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Página 1/13-CE CADERNO DE ENCARGOS Condições gerais CLÁUSULA 1.ª Objeto 1 – O presente procedimento tem por objeto a alienação de material lenhoso, proveniente da Área Florestal de Sines (AFS), sob gestão do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I.P. (ICNF). 2 – A identificação dos lotes, bem como a localização, características e condições essenciais da alienação constam dos ANEXOS I e II ao presente Caderno de Encargos. 3 – A alienação dos bens compreende ainda os sobrantes provenientes da exploração florestal, com exceção do cepo. CLÁUSULA 2.ª Reconhecimento do local do lote 1 – Entre a data da publicação do anúncio e o ato público, os interessados poderão verificar o lote e fazer os respetivos reconhecimentos, podendo para o efeito, fazer prévio contacto até ao dia anterior à data limite de entrega de documentos, devendo efetuar a marcação prévia da visita de campo a realizar, até ao dia anterior à realização do Ato Público, para os serviços locais de Alcácer do Sal, localizados no Edifício dos Regantes – Estrada Nacional N.º 5 – 7580-103 ALCÁCER DO SAL, com o telefone n.º 265 610 338, fax 265 610 345, 2 – Após o ato público não serão consideradas reclamações em relação à constituição dos lotes. CLÁUSULA 3.ª Condições de pagamento 1 – O pagamento é efetuado conforme o número de prestações constante no ANEXO I ao Caderno de Encargos. a) A primeira prestação no valor de 25% do montante do lote, a qual será paga no prazo de 5 dias, após a notificação da adjudicação definitiva;

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Página 1/13-CE

CADERNO DE ENCARGOS

Condições gerais

CLÁUSULA 1.ª

Objeto

1 – O presente procedimento tem por objeto a alienação de material lenhoso, proveniente da Área Florestal

de Sines (AFS), sob gestão do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I.P. (ICNF).

2 – A identificação dos lotes, bem como a localização, características e condições essenciais da alienação

constam dos ANEXOS I e II ao presente Caderno de Encargos.

3 – A alienação dos bens compreende ainda os sobrantes provenientes da exploração florestal, com exceção

do cepo.

CLÁUSULA 2.ª

Reconhecimento do local do lote

1 – Entre a data da publicação do anúncio e o ato público, os interessados poderão verificar o lote e fazer os

respetivos reconhecimentos, podendo para o efeito, fazer prévio contacto até ao dia anterior à data limite de

entrega de documentos, devendo efetuar a marcação prévia da visita de campo a realizar, até ao dia anterior à

realização do Ato Público, para os serviços locais de Alcácer do Sal, localizados no Edifício dos Regantes –

Estrada Nacional N.º 5 – 7580-103 ALCÁCER DO SAL, com o telefone n.º 265 610 338, fax 265 610 345,

2 – Após o ato público não serão consideradas reclamações em relação à constituição dos lotes.

CLÁUSULA 3.ª

Condições de pagamento

1 – O pagamento é efetuado conforme o número de prestações constante no ANEXO I ao Caderno de

Encargos.

a) A primeira prestação no valor de 25% do montante do lote, a qual será paga no prazo de 5 dias, após a

notificação da adjudicação definitiva;

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b) O pagamento das prestações seguintes será efetuado no primeiro e no décimo quinto dia útil de cada

mês, reportando-se o material lenhoso cortado e cubicado na quinzena anterior, sendo descontado

destas o valor anteriormente pago, por conta da primeira prestação. No caso do volume cortado ser

reduzido, o pagamento poderá ser realizado mensalmente.

2 – Ao valor da adjudicação acresce IVA à taxa de 6%.

3 – O pagamento pode efetuar-se por qualquer uma das seguintes modalidades:

a) Cheque emitido à ordem da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública - IGCP, E.P.E. (IGCP);

b) Transferência bancária para a conta do IGCP, com o NIB 078101120112001147847, devendo o

comprovativo desta operação ser enviado, logo que a mesma ocorra, para a morada Rua Tenente Raul

d’Andrade, nºs 1 e 3, 7000-613 ÉVORA ou através de meios eletrónicos (fax: 266 737 378; endereço

eletrónico: [email protected]).

