando de posições de desenfiamento.

f. Os abrigos individuais, para o homem em pé, podem servir de proteçãotanto contra os carros inimigos no ataque, quanto para evitar que os carrosamigos atropelem os fuzileiros, quando realizam um contra-ataque. Nesse caso,se faz necessário que os fuzileiros sejam alertados antecipadamente.

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a) Manter o terreno.

b) Destruir viaturas blindadasleves ou não blindadas comsuas VBTP e seu Armt AC.

c) Repelir o assalto inimigo pelofogo e combate aproximado.

g. Possibilidades dos elementos de combate.

1) Os fuzileiros blindados têm as seguintes possibilidades:

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d) Manobrar em qualquer tipo deterreno.

e) Realizar contra-ataques.

f) Defender núcleos contra oataque da infantaria inimiga.

g) Realizar patrulhamento eocupar PO.

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h) Construir e defender obs-táculos.

i) Realizar emboscadas anti-carro e limpeza de campos detiro.

a) Realizar contra-ataques.

b) Destruir os blindados inimigospelo fogo.

2) Os CC têm as seguintes possibilidades:

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c) Apoiar os elementos de fu-zileiros blindados pelo fogo,manobra e ação de choque.

d) Cobrir as VA para a posiçãodefensiva que o inimigomobilia com os seusblindados.

e) Aprofundar a DAC.

f) Integrar outras forças.

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h. O Cmt FT SU Bld deve levar em consideração os seguintes fatores aoposicionar os meios de combate na ADA:

1) Utilizar CC e fuzileiros blindados explorando suas melhorescaracterísticas e possibilidades apresentadas anteriormente.

2) Ao posicionar os fuzileiros blindados, dar prioridade ao armamentocoletivo para ocupar as posições que batam as vias de acesso, em melhorescondições.

3) Posicionar carros de combate de forma que os mesmos cubramvias de acesso favoráveis ao emprego de blindados inimigos. As VBTP podemdestruir viaturas blindadas leves ou não blindadas.

4) Empregar os fuzileiros blindados desembarcados, para barrar viasde acesso para infante à pé.

5) Sempre que possível, os fuzileiros blindados devem desembarcar ecavar posições defensivas.

6) Não posicionar fuzileiros blindados desembarcados onde possamser alvos de fogos indiretos e diretos, antes que o inimigo seja submetido agrande volume de fogos.

7) Considerar sempre a unidade de emprego das frações e armamentosao empregá-los em apoio, avaliando sempre o apoio mútuo necessário e acapacidade de emassar fogos.

i. Uma SU Bld forte em Fzo Bld ou equilibrada, em terreno ideal, poderádefender uma área de 1400m a 1800m de frente. Na defesa em larga frentepode defender de 1800m a 2700m.

j. A profundidade de uma FT SU Bld na ADA, normalmente, não excede1000m. Na defesa em larga frente pode chegar até 2000m.

Fig 3-4. Profundidade da FT

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l. Se houver condições, as Vtr Bld podem ocupar posições próximas aosfuzileiros e realizar fogos na mesma via de acesso, aumentando a potência defogo e a capacidade de destruir blindados inimigos.

Fig 3-5. Fzo Bld desembarcados e Vtr Bld ocupando posiçõespara aumentar potência de fogo e capacidade de DAC.

m. Outra forma de emprego das Vtr Bld pode incluir as viaturas ocupandoposições suplementares e conduzindo seus fogos sobre via de acesso do inimigodiferente daquela batida pelos fuzileiros.

Fig 3-6. Vtr Bld ocupando posições suplementares para fazerface a outra ameaça e aumentar potência de fogo dos fuzileiros.

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n. O Pel Fzo Bld poderá, em determinadas situações, conduzir a defesaestando embarcado. Isto pode ocorrer quando a posição defensiva fortemporariamente ocupada e será rapidamente mudada, quando não fornecessário aumento de segurança e observação proporcionadas pelos fuzileirosdesembarcados e quando o poder de fogo proporcionado pelas VBTP forsuficiente para conduzir as ações defensivas. Alguns fuzileiros podem estardesembarcados para observação ou realizar fogos AC.

