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C L E P U L

em Revista

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Dezembro de 2015

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2 Arte Chocalheira

A Arte Chocalheira – Património Cultural Imaterial com Necessidadede Salvaguarda Urgente

No passado dia 1 deDezembro, em Windhoek,capital da Namíbia, aUNESCO aprovou a ins-crição da Arte Choca-lheira na Lista do Pa-trimónio Cultural Imate-rial com Necessidade deSalvaguarda Urgente, aprimeira candidatura por-tuguesa a integrar estaLista.Embora de dimensão na-cional, esta arte mile-nar que se pratica aindaem Bragança, Tomar, Car-taxo e Angra do He-roísmo, tem no territó-rio alentejano a maiorexpressão, especialmenteem três municípios, Estre-moz, Reguengos de Mon-saraz e Viana do Alen-tejo, com destaque paraa freguesia de Alcáçovas,actualmente o centro dofabrico de chocalhos nopaís e onde se encontra-ram as primeiras referên-cias documentais, do sé-culo XVIII, sobre o fabricode chocalhos.A produção dos choca-lhos decaiu não só devidoà acentuada diminuiçãoda actividade da pastorí-cia, como porque sempre

foi uma profissão reser-vada aos homens, sendoa técnica transmitida depais para filhos ou de tiospara sobrinhos, pelo que,quando a certa altura osmestres chocalheiros tive-ram só filhas, não lhespassaram a sua arte.A candidatura foi lideradapela Entidade Regionalde Turismo do Alentejo eRibatejo (ERT), em parce-ria com a Câmara Munici-pal de Viana do Alentejoe a Junta de Freguesia deAlcáçovas, e a comissãocientífica foi liderada peloantropólogo Paulo Lima,que já integrara as comis-sões de candidatura dofado e coordenara a docante alentejano.O dossier de candidaturadescreve o chocalho por-tuguês como «[. . . ] uminstrumento de percussão(idiofone) munido de umsó batente interno. Esteinstrumento funciona damesma maneira que umsino, e é habitualmentesuspenso no pescoço dosanimais com a ajuda deuma correia em couro»,e refere que os choca-lhos não só estão estrei-

tamente ligados à pas-torícia, como criam uma«paisagem sonora únicae característica, de umabeleza rara, que procuraum sentimento intempo-ral de bem-estar», paraalém de possuírem pode-res protectores e mágico--religiosos.A inscrição desta arte naLista com Necessidade deSalvaguarda Urgente im-plica um plano que ga-ranta a transmissão dosaber-fazer e a susten-tabilidade da actividade,pelo que o dossier de can-didatura propõe um con-junto de medidas parapromover o ensino do ofí-cio, a sua viabilidade eco-nómica, protecção jurídicae a criação de um cen-tro de interpretação dapastorícia e da metalurgiatradicional, em Alcáçovas.O relatório da UNESCOconsiderou que esta can-didatura modelar, preen-chendo os cinco critériostécnicos exigidos – porser uma «tradição» pas-sada de geração em ge-ração, assim proporcio-nando às comunidades lo-cais um «sentimento de

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Arte Chocalheira 3

identidade e continuidadehistórica» e perceber aarte como uma «herançacultural colectiva», por seencontrar em «perigo imi-nente» de extinção, comuma produção limitada a«menos de dez locais»,porque o Plano de Sal-vaguarda proposto «res-

ponde às ameaças iden-tificadas», pois concebemedidas a tomar em co-laboração com as comu-nidades e instituições en-volvidas, e porque cumpreo requisito de serem umelemento catalogado.O comité da UNESCOconvida Portugal a garan-

tir a continuidade dos sig-nificados culturais do fa-brico de chocalhos e a evi-tar consequências não de-sejadas, como seriam a daexcessiva exploração tu-rística. Ana Maria PaivaMorão

Jornada Internacional de Estudos Luso-Brasileiros

No dia 2 de Novembrode 2015, teve lugar a Se-gunda Jornada Interna-cional de Estudos Luso--Brasileiros na Universi-dade de Évora. Promo-vida pelo CLEPUL e peloCEL, a jornada foi organi-zada por Cristina Santose Odete Jubilado, com aparticipação de Maria deDeus Manso (Universi-dade de Évora), IsabelLousada (UniversidadeNova de Lisboa), Lucia-na Deplagne (Universi-dade Federal da Paraíba),Patrícia Sousa de Fa-ria (Universidade Fede-ral Fluminense), AdrianaMello Guimarães (Insti-tuto Politécnico de Porta-

legre), Maria Carlos Lino(CLEPUL), Alva Marti-nez (FLUL), Ângela Ma-ria Rodrigues Laguardia(UFMG), Beatriz Weigert(Universidade de Évorae CLEPUL), JacquelinePenjon (Sorbonne Nou-velle), a quem coube pro-ferir a conferência de en-cerramento.Os temas ligados a Por-tugal e Brasil viram bas-tante ampliados os hori-zontes compreendidos porestes dois países, tendoo leque de comunica-ções abrangido verdadei-ramente a multidiscipli-nariedade.As moderadoras CristinaSantos, Odete Jubilado,