4 – Nos casos em que o pagamento seja efetuado por cheque, o mesmo será considerado nulo sempre que

não permita a arrecadação integral da importância mencionada no documento devido a qualquer vício que

afete o respetivo meio de pagamento ou que a entidade sacada recuse o seu pagamento por falta ou

insuficiência de provisão.

5 – Não são admitidas quaisquer reclamações sobre o estado dos bens, eventuais defeitos, erros de descrição

ou desacordo com as especificações do convite.

6 – O não cumprimento das condições de aquisição implica, para o adquirente, a perda de quaisquer direitos

sobre o lote, bem como das importâncias já pagas.

CLÁUSULA 4.ª

Outros encargos do adquirente

1 – O adquirente é considerado o único responsável nas seguintes situações:

a) Pela reparação e indemnização de todos os prejuízos ou danos causados a terceiros ou ao ICNF por

motivos que lhe sejam imputáveis;

b) Pelas indemnizações devidas a terceiros na constituição de servidões provisórias ou pela ocupação

temporária de prédios particulares necessários à execução dos trabalhos;

c) Por todos os prejuízos causados a terceiros ou à área florestal, incluindo solos e linhas de água,

decorrentes das operações referidas nas condições específicas;

d) Pelos prejuízos causados na mata, resultantes do incumprimento do constante nas condições

específicas, nomeadamente a manifestação de pragas e doenças no arvoredo circundante.

2 – São da conta do adquirente todas as licenças e encargos legais necessários à execução dos trabalhos.

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3 – É também da responsabilidade do adquirente:

a) O cumprimento das disposições legais e regulamentares em vigor sobre segurança, higiene e saúde no

trabalho, relativamente a todo o pessoal que executa os trabalhos objeto deste contrato, sendo da sua

conta os encargos que daí resultem;

b) Apresentar ao ICNF, no início dos trabalhos, apólices de seguro contra acidentes de trabalho

relativamente a todo o pessoal presente no local.

4 – Após a adjudicação definitiva, quaisquer prejuízos resultantes de furto, deterioração ou sinistro que

possam ocorrer nas árvores compradas, correm por conta do adquirente, sem que por isso possa vir a exigir,

ao ICNF, indemnização alguma ou redução do preço do material comprado.

CLÁUSULA 5.ª

Prorrogação de prazo

Poderá ser concedida prorrogação do prazo de corte e extração do material lenhoso, devendo o requerente

apresentar o respetivo pedido, por escrito, e devidamente fundamentado, até 20 (vinte) dias antes do termo

do prazo de extração estabelecido no ANEXO I ao presente Caderno de Encargos, nas instalações do ICNF, sitas

na Rua Tenente Raul d´Andrade, n.os 1 e 3, 7000-613 ÉVORA.

CLÁUSULA 6.ª

Incumprimento

1 – No caso de incumprimento contratual, o lote, na totalidade, ou em parte, será novamente alienado,

ficando o adquirente obrigado a repor a diferença entre a sua oferta e o valor obtido na nova alienação,

aplicando-se o disposto no n.º 2 do artigo 333.º do CCP.

2 – No caso previsto no número anterior, o adquirente perde a caução e o arvoredo não retirado do respetivo

lote.

3 – Na falta de cumprimento de qualquer obrigação contratual pecuniária, ao qual não tenha sido possível

aplicar o disposto no n.º 1 da Cláusula 8.ª, a importância em dívida será cobrada nos termos do Código do

Procedimento e do Processo Tributário.

CLÁUSULA 7ª

Penalidades

1 – Penalidades por violação dos prazos contratuais:

a) Quando o adquirente não proceder à liquidação do valor em dívida, nos prazos estabelecidos na

Cláusula 3.ª, constitui-se em mora a partir desta data;

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i) Se o adquirente não pagar o valor em dívida dentro do prazo estabelecido na Cláusula 3.ª, a esse

valor acresce uma penalidade diária de cinco por mil (5‰), não podendo esta, na sua globalidade,

vir a exceder 15% do valor em dívida, o que corresponde a 30 (trinta) dias de mora, contados

seguidamente da data limite do pagamento em causa;

ii) Quando verificada a situação prevista na subalínea anterior, a retirada do material lenhoso só

será permitida após a liquidação do valor em dívida;

iii) Após o prazo de 30 (trinta) dias referido na subalínea anterior, não se verificando o pagamento,

ser-lhe-á aplicado o previsto na Cláusula 6ª.

