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  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 32, 29/8/2014

    NDICE

    Conselho Econmico e Social:

    Arbitragem para definio de servios mnimos:

    ...

    Regulamentao do trabalho:

    Despachos/portarias:

    ...

    Portarias de condies de trabalho:

    ...

    Portarias de extenso:

    ...

    Convenes coletivas:

    - Contrato coletivo entre a AES - Associao de Empresas de Segurana e outra e a FETESE - Federao dos Sindicatos da Indstria e Servios e outro - Reviso global ................................................................................................................................. 3025- Contrato coletivo entre a APCOR - Associao Portuguesa da Cortia e a FEVICCOM - Federao Portuguesa dos Sindicatos da Construo, Cermica e Vidro e outros (pessoal fabril) - Alterao salarial ............................................................................. 3042- Contrato coletivo entre a AIMMAP - Associao dos Industriais Metalrgicos, Metalomecnicos e Afins de Portugal e o SINDEL - Sindicato Nacional da Indstria e da Energia e outros - Alterao salarial e outras ..................................................... 3046- Acordo coletivo entre a LACTICOOP - Unio das Cooperativas de Produtores de Leite de Entre Douro e Mondego, UCRL e outra e o Sindicato dos Profissionais de Lacticnios, Alimentao, Agricultura, Escritrios, Comrcio, Servios, Transportes Rodovirios, Metalomecnica, Metalurgia, Construo Civil e Madeiras e outro - Alterao salarial e outras ............................ 3047- Acordo coletivo entre a BRISA - Auto-Estradas de Portugal, SA e outras e o Sindicato da Construo, Obras Pblicas e Ser-vios - SETACCOP e outras - Alterao salarial e outras .............................................................................................................. 3056- Acordo de empresa entre a EUROSCUT - Sociedade Concessionria da SCUT do Algarve, SA e o Sindicato da Construo, Obras Pblicas e Servios - SETACCOP - Alterao salarial e outras e texto consolidado .......................................................... 3060

    Propriedade Ministrio da Solidariedade,

    Emprego e Segurana Social

    Edio Gabinete de Estratgia

    e Planeamento

    Centro de Informao e Documentao

    Conselho Econmico e Social ...

    Regulamentao do trabalho 3025

    Organizaes do trabalho 3070

    Informao sobre trabalho e emprego ...

    N.o Vol. Pg. 2014 32 81 3021-3109 29 ago

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 32, 29/8/2014

    Decises arbitrais:

    ...

    Avisos de cessao da vigncia de convenes coletivas:

    ...

    Acordos de revogao de convenes coletivas:

    ...

    Jurisprudncia:

    ...

    Organizaes do trabalho:

    Associaes sindicais:

    I Estatutos:

    - STP - Sindicato de Trabalhadores dos Portos de Lisboa e Setbal - Constituio ...................................................................... 3070- Sindicato dos Trabalhadores das Indstrias de Cermica, Cimentos e Similares do Sul e Regies Autnomas, que passa a denominar-se Sindicato dos Trabalhadores das Indstrias de Cermica, Cimentos e Similares, Construo, Madeiras, Mrmores e Cortias do Sul e Regies Autnomas - Alterao ...................................................................................................................... 3079- UGT - Viana do Castelo, Unio Geral de Trabalhadores de Viana do Castelo - Alterao ......................................................... 3079- UGT - Vila Real, Unio Geral de Trabalhadores de Vila Real - Alterao .................................................................................. 3090

    II Direo:

    - UGT - Viana do Castelo, Unio Geral de Trabalhadores de Viana do Castelo ............................................................................ 3100- UGT - Vila Real, Unio Geral de Trabalhadores de Vila Real ..................................................................................................... 3100- Sindicato dos Trabalhadores das Indstrias de Cermica, Cimentos e Similares, Construo, Madeiras, Mrmores e Cortias do Sul e Regies Autnomas .......................................................................................................................................................... 3102

    Associaes de empregadores:

    I Estatutos:

    - Associao Nacional dos Transportadores Rodovirios em Automveis Ligeiros - ANTRAL - Alterao ................................ 3102- APIRAC - Associao Portuguesa da Indstria de Refrigerao e Ar Condicionado, que passa a denominar-se APIRAC - As-sociao Portuguesa das Empresas dos Sectores Trmico, Energtico, Electrnico e do Ambiente - Alterao .......................... 3104

    II Direo:

    - AESIRF - Associao Nacional das Empresas de Segurana ...................................................................................................... 3108

    3022

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 32, 29/8/2014

    - Liga Portuguesa de Futebol Profissional ...................................................................................................................................... 3108

    Comisses de trabalhadores:

    I Estatutos:

    ...

    II Eleies:

    ...

    Representantes dos trabalhadores para a segurana e sade no trabalho:

    I Convocatrias:

    - Janz Contagem e Gesto de Fludos, SA ...................................................................................................................................... 3109

    3023

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 32, 29/8/2014

    Aviso: Alterao do endereo eletrnico para entrega de documentos a publicar no Boletim do Trabalho e Emprego

    O endereo eletrnico da Direo-Geral do Emprego e das Relaes de Trabalho para entrega de documentos a publicar no Boletim do Trabalho e Emprego passou a ser o seguinte: [email protected]

    De acordo com o Cdigo do Trabalho e a Portaria n. 1172/2009, de 6 de outubro, a entrega em documento electrnico respeita aos seguintes documentos:

    a) Estatutos de comisses de trabalhadores, de comisses coordenadoras, de associaes sindicais e de associaes de empregadores;

    b) Identidade dos membros das direces de associaes sindicais e de associaes de empregadores;c) Convenes colectivas e correspondentes textos consolidados, acordos de adeso e decises arbitrais;d) Deliberaes de comisses paritrias tomadas por unanimidade;e) Acordos sobre prorrogao da vigncia de convenes coletivas, sobre os efeitos decorrentes das mesmas em caso de

    caducidade, e de revogao de convenes.

    Nota: - A data de edio transita para o 1. dia til seguinte quando coincida com sbados, domingos e feriados.- O texto do cabealho, a ficha tcnica e o ndice esto escritos conforme o Acordo Ortogrfico. O contedo dos textos

    da inteira responsabilidade das entidades autoras.

    SIGLAS

    CC - Contrato coletivo.AC - Acordo coletivo.PCT - Portaria de condies de trabalho.PE - Portaria de extenso.CT - Comisso tcnica.DA - Deciso arbitral.AE - Acordo de empresa.

    Execuo grfica: Gabinete de Estratgia e Planeamento/Centro de Informao e Documentao - Depsito legal n. 8820/85.

    3024

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 32, 29/8/2014

    conselho econmico e social

    arbitragem para definio de servios mnimos

    ...

    regulamentao do trabalho

    despachos/portarias

    ...

    portarias de condies de trabalho

    ...

    portarias de extenso

    ...

    convenes coletivas

    Contrato coletivo entre a AES - Associao de Em-presas de Segurana e outra e a FETESE - Federa-o dos Sindicatos da Indstria e Servios e outro

    - Reviso global

    captulo i

    rea, mbito e vigncia

    clusula 1.

    rea e mbito

    1- o presente contrato coletivo de trabalho, adiante desig-nado por cct, aplica-se a todo o territrio nacional e obriga, por um lado, as empresas representadas pela aes - asso-ciao de empresas de segurana e a aesirf - associao nacional das empresas de segurana e por outro, os traba-lhadores ao seu servio representados pelas organizaes sindicais outorgantes.

