cabos,nós e voltas

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Marinharia

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  • Classificao

    Os cabos, de um modo geral, podem ser classificados, segundo a matria-prima utilizada em sua confeco, em cabos de fibra ou de ao.

  • - Cabos de fibra natural So confeccionados com as fibras do caule ou das folhas de algumas plantas txteis, tais como manilha, sisal, linho cnhamo, linho cultivado, coco, juta, algodo, etc.- Cabos de fibras sintticas Nesta categoria incluem-se os cabos confeccionados com matria plstica, entre elas nilon, polipropileno, polietileno, polister e kevlar.

  • FibraNatural

  • Fibra Sintticas

  • - Cabos de ao Confeccionados principalmente com fios de arame de ao, podendo ser utilizado o ferro na confeco de cabos de qualidade inferior.- Medida dos cabos de fibra natural Os cabos de fibra natural podem ser medidos pelo dimetro nominal ou pelo comprimento de sua circunferncia retificada. O mais comum fazer-se a medida pela circunferncia em polegadas ou, mais raramente, em centmetros ou milmetros.

  • - Cabos finos So cabos de pequena bitola, assim considerados aqueles cuja circunferncia igual ou menor que 38 milmetros (1 1/2 polegada).- Colher um cabo Chama-se colher um cabo arrum-lo em aducha, a fim de que ele no possa ficar enrascado e tenha sempre os chicotes livres; e pronto para uso em qualquer ocasio.

  • Cabo de Ao

  • - Aducha em pandeiro - Depois de ter sido desbolinado, o cabo colhido no convs, a comear pelo seio, em voltas circulares para a direita, umas sobre as outras.

  • - Aducha inglesa Para colher um cabo inglesa, do-se voltas concntricas sobre o convs, a comear do seio que deu voltas no cunho ou na malagueta.

  • - Aducha em cobros Para colher-se em cobros comea-se pelo seio do cabo (ou por um dos chicotes, se ambos estiverem livres), dando-se dobras sucessivas que vo sendo colocadas paralelamente umas s outras.

  • - Carga de ruptura Carga de ruptura, fortaleza, resistncia trao, ou simplesmente resistncia de um cabo so os modos usuais de exprimir a menor carga de trao capaz de parti-lo. Nos cabos de fibra natural ela varivel, pois depende de fatores incertos, como as condies de colheita da fibra, a manufatura e o grau de toro do cabo; que dependem do fabricante.As cargas de ruptura so dadas em tabelas fornecidas pelo fabricante do cabo, bem como podem ser obtidas por frmulas empricas:- Carga de trabalho a carga mxima a que se pode submeter um cabo em servio, determinada pela margem de segurana que se d a um cabo, a fim de no ser ultrapassado seu limite de elasticidade permanente

  • Cabos de fibra natural- Detalhes de construo A fabricao dos cabos realizada pela unio e toro de determinado nmero de fios primrios, formando os fios que, no cabo, tomam o nome de fios de carreta. Esses, reunidos e retorcidos, tambm em certo nmero, mas em sentido contrrio ao anterior, formam as pernas (cordes) do cabo, que so reunidas, torcidas ou tranadas. Trs ou quatro pernas, torcidas todas juntas e em sentido inverso ao anterior, formam um cabo. O cabo assim confeccionado chama-se cabo de massa, e sempre formado de trs ou quatro pernas, qualquer que seja sua bitola.

