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MARIA DE FÁTIMA FRAYHA DE SOUZA
CONSTRUÇÃO DA MONOGRAFIA
PASSO A PASSO
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Belém – Pará2003
1 – O QUE É MONOGRAFIA
Existem vários conceitos sobre o que é Monografia. alguns autores
genericamente chamam todos os trabalhos científicos de monografia. Na realidade diferem
uns dos outros pelo nível de aprofundamento da pesquisa, os objetivos do estudo, a
metodologia aplicada e a relação com a tese proposta.
Assim a formalização do trabalho científico é dividido em três tipos: Monografias –
normalmente utilizada para graduações e também adotada para pós-graduações de cursos
de especializações - as Dissertações são adotadas nos cursos de mestrado e as Teses para o
doutorado. Cada um destes trabalhos apresenta um nível de abrangência e complexidade
específicos de cada formação. Basicamente, os trabalhos científicos apresentam a mesma
estrutura (introdução, desenvolvimento e conclusão), diferenciando, nos objetivos,
profundidade, metodologia usada, defesa, etc.
A Monografia é um trabalho científico de menor potencial, o que lhe permite ser de
pequena extensão. Entretanto sua elaboração não é mera burocracia para a obtenção de
diploma, pois se trata de um trabalho científico, embasado nos métodos de pesquisa e que
possibilita contribuição pessoal a um determinado ramo da ciência.
Durante a redação de trabalhos acadêmicos-científicos, é visível a preocupação dos
alunos com elementos formais do trabalho, como extensão do texto, apresentação da
página, estruturação da matéria, anexos, citações, referências bibliográfica, notas, tabelas,
tipologia dos títulos, numeração das folhas e das seções. Assim, as presentes orientações
visam alivia-los dessa carga, liberando suas energias para o elemento substancial do
trabalho: o conteúdo.
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As orientações contidas neste trabalho se propõem a ser um guia prático e cômodo.
Derivam tanto das práticas vigentes nas universidades quanto das recomendações da ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas).
Na redação procurou-se evitar orientações não definidas pelas normas técnicas ou
fora dos usos e costumes comumente aceitos. Na apresentação física deste volume, buscou-
se seguir as normas técnicas em seus pormenores para que o leitor tivesse diante dos olhos
um modelo real de sua aplicação.
2. REDAÇÃO TÉCNICA DA MONOGRAFIA
A redação de um trabalho científico deve ser realizada após a fase da leitura, ou seja apos a
leitura interpretativa e o devido fichamento.
2.1. O QUE É TRABALHO ACADÊMICO-CIENTÍFICO:
a) Consiste basicamente no texto escrito, que deve ser fundamentado e bem
estruturado, e que consiga transmitir ao leitor as idéias e concepções do autor com
clareza, objetividade e concisão.
b) Deve ser apresentado com introdução, contextualização, desenvolvimento e
conclusão.
c) Deve se evitar a discussão de um determinado assunto em várias partes do
trabalho sem esgota-lo e sem a devida necessidade.
d) A obediência às regras gramaticais e ortográficas deve ser criteriosamente
obedecidas.
e) A redação, de preferência, deve ter o caráter impessoal (3a. pessoa) evitando-se a
primeira pessoa, principalmente a do singular, salvo em citações.
f) Deve-se evitar o uso da linguagem popular (coloquial) ou extravagante, bem
como as que atribuem referências grandiosas sem que possam ser aceitas ou
cientificamente comprovadas.
g) Deve-se ter a cautela de não efetuar ou sugerir conclusões durante o
desenvolvimento do texto, principalmente com opiniões próprias.
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h) A ambigüidade deve ser evitada com a utilização de termos que expressem clara
e objetivamente o que se pretende mostrar.
i) Os parágrafos devem ser simples e objetivos, evitando-se assim períodos longos.
2.2. ALGUMAS SUGESTÕES:
a) Leia e releia várias vezes o texto que você escreveu .
b) Coordene suas idéias como se estivesse contando um história. O seu texto deve ter
início (introdução), meio (desenvolvimento) e fim (conclusão).
c) Abstenha-se de opiniões particulares para ler o texto que produziu, o faça como se
fosse uma pessoa leiga no assunto. Este deve ser plenamente inteligível pelo
leitor.
d) Solicite a uma terceira pessoa, de bom conhecimento técnico ou nível escolar,
para ler e fazer críticas sobre o seu trabalho, pois a leitura demasiada de nossos
próprios trabalhos torna-nos cegos para determinados pontos.
e) Evite o abstrato, seja simples e direto na sua escrita.
f) Nunca, mas nunca mesmo, entregue o seu trabalho sem uma boa revisão
gramatical, ortográfica e metodológica.
3. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DE TRABALHOS ACADÊMICOSCIENTÍFICOS
Do ponto de vista da apresentação física, pode-se distinguir dois grupos de
elementos em monografias: há os elementos materiais do relatório, como extensão do
trabalho, formatação da página e apresentação do volume, e há os elementos formais, que
são as partes constitutivas – pré-texto, texto e pós-texto – e as partes integrantes como
citações, notas, tabelas, títulos e numeração de seções e de páginas.
3.1. ELEMENTOS MATERIAIS DE TRABALHOS
Elementos materiais de relatórios científicos são o tamanho do trabalho, a
formatação das páginas e a apresentação do volume.
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3.1.1. Tamanho do trabalho
Embora a extensão de um relatório varie muito, seja em razão da natureza da
matéria, seja em função do estilo do autor, alguns balizamentos para orientação podem ser
de valia:
a) Relatórios técnicos, comunicações e outros trabalhos desta natureza terão a
extensão compreendida na faixa de 2 800 a 4.000 palavras, vale dizer em torno
de 10 a 15 páginas.
b) Monografias, Trabalhos de Conclusão de Curso, estão em torno de 8.000 a
15.000 palavras, correspondendo a 30-50 páginas.
C) Dissertações de Mestrado se situarão na faixa de 20.000 a 30.000 palavras, o
que corresponde a 75-110 páginas.
d) Teses de Doutorado terão de 70.000 a 85000 palavras, isto é, se estenderão por
250 a 300 páginas.
3.1.2. Forma de apresentação da folha e disposição do texto:
- Usa-se papel branco, formato A4.
