c 5-37 - minas e armadilhas

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Edição 2000 C 5-37 MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO Manual de Campanha MINAS E ARMADILHAS

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  • 2 Edio2000

    C 5-37

    MINISTRIO DA DEFESA

    EXRCITO BRASILEIRO

    ESTADO-MAIOR DO EXRCITO

    Manual de Campanha

    MINAS E ARMADILHAS

  • MINISTRIO DA DEFESA

    EXRCITO BRASILEIRO

    ESTADO-MAIOR DO EXRCITO

    Manual de Campanha

    MINAS E ARMADILHAS

    2 Edio2000

    C 5-37

    CARGA

    EM.................

    Preo: R$

  • PORTARIA N 004-EME, DE 07 DE JANEIRO DE 2000

    Aprova o Manual de Campanha C 5-37 - Minase Armadilhas, 2 Edio, 2000.

    O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXRCITO, no uso da atribuioque lhe confere o artigo 91 das IG 10-42 - INSTRUES GERAIS PARACORRESPONDNCIA, PUBLICAES E ATOS NORMATIVOS NO MINIS-TRIO DO EXRCITO, aprovadas pela Portaria Ministerial N 433, de 24 deagosto de 1994, resolve:

    Art. 1 Aprovar o Manual de Campanha C 5-37 - MINAS E ARMADI-LHAS, 2 Edio, 2000, que com esta baixa.

    Art. 2 Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de suapublicao.

    Art. 3 Revogar as Instrues Provisrias IP 5-31 - MINAS TERRES-TRES E ARMADILHAS (1 e 2 Partes), 1 Edio, 1973, aprovado pela portariaN 149-EME, de 29 de agosto de 1973 e a MODIFICAO das IP 5-31 - MINASTERRESTRES E ARMADILHAS - 1 Parte (M1), aprovado pela portaria N 030-EME, de 29 de abril de 1980.

  • NOTA

    Solicita-se aos usurios deste manual a apresentao de sugestesque tenham por objetivo aperfeio-lo ou que se destinem supresso deeventuais incorrees.

    As observaes apresentadas, mencionando a pgina, o pargrafoe a linha do texto a que se referem, devem conter comentrios apropriadospara seu entendimento ou sua justificao.

    A correspondncia deve ser enviada diretamente ao EME, deacordo com o artigo 78 das IG 10-42 - INSTRUES GERAIS PARACORRESPONDNCIA, PUBLICAES E ATOS NORMATIVOS NOMINISTRIO DO EXRCITO, utilizando-se a carta-resposta constante dofinal desta publicao.

  • NDICE DOS ASSUNTOS

    Prf Pag

    CAPTULO 1 - GENERALIDADES

    ARTIGO I - Introduo ........................................... 1-1 e 1-2 1-1

    ARTIGO II - Histrico ............................................. 1-3 a 1-5 1-2

    ARTIGO III - Consideraes Gerais .......................... 1-6 1-4

    CAPTULO 2 - MINAS

    ARTIGO I - Tipos de Minas .................................... 2-1 a 2-10 2-1

    ARTIGO II - Manejo das Minas ............................... 2-11 a 2-13 2-8

    ARTIGO III - Manuseio de Minas .............................. 2-14 2-13

    ARTIGO IV - Armazenamento e Conservao de Minas . 2-15 2-14

    ARTIGO V - Suprimento e Transporte ..................... 2-16 a 2-18 2-15

    ARTIGO VI - Diversos ............................................. 2-19 2-16

    CAPTULO 3 - CAMPOS DE MINAS

    ARTIGO I - Princpios Gerais ................................. 3-1 a 3-4 3-1

    ARTIGO II - Tipos de Campos de Minas .................. 3-5 a 3-8 3-4

    ARTIGO III - Classificao dos Campos de Minas ..... 3-9 a 3-15 3-5

    ARTIGO IV - Emprego de Campos de Minas nas Ope-raes Defensivas ............................... 3-16 3-8

  • Prf Pag

    ARTIGO V - Emprego de Campos de Minas nas Ope-raes Ofensivas ................................. 3-17 a 3-20 3-10

    ARTIGO VI - Obstculos Base de Minas ................ 3-21 e 3-22 3-13

    ARTIGO II - A Guerra com Minas em Regies comCaractersticas Especiais ..................... 3-23 a 3-25 3-15

    CAPTULO 4 - LANAMENTO DE CAMPOS DE MINAS

    ARTIGO I - Generalidades ..................................... 4-1 a 4-6 4-1

    ARTIGO II - Campos de Minas Padro .................... 4-7 a 4-11 4-4

    ARTIGO III - Ativao de Minas ............................... 4-12 a 4-19 4-15

    ARTIGO IV - Campos de Minas no Padronizados .... 4-20 a 4-22 4-34

    ARTIGO V - Campos de Minas Lanados por MeiosMecnicos ........................................... 4-23 a 4-28 4-36

    CAPTULO 5 - ABERTURA DE PASSAGENS E LIMPEZA DE MINAS

    ARTIGO I - Consideraes Gerais .......................... 5-1 a 5-3 5-1

    ARTIGO II - Deteco de Minas .............................. 5-4 a 5-5 5-5

    ARTIGO III - Neutralizao de Minas ........................ 5-6 a 5-8 5-9

    ARTIGO IV - Transposio de Campos de Minas Ini-migos .................................................. 5-9 a 5-20 5-11

    ARTIGO V - Destruio de Minas ............................ 5-21 5-33

    CAPTULO 6 - LIMPEZA DE REAS MINADAS EM AES HUMANIT-RIAS E/OU DE OPERAES DA PAZ

    ARTIGO I - Limpeza de reas Minadas em Opera-es de Foras de Paz ......................... 6-1 a 6-11 6-1

    CAPTULO 7 - RELATRIOS E REGISTROS DE CAMPOS DE MINAS EARMADILHAS

    ARTIGO I - Consideraes Gerais .......................... 7-1 e 7-2 7-1

    ARTIGO II - Nossos Campos de Minas .................... 7-3 a 7-9 7-2

    ARTIGO III - Campo de Minas Inimigos .................... 7-10 e 7-11 7-12

  • Prf Pag

    CAPTULO 8 - ARMADILHAS

    ARTIGO I - Consideraes Bsicas ........................ 8-1 a 8-5 8-1

    ARTIGO II - Acionadores para Armadilhas ............... 8-6 a 8-11 8-9

    ARTIGO III - Armadilhas Padronizadas .................... 8-12 e 8-13 8-21

    CAPTULO 9 - EMPREGO DAS ARMADILHAS

    ARTIGO I - Consideraes Gerais .......................... 9-1 a 9-7 9-1

    ARTIGO II - Lanamento de Armadilhas .................. 9-8 a 9-13 9-7

    ARTIGO III - Limpeza de rea Armadilhada ............. 9-14 a 9-20 9-27

    ARTIGO IV - Outras Armadilhas ............................... 9-21 9-34

    CAPTULO 10 - DEFINIES BSICAS - GLOSSRIO 10-1

    ANEXO A - PROTOCOLOS INTERNACIONAIS ..... A-1 a A-4 A-1

    ANEXO B - PRINCIPAIS TIPOS DE MINAS ........... B-1

    ANEXO C - EQUIPAMENTOS PARA LANAMEN-TOS DE MINAS .................................. C-1 a C-20 C-1

    ANEXO D - EQUIPAMENTOS PARA DETECO EREMOO DE MINAS ........................ D-1 a D-18 D-1

  • 1-1

    C 5-37

    CAPTULO 1

    GENERALIDADES

    ARTIGO I

    INTRODUO

    1-1. FINALIDADE

    Este manual tem por finalidade fornecer uma compilao de processos,tcnicas e expedientes referentes s normas e ttica da guerra terrestre comminas e armadilhas.

    1-2. OBJETIVOS

    a. Apresentar o relato sucinto da histria da guerra com minas e arma-dilhas.

    b. Apresentar as restries ao emprego de minas e armadilhas impostaspor protocolos internacionais que o BRASIL signatrio.

    c. Descrever os princpios que regem o seu emprego e a doutrinareferente ao estabelecimento, lanamento, abertura de passagens, limpeza econfeco de relatrios dos campos de minas e reas minadas ou armadilhadas.

    d. Relatar procedimentos diversos, tais como manuseio, processos dearmazenamento, suprimento e destruio de minas, armadilhas e acionadores.

    e. Apresentar os equipamentos e materiais utilizados nos trabalhos comminas e armadilhas.

  • C 5-37

    1-2

    ARTIGO II

    HISTRICO

    1-3. ORIGEM

    a. Originalmente, a guerra com minas consistiu na escavao de tneissob as posies inimigas e no emprego de explosivos para destruir posies queno poderiam ser conquistadas por outro processo.

    b. Conquanto importantes operaes de guerra com minas tenham sidorealizadas atravs de toda a histria militar, a guerra com minas, como aconhecemos hoje, apresentou-se com importncia, pela primeira vez, na 1Batalha de YPRES, durante a 1 Guerra Mundial. Nessa ocasio os exrcitosalemo e britnico estavam num impasse, com as linhas de batalha imveis.Para resolver essa situao, os alemes usaram o velho processo de minar,que, como no passado, consistia na escavao de tneis e colocao degrandes cargas diretamente sob as linhas britnicas. Antes do ataque, as cargaseram detonadas. O sucesso dessa operao acarretou a sua adoo por ambosos adversrios.

    c. At surgirem os carros de combate, durante a ltima parte da 1 GuerraMundial, a escavao de tneis era a principal forma de emprego das minasterrestres.

    1-4. EVOLUO

    a. Minas terrestres construdas com granadas de artilharia foram usadascomo defesa inicial contra os carros de combate.

    b. Mais tarde os alemes empregaram uma carga que era acionadaeletricamente de um posto de observao (PO) distante.

    c. Os aliados passaram a empregar uma carga que detonava quando umcarro passava sobre ela. Esse dispositivo foi o antecessor das minas anticarro(AC) de hoje.

    d. Emprego na 2 Guerra Mundial(1) As minas foram usadas na EUROPA, desde o comeo da guerra,

    mas o verdadeiro valor e importncia da guerra com minas s se tornouconhecido durante a campanha do deserto, no norte da FRICA. Em ELALAMEIN as foras alems foram mantidas a distncia por meio de campos deminas extensos e estrategicamente colocados. O primeiro grande encontro dosamericanos com campos de minas extensos foi na Batalha da TUNSIA.

    (2) Na Campanha da ITLIA, houve um emprego intenso de minasantipessoal (AP).

    (3) Na Campanha da EUROPA, vrios tipos de minas foram emprega-dos em grande quantidade.

    1-3/1-4

  • 1-3

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    (4) Na Campanha do PACFICO, as minas terrestres representaramum papel secundrio.

    e. Emprego aps a 2 Guerra Mundial(1) Durante a Guerra do VIETN, as minas colocadas ao redor das

    bases de apoio de fogo e acampamentos provaram ser fatais para os atacantes.Nas reas mais abertas o agravamento de obstculos no terreno, por meio deminas, foi imprescindvel para restringir e fixar o inimigo. Dentro das ngremesselvas montanhosas, bem como nos arrozais e altos capinzais, o caminhar eralento, fatigante e perigoso, pois 11% das mortes em combate foram resultadodo emprego de armadilhas.

    (2) Na Guerra do GOLFO, houve um emprego macio de minas naslinhas de defesa iraquianas, mas por no se encontrarem, em muitos casos,batidas por fogos, as tropas aliadas tiveram relativa facilidade em ultrapas-s-las. As tropas da coalizo receberam treinamentos especficos para localizare destruir as minas iraquianas. O conhecimento prvio dos tipos de minasempregadas facilitou o trabalho das equipes de remoo.

    f. Situao das minas no mundo(1) As minas terrestres tornaram-se um elemento essencial em confli-

    tos de todos os tipos, desde a insurgncia nacional at as grandes confronta-es entre pases.

    (2) O baixo custo, sua vida til quase infinita e a economia de mo-de-obra explicam porque houve grande incremento do uso de minas terrestres noscampos de batalha.

