c-23-1 - tiro das armas portáteis 1ª parte - fuzil - 2003

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Edição 2003 C 23-1 MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO Manual de Campanha TIRO DAS ARMAS PORTÁTEIS Parte - FUZIL

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1ª Edição2003

C 23-1

MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO

ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO

Manual de Campanha

TIRO DAS ARMAS PORTÁTEIS

1ª Parte - FUZIL

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MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO

ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO

Manual de Campanha

TIRO DAS ARMAS PORTÁTEIS

1ª Parte - FUZIL

1ª Edição2003

C 23-1

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PORTARIA Nº 045-EME, DE 23 DE JUNHO DE 2003

Aprova o Manual de Campanha C 23-1 - Tiro dasArmas Portáteis - 1ª Parte - Fuzil, 1ª Edição, 2003.

O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO, no uso da atribuição quelhe confere o artigo 113 das IG 10-42 - INSTRUÇÕES GERAIS PARA ACORRESPONDÊNCIA, AS PUBLICAÇÕES E OS ATOS ADMINISTRATIVOS NOÂMBITO DO EXÉRCITO, aprovadas pela Portaria do Comandante do Exércitonº 041, de 18 de fevereiro de 2002, resolve:

Art. 1º Aprovar o Manual de Campanha C 23-1 - TIRO DAS ARMASPORTÁTEIS - 1ª Parte - FUZIL, 1ª Edição, 2003, que com esta baixa.

Art. 2º Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de suapublicação.

Art. 3º Revogar o Manual de Campanha C 23-1 - TIRO DAS ARMASPORTÁTEIS, 2ª Edição, 1975, aprovado pela Portaria Nº 084-EME, de 04 denovembro de 1975.

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NOTA

Solicita-se aos usuários deste manual a apresentação desugestões que tenham por objetivo aperfeiçoá-lo ou que se destinemà supressão de eventuais incorreções.

As observações apresentadas, mencionando a página, oparágrafo e a linha do texto a que se referem, devem conter comentáriosapropriados para seu entendimento ou sua justificação.

A correspondência deve ser enviada diretamente ao EME, deacordo com o artigo 108 Parágrafo Único das IG 10-42 - INSTRUÇÕESGERAIS PARA A CORRESPONDÊNCIA, AS PUBLICAÇÕES E OS ATOSADMINISTRATIVOS NO ÂMBITO DO EXÉRCITO, aprovadas pela Portaria doComandante do Exército nº 041, de 18 de fevereiro de 2002.

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ÍNDICE DOS ASSUNTOS

Prf Pag

CAPÍTULO 1 - GENERALIDADES ................................. 1-1 e 1-2 1-1

CAPÍTULO 2 - A INSTRUÇÃO DE TIRO DE FUZIL

ARTIGO I - Responsabilidade da Instrução ............... 2-1 e 2-2 2-1

ARTIGO II - Terminologia ........................................... 2-3

ARTIGO III - Segurança na Instrução .......................... 2-5

ARTIGO IV - Organização da Sessão de Tiro .............. 2-7

ARTIGO V - Missões do Oficial de Tiro da Unidade eSubunidade ............................................. 2-9

ARTIGO VI - Seleção dos Instrutores (Oficial de Tiro),Auxiliares de Instrutor e Monitores deTiro ......................................................... 2-10

ARTIGO VII - Seleção e Preparação das Armas a se-rem Utilizadas na Instrução .................... 2-10

ARTIGO VIII - A Progressividade da Instrução de Tiro ... 2-11

ARTIGO IX - Execução dos Exercícios de Tiro ............ 2-3 a 2-7 2-12

CAPÍTULO 3 - FUNDAMENTOS DE TIRO DE FUZIL ..... 3-1 3-1

ARTIGO I - Posição Estável ...................................... 3-2 a 3-5 3-1

ARTIGO II - Pontaria .................................................. 3-6 e 3-7 3-8

ARTIGO III - Controle da Respiração........................... 3-8 3-11

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ARTIGO IV - Acionamento do Gatilho ......................... 3-9 a 3-12 3-12

ARTIGO V - Ação Integrada de Atirar ......................... 3-14

ARTIGO VI - Análise do Tiro ........................................ 3-15

CAPÍTULO 4 - O PREPARO PSICOLÓGICO ................ 4-1 a 4-6 4-1

CAPÍTULO 5 - INSTRUÇÃO PREPARATÓRIA PARA O TIRO

ARTIGO I - Finalidade e Organização ....................... 5-1 e 5-2 5-1

ARTIGO II - Oficinas da Instrução Preparatória para oTiro ......................................................... 5-3 a 5-6 5-2

CAPÍTULO 6 - TIRO DE COMBATE

ARTIGO I - Regulagem do Aparelho de Pontaria doFAL ........................................................ 6-1 a 6-6 6-1

ARTIGO II - Técnicas para Sanar os Incidentes deTiro ......................................................... 6-7 a 6-9 6-9

ARTIGO III - Técnicas para Condução do Armamento. 6-10 a 6-13 6-11

ARTIGO IV - Técnicas de Tiro Rápido ......................... 6-14 a 6-16 6-14

ARTIGO V - Técnicas de Tiro em Alvos Móveis .......... 6-17 a 6-19 6-17

ARTIGO VI - Técnicas de Tiro Noturno ........................ 6-20 a 6-23 6-25

ARTIGO VII - Técnicas de Tiro nas Operações Defen-sivas e Ofensivas .................................... 6-24 6-28

ARTIGO VIII - Ténicas de Tiro em Ambiente de Selva ... 6-25 6-29

ARTIGO IX - Técnicas de Tiro em Ambiente Urbano ... 6-26 a 6-29 6-30

ARTIGO X - Técnicas de Tiro de Fuzil com Luneta ..... 6-30 a 6-32 6-31

ARTIGO XI - Técnicas de Tiro com EquipamentosEspeciais ................................................ 6-33 a 6-36 6-33

ARTIGO XII - Posições de Tiro ..................................... 6-37 a 6-40 6-34

CAPÍTULO 7 - LANÇAMENTO DE GRANADA DE BOCAL 7-1 a 7-5 7-1

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CAPÍTULO 1

GENERALIDADES

1-1. INTRODUÇÃO

a. O presente manual tem por finalidade orientar a instrução de tiro de fuzilno âmbito das Unidades do Exército. Seu conteúdo fornece subsídios aosinstrutores, auxiliares de instrutores e monitores de tiro, na medida em que tratados fundamentos de tiro com o fuzil, da instrução preparatória para o tiro e detécnicas de tiro com o fuzil.

b. Trata também o manual do preparo psicológico do atirador, fornecendoalguns subsídios que permitam lidar da melhor maneira com situações deestresse típicas da atividade, tanto na fase de aprendizado, adestramento oucombate.

c. Os exercícios de tiro de fuzil serão tratados pelas Instruções Gerais parao Tiro com as Armas do Exército (IGTAEx).

d. Os fundamentos que serão abordados são válidos para qualquer tipo defuzil, sendo sempre tomado por base, contudo, o fuzil de dotação do Exército: oFuzil 7,62 M 964 - FAL. Também será abordado a respeito do tiro com granadade bocal, utilizando as possibilidades deste armamento.

e. O tiro de fuzil é atividade de fundamental importância dentro do Exército,já que a eficiência operacional de uma tropa está necessariamente ligada àcapacidade combativa de cada soldado. Esta capacidade de combater só poderáser elevada se o militar souber fazer uso eficiente do seu armamento individual.Portanto, atirar bem é uma necessidade. O aprendizado dos fundamentos e dastécnicas de tiro, na fase da instrução individual básica, deve ser conduzido deforma que todos os soldados aprendam a disparar um tiro com precisão. Osmilitares com desempenho deficiente devem ser recuperados. Os comandantesem todos os escalões devem estar compromissados inteiramente com osobjetivos individuais de instrução.

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f. A instrução de tiro, por suas características, é uma ferramenta importan-tíssima para o desenvolvimento de atributos relacionados à personalidade militar- os atributos da área afetiva. Durante as instruções, os militares terão aoportunidade de desenvolver autoconfiança, decisão, combatividade, coragem,disciplina, equilíbrio emocional, iniciativa, liderança, persistência, responsabilida-de e zelo, além de outros atributos. É importante salientar que tais objetivos serãouma conseqüência natural do desenvolvimento da instrução, e não devem ser umfim por si só. A finalidade precípua da instrução de tiro deve ser a aprendizagemdo tiro, nas melhores condições possíveis para que isso ocorra. As dificuldadesimpostas devem ser sempre planejadas para buscar o aperfeiçoamento, dentro daprevisão dos exercícios, sem perder de vista a finalidade principal da instrução.

g. Desta forma, o Manual de Campanha C 23-1 fornecerá a base deconhecimentos necessária para que os instrutores e instruendos possam atingirseus objetivos relacionados à instrução de tiro, além de permitir aos instruendos,monitores e instrutores conhecimentos e técnicas básicas de tiro de instrução ede combate.

1-2. OBJETIVOS DA INSTRUÇÃO DE TIRO

São objetivos da instrução de tiro:

a. desenvolver no militar a capacidade técnica e psicomotora para queaplique corretamente os fundamentos e técnicas de tiro;

b. habilitar o militar a ser um atirador eficiente, ou seja, um atirador queacerte seus alvos com rapidez e precisão, tanto nos tiros estáticos ou dinâmicos;

c. garantir a eficiência operacional da tropa através do aumento da eficiênciaoperacional de cada militar;

d. garantir o aprendizado dos fundamentos de tiro para que possam seraplicadas a qualquer tipo de armamento, se a situação o exigir;

e. desenvolver atributos da área afetiva, tais como autoconfiança, decisão,combatividade, coragem, disciplina, equilíbrio emocional, iniciativa, liderança,persistência, responsabilidade e zelo dentre outros;

f. selecionar os militares mais habilitados para o exercício de funçõesespecíficas que exijam um adestramento mais apurado em tiro; e

g. permitir aos instrutores e instruendos que os objetivos da instrução ouexercício sejam atingidos com metodologia.

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CAPÍTULO 2

A INSTRUÇÃO DE TIRO DE FUZIL

ARTIGO I

RESPONSABILIDADE DA INSTRUÇÃO

2-1. GENERALIDADES

a. Os comandantes de unidade (Cmt U) devem exercer, juntamente com osS/3 e S/4, o apoio e fiscalização sobre as instruções de tiro.

b. O apoio às instruções consiste em:(1) orientação de instrutores e monitores, na busca dos meios mais

adequados para a obtenção dos objetivos, dentro do que prescreve este manual;(2) desenvolvimento do gosto pelo tiro, através da busca incessante do

auto-aperfeiçoamento, inclusive com a participação dos militares em competi-ções desportivas.

c. A fiscalização exercida pelo comando da unidade deve ter como meta:(1) a aplicação de métodos e processos de instrução preconizados por

este manual;(2) a estrita observância das regras de execução nele previstas; e(3) a busca dos melhores resultados, assim como da recuperação dos

militares com desempenho deficiente.

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d. Fontes de consulta relacionadas ao tiro.

2-2. ATRIBUIÇÕES

a. Os Cmt, em todos os níveis, são responsáveis pela fiscalização dainstrução de tiro, inclusive no que se refere ao preenchimento e arquivamento dadocumentação de instrução e administrativa, principalmente borrões de tiro,boletins de existência de munição e registros de tiro das armas.

b. O Cmt da unidade deverá designar um oficial de tiro da unidade,encarregado da preparação dos quadros - instrutores e monitores - antes dasinstruções de tiro. Para essa função, deverá ser escalado o oficial mais capacitadoem tiro da unidade, dentre os instrutores de tiro, podendo este oficial acumularessa função com a de oficial de tiro da subunidade.

c. O comandante de subunidade (Cmt SU) é o responsável direto pelainstrução de tiro de seus comandados, para a qual deve voltar a maior atenção,dada a importância e natureza da atividade - emprego de munição real. Deveorientar e fiscalizar instrutores e monitores, estando ciente de que o sucesso dasinstruções depende da preparação técnica, da meticulosidade e da paciência

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desses militares. Deve ter em mente ainda que a atividade de tiro deve sedesenvolver progressivamente, e que as dificuldades a serem colocadas duranteos exercícios devem se restringir estritamente às previstas neste manual e nasfontes de consultas relacionadas ao tiro. Ademais, não deve admitir privações deespécie alguma que vão de encontro ao que prevêem os manuais. Deve entenderque os instruendos precisam criar gosto pela atividade, e que os militares comdesempenho deficiente necessitam ser recuperados a fim de que todos sejambons atiradores. Finalmente, deve entender que saber atirar bem é uma obrigaçãodo militar e que a sua ação é fundamental para que os militares de sua subunidadeatinjam esse nível. NÃO DEVERÁ PERMITIR QUE MILITARES NÃO HABILITA-DOS PORTEM ARMAS.

d. O Cmt SU deverá designar um oficial e um sargento de tiro da subunidadepara ministrar as instruções, basicamente a instrução de fundamentos de tiro, aInstrução Preparatória para o Tiro (IPT) e os exercícios de tiro. Para tal função,deverão ser escolhidos os militares mais capacitados em tiro da subunidade,(preferencialmente, o sargento de tiro será do pelotão do oficial de tiro dasubunidade).

e. O Oficial de tiro da Unidade e o Oficial de tiro da SU devem conduzir asinstruções de tiro com objetividade, responsabilidade, paciência e segurançabaseando-se, para isso, neste manual e na fontes de consulta relacionadas.Deverão escolher um sargento de tiro capacitado que auxilie nas instruções.

ARTIGO II

TERMINOLOGIA

a. Atirador - instruendo que realiza os exercícios de tiro.

b. Auxiliar de instrutor (Aux Instr) - oficial que auxilia o oficial de tiro nacondução dos exercícios de tiro.

c. Cavado do ombro - região côncava localizada entre o ombro e o peitoral.

d. Clicar - regular os aparelhos de pontaria.

e. Comandante da linha de tiro - oficial de tiro que emite todas as ordens quedevem ser observadas pelos atiradores.

f. Controlador de munição - graduado responsável pela distribuição demunição aos municiadores.

g. Dedos da mão - polegar, indicador, médio, anular e mínimo.

h. Descanso do gatilho - pequeno deslocamento do gatilho que não interferena ação de desengatilhamento da arma. Folga longitudinal da tecla do gatilho.

i. Falange - segmento dos dedos. Distal (da extremidade), medial (do meio)e proximal (mais próxima à palma da mão).

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j. Instrutor: o mesmo que oficial de tiro. É o responsável por conduzir asinstruções de tiro.

l. Lado da mão auxiliar - é o lado do corpo correspondente à mão auxiliar.

m. Lado da mão que atira - é o lado do corpo correspondente à mão que atira.

n. Maça de mira - mira; pequena saliência localizada na extremidadeanterior da arma.

o. Mão auxiliar - mão que não atira.

p. Mão que atira - mão que é usada para acionar o gatilho.

q. Monitor(Mon) - graduado que auxilia o oficial de tiro na condução dosexercícios de tiro.

r. Municiador - soldado que auxilia na distribuição de munição.

s. Obréia - pedaço de papel, ou adesivo, utilizado para tampar os impactosno alvo.

t. Oficial de tiro da Subunidade - oficial responsável pela execução dasinstruções de tiro, âmbito Subunidade. É o comandante da linha de tiro da SU.

u. Oficial de tiro da Unidade - oficial responsável pela execução dasinstruções de tiro, âmbito Unidade. É o comandante da linha de tiro.

v. Pulso do atirador - parte do corpo que une a mão ao antebraço.

x. Punho da arma - parte da arma que é segura pela mão que atira.

z. Sargento de tiro - sargento que auxilia o oficial de tiro nas instruções,podendo desempenhar a função de monitor.

aa. Série de atiradores - conjunto de atiradores necessários para aocupação da linha de tiro.

ab. Série de falhas - repetição da série de tiro para os atiradores das armasque apresentaram incidentes.

ac. Série de tiro - o mesmo que exercício de tiro(segundo IGTAEx).

ad. Sessão de tiro - são todos os exercícios de tiro realizados durante umajornada de instrução.

ae. Tiro em seco - consiste em disparar a arma, sem munição, usando ounão cartuchos de manejo, aplicando todos os fundamentos do tiro.

af. Tiro visado - tiro no qual se utiliza as miras do armamento

ag. “V” da mão - é a área da palma da mão auxiliar onde o fuzil fica apoiado.O polegar, em lado oposto aos demais dedos, forma uma curva semelhante à letra“V”.

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ARTIGO III

SEGURANÇA NA INSTRUÇÃO

a. Haverá um oficial no comando da linha de tiro em todos os exercícios(oficialde tiro) que terá seus comandos obedecidos pronta e irrestritamente, sendosomente dele emanados, a não ser em caso de emergência, ocasião em que ocomando de “SUSPENDER FOGO” poderá ser dado por qualquer militar.

b. Antes da execução do tiro real e logo após o término da última série detiro, todas as armas e carregadores deverão ser inspecionados. Caso existacartucho ou outro material no cano, este deverá ser retirado de imediato.

c. As munições de festim e de manejo serão sempre inspecionadas , umavez que pode haver munição real entre elas.

d. A manutenção antes e depois do tiro também visa à segurança, além daeficiência do armamento. Antes dos exercícios, todos deverão verificar o estadogeral do armamento e os itens de manutenção, identificando especialmente senão há fissuras no percussor ou se este não está quebrado.

e. A área do estande de tiro será demarcada com bandeirolas vermelhas eavisos de “PERIGO: TIRO REAL”, (além de luzes indicativas em caso de tironoturno). Os acessos devem ser sinalizados e obstruídos. A população deve seralertada, em caso de necessidade.

f. As armas serão sempre transportadas, no interior do polígono de tiro/estande, abertas, travadas e sem o carregador. Jamais alguém poderá tocar noarmamento ou permanecer com a arma fechada se houver pessoal à frente.

g. Antes de cada exercício de tiro, deverão ser citadas as Normas deSegurança, as quais deverão estar impressas em locais visíveis e distribuídas nolocal da instrução; a saber:

(1) é proibido fumar;(2) é obrigatório o uso do capacete balístico ou similar;(3) durante todo o período de permanência no estande e quando não forem

empregadas as armas deverão estar travadas, abertas e sem o carregador.(4) as armas que não estiverem na linha de tiro permanecerão em local

a elas destinado (indicar o local);(5) para as ações de municiar o carregador, alimentar, carregar, destra-

var, iniciar o tiro, verificar os impactos e ir à frente, os militares deverão aguardara ordem do comandante da linha de tiro;

(6) em nenhuma hipótese a arma da linha de tiro terá seu cano voltadoem outra direção que não seja a dos alvos;

(7) as armas estarão sempre abertas e não poderão ser tocadas casohaja alguém à frente da linha de tiro;

(8) todos deverão atender pronta e irrestritamente às ordens emanadaspelo comandante da linha de tiro;

(9) ao ser carregada, a arma deverá estar apontando para a linha de alvos,bem como o dedo indicador da mão que atira deve estar fora do gatilho;

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(10) qualquer pessoa que observar ocorrência de ato atentatório àsegurança deverá comandar “SUSPENDER FOGO”.

h. Nas situações de manuseio do armamento e no caso de incidentes e/ouacidentes de tiro, deverão ser executadas ações previstas nos Manuais Técnicospertinentes a cada arma. É muito importante que a equipe de instrução conheçaexatamente os detalhes de funcionamento, as medidas preliminares e ascaracterísticas do armamento utilizado.

i. É importante inspecionar a qualidade dos cartuchos e impedir quemunições danificadas ou com prazo de Exame de Estabilidade Química vencidosejam utilizadas no tiro.

j. O tiro somente deve ser realizado com apoio médico (pessoal e meios)adequado.

l. O controle visual da instrução, numa linha de tiro, conforme Fig 2-1, é umprocedimento indispensável. Para isto, devem ser observados os seguintesaspectos:

(1) após o término da série de tiro, o atirador, em silêncio, senta-se doispassos à retaguarda do seu posto de tiro;

(2) os militares da próxima série sentam-se a quatro passos da linha deatiradores; e

(3) não admitir conversas paralelas.

Fig 2-1. Posicionamento dos atiradores e da próxima série de atiradores

m. Segurança no tiro noturno(1) Para facilitar a identificação do alvo por parte do atirador é prudente

dividir a série em grupos de, no máximo, quatro atiradores (Fig 2-2), separadospelo intervalo de um alvo.

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Fig 2-2.

(2) Ao comando de “Carregar”, os Aux Instr/Mon acendem lanternas comfiltro vermelho, acompanhando os tiros do seu setor. As lanternas devem estardirecionadas ao comandante da linha de tiro.

(3) Ao término do exercício, eles inspecionam o setor que estiver sob suaresponsabilidade e, quando terminarem, sinalizam, piscando a lanterna para ocomandante da linha de tiro.

(4) Antes da verificação dos impactos, as armas serão inspecionadaspelos monitores (armas ao solo, travadas, abertas, sem o carregador e com ajanela de ejeção voltada para cima). Ao término do módulo e depois da última série,é necessário realizar a inspeção final.

