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C I G A - B r a s i l C e n t r o d e I n t e g r a ç ã o e A p o i o ANO 8 - NÚMERO 38 - JANEIRO 2006 - TIRAGEM:1500 EXEMPLARES Binningerstrasse 19 4103 Bottmingen Tel. +41 061 423 03 47 Fax +41 061 423 03 46 [email protected] www.cigabrasil.ch Foto: Rubens Zischler Caros amigos, FELIZ ANO NOVO! Desejamos que todos tenham passado ótimos momentos no final de 2005 e estejam prontos para encarar 2006 como um ano de oportunidades, de sonhos, de tentar atingir o que não foi possível no ano passado. É bom pensar que são os sonhos, a busca daquilo que ainda não alcançamos que nos impulsiona para a frente e não nos deixa desanimar diante das dificuldades. Nós queremos começar este ano a todo vapor e já programamos para o início de fevereiro uma Noite de Cinema com o filme «2 filhos de Francisco», que conta a história da dupla Zezé de Camargo e Luciano. Veja os detalhes na Agenda (Página 19). Logo depois seguem outras programações, orga- nizadas por diversos grupos. Imperdível é o concerto da Orquestra Acadêmica de Basel (AOB), que traz como solistas o grupo Cello a quatro (folheto rosa junto com esta edição). No programa uma obra original do músico e compositor brasileiro Frederico Zimmermann Aranha, composta especial- mente para este concerto, a pedido da Orquestra. Veja mais sobre o compositor e o concerto na página 10. E, claro, não deixem de participar do car- naval organizado pela amiga Clarice dos Santos, em prol da Creche Montalegre (informações na página 5). Para quem está na região de Zurique e gosta de um cine- minha, o CEBRAC está lançando, a partir do dia 21 de janeiro, sessões de cinema todo último sábado do mês. O programa até abril está na página 12. Entre um evento e outro, certamente vai sobrar um tempinho para ler esta edição, que traz alguns temas diferentes. Para começar, trazemos uma matéria especial sobre algumas igrejas cristãs brasileiras que atuam na Suíça e dão o Se as coisas são inatingíveis... ora! Não é motivo para não querê-las... Que tristes os caminhos, se não fora a mágica presença das estrelas! Mário Quintana Continua página 3

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CIGA-Brasil

Centro

de Integração e

Apo

io ANO 8 - NÚMERO 38 - JANEIRO 2006 - TIRAGEM: 1500 EXEMPLARES

Binningerstrasse 194103 Bottmingen

Tel. +41 061 423 03 47Fax +41 061 423 03 46

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Caros amigos,

FELIZ ANO NOVO!

Desejamos que todos tenham passadoótimos momentos no final de 2005 e estejamprontos para encarar 2006 como um ano deoportunidades, de sonhos, de tentar atingiro que não foi possível no ano passado. Ébom pensar que são os sonhos, a buscadaquilo que ainda não alcançamos que nosimpulsiona para a frente e não nos deixadesanimar diante das dificuldades.

Nós queremos começar este ano a todovapor e já programamos para o início defevereiro uma Noite de Cinema com o filme«2 filhos de Francisco», que conta a históriada dupla Zezé de Camargo e Luciano. Veja osdetalhes na Agenda (Página 19). Logodepois seguem outras programações, orga-nizadas por diversos grupos. Imperdível é oconcerto da Orquestra Acadêmica de Basel(AOB), que traz como solistas o grupo Cello

a quatro (folheto rosa junto com estaedição). No programa uma obra original domúsico e compositor brasileiro FredericoZimmermann Aranha, composta especial-mente para este concerto, a pedido daOrquestra. Veja mais sobre o compositor e oconcerto na página 10.

E, claro, não deixem de participar do car-naval organizado pela amiga Clarice dosSantos, em prol da Creche Montalegre(informações na página 5). Para quem estána região de Zurique e gosta de um cine-minha, o CEBRAC está lançando, a partir dodia 21 de janeiro, sessões de cinema todoúltimo sábado do mês. O programa até abrilestá na página 12.

Entre um evento e outro, certamente vaisobrar um tempinho para ler esta edição,que traz alguns temas diferentes. Paracomeçar, trazemos uma matéria especialsobre algumas igrejas cristãs brasileiras queatuam na Suíça e dão o

Se as coisas são inatingíveis... ora! Não é motivo para não querê-las...Que tristes os caminhos, se não fora a mágica presença das estrelas!

Mário Quintana

Continua página 3 ➙

Cultos:Domingos: 17:00(Culto da Família - alemão e português)Sábados: 19:00 (Culto Latino, espanhol)Terças-feiras: 19:30 (Culto de Oração e Intercessão)Local: Haltingerstrasse 40 - Basel (Entre a Kaserne e a Messe)

Contatos:Evangelista Nivaldo Resende 061 631 22 30 / 079 605 92 13 (Basel)E-mail: [email protected] Brasil: Assembléia de Deus de Ribeirão PretoPastor presidente A.S.Santana, (+55) 16 636 95 91

VENHA! E JUNTOS VAMOS ADORAR AO NOSSO DEUS

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Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006 CIGA-InformandoCIGA-Informando Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006

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apoio espiritual àcomunidade dos brasileiros que vive no país.Mais do que locais religiosos, os grupos fun-cionam como um ponto de encontro e trocade experiências entre os participantes, ali-viando a saudade que às vezes bate nocoração.

Abordamos também a questão do reco-nhecimento e equivalência de diplomas bra-sileiros na Suíça, uma batalha travada pormuitos profissionais que tentam conseguirtrabalho por aqui. Como muitas coisas naSuíça, também a análise e atribuição daequivalência dos diplomas é setorizada e éimportante saber onde recorrer.

Para relembrar alguns acontecimentosmarcantes de 2005 publicamos uma pequenaretrospectiva elaborada pela Central MJELÊde Comunicação.

Abrimos ainda espaço para uma jovemleitora, que nos enviou um texto sobre umencontro especial. Se você também gosta deescrever e tem alguns textos guardados na

gaveta, aproveite a oportunidade e inscreva-se no IV Concurso Literário Brasileiro de«Contos, Crônicas e Poesias», promovidopela Associação Raízes, de Genebra. Maisinformações sobre o concurso você encontrana página 9.

Nosso Cantinho das Crianças, que entrouem seu quarto ano de funcionamento, tam-bém deixou seu recado nesta edição, convi-dando novas crianças a se juntar ao grupo.Quem quiser conhecer esse trabalho doCIGA-Brasil pode fazer uma visita sem com-promisso e ver como funciona. O Cantinhoestá aberto todas as terças e quintas-feiras,das 14 às 17 horas, na Pfarrei Clara, Linden-berg 8, 2. andar, em Basel, próximo à Wett-steinplatz.

Esperamos que vocês gostem da leitura etenham um ótimo início de ano! Quandoquiserem mandar sugestões, não se aca-nhem. Vamos nos alegrar em recebê-las.