Fig 3-7. Defesa embarcada.

o. Para aumentar a segurança da SU durante os períodos de visibilidadereduzida, devem ser utilizados os equipamentos dos CC e óculos individuaisde visão noturna.

Fig 3-8. Utilização do equipamento de visão noturna dos CC(protegidos por fuzileiros desembarcados) para aumentar a

segurança da FT SU Bld em períodos de visibilidade reduzida.

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p. Se o inimigo penetrar no LAADA deverá ser detido pelo fogo dos núcleosde defesa dos pelotões vizinhos, armas de apoio e do Pel Res. Eventualmente,se for feita uma pequena penetração do inimigo, poderá ser determinado queo pelotão reserva execute um contra-ataque.

Fig 3-9. Penetração do inimigo sendo limitadapor fogos dos Pel vizinhos, reserva e de armas de apoio.

3-2. O COMBINADO COMO RESERVA

a. O combinado atuando como reserva poderá cumprir uma das seguintesmissões:

1) Guarnecer os PAvç C.

2) Limitar penetração inimiga na posição, preparar e ocupar posiçõesde aprofundamento.

3) Executar contra-ataques para expulsar o inimigo e restabelecer aposição.

4) Apoiar ou reforçar as SU de primeiro escalão.

5) Executar missões de segurança de flanco e área de retaguarda.

6) Assumir, mediante ordem, a missão das SU de primeiro escalão.

7) Executar patrulhamento.

8) Cobrir os intervalos e brechas na frente.

b. Atuando num contra-ataque

1) Ao realizar um contra-ataque para restabelecimento da posição, areserva deve ter em mente que a finalidade é recuperar o terreno perdido. Porisso, o inimigo não deverá ser perseguido além do LAADA, exceto pelo fogo.

2) O contra-ataque deverá ser rápido e violento, empregando todos osmeios necessários para assegurar o sucesso.

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Fig 3-10. Contra-ataque.

3-3.DEFESA ELÁSTICA

a. A defesa elástica assemelha-se a uma grande emboscada, onde oinimigo será canalizado para o interior da ADA com o objetivo de ser destruídopelo fogo em uma área de engajamento.

b. O combinado deve utilizar ao máximo as características do terrenopara dispor os pelotões, impedindo que o inimigo possa desbordar os núcleosde Pel ou se utilize de cobertas e abrigos contra as vistas e fogos da FT.

Fig 3-11. Dispositivo dos pelotões na defesa elástica.

c. A FT SU Bld na execução de uma defesa elástica poderá receber umadas seguintes missões:

1) Guarnecer os PAC.

2) Ocupar núcleos de defesa na ADA.

3) Constituir reserva da FT U.

d. Se empregado nos PAC, deverá retrair e, se possível, ainda, lançar

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obstáculos de forma a canalizar o inimigo para a área de engajamento.

e. Ocupando núcleos de defesa na ADA, o combinado poderá dispor osCC e as armas AC, inicialmente , em posições próximas ao LAADA, com afinalidade de retardar o ataque inimigo, desorganizá-lo e forçá-lo a desembarcarsua infantaria. Após isso, estas armas retornam para suas posições nodispositivo da área de engajamento.

Fig 3-12. Pel CC, inicialmente, em posiçãoavançada para DAC e depois ocupando posição

para destruição do inimigo na AE.

f. A FT forte em CC é a mais apta para atuar como reserva da FT U,sendo empregada nos pontos onde o inimigo tenta romper o dispositivo,forçando-o a permanecer no interior da AE, ou quando o inimigo tentar desbordara posição defensiva.

3-4.MOVIMENTOS RETRÓGRADOS - O COMBINADO NA AÇÃORETARDADORA

a. A ação retardadora visa desorganizar, retardar, iludir e desgastar oatacante inimigo, trocando espaço por tempo e evitando o combate decisivo.

b. Face as suas características, o combinado é particularmente apto aocumprimento de missões na ação retardadora.

