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Caderno de Atividades 2 a . SéRIE LÍNGUA PORTUGUESA ENSINO MéDIO

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Page 1: Caderno de Atividades - · PDF fileLíngua Portuguesa 3 Crepúsculo Por Rodolfo Lima – jornalista, ator e crítico de cinema Dificilmente algum autor superará a história de “Romeu

Cadernode

Atividades

2a. sérieLÍNGUA PORTUGUESA

eNsiNO MéDiO

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Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)(Luciane M. M. Novinski /CRB 9/1253 /Curitiba, PR, Brasil)

D541 Dias, Nathalia Saliba Caderno de atividades: língua portuguesa 2a. série do ensino médio / Nathalia Saliba Dias — Curitiba : Positivo, 2010

Sistema Positivo de Ensino ISBN 978-85-385-4460-9

1. Língua portuguesa. 2. Ensino Médio – Currículos. I Título

CDU 82.081

© Editora Positivo Ltda., 2010

Diretor-Superintendente Ruben Formighieri

Diretor-Geral Emerson Walter dos Santos

Diretor Editorial Joseph Razouk Junior

Gerente Editorial Maria Elenice Costa Dantas

Gerente de Arte e Iconografia Cláudio Espósito Godoy

Autoria Nathalia Saliba Dias

Edição Fernanda Rosário de Mello, Solange Gomes

Edição de arte Angela G. de Souza

Projeto gráfico e capa Roberto Corban

Editoração Expressão Digital

Pesquisa iconográfica Madrine Eduarda Perussi, Sabrina Ferreira e Susan Rocha de Oliveira © Imagem da capa: P.Imagens/Pith

ProduçãoEditora Positivo Ltda.

Rua Major Heitor Guimarães, 17480440-120 – Curitiba – PR

Tel.: (0xx41) 3312-3500 – Fax: (0xx41) 3312-3599

Impressão e acabamentoGráfica Posigraf S.A.

Rua Senador Accioly Filho, 50081310-000 – Curitiba – PR

Fax: (0xx41) 3212-5452E-mail: [email protected]

2012

[email protected]

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Língua Portuguesa

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Crepúsculo

Por Rodolfo Lima – jornalista, ator e crítico de cinema

Dificilmente algum autor superará a história de “Romeu e Julieta”, escrita por William Shakespeare. Há histórias de amor tão interessantes quanto. Porém o “amor impossível” cunha-do pelo autor inglês serve de inspiração para milhares de roteiristas, dramaturgos e autores.

“Crepúsculo”, escrito por Stephenie Meyer, foi traduzido para mais de 37 países, vendeu 17 milhões de cópias pelo mundo todo e se tornou um fenômeno adolescente. “Harry Potter” e sua namoradinha mestiça já virou passado.

Bella (Kristen Stewart) e Edward (Robert Pattinson) se apaixonam na primeira vez que se olham. Ela fica instigada pela figura exótica, apática e misteriosa do colega de sala, ele louco para beber o sangue da “Bella” e novata mortal.

Estabelecido o “conflito”, “Crepúsculo” se mostra um filme atraente, sedutor e voyerístico. A possibilidade de um namoro tradicional não é realizável. Edward é um vampiro, que se esforça para não precisar de sangue humano. Mas o cheiro de Bella o entorpece e faz com que, entre a sedução e o medo de falhar, se aproxime da amada.

Em “Crepúsculo”, não há beijos ardentes, cenas quentes de sexo, corpos nus e música pop. No filme o sugerido tem mais espaço do que é mostrado e torna idílica a relação de amor entre Bella e Edward.

Ele não pode tocá-la, pois tem medo de não resistir e “literalmente” sugar o amor que sente por ela. Bella quer ser amada na sua plenitude, nem que para isso precise virar uma imortal como Edward. Quer dar seu sangue como símbolo maior do seu amor.

Em certo momento, ela diz querer viver com ele para sempre. Ele responde: “– Uma vida longa e intensa não basta?”

Eis ai o grande “segredo” de “Crepúsculo”: como evitar a atração que os jovens sentem pelo perigo e para o impossível?

A cena em que assumem um para o outro seus sentimentos é retratada numa floresta e nada mais clichê – e por que não romântico? – que duas pessoas em meio à natureza derretendo-se um para o outro.

“Crepúsculo” seduz, mescla romantismo com imaturidade, estabelece conflitos, trabalha com o imaginário do amor impossível, os atores criam empatia na primeira cena e, tirando alguns trechos que de tão improváveis soam inverossímeis, dá conta do recado e põe a plateia do cinema para suspirar. O público não se importa que a história seja adolescente, tudo o que quer é um amor inebriante, impulsivo e passional.

Leitura | Resenha

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Caderno de Atividades

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Se o amor é uma espécie de droga, “Crepúsculo” é um exemplo – mesmo que prematuro – dos efeitos que ela pode vir a causar. Resgate aquele amor adolescente dentro de ti e se divirta.

Ficha TécnicaDireção: Catherine HardwickeGênero: Romance/AventuraDuração: 120 min.Distribuidora: Paris FilmesElenco: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner, Michael Welch, Justin Chon, Peter Facinelli, Kellan Lutz, Cam Gigandet, Anna Kendrick.

LIMA, Rodolfo. Crepúsculo. Disponível em: <www.cranik.com/crepusculo.html>. Acesso em: 03 ago. 2010.

1. O texto que você acabou de ler é uma resenha jor-nalística. Sobre esse gênero, é correto afirmar que: a) faz uma crítica sobre um objeto artístico somente

com o intuito de divulgar diferentes pontos de vista.

b) tem a intenção de vender um bem, levantando informações positivas para levar à compra do produto.

c) levanta dados positivos e negativos de um deter-minado bem artístico, para apresentá-lo a pesso-as especializadas.

d) apresenta o ponto de vista de um especialista, com o objetivo de ensinar as pessoas a fruírem um bem cultural.

e) procura divulgar um bem cultural, apresentando informações técnicas e críticas sobre o produto.

2. Identifique os elementos principais que compõem essa descrição:

a) Nome do artista:

b) Título da obra:

c) Ano de lançamento:

d) Distribuidora:

e) Duração:

f ) Preço:

g) Avaliação:

3. Analise os seguintes trechos e encontre outros ter-mos para substituir os que estão em destaque:a) Porém o “amor impossível” cunhado pelo autor

inglês serve de inspiração para milhares de rotei-ristas, dramaturgos e autores.

b) Ela fica instigada pela figura exótica, apática e misteriosa do colega de sala, ele louco para beber o sangue da “Bella” e novata mortal.

c) Estabelecido o “conflito”, “Crepúsculo” se mostra um filme atraente, sedutor e voyerístico.

d) Mas o cheiro de Bella o entorpece e faz com que, entre a sedução e o medo de falhar, se apro-xime da amada.

e) No filme o sugerido tem mais espaço do que é mostrado e torna idílica a relação de amor entre Bella e Edward.

f ) Alguns trechos, que de tão improváveis soam in-verossímeis.

g) Tudo o que quer é um amor inebriante, impul-sivo e passional.

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4. As resenhas podem ser críticas (aquelas em que predomina a opinião do autor) ou técnicas (aquelas que apre-sentam objetivamente as características do produto). O texto sobre o filme “Crepúsculo” é crítico ou técnico? Justifique:

5. Afinal, devemos assistir ao filme? A crítica do filme é positiva ou negativa? Faça uma pequena lista com os argu-mentos apresentados:

6. A resenha possui trechos argumentativos e descritivos. Encontre um exemplo para cada uma das sequências discursivas:

ArgumentAção Descrição

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Caderno de Atividades

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Leitura | aRtigo de divulgação científica

Você pode ser imortal

Nascer, reproduzir, morrer – eis o ciclo da vida. Mas isso é só por enquanto. A ciência está trabalhando para que ninguém mais morra de velho.

E é possível que dê tempo de você entrar nessaPor João Vito Cinquepalmi

Morte morrida é coisa que a Turritopsis dohrnii não conhece. A vida dessa espécie de água--viva só acaba se ela for ferida gravemente. Do contrário, a Turritopsis vai vivendo, sem prazo de validade. Suas células se mantêm em um ciclo de renovação indefinidamente, como se voltassem à infância. Podem aprender qualquer função de que o corpo precise. É uma verdadeira (e útil) mágica evolutiva. Parecida com a do Sebates aleutianus, um peixe do Pacífico conhecido como rockfish, e de duas espécies de tartaruga, a Emydoidea blandingii e a Chrysemys picta (ambas da América do Norte). Esse segundo grupo tem o que a ciência chama de “envelhecimento desprezí-vel”. Suas células ficam sempre jovens, por motivos que a ciência ainda quer descobrir.

A imortalidade existe na natureza. Não tem nada de utopia. Pena que nós não desfrutemos dessa boquinha. Ao longo do tempo, nosso corpo se deteriora. Perdemos os melanócitos que dão cor aos cabelos, o colágeno da pele, a cartilagem dos ossos – ficamos grisalhos, enrugados, com dores nas juntas. Velhos. Numa sucessão de baixas, células e órgãos vão deixando de cumprir fun-ções cruciais para o corpo. Até que tudo isso culmina numa pane geral. E nós morremos.

Para impedir que o corpo definhe desse jeito, o homem já tentou de tudo: de mumificação, no Egito antigo, a injeções feitas a partir de testículos de animais, na França do século 19. Só que agora estamos mais próximos do que nunca do sonho da imortalidade. Por causa dessas espécies highlanders, cientistas do mundo todo acreditam que nós também podemos ser imortais. E já têm propostas para isso, divididas em duas linhas: remédios – feitos para aprimorar nossa defesa contra a morte – e inovações tecnológicas que nos tornarão quase robôs. Sabe aquela expressão “de certo na vida, só a morte”? Parece que ela vai perder o sentido em breve. “Em 50 anos não vai mais existir definição para expectativa de vida. Teremos um controle tão completo do envelheci-mento que as pessoas viverão indefinidamente”, diz Aubrey de Grey, geneticista da Universidade de Cambridge.

Não é uma tarefa fácil. Essa pesquisa está diretamente relacionada ao estudo do envelheci-mento, que a ciência ainda não conseguiu destrinchar completamente. Pelo que se sabe, o corpo funciona como um carro. Depois de muito rodados, ambos acumulam defeitos. A diferença é que, quando quebra, nosso corpo dá um jeito de se consertar. Se você sofre um corte, o sangue estan-ca em minutos, não é? O problema é que essa manutenção segue bem enquanto somos jovens, mas vai perdendo a eficácia. Com o tempo, células param de se reproduzir, o corpo vai sofrendo ataques do ambiente... e a nossa máquina não dá conta de reparar tudo. Ficamos velhos, fracos, vulneráveis.

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Para que possamos viver para sempre, esse sistema de reparos não pode parar. E já apareceu proposta de todo tipo pra isso. Se antes essas ideias eram tidas como fringe science – algo como “ciência marginal”, que tem mais de especulação do que de fato –, agora elas começam a ser vistas com seriedade. Tanto que acabaram de levar um Nobel.

CINQUEPALMI, João Vito. Você pode ser imortal. Disponível em: <http://super.abril.com.br/ciencia/voce-pode-ser-imortal-535997.shtml>. Acesso em: 04 ago. 2010.

1. O texto Você pode ser imortal, possui um caráter jornalístico, didático e científico. Explique:

2. Faça um resumo das informações principais de cada parágrafo:

1º.pArágrAfo

2º.pArágrAfo

3º.pArágrAfo

4º.pArágrAfo

5º.pArágrAfo

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3. O autor utiliza diversos recursos para tornar a leitura mais didática e agradável ao leitor. Retire três exemplos do texto:

4. A qual gênero pertence o texto que você acabou de ler? a) É um artigo de opinião, porque apresenta o pon-

to de vista de um especialista sobre um assunto de interesse geral.

b) É uma reportagem, porque levanta dados de for-ma aprofundada para um público especializado.

c) É uma notícia, pois informa a população sobre fatos recentes e notórios.

d) É uma crônica, já que comenta criticamente fatos do cotidiano, com o intuito de fazer o leitor refle-tir sobre o assunto.

e) É um texto de divulgação científica, porque apre-senta informações sobre o mundo da ciência para leigos.

5. Quais dos elementos a seguir estão, comumente, presentes nesse gênero?

( ) Título e linha-fina

( ) Linguagem subjetiva e informal

( ) Linguagem acessível e objetiva

( ) Uso de termos técnicos

( ) Temas científicos

( ) Temas cotidianos

( ) Publicado em livros de literatura

( ) Publicado em suportes de ampla divulgação

6. A expressão do texto “Morte morrida” faz referência ao texto Morte e vida severina, de João Cabral de Melo Neto. Qual é o nome dado a esse recurso? a) Intertextualidadeb) Ironiac) Metáforad) Antítese e) Metonímia

anotações

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Nova superbactéria preocupa os cientistas

Ela é resistente a antibióticos, afirmam os pesquisadores em estudo

As bactérias NDM-1 são resistentes até ao carbapenem, um grupo de antibióticos utilizado como última tentativa em tratamentos de emergência contra bactérias resistentes a muitos re-médios.

Turistas que viajaram ao sul da Ásia com o objetivo de fazer cirurgias estéticas levaram para a Grã-Bretanha um novo tipo de bactéria mutante, resistente a antibióticos. O alerta foi feito por cientistas que assinam um artigo publicado na revista Lancet nesta quarta-feira.

Muitas infecções hospitalares, que já eram combatidas com dificuldade, tornaram-se ainda mais resistentes aos medicamentos em consequência de uma enzima descoberta recentemente e que deixa a bactéria muito resistente. A enzima, conhecida como NDM-1, foi identificada pela primeira vez ano passado por Timothy Walsh, da Universidade de Cardiff, em dois tipos de bac-téria – Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli (E.coli) - em um paciente sueco internado em um hospital da Índia.

As bactérias NDM-1 são resistentes até ao carbapenem, um grupo de antibióticos utilizado como última tentativa em tratamentos de emergência contra bactérias resistentes a muitos remé-dios. Os cientistas afirmaram que as bactérias foram levadas à Grã-Bretanha por pacientes que viajaram à Índia e ao Paquistão.

“Se essas infecções continuassem sem o tratamento apropriado, com certeza poderíamos es-perar algum tipo de mortalidade”, declarou Walsh, professor de microbiologia, à rádio BBC. “Vai ser muito difícil tratar as infecções nos pacientes com esse tipo de bactéria”, acrescentou. No estudo, coordenado por Walsh e pela Universidade Karthikeyan Kumarasamy de Madras, os cientistas tentaram determinar a presença da NDM-1 no sul da Ásia e no Reino Unido.

Examinando pacientes com sintomas suspeitos em hospitais, eles detectaram 44 casos - 1,5% dos pesquisados - em Chennai, e 26 (8% dos pesquisados) em Haryana, cidades da Índia. Também encontraram a superbactéria em Bangladesh e no Paquistão, assim como 37 casos na Grã-Bre-tanha, alguns em pacientes que haviam retornado recentemente de cirurgias estéticas na Índia e Paquistão. “Como a Índia também é responsável por cirurgias estéticas de outros cidadãos euro-peus e americanos, e é provável que a NDM-1 se espalhe pelo mundo”, alerta o estudo.

Leitura | aRtigo de divulgação científica

Disponível em: < http://veja.abril.com.br/noticia/saude/nova-superbacteria-preocupa-os-cientistas>. Acesso em: 12 ago. 2010.

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1. O texto que você acabou de ler é um artigo de divulgação científica em que predominam:a) sequências expositivas, pois a intenção é informar de modo imparcial e objetivo. b) sequências narrativas, já que o autor conta para o leitor sobre as novas descobertas da ciência. c) sequências argumentativas, pois o jornalista apresenta a sua opinião sobre os dados e informações apre-

sentados. d) sequências injuntivas porque ensina quais são as novas descobertas do mundo da ciência. e) sequências descritivas, uma vez que apresenta o que acontece no mundo em um determinado momento.