    3025

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 32, 29/8/2014

    2- as partes obrigam-se a requerer, em conjunto, ao minis-trio responsvel pela rea laboral, a extenso deste cct, por alargamento de mbito, a todas as empresas que se dediquem prestao de servios de segurana privada e preveno, ainda que subsidiria ou complementarmente sua atividade principal, e aos trabalhadores ao seu servio representados pelos organismos sindicais outorgantes.

    3- no setor da segurana o nmero de entidades emprega-doras de 95, e o nmero total de trabalhadores de 36 113.

    4- O mbito do setor de atividade profissional o de Ati-vidades de segurana, a que corresponde o cae n. 80100.

    5- As partes outorgantes reconhecem e afirmam, para to-dos os efeitos legais, o carcter globalmente mais favorvel da presente conveno relativamente a todos os instrumentos de regulamentao coletiva de trabalho revogados.

    clusula 2.

    Vigncia, denncia e reviso

    1- o presente cct entra em vigor na data da sua publi-cao no Boletim do Trabalho e Emprego e vigora at 31 dezembro de 2015, renovando-se pelo perodo de 12 meses at ser denunciado por qualquer das partes, salvo o previsto no nmero seguinte.

    2- as clusulas 13., 14. e 15., bem como o anexo ii do presente cct apenas produziro os seus efeitos a partir de 1 de janeiro de 2015, exceto se nessa data ainda no tiver entrado em vigor a portaria que proceda extenso dos efei-tos do mesmo a todo o setor da segurana, caso em que tais clusulas e anexo s produziro efeitos a partir da data da entrada em vigor da referida portaria.

    3- at ao momento apresentado no nmero anterior, man-ter-se-o em vigor a clusula 16. e o anexo ii da anterior verso do cct da segurana privada celebrado entre os mes-mos outorgantes do atual, publicado no Boletim do Trabalho e Emprego n. 8, de 28 de fevereiro de 2011.

    4- a denncia pode ser feita, por qualquer das partes, com a antecedncia de, pelo menos, 3 meses em relao aos prazos de vigncia previstos no nmero 1 acima, e deve ser acom-panhada de proposta de alterao e respetiva fundamentao.

    5- a parte que recebe a denncia deve responder no prazo de 30 dias aps a receo da proposta, devendo a resposta conter, pelo menos, contraproposta relativa a todas as mat-rias da proposta que no sejam aceites.

    6- aps a apresentao da contraproposta deve, por inicia-tiva de qualquer das partes, realizar-se no prazo de 15 dias a primeira reunio para celebrao do protocolo do processo de negociaes e entrega dos ttulos de representao dos negociadores.

    7- As negociaes tero a durao de 30 dias, findos os quais as partes decidiro da sua continuao ou da passa-gem fase seguinte do processo de negociao coletiva de trabalho.

    8- enquanto este cct no for alterado ou substitudo, no todo ou em parte, designadamente quanto s matrias referi-das nos nmeros 2 e 3 acima, renovar-se- automaticamente decorridos os prazos de vigncia constantes nos precedentes nmeros 1, 2 e 3.

    captulo ii

    Condies de admisso, progresso, categorias profissionais e local de trabalho

    clusula 3.

    Condies de admisso

    1- a idade mnima para admisso dos trabalhadores abran-gidos pelo presente cct de 18 anos.

    2- as condies para admisso dos trabalhadores abran-gidos pelo presente cct, no que se refere a quaisquer cate-gorias profissionais de pessoal de segurana privada, so as previstas na lei, quanto s habilitaes mnimas, requisitos, impedimentos e incompatibilidades do trabalhador que exer-ce a atividade de segurana privada.

    clusula 4.

    Condies especficas de admisso e carreira profissional

    as condies mnimas de admisso e demais condies especficas para o exerccio de profisses e respetivas cate-gorias indicadas no anexo i deste cct so as seguintes:

    A) pessoal de segurana

    1- os trabalhadores que tenham obtido ou possuam as ha-bilitaes mnimas exigidas para os profissionais de outras carreiras previstas ou existentes neste setor de atividade in-gressam obrigatoriamente numa dessas carreiras profissio-nais, sempre que nelas se verifique uma vaga ou haja lugar a novas admisses, dando-se preferncia aos que tiverem pre-parao profissional adequada.

    2- em cada grupo de cinco vigilantes, por turno e local de trabalho, a um deles sero atribudas funes de chefe de grupo, com direito, durante o desempenho dessas funes, retribuio de chefe de grupo, auferindo o subsdio consig-nado no anexo ii deste cct.

    3- para o acesso categoria de vigilante aeroporturio, e exerccio das respetivas funes, obrigatria a obteno de qualificaes especficas, atribudas mediante formao especializada e certificao emitida pela entidade reguladora de segurana da aviao civil, inac.

    B) eletricistas

    1- Nas categorias profissionais inferiores a oficiais obser-var-se-o as seguintes normas de acesso:

    a) os ajudantes, aps dois perodos de um ano de perma-nncia nesta categoria, sero promovidos a pr-oficiais;

    b) Os pr-oficiais, aps dois perodos de um ano de perma-nncia nesta categoria, sero promovidos a oficiais.

    2- para os trabalhadores eletricistas ser obrigatoriamente observado o seguinte:

    a) havendo apenas um trabalhador, ser remunerado como oficial;

    b) as empresas que tiverem ao seu servio cinco ou mais oficiais tm de classificar um como encarregado.

    3- os trabalhadores eletricistas que demonstrem ser deten-tores de formao profissional em estabelecimento de ensino

    3026

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 32, 29/8/2014

    certificado, adequada s funes a exercer, tero, no mnimo, a categoria de pr-oficial de 2. ano.

    4- o trabalhador eletricista pode recusar obedincia a or-dens de natureza tcnica referentes execuo de servio no provenientes de superior habilitado com a carteira pro-fissional de engenheiro ou engenheiro tcnico do ramo ele-trnico.

    5- Sempre que, no exerccio da profisso, o trabalhador eletricista, no desempenho das suas funes, corra riscos de eletrocusso, deve ser acompanhado por outro trabalhador.

    C) Profissionais de comrcio e armazm

    dotaes mnimas:a) At cinco trabalhadores de armazm - um fiel de arma-

    zm;b) Mais de cinco trabalhadores de armazm - um fiel de

    armazm e um encarregado de armazm.

    D) empregados de escritrio

    1- acesso automtico:tcnicos administrativos - os de 2. classe ascendero

    classe imediatamente superior aps uma permanncia de trs anos na classe;

    2- densidades:a) O nmero de trabalhadores classificados como chefe de

    seco no poder ser inferior a 10 % do total dos trabalha-dores de escritrio;

    b) para as categorias de chefe de diviso ou de servios e diretor de servios a dotao mnima no poder ser inferior a 50 % do nmero total dos chefes de seco.