Beatriz Weigert e VaniaChaves asseguraram otempo das intervenções,garantindo um amplo de-bate bastante profícuopara todos quantos acom-panharam a iniciativa.Resta aguardar o agenda-mento da terceira jornadajá por muitos esperada.Isabel Lousada

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4 Livros

MORÁN CABANAS, Maria Isabel; FRANCO, José Eduardo,É perigoso sintetizar a Idade Média. Literatura medieval e interfaceseuropeias na obra de Mário Martins, Lisboa, Esfera do Caos, 2015

ISBN: 978-989-680-161-8

O presente volume, in-titulado É perigoso sin-tetizar a Idade Média,debruça-se sobre os estu-dos do Padre Mário Mar-tins acentuando-lhe o pa-pel de desbravador emmuitos temas, sobretudoos relacionados à religiãoe à literatura medievalibérica. Destaca-se quea vasta produção do in-cansável pesquisador je-suíta se apresenta mar-cada pelo comparativismo,debruçando-se muitas ve-zes sobre o diálogo dostratados religiosos, dasnovelas cavaleirescas, daspoesias, do teatro, etc.,entre si, com outras mani-festações culturais do me-dievo e com os clássicosseus predecessores, bemcomo sobre as suas pro-jeções e perpetuações emvários tempos e lugares.Este aspecto é inclusivedocumentado ao final dovolume, através de umaseleta de ensaios do inte-lectual jesuíta. E a obrase encerra com algumasfoto-imagens, que a enri-quecem ainda mais.

Levado a termo por MariaIsabel Morán Cabanas eJosé Eduardo Franco, es-tes acentuam a importân-cia de tais estudos pa-ra uma história da cul-tura em Portugal. Epossuem a maior autori-dade para fazê-lo, dadoque José Eduardo Franco,da Universidade de Lis-boa, vem dedicando par-ticular atenção em suaspesquisas às ordens reli-giosas e muito especial-mente à dos jesuítas, so-bre a qual desenvolveu asua tese de doutoramentoe vem publicando várioslivros, dirigido projetos eorganizado congressos; oseu campo de interessemaior abrange também arevista Brotéria, sobre aqual publicou um livro eda qual Mário Martins foium dos mais constantescolaboradores. Maria Isa-bel Morán Cabanas, daUniversidade de Santiagode Compostela, apresentauma vasta produção, in-cluindo tese de doutora-mento, livros, artigos emperiódicos, participações

em eventos, etc., de estu-dos decorrentes das suaspesquisas sobre as lite-raturas medieval e renas-centista, tendo sobretudoem conta mitificações e fi-guras, assim como as re-lações ibéricas, nomeada-mente entre Galiza e Por-tugal, e a projeção de tex-tos medievais através detempos e lugares. [ex-certo da Apresentação deMaria do Amparo TavaresMaleval]

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Livros 5

Qualidade e caráter pre-cursor definem a vastaobra publicada por MárioMartins sobre a IdadeMédia em Portugal.Ainda hoje a consultados seus trabalhos se nosapresenta como incontor-nável perante qualqueraproximação à história

medieval das mentalida-des e da espiritualidade.M. I. Morán Cabanas eJ. E. Franco convidam oleitor a navegar com o in-signe jesuíta através dosséculos, partindo dos tex-tos que ele tanto estudoue que nos informam so-bre devoções e vivências

religiosas, heróis e faça-nhas cavaleirescas, mitosque se sobrepõem à rea-lidade e todo um leque decomportamentos huma-nos descritos na época,ora num registo sério orahumorístico. [texto dacontracapa]

SERRÃO, Vitor; FARINHA, Ana Maria, Arte por terras de Nun’Álvares.Pintores e obras dos séculos XVI a XVIII na Sertã

e em Proença-a-Nova, Lisboa, Theya, 2015ISBN: 978-989-8814-00-5

Este livro trata de patri-mónio em terras da Beiraprofunda onde a presençade património histórico--artístico relevante quasedeixou de fazer sentidonos nossos dias, o quenão significa que ele nãoexista: abundam, pelocontrário, peças de ine-gável qualidade. Acon-teceu que os saberesda História deram lu-gar a um esquecimentogeneralizado. Por outrolado, novos critérios depretenso enriquecimentoregional substituíram-seaos valores de avalia-ção estética das existên-cias. O resultado nãopodia deixar de ser outro:

menorizaram-se as obras,perdeu-se consciênciadesses valores e, mesmono campo do turismo cul-tural, esqueceram-se asprioridades de afirmaçãolocal inequívoca que opatrimónio histórico-ar-tístico lhe confere.[. . . ]Estamos numa regiãopontuada por um grandemonumento natural: ovale do Zêzere. Em seutorno conflui a vida ge-rada ao longo de gera-ções, a produção artís-tica, os trechos idílicos deexistências pacificadas,as belezas imensas dapaisagem inóspita (comono sítio lançado sobre os

cursos do rio Pêra e do rioZêzere, com a barragemdo Cabril na confluên-cia), a sublimidade dasvistas desafogadas, quequalificam a região sob oponto de vista patrimonial– artístico e ambiental –, convidando as pessoasque a desconhecem a umademorada visita. Por isso,trata-se neste livro decontribuir para uma ade-quada dinamização doturismo patrimonial. Nocampo da arte da pin-tura, chegaram-nos naregião formada por essesdois concelhos algumasdezenas importantes denúcleos imagéticos quesão, na sua maioria, to-

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talmente desconhecidosdos públicos e que re-clamam, sem dúvida, umestudo de conjunto emtermos de História daArte. Trata-se de pintu-ras maioritariamente dosséculos XVII e XVIII, exis-tindo embora ainda doséculo XV, e vários tes-temunhos quinhentistas.E que pinturas! Não seesperaria – tão pouco osautores deste livro o ima-ginavam, ao iniciarem aspesquisas que conduzi-ram a estes resultados –que a região da antigaCortiçada (que abarcavaa dos actuais concelhosda Sertã e de Proença--a-Nova, no distrito deCastelo Branco), e cujasbelezas naturais são co-nhecidas, fosse afinal tãorica, quantitativa e qua-litativamente, no campoartístico e, muito desig-nadamente, no domíniode pintura da Idade Mo-derna. . .Por isso, o acervo aquirevelado e estudado cons-titui, de certa forma, umasurpresa e vem colocara região em apreço noroteiro dos interessesturístico-patrimoniais donosso país – e espera-mos, sinceramente, queeste esforço resulte em

medidas positivas nessesentido, com a criação depólos museológicos locaise sensibilizando tutelase agentes culturais, pro-movendo rotas turísticase consolidando esferasalargadas de públicos.O que existe nesta re-gião em termos pictóricosé deveras importante eextravasa a mera dimen-são regional. Trata-sede um singular conjuntode pinturas, esculturas eourivesaria dos séculosXV, XVI, XVII e XVIII, dosperíodos do Gótico Final,do Renascimento, do Ma-neirismo, do Barroco, doRococó e do Neoclassi-cismo, que se descobrirame estudaram em templos,irmandades e antigosconventos dos concelhosda Sertã e de Proença--a-Nova, incluindo-se aí,naturalmente, terras comoCernache, Nesperal, sí-tio da Quinta das Águias,Passaria, Palhais, SantoAntónio do Marmeleiro,Mosteiro de Santiago,Várzea dos Cavaleiros,Santa Maria do Seixo,Roda de Santa Apoló-nia, Outeiro da Lagoae outros, naquele con-celho, e ainda Cardigosneste último e Amêndoae Carvoeiro, no conce-

lho de Mação. Comopeça de valia excepcional,destaca-se a localizadano decurso dos nossostrabalhos, meio esque-cida, numa dependênciada Santa Casa da Mi-sericórdia da Sertã: umsoberbo «primitivo por-tuguês» representandoa Imago Pietatis, aindade finais do século XV,com adições compositivasdo século XVI, que pelasua raridade mereceu serintervencionado e anali-sado no Laboratório deConservação e RestauroJosé de Figueiredo, emLisboa. [excerto da Apre-sentação de Vitor Serrãoe Ana Maria Farinha]

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JARDIM, Jacinto (coordenação); MOUTINHO, Andreia (ilustrações),Brincadores de Sonhos. Projeto Empreende 6-12 anos. Educar para o

Empreendedorismo e a Cidadania, Lisboa, Theya, 2015ISBN: 978-989-8814-22-7

A importância do empre-endedorismo é bastantenotória na sociedadeatual. Daí o imperativo deuma educação que esti-mule a inovação e a criati-vidade nas gerações maisjovens. Tendo isso emvista, apresentamos esteRoteiro Infanto-Juvenil,Brincadores de Sonhos,com dez soft skills queconstituem os pilares deuma cultura empreende-dora.Nesse sentido, o Pro-grama Brincadores deSonhos visa promover nascrianças e nos adolescen-tes, como o seu educando,as competências, as emo-ções e os valores do em-preendedorismo.Almejando promover umacultura empreendedora,este programa tem os se-guintes objetivos:1) Desenvolver o dina-mismo empreendedor nascrianças e nos jovens,através da tomada deconsciência da relevânciado empreendedorismo nasociedade atual.2) Promover as aptidões