2. Com base no texto que você acabou de ler e nas informações que você tem, explique o que é um texto de divulgação científica e qual o seu objetivo:

3. Utilizando o texto Nova superbactéria preocupa os cientistas, assinale quais são as características dos textos de divulgação científica:

( ) Objetividade no tratamento do tema

( ) Apresentação da opinião do jornalista sobre o assunto

( ) Explicação de termos e dados para o leitor não especializado

( ) Presença de termos técnicos

( ) Linguagem técnica e compreensível somente para quem é da área

( ) Uso de linguagem clara e vocabulário técnico, porém de fácil acesso

( ) Parágrafos curtos, que sintetizam e concentram uma única ideia

4. Faça um resumo das informações principais de cada parágrafo:

1º.pArágrAfo

2º.pArágrAfo

3º.pArágrAfo

4º.pArágrAfo

5º.pArágrAfo

6º.pArágrAfo

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5. Um dos parágrafos do texto pode ser suprimido sem prejuízo à sua compreensão do texto. a) Qual é? Explique:

b) Pode-se dizer que este fato é um problema da composição textual?

6. O artigo de divulgação científica deve ser objetivo e, por esse motivo, em momento algum o jornalista explicita o perigo que é a descoberta dessa nova bactéria superpotente. Porém, sugere essa ideia por diversos meios: esco-lha vocabular, citações, etc. Retire três trechos do texto em que essa ideia pode ser inferida:

7. Qual é a importância da divulgação das informações científicas apresentadas no artigo?

anotações

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Leitura | Poema

Ismália

Quando Ismália enlouqueceu,Pôs-se na torre a sonhar...Viu uma lua no céu,Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,Banhou-se toda em luar...Queria subir ao céu,Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,Na torre pôs-se a cantar...Estava perto do céu,Estava longe do mar...

E como um anjo pendeuAs asas para voar...Queria a lua do céu,Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deuRuflaram de par em par...Sua alma subiu ao céu,Seu corpo desceu ao mar...

GUIMARAENS, Alphonsus de. Ismália. São Paulo: Cosac&Naify, 2006.

1. Com base numa primeira leitura, sobre o que fala o poema?

2. Como sabemos, os poemas sugerem novos significados por meio do trabalho com a linguagem. Além do que pode ser apreendido com a primeira leitura, podemos dizer que o poema fala implicitamente sobre o quê?

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3. O poema de Alphonsus de Guimaraens procura criar musicalidade por meio de diversos recursos, entre eles ali-terações, rimas e repetição de estruturas sintáticas. Encontre e transcreva do texto um exemplo para cada uma delas:

ALiterAçÕes

rimAs

repetiçÕes

4. Além da musicalidade, a repetição de estruturas representa formalmente o tema abordado pelo poema. Explique.

5. Analise o uso das reticências no poema e explique qual é sua função:

6. Analise a seguinte escolha vocabular e assinale a opção que indica quais os sentimentos que elas sugerem:

Torre Lua Banhou Voar

Sonhar Cantar Anjo Asas

( ) melancolia ( ) alegria ( ) euforia ( ) solidão ( ) tristeza

7. O texto anterior é um poema porque :a) é um texto em prosa que procura discutir temas grandiosos, como a morte e a vida, por meio de uma lingua-

gem elaborada. b) está organizado em versos e estrofes, além disso, procura explorar as potencialidades da linguagem, criando

novos efeitos de sentido. c) está estruturado em forma de versos, com estrofes, rimas intercaladas e acento tônico na 6ª. e 8ª. sílabas poéticas. d) é um texto em prosa que procura explorar as potencialidades da linguagem, criando novos efeitos de sentido.e) é um texto organizado em versos e estrofes que procura discutir temas grandiosos, como a morte e a vida, por

meio de uma linguagem simples e corriqueira.

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8. A produção de vários sentidos no poema depen-de em grande parte do trabalho com a linguagem. Analise, então, a sua composição formal e complete com as informações correspondentes:

Número de estrofes:

Rimas:

Número de sílabas poéticas:

9. Faça a ligação entre a palavra em destaque e o seu sinônimo:

(a) E, no desvario seu,

(b) E como um anjo pendeu

(c) Ruflaram de par em par...

( ) Estar pendurado ou suspenso; estar pendente.

( ) Agitar, encrespar (as asas, as penas), para alçar voo.

( ) Ato de loucura; delírio, alucinação, desacerto; desatino, extravagância.

10. Nos dois últimos versos de cada estrofe, há repeti-ção dos termos céu/ mar. Qual figura de linguagem está presente nesse jogo de palavras?

a) Metáfora

b) Eufemismo

c) Hipérbole

d) Antítese

e) Paradoxo

anotações

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Leitura | editoRial

“O ladrão que furta para comer não vai, nem leva ao inferno; os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são outros ladrões, de maior calibre e de mais alta esfera”, escrevia no século 18 o padre Antonio Vieira num de seus “Sermões”. Os ladrões de que falava eram aqueles que “rou-bam e despojam os povos”. Passados já mais de três séculos, continuam válidas as imprecações que o pregador jesuíta fazia contra os que, servindo-se das facilidades do poder e da posição so-cial, esbulham em proveito próprio os recursos que deveriam ser destinados ao bem-estar coletivo.

Pois é o que infelizmente continuamos vendo. Multiplicam-se Brasil afora denúncias contra desvios de toda ordem e montante, sob as mais diversas modalidades, de recursos públicos – um caudal sem-fim de acontecimentos que, de tão frequentes, já quase não despertam indignação.

Anestesiada, a opinião pública acomoda tais fatos no rol das banalidades – mesmo porque seus autores mantêm-se impunes, acima da lei. “Quantas vezes se viu Roma ir a enforcar um ladrão, por ter furtado um carneiro, e no mesmo dia ser levado em triunfo um cônsul, ou ditador, por ter roubado uma província”, exclamava o padre Vieira.

Inclui-se nessa visão o rumoroso caso do desvio de diárias da Secretaria de Estado da Educa-ção fartamente noticiado durante a semana. Seriam, de acordo com os primeiros cálculos, R$ 800 mil que saíram dos cofres públicos que, em vez de pagar despesas legítimas de viagens a trabalho de servidores da pasta, serviam para custear gastos tão alheios à finalidade quanto, por exemplo, o de pagar por serviços de babá. Grande parte das despesas irregulares era coberta pelo uso dos tais cartões corporativos.

As investigações estão sendo dificultadas: nada menos de 17 toneladas de documentos que po-deriam levar à comprovação dos desvios e à responsabilização dos agentes públicos que os comete-ram – quer os que abusaram diretamente do uso do cartão, quer seus superiores que não exerciam o controle devido – simplesmente foram roubados de um depósito da Secretaria da Educação. A polícia foi acionada para investigar o paradeiro de tais documentos (se é que eles ainda existem) e descobrir os autores e que interesses os moveram para surrupiá-los do arquivo. [...]

As auditorias ainda superficiais feitas na Secretaria da Educação e outras iniciadas em dife-rentes setores já são suficientes para comprovar a existência e a persistência de irregularidades. O que se espera agora das autoridades é que, ao contrário do que lamentavelmente ocorre no país da impunidade, sejam devidamente identificados e punidos os responsáveis. E não apenas isso, que sejam criadas maneiras mais eficientes de fiscalização dos gastos do dinheiro público para evitar que abusos como esse voltem a ser cometidos em qualquer esfera dos poderes da República.

Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/conteudo.phtml?tl=1&id=1033692&tit=Ladroes-de-alta-esfera>. Acesso em: 09 ago. 2010.

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Caderno de Atividades

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1. O texto que você acabou de ler é um editorial do jornal Gazeta do Povo. Qual das opções a seguir define melhor esse gênero? a) É um texto de opinião assinado por um jornalista renomado, cujo objetivo é apresentar e debater a opinião

dessa pessoa ilustre sobre um tema de relevância social, política ou econômica. b) Trata-se de uma reportagem mais elaborada, pois, além de apresentar os fatos de forma extensa e aprofunda-

da, oferece também a opinião do veículo de comunicação. c) É uma notícia mais detalhada, uma vez que apresenta fatos relevantes para a sociedade de forma mais de-

morada, o que envolve a apresentação de gráficos e tabelas, porém, valendo-se sempre de uma linguagem objetiva e imparcial.

d) Como as crônicas, os editoriais apresentam um ponto de vista único sobre o objeto em discussão, portanto, trata-se de um texto de caráter ficcional cuja intenção é divulgar a opinião do jornal.

e) É um texto de caráter opinativo, geralmente não assinado, cuja intenção é apresentar a opinião do veículo de comunicação acerca dos fatos mais relevantes no ambiente político, social e econômico.

2. Faça a relação entre as palavras em destaque e as suas definições:

( a ) “continuam válidas as imprecações que o pregador jesuíta fazia”

( b ) “esbulham em proveito próprio os recursos que deveriam ser destinados ao bem-estar coletivo”

( c ) “um caudal sem-fim de acontecimentos”

( d ) “Anestesiada, a opinião pública acomoda tais fatos no rol das banalidades”

( e ) “no mesmo dia ser levado em triunfo um cônsul, ou ditador, por ter roubado uma província”

( ) Privar de alguma coisa ilegitimamente, por fraude ou violência; roubar, despojar, esbulhar.

( ) Pedir (a Deus ou a poder superior) que envie sobre alguém males ou bens.

( ) Grande abundância ou fluência; torrente.

( ) Lista; relação de nomes de pessoas ou de coisas; relação, listagem.

( ) Vitória, grande alegria; satisfação plena; regozijo.

3. Identifique, no texto, os parágrafos que correspondem à introdução, ao desenvolvimento e à conclusão:

4. Qual é o assunto do editorial e qual o posicionamento do jornal em relação ao assunto?

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5. Para convencer o leitor, o editorial se vale de vários recursos. Encontre, pelo menos, três, explicando a função de cada um deles:

6. A linguagem dos editoriais tem as seguintes características. Explique cada uma delas e exemplifique com trechos do texto:

a) Busca pela impessoalidade:

b) Topicalidade:

c) Condensabilidade:

d) Plasticidade:

7. Na conclusão do texto, o editorial apresenta o objetivo último. Que objetivo é esse?

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Leitura | caRtum/chaRge

SOLDA. Doações de campanha. O Estado do Paraná. 10 ago. 2010.

1. Faça a correspondência entre o gênero e a sua respectiva definição:

( 1 ) Charge

( 2 ) Cartum

( ) Representação gráfica de caráter caricatural que pode se valer do exagero de determinada característica, a fim de chamar atenção do leitor. Geralmente, é composta somente por imagem e encontra-se ligada a fatos e situações de determinada época e região.

( ) Apresenta uma situação humorística universal e atemporal, cujos temas podem ser reconhecidos por qual-quer leitor.

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2. O texto de Solda é uma charge ou um cartum? Justifique:

3. Faça uma paráfrase explicando o significado das frases: Todo homem tem seu preço. Poucos, porém, têm valor.

4. Explique qual é a relação entre a imagem e o texto. Explique quem são as pessoas representadas:

5. O texto tem a intenção de provocar humor? Explique quais recursos o autor utiliza para chamar a atenção do leitor:

6. Assinale a opção que define adequadamente a intenção do texto:

a) Fazer um elogio aos homens de valor que doam dinheiro para as campanhas eleitorais.

b) Criticar as doações para campanhas políticas cujo intuito é obter algum benefício próprio no futuro.

c) Criticar os altos valores doados irregularmente para os homens de valor, que são os políticos.

d) Criticar os políticos que se vendem para instituições sem fins lucrativos.

e) Apenas apresentar a situação muito recorrente nas eleições: as doações para campanhas políticas.

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7. A frase do texto poderia ser reescrita, sem prejuízo para o sentido, da seguinte forma:

( ) Todo homem está à venda; no entanto, poucos merecem/podem ser comprados.

( ) Todos os homens podem ser comprados por uma quantia de dinheiro; mas poucos são objeto de desejo.

( ) Todos os homens têm o mesmo preço; contudo uns valem menos, outros valem mais.

( ) Todos os homens podem ser comprados; entretanto muitos não valem nada.

8. Quantas vozes você identifica no cartum lido? Explique quais são elas.

anotações

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Incidente em Antares

O mais antigo documento escrito que se conhece, referente ao lugar onde mais tarde viria a ser fundada essa comunidade da região missioneira do Rio Grande do Sul, encontra-se no livro do na-turalista francês Gaston Gontran d’Auberville, intitulado Voyage pittoresque au Sud du Brésil (1830-1831). Escreveu o ilustre cientista em seu diário de viagem:

24 de abril – Cruzamos esta manhã o rio Uruguai, numa balsa, e entramos em território do Brasil. Estes campos verdes, duma beleza idílica, lembram os da nossa Provence. Aqui as pasta-gens são boas e o gado bovino, abundante. Os primeiros homens que encontramos, tanto os bran-cos como os índios, me olham com uma curiosidade meio desconfiada, que acho justificável, pois devem estranhar a minha indumentária, o meu aspecto físico e principalmente a minha bagagem: as gaiolas em que trago os pássaros vivos que apanhei no Paraguai e na Argentina, e os sacos e caixas cheios das plantas e pedras que venho colecionando desde o momento em que pisei terras do Novo Mundo.

Cerca das dez horas da manhã, chegamos a um lugarejo pertencente à comarca de São Borja e conhecido como Povinho da Caveira, formado por uma escassa dúzia de ranchos pobres, perto da barranca do rio. A pouca distância deles, situa-se a casa do proprietário destas terras, que me recebeu com certa cortesia. É um homem ainda jovem, de compleição robusta, cabelos e barbas castanhos e pele clara. Tem um ar autoritário, costuma falar muito alto, parece habituado a dar ordens e a ser obedecido. Chama-se Francisco Vacariano, nome provavelmente derivado da pala-vra vaca e que não me parece legítimo, mas adotado. A casa da estância de gado do sr. Vacariano é apenas um rancho maior que os outros da povoação. Comunico-me com esse senhor no meu precário espanhol, e ele me responde na mesma língua mas usando, uma vez que outra, palavras portuguesas.

Almoçamos ao meio-dia e o estancieiro nos serviu, numa grande marmita de ferro, pedaços de carne-seca (aqui chamada “charque”) com farinha de mandioca, tudo misturado com gordura animal. O sr. Vacariano imaginava que eu era uma espécie de mascate. Ficou desapontado quando verificou que eu não trazia tabaco, açúcar nem sal, gêneros de que carece no momento. Expliquei--lhe que sou um cientista e o meu hospedeiro pareceu não me dar crédito, pois acha impossível que um homem empreenda uma tão longa e penosa viagem apenas para apanhar bichos e juntar plantas e pedras.

Percebi que o sr. Vacariano não confia nos “homens do outro lado do rio” nem parece gostar deles. Tal coisa não é para estranhar-se, se levarmos em conta que recentemente o Brasil esteve envolvido numa guerra com a Argentina pela posse da chamada Banda Oriental.

Leitura | diáRio de viagem

VERISSIMO, Erico. Incidente em Antares. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

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1. O trecho que você acabou de ler foi retirado do romance Incidente em Antares, de Erico Verissimo, mas se apresen-ta como um diário de viagem de Gaston Gontran d’Auberville. Por se tratar de um romance, podemos suspeitar de sua veracidade, mas existem inúmeros elementos linguísticos que procuram recriar a organização própria desse gênero. Pensando nisso, assinale as opções que indicam as características do gênero diário de viagem presentes no trecho:

( ) Relato em 1ª. pessoa do singular;

( ) Linguagem lírica;

( ) Presença de dados, como data, local e hora;

( ) Descrição pessoal;

( ) Descrição de cenas, pessoas e costumes;

( ) Relato dos fatos vivenciados;

( ) Defesa de um ponto de vista pessoal;

( ) Apresentação do trajeto e nome dos envolvidos.