ARTIGO IV

ORGANIZAÇÃO DA SESSÃO DE TIRO

a. A sessão de tiro deve ser organizada de forma a facilitar o aprendizadodos instruendos, a segurança do pessoal envolvido e o controle das armas emunições empregados. Na medida do possível, todo o conforto deve ser proporcio-nado, principalmente nas primeiras instruções, a fim de que o aprendizado sejafacilitado e o gosto pela atividade seja desenvolvido.

b. O Cmt da linha de tiro deverá ocupar posição central, de forma a controlarda melhor forma possível o andamento da instrução.

c. Os auxiliares de instrutor e monitores, em número de pelo menos um paracada vinte atiradores, deverão ser distribuídos ao longo da linha de tiro.

d. O cabo armeiro deverá acompanhar todas as instruções, a fim de sanaras panes não eliminadas no 1º escalão de Mnt.

e. Um graduado deverá manter o controle de toda a munição que deverá serdistribuída aos atiradores pelos municiadores.

f. À medida que forem terminando os seus exercícios de tiro, os atiradoresdeverão sentar, aproximadamente, a dois passos, à retaguarda da sua posição detiro (Fig 2-1), a fim de que os instrutores e monitores possam controlar e transitarpela linha de tiro. Aux Instr/Mon farão uma inspeção sumária das armas,verificando se estão abertas,descarregadas, travadas e sem carregador, e dandoo pronto ao comandante após a verificação de todas em seu setor. Para estainspeção da linha de tiro, é importante que os atiradores deixem seu armamento

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apontado para frente, com as janelas de ejeção voltadas para cima e oscarregadores com seus transportadores (ou afins) virados para a retaguarda.

g. Os atiradores, em caso de dúvida, deverão consultar, inicialmente, o AuxInstr/Mon do seu setor de tiro. Os militares que estiverem aguardando para atirar,só deverão opinar se autorizados pelo comandante da linha de tiro, auxiliares deinstrutor e monitores. Os exercícios de tiro deverão ser executados individualmen-te e com disciplina.

h. Depois de completados os exercícios, instrutor, auxiliares de instrutor emonitores irão à frente juntamente com os atiradores para a verificação dos alvose marcação dos borrões. Os borrões de tiro serão recolhidos e entregues ao oficialde tiro que providenciará seu arquivamento.

i. Os militares que tiverem desempenho inferior ao estabelecido pelaIGTAEx, deverão reiniciar os exercícios, tendo em vista a melhoria da sua atuaçãono tiro.

j. É obrigatória a presença de médico e de ambulância em qualquerinstrução com tiro real, sendo que este deverá conduzir material apropriado paraas possíveis lesões que ali possam ocorrer.

Fig 2-3. Exemplo de organização do estande e da instrução de tiro

l. Os materiais que devem ser conduzidos para o tiro são os seguintes:sistema de som, mesas de campanha, bancos de campanha, cola branca,tesoura, obréias adesivas ou de papel, alvos e molduras de reserva, capacete paraassistência, protetores de ouvido, óculos de proteção, grude, material de manu-tenção de armamento, pranchetas, canetas, lápis, borracha, manuais relaciona-dos com o tiro, fitas adesivas tipo crepe, martelo e prego.

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m. No planejamento da fase básica do período de instrução individual deveser previsto o tempo suficiente para as instruções de tiro. Como sugestão,considerando a inexperiência dos futuros atiradores, o instrutor de tiro podeintercalar, logo na primeira sessão, cartuchos de manejo com cartuchos M1. Estetipo de exercício propicia ao instrutor a oportunidade de identificar erros, principal-mente os de acionamento nos disparos com cartuchos de manejo, ao atiradorverificar se está fechando o olho, acionando o gatilho incorretamente, ouexecutando algo errado e ao atirador da próxima série, a oportunidade de, mesmosentado atrás da linha dos Aux Instr/Mon, poder observar os erros de procedimen-to e ouvir os comentários destes sobre as correções necessárias.

n. Quanto menor o número de atiradores por instrutor melhor será para orendimento da instrução.

o. Os Instr/Aux Instr/Mon não deverão jamais impor castigos ou limitaçõesnão previstas nos exercícios de tiro.

p. Instalar um sistema de som compatível que facilite o controle e as ordens.

ARTIGO V

MISSÕES DO OFICIAL DE TIRO DA UNIDADE E SUBUNIDADE

a. O oficial de tiro da unidade tem as seguintes missões:(1) assessorar o Cmt, S3 e S4 da unidade no planejamento das

instruções e exercícios de tiro;(2) ministrar instruções de fundamentos de tiro e aplicar oficinas da IPT

para os quadros da unidade, em especial os oficiais e sargentos de tiro dassubunidades, de acordo com o planejamento do S3, a fim de padronizar osconhecimentos e informações a serem repassadas aos instruendos. Essasinstruções deverão, obrigatoriamente, ser conduzidas antes da IPT dos recrutas,podendo ser repetidas por ocasião dos exercícios de tiro ao longo do ano deinstrução;

(3) fiscalizar as instruções ministradas dentro de cada subunidade, paraverificar o estrito cumprimento dos preceitos contidos neste manual, além deorientar os instrutores e monitores no que se fizer necessário.

(4) conduzir o tiro no âmbito da unidade, que não for executado no âmbitoda SU, em especial o TAT de oficiais e sargentos, competições de tiro e instruçõesdos quadros da OM.

b. O oficial de tiro da subunidade tem por missões:(1) ministrar a instrução de fundamentos de tiro e a IPT para os militares

da sua subunidade, em especial aos recrutas, fazendo a avaliação individual decada um e lançando a avaliação das oficinas da IPT em borrão específico, quedeverá ser arquivado apropriadamente;

(2) fazer os pedidos de material que forem necessários ao S4, por meiodo Cmt de SU e assessorado pelo sargento de tiro, a fim de conduzir a s instruçõese exercícios de tiro nas melhores condições possíveis;

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(3) verificar os militares da subunidade que farão cada exercício de tiro,de acordo com a distribuição das IGTAEx;

(4) preencher os borrões de tiro, juntamente com os Aux Instr/Mon,analisando os resultados;

(5) planejar e executar a recuperação dos militares que apresentaremdesempenho deficiente durante as sessões de tiro. Havendo disponibilidade depessoal e espaço no estande, os instruendos com deficiência deficientes poderãofazer treinamento com FAC (vide croqui de linha de tiro) antes do tiro real;

(6) fiscalizar a preparação do estande de tiro e das oficinas da IPT;(7) comandar a linha de tiro, sendo responsável pela disciplina e

segurança;(8) fiscalizar os militares na linha de tiro, orientando-os na execução

correta dos fundamentos de tiro e na clicagem do armamento;(9) verificar as condições de manutenção e segurança do armamento

antes, durante e depois dos exercícios de tiro;(10) acompanhar o controle de consumo de munição, cobrando do

graduado responsável pela distribuição dos cartuchos a quantidade consumida,sobras e falhas daquilo que foi utilizado na instrução;

(11) os Instr/Aux Instr/Mon deverão buscar sempre o alto rendimento dainstrução com a recuperação dos atiradores com baixo desempenho.

ARTIGO VI

SELEÇÃO DOS INSTRUTORES(OFICIAL DE TIRO), AUXILIARES DEINSTRUTOR E MONITORES DE TIRO

a. A seleção dos instrutores, auxiliares de instrutor e monitores de tiro é decapital importância para o rendimento na instrução.

b. São qualidades inerentes a esses militares todas aquelas que proporci-onarão confiança, segurança e tranqüilidade ao instruendo para que este possaaprender a atirar, deve ser paciente para repetir quantas vezes forem necessáriaso exercício até que o militar aprenda.

c. Deve ainda, se sentir motivado pela atividade de tiro, ser sério, dedicadoe preocupado com a segurança. Isso associado aos seus conhecimentos datécnica e dos fundamentos de tiro, bem como e do conhecimento do armamento,proporcionar-lhe-ão um alto rendimento e sucesso na instrução de tiro.

ARTIGO VII

SELEÇÃO E PREPARAÇÃO DAS ARMAS A SEREM UTILIZADAS NAINSTRUÇÃO

a. As armas que deverão ser utilizadas na instrução devem ser, preferen-cialmente as armas distribuídas aos militares de cada subunidade. O combatentedeve conhecer seu armamento e fazer sua regulagem, conforme a IGTAEx.

2-2

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2-11

C 23-1

b. Devem ser sanados todos os problemas do armamento que possamcausar incidentes, acidentes ou baixo rendimento durante os exercícios de tiro.O armamento deve estar em boas condições: cano sem ferrugem, assim comoas demais partes da arma, ausência de folgas, aparelhos de pontaria bem fixadose todos os itens de manutenção em dia.

c. Em relação ao fuzil, é importante salientar as seguintes observações:(1) o anel regulador do escape de gases deve proporcionar uma pequena

saída, a ser diminuída apenas em função da necessidade, caso haja insuficiênciade gases. O fechamento completo do orifício de escape de gases pode resultarna soltura do cilindro de gases, o que indisponibiliza o fuzil para o tiro;

(2) a manutenção do cano do fuzil FAL, por ocasião do tiro, aumenta suavida útil. Um mau rendimento no tiro, com grupamentos excessivamente espalha-dos, pode significar que o cano esteja descalibrado. Um fuzil FAL que sai defábrica passa por teste balístico, cujo resultado deve ser um grupamento de cincotiros inscritos em um quadrado de oito centímetros de lado a cinqüenta metros.O oficial de tiro pode fazer teste semelhante que INDICARÁ se o cano está ou nãoem boas condições. A condenação do armamento, porém, só poderá sercomprovada por teste conduzido em órgão especializado. A respeito desteassunto, a simples verificação feita apenas com calibrador de cano não indicacanos descalibrados em sua totalidade. O tiro de rajada também deve ser evitadocom o FAL, por ser um diminuidor da vida útil do cano;

(3) o percussor quebrado do FAL pode produzir um dos mais gravesacidentes, que é o disparo ocorrido antes do trancamento da arma, em virtude doafloramento da ponta do percussor, o que ocasiona a percussão precoce duranteo movimento do fechamento do ferrolho. Para evitar este acidente, deve ser feitaa verificação do percussor sempre antes do tiro, buscando quebra ou ranhuras queindiquem rachaduras;

(4) os aparelhos de pontaria devem estar bem fixados por ocasião do tiro.Um desvio de um milímetro nos aparelhos de pontaria ocasiona um erro de novecentímetros a cinqüenta metros, prejudicando sobremaneira o resultado. Nainspeção antes do tiro deve ser feita a verificação do estado dos aparelhos depontaria, observando-se especificamente a alça de mira. Se estes apresentaremfolga, deverão ser manutenidos, reparados ou substituídos, a fim de não prejudicaro tiro. O uso de uma liga elástica, que envolve a alça e a coronha da arma, atenuaesta folga originada de fábrica ou de uso constante.

ARTIGO VIII

A PROGRESSIVIDADE DA INSTRUÇÃO DE TIRO

a. As instruções de tiro devem seguir o fundamento da progressividade,segundo o qual as dificuldades surgirão de forma progressiva e serão vencidaspouco a pouco pelos militares instruendos.

b. A atividade do tiro requer a criação de procedimentos mentais comple-xos, que devem ser aprendidos de forma favorável.Um conforto inicial e o que forpermitido pelo exercício devem ser proporcionados na fase de aprendizagem. Com

2-2

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2-12

isso, o gosto pela atividade, que é importante na criação dos reflexos condiciona-dos, fará parte das atitudes do atirador.

c. Não poderão ser permitidos castigos físicos.

d. O baixo rendimento deve ser analisado em busca da solução, inclusivecom a análise do armamento.

e. Os militares com fraco desempenho deverão iniciar uma recuperação daeficácia de tiro na primeira oportunidade.

f. As instruções devem começar à curta distância até a distância deutilização de combate, de competição e de tiro de caçador, considerando-se quea dificuldade sempre será gradual.

g. Da mesma forma, as instruções serão inicialmente estáticas (tiro de linhade tiro), passando depois aos tiros dinâmicos (em pistas de tiro) até chegar aotiro sob estresse.

h. A falta de progressividade da instrução pode causar desmotivação,bloqueio psicológico e acidentes.

ARTIGO IX

EXECUÇÃO DOS EXERCÍCIOS DE TIRO

2-3. GENERALIDADES

a. Todos os módulos de tiro estão previstos nas Instruções Gerais de Tirocom o Armamento do Exército (IGTAEx) e devem ser cumpridos na íntegra.

b. Ao mesmo tempo em que é executado o tiro real, deve ser montado, àparte, no próprio estande, (observando-se as Normas de Segurança), uma linhade tiro de ar comprimido (Fig 2-4). Um Aux Instr/Mon conduzirá várias séries detiro de Car 4,5 mm com os atiradores com menções inferiores a “R”.

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Fig 2-4.

c. Devem ser executados treinamentos de tiro em seco com os militares queestiverem aguardando para realizar o tiro real e, depois, com o restante dosatiradores.

d. Os atiradores com desempenho insuficiente devem receber instruçãopreliminar, executando os exercícios dos itens “b” e “c” citados acima; executaro tiro e; caso necessário, realizar recuperação do exercício, logo após o términoda última série.

e. No tiro de instrução básico, é necessário realizar as sessões iniciaisintercalando munição real com munição de manejo. Este procedimento auxilia aidentificação de erros de acionamento.

f. O borrão de tiro é um documento. O correto preenchimento e o seuarquivamento são fundamentais para o controle da instrução. O borrão deve serconfeccionado de acordo com os exercícios que serão executados na jornada. Asfiguras abaixo servem de exemplo.

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Fig 2-5. Ficha de avaliação da IPT

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Fig 2-6. Exemplo de borrão de tiro

Extrato da IGTAEx 2001(TIB página 11-40) usado como referência para opreenchimento do borrão da Fig 2-6.

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Fig 2-7. Extrato da IGTAEx 2001

g. Constituição da equipe de instrução de tiro(1) Instrutor de tiro(2) Médico(3) Auxiliares de instrutor/monitores: um para, no máximo, 20 atiradores,(4) Controlador de munição(5) Municiadores (no mínimo dois)(6) Cabo armeiro(7) Motorista da ambulância(8) Equipe de segurança: constituição variada (depende do tamanho e

localização do estande)

h. Segurança de terceiros - Procedimentos a serem realizados antes deiniciar o tiro.

(1) Para estandes fora da OM: verificar se civis ou outros militarescirculam pelas imediações do estande.

(2) Utilizar a Eqp Seg para bloquear os acessos ao estande de tiro(3) Para estandes dentro da OM: certificar se os militares da OM estão

cientes da realização do tiro (avisos em formaturas, previsão em QTS, vias deacesso interditadas, etc)

2-4. DESENVOLVIMENTO

a. Seqüência e Comandos de Tiro(1) Manutenção do armamento: o instrutor deve determinar a desmontagem

de 1º escalão dos fuzis, a fim de inspecionar as peças móveis: numeração doferrolho e do impulsor do ferrolho, situação do percussor, mola do percursor etc.O cabo armeiro deve assistir os militares nesta desmontagem/montagem. Armascom peças trocadas ou danificadas não podem ser utilizadas no tiro.

oicícrexEorited

oãçisoPropsoriT

memohovlA sominímseõrdaP

101 adaiopAadatieD 4

6Amocodrocaed,IuoR,B,BM,E.oritedotnemapurgodohnamat

201 adatieD 4

301 adaiopaadahleojA 4

401 odasivéP 22A .ateuhlisanotcapmi1

501 odasivéP 2

601 odasivoãnéP 3

2A

.onrutonoritarapotnemanierT

701 odasivoãnéP 3 mocodrocaed,IuoR,B,BM,E.ateuhlisansotcapmiedoremún801 odasivoãnéP 3

2-3/2-4

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C 23-1

(2) Verificar se os instruendos estão com proteção auditiva(3) Inspeção inicial : Dispor a tropa em coluna por dois, com intervalo de

03 (três) passos, frente para o interior, na posição de descansar; emitir asseguintes ordens: “PREPARAR PARA INSPEÇÃO!”, “PARA INSPEÇÃO,POSIÇÃO!”(Fig 2-8), “APÓS A INSPEÇÃO, ABAIXEM A ARMA E PERMANE-ÇAM NA POSIÇÃO DE DESCANSAR!”;

(4) Ambientação com os procedimentos no estande e com o tiro:(a) apresentar a equipe de instrução e de apoio, explicando a função

de cada um de seus integrantes;(b) persuadir os instruendos a executarem corretamente os funda-

mentos do tiro, para que estejam em condições de usar de forma adequada oarmamento, relembrando estes fundamentos;

(c) mostrar a disposição dos meios no estande;(d) explicar como as atividades serão desenvolvidas;(e) explicar o procedimento em caso de incidente de tiro (falhas): o

atirador, em silêncio, permanece na posição de tiro, levanta o braço da mão queatira e aguarda a presença do Aux Instr/Mon, para que este possa assisti-lo nasolução da pane.

(f) demonstrar a seqüência das ações a serem desenvolvidas pelosatiradores;

(g) ler as Normas de Segurança (letra h. do Artigo III, Capítulo 2);(h) questionar alguns atiradores, para verificar se entenderam o que

foi explicado;(i) perguntar se existe dúvida.

(5) Organizar as séries de atiradores.(6) Dispor a tropa conforme a figura 2-3.(7) Recomendar aos atiradores que, ao término de cada série de tiro,

permaneçam sentados a dois passos da retaguarda do posto de tiro, mantenhama arma ao solo, travada, aberta, com a janela de ejeção para cima e o carregadorcom o transportador voltado para a retaguarda.

(8) Após a 1ª série ocupar a linha de tiro, comandar: “ATIRADORES,ARMAS AO SOLO, TRAVADAS, ABERTAS E SEM CARREGADOR; JANELA

Fig 2-8.

- “Preparar para a inspeção!” - os militarescolocam a arma, travada, sobre o ombro esquer-do, com a janela de ejeção aberta e o carregadorna mão direita com o transportador voltado parafrente.

- “Para a inspeção, posição!” - os atirado-res unem os calcanhares

2-4

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DE EJEÇÃO PARA CIMA E CARREGADOR COM O TRANSPORTADORVOLTADO PARA A RETAGUARDA. SENTADOS!”.

(9) “IDENTIFIQUEM SEUS ALVOS!”. Os atiradores levantam o braço ecitam número do alvo (da esquerda para direita e em ordem crescente).

(10) “PREENCHAM OS BORRÕES DE TIRO!”. Explicar como preen-cher.

(11) “A PARTIR DE AGORA, CINCO MINUTOS DE TREINAMENTO DETIRO EM SECO E DAS POSIÇÕES DE TIRO!”. Ressaltar as características decada posição enquanto estiver corrigindo os instruendos; usando um sistema desom.

(12) “TREINAMENTO ENCERRADO! ARMAS AO SOLO, TRAVADAS,ABERTAS E SEM CARREGADOR; JANELA DE EJEÇÃO PARA CIMA ECARREGADOR COM O TRANSPORTADOR VOLTADO PARA A RETAGUAR-DA. SENTADOS!”. Descrever o exercício a ser realizado.

(13) “MUNICIAR __ CARREGADOR(ES), CADA UM COM __CARTU-CHOS!”.

(14) “TOMAR A POSIÇÃO _________!”.(15) “ALIMENTAR!”. Verifique se alimentaram as armas.(16) “CARREGAR!”. Verifique se carregaram.(17) “TRAVAR!”.(18) “ATIRADORES PRONTOS?”. Neste momento, os monitores levan-

tam o braço, sinalizando para o comandante da linha de tiro, abaixando-o somentequando todos estiverem prontos.

(19) “DESTRAVAR AS ARMAS!”.(20) “ATENÇÃO!”. Apitar ou comandar “FOGO A VONTADE!”.(21) Apitar para terminar ou comandar “CESSAR FOGO!”.(22) “FALHAS?”. Sanar os incidentes (se houver) para prosseguir com os

exercícios. Os Aux Instr/Mon devem acompanhar, individualmente, cada atirador,auxiliando-o, conforme o caso, a fim de resolver o incidente com a arma.

(23) Quando não houver mais falhas comandar “EXERCÍCIO DE TIROTERMINADO! ATIRADORES, ARMAS AO SOLO, TRAVADAS, ABERTAS ESEM CARREGADOR; JANELA DE EJEÇÃO PARA CIMA E CARREGADORCOM O TRANSPORTADOR VOLTADO PARA A RETAGUARDA”. AUX INSTR/MON, VERIFIQUEM A SEGURANÇA DA LINHA DE TIRO!”.

(24) Após o sinal positivo dos monitores: “LINHA DE TIRO EM SEGU-RANÇA! ATIRADORES DE PÉ! À FRENTE VERIFICAR OS RESULTADOS!”;

(25) Depois de encerrado o último exercício de tiro, de cada série deatiradores, o instrutor, auxiliado pelos Aux Instr/Mon, faz a inspeção final naprópria linha de tiro.

b. Verificação dos resultados(1) Durante a verificação dos alvos, os atiradores anotam os impactos no

borrão de tiro, um monitor anota em uma folha o desempenho (E, MB, B, R ou I)e recolhe os borrões dos militares aptos. Os resultados insuficientes têm que serrecuperados.