- Fonte: corpo 12 (Arial ou Times New Roman) e 10 para as citações em
destaque (com mais de 3 linhas) em forma de um parágrafo ou em notas de
rodapé.
- O espaço entre as linhas é duplo, exceto nas citações em destaque de
parágrafo, quando se usa espaço simples.
- Usa-se escrever em uma só face da folha.
- Os títulos dos textos como os subtítulos das seções, devem ser separados
do texto por um espaço duplo ou dois espaços simples.
- O parágrafo é iniciado no 8o. toque a partir da margem esquerda.
- O indicativo das seções, se for numerado, deverá ser alinhado à esquerda.
- Dimensões das margens:
a) Margem superior e margem esquerda: 3.0 cm
b) Margem inferior e margem direita: 2.0 cm
- Numeração das páginas:
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Passa-se a numera-las a partir da primeira folha da parte textual, que
corresponde a Introdução. Coloca-se a numeração à direita,, no canto
superior da página, em algarismos arábicos (2 cm da borda superior).
Havendo Anexos, deve-se numerar as folhas de maneira contínua.
- Apresentação do volume: as cópias de Monografias destinadas ao
Departamento, à Faculdade ou à Biblioteca, serão encadernadas com capa
dura.
3.2. – ELEMENTOS FORMAIS DE TRABALHOS
Os elementos formais de relatórios científicos são suas partes constitutivas, isto é, o
pré-texto, o texto e o pós-texto, e seus elementos integrantes, como citações, notas, tabelas,
títulos e a numeração das páginas e seções.
3.2.1. Elementos do pré-texto
- capa
- folha de rosto
- ficha catalográfica (verso da folha de rosto)
- errata (opcional)
- folha de aprovação
- epígrafe (opcional)
- dedicatória (opcional)
- agradecimentos (opcional),
- resumo na língua vernácula (obrigatório)
- resumo na língua estrangeira (obrigatório)
- sumário
- listas de ilustrações (se houver –figuras, tabelas e quadros)
- listas de abreviaturas, siglas e símbolos (opcional).
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3.2.1.1. Capa (segundo NBR 14724, 2002)
A capa constitui o invólucro do trabalho.
- Nome da Instituição Formadora ( no alto da página, centralizado,
caixa-alta, negrito)
- Título do trabalho, ao centro, todo em caixa-alta caixa-alta e negrito,
seguido do subtítulo, (se houver) em letras simples.
- Nome do autor
- Local (cidade) e data de impressão (na base da página centralizado)
CESUPA - CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO PARA
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA: uma nova pedagogia
Roberto Silva Rodrigues
Belém-Pará
Maio - 2003
FIGURA 1 - Capa
3.2.1.2. Folha de rosto
Como fonte principal de identificação de um trabalho, a folha de rosto deve
conter, pelo menos os seguintes elementos.
- Nome do autor do trabalho (no alto, ao centro, em negrito e caixa alta)
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- Título (em caixa alta, negrito e centralizado) seguido do subtítulo (se
houver), sem negrito e sem caixa-alta
- Referência sobre o trabalho
- Local e data de impressão.
CESUPA - CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO PARA ÁREA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA; uma nova pedagogia
Roberto Silva Rodrigues
Monografia apresentada à Coordenação do Curso de Bacharelado em Ciência da Computação, como requisito parcial a obtenção do título de Bacharel em Ciência da Computação, orientada pelo Prof. Ms. Pedro Santos.
Belém-Pará
Fev./2002
FIGURA 2 – Folha de Rosto
3.2.1.3. Ficha Catalográfica
Localizada no verso da página de rosto e na parte inferior da mesma. Deverá ser elaborada pelo profissional bibliotecário objetivando a padronização das entradas do autor e outras definições.
Vergara, Sylvia Constant Projetos e relatórios de pesquisa em administração / Sylvia Constant Vergara – São Paulo: Atlas, 1997.
Bibliografia
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1. ADMINISTRAÇÃO – Pesquisa – 2. Pesquisa - Metodologia 3. Redação de trabalhos de pesquisa FIGURA 3 – Ficha Catalográfica
3.2.1.4. Folha de Aprovação Deve conter o nome da Instituição e departamento - Nome do Curso - Título do trabalho - Nome do autor - Nome completo dos membros da banca examinadora. - Local para o registro de Nota/conceito - Data de aprovação.
CESUPA - CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO PARA ÁREA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA; uma nova pedagogia Roberto Silva Rodrigues
Banca Examinadora:_______________________________________________________________
Nota:____________Data:____/___/__
FIGURA 4 – Folha de Aprovação
3.2.1.5. Epígrafe
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Esta página é opcional, tendo uma citação de um pensamento que de certa forma, embasou ou inspirou o trabalho. Pode ocorrer também no início de cada capítulo.
“ Cada indivíduo é uma célula de um corpo maior: o corpo da humanidade. Os seres humanos são seres humanos, independentemente de raça, cor, religião ou nacionalidade. E, quando realmente nos entendermos, entenderemos de fato uns aos outros ”.
D. Trinidad Hunt
FIGURA 5 – Epígrafe
3.2.1.6. DedicatóriaPágina opcional, tendo um texto geralmente curto, no qual o autor presta alguma homenagem ou dedica o seu trabalho a alguém.
A Deus, fonte de toda criação Sustentação e domínio, o Alfa E o Omega.
Aos meus pais, cujo doce espírito Habita estas páginas e inspira a Linguagem do meu coração.
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FIGURA 6– Dedicatória
3.2.1.7. Agradecimentos Página opcional, podendo ser incluídas aqui referências a Instituições ou pessoas que subvencionaram o trabalho.
Meus agradecimentos especiais
Ao meu orientador, Professor
Daniel Santos. Foi seu especial
incentivo que me deu ânimo
para continuar este trabalho.
Aos professores do curso,
Pois os conhecimentos que me
transmitiram desempenharam
especial na minha formação.
A todos que contribuíram
Para a minha realização.
FIGURA 7 – Agradecimentos
3.2.1.8. ListasRol de elementos ilustrativos ou explicativos. Dependendo das características do documento podem ser incluídas as seguintes listas:
a. lista de ilustração: relação de tabelas, gráficos, fórmulas, lâminas, figuras (desenhos, mapas, gravuras, fotografias) na mesma ordem em que são citadas no texto, com indicação da página onde estão localizadas.