2. Assinale a opção que melhor define o gênero diário de viagem: a) De caráter pessoal, o diário de viagem revela o ponto de vista do autor diante de novos lugares, por meio de

descrições de cenários, costumes e de seus sentimentos em relação a eles. b) De caráter objetivo, os diários de viagem apresentam uma análise imparcial e fria sobre os fatos que acontece-

ram durante uma viagem. c) Como nos artigos de opinião, os diários de viagem defendem uma tese sobre um determinado acontecimen-

to, por meio de argumentos e dados.d) Ao apresentarem ficcionalmente cenários imaginados, os diários de viagem se aproximam dos contos e crônicas. e) O romance e o diário de viagem não se distinguem, porque em ambos há um trabalho elaborado com a lin-

guagem, garantindo a literariedade do texto.

3. Alguns termos do texto podem trazer dúvidas ao leitor. Assinale a opção que indica o seu significado: “ [...] formado por uma escassa dúzia de ranchos pobres”[...] a) pobre b) vazia c) pouca

“[...] É um homem ainda jovem, de compleição robusta”[...] a) físico forte b) gordo c) alto

“[...] A casa da estância de gado do sr. Vacariano[...] ”a) fazenda b) casa c) pasto

“[...] imaginava que eu era uma espécie de mascate”[...] a) estrangeiro b) comerciante c) ladrão

4. Os diários de viagem apresentam um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre o cenário e as pessoas. Em qual das opções a seguir as impressões do narrador acerca do que descreve não estão evidentes?a) “Estes campos verdes, duma beleza idílica, lembram os da nossa Provence”.b) “É um homem ainda jovem, de compleição robusta, cabelos e barbas castanhos e pele clara”.

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c) “Tem um ar autoritário, costuma falar muito alto, parece habituado a dar ordens e a ser obedecido”.d) “Ficou desapontado quando verificou que eu não trazia tabaco, açúcar nem sal, gêneros de que carece no

momento”.e) “Cruzamos esta manhã o rio Uruguai, numa balsa, e entramos em território do Brasil”.

5. Com base no relato e nas descrições do narrador, que imagem nós leitores podemos formar dele?

6. Nos diários de viagem, prevalecem as sequências narrativas e descritivas. Encontre um exemplo para cada uma:

nArrAção Descrição

7. Faça um levantamento das descrições feitas pelo narrador e descubra quais foram os aspectos mais relevantes para ele:

anotações

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A paixão e a gastrite

Poucas coisas são mais cultuadas que a paixão romântica. É bonito, dizem, estar apaixonado. Você volta a ser um adolescente sonhador, iconoclasta, mesmo que já tenha passado dos 30 ou mes-mo dos 40. Você retoma a criatividade embolorada. É capaz até de mandar flores e, mais ainda, de escrever versos lindamente medíocres. Você se olha com renovado interesse no espelho. Capricha no penteado depois de anos de desleixo. Refaz o guarda-roupa. Considera até a possibilidade de se depilar para ficar na moda ou parecer mais atraente para ela. [...] Alguns pensam até na hipótese de aprender a tocar violão para impressioná-la com um dedilhado que será inevitavelmente tosco. E todos com certeza cantam alto em seu carro as músicas adocicadas prediletas que colocam para ouvir e se inspirar neste momento mágico de deslumbramento.

A paixão é linda, é o que dizem. E é também horrível. Uma das aberturas de romance mais aclamadas da história da literatura diz o seguinte: “Era o melhor dos tempos, e também o pior”. O autor é Dickens.

O mesmo se aplica para a paixão. Ela nos eleva e nos rebaixa ao mesmo tempo. Vou ser direto: a paixão nos faz burros, ridículos, irresponsáveis. O mais complicado é que ela faz tudo isso e além do mais nos engana: temos a convicção de que ela nos torna o oposto. Charmosos, quase irresistíveis.

O apaixonado é um sofredor. Ele não dorme. Ele come mal. Se ela telefona, ele tem uma crise de euforia. Se o telefone emudece obstinadamente, é motivo de aguda depressão. Se ela corresponde, ele é o rei do mundo. Se não, ele pensa alternadamente em matar ou morrer. Às vezes, nas duas al-ternativas. Ou numa terceira, se ela estiver interessada em outro cara.

Nenhum apaixonado de verdade escapa da gastrite. A gastrite é a prova definitiva do amor ver-dadeiro. E não qualquer gastrite, mas aquela que leite nenhum ameniza ou cura. Porque o problema está na mente insana, e não no estômago castigado.

Os filósofos discordam uns dos outros em quase tudo. Montaigne disse que não há nada que alguém diga, nem o seu contrário, que não tenha sido defendido por algum pensador. Um dos raros pontos em que os sábios concordam é exatamente na paixão: se você conseguir se livrar dela, se você for forte e perseverante o suficiente para dominá-la, você vai ser um cara feliz. Não será escravo de antidepressivos e de calmantes. Não vai acordar seus amigos e amigas durante a madrugada para desabafos intermináveis. Nem se deixará entrar no egocentrismo insuportável do apaixonado, para quem a vida se resume a ela e ela. Só falamos. Não conseguimos escutar nada e ninguém fora dos limites do nosso amor. Tente conversar com um apaixonado. Ele não vai registrar nada do que ouvir. Ele não vai derramar uma mísera lágrima pela história mais triste que você lhe contar.

Uma paixão está rondando você? Chute.

E trocará uma eternidade de angústia por um minuto de desalento. Mas – como Montaigne escreveu – eu poderia estar aqui defendendo o contrário, com a mesma convicção.

Leitura | ensaio

HERNANDEZ, Fábio. Disponível em: < http://fabiohernandez.wordpress.com/2008/04/>. Acesso em: 11 ago. 2010.

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1. O texto que você acabou de ler pode ser considerado um ensaio porque:a) apresenta o ponto de vista do autor sobre um determinado assunto de modo coerente e embasado em dados

e argumentos científicos. b) apresenta a opinião do autor sobre temas fundamentais da vida, como o amor, a morte e a perda, por meio de

uma linguagem objetiva e científica. c) discorre sobre um tema de modo livre, expondo a opinião do autor, sem se preocupar com a comprovação dos

fatos, a objetividade ou a linguagem científica. d) discorre tecnicamente sobre um tema científico, com o objetivo de divulgar novas ideias inusitadas sobre

assuntos já debatidos. e) comenta livremente um tema acadêmico, de forma impessoal e subjetiva, com o objetivo de convencer as

pessoas a mudarem de atitude.

2. Explique, resumidamente, qual é o ponto de vista do autor sobre o amor:

3. Os ensaios se caracterizam pela apresentação livre das ideias. Encontre no texto elementos que expressam essa liberdade:

4. Encontre três informações apresentadas que não possuem embasamento científico, técnico ou formal:

5. Ao final do texto, o autor intencionalmente contrapõe o seu argumento dizendo que “poderia estar aqui defen-dendo o contrário, com a mesma convicção”. Sabendo disso, responda: a) Essa postura seria possível em artigos de opinião ou textos acadêmicos? Por quê?

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b) Qual é a intenção do autor ao dizer isso?

c) Qual a relação entre essa última afirmação e o gênero ensaio?

6. Sobre o texto, é correto afirmar que:I. a paixão deve ser evitada porque causa uma série de transtornos físicos e psicológicos. II. a paixão também pode nos elevar e ser o melhor dos tempos. III. o texto se aproxima de um tratado científico porque examina as consequências físicas da paixão sobre o corpo

humano. Estão corretas: a) somente I. b) somente II. c) I e II. d) II e III. e) todas.

7. A linguagem utilizada é informal e leve. Em quais das opções a seguir essas características estão evidentes?

( ) Vou ser direto: a paixão nos faz burros, ridículos, irresponsáveis.

( ) Eu poderia estar aqui defendendo o contrário, com a mesma convicção.

( ) O resto, dane-se. A paixão fecha nossos ouvidos.

( ) Os filósofos discordam uns dos outros em quase tudo.

( ) E trocará uma eternidade de angústia por um minuto de desalento.

( ) Ele não vai derramar uma mísera lágrima pela história mais triste que você lhe contar.

anotações

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Castigos físicos

O castigo físico acaba com a autoridade de quem castiga, pois revela que seu argumento é a força

Uma recente pesquisa Datafolha (Folha, 26/7) mostra que, no Brasil, 69% das mães e 44% dos pais admitem ter batido nos filhos.

Parêntese. Os pais são tão violentos quanto as mães: simplesmente, eles passam menos tempo em casa e lidam menos com o “adestramento” dos filhos.

A pesquisa constata também que 72% dos adultos sofreram castigos físicos quando crianças. Como se explica, então, o fato de que 54% dos brasileiros se declaram contrários ao projeto de lei que proíbe os castigos físicos em crianças? Há várias hipóteses possíveis.1) Talvez quem apanhou quando criança não queira perder o direito de se vingar em cima dos filhos.2) Talvez não aceitemos a ideia de que os nossos pais tinham sobre nós uma autoridade maior do que

a que nós temos ou teremos sobre nossos filhos.3) Na mesma linha, talvez estejamos dispostos a apanhar dos superiores sob a condição de sermos

autorizados a bater nos subalternos.Nota: aceitar apanhar dos mais poderosos para poder bater nos mais fracos é a caraterística que

resume a personalidade burocrático-autoritária do funcionário fascista.4) A autoridade, dizem alguns com razão, sempre tem um pé na coação e recorre à força quando

seu prestígio não for suficiente para ela se impor. Hoje, a autoridade simbólica dos adultos é cada vez menor. É provável que os próprios adultos sejam responsáveis por isso (principalmente, por eles se comportarem cada vez mais como crianças); tanto faz, o que importa é que o prestígio dos adultos não lhes garante mais respeito e obediência. Portanto, a palavra aos tabefes.

É um erro: o castigo físico acaba com a autoridade de quem castiga, pois revela que seu argu-mento é apenas a força. A reação mais sensata da criança será: tente de novo quando eu estiver com 15 anos e 1,80 m de altura.

Esses e outros argumentos a favor da palmatória não encontram minha simpatia. Até porque verifico que os rastos desses castigos não são bonitos. Mesmo um simples tapa é facilmente traumá-tico tanto para o pai que bateu como para o filho: ele paira na memória de ambos como uma traição amorosa que não pode ser falada por ser demasiado humilhante (para os dois).

Resumindo:1) sou absolutamente contra qualquer castigo físico; 2) sou também contra a extensão do poder do Estado no campo da vida privada, por temperamen-

to anárquico e porque sou convencido que, neste campo, as famílias erram muito, mas o Estado, quase sempre, erra mais.

Leitura | aRtigo de oPinião

CALLIGARIS, Contardo. A coragem do amor que dura. Disponível em:< http://contardocalligaris.blogspot.com/2010/05/coragem-do-amor-que-dura.html>. Acesso em: 13 ago. 2010. (adaptado)

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1. Com base no texto, preencha a tabela a seguir:

A linguagem utilizada é objetiva, ou deixa margem a diferentes interpretações?

Pode-se dizer que o texto foi escrito de acor-do com a norma-padrão?

Há expressões que fogem às normas da lín-gua escrita ou são típicas da oralidade?

O ponto de vista é explicitado já no início do texto? Onde?

Há argumentos consistentes em defesa do ponto de vista?

2. O texto de Contardo Calligaris é um artigo de opinião. Qual é a tese defendida por ele?

3. Qual é o argumento utilizado pelo autor para defender o seu ponto de vista?

4. Encontre os referentes dos seguintes elementos de coesão. a) “Esses e outros argumentos a favor da palmatória não encontram minha simpatia.”

b) “ele paira na memória de ambos como uma traição amorosa que não pode ser falada por ser demasiado hu-milhante (para os dois).”

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c) “É provável que os próprios adultos sejam responsáveis por isso.”

5. Além da argumentação, é comum encontrarmos estratégias textuais para convencer o leitor do seu ponto de vista. Quais estão presentes no texto Castigos físico?

( ) Repetição de termos e informações.

( ) Retomada de informações.

( ) Argumentos de autoridade.

( ) Contra-argumentação.

( ) Explicação didática em forma de tópicos.

6. Analise as afirmações a seguir sobre o texto e assinale a opção correta: I. Os pais são contra a lei que proíbe o castigo físico porque não querem perder o direito de se vingar dos casti-

gos que sofreram quando pequenos. II. 69% dos pais admitem bater nos filhos com frequência. III. O autor não tem uma opinião definida, pois é contra os castigos físicos, mas acredita que o Estado não deve

regular a vida privada.

Estão corretas as afirmações: a) I b) II c) III d) II e III e) Todas

anotações

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Leitura | dePoimento

... E fazer do nosso sonho uma casa

Eu venho de muito longe e trago aquilo que eu acredito ser uma mensagem partilhada pelos meus colegas escritores de Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné- Bissau e São Tomé e Prínci-pe. A mensagem é a seguinte: Jorge Amado foi o escritor que maior influência teve na gênese da literatura dos países africanos que falam português.

A nossa dívida literária com o Brasil começa há séculos, quando Gregório de Matos e Tomás Gonzaga ajudaram a criar os primeiros núcleos literários em Angola e Moçambique. Mas esses ní-veis de influência foram restritos e não se podem comparar com as marcas profundas e duradouras deixadas pelo baiano.

Deve ser dito (como uma confissão à margem) que Jorge Amado fez pela projeção da nação brasileira mais do que todas as instituições governamentais juntas. Não se trata de ajuizar o trabalho dessas instituições, mas apenas de reconhecer o imenso poder da literatura. Nesta sala, estão outros que igualmente engrandeceram o Brasil e criaram pontes com o resto do mundo. Falo, é claro, de Chico Buarque e Caetano Veloso. Para Chico e Caetano, vai a imensa gratidão dos nossos países que encontraram luz e inspiração na vossa música, na vossa poesia. Para Alberto Costa e Silva, vai o nosso agradecimento pelo empenho sério no estudo da realidade histórica do nosso continente.

Nas décadas de 50, 60 e 70, os livros de Jorge cruzaram o Atlântico e causaram um impacto extraordinário no nosso imaginário coletivo. É preciso dizer que o escritor baiano não viajava so-zinho: com ele chegavam Manuel Bandeira, Lins do Rego, Jorge de Lima, Erico Verissimo, Rachel de Queiroz, Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto e tantos, tantos outros. Em minha casa, meu pai — que era e é poeta — deu o nome de Jorge a um filho e de Amado a um outro. Apenas eu escapei dessa nomeação referencial.

Recordo que, na minha família, a paixão brasileira se repartia entre Graciliano Ramos e Jorge Amado. Mas não havia disputa: Graciliano revelava o osso e a pedra da nação brasileira. Amado exaltava a carne e a festa desse mesmo Brasil.

COUTO, Mia. Disponível em: <http://www.jorgeamado.com.br/professores2/07.pdf>. Acesso em: 15 ago. 2010.

1. O texto de Mia Couto é um depoimento. Quais são as características desse gênero?a) Caracteriza-se pela apresentação, em verso e em primeira pessoa, da subjetividade do artista sobre um tema

pessoal. b) Apresenta um fato do cotidiano com o intuito de fazer uma reflexão sobre a vida. c) Trata-se de um texto formal com o intuito de colher a versão de uma pessoa sobre um fato relevante para

confrontar opiniões.