Até a noite de cinema!Equipes do CIGA-Brasil

➙ Continuação da página 1

CHRISTLICHEN ZENTRUM: TREFFPUNKT MIT GOTT INTERNACIONAL

«Chegai-vos a Deus e Ele chegará a vós» (Tiago 4:8)

Você quer soluções para seus problemas no:Casamento • Trabalho • Família • Enfermidades fisicas ou espirituais • Negócios

Venha às terças-feiras e juntos vamos orar a Deus por você. Jesus Cristo de Nazaré tem a solução para seus problemas.

Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres. (João 8:36)

NOVO!! Venha visitar nossa Livraria T.M.G. Você encontra: Bíblias, cds, dvds, livros, souveniers, etc. Temos em alemão, espanhol, português e representamos a CPAD.

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Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006 CIGA-Informando

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CIGA-Informando Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006

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ESCRITÓRIO DE TRADUÇÕES BABEL

Tradução, redação e correção de textos em Português, Francês, Alemão, Espanhol e Italiano.Traduções de documentos para casamento,divórcio, adoções, contratos e outros.Tradução de diplomas.

Homologação de divórcio junto ao Supremo Tribunal Federal em Brasília.

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O CIGA-Brasil é uma associação sem fins

lucrativos, sem vinculaçãopolítica ou religiosa, que visa

dar apoio aos brasileiros. Formas de Atuação:Serviço de Informação e AconselhamentoContato: Dra. Lúcia da Cunha MessinaAtendimento por telefone e com hora marcada: (061) 273 83 05.Sempre às quintas e sextas-feiras,das 9 às 12 horas e das 14 às 18 horas.Ponto de Encontro: Atividades mensais.Cantinho das Crianças: Atividades para crianças de 2 a 5 anos, todas as terças e quintas-feiras, das 14 às 17h.

Para contribuir com o CIGA-Brasil envie-nos seu endereço e deposite a

anuidade de CHF. 30,- na Conta Corrente: 16 1.108.616.07 – 769

(BL Kantonalbank – Ag. Liestal)

HOMOLOGAÇÕESHomologação de sentenças estrangeiras no Brasiljunto ao Superior Tribunal de justiçia, consultoria

jurídica, transcrições, além de outros serviços advocatícios e notariais.

Contato:Mônica Moura, advogada (OAB-DF 20.030),

ou Burkard Wolf,advogado suíço:

Escritório de advocacia WolfRadgasse /Konradstrasse 9, Caixa postal 1115

8021 Zürich, Tel. 043 366 66 36, email: [email protected]

O escritório é especializado em problemas jurídicossuíço-brasileiros e ambos os profissionais atendem

também em português.

Retrospectiva 2005Retrospectiva 2005CLIMA GLOBAL Furacões atingiram o Oceano Atlântico,entrando para a história como a mais ativa temporada desdeo início dos registros, em 1851. Os EUA foi o país mais atingi-do, «sofrendo» como os vizinhos do Terceiro Mundo. Os meteo-rologistas já avisam que o ano de 2006 pode ser tão ruimquanto 2005.

INTERNET 55% dos brasileiros não têm computador e68% nunca teve acesso à Internet, enquanto apenas 16,6%possui um computador em casa e somente 13,8% usa o com-putador diariamente.

SAÚDE O Brasil perdeu a posição de maior exportadormundial de carne e o prejuízo de 2005 pode chegar a US$ 1,7bilhão em perda de exportações, valor calculado pelo próprioMinistério da Agricultura. Os focos de febre aftosa vêm cres-cendo também e além de se espalhar por outros municípios doMato Grosso do Sul, onde já foram sacrificadas mais de 5 milcabeças, surgiram suspeitas de focos também no Paraná. Já agripe aviária assusta o mundo. O grande medo é que o vírusconhecido como H5N1, que por enquanto só pode ser trans-mitido das aves contaminadas para os seres humanos, soframutações e passe a se propagar de pessoa para pessoa. Seisso acontecer, há previsões de que o vírus se espalhará muitorapidamente entre a população mundial, transformando-senuma pandemia pior do que a Gripe Espanhola.

RELIGIÃO Morreu João Paulo 2º. Ele visitou 129 países,fez campanha contra a Guerra Fria, aproximou sua igreja deoutras religiões e culturas, desculpou-se pela inquisição,defendeu as liberdades individuais, mas condenou o uso depreservativos numa época que viu surgir a Aids. Ele era o líderespiritual de mais de 1,1 bilhão de católicos ao redor domundo. Era a figura mais conhecida do mundo e seu funerallevou mais de 1 milhão de fiéis ao Vaticano.

Após dois dias de reunião, o conclave escolheu o cardealalemão Joseph Ratzinger, de 78 anos, para ser o novo papa,que adotou o nome de Bento 16. Imediatamente surgiramhistórias de que o novo sumo pontífice fora um soldadonazista. O fato foi logo esclarecido: o jovem Ratzinger foraobrigado a servir obrigatoriamente as forças armadas alemãsna juventude.

GUERRAS E ATENTADOS O número de ataques terroris-tas ocorridos em 2005 quebrou todos os recordes.

ISRAEL Todo mundo sabe que Israel está todos os diasno noticiário, mas um dos fatos mais importantes ocorridosem 2005 foi a retirada de judeus da Faixa de Gaza.

Central MJELÊ de Comunicação: (www.mjele.com.br)

Retrospectiva 2005

Se você tem filhos entre 2 e 5 anos e gostaria queeles convivessem num ambiente brasileiro, com outras cri-anças que também falam português, venha conhecer onosso Cantinho das Crianças.

Nós estamos juntos todas terças e quintas-feiras, das14 às 17 horas e vamos ficar felizes em receber novosamiguinhos.

Desde outubro de 2002 o CIGA-Brasil mantém esseespaço infantil, com o apoio dos governos de Basel Stadte Baselland e o retorno até agora é muito positivo. Muitascrianças já conviveram conosco nesse período. Muitosvêm nos visitar de vez em quando, para matar a saudade.

Nas tardes de Cantinho as crianças desenvolvematividades manuais, educativas e brincadeiras, em por-tuguês, enquanto as mães podem fazer outras coisas. Ashistórias contadas pela tia Isabel são uma sensação e nãodá para esquecer das músicas e danças, que fazem ocorpo remexer. É claro que também não falta um lanchi-nho para repor as energias.

A idéia é oferecer um espaço para o convívio infantilem língua portuguesa, num ambiente descontraído,aconchegante e de diversão. Trabalhamos não apenascom crianças brasileiras. Também podem participar cri-anças de outras origens que falem o português. E para ospequenos, que ainda falam pouco, é uma oportunidade deenriquecer a linguagem.