    E) Profissionais tcnicos de vendas

    1- A empresa obriga-se a definir as reas ou zonas de tra-balho dos trabalhadores com as categorias de vendedor/con-sultor de segurana, prospetor de vendas.

    2- a transferncia do trabalhador tcnico de vendas para outra rea ou zona de trabalho fica sujeita disciplina pre-vista neste cct.

    3- a transferncia do trabalhador tcnico de vendas para outra rea ou zona de trabalho, quando da iniciativa da en-tidade patronal, obriga esta a garantir ao trabalhador trans-ferido durante os primeiros 6 meses, o nvel de retribuio igual mdia mensal auferida nos ltimos 12 meses na sua anterior rea ou zona de trabalho.

    4- as viaturas fornecidas pela entidade patronal devero reunir todas as condies de higiene e segurana.

    clusula 5.

    Perodo experimental

    1- durante o perodo experimental, qualquer das partes pode rescindir o contrato sem aviso prvio e sem necessida-de de invocao de justa causa no havendo direito a qual-quer indemnizao.

    2- nos contratos por tempo indeterminado, o perodo ex-perimental tem a seguinte durao:

    a) 90 dias para a generalidade dos trabalhadores; b) 180 dias para trabalhadores que executem cargos de

    complexidade tcnica, elevado grau de responsabilidade ou

    que pressuponham uma especial qualificao, bem como para os que desempenhem funes de confiana;

    c) 240 dias para pessoal de direo e quadros superiores.3- tendo o perodo experimental durado mais de 60 dias,

    para denunciar o contrato o empregador tem que dar um avi-so prvio de 7 dias.

    4- havendo continuidade para alm do perodo experi-mental, a antiguidade do trabalhador conta-se desde o incio do perodo experimental.

    5- tambm para efeitos do perodo experimental conta-se o perodo referente a aes de formao ministradas pelo empregador ou frequentadas por determinao deste aps a sua admisso na empresa, at ao limite do perodo experi-mental.

    6- considera-se igualmente tempo de perodo experimen-tal o estgio cumprido no posto de trabalho para incio de atividade e por determinao do empregador.

    clusula 6.

    Mobilidade funcional

    1- as entidades empregadoras podem, quando o interesse da empresa o exija, encarregar temporariamente o trabalha-dor de servios no compreendidos na atividade contratada, desde que tal no implique maioritariamente o desempenho de funes que possam ser entendidas como uma diminuio do estatuto conferido pela categoria profissional atribuda ou uma descida na hierarquia da empresa.

    2- sempre que um trabalhador substitua outro de catego-ria ou classe e retribuio superior s suas ser-lhe- devi-da a remunerao que competir ao trabalhador substitudo, efetuando-se o pagamento a partir da data da substituio e enquanto esta persistir.

    3- o trabalhador que exera funes temporrias de uma forma consecutiva no perodo igual ou superior a dois anos consecutivos ou dois anos interpolados, num perodo de re-ferncia de trs anos, adquire a categoria profissional corres-pondente s funes que exera temporariamente.

    4- A ordem de alterao de funes deve ser justificada por documento escrito entregue ao trabalhador, com a indicao do tempo previsvel, que no dever ultrapassar o prazo de um ano, salvo por razes devidamente justificadas.

    clusula 7.

    Exerccio de funes inerentes a diversas categorias

    Quando algum trabalhador exercer as funes inerentes a diversas categorias profissionais, ter direito remunerao mais elevada das estabelecidas para essas categorias profis-sionais.

    clusula 8.

    Local de trabalho

    1- Local de trabalho o local geograficamente determina-do pela entidade empregadora, ou acordado entre as partes, para a prestao da atividade laboral pelo trabalhador.

    2- Na falta desta definio, o local de trabalho do traba-lhador ser aquele no qual o mesmo inicia as suas funes.

    3027

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 32, 29/8/2014

    3- o trabalhador encontra-se adstrito s deslocaes ine-rentes s suas funes, ou indispensveis sua formao profissional, ou cumprimento de exames mdicos.

    clusula 9.

    Transmisso de estabelecimento

    1- em caso de transmisso, por qualquer ttulo, da titu-laridade de empresa, ou estabelecimento ou ainda de parte de empresa ou estabelecimento que constitua uma unidade econmica, transmitem-se para o adquirente a posio do empregador nos contratos de trabalho dos respetivos traba-lhadores.

    2- no se enquadra no conceito de transmisso de empresa ou estabelecimento a perda de cliente por parte de um opera-dor com a adjudicao de servio a outro operador.

    clusula 10.

    Mobilidade geogrfica

    1- a estipulao do local de trabalho no impede a rotati-vidade de postos de trabalho caracterstica da atividade de segurana privada, sem prejuzo de, sendo caso disso, tal rotatividade vir a ser, no caso concreto, entendida como mu-dana de local de trabalho, nos termos e para os efeitos da presente clusula.

    2- entende-se por mudana de local de trabalho, para os efeitos previstos nesta clusula, toda e qualquer alterao do local de trabalho definido pela entidade empregadora, ou acordado entre as partes, ainda que dentro da mesma cidade, desde que determine acrscimo significativo de tempo ou de despesas de deslocao para o trabalhador.

    3- o trabalhador s poder ser transferido do seu local de trabalho quando:

    a) houver resciso do contrato entre a entidade emprega-dora e o cliente;

    b) o trabalhador assim o pretenda e tal seja possvel sem prejuzo para terceiros (troca de posto de trabalho);

    c) o cliente solicite a sua substituio, por escrito, por fal-ta de cumprimento das normas de trabalho, ou por infrao disciplinar imputvel ao trabalhador e os motivos invocados no constituam justa causa de despedimento;

    d) houver necessidade para o servio de mudana de local de trabalho e desde que no se verifique prejuzo srio para o trabalhador.

    4- Sempre que se verifiquem as hipteses de transferncia referidas no nmero anterior, as preferncias do trabalhador devero ser respeitadas, salvo quando colidam com interes-ses de terceiros ou motivos ponderosos aconselhem outros critrios.

    5- se a transferncia for efetuada a pedido e no interesse do trabalhador, considerando-se igualmente nesta situao aquele que anuiu troca, nunca a empresa poder vir a ser compelida ao pagamento de quaisquer importncias da de-correntes, seja com carcter transitrio ou permanente.

    6- havendo mudana de local da prestao de trabalho por causas ou factos no imputveis ao trabalhador, a entidade empregadora custear as despesas mensais, acrescidas do transporte do trabalhador, decorrentes da mudana verifica-

    da. o acrscimo de tempo (de ida para e regresso do local de trabalho), superior a quarenta minutos, gasto com a desloca-o do trabalhador para o novo local de trabalho, ser pago tendo em considerao o valor hora determinado nos termos da clusula 29., nmero 3, ou compensado com igual redu-o no perodo normal de trabalho dirio.

    7- nos casos previstos nas alneas a) e c) do nmero 3 da presente clusula, o trabalhador, querendo rescindir o contra-to, tem direito a uma indemnizao nos termos legais.

    captulo iii

    Durao e organizao do tempo de trabalho

    clusula 11.