  • Se fizermos um novo cabo composto de trs destes cabos de massa, teremos um cabo calabroteado.Cabo calabroteado

  • Na confeco de um cabo, a ao de torcer os vrios elementos que o constituem chama-se cochar; as torcidas assim feitas chamam-se cochas, que podem ser para a direita ou para a esquerda. Cochas so tambm os intervalos entre as pernas de um cabo.- Uso e conservao dos cabos de fibra natural Nunca se deve tentar um esforo mximo no cabo que j tenha sofrido uma nica vez uma tenso prxima de sua carga de ruptura, nem no cabo que j tenha sido usado em servio contnuo, sob esforos moderados, isso porque, em razo do limite de elasticidade, as fibras escorregam umas sobre as outras, reduzindo a resistncia de ruptura do cabo. No se deve recolher aos paiis os cabos que no estejam bem secos. Quando molhados com gua salgada, aconselhvel deix-los na chuva ou dar-lhes, um banho de gua doce, a fim de tirar-lhes o sal. Os cabos devem ser guardados em paiis bem ventilados e secos

  • CABOS DE FIBRAS SINTTICAS- Generalidades Fabricadas com materiais sintticos, so cabos de excelentes propriedades tm resistncia e elasticidade superiores aos cabos de fibra natural, no absorvem umidade recebem perfeitamente bem os ns e costuras e so de melhor aparncia

  • CABOS DE AO

    - Definies- Arames ou fios So fios de ao carbono ou ao liga, obtidos por laminao ou trefilao. Que formam o cabo. - Perna Conjunto de fios torcidos, que podem ter um ncleo (ou alma), de material metlico ou no. - Cabo de ao Conjunto de pernas torcidas entre si, podendo ter um centro (ou alma), de material metlico ou no, constituindo-se em um elemento flexvel de transmisso de fora.

  • - Cabo de ao polido Cabo de ao constitudo por fios de ao, sem qualquer revestimento- Cabo de ao galvanizado Cabo de ao constitudo por fios de ao galvanizados.- Alma Ncleo em torno do qual as pernas so enroladas. Nos cabos de fibra recebe a denominao de madre do cabo. A alma pode ser constituda de fibras natural ou artificial, podendo ainda ser formada por uma perna ou um cabo de ao independente.

  • - Construo Termo genrico para indicar o nmero de pernas, o nmero de fios de cada perna e a sua disposio, o tipo de alma e a toro (cocha) do cabo.- Composio dos cabos Maneira como os fios esto dispostos nas pernas, podendo ser de dois tipos: cabos compostos com fios de mesmo dimetro ou de dimetros diferentes.- Galvanizao o meio mais simples e eficiente de proteger os cabos de ao contra a ao da corroso; consiste em submeter o fio a um banho de zinco derretido, fazendo com que ele adquira uma camada de zinco fina, mas tenaz, e suficiente para proteg-lo contra a ao corrosiva da ferrugem

  • Galvanizao

  • - Lubrificao Os cabos de ao devem ser lubrificados interna e externamente, durante o processo de fabricao, com lubrificantes especialmente desenvolvidos para esses cabos. A lubrificao muito importante para o cabo, tanto como proteo contra corroso, como tambm em relao conservao de sua flexibilidade e vida til. Para uma boa conservao do cabo, recomenda-se renovar a lubrificao periodicamente. O lubrificante deve ser novo e limpo e no deve conter cidos ou outros agentes de corroso- Medio dos cabos de ao A medio da bitola dos cabos de ao geralmente feita pelo seu dimetro, em milmetros, ou em polegadas. Ao medi-los, deve-se ter o cuidado de colocar o calibre no sentido da maior grossura, isto , na direo de duas pernas opostas, pois o dimetro do cabo o da circunferncia que o circunscreve

  • Termos nuticos referentes aos cabos e sua manobra

    - Agentar sob volta Segurar um cabo que esteja portando, dando uma, duas ou mais voltas redondas para mant-lo sob mo.- Alar ou Puxar Exercer trao num cabo para executar qualquer manobra.- Alar de leva-arriba Alar caminhando sem parar.- Alar de lupada Alar aos puxes, com os intervalos necessrios para que o pessoal mude a posio das mos ao longo do cabo. Nesta manobra preciso que um homem agente o socairo, que a parte do cabo que vai sobrando e se vai colhendo. Para agentar o socairo d-se volta singela numa pea fixa, nada se deixando voltar do que se alou. Lupada cada um dos puxes dados.