(2) O(s) monitor(es) que permanece(m) na linha de tiro organiza(m) opróximo rodízio.

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(3) A série de espera recolhe estojos vazios e em seguida, retorna ao seulugar, de frente para o alvo sem tocar no armamento.

(4) A próxima série se prepara para ocupar a posição de espera.(5) O cabo armeiro anota o número das armas com as respectivas

quantidades de tiros, além de registrar, se for o caso, as panes, incidentes ouproblemas apresentados.

(6) Os soldados auxiliares e os atiradores tampam os furos nos alvos.(7) Após o término dos exercícios de tiro previstos, os atiradores com

resultado satisfatório seguem para a manutenção do armamento, coordenadapelo cabo armeiro. Os militares deficientes realizarão exercícios de tiro em secoou tiro com FAC.

2-5. CONTROLE DA INSTRUÇÃO

É importante que o oficial Cmt da linha de tiro acompanhe, antes, durantee após o exercício, o trabalho dos seus auxiliares, a fim de providenciar, medianteParte, as seguintes informações:

a. Situação do armamento: neste item relaciona-se a numeração do fuzilcom o número de disparos efetuados pela arma. É necessário especificar asarmas que apresentaram mau funcionamento, tiveram peças danificadas oucausaram acidente de tiro.

b. Resultados individuais: na Parte, os borrões de tiro são anexados,emitindo parecer, indicando os militares que não atingiram resultado satisfatório.Estes militares não deverão portar armamento.

c. Consumo de munição: neste item são relacionadas as quantidades, porlote, de cartuchos consumidos, de cartuchos danificados e de cartuchos devol-vidos.

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2-20

Fig 2-9.

(1) Durante a instrução, o graduado responsável pela munição deve usara ficha abaixo (Fig 2-9) como ferramenta de controle.

(a) Extra: é a munição distribuída além do previsto. Exemplo: Munpara substituir Car danificado no carregamento.

(b) Sobra: é a munição distribuída e não utilizada. Exemplo: o atiradornão termina a série de tiro dentro do tempo determinado.

(c) Os municiadores, entregando munição extra para os Aux Instr/Mon ou recebendo as sobras destes, informam imediatamente o fato ao graduadocontrolador da munição.

(2) Os acidentes ocorridos durante a instrução deverão ser administradosde acordo com o previsto no Programa de Instrução Militar(PIM).

2-6. CONCLUSÃO

Ao término do exercício de tiro, é feita uma análise, em que se procuramostrar os pontos a serem melhorados, ressaltando-se os aspectos positivos.

2-7. PRESCRIÇÕES DIVERSAS

a. Medidas administrativas(1) Previsão de consumo de munição - Conciliar a quantidade prevista

para o consumo, segundo a IGTAEx e a disponibilidade de cartuchos pelasdotações da OM. Estas são regulamentadas por portarias específicas, sendoconveniente consultá-las junto à 4ª seção e ao oficial de munição da OM.

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(2) Pedido de munição - Normalmente é feito por meio da SU ao FiscalAdministrativo da OM (4ª seção).

(3) Pedido de apoio médico - Normalmente é feito por meio da SU aoFiscal Administrativo da OM (4ª seção).

(4) Pedido de estande - Normalmente é feito por meio da SU ao Oficialde Operações da OM (3ª seção).

b. Aquisição de Alvos e Obréias(1) Os alvos e obréias podem ser adquiridos no EGGCF ou em gráficas

especializadas. Na impossibilidade de comprá-los, os alvos poderão ser confec-cionados de maneira artesanal, usando-se cartolina ou outro papel e tinta preta.Cria-se uma moldura de borracha ou madeira e pinta-se o interior com rolo oupincel.

(2) Tamanho do alvo: o alvo padrão é o alvo A2, representando a silhuetade um homem em pé. Os tiros visados com fuzil objetivam acertar um homem a200 metros. (Fig 2-10)

Fig 2-10

(3) Em estandes reduzidos, bem como para a confecção dos meiosauxiliares de instrução, é recomendável utilizar alvos com dimensões reduzidasem escala, proporcionais à distância operacional (200 m), possibilitando aoinstruendo sempre a mesma fotografia.

Exemplo:(a) Pela regra de três

A CB D

(b) Estande de 50 m à 200/50 = ¼ à FATOR MULTIPLICADOR(c) Multiplicam-se pelo fator multiplicador todas as dimensões do alvo:

36 cm x ¼ ; 56 cm x ¼ ; 20 cm x ¼ ; 16 cm x ¼ , pois ¼ é o valorde 200 m dividido por 50

2-7

=

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2-22

(d) Os alvos reduzidos podem ser impressos, com menor custo, emimpressoras de computador, em fotocopiadoras ou pintados com tinta preta(pintam-se várias folhas para depois recortá-las nas medidas desejadas).

(4) As obréias ideais são as do tipo adesivas, pela facilidade demanuseio, agilizando o trabalho de trincheira, tendo em vista que são limpas e decusto relativamente baixo. Podem também ser confeccionadas de papel picotadocom cola à base de farinha de trigo.

(5) As molduras podem ser confeccionadas com diversos materiais(papelão, madeira, isopor, pano, etc). São numeradas e devem permanecer firmese resistentes às condições adversas do tempo, como chuvas e ventos fortes.

Fig 2-11. Exemplo de moldura

Fig 2-12. Moldura utilizando isopor

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3-1

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CAPÍTULO 3

FUNDAMENTOS DE TIRO DE FUZIL

3-1. GENERALIDADES

a. O tiro preciso é um conjunto de ações muito simples e interligadas. Osfundamentos do tiro são aspectos básicos que devem ser perfeitamente compre-endidos neste processo, sendo são apresentados na seqüência natural das açõespara realização de um disparo com o fuzil. Se o atirador executá-los corretamente,terá maior êxito na realização de tiros em alvos de instrução e no combate. Osfundamentos de tiro são a posição estável, a pontaria, o controle da respiração eo acionamento do gatilho. Todos os fundamentos devem ser executados de formaintegrada. O atirador deve utilizar a estrutura óssea do corpo como apoio,procurando amenizar a fadiga precoce dos músculos envolvidos na posição, emespecial na deitada e ajoelhada.

b. Os fundamentos de tiro de fuzil serão detalhados nos artigos a seguir.

ARTIGO I

POSIÇÃO ESTÁVEL

3-2. DEFINIÇÃO

É o sistema formado pela empunhadura e a posição de tiro, objetivando amenor oscilação do conjunto arma-atirador. Sempre que possível, o atiradordeverá procurar utilizar qualquer tipo de apoio (sacos de areia, árvores, troncos,pneus, colunas etc.) para a realização do tiro, pois, além de permitir uma posiçãomais estável, poderá servir também de abrigo. Vale ressaltar que, em algumassituações, o atirador não contará com apoios. Para manter uma boa estabilidade,qualquer que seja a posição de tiro, é necessário uma força muscular que sustenteo peso da arma e tenha como resultante a firmeza da arma e da posição de tiro.

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3-2

3-3. CONCEITOS

a. Arco de movimento - São movimentos constantes do corpo do atiradorque influenciam o grupamento de tiro e são notados durante a pontaria.

b. Estabilidade da posição - Situação ocorrida quando ao assumir aposição de tiro, o atirador possui um arco de movimento reduzido.

c. Firmeza - É qualquer ação exercida sobre a arma ou musculatura queresulte em estabilidade.

d. Contração - É a força muscular exercida sobre a arma ou musculaturaque resulte em instabilidade e fadiga precoce da musculatura, respectivamente.

e. Zona natural de pontaria - Ao assumir naturalmente a posição de tiro,o fuzil do atirador aponta para uma determinada direção. A direção apontada e aoscilação do corpo determinam a zona natural de pontaria. Caso esta zona nãocoincida com o alvo, o atirador deve corrigir a posição de tiro para que istoaconteça. Se o atirador forçar a posição de tiro na direção do alvo, diminuirá aestabilidade da posição bem como a probabilidade de acerto. Quanto maisfreqüente for a prática do atirador, melhor será a capacidade de fazer com que azona natural de pontaria seja a região do alvo ao assumir a posição de tironaturalmente.

3-4. EMPUNHADURA

É o ajuste das partes do corpo à arma, proporcionando firmeza ao conjunto,facilitando a realização da pontaria e o correto acionamento do gatilho.

a. Pontos de contato do corpo do atirador com a arma(1) a mão que atira segura o punho da arma e pressiona o gatilho;(2) a mão auxiliar segurando as placas do guarda-mão, no “V” da mão;(3) o cavado do ombro prende a chapa da soleira;(4) a cabeça do atirador pende sobre o delgado da coronha.

b. O atirador deve buscar(1) não comprimir excessivamente a arma com a mão auxiliar, pois

somente a força muscular é suficiente para dar firmeza à posição estável;(2) manter o fuzil firme no cavado do ombro;(3) a cabeça pende ereta sobre o delgado da coronha;(4) a mão que atira empunha a arma com firmeza.

3-3/3-4

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3-3

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Fig 3-1. Empunhadura

Fig 3-2. “V” da mão

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3-4

3-5. POSIÇÕES DE TIRO

a. Generalidades - A posição de tiro deverá propiciar ao atirador estabili-dade e conforto (este último quando possível), possibilitando assim uma corretaempunhadura e pontaria. Ela reduzirá o arco de movimento do atirador, permitindoa ele melhores condições para realizar um acionamento correto. A diminuição doarco de movimento é conseqüência, portanto, da posição de tiro e, principalmente,do treinamento constante. As posições de tiro aqui apresentadas são básicas epartem sempre da posição inicial. A escolha da melhor posição de tiro, ou umavariação desta, será feita em função da situação do terreno, do inimigo ou dosmeios disponíveis para apoio e abrigo.

b. Posição Inicial - É a posição utilizada para o início dos exercícios detiro no estande (Fig 3-3). Os detalhes da posição ajoelhada são:

(1) o atirador fica de frente para o alvo, com os pés afastados entre si auma distância correspondente à largura dos ombros (opção para o pé do lado damão auxiliar, um pouco à frente);

(2) a mão auxiliar segura a placa do guarda-mão;(3) a mão que atira segura o punho do fuzil, na altura da cintura, com o

cano voltado para frente.

Fig 3-3. Posição inicial

c. Posição deitada - Esta posição de tiro naturalmente possibilita maiorestabilidade ao atirador por possuir maior superfície de apoio, bem como ter seucentro de gravidade próximo ao solo (Fig 3-4). Os fundamentos da posição de tirodeitada são:

3-5

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3-5

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(1) deitar de frente, com o corpo em ângulo de aproximadamente 30o emrelação à direção de tiro, para o lado da mão auxiliar;

(2) a perna do lado da mão que atira ligeiramente flexionada, aliviando omovimento do diafragma na respiração e proporcionando, ao lado da mão auxiliar,um maior contato com o solo;

(3) a perna do lado da mão auxiliar naturalmente estendida no prolonga-mento da coluna vertebral;

(4) o cotovelo do lado da mão auxiliar apoiado o mais baixo possível daarma e antebraço tocando o carregador;

(5) a chapa da soleira no cavado do ombro;(6) cotovelo do lado da mão que atira apoiado naturalmente ao lado do

corpo;(7) a mão que atira empunha o fuzil, trazendo-o de encontro ao ombro do

lado que atira, dando-lhe firmeza;(8) a cabeça deve estar na vertical, com o seio da face apoiado sobre a

coronha e com a musculatura do pescoço descontraída.

Fig 3-4. Posição de tiro deitada

d. Posição ajoelhada - É uma posição de boa estabilidade, baseada nacorreta distribuição do peso do conjunto arma atirador (Fig 3-5 e 3-6). Osfundamentos da posição ajoelhada são:

(1) girar aproximadamente 45º em relação à direção de tiro, para o ladoda mão que atira;

(2) Dar um passo à frente com a perna do lado da mão auxiliar,ajoelhando-se sobre a perna do lado da mão que atira;

(3) o calcanhar encaixa no vão entre as nádegas;(4) a perna do lado da mão auxiliar permanece na vertical ou com o pé um

pouco à frente, mantendo-o paralelo à outra perna;(5) o peso do corpo distribuído igualmente pelos três pontos de apoio do

conjunto (joelho, pé do lado da mão que atira e pé do lado da mão auxiliar),formando uma boa base (triângulo eqüilátero);

3-5

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3-6

(6) o cotovelo do lado da mão auxiliar apoiado no joelho, ultrapassando-o ligeiramente e antebraço tocando o carregador;

(7) a chapa da soleira colocada no cavado do ombro;(8) a mão que atira empunha o fuzil trazendo-o, firmemente, de encontro

ao cavado do ombro, resultando em firmeza;(9) cabeça na vertical, apoiando a bochecha sobre a coronha e

descontraindo a musculatura do pescoço;(10) a posição de tiro ajoelhada comporta ainda três tipos de colocação

do pé do lado que atira ,podendo ser utilizadas de acordo com a individualidadedo atirador.

Fig 3-5. Posição de tiro ajoelhada

Fig 3-6. Colocação do pé do lado da mão que atira na posição ajoelhada

f. Posição de pé - Oferece menos apoio e estabilidade ao atirador. Estaposição facilita o engajamento de alvos em movimento e em várias direções.Apesar de ser menos estável (por depender da sustentação muscular), a posiçãopermite tiros precisos com boa cadência (Fig 3-7). Os fundamentos da posiçãode tiro de pé são:

(1) dar um passo à frente com a perna do lado da mão auxiliar e flexioná-la ligeiramente;

(2) a perna do lado da mão que atira permanece estendida;(3) o tronco inclina-se para a frente, no prolongamento da perna estendida;

3-5

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3-7

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(4) a mão que atira empunha o fuzil, puxando-o, firmemente, de encontroao cavado do ombro;

(5) a cabeça deve estar na vertical, apoiando o seio da face sobre acoronha e relaxando a musculatura do pescoço;

(6) a chapa da soleira fica pouco acima do cavado do ombro em relaçãoà posição deitada e ajoelhada.

Fig 3-7. Posição de tiro de pé

3-5

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C 23-1

3-8

ARTIGO II

PONTARIA

3-6. GENERALIDADES

a. A pontaria é o fundamento de tiro que faz com que o atirador direcionesua arma para o alvo.

b. Apontar para o alvo significa alinhar os aparelhos de pontaria do fuzilcorretamente com o alvo.

c. O ser humano possui um de seus olhos com melhor capacidade deapontar que o outro, denominado olho diretor. Este, sempre que possível, deve serutilizado para realizar a pontaria, desde que seja do mesmo lado que o atiradorprefira atirar em função da sua habilidade motora. Caso este lado não sejacorrespondente ao olho diretor, o atirador deve escolher sua posição de tiro deacordo com o lado que possui mais coordenação para disparar, não utilizando oolho diretor para a pontaria.

d. A pontaria sempre será realizada no centro do alvo, por ser o local ondehá maior probabilidade de acerto devido à massa exposta e por ser região vital docorpo humano.

3-7. ELEMENTOS DA PONTARIA

a. Linha de mira (LM) - Linha imaginária que une o olho à maça de mira,passando pela alça. Ela é responsável pelo alinhamento do armamento com adireção de tiro. Qualquer erro provoca um desvio angular do ponto de impacto (alvo)em relação ao ponto visado. (Fig 3-8)

Fig 3-8. Linha de mira

3-6/3-7

MAÇA DEMIRA

LINHA DEMIRA

ALÇA DEMIRA

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b. Linha de visada (LV) - Linha imaginária que se constitui no prolonga-mento da linha de mira até o alvo.

Fig 3-9. Linha de visada

c. Fotografia - Imagem obtida quando se realiza a pontaria. Para tanto, énecessário, no tiro de fuzil, focalizar o topo da maça de mira, através do centro dovisor da alça e colocá-lo no centro do alvo. As abas de proteção da maça de miranão são utilizadas na pontaria. Como o cérebro trabalha com imagens, a fotografiacorreta deve ser permanentemente buscada pelo atirador até o momento dodisparo. (Fig 3-10)

Fig 3-10. Fotografia correta

3-7

LINHA DEVISADA

MAÇA DEMIRA

ALÇA DEMIRA

ALVO

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3-10

d. Distância para a alça - Distância compreendida entre o olho do atiradore a alça de mira, de aproximadamente 4 dedos. Esta distância permitirá atingirrapidamente a imagem da fotografia correta.

Fig 3-11. Distância para alça

e. Foco na maça - O olho humano não consegue focalizar, ao mesmotempo, objetos em planos diferentes. Portanto, durante a pontaria, só se podefocalizar, nitidamente, um dos três planos da fotografia: a alça, a maça ou o alvo.Para uma perfeita fotografia, deve-se focalizar com clareza (nitidamente) a maçade mira. Nesta situação ela se encontrará naturalmente centrada em relação àalça, obtendo-se a linha de mira. A partir daí, basta direcionar o topo do pino damaça de mira para o centro do alvo, que permanecerá embaçado até o momentodo disparo. Focando a alça ou o alvo, a maça ficará embaçada permitindo que ummínimo desvio seja imperceptível, mas provoque uma grande dispersão. O atiradortem que acreditar que o mais importante é focar a maça de mira. (Fig 3-12 e 3-13)

Fig 3-12. Erros de linha de mira

3-7

OLHO ALÇA DE MIRA

4 DEDOS

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3-11

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Fig 3-13. Erros de linha de visada

ARTIGO III

CONTROLE DA RESPIRAÇÃO

3-8. FUNDAMENTOS DO CONTROLE DE RESPIRAÇÃO

a. Durante o ciclo respiratório, entre uma expiração e a próxima inspiração,existe uma pausa respiratória natural, momento em que o diafragma estátotalmente relaxado.

b. Nos tiros de precisão, o atirador deverá prender a respiração nesta pausarespiratória natural (que se inicia ao final da expiração), prolongando-a enquantorealiza o acionamento. É importante, para a realização de um bom disparo, queo prolongamento da pausa respiratória não ultrapasse, em média, 10 segundos.Caso contrário, prejudicará a oxigenação do organismo, provocando tremoresmusculares e vista embaçada. Além de prejudicar o aspecto físico, aumenta aansiedade e a tensão no atirador que, por fim, acabará executando um mauacionamento do gatilho. Neste caso, quando o tempo for suficiente, o atiradordeverá ser orientado para que, não conseguindo realizar o disparo neste intervalo,desfaça a pontaria, volte a respirar e reinicie todo o processo. Com o treinamento,deverá aprender a realizar o disparo antes de começar a sentir-se incomodadocom a pausa respiratória. Caso o atirador tenha que realizar tiros subseqüentes,ele deve prolongar a pausa entre eles ou, necessitando de ar, respirar rapidamentee continuar os disparos. (Fig 3-14)

3-7/3-8

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3-12

Fig 3-14. Controle da respiração

ARTIGO IV

ACIONAMENTO DO GATILHO

3-9. FUNDAMENTOS DO ACIONAMENTO DO GATILHO

a. Durante o acionamento, o atirador deve ter em mente: manter a posiçãoestável, focalizar a maça, procurar colocá-la no centro do alvo, prender arespiração e aumentar, suave e progressivamente, a pressão na tecla do gatilhoaté após ocorrer o disparo.

b. O dedo indicador toca a parte central da tecla do gatilho com a regiãoentre a parte média da falange distal e a sua interseção com a falange média.

c. A pressão deve ser exercida de forma suave e progressiva, semmovimentos bruscos, para a retaguarda e na mesma direção do cano da arma,sem vetores laterais. É importante não alterar a firmeza da empunhadura durantea compressão do gatilho, ou seja, o movimento do indicador deve ser totalmenteindependente da empunhadura, mantendo-se, em conseqüência, a posiçãoestável e sem desfazer a pontaria. (Fig 3-15)

3-8/3-9

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3-13

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Fig 3-15. Sentido da força do acionamento

3-10. ERROS NO ACIONAMENTO DO GATILHO

a. Ao executar a pontaria é desejável que o atirador permaneça com a armasobre o ponto visado, mantendo a linha de visada. No entanto, sempre há umapequena oscilação, mais sentida quanto maior a distância do alvo, maior ainstabilidade da posição e menor o treinamento. Esta situação, aliada à ansiedadede acertar, faz com que o atirador cometa erros no acionamento, obtendo mausresultados.

(1) Gatilhada - o atirador “comanda” o disparo, acionando bruscamenteo gatilho quando julga visualizar a fotografia ideal. Com isso, ao invés de atingir oalvo no ponto desejado, pode deixar de acertá-lo.

(2) Antecipação - outra conseqüência de comandar o tiro é a antecipaçãode reações ao disparo. O atirador pode ser levado a aumentar a pressão daempunhadura e a forçar o punho para baixo como para compensar o recuo daarma.

(3) Esquiva - Pode ainda ocorrer a esquiva, na qual o atirador projeta oombro para trás procurando fugir do recuo. Muitas vezes, o atirador chega a fecharos olhos antes do disparo, perdendo a fotografia.