    (3) A extenso do problema da utilizao de minas terrestres maisgrave nos pases em que as minas afetam a populao civil, impedindo oudificultando a livre circulao e os trabalhos agrcolas. Mesmo depois decessadas as hostilidades, as minas terrestres continuam a causar constantesacidentes, geralmente com mutilaes ou mortes. Os custos de remoo soextremamente elevados.

    1-5. PROTOCOLOS INTERNACIONAIS

    O BRASIL como Pas Membro acordou protocolos e/ou convenesinternacionais, j ratificados pelo Congresso Nacional, que implicam em sriasrestries ao emprego das minas, no mbito da CONVENO SOBREPROIBIES OU RESTRIES AO EMPREGO DE CERTAS ARMAS CON-VENCIONAIS QUE PODEM SER CONSIDERADAS EXCESSIVAMENTELESIVAS OU GERADORAS DE EFEITOS INDISCRIMINADOS.O Anexo Aapresenta um extrato dos principais documentos, que devem ser do conheci-mento de todos os profissionais que tratam com minas e armadilhas.

    1-4/1-5

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    1-4

    ARTIGO III

    CONSIDERAES GERAIS

    1-6. DEFINIES BSICAS

    a. Mina terrestre - uma carga explosiva com invlucro, dotada de umdispositivo acionador (ou mais de um), destinada a ser acionada por viatura oupessoal.

    b. Dispositivo de Segurana e Alarme(1) Visando preservar a doutrina de emprego de minas sero empre-

    gados os Dispositivos de Segurana e Alarme (DSA) com o objetivo desubstituir as minas antipessoal de fragmentao ou explosivas, sem causar osefeitos mutilatrios desses artefatos.

    (2) So dispositivos mecnicos, eletrnicos, pirotcnicos que median-te efeito acstico ou visual, alertam sobre a violao dos campo de minas, atentativa de remoo de minas ou a abertura de trilhas e brechas. Tem tambmcomo finalidade preservar no combatente o reflexo de buscar as minasantipessoal, eventualmente lanadas pelo inimigo.

    c. Minas - O termo genrico MINAS quando empregado isoladamenteenquadra as minas AC, os dispositivos de segurana e alarme e/ou as minasAP.

    d. Cadeia de acionamento - A cadeia de acionamento de uma mina ouarmadilha possui cinco elementos bsicos: carga principal, carga secundria,espoleta, acionador e ao de iniciao (Fig 1-1).

    1-6

  • 1-5

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    Fig 1-1. Cadeia de Acionamento

    CARROS DE COMBATEVIATURAS OU PES-SOAL PROVOCAM A

    AO DEINICIAO

    SOBRE OACIONADOR

    A AO SOBRE O ACIONADOR PRODUZ CHAMAOU CONCUSSO

    A CHAMA OU CONCUSSOSOBRE A

    ESPOLETA

    PRODUZ UMA PEQUENACONCUSSO

    A PEQUENA CONCUSSOSOBRE A CARGA SECUNDRIA

    PODE NO SER NECESSRIA

    PRODUZ UMAFORTE CONCUSSO

    A FORTE CONCUSSOSOBRE A

    CARGA PRINCIPAL PRODUZ A EXPLOSODA MINA

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    1-6

    f. Carga principal - formada por um explosivo relativamente insens-vel, colocado em torno da carga secundria ou da espoleta e que acionadopor uma destas.

    g. Carga secundria - formada por um explosivo menos sensvel,porm mais poderoso que o da espoleta. uma carga intermediria que podeno existir em algumas minas.

    h. Espoleta - constituda de um explosivo altamente sensvel que serdetonado pela chama ou concusso do acionador.

    i. Ao de iniciao - toda ao exterior (viatura ou pessoal) queagindo sobre o acionador dar incio cadeia de acionamento. Pode ser doseguinte modo:

    (1) presso sobre o acionador (Fig 1-2);(2) trao em arame de tropeo ligado ao acionador (Fig 1-3);(3) liberao (Fig 1-4);(4) mecanismo de retardo (Fig 1-5);(5) descompresso (Fig 1-6);(6) ondas eletromagnticas (Fig 1-7);(7) clulas fotoeltricas ou feixes de raios (Fig 1-8); e(8) ondas sonoras ou vibrao (Fig 1-9).

    Fig 1-2. Presso sobre o acionador

    1-6

    CARGA PRINCIPAL INVLUCRO

    ACIONADORESPOLETA

  • 1-7

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    Fig 1-3. Trao em arame de tropeo ligado ao acionador

    TRAO NO ARAME DE TRO-PEO LIBERA O PERCUSSOR

    O PERCUSSOR IMPULSIONADOPELA MOLA FERE A ESPOLETADE PERCUSSO

    A PERCUSSO SOBRE A ES-POLETA A FAZ EXPLODIR

    A ESPOLETA ACIONA ACARGA PRINCIPAL

  • C 5-37

    1-8

    Fig 1-4. Liberao

    Fig 1-5. Mecanismo de retardo

    O CORTE OU A RUPTURA DOARAME LIBERA O PERCUSSOR

    O PERCUSSOR IMPULSIONADOPELA MOLA FERE A ESPOLETA

    DE PERCUSSO

    A PERCUSSO SOBRE AESPOLETA A FAZ EXPLODIR

    A ESPOLETA ACIONAA CARGA

  • 1-9

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    Fig 1-6. Descompresso

    Fig 1-7. Ondas eletromagnticas

    UM SOLDADO APANHA UMA LEMBRANA(BINCULO) COLOCADA SOBRE SOBREO ACIONADOR

    COM A RETIRADA DO BINCULO, A MOLAIMPULSIONA O PERCUSSOR QUE FERE AESPLETA

    A PERCUSSO SOBRE A ESPOLETA AFAZ EXPLODIR

    A ESPOLETA ACIONA A CARGA

    ANTENA

    RECEPTOR DE RDIO

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    1-10

    Fig 1-8. Clulas fotoeltricas ou feixes de raios

    Fig 1-9. Ondas sonoras ou vibrao

    BATRIACARGA

    MOTOR

    MINA

    ONDAS SONORAS

    CLULAFOTO-ELTRICA

  • 1-11

    C 5-37

    j. Acionador - o dispositivo que, sob a ao de iniciao, far explodira carga. A ao de iniciao produz chama ou concusso no acionador. Estepode funcionar de uma das seguintes maneiras:

    (1) uma espoleta de percusso no interior do acionador acionada porum percussor liberado mecanicamente (Fig 1-10);

    (2) substncias existentes no interior do acionador so inflamadas porfrico (Fig 1-11);

    (3) uma pequena ampola de cido quebrada. O cido misturando-secom outros produtos qumicos provoca uma exploso (Fig 1-12);

    (4) o fechamento de um circuito aciona uma espoleta eltrica. A cor-rente pode ser fornecida por uma bateria que faz parte do dispositivo (Fig 1-13);

    (5) todos os acionadores acima referidos podem ser combinados comqualquer das aes de iniciao j referidas.

    Fig 1-10. Uma espoleta de percusso no interior do acionador acionada porum percussor liberado mecanicamente

    1-6

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    1-12

    Fig 1-11. Substncias existentes no interior do acionador so inflamadas porfrico

    Fig 1-12. Uma pequena ampola de cido quebrada. O cido misturando-secom outros produtos qumicos provoca uma exploso

  • 1-13

    C 5-37

    Fig 1-13. O fechamento de um circuito aciona uma espoleta eltrica. A correntepode ser fornecida por uma bateria que faz parte do dispositivo

    CORRENTE ELTRICA

  • 2-1

    C 5-37

    CAPTULO 2

    MINAS

    ARTIGO I

    TIPOS DE MINAS

    2-1. MINAS ANTIPESSOAL (AP)

    So destinadas a produzir baixas em tropas a p. Seu objetivo principal mutilar e no matar. Embora o Exrcito Brasileiro em cumprimento aosprotocolos internacionais no empregue mais essas minas, deve conhecercada uma delas para continuar desenvolvendo as tcnicas de desminagem,mantendo suas tropas em condies de fazer frente a este tipo de artefato.Podem ser divididas em 4 (quatro) subgrupos.

    a. Minas Explosivas - A maioria delas acionada por presso, o seuefeito violento de sopro pode ferir seriamente os ps e pernas de uma pessoaque esteja sobre ela. As minas explosivas so normalmente enterradas.Algumas vezes elas so lanadas na superfcie, sendo normalmente de difcillocalizao. Minas explosivas AP normalmente requerem uma presso de 3(trs) a 5 (cinco) kg para seu acionamento. Portanto uma pequena criana podeacionar uma mina explosiva AP.

    b. Minas de Fragmentao - A maioria delas so acionadas por cordisde tropeo. As minas de fragmentao so normalmente localizadas acima dosolo, montadas sobre uma estaca feita de madeira ou liga de ferro. Quando umapessoa tropea no arame (cordo) a mina detona arremessando fragmentosmetlicos letais em todas as direes ao seu redor.

  • C 5-37

    2-2

    Fig 2-1. Mina antipessoal de fragmentao

    c. Minas de Fragmentao com Salto - Podem ser acionadas porpresso ou por cordo de tropeo (trao). Minas de salto so normalmenteenterradas com uma pequena parte do detonador exposto. Quando o arame detropeo acionado ela salta acima do solo a uma altura aproximada de 1 a 1,5 me detona espargindo fragmentos letais em todas as direes.

    Fig 2-2. Mina antipessoal de fragmentao com salto

    d. Minas de Fragmentao Direcional - Podem ser acionadas eletrica-mente ou por cordo de tropeo. A mina normalmente instalada sobre o solo(na superfcie) e pode tambm ser colocada suspensa sobre as rvores.Quando o arame ou cordo tracionado a mina detona espargindo centenas defragmentos letais numa nica direo com um efeito de tiro letal.

    2-1

  • 2-3

    C 5-37

    Fig 2-3. Mina antipessoal de fragmentao direcional

    2-2. MINAS ANTICARRO (AC)

    So destinadas a tornar indisponvel ou destruir veculos e tm um efeitoletal sobre os seus ocupantes. As minas AC podem ser divididas em doissubgrupos:

    a. Minas Explosivas - So normalmente acionadas por presso, reque-rendo em torno de 150 a 200 Kg de presso para seu acionamento. Elas so,normalmente, enterradas com inteno de, por intermdio do efeito do explo-sivo, tornar indisponvel um veculo, com a quebra de sua esteira ou o estourodos seus pneus. O efeito sobre os veculos de pouca resistncia e de rodas mximo. A grande quantidade de altos explosivos usados nas minas AC (5 a20 Kg) visa destruir completamente carros e caminhes.

    2-1/2-2

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    2-4

    Fig 2-4. Mina anticarro explosiva

    b. Minas de Penetrao - So minas que contm uma carga especial-mente concebida destinada a penetrar blindagem de um carro de combate.O efeito explosivo provoca um furo atravs da blindagem e os gases quentese venenosos resultantes, somados fragmentao, matam a guarnio docarro. Minas de penetrao AC so acionadas por uma variedade de mecanis-mos, tais como presso, eltrico, magntico, etc.

    Fig 2-5. Mina anticarro de penetrao

    2-2

  • 2-5

    C 5-37

    2-3. MINA ANTIANFBIO

    a mina usada para destruir embarcaes e para dificultar o desembar-que de uma fora inimiga. Engloba tanto as minas contra embarcaes dedesembarque como as lanadas na praia.

    Fig 2-6. Mina antianfbio

    2-4. MINA ANTIAEROTERRESTRE

    destinada a destruir aeronaves e a causar baixas ao pessoal por elastransportado. Pode utilizar acionadores de contato ou por influncia. Enqua-dram-se neste grupo as MINAS ANTI-HELICPTEROS.

    2-5. MINA FLUTUANTE DE CONTATO

    empregada para destruir pontes flutuantes e pilares das pontes fixas.Pode utilizar acionadores de inclinao, de presso ou de trao.