Mais do que um local de brincadeira, o Cantinho dasCrianças já provou que pode funcionar como uma peque-na comunidade, onde as crianças aprendem regras bási-cas de convivência e respeito ao outro, que certamentelevarão consigo pelo resto da vida. No convívio com ou-tras crianças, os pequenos vão crescendo e aprendendouns com os outros, brincando, brigando (isso também fazparte) e fazendo as pazes de novo.

Com a saída de alguns amiguinhos que foram para aescola temos agora de novo espaço para novas criançasque queiram participar. Venha com seu filho ou sua filhafazer uma visita e, se gostar, é só ficar.

Local:Sala do Spielgruppe, no Pfarreizentrum Clarapróximo à Wettsteinplatz, Lindenberg 8, Basel

Preços e formas de pagamento:As crianças que ficam conosco duas vezes por semana,das 14 às 17 horas, pagam CHF 95,- por mês. As que ficamno Cantinho apenas uma vez por semana, pagam CHF70,- por mês, e as crianças que vêm apenas de vez emquando, pagam CHF 20,- por tarde.

Mais informações e contatos:Aline 061 313 97 28 e Cristiana 061 331 21 [email protected]

Cantinho das Crianças procura novos amiguinhos VIOLÃO BRASILEIRO EM BASELVIOLÃO BRASILEIRO EM BASELAulas particulares a domicílio em

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Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006 CIGA-Informando

EXPEDIENTE

CIGA-Informando é uma publicação bimensal do CIGA-Brasil.

Tiragem: 1500 exemplares

Redação e edição: Irene Zwetsch

Fotos: Rubens Zischler

Layout & Realização:Wilber’s Grafik& Druck Services, www.wilber.ch

Colaboradores desta edição: Central MJELÊ deComunicação, Deborah Biermann, Eber Ferrer, IvanaBentes, Marcelo Madeira, Priscilla Rodrigues Steiner,Rui Martins.

Contato com a redação:CIGA-BrasilBinningerstrasse 194103 BottmingenTel/Fax: (061) 423 03 47/46E-mail: [email protected]

O fechamento redacional da próximaedição será no dia 20 de fevereiro. Até esta data todos os textos e anúnciosdevem chegar às nossas mãos

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CIGA-Informando Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006

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BADEN1° e 3° Domingo do mês - 11.00Kapelle Mariawil - KappelerhofBruggerstr. 1435400 Baden

DÖTTINGEN2° Sábado do mês - 17.30Igreja St. Johannes EvangelistChilbert 245312 Döttingen

SUHR3° Domingo do mês - 15.30Igreja HeiliggeistTramstrasse 385034 Suhr

BASEL1° 2° 3° e 4° Sábado do mês - 20.00Igreja Sacré CoeurFeierabendstrasse 684051 Basel

SISSACH2°e 4° Domingo do mês - 09.00Igreja St. JosefFelsenstrasse 164450 Sissach

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Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006 CIGA-InformandoCIGA-Informando Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006

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Há tantas coisas neste mundo que podemmudar a vida ou a maneira de pensar de umapessoa. Um encontro, uma foto, um lugar, umlivro ou até mesmo uma canção podem levarum indivíduo a perceber as coisas por umoutro ângulo. Eu vou lhes contar como acon-teceu um encontro que tive no Brasil duranteminhas férias de verão do ano passado.

Era uma tarde quente. Eu estava comminha família, meus pais, minha irmã e meuirmão, num carro que havíamos alugado poruma semana. Estávamos a caminho deFortaleza que fica a uns 60 Km de nossapequena cidade. No meio do caminho decidi-mos tomar um café.

O lugar onde paramos era bonito e muitoagradável. Havia um telhado, duas paredes,um forno a lenha e algumas mesas comcadeiras, sem esquecer a televisão. Mamãe,como de costume, tomou a dianteira e fez ospedidos: café e tapioca.

Enquanto minha família comia, bebia eria, saí a procura do banheiro. Nesse instante,eu encontrei um garoto de cabelos claros eolhos castanhos. Ele era pequeno e devia teruns oito anos. Vestia um calção, uma camiseta,muito grande para o seu tamanho, e não tinhasapatos. Trazia nas mãos um coco aberto queele mastigava vagarosamente. Olhei para elecom mais atenção e ele me encarou. Então,perguntei se ele podia me indicar o banheiroe ele, imediatamente, o fez. Segui sua indi-cação e quando voltei o encontrei sentadosobre uma pedra. Sentei-me ao seu lado e per-guntei o seu nome. Ele me respondeu: José. Eusou uma pessoa que logo se esquece denomes. Não tenho uma boa memória, mas onome daquele menino eu nunca mais esqueci.

Conversamos durante um longo tempo(quase meia hora, eu acho). Ele me explicouque só ia a escola na parte da manhã, por issose encontrava ali naquela tarde. Contou-me

também que não tinha pai e que sua mãe tra-balhava o dia inteiro. Eu lhe ofereci umatapioca e o que ele escolhesse para beber.Quando eu lhe dei o cardápio, para o meuespanto, ele me pediu que eu o lesse.Perguntei quantos anos ele tinha e ele merespondeu: nove anos. Pensei...como seriapossível uma criança que freqüenta a escolahá três anos e não sabe ler? Eu não sabia oque dizer, mas acabei lendo o cardápio. Ele,contente, escolheu a bebida e se levantou damesa, eu o segui com o olhar.

Um outro carro havia chegado. Um casaldesce e o menino se aproxima. Eu não escuta-va o que eles diziam, mas vi José fitar o moçocom grandes olhos doces e cheios de espe-rança. O homem, por sua vez, o olha e de suacarteira saca algumas moedas. José, todo sorridente, vem em minha direção. E entãocompreendi. Jose ia à escola de manhã e atarde vinha aqui pedir esmolas. Nesse exatomomento, a moça do balcão lhe trouxe umabebida e a Tapioca.

O menino se senta e come com voraci-dade. Estava com fome. Eu o olhava e refle-tia...Que vida levava aquele menino? Qualseria o seu futuro? Seu destino? O que elefará quando não tiver mais esses olhos docese esse porte assim pequenino? Como ganharáa vida quando ele será grande e musculoso?Eu começava a sentir meu coração se retrair. Atristeza tomava conta de mim e meus olhos seumedeciam. De repente me dei conta que omenino mesmo comendo não parava de melançar um olhar maroto. Por um segundo tivevontade de chorar, mas resisti. José então mepergunta de onde eu venho. Eu lhe expliqueique meu país ficava muito longe e que faziamuito frio. Disse ainda que para chegar aomeu país era preciso um avião e que lá as pes-soas falavam uma língua estranha.

Nesse mesmo instante chega a minha irmãdizendo que estávamos de partida. Eu o abra-

Um encontro emocionante cei, me despedi e saí com minha irmã. Aoentrarmos no carro, meu pai dá a partida nomotor e o menino do lado de fora bate novidro da janela. Abri a porta do Fiat e con-templei o pequenino sem dizer uma palavra.Ele, por sua vez, cravou seus olhos tristes emmim e depois de um breve silêncio me per-guntou quando eu voltaria. Meu coração sedespedaçou. Como explicar que a gente nãose veria nunca mais? Disse-lhe que talvezvoltaria no ano que vem. Ele me abriu umsorriso e se foi caminhando pela estrada, eume derramei em lágrimas. Nunca esquecerei

seus grandes olhos cheios de esperança einocência.