que possibilitam a cria-ção e o desenvolvimentode atividades que, efe-tivamente, capacitam ascrianças e os jovens atornarem-se empreende-dores.3) Fomentar as compe-tências empreendedorascomo modo de realizaçãoe de satisfação pessoal,social e académica dascrianças e dos jovens, quese refletirão futuramentea nível profissional.4) Identificar os objeti-vos a atingir, as compe-tências a desenvolver eos resultados a alcançaratravés da educação parao empreendedorismo dascrianças e dos jovens.5) Fazer aumentar os ín-dices de motivação dascrianças e dos jovens paraa aprendizagem e a con-sequente melhoria no seurendimento escolar.6) Desenvolver uma cul-tura empreendedora, demodo a alavancar o cres-cimento integral e sus-tentável das crianças, dosjovens e da sociedade.Para conseguir estes ob-

jetivos, propõe-se a rea-lização de doze sessões,nas quais são desenvolvi-das múltiplas atividades,de modo a profundar oconhecimento e a experi-mentação de dez compe-tências de vida: compe-tências pessoais (autoco-nhecimento, autoestima eautorrealização), compe-tências sociais (empatia,assertividade e suportesocial), competências pro-fissionais (criatividade,cooperação e liderança)e a competência de re-siliência, que é o pontode chegada do desen-volvimento das aptidõesanteriormente referidas.

A finalidade a alcançarcom o Programa Brinca-dores de Sonhos é pro-

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mover uma cultura em-preendedora nas criançase nos jovens. Para queas ideias disseminadas, ossonhos identificados, asatitudes assumidas, os va-

lores interiorizados e asações concretizadas sejamexpressão da otimizaçãodos talentos individuais eda resposta às necessi-dades coletivas. [excerto

da Apresentação aos Pais,Professores, Educadores,Formadores e Animado-res, de Jacinto Jardim eRita Balsa Pinho]

CHAVES, Vania Pinheiro; MONTEIRO, Patrícia (organização),100 anos de Jorge Amado. O escritor, Portugal e o Neorrealismo,

Lisboa, IECCPMA, CLEPUL, 2015ISBN: 978-989-8814-02-9

O conjunto de ensaiosdeste livro tem uma ori-gem comum: o ColóquioInternacional 100 anos deJorge Amado. O escri-tor, Portugal e o Neorrea-lismo, realizado em Por-tugal, em novembro de2012. Concebida peloGrupo de Investigação 6do Centro de Literaturase Culturas Lusófonas eEuropeias (CLEPUL) daFaculdade de Letras daUniversidade de Lisboa,com o fito de participarnas celebrações do cen-tenário do escritor baia-no, a iniciativa foi reali-zada em conjunto com oMuseu do Neo-Realismo(Vila Franca de Xira), oCentro de Literatura Por-tuguesa (CLP) da Facul-dade de Letras da Uni-versidade de Coimbra e

o Centro de Investiga-ção Transdisciplinar Cul-tura, Espaço e Memória(CITCEM) da Faculdadede Letras da Universidadedo Porto.[. . . ]Nunca será demais recor-dar que Jorge Amado é,desde a sua aparição atéhoje, o escritor brasileiromais conhecido, editadoe lido em Portugal, bemcomo aquele que mais ve-zes visitou o país e oque mais amplas e profun-das ligações manteve comas suas gentes. Aindaque, durante a ditadurasalazarista, ele fosse um«escritor maldito» para asautoridades portuguesase as suas obras não pu-dessem ser vendidas emPortugal, elas foram li-das e divulgadas de forma

clandestina. Na décadade sessenta, a entradadiscreta e vigiada do es-critor baiano em Portugalfoi tolerada pelas autori-dades, mas, após o 25 deabril, ele pôde passar lon-gas temporadas no país.Dotado de imensa e per-manente capacidade dejuntar pessoas e de con-viver com elas, possuíatantos amigos portugue-ses que a sua listagem se-ria de difícil feitura. Entreeles, destacam-se os es-critores Ferreira de Cas-tro, Alves Redol, ÁlvaroSalema, Fernando Na-mora, David Mourão-Fer-reira, o historiador da li-teratura portuguesa LuísForjaz Trigueiros, o editorFrancisco Lyon de Castro,o banqueiro português re-sidente na Bahia Antônio