    2-3/2-5

    ANTENAS

    FORQUILHA DESEGURANA

    0,51 m

    0,27 m

  • C 5-37

    2-6

    Fig 2-7. Mina flutuante de contato

    2-6. MINA IMPROVISADA

    empregada quando as minas regulamentares so inadequadas, insu-ficientes ou no existem para uma determinada misso. Pode utilizar quaisquertipos de acionadores e explosivos, mesmo improvisados. (Fig 2-8)

    2-6

    NVEL DA GUA

    0,38 m 0,30 m

    0,4

    3 m

    2,0

    2 (A

    RM

    ADA)

  • 2-7

    C 5-37

    Fig 2-8. Mina improvisada

    2-7. MINA SIMULADA

    Pode ser usada em lugar das minas verdadeiras e instaladas em camposde minas verdadeiros com o intuito de retardar e confundir o inimigo.

    2-8. MINA DE EXERCCIO

    No contm carga explosiva, mas semelhante mina real. Pode serdotada de sistema que produz fumaa para simular o acionamento. (Fig 2-9)

    Fig 2-9. Mina de exerccio

    2-7/2-8

    CORDELDETONANTE ESTOPIM

    ESPOLETA

    BARRILCARGA

    CARLOGIVA

    CONCRETO CHEIO DEPREGOS, CRAVOS OUPEDAOS DE FERRO

    FENDAS

    FENDAS

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    2-8

    2-9. MINAS LANADAS POR DISPERSO (MLD)

    So minas desenvolvidas para serem lanadas por meio de: aeronaves,artilharia, veculos terrestres especiais, pacotes modulares, ou manualmente.Essas minas podem ser acionadas automaticamente, durante ou aps olanamento, normalmente possuem dispositivos de autodestruio,autoneutralizao e antimanipulao. Podem ser tambm designadas como:minas lanadas por meios mecnicos, minas lanadas a distncia, ou minasinteligentes.

    2-10. PRINCIPAIS MINAS

    O Anexo B - PRINCIPAIS MINAS - apresenta uma coletnea dasminas mais conhecidas e em uso por Foras Armadas de vrios pases.

    ARTIGO II

    MANEJO DAS MINAS

    2-11. TERMINOLOGIA DO MANEJO DAS MINAS

    a. Instalao do acionador - o ato de colocar o conjunto acionador eespoleta na mina. A mina com o acionador instalado pode ser manuseada comsegurana, desde que esteja com seus dispositivos prprios de segurana.(Fig 2-10)

    Fig 2-10. Instalao do acionador

    2-9/2-11

  • 2-9

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    b. Remoo do acionador - o inverso da instalao. Aps a remooda mina, a espoleta e o acionador devem ser acondicionados de tal maneira quehaja segurana no transporte e armazenamento. (Fig 2-11)

    Fig 2-11. Remoo do acionador

    c. Instalao de uma mina ou campo de mina - o mesmo quelanamento.

    d. Armar uma mina - a operao de remoo de todos os dispositivosde segurana, de modo que a mina fique pronta para funcionar. (Fig 2-12)

    Fig 2-12. Armar uma mina

    2-11

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    2-10

    e. Neutralizao - o processo de recolocar todos os dispositivos desegurana para que a mina no possa explodir acidentalmente. Para completaneutralizao tambm necessrio remover o acionador da mina. Esteprocesso s deve ser realizado utilizando-se os dispositivos originais da minaou acionador. Em caso de improvisaes, somente faz-lo em situaesextremamente graves, devido ao alto risco de exploso.

    f. Arame de tropeo ou trao - um cordel ou arame ligado aoacionador de uma mina ou de outra carga explosiva, e utilizado para fazerfuncionar o acionador.

    g. Mina ativada - a mina que possui um acionador secundrio queprovocar a detonao quando ela for deslocada. O dispositivo pode ser ligado prpria mina ou a outra carga explosiva debaixo ou ao lado da mesma.(Fig 2-13)

    Fig 2-13. Mina ativada

    h. Dispositivos de segurana - Existem praticamente em todas asminas e acionadores. So destinados a anular a ao de iniciao. (Fig 2-14)

    2-11

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    Fig 2-14. Dispositivo de segurana

    PARAFUSO PINO DE QUEBRAR

    C) PARAFUSO

    B) PINO

    ESPOLETA

    ESPOLETA

    PINO DE QUEBRAR PINO DESEGURANA

    A) CLIPE OU GRAMPO

    CORPO DOACIONADOR

    BARRETE DEPRESSO

    CLIPE DESEGURANA

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    2-12

    2-12. NEUTRALIZAO DE MINAS E ACIONADORES

    a. Interrupo da cadeia de acionamento - o processo de tornar umamina ou armadilha inofensiva. Isto feito ao se romper qualquer dos elos dacadeia, ou seja, separando dois de seus quaisquer elementos.

    b. Seqncia de neutralizao - Ainda que um campo de minas inimigopossa conter somente poucas minas ativadas, ao se fazer a limpeza, deve-seagir como se todas elas estivessem ativadas. A seqncia na neutralizaomanual de uma mina enterrada a seguinte:

    (1) sondar, cuidadosamente, para localizar a mina;(2) pesquisar, cuidadosamente, em torno e sob a mina, localizando e

    neutralizando todos os acionadores de ativao; e(3) neutralizar a mina, colocando os dispositivos de segurana do

    acionador principal. Algumas minas contm acionadores que no podem serimpedidos de funcionar de maneira alguma, mas como elas exigem mais de 100kg de presso para o seu acionamento, podem ser retiradas, transportadas paraum lugar seguro e, ento, destrudas.

    2-13. REMOO DAS MINAS

    a. As minas podem ser removidas com uma corda ou cabo de 50 metros.As minas ativadas normalmente detonam por esse processo, mas as noativadas nada sofrem. O soldado que as puxa deve estar numa posioprotegida que tenha sido inspecionada e limpa de minas. (Fig 2-15)

    Fig 2-15. Remoo de mina, utilizando uma corda

    b. As minas podem ser neutralizadas pela sua destruio no prprio local,com cargas colocadas mo. Elas devem ser colocadas prximas s minas aserem destrudas. As minas a serem destrudas no prprio local so marcadase deixadas at que todas as outras tenham sido arrancadas e removidas darea.

    2-12/2-13

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    c. Fateixas improvisadas so utilizadas para fazer funcionar as cargasligadas a arames de tropeo. A fateixa lanada por sobre o campo e depoispuxada de volta, acionando as cargas.

    d. Processos mecnicos e com explosivos foram desenvolvidos paraneutralizar as minas, explodindo-as. Tais dispositivos mecnicos e com explo-sivos incluem o escorpio, rolos compressores, torpedos bangalore, serpen-tes de destruio e outros conforme exemplos constantes do Anexo D -EQUIPAMENTOS PARA DETECO E REMOO DE MINAS.

    ARTIGO III

    MANUSEIO DE MINAS

    2-14. CUIDADOS ESPECIAIS

    a. As minas e acionadores devem ser protegidos contra choques, atmesmo aqueles sofridos pelas espoletas quando transportadas soltas e contraqualquer frico, ainda que leve, como o rolamento sobre uma mesa ouforamento em uma cavidade apertada ou obstruda.

    b. Devem ser protegidos tambm contra o calor, inclusive o decorrentede uma exposio demorada aos raios do sol.

    c. As minas e seus invlucros no devem sofrer quedas nem seremarrastadas.

    d. Jamais deve ser armada uma mina a uma distncia inferior a 30 m deum depsito de explosivos ou minas.

    e. Os orifcios para os acionadores e espoletas devem estar sempre bemdesobstrudos e livres de qualquer material estranho, o que deve ser cuidado-samente verificado antes da introduo das escorvas e acionadores.

    f. As minas devem ser protegidas da umidade, e as instaladas em terrenosmidos devero ser tornadas impermeveis gua, pelo tratamento das juntasdo invlucros com graxa, cera, cimento ou outro material de vedao.

    g. Os pinos, grampos e outros dispositivos de segurana so destinados proteo do pessoal que instala as minas. Devem ser conservados em suasposies, at o final do trabalho de lanamento e s ento sero retirados.Devero ser recolocados antes da remoo das minas.

    h. Nenhuma desmontagem de minas ou acionadores ser permitida,exceto as especificamente autorizadas.

    2-13/2-14

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    2-14

    ARTIGO IV

    ARMAZENAMENTO E CONSERVAO DE MINAS

    2-15. GENERALIDADES

    a. As minas devem ser armazenadas em edifcios isolados ou casamatasabandonadas, escolhidos para este fim. Quando no existirem depsitosespecialmente construdos com esse objetivo, os edifcios usados deverooferecer boa proteo contra o mofo e a umidade, ter ventilao adequada eestar sobre terreno drenado. No devem ser aquecidos por lareiras ou foges.

    b. As minas que tiverem de ser armazenadas ao ar livre devem sergrupadas em pequeno nmero e protegidas da umidade e do tempo por papelalcatroado ou toldo impermevel.

    c. Caixas, invlucros e outros recipientes para minas devem ser armaze-nados, depois de limpos e secos. Antes do armazenamento, os recipientesdanificados devem ser consertados ou substitudos a mais de 30 m dosdepsitos.

    d. Nenhum trapo com leo, tintas, essncias ou outro material inflamveldeve ser deixado no depsito.

    e. As minas devem ser separadas segundo os tipos e em pequenosgrupos, de modo que cada mina esteja arejada e acessvel para inspeo. Otopo das prateleiras deve ficar abaixo do plano do beiral do telhado para evitaro espao aquecido diretamente sob o telhado. A base das prateleiras deve ficaracima do piso, pelo menos cinco centmetros.

    f. Os depsitos ou os locais de armazenamento de minas ao ar livredevem ficar separados por distncia suficientemente grande para evitarpropagao de uma exploso de um a outros.

    g. Os depsitos e reas de armazenamento devem ser conservadoslivres de folhas secas, capim, lixo, caixas vazias, pedaos de madeira e objetosinflamveis similares. Cada depsito dever ser circundado por um espaolimpo de 15 m.

    h. Devem ser proibidos nos depsitos, fumar, portar fsforos e usar luzesque no as das lmpadas eltricas permitidas.

    i. Com pequenas excees, as minas devem ser neutralizadas antes doarmazenamento. Os acionadores e espoletas so armazenados separados daminas.

    j. As minas e explosivos inimigos devem ser armazenados em depsitosdiferentes, no mnimo 400 m do depsito amigo mais prximo. proibido oarmazenamento misto de explosivos inimigos e amigos.

    2-15

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    C 5-37

    ARTIGO V

    SUPRIMENTO E TRANSPORTE

    2-16. SUPRIMENTO DE MINAS

    a. A obteno, o armazenamento e a distribuio de minas e armadilhase seus respectivos explosivos, espoletas, acionadores, etc., esto a cargo doselementos de material blico. O suprimento processar-se- igualmente aos declasse V.

    b. A unidade interessada recebe, normalmente, as minas nos postos desuprimento e munio e as transporta em viaturas at uma posio abrigada asua retaguarda.

    c. A dotao em nmero de minas para as unidades constitui uma decisodos comandos enquadrantes.

    d. Quando uma rea minada limpa, as minas so neutralizadas eremovidas. Cada mina deve ser cuidadosamente examinada, para recupera-o das que estiverem em bom estado e destruio das demais.

    e. O emprego de minas inimigas recuperadas e de minas encontradas emdepsitos capturados ser regulado por instrues expedidas pelo comando doteatro de operaes.

    2-17. SUPRIMENTO DE EQUIPAMENTO DE DEMARCAO DOS CAMPOSDE MINAS

    a. A obteno, armazenamento e distribuio dos equipamentos e outrosmateriais de demarcao dos campos de minas uma atribuio da engenha-ria. Tais artigos so distribudos s armas, quadros e servios interessadoscomo suprimento da classe II e IV.

    b. Os equipamentos de demarcao de campos de minas contm omaterial suficiente, inclusive estacas, para demarcao das entradas, sadas epassagens em um campo de minas. O arame farpado e as estacas para oslimites exteriores do campo so obtidos dos depsitos de classe IV.