3-11. ACOMPANHAMENTO

a. É a fase que se inicia após fuzil ser disparado. É um fundamento queexige bom domínio dos demais para ser aplicado corretamente.

b. O acompanhamento consiste nas seguintes ações:(1) procurar manter a linha de mira, com o foco na maça;(2) continuar a acionar a tecla do gatilho até o final de seu curso da mesma

forma que vinha sendo feita antes do disparo;(3) manter o apoio da cabeça na coronha;

3-9/3-11

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3-14

(4) manter o mesmo nível de tensão muscular da posição e firmeza naempunhadura;

(5) evitar qualquer reação ao recuo ou ao estampido do tiro;(6) liberar a tecla do gatilho somente após a linha de visada ter sido

restabelecida.

c. O acompanhamento é essencial para a boa execução do tiro, permitindoainda maior facilidade no engajamento de alvos subseqüentes. Se realizadocorretamente auxilia na concentração na pontaria nos momentos finais dodisparo.

3-12. INDICAÇÃO DO TIRO (“CANTADA")

a. Indicar o tiro é a capacidade do atirador saber onde o projétil atingiu o alvoimediatamente após ter sido disparado. Normalmente alvos humanos são fugazese movem-se após terem sido atingidos. O atirador deve ser capaz de dizerprecisamente o local provável de impacto do tiro para auxiliar na confirmação doacerto do alvo.

b. O tiro é indicado pelo atirador pela relação entre o local onde o fuzil estavaapontado no momento do disparo e o ponto de pontaria no alvo (a princípio, o centrode maça), por meio do processo do relógio, observando a direção e distância.

c. A imagem da indicação do tiro é a fotografia que o atirador observaimediatamente após o desengatilhamento e antes do início do recuo do fuzil. Casoa pontaria esteja correta, no centro do alvo, a cantada será a fotografia correta.

d. A partir do momento em que o atirador consegue realizar a cantadacorretamente, significa também que está aplicando corretamente os fundamentosde tiro. Quanto mais experiente, mais precisas serão as cantadas do atirador.

e. Inicialmente é uma técnica difícil de ser executada. O acompanhamentocorreto do tiro facilita a cantada.

f. Para o atirador cantar o tiro, o fuzil, logicamente, deverá estar clicado paraacertar o ponto visado na distância em que o atirador estiver disparando. Somenteestando hábil em cantar o tiro, o atirador poderá realizar a clicagem do armamentoe determinar corretamente a alça de combate do fuzil.

g. A cantada correta indica que o atirador está realizando e dominando osfundamentos de tiro corretamente

ARTIGO V

AÇÃO INTEGRADA DE ATIRAR

a. A partir do momento em que o atirador tiver aprendido os fundamentosde tiro, ele deve saber integrá-los. A ação integrada de atirar é uma seqüêncialógica de medidas que o atirador realiza para melhor harmonizar os fundamentos.

3-11/3-12

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b. É dividida em três fases:(1) Fase da preparação - Nesta fase o atirador procura assumir a melhor

posição de tiro para realizar o disparo, procurando as melhores condições que oterreno oferece. O atirador procura também o melhor apoio disponível para a suaposição. Verifica se a zona natural de pontaria está no alvo e se a posição de tiroestá naturalmente equilibrada. O atirador realiza, se necessário, correções naalça de mira de acordo com a distância em que irá disparar.

(2) Fase do disparo - Nesta fase serão coordenadas as ações para o tiropropriamente dito.

(a) Respirar. O atirador inspira e expira, iniciando posteriormente oprolongamento da pausa respiratória. Verifica se o apoio da face no fuzil estácorreto, obtendo a distância de 4 dedos entre o olho e a alça de mira. Inicia tambémprocesso de pontaria, procurando identificar o alvo e observar a linha de mira.

(b) Relaxar. A partir do início da última expiração, o atirador procuramanter a musculatura envolvida firme, estabilizando a posição de tiro, mantendoo controle do fuzil e a firmeza na empunhadura.

(c) Apontar. Ao se iniciar o prolongamento da pausa respiratória, oatirador deve refinar a pontaria no alvo, focalizando a maça de mira e procurandomanter a oscilação do fuzil no centro da zona do alvo, mesmo que este esteja emmovimento.

(d) Acionar. A pressão exercida na tecla do gatilho é iniciada no finalda expiração. Mantendo a pausa respiratória e a pontaria no centro de maça doalvo o atirador aciona progressivamente o gatilho até o momento do disparo.

(3) Fase após o tiro - Após a disparo o atirador realiza o acompanhamentodo tiro e a indicação do local de impacto. O atirador deve analisar o tiroimediatamente após o disparo. Se o tiro atingiu o alvo, significa que a açãointegrada de atirar foi realizada corretamente. Caso o alvo não tenha sido atingidoo atirador deve analisar as possíveis causas e dar mais ênfase na correção desteserros em tiros futuros.

ARTIGO VI

ANÁLISE DO TIRO

SOTCAPMISODLACOL LEVÁVORPASUAC

OÃÇAPICETNA

3-12

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C 23-1

3-16

SOTCAPMISODLACOL LEVÁVORPASUAC

AVIUQSE

ANOZADOÃÇNETBOANORREAIRATNOPEDLARUTAN

EDAHNILADADAMOTANORREARIM

ADAHLITAG

3-12

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3-17

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SOTCAPMISODLACOL LEVÁVORPASUAC

ORAPSIDOETNARUDODNARIPSER

ARIMEDAHNILADADAMOTANORRE

ARIMEDAÇAMADAROFOCOF

OÃMADODALODOLEVOTOCADOXIABAAVATSEOÃNRAILIXUA

AMRA

,LAREGME,ORITEDSOTNEMADNUFETNEMATERROCNISODACILPA

ONACMOCLIZUFEDEDADILIBISSOPEVEDROTURTSNI(OÃSICERPMESODNAZILAEROTNEMAMRAORATSET

ORACIFIREVARAPORITEDEIRÉS)OTNEMAPURG

EDSOHLERAPASODMEGALUGERATERROCNIAIRATNOP

3-12

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4-1

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CAPÍTULO 4

O PREPARO PSICOLÓGICO

4-1. INTRODUÇÃO

Um disparo é um conjunto de procedimentos que requer do executante umagrande habilidade motora fina. Como em toda atividade que envolve este tipo dehabilidade, é difícil executá-la em momentos em que o nível de ansiedade estiveralto; por isso, é importante explorar a parte psicológica do tiro.

4-2. FOCO DE ATENÇÃO

a. O foco de atenção do atirador deve estar totalmente voltado para oalinhamento de miras porque esta é a única forma de alinhar o cano para o alvo(é importante não confundir com o foco visual, que deve estar o tempo todo namaça). Se o FOCO DE ATENÇÃO não estiver em alinhamento de miras, a suamente poderá ser tomada pelo pensamento de “agora é o momento para apertaro gatilho”, nesta hora será tarde e aparecerão provavelmente os erros comuns deacionamento de gatilho (gatilhada ou antecipação).

b. O atirador durante os tiros deve estar com o FOCO DE ATENÇÃO noalinhamento de miras e o restante das ações será executado automaticamente.Este é o objetivo final de todo o atirador, pois a automação dos movimentos e asações fluem naturalmente. Portanto, no momento final do tiro o FOCO DEATENÇÃO deve estar no alinhamento de miras. Dê esse comando “miras!” e tudomais flui naturalmente.

4-3. CONDICIONAMENTO

a. É importante o instruendo repetir várias vezes o tiro em seco na oficinade acionamento do gatilho, para se criar uma automação do movimento de puxadacorreta de gatilho. Com essa automação, o atirador deixará livre seu consciente

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4-2

para focar sua atenção no alinhamento de miras. À medida que o atirador forautomatizando os fundamentos de tiro, conseguirá concentrar mais e mais suaatenção no alinhamento de miras ou, até mesmo, na resolução da situação táticaem que ele se encontrar. Conseqüentemente, após esta automação, os níveis deansiedade diminuem muito.

b. No tiro em combate ou tiro rápido, a automação dos movimentosenvolvidos na execução do tiro se torna imprescindível, porque, com o nível deansiedade alta, só os movimentos condicionados serão perfeito e rapidamenteexecutados.

c. Na administração do reforço positivo e negativo, pelo instrutor, éimportante saber que quando o atirador é elogiado, ocorre um aumento de suamotivação, ao mesmo tempo em que fortalece a aprendizagem da sua habilidade,isto é, vai haver um progresso na sua organização. Pode-se imaginar que se oatirador fosse punido ocorreria o contrário, isto é, um progresso ao contrário, o quenão ocorre. Na punição, o que sucede é a supressão temporal do comportamentoerrado, mas que poderá retornar se não houver um controle permanente docomportamento infrator até que ele seja levado à extinção.

4-4. ANSIEDADE

Se os níveis de ansiedade aumentarem, e não forem controlados, algunsdos sintomas podem aparecer:

a. Diminuição da visão periférica.

b. Diminuição da capacidade de ouvir as coisas ao redor.

c. Diminuição da habilidade motora fina

d. Descarga de adrenalina - provocando um conseqüente aumento dasudorese e freqüência cardíaca.

e. Taquipsiquia - efeito da demora, o atirador pensa que ele está sedeslocando lentamente.

f. Analgesia - ocorre quando a taxa de adrenalina está alta, o inimigo podelevar um tiro e ele ainda permanece avançando para atacar. Por isso, que devemossempre executar dois disparos.

4-5. IMAGENS E COMANDOS POSITIVOS

a. Para criar uma IMAGEM POSITIVA é necessário que o atirador seenxergue acertando um, dois, três,... tiros no alvo. Nosso cérebro trabalha comimagens; se a mente do atirador visualizar uma imagem de um tiro passando aolado do alvo, certamente, seu cérebro fará o possível para que o tiro vá naquele localonde se imaginou, ou seja, ao lado do alvo. Então, visualize uma imagem positivade acertar o alvo. Destrua a imagem negativa com um “míssil, foguete, fogo, água,

4-3/4-5

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4-3

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etc.” Tire-a da sua mente, em suma, limpe a mente.

b. Dê COMANDOS POSITIVOS para sua mente. “Vou acertar o alvo” e o tirocertamente irá acertar o alvo.

c. Com comando negativo, como “não posso acertar o alvo”, vai a seguintemensagem ou imagem para o cérebro, “erre o alvo”, e o cérebro fará tudo para queisso aconteça.

4-6. PROGRESSIVIDADE DAS INSTRUÇÕES

a. Existem vários fatores que fazem com que a ansiedade aumente, quevêm, desde a inexperiência no trato com o armamento; passando pela responsa-bilidade de não cometer nenhuma negligência, imperícia ou imprudência com ofuzil; como também, pelo recuo, estampido e efeito letal da arma; e, chega aoestágio final da competência profissional em acertar o alvo, quando necessário.

b. Para os inexperientes pode-se afirmar que o medo é inerente ao serhumano; portanto, encare o tiro, o acertar o alvo, como um obstáculo a ser vencidocomo qualquer outro da vida.

c. O natural deve ser buscado por cada atirador, pois cada militar é umindividuo e essa INDIVIDUALIDADE deve ser aceita tanto pelo próprio atiradorcomo pelos instrutores. As regras gerais para os fundamento e técnicas já foramexpostas, adapte-as à sua INDIVIDUALIDADE para que se alcance o máximo derendimento.

d. Atiradores: “o autodomínio, o equilíbrio emocional e a autoconfiançaaumentará a cada acerto e a cada etapa de instrução vencida. Acredite na técnicaensinada e, antes de tudo, em você mesmo”.

4-5/4-6

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5-1

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CAPÍTULO 5

INSTRUÇÃO PREPARATÓRIA PARA O TIRO (IPT)

ARTIGO I

FINALIDADE E ORGANIZAÇÃO

5-1. FINALIDADE

a. A IPT tem a finalidade de fazer com que os instruendos preparem-se parao tiro real. Para isso, devem aplicar a técnica(Fundamentos de Tiro) e realizarexatamente o que foi ensinado e demonstrado durante as instruções teóricas epráticas.

b. As oficinas serão desenvolvidas atendendo os fundamentos de tiroassociado ao cuidado com o manejo do armamento.

5-2. ORGANIZAÇÃO

a. Toda a INSTRUÇÃO PREPARATÓRIA PARA O TIRO deve ser, preferen-cialmente, realizada no estande e, obrigatoriamente, antecedida por sessãoteórica sobre FUNDAMENTOS DE TIRO. Tudo isso visa aumentar o rendimentodas próximas instruções. A IPT é subdividida em 4 oficinas, sendo que uma delasdeverá ter, como responsável, um instrutor/Aux Instr/Mon que será encarregadode conduzir o exercício. Inicia-se com a instrução de Fundamentos de Tiro,preferencialmente, ministrada em uma única vez para todo o efetivo do dia, sendoesta conduzida pelo oficial de tiro. Com isso, nivela-se a instrução para todos osinstruendos. Após essa instrução, o grupamento será dividido de forma que hajaum rodízio entre as oficinas no período da manhã e no da tarde.

b. Àqueles que apresentem deficiências deve ser dada atenção especialpara que sejam recuperados no mesmo dia da instrução ou antes da realização

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5-2

do TIP. Para uso de um grupo grande, devem estar disponíveis conjuntos dematerial auxiliar na proporção de 50% ou mais do efetivo do grupamento. Além doinstrutor responsável pela sessão, devem ser designados monitores, dentro dapossibilidade da Unidade, para cada oficina da IPT.

c. O Oficial de Tiro poderá, além de coordenar e fiscalizar as oficinas, serum instrutor de uma delas. Neste caso, deverá ser o responsável pelas oficinasmais importantes(Posições de Tiro e Acionamento do Gatilho).

Quadro de Atividades das Instruções de Tiro

ARTIGO II

OFICINAS DA INSTRUÇÃO PREPARATÓRIA PARA O TIRO

5-3. OFICINA NR 01: PONTARIA

Esta oficina é executada em duas fases.1ª Fase: Tomada da Linha de Mira e da Linha de Visada.

Nesta fase os militares executam, em sistema de rodízio, doistrabalhos: um com a barra de pontaria e o outro com a arma.

2ª Fase: Constância da Pontaria.Nesta fase os militares executam, em sistema de rodízio, primeira-

mente o trabalho e, depois, atuam auxiliando na execução do trabalho.

a. Tomada da Linha de Mira e da Linha de Visada(1) Objetivos

(a) Ensinar ao instruendo o correto alinhamento entre a alça e a maçade mira, bem como a sua importância durante um tiro real.

TPI PIT BIT

oirároH anicifO/oãçurtsnI oirároH anicifO/oãçurtsnI oirároH anicifO/oãçurtsnI

1�opmeT

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1�opmeT

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1�opmeT

sotnemidecorPednatseon

2� 4oa �

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oritedseõçisoPairatnope

2� 4oa �

opmeToritodoãçucexE

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oçomlA oçomlA oçomlA

5 �� 8o �

opmeT

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opmeToritodoãçucexE

CAFmoc5� 8oa �

opmeTodoãçucexE

lizufomocorit

5-2/5-3

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5-3

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(b) Realizar o correto alinhamento das miras em direção ao centro doalvo, focando a maça de mira (“fotografia” correta). Ver figura (fundamento depontaria)

(2) Procedimentos(a) Relembrar os conceitos de LM e LV, salientando a maior

importância da LM e a conseqüente necessidade de focar a maça de mira.(b) Explicar os trabalhos a serem desenvolvidos na oficina.(c) Dividir a escola em dois grupamentos para o rodízio dos trabalhos.

Metade executará o trabalho com a arma, enquanto a outra metade realizará otrabalho com a barra de pontaria.

(3) Execução(a) Trabalho com barra - Realização da visada na direção de um alvo

reduzido: (Fig 5-1)1) O instruendo posiciona o rosto na parte posterior da barra de

pontaria, a uma distância de 4 dedos da alça de mira e com uma das mãosfirmando a barra, desloca com a outra o cursor, buscando o alinhamento corretodas miras no centro do alvo até obter uma “FOTOGRAFIA CORRETA”: Fig 5-1

Fig 5-1. Trabalho com barra

2) O instrutor verifica o trabalho e desfaz a “fotografia” (executaduas vezes ou mais);

(b) Trabalho com a arma (Fig 5-2)1) O atirador movimenta a arma até a obtenção da “fotografia”

correta.2) O instrutor verifica o trabalho e desfaz a fotografia. Executa o

movimento duas ou mais vezes.

OBSERVAÇÕES: - A distância do olho à alça é de 4 dedos, como no tiroreal.

- Montar a oficina no estande e colocar o alvo à 10 m ouem um local apropriado.

- Instrutores ou Monitores orientam o exercício e verifi-cam o trabalho.

5-3

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5-4

Fig 5-2. Trabalho com arma

(4) Aprovação - O Instruendo deverá fazer a fotografia correta no mínimoduas vezes.

(5) Observações(a) Ao realizar a visada e a verificação,é necessário ter o cuidado de

colocar o olho na mesma posição em relação à alça, a fim de que possa obter amesma “fotografia”.

(b) Os instruendos deverão executar os dois trabalhos em sistema derodízio.

(6) Conclusão - Análise do desempenho e da importância do exercício.(7) Material Necessário

(a) Um par por instruendo:- barras de pontaria com cursor; (Fig 5-3)- suporte para arma com respectivo alvo; (Fig 5-4)- bancadas e cadeiras.

(b) Um para cada Instrutor/Monitor:- cartões de pontaria; (Fig 5-5)- cartazes (nome da oficina e objetivo da sessão).

OBSERVAÇÃO: A utilização do cartão de pontaria é um instrumento deanálise do instrutor em relação à correta realização da fotografia pelo instruendo.

(8) Pessoal empregado - Preferencialmente na oficina deve haver uminstrutor e um monitor, no mínimo.

5-3

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5-5

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Fig 5-3. Barra de Pontaria com cursor.

Fig 5-4. Suporte para arma.

Fig 5-5. Cartões de Pontaria

5-3

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5-6

b. Verificação da Constância da Pontaria(1) Objetivo

(a) Aplicação dos princípios ensinados sobre linha de mira e linha devisada.

(b) Realização de visadas sucessivas com a mesma pontaria.(2) Procedimentos

(a) Relembrar os conceitos de LM e LV, salientando a maiorimportância da LM e a conseqüente necessidade de focar a maça de mira.

(b) Explicar os trabalhos a serem desenvolvidos na oficina.(c) Dividir a escola em dois grupamentos, uma executará o exercício,

enquanto o outro auxiliará na consecução do trabalho com a prancheta e o alvomóvel.

(3) Execução(a) É realizado o trabalho em duplas, com o atirador na posição

deitada e o seu auxiliar sentado sobre o cunhete. (Fig 5-6)

Fig 5-6. Constância da pontaria

(b) Na posição deitada, junto ao suporte, cotovelos no solo, o atiradorapóia o rosto em uma das mãos e não mexe mais a cabeça(IMPORTANTE).

(c) O auxiliar fixa o verso da ficha da IPT na prancheta com elástico.(d) O auxiliar, tendo por base uma das extremidades da folha,

movimenta o alvo de acordo com os sinais do atirador. O atirador e o seu auxiliarcomunicam-se somente por gestos.

(e) O atirador sinaliza com a mão livre, a palma da mão indica adireção procurando obter uma linha de visada correta.

(f) Após obter uma visada correta sobre o centro do alvo, o atirador faráum sinal de positivo.

(g) Neste momento, o auxiliar marca a folha com um lápis, fazendoum ponto através do orifício, no centro do alvo móvel, este procedimento é repetidotrês vezes.

(4) Aprovação - O atirador será considerado aprovado quando o triânguloobtido for inscritível em um círculo de 1 (um) cm de diâmetro.

5-3

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5-7

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(5) Observações(a) A cabeça, a arma e o suporte devem permanecer imóveis.(b) A sinalização deve ser feita somente por gestos.(c) Na montagem da oficina, o alvo deve ser colocado a 10 metros de

distância da posição do atirador.(6) Conclusão - Etapa a qual se refere uma crítica do desempenho e da

importância do exercício efetivado.(7) Material empregado

(a) Um conjunto de material para cada dupla de trabalho, a saber:Fig 5-7

Fig 5-7. Conjunto de Material

- Cunhetes para apoio da prancheta- Suporte para arma- Alvo móvel- Lápis ou caneta- Prancheta- Elástico para prender o borrão de tiro na prancheta

(b) Para o instrutor e monitor são necessários:- 4 (quatro) escantilhões de 1 (um) cm de diâmetro;- cartaz contendo o nome da oficina e os objetivos da instrução.

(8) Pessoal empregado - Um monitor para cada grupo de 30 instruendos.

5-4. OFICINA NR 02: POSIÇÕES DE TIRO

a. Objetivos(1) Demonstração e prática da empunhadura e das posições de tiro

deitada, ajoelhada e de pé.(2) Execução correta da empunhadura e das posições de tiro com fuzil.

b. Procedimentos(1) Relembrar os conceitos de LM e LV, salientando a maior importância

que deve ser dada à LM e a conseqüente necessidade de focar a maça de mira.(2) Explicar os trabalhos a serem desenvolvidos na oficina.