c) Se o adquirente não concluir os trabalhos de corte e extração do material lenhoso ou dos despojos de

exploração no prazo contratualmente estabelecido para o efeito, fica sujeito a uma penalização diária

de cinco por mil (5‰) do valor da adjudicação, que poderá atingir 15% do valor da adjudicação.

d) Relativamente à não eliminação dos despojos/sobrantes resultantes da exploração florestal, será

aplicado o disposto no n.º 2 da cláusula 6ª, sem prejuízo da responsabilidade a apurar ao abrigo do

Decreto-Lei n.º 95/2011, de 08 de agosto, na sua atual redação dada pelo Decreto-Lei nº 123/2015, de

3 de julho, e do Decreto-Lei n.º 124/2006, de 28 de junho, na sua atual redação.

2 – Quando forem cortadas ou danificadas quaisquer árvores que não se encontrem identificadas para corte

ou cuja remoção fosse evitável, o adquirente sofrerá uma penalização correspondente ao triplo do valor do

material lenhoso, respetivamente, calculado com base no preço obtido para o mesmo lote, ficando o arvoredo

pertença do ICNF. Esta situação será avaliada por um Técnico do ICNF.

3 – Qualquer incumprimento das obrigações previstas nas Cláusulas 17ª, 18.ª e 19.ª, determina a aplicação de

uma penalidade de 5% do valor do lote, sem prejuízo da situação poder vir a ser suprida nos termos do art.º

325.º do CCP.

4 – As penalidades previstas nos nos anteriores serão pagas no prazo de 10 (dez) dias a contar da respetiva

notificação para o efeito, sob pena de aplicação do disposto do n.º 1 da Cláusula 6.ª.

5 – As penas pecuniárias previstas na presente cláusula não obstam a que o ICNF exija uma indemnização pelo

dano excedente.

6 – Quando as sanções a que se refere o número anterior revistam natureza pecuniária, o respetivo valor

acumulado não pode exceder 20 % do preço contratual, sem prejuízo do poder de resolução do contrato

previsto na Cláusula 9ª.

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7 – Nos casos em que seja atingido o limite previsto no número anterior e o contraente público decida não

proceder à resolução do contrato, por dela resultar grave dano para o interesse público, aquele limite é

elevado para 30 %.

CLÁUSULA 8.ª

Caução

1 – A caução prestada pelo adquirente pode ser executada total ou parcialmente pelo ICNF, sem necessidade

de prévia decisão judicial ou arbitral, para satisfação de quaisquer importâncias que se mostrem devidas por

força do não cumprimento por aquele das obrigações legais ou contratuais, nos termos do artigo 296.º do

CCP.

2 – A execução prevista no n.º anterior implicará a renovação do respetivo valor, no prazo de 15 (quinze) dias

após a notificação para o efeito.

3 – No prazo de 30 (trinta) dias contados do cumprimento de todas as obrigações contratuais por parte do

adquirente a entidade alienante promove a liberação da caução prestada.

CLÁUSULA 9.ª

Resolução do contrato

Quando se verifique a impossibilidade definitiva do cumprimento do contrato pelo adquirente, o mesmo

poderá ser resolvido por decisão do ICNF ou por decisão judicial, com base nos artigos 333.º a 335.º do CCP.

CLÁUSULA 10.ª

Cessão da posição contratual e subcontratação

Poderá ser autorizada a cessão da posição contratual ou subcontratação nos termos dos artigos 288.º, 318.º e

319.º do CCP.

CLÁUSULA 11.ª

Fiscalização do contrato

A execução do contrato será fiscalizada, no lote, por colaboradores do ICNF designados para o efeito.

CLÁUSULA 12.ª

Prevalência

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1 – Fazem parte integrante do contrato os suprimentos dos erros e omissões do Caderno de Encargos,

conforme o disposto na alínea a) do n.º 2 do artigo 96.º do CCP, os esclarecimentos e as retificações relativas

ao procedimento pré-contratual em apreço, o Caderno de Encargos, o Convite e a proposta adjudicada.

2 – Em caso de divergência entre os documentos referidos no número anterior, a prevalência é determinada

pela ordem pela qual são indicados.

CLÁUSULA 13.ª

Contagem de prazos

Com exceção dos prazos referidos para as penalidades, os restantes prazos previstos no presente Caderno de

Encargos contam-se por dias seguidos.