    2-18. REMOO E TRANSPORTE DE MINAS

    a. Todas as minas conhecidas e ainda utilizveis, removidas de umcampo, devero ser neutralizadas e reunidas em grupos de aproximadamente20 (vinte) minas. Estes grupos, separados pelo menos 6 (seis) metros uns dosoutros, ficaro tanto quanto possvel, prximos das estradas ou caminhos esero marcados com fita branca.

    b. As minas sero examinadas por oficiais de engenharia ou material

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    blico que atestaro sua segurana e sero responsveis pelo seu recolhimentoe transporte para os depsitos.

    c. Quando forem descobertos novos tipos de minas, estas devem serneutralizadas por pessoal experimentado e colocadas em um grupo separado.O oficial de informaes de engenharia mais prximo, dever ser informadoimediatamente. Ele inspecionar as minas e as enviar para a retaguarda, parafins de informao.

    ARTIGO VI

    DIVERSOS

    2-19. MINAS E ACIONADORES IMPROVISADOS

    a. Acionadores improvisados(1) Pregador de roupa (Fig 2-16)

    (a) Enrolar as extremidades, sem isolamento, dos fios da espoletaem volta das garras do pregador de roupa para fazer o contato eltrico.

    (b) Reunir carga, adaptador, espoleta eltrica e o pregador deroupa.

    (c) Introduzir uma cunha de madeira, ancorar o pregador de roupae instalar o arame de tropeo.

    (d) Testar o circuito com galvanmetro e a seguir colocar as pilhas.

    Fig 2-16. Pregador de roupa improvisado como acionador

    (2) Acionador de presso improvisado (Fig 2-17)(a) No brao de alavanca, prender os blocos de contato nas

    extremidade das alavancas de madeira, montando as alavancas de madeira,com uma fita de borracha e uma esponja plstica, e prender os fios de contatoda espoleta.

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    Fios decrcuito

    Arame detropeo esticado

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    Fig 2-17 Acionador de presso improvisado

    (b) No lado flexvel, prender as placas de contato de metal stbuas de apoio, introduzir os fios da espoleta atravs de orifcios na placa deapoio inferior, prendendo-os nas placas de contato e prender os lados flexveis.

    (c) Na tbua de presso com mola, montar os contatos de metal,molas, tbua de apoio e a tbua de presso, ligando os fios nos contatos demetal. (Fig 2-18)

    Fig 2-18. Acionador de presso improvisado

    2-19

    Lados flexveis

    Placas de contato

    Contatos

    Placa de apoiosuperior

    espoletaeltrica

    Fios da espoletaPlaca de apoioinferior

    Tbua de presso

    Contatos demetal leve

    Molasde apoio

    Tbua de apoio Fios da espoleta

    Espoleta eltrica

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    2-18

    (3) Acionador de liberao improvisado - Ligar as extremidadesdesencapadas dos fios s extremidades do pregador de roupa para formarcontatos. Os arames retesados so presos abaixo dos contatos. (Fig 2-19)

    Fig 2-19. Acionador de liberao improvisado

    (4) Acionadores de retardo improvisados(a) Ao inicial por meio de cigarro - Testar o tempo de queima do

    estopim e cigarro (um cigarro usualmente queima cerca de 2,5 cm, entre 7 e 8min), fazer um corte inclinado na extremidade do estopim, ligar o chanfro doestopim, a cabea do fsforo e o cigarro. (Fig 2-20)

    Fig 2-20. Acionador de retardo improvisado

    (b) Iniciao por sementes secas - Determinar a taxa de expansodas sementes, colocar no recipiente e adicionar gua. Montar o recipiente,tampa, arames do circuito, contatos metlicos e disco de metal. Prender comfita adesiva. (Fig 2-21)

    2-19

    Arame de tropeo

    Contatos(Pontas sem

    isolantes dos fios)

    PilhasEspoleta

    Cunha

    AncorarAdaptador

    TNT

    Arametropeo

    Cabea dofsforo

    Barbante

    Cigarro

    Estopim

    Fsforo

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    Fig 2-21. Acionador de retardo improvisado

    b. Mina antipessoal improvisada (Fig 2-22)(1) Conjugar em um recipiente, explosivos, acionador e carga shrapnel.

    0 explosivo a ser colocado deve ter densidade e espessura uniformes (o pesodo shrapnel deve ser de 1/4 da carga).

    (2) Retirar a tampa protetora da base padro e estriar uma espoletacomum.

    (3) Aparafusar a base padro com espoleta ao acionador.(4) Fixar o acionador convenientemente.(5) Fixar a espoleta na parte central do explosivo, ligando o acionador.(6) Armar o acionador.

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    Extremidadesem isolante

    Disco de metal

    Fitaadesiva

    Feijo seco, ervilha,lentilha ou outras

    sementes

    Arames de crcuito

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    2-20

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    Fig 2-22. Mina antipessoal improvisada

    c. Mina Claymore improvisada(1) Ligar o shrapnel ao lado convexo da base e cobrir com pano, fita

    ou tela.(2) Colocar a camada de explosivo plstico no lado cncavo da base.(3) Ligar as pernas ao lado cncavo da base.

    Invlucro(metal, papel,bambu, etc)

    Explosivo

    Separador (papelo,chumao de algodo, etc.)

    Acionador de presso

    Explosivo

    Fita

    Alicate

    Basepadro

    Escorva do cordeldetonante

    Acionador deliberao

    Acionadorde trao

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    CAPTULO 3

    CAMPOS DE MINAS

    ARTIGO I

    PRINCPIOS GERAIS

    3-1. GENERALIDADES

    Os princpios da guerra com minas so os seguintes:

    a. os campos de minas so obstculos estabelecidos para a proteo datropa e/ou com outras finalidades tticas;

    b. a localizao dos campos amigos lanados recentemente, ou doscampos inimigos, deve ser levada ao conhecimento da autoridade superior.Esta informao difundida a todas as demais unidades interessadas;

    c. todas as tropas das armas e dos servios devem ser capazes de instalarminas.

    3-2. DOUTRINA BSICA DOS CAMPOS DE MINAS

    a. Um campo de minas tanto uma arma como um obstculo. Eles soempregados para reforar ou complementar uma srie de obstculos naturaisou artificiais atravs de uma provvel via de acesso do inimigo, sendo o maisprtico meio para fechar passagens entre tais obstculos.

    b. Objetivos dos campos de minas:(1) retardar o inimigo;(2) canalizar ou dirigir o inimigo para uma regio de destruio escolhida;(3) cansar e desmoralizar o inimigo; e(4) suplementar outros obstculos ou armas.

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    3-2

    c. As minas, que so portteis, de fcil e rpida instalao, camuflageme remoo, e que tiverem sido cuidadosamente registradas em suas posies,constituem um dos melhores obstculos artificiais.

    d. Princpios de emprego dos campos de minas(1) Localizao Ttica

    (a) A localizao de um campo de minas determinada pelaorganizao da posio, pelo terreno e pela localizao dos outros obstculos.Para ser mais eficiente, um campo de minas deve ser apoiado em outroobstculo, natural ou artificial.

    (b) Sua localizao deve ser tal que exija mais tempo e cause maisdanos ao abrir uma brecha do que a desbordar o campo.

    (2) Passagens - Devem ser cuidadosamente planejadas e usadas parapermitir vias de acesso para contra-ataques. (Fig 3-1)

    Fig 3-1. Campo de minas localizado para conter uma penetrao inimiga

    (3) Observao - Sempre que possvel, o campo de minas deve serlanado de modo a ficar sob as vistas das foras amigas, no permitindo aobservao pelo inimigo at que este tome contato com o campo.

    (4) Cobertura pelo fogo - Os campos de minas, devem ser localizadosde modo que possam ser batidos pelo fogo. Podem ser habilmente empregados

    3-2

    Contra-ataque

    Contra-ataque

    Contra-ataque

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    no desenrolar de um plano ttico, proporcionando timos alvos para artilhariae armas anticarro, pela canalizao de uma fora de ataque inimiga para reasbatidas por fogos macios.

    (5) Condies do clima e do solo - Quando um campo vai ser lanadopor um longo perodo de tempo, ele no deve ser lanado em reas devegetao rasteira (pastagens), a menos que seja absolutamente necessrio.A diferena de crescimento, entre a vegetao sobre as minas e a das reasadjacentes, indicar os locais das minas.

    (6) Planos das unidades vizinhas - Os campos de minas devem serlanados em coordenao com os planos das unidades vizinhas. Os camposlanados por uma unidade devem ser ligados aos das unidades dos flancos ede tal modo localizados que o fogo das unidades vizinhas possa cobrir o camponos limites da zona de ao. Alm disso, devem ser levados em consideraoos planos de operaes dessas unidades vizinhas.

    e. O uso de campos de minas permite proteo adicional para as forase so empregados para provocar o movimento diferenciado de tropas atravsde determinadas reas, como tambm, canaliz-las por itinerrios especficos.So comumente empregadas, tambm, para proteger objetivos de valor scio-econmico como pontes, represas, aquedutos, gasodutos, oleodutos, estaesferrovirias, etc, de ataques e sabotagem.

    f. A localizao de campos de minas inimigos deve ser relatada aocomando superior assim que for descoberta. Se eles estiverem localizadosdentro da rea de responsabilidade de uma unidade, devero ser imediatamen-te marcados.

    3-3. DIMENSO DOS CAMPOS DE MINAS

    A dimenso de um campo de minas estabelecida pela densidade e aprofundidade, sendo dependente dos seguintes fatores:

    a. Apoio Logstico - A disponibilidade de minas, os meios de transportee as condies das vias de acesso tm de ser verificadas antes de se determinara dimenso e a densidade.

    b. Possibilidades do Inimigo - Se o inimigo tem boa capacidade depenetrao, os campos devem ser lanados em profundidade para evitar umapenetrao rpida. Altas densidades e grandes profundidades so exigidas seo inimigo forte em meios e normalmente emprega ataques em massa. Aocontrrio, se o inimigo tiver se tornado cuidadoso em relao s minas, campossimulados podem ser usados, reduzindo assim, a soma de esforos e tempoexigidos para o lanamento.

    c. Nossas Operaes - Se as foras amigas planejam assumir aofensiva a curto prazo, o mnimo de campos de minas deve ser lanado, a fimde facilitar a remoo posterior. Devendo as foras amigas permanecer nadefensiva por um considervel perodo de tempo, campos profundos e de altadensidade so exigidos.

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    3-4

    d. Possibilidades das Unidades Lanadoras - Quando um campo deminas planejado, ele deve ser calculado para assegurar o seu lanamento emtempo til. A eficincia de uma unidade determinar a extenso de campo queela poder lanar num determinado perodo de tempo.

    ARTIGO II

    TIPOS DE CAMPOS DE MINAS

    3-5. CAMPOS DE MINAS ANTICARROS

    Os campos de minas AC so obstculos que podem ser estabelecidospara dificultar os movimentos do inimigo, tanto em operaes ofensivas quantonas defensivas. So eficientes complementos das outras armas AC (canhese msseis AC, lana-rojes, etc) e geralmente so empregados na defesa contrablindados.

    3-6. CAMPOS DE MINAS ANTIPESSOAL

    Os campos de minas AP podem ser lanados pelo inimigo para:

    a. suplementar outras armas na defesa de posies contra tropas a p;

    b. dar alerta de aproximao;

    c. dificultar a ao das patrulhas de reconhecimento e a remoo dasminas dos campos de minas AC; e

    d. inquietar e retardar nos obstculos.

    3-7. CAMPOS DE MINAS ANTIANFBIOS

    Os campos de minas antianfbios so instalados para impedir o desem-barque de uma fora anfbia inimiga em uma praia.