Fig 3-13. Pel Fzo evitando o assalto inimigo.

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c. Normalmente, todos os pelotões da FT SU Bld são dispostos emprimeiro escalão, ocupando posições de retardamento. Estas se assemelhama uma posição defensiva, com a diferença de que se deve evitar o assaltoinimigo, retraindo antes que ele seja consumado.

Fig 3-14. Exemplo de dispositivo de uma FT SU Bldcom todos os pelotões em 1º escalão .

d. Os Pel CC devem ser orientados para as vias de acesso mais favoráveis aoemprego de blindados por parte do inimigo, para mantê-lo sob fogo constantee preciso.

Fig 3-15. CC batendo vias de acesso favoráveis a blindados.

e. Os CC e VBTP procuram posições com desenfiamento de couraçapróximas à crista topográfica, de modo a obterem campos de tiro profundos erápido acesso aos itinerários de retraimento.

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Fig 3-16. CC com desenfiamento total ocupandodesenfiamento de couraça para atirar.

f. Os Fzo Bld desembarcados preparam e ocupam posições nas partesmais elevadas do terreno. De acordo com a disponibilidade de tempo, asposições devem ser melhoradas, inclusive com a preparação de posições demuda e suplementares.

Fig 3-17. Fzo Bld ocupando posições no terreno.

g. De preferência, cada pelotão deverá ter seu itinerário próprio deretraimento, devendo este ser reconhecido previamente. Os Cmt Pel poderãoescolher seus itinerários, desde que não haja problemas de coordenação parao combinado.

h. O Cmt FT SU Bld solicita apoio de fogo de artilharia e morteiro parainiciar seu retraimento.

i. O combinado poderá retrair para a posição de retardamento, mantendocontato com o inimigo.

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Fig 3-18. Os Pel acolhendo e sendo acolhidosmutuamente no retraimento (os números próximos

às setas indicam a ordem de retraimento).

j. Se o inimigo não mantém a pressão do seu ataque , o retraimento dospelotões poderá ser feito, de forma mais rápida, diretamente para a posição deretardamento seguinte. Neste caso, um Pel pode receber a missão de mantero inimigo sob observação.

Fig 3-19. Retraimento rápido entre as posições de retraimento.

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l. Se não houver a necessidade do emprego de Fzo Bld, eles poderãodeslocar-se diretamente para a posição de retardamento seguinte, a fim deantecipar os preparativos da posição.

3-5.RETRAIMENTO

a. É um movimento retrógrado que visa romper o contato com o inimigo.Ele pode ser realizado com pressão e sem pressão do inimigo.

b. Retraimento sem pressão do inimigo.

1) O Cmt FT SU Bld designa 1/3 dos elementos de manobra e 1/3 a 1/2 das armas de apoio orgânicas para comporem o destacamento de contato,simulando as atividades e iludindo o inimigo. O êxito desta operação dependedo sigilo e da dissimulação.

2) Para facilitar a composição do destacamento de contato, o Cmt FTSU Bld pode determinar que um GC/Sec CC de cada Pel permaneça emposição.

3) Pelo menos um representante de cada Pel e elementos decomunicações e segurança devem reconhecer a próxima posição e os itineráriosa serem utilizados. A posição dos pelotões na nova área deve ser idêntica àposição inicial.

4) Para facilitar a coordenação e controle, o Cmt FT SU Bld podedesignar uma ZReu SU no itinerário dos Pel. Do mesmo modo, os Cmt Pelpodem designar ZReu Pel para os GC/Sec CC.

Fig 3-20. Retraimento dos Pel, menos o destacamento de contato.

5) O retraimento sem pressão pode ser desenvolvido na seguinte ordem:

a) 1ª fase – retraimento da ATSU ( por exfiltração).

b) 2ª fase – retraimento dos Pel até a ZReu.

c) 3ª fase – retraimento do destacamento de contato.