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d) É um texto ficcional de cunho subjetivo, cuja intenção é apresentar o ponto de vista de um autor sobre um assunto específico.

e) Trata-se de um texto em primeira pessoa, em que o autor apresenta uma visão pessoal sobre um aconteci-mento, pessoa ou objeto artístico.

2. Sobre o depoimento, é correto afirmar que: I. Jorge Amado ajudou a divulgar a cultura brasileira no continente africano, em especial, o aspecto mais festivo

da nossa cultura. II. Mia Couto faz um depoimento do período em que conviveu e teve contato com Jorge Amado. III. a divulgação da literatura brasileira foi beneficiada pela aceitação de Jorge Amado no continente africano. Estão corretas as afirmações:a) I b) I e II c) II e III d)I e III e) Todas

3. Analise o seguinte trecho e assinale a opção que indica a figura de linguagem presente nele. Nas décadas de 50, 60 e 70, os livros de Jorge cruzaram o Atlântico e causaram um impacto extraordinário no nosso imaginário coletivo.a) Metáfora b) Metonímia c) Paradoxo d)Antítese e) Prosopopeia

4. Sobre o que é o depoimento dado por Mia Couto?

5. Explique o sentido das expressões em destaque nos trechos a seguir: a) Jorge Amado foi o escritor que maior influência teve na gênese da literatura dos países africanos.

b) Não se trata de ajuizar o trabalho dessas instituições, mas apenas de reconhecer o imenso poder da literatura.

c) Apenas eu escapei dessa nomeação referencial.

6. Nos depoimentos, é comum encontrarmos marcas de subjetividade. Assinale a única opção em que isso não está evidente: a) Mas esses níveis de influência foram restritos e não se podem comparar com as marcas profundas e duradou-

ras deixadas pelo baiano.b) Recordo que, na minha família, a paixão brasileira se repartia entre Graciliano Ramos e Jorge Amado.c) Para Chico e Caetano, vai a imensa gratidão dos nossos países que encontraram luz e inspiração na vossa mú-

sica, na vossa poesia.d) Não se trata de ajuizar o trabalho dessas instituições, mas apenas de reconhecer o imenso poder da literatura.e) Gregório de Matos e Tomás Gonzaga ajudaram a criar os primeiros núcleos literários em Angola e Moçambique.

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aNÁLise LiNGuÍstiCa | conjunção

1. O que são conjunções?

2. Qual é a diferença entre as conjunções coordenativas e as subordinativas?

3. Complete o quadro com as relações que as conjunções coordenativas e subordinativas podem estabelecer:

coorDenAtivA suborDinAtivA

4. Nos seguintes trechos, substitua as conjunções em destaque por outras, sem alterar o sentido das orações: a) Porém o “amor impossível” cunhado pelo autor inglês serve de inspiração para milhares de roteirista, drama-

turgos e autores.

b) Ele não pode tocá-la, pois tem medo de não resistir.

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c) Mas o cheiro de Bella o entorpece e faz com que, entre a sedução e o medo de falhar, se aproxime da amada.

5. Releia os seguintes trechos e indique qual conjunção estabeleceria a relação de sentido entre as orações: a) Dificilmente algum autor superará a história de “Romeu e Julieta”, escrita por William Shakespeare. Há

histórias de amor tão interessantes quanto.

b) Estabelecido o “conflito”, “Crepúsculo” se mostra um filme atraente, sedutor e voyerístico. A possibilidade de um namoro tradicional não é realizável.

c) Crepúsculo” é um exemplo – mesmo que prematuro – dos efeitos que ela pode vir a causar. Resgate aquele amor adolescente dentro de ti e se divirta.

6. Analise as expressões em destaque e continue as frases de modo que elas façam sentido:

a) A alegria prolonga a vida e

b) Foi ao baile, porém

c) O dinheiro ou

d) Trabalha muito, logo

e) Não chore porque

f ) É preciso que

g) Estou certo de que

h) O ciumento é como

i) Foi à praia, embora

j) Se tudo correr bem

k) Como todos sabem

l) Viva de modo que

m) Quando estiveres irado

n) A criança entregou o presente para que

o) À medida que a civilização progride

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aNÁLise LiNGuÍstiCa | oRações cooRdenadas

1. Analise as seguintes orações coordenadas e classifique as conjunções ou locuções conjuntivas em destaque:

( ) Entre logo porque preciso sair imediatamente.

( ) Não estivemos lá nem nos interessamos por saber de nada.

( ) Não negou nada, mas também não afirmou coisa nenhuma.

( ) Estudou muito, portanto irá bem no exame.

( ) Tudo para ele era vencer ou perder.

( ) Camila não só trabalha, mas estuda.

( ) Entre, que está muito frio.

2. Analise o seguinte período e assinale a opção em que o sentido não se mantém o mesmo:

A capital da República Popular da China contém, em seu arranjo espacial, o acúmulo histórico de mais de oito séculos de várias camadas de urbanização. Todavia, foi apenas nas últimas décadas que a cidade efetivamente apresentou acelerado crescimento demográfico, associado a um processo de modernização sem precedentes.

a) A capital da República Popular da China contém, em seu arranjo espacial, o acúmulo histórico de mais de oito séculos de várias camadas de urbanização. Contudo, foi apenas nas últimas décadas que a cidade efeti-vamente apresentou acelerado crescimento demográfico, associado a um processo de modernização sem precedentes.

b) A capital da República Popular da China contém, em seu arranjo espacial, o acúmulo histórico de mais de oito séculos de várias camadas de urbanização. Porém, a cidade efetivamente apresentou acelerado crescimento demográfico, associado a um processo de modernização sem precedentes apenas nas últimas décadas.

c) A capital da República Popular da China contém, em seu arranjo espacial, o acúmulo histórico de mais de oito séculos de várias camadas de urbanização. Entretanto, foi apenas nas últimas décadas que a cidade efe-tivamente apresentou acelerado crescimento demográfico, associado a um processo de modernização sem precedentes.

d) A capital da República Popular da China contém, em seu arranjo espacial, o acúmulo histórico de mais de oito séculos de várias camadas de urbanização. Por conseguinte, foi apenas nas últimas décadas que a cidade efe-tivamente apresentou acelerado crescimento demográfico, associado a um processo de modernização sem precedentes.

e) A capital da República Popular da China contém, em seu arranjo espacial, o acúmulo histórico de mais de oito séculos de várias camadas de urbanização. No entanto, foi apenas nas últimas décadas que a cidade efe-tivamente apresentou acelerado crescimento demográfico, associado a um processo de modernização sem precedentes.

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3. Neste trecho de uma propaganda, qual é a relação implícita entre as orações?

“A vida oferece oportunidades a todos. É a formação que faz a diferença.”

a) adição b) conformidade c) oposição d) explicação e) concessão

4. Assinale a opção correspondente ao período em que a conjunção que expressa o valor semântico de causa:a) Espero que sejas feliz. b) É feio que dói!c) Comia que era uma lástima.d) A rã inchou tanto que estourou.e) A fruta caiu do pé que estava madura.

5. (UESPI) – Analise o emprego do conector no se-guinte trecho: “A participação de todos é o princípio básico de seu desempenho; contudo, a participação direta raramente acontece.” O conector marca uma relação semântica de: a) oposição – ou seja, é feita uma contraposição de

argumentos. b) conclusão – os argumentos apresentados são en-

caminhados na mesma direção. c) condição – ou seja, se o argumento anterior é

verdadeiro, o consequente também será.

d) exemplificação – o segundo argumento exempli-fica o primeiro.

e) explicação – ou seja, reformulação do que foi dito anteriormente.

6. (UFMT)

Revista ÉPOCA, 02/01/2006.

O trecho O trabalho não tira só a escola das crianças tira a infância também pode ser reescrito, sem alterar o sentido, de diversas maneiras. Assinale a reescritu-ra que NÃO conserva o sentido:a) O trabalho não tira só a escola das crianças, mas

também a infância.b) O trabalho, além de tirar a escola das crianças, tira

a infância também.c) O trabalho tira não só a escola das crianças, como

também a infância.d) O trabalho tira a escola das crianças, logo tira a

infância também.e) O trabalho tira a escola e a infância das crianças.

anotações

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Caderno de Atividades

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1. Faça o mesmo do exercício anterior, mas, agora, com as orações subordinadas:

( ) Seria mais poeta, se fosse menos político.

( ) Mal saíra o trem, as crianças já estavam agitadas.

( ) Falou tanto na reunião que ficou rouco.

( ) Quanto mais conheço os homens, mais aprecio a sua arte.

( ) É preciso rezar para que não estoure nova Guerra Mundial.

( ) Espero que você não demore.

( ) Segundo o que disseram, não haverá aulas.

( ) Enquanto todos estavam fora, nada fez de útil.

( ) Estou mais feliz hoje do que ontem.

( ) Ainda que chegues a viver cem anos, nunca deixarás de aprender.

( ) Os balões sobem porque são mais leves que o ar.

2. (UEPG – PR)

Arte e artes da crônica política

Todo jornalismo é político, no sentido amplo da palavra. Se política é a ciência dos fenômenos relacionados com o Estado, e se o Estado é a nação politicamente organizada, quando um repórter escreve sobre qualquer fato ocorrido no país, mes-mo sobre um assassinato no morro da Mangueira, está fazendo jornalismo político. Ainda que passional, um assassinato sempre envolverá relações entre indivíduos e autoridade.Vale a imagem para o esporte, pois ao reportar um jogo do Flamengo com o Vasco o jornalista estará, antes de mais nada, referindo-se a uma prática regulada em leis, portarias e sucedâneos, bem como a algo que apaixona a população inteira.

(Carlos Chagas apud Koch, 1991, p. 55)

Pode-se notar no texto “Arte e artes da crônica política” que a progressão é sucessiva, assinalada por uma série de conectivos pelos quais se estabelecem determinados tipos de relação. No que respeita aos tipos de relação estabelecidos pelos conectores, assinale o que for correto.

01) “Se” estabelece uma relação de implicação entre antecedente “todo jornalismo é político...” com o conse-quente “quando um repórter escreve...”.

02) “E” indica encadeamento de ideias, acréscimo.

04) “Quando” opera com a localização temporal dos fatos a que se alude no enunciado.

08) “Ainda que” introduz uma restrita oposição ou contraste ao que se mencionou anteriormente.

16) “Pois” apresenta uma justificativa ou explicação sobre o mencionado anterior.

aNÁLise LiNGuÍstiCa | oRações suboRdinadas

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Língua Portuguesa

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3. (UFAM) Assinale a opção correspondente ao valor semântico da conjunção como no período abaixo: Se eu usasse lentes de contato, eu poderia ter um olho vermelho-sangue e outro amarelo-canário, como um

inseto.a) consequência b) condição c) comparação d) conformidade e)causa

4. (UFAM) – Considerando a relação de sentido entre os enunciados abaixo, assinale a opção correspondente à con-junção ou expressão equivalente que poderia ser usada para reuni-los em um período composto por subordinação:

Não se veem desde o século passado. Eles ainda muito se estimam.a) a despeito de b) porquanto c) entretanto d)por conseguinte e) em razão de

5. Complete os espaços em branco com as informações corretas:

a) Oração é aquela que exerce uma função sintática em relação a uma outra.

b) Oração é aquela que não exerce nenhuma função sintática em outra oração do período.

c) Orações cumprem uma função sintática própria de um adjetivo.

d) Orações são sempre iniciadas por um pronome relativo.

6. Preencha o quadro com os pronomes relativos que você conhece:

7. Assinale com um “x” as orações adjetivas:

( ) Fez sinal para que todos se aproximassem em silêncio. 

( ) Você é um dos poucos alunos que eu conheço.

( ) Os idosos que gostam de dançar se divertiram muito.

( ) Fiz-lhe sinal que se calasse.

( ) Meu tio, que era advogado, prestou serviços ao réu.

( ) Eu, que não sou perfeito, já cometi alguns erros graves.

( ) O jornal que você trouxe é velho.

( ) Choveu tanto que as ruas estão todas molhadas.

( ) Falou tanto na reunião que ficou rouco.

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Caderno de Atividades

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8. Classifique as seguintes orações adjetivas em (E) explicativas ou (R) restritivas:

( ) As histórias que o viajante contou causaram espanto geral.

( ) Os pedreiros, que estavam exaustos de tanto trabalho, abandonaram suas pás e picaretas sobre o chão em-poeirado.

( ) Passamos a pesquisar um ponto que nunca foi antes explorado.

( ) Após as declarações que o técnico deu, concluímos que seria comprado um novo ponta-esquerda.

( ) Os professores, que se reuniram hoje, vão divulgar as notas. 

( ) São poucos os amigos em quem confiamos de verdade.

9. Preencha as lacunas com o pronome “cujo” e suas variantes. Lembre-se de utilizar a preposição quando o verbo exigir:

a) A espécie extinta é aquela existência não possuímos prova.

b) O pintor tela nos referimos foi premiado recentemente.

c) O vinte e um é o jogo regras nunca aprendi direito.

d) Foi uma festa resultado não gostei.

e) O lançamento foi em uma livraria sobreloja se pode conversar.

f ) Eis o texto interpretação houve controvérsia.

10. (UNIOESTE – PR) – Em “voltou a assombrar o acordo ortográfico que visa a unificar a escrita do português nos países que o adotam como língua oficial”, a oração “que o adotam como língua oficial“ funciona como:a) adverbial causal. b) adjetiva restritiva. c) substantiva indireta. d) adjetiva explicativa. e) coordenada explicativa.

11. (UEMS) – No fragmento “Meirelles, que procurava os povos havia 20 anos, sobrevoou a área e avistou os roçados e as ocas. O avião assustou a tribo, que nunca teve contato com homem branco.”, as orações em negrito possuem, respectivamente, as funções de nos fornecerem:a) explicação e explicação b) restrição e consequência c) explicação e causa d) restrição e restrição e) causa e consequência

12. Reescreva as orações, transformando os adjuntos adnominais em orações adjetivas: a) Ele é um homem cumpridor de seus deveres.

b) Essa é uma associação protetora de animais.

c) Evite comentários ofensivos.

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d) Li uma notícia surpreendente. 

e) Essa menina tem um sorriso cativante. 

13. Analise os seguintes pares de oração e explique qual é a diferença de significado entre elas: a) O homem, que se considera racional, muitas vezes age animalescamente. O homem que se considera racional muitas vezes age animalescamente.

b) O professor telefonou para a filha que mora na Suíça. O professor telefonou para a filha, que mora na Suíça.

14. Junte as orações a seguir, criando orações adjetivas: a) O processo é sem dúvida o mais econômico. Referi-me a ele com entusiasmo.

b) Um dia hei de encontrar a mulher. Beijei seus lábios com muito amor.

c) Foi deprimente o espetáculo. Assistimos ao espetáculo na noite passada.

d) Jamais aceitaremos as ideias. Você adotou as ideias sem refletir.

e) Ele é um velho. Sua lucidez nos causa espanto.

f ) Sempre acompanho os jogos de futebol. As emissoras de rádio transmitem os jogos.

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g) A oferta é das mais vantajosas. Você me fez a oferta ontem.

h) Apresentou-se ontem o ator. Sua companhia de teatro teve sucesso nacional.

i) O técnico criticou a jogadora. A atuação dela foi abaixo da média.

15. Analise a oração a seguir e marque a opção em que a partícula “que” cumpre a mesma função:

O animal mais veloz do mundo é o avestruz, que chega a atingir a velocidade de um carro.

a) Há dentro do homem uma tragédia que ele ignora. b) Considera-se magnífico tudo o que se desconhece. c) Já que você quer pagar-me, aceito. d) Seus pais, que são italianos, ficaram entusiasmados com tudo.e) O jornal que você trouxe é velho.

anotações

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1. Antes de cada descrição, indique qual a figura de linguagem correspondente:

Consiste no emprego de uma palavra em lugar de outra, por uma relação de semelhança entre elas.