  • - Alar de mo em mo Alar o cabo seguidamente, sem o pessoal sair do lugar, pagando-o alternadamente com uma ou outra mo; tambm, neste caso, fica agentando numa pea fixa.- Aliviar um cabo, um aparelho folg-lo pouco a pouco.-Amarrar a ficar Dar um n ou volta firme, de modo a no se desfazer por si. Diz-se principalmente ao se dar volta s manobras.- Arriar um cabo Largar, aos poucos, um cabo que suspende ou agenta qualquer pea.-Arriar um cabo sob volta Consiste em no desfazer totalmente as voltas, podendo ser agentadas quando preciso. Para arriar sob volta, em geral, deixa-se uma ou duas voltas redondas no cabo.

  • - Beijar Fazer encostar duas peas quaisquer. Diz-se de uma adria quando chega ao seu lugar; de uma talha quando, iando, seus poleames se tocam; atopetar.- Boa Pedao de cabo ou de corrente empregado para aboar. - Brandear Folgar um cabo, uma espia, uma amarra etc.; tornar brando um cabo; dar seio a um cabo que esteja portando.- Coado Diz-se de um cabo que est ferido em conseqncia do atrito.-Colher o brando Alar um cabo que esteja com seio at que fique sem folga; rondar um cabo.

  • - Colher um cabo Arrum-lo em aduchas.- Dar salto Arriar repentinamente parte de um cabo de manobra.- Desaboar Desfazer a boa do cabo.- Desbolinar um cabo Tirar-lhe as cocas.- Desencapelar Tirar as encapeladuras; tirar um aparelho de onde est amarrado.

  • - Desgurnir Tirar os cabos de laborar dos lugares em que esto trabalhando; desfazer talhas.- Desengastar Tirar um corpo estranho que o poleame tenha engolido com o cabo que nele labora, ou desfazer uma coca que tenha mordido no gorne.- Dobrar a amarrao Aumentar o nmero de pernadas das espias para amarrar um navio no cais ou a outro navio.- Encapelar Lanar as encapeladuras nos lugares respectivos. Diz-se ainda encapelar um aparelho, quando se o coloca no lugar.

  • - Encapeladuras So as partes extremas dos cabos fixos dos mastros, que ficam alceadas nos mastros, mastarus etc.- Engasgar Diz-se de um cabo que, passando por um gorne ou um retorno qualquer, fica impedido de correr em conseqncia de ns, cocas, cordes arrebentados, ou qualquer corpo estranho.- Enrascar Diz-se dos cabos, velas etc. que se embaraam entre si de modo a no poderem trabalhar regularmente.- Espia Cabo grosso que se lana de um navio para terra ou para outro navio, a fim de amarr-lo.- Fiis Cabos finos com que se prendem quaisquer objetos, tais como as fundas dos escaleres, as defensas etc.

  • - Gurnir Meter um cabo num gorne, olhal etc., ou pass-lo num cabrestante ou num retorno.- Largar por mo um cabo Larg-lo completamente, desfazendo as voltas que possam segur-lo.- Morder um cabo, uma talha Apertar, engasgar, entalar um cabo ou amarra; diz-se que uma talha ficou mordida quando uma das pernadas montou sobre a outra junto ao gorne do cadernal, impedindo a roldana de girar.- Peias Nome que tomam os cabos quando prendem a bordo quaisquer peas ou objetos, a fim de evitar que eles se desloquem com o jogo do navio. Pear prender qualquer objeto amarrando-o com peias.

  • - Recorrer Folgar. Deixar que arriem os cabos ou a amarra o quanto for necessrio para alivi-los. Diz-se tambm de um cabo ou amarra que arria sob a ao do prprio peso ou do esforo que agenta. Um n ou volta pode recorrer.- Rondar puxar um cabo ou o tirador de uma talha at que fique portando.- Safar cabos Colher os cabos nos seus respectivos lugares depois de concluda uma manobra, para desembaraar ou safar o navio; deixar os cabos claros manobra.