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b. Lista de abreviaturas e siglas: relação alfabética das abreviaturas e siglas utilizadas no texto, seguidas das palavras a que correspondem, escritas por extenso.
c. Lista de notações: relações de sinais convencionados, utilizados no texto, seguido dos respectivos significados.
3.2.1.9. Resumo
O resumo na língua vernácula é obrigatório. Trata-se de uma condensação do trabalho, enfatizando seus pontos principais. É informação para o leitor decidir se lhe convém ou não ler o trabalho todo. Deve ressaltar o objetivo, o resultado e as conclusões do trabalho, assim como o método e a técnica empregada em sua elaboração. O resumo deve ser composto de uma seqüência corrente de frases concisas e diretas. Pelas recomendações da ABNT, a extensão do resumo para monografia é de até 250 palavras. Deve ser escrito em um único parágrafo e deve ser digitado em espaços simples. A versão do resumo (língua inglesa - abstract; francês – résumé; e em espanhol – resumen). Este deve ser inserido logo após o resumo.
RESUMO
Este estudo apresenta de forma didática os principais problemas lingüísticos. Surgiu da necessidade de se descobrir falhas nos fundamentos elementares da comunicação. O objetivo principal é demonstrar a relação que se estabelece entre autor e revisor. A pesquisa teve como suporte obras literárias e entrevistas com os autores. Conclui-se que o ato de redigir passa pela necessidade de escrever e revisar sistematicamente o texto.
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FIGURA 8 - Resumo
3.2.1.10. Sumário
Consiste na enumeração dos capítulos do trabalho, na ordem em que aparecem no texto, com a página inicial de cada capítulo. Deve ser elaborado de acordo com a ABNT/NBR-6027. Os capítulos devem ser numerados em algarismos arábicos, a partir da Introdução até as Referências Bibliográficas. Havendo subdivisão nos capítulos, deve ser adotada a numeração progressiva, sempre em número arábico.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 01
CAPÍTULO 1 NÃO HÁ DOCÊNCIA SEM DISCÊNCIA 06
1.1.Ensinar exige pesquisa 11
CAPITULO 2 – ENSINAR É O CONHECIMENTO 18
CAPITULO 3 – RESULTADOS 25
3.1. Psicológicos 27
3.2. Pedagógicos 37
CAPITULO 4 - CONCLUSÃO 42
ANEXOS 45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 50
FIGURA 8 - Sumário Somente após o sumário é que vem o corpo do trabalho, composto pela introdução, desenvolvimento e conclusão. Após a conclusão, deverão vir as referências das obras consultadas e registradas em
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ordem alfabética por autor, obedecendo as normas da ABNT-NBR 6023, de agosto de 2002.
3.2.2. Elementos do texto
Os elementos textuais são, introdução, desenvolvimento e conclusão. Como todos os trabalhos científicos, a organização do texto deve obedecer a uma seqüência, ou seja, introdução, desenvolvimento e Conclusão, dividindo-se em capítulos conforme a natureza do assunto. Utiliza-se comumente a seguinte estrutura:
3.2.1.1. Introdução
A introdução é um indicador panorâmico do trabalho. É descrita pela ABNT (NBR,10.719/89, item 6.1.1) como:
“Primeira seção do texto e define brevemente os objetivos do trabalho e as razões de sua elaboração, bem como as relações existentes com outros trabalhos”.
Segundo descrição da ABNT, a introdução deve trazer os seguintes tópicos:1) Apresentação geral do assunto do trabalho.2) Definição sucinta e objetivo do tema abordado.3) Justificativa sobre a escolha do tema e os métodos
empregados.4) Delimitação precisa das fronteiras da pesquisa em relação
ao campo de estudo e períodos abrangidos.5) Esclarecimentos sobre o ponto de vista sob o qual o
assunto será tratado
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6) Relacionamento do trabalho com outros da mesma área.7) Objetivos e finalidades da pesquisa, com especificação dos
aspectos que serão ou não abordados.8) Peculiaridades, restrições e limitações, se as houver.9) Organização do trabalho.
A Introdução deve situar o leitor no contexto do tema pesquisado, colocando-o a par dos antecedentes, tendências, pontos críticos, preocupações, justificativas e razões do trabalho, para em seguida colocar a problematização da pesquisa ou perguntas a serem respondidas, assim como as possíveis contribuições esperadas do estudo e suas implicações.Apesar de figurar no início do trabalho, é a última parte a ser redigida em definitivo, visto constituir uma síntese de caráter didático das idéias e da matéria tratada.
3.2.2.2. Desenvolvimento
Normalmente é a parte mais importante e extensa do texto. O desenvolvimento é o cerne do trabalho e a razão de ser das demais partes, as quais existem em função dele. Aqui se concentra a base teórica da pesquisa, ou seja, suas fundamentações e exposições de idéias. A estrutura desta parte, em função da diversidade de natureza dos estudos, deve basear-se no bom senso do autor e/ou de seu orientador, devendo-se dividi-la em tantas seções e subseções quantas forem necessárias para o detalhamento do estudo realizado. Deve seguir uma seqüência lógica a ser apresentada de forma a facilitar o acompanhamento e o entendimento do leitor.
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Este é o momento do trabalho onde são analisadas e discutidas as informações publicadas sobre o tema. Compreende uma minuciosa busca da literatura que fundamenta teoricamente o objeto de investigação e que se relacionem com o problema investigado, devendo-se destacar as citações literais dos estudos realizados.
Nesta parte do trabalho se inclui o resultado, onde se ressaltam as evidências que esclareçam cada questão levantada através de análises quantitativas ou qualitativas das informações e dados obtidos, sempre relacionando esses resultados com os objetivos, questões e/ou hipóteses da pesquisa. Podem ser acompanhados por gráficos, tabelas, mapas, figuras. Os resultados da pesquisa são analisados e comparados com os já existentes sobre o assunto na literatura citada. Aqui são discutidas suas possíveis implicações significados e razões para concordância ou não com outros autores. A discussão deve fornecer elementos para a conclusão.