CLÁUSULA 14.ª

Disposição final

O presente procedimento rege-se pelo Decreto-Lei n.º 307/94, de 21 de dezembro, e pela Portaria n.º 1152-

A/94, de 27 de dezembro, e, subsidiariamente, pelo Código dos Contratos Públicos (CCP).

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CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

CLÁUSULA 15.ª

Quantificação das quantidades

O volume do material lenhoso das árvores objeto de venda será quantificado antes da retirada das mesmas,

tendo por base a fórmula constante no Anexo I.

CLÁUSULA 16.ª

Acessos ao local de extração

1 – Quando o adquirente considerar que as condições de extração existentes são insuficientes, poderá

requerer ao ICNF, por escrito, autorização para a abertura de caminhos e linhas de extração.

2 – Os caminhos e linhas de extração só poderão ser traçados sob orientação técnica do ICNF.

3 – Todos os encargos provenientes da abertura de caminhos e linhas de extração são da responsabilidade do

adquirente.

4 – Sempre que o traçado de caminhos e linhas de extração imponha o corte de árvores não incluídas no lote,

estas deverão ser pagas com base no valor obtido para o lote em causa.

CLÁUSULA 17.ª

Obrigações do Adquirente

1 – Todas as operações relativas ao abate, rechega, carga e transporte das árvores compradas só poderão ser

efetuadas após comunicação, com a antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas, através do correio

eletrónico [email protected] ou fax n.º 266 737 378, informando do início das mesmas, as quais só poderão

realizar-se na presença de representantes do ICNF.

2 – O adquirente obriga-se a retirar todo o material lenhoso no prazo estipulado no ANEXO I ao presente

Caderno de Encargos, devendo ser retirado no prazo máximo de 15 (quinze) dias após o corte e não podendo,

em caso algum, ser ultrapassado o prazo estabelecido no ANEXO I ao presente Caderno de Encargos.

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3 – O adquirente obriga-se a manter as vedações, os caminhos, incluindo valetas, tal como estavam à data do

início das operações de exploração, dentro do prazo definido no ANEXO I a este Caderno de Encargos.

4 – O adquirente obriga-se a executar a gestão dos sobrantes da exploração florestal até ao limite do prazo de

corte e de extração referidos no ANEXO I a este Caderno de Encargos, intervindo da seguinte forma:

a) Áreas ocupadas ou com ocorrência de coníferas hospedeiras do Nemátodo da Madeira do Pinheiro

(NMP) – eliminação de toda a área de corte, de acordo com o especificado do Decreto-Lei nº

95/2011, de 8 de agosto, republicado pelo Decreto-Lei n.º 123/2015, de 3 de Julho, tendo em

consideração a origem do lote e respetivo Local de Intervenção (LI).

5 – Ao não cumprimento do previsto na alínea a) do número anterior aplica-se ainda o regime sancionatório

previsto nos art.º 24º e 25º do Decreto-Lei nº 95/2011, de 8 de agosto, republicado pelo Decreto-Lei n.º

123/2015, de 3 de Julho.

6 – O adquirente está ainda obrigado ao preenchimento do Manifesto de Exploração Florestal de Coníferas

Hospedeiras do Nemátodo da Madeira do Pinheiro (NMP) quando proceda ao corte e/ou transporte de

material lenhoso proveniente do abate de coníferas hospedeiras do NMP no território continental.

7 – Durante o período decorrente do nível de risco de incêndio ou decorrente de imposições da legislação de

proteção da floresta contra incêndios, ou de riscos de natureza biótica, o ICNF pode determinar a suspensão

da execução do contrato, sendo que o prazo de execução do contrato reinicia após comunicação ao

cocontratante.

8 – No caso previsto no número anterior, o cocontratante não tem direito à reposição do equilíbrio financeiro

do contrato, ou a qualquer tipo de indemnização por força do período de suspensão determinado.

CLÁUSULA 18.ª

Normas Técnicas a observar

1 – O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) – Departamento de Conservação da

Natureza e Florestas do Alentejo (DCNF-ALT) – aliena o material lenhoso, pertencendo ao Adjudicatário

também todos os sobrantes provenientes da exploração florestal de diâmetro superior a 3 cm, com exceção

do cepo.