Consiste no emprego de um termo por outro, dada a relação de seme-lhança ou a possibilidade de associação entre eles.

É a omissão de uma palavra ou de uma expressão facilmente suben-tendida.

É o uso repetido das conjunções coordenadas, geralmente da aditiva “e”.

É o emprego de ter-mos redundantes, cujo objetivo é enfatizar uma ideia.

É a alteração da ordem direta dos termos da oração no período.

Consiste em aproxi-mar ideias ou palavras opostas.

É o emprego de pala-vras ou expressões agradáveis, em substituição às que têm sentido grosseiro ou desagradável.

Consiste no emprego de termos e expressões exagerados, de modo a acentuar o que se quer dizer.

Consiste em dizer o contrário daquilo que se pensa ou sente.

Ocorre quando há uma enumeração de ideias, expostas de forma crescente (em direção a um clímax) ou decrescen-te (anticlímax).

É a atribuição de qualidades e senti-mentos humanos a seres irracionais e inanimados.

É a repetição de uma ou mais palavras no princípio de duas ou mais frases.

2. Para cada um dos trechos a seguir, identifique qual a figura de linguagem presente:

a) Não serei o cantor de uma mulher, de uma história, não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista

da janela, não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida, não fugirei para as ilhas nem serei rapta-do por serafins.

O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente.

ANDRADE, Carlos Drumond de. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.

b) Meu coração é um balde despejado. Como os que invocam espíritos invocam espíritos

invoco A mim mesmo e não encontro nada.

PESSOA, Fernando. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.

c) De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto Que mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento.

MORAES, Vinicius de. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.

d) Porque a Vida perpétua arde em tuas entranhas! Rosas te brotarão da boca, se cantares! Rios de correrão dos olhos se chorares! E se, em torno ao teu corpo encantador e nu, Tudo morrer, que importa? A natureza és tu, Agora que és mulher, agora que pecaste!

BILAC, Olavo. Antologia poética. Porto Alegre: L&PM, 1997.

aNÁLise LiNGuÍstiCa | figuRas de linguagem

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e) Quando a Indesejada das gentes chegar (Não sei se dura ou caroável), Talvez eu tenha medo. Talvez sorria, ou diga: – Alô, iniludível!

BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro, 2002.

f ) E sob as ondas ritmadas e sob as nuvens e os ventos e sob as pontes e sob o sarcasmo e sob a gosma e sob o vômito

DRUMMOND, Carlos de. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.

3. (UEL – PR)

CuitelinhoCheguei na beira do portoonde as ondas se espaia.As garça dá meia volta,senta na beira da praia.E o cuitelinho não gosta

que o botão de rosa caia.Ai quando eu vim de minha terra,despedi da parentaia.Eu entrei no Mato Grosso,dei em terras paraguaia.Lá tinha revolução,enfrentei fortes bataia.A tua saudade cortacomo aço de navaia.O coração fica aflito,bate uma a outra faia.E os óio se enche d’águaque até a vista se atrapaia.

Fonte: Tema folclórico. Adaptação Musical: Wagner Tiso e Milton Nascimento. Texto poético: Paulo Vanzolini e Antônio Xandó. In: NASCIMENTO, M. Milton Nascimento ao Vivo. São Paulo: Polygram, 1983.

Em relação ao verso “A tua saudade corta como aço de navaia”, quais figuras de linguagem foram utiliza-das pelo autor?a) Silepse de pessoa e onomatopeia.b) Metáfora e metonímia.c) Aliteração e prosopopeia. d) Prosopopeia e comparação.e) Onomatopeia e catacrese.

4. O pleonasmo pode ser vicioso, quando ocorre a repetição desnecessária de um termo ou de uma ideia; ou pode ser literário, quando é usado como reforço estilístico ou semântico. Identifique e analise o tipo de pleonasmo presente em cada texto a seguir:

a) Galp é o elo de ligação entre a Petrobras e a Sonangol

Sonangol e Petrobras são parceiras em blocos brasileiros e angolanos. As duas querem a Galp.

Um vértice no Brasil, outro em África e o terceiro, ao meio, em Portugal. A relação entre as gigantes petrolíferas Pe-trobras e Sonangol são ligadas através da portuguesa Galp, o protagonista mais pequeno da relação. As três empresas formam um triângulo geográfico perfeito para troca de influências e expansão dos negócios.

Disponível em: <http://economico.sapo.pt/noticias/galp-e-o-elo-de-ligacao-entre-a-petrobras-e-a-sonangol_89878.html>. Acesso em: 06 ago. 2010.

b) “Iam vinte anos desde aquele dia Quando com os olhos eu quis ver de perto Quanto em visão com os da saudade via.”

OLIVEIRA, Alberto. Melhores poemas de Alberto de Oliveira. São Paulo: Global, 2007.

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5. (UNIFESP)

E disse [Deus]: Certamente tornarei a ti por este tempo da vida; e eis que Sara tua mulher terá um filho. E Sara escu-tava à porta da tenda, que estava atrás dele.E eram Abraão e Sara já velhos, e adiantados em idade; já a Sara havia cessado o costume das mulheres.Assim, pois, riu-se Sara consigo, dizendo: Terei ainda deleite depois de haver envelhecido, sendo também o meu senhor já velho? [...]E concebeu Sara, e deu a Abraão um filho na sua velhice, ao tempo determinado, que Deus lhe tinha falado.

(www.bibliaonline.com.br, Gn 18, 10-12; 21, 2.)

No trecho, afirma-se que Abraão e Sara já estavam adiantados em idade e que a Sara já havia cessado o costume das mulheres. Essas expressões são:a) eufemismos, que remetem, respectivamente, à velhice e ao ciclo menstrual.b) metáforas, que remetem, respectivamente, à idade adulta e ao vigor sexual.c) hipérboles, que remetem, respectivamente, à velhice e à paixão feminina.d) sinestesias, que remetem, respectivamente, à decrepitude e à sensualidade.e) sinédoques, que remetem, respectivamente, à idade adulta e ao amor.

6. (UEA – AM)

No primeiro quadrinho, ocorre exemplo de:a) pleonasmo. b) anacoluto. c) silepse de gênero. d) zegma. e) silepse de pessoa.

7. (UNAMA – AM)

O Círio de Nazaré“Na romaria de Nazaré, o melhor dia é a noite da transladação, diziam os namorados. Noite em que a Virgem de Na-zaré saía do Instituto Gentil Bittencourt, um colégio de moças, para a Catedral na Cidade Velha, passando a procissão pelas três janelas da família Alcântara. Da velha e bela Sé, o Círio, na manhã seguinte, novamente passando pelos Alcântaras, levaria a santa na sua berlinda para a Basílica ainda e sempre em construção [...]”

Nas passagens “... passando a procissão pelas três janelas da família Alcântara.” E “... novamente passando pelos Alcântaras...”, o autor organizou seu pensamento de modo especial para relacionar o ir e vir da procissão do Círio com os Alcântaras e a residência deles. Para isso, valeu-se da:a) metonímia. b) prosopopeia.c) antítese. d) hipérbole.

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8. (UDESC)

“De manhã escureço De dia tardo De tarde anoiteço De noite ardo.”

Os versos acima fazem parte do poema “Poética”, de Vinicius de Moraes. Em relação a eles, é correto afir-mar que predominam as figuras de linguagem:

a) gradação e prosopopeia.

b) antítese e metáfora.

c) antítese e gradação.

d) metáfora e prosopopeia.

e) anáfora e metáfora.

9. (FUVEST – SP) – Metonímia é a figura de linguagem que consiste no emprego de um termo por outro, havendo sempre uma relação entre os dois. A re-lação pode ser de causa e efeito, de continente e conteúdo, de autor e obra ou da parte pelo todo. Assinale a alternativa em que essa figura ocorre:

a) Achando aquilo um desaforo.

b) Miquelina ficou abobada com o olhar parado.

c) E as mãos batendo nas bocas.

d) Calções negros corriam, pulavam.

e) Palhetas subiram no ar.

10. A expressão metafórica comumente utilizada no dia a dia “cozinha da idade da pedra” expressa:

a) descuido na conservação de utensílios de uma cozinha.

b) mau gosto na organização de uma determinada cozinha.

c) deterioração de determinada cozinha.

d) característica de uma cozinha que não se moder-nizou.

e) estilo moderno de uma determinada cozinha.

11. Analise os seguintes slogans e assinale a opção que indica a figura de linguagem presente em ambos:

“Sejamos realistas, exijamos o impossível” “É proibido proibir” a) Metáfora. b) Paradoxo.

c) Prosopopeia. d) Elipse. e) Gradação.

anotações

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1. Defina:a) regência nominal:

b) regência verbal:

2. Reescreva a orações a seguir, corrigindo os problemas de regência: a) Ele o informou que iria chegar tarde.

b) Aqui todos obedecem o regulamento.

c) Ele tem aversão a altura.

d) Ela não esquecia das flores recebidas.

e) Eduardo lembrou do aniversário dela.

f ) Certificou-se que tudo estava preparado para a reunião.

3. Todas as frases a seguir possuem desvios em relação à norma-padrão. Assinale aquelas que apresentam proble-mas de regência:

( ) Qual o porquê dessa indecisão?

( ) O espetáculo não agradou o público.

( ) Nunca assisto esse programa de televisão.

( ) Para meu vizinho, trazem mais preocupações essas decisões da prefeitura de embargar a obra.

( ) Toda ação implica de uma reação igual e contrária.

( ) Anota tudo o que ele a disser.

aNÁLise LiNGuÍstiCa | Regência veRbal e nominal

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4. Dependendo da regência, o significado dos verbos pode mudar. Nas opções a seguir, indique qual o significado em cada caso: a) O médico assistiu o pequeno garoto.

Nós assistimos ao jogo da seleção.

b) Aspiro o ar fresco de Rio de Contas.

Ele aspira à carreira de jogador de futebol.

c) Ela chamou minha atenção.

Ele chamava por seus poderes.

d) Nós visamos ao cargo mais alto da empresa.

Os competidores visaram o alvo corretamente.

5. Não se respeitou o princípio da regência verbal em:

a) Alguns homens preferem morrer a viver como escravos.

b) A enfermeira procedeu ao exame do paciente com muita paciência.

c) Os atletas de alto nível devem sempre visar ao primeiro lugar nas disputas.

d) As atitudes do presidente implicam com reação negativa dos trabalhadores.

e) O cliente esqueceu o compromisso e não pagou a conta.

6. Nas opções abaixo, assinale a que não apresenta erro de regência:

a) Prefiro ler um bom livro do que assistir TV.

b) Este é o autor por cuja obra tenho grande admi-ração.

c) A vaga que todos aspiravam já foi preenchida.

d) Não tenho dúvidas que ele é inocente.

e) O atirador visou ao alvo.

7. Observe o trecho a seguir e responda:

“Quase todos os imigrantes mexi-canos que você encontra no mundo moram nos EUA”.

Caso se substituísse o verbo “encontrar” por outro, a correta opção de reescrita, de acordo com a norma--padrão, seria:

a) Quase todos os imigrantes mexicanos onde você vê no mundo moram nos EUA.

b) Quase todos os imigrantes mexicanos de que você escuta no mundo moram nos EUA.

c) Quase todos os imigrantes mexicanos os quais você sorri no mundo moram nos EUA.

d) Quase todos os imigrantes mexicanos com quem você fala no mundo moram nos EUA.

e) Quase todos os imigrantes mexicanos cujos você ouve no mundo moram nos EUA.

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8. Assinale a alternativa correta em relação à regência: a) Preferia brincar do que trabalhar. b) Preferia mais brincar a trabalhar. c) Preferia brincar à trabalhar. d) Preferia brincar a trabalhar. e) Preferia mais brincar que trabalhar

9. De acordo com a norma-padrão, em relação ao ver-so “Cheguei na beira do rio”, é correto afirmar que se trata de uma utilização:a) adequada, pois o verbo “chegar” é regido pela

preposição “em”.b) inadequada, pois o verbo “chegar” é regido pela

preposição “a”.c) inadequada, pois o verbo “chegar” é regido pela

preposição “para”.d) específica de uma figura de linguagem nomeada

anacoluto.e) compatível com os registros dos grandes escrito-

res nacionais.

10. (EAFA – RS) – Assinale a alternativa que contém a sequência das frases corretas: I. Visando apenas os seus próprios interesses, ele,

involuntariamente, prejudicou toda a família. II. O cargo a que todos visavam já foi preenchido. III. Desde criança sempre aspirava a uma posição de

destaque, embora fosse tão humilde. IV. Aspirando o perfume das centenas de flores que

enfeitavam a sala, desmaiou. a) I – III – IV b) II – III – IV c) I – II – III d) I – III e) I – II

11. (UPE) – Observe o uso do segmento sublinhado no trecho: “o homem rompe com o estado inicial da natureza, na qual estão inseridos os animais e o próprio homem”. Esse uso deve-se às normas sintá-tico-semânticas da regência verbal – um requisito pertinente para a clareza da formulação linguística do texto. Supondo um contexto formal de interação,

analise a regência dos verbos que aparecem nos enunciados abaixo. I. O homem rompe com o estado inicial da nature-

za, à qual se submete por conta mesmo das leis naturais de que depende.

II. O homem entra no universo da humanidade pela linguagem, da qual nunca mais se separa e cujas leis para sempre incorpora.

III. O homem tem acesso ao mundo da humanida-de pela linguagem, a cujas leis sempre obedece, em nome mesmo da interação a que pretende realizar.

IV. O homem chega ao espaço da humanidade pela linguagem, à qual remete, até o resto da vida, suas experiências de aprendizagem.

V. O homem acessa o domínio da humanidade pela linguagem; assiste-lhe, portanto, o direito de am-pliar às suas possibilidades de interação.

Estão conforme as normas da regência verbal, ape-nas os enunciados da alternativa: a) I, II e III. b) I, III e IV. c) III e V. d) IV e V. e) I, II e IV.

12. (UESPI) – No trecho: “Mas os colonizadores norte--americanos, compreendendo em que consiste a liberdade, não pensavam assim”, a regência verbal está de acordo com a norma-padrão do português formal. Considerando essa norma, analise as alterna-tivas seguintes. 1) Os colonizadores norte-americanos, sabendo de

que depende a liberdade, não pensavam assim. 2) Os colonizadores norte-americanos, sabendo a

que tipo de liberdade queriam chegar, não pen-savam assim.

3) Os colonizadores norte-americanos, sabendo com que tipo de liberdade queriam contar, não pensavam assim.

4) Os colonizadores norte-americanos, sabendo de que liberdade nos referimos, não pensavam as-sim.

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5) Os colonizadores norte-americanos, sabendo de cuja liberdade pretendiam, não pensavam assim.

Estão corretas:

a) 1 e 2 apenas.

b) 1, 2 e 3 apenas.

c) 2, 3 e 5 apenas.

d) 3, 4 e 5 apenas.

e) 1, 2, 3, 4 e 5.

13. (UP – PR) – Qual das construções a seguir não é adequada ao português escrito culto no pertinente à regência verbal? a) A companhia X informa os passageiros de que a

aeronave já está no solo. b) A companhia X informa aos passageiros que a ae-

ronave já está no solo. c) A companhia X comunica os passageiros que a

aeronave já está no solo. d) A companhia X avisa os passageiros de que a ae-

ronave já está no solo.e) A companhia X comunica aos passageiros que a

aeronave já está no solo.