    3-8. CAMPOS DE MINAS ANTIAEROTERRESTRES

    Os campos de minas antiaeroterrestres so instalados contra as forasaeroterrestres inimigas. Incluem-se neste tipo os campos de minas anti-helicpteros. Devem estar integradas ao Plano de Defesa Antiarea e ao Planode Barreiras, o responsvel pelo seu lanamento o Cmt ttico. Possuemdiversas finalidades, dentre elas:

    a. impedir a aterragem de unidades aeroterrestres em certas reas;

    b. bloquear as vias de acesso de baixa altitude;

    c. negar aos pilotos a utilizao segura das rotas areas;

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    d. proporcionar cobertura a reas sem defesa antiarea;

    e. relatar informaes de combate defesa antiarea;

    f. interromper o comando e o controle das tropas helitransportadasinimigas;

    g. proporcionar vigilncia aos campos minados.

    ARTIGO III

    CLASSIFICAO DOS CAMPOS DE MINAS

    3-9. GENERALIDADES

    Em funo dos propsitos a serem alcanados os Campos de Minas(C Mna) podero ser classificados como: de Proteo Local (Imediato ouPreparado), Ttico, de Interdio, rea Minada e Simulado.

    3-10. CAMPOS DE MINAS DE PROTEO LOCAL

    a. Definio - So empregados para reforar a capacidade de defesaaproximada de posies, de armas coletivas, de posies de segurana da reade defesa avanada e de obstculos. Podem ser includos, lanados e recolhi-dos pelas OM que necessitam reforar suas posies, usando suas prpriasminas. Deixaro de ser recolhidas pelas prprias OM de lanamento quandotornarem-se do interesse do escalo superior.

    b. Emprego(1) Campos de Minas de Proteo Local Imediato (C Mna PLI) so

    usados como parte do permetro de defesa de unidade (batalho). So lanadoscom os meios das prprias unidades, sendo enterradas se o tempo permitir. Oseu lanamento aleatrio e obedece a registro prprio (Anexo H). As minasdevem ser lanadas fora do alcance da granada de mo e dentro do alcance dasarmas portteis. Todas as minas devem ser retiradas por quem lanou, a menosque haja presso inimiga ou deciso superior de mant-las. (Fig 3-2)

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    Fig 3-2. Campo de Minas de Proteo Local - Imediato

    (2) Campos de Minas de Proteo Local Preparado (C Mna PLP) - sousados para proteger instalaes estticas, tais como, depsitos, campos depouso, bases de msseis, etc. So lanados, demarcados e batidos pelo fogo.A previso de uso por longo tempo. So enterradas as minas e facilmentedetectveis. Minas qumicas, ativadas ou de difcil deteco e remoo no sousadas. Se houver disponibilidade apenas de minas no metlicas para usoneste tipo de C Mna devero ser enterradas junto com objeto metlicos parafacilitar a deteco e a remoo. A diviso de exrcito responsvel pelolanamento do C Mna PLP e o seu registro o convencional, exceto se foremutilizadas minas lanadas por meios mecnicos, que no o normal nessescasos.

    3-11. CAMPOS DE MINAS TTICOS

    So lanados como parte de um plano de obstculos (de Barreiras se nadefensiva), com as seguintes caractersticas:

    a. cobrem grandes reas e so lanados, normalmente, pelas unidadesde Engenharia. Em face da grande quantidade de minas exigidas e do escassotempo disponvel as unidades das armas base podero ser usadas em reforo.Aumenta a importncia da disponibilidade dos meios mecnicos de lanamento.

    b. os C Mna Tticos so empregados, normalmente, em conjuno comoutros obstculos, como crateras, fossos anticarro e obstculos de arame. recomendado utilizar, no mnimo, trs faixas de minas separadas de 50 a 100metros entre si, obrigando o inimigo a realizar todos os procedimentos para

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    abertura de trilha e brecha para cada faixa. So posicionados para apoiar asarmas de defesa anticarro, particularmente, dos msseis. A 2 faixa devepermitir o engajamento da base de fogos dos CC. A 3 faixa, mais prxima, devepermitir o engajamento de todos os fogos defensivos. Planejados e coordena-dos pela diviso de exrcito podem ser delegados aos comandos de brigada.

    c. Os C Mna Tticos podem ser empregados tanto na defensiva quantona ofensiva.

    d. Finalidades dos Campos de Minas Tticos(1) Parar, retardar e dissociar o ataque inimigo.(2) Reduzir a mobilidade inimiga.(3) Canalizar formaes inimigas.(4) Bloquear penetraes inimigas.(5) Negar, ao inimigo, a retirada.(6) Proteger os flancos das tropas amigas.

    3-12. CAMPOS DE MINAS DE INTERDIO

    So lanados em terreno mantido pelo inimigo para destru-lo, desorganiz-lo e romper as linhas de comando, comunicaes e controle, bem como as suasinstalaes. Visam, tambm, dissociar as foras inimigas para bat-las porpartes e escales. Os C Mna de Interdio convencionais so lanados porforas em operaes especiais, na retaguarda inimiga, alm do alcance dosfogos dos sistemas de armas divisionrias.

    3-13. CAMPOS DE MINAS SIMULADOS

    So reas em que os C Mna so preparados para iludir o inimigo. Podemsuplementar ou expandir os C Mna reais e so adequados quando os prazos eos meios disponveis forem limitados. Tambm so usados para tamponarbrechas. O seu valor estar subordinado aos efeitos de outros C Mna reais que,nas proximidades envolverem o inimigo. Inclui minas de exerccio e deveaparentar movimentao do terreno tal qual o C Mna que se deseja simular.Pedaos de metal devem ser enterrados de forma a sinalizar os detetores deminas. O uso de equipamentos mecnicos de lanamento do tipo arado valioso para a simulao.

    3-14. REAS MINADAS

    So lanadas para desorganizar o inimigo ou negar-lhe a possibilidade deocupao de determinadas reas. So C Mna de tamanho e forma irregularese incluem todos os tipos de minas, como dispositivos de ativao de minas. Sousadas para reforar obstculos ou bloquear, rapidamente, o contra-ataqueinimigo, atravs das vias de acesso que usem os flancos, e dentro do alcancedo tiro indireto disponvel na diviso.

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    3-15. MODIFICAO DOS CAMPOS DE MINAS

    O comandante de unidade ter que empregar campos de minas sobvariadas condies. Ele pode, por exemplo, lanar um campo de minas deproteo local imediato quando parar durante um ataque, na crena que esteser reiniciado em breve. A situao ttica pode exigir a mudana da aoofensiva em defensiva. O campo de minas poder ento ser aumentado emtamanho e densidade ou mudado de acordo com novas ordens. Se o campotiver de ser desenvolvido em contato com o inimigo, o trabalho deve ser feitocom a proteo de cortina de fumaa ou ento em perodos de reduzidavisibilidade.

    ARTIGO IV

    EMPREGO DE CAMPOS DE MINAS NAS OPERAES DEFENSIVAS

    3-16. SITUAO GERAL

    Nas operaes defensivas ser necessrio empregar uma grande quan-tidade de minas. Os campos de minas podero ser localizados na frente, nosflancos, na retaguarda e/ou no interior da posio a defender.

    a. Princpios bsicos de emprego de minas na defensiva(1) Coordenao - essencial a coordenao entre os elementos

    responsveis pelo lanamento do campo e aqueles encarregados de vigi-lose proteg-los, batendo-os com fogos das armas portteis, morteiros, armasanticarro, artilharia e apoio areo.

    (2) Aproveitamento do Terreno(a) A eficincia de um campo de minas aumentada pelo seu

    lanamento em terreno onde o inimigo no possa observar ou tenha dificuldadeem faz-lo e somente onde possam ser batidos eficientemente pelo fogodefensivo.

    (b) Deve-se aproveitar ao mximo os obstculos naturais, diminu-indo a frente dos campos de minas, e evitando que eles possam ser flanqueados.

    (c) Tambm podem ser localizados de tal forma que o seudesbordamento acarrete mais demora ou mais vulnerabilidade do que abrirpassagens nos campos.

    (3) Profundidade(a) Varia de acordo com as condies do terreno e com os campos

    de tiro das armas de apoio. A profundidade mxima de um campo funo doalcance eficaz dessas armas.

    (b) Os campos de minas devidamente protegidos limitam o reco-nhecimento inimigo s faixas mais avanadas do campo, deixando as faixas daretaguarda como obstculos inopinados, para deter qualquer rpida penetraoinimiga.

    3-15/3-16

  • 3-9

    C 5-37

    b. Defesa dos campos(1) Batido por Fogos - Todos os campos de minas devem ser batidos

    pelo fogo das armas portteis, morteiros e armas anticarros.(2) Vigilncia - Postos avanados ou postos de vigilncia podem ser

    colocados frente dos campos de minas ou dentro do prprio campo, a fim deimpedir que as patrulhas inimigas descubram a localizao de seu limiteanterior, determinem a direo e extenso das faixas e removam partes docampo.

    (3) Disposio Celular - A disposio celular ou em ninho de abelhasdos campos de minas tende a encaminhar os ataques inimigos para o interiorde bolses cercados por minas. Isto retarda o inimigo, possibilitando suadestruio por pesadas concentraes de fogos de artilharia e morteiros,seguidas de contra-ataques, lanados atravs de passagens dissimuladas noscampos. De maneira semelhante, brechas aparentemente naturais nas defesasestticas das praias podem servir para canalizar as tentativas inimigas dedesembarque para reas sujeitas a pesadas concentraes de fogo defensivo.Um plano para uma posio defensiva avanada, protegida por campos deminas, apresentado na figura 3-3.

    Fig 3-3. Dispositivo de defesa de um C Mna

    c. Ampliao dos Campos - Na maioria das situaes uma unidade forada a tomar atitude defensiva devido superioridade inimiga. Muitas vezesas operaes defensivas so planejadas e executadas sob a presena doinimigo e sua interferncia.

    (1) Principais vias de acesso - Quando uma unidade atacante detida, pouco provvel que a durao da defensiva seja conhecida. Durante a

    3-16

    400-600 m 400-600 m

    LIMITE ANTERI-OR DOS C Mna

    MORTEIRO

    Mtr

    Fzo

    POSIES DE Art NACONTRA ENCOSTA

    OS CANHES AC RECUADOSINICIAM O TIRO LOGO QUEOS CARROS INIMIGOESTEJAM DENTRO DOALCANCE EFICAZ

    OBST. DE ARAME FARPADO

    AS ARMAS AC AVANADAS SABREM FOGO QUANDO OSCARROS INIMIGOS ESTEJAM ACURTA DISTNCIA

    POSIO DEFENSIVA PRINCIPAL BATEOS CAMPOS DE MINAS COM SEU FOGO.TODAS AS ARMAS BEM DISSEMULADAS

    MINAS AP NO LIMITEANTERIOR DO C Mna

    MINAS AP NAS REASPROPCIAS A REUNIO

    CAMPO DE MINAS PRINCIPAL LOCALIZADO NACONTRA ENCOSTA PARA OBTER A SURPRESAMXIMA E PARA DETER OS HOMENS E VIATURASINIMIGAS SOB FOGO DIRETO E OBSERVADO.

    PLt DE ARAME FARPADOCONSTITUINDO O LIMITEPOSTERIOR DO C Mna.

  • C 5-37

    3-10

    organizao inicial do terreno, a unidade, devidamente autorizada pelo escalosuperior, coloca minas cobrindo as principais vias de acesso do inimigo. Estasminas so colocadas rapidamente e podem ou no seguir uma disposiofixada.

    (2) Proteo da unidade - Se a defesa demorada, a unidade podeprever a instalao de minas adicionais para a proteo da unidade. Comumente,esses campos adicionais utilizam a dotao de minas da unidade.

    (3) Defesa organizada - Quando a defesa se prolongar, campos deminas coordenados com uma defesa organizada so estabelecidos. Os camposde minas existentes, inclusive os inimigos que j tenham sido objeto derelatrios, so utilizados ao mximo. (Fig 3-4)

    Fig 3-4. Posio defensiva protegida por campos de minas

    ARTIGO V

    EMPREGO DE CAMPOS DE MINAS NAS OPERAES OFENSIVAS

    3-17. SITUAO GERAL

    a. Nas operaes ofensivas, normalmente, os C Mna so empregadosnas vias de acesso do inimigo, que incidam em nosso dispositivo. As minasmais adequadas para emprego so aquelas lanadas por meios mecnicos(minas de disperso ou minas lanadas por disseminao).