5-3/5-4

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C 23-1

5-8

c. Execução(1) O monitor demonstra a posição de tiro.(2) O instrutor faz as observações necessárias utilizando o monitor e/ou

o desenho da figura.(3) Após cada demonstração, os instrutores são divididos em dois

grupos. Enquanto uma parte executa a posição ensinada, a outra permaneceobservando.

(4) A empunhadura e a posição inicial são explicadas, sendo, executa-das e verificadas simultaneamente com as posições de tiro.

(5) Os instruendos partirão da posição inicial para a execução de cadaexercício.

(6) O instrutor e monitor corrigem os instruendos.(7) O instrutor deve seguir a seguinte seqüência para a demonstração das

posições de tiro:(a) deitada;(b) ajoelhada; e(c) de pé.

d. Aprovação - O instruendo será aprovado mediante a execução corretadas três posições de tiro.

e. Observações(1) A melhor posição de tiro é aquela em que o atirador sente-se estável

e confortável, permitindo uma correta empunhadura e uma boa pontaria, contribu-indo assim para um bom acionamento.

(2) As posições de tiro aqui apresentadas são básicas e partem sempreda posição inicial. Muitas vezes deverão ser adaptadas de acordo com a situaçãodo terreno, do inimigo ou dos meios disponíveis para apoio e abrigo. Da mesmaforma, pequenos ajustes podem ser feitos, de acordo com a individualidadebiológica de cada atirador. No entanto, em qualquer caso, os princípios básicosnão devem ser negligenciados.

f. Conclusão - Crítica da oficina, abordando o desempenho dos atiradores.

g. Material empregado(1) Cartazes (nome da oficina e objetivos da instrução)(2) Mural contendo o desenho das posições de tiro.

OBSERVAÇÃO: O mural das posições de tiro pode ser confeccionadocolocando-se as figuras das posições em uma transparência. Faz-se a projeçãodessa figura sobre um lisolene fixado em uma parede e, com uma canetaapropriada, contorna-se o desenho projetado.

h. Pessoal empregado - Preferencialmente na oficina deve haver uminstrutor e um monitor, no mínimo.

5-4

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5-9

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5-5. OFICINA NR 03: CONDUTA COM O ARMAMENTO

Esta oficina é executada em duas fases:- 1ª Fase: Manejo do Armamento(Mnj Armt).- 2ª Fase: Manutenção do Armamento(Mnt Armt).

OBSERVAÇÃO: O instrutor deverá dividir o grupamento e o tempo deinstrução de modo que todos os instruendos passem pelas duas fases uniforme-mente.

a. Manejo do Armamento(1) Objetivos

(a) Recordar as operações essenciais de manejo do fuzil, propiciandoao atirador bom rendimento na instrução e alto grau de segurança.

(b) Realizar com segurança as operações de manejo com o fuzil.(c) Recordar aspectos importantes para a manutenção antes e após

o tiro.(2) Procedimentos

(a) Colocar os instruendos em um dispositivo adequado para ainstrução, sentados, na posição inicial de manejo. Exemplo: em forma de “U”,semi-circular.

(b) O instrutor deverá demonstrar as operações, fazendo os comen-tários necessários.

(c) Os instruendos, após os comentários, deverão executar asoperações.

(d) Cada operação deverá ser repetida diversas vezes, visandodesenvolver a habilidade dos instruendos.

(e) Todas as operações de manejo são executadas pela mão queatira, com a arma empunhada pela mão auxiliar.

(f) Como medida de segurança, o instrutor deverá alertar para osseguintes procedimentos:

- não apontar a arma para os lados;- não colocar o dedo indicador no gatilho durante as operações.

(g) Na execução das operações de manejo da arma será permitido,exclusivamente, o uso de munição de manejo.

(3) Execução(a) Posição inicial de manejo: (Fig 5-8)

1) atirador sentado com as pernas cruzadas;2) armas apontadas para cima;3) punho voltado para frente;4) carregador ao solo com o transportador voltado para frente.

5-5

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5-10

Fig 5-8. Posição de manejo

(b) Manejo do fuzil - Para o início do exercício, as armas estarãotravadas, abertas e sem o carregador, condição inicial para o ingresso no estandede tiro. É importante seguir as seguintes operações:

- registrar alças variadas;- registrar alça 200;- municiar um carregador com dois cartuchos de manejo;- alimentar a arma;- carregar, agindo no retém do ferrolho;- destravar;- preparar para o tiro de repetição;- disparar;- simular incidentes de tiro: mostrar aos instruendos que devem

levantar o braço e aguardar a presença do instrutor ou do monitor, quando então,segundo a orientação e supervisão deste, irão sanar o incidente. Os instruendosvão executar as operações previstas para sanar incidentes de tiro;

- colocar a arma em segurança;- retirar o carregador;- executar dois golpes de segurança;- abrir a arma, prendendo o ferrolho à retaguarda;- inspecionar a câmara;- alimentar a arma;- carregar, agindo na alavanca de manejo;- destravar a arma;- disparar;

5-5

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- abrir a arma, simulando o último disparo;- retirar o carregador;- inspecionar a câmara: mostrar aos instruendos que esta deve

ser a situação da arma após o término de cada série de tiro;- colocar o RTS em “A”(regime de tiro automático);- conduzir o ferrolho e conjunto impulsor do ferrolho a frente,

mantendo a tecla do gatilho pressionada, por meio da alavanca de manejo;- colocar o RTS em “S”(em segurança);- colocar o carregador;- travar: mostrar aos instruendos que esta deve ser a situação da

arma, após a inspeção final, para saída do estande de tiro;- retornar às condições iniciais da arma dentro do estande.

(c) Troca de Carregador - A troca de carregador será uma necessida-de em combate.

1) Retirar o carregador agindo no retém. (Fig 5-9)2) Substituir o carregador vazio por um cheio, guardando o

carregador vazio. (Fig 5-10)3) Encaixar o carregador cheio, utilizando o dedo indicador como

guia. (Fig 5-11)4) Puxar o carregador para a retaguarda até que seja preso pelo

seu retém. (Fig 5-12)

Fig 5-9. Retirada do carregador Fig 5-10. Troca de carregador

Fig 5-11. Colocar o carregador Fig 5-12. Encaixe do carregador

5-5

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5-12

(d) Posição para Inspeção: (Fig 5-13)

Fig 5-13. Posição para inspeção

1) o atirador, com a mão esquerda, coloca a arma aberta no ombroesquerdo, segurando-a pelo punho, sem o carregador, mantendo o cano voltadopara a retaguarda e a arma paralela ao solo;

2) o carregador deve ser mantido sobre a palma da mão direitacom a mesa do transportador voltada para frente, mantendo o antebraço paraleloao solo;

3) o atirador deve permanecer com as costas voltadas para o alvo;4) após a inspeção, ele deve abaixar os braços, mantendo a arma

aberta e o carregador na mão direita e permanecer na posição de “DESCANSAR”.(Fig 5-14)

Fig 5-14. Posição de descansar

5-5

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5-13

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(4) Aprovação - O instruendo será aprovado mediante a execução corretadas operações.

(5) Observações - O instrutor, antes de iniciar a sua instrução, deveráverificar as munições que serão utilizadas na oficina, para ter certeza de que todassão de manejo.

(6) Conclusão - Crítica da oficina, abordar o desempenho dos atiradores.(7) Material empregado

- 02 (dois) cartuchos de manejo por instruendo, pelo menos.- 01 (um) carpete ou capichama.- 02 (dois) carregadores para cada instruendo.- Cartazes (nome da oficina e objetivos da instrução)

(8) Pessoal empregado - Um instrutor e um monitor, pelo menos, devemconstituir, preferencialmente, a oficina.

b. Manutenção do Armamento(1) Objetivos

(a) Orientar e normalizar a manutenção a ser executada em decor-rência do tiro.

(b) Contribuir para a formação da mentalidade de manutençãopreventiva, sem a qual não pode haver armamento eficiente.

(2) Condição de execução(a) Nesta oficina, os instruendos são orientados a realizar manuten-

ção no armamento, com os devidos cuidados a serem tomados antes e depois dotiro.

(b) Deve-se explicar e citar exemplos sobre a necessidade de serincutido no atirador a mentalidade de manutenção preventiva.

(c) O material necessário para a manutenção deve ser colocado àdisposição dos instruendos.

(d) Deve-se mostrar aos instruendos a necessidade de todos possu-írem o “kit” de manutenção individual.

(4) Execução(a) Apresentação do material necessário para manutenção do fuzil de

um grupamento de atiradores:- 01 (um) carpete, capichama ou cobertor para cada instruendo;- 10 (dez) recipientes contendo óleo neutro para limpeza de

armamento;- 10 (dez) recipientes contendo querosene;- 10 (dez) varetas de limpeza;- 10 (dez) escovas de náilon para cano;- 10 (dez) escovas de latão para cano;- 15 (quinze) cordéis de limpeza;- 10 (dez) pincéis pequenos (1 (um) cm);- 10 (dez) escovas de dente;- retalhos de pano.

(b) Explicação dos procedimentos a serem executados na manuten-ção, conforme a ilustração abaixo:

1) Antes do tiro: (Fig 5-15)

5-5

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5-14

Fig 5-15. Manutenção

a) desmontar a arma em primeiro escalão, dispondo as peçasna seqüência;

b) secar completamente o cano com o cordel de limpeza e umpano seco;

c) retirar o excesso de óleo nas demais peças;d) aplicar uma fina camada de óleo para limpeza de armamento

nas partes móveis;e) montar a arma;f) verificar se o anel regulador do escape de gases e o registro

de tiro e segurança estão na posição correta: O anel regulador do escape de gasesdeve estar fechado ou quase fechado e o registro de tiro e segurança deve ser fixopela placa suporte dos eixos, bem como o eixo do gatilho;

g) secar completamente o exterior da arma.2) Depois do tiro, deve-se seguir os seguintes procedimentos:

a) desmontar a arma em primeiro escalão, dispondo as peçasna seqüência;

b) escovar diversas vezes o cano com óleo passando-o pelacâmara;

c) secar completamente o cano com o cordel de limpeza e umpano seco;

d) limpar com óleo, utilizando pano e escovas, as partesinternas e externas do ferrolho e da armação;

e) secar todas as partes do armamento;f) aplicar o óleo no interior do cano e nas demais partes da

arma;g) montar a arma;h) retirar o excesso de óleo na parte externa.

(c) Mostrar o material necessário para a confecção do “kit” demanutenção individual, a saber:

5-5

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5-15

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1) recipiente ou tubo, pequeno, com óleo;2) pedaço de pano seco;3) cordel de limpeza (corda de nylon, de aproximadamente 70 cm

com pedaço de pano preso em uma de suas extremidades);4) escova de limpeza (pode-se improvisar utilizando escova de

dente usada);5) chave de fenda pequena.

(4) Aprovação - O instruendo será aprovado mediante a execução corretadas operações.

(5) Observações - O instrutor deverá verificar se todos os instruendosestão com o seu kit de manutenção do armamento.

(6) Conclusão - A necessidade da manutenção do armamento, emdecorrência do tiro, deve ser reiterada lembrando da máxima:

“NA PAZ, A VIDA DO ARMAMENTO. NA GUERRA, A DO COMBATENTE”.

(7) Material Necessário(a) 01 (uma) banqueta para colocação do material.(b) “Kit” de manutenção (recipiente e tubo pequeno com óleo, pano

seco, cordel de limpeza, escova de limpeza de cano, escova de dente usada echave de fenda pequena).

(c) Material para manutenção do armamento de um grupamento deatiradores (lata de óleo, capichama ou poncho, varetas, escovas de limpeza decano e recipientes para colocar as peças de molho).

(d) Material para escurecer o ferrolho (vela, pedra de cânfora,lamparina, fósforo e isqueiro).

(e) 01 (um) fuzil.(f) Cartaz contendo os objetivos da sessão.(g) Cavalete com o nome da oficina.(h) 01 (um) prancheta para assinar as fichas de avaliação da IPT.

(8) Pessoal Empregado- 02 (dois) Aux Instr/Mon.

5-6. OFICINA NR 04: ACIONAMENTO DO GATILHO

a. Objetivo - Realizar corretamente o acionamento do gatilho.

b. Procedimentos(1) Relembrar o conceito do fundamento acionamento do gatilho.(2) Dividir o grupamento em duas partes, para o rodízio dos trabalhos.

Metade executará o acionamento do gatilho e a outra metade auxiliará colocandoo estojo de 9 mm equilibrado no quebra-chamas do fuzil.

(3) Linha de alvos proporcional a distância utilizada no estande, para aobtenção da visada correta, preferencialmente, uma distância semelhante ao doTIP, 10 m.

(4) Pode-se ensinar o acionamento do gatilho, pressionando a tecla dogatilho com o dedo indicador do instrutor sobre o dedo do instruendo. Repete-seeste procedimento por algumas vezes e em seguida o instruendo pressiona ogatilho sobre o dedo do instrutor.

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c. Execução(1) O atirador deverá fazer a pontaria no alvo; (Fig 5-16)

Fig 5-16. Pontaria

(2) O auxiliar coloca um estojo vazio de munição 9 mm sobre o quebra-chamas do fuzil. (Fig 5-17)

Fig 5-17. Acionamento do gatilho

(3) O atirador, mantendo as miras alinhadas, deverá pressionar a tecla dogatilho com força suave e progressiva e, também, paralela ao cano da arma, atéque ocorra o acionamento, sem deixar o estojo cair;

(4) Deve-se repetir o exercício nas posições deitada, ajoelhada e de pé,nesta ordem, visando, com isso, a progressividade da aprendizagem.

5-6

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d. Aprovação - Cada instruendo terá três chances para desengatilhar oarmamento na posição deitada, ajoelhada e de pé, com o estojo sobre o cano.Para ser considerado APTO, deverá manter, pelo menos uma vez, o estojoequilibrado após o disparo em cada posição.

e. Observações - Aspectos a serem observados e corrigidos:(1) posições de tiro;(2) posicionamento da falange distal do dedo indicador sobre a tecla do

gatilho;(3) força progressiva e paralela ao cano da arma vencendo o descanso;(4) movimento do dedo indicador deve ser independente dos outros

dedos;(5) permanecer comprimindo o gatilho após o disparo por + 2 segundos;(6) verificar se o atirador fecha o olho no momento do disparo.

f. Conclusão - Críticas da oficina, abordar o desempenho dos atiradores.

g. Material Empregado(1) Cartazes (nome da oficina e objetivos da instrução)(2) Estojos de 9 mm.(3) Alvos apropriados para as três posições.Fig 2-4 - b. 2-3 Art IX Cap 2

h. Pessoal Empregado- 02 instrutores/monitores.

5-6

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CAPÍTULO 6

TIRO DE COMBATE

ARTIGO I

REGULAGEM DO APARELHO DE PONTARIA DO FAL

6-1. DEFINIÇÃO

É uma regulagem que permite ao militar ajustar seu armamento de formaa fazer coincidir o ponto visado com o ponto de impacto do projétil.

Fig 6-1. Linha de visada e ponto de impacto do projétil.

6-2. ENTENDENDO A REGULAGEM

O ajuste do grupamento pode ser dividido em duas partes: regulagem emdireção (x) e regulagem em elevação (y).

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6-2

Fig 6-2. Grupamento de tiro fora do alvo

a. A regulagem em direção

Fig 6-3. Regulagem em direção

Fig 6-4. Alça de mira deslocada para esquerda

6-2

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Fig 6-5. Alça de mira deslocada para direita

b. A regulagem em elevação - A regulagem em elevação pode ser feitapela maça ou pela alça de mira.

Fig 6-6. Alça de mira deslocada para cima

Fig 6-7. Maça de mira deslocada para cima

6-3. ATUAÇÃO NOS APARELHOS DE PONTARIA

a. Tanto a maça como o sistema de regulagem de direção da alça de mirafuncionam como parafuso. (Fig 6-8)

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Fig 6-8. Parafuso da alça de mira e maça de mira

b. O sistema de regulagem de elevação da alça de mira funciona sobre umabase corrediça. (Fig 6-9)

Fig 6-9. Atuação na alça de mira

c. Girando-se a maça de mira, com o auxílio da chave de clicar, no sentidohorário, a maça desce. Já quando se gira a maça de mira no sentido anti-horário,ela sobe. (Fig 6-10)

Fig 6-10. Maça de mira e sua chave de regular (clicar)

6-3

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d. O movimento lateral da alça de mira é limitado por dois parafusos. Quandoesses parafusos estão apertados a alça de mira fica sem movimento lateral. (Fig6-11)

Fig 6-11. Parafusos para regular (clicar) a alça de mira

Para deslocar a alça de mira para direita, deve-se afrouxar primeiro oparafuso da direita (sentido anti-horário), e logo em seguida, apertar o parafuso daesquerda. (Fig 6-12)

Fig 6-12. Deslocamento lateral da alça de mira

e. Memento de regulagem do FAL.

oãçavelEmeseõçerroC

o,açlaadrosrucoodnibuS.ebosorit

adrosrucoodnecseD.ecsedorito,açla

oditnes(açamaodnecseD.ebosorito,)oirároh

oditnes(açamaodnibuS.ecsedorito,)oirároh-itna

6-3

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6-6

6-4. RELAÇÃO DE REGULAGEM

Quando se dá um clique, ocorre uma variação angular entre a linha de visadae a trajetória do projétil. Esta variação angular provoca uma variação linear no alvo,que será maior quanto maior for a distância até o ponto de impacto. Para o FALa relação de regulagem mantém a seguinte proporção:

6-5. CENTRO DO GRUPAMENTO DE TIRO

O centro do grupamento de três tiros é formado pela bissetriz dos ângulosinternos. Devendo então ser o ponto considerado para fins de regulagem do FAL.

Fig 6-13. Centro do grupamento de tiro

oãçeriDmeseõçerroC

aarapaçlaaodnacolseDaarapiavoritoadreuqseosufarapoatlos(adreuqseoatrepaeadreuqsead

.)atieridadosufarap

aarapaçlaaodnacolseDaarapiavoritoatieridadosufarapoatlos(atieridosufarapoatrepaeatierid

.)adreuqsead

m.....edaicnâtsidàeuqilc)mu(1 mc.....meovlaonoritoacolseD

m52 mc52,0

m05 mc5,0

m001 mc0,1

m002 mc0,2

m003 mc0,3

m004 mc0,4

m005 mc0,5

m006 mc0,6

6-3/6-5

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6-7

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6-6. OBTENÇÃO DA ALÇA DE COMBATE

a. A alça de combate é o ajuste que cada a militar faz no aparelho de pontariado seu fuzil (estando com a alça de mira em 200) de modo que o projétil encontrea linha visada exatamente no ponto de pontaria a uma distância de 200 metros.Porque, após ter sido obtida a alça de combate, para que o militar possa atingirum alvo à distância de 300 metros, bastará para isso que ele desloque a sua alçapara 300. Desse modo, para abater um alvo que está a 400 metros, a alçaempregada será a de 400; e assim serão para 500 e 600 metros. Avaliação dedistância, ver C 21-74 - Instrução Individual para o Combate - Capítulo 2 - Artigo V.

b. O método prático para a obtenção da alça de combate consiste emrealizar os exercícios de tiro à distância de 25 metros. Isso se deve ao fato de queo valor da ordenada da trajetória para a distância de 25 metros coincide com o valorda ordenada da trajetória da distância de 200 metros. (Fig 6-14)

Fig 6-14. Trajetória do projétil até 200 metros

c. O alvo a ser utilizado será o alvo A6, ver IG 80-01 - IGTAEX - Pág 39-40- Fig 9. O oficial de tiro e seus auxiliares farão uso de um corretor que lhes permitiráobter as coordenadas para fazer as correções necessárias.

d. Serão realizadas até quatro séries de três disparos na posição deitadaapoiada. Para se iniciar o exercício; o aparelho de pontaria estará com a seguinteregulagem inicial: alça de mira a 200 e a maça de mira com 15 cliques em elevação(basta apertar toda a maça de mira e soltar 15 cliques). A alça de combate seráobtida quando o centro dos grupamentos coincidir com as coordenadas zero docorretor. O oficial de tiro e seus auxiliares farão correções em altura e elevaçãoa cada série de tiro.

e. Estará apto aquele militar que obtiver um grupamento de 3 (três) impactosdentro de um escantilhão de 5 (cinco) centímetros de diâmetro, estando o centrodeste grupamento de tiro, no centro do alvo.

f. É importante ressaltar que a alça de combate tem de ser obtida com a alçade mira do fuzil em 200. Caso não haja recurso de regulagem na maça de mira,será necessária a substituição da maça de mira por outra de numeração maior oumenor, para que se possa obter a alça de combate sem deslocar a alça de mirado 200. Detalhes sobre os tamanhos das maças de mira ver, T 23-200 - Fuzil 7,62M 964 - Pág 3-20 e 3-21.