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Celestino, o administra-dor do Casino do EstorilNuno Lima de Carvalho, oceramista José Franco, opasteleiro Manuel Natá-rio, de Viana do Castelo,António dos Reis Vinagre,um dos chefes da porta-ria do Hotel Tivoli, Mimi,Glória e Amadora, as trêsproprietárias do Restau-rante Amadora, no ParqueMayer.Além disso, Jorge Amadocolecionou homenagens,prémios e honrarias, en-tre os quais se desta-cam o colar e medalhãode Grande Oficial da Or-dem de Santiago da Es-pada (1980) e o PrémioCamões (1994). São, to-davia, bem mais antigosos vínculos que ligam oautor de Cacau a Portu-gal. Na entrevista quedeu a Alice Raillard, JorgeAmado conta que, traba-lhando para a editora JoséOlympio de 1934 a 1937e podendo influenciar naescolha dos livros, «bri-gou muito pelo livro por-tuguês». Refere outros-sim que, pouco depois,quando dirigia a coleção«Romances do Povo» dasEdições Vitória, fez publi-car A lã e a neve, de Fer-reira de Castro. Sabe-

se também que, no finalda mesma década, ele jácostumava receber na suaresidência no Rio de Ja-neiro, dois dos seus maisantigos amigos portugue-ses: o pintor EduardoAnahory e Beatriz Costa.A importância que Por-tugal tinha para o es-critor e o homem JorgeAmado evidencia-se aindaem Navegação de Cabo-tagem, pois o seu livro dememórias está repleto depequenos fragmentos so-bre o país e os seus ha-bitantes. Nesses aponta-mentos são mencionadosacontecimentos importan-tes ou comezinhos da his-tória pessoal e profissio-nal do criador de Gabrie-la, bem como as suas re-lações afetivas, intelec-tuais, ideológicas e literá-rias com os portugueses ePortugal.Em contraste com a re-cepção quase imediata daobra amadiana em Portu-gal, a sua publicação foi,inicialmente, complicadae difícil. A editora Livrosdo Brasil, que comprara,em 1947, os direitos delançamento de alguns li-vros do nosso escritor, pu-blicou, em 1949, Terrasdo Sem Fim e Jubiabá,

mas só em 1970 conse-guiu lançar – num únicovolume – País do Carna-val, Cacau e Suor. Fran-cisco Lyon de Castro, di-retor da editora Europa--América, ousou retomarem 1958, a publicação daobra amadiana, ao lançarGabriela, Cravo e Canelae este ato de rebeldia oobrigou a travar longa eárdua batalha, que incluiuprisões, interrogatórios eprocessos.[. . . ]

Dessas e de outras ques-tões tratam os ensaios

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10 Livros

reunidos neste volume,nos quais fica patente queoutras aproximações po-dem ser estabelecidas en-tre as obras amadianas eas dos escritores neorrea-listas portugueses. E,o que é ainda mais im-portante, mostra-se aqui

que Jorge Amado produ-ziu obras que merecemser conhecidas e estuda-das. A celebração do seucentenário foi um estímulopara a realização dessastarefas, pois como muitobem lembra Luís Bueno,intenção social e preo-

cupação estética não seexcluem e Jorge Amadofoi sempre um escritorcom preocupações estéti-cas muito evidentes, tendorealizado constantes ex-periências formais. [ex-certo da Apresentação deVania Pinheiro Chaves]

CARVALHO, João Carlos (coordenação), A Peregrinação de FernãoMendes Pinto e a Perenidade da Literatura de Viagens,

Lisboa, IECCPMA, CLEPUL, 2015ISBN: 978-989-8814-20-3

A Peregrinação de FernãoMendes Pinto e a Pere-nidade da Literatura deViagens constituiu a te-mática geral do ColóquioInternacional realizado naUniversidade do Algarve(Campus de Gambelas –Faro), nos dias 9 e 10de Outubro de 2014, eorganizado por esta Uni-versidade em parceriacom o Centro de Literatu-ras e Culturas Lusófonase Europeias (CLEPUL),o Centro de Investigaçãoem Artes e Comunicação(CIAC), a partir do desa-fio lançado pela Associa-ção 8 Séculos da LínguaPortuguesa, cujas come-morações integraram esteevento. Assinalando os 4séculos da publicação da

Peregrinaçam de FernamMendez Pinto, a temá-tica incluiu não apenasas abordagens da obra doautor quinhentista por-tuguês, mas alargou-semesmo à abordagem dovasto e heteróclito corpusda chamada Literaturade Viagens de diferentesépocas e geografias, bemcomo ao tema da Viagemna Literatura. O volumeque agora se apresentaao Leitor reúne as versõesescritas das comunicaçõesapresentadas por docen-tes e investigadores dediversas Universidades,nacionais e estrangeiras,que se quiseram associara um evento amplamenteparticipado, e que agorasob a forma de livro se

oferece a um público inte-ressado nestas matérias.[texto da contracapa]

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Livros 11

RESSURREIÇÃO, J. Filipe, A Construção do Trágico em «A Sereia»de Camilo Castelo Branco, Lisboa, Rui Costa Pinto Edições, 2015