    3-16/3-17

    INIMIGO

    NCLEO NCLEO

    NCLEO

    100 m 100 m

    100 m

    300

    m

    300

    m

    300

    m

    100 m

    100 m

    300 m

    600 m

    300 m

    300 m

    MINASDISSEMINADAS

    CAMPO DEMINAS 300 m

    DISTNCIA DA POSIOAO CAMPO DE MINAS

    PROFUNDIDADE DASZONAS DE DEFESA

    AVANADAS

    DISTNCIA ENTREAS ZONAS DE

    DEFESA

    PROFUNDIDADE DASZONAS DE DEFESA

    RECUADAS

    LEGENDA

    CERCA DEDEMARCAO

    TAM NE?

    PASSAGEM

    POSTO DE VIGE COMBATE

    LEGENDAFAIXA DE MINAS

    CAMPO DE MINASMINAS

    DISSEMINADASC Mna SIMULADOS

    REDE DE ARAME

    0 100 200 300 400 500 600 700

    ESC EM METROS

  • 3-11

    C 5-37

    b. Princpios bsicos de emprego de minas na ofensiva(1) Oportunidade - Empregar minas em aes ofensivas requer plane-

    jamento detalhado, tendo em vista produzir, dentro do quadro visualizado, umefeito destrutivo, retardador ou canalizador sobre o inimigo, ou mesmo umaproteo adequada s tropas amigas, quando em progresso.

    (2) Rapidez de Lanamento - Para acompanhar e poder trazer vanta-gens a uma operao ofensiva, necessrio que o processo de lanamento decampos de minas utilizado nesta situao seja compatvel com a velocidade deprogresso das tropas.

    (3) Durao Limitada - Para que um campo de minas seja eficaz naofensiva, ele precisa ser controlado para que quando o inimigo estiver emcontato ou no seu interior suas minas estejam ativadas. Em contrapartida,quando as foras amigas alcanarem estes campos, eles devem estardesativados.

    3-18. SELEO DAS REAS

    a. necessrio um criterioso estudo de situao para determinar ondesero lanados os campos de minas, como por exemplo, os possveis eixospelos quais o inimigo pode se encaminhar, posies de artilharia, pontoscrticos, regies de passagem obrigatria, locais de pontes e vos, reas deretaguarda e pontos de ressuprimento.

    b. Conforme a manobra, ser necessrio determinar se os campos deminas iro canalizar, retardar ou destruir o inimigo.

    c. As reas onde se localizarem campos de minas devero ser objeto derelatrios difundidos aos escales envolvidos, sendo de capital importnciaconstar o tempo e os mtodos de desativao das minas.

    d. Dever ser prevista a utilizao mxima dos obstculos naturais parapotencializar o efeito desejado pelo emprego dos nossos campos de minasofensivos.

    e. Os obstculos artificiais inimigos que ainda no tenham sido ultrapas-sados por eles devero ser intensamente visados, tendo em vista que, se aspassagens neles existentes forem bloqueadas por nossos campos de minas,isto acarretar considerveis problemas ao seu dispositivo defensivo.

    3-19. SELEO DOS TIPOS DE MINAS A EMPREGAR

    a. Para determinar os tipos de minas a utilizar necessrio saber qual avelocidade do recuo do inimigo, e tambm a velocidade do nosso avano.

    b. De acordo com o objetivo da manobra, pode-se usar minas de auto-ativao, autodesativao, autoneutralizao, autodestruio ou minas ativadase desativadas por meios externos.

    3-17/3-19

  • C 5-37

    3-12

    c. Os meios de lanamento devem ser compatveis com os tipos ecaractersticas de emprego das minas, preferencialmente sero utilizadasminas lanadas por meios mecnicos.

    3-20. CARACTERSTICAS DAS MINAS LANADAS POR DISPERSO (MLD)

    a. Resposta rpida - As MLD podem ser instaladas mais rapidamenteque as minas convencionais para ajustar-se s mudanas de dispositivos.Alguns tipos permitem o seu lanamento dentro da zona de ao do prprioinimigo, antecipando-se aos seus movimentos.

    b. Aumento da mobilidade - Aps o trmino de seu tempo de utilizaoo C Mna estar liberado para o movimento de tropas atravs dessa rea. Emmuitos casos, esse perodo para a sua autodestruio e desativao no vaialm de poucas horas, permitindo, ento, o contra-ataque imediato efetivo.

    c. Eficincia - A instalao de MLD pode ocorrer por uma variedade demtodos de lanamento. Podem ser lanadas pelo ar, com o uso de veculosou manualmente, satisfazendo os pr-requisitos de grande mobilidade exigidaspela guerra moderna.

    d. Aumento da letalidade - As MLD AC utilizam um sistema prprio deautofragmentao projetada para imobilizar o veculo e causar baixas natripulao. As MLD AP usam cordis de tropeo (EUA) ou variao de nveis delquidos (RSSIA) para o seu acionamento e a fragmentao, visam atingir umgrupo e no apenas o indivduo que a aciona. So mais leves do que asconvencionais.

    e. Exige maior coordenao - Em funo do seu carter dinmicorequer alta coordenao com os elementos vizinhos. Todas as unidadesinteressadas e envolvidas devem ser notificadas quanto localizao e adurao dos C Mna MLD.

    f. Proliferao do uso - As MLD podem ser consideradas, por algunscomandos, como uma soluo fcil para os problemas tticos e vulgarizar o usodessas minas, exaurindo rapidamente suas disponibilidades. Os C Mna a seremlanados devem ser escolhidos criteriosamente e prioridades devem serestabelecidas.

    g. Custos - A sofisticao dos projetos tornam as MLD muito mais carasdo que as convencionais, entretanto, a sua eficincia compensa o seu altocusto.

    h. Visibilidade - As MLD permanecem expostas, portanto visveis. Umapercentagem de MLD dotadas de dispositivo antimanuseio minimiza esseproblema.

    3-19/3-20

  • 3-13

    C 5-37

    ARTIGO VI

    OBSTCULOS BASE DE MINAS

    3-21. PONTOS MINADOS (P Mna)

    a. Localizao - Os pontos minados so instalados em locais de difcilcontorno ou desvio, tais como:

    (1) itinerrios - passagem estreita, colo, corredor, ponte ou pontilho,cruzamento, desvio apertado, passagem ao lado de ondulaes do terreno,tnel, etc.

    (2) locais de travessia possvel - em passagem pouco profunda, vose passagens favorveis a anfbios.

    b. Dimenses - Uma rea aproximadamente do tamanho de um crculode 10 a 20 m de dimetro.

    c. Minas utilizadas(1) Podem ser usadas as minas AC ou minas com dispositivos de

    sinalizao audiovisual em todas as suas combinaes possveis.(2) A quantidade varia em torno de 06 (seis) minas.

    d. Mtodo de lanamento - Normalmente manual.

    e. Objetivos:(1) impedir a travessia por aquele ponto;(2) forar o desbordamento ou desvio do local.

    f. Seqncia das operaes para a realizao de minagem de um ponto(1) Escolha do local ou ponto a ser minado.(2) Demarcao do local.(3) Estabelecimento da ordem de colocao das minas.(4) Colocao das minas(na ordem estabelecida).(5) Ativao das minas (mediante ordem e sob o controle do chefe de

    equipe).(6) Camuflagem, se for o caso.(7) Marcao do ponto minado.(8) Registro. (Fig 3-5)

    g. Organizao da rea de colocao(1) O elemento responsvel pela colocao o grupo de engenharia

    (GE).(2) As fitas de segurana so retiradas aps o lanamento das minas.

    3-21

  • C 5-37

    3-14

    Fig 3-5. Registro de campo de minas

    SEC

    RETO

    Fo

    lha 1 d

    e 1

    2/ 4 BECmb 261100Fev98 Jos Mendes 1G 4589 2-4-32

    Unida

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    Da

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    scri

    oNr

    Desc

    rio

    1342.677

    Cruzamento de estradas

    13 estacas metlicas ligadas por arame farpado

    2343.674

    Canto SW da casa

    23

    34

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    scri

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    a ce

    rca:

    Padro

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    3

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    cri

    o M

    edida

    das

    Faix

    as: Estacas cravadas ao nvel do solo

    BREC

    HAS

    Info

    rma

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    erais

    Mina

    s (se

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    Tipo

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    NrNr

    NrNr

    17 m

    Fio de arame farpado

    42 3

    MIN

    AS A

    NTIC

    ARRO

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    MIN

    AS A

    PTi

    poM-15

    Tipo

    Tipo

    Tipo

    Tota

    lM

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    Mina

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    Tipo

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    Tota

    is330

    330

    34626

    364

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    FEI17

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    051

    51A

    105

    105

    11210

    105

    315

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    106

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    106

    318

    C102

    102

    10204

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    306

    D E

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    Lan

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    : Manual ________ La

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    Carta

    : Minas Gerais

    Folha: Cataguases

    Esca

    la: 1: 25.000

    Regis

    trado

    r: Pedro de Souza 2 Sgt

    Obse

    rva

    es:

    - ENTRADA DA BRECHA Marcada com

    trs voltas de cadaro em torno do p

    de uma estaca da cerca de marcao.

    - SADA DA BRECHA Marcada por uma

    estaca cravada inclinada junto a uma

    estaca da cerca.

    - No ponto onde a brecha cruza a faixa

    A foram colocadas 4 minas M-15.

    Assin

    atur

    a: Jos Mendes 2 Ten Eng

  • 3-15

    C 5-37

    3-22. MINAGEM DE ESTRADAS

    a. Localizao - A minagem de estradas realizada preferencialmente nosseguintes locais:

    (1) em local caracterstico e singular de um itinerrio, como porexemplo, um cruzamento;

    (2) em uma rea arborizada;(3) em um ponto possvel de travessia ou passagem.

    b. Dimenses(1) em toda a largura da estrada;(2) em uma profundidade varivel (pode chegar a ter dezenas de

    metros).

    c. Minas utilizadas(1) Podem ser usadas as minas AP, AC ou minas com dispositivos

    iluminativos, em todas as suas combinaes possveis.(2) A quantidade varia entre 6 a 30 minas de diversos tipos.

    d. Objetivos da minagem de estrada(1) Impedir o movimento do inimigo usando aquele itinerrio.(2) Favorecer uma operao de emboscada.(3) Facilitar a retirada de uma unidade num movimento retrgrado.(4) Servir de alerta e proteo de unidades.

    e. Processo de lanamento - Segue os mesmos passos da minagem deponto.

    f. Organizao da rea de colocao - O elemento responsvel pelacolocao geralmente o GE. O destacamento de colocao normalmente composto de:

    (1) um chefe de local ou coordenador;(2) um elemento de topografia para marcao e registro;(3) um elemento de colocao em segurana; e(4) um elemento de colocao e ativao.

    ARTIGO VII

    A GUERRA COM MINAS EM REGIES COM CARACTERSTICASESPECIAIS

    3-23. CARACTERIZAO

    a. Em qualquer tipo de terreno ou clima onde se desenvolvem operaescom minas, as medidas de segurana, os mtodos usados e o dimensionamentodos trabalhos podem ser considerados como vlidos, porm, cabe salientarcomo ambientes especiais os seguintes:

    (1) reas muito frias, sujeitas a gelo e neve;

    3-22/3-23

  • C 5-37

    3-16

    (2) regies de selva ou com densa vegetao e umidade; e(3) desertos ou regies de extremo calor.

    b. Estes ambientes exigem um tratamento diferente, pelas suas caracte-rsticas especiais, que tanto podem beneficiar quanto prejudicar as operaescom minas.