    Trabalho a tempo parcial

    1- o trabalhador em regime de tempo parcial no poder perfazer mais de 140 horas mensais de trabalho.

    2- considera-se prestao de trabalho suplementar a que exceda 140 horas mensais, sem prejuzo da aplicao dos demais critrios previstos neste cct e na lei para os traba-lhadores a tempo inteiro.

    3- aos trabalhadores a tempo parcial que prestam trabalho suplementar ser dada preferncia em igualdade de condi-es no preenchimento de vagas a tempo completo.

    4- o perodo normal de trabalho dirio do trabalhador em regime de tempo parcial que preste trabalho exclusivamen-te nos dias de descanso semanal e feriados obrigatrios dos restantes trabalhadores ou do estabelecimento pode ser au-mentado, no mximo, em quatro horas dirias.

    5- a retribuio dos trabalhadores admitidos em regime de tempo parcial no poder ser inferior frao da retribuio do trabalhador a tempo completo correspondente a perodo de trabalho ajustado.

    clusula 12.

    Limites mximos do perodo normal de trabalho

    1- sem prejuzo do disposto no presente captulo, o pero-do normal de trabalho ser de 8 horas dirias e 40 semanais.

    2- o perodo normal de trabalho de trabalhador que preste trabalho exclusivamente em dias de descanso semanal da ge-neralidade dos trabalhadores da empresa e em dias feriados obrigatrios pode ser aumentado at quatro horas dirias, sem prejuzo no disposto no presente captulo.

    clusula 13.

    Adaptabilidade

    1- o perodo normal de trabalho poder ser acrescido de 2 horas dirias, no podendo ultrapassar as 10 horas por dia nem as 50 horas por semana, nem podendo o perodo normal de trabalho dirio ser inferior a 4 horas.

    2- as horas de trabalho prestado em regime de alargamen-to do perodo e trabalho normal, sero compensadas com a reduo de horrio normal em igual nmero de horas, num perodo nunca superior a seis meses.

    3- se a mdia das horas de trabalho semanal prestadas no

    3028

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 32, 29/8/2014

    perodo de seis meses for inferior ao perodo normal de tra-balho, por razes no imputveis ao trabalhador, considerar-se- saldado a favor deste perodo de horas no prestado.

    4- salvo acordo escrito em contrrio, as alteraes da or-ganizao dos tempos de trabalho devem ser programadas com pelo menos duas semanas de antecedncia, implicando informao e consulta prvia s estruturas representativas dos trabalhadores.

    5- as alteraes que impliquem acrscimo de despesas para os trabalhadores conferem o direito a compensao econmica.

    6- havendo trabalhadores pertencentes ao mesmo agre-gado familiar, a organizao do tempo de trabalho tomar sempre em conta esse facto.

    7- Quando o trabalhador veja o seu horrio reduzido, seja para compensao de horas trabalhadas ou para acumulao de horas a seu favor, tem direito ao subsdio de alimentao, no valor proporcional ao nmero de horas trabalhadas.

    8- Verificando-se a suspenso ou a cessao do contrato de trabalho antes do termo do perodo de referncia definido nos termos da presente clusula, o trabalhador tem direito a receber o valor do subsdio de alimentao nos termos do nmero 7.

    9- Verificando-se a impossibilidade de reduo do perodo normal de trabalho dentro do perodo de referncia, moti-vada pela suspenso ou cessao do contrato de trabalho, a compensao far-se- pelo pagamento com base no valor/hora do trabalho normal.

    clusula 14.

    Banco de horas

    1- o perodo normal de trabalho pode ser aumentado ou diminudo at quatro horas dirias, nos termos da presente clusula.

    2- o perodo normal de trabalho pode atingir sessenta ho-ras semanais, tendo o acrscimo por limite duzentas horas por ano, s podendo este limite ser afastado, quando, tendo a utilizao do regime o objetivo de evitar a reduo no n-mero de trabalhadores, no seja aplicado durante um perodo superior a 12 meses.

    3- a adeso do trabalhador ao banco de horas feita por escrito.

    4- o regime de banco de horas previsto no presente norma-tivo pode aplicar-se, ainda, ainda ao conjunto de trabalhado-res de uma equipa, seco ou unidade econmica desde que pelo menos 70 % desses trabalhadores sejam por ele abran-gidos por adeso, nos termos do nmero anterior.

    5- o regime de banco de horas pode resultar no aumen-to ou diminuio de at quatro horas do perodo normal de trabalho em dias normais de trabalho, sem que a retribuio auferida pelo trabalhador possa ser reduzida.

    6- o trabalho prestado em acrscimo do horrio de traba-lho compensado, em alternativa:

    a) pela reduo do tempo de trabalho, devendo o emprega-dor avisar o trabalhador com trs dias teis de antecedncia, salvo caso de fora maior, devidamente justificado;

    b) pelo pagamento com base no valor/hora do trabalho normal por cada hora trabalhada, quando se verifique a im-possibilidade de reduo do tempo de trabalho no ano civil a que respeita, motivada pela cessao do contrato de trabalho, ou pela extino ou modificao do posto de trabalho.

    7- o empregador deve comunicar ao trabalhador a neces-sidade de prestao de trabalho em acrscimo ou em decrs-cimo e do respetivo perodo com oito dias de antecedncia, salvo situaes de manifesta necessidade da empresa, caso em que aquela antecedncia pode ser de at trs dias.

    8- o trabalhador que pretenda usufruir de horas acumula-das no banco de horas dever avisar com uma antecedncia mnima de cinco dias, podendo o empregador recusar em caso de manifesta e fundamentada impossibilidade.

    9- Quando o trabalhador veja o seu horrio reduzido, seja para compensao de horas trabalhadas ou para acumulao de horas a seu favor, tem direito ao subsdio de alimentao, no valor proporcional ao nmero de horas trabalhadas.

    10- Verificando-se a suspenso ou a cessao do contrato de trabalho antes do termo do perodo de referncia definido nos termos da presente clusula, o trabalhador tem direito a receber o valor do subsdio de alimentao, nos termos do nmero 9.

    clusula 15.

    Horrio concentrado

    1- o perodo de trabalho normal dirio pode ter aumento, por acordo entre trabalhador e entidade empregadora, at, no mximo, 4 horas dirias:

    a) para concentrar o perodo normal de trabalho semanal no mximo de 4 dias de trabalho, com trs dias de descanso consecutivo, num perodo de referncia de 45 dias;

    b) para estabelecer um horrio de trabalho que contenha, no mximo, 3 dias de trabalho consecutivos, seguidos, no mnimo, de 2 dias de descanso, devendo a durao do per-odo normal de trabalho semanal ser respeitado, em mdia, num perodo de referncia de 45 dias.

    2- aos trabalhadores abrangidos por regime de horrio de trabalho concentrado no pode ser simultaneamente aplic-vel o regime de adaptabilidade.

    3- o trabalho prestado nos termos do nmero 1 pago de acordo com o valor/hora do trabalho normal, no havendo lugar ao pagamento de qualquer retribuio especial.