ISBN: 978-989-8325-52-5

Com este estudo, o ob-jectivo é contribuir parauma melhor compreensãoda mundividência camilia-na, através da análise daconstrução do trágico. Equando se conseguir com-preender essa visão domundo que Camilo plasmanas sua sobras, perce-beremos também melhora própria alma humanaquando cai em sofrimento.Camilo Castelo Branconão temeu criar nos seustextos uma visão do ser

humano como almas cujocorpo não é mais do queuma contingência inevitá-vel. Para conhecer osseus heróis é preciso pri-meiro compreender a di-mensão trágica da suaalma. Dimensão que Ca-milo soube pintar da me-lhor maneira com a suapena de profissional dasletras nesta construção eintensificação do trágicoem «A Sereia». [texto dacontracapa]

FREUDENTHAL, Aida; PANTOJA, Selma (coordenação da ediçãocrítica), Livro dos Baculamentos que os Sobas deste Reino de Angola

pagam a Sua Majestade (1630), Luanda, Ministério da Cultura,Arquivo Nacional de Angola, 2013

O Livro dos Baculamen-tos que trazemos a pú-blico resulta da pesquisaefectuada por duas inves-tigadoras, Selma Pantojae Aida Freudenthal, aquem agradecemos a per-tinência da mesma, poissabemos que há muitotrabalham as várias áreastemáticas da História deAngola, para as quais

recorrem com frequênciaaos documentos produzi-dos quer pelos agentes dacolonização, ou ainda pe-los próprios africanos. Apartir das primeiras rela-ções com os portuguesesque se foram pondo emcontacto com as chefiasdos estados africanos queo fenómeno da escrita sevulgarizou nestes terri-

tórios, razão porque te-mos hoje a possibilidadede apreender também osseus discursos.Para o caso vertente desteCódice, trata-se de um re-gisto que nos dá notíciade uma lista de sobas quedeclararam, estar ao ser-viço da Coroa portuguesa.Fizemos coincidir a edi-ção desta obra com as

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12 Livros

celebrações em torno dafigura emblemática dasoberana do Ndongo eda Matamba Njinga aMbande, que assinala em2013, os 350 anos da suamorte. [. . . ][. . . ] O Livro dos Bacula-mentos tem essa função,preenche esse lugar, eveio para confirmar dadosjá do conhecimento dospesquisadores e abrir al-gumas pistas para melhorentendimento das socie-dades mbundu na épocada chegada dos portugue-ses ao litoral angolano. OCódice é um manuscritoconhecido indirectamente,via citações ou fragmen-tos, pelos que se vêmdebruçando actualmentesobre a nossa Históriadessa época na região.O seu texto é, sem dúvidanenhuma, um testemunhode uma das facetas dapraxis política dos sobe-ranos e, principalmente,dos povos mbundu, alémde outras populações, quedesafiaram os desejos deconquista pelos recém--chegados europeus àsterras mbundu. Perante aameaça da presença dosportugueses à soberaniadas autoridades africa-nas locais e regionais,estas formularam as res-pectivas estratégias para

os confrontos que foramtendo lugar, o que deixaantever as suas possibili-dades nos posicionamen-tos assumidos perante talcontexto. Evidentemente,trata-se de um texto pro-duzido pelos invasores, osque chegaram com o fortedesejo de conquista. [. . . ]O texto central do Roldos Sobas (Livro dos Ba-culamentos) constitui-sena verdade num tratado,um acordo estabelecidoentre os sobas e as de-mais autoridades locaisda colónias de Angola,em que aqueles deveriampagar, dar, oferecer, obri-gatoriamente, na formade produtos, que lheseram muito caros; ou seja,era um acordo de mãoúnica. Enquanto as durasafirmações do tratado sereferem sobre o que, ecomo deveria, ser, «e parasempre foi assim», no fi-nal de cada acordo ossobas e as demais auto-ridades locais «assinam»com os seis kirimbos; noentanto, nas margens dosfólios, escrito de maneirarápida encontram-se ano-tações que informam queesses sobas não cum-priram/cumprem o queprometem no acordo. A-crescente-se que o li-vro dos Baculamentos foi

feito pela premente von-tade do rei portuguêsem querer saber afinalas razões, porque os va-lores de todas as taxasfixas cobradas aos sobrasnão chegavam até à suacorte. As contas não ba-tiam certo, os recursosvindos dos seus «súbdi-tos», da sua «Conquista»,não condiziam com o nú-mero de sobas listadopara o pagamento do ba-culamento. E no final dolivro o burocrata explicaao rei que os sobas estãosempre a rebelar-se, nãocumprem os acordos, asguerras desorientam tudo.[excerto da Apresentaçãode Rosa Cruz e Silva]

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Livros 13

CAPELO, Bernardette, Ce que mon coeur sait de la semence / O quemeu coração sabe da semente, Paris. Éditions Convivium Lusophone,