    3-24. REGIES DE SELVA, PANTANAL OU CURSOS DGUA

    a. Particularidades - Levando-se em conta que os climas das regiesamaznica e do pantanal, apresentam, durante grande parte do ano, grandesinundaes, deve-se atentar para os seguintes aspectos nas minas a seremempregadas:

    (1) deteriorao prematura dos componentes das espoletas e explosi-vos em virtude da excessiva umidade;

    (2) necessidade de impermeabilidade dos componentes;(3) crescimento rpido da vegetao, o que pode afetar a sua eficin-

    cia, inspeo, recuperao e remoo; e(4) possibilidade de acionamento prematuro pela prpria vegetao e

    por animais.

    b. Lanamento de minas em regies de selva e pantanal(1) As minas subaquticas so os engenhos explosivos mais adequa-

    dos para serem empregados abaixo da superfcie da gua, so detonadasquando um alvo atinge determinada distncia e influencia seu mecanismo dedisparo, ou quando o alvo colide com a prpria mina. Pode ainda ser detonada,a distncia, desde um ponto de terra, por controle remoto. Alguns tiposespeciais de minas fogem a tal conceituao, como as que so afixadas aosnavios por mergulhadores. (Fig 3-6)

    (2) Quando forem empregados outros tipos de minas pode ser neces-srio adotar medidas para tornar as mesmas prova de umidade, uma vez queas mais modernas possuem invlucros plsticos vedados contra a entrada degua, seu emprego em regies sujeitas s inundaes no vir a comprometero seu funcionamento. As minas que no forem prova de gua devero ter seusacionadores e orifcios vedados, bem como, ser colocadas em sacos imperme-veis.

    3-23/3-24

  • 3-17

    C 5-37

    Fig 3-6. Mina Vietcongue de fabricao caseira

    c. Emprego e Classificao das Minas subaquticas(1) Quanto aos Agentes Lanadores

    (a) Lanadas por embarcaes de superfcie1) Estas plataformas so usadas principalmente no lanamento

    de minas em operaes de minagem defensivas, em guas no controladaspelo inimigo ou quando o sigilo no for primordial.

    2) Podem transportar grande nmero de minas e lan-las emposio precisa, para formar um campo minado, em relativamente poucotempo.

    3) Entretanto, no podem ser empregadas para posterioresrecompletamentos de campos, isto , no podem reminar guas j minadas.

    (b) Lanadas por aeronaves1) So usados normalmente para lanar minas em operaes

    ofensivas.2) Podem transportar as minas para lanamento em reas sob

    controle inimigo e recompletar os campos por um perodo prolongado de tempo,sem correr perigo com relao s minas anteriormente lanadas.

    3) So tambm os nicos veculos capazes de minar certasguas interiores do inimigo.

    4) Tm como desvantagens a dificuldade de realizar a minagemem sigilo e a falta de preciso nos lanamentos, face dificuldade denavegao, principalmente noite, ou quando as condies de visibilidade somenos favorveis.

    5) Apresentam ainda uma certa facilidade para deteco, e sovulnerveis a uma boa defesa antiarea.

    (2) Quanto posio final na gua

    3-24

    EMBA

    RCA

    OMINAS

    RIO

  • C 5-37

    3-18

    (a) Minas de fundeio1) A mina de fundeio um casco de flutuabilidade positiva,

    contendo uma carga explosiva, fundeada a uma profundidade predeterminadapor meio de amarra ou cabo preso a uma poita.

    2) A profundidade da gua onde a mina vai ser lanada , emgeral, limitada pelo peso do cabo-amarra. Hoje em dia, com o aparecimento dosplsticos, esta limitao foi praticamente superada, permitindo o fundeio dasminas em grandes profundidades (mais de 200 metros).

    3) Uma mina de fundeio pode conter um mecanismo de disparode contato, influncia, ou combinado. Algumas vezes, o mecanismo de disparo colocado numa antena flutuante ligada ao corpo da mina por um cabo.

    (b) Minas de fundo1) So as que se mantm no fundo em funo do seu prprio

    peso. E podem ser lanadas por aeronaves ou embarcaes de superfcie,permitindo assim boa flexibilidade de emprego.

    2) O mecanismo de disparo geralmente de influncia, e amina no usualmente efetiva contra embarcaes de superfcie em guas deprofundidade superior a 60 metros.

    3) Possuem cargas explosivas maiores, desde que normal-mente podem ser detonadas a distncias maiores do navio-alvo que as minasde contato.

    4) Sua varredura e localizao so bem mais difceis edispendiosas do que as das minas de fundeio.

    (c) Minas derivantes ou oscilantes1) So todas aquelas que no so fundeadas ou mantidas em

    posio fixa. Normalmente flutuam livremente na superfcie ou prximo dela.2) A flutuabilidade da mina controlada, de modo a mant-la

    na profundidade adequada, seja pela suspenso de um pequeno flutuante, porum mecanismo de controle mecnico, pelo uso de amarra ou atravs de umcabo dela pendente, e que se arrasta pelo fundo, em guas rasas. Podem contermecanismos de disparo de contato ou influncia. No um tipo de mina muitocomum.

    3) A Conveno de HAIA, em 1907, limitou o uso destas minass situaes tticas.

    (3) Quanto ao mtodo de atuao(a) de contato - Aquelas que so detonadas pelo contato do corpo

    da mina, espiges, antena ou antena flutuante com o casco de um navio.(b) de influncia

    1) So aquelas acionadas e detonadas pela mudana dedeterminadas caractersticas fsicas do meio ambiente da mina, no requeren-do contato com o alvo.

    2) So geralmente de fundo e, algumas vezes, de fundeio.3) As influncias usadas so a magntica, a acstica, a presso

    ou a combinao delas.(4) Quanto ao controle

    (a) independentes - As independentes, como o prprio nomeindica, uma vez lanadas, agem por si mesmas.

    3-24

  • 3-19

    C 5-37

    (b) controladas - As controladas so aquelas cujo mecanismo dedisparo pode ser acionado a distncia, normalmente por uma estao decontrole de terra. Geralmente so minas de fundo e apresentam como principalvantagem a possibilidade de seleo do alvo e a passagem segura de naviosamigos atravs do campo. A principal desvantagem a dependncia deacessrios, alm da possvel perda de controle da estao central, por malfuncionamento ou por ao do inimigo.

    3-25. REGIO ARENOSA E /OU DE TEMPERATURAS ELEVADAS

    Particularidades - Levando-se em conta as temperaturas elevadas e agrande possibilidade da areia afetar o mecanismo de funcionamento das minas,deve-se atentar para os seguintes aspectos:

    a. melhor conservao e durao dos componentes das minas, especi-almente os explosivos;

    b. necessidade de usar meios auxiliares para o acionamento por presso;

    c. camuflagem e disfarce relativamente facilitados;

    d. necessidade de espaamento entre as minas para evitar o seuacionamento por simpatia, por causa da provvel mudana de posio;

    e. grande possibilidade da areia afetar o mecanismo de funcionamento;

    f. grande possibilidade do vento provocar a cobertura das minas lanadasna superfcie e descobrir minas enterradas;

    g. dificuldade na manuteno de registros;

    h. necessidade de maior quantidade de minas, devido grande extenso,apesar da baixa densidade; e

    i. importante lembrar que certos tipos de explosivos, quando expostosa temperaturas elevadas e por certo tempo, podem tornar as minas maissensveis, de acordo com o mtodo de acionamento, o que acarretar maioresperigos no manuseio.

    3-24/3-25

  • 4-1

    C 5-37

    CAPTULO 4

    LANAMENTO DE CAMPOS DE MINAS

    ARTIGO I

    GENERALIDADES

    4-1. RESPONSABILIDADES GERAIS DO COMANDANTE DE UNIDADE

    a. O comandante de unidade deve saber quando lhe permitido lanarminas, e qual sua responsabilidade aps o lanamento das mesmas.

    b. Assegurar-se de que sua dotao de minas est completa. Se no apossui, deve saber onde consegu-la, quando necessrio.

    c. Ter certeza de que seus homens sabem manejar todos os tipospadronizados de minas, acionadores e dispositivos de alarme. Cuidar dotreinamento com minas do pessoal de sua unidade, particularmente dosrecompletamentos.

    d. Manter sua tropa informada sobre os tipos de minas que o inimigo estusando e como elas esto sendo empregadas. Saber como obter tais informa-es e procur-las quando estas no tiverem sido fornecidas.

    e. Ter conhecimento bastante slido sobre minas, para no superestimarou subestimar suas possibilidades.

    f. Basear o emprego de minas, na falta de ordens especficas, na suamisso.

    g. Impor a disciplina de minas e assegurar-se de que elas so manuseadas,lanadas e removidas da maneira prescrita. Seguir a doutrina estabelecida,usando, quando necessrio, sua imaginao e iniciativa para ter bons resulta-dos com as improvisaes.

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    h. Assegurar-se de que seus homens sabem como marcar e guardar umcampo de minas, e fazer os relatrios e registros previstos, assegurando-se deque s unidades de substituio so dadas informaes completas.

    4-2. MANUTENO DOS CAMPOS DE MINAS

    a. A manuteno de um C Mna to importante quanto o seu lanamento.Os comandantes de todos os escales so responsveis pela manuteno damarcao dos campos nas suas zonas de ao. Isto pode causar a necessidadede colocar guardas, a fim de prevenir roubos de arame e outros materiais porhabitantes locais.

    b. Numa situao estacionria, as trilhas para patrulhas nos campos frente da posio tm de ser mudadas freqentemente para evitar que o inimigoas localize. Estas e outras mudanas devem ser anotadas e relatadas.

    4-3. COORDENAO DA ENGENHARIA COM AS OUTRAS UNIDADES

    a. Quando uma unidade de engenharia est lanando um campo deminas para outra unidade, necessrio uma estreita cooperao e coordena-o entre elas. O comandante de engenharia deve assegurar-se de que alocalizao do campo est coordenada com o plano ttico, incluindo o plano defogos e que o comandante da unidade apoiada ou seu oficial de operaestenha previsto locais para as passagens. O comandante de engenharia informaao outro comandante, as possibilidades da sua unidade, a praticabilidade deprosseguir com o plano, etc. Informa ao oficial de artilharia a hora em queiniciar o lanamento do campo, para evitar que os fogos causem danos stropas lanadoras.

    b. O suprimento de minas e materiais para os campos ser obtido atravsdas cadeias de suprimento.

    4-4. LOCALIZAO DOS CAMPOS

    Aspectos a considerar para a localizao dos campos.

    a. Reconhecimento - de importncia capital, porque, uma vezlanado, o campo de minas determina a localizao das armas de apoio e afetaas operaes.

    b. Escolha do local - Deve-se levar em conta o nmero e tipo das minasdisponveis, bem como as tropas e armas de apoio.

    c. Seqncia de execuo(1) Estudos das cartas e fotografias areas disponveis para determi-

    nar a localizao aproximada do campo.(2) Reconhecimentos terrestres e areos, fotografias e esboos so

    feitos para completar as propostas do oficial de reconhecimento e para ajudaro comandante a tomar a sua deciso.

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    4-5. LANAMENTO DOS CAMPOS

    a. As minas so normalmente lanadas segundo dispositivos padroniza-dos, pelas seguintes razes:

    (1) rapidez e eficincia de instalao;(2) recobrimento completo do terreno e densidade apropriada, sem

    consumo excessivo de minas;(3 reduo ao mnimo do pessoal que fica simultaneamente exposto;(4) levantamento topogrfico facilitado; e(5) localizao e limpeza facilitadas.

    b. Classificao dos campos de minas quanto ao lanamento:(1) campos de minas convencionais (ou de lanamento manual)

    (a) acionadas pelo homem mecanizadamente;(b) longo tempo para lanamento;(c) maior eficcia na defensiva;(d) baixo custo;(e) facilmente desarmadas e neutralizadas;( f) algumas no so desarmadas; e(g) grau de sofisticao varivel.

    (2) Minas de disperso (lanadas por aeronaves, artilharia, viaturas,dispositivos especiais ou manualmente)

    (a) proporciona cobertura e bloqueio de foras que estejam avan-adas ou nos flancos;

    (b) lanadas diretamente no caminho das unidades de assaltoinimigas;

    (c) utilizadas para estabelecer os permetros de defesa;(d) mais efetivas nas condies de escurido e reduzida visibilida-

    de;(e) dotadas de dispositivos de autodestruio, autoneutralizao e

    autodesativao; e(f) economizam tempo e pessoal.