Este encontro inesperado realmente meemocionou. São encontros assim, breves erepentinos que nos mexem e deixam marcaspor toda a vida. Eu poderia mesmo me per-guntar se esse encontro foi obra do acaso, dodestino ou simplesmente uma experiência doscaminhos cruzados entre uma criança de rua euma adolescente crescida num outro conti-nente. Mas isso é difícil de saber...

(Priscilla Rodrigues Steiner)

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O Grupo Raízes mais uma vez está deparabéns ao promover nossa tão querida lín-gua portuguesa. Em 2006 terá lugar aQuarta Edição do Concurso Literário Bra-sileiro de «Contos, Crônicas e Poesias» emGenebra, organizado e idealizado por IgnezCidade-Agra, também responsável pelaBiblioraízes (Grupo da Biblioteca da Associa-ção Raízes).

Poderão participar do concurso todo(a)sbrasileiro(a)s de qualquer idade residentesna Europa com a comprovação da nacionali-dade brasileira. Os trabalhos deverão serentregues até o dia três (03) de abril de 2006.A entrega dos prêmios será acompanhada deum coquetel promovido pela própria associa-ção Raízes na Salle de Lecture da Biblio-thèque de la Cité em Genebra. Aos vence-dores do concurso serão ofertados como prê-mio obras literárias.

Segundo Ignez, o número de pessoasinteressadas pelo concurso tem crescido cada

vez mais, bem como a quantidade e a quali-dade dos trabalhos concorridos. No ano de2005, o concurso teve concorrentes inscritosda Alemanha, Inglaterra, Irlanda e de várioscantões suíços.

Neste ano não será diferente. Aos que jácompareceram ao evento permanece o saborde um Brasil que desvenda o próprio Brasil eaos que ainda não foram resta o consolo desaber que para 2006 o Comitê Biblioraízesestará mais motivado do que nunca.Parabéns à Associação Raízes. Temos certezaque o IV Concurso de Contos, Crônicas ePoesias será mais um gol de letra!

IV Concurso Literário Brasileiro de«Contos, Crônicas e Poesias» emGenebra Por Marcelo Candido Madeira

Mais informações:Biblioteca Raízes Telefone: 022 321 00 40da Associação Raízes (deixar recado)E-mail: [email protected] Ignez Agra: 022 349 70 74 (deixar recado c/ e-mail para comunicação)Veja o noso site: www.raizes.ch

CIGA-Informando Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006

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Ano 8 - N° 38 - Janeiro 2006 CIGA-Informando

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Em seu próximo con-certo, no dia 11 de feve-reiro, a Orquestra de Basel(www.aob.ch) tocará umaobra inédita do músico ecompositor brasileiro Fre-derico Zimmermann Ara-nha. Isso não aconteceupor acaso. Como a Or-questra queria o grupoCello a Quatro (quartetode violoncelos) comosolista no concerto e nãoexistia composição originalescrita para orquestra e 4violoncelos, Monica Correa, violoncelistabrasileira que toca no grupo, sugeriu pedir aoamigo Frederico que escrevesse algo. O maestroRaphael Immoos gostou da idéia e num «piscar deolhos» a composição estava pronta.

O Concerto para Quarteto de Violoncelos eOrquestra Sinfônica foi escrito na arquiteturaconvencional dos concertos clássicos (Allegro,Adagio, Rondó) porém usando idiomas diferentese procurando principalmente mostrar a influênciada cultura musical germânica sobre a brasileira. Aconstrução do concerto partiu de um tema escritohá quatro ou cinco anos (o Réquiem ParaAmadeus), que até hoje não fora mostrado aninguém. Esse tema é o mesmo usado nos trêsmovimentos. Segundo o compositor, sua preocu-pação principal foi «simplesmente fazer osouvintes gostarem de ouvir e os músicos sentiremprazer de tocar». E o concerto ficou assim:

1º) Samba de Doze Notas Só - com rítmicaafro-brasileira e melodia em contraponto serialtotal cromático, segundo a técnica de ErnstKrénèk; o título é uma brincadeira com o «Sambade Uma Nota Só», de Antonio Carlos Jobim;

2º) Quarteto e Réquiem Para Amadeus -começa com um prelúdio só com o quarteto decellos e emenda com um réquiem onde o com-positor expõe sua tristeza e seu lamento por fazer

parte de uma humanidadeque permitiu que o maiorgênio musical de todos ostempos tenha sido enterra-do como indigente.

3º) Forró Em Basel -baião típico, conformesurgiu nos bailes «for all»do Nordeste brasileiro emmeados do século passado,onde se fundiram coisasdo jazz com nosso fol-clore. Foi escrito no modomixolídio e pensado para

que as quatro cellistas possam mostrar suas quali-dades virtuosísticas. Para o compositor esse não éo movimento mais difícil de ser executado, mascom certeza é aquele que talvez causará melhorimpressão na audiência.

O compositor afirma que escreveu esse con-certo pensando antes de tudo que «não adiantanada um brasileiro escrever uma peça assim ten-tando fazer aquilo que os europeus, particular-mente os germânicos, já fazem e fizeram insupe-ravelmente na História da Música. Então resolviser mesmo o que eu sou: um compositor erudito(mas que também viveu anos fazendo músicapopular e jazz) bra-si-lei-ro. Me preocupei otempo todo em tentar fazer uma coisa que fosseouvida com prazer por um público qualquer masprincipalmente por europeus».

Frederico Zimmermann Aranha fala sobre si Logo que eu nasci minha mãe percebeu que

eu tinha mãos de cirurgião, mas meu pai achouque eu tinha olhos de oftalmologista. Já os meustios achavam que eu tinha orelhas de otorrino,joelhos de ortopedista ou barriga de gastroentero-logista. Só minha madrinha discordava de tudo:era óbvio que eu respirava como um pneumolo-gista. Daí que, embora nunca ninguém tivessedito que eu devia ser médico, fui sempre estudan-do na direção da área médica.

Meu pai era escrevente de cartório e violinistaamador. Tocava um pouco desafinado, pois quasenão tinha tempo de pegar no instrumento.Trabalhava feito um mouro para pagar um bomcolégio aos filhos. Minha mãe cantava bem e, em-bora tivesse chegado ao nível universitário antes decasar, escolheu a mais difícil e mal remunerada detodas as profissões jamais inventadas: mãe.