3.2.2.3.Conclusão
Procura evidenciar com clareza e objetividade as deduções tiradas dos resultados da pesquisa ou levantadas ao longo da discussão do assunto, devendo dar um fechamento ao trabalho. Deve reafirmar de maneira sintética a idéia principal e os pormenores mais importante. Deve ainda responder ao problema inicial e aos objetivos do estudo, apresentados na introdução. Ressalva as limitações do estudo, recomendando práticas para sua implementação e sugerindo outras pesquisas adicionais e complementares.
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3.2.3. Elementos do pós-texto Os principais elementos do pós-texto são anexos, apêndices, glossário e a referência bibliográfica.
a) Anexos e/ou ApêndicesSão partes extensivas ao texto. Têm a finalidade de complementar a argumentação principal, documentar, esclarecer, provar ou confirmar idéias expressas no texto, necessárias à maior compreensão do mesmo. O anexo é um documento que pode ou não ser do autor do estudo, que serve de fundamentação, comprovação ou ilustração do estudo. O apêndice é um documento autônomo do próprio autor que visa complementar a argumentação principal do estudo. Pode-se incluir como anexos: descrições, modelos de formulários, lei, decretos etc. “Os anexos devem ser identificados através de letras maiúsculas e consecutivas e seus respectivos títulos.“ (ABNT, NBR 10.719/89, item 7.1.5).
b) Glossário (opcional) Lista de palavras pouco conhecidas, de sentido obscuro ou de uso muito restrito acompanhadas de definição.
c) Referências Bibliográficas Compreendem um conjunto de elementos que permitem a identificação, no todo ou em parte, de documentos impressos ou registrados em diversos tipos de materiais. Entretanto não
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devem ser referenciadas fontes bibliográficas que não foram citadas no texto.
4. ELEMENTOS INTEGRANTES DE TRABALHOS
Integram ainda relatórios técnicos as citações, notas, tabelas, títulos e a numeração de seções e páginas.
4.1. CITAÇÕESÉ a menção no texto de uma informação colhida de outra fonte. Pode ser direta, indireta e citação de citação. a) Citação Direta
É a cópia exata ou transcrição literal de outro texto. O tamanho desta citação determina sua localização no texto.Até três linhas, a citação deve ser incorporada ao parágrafo, entre aspas duplas ou em itálico. A citação mais longa (com mais de 3 linhas) deve figurar abaixo do texto, em bloco recuado da margem lateral esquerda.
Exemplo:
Como nos ensina Paulo Freira (1997, p. 25), “numa perspectiva realmente
progressista, não se muda a ‘cara’ da escola por portarias. Não se decreta que, de hoje
em diante, a escola será competente, séria e alegre”.
Partilha-se das idéias de Paulo Freire, quando ele aponta a sua visão de escola:
“Uma escola democrática em que se pratique uma pedagogia da
pergunta, em que ensine e se aprenda com seriedade, mas em que a
seriedade jamais vire sisudez. Uma escola em que, ao se ensinar
necessariamente os conteúdos, se ensine também a pensar certo”.
(FREIRE, 1997, p. 24)
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Observe que as citações diretas no texto devem ser transcritas entre aspas ou destacadas em itálico, contendo identificação das fontes de onde foram extraídas, seja no texto, em nota de rodapé ou em listas no fim do texto, mas é importante que sejam fiéis. Os acréscimos, devem ser indicados [entre colchetes] e as supressões, por reticências entre parênteses (...). Pode-se transcrever dados obtidos através de canais informais, como comunicações pessoais, entrevistas, anotações de aulas ou qualquer discurso oral, como palestras, discursos, debates, entre outros. Nesse caso, escreve-se entre parênteses (informação verbal), ao final da sentença. Deve-se, no entanto, ter o cuidado de mencionar no rodapé os dados disponíveis.
Exemplo:
A Psicóloga Fátima Souza, durante sua palestra(1) disse que “hoje a tecnologia está invadindo as salas de aula e se constitui um valioso instrumento de mediação da aprendizagem” (informação verbal)._______________________(1) - Palestra proferida durante a Jornada de Educação, realizada pelo Centro Educacional Pequeno Polegar, em 10.11.2002.
Na citação direta, poderá ocorrer do autor ter grifado uma palavra ou expressão. Nesse caso, deve-se conservar o grifo, assinalando, contudo, ao final da sentença: (grifo do autor) usando parênteses.Exemplo:
Segundo Saviani (apud FERREIRA: AGUIAR, 2000, p.92), “existe muita imprecisão no emprego do termo sistema de ensino”. (grifo do autor).
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Da mesma forma, ao se desejar grifar um termo ou termos de um autor, emprega-se, ao final da frase, entre parênteses, a expressão: (grifo nosso).
b) Citação IndiretaSão citações nas quais o redator utiliza suas palavras, calcado, porém, nas idéias do autor (sua fonte). Vêm acompanhadas somente do sobrenome do autor, seguido do ano da obra, bem como, dispensa o uso de aspas duplas ou do itálico. Ocorre quando se reproduzem idéias e informações do documento, sem entretanto, reproduzir as próprias palavras do texto citado.
Exemplo:
Na Idade Média, as informações eram guardadas nos conventos, e era neles que se
reproduziam os manuscritos para serem distribuídos: como ainda não tinha sido divulgado
o processo de impressão, eram copiados à mão. (MOTA, 1998).
Pode-se simplificar a citação, mencionando-se apenas o número recebido pelo documento na listagem bibliográfica. Esse documento pressupõe que a listagem bibliográfica já possua numeração definitiva, uma vez que inserções posteriores exigem mudança em toda a numeração.
Exemplo:
CAMPOS (15) destacou, em estudo sobre o atendimento aos menores na cidade de São
Paulo, que as creches comunitárias expressam uma relação diferente dos orfanatos ...
c) Citação de Citação
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Menciona um documento ao qual não se teve acesso. Pode ser citado este tipo de citação só deve ser utilizado nos casos em que realmente não se teve acesso ao documento original.No texto deve ser indicado o sobrenome do(s) autor(es) do documento não consultado e da expressão apud e do sobrenome do(s) autor (es) da referência da fonte. Exemplo:
SANTOS apud CARVALHO (1999) chegou às mesmas conclusões ao desenvolver um
estudo sobre ...