14. (PUC/RIO – RJ)

a) Reescreva duas vezes a segunda oração do perí-odo abaixo, substituindo o verbo “viver” por cada um dos seguintes verbos:

I. lidar

II. depender

“Ele é nossa principal tecnologia social, por meio da qual vivemos hoje.”

anotações

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aNÁLise LiNGuÍstiCa | PRonomes

1. No quadro a seguir, escreva os pronomes indefinidos:

vAriáveis invAriáveis

2. Assinale a opção em que muito é pronome indefinido:a) O candidato falava muito bem. b) Havia muito bichinho ruim.c) Carlos era muito alegre. d) Ricardo demorava muito para tomar decisão. e) O soldado era muito eficiente.

3. (UNIR) – Esta é uma história de quatro pessoas cha-madas: Todos, Alguém, Qualquer Um e Ninguém.

Havia um trabalho importante a realizar e Todos tinha a certeza de que Alguém era ca-paz de o fazer. Qualquer Um o fazia, mas Nin-guém não o fez. Alguém ficou furioso, pois era um trabalho de Todos. Todos pensou que Qualquer Um o podia fazer, mas Ninguém percebeu que Todos não o iria fazer. Tudo acabou com Todos a culpar Alguém porque Ninguém não o fez o que Qualquer Um podia ter feito.

A narrativa acima utiliza como personagens os elemen-tos de uma determinada categoria gramatical. Assinale a alternativa que corresponde à afirmativa correta:a) Pronomes indefinidos.b) Advérbios.c) Substantivos.d) Conjunção subordinativa.e) Pronomes demonstrativos.

4. Complete as orações com os pronomes indefinidos:

a) O que podes fazer, não espere por .

b) Nem o que reluz é ouro.

c) O Sol, quando nasce, é para .

d) Quem é amigo de , não é de .

e) têm o que lhes baste.

5. Leia as frases e complete com o pronome indefinido “todo”, fazendo as adequações necessárias:

a) Faça chuva ou faça sol corremos dias no parque.

b) Antes de uma prova, procuro me preparar dia.

c) dia ela faz tudo sempre igual, acorda às 6 horas da manhã.

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d) Brasil fala português.

e) Alemanha fala alemão.

f ) Paris fala francês.

6. Em qual das alternativas abaixo, a palavra sublinhada é um pronome?a) Nem todos os crentes adotam uma posição radical com relação à veracidade. b) Conheço-o há muitos anos. c) Sem dúvida, esse tem sido o seu caminho.d) A ciência abraça a ignorância, o não saber, como parte necessária de nossa existência.

7. Assinale a alternativa em que o pronome oblíquo “lhe” está no lugar do pronome oblíquo “o” ou “a”, em desacordo com as orientações da norma culta: a) Pediu a Carla que lhe trouxesse os presentes. b) Então ela declarou-lhe que não se casaria mais. c) O comprador propôs-lhe uma venda sensacional. d) Ele, para lhe ser agradável, sempre comprava uma lembrança. e) Vejamos o que lhe trouxe aqui.

8. Preencha o quadro a seguir com os pronomes relativos:

9. Complete as orações a seguir com os pronomes relativos adequados. Utilize as preposições quando necessário:

a) O relator da emenda constitucional apresentou proposições todos simpatizaram.

b) Recordaram com carinho a ponte arcos trocaram os primeiros carinhos.

c) Fui ver hoje o filme você assistiu ontem.

d) Graciliano Ramos é o escritor brasileiro mais gosto.

e) Esta é a região fronteira agrícola deve ser ampliada.

f ) Aquele é o empresário para o qual trabalho gostamos muito.

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Língua Portuguesa

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g) As crianças estavam perdidas, sem saber ir.

h) Não sei você está querendo dizer.

i) A peça te falei estreia hoje.

j) A cidade ele vem fica no Norte do país.

10. Complete as orações com os verbos entre parenteses e os pronomes relativos. Não se esqueça de utilizar as pre-posições corretas para adequar à norma-padrão:

Havia condições . (opor-se a)

Havia condições . (concordar com)

Havia condições . (desconfiar de)

Havia condições . (= sujeito)

Havia condições . (insistir em)

11. Reescreva as orações, unindo-as em um único período. Para tanto, empregue o pronome relativo correto: a) São excelentes técnicos. Não podemos prescindir da colaboração dos técnicos. (cujo) São excelentes técnicos de cuja colaboração não podemos prescindir. (1 linha) b) João era o filho. Ele amava João. (quem)

c) O local é perigoso. Você se dirige ao local. (que)

d) Tenho uma coleção de quadros. Já me ofereceram um milhão por ela. (qual)

12. Avalie as orações a seguir e marque com um “X” aquelas que estiverem corretas.

( ) As pessoas de cujas palavras acreditei estão presas.

( ) O estado em cuja capital nasci é este.

( ) A árvore cujo os frutos são venenoso foi derrubada.

( ) Esta é a pessoa em cuja casa me hospedei.

( ) Não conheço o lugar onde você está.

( ) Não conheço o lugar aonde você irá.

13. Em qual das opções a seguir a partícula “que” é um pronome relativo?a) Quase que ela desmaia!b) João amava Tereza que amava Raimundo. c) Ele disse que gostava dos doces de Portugal. d) Amanhã, teremos pouco que fazer no nosso escritório. e) Que longe está o meu sonho!

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Caderno de Atividades

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14. Assinale a opção que apresenta os pronomes rela-tivos que preenchem corretamente o seguinte pe-ríodo: As liberdades _____ se refere o autor dizem respei-to a direitos ______ se ocupa a nossa Constituição. a) à que – em que b) em que – aos quais c) a que – de que d) de que – com que e) a cujas – de cujos

15. Assinale a opção que preenche corretamente as la-cunas: I. A arma ............ se feriu desapareceu.II. Estes são os quadros ............ lhe falei.III. Aqui está o livro ............ que me referi.IV. Encontrei um amigo de infância ............ nome não

me lembrava.V. Passei por uma fazenda ............ se criavam búfalos.a) que, de que, à que, cujo, queb) com que, que, a que, cujo qual, ondec) com que, dos quais, a que, de cujo, onded) com a qual, de que, de que, do qual, ondee) que, cujas, as quais, do cujo, na cuja

16. Está incorreto o emprego do pronome relativo em: a) Sem as instituições, nas quais o homem confia,

não haveria uma organização social. b) Os candidatos de cujos votos dependem o parti-

do são inexpressivos. c) A desmoralização das instituições públicas é uma

iniciativa com cuja responsabilidade se deve aos delinquentes de todo tipo.

d) É nos piores momentos da história que os ho-mens demonstram seu valor e sua capacidade de superação.

e) Todos concordavam que as empresas cuja licen-ça de funcionamento não estivesse atualizada deveriam ser afastadas do projeto.

17. (UNIOESTE – PR) – Em mas essa não é a única re-volução por que a língua está passando, o ter-mo destacado pode ser substituído, sem alterar o sentido, por:a) pois. b) porque. c) pelo qual. d) pela qual. e) pelas quais.

18. (CPCAR) – Assinale a alternativa onde o pronome relativo, em destaque, está corretamente inter-pretado e classificado quanto a sua função sin-tática. a) “A equipe do doutor Beck acompanhou durante

um ano 100 homens que já haviam enfartado” [que = 100 homens que já haviam enfartado]

b) “Eles foram divididos em dois grupos, dos quais um era obrigado a assistir meia hora por dia a uma comédia televisiva”

[dos quais = dos dois grupos/adjunto adverbial]

c) “são medidas que fazem viver mais e melhor” [que = medidas/ sujeito]

d) “o resultado foi surpreendente: os que foram submetidos às sessões de risadas”

[que = os/aposto]

anotações

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Língua Portuguesa

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1. (PUC/RIO – RJ) a) Pontue o período a seguir, empregando apenas uma vírgula e um dois-pontos: É aquela velha história se você coloca coisas caras em casa vai precisar pôr trancas nas portas e grades nas

janelas.

anotações

aNÁLise LiNGuÍstiCa | Pontuação

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Caderno de Atividades

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1. Complete a tabela a seguir com as regras de acentuação:

monossíLAbostônicos

oxítonAs

pAroxítonAs

propAroxítonAs

2. Acentue corretamente as palavras do texto a seguir: “O livro A cabeça do brasileiro, do sociologo Alberto Carlos Almeida, mostra que a educação e o grande corte social e etico do Brasil: os 57% de brasileiros que tem ate o Ensino Fundamental são mais autoritarios, mais estatistas e reve-lam menos valores democraticos; à medida que a escolaridade aumenta, os valores melhoram – o que prova, segundo o autor, que a educação e a principal matriz a transmitir valores republicanos às pessoas.”

Fonte: O Estado de S. Paulo – 26 de agosto de 2007.

3. Marque a opção em que todas as palavras devem ser acentuadas: a) virus, album, camelo b) cajá, luar, alic) fugaz, sabio, exodod) hiato, etica, consequencia e) rapido, gramatica, acaro

aNÁLise LiNGuÍstiCa | acentuação gRáfica

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Língua Portuguesa

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4. Em qual das opções as palavras são acentuadas pelo mesmo motivo? a) céu, hóspedesb) êxodo, informáticac) fosforescência, provémd) últimos, terrível

5. A palavra “árvore” recebe acento gráfico porque é:a) paroxítona terminada em “e”.b) paroxítona.c) proparoxítona.d) oxítona terminada em “e”.e) paroxítona terminada em hiato.

6. A regra que determina o uso de acento em “países” é a mesma que prescreve seu uso em: a) vítima b) destruídasc) índices d) mamíferos

7. (UFC – CE) – Assinale a alternativa cujas palavras são acentuadas, respectivamente, pelas mesmas regras por que se acentuam “possuíra” e “característicos”:a) Itaú – recaídab) Cáqui – espíritoc) Viúva – maléficod) Itajaí – possuídose) Tímido – cérebro

8. (EAFA – ES) – Observe as palavras abaixo:

grupo 1: amanhã, estão, sertão, chapéu, carrossel

grupo 2: cangaceiro, praça, valsa, família, luzes

grupo 3: sábado, público, única, música

Agora assinale a alternativa errada:a) Todas as palavras do grupo 1 são oxítonas.b) Todas as palavras do grupo 2 são paroxítonas.c) As palavras do grupo 1 são oxítonas, mas uma de-

las não está acentuada corretamente.d) Todas as palavras do grupo 3 são proparoxítonas,

por isso apresentam-se acentuadas.

9. Use uma das palavras entre parênteses para com-pletar corretamente as orações a seguir:

a) Tenho muitos convites para a festa porque eram todos . [gratuitos – gratuítos]

b) A ideia de estarem descobertos parecia-lhe cada vez mais . [verossímil – ve-rossimil]

c) Eles de aparar os pelos dos ani-mais e fazer a tosa. [tem – têm]

d) A mesma suspensão das suas visitas apenas com o pretexto trouxe-lhe mágoas. [fútil – futil]

e) Ele não agia de forma e, por isso, chamava a atenção dos moradores. [sutil – sútil]

anotações

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aNÁLise LiNGuÍstiCa | PRePosição

1. Faça a relação entre a preposição e o sentido que ela sugere:

( a ) modo

( b ) posse

( c ) causa

( d ) finalidade

( e ) lugar

( ) Este é o nosso automóvel de passeio.

( ) Ficou sob o viaduto.

( ) Hoje vamos ficar em casa.

( ) Este é o carro de Regina.

( ) Pedi Paula em casamento.

( ) Estou quase morrendo de fome.

( ) Chegou aos prantos.

( ) Ele foi preso por vadiagem.

( ) Nós soubemos por alto o que aconteceu.

2. Assinale a alternativa em que a norma-padrão não aceita a contração da preposição “de”:

a) Aos prantos, despedi-me dela.

b) Está na hora da criança dormir.

c) Falava das colegas em público.

d) Retirei os livros das prateleiras para limpá-los.

e) O local da chacina estava interditado.

3. (UFAM) – Assinale a opção em que é indevida a pre-posição diante do pronome relativo:

a) Não encontrei o dicionário de que precisava nem o romance a que aludiu o professor em sua pales-tra de ontem.

b) Deve o cristão perdoar as ofensas de que foi víti-ma?

c) Foste vilmente traído pelo “amigo” a que ardoro-samente defendias.

d) Ainda te lembras dos passeios a que íamos quan-do crianças?

e) Seres gregários, muitas são as pessoas de que, na sociedade humana, dependemos.

4. (ACAFE – SC) – Leia com atenção:Em 1974, os presidentes das fundações criadas por lei municipal e da fundação criada pelo Estado constituíram a Associação Catarinense das Fundações Educacionais (ACAFE), entidade sem fins lucrativos, com a missão de promover a integração dos esforços de consolidação das instituições de Ensino Superior por elas mantidas, de executar atividades de suporte técnico-operacional e de representá-las junto aos órgãos dos governos estadual e federal.

As palavras em negrito no texto são, respectivamente:

a) contração – artigo – preposição – pronome pes-soal oblíquo – combinação.

b) substantivo – pronome – verbo – pronome pes-soal reto – preposição.

c) contração – preposição – adjetivo – preposição – advérbio.

d) substantivo – pronome pessoal reto – verbo – pronome pessoal reto – artigo.

e) verbo – substantivo – substantivo – pronome possessivo – contração.

5. Sublinhe as preposições e as locuções prepositivas nas seguintes frases:

a) Ficamos sem carro esta semana.

b) Ele estava acima de qualquer suspeita.

c) Convidamos Roberta para uma festa.

d) Prestou conta conforme pedido.

e) Esta loja existe desde 1980.

f ) Conversamos muito a respeito da relação.

g) Além de simpático, é bonito.

h) Diante de tantos problemas, nunca sabemos como agir.

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aNÁLise LiNGuÍstiCa | vozes veRbais

1. Explique o que é:

a) voz ativa:

b) voz passiva:

c) voz reflexiva:

d) voz reflexiva-recíproca:

2. Transforme as orações da voz ativa para passiva e vice-versa:

a) O velho casarão foi substituído por um enorme edifício.

b) Qualquer tentativa de formar grupos viciará as pretensões democráticas.

c) Os garimpos são tocados hoje por uma gente sem horizontes.

d) Registros policiais têm demonstrado crescente participação dos jovens nos crimes urbanos.

e) Os ladrões foram identificados por uma testemunha.

f ) A maior floresta do país será substituída por uma vegetação típica de Cerrado em cinquenta anos.

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Caderno de Atividades

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g) O ministério leva a sério os problemas estruturais do país.

h) Os novos partidos vêm sendo onerados pelo aumento das despesas públicas.

3. Analise as orações abaixo e classifique-as de acordo com os seguintes critérios:

( a ) Voz ativa ( b ) Voz passiva

( c ) Voz reflexiva ( d ) Voz reflexiva-recíproca

( ) Praticaram-se ações solidárias.

( ) A garota penteou-se diante do espelho.

( ) Os caçadores feriram o animal.

( ) Cantaram-se lindas canções.

( ) Os noivos se casaram na última semana de abril.

( ) A torcida aplaudiu os jogadores.

( ) A proposta foi recusada pelos funcionários.

( ) Eles se olharam fixamente e se beijaram.

( ) O garoto foi levado para o hospital pela mãe.

( ) João necessitava de uma babá urgentemente.

( ) Marta fez todo o serviço em apenas um dia.

( ) O trabalho foi feito pelos trabalhadores da região.

( ) Estou me maquiando.

4. Quais das orações a seguir não podem ser transpostas para a voz passiva?

( ) Podemos repetir inúmeras vezes uma experiência.

( ) Os melhores vigaristas resistem a um bom interrogatório.

( ) Qualquer um compreende nosso universo.

( ) Predadores não sentem a menor culpa.

( ) Nós sempre precisamos de novos auxiliares.

( ) A família assistiu ao jogo.

( ) Os candidatos nunca aceitam os piores cargos.

( ) Sempre gostamos de viajar nas férias.