    4- Verificando-se a impossibilidade de descanso dentro do perodo de referncia, motivada pela suspenso ou cessao do contrato de trabalho, a compensao far-se- pelo paga-mento com base no valor/hora do trabalho normal.

    5- Quando o trabalhador veja o seu horrio reduzido, seja para compensao de horas trabalhadas ou para acumulao de horas a seu favor, tem direito ao subsdio de alimentao, no valor proporcional ao nmero de horas trabalhadas.

    6- Verificando-se a suspenso ou a cessao do contrato de trabalho antes do termo do perodo de referncia definido nos termos da presente clusula, o trabalhador tem direito a receber o valor do subsdio de alimentao, nos termos do nmero 5.

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  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 32, 29/8/2014

    Clusula 16.

    Intervalo para descanso

    1- O perodo normal de trabalho dirio dever ser inter-rompido por um intervalo no inferior a 1 hora, nem superior a 2 horas, no podendo os trabalhadores prestar mais do que 5 horas consecutivas de trabalho.

    2- Dadas as condies particulares desta atividade, o per-odo de trabalho dirio poder decorrer com dispensa dos in-tervalos para descanso, cabendo a opo ao empregador, nos casos dos trabalhadores com categoria profissional prevista na alnea c), do anexo I.

    Clusula 17.

    Regime de turnos

    1- As escalas de turnos sero organizadas de modo a que haja alternncia, ainda que irregular, entre semanas com dois dias consecutivos, ou mais, de folga, e semanas com um dia de folga.

    2- As escalas de turnos s podero prever mudanas de turno aps perodo de descanso semanal, com durao nunca inferior a 24 horas.

    3- A folga semanal dever coincidir duas vezes ao domin-go de oito em oito semanas, no mximo.

    4- O trabalhador em regime de turnos preferido, quando em igualdade de circunstncias, em relao a trabalhadores em regime de horrio normal, para o preenchimento de va-gas em regime de horrio normal.

    5- Quando, por motivo de sade e com parecer favorvel da entidade que preste o servio de medicina no trabalho, o trabalhador solicite a dispensa do regime de turnos, a enti-dade empregadora dever providenciar pela adequao do horrio do mesmo ao regime de horrio fixo.

    Clusula 18.

    Iseno de horrio de trabalho

    1- Por acordo escrito, podem ser isentos de horrio de tra-balho os trabalhadores que:

    a) Exeram cargos de administrao, de direo, de con-fiana, de fiscalizao, ou de apoio aos titulares desses car-gos;

    b) Executem trabalhos preparatrios ou complementares que, pela sua natureza, s possam ser efetuados fora dos li-mites dos horrios normais de trabalho;

    c) Exeram regularmente a sua atividade fora do estabe-lecimento da empresa, sem controlo imediato da hierarquia, salvo o disposto na alnea seguinte;

    d) O disposto na alnea anterior no aplicvel aos tra-balhadores que exeram funes de vigilncia e tratamento de valores, com exceo dos trabalhadores com a categoria profissional de chefe de brigada/supervisor, vigilante-chefe/controlador, vigilante-chefe de transporte de valores.

    2- Os trabalhadores em situao de iseno de horrio de trabalho em regime de no sujeio aos limites mximos dos perodos normais de trabalho e de alargamento da prestao a um determinado nmero de horas, por dia ou por semana, tero direito a um acrscimo mnimo de 25 % sobre o seu

    vencimento base, enquanto perdurar este regime.3- A iseno de horrio de trabalho no prejudica o direito

    aos dias de descanso semanal obrigatrio, feriados obrigat-rios e aos dias e meios dias de descanso complementar.

    Clusula 19.

    Licena sem retribuio

    1- A entidade patronal pode atribuir ao trabalhador, a pedi-do deste, licena sem retribuio.

    2- O perodo de licena sem retribuio conta para efeitos de antiguidade.

    3- Durante o mesmo perodo cessam os direitos, deveres e garantias das partes, na medida em que pressuponham a efetiva prestao do trabalho.

    Clusula 20.

    Impedimento prolongado

    1- Quando o trabalhador esteja impedido de comparecer temporariamente ao trabalho por facto que no lhe seja im-putvel, nomeadamente doena ou acidente, o contrato de trabalho ser suspenso e o trabalhador manter o direito ao lugar, com a categoria, antiguidade e demais regalias que por este CCT ou por iniciativa da entidade empregadora lhe es-tavam sendo atribudas e no pressuponham a efetiva pres-tao de trabalho.

    2- Terminado o impedimento, o trabalhador, deve apresen-tar -se entidade empregadora para retomar o servio, apre-sentando a competente justificao, caso no o tenha feito antes, sob pena de incorrer em faltas injustificadas.

    3- So garantidos o lugar, a antiguidade e demais regalias que no pressuponham a efetiva prestao de servio ao tra-balhador impossibilitado de prestar servio por deteno ou priso preventiva, enquanto no for proferida a sentena.

    Clusula 21.

    Faltas justificadas

    1- So consideradas faltas justificadas:a) As dadas, durante 15 dias seguidos, por altura do casa-

    mento;b) As dadas, durante cinco dias consecutivos por faleci-

    mento do cnjuge no separado de pessoas e bens, pais e filhos, sogros, enteados, genros e noras, ou de pessoa que viva em unio de facto/economia comum com o trabalhador;

    c) As dadas, durante dois dias consecutivos, por faleci-mento de avs, netos, irmos, tios e cunhados;

    d) As motivadas por prestao de provas em estabeleci-mento de ensino, nos termos da legislao especial;

    e) As motivadas por impossibilidade de prestar trabalho devido a facto no imputvel ao trabalhador, nomeadamente doena, acidente ou cumprimento de obrigaes legais;

    f) As motivadas pela necessidade de prestao de assistn-cia inadivel e imprescindvel a membros do seu agregado familiar, nos termos previstos no Cdigo do Trabalho e em legislao especial;

    g) A motivada por deslocao a estabelecimento de ensi-no, devidamente comprovada, de:

    3030

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 32, 29/8/2014

    i) responsvel pela educao de menor por motivo da si-tuao educativa deste, pelo tempo estritamente necessrio, at quatro horas por trimestre, por cada menor;

    ii) ou por um dos avs de menor, quando os responsveis pela educao deste estejam, comprovadamente, impossibi-litados de o fazer, at quatro horas por trimestre, por cada menor;

    h) As dadas pelos trabalhadores eleitos para as estruturas de representao coletiva;

    i) As dadas por candidatos a eleies para cargos pbli-cos, durante o perodo legal da respetiva campanha eleitoral;

    j) As motivadas por doao de sangue, durante o dia da doao;

    k) As motivadas por mudana de residncia, durante um dia;

    l) As autorizadas ou aprovadas pelo empregador;m) As que por lei forem como tal qualificadas.2- So injustificadas todas as demais faltas dadas pelo tra-

    balhador.

    Clusula 22.

    Comunicao sobre faltas justificadas

    1- As faltas justificadas, quando previsveis, sero obriga-toriamente comunicadas entidade empregadora com a an-tecedncia mnima de cinco dias.

    2- Quando imprevisveis, as faltas justificadas sero obri-gatoriamente comunicadas entidade empregadora logo que possvel.