Ao chegar no vestibular de Medicina eu játocava um pouquinho de piano e tinha descober-to que violão era quase tão bom quanto sexo, comuma vantagem muito importante: o violão nuncatinha dor de cabeça e nunca reclamava de nada.Como eu não tinha o menor ânimo para estudarFísica, Biologia e as outras matérias do exame,acabei entrando na minha 7ª opção da lista de fa-culdades: Medicina Veterinária. Tentei duranteum ano, o suficiente para descobrir que eu adora-va bichos, só que no Jardim Zoológico e noGeographic Channel. Fui um aluno medíocre, masem compensação meu violão melhorou muito nesseano.

Minha irmã cursava Advocacia e meu irmãoEngenharia, ambos na USP. Depois de todos osanos de enorme sacrifício dos meus Velhos, comoé que eu ia chegar para eles e dizer que ia ser músi-co de jazz? Bem: fiz novo vestibular e entrei naFaculdade de Medicina (humana, dessa vez) emBotucatu. Após 22 dias de aula, me ocorreu queviver no mínimo 6 anos numa província seriaimpossível, eu morreria de tédio muito antesdisso. E agora? Fiz novo vestibular e fui estudarHistória, também na USP. Além de gostar dasmatérias, eu tinha tempo de sobra para continuartocando nos barzinhos, compor minhas canções,estudar harmonia, namorar bastante e, principal-mente, lutar contra a ditadura fascista que tivemosentre 1964 e 1982.

E virei músico, num país em que essa profis-são vem logo abaixo de lavador de latrinas, aomenos para quem seja rigorosamente honesto emseu compromisso existencial com a Arte. E eu jásabia, quando saí da faculdade, que não poderiaser feliz fazendo qualquer outra coisa que nãofosse Música. Mais: só faço aquilo que eu quero,quando quero, como quero, onde quero e porquequero; em resumo, só faço música porque amo amúsica. É por isso que meu automóvel é um velho

Chevrolet 1989, mas é também por isso que tenhogasto intensamente a minha vida fazendo só o queme dá prazer e sobrevivendo somente da minhaprofissão.

Nunca fui violonista clássico, embora tenhaestudado as técnicas espanholas. Toquei muitojazz, tive bandas de blues, muita bossa nova, tan-gos e boleros. Toquei em rádio, TV, teatro, boate,cabaret, circo, bordel, praça pública. Fiz de tudo,mas sempre fui, basicamente, arranjador e com-positor. Odeio reger. Tendo tocado durante quase30 anos, hoje tenho uma enorme preguiça depegar o violão. Gasta-se muito tempo e trabalhopara estudar o suficiente, e eu sempre acabo lar-gando o instrumento para pegar a caneta.

Nunca toquei fora do Brasil. Meu único pro-fessor renomado foi mesmo Koellreutter.Estudava com ele 1 ano, ficávamos de mal por 1ano, depois fazíamos as pazes, e assim durantemais de 12 anos, ou seja: sou o típico autodidata.Fiz com ele e minha mulher, Maria Emília, con-certista de piano, uma série de 12 programas naRádio Cultura FM -- «Ouvido e Consciência»,coisa de Primeiro Mundo.

Tive duas indicações para o Prêmio Sharp(que é somente brasileiro) como melhor arran-jador. Na Europa, apenas o Trio Basso Köln e oquarteto Cello a Quatro tocaram coisas minhas.Nos Estados Unidos dois violonistas tocaramminhas peças, em Boston e Nova York. Ou seja:99% de todas as minhas composições, em 43 anoscomo músico profissional, são inéditas, inclusivedois concertos para piano, um para cello e flauta,um para cravo, um para duo de violões e um paramaestro. De tudo que fiz, a invenção de um novocontraponto (apotonal) é o que julgo mais impor-tante do ponto de vista teórico.

Hoje moro numa linda cidade praieira e sódou aulas de violão para crianças. Tenho um cursopronto de História da Música, com milhares deimagens e centenas de gravações, porém ainda nãoachei ninguém interessado, nem mesmo na Uni-versidade de Taubaté, próxima daqui. Quandochego perto de desesperar, lembro que Mozart foienterrado como indigente. Aí, em vez de chorar dedesgosto, fico com muita raiva e escrevo mais músi-ca. E lembro a definição de Koellreutter: música é.

ORQUESTRA DE BASEL TOCACOMPOSIÇÃO BRASILEIRA

Apresentação da AOB

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Em 2006 o CEBRAC comemora 10 anos e quemganha o presente é você. A partir de janeiro, todo últi-mo sábado do mês o CEBRAC apresenta o CINECEBRAC. Uma série de grandes títulos do cinemabrasileiro e estrangeiro com legendas em português.

Tal iniciativa só foi possível com o apoio do Sr.Adolpho de Sá Correia e Benevides - Cônsul Brasileirona Suíça, que gentilmente propôs a idéia e cedeu diver-sos filmes brasileiros para a mostra. No primeiro semes-tre a programação é repleta de clássicos do cinemabrasileiro e novidades como o documentário «A Linha -matéria e sentidos» de Thaís Aguiar que tem estréiamarcada para dia 28 de janeiro às 18h30, na sala deeventos do CEBRAC. Uma equipe percorreu os trilhos deferro do estado do Paraná em busca do HOMEM - seuspensamentos, suas idéias, sua expressão. A linha vistapor um olhar diferente: um olhar sobre os sentidos (le-gendas em alemão).

Filmes de sucesso e ainda inéditos na Suíça tam-bém serão apresentados no CINE CEBRAC, como oaclamado «2 filhos de Francisco» que traz a comoventehistória da dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano.

As sessões do CINE CEBRAC custam apenas 4francos a todos aqueles que ainda não são sócios doCEBRAC e aos sócios as sessões são gratuitas.

Em 2006 nosso ilustre aniversariante CEBRAC estácom a agenda repleta de eventos de qualidade e commuita disposição em divulgar nossa rica culturabrasileira. Portanto se você ainda não é sócio doCEBRAC, dê uma passadinha na biblioteca e confira aspromoções que temos para você e sua família.O CEBRAC 10 anos é 10!

Marcelo Candido Madeira

CINE CEBRACO cinema mais perto de você

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Igrejas acompanham os fiéis na imigração«Quem parte leva saudade de alguém, que fica chorando de dor....» Assim diz uma músicamuito conhecida. Na verdade, quem parte de seu país e decide começar uma vida nova emoutro lugar, leva na bagagem muito mais do que saudade. Leva sonhos, planos, objetivos, etoda uma carga de experiências de vida que colheu ao longo dos anos.Ao chegar na nova terra, nem sempre a «terra prometida» tão sonhada, a realidade apresentadesafios às vezes difíceis de superar. Para conseguir vencer as dificuldades e encontrar seuespaço no novo mundo as pessoas recorrem a diversas alternativas. Muitas procuram consoloe auxílio em grupos religiosos e o crescimento das igrejas de migrantes espalhadas pelo mundocomprova a importância desse convívio.Nós entramos em contato com representantes de diversas igrejas cristãs na Suíça e pergunta-mos sobre o trabalho que realizam e o público que participa de suas atividades. Infelizmente demuitas comunidades não tivemos um retorno a tempo de publicar nesta edição, mas apresen-tamos assim mesmo as opiniões de alguns agentes religiosos que se dispuseram a colaborar.