O documento original não consultado também pode ser citado em nota de rodapé. Exemplo:
MARINHO1, apud MARCONI & LAKATOS (1982), apresenta a formulação do problema como uma fase de pesquisa, que, sendo bem delimitado, simplifica e facilita a maneira de conduzir a investigação.
________________________________(1) MARINHO, Pedro. A pesquisa em ciências humanas. Petrópolis: Vozes, 1980.
d) Documentos Anônimos, Documentos Considerados no Todo ou de Autoria Coletiva.
A citação deve ser feita com as primeiras palavras deste título, na forma como se apresentam na referencia bibliográfica. Se o título for muito longo ou tiver subtítulo, devem ser usadas reticências. Exemplo:
Título – De acordo com a ENCICLOPÉDIA DE TECNOLOGIA .... (1992)
Entidade – Conforme os dados ANUÁRIO ESTAT´STICO DO BRASIL (1998), a
população ....
e) Trabalhos não publicados
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Trabalhos não publicados e em fase de elaboração devem ser mencionados apenas em nota de rodapé.
4.2. APRESENTAÇÃO DE AUTORES NO TEXTO
Deve obedecer aos seguintes critérios:
a) Um autor - indicação do SOBRENOME do autor em maiúsculas, seguido da data.
MONTEIRO (1998) SUGERE que o registro dos dados seja ...
ou
Em pesquisa anterior MONTEIRO (1998) aconselha que os dados ...
b) Dois autores - indicação dos dois autores unidos pó “&” ou “;” acrescidos da data.
SANTOS & GUSMÃO (1999) informam .....
Ou
Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino (SANTOS & GUSMÃO, 1999)
...
c) Três ou mais autores – indicação do primeiro autor, seguido da expressão at al. acrescido da data. Exemplo:
CARVALHO et al. (1998) ou (CARVALHO et al., 1998)
4.3.SISTEMA DE CHAMADA PAR DE CITAÇÕES NO TEXTO.
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Para fazer chamadas de citações a ABNT (NBR 10520) admite dois sistemas: o sistema alfabético e o sistema numérico.
a) Sistema Alfabético (autor-data).
As citações devem ser indicadas pelo SOBRENOME do autor, seguido da data de publicação do trabalho. A lista final de referências bibliográficas deve ter arranjo alfabético. As citações de diversos documentos de um mesmo autor, publicados em um mesmo ano, são distinguidas pelo acréscimo de letras minúsculas do alfabeto após a data, e sem espacejamento.Quando houver coincidências de autores com o mesmo sobrenome e data, acrescentar as iniciais de seus prenomes.
b) Sistema Numérico
As citações dos documentos devem ser indicadas por chamadas numéricas colocadas méis entrelinha acima do texto. O nome do autor pode, em alguns casos, não ser mencionado. É citada apenas a idéia ou pensamento, seguido da indicação numérica da citação.
No sistema numérico, as citações têm numeração única e consecutiva, por artigo ou capítulo, evitando-se numerações por página. A indicação pode ser entre parênteses, entre colchetes ou em forma de índices colocados um pouco acima da linha após a pontuação que fecha a citação.
Uma vez adotado um sistema, ele deve ser utilizado consistentemente em todo o trabalho.
4.4. ALGUMAS RECOMENDAÇÕES SOBRE CITAÇÕES
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a) Quando houver necessidade de suprimir parte de uma citação, no início ou no final do trecho, usam-se reticências nesses locais; quando se suprimirem partes intermediárias, usam-se reticências entre parênteses. Quando há necessidade de acréscimo dentro da citação, faz-se o acréscimo dentro de colchetes.
b) Quando se tratar de citação de textos de língua estrangeira, duas opções se apresentam: transcrever a citação na língua original, traduzindo-a em nota de rodapé ou traduzir diretamente no texto e indicar, em nota de rodapé, a língua do documento original.
c) Quando o texto original foi traduzido pelo autor ou quando alterações foram introduzidas no texto original (como grifar palavras para destacar alguma passagem), a alteração do original deve ser indicada entre parênteses por uma das expressões: tradução do autor, grifo nosso.
d) A citação de dados obtidos por informação oral (palestras, debates, comunicações, aulas, seminários etc) é indicada pela expressão “comunicação pessoal” ou “informação verbal” entre parênteses e, em nota de rodapé fornecer os dados disponíveis da fonte.
e) Erros gráficos ou de outra natureza, constantes no texto original,
devem ser reproduzidos e deverão ser indicados pela expressão latina (sic) que significa que assim estava no original.
f) Quando se tratar de documentos sem data, citar a expressão s.d., entre parênteses – (s.d) . Da mesma forma, quando for uma
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publicação independente, sem editora, citar a expressão s/Ed., entre colchetes – (s/Ed.).
g) Para a citação de vários trabalhos de um mesmo autor, escritos em anos diferentes, usam-se letras minúsculas acompanhando a data para diferenciar as obras.
h) É muito comum o uso de termos e expressões latinas, embora as mesmas devam ser evitadas, uma vez que dificultam a leitura. Em alguns casos é preferível repetir quantas vezes forem necessárias as indicações bibliográficas. Entretanto, se optar por utiliza-las, faça corretamente.A primeira citação de uma obra deve ter anotada no corpo do trabalho sua referência completa (sobrenome do autor, ano de publicação da obra e número da página). As citações subseqüentes, porém, poderão vir substituídas por expressões latinas.
a) ibidem ou ibid – na mesma obrab) idem ou id - do mesmo autorc) opus citatum ou op.cit. – na obra citadad) Loc. Cit – no lugar citadoe) Et seq. – seguinte ou que se seguef) Passim – aqui e ali; em vários trechos ou passagensg) Cf. – confirah) Apud – citado por; conforme; segundoi) Sic – assim está no original
OBSERVAÇÕES: 1. Segundo a ABNT, as expressões latinas
mencionadas devem ser utilizadas somente em notas. A expressão apud é a única que também pode ser usada no texto. (NBR 10520, agosto de 2002).
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2. Caso a fonte não contenha um dos elementos essenciais da referência, serão utilizados colchetes com as seguintes informações:
a) sem data [s.d.];b) sem editora [s.ed.];c) sem local [s.l.] (sine loco).