    3- O no cumprimento do disposto nos nmeros anteriores torna as faltas injustificadas.

    4- O trabalhador poder comunicar as faltas e os respeti-vos motivos por escrito, tendo ento direito certificao do recebimento da mesma pela entidade empregadora.

    5- A entidade empregadora tem direito a exigir prova dos motivos invocados para a justificao da falta.

    6- Constituem justa causa para despedimento as falsas de-claraes relativas a justificao de faltas.

    7- A comunicao das faltas entidade empregadora tem de ser reiterada para as faltas justificadas imediatamente sub-sequentes s previstas nas comunicaes iniciais.

    Clusula 23.

    Consequncia das faltas

    1- As faltas justificadas no determinam a perda de retri-buio, ou prejuzo de quaisquer direitos do trabalhador, sal-vo o disposto no nmero seguinte.

    2- Determinam perda de retribuio as seguintes faltas, ainda que justificadas:

    a) Por motivo de doena ou de acidente de trabalho, quan-do o trabalhador beneficie de qualquer regime de segurana social ou de proteo na doena, de seguro e subsdio de aci-dente de trabalho;

    b) As autorizadas ou aprovadas pelo empregador;c) As previstas na alnea m) da clusula 21. do presente

    CCT, quando superiores a 30 dias por ano.3- No caso da alnea e) da clusula 21. do presente CCT,

    se o impedimento do trabalhador se prolongar efetiva ou

    previsivelmente para alm de um ms, aplica-se o regime da suspenso da prestao de trabalho por impedimento pro-longado.

    4- As faltas injustificadas constituem violao do dever de assiduidade e determinam perda da retribuio e da antigui-dade correspondentes ao perodo de ausncia.

    5- As faltas no tm efeitos sobre o direito a frias do tra-balhador, exceto as que determinem perda de retribuio, s se o trabalhador expressamente preferir a troca do perodo de ausncia por dias de frias na proporo de 1 dia de frias por cada dia de ausncia, e ainda desde que salvaguardado o gozo efectivo de 20 dias teis de frias, ou da correspondente proporo se se tratar de frias no ano da admisso.

    Clusula 24.

    Frias

    1- Os trabalhadores abrangidos por este CCT tm direito a gozar, em cada ano civil, um perodo de frias retribudas de 22 dias teis.

    2- O direito a frias irrenuncivel, vence-se no dia 1 de janeiro de cada ano civil e no pode ser substitudo por qual-quer compensao econmica ou outra, salvo nos casos ex-pressamente previstos neste CCT e na lei.

    3- No ano da contratao, o trabalhador tem direito, aps seis meses completos de execuo do contrato, a gozar 2 dias teis de frias por cada ms de durao do contrato, at ao mximo de 20 dias teis.

    4- No caso de sobrevir o termo do ano civil antes de decor-rido o prazo referido no nmero anterior, ou antes de gozado o direito a frias, pode o trabalhador usufru-lo at 30 de ju-nho, do ano civil subsequente.

    5- Da aplicao dos nmeros 3 e 4 no pode resultar para o trabalhador o direito ao gozo de um perodo de frias, no mesmo ano civil, superior a 30 dias teis.

    6- O trabalhador pode renunciar parcialmente ao direito a frias, recebendo a retribuio e o subsdio respetivos, sem prejuzo de ser assegurado o gozo efetivo de 20 dias teis.

    7- As frias devem ser gozadas no decurso do ano civil em que se vencem, sendo no entanto permitido acumular no mesmo ano frias de dois anos, mediante acordo escrito.

    8- O perodo de frias pode ser interpolado, por acordo das partes, desde que sejam gozados, no mnimo, 10 dias teis consecutivos, num dos perodos acordados.

    9- O perodo de frias marcado por acordo entre traba-lhador e empregador, cabendo a este a marcao das frias no caso de falta de acordo, o que poder fazer entre 1 de maio e 31 de outubro de cada ano.

    10- Na marcao das frias no poder a entidade patronal negar perodos de frias solicitados por um trabalhador, que coincidam com os perodos de encerramento de estabeleci-mentos de ensino de filhos menores de 13 anos de idade, sal-vo por imperativos de organizao do trabalho, devidamente fundamentados.

    11- No ano da suspenso do contrato de trabalho por im-pedimento prolongado respeitante ao trabalhador, se se ve-rificar a impossibilidade total ou parcial do gozo a direito a frias j iniciado, o trabalhador ter direito retribuio

    3031

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 32, 29/8/2014

    correspondente ao perodo de frias no gozado e respetivo subsdio.

    12- no ano da cessao de impedimento prolongado, o trabalhador ter direito, aps a prestao de trs meses de servio efetivo, a um perodo de frias e respetivo subsdio equivalente aos que se teriam vencido em 1 de janeiro desse ano se tivesse estado ininterruptamente ao servio.

    13- no caso de sobrevir o termo do ano civil antes de de-corrido o gozo referido no nmero anterior ou gozado direito a frias, pode o trabalhador usufru-lo at 30 de abril do ano civil subsequente.

    clusula 25.

    Feriados

    1- no presente cct, o feriado municipal considerado como um feriado obrigatrio.

    2- para atribuio do feriado municipal, os trabalhadores consideram-se abrangidos pelo feriado municipal da sede, filial ou delegao da empresa a que estejam adstritos.

    3- o feriado de sexta-feira santa poder ser observado em outro dia por deciso dos trabalhadores adstritos sede, filial ou delegao da empresa, tendo em conta os dias com signi-ficado local no perodo da Pscoa.

    4- o feriado municipal, quando no existir, ser substitu-do pelo feriado da capital do distrito.

    captulo iv

    Garantias, direitos e deveres das partes

    clusula 26.

    Deveres da entidade empregadora

    1- so deveres da entidade empregadora, quer diretamen-te, quer atravs dos seus representantes, nomeadamente:

    a) providenciar para que haja um bom ambiente moral e instalar os trabalhadores em boas condies de trabalho, nomeadamente no que diz respeito a higiene, segurana no trabalho e preveno de doenas profissionais;

    b) diligenciar para que sejam proporcionadas condies para que o trabalhador possa satisfazer as suas necessidades fisiolgicas e alimentares durante o horrio de trabalho;

    c) Promover a formao profissional adequada ao exer-ccio da profisso, a inerente s funes que o trabalhador desempenhe, assim como a que diga respeito aos aspetos de higiene e segurana no trabalho;

    d) indemnizar os trabalhadores pelos prejuzos resultantes de acidentes de trabalho ou doenas profissionais de acordo com os princpios estabelecidos em lei especial, quando essa responsabilidade no for transferida, nos termos da lei, para uma companhia seguradora;

    e) prestar aos sindicatos todos os esclarecimentos necess-rios que por estes lhe sejam pedidos desde que relacionados com este CCT;

    f) cumprir rigorosamente as disposies da lei e deste CCT;

    g) transcrever a pedido do trabalhador, em documento de-

    vidamente assinado, qualquer ordem fundamente considera-da incorreta pelo trabalhador e a que corresponda execuo de tarefas das quais possa resultar responsabilidade penal definida por lei;