6-6

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6-8

g. O corretor para a obtenção da alça de combate será constituído emacetato ou similar, com um quadriculado de 5 mm de lado (o correspondente a 2(dois) cliques, à distância de 25 metros). Para as correções o corretor serácolocado com a sua silhueta sobre a silhueta do alvo. Por leitura direta, o oficialde tiro e seus auxiliares terão as correções em direção e elevação a seremintroduzidas no aparelho de pontaria, até que o centro do grupamento coincidacom o centro do alvo.

h. Tabela para o exercício de obtenção da alça de combate

i. Corretor para obtenção da alça de combate para 25 metros

eiréS aicnâtsiD açaM/açlA oãçisoP N� soriT ovlA otpA

1�

m52

seuqilc51/002

AD 3 6A

onsotcapmi3oãhlitnacseedmc5ed

ortemâid

2�mocodrocaeDseõçerrocsa

3�

4�

6-6

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6-9

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ARTIGO II

TÉCNICAS PARA SANAR OS INCIDENTES DE TIRO

6-7. GENERALIDADES

As técnicas para sanar os incidentes de tiro são compostas pelas açõesimediatas, que os militares desenvolverão, através de uma prática repetida, parasolucionar incidentes simples, que poderiam impedir o combatente de engajar eabater alvos.

6-8. FUNDAMENTOS

As ações imediatas para sanar um incidente de tiro são as seguintes:1º) travar a arma;2º) retirar o carregador;3º) executar 2 (dois) golpes de segurança, para extrair, se possível, e

ejetar um cartucho ou estojo que esteja na arma;4º) examinar, cuidadosamente, a caixa da culatra, a câmara e a alma,

para ver se existe qualquer anormalidade;5º) deixar o conjunto ferrolho-impulsor do ferrolho ir para sua posição mais

avançada;6º) recolocar o carregador;7º) acionar a alavanca de manejo para carregar a arma (introduzir um

carregador na câmara); e8º) destravar e recomeçar o tiro.

Caso a arma não reinicie o seu funcionamento normal, repetir as 4 (quatro)primeiras operações e, dentro dos exatos limites de cada escalão de manutenção(1º, 2º, 3º, 4º ou 5º escalões), pesquisar as causas do que está ocorrendo.

Obs: a operação de travar arma foi colocada como sendo a primeira açãoimediata, a ser realizada pelo atirador, por se tratar de uma medida de segurançaimprescindível. Cabe ressaltar que a prática traz o aumento do discernimento aoinstrutor e atirador, agilizando o processo para sanar os incidentes.

6-9. RELAÇÃO DE INCIDENTES DE TIRO

Os incidentes de tiro mais comuns são apresentados a seguir. Porém, asmedidas de correção só devem ser realizadas após a execução das primeiras 4(quatro) operações das ações imediatas.

6-7/6-9

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6-10

RELAÇÃO DE INCIDENTES DE TIRO COM O FAL

OÃÇARETLA LEVÁVORPASUAC OÃÇERROC

-erpaanahlaFoãçatnes

-ifusniuoouceredatlaF)1ohlorrefo(sesagedaicnêicodomedzefouo,uouceroãnuo,uiartxeoãne,otelpmocniortuouoveloãnuo,uotejeoãn-racedaramâcàohcutrac

.)otnemager-refo(sesagedossecxE)2

.)etnematneloivaucerohlor-iefeduoojusrodagerraC)3

.osout

rop,sesagedepacseorizudeR)1edepacseodrodalugerlenaodoiem

.sesag.sesagedepacseoratnemuA)2

oriutitsbusuorapmil,ranimaxE)3-epusoarapicitrapsópa,rodagerrac

.otaidemiroir

-erraconahlaFotnemag

.ajusaramâC)1.ajusamrA)2

.osoutiefedohcutraC)3.ojotseodarutpuR)4

.aramâcarapmiL)1.amraarapmiL)2

.osoutiefedohcutracorariteR)3.otaidemiroirepusoarapicitraP)4

-sucrepanahlaFoãs

.osoutiefedohcutraC)1adotnemacnartonotiefeD)2

.ariejusrop,amra.osoutiefedrosrucreP)3

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.sesagedaicnêicifusnI)1.ajusaramâC)2

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setnedicnisortuO-nahlemesoritedonsodaticsoaset4.paCod41meti

012-9Tod

012-9Tod4olutípacreV 012-9Tod4olutípacreV

6-9

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6-11

C 23-1

ARTIGO III

TÉCNICAS PARA CONDUÇÃO DO ARMAMENTO

6-10. GENERALIDADES

a. A condução refere-se ao transporte do armamento pelo atirador emsituação de combate, em simulação deste e, também, em postos de sentinela.

b. Fatores como a probabilidade de contato com o inimigo, o terreno, avegetação, os obstáculos, a adaptação do atirador e seu adestramento irãodeterminar a forma mais adequada de conduzir o armamento a cada situação.

6-11. SEGURANÇA

a. Para a segurança do atirador e de seus companheiros, o dedo indicadorda mão que atira vai ao gatilho apenas no momento do tiro, permanecendo orestante do tempo ao lado do guarda-mato.

b. A arma permanece travada quando em deslocamento e o destravamentoda arma se dará na tomada da posição para o tiro, na eminência para atirar, agindocom o polegar da mão que atira; para esta execução é necessário intensotreinamento.

6-12. POSIÇÕES DE CONDUÇÃO

a. Guarda Alta - A arma cruzada à frente do corpo e levemente afastadado atirador. A ponta do cano, voltada para o alto. A mão que atira posiciona-se nopunho da arma. A mão auxiliar na placa do guarda-mão, na altura aproximada doombro do atirador. (Fig 6-15)

Fig 6-15. Posição de guarda alta

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b. Guarda Baixa - A arma cruzada à frente e junto ao corpo do atirador coma ponta do cano voltada para o solo. A mão que atira vai no punho da arma. Ocotovelo do lado da mão que atira fica entre a chapa da soleira e o tronco doatirador. A mão auxiliar na placa do guarda-mão. (Fig 6-16)

Fig 6-16. Posição de guarda baixa

c. De pronto - A arma distendida ao longo e à frente do corpo do atirador,com a ponta do cano voltado para baixo. A mão que atira vai no punho da arma.A chapa da soleira é mantida junto ao ombro, em condições de realizar aempunhadura correta no cavado do ombro. A mão auxiliar, nas placas do guarda-mão. (Fig 6-17)

Fig 6-17. Posição de pronto

6-13. UTILIZAÇÃO DA BANDOLEIRA

A utilização de forma convencional (ver C 22-5) dificulta a tomada dasposições de tiro e interfere diretamente na execução do tiro. Deve ser incentivadaa condução do armamento sem bandoleira, entretanto, esta pode ser usada comressalvas.

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a. Na posição de guarda, alta não convém a utilização da bandoleira.

b. Caso seja utilizada na posição de guarda baixa, a bandoleira deverá seralongada o suficiente para que passe apenas pelo pescoço do atirador, para quenão haja prejuízo à eficiência do tiro. O armamento poderá ficar a tiracolo, desdeque o comprimento da bandoleira não dificulte a tomada da posição de tiro.

Fig 6-18. Preparação da bandoleira para posição de guarda baixa

c. Caso seja utilizada na posição de pronto a bandoleira, desde que emforma de alça e presa somente no zarelho posterior, proporciona uma forma menoscansativa de condução do armamento e uma rápida tomada da posição de tiro.

Fig 6-19. Preparação da bandoleira para posição de pronto.

6-13

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6-14

ARTIGO IV

TÉCNICAS DE TIRO RÁPIDO

6-14. GENERALIDADES

Tiro rápido é a técnica utilizada para acertar em alvos próximos ao atirador- em torno de 25 m - que surgem repentinamente, sendo necessária uma prontaação - primeiro tiro realizado em menos de um segundo. É muito empregado nosfogos de assalto, fogos defensivos aproximados, fogos no interior da posição,patrulhamentos e pelas sentinelas. A habilidade para agir com rapidez e comprecisão em um curto objetivo é considerada importante para as várias situaçõesque um soldado pode encontrar.

6-15. FUNDAMENTOS

Como o tempo para a execução do tiro é pequeno, então, todos osfundamentos do tiro serão realizados com maior rapidez e com duplicidade, pois,a cada vez que for empregado o tiro rápido, serão executados dois disparos.

A diferença fundamental entre o tiro rápido e os demais é que neste não sefaz a visada utilizando o aparelho de pontaria.

a. Posição estável(1) Normalmente o tiro é executado na posição de pé, podendo também

ser executado nas demais posições de tiro, dependendo da situação. Paratreinamento será adotada a posição de pé.

(2) A tomada da posição é uma combinação de velocidade e precisão. Avelocidade é obtida colocando a chapa da soleira rapidamente no cavado do ombroe atirando assim que ocorre a identificação do alvo. Em uma situação onde sãorequeridos tiros adicionais, a chapa da soleira permanecerá no cavado do ombroe continuará apontada na direção do objetivo, e serão executados mais doisdisparos.

(3) A precisão na tomada de posição é obtida realizando sempre amesma empunhadura, ou seja, pôr a arma no mesmo lugar todas as vezes. A partelateral da mandíbula estabelece contato firme com a coronha, a mão que atiraexerce pressão para a retaguarda, as placas do guarda-mão são empunhadasfirmemente pela mão auxiliar e a chapa da soleira está no cavado do ombro. Aempunhadura é bem firme ao corpo para que aumente a estabilidade do conjuntoatirador-armamento e absorva melhor o recuo da arma.

(4) O objetivo final da posição de tiro rápido é fazer com que a arma seintegre à parte superior do corpo. Arma e atirador devem compor um únicosistema. (Fig 6-20)

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Fig 6-20. Posição de tiro rápido

b. Pontaria - É realizada com os dois olhos abertos, com o foco visual noalvo, por sobre o aparelho de pontaria. Tem por finalidade evitar que a visão sobrea área do alvo seja limitada pelo aparelho de pontaria, ou seja, utilizar a visãoperiférica na região do alvo, permitindo ao atirador caminhar enquanto segura ofuzil na posição de tiro podendo, desta forma, realizar tiros em outros alvos quesurjam inopinadamente. (Fig 6-21)

Fig 6-21. Pontaria no tiro rápido

6-15

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c. Controle da respiração - Diferente do tiro normal, o corte na respiraçãoacontece em qualquer momento do ciclo respiratório. (Fig 6-22)

Fig 6-22. Respiração no tiro rápido

d. Acionamento do gatilho - Como é um tiro que depende do tempo deexecução, o acionamento é semelhante ao tiro normal, diferindo na intensidadeda pressão exercida na tecla do gatilho, ou seja, o tiro deve ser executado maisrápido que o normal. Para a execução dos dois tiros, os dois acionamentos sãorealizados da mesma forma. Exemplo: dois tiros em 1,5 segundos.

e. Duplo tiro(1) O atirador deve estar sempre pronto para executar o tiro. A cada vez

que um alvo aparece são executados dois tiros e, se houver necessidade de maistiros neste alvo, de dois em dois tiros.

(2) O atirador deve contar seus tiros para não ser surpreendido com ocarregador vazio.

(3) O sistema do duplo tiro é executado para aumentar a probabilidadede acerto.

(4) Quando o atirador percebe que existe um pequeno tempo em que podeexecutar o tiro com mais tranqüilidade (mais do que dois segundos), ele deverealizar a pontaria como no tiro normal.

6-16. TREINAMENTO

a. Os treinamentos iniciais devem ser em seco com alvos em diversasdireções.

b. As armas devem estar travadas e são destravadas na tomada da posição.Após o tiro são travadas novamente. O dedo indicador da mão que atira permaneceao lado do guarda-mato, indo ao gatilho apenas no momento do disparo.

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c. Diversos tipos de treinamentos devem ser executados como: duplo tirono silvo de apito ou no acender de luzes; tiros com o atirador em movimento (aorealizar o disparo o atirador deve estar parado); os atiradores baixam a cabeça poralguns instantes e, quando levantam, o alvo já está em outra direção. Estetreinamento deve ser exaustivo para atingir a rapidez e a precisão na tomada deposição.

d. Os treinamentos devem ser realizados com FAC e com tiro real emdistâncias de 10 m a 25 m, no alvo A2 ou em pistas de tiro.

ARTIGO V

TÉCNICAS DE TIRO EM ALVOS MÓVEIS

6-17. GENERALIDADES

Para se abater alvos móveis a distâncias superiores ou iguais a 100 metros,é necessário que o militar faça uma precessão no ponto de pontaria. Para tanto,existem duas técnicas: o tiro de emboscada e o tiro de acompanhamento. Éimportante que o atirador domine as técnicas de tiro em alvos móveis, pois, emuma situação real, quase sempre os alvos possuirão movimentos.

6-18. FUNDAMENTOS

a. Precessão - É um ponto de pontaria à frente (precedente) do movimentodo alvo, ou seja, é o quanto o atirador terá de posicionar o seu ponto de pontariaà frente do movimento do alvo. Assim, a precessão nada mais é do que a maneirado atirador compensar o movimento do alvo.

b. Fatores que determinam a precessão- Velocidade de deslocamento do alvo;- Direção de deslocamento do alvo; e- Distância do alvo.

OBSERVAÇÃO: este manual não tratará da influência das condiçõesatmosféricas, por pouco influenciarem no tiro de combate.

(1) Velocidade de deslocamento do alvo

ovlA edadicoleV

atneLahlurtaP s/m3,0

adipáRahlurtaP s/m6,0

otneLmemoH s/m2,1

odipáRmemoH s/m8,1

6-16/6-18

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Obs: quanto maior a velocidade do alvo maior será a precessão empregada.

(2) Direção de deslocamento do alvo(a) Movimento do alvo perpendicular à linha de visada do atirador.

Quando o alvo se deslocar perpendicularmente à linha de visadado atirador será utilizada a precessão completa. (Fig 6-23)

Fig 6-23. Alvo se deslocando perpendicularmente à linha de visada do atirador

(b) Movimento do alvo oblíquo à linha de visada do atirador.Quando o alvo se deslocar obliquamente à linha de visada do

atirador será utilizada a meia precessão. (Fig 6-24)

Fig 6-24. Alvo se deslocando obliquamente à linha de visada do atirador

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(c) Movimento do alvo paralelo à linha de visada do atirador.Quando o alvo se deslocar paralelamente à linha de visada não

será utilizada nenhuma precessão, ou seja, a precessão será nula. (Fig 6-25)

OBSERVAÇÃO: se não há deslocamento lateral do alvo em relação à linhade visada do atirador, a técnica de tiro empregada será a mesma utilizada paraabater alvos estáticos.

Fig 6-25. Alvo se deslocando paralelamente à linha de visada do atirador

(3) Distância do alvo

OBSERVAÇÃO: quanto maior a distância do atirador para o alvo, maior seráa precessão empregada para abater o alvo.

ovlAodaicnâtsiD otcapmIoarapopmeT

sortem001 sodnuges31,0

sortem002 sodnuges72,0

sortem003 sodnuges34,0

sortem004 sodnuges06,0

sortem005 sodnuges97,0

sortem006 sodnuges99,0

6-18

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c. Cálculo da precessão(1) Para se calcular a precessão usa-se a seguinte fórmula:

P = V x TOnde: P = a precessão a ser realizada

V = a velocidade do alvoT = o tempo gasto para o projétil atingir o alvo (Atenção: o

tempo será empregado de acordo com a distância do alvo).(2) Exemplo: O soldado CICLANO encontra-se no campo de batalha

armado com o seu FAL, quando observa um mensageiro inimigo andandolentamente em direção perpendicular a sua linha de visada. O Sd CICLANO avaliaque esse homem dista 300 metros de sua posição. Qual será a precessão a serempregada pelo referido militar a fim de que ele possa abater este alvo?

V = Homem lento = 1,2 m/sT = Distância do alvo = 300 m tempo gasto para o projétil atin-

gir o alvo = 0,43 sP = V x TP = 1,2 x 0,43 P = 0,516 m P 50 cm

Logo, o Sd CICLANO terá que fazer o seu ponto de pontaria 50centímetros à frente do centro do alvo. Atenção: frente significa a posição futurado alvo em relação ao seu deslocamento.

Fig 6-26. Ponto de precessão em relação ao alvo

(3) Para se calcular a precessão de um alvo que se desloca obliquamenteem relação à linha de visada do atirador, basta dividir por 2 (dois) o valor encontradono cálculo da precessão, ou seja, fazer a meia precessão.

d. Memento de cálculo da precessão para alvos móveis humanosPara que se possa utilizar este memento é importante definir que uma

silhueta humana vista de perfil tem em média, aproximadamente, 30 cm delargura. Desse modo, para tiro em alvos humanos móveis, fica padronizado que1 (um) corpo é o tamanho da largura de uma silhueta humana vista de perfil.

>

> > ~~

A distância do centro do alvo aoponto de pontaria é de 50 cm. Oponto de pontaria será à direita se oalvo se deslocar para a direita.

A distância do centro do alvo ao pontode pontaria é de 50 cm. O ponto depontaria será à esquerda se o alvo sedeslocar para a esquerda.

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6-19. TREINAMENTO

É importante ressaltar que, para se realizar tiro em alvos móveis, o militardeve estar bem adestrado nas técnicas de avaliação de distância, bem como nadeterminação da precessão necessária para o tiro, pois estes procedimentos sãoos primeiros a serem tomados na realização do tiro em alvos móveis.

a. Tiro de Emboscada (Fig 6-27 e 6-28)1º - Avaliar a distância do alvo;2º - Avaliar a velocidade do alvo;3º - Calcular a precessão a ser empregada (utilizar o memento);4º - Escolher um ponto nítido do terreno, que esteja à frente do movimento

do alvo (posição futura do alvo), para ser utilizado como ponto de pontaria;5º - Fazer a pontaria no ponto nítido escolhido no terreno; e6º - Realizar o disparo da arma quando a distância do alvo ATÉ o ponto

nítido do terreno for IGUAL à precessão calculada.

SOVLA

aicnâtsiDahlurtaP

atneLahlurtaP

adipáRmemoHotneL

memoHodipáR

m001oãssecerP

alunoãssecerP

alunoproC½ oproC1

m002 oproC½ oproC½ oproC1 oproC½e1

m003 oproC½ oproC1 oproC½e1 oproC½e2

m004 oproC½ oproC1 oproC½e2 oproC½e3

m005 oproC1 oproC½e1 soproC3 oproC½e4

m006 oproC1 soproC2 soproC4 soproC6

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Fig 6-27. Tiro de emboscada

Fig 6-28. Tiro de emboscada (momento do disparo)

b. Tiro de acompanhamento (Fig 6-29 a 6-32)1º - Avaliar a distância do alvo;2º - Avaliar a velocidade do alvo;3º - Calcular a precessão a ser empregada (utilizar o memento);4º - Começar a acompanhar o movimento do alvo, apontando o cano do

fuzil para o alvo, estando a arma com a coronha voltada para baixo (isto é feito semusar o aparelho de pontaria, e sim olhando por sobre o quebra-chamas da arma);

Alvo emdeslocamento

Ponto nítidono terreno

Posição futurado alvo

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5º - Sem perder (por nenhum momento) o acompanhamento do alvo,iniciar a colocação da coronha da arma no cavado do ombro até que (progressi-vamente) se possa fazer o acompanhamento do alvo através do aparelho depontaria, obtendo, simultaneamente, a empunhadura correta;

6º - Conduzir o ponto de pontaria para frente do movimento do alvo; e7º - Realizar o disparo da arma quando a distância do ponto de pontaria

ATÉ o alvo for IGUAL à precessão calculada.

OBSERVAÇÃO: as figuras a seguir representam um tiro de acompanha-mento em alvo, móvel, empregando meio corpo de precessão.

Fig 6-29. Acompanhamento do alvo feito pelo cano da arma (quebra-chamas)

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Fig 6-30. Início da colocação da coronha no cavado do ombro (início davisualização da maça de mira)

Fig 6-31. Acompanhamento realizado através do aparelho de pontaria (disparofeito com meio corpo de precessão)

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Fig 6-32. Tiro de acompanhamento (seqüência completa até o momento dodisparo)

ARTIGO VI

TÉCNICAS DE TIRO NOTURNO

6-20. GENERALIDADES

Todos os militares devem ser capazes de atirar e acertar alvos a curtasdistâncias em ambientes com restrição de luz. Para isto, é necessária a acuidadevisual em escuridão parcial e total, e aplicação correta dos fundamentos nestesambientes.

6-21. FUNDAMENTOS

Existem duas dificuldades na execução do tiro noturno: a identificação doalvo e a pontaria do armamento.

a. Identificação do alvo - A correta identificação do alvo depende do usoeficiente dos olhos durante a noite ou em condições de pouca visibilidade; istorequer a aplicação dos princípios da visão noturna: adaptação à escuridão, visãofora de centro e esquadrinhamento. (ver artigo III, Capítulo IV, C 21-74).

b. Pontaria - É realizada com os dois olhos abertos, com o foco visual noalvo, por sobre o aparelho de pontaria. (ver artigo IV, tiro rápido). Tem por finalidade

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evitar que a visão sobre a área do alvo seja limitada pelo aparelho de pontaria epermite ao atirador aplicar corretamente o que preconiza a identificação do alvo.

c. Posição - A precisão na tomada de posição é obtida realizando semprea mesma empunhadura, ou seja, pôr a arma no mesmo lugar todas as vezes (verartigo IV, tiro rápido).