Na região de Basel existem algumascomunidades cristãs atuantes. O grupo daIgreja Batista é, segundo o reverendo MoisésVasconcelos, «a primeira igreja de língua por-tuguesa da cidade de Basel». Eles realizamcultos semanalmente às quintas-feiras e aossábados, sempre às 19:30, na capela da IgrejaBatista na St. Johanns Ring 122, em Basel. Ogrupo, no entanto, não reúne apenas os batis-tas. «Temos em nossa igreja irmãos de muitasdenominações diferentes e de diferentespartes do Brasil e da Europa. Cremos que esseé o lugar que Deus nos deu para cultuá-loaqui na Suíça nesta cidade», afirma o reve-rendo Moisés, que ainda realiza trabalhoscom outras comunidades cristãs das igrejasMetodista, Batista e Reformada também emoutros cantões da Suíça.

Já o grupo ligado à igreja Assembléia deDeus, que em Basel denomina-se CentroCristão Treffpunkt mit Gott realiza cultostodos os sábados e domingos. O evangelistaNivaldo Resende diz que esses são os momen-tos em que «vamos a igreja para adorar aDeus, para termos comunhão uns com os ou-tros, para aprender a palavra de Deus e paraprestar serviços na área social e espiritual».

Quem procura esses grupos, na maioriadas vezes, são pessoas que já freqüentavamalguma igreja no Brasil e que buscam um con-tato com Deus. O reverendo Moisés diz que osparticipantes «são homens ou mulheres, lati-no-americanos ou europeus, que já ouviram

ou que querem ouvir a palavra de Deus.» Oevangelista Nivaldo vai além e afirma que são«pessoas alegres, felizes, cheias de fé e espe-rança em Deus em um mundo cheio deincertezas».

As motivações dos participantes são asmais variadas, normalmente ligadas a necessi-dades bem específicas. «As necessidades emotivos que levam as pessoas a nos procu-rarem são muitos: momentos de dificuldadesna família, problemas financeiros, enfermi-dades, solidão, vazio na alma, depressão,necessidade de encontro com Deus, assimcomo o filho pródigo (Lucas 15:11)», revela oevangelista Nivaldo. «As pessoas buscam alívio

e soluções para causas impossíveis através deDeus. Procuram respostas para suas perguntas,um caminho certo e Jesus Cristo tem as respos-tas (João 14:6)», conclui o missionário.

Há também os que buscam um contatomais próximo com Deus. «Normalmente aspessoas que nos procuram, são pessoas cristãs,que já ouviram falar de Jesus Cristo, que jáfreqüentaram alguma igreja evangélica e queestão procurando uma igreja para prestarculto a Deus», afirma o reverendo Moisés.Mas existem também os casos especiais, de«pessoas que nos procuram na intenção dereceber um trabalho, um companheiro(a),bens materiais. Nosso trabalho porém não édar «as bênçãos de Deus» e sim «O Deus dasbênçãos», diz.

Os dois missionários reconhecem que a população imigrante enfrenta dificuldadese problemas ligados à sua condição de«estrangeiros». A falta de informação, pro-blemas com as diferenças culturais e de cos-tumes, o desconhecimento da língua e a faltade calor humano são alguns dos pontos quesempre de novo vêm à tona. A integraçãonuma comunidade cristã local nem sempre éfácil, não apenas em função do idioma, mastambém pelas diferenças na liturgia e naforma de realizar o culto. «Para os carismáti-cos a liturgia de um culto suíço é muito fria eformal», exemplifica Nivaldo. O problema dacomunicação também dificulta «o relaciona-mento e amizade com os nossos irmãos suí-ços», diz o evangelista. O conselho de Nivaldoé que «as pessoas freqüentem uma comu-nidade carismática cristã e também uma co-munidade cristã suíça e procurem passo apasso se relacionar, se familiarizar com as pessoas, com os costumes, com a língua.Afinal, precisamos respeitá-los, pois nós é quesomos os estrangeiros aqui».

A solidão, o medo, a saudade e a de-pressão também fazem parte do dia-a-dia demuitos imigrantes que procuram as igrejas.Nesses casos, Moisés explica que seu trabalhoinclui informações sobre diversas áreas eexplicações sobre como algumas coisas fun-cionam aqui. «Também ajudamos por meio devisitas e acompanhamento no caso de de-pressão, e damos apoio principalmente naárea espiritual», conclui o reverendo.

A igreja católica também conta nova-mente com atendimento em língua portugue-

sa desde a chegada do Pe. Marquiano Petez,brasileiro de Curitiba, que responde desdejulho de 2005 pelas regiões de Aargau e Basel.O calendário das missas nas diversas regiõesencontra-se na página 6 desta edição. Impossi-bilitado de responder às questões que pro-pusemos, o padre enviou ao CIGA Informandouma mensagem, que transcrevemos parcial-mente:

«...A Palavra de Deus hoje é um grito delibertação, de invocação de bênção e Paz parao mundo. Se diz que quando Jesus nasceu,havia paz no mundo: a «Paz Augusta». Porémnão era paz; era ausência da Guerra, que nãoé o mesmo. O império tinha eliminado todosseus inimigos, que ameaçavam a sua estabili-dade. Não era paz: era domínio absoluto deuma pequena minoria sobre o mundo.

Então nasceu Jesus, veio trazer a paz, masnão uma paz imposta com a força das armas edo terror. A Paz que Jesus traz, se baseia naJustiça e no perdão... A paz é um dom quecada um deve conquistar. Antes de ela seruma realidade externa, é uma disposição inte-rior...

Feliz Ano, para todos que acordam para o2006 livres do senso da culpa, cheios de umavida na qual o entusiasmo e a alegria tecemluz lá onde a amargura deposita teias dearanha. Feliz ano para quem não guarda ran-cor e não mata em si a fonte da verdade, datransparência, e não olha para o próprio vi-zinho como passageiro estranho de uma via-gem sem paragens, sem praia nem horizonte.Marquiano Petez».

(Irene Zwetsch)

Endereços e contatos de outros gruposreligiosos na Suíça você encontra na páginado CIGA-Brasil: www.cigabrasil.ch

(A partir da esquerda) Ursina e Rev. MoisesVasconcelos, Pr. Dr. Theol. Roberto Schuler e seusfamiliares, Flavia e Emili Schuler.