5. Qual das orações a seguir está na voz passiva sintética?a) Ele não cansa de queixar-se. b) Amaram-se profundamente. c) Trata-se de novos casos da gripe. d) Vão-se os anéis, ficam os dedos. e) Vendiam-se relógios no contrabando.

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6. Observe a frase a seguir e responda às questões propostas:

Depois da bela campanha, ao chegar ao Brasil, a seleção recebeu muitos aplausos.

a) De acordo com as regras da gramática normativa, a frase acima está estruturada sintaticamente na voz ativa. O que nos permite fazer esta afirmação?

b) Respeitando critérios sintáticos, reescreva a frase, transformando-a numa oração em voz passiva:

c) Que alterações morfossintáticas são realizadas quando se transforma uma frase em voz ativa para uma em voz passiva?

d) De acordo com as respostas dadas nos itens anteriores, de que maneira podemos perceber, em certos casos, uma incompatibilidade entre a função sintática dos termos na oração e o valor semântico (de sentido) que eles apresentam?

anotações

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1. Explique quando a partícula “se” é:

ínDiceDeinDeterminAção

pronomeApAssivADor

pronomerefLexivo

2. Nas seguintes orações, classifique a partícula “se” em: índice de indeterminação do sujeito, apassivadora e reflexiva.

a) Aspira-se uma vida melhor no futuro.

b) Ela se vangloria demais.

c) Formaram-se vários times para o campeonato.

d) Precisa-se de empregada.

e) Alugam-se casas.

f ) Pedro questionou-se sobre sua postura.

g) Ainda se corre o risco de perder o oxigênio.

h) Vive-se bem naquele país.

i) Entregou-se o prêmio ao aluno que tirou maior nota.

j) Contaram-se histórias estranhas.

aNÁLise LiNGuÍstiCa | PaRtícula “se”

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k) Discorda-se do fato.

l) A criança machucou-se.

m) Localize-se no mapa.

3. Na oração “Ele penteou-se pela manhã“, a partícula “se” cumpre a função de: a) pronome apassivador. b) índice de indeterminação do sujeito. c) pronome reflexivo. d) pronome reflexivo-recíproco.

4. Em “Tempo perdido não se recupera”, a partícula “se” tem a função de: a) pronome apassivador. b) índice de indeterminação do sujeito. c) pronome reflexivo. d) pronome reflexivo-recíproco.

5. Em “Amigo e amiga deram-se as mãos afetuosa-mente”, a partícula “se” cumpre a função de: a) pronome apassivador. b) índica de indeterminação do sujeito. c) pronome reflexivo. d) pronome reflexivo-recíproco.

6. A palavra “se”, em “Nem se deixará abalar”, exerce a mesma função que o “se” em:a) O mesmo se aplica aos outros personagens.

b) Se ela telefona, ficamos ansiosos.

c) Se não, ele pensa que arranjou outro.

d) Conseguir se livrar dela é um benefício.

e) Se você for forte, só conseguirá uma gastrite.

7. Em “Calcula-se que o mundo sofrerá com as conse-quências do crescimento desenfreado”, a partícula “se” classifica-se como: a) índice de indeterminação do sujeito. b) pronome apassivador.

c) pronome reflexivo.d) pronome reflexivo-recíproco.

8. (URCA – CE) – Assinale a alternativa em que a partí-cula SE é PRONOME APASSIVADOR. a) Viu-se ao espelho, cadavérico. b) Sofia dera-se pressa em tomar-lhe o braço. c) Vive-se ao ar livre. d) Fez-se novo silêncio. e) Virgília deixou-se ficar em silêncio.

9. (FGV – SP) – A palavra “se” presente no verso – a lagoa se pinta – também é encontrada com mesmo valor semântico e mesma função sintática em:a) [...] o rapaz e a moça se atribuíram a mesma culpa

no acidente.b) [...] disparava lépida como se a casa estivesse pe-

gando fogo.c) [...] embora a moça compreendesse tratar-se de

um rito inofensivo.d) [...] ela se penteava. Nunca fora mulher de ir pas-

sear sem antes pentear bem os cabelos.e) Se soubesse que a filha morreria de parto, é claro

que não precisaria gritar.

10. (UFMG) – Assinale a alternativa em que, nos trechos transcritos, os dois termos destacados NÃO exercem a mesma função.a) ... acaba se convencendo... Quando se irrita... b) Olhava-se pela janela... Ergueu-se como novo sujeito... c) Se chego de ônibus... Se continuar assim... d) Tudo se compra... Vende-se até a imagem...

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1. Substitua os termos destacados por pronomes átonos: a) Os funcionários nunca obedecem aos chefes.

b) A mãe sempre diz à menina como se comportar.

c) Vocês poderiam fazer o exercício em casa.

d) Tinham aquela criança como filha rebelde.

e) O aluno tem as melhores notas.

f ) Censuraram o primeiro ministro em público.

g) Contarei a vocês o meu segredo.

h) Pedi que entregassem às crianças o presente.

i) Compraria os brinquedos se estivessem mais baratos.

j) Devia entregar a correspondência a eles antes do meio-dia.

k) Marina fez a tarefa com cuidado.

2. As frases a seguir apresentam pronomes oblíquos átonos. Indique a posição desses pronomes em re-lação às formas verbais: a) Eu desejo-lhe muita saúde.

b) A menina que me mostrou a tarefa não veio hoje.

c) A prova realizar-se-á amanhã pela manhã.

d) Far-lhe-ei uma proposta irrecusável.

e) Chamaram-me para ser sócio.

f ) Isso me deixa muito feliz.

3. Assinale o período em que a colocação do pronome átono pode ser alterada:

a) Passe-me o sal, por favor!

b) Foi este o restaurante que vocês me recomen-daram?

c) A velhinha veio, mal se equilibrando.

d) Ter-se-ão retirado, quando você chegar.

e) Não lhe quero falar sobre o caso.

4. (UDESC) – Assinale a alternativa com um exemplo de colocação pronominal que deve ser evitada na linguagem culta:

a) Nunca te falaria tal assunto, pois sei que te ma-goaria.

b) “Não me olhem! Não me olhem!, só para chamar a atenção.” (Fernando Verissimo)

c) O vício que lhe dá origem é a gutembergoma-nia, uma dependência patológica na palavra im-prensa.

d) Digam-lhe que as mulheres continuam passando no alto de seus saltos...

e) Quando sentiu-se abandonada, enlouqueceu.

aNÁLise LiNGuÍstiCa | colocação PRonominal

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5. (EAFA – ES) – Leia:

“Conduziu-me ao helicóptero e fomos ao meu palácio, já providenciado pela ONU. Ali meditei algum tempo, cercado pelas minhas odaliscas. Quando finalmente me senti em condições de negociar, convoquei o Presi-dente e nosso diálogo foi assim...”

Os pronomes oblíquos átonos (o, a, os, as, lhe, lhes, me, te, nos, vos) apoiam-se na tonicidade de alguma palavra próxima, assim sendo, esses pronomes po-dem ocupar três posições na oração: antes do verbo, no meio do verbo e depois do verbo.

Percebe-se que no primeiro exemplo o pronome aparece depois do verbo, de acordo com a norma culta da língua que diz que não se deve iniciar frase com pronome oblíquo átono e, no segundo exem-plo, o pronome está antes do verbo, visto que a pre-sença de algumas classes de palavras (conjunções, advérbios, preposições) atrai os pronomes para per-to de si, deixando mais eufônicas as frases.

Observe o emprego dos pronomes oblíquos átonos destacados no trecho acima e assinale a alternativa em que não está de acordo com a norma culta da língua a colocação do pronome oblíquo átono:

a) “Dê-me um cigarro...”

b) Darei-lhe todas as informações necessárias.

c) “Leocádio encostou-lhe o ferro mortal na gar-ganta.”

d) “Nunca te arrependerás do bem que fizeste.”

6. (UFSCAR – SP)

A flor e a náuseaCarlos Drummond de Andrade

Preso à minha classe e algumas roupas,vou de branco pela rua cinzenta.Melancolias, mercadorias espreitam-me.Devo seguir até o enjoo?Posso, sem armas, revoltar-me?(...)Uma flor nasceu na rua!Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.Uma flor ainda desbotadailude a polícia, rompe o asfalto.Façam completo silêncio, paralisem os negócios,garanto que uma flor nasceu.(...)

Observe os versos:

Façam completo silêncio, paralisem os negócios,garanto que uma flor nasceu.O poeta pede que façam completo silêncio. Se na última frase fosse explicitado o pronome, retoman-do a quem o poeta se refere, ela assumiria a seguin-te redação:

a) Garanto-lhes que uma flor nasceu.

b) Garanto-vos que uma flor nasceu.

c) Garanto-os que uma flor nasceu.

d) Garanto-te que uma flor nasceu.

e) Garanto-lhe que uma flor nasceu.

anotações

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aNÁLise LiNGuÍstiCa | veRbos

1. Faça a relação correta entre a forma nominal do verbo e as suas funções.

( a ) Infinitivo

( b ) Particípio

( c ) Gerúndio

( ) Indica uma ação já finalizada, equivalendo a um advérbio ou também pode funcionar como um adjetivo.

( ) Indica a ação propriamente dita, sem situá-la no tempo, desempenhando função semelhante a um subs-tantivo.

( ) Indica uma ação verbal em andamento, um processo verbal ainda não finalizado.

2. Reescreva as orações flexionando o infinitivo:a) Apesar de estar sem ânimo nenhum, continuamos a trabalhar.

b) Disseram-me ter vendido tua casa por preço baixo. Por que o fizeste?

c) Ao entrar no palco, os atores aplaudiram a plateia.

d) Em vez de ficar resmungando, trabalhem!

e) Isso prova ser inúteis quaisquer esforços da nossa parte.

f ) Todos discutiram uma forma de se proteger dos abusos.

g) O calendário obrigava os candidatos a definir uma data.

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h) O grupo ajuda deficientes a superar seus limites.

i) Os estudantes auxiliam portadores de necessidade a ter qualidade.

3. Analise os verbos a seguir e copie-os no quadro de acordo com a forma correta:

Fazendo Aumentar Comprando Feito Chegado

Coberto Marcada Aparecerem Chorando Vindo Comer

Estudarmos Escrito Levado Ser Cessar Pagar

infinitivo pArticípio gerúnDio

4. Complete as orações com a forma mais adequada do particípio:

a) Quando foi chamado, a aluno ainda não tinha .

b) Quando foi solicitado, o cliente já havia o documento.

c) Até então não tinham quem dirigia a moto.

d) Ele foi repreendido, porque não tinha à última sessão.

e) O juiz ainda não havia no caso.

f ) Ultimamente, o governo não tem as reivindicações dos funcionários.

g) As reivindicações não serão .

h) Quando foi solicitado, ele já havia o contrato.

i) O contrato só será amanhã.

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5. O uso excessivo e desnecessário do gerúndio deve ser evitado na norma-padrão. Pensando nis-so, reescreva as orações a seguir, eliminando esse problema: a) Atendendo sua solicitação, estamos enviando o

produto ainda hoje pelo correio.

b) A gerência só vai estar podendo verificar os paga-mentos amanhã.

c) Os empresários vão estar analisando o caso du-rante todo mês.

d) O contrato contendo a assinatura dos quatro di-retores já foi enviado.

e) Encontrou várias caixas contendo documentos secretos.

6. Analise as seguintes orações e marque aquelas que estiverem de acordo com a norma-padrão: ( ) Esses acidentes são de enlouquecer. ( ) As crianças estavam a cantarolarem baixinho. ( ) Acreditamos estarem com a razão. ( ) Você tinha razão de agir duro com seus filhos.( ) Importa aos políticos ser honestos. ( ) Tais notícias eram de preocuparem.

7. Assinale a opção em que o verbo foi empregado no infinitivo pessoal para indeterminar o sujeito: a) Ao chegarmos, encontraremos tudo sujo. b) É comum aparecerem leões por aqui. c) O pai ficou preocupado, pelas crianças não esta-

rem em casa. d) Fazem isso para obterem um favor do governo. e) A polícia trabalha incessantemente para acharem

os criminosos.

8. Qual dos adjetivos em destaque deriva de uma for-ma verbal? a) As tecnologias que tanto definem a vida moderna,

da revolução digital aos antibióticos, dos meios de transporte ao uso da física nuclear no tratamen-to do câncer, são fruto desse questionamento.

b) Negar isso é tentar olhar para o mundo de olhos fechados.

c) As tecnologias que tanto definem a vida moder-na, da revolução digital aos antibióticos, dos meios de transporte ao uso da física nuclear no tratamen-to do câncer, são fruto desse questionamento.

d) Para as pessoas de fé, é absurdo contestar a ve-racidade desses textos, visto que são expressão direta da palavra divina.

9. (UEMS) – Nos versos “tudo afinal o que te faz viver / e mais o tudo que, vivendo, fazes”, considerando--se o valor semântico da forma verbal em destaque, pode-se afirmar que ela é responsável por expressar a circunstância de:a) modo. b) causa.c) lugar. d)concessão.e) eventualidade.

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Escolha um determinado bem cultural de sua preferên-cia e faça duas resenhas sobre ele: uma técnica e outra crítica. Você pode escolher um filme que tenha visto re-centemente, um álbum de música, uma peça de teatro, um show na televisão, uma novela, uma exposição, etc.

Se desejar, e se for possível, leve para a aula o bem anali-sado para que seus colegas possam avaliar o seu desem-penho e contrapor opiniões.

Verifique se os seus textos contêm os seguintes elementos:

Título

Referência da obra

Síntese do conteúdo

Avaliação crítica (no caso da segunda resenha)

PrODuÇÃO De teXtO | Resenha

anotações

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Caderno de Atividades

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Leia o seguinte texto de divulgação científica. Depois, faça um resumo:

Amor – O Início

“Quer viver um grande amor? Pergunte-me como.” Parece uma promessa de charlatão – afinal, não existe nada mais imprevisível que a paixão, certo? Milhões de palavras foram gastas, ao longo dos sé-culos, para descrever os mistérios dela. Do mate-mático Blaise Pascal (“o coração tem razões que a própria razão desconhece”) ao físico Albert Einstein (“como a ciência poderia explicar um fenômeno tão importante como o amor?”), todas as maiores men-tes da humanidade se declararam impotentes frente aos mistérios e caprichos da paixão. Elas estavam erradas. A ciência está começando a descobrir que existe, sim, lógica no amor. E, quem sabe, até uma fórmula. Matemáticos da Universidade de Genebra estudaram 1 074 casamentos, analisando diversas características dos cônjuges, e chegaram a uma fór-mula do que seria o par ideal – com maior taxa de felicidade e menor risco de separação. A mulher deve ser 5 anos mais jovem e 27% mais inteligente do que o homem (o ideal é que ela tenha um diploma univer-sitário, e ele não). E é preciso experimentar bastante antes de decidir: uma análise feita pelos estatísticos John Gilbert e Frederick Mosteller, da Universidade Harvard, apontou que, se você se relacionar com 100 pessoas durante a vida, suas chances de encontrar o par ideal só chegam ao auge na 38ª relação. Faça tudo isso e você será premiado com 57% mais chan-ce de ser feliz. Mas, se você achou essas condições meio sem sentido, ou no mínimo difíceis de seguir, acertou. As conclusões são puramente estatísticas, ou seja, projetam um cenário ideal e não levam em conta as decisões que as pessoas realmente tomam: praticamente todos os casais estudados pelos cientis-tas suíços (para ser mais exato, 99,81%) não viviam seguindo à risca a fórmula. Afinal, as pessoas não são equações. São uma pilha de neurotransmissores, hormônios – e experiências. Imagine que você está numa festa. Muita gente in-teressante, troca de olhares, azaração. Na dança do acasalamento humano, os homens dão mais valor à beleza e à juventude – e as mulheres estão mais preocupadas com o nível socioeconômico do parcei-

PrODuÇÃO De teXtO | Resumo

ro (sim, isso inclui dinheiro). Você provavelmente já sabe disso. É universal. “Num levantamento que fi-zemos com 10 mil pessoas, em 37 países, essas dife-renças sempre se mantiveram – independentemente de local, hábitat, sistema cultural ou tipo de casa-mento”, afirma o psicólogo evolutivo David Buss, da Universidade do Texas, em seu livro A Evolução do Desejo. O que você não sabe é que essa diferença não é um clichê sexista – tem uma explicação cerebral. Quando o homem olha uma foto de sua mulher ou namorada, sua atividade cerebral se concentra nas áreas de processamento visual – como a área fusifor-me, que processa as imagens de rostos. Já quando a mulher vê o homem, aciona circuitos relacionados à memória, atenção e motivação – como o corpo do núcleo caudato e do septo. Conclusão: para as mu-lheres, a beleza realmente não é o principal. Ela é importante. Mas não é um objetivo em si; é um instrumento que a mulher usa para descobrir mais so-bre o homem. Um estudo da Universidade de Michi-gan comprovou que, quando estão cogitando ficar ou ter um caso passageiro, as mulheres costumam prefe-rir homens de traços bem marcados, masculinos. Mas, na hora de pensar numa relação séria, optam pelos que têm traços mais delicados. Isso acontece porque os homens de traços duros costumam ser saudáveis e passar genes de boa qualidade para os descendentes – e por isso são considerados instintivamente atraentes pela mulher. Mas eles também geralmente têm mais testosterona – hormônio que aumenta a propensão à violência e à infidelidade.