4.5. NOTAS DE RODAPÉ As notas de rodapé destinam-se a prestar esclarecimentos ou tecer considerações que não devam ser incluídas no texto para não interromper a seqüência lógica da leitura. Estas notas devem ser reduzido ao mínimo e situa-se em local tão próximo quanto possível do texto. São colocadas no pé da página, separadas no texto por uma linha de aproximadamente 1/3 da largura útil da página, a partir da margem esquerda. Quando se utiliza a nota de rodapé no texto, insere-se um número de chamada. Esta numeração obedece à numeração seqüencialmente lançada, toda vez que um autor for citado. Para fazer a chamada das notas de rodapé, usam-se algarismos arábicos, na entrelinha superior sem parênteses, com numeração consecutiva para cada capítulo ou parte, evitando-se recomeçar a numeração a cada página.
5. APRESENTAÇÃO DE ILUSTRAÇÕES
5.1. FIGURASSão desenhos gráficos, fotografias, fotomicrografias, etc., com
26
os respectivos títulos precedidos da palavra FIGURA e do número de ordem em algarismo arábico. No texto devem ser indicados pela abreviatura Fig., acompanhada do número de ordem.
5.2. QUADROSÉ a apresentação de dados de forma organizada, para cuja compreensão não será necessária qualquer elaboração matemático-estatística. A identificação se fará com o nome do elemento QUADRO, seguido do número de ordem em algarismo romano.
5.3. TABELAS São conjunto de dados estatísticos, associados a um fenômeno dispostos numa ordem de classificação.
Os seis mandamentos das tabelas são:1. Toda tabela deve ter um título que descreva o conteúdo das
linhas e das colunas2. Toda tabela deve informar a fonte3. Toda tabela deve ser datada4. Tabelas são numeradas seqüencialmente com algarismos
arábicos5. Tabelas não são delimitadas (fechadas) por trações verticais
nos extremos laterais à esquerda e à direita (ABNT, NBR 6822).
6. Quando não for possível dispor a tabela na posição normal de leitura, ela deverá ser apresentada de forma que a rotação do volume se efetue no sentido dos ponteiros do relógio. (ABNT, NBR 10719).
5.4. GRÁFICOS
27
Depois de sintetizados em tabelas, os dados podem ser apresentados em gráficos, com a finalidade de proporcionar ao interessado uma visão rápida do comportamento do fenômeno. Serve para representar qualquer tabela de maneira simples, legível e interessante, tornando claro os fatos que poderiam passar despercebidos em dados apenas tabulados.
6. TÍTULOS E NUMERAÇÕES
6.1. TÍTULOSOs títulos devem ser impressos de forma a sobressair à hierarquia utilizada nas subdivisões. Exemplo:
Seções primárias : 2. CAIXA ALTA NEGRITOSeções secundárias: 2.1. CAIXA ALTA NORMALSeções terciárias : 2.1.1 – Caixa alta baixa itálico negritoSeções quaternárias:2.1.1.1 – Caixa alta baixa itálico normal
6.2 NUMERAÇÃO DE PÁGINAS E SEÇÕESNa numeração das seções (capítulos, itens, subitens, etc) devem ser utilizados algarismos arábicos (ABNT, NBR 6024).As páginas devem ser numeradas seqüencialmente por algarismos arábicos, começando pela introdução, após o sumário, continuando até o fim do relatório. Os números das páginas devem ser colocados no canto superiores direito da página sem traços, pontos ou parênteses. A numeração das páginas que antecedem o texto (a partir da folha de rosto) é opcional. Caso seja numerado utilizar algarismos romanos representados por letras minúsculas, no centro da parte inferior do página.
7. REFERÊNCIAS FINAIS (ABNT-NBR 6023 -revisada em agosto/2002)
7.1. O QUE É UMA REFERÊNCIA?
28
É o conjunto de elementos que permite a identificação, no todo ou em parte, impressos ou registrados em diversos tipos de material (NBR 6023).
7.2. QUANDO SE UTILIZA UMA REFERÊNCIA?Após a elaboração de qualquer trabalho de pesquisa, deve-se indicar todas as fontes efetivamente. Relacionam-se as referências bibliográficas em lista própria, ordenadas alfabeticamente pelo sobrenome do autor da obra. Esta lista vai ao final do trabalho. Quando necessário são relacionadas duas listas, uma das obras referenciadas com o nome de “Referência Bibliográfica” e outra relacionada às obras quer foram apenas consultadas, que é a “Bibliografia Consultada”.
7.3. COMO SE CONSTRÓI UMA REFERÊNCIA?Geralmente, inicia-se a entrada pelo último sobrenome do autor,seguidos dos prenomes, da mesma forma como consta do documento. Quando não houver autoria, inicia-se pelo título. O título deve ser destacado em negrito, itálico ou sublinhado.
7.3.1. Livrosa) Referência para livro
SOBRENOME DO AUTOR, Nome. Título do livro: subtítulo. Edição. Local de
Publicação (cidade): Editora, ano. nº. de páginas.
Exemplo: SCHAFF, Adam. História e verdade. 2a. edição. São Paulo: Ed.
Martins Fontes, 1992. 93 p.
b) Capítulo (ou parte) de livro AUTOR DO CAPÍTULO. Título do capítulo. In: AUTOR DO LIVRO. Título.
Edição. Local de Publicação (cidade): Editora, ano. Capítulo. Página inicial-
final do capítulo.
29
Exemplo: WOOD, E. Planejamento estratégico e o processo de marketing. In:
SILVEIRA, Antonio. Marketing e serviços de informação. Brasília:
IBICT, 1987. p. 65-82.
7.3.2. Periódicos
a) Periódicos (revistas) consideradas no todo. TÍTULO DO PERIÓDICO. Local de publicação (cidade): Editora, volume,
Número, mês, ano.
Exemplo: CIÊNCIA HOJE. São Paulo: Sociedade Brasileira para o Progresso
da Ciência. V. 27, n. 160, jun. 2000.
b) Artigos de periódicos (revistas) AUTOR. Título do artigo. Título do periódico. Local de publicação
(cidade): número do fascículo. Páginas inicial-final, mês, ano.