2 – O ICNF – DCNF-ALT vende o material lenhoso com base em estimativa de volume, não garantindo a sua

qualidade.

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3 – Os trabalhos de corte e extração de árvores terão de ser iniciados até 30 dias, corridos, após assinatura do

contrato. Caso contrário a situação será entendida como Incumprimento (Cláusula 6.ª), ficando o

Adjudicatário sujeito ao estipulado nesta Cláusula 6.ª.

4 – Decorrente da aplicação dos critérios para a gestão dos combustíveis, previsto na legislação específica, não

poderão ocorrer quaisquer acumulações de substâncias combustíveis, como lenha, madeira ou sobrantes de

exploração florestal, que terão que ser removidos ao longo da rede viária e numa faixa lateral de terreno

confinante, de largura não inferior a 10 metros.

5 – É interdito o depósito de madeiras e outros produtos resultantes de exploração florestal ou agrícola, de

outros materiais de origem vegetal e de produtos altamente inflamáveis nas redes de faixas e nos mosaicos de

parcelas de gestão de combustível, com exceção dos aprovados pela Comissão Municipal de Defesa da

Floresta Contra Incêndios (Decreto-Lei N.º 17/2009, de 14 de Janeiro).

6 – Durante o período crítico só é permitido o empilhamento em carregadouro de produtos resultantes de

extração (estilha, rolaria, madeira) desde que seja salvaguardada uma faixa de gestão de combustível não

inferior a 50 metros, constituída por uma área sem vegetação com 10 metros em redor e garantindo que nos

restantes 40 metros a carga combustível é inferior ao estipulado no anexo do Decreto-Lei 17/2009, de 14 de

Janeiro.

7 – Durante o período crítico, nos trabalhos e outras atividades que decorram em todos os espaços rurais e

com eles relacionados é obrigatório que as máquinas de combustão interna e externa a utilizar, onde se

incluem todo o tipo de tratores, máquinas e veículos de transporte pesados, estejam dotados de dispositivos

de retenção de faíscas e faúlhas e de dispositivos tapa-chamas nos tubos de escape ou chaminés e estejam

equipados com um ou dois extintores de 6 kg de acordo com a sua massa máxima, consoante esta seja inferior

ou superior a 10 000 kg (Art.º 30.º do Decreto-Lei 17/2009, de 14 de janeiro).

8 – Tendo em conta as medidas de proteção fitossanitária adequadas ao controlo do Nemátodo da Madeira

do Pinheiro (NMP), no âmbito da legislação fitossanitária em vigor (Decreto-Lei nº 95/2011, de 8 de agosto,

republicado pelo Decreto-Lei n.º 123/2015, de 3 de Julho), a extração dos lotes tem que obedecer aos

seguintes requisitos:

a) O material lenhoso proveniente do abate das árvores deverá ter como destino empresas registadas

como operadores económicos e que procedam aos tratamentos previstos na legislação em vigor ou, em

alternativa, empresas registadas cujo processo de transformação garanta a ausência de NMP (como por

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exemplo empresas de aglomerados, briquetes, pellets, pasta de papel, aproveitamento energético,

etc.);

b) Os sobrantes resultantes do abate do material lenhoso deverão ser eliminados com recurso a

destroçamento ou queima, bem como transformados em estilha em local próprio. Apenas poderá

permanecer no local a estilha que apresentar dimensões inferiores a 3 cm, a qual deverá ser espalhada

uniformemente no terreno;

c) A eliminação dos sobrantes com recurso a queima deverá observar o estipulado no Artº. 28º do

Decreto-Lei 17/2009, de 14 de Janeiro, nomeadamente o respeitante à interdição de queima de

qualquer tipo de sobrantes de exploração durante o período crítico ou sempre que se verifique o índice

de risco temporal de incêndio de níveis muito elevado e máximo;

d) Preenchimento do formulário eletrónico de manifesto de exploração florestal, disponível no sítio da

internet do ICNF.