    h) facultar a consulta, pelo trabalhador que o solicite, do respetivo processo individual;

    i) fornecer aos trabalhadores por escrito, quando por estes solicitada, informao quanto ao registo de ponto, nomeada-mente quanto a horas prestadas e acumuladas nos regimes de banco de horas, adaptabilidade e trabalho suplementar;

    j) passar ao trabalhador, quando este o solicite, e com a brevidade necessria a acautelar o fim a que se destina, um certificado de trabalho, donde constem o tempo de servio e o cargo ou cargos desempenhados. O certificado s pode conter outras referncias quando expressamente solicitado pelo trabalhador;

    k) usar de respeito e justia em todos os atos que envol-vam relaes com os trabalhadores, assim como exigir do pessoal investido em funes de chefia e fiscalizao que tra-te com correo os trabalhadores sob as suas ordens. Qual-quer observao ou admoestao ter de ser feita de modo a no ferir a dignidade do trabalhador;

    l) facilitar aos trabalhadores ao seu servio a ampliao das suas habilitaes, permitindo-lhes a frequncia de cursos e a prestao de exames, de acordo com este CCT;

    m) facilitar ao trabalhador, se este o pretender, a mudana de local de trabalho, se da no resultar prejuzo para tercei-ros;

    n) Permitir a afixao em lugar prprio e bem visvel, nas instalaes da sede, filiais ou delegaes da empresa, de to-dos os comunicados dos sindicatos aos scios ao servio da entidade empregadora.

    2- na data da admisso, tem a entidade empregadora de fornecer ao trabalhador as seguintes informaes relativas ao seu contrato de trabalho:

    a) Identidade das partes e sede da empresa;b) o local de trabalho, entendido nos termos da clusula

    8.;c) a categoria do trabalhador e a caracterizao sumria

    do seu contedo;d) a data da celebrao do contrato e a do incio dos seus

    efeitos;e) durao previsvel do contrato, se este for sujeito a ter-

    mo resolutivo;f) A durao das frias ou as regras da sua determinao; g) prazos de aviso prvio a observar, por cada uma das

    partes, na denncia ou resciso do contrato, ou se no for possvel as regras para a sua determinao;

    h) O valor e a periodicidade da retribuio; i) O perodo normal de trabalho dirio e semanal, especifi-

    cando os casos em que definido em termos mdios;j) o instrumento de regulamentao coletiva de trabalho

    aplicvel.3- nos contratos em execuo, se solicitado pelo trabalha-

    dor, a informao referida no nmero 2, ser prestada por escrito, em documento assinado pelo empregador, no prazo de 30 dias.

    4- a obrigao de prestar as informaes considera-se

    3032

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 32, 29/8/2014

    cumprida, caso existam contrato de trabalho ou promessa de contrato de trabalho escritos, que contenham os elementos de informao referidos.

    5- no caso dos trabalhadores estrangeiros, as entidades empregadoras obrigam-se a prestar, a todo o tempo, todas as informaes necessrias respetiva legalizao.

    6- havendo alterao de qualquer dos elementos referidos no nmero 2 da presente clusula, o empregador deve co-municar esse facto ao trabalhador, por escrito, nos 30 dias subsequentes data em que a alterao produz efeitos.

    clusula 27.

    Garantias dos trabalhadores

    proibido entidade empregadora:a) opor-se, por qualquer forma, a que o trabalhador exera

    os seus direitos, bem como despedi-lo ou aplicar-lhe sanes por causa desse exerccio;

    b) exercer presso sobre o trabalhador para que atue no sentido de influir desfavoravelmente nas suas condies de trabalho ou nas dos seus colegas de trabalho;

    c) exigir dos seus trabalhadores servios manifestamente incompatveis com as suas aptides profissionais;

    d) Diminuir a retribuio ou modificar as condies de tra-balho dos trabalhadores ao seu servio de forma que dessa modificao resulte ou possa resultar diminuio de retribui-o e demais regalias, salvo em casos expressamente previs-tos na lei ou neste CCT;

    e) Baixar a categoria do trabalhador;f) Opor-se afixao em local prprio e bem visvel, de

    todas as comunicaes do sindicato aos respetivos associa-dos que trabalham na empresa, com o fim de dar a conhecer aos trabalhadores as disposies que a estes respeitem ema-nadas do sindicato;

    g) obrigar o trabalhador a adquirir bens ou utilizar servi-os fornecidos pela entidade empregadora ou por pessoa por ela indicada;

    h) Explorar, com fins lucrativos, quaisquer cantinas, refei-trios, economatos ou outros estabelecimentos para forneci-mento de bens ou prestao de servios aos trabalhadores;

    i) faltar culposamente ao pagamento total das retribui-es, na forma devida;

    j) Ofender a honra e dignidade do trabalhador;k) despedir e readmitir um trabalhador, mesmo com o seu

    acordo, havendo o propsito de o prejudicar em direitos e garantias j adquiridos;

    l) despedir sem justa causa qualquer trabalhador ou pra-ticar lock out.

    clusula 28.

    Deveres dos trabalhadores

    so deveres dos trabalhadores, nomeadamente:a) cumprir rigorosamente as disposies da lei e deste

    CCT;b) executar, de harmonia com as suas aptides e categoria

    profissional, as funes que lhes foram confiadas; c) ter para com os colegas de trabalho as atenes e res-

    peito que lhes so devidos, prestando-lhes em matria de ser-

    vio todos os conselhos e ensinamentos solicitados;d) Zelar pelo estado de conservao e boa utilizao do

    material que lhes estiver confiado, no sendo, porm, o tra-balhador responsvel pelo desgaste anormal ou inutilizao provocados por caso de fora maior ou acidente no imput-vel ao trabalhador;

    e) cumprir e fazer cumprir as normas de salubridade, hi-giene e segurana do trabalho;

    f) respeitar e fazer respeitar e tratar com urbanidade a en-tidade patronal e seus legtimos representantes, bem como todos aqueles com quem profissionalmente tenha de privar;

    g) proceder com justia em relao s infraes discipli-nares dos seus subordinados e informar com verdade e es-prito de justia a respeito dos seus subordinados e colegas de trabalho;

    h) Comparecer ao servio com assiduidade e pontualidade;i) cumprir as ordens e instrues emitidas pela entidade

    empregadora e ou pelos seus superiores hierrquicos, salvo na medida em que tais ordens e instrues se mostrem con-trrias aos seus direitos e garantias;

    j) no se encontrar sob o efeito de estupefacientes nem apresentar uma taxa de alcoolmia de valor igual ou superior a 0,5 g/l.

    captulo v

    Retribuio do trabalho

    clusula 29.

    Retribuio do trabalho e outras prestaes pecunirias

    1- as tabelas de retribuio mnima dos trabalhadores abrangidos pelo presente cct so as constantes do anexo ii.

    2- a retribuio ser paga at ao ltimo dia til de cada ms.

    3- o clculo da retribuio horria do trabalho normal realizado segundo a frmula seguinte:

    vh = rm x 12

    52 x n

    sendo: VH = valor da hora de trabalho;RM = retribuio mensal; n = perodo normal de trabalho semanal.