Disponível em: < http://super.abril.com.br/ciencia/amor-566654.shtml>. Acesso em: 05 ago. 2010.

Verifique se o seu texto contém os seguintes requisitos:

Apresenta as ideias principais do texto original?

A linguagem é objetiva?

Respeita a ordem em que as ideias são apresentadas no texto original?

Não apresenta juízo valorativo ou crítico?

É compreensível independente do texto original?

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Língua Portuguesa

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1. Analise o seguinte poema e faça um comentá-rio sobre a sua composição formal e temática. Redija um texto curto, de aproximadamente 20 linhas, analisando a mensagem que o “eu lírico” está transmitindo e qual a relação entre o tema a as escolhas formais: número de versos e estrofes, figuras de linguagem, rima, ritmo, seleção voca-bular, substantivos concretos e abstratos, pontu-ação, etc.

Acrobata da dor

Gargalha, ri, num riso de tormenta,Como um palhaço, que desengonçado,Nervoso, ri, num riso absurdo, infladoDe uma ironia e de uma dor violenta.

Da gargalhada atroz, sanguinolenta,Agita os guizos, e convulsionadoSalta, “gavroche”, salta, “clown”, varadoPelo estertor dessa agonia lenta...Pedem-te bis e um bis não se despreza!Vamos! Retesa os músculos, retesaNessas macabras piruetas d’aço...E embora caias sobre o chão, fremente,Afogado em teu sangue estuoso e quente,Ri! Coração, tristíssimo palhaço.

CRUZ E SOUSA. Obra Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995.

Verifique se o seu texto contém os seguintes elementos:

Título

Explicação do tema desenvolvido no texto

Análise do poema com exemplos

Relação entre aspecto formal e temático

Análise das figuras de linguagem presentes

2. Analise a seguinte notícia de jornal e faça um arti-go de opinião, expondo seu ponto de vista sobre o assunto. Se houver necessidade, pesquise mais sobre o assunto em revistas, jornais ou na internet.

Nota substitui vestibular em 20 instituições

De acordo com levantamento da Agência Brasil, 59 universidades federais vão utilizar a nota do Enem 2010 em seus processos seletivos deste ano.Em 20 delas, o exame do MEC substituirá o vestibu-lar tradicional. No Sudeste, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e a Universi-dade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) são algumas das que optaram pela substituição.Já na região Sul, sete farão o mesmo, entre elas a Universidade Federal do Rio Grande (Furg). Na re-gião Nordeste, também serão sete, como a Univer-sidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf).

Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1008201017.htm>. Acesso em: 13 ago. 2010.

Verifique se o seu texto contém os seguintes ele-mentos:

A tese é bem definida e está explícita para o leitor?

Os argumentos são consistentes?

Utiliza estratégias textuais de convencimento?

A linguagem é clara e objetiva?

A linguagem está de acordo com a norma-padrão?

PrODuÇÃO De teXtO | aRtigo de oPinião

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PrODuÇÃO De teXtO | anúncio PublicitáRio

Escolha um problema de relevância nacional e componha um jingle para uma campanha de conscientiza-ção. Crie um texto explicativo curto para acompanhar a peça publicitária, definindo qual é o problema a ser denunciado e suas implicações. Verifique se o seu texto contém os seguintes elementos:

O seu texto possui relação com o objeto de denúncia?

A mensagem e a linguagem utilizadas são simples?

O seu jingle tem estribilho?

Utiliza diferentes recursos para facilitar a memorização?

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PrODuÇÃO De teXtO | editoRial

Com base na notícia a seguir, escreva um editorial para um jornal de grande circulação. Se desejar, faça uma pesquisa na internet e em livros para conhecer mais o assunto.

Investir em geração reduz risco de desabastecimento elétrico

O padrão de crescimento da economia brasileira nos últimos anos – puxado pela demanda interna, pelo aumento da renda e pela incorporação de parcelas da população a níveis de consumo mais elevados – tem imposto desafios impor-tantes ao setor elétrico brasileiro. A forte expansão na demanda por energia implica grande esforço de planejamento de longo prazo para a ampliação da capacidade de geração, transmissão e distribuição do sistema elétrico. Nossas estimativas apontam para uma ne-cessidade de ampliação do parque gerador entre 3.000 MW e 4.000 MW ao ano, em média, até 2017 (cerca de 28 mil MW no acumulado do período). Esses números levam em consideração os cenários da Tendências de crescimento do PIB de 6,6% para este ano e de 4%, em média, para o período de 2011 a 2017. Essa necessidade de investimento não leva em consideração a construção de usinas destinadas à energia de reserva, que têm como prerrogativa básica gerar oferta excedente, de forma a elevar a segurança do fornecimento de energia elétrica. Dados da Aneel mostram que existem hoje, no país, 567 projetos de novas usinas elétricas concedidos ou autorizados. A capacidade somada desses empreendimentos é de 53.553 MW, quase o dobro da necessidade estimada. Desse to-tal, 18% (ou 9.650 MW) concentram-se em projetos paralisados por uma série de entraves e que não possuem data estimada de conclusão. As demais usinas, que compõem os 44.104 MW restantes, devem entrar em operação entre 2010 e 2017, agregando, em média, 5.513 MW por ano ao sistema, acima, portanto, das necessidades estimadas para o período. Essa diferença se deve principalmente ao fato de que boa parte dos empreendimentos em construção se destina à eliminação do deficit estrutural do sistema elétrico nacional. Assim, no curto prazo, a capacidade de geração tem de crescer mais que a demanda para eliminar a dependência com relação ao nível de chuvas. Nos últimos anos, o setor elétrico tem se mostrado capaz de realizar esforços importantes para reduzir os riscos de novos quadros de desabastecimento. Os esforços não se restringem à área de geração, tendo contrapartidas nas áreas de transmissão e distribuição. O risco de apagões, contudo, não está descartado. Porém, diferentemente do passado recente, em que esses riscos estavam associados a fatores imponderáveis (nível de chuvas), atualmente, os riscos estão mais relacionados a atrasos na conclusão das obras de construção das novas capacidades.

VITTO, Walter de. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/me2107201021.htm>. Acesso em:10 ago 2010.

Verifique se o seu texto contém os seguintes elementos:

Você abordou com fidelidade o tema proposto?

Possui título?

Os argumentos apresentados fundamentam-se em informações relevantes a respeito do assunto?

O seu texto possui coerência, coesão e clareza na exposição?

A linguagem é impessoal, condensada e plástica?

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PrODuÇÃO De teXtO | chaRge

Leia a charge de Tiago Recchia como ponto de partida para o desenvolvimento de seu texto e reflita sobre as possi-bilidades de interpretação que ela sugere. Dê um título ao texto de modo que traduza o assunto a ser desenvolvido.

RECCHIA, Tiago. Disponível em: <www.gazetadopovo.com.br>. Acesso em: 11 ago. 2010.

Verifique se o seu texto contém os seguintes requisitos:

Possui título adequado?

Analisa o aspecto verbal do texto?

Analisa o aspecto não verbal e a sua relação com o texto?

Obedece aos princípios de coesão e coerência?

Apresenta uma leitura interpretativa coerente com a tirinha?

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PrODuÇÃO De teXtO | diáRio de viagem

Procure lembrar sua última viagem ou escolha um lugar que você tenha conhecido recentemente. Faça um diário de viagem, contando como era a paisagem local, quais impressões permanecem na sua memória, como eram as cenas, as pessoas e os costumes de lá. Procure recriar esse novo lugar por meio de descrições e contar o que aconteceu por meio de sequências narrativas.

Faça uma apresentação do local visitado, anexando fotos e outras informações que você achar relevantes, com sua localização no mapa e seus dados históricos.

Verifique se o seu texto contém os seguintes elementos:

Prevalece no seu texto a perspectiva pessoal de observação?

Há descrição de lugares, pessoas, hábitos, clima, etc.?

Há narrativa dos fatos vivenciados?

A linguagem está de acordo com o gênero: informalidade, subjetividade no relato, adjetivação?

Seu texto é constituído de modo a se tornar compreensível para o leitor, isto é, ele consegue situá-lo em relação aos fatos que você vivenciou, aos personagens, ao espaço, às particularidades culturais, etc.?

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PrODuÇÃO De teXtO | ensaio

Com base na seguinte notícia, produza um ensaio comentando como são as relações pessoais no mundo virtual, em especial, com o uso das redes sociais: Facebook, Orkut, MSN e emails. Se desejar, pesquise mais sobre o assunto e construa a sua opinião com base nas leituras realizadas, na sua experiência pessoal e nas histórias de outras pessoas que você conhece.

Lembre-se de que o ensaio é um gênero caracterizado pela liberdade de expressão, por isso, apresente o seu ponto de vista de modo livre e descomprometido.

Redes sociais capazes de «envenenar» relações

Que ‘a curiosidade matou o gato’ já se sabia. Porém, a curiosidade aliada às redes sociais que proliferam na Inter-net pode contribuir para ‘matar’ as relações. Um estudo do Departamento de Psicologia da Universidade de Guelph, no Canadá, revela que o Facebook pode provocar situações graves de ciúmes.

O funcionamento da maior parte das redes sociais – como Facebook, Hi5, Myspace, Netlog, etc. – é quase sem-pre semelhante e implica uma actualização frequente de cada participante que no seu espaço é impelido a colocar, entre muitas coisas, fotografias, imagens, dados pessoais, interesses, partilhando-os com ‘amigos’ que podem ver e comentar essas informações. Porém, esse fluxo contínuo de informação desperta a curiosidade e pode levar a más interpretações.

“O Facebook permite o acesso à informação a que de outra forma não acederíamos e essa informação carece mui-tas vezes de contexto”, explica Amy Muise, uma das autoras do estudo. É que um comentário banal sobre o perfil de um participante, feito por um contacto do sexo oposto, pode despertar a suspeita no seu parceiro que passa a acom-panhar aquela página, qual espião, só para encontrar mais informações.

As redes sociais acabam, assim, por expor os seus participantes ao que a investigadora considera serem “detona-dores de ciúmes”, já que se vêm envolvidos numa “espiral de desconfiança”. O estudo, que envolveu 308 estudantes universitários entre os 17 e 24 anos, mostrou que os sentimentos de insegurança sobre o parceiro podem causar com-portamentos curiosos sendo o Facebook o acesso fácil a essa informação.

PrivacidadeUm grupo de cinco utilizadores do Facebook na Califórnia apresentou este mês uma acção contra a rede social, ale-gando que viola as leis de privacidade daquele estado ao divulgar informações pessoais sobre os seus participantes sem os informar devidamente. Não é a primeira vez que o Facebook está a enfrentar queixas ou críticas pela forma como lida com dados privados, o que levou a empresa no início deste ano a alterar as suas regras de utilização, dando aos utilizadores mais controlo sobre a sua privacidade.

Disponível em: <http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=34451&op=all>. Acesso em: 12 ago. 2010.

Verifique se o seu texto contém os seguintes requisitos:

Você procura encontrar uma linha de raciocínio singular?

Seu ensaio apresenta um ponto de vista bem definido?

Seu texto apresenta conhecimento de leituras já realizadas ou outras informações adquiridas?

Seu texto é uma tentativa de discorrer sobre um assunto de forma coerente e consistente, mantendo, contudo, a liberdade de expressão que caracteriza o ensaio?

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PrODuÇÃO De teXtO | aRtigo de divulgação científica

Imagine que você deve escrever um artigo de divulga-ção científica para complementar o texto Nova super-bactéria preocupa os cientistas. O seu texto pode desen-volver vários assuntos da área científica, por exemplo:

– Como agem as bactérias – Quais são as doenças mais perigosas para o mun-

do hoje– Como a ação das bactérias pode ser benéfica

para o homem – Quais são os tratamentos mais eficazes contra as

bactérias – O que é carbapenen– Como as doenças se espalham pelo mundo

Faça uma pesquisa em jornais, revistas e internet para garantir que as informações apresentadas se-jam, de fato, atuais e corretas. Depois, verifique se o seu texto possui os seguintes elementos:

O título é atraente?

O seu texto é predominantemente expositivo?

A linguagem é objetiva e clara?

Os parágrafos são curtos?

As informações e os termos técnicos são explicados para o leitor?

anotações

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PrODuÇÃO De teXtO | dePoimento

Na internet, existe um site chamado Museu da Pessoa, que é, na verdade, uma compilação de diversos de-poimentos de pessoas comuns sobre a sua vida. Leia a seguir um trecho disponível, imagine que você fará uma contribuição para esse site e escreva o seu próprio depoimento.

Era muito gostosa a paisagem, você olhava a mata, via ao lado um pé de cajueiro, um pé de jaqueira, um pé de mangueira, um pé de coqueiro... A maior dificuldade que nós tínhamos naquela época era água, porque nós íamos buscar água nas costas, nos potes... Gastava uma hora e meia pra ir e voltar com aquela água. Não tinha energia e água era difícil, porque enchia os barreiros e em poucos dias secavam e você tinha que buscar na mina. Muitas vezes eu saí de casa três horas da manhã pra ir buscar água na mina, porque chegava lá, tinha que fazer fila pra pegar água, tinha que ficar esperando, porque não descia aquela água, você tinha que esperar, era uma mina com uns dez centímetros de água, mas era muita gente na fila pra pegar água. Ela vinha de dentro de umas pedras, aquela água é uma coisa muito bonita, a água mais limpa que a gente tomava era aquela, não é igual à de hoje. Pra mim, aquela era uma água limpa, porque não é armazenada, vinha direto da fonte, de dento da pedra, armazenada só pra você encher os potes de água. Eu acho que era muito mais limpo do que hoje essa água.

Disponível em: <http://www.museudapessoa.net/MuseuVirtual/hmdepoente/depoimentoDepoente.do?action=ver&idDepoenteHome=17494>. Acesso em: 16 ago. 2010.

Verifique se o seu texto possui os seguintes elementos:

Você escreveu um texto em primeira pessoa?

Usou marcas de subjetividade?

Há, em seu relato, marcas de uma experiência pessoal?

Seu texto está de acordo com o público-alvo?

anotações