CLÁUSULA 19.ª

Normas Técnicas a observar na área da Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha (RNLSAS)

Nas áreas que estejam inseridas na RNLSAS (Lotes 1 e 3), deverão ainda ser observadas as seguintes

disposições:

a) Os trabalhos de corte de árvores nos Lotes 1 e 3 só poderão decorrer entre 01 de Fevereiro e 31 de

Março de 2016 e entre 1 de Outubro de 2016 e 31 de Março de 2017;

b) Dada a ocorrência de diversos habitats e espécies com estatuto de proteção prioritária na área objeto

de intervenção, serão assinaladas estas áreas, de modo a garantir a menor perturbação possível

destes locais;

c) A circulação de viaturas e de máquinas deverá ser efetuada pelos caminhos, aceiros e trilhos;

d) Os depósitos de madeira, sobrantes e estilha deverão ser instalados nos aceiros e outras áreas limpas,

evitando a destruição de manchas de vegetação em bom estado de conservação, a concertar com a

Comissão Municipal de Defesa da Floresta respetiva;

e) Deverão ser observadas todas as indicações dadas pelo pessoal do ICNF;

f) Deverão ser preservados todos os indivíduos de diferentes espécies de árvores e arbustos autóctones,

com especial destaque para os espécimes de Juniperus spp. (Zimbros);

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g) Os sobrantes resultantes do abate do material lenhoso deverão ser eliminados ou transformados em

estilha, não podendo ser eliminados pelo processo de queima, apenas podendo permanecer no local

se tiverem dimensões inferiores a 3 cm e desde que não afetem as manchas de vegetação. Não sendo

possível a utilização de destroçadores a estilha terá de ser efetuada com recurso a estilhaçadores e

em local próprio;

h) Os cortes realizados nas proximidades de manchas contendo o habitat 3110 – águas oligotróficas

muito pouco mineralizadas das planícies arenosas (Littorelletalia uniflorae), deverão ser realizados

sem que a maquinaria utilize áreas sensíveis na sua movimentação de trabalho.

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ANEXO I

Lote Local Área (ha) N.º de Árv. Volume Total Prazo de Corte N.º de Prazo de validade Preço base de Lanços

Estimado estimado (m3) e Extração Prestações 1) do Contrato licitação (€) mínimos (€)

1 AFS-RNLSAS 399,8948 2399 805,808 01/02/2016 - 31/03/2016 16 31-05-2017 3,00 0,20 01/10/2016 - 31/03/2017

2 AFS 1127,5877 1128 533,543 01/02/2016 - 30/06/2016 16 31-05-2017 3,00 0,20 01/10/2016 - 31/03/2017

3 AFS-RNLSAS 369,5152 1478 496,394 01/02/2016 - 31/03/2016 16 31-05-2017 3,00 0,20 01/10/2016 - 31/03/2017

4 AFS 1302,2456 2604 1232,372 01/02/2016- 30/06/2016 16 31-05-2017 3,00 0,20 01/10/2016 - 31/03/2017

Legenda:

AFS – Área Florestal de Sines

RNLSAS – Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha

1) O N.º de Prestações poderá ser até um máximo de 16.

Aos valores referidos acresce a taxa de IVA, 6%.

A avaliação do material lenhoso será efetuada em pilha e antes do seu transporte para fora da Área Florestal de Sines. Será feita a cubicagem de todo o material lenhoso por

funcionários do ICNF/DCNF-ALT, na presença do adjudicatário. A cubicagem será realizada no final de cada dia ou de acordo com o estipulado pelo representante do ICNF/DCNF-ALT.

Para o cálculo do volume da pilha será utilizada a seguinte fórmula, sem recurso a coeficientes de conversão:

Volume (m3) = L x C x A

(L – Largura da pilha (m), C – Comprimento da pilha (m) e A – Altura da pilha (m)).

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ANEXO II

Identificação dos lotes

Lote Prédio Freguesia Concelho Lanços mínimos: 0,20 €

Volume estimado (m3) Base de licitação (€)

1

Monte Velho de Cima

Santo André Santiago do Cacém 805,808 3,00

Paul e Covinha

Areais Brancas

Outras

2

Cabeço de Baixo

Santo André Santiago do Cacém 533,543 3,00

Maria da Moita

Badoca

Monte Branco

Outras

3

Areias Brancas Santo André Santiago do Cacém

496,394 3,00 Maria da Moita Sines Sines

Sancha

4

Bêbeda Santo André Santiago do Cacém

1232,372 3,00 Maria da Moita Santiago do Cacém

Boavista Sines Sines

Outras

Aos valores referidos acresce a taxa de IVA, 6%.