6-22. ORIENTAÇÃO AOS INSTRUTORES

a. Para a definição do número de séries de atiradores, considerar:(1) número de postos disponíveis;(2) número de atiradores;(3) número de Aux Instr / Mon: mínimo de 01 (um) Aux Instr / Mon para,

no máximo, 12 atiradores, na série de tiro.

b. O tiro será realizado a 25 metros no alvo A2, que tem as dimensõesaproximadas de um homem.

c. Os alvos estarão agrupados de quatro em quatro, para que o atiradorpossa identificar melhor o seu alvo. Entre cada conjunto de alvos haverá umespaço vago.

d. Um Aux Instr / Mon deverá liberar as séries de atiradores, já grupadas dequatro em quatro homens, e outro Aux Instr / Mon deverá orientar a ocupação dospostos de tiro.

e. O tiro de ensaio, antes do anoitecer, será realizado com todos osatiradores antes de iniciar o tiro noturno.

f. A munição deve ser entregue na mão do atirador. Como o último tiro decada série não necessita de regulagem, deve ser munição M1. O Cmt L Tir deveordenar primeiro a distribuição e municiamento do cartucho M1. Deve havermuniciadores com munição M1 e municiadores com munição traçante.

g. Os atiradores da primeira série conduzirão para a linha de tiro, a 25metros, o armamento, o borrão de tiro e obréias. Na linha de tiro, os fuzis deverãoser colocados no solo e os carregadores empilhados.

h. A próxima série de atiradores permanecerá dez passos à retaguarda dalinha de tiro.

i. Realizar um treinamento de tiro em seco, sem os carregadores, em todasas posições, antes da execução da seção de tiro.

j. Após terminada a série de tiro os atiradores deixam o armamento no soloe sentam dois passos à retaguarda.

l. As armas que apresentarem incidente durante a jornada diurna não podemir para a linha de tiro.

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m. Ao final da série, os atiradores irão à frente verificar e obreiar todos osimpactos.

n. Ao final do exercício de tiro será feito o rodízio. Os atiradores queexecutaram seus tiros serão deslocados por um Aux Instr / Mon para a área dereunião após o tiro. A próxima série de atiradores ocupará a linha de tiroconduzindo o seu armamento e todo o seu material. As demais séries permane-cerão nos seus locais.

o. Coordenação entre a equipe de instrução.(1) Cada Aux Instr / Mon ficará responsável por um a três conjuntos de

quatro alvos.(2) Assim que o exercício de tiro iniciar, o Aux Instr / Mon deve ligar sua

lanterna (com filtro vermelho), direciona-la ao Cmt L Tir e permanecer com elanesta situação até o final do exercício, quando o Aux Instr / Mon fará a inspeçãodas armas.

(3) O Aux Instr / Mon verifica as falhas e conduz as séries de falhas dentrodo seu setor independente de ordem do instrutor do tiro, e, quando estiver emsegurança, sinalizará para o Cmt L Tir piscando a lanterna. O Cmt L Tir responderá,também, piscando a lanterna.

(4) Após a resposta do instrutor o Aux Instr / Mon apaga sua lanterna.

p. As luzes do estande permanecerão apagadas durante toda a sessão, sósendo acesas as luzes dos alvos (luzes vermelhas) quando eles forem avaliadose obreiados. A luz branca somente será utilizada ao término do tiro ou em casosde emergência. Quando da execução dos tiros, nas proximidades do estande, eparticularmente nos alvos, não haverá iluminação alguma.

Fig 6-33. Exemplo de linha de tiro noturna

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6-23. TREINAMENTO

a. Para executar o tiro noturno é necessário treinamento em diversascondições de luz; para tanto, compreenderá exercícios com pouca iluminação(área batida por tiro iluminativo, penumbra de lâmpadas vermelhas, ambiente comlua cheia) e escuridão total.

b. Antes dos exercícios, devem ser observadas as prescrições relativas àadaptação da vista para a visão noturna.

c. O atirador deve dominar as técnicas de tiro rápido pois servem comotreinamento para o tiro noturno.

ARTIGO VII

TÉCNICAS DE TIRO NAS OPERAÇÕS DEFENSIVAS E OFENSIVAS

6-24. TÉCNICAS DE TIRO

As técnicas de tiro a serem adotadas pelo combatente variam de acordocom a missão, situação e o terreno.

a. Operações Ofensivas.(1) Progressão por lanços - O militar realiza seus disparos, prioritariamente,

enquanto estiver executando a base de fogos, o tiro normalmente será visadonesta situação. A posição de tiro a ser adotada dependerá da altura do abrigo queencontrar em sua progressão. Estas posições devem expor o mínimo da silhuetado atirador e, em princípio, podem ser:

(a) POSIÇÃO DEITADA;(b) POSIÇÃO DEITADA APOIADA;(c) POSIÇÃO AJOELHADA; e(d) POSIÇÃO AJOELHADA APOIADA.

(2) Conduta no assalto - De acordo com o que prescreve o manualC 7-5 EXERCÍCIOS PARA A INFANTARIA, quando houver superioridade de fogos,o militar executará o tiro na POSIÇÃO DE PÉ, executando pequenas paradas nomomento da realização do disparo. Pode empregar qualquer técnica de tiro (tirovisado, rápido, noturno, etc.) já abordadas. A situação e que vai impor a melhortécnica.

b. Operações Defensivas.(1) Progressão por lanços - Obedece aos mesmos princípios da progres-

são por lanços nas operações ofensivas.(2) Tiro dentro de abrigo. (Fig 6-34)

(a) O apoio do cotovelo no tiro dentro de abrigo é o mesmo que outilizado na POSIÇÃO DEITADA. A única diferença será a posição do corpo queirá se acomodar às dimensões em que se encontrar o abrigo.

(b) O tiro será visado inicialmente, podendo evoluir para qualqueroutra técnica. A situação é que irá determinar.

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Fig 6-34. Posição de tiro dentro de abrigo.

ARTIGO VIII

TÉCNICAS DE TIRO EM AMBIENTE DE SELVA

6-25. GENERALIDADES

Devido ao ambiente de selva ser peculiar, alguns aspectos são importantes:

a. Tiro rápido - (ver capítulo III) É a forma mais apropriada para a execuçãode tiro no interior deste ambiente.

b. Consumo de munição - É a maior preocupação do atirador devido àdificuldade de ressuprimento; então o adestramento deve ser maior para que cadatiro disparado atinja o seu objetivo.

c. Tiro a curtas distâncias - O tiro será limitado ao campo visual, que variaem torno de 25 m, limitado pelos obstáculos naturais deste ambiente.

d. Túnel de tiro - O atirador deve procurar aberturas naturais dentre avegetação que possibilitem aumentar a visada, para bater alvos mais distantes.Este tipo de tiro é muito utilizado em emboscadas, ou em operações defensivas.

e. Local da tomada da posição - O atirador deve tomar a posição de tiroem local previamente reconhecido, para não se surpreender com galhos, raízesou, armadilhas, que iriam denunciar a posição ou dificultar a execução do tiro.

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f. Tiro rápido visado - Caso tenha disponibilidade de tempo e abrigo, oatirador deve realizar a visada para executar o tiro, sendo uma combinação de tirorápido e a rápida visada.

g. O tiro, quando realizado em posições que acompanham varadouros,trilhas, igarapés, rios, clareiras ou localidades, possibilita atingir alvos a distân-cias maiores, chegando até ao alcance de utilização do armamento. Quandonestas condições, aplicam-se os fundamentos de tiro em situações normais.

ARTIGO IX

TÉCNICAS DE TIRO EM AMBIENTE URBANO

6-26. GENERALIDADES

a. O tiro em ambiente urbano vem sendo muito utilizado no combate atual.É utilizado para desalojar o inimigo de dentro de um local, onde esse inimigoconstruiu suas posições defensivas.

b. Esses locais urbanos têm um campo de tiro reduzido, mas contém váriasposições onde um atirador pode ocupar para deter ou retardar o seu inimigo.

6-27. CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS

a. As posições de tiro devem ser cuidadosamente escolhidas, dependendodos locais das seteiras. São preferidos locais imprevisíveis pelo inimigo e asarmas que devem atirar das janelas ou de grandes aberturas deverão serlocalizadas bem recuadas no interior do edifício.

b. O terreno à frente das armas deve ser molhado para evitar que a poeiracausada pelo sopro da boca da arma revele a posição. As bocas das armas nãodevem ficar fora do abrigo. Os atiradores mudam freqüentemente de posição parailudir o inimigo.

c. As seteiras podem ser elevadas para permitir ao atirador atirar de umaplataforma, ou baixas para o tiro da posição deitada.

d. O emprego de armamento, no interior de uma localidade, para desalojarum inimigo em uma localidade deverá ser de pequeno calibre.

e. A camuflagem dos espaldões é favorecida pelos edifícios. Os espaldõespodem ser construídos dentro dos edifícios e suas seteiras situadas de modo apermitirem o tiro através de janelas e portas existentes.

f. A observação e os campos de tiro são limitados, exceto ao longo das ruase becos.

g. O movimento de viaturas é reduzido e canalizado. As viaturas ficamsujeitas aos tiros a pequena distância de várias armas.

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6-28. FASES DO ATAQUE

a. 1ª Fase - Tem por fim isolar a localidade, apoderando-se dos acidentesdo terreno que dominam os campos de tiro da localidade. Os atiradores seapossam de posições fora da região edificada de onde possa apoiar o ataque alocalidade e a conquista passo a passo do objetivo.

b. 2ª Fase - Consiste no avanço dos elementos de assalto, com suas armasem posição de alerta, para a região edificada e a conquista de alguns edifícios naorla anterior da localidade. Isto diminui ou impede a observação dos atiradoresinimigos e os tiros diretos sobre o atacante que se aproxima. O atacante utilizaas cobertas e abrigos proporcionados por esses edifícios atingidos, descentralizao controle e desloca as armas para frente.

c. 3ª Fase - É o avanço sistemático casa a casa, o atirador deverá ocuparposições reais de tiro e deixar em condições as posições de muda, com o intuitode iludir o inimigo. Nesta fase deve ser dedicada atenção particular ao controle dasunidades. A limpeza dos edifícios, a distribuição dos meios de comunicaçãoadequados e os suprimentos de munição.

6-29. APLICAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DE TIRO EM AMBIENTE URBANO

a. Posição de Tiro(1) Posição na qual tenha maior firmeza com o armamento.(2) Posição de alerta.(3) Posição de isometria.

b. Pontaria(1) Os dois olhos bem abertos, focar a maça de mira, deixando o alvo ficar

embaçado.(2) A empunhadura deve ser firme, e o braço do lado da mão que atira não

deve estar projetado, evitando levar tiros nesse braço.

c. Respiração - A interrupção da respiração deverá ser feita em qualquermomento do ciclo respiratório.

d. Acionamento do gatilho - O dedo deverá ficar arcado do lado de forado quebra-mato, esperando o momento do acionamento, que nesse caso deveráser o mais rápido possível.

ARTIGO X

TÉCNICAS DE TIRO DE FUZIL COM LUNETA

6-30. GENERALIDADES

a. A luneta de tiro do fuzil tem por objetivo auxiliar o atirador a visualizar eidentificar seu alvo com mais facilidade. O uso da luneta causa uma falsa

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impressão de melhoria na precisão do tiro. Esta está ligada apenas à corretaexecução dos fundamentos de tiro, à qualidade do armamento e da munição, enão ao fato da luneta permitir visualização mais apurada em relação aos aparelhosde pontaria convencionais.

b. A luneta de tiro deve ser usada por militares que possuam melhorqualificação e desempenho no tiro com fuzil. Deve-se ainda treinar a técnicacorreta para aproveitar ao máximo suas vantagens.

6-31. FUNDAMENTOS

Os fundamentos de tiro de fuzil com luneta são os mesmos descritos noCap 2, com exceção à distância ocular da posição de tiro e da pontaria.

a. Pontaria - o alinhamento dos aparelhos de pontaria obtido através daalça e massa de mira não ocorre na luneta. Um perfeito alinhamento acontecequando o centro dos retículos da luneta coincidem com o centro do alvo. Ela nãopode ter sombras no contorno da ocular e suas bordas devem estar nítidas. O focode mira deve estar no alvo. (Fig 6-35 e 6-36)

Fig 6-35. Fotografia correta

Fig 6-36. Erro de sombreamento das bordas

b. Distância ocular na posição de tiro - A distância do olho do atiradorpara a ocular da luneta deve ser de aproximadamente 7 cm para permitir afotografia correta, respeitando a acuidade visual de cada atirador. (Fig 6-37)

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Fig 6-37. Erros na distância ocular

c. Engajamento dos alvos - ao melhorar a capacidade de enxergar o alvoa luneta de tiro também restringe o campo visual do atirador. O treinamento do tirocom luneta permite que se realize a pontaria e disparo com os dois olhos abertos.Dessa forma o atirador poderá ter controle sobre o que ocorre em seu setor de tiro,e não somente o que está sendo observado no retículo de sua luneta.

6-32. REGULAGENS

a. Cada luneta possui sistemas de regulagens e características diferentes.O oficial instrutor de tiro é responsável pela consulta aos manuais técnicos, IP,ou mesmo os manuais dos fabricantes das lunetas utilizados pelo exército. Cabeainda ao instrutor a condução e a verificação da regulagem da luneta pelo atiradorresponsável pela utilização deste material

b. Para a Luneta de Pontaria para Fuzil M “OIP” 3,6x, ver a IP 10/DAN parainformações a respeito de características, manutenção e regulagens.

ARTIGO XI

TÉCNICAS DE TIRO COM EQUIPAMENTOS ESPECIAIS

6-33. TIRO COM MÁSCARA CONTRA GASES

a. A grande dificuldade que ocorre neste tipo de tiro é na execução dapontaria correta, quer realizando-a através da alça de mira, quer manter a distânciacorreta do olho para a alça. Se o atirador consegue realizar a pontaria corretamen-te, o tiro se caracteriza como normal, podendo aplicar os fundamentos de tiro.

b. Quando o atirador não consegue realizar a pontaria através da alça demira, ele adota os fundamentos do tiro rápido (ver artigo IV).

c. Outra dificuldade é a de manter o apoio da cabeça na realização do tiro;para isto é necessário treinamento.

d. Com a execução do tiro pode ocorrer uma quebra da vedação da máscarapor ação da coronha no instante do recuo da arma, permitindo a entrada de ar.

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e. O tiro rápido serve como treinamento para o tiro com máscara contragases.

6- 34. TIRO COM EQUIPAMENTO DE VISÃO NOTURNA

a. A nitidez, o alcance e o tamanho influenciam na realização do tiro comeste tipo de equipamento.

b. O tiro com equipamento do tipo luneta e adaptada ao armamento, érealizado aplicando-se as técnicas de tiro com luneta (ver artigo XI).

c. O tiro com equipamento de outro tipo é realizado aplicando-se a técnicade tiro rápido (ver artigo IV) no que se refere a posição estável e a pontaria.

d. O tiro rápido serve como treinamento para o tiro com equipamento devisão noturna.

6-35. TIRO COM EQUIPAMENTO INFRAVERMELHO OU LASER

a. A pontaria é feita colocando o visor iluminado ou os raios na região do alvo.A cabeça é elevada em relação à coronha para executar a correta pontaria.

b. O tiro é facilitado com este tipo de equipamento, pois possibilita maioracerto, rapidez e futuras correções.

c. O tiro rápido serve como treinamento para o tiro com equipamentoinfravermelho ou laser.

6-36. TIRO COM LANTERNAS

a. A lanterna adaptada à arma facilita a identificação do alvo, mas, denunciaa posição do atirador.

b. O tiro rápido serve como treinamento para o tiro com lanternas.

ARTIGO XI

POSIÇÕES DE TIRO

6-37. GENERALIDADES

Durante o combate, o militar deverá escolher a posição de tiro a ser tomadade acordo com a Missão, Inimigo, Terreno e os Meios. Mas, para tanto, ocombatente tem de conhecer as peculiaridades e as variações de cada posiçãode tiro, suas vantagens e desvantagens, empregando-as corretamente nas maisdiversas situações. Deste modo, além de conhecer as posições fundamentais detiro, o militar tem de conhecer também as posições alternativas.

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6-38. POSIÇÕES ALTERNATIVAS DE TIRO DE COMBATE

As posições alternativas de tiro são utilizadas para minimizar as dificulda-des encontradas no combate. Por exemplo, quando o terreno estiver contaminadopor agentes QBN (químicos, biológicos e nucleares), o militar tem de evitar ocontato do seu corpo com o solo, ao mesmo tempo em que procura a melhorposição de tiro para disparar a arma. Esse problema é solucionado com o empregodas posições alternativas.

a. Posição deitada apoiada (Fig 6-38)(1) Permanecem os mesmos fundamentos empregados na posição sem

apoio;(2) O apoio (sacos de areia, troncos de árvores, pedras, etc) fica abaixo

do antebraço e da mão auxiliar;(3) O fuzil fica apoiado na mão auxiliar; e(4) A arma não toca o suporte, permitindo o controle do atirador para

possíveis mudanças de direção.

Fig 6-38. Posição deitada apoiada

OBSERVAÇÃO: esta posição proporciona melhor estabilidade para o tiro.

b. Posição deitada com bipé (Fig 6-39 e 6-40)(1) Permanecem os mesmos fundamentos empregados na posição

apoiada;(2) A mão auxiliar, ao invés de apoiar a placa do guarda-mão, apóia a

chapa da soleira;(3) A interseção do dedo polegar com o indicador da mão auxiliar, apóia

a parte inferior da chapa da soleira; e(4) Os dedos da mão auxiliar com exceção do polegar envolvem a parte

superior do braço do lado que atira.

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Fig 6-39. Posição deitada com bipé

Fig 6-40. Posição deitada com bipé (detalhe)

c. Posição sentada - A posição sentada admite duas variações, a seremutilizadas de acordo com o biotipo de cada atirador, a posição sentada de pernasabertas e a posição sentada de pernas cruzadas. Ambas as posições sãoempregadas na impossibilidade de se tomar a posição ajoelhada (Ex. em um

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terreno com declive elevado).(1) Posição sentada de pernas abertas. (Fig 6-41 e 6-42)

(a) De frente para o alvo, o atirador faz oitavo ao lado da mão que atirae afasta os pés na largura dos ombros, senta-se atenuando a queda com a mãoque atira;

(b) Apontar os pés para o centro, estando o peso das pernas apoiadonos calcanhares;

(c) Apoiar os cotovelos na parte interna das pernas, pouco à frentedos joelhos, dando firmeza à posição;

(d) A mão que atira exerce pressão na arma na direção do ombro; e(e) Os grupos musculares que não estiverem estabilizando a posi-

ção, devem permanecer relaxados.

OBSERVAÇÃO: esta posição é menos indicada por ser a mais instável.

Fig 6-41. Posição sentada de pernas abertas

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Fig 6-42. Posição sentada de pernas abertas (visão frontal)

(2) Posição sentada de pernas cruzadas. (Fig 6-43 e 6-44)(a) Após sentar-se (como na posição de pernas abertas), o atirador

cruza as pernas;(b) Apoiar os cotovelos na parte interna das pernas, pouco à frente

dos joelhos, dando firmeza à posição; e(c) As pernas podem estar com flexão parcial ou total. Esta última,

é mais estável.

Fig 6-43. Posição sentada de pernas cruzadas

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Fig 6-44. Posição sentada de pernas cruzadas (visão frontal)

d. Posição de cócoras (Fig 6-45 e 6-46)(1) De frente para o alvo, o atirador faz oitavo ao lado da mão que atira e

afasta os pés na largura dos ombros, agacha-se tomando a posição de cócoras.(2) Manter os pés chapados no solo, colocando o peso do corpo no centro

dos pés;(3) Apoiar os cotovelos na parte interna das pernas, pouco à frente dos

joelhos, dando firmeza à posição; e(4) A mão que atira exerce pressão na arma, na direção do ombro.

OBSERVAÇÃO: sua utilização é empregada quando o terreno não permitea tomada da posição ajoelhada, nem da posição sentada. (Ex: terreno contami-nado por agentes QBN)

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Fig 6-45. Posição de cócoras

Fig 6-46. Posição de cócoras (visão frontal)

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6-39. POSIÇÕES ABRIGADAS

Durante o combate o militar irá atirar de uma posição que lhe dê maiorsegurança, um abrigo. Para tanto é necessário que o combatente saiba comotomar uma posição abrigada, de forma a obter um maior desempenho no tiro.

a. Posição de pé abrigada (Fig 6-47 a 6-49)(1) Permanecem os mesmos fundamentos empregados da posição de pé

desabrigada;(2) O abrigo (paredes, troncos de árvores, viaturas, etc) fica do lado da

mão auxiliar;(3) O fuzil fica apoiado na mão auxiliar;(4) Parte do antebraço, polegar e parte das costas da mão auxiliar, ficam

encostados no abrigo, utilizando-o como apoio; e(5) A arma não toca o abrigo, permitindo o controle do atirador para

possíveis mudanças de direção.