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6) O retraimento do destacamento de contato é feito a tempo de evitaro movimento sob pressão do inimigo.

Fig 3-22. “Marcha do papagaio” para a retaguarda.

Fig 3-21. Retraimento do destacamento de contato.

c. Retraimento sob pressão do inimigo.

1) O Cmt FT SU Bld designa um pelotão como força de proteção paraapoiar pelo fogo o retraimento dos pelotões em 1º escalão. Eventualmente,este Pel poderá realizar um contra-ataque para desaferrar um elementoengajado pelo inimigo.

2) O mais viável é que, pelas suas características de proteção blindadae poder de fogo, os CC cubram o retraimento da Infantaria para que estapossa retrair primeiro.

3) A seqüência de retraimento dos pelotões deve ser de tal maneiraque o menos engajado retraia primeiro. Se a pressão do inimigo for igual emtoda a frente, os pelotões podem retrair como um todo. Para isso, os Pel devemapoiar-se mutuamente, rompendo o contato com o inimigo através do fogo emanobra, realizando um movimento do tipo “marcha do papagaio” para aretaguarda.

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3-6.RETIRADA

a. A retirada é um movimento retrógrado no qual uma força, que não estáem contato, afasta-se do inimigo.

b. O planejamento e a execução são semelhantes ao da marcha para ocombate.

c. Se o combinado for designado como retaguarda, passa a realizar asações de uma operação retardadora.

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BIBLIOGRAFIA

1. NORMATIVAS

a. Art 78 das IG 10-42 – Instruções Gerais para a Correspondência,Publicações e os Atos Normativos no Âmbito do Exército.

b. IR 20-02 - Instruções Reguladoras para Elaboração, Identificação, Nu-meração e Difusão de Manuais de Campanha, Manuais Técnicos e InstruçõesProvisórias.

c. C21-30 - Abreviaturas, Símbolos e Convenções Cartográficas.

d. MD 33-M-02 - Manual de Siglas e Abreviaturas do MD.

2. SUBSÍDIOS

a. IP 100-1 Doutrina Delta.

b. IP 17-1 - Forças-Tarefas blindadas.

c. Portaria Nº 001/EME-Res, de 06 Jan 99 - Aprova o QO para o RCC deBda Cav Bld.

d. Portaria Nº 002/EME-Res, de 06 Jan 99 - Aprova o QO para o RCC deBda Inf Bld.

e. Portaria Nº 042/EME-Res, de 04 Fev 99 - Aprova o QO para o RCB.

f. Portaria Nº 187/EME-Res, de 28 Dez 98, Aprova QO de BIB.

g. C 17-1 - Emprego de Blindados.

h. C 7-5 - Exercícios para Infantaria.

i. C 7-10 - Companhia de Fuzileiros.

j. C 7-27 - Batalhões de Infantaria Blindados.

l. C I 17-36/1 - Operações Combinadas com Carro de Combate - FuzileiroBlindado. (Edição 1982).

m. C 100-5 - Operações.

n. CI 7-21/1 - O Pelotão de Fuzileiros Blindado.

o. Caderno de instrução da AMAN - Pelotão de Fuzileiros Blindado.

p. FC 7-21 - Mechanized Infantry Squad and Platoon Drills.

q. FC 7-7J - The Mechanized Infantry Platoon Squad.

r. ARTEP 7-247-10-DRILL - Battle Drills for the Mechanized Infantry Platoonand Squad (M113 - Equipped).

s. TC 71-4-2 - The Tank/Mechanized Infantry Team.

t. TC 7-4 - The Mechanized Infantry Platoon.

u. FM 71-1 - Tank and Mechanized Infantry Company Team.

v. FM 71-2 - Tank and Mechanized Infantry Battalion Task Force.

x. AnwFE 224/120 VS-Nfd - Der Kampfpanzer.

z. AnwFE 222/100 VS-Nfd - Die Panzerkompanie.