Exemplo: DAL PINO, Elizabete Gouveia. As fornalhas do universo.
Ciência Hoje. São Paulo: v.27, n. 160, 2001
7.3.3.Artigos de Jornal
AUTOR. Título do artigo. Título do Jornal. Local, dia, mês, ano. Número ou
título do caderno, suplemento. Páginas inicial-final.
Exemplo: AZEVEDO, D. O. O presidente convida igrejas cristãs para um
diálogo sobre o pacto. Folha de São Paulo, 22 out. 1999. Caderno
economia. p. 13.
7.3.4.Documentos de eventos (congressos, seminários e encontros)
AUTOR DO TRABALHO APRESENTADO. Título do trabalho. In: NOME
DO EVENTO. número, data, Local: Editora, data. Páginas inicial-final.
30
Exemplo: BRAYNER, A R.; MEDEIROS, C. B.Incorporação do tempo em
SEBD orientado a objetos. ENCONTRO BRASILEIRO DE
BANCO DE DADOS, 9., 1994, São Paulo. Anais... São Paulo:
USP, 1994, p. 16-24.
7.3.5. Teses /Dissertação/Monografia
SOBRENOME, Nome. Título: subtítulo. Data. Volume ou páginas. Tese ou
Dissertação (grau de concentração) Unidade de ensino ou nome da escola,
Instituição, local.
Exemplo: BARCELOS, M.P.F. Ensaio tecnológico, bioquímico e sensorial
e soja e guandu enlatados no espaço de maturação de colheita.
1998. 160 f. Tese (Doutorado em Nutrição) – Faculdade de
Engenharia. Universidade Estadual de Campinas, Campinas.
7.3.6. Legislação – Documentos Jurídicosa) Constituição Federal
Jurisdição; título grifado; local da publicação; gráfica onde a obra foi
impressa; ano de publicação.
Exemplo:
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do
Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.
b) Emenda Constitucional
Nome do país, estado ou município. Nome do Ministério ou Secretaria. Título
(especificando a legislação, dia, mês e ano da assinatura ou promulgação)
Título do jornal ou da coletânea, local, número do fascículo, página, dia, mês,
ano da população. Seção ou parte.
Exemplo:
BRASIL, Medida provisória n. 1.569-9, de 11 de dezembro de 1997.
Estabelece multa em importação, e dá outras providências. Diário Oficial (da)
31
República Federativa do Brasil. Poder Executivo, 14 de dez. 1997. seção 1, p.
29514.
7.3.7. MapasENTIDADE. ou SOBRENOME, Nome do autor ou responsável. Título.
Local. Editora. Data. Material, detalhes físicos como cor, dimensões, escala.
Exemplo:
SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Economia e Planejamento. Instituto
Geográfico e Cartografia. Governo do Estado de São Paulo: IEC, 1990, 1
mapa, color., 70cm X98cm. Escala 1:500.000.
7.3.8. Enciclopédia e dicionáriosNOME DA ENCICLOPÉDIA. Local de publicação: Editora, data. Vol. Ou
páginas.
Exemplo: ENCICLOPÉDIA Delta. Rio de Janeiro: Delta, 1985. v.5.
AZEVEDO, Domingos. Grande Dicionário Português/Francês. 9a. ed. Lisboa:
Bertrand, 1989. v.2.
7.3.9. Documentos TraduzidosExemplo: SHELDON, Sidney. Um estranho no espelho. Tradução por Ana
Maria Deiró. São Paulo: Círculo do Livro, 1981. 296 p. Original em
Inglês.
a) Tradução com base em outra tradução:
Exemplo: SAADI. O jardim de rosas. Tradução de Aurélio Buarque de
Holanda. Rio de janeiro: Ed. J. Olympio, 1974. 124 p. Versão
francesa de Franz Touissant. Original Árabe.
7.3.10. Autor Repetido O nome do autor de várias obras referenciadas sucessivamente deve ser
substituído, nas referências seguintes à primeira, por um travessão.
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Exemplo: FREYRE, Gilberto. Casa Grande e Senzala. Rio de janeiro: J.
Olympio, 1963. 2 v.
_______________. Sobrados e mocambos. São Paulo: Nacional, 1963.
Se de um mesmo autor forem citadas duas obras editadas no mesmo ano, deve-se
acrescentar, após o ano de publicação, a letra “a” ou “b” para identificar qual a
publicação mais antiga (b) e qual a mais recente (a).
Exemplo:
PICHON-RIVIERE, E. O processo grupal. São Paulo: Edd Martins Fontes, 1989a
__________________ . Teoria do vínculo. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 1989b
7.3.11. Documentos Eletrônicos disponíveis na Internet
a) Trabalho individual com indicação de autoria
WALKER, Janice R. Style citations of eletronic sources [ online] Jan. 1995
Revisado em abr. 1995. Disponível http://www.cas.ufs.edu.english/walker/html
[capturado em 4 set 1998].
b) Sem indicação de autoria
PREFACE to representative poetry on-line: version 2.0 [online]. 1996. Disponivel:
http://library.untoronto.ca/www/rp/intro.html [capturado 17 Jan. 1998]
c) Autor Corporativo UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ. Centro de Processamento de Dados [online].
1999. Disponível: http://cpd.ufpa.br [capturado em 2 mar 1999]
d) Parte de um trabalho SILVA, R.N. Os limites pedagógicos dos paradigmas da educação. In: Congresso de
Iniciação Científica da UFPE, 4, 1999. Recife. Anais eletrônicos...[online], Recife,
1999. Disponível: http://www.propesq.ufpe.br/anais.htm [capturado 21 jan 1999]
33
e) Artigo de revista com indicação de autoria TAVARES, J.F. Procuratura da Infância e da Juventude. Datavene @ [online] João
Pessoa N.4, fev. 1998. Disponível: http://www.cgnet.com.br/datavene@/tavares.html
[cap. 3 mar 1998]
f) Sem indicação de autoria MULTIMÍDIA para iniciantes. PC Word [online], São Paulo: fev. 1998. Disponível:
http://www.idg.com.br/pcworld/56multm.htm [capturado 2 mar 1998]
g) Mensagem pessoal (e-mail) MORAFF, Steve ([email protected]) re: Jongg CD. E-mail para MENDES, M.T.