Contatos:Pr. Moises Vasconcelos, Wiesenstr. 19, 4057 Basel,061 631 07 41, 076 546 23 23, [email protected]

Centro Cristão T. M. G., Ev. Nivaldo ResendeHaltingerstr. 40, 061 631 22 30, 079 605 92 13,[email protected]

Padre Marquiano Petez, Bruggerstr. 143,5400 Baden, 056 210 06 40 [email protected]

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Todos os anos chegam à Suíça muitosprofissionais brasileiros de diversas áreas,que fizeram sua formação profissional ouuniversitária no Brasil. A primeira batalhaque enfrentam, depois de estarem instaladose além da aprendizagem do idioma, é tentarreconhecer seu diploma ou obter uma equi-valência de seus estudos aqui, para poderematuar na sua área de especialidade comoqualquer colega suíço.

Em algumas áreas o processo é mais fácil,em outras, nem tanto. Para dar uma luzsobre os procedimentos necessários, entra-mos em contato com o Departamento Nacio-nal de Formação Profissional e de Tecnologiae reunimos, abaixo, a lista das instituiçõesque respondem por cada área do conheci-mento. Esperamos, com isso, prestar umserviço a todos aqueles que fizeram sua for-mação universitária e profissional no Brasil eque gostariam de ter seu diploma reconheci-do e válido também aqui.

Em primeiro lugar, para o pedido dereconhecimento ou equivalência de qual-quer diploma estrangeiro na Suíça vale aseguinte regra: só serão analisados os diplo-mas de instituições públicas oficiais (ou pri-vadas, desde que sejam reconhecidas peloEstado). Se o diploma atende a essa prerro-gativa, basta saber para onde enviar o reque-rimento e que documentos são necessários.Na Suíça cada área profissional é de respon-sabilidade de um setor específico. Então,veja em que caso você se encaixa e boa sorte.

1. Para o BBT (Departamento Nacionalde Formação Profissional e de Tecnologia)podem ser feitos requerimentos referentes adiplomas universitários em cursos de ciênciasaplicadas nas áreas: Técnica, Econômica, deDesign, Artes (Música, Teatro, Artes Plásticas)e Serviço Social.

As prerrogativas formais para a Equi-valência com um Diploma da «Fachhoch-schule» na Suíça são:a) O diploma estrangeiro precisa ter oficial-

mente o nível de Diploma Universitário

(não serão aceitos diplomas de cursos téc-nicos ou de escolas profissionais de altonível, mesmo se a formação foi organizadapor uma Universidade)

b) No currículo escolar deve estar integradopelo menos um ano de experiência prática(estágio). As «Fachhochschulen» são Facul-dades ou Escolas de Nível Superiorvoltadas para a prática, em contraste comas Universidades.

c) O curso precisa ter tido uma duração mí-nima de três anos, se foi realizado em tempointegral, ou de quatro anos, se foi realizadoem tempo parcial (com a possibilidade de setrabalhar no restante do período).

Formulários e informações para apresen-tar um requerimento de reconhecimento eequivalência de diplomas estrangeiros po-dem ser encontrados na página:www.bbt.admin.ch. Lá estão Dossiês, Reco-nhecimento Internacional de Diplomas eReconhecimento de Diplomas Estrangeirosem Ciências Aplicadas. A página está dispo-nível em alemão, francês, italiano e inglês.

Observação:• O endereço do BBT está na parte frontal

do formulário. O requerimento vai primei-ro para o Pool «Gleichwertigkeiten»(Equivalência) e é depois encaminhadopara a área respectiva do setor de Forma-ção Profissional ou de Formação alta-mente Especializada.

• No gráfico também estão mostradas as ou-tras áreas de estudo, além das englobadaspelas faculdades de ciências aplicadas.

2. Para a CRUS (Conferência dos Reitoresdas Universidades Suíças) - www.crus.ch,podem ser encaminhados os requerimentosconcernentes aos diplomas universitários deáreas teóricas (os cursos universitários «nor-mais»).

3. Para a EDK (Conferência dos Diretoresde Ensino Cantonais) devem ser encami-nhados os requerimentos referentes aosdiplomas na área de ensino – Diplomas de

Equivalência de diplomas é uma questão sempre atual

professor/professora (desde o Jardim de In-fância/Pré-Escola até o nível ginasial/ secun-dário) - www.edk.ch.

Exceção:4. Diplomas de professoras/professores

de escolas técnicas (Professor especializadopara o acompanhamento de praticantes) sãoprimeiro encaminhados ao BBT. O BBT ana-lisa primeiramente se é possível dar a equi-valência da parte técnica da formação supe-rior. Em caso positivo será analisada, numasegunda fase, a qualificação didática e peda-gógica do professor. Essa segunda parte édesenvolvida pelo SIBP (Instituto Suíço dePedagogia para a Formação Profissional) -www.sibp.ch. O SIBP também faz parte doBBT.

5. Para o BBT (www.bbt.admin.ch) se-guem também os requerimentos para equi-valência de diplomas nas áreas de FormaçãoProfissional (Formação Profissional básica,

Cursos de aperfeiçoamento e especializaçãoprofissional – cursos de alta especilização,como são chamados na Suíça).

6. Requerimentos de equivalência paratodos os diplomas na área da Saúde, comexceção da Medicina, devem ser encami-nhados para a Cruz Vermelha Suíça (SRK) –www.srk.ch.

7. Para todos os diplomas na área aMedicina, os requerimentos devem ser envia-dos ao BAG – Ministério da Saúde da Suíça:www.bag.admin.ch.

Cada um desses sites têm informaçõesdetalhadas sobre os procedimentos neces-sários e geralmente as informações estãodisponíveis em alemão, francês e inglês.

(Essas informações foram gentilmenteenviadas ao CIGA-Brasil pela responsável dosetor de equivalências de diplomas estran-geiros na área de ciências aplicadas do BBT,Katharina Burkhard).

Danças e Ritmos TanzstudioBasler Medienhaus, Marktgasse 8, Basel

Várias opções de cursos de dança.

Inf. e inscrições: Clarice dos SantosSchützenstr. 8 – 4127 – Birsfelden

Tel: (061) 312 97 30 / (079) 516 39 22E-mail: [email protected]

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Guia sobre geração de trabalho e renda O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome(MDS) disponibilizou na internet o Guia para Geração deTrabalho e Renda. A publicação traz informações detalhadassobre os principais programas, projetos e ações do GovernoFederal e de alguns dos principais parceiros do Fome Zeronas áreas de transferência de renda, desenvolvimento local egeração de trabalho e renda.O objetivo é apoiar ONGs, microempresários e os própriosagentes de governo federal, estaduais e municipais para aarticulação deste tipo de ação. Há dezenas de tabelas indica-tivas que mostram o programa em questão, o recurso desti-nado, o órgão executor, objetivos, região de abrangência epúblico-alvo, além de informações sobre como participar. Osinteressados podem acessar o Guia pelos sites: www.mds.gov.br e www.fomezero.gov.br.