2014ISBN: 979-10-90153-27

«A voz é doce / como umperfume . . . » Estes versosdo poema n.o 27, aqui re-cuperados para introduzireste volume, que de ou-tras palavras afinal nãoprecisa, além das suaspróprias, servem para di-zer o que elas, as pala-vras, no seu nítido perfile em sua aguda textura,escondem e proclamam:a leveza, a transparência,a simplicidade – a magia– dum discurso que é aomesmo tempo observa-ção, reflexão, meditação,empenhamento, emoçãoe espanto. Ritmo, tam-bém. Também melodia.Deslumbramento, numapalavra.A proximidade destespoemas com o haiku nãovem tanto da forma pela

qual se apresentam, an-tes da voz, humilde ecristalina, que os per-corre e da reverberaçãodo olhar que mansamentepousa sobre as coisas, asmatiza e envolve de umhalo de imponderabili-dade e de mistério. Tantobasta para que a «hora»,a nossa, se incendeie eo cosmo se concentre so-bre a mesa. É lá que«a maré cresce» e so-pram os ventos que abremos caminhos do deserto.Porque é lá que o poe-ta habita, com a solidãopor companheira. Tantobasta, em suma, para queo perfume que percorreestas páginas transbordee se transforme em puraessência. Eis a morada dapoesia, o lugar do poeta.

[Prefácio de Albano Mar-tins]

Ceia de Natal do CLEPUL

Convidam-se os membros do CLEPUL e suas famílias para a ceia de Nataldo CLEPUL, no dia 22 de Dezembro, às 20 horas, no IGOT – Instituto deGeografia e Ordenamento do Território (Avenida Gama Pinto)

Edição: Ernesto Rodrigues, Luís Pinheiro

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14 Conferências

25 de NovembroFaculdade de Letras daUniversidade de Lisboa:Isabel Rocheta, «Trêscontos entre roubo e clep-tomania», no âmbito doCurso Livre Contos deTrês em TrêsFaculdade de Letras daUniversidade de Lisboa:Gonçalo Jorge e PedroTeixeira, «A Magia comoForma de Arte», na inicia-tiva GECAPA TALKSSala de Exposições daBiblioteca Central daUniversidade de Trás--os-Montes e Alto Douro:Miguel Real, «Luz e Lite-ratura: a primeira narra-tiva»FNAC Colombo: inter-venções de Joaquim Fer-nandes, Mário Vitor Bas-tos, Paulo Mendes Pinto,Renato Epifânio, Rui Oli-veira na iniciativa Aca-demia(s) em Interface:Diálogos e Colaborações| Instituições & etc., coor-denada por Annabela Ritae Pedro Saraiva

26 de NovembroBiblioteca Nacional dePortugal: Sofia A. Car-valho, «Almada Negrei-ros e Teixeira de Pas-coaes: o voo colossal dedois Infernos a arder»;Pedro Vistas, «A Hetero-

ortodoxia de Raul Leal»;Miguel Real, «A Geraçãode Orpheu na História doPensamento Português»,no Colóquio Orpheu Filo-sófico

27 de NovembroAuditório da UniversidadeFederal de Sergipe: Hyp-polyte Brice Sogbossi,«Antiafricanismo», no ICiclo de Debates sobreCulturas em Negativo

28 de NovembroBiblioteca Nacional dePortugal: Vanda Anastá-cio, «Bocage e o Teatrodo Século XVIII»; IsabelPinto, «Bocageana tea-tral: na diáspora dossentidos (1765-2015)», noâmbito do ciclo de con-ferências Da inquietudeà transgressão: eis Bo-cage. . . , coordenado porDaniel Pires

30 de NovembroAuditório do Templo daPoesia do Parque dosPoetas: Annabela Rita,«Fernando Pessoa e oCânone Português», inte-grada na iniciativa Fer-nando Pessoa e o Sonhodo Indizível. Conferência--recital pelo 80o Aniver-sário da morte de Fer-nando PessoaLivraria Ferin: Fernando

J. B. Martinho, Rita Patrí-cio e António Durães par-ticipam na iniciativa Pes-soa Revisited – 1935 |80 anos depois, promo-vida pela Associação Por-tuguesa de Escritores

2 de DezembroEscola Superior de Tec-nologias e Artes de Lis-boa: Erika Janunger,«Sensing Movements», noâmbito da iniciativa GE-CAPA TALKS

4 de DezembroSala do Senado (Campusda Penteada, UMa): IVEncontro do Clube de Lei-tura «Na Companhia dosEscritores», com a parti-cipação de Olinda Beja

9 de DezembroEspaço Arte Sénior (Av.Duque de Loulé, 33, Lis-boa): Teresa MartinsMarques, «O Milagre daEscrita segundo José Ro-drigues Miguéis»Faculdade de Letras daUniversidade de Lisboa:Augusto Moutinho Borgese Sara Gameiro Baptista,«Palácios, Urbanidade eComunidades: represen-tações de poder/do pri-vado ao público», e Au-gusto Moutinho Borgese Nadine Souto Oliveira,«Palácios em Portugal –