([email protected]) [mensagem capturada em 8 já. 1998]
Obs: A Abreviatura “RE” (replay) que precede a indicação do assunto da mensagem, significa tratar-se de mensagem resposta.
h)Documentos eletrônicos disponíveis em CD-ROM BRASIL Colônia. In: HISTÒRIA do Brasil ATR [CD-ROM]. Rio de Janeiro: ART
Multimídia, 1997. 21 f. [capturado em 12 set 1997]
JORGE Amado [CD-ROM]: vida e obra. Versão 1.0. Concepções, pesquisa projeto e
coordenação de mídias e direitos autorais: CAMM – Consultores associados & Multimídia.
Rio de janeiro: MI-Montreal Informática. Equipamento mínimo PC 386 DX40 : 4 Mb RAM
: Monitor SVGA, 256 cores ; WINDOWS 3.1. Drive CD-ROM; Kit multimídia ; placa de
som com 2 caixas de som amplificadas.
8. MAPA – MONOGRAFIA
OBJETIVO Orientar na elaboração da monografia
INTRODUÇÃOA elaboração de todo trabalho de natureza teórica, científica ou filosófica, exige organização prévia e metodologia de execução.
34
CONCEITOA palavra monografia vem do grego monos = um e, graphein = escrever. Significa, portanto, escrever um só assunto. Considera-se monografia, a redação de um tema único. É um tipo especial de trabalho científico e específico, isto é, reduz abordagem a um único assunto ou problema.
CARACTERISTICAS- escolha do tema- delimitação do tema- profundidade do tratamento- metodologia específica
FINALIDADE- transmitir uma mensagem- comunicar o resultado de uma pesquisa ou
reflexão demonstrar uma posição a respeito do tema-problema
FASES PRELIMINARES
1. Escolha do tema Afinidade – problematização – delimitação
2. Levantamento BibliográficoBibliotecas, resumos, fichários, informática, etc
3. Leitura e documentaçãoLeitura do material levantado, registro da leitura (resumo, resenha)
4. Formulação do problema: bem delimitado – clareza – objetividade – ter relevância1. Introdução
- apresentação conceitual do tema, esclarecimento de o assunto enfatizar a situação-problema- discorrer sobre as idéias que levaram ao desenvolvimento do assunto- objetivos e (relevância) justificativa devem ser
comentados - -explicitar o(s) enfoque(s) teóricos que
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ELABORAÇÃO
fundamentam o estudo - indicação da metodologia utilizada
- apresentar a estrutura do trabalho
2. Desenvolvimento- Desenvolvimento do tema proposto,
fundamentações e exposições de idéias;- Expõe o sentido do tema, descrevendo e
analisando fatos- Argumenta o tema, fundamentando-o através de
explicações de outros autores;- Discute os argumentos apresentados, interpreta
as demonstrações- Deve apresentar raciocínio lógico, coerente,
ordenado evidenciado.
3. Conclusão- Relação entre objetivos propostos e conclusão- Resposta ao problema levantado- Manifestações do ponto de vista do autor sobre os
resultados- Reflexão pessoal sobre a importância do estudo- Recomendações, sugestões pertinentes, etc
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA
Seguir as orientações da ABNT NBR 6023
COMENTÁRIOS
É preciso saber como escrever, usando adequadamente a linguagem.
- fazer um plano de trabalho;- escrever de maneira impessoal, utilizando a
terceira pessoa do singular ou a primeira do
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plural;- evitar estilo empolado, usando a palavra mais
simples;- escrever com substantivos e verbos, usando
adjetivos somente quando forem necessários;- usar frases curtas, sendo simples e direto;- observar os tempos de verbo;- observar a pontuação;- não descrever o óbvio (explique o que você fez de
inovador);- ler e reler o que escreveu. Reescrever, sempre
que necessário;- é fundamental citar os autores que serviram de
base ao desenvolvimento do estudo. Um trabalho sem citação é um texto pobre.
9. OUTROS TIPOS DE TRABALHOS ACADÊMICOS
DOCUMENTO CARACTERIZAÇÃO
ArtigoTexto com autoria declarada que representa e discute idéias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento, destinado à divulgação através de periódicos.
Artigo CientíficoTrata de determinado assunto resultante de pesquisa científica, destinado à divulgação, através de uma publicação científica, sujeita à sua aceitação por julgamento (referee).
Informe Científico Pequeno texto elaborado para divulgar os resultados parciais ou totais de uma pesquisa em congressos e
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reuniões científicas. Resenha É uma comunicação de pequeno porte relatando o
resultado da avaliação sobre uma publicação (livro, revista ou parte destes). Consiste na leitura, estudo, crítica e na formulação de um conceito de valor sobre o trabalho que está sendo analisado.
Trabalho didático Pequenos textos exigidos nos cursos de graduação, sobre estudos realizados pelos alunos, com o objetivo de induzir e fixar o aprendizado.
PaperPequeno artigo, elaborado sobre determinado assunto, porém menos aprofundado. Expõe idéias e opiniões sem necessariamente ter base em pesquisa empírica.
Relatório técnico-científico
Documento que relata formalmente os resultados ou progressos obtidos em investigação de pesquisa e desenvolvimento, ou que descreve a situação de uma questão técnica ou científica.
10. REFERÊNCIAS
ALVES, Magda. Como escrever Teses e Monografias. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 2003.
MARTINS, Gilberto de Andrade. Manual para elaboração de monografias e dissertações. São Paulo: Atlas, 1999.
SANTOS, Izequias E. Textos Selecionados de Métodos e Técnicas de Pesquisa Científica. 2a. ed. Rio de Janeiro: Ed. Impetus, 2000.
SOUZA, M. Fátima Frayha. Metodologia do Estudo: apreensão, construção e transmissão do conhecimento. Belém: [s/Ed], 2001.
38
VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. São Paulo: Atlas, 1977.
VIEGAS, Waldir. Orientação aos alunos na redação e apresentação de monografias, teses e dissertações. Brasília: UNB, 1997.
[email protected] [obtido em fev./2002]
www.ABNT.com.br [capturado em 07 fev.2002]
39