(Colaborou Eber Ferrer)

Dinheiro das contas secretas de Maluf para os SemTerra do Brasil Por ocasião do lançamento no Brasil do livro "Dinheiro Sujoda Corrupção”, os jornalistas Rui Martins e Jean-Noel Cuénodtomam ao pé da letra o desafio lançado por Paulo SalimMaluf, ex-governador de São Paulo. Maluf negava a existênciade suas contas bancárias na Suíça e prometia dar o dinheirocorrespondente à quem as descobrisse. Ora, essas contasexistem como prova o livro e, portanto, Martins e Cuénodpediram que as somas bloqueadas sejam entregues ao MST. O encontro com colegas internacionais no Clube daImprensa de Genebra foi bastante positivo. Mesmo se, apesarda publicidade feita, não havia presente nenhum correspon-dente da imprensa brasileira. Uma representante do MST,Gabriela Zanetti, também compareceu.Além de tratarmos da questão do dinheiro prometido porMaluf, transmitimos nossa idéia da criação de um movimen-to entre ONGs e governos, a do Princípio da Exceção – odesconto direto e anônimo nas contas secretas vindas doBrasil e de outros países emergentes e do Terceiro Mundo,do imposto de renda, como se faz com os cidadãos da UniãoEuropéia, desde 1 de julho de 2005.Tendo-se em vista uma ligação do caso Maluf com a mídiabrasileira, Rui Martins falou também sobre o dumping sala-rial exercido pelas rádios BBC e RFI, que distribuem gra-tuitamente suas informações às rádios, jornais e sites Web doBrasil, o que não deixa de influenciar essa mídia. Um jornalista presente lembrou que, no caso de uma eleiçãode Maluf para deputado, ele passará a gozar de imunidadesparlamentares e seu processo será suspenso. Nesse caso,como o dinheiro não irá para o fisco, acentuaremos nosso

pedido para que cumpra sua promessa, assinada emcartório, da doação do dinheiro encontrado aqui na Suíça. A todos pareceu estranho essa política de dois pesos e duasmedidas em matéria de corrupção – o financiamento de par-tido, no caso de José Dirceu, foi punido com cassação demandato por dez anos; a corrupção por enriquecimento pes-soal, já provada com os extratos bancários enviados pelaSuíça, provavelmente não terá nenhuma retorsão política enem impedimento da candidatura de Maluf a deputado, quepoderá assim se beneficiar das imunidades. Muito estranho. Tão estranho como esse caso de um livrobrasileiro que provoca encontro em Genebra e comentáriosnos jornais estrangeiros mas que é ignorado pela grandeimprensa brasileira. E a notícia circula só pelas redes de e-mails, sites Web, geralmente undergrounds, e, ainda bem,em algumas colunas de prestígio. Outro encontro já está previsto e ocorrerá na sala de impren-sa do Palácio das Nações da ONU, com a presença de JeanZiegler, autor do prefácio do livro sobre Maluf, para reforçaro lançamento da idéia do Princípio da Exceção e contra odumping feito pela BBC. (Rui Martins)

Televisão - Canais abertosEspero que em 2006 fique cada vez mais evidente que a tele-visão brasileira é uma concessão do Estado e da sociedadebrasileira, e não o contrário, o Estado brasileiro e a socie-dade reféns da televisão. Sendo concessões públicas, as TVsem 2006, além de usarem a concessão para ganhar dinheiroou como máquina político-eleitoral, poderiam quadruplicarsua contrapartida pública, social, cultural, experimental,educativa, para além do mercado, do lucro e da chantagempolítica.Como a TV é importante e influente demais para ficar na mãoapenas dos executivos, do marketing e dos altos índices deaudiência, espero que em 2006 seja aberta a caixa-preta daTV para os conselhos de ética, a produção independente, aprodução regional e exibam na TV aberta o cinema, avideoarte e os curtas-metragens brasileiros.Espero que o Brasil não perca a oportunidade histórica, coma implantação do sistema de alta definição (HDTV - TV digi-tal), de democratizar o mais poderoso meio de comunicaçãodo país. Dependendo do que for decidido agora, no início de2006 será possível aumentar e disponibilizar novos canais(multicanais) para novos atores, movimentos sociais, ONGs,favelas, para o cinema brasileiro, para os coletivos de arte, asuniversidades, ou manter as emissoras de TV sob o controledos mesmos, de uma minoria. (Ivana Bentes, especial para a Folha de SP – enviado por

Deborah Biermann)

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A G E N D A

Noite de Cinema:

2 Filhos de Francisco - A Históriade Zezé Di Camargo e Luciano

Este drama que conta a história da duplasertaneja Zezé di Camargo e Luciano marca aestréia de Breno Silveira como diretor delonga-metragem. O filme começa comFrancisco Camargo (Ângelo Antônio), umlavrador do interior de Goiás que tem umsonho aparentemente impossível: transfor-mar dois de seus nove filhos em uma duplasertaneja. Ele inicialmente deposita sua espe-rança no mais velho, Mirosmar, e resolve lhedar um acordeão quando completa 11 anos.Mirosmar e seu irmão Emival, que toca violão,se apresentam com sucesso nas festas da vilaonde moram. Com a perda da propriedadeonde moravam, a família é obrigada a semudar para Goiânia. Mirosmar e Emivalcomeçam então a tocar na rodoviária local,para ajudar nas despesas. Lá eles conhecemMiranda, empresário de duplas caipiras, queviaja com eles por mais de 4 meses. Os irmãosnovamente fazem sucesso e chegam atémesmo a cantar para 6 mil pessoas no interiordo país, mas um acidente encerra prematura-mente a carreira da dupla. Após quase desis-tir da carreira artística Mirosmar decide voltara cantar, usando o nome artístico de Zezé diCamargo. Ele grava um disco solo, mas nãoobtém sucesso. Já casado e com duas filhaspequenas, Zezé tem dificuldades em sustentara família e o máximo que consegue é que ou-tras duplas cantem composições suas. É quan-do ele encontra em seu irmão Weston, quepassa a usar o nome artístico de Luciano, oparceiro ideal para levar adiante sua carreiramusical.

ElencoMárcio Kierling (Zezé di Camargo), Thiago

Mendonça (Luciano), Ângelo Antônio(Francisco Camargo), Dira Paes (HelenaCamargo), Dablio Moreira (Zezé di Camargo -criança), Wigor Lima (Luciano - criança),Natália Lage (Cléo), Lima Duarte, JoséDumont.

SiteOficial:www.2filhosdefrancisco.com.br

Data: Sábado, 4 de fevereiro de 2006Hora: 19h30 (início do filme às 20h)

ATENÇÃ0 NOVO LOCAL: Gemeindestube, Therwilerstr. 16/18 em Bottmingen (próximo à estação de Bottmingen)

Como chegar: com o ônibus 34 ou o Tram10 até Bottmingen. Atravessar a rua nosinaleiro para pedestres e seguir pelo cami-nho ao lado da linha do bonde até o esta-cionamento (à esquerda). Atravessar o esta-cionamento e o prédio fica logo à direita.