  • - Solecar Dar um brando ao cabo, arriando-o um pouco; aliviar o peso ou esforo; dar mais folga ao seio.- Tesar Esticar um cabo.- Virador um cabo grosso, em geral de ao, empregado para reboque, atracao ou mesmo para fundear com ancorote.

  • NS E VOLTASNs e voltas so os diferentes entrelaamentos feitos a mo e pelos quais os cabos se prendem pelo chicote ou pelo seio. Se dados corretamente aumentam de resistncia quando se porta pelo cabo; entretanto, podem ser desfeitos com facilidade pela mo do homem. Se mal dados, podem recorrer no momento em que aplicado um esforo sobre o cabo, e so s vezes difceis de desfazer, por ficarem mordidos.Cabo solteiro um pedao de cabo que no tem aplicao especial e que est mo para ser empregado em qualquer faina.

  • - Chicote: Nome dado as pontas do cabo.- Seio: o nome que se d a parte do cabo compreendida entre os chicotes.- Voltas So dadas, com o chicote ou com o seio de um cabo, em torno de um objeto qualquer.

  • - Meia-volta a volta usada comumente nos embrulhos, a qual se d com o chicote de um cabo e pode-se desfazer facilmente. Sua principal funo servir como base ou parte de outros ns.

  • - N Direito - Serve para ligar dois cabos de mesma bitola, seguro porque no corre, de fcil execuo e quando bem apertado, difcil de ser desfeito

  • - N Torto - feito quase da mesma maneira que o n direito, a diferena que aquele deixa os chicotes paralelos e do mesmo lado, dois a dois, enquanto que este n os chicotes ficam cruzados, com o seio do cabo entre elas. Sua desvantagem no oferecer segurana porque corre

  • - Ns de Escota Singelo- usado quando se deseja unir dois cabos de bitolas diferentes ou para fixar o cabo em uma ala.

  • - N de Escota Dobrado- Tem a mesma finalidade que o n acima e originado dele.

  • - N de correr Tambm chamado, s vezes, n de pescador. Conforme se v na figura, serve para emendar dois cabos, dando em cada chicote uma meia-volta em torno do outro.

    mais empregado por pescadores. Serve para unir dois cabos de bitola diferentes.

  • - Catau de Reboque - Serve para encurtar um cabo, sem que seja preciso cort-lo. Serve tambm para isolar uma parte danificada.

  • - Volta de Fiel singela- a volta mais usada a bordo para se passar um fiel ou uma adria em torno de um balastre, um olhal, ou um p-de-carneiro. til tambm para amarrar um cabo fino em torno de um mais grosso. A volta de fiel deve ser empregada onde a tenso no cabo seja constante. Nos outros casos deve ser rematada com um cote ou um boto.

  • - Volta de fiel dobrada comeada e terminada como a volta de fiel singela, porm com uma volta a mais entre o primeiro e o ultimo cote, ou seja, o primeiro cote mordido com volta redonda. O grande valor desta volta que nunca recorre, e, deste modo, pode ser usada para agentar qualquer cabo em torno de um mais grosso, ou em torno de um p-de-carneiro.

  • - Lais de Guia (Rei dos Ns) - o rei dos ns; muito usado a bordo, pois dado com presteza e nunca recorre. Serve para formar uma ala, que pode ser de qualquer tamanho, mas no corre como um lao; nesta forma, serve para fazer a ala temporria numa espia, ou para ligar duas espias que no devem trabalhar em cabrestante

  • - Voltas Falidas - Consiste numa srie de voltas alternadas que tem por finalidade prender o cabo em um cunho, em uma malagueta ou cabeo.Forma um 8 .