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Conferências 15

imagética social: susten-tabilidade/educação pa-trimonial», no âmbito doVI Colóquio InternacionalImagética Comunidade(s):representações e signifi-cados ontem e hoje

10 de DezembroBiblioteca Nacional dePortugal: Maria AdelinaAmorim, «Carta de umNegociante Anónimo: umretrato quase virgem doRio de Janeiro do Deza-nove»Centro Português paraRefugiados (Bobadela):Jornada de Reflexão Ovalor do Diálogo Inter--religioso, com a parti-cipação, entre outros, deJosé Eduardo Franco e dePaulo Mendes Pinto, noâmbito do Dia Municipaldo Diálogo Intercultu-ral, iniciativa promovidapela Câmara Municipalde LouresSociedade de Geogra-fia de Lisboa: Rui CostaPinto, «Documentos sol-tos inéditos sobre GagoCoutinho»Galeria Quadrum: AnitaMartins Moraes, «Repen-sando a mimesis: reali-

dade e discurso na tri-logia Os filhos de Prós-pero, de Ruy Duarte deCarvalho», no âmbito doColóquio Diálogos comRuy Duarte de Carvalho

11 de DezembroFaculdade de Letras daUniversidade de Lisboa:visionamento do docu-mentário O escritor pro-digioso (sobre Jorge deSena), que será comen-tado pela realizadora,Joana Pontes, e por Mar-garida Braga NevesGaleria Quadrum: AnaPaula Tavares, «‘Há coi-sas que se sabem muitoanteriormente’: a poesiae a prosa ou a geografiado afeto em Ruy Duartede Carvalho», no âmbitodo Colóquio Diálogos comRuy Duarte de CarvalhoCentro Cultural Francis-cano: José Eduardo Fran-co, «Portugal como Solu-ção», no âmbito do cicloPensar Portugal Atual

12 de DezembroPaços do Concelho (Ama-rante): sessão solene deentrega do Grande Pré-mio de Poesia Teixeirade Pascoaes, com de-

clamação de poesia porFernando SoaresCafé-Bar (Amarante):participação de Dirk Mi-chael Hennrich e Fabri-zio Boscaglia na TertúliaConversas com Pascoaes

14 de DezembroFaculdade de CiênciasSociais e Humanas: Ma-riagrazia Russo, «Dome-nico Fuciti (1623-1696)— um Jesuíta napolitanomissionário em terras doVietname — Uma leiturada inédita Relatione dellaMissione», no âmbito doColóquio Internacional ACompanhia de Jesus nasmissões da Cochinchina edo Tun Kim, em terras doVietname: séculos XVII eXVIII

15 de DezembroBiblioteca Nacional dePortugal: Viriato Soro-menho-Marques, «OMundo Europeu de Bo-cage: das Luzes à Revolu-ção Francesa», no âmbitodo ciclo de conferênciasDa inquietude à trans-gressão: eis Bocage. . . ,coordenado por DanielPires

COLÓQUIO

16 de Dezembro: Casa Fernando Pessoa: Colóquio Orpheu, e Agora?

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16 Lançamentos

Lançamentos

25 de NovembroFNAC Colombo: HistóriaProdigiosa de Portugal.Magias & Mistérios, deJoaquim Fernandes, apre-sentado por Paulo Men-des Pinto

26 de NovembroBiblioteca da ImprensaNacional: Bocage a Ima-gem e o Verbo, de DanielPires, apresentado peloautor1 de DezembroBiblioteca da ImprensaNacional: Crónica doConde Dom Pedro de Me-neses de Gomes Eanes deZurara, apresentado porJosé Eduardo Franco eÂngelo Correia

3 de DezembroFundação Calouste Gul-benkian: Arte por Terrasde Nun’Álvares. Pinto-res e obras dos séculosXVI a XVIII na Sertã e emProença-a-Nova, de VitorSerrão e Ana Maria Fari-nha, apresentado por RuiVieira Nery

6 de DezembroSeminário de Nossa Se-nhora de Fátima (Alfra-gide): Mística e Psica-nálise. Experiências doDesejo e do Amor Ab-soluto, de Eugénia Ma-galhães, apresentado porJosé Eduardo Franco, D.José Ornelas de Carva-lho, José Augusto Ramose Ana Teresa Penim

9 de DezembroLivraria Pó dos Livros: OTempo Exacto – AntologiaPessoa, de António Car-los Cortez, apresentadopor Rita Taborda Duartee com leituras do autor ede Luís Lucas

Casa da Comarca daSertã: Arte por Terrasde Nun’Álvares. Pinto-res e obras dos séculosXVI a XVIII na Sertã e emProença-a-Nova, de VitorSerrão e Ana Maria Fari-nha, apresentado por Vi-tor Serrão

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