Fig 6-47 e Fig 6-48. Posição de pé abrigada (visão lateral)

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Fig 6-49. Posição de pé abrigada (visão frontal)

b. Posição ajoelhada abrigada (Fig 6-50 a 6-52)(1) Permanecem os mesmos fundamentos empregados da posição

ajoelhada desabrigada;(2) O abrigo (paredes, troncos de árvores, viaturas, etc) fica do lado da

mão auxiliar;(3) O fuzil fica apoiado na mão auxiliar;(4) Parte do antebraço, polegar e parte das costas da mão auxiliar, ficam

encostados no abrigo, utilizando-o como apoio; e(5) A arma não toca o abrigo, permitindo o controle do atirador para

possíveis mudanças de direção.

OBSERVAÇÃO: caso o abrigo esteja do mesmo lado da mão que atira, ocombatente terá de inverter a sua posição de tiro, ou seja, acionar o gatilho coma mão auxiliar.

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Fig 6-50. Posição ajoelhada abrigada (visão frontal)

Fig 6-51. Posição ajoelhada abrigada (visão lateral)

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Fig 6-52. Posição ajoelhada abrigada (visão lateral)

6-40. VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS POSIÇÕES

Para determinar quais as vantagens e desvantagens de uma determinadaposição de tiro, o militar tem de levar em conta os seguintes aspectos:

- alcance eficaz do tiro proporcionado pela posição;- campo de tiro oferecido pela posição;- mobilidade que a posição proporciona;- silhueta exposta ao inimigo; e- tempo gasto para se tomar a posição.

OÃÇISOP SNEGATNAV SNEGATNAVSED

ADATIEDe;zacifeecnaclaroiaM-.atsopxeateuhlisroneM-

;odizuderoritedopmaC-e;edadilibomacuoP-

aarapotsagopmetroiaM-.oãçisopadadamot

ÉPED

;olpmaoritedopmaC-e;edadilibomroiaM-

-isopedadamotadipáR-.oãç

e;zacifeecnaclaroneM-.atsopxeateuhlisroiaM-

ADAHLEOJA.adahleojaeépedseõçisopsaertne,airáidemretnioãçisoP

oãsmébmatsnegatnavsedesnegatnavsaussa,missA.seõçisopsaudsaleuqàoãçalermesairáidemretni

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OÃÇISOP SNEGATNAV SNEGATNAVSED

ADATIEDADAIOPA

-atseamitóanoicroporP-oodnatnemua,edadilib

e;zacifeecnacla.atsopxeateuhlisroneM-

;odizuderoritedopmaC-e;edadilibomacuoP-

-otanotsagopmetroiaM-evisulcni,oãçisopadadam.adatiedoãçisopàoãçalerme

ADATIEDÉPIBMOC

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;zacifeecnaclae;atsopxeateuhlisroneM-

edsiamocuopmuiussoP-oãçisopaeuqedadilibom

.adatied

odizudersiamoritedopmaC-opaadatiedoãçisopaeuq

.adai

ADATNES

snegatnavsedesnegatnavmeteuqoãçisopamuéatsEsiacolmeadagerpmE.adahleojaoãçisopadsàsetnahlemesadamotaatimrepoãne,oãçanilcnietrofahnetonerretoedno

.adahleojaoãçisopad

SAROCÓC

artnocneesonerretoednoseõçautismeadagerpmeoãçisoPoirássecené,amrofatseD.NBQsetnegaropodanimatnoc,opmetomsemoa,eolosomocotatnocoetiveratilimoeuqsnegatnavsedesnegatnavsA.ateuhlisausasonemahnopxe

.adahleojaoãçisopadsàmahlemessaesoãçisopassed

ÉPADAGIRBA

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odived,otirtseroritedopmaC;ogirbaoa

ADAHLEOJAADAGIRBA

artnocoãçetorpetnelecxE-;ogiminiodsogof

aeuqzacifeecnaclaroiaM-e;adagirbaépedoãçisop

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.oprocoiemed

odived,otirtseroritedopmaC;ogirbaoa

6-40

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CAPÍTULO 7

LANÇAMENTO DE GRANADA DE BOCAL

7-1. BOCAL PARA LANÇAMENTO DE GRANADA E QUEBRA-CHAMAS

a. Generalidades - O fuzil 7,62 M964 está equipado com uma peça quedesempenha as funções de: bocal para lançamento de granadas; quebra-chamas;receptor do reforçador para o tiro de festim; e suporte da baioneta. Esta peçapermite lançar com muita precisão, as granadas anti-carro e anti-pessoal. Ela éconstituída de um cilindro fixado na boca da arma, no qual é colocada a granada.A mola de retenção da granada a mantém no seu bocal. Possui orifícios oblíquosdiametralmente opostos, que tem por função servir de quebra-chamas. O bocal éum dispositivo especial, onde são adaptadas as granadas de bocal na parteanterior do cano do fuzil.

b.Tipos de cargas de lançamento.(1) Gr M2 e M3 - É utilizado um tipo apropriado sem projétil, sendo o estojo

fechado em forma de rosácea (estrelado) com vedação de cera. Não pode serutilizada a munição M1 para lançamento.

(2) Gr M23 A1 e M24 A1 - só será utilizada a munição M1 para fazer seulançamento.

OBSERVAÇÃO: Não deve ser usada a munição de festim, para nenhumadas granadas.

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Fig 7-1. Colocação do estojo na câmara.

c. Partes componentes da granada

Fig 7-2. Granada de bocal

7-2. MANEJO

a. Colocar inicialmente o obturador do cilindro de gases em GR.

b. Travar a arma.

c. Abrir a arma.

d. Inspeciona a câmara.

e. Colocar o registro de tiro e segurança em “R”.

f. Introduzir com a mão que atira o cartucho de lançamento na câmara.

g. Carregar a arma, agindo no retém do ferrolho.

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h. Colocar a granada no bocal e assegurar-se de que ela foi bem introduzida.

i. Remover a cinta com o pino de segurança da granada.

j. Destravar a arma.

7-3. POSIÇÕES DE TIRO

a. Para o tiro direto - Nas posições de pé, ajoelhada e deitada, aempunhadura é sempre a mesma. (Fig 7-3)

(1) Colocar a coronha sob a axila do lado da mão que atira. Nunca se deveapoiá-la no ombro.

(2) Apontar para o alvo tomando como linha de mira o entalhe convexo daalça de mira e a parte côncava da ogiva da granada, na graduação correspondenteà distância do alvo.

Fig 7-3. Pontaria

b. Posição de Pé. (Fig 7-4)

Fig 7-4. Posição de pé

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(1) Dar um passo à frente com a perna do lado da mão que não atira eflexiona-la ligeiramente.

(2) A perna de trás estendida(3) Tronco projetado para frente, no prolongamento da perna estendida.(4) Mão auxiliar segura o quarda-mão com o braço estendido.(5) Mão que atira empunha muito firmemente o punho. (se o atirador não

executar este procedimento poderá luxar ou até mesmo quebrar o polegar da mãoque atira)

(6) Chapa da soleira passando por baixo da axila do braço da mão queatira.

(7) Cabeça na vertical, olhando para a pontaria.

c. Posição ajoelhada. (Fig 7-5)

Fig 7-5. Posição ajoelhada

(1) Posicionar os ombros, na posição de pé, perpendicular a direção dosalvos.

(2) Dar um passo à frente com a perna do lado da mão que não atira,ajoelhando-se sobre a perna do lado da mão que não atira.

(3) Sentar no calcanhar encaixando-o no vão entre as nádegas, mantendoa ponta ou peito do pé no chão.

(4) Perna do lado da mão auxiliar exatamente na vertical com o pélevemente rotacionado para o lado da mão que atira.

(5) Peso do corpo levemente deslocado para frente, formando umaposição de boa base.

(6) Cotovelo do braço da mão auxiliar apoiado no joelho, ultrapassando-o ligeiramente.

(7) Chapa da soleira passando por baixo da axila do braço da mão queatira.

(8) Mão que atira empunha firmemente o punho (se o atirador nãoexecutar este procedimento poderá luxar ou até mesmo quebrar o polegar da mãoque atira).

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d. Posição deitada. (Fig 7-6)

Fig 7-6. Posição deitada

(1) Deitar de frente para o alvo(2) Pernas estendidas.(3) Chapa da soleira passando por baixo da axila do braço da mão que

atira.(4) Cotovelo do lado da mão que atira apoiado naturalmente ao lado do

corpo.(5) Mão que atira empunha muito firmemente o punho. (se o atirador não

executar este procedimento poderá luxar ou até mesmo quebrar o polegar da mãoque atira).

(6) Parte inferior da chapa da soleira ligeiramente enterrada (fazer umapequena cavidade no solo).

7-4. TIRO INDIRETO

a. O alcance variará de acordo com a inclinação. O alcance máximo serápróximo ao ângulo de 42º.

TABELA DE ALCANCE MÁXIMO A 42º.

lacoBedadanarG omixáMecnaclA

2MlaossepitnA sortem004

3MorracitnA sortem062

32MlaossepitnA sortem002

42MorracitnA sortem002

7-3/7-4

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7-6

b. Método prático para determinação do alcance (Fig 7-7):(1) com o auxílio da bandoleira ou barbante deixando-a cair na vertical; e(2) fazer marcas na bandoleira conforme os alcances pré-determinados.

Fig 7-7. Tamanho da bandoleira

c. Para a realização do tiro.(1) Atirador toma a posição de joelho (Fig 7-8).

(a) Colocar o joelho aproximadamente 45o em relação à direção detiro, girando para o lado da mão que atira.

(b) Pé do lado da mão auxiliar apóia a chapa da soleira, na direçãode tiro.

(c) Braço da mão auxiliar estendido.(d) Mão auxiliar empunhando as placas do guarda-mão.(e) Mão que atira segura o punho, com quatro dedos por baixo do

punho e o polegar acionará a tecla do gatilho.(2) Posição da arma (Fig 7-8).

(a) Punho voltado para o atirador.(b) Aparelho de pontaria voltado para a frente.(c) Chapa da soleira apoiada no solo e ancorada pelo pé da mão

auxiliar, e ligeiramente enterrada ( fazer uma pequena cavidade no solo).(d) A inclinação é dada pelo tamanho da bandoleira, para as

distâncias previamente determinadas e marcadas na bandoleira.

d. Cuidados especiais - Deve ser evitada a colocação da coronha sobreuma superfície muito dura, tal como concreto, pedra, etc., sobretudo para o tiroindireto e aquele realizado na posição deitada, em que o atirador é levado a firmaro bico da coronha, a fim de não receber o choque provocado pelo recuo da arma.

7-4

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Fig 7-8. Posição de tiro indireto

7-5. TIPOS DE GRANADA

a. Antipessoal (RJC) M2 - Munição que só pode utilizar o cartucho delançamento.

b. Anticarro (RJC) M3 - Munição que só pode utilizar o cartucho delançamento.

c. Antipessoal (RJC) M23 A1 - Munição que utiliza a munição M1 7,62, parasua propulsão.

d. Anticarro (RJC) M24 A1 - Munição que utiliza a munição M1 7,62, parasua propulsão.

e. Iluminativa (RJC) M51 - Munição que utiliza a munição M1 7,62, parasua propulsão.

f. Sinalizadora (RJC) M 68 - Munição que utiliza a munição M1 7,62, parasua propulsão.

OBSERVAÇÃO: O Exército possui em sua cadeia de suprimento dois tiposde granadas, se for utilizada a munição M1 7,62 mm nas granadas M2 e M3 poderáacontecer um acidente.

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ÍNDICE ALFABÉTICO

Prf Pag

A

A progressividade da instrução de tiro ......................................... 2-11Ação integrada de atirar .............................................................. 3-14Acompanhamento ....................................................................... 3-11 3-13Análise do tiro ............................................................................. 3-15Ansiedade ................................................................................... 4-4 4-2Aplicação dos fundamentos de tiro em ambiente urbano ............. 6-29 6-31Atribuições - (A Instrução de Tiro de Fuzil) .................................. 2-2 2-2Atuação nos aparelhos de pontaria ............................................. 6-3 6-3

B

Bocal para lançamento de granada e quebra-chamas ................. 7-1 7-1

C

Centro do grupamento de tiro ...................................................... 6-5 6-6Conceitos - Posição Estável ....................................................... 3-3 3-2Conclusão - Execução dos Exercícios de Tiro ............................ 2-6 2-20Condicionamento ........................................................................ 4-3 4-1Considerações especiais ............................................................ 6-27 6-30Controle da instrução .................................................................. 2-5 2-19

D

Definição- (Fundamentos de Tiro de Fuzil) ............................................ 3-2 3-1- Regulagem do Aparelho de Pontaria do FAL ........................ 6-1 6-1

Desenvolvimento - Execução dos Exercícios de Tiro ................... 2-4 2-16

E

Elementos da pontaria ................................................................ 3-7 3-8

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Empunhadura - Posição Estável .................................................. 3-4 3-2Entendendo a regulagem............................................................. 6-2 6-1Erros no acionamento do gatilho ................................................. 3-10 3-13

F

Fases do ataque ......................................................................... 6-28 6-31Finalidade - Instrução Preparatória para o Tiro ............................. 5-1 5-1Foco de atenção ......................................................................... 4-2 4-1Fundamentos

- do acionamento do gatilho ................................................... 3-9 3-12- do controle de respiração ..................................................... 3-8 3-11- Técnicas de Tiro de Fuzil com Luneta .................................. 6-31 6-32- Técnicas de Tiro em Alvos Móveis ....................................... 6-18 6-17- Técnicas de Tiro Noturno ..................................................... 6-21 6-25- Técnicas de Tiro Rápido ....................................................... 6-15 6-14- Técnicas para Sanar os Incidentes de Tiro ........................... 6-8 6-9

G

Generalidades- Execução dos Exercícios de Tiro ......................................... 2-3 2-12- (Fundamentos de Tiro de Fuzil) ............................................ 3-1 3-1- Pontaria ............................................................................... 3-6 3-8- Posições de Tiro .................................................................. 6-37 6-34- Responsabilidade da Instrução............................................. 2-1 2-1- Técnicas de Tiro de Fuzil com Luneta .................................. 6-30 6-31- Técnicas de Tiro em Alvos Móveis ....................................... 6-17 6-17- Técnicas de Tiro em Ambiente de Selva ............................... 6-25 6-29- Técnicas de Tiro em Ambiente urbano ................................. 6-26 6-30- Técnicas de Tiro Noturno ..................................................... 6-20 6-25- Técnicas de Tiro Rápido ....................................................... 6-14 6-14- Técnicas para Condução do Armamento .............................. 6-10 6-11- Técnicas para Sanar os Incidentes de Tiro ........................... 6-7 6-9

I

Imagens e comandos positivos ................................................... 4-5 4-2Indicação do tiro (“Cantada”) ....................................................... 3-12 3-14Introdução

- Generalidades ...................................................................... 1-1 1-1- (O Preparo Psicológico) ....................................................... 4-1 4-1

M

Manejo - Lançamento de Granada de Bocal ................................ 7-2 7-2Missões do oficial de tiro da unidade e subunidade ..................... 2-9

Page 122: C-23-1 - Tiro das Armas Portáteis 1ª Parte - Fuzil - 2003

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O

Objetivos da instrução de tiro ...................................................... 1-2 1-2Obtenção da alça de combate..................................................... 6-6 6-7Oficina

- Nr 01: pontaria ..................................................................... 5-3 5-2- Nr 02: posições de tiro ......................................................... 5-4 5-7- Nr 03: conduta com o armamento ........................................ 5-5 5-9- Nr 04: acionamento do gatilho .............................................. 5-6 5-15

Organização- da sessão de tiro ................................................................. 2-7- Instrução Preparatória para o Tiro......................................... 5-2 5-1

Orientação aos instruções .......................................................... 6-22 6-26

P

Posições abrigadas ..................................................................... 6-39 6-41Posições alternativas de tiro de combate .................................... 6-38 6-35Posições de condução ................................................................ 6-12 6-11Posições de tiro

- (Fundamentos de Tiro de Fuzil) ............................................ 3-5 3-4- Lançamento de Granada de Bocal ....................................... 7-3 7-3

Prescrições diversas ................................................................... 2-7 2-20Progressividade das instruções ................................................... 4-6 4-3

R

Regulagens - Técnicas de Tiro de Fuzil com Luneta .................... 6-32 6-33Relação de incidentes de tiro ...................................................... 6-9 6-9Relação de regulagem................................................................. 6-4 6-6

S

Segurança- na instrução ......................................................................... 2-5- Técnicas para Condição do Armamento ............................... 6-11 6-11

Seleção dos instrutores (oficial de tiro), auxiliares de instrutor emonitores de tiro ......................................................................... 2-10Seleção e preparação das armas a serem utilizadas na instrução 2-10

T

Técnicas de tiro .......................................................................... 6-24 6-28Terminologia ................................................................................ 2-3Tipos de granada ......................................................................... 7-5 7-7Tiro com equipamento de visão noturna ....................................... 6-34 6-34Tiro com equipamento infravermelho ou laser .............................. 6-35 6-34Tiro com lanternas ...................................................................... 6-36 6-34

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Tiro com máscara contra gases .................................................. 6-33 6-33Tiro indireto - Lançamento de Granada de Bocal ......................... 7-4 7-5Treinamento

- Técnicas de Tiro em Alvos Móveis ....................................... 6-19 6-21- Técnicas de Tiro Noturno ..................................................... 6-23 6-28- Técnicas de Tiro Rápido ....................................................... 6-16 6-16

U

Utilização da bandoleira .............................................................. 6-13 6-12

V

Vantagens e desvantagens das posições .................................... 6-40 6-44

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DISTRIBUIÇÃO

1. ÓRGÃOS

Ministério da Defesa ............................................................................. 02Gabinete do Comandante do Exército ................................................... 01Estado-Maior do Exército ...................................................................... 08DEE, DFA, DEPA, ................................................................................ 01SGEx .................................................................................................... 01

2. GRANDES COMANDOS E GRANDES UNIDADES

COTer ................................................................................................... 02Comando Militar de Área ....................................................................... 01Região Militar ........................................................................................ 01Região Militar/Divisão de Exército ......................................................... 01Divisão de Exército ............................................................................... 01Brigada ................................................................................................. 01Grupamento de Engenharia ................................................................... 01Artilharia Divisionária ............................................................................. 01

3. UNIDADES

Infantaria ............................................................................................... 01Cavalaria ............................................................................................... 01Artilharia ............................................................................................... 01Batalhão de Manuntenção de Armamento ............................................. 01Batalhão de Manuntenção de Suprimento da Av Ex .............................. 01Base de AvEx ....................................................................................... 01Base Logística ...................................................................................... 01Engenharia ............................................................................................ 01Comunicações ...................................................................................... 01Batalhão Logístico ................................................................................ 01

Page 125: C-23-1 - Tiro das Armas Portáteis 1ª Parte - Fuzil - 2003

Batalhão de Suprimento ........................................................................ 01Depósito de Subsistência ..................................................................... 01Depósito de Suprimento ........................................................................ 01Forças Especiais .................................................................................. 01DOMPSA .............................................................................................. 01Parque Mnt ........................................................................................... 01Esq Av Ex ............................................................................................. 01

4. SUBUNIDADES (autônomas ou semi-autônomas)

Infantaria/Fronteira ................................................................................ 01Cavalaria ............................................................................................... 01Artilharia ............................................................................................... 01Engenharia ............................................................................................ 01Comunicações ...................................................................................... 01Material Bélico ...................................................................................... 01Defesa QBN .......................................................................................... 01Precursora Pára-quedista ...................................................................... 01Polícia do Exército ................................................................................ 01Guarda .................................................................................................. 01Bia/Esqd/Cia Cmdo (GU e G Cmdo) ..................................................... 01Cia Intlg/GE .......................................................................................... 01Cia Transp ............................................................................................ 01Cia Prec ................................................................................................ 01CTA ...................................................................................................... 01

5. ESTABELECIMENTOS DE ENSINO

ECEME ................................................................................................ 01EsAO .................................................................................................... 01AMAN ................................................................................................... 01EsSA .................................................................................................... 01CPOR ................................................................................................... 01NPOR ................................................................................................... 01IME ....................................................................................................... 01EsCom, EsACosAAe, EsIE, EsMB, EsIMEx, EsAEx, EsPCEx, EsAS,EsSauEx, EsIMil, EsEqEx, CIGS, CI Av Ex, CEP, CIGE, CI Pqdt GPB,CI Bld, CAAEx ...................................................................................... 01

6. OUTRAS ORGANIZAÇÕES

Arquivo Histórico do Exército ................................................................ . 01ADIEx/Paraguai .................................................................................... 01Bibliex ................................................................................................... 01C Doc Ex .............................................................................................. 01

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Este Manual foi elaborado com base em anteprojeto apresentado

pela Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN).

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C 101-5

1ª Edição / 2003

Tiragem: 530 exemplares

Junho de 2003