    4-6. LOCALIZAO DAS PASSAGENS

    a. As brechas e as passagens tticas devem ser feitas para permitir quea unidade que protege o campo e as unidades vizinhas executem planos deemprego de patrulhas, de contra-ataque e etc.

    b. A localizao geral das passagens tticas e brechas deve ser dada aocomandante da unidade lanadora, pelo comandante ttico respectivo ou seurepresentante.

    c. As passagens devem ser habilmente planejadas a fim de que sualocalizao no seja facilmente determinada pelo inimigo. Seu traado deve serirregular e no deve seguir estradas ou caminhos j existentes. Todo esforodeve ser feito para enganar o inimigo quanto a sua localizao.

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    d. Enquanto o campo est sendo lanado, antes da colocao das minas,as viaturas sobre rodas e reboques podem ser usadas para estabelecercaminhos atravs dos campos que futuramente sero minados, levando,assim, o inimigo a pensar que essas pistas indicam o traado das brechas.

    e. A localizao das brechas ter que ser mudada freqentemente, a fimde evitar sua descoberta e subseqentes emboscadas de patrulhas. Noscampos de minas que tm um grande nmero de minas pequenas e de difcildeteco, os locais para futuras passagens devem ser determinados antes docampo ser lanado e minas mais facilmente detectveis devem ser usadas emtais reas.

    f. Os comandantes tticos devem ser sempre consultados no que dizrespeito s mudanas dos locais das brechas.

    ARTIGO II

    CAMPOS DE MINAS PADRO

    4-7. TERMINOLOGIA DOS CAMPOS DE MINAS PADRO

    a. Clula de minas (Fig 4-1)(1) Empregam as minas AC convencionais e os dispositivos de

    segurana e alarme acsticos ou visuais (DSAA ou DSAV).(2) A clula de minas o elemento bsico de um campo de minas.(3) Uma clula pode consistir de:

    (a) 01 (uma) mina AC.(b) 01 (uma) mina AC mais diversos Dispositivos de Segurana e

    Alarme (DSA) dentro de um semicrculo de 02 (dois) metros de raio, com centrona mina AC.

    (c) 01 (uma) DSA.(d) Diversos DSA dentro de um semicrculo de 02 (dois) metros de

    raio com um DSA central.

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    Fig 4-1. Clula de minas

    (4) O nmero mximo de minas em uma clula de 05 (cinco). Apenas01 (uma) mina AC colocada em cada clula.

    (5) Como conseqncia, na maioria dos casos o nmero mximo deminas em uma clula ser de 05 (cinco) DSA ou 04 (quatro) DSA e 01 (uma)mina AC.

    b. Faixa de minas - Uma faixa de minas compreende duas fileirasparalelas de minas lanadas em clulas de aproximadamente seis metrosdistantes uma da outra. As clulas, em cada fileira, so dispostas conformemostra a Fig 4-1. Podem ser de dois tipos:

    (1) Faixas regulares(a) So em nmero de trs e tm uma clula de minas a cada 03

    (trs) metros.(b) As faixas regulares esto afastadas entre si, no mnimo de 15

    metros.(c) Uma distncia mxima entre as faixas no estabelecida,

    porque elas devem ser lanadas de acordo com o terreno, para tirar vantagemdos obstculos e faz-las visveis, quando possvel, dos postos de observaoamigos.

    (d) Para tornar a deteco e a abertura de brechas mais difceispara o inimigo, as faixas so lanadas no paralelas.

    (e) Quando h uma mudana na direo de uma faixa, a ltimaclula antes e a primeira depois do ponto de inflexo devem estar, no mnimo,a 03 (trs) metros do ponto de inflexo e em lados opostos da linha central.

    ,CAanimamuedritsisnocedopalulcamUuo

    sovitisopsiDsosrevidsiamCAanimamumuedortnedemralAeanarugeSedortnecmoc,oiaredsortem2edolucrcimes

    uo,CAaniman

    uo,emralAeanarugeSedovitisopsiDmu

    eanarugeSedsovitisopsiDsosrevidsortem2aolucrcimesmuedortnedemralA

    lartnecovitisopsidod

    4-7

    2 m2 m

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    (f) Todas as clulas em uma mesma faixa contm o mesmonmero e tipo de minas, exceto quando cruzadas por brechas.

    (g) As minas lanadas em reas onde futuras brechas so plane-jadas devem ser facilmente detectveis. Normalmente as brechas so fecha-das com minas que apresentem essa caracterstica.

    (h) A composio das clulas em uma faixa pode ser diferente dasde outra faixa.

    (2) Faixa exterior irregular (FEI)(a) a faixa irregular mais prxima da direo do inimigo.(b) A FEI tem cerca de um tero do nmero de clulas de uma faixa

    regular e tem um traado irregular.(c) As clulas da FEI variam no nmero e tipo de minas, com o

    objetivo de enganar o inimigo quanto ao modelo e extenso do campo.(d) Usada tambm para aumentar o campo, cobrindo os acessos

    provveis dos carros e da infantaria inimigos.(e) Nenhum ponto da FEI dista menos de 15 metros da faixa A, de

    linha central a linha central.

    c. Densidade - A densidade de um campo de minas o nmero de minaspor metro de frente ou traado do campo. A densidade normalmente expressapor trs algarismos, sendo que o primeiro indica o nmero de minas AC, osegundo indica o nmero de DSA acstico e o terceiro indica o nmero de DSAvisual.

    d. Profundidade - o tamanho do campo de minas na direo perpen-dicular frente. Estima-se a profundidade multiplicando-se a densidade deminas AC por 100 (cem) metros.

    Tab 4-1. Espaamento de segurana entre minas

    e. Campo de minas modelo padro (Fig 4-2)(1) Definio - um campo composto por no mnimo trs faixas regu-

    lares de minas (designadas na ordem alfabtica, comeando pela mais prximado inimigo), com uma clula de minas por cada 3 metros de faixa, e mais umafaixa irregular no lado inimigo ou faixa exterior irregular - FEI.

    ASD/SANIMEDSOPITSORTEMMEANARUGESEDOTNEMAAPSE

    SADARRETNE EICFREPUSAN

    ASD 1 2

    CAsaniM 2 4

    4-7

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    Fig 4-2. Campo de minas padro

    (2) Composio - O modelo padro misto, contendo, cada clula,minas AC e DSAA e DSAV. Em reas onde os blindados inimigos no podempenetrar, como bosques densos, as clulas podem conter somente DSA. Adensidade mnima do campo de uma mina AC, um DSAA e um DSAV pormetro de frente (densidade 1-1-1). Esta densidade obtida pelo conjunto dastrs faixas regulares. A densidade AC pode ser aumentada, aumentando-se onmero de faixas do campo. A densidade dos dispositivos de segurana ealarme (DSA) pode ser aumentada da mesma maneira e tambm aumentando-se o nmero destes dispositivos em cada clula. Aumentar a profundidade docampo sem aumentar o nmero de faixas no aumenta sua densidade oueficcia. Haver, ainda, o mesmo nmero de minas em qualquer trecho dafrente do campo.

    4-8. CARACTERSTICAS DOS CAMPOS DE MINAS CONVENCIONAIS

    a. Vantagens(1) Aumenta a eficincia e a rapidez do lanamento.(2) Recobre o terreno e tem densidade uniforme.(3) Expe um mnimo de pessoal ao mesmo tempo.

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    FEI(Faixa Exterior

    Irregular)

    A

    B

    18 m

    C

    18 m

    (mn

    imo)

    Inimigo

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    (4) Facilita o registro.(5) Facilita a localizao e a limpeza do campo.(6) Facilita o treinamento do pessoal.

    b. Desvantagens(1) Relativamente mais fceis de serem transpostos pelo inimigo, uma

    vez que ele se familiarize com o modelo.(2) menos adaptvel ao terreno.

    c. Minas utilizadas - Para assegurar variedade no campo, so emprega-dos tanto os dispositivos de segurana e alarme acsticos como os visuais.Arames de tropeo so colocados somente na fileira da frente de uma faixa, nomximo um por clula, de 3 (trs) em 3 (trs) ou de 4 (quatro) em 4 (quatro)clulas. Os arames de tropeo no devem ficar virados para o lado da linhacentral da faixa e no devem ficar a menos de 2 (dois) metros de uma clulaprxima de uma faixa, ou de outro arame de tropeo. Quando so usados aramede tropeo, linhas de segurana (cadaros) so lanadas para evitar que osmesmos se toquem ou se cruzem. (Fig 4-3)

    Fig 4-3. DSA com arame de tropeo

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    Linha de segurana

    Limite desegurana (2 m)

    (2 m)

    10 m

    Inim

    igo

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    d. Minas ativadas(1) O nmero de minas AC ativadas depende de instrues do

    comandante que autorizou o lanamento do campo, da classificao do campo,do tempo disponvel e do estado de treinamento ou experincia das tropaslanadoras.

    (2) Exemplos:(a) C Mna de Proteo Local - 5% das minas AC sero ativadas.(b) C Mna de Interdio - 20% das minas AC sero ativadas.

    4-9. NORMAS PARA O LANAMENTO

    a. As minas devem ser colocadas de modo que o inimigo no possalocalizar, prontamente, o campo ou qualquer mina isoladamente.

    b. A disposio das minas e o processo de lanamento devem sersimples, para que elas possam ser rapidamente lanadas e levantadas topogra-ficamente, de maneira fcil, mesmo noite.

    c. O lanamento deve ser padronizado, dentro de cada faixa, e terflexibilidade suficiente para adaptar-se s variaes do terreno.

    d. O nmero de passagens, brechas e trilhas deve ser reduzido ao mnimoindispensvel.

    e. Fases do Lanamento:(1) localizao;(2) lanamento propriamente dito;(3) demarcao; e(4) levantamento.

    f. Preparao(1) Para que o campo possa ser lanado rpido e eficientemente, as

    unidades que procedem ao lanamento devem ser organizadas em turmas comtarefas bem definidas.

    (2) necessrio prever o transporte, a instruo das turmas e acoordenao das mesmas. Como exemplo, se o lanamento tiver de serefetuado numa zona inacessvel para viaturas sobre rodas, pode-se tornarnecessria a organizao de turmas de transporte, com o respectivo treinamento.

    g. Informaes sobre outros campos de minas - O oficial encarregadodo lanamento deve obter todas as informaes disponveis sobre os camposde minas , amigos ou inimigos, situados na rea de lanamento, para evitar quesua tropa penetre neles. Tais informaes so fornecidas pelas tropas queocupam as posies avanadas ou pelo escalo superior.

    h. Espaamento - Ao lanar as minas, deve-se tomar cuidado com oespaamento entre elas, para que no ocorram exploses por influncia(simpatia).

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    i. Camuflagem das minas - Mtodos para lanar e camuflar as minasenterradas:

    (1) deve-se ter o cuidado de no cavar o buraco muito fundo, masapenas o suficiente para ocultar a mina. Caso contrrio o peso agir apenassobre a terra que o circunda, e no realizar o acionamento da mina;

    (2) os invlucros, acionadores, fitas, pedaos de caixas e outrosmateriais denunciadores devem ser removidos; e

    (3) toda a terra escavada deve ser removida e dissimulada. (Fig 4-4 eFig 4-5)

    Fig 4-4. Processo do tapete de grama

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    SECOTRANSVERSAL

    CAPA PROTETORADA MINA

    0,40 m

    0,80 m

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    Fig 4-5. Processo das diagonais

    4-10. MARCAO E REFERNCIA

    a. Os campos de minas so marcados para proteger as tropas amigas.Registros escritos so tambm preparados para informar a localizao docampo e para ajudar na sua remoo.

    b. Marcao de campos situados na rea de retaguarda(1) Um campo de minas na rea de retaguarda deve ser complet