    4- os trabalhadores com as funes previstas no anexo ii/d) tm direito ao subsdio de funo no respetivo valor, que ser pago, enquanto o trabalhador desempenhar essas funes.

    5- sempre que os trabalhadores a que se refere o nmero anterior sejam substitudos nas suas funes, o trabalhador substituto ter direito ao subsdio de funo na proporo do tempo de substituio e enquanto esta durar.

    6- no ato de pagamento da retribuio, a entidade empre-gadora obrigada a entregar aos trabalhadores um documen-to, preenchido de forma indelvel, no qual figurem:

    a) A identificao, nmero fiscal e sede da entidade em-pregadora;

    b) O nome completo do trabalhador;

    3033

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 32, 29/8/2014

    c) A categoria profissional do trabalhador; d) O nmero de inscrio na Segurana Social; e) Identificao da entidade seguradora para a qual foi

    transferida a responsabilidade emergente de acidente de tra-balho e nmero da respetiva aplice;

    f) O nmero de scio do sindicato (quando inscrito e co-municado o nmero entidade empregadora);

    g) O perodo de trabalho a que corresponde a retribuio; h) A discriminao das importncias relativas ao trabalho

    normal, ao trabalho suplementar e ao trabalho prestado em horrio noturno, com a indicao da percentagem de acrsci-mo que se refere a tais horas;

    i) A discriminao das importncias relativas subsdios de alimentao e outros se os houver,

    j) A discriminao das importncias relativas descontos e montante lquido a receber.

    Clusula 30.

    Trabalho suplementar:

    1- Considera-se trabalho suplementar todo aquele que prestado depois de terminado o perodo normal de trabalho e que no esteja devidamente identificado nos mapas de ho-rrio como trabalho prestado em regime de banco de horas, adaptabilidade ou horrio concentrado.

    2- O trabalho suplementar d direito a remunerao espe-cial, que ser a retribuio horria normal acrescida de uma percentagem de 40 %.

    3- O trabalhador obrigado a realizar a prestao de traba-lho suplementar, salvo nas seguintes situaes:

    a) Por motivos atendveis, o trabalhador expressamente solicite a sua dispensa;

    b) O trabalhador tenha j cumprido no dia da solicitao o limite mximo dos regimes de flexibilizao horria pre-vistos nas clusulas 13., 14. e 15. do presente CCT, sem prejuzo do nmero 4.

    4- O trabalho suplementar pode ser prestado at um limite de 200 horas por ano, no se considerando para este efeito o trabalho prestado por motivo de fora maior ou quando se torne indispensvel para prevenir ou reparar prejuzos graves para a empresa ou para a sua viabilidade.

    5- Sempre que um trabalhador seja obrigado a trabalho suplementar por demora na rendio dos turnos noturnos, a empresa assegurar um servio de transporte, se por motivo do trabalho suplementar o trabalhador perdeu a possibilidade de utilizar transportes pblicos.

    6- O empregador organizar o trabalho suplementar nos termos previstos na lei.

    7- A prestao de trabalho suplementar no confere direito a descanso compensatrio, com exceo do trabalho pres-tado em dia de descanso semanal obrigatrio e do trabalho suplementar impeditivo do descanso dirio de 11 horas.

    Clusula 31.

    Trabalho noturno

    1- Qualquer que tenha sido o ano da contratao do traba-lhador, considera-se trabalho em perodo noturno o prestado no perodo que medeia entre as 21 horas de um dia e as 6

    horas do dia seguinte. 2- Considera-se trabalhador noturno aquele que presta,

    pelo menos, 5 horas de trabalho normal em perodo noturno em cada dia ou que efetua, durante o perodo noturno, parte do seu tempo de trabalho anual correspondente a 5 horas por dia.

    3- O trabalho noturno pago com o acrscimo de 25 % do valor base da hora normal de trabalho por cada hora noturna trabalhada, sendo devido a qualquer trabalhador que preste trabalho no perodo referido no nmero 1, designadamente ao trabalhador noturno, seja qual for a respetiva remunera-o base.

    4- O acrscimo mdio mensal resultante do pagamento de trabalho noturno includo na retribuio de frias, bem como no pagamento de subsdio de frias e de subsdio de Natal.

    5- Para efeitos do nmero anterior observar-se- o seguin-te:

    a) O acrscimo mdio mensal a considerar para efeitos de pagamento de retribuio de frias e de subsdio de frias ser igual mdia do ano civil anterior;

    b) O acrscimo para efeitos de subsdio de Natal ser igual mdia do ano civil a que respeita.

    Clusula 32.

    Trabalho em dia de descanso semanal obrigatrio

    O trabalho prestado em dia de descanso semanal obriga-trio, confere o direito a uma remunerao especial, a qual ser igual retribuio efetiva, acrescida de 90 % e a descan-so compensatrio de igual durao, num dos trs dias teis seguintes.

    Clusula 33.

    Trabalho em dia feriado

    1- O trabalhador tem direito retribuio corresponden-te aos feriados, sem que o empregador os possa compensar com trabalho suplementar, ou trabalho prestado em dia de descanso.

    2- Trabalho prestado em dia feriado d direito a descanso compensatrio correspondente a 25 % das horas de trabalho realizado.

    3- O descanso compensatrio vence-se quando o trabalha-dor perfizer um nmero de horas igual ao perodo normal de trabalho dirio e deve ser gozado num dos 90 dias seguintes, por mtuo acordo.

    4- O descanso compensatrio previsto no nmero 2 pode, por acordo entre a entidade patronal e o trabalhador, ser subs-titudo por prestao de trabalho, remunerado com acrsci-mo no inferior a 50 %.

    Clusula 34.

    Subsdio de alimentao

    1- Os trabalhadores tm direito a um subsdio de alimen-tao por cada dia de trabalho prestado, conforme valores constantes do anexo II ao presente CCT.

    2- O subsdio de alimentao dos trabalhadores no regime

    3034

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 32, 29/8/2014

    de tempo parcial, regula-se pela lei aplicvel.

    clusula 35.

    Deslocaes em servio

    1- entende-se por deslocao em servio a prestao de trabalho fora da localidade habitual de trabalho.

    2- os trabalhadores, quando deslocados em servio, tm direito:

    a) ao pagamento do agravamento do custo dos transpor-tes;

    b) concesso dos abonos indicados no anexo ii, desde que, ultrapassando um raio superior a 50 km, a deslocao obrigue o trabalhador a tomar as suas refeies ou a pernoi-tar fora da localidade habitual, conforme anexo ii.

    3- as deslocaes do continente para as regies aut-nomas da madeira e dos aores ou para o estrangeiro, sem prejuzo da retribuio devida pelo trabalho como se fosse prestado no local habitual de trabalho, conferem direito a:

    a) Ajuda de custo igual a 25 % dessa retribuio;b) pagamento de despesas de transporte, alojamento e ali-

    mentao, devidamente comprovadas.4- o disposto nos nmeros anteriores no se aplica aos tra-

    balhadores pertencentes s categorias profissionais de vigi-lante de transporte de valores, chefe de servios de vendas, chefe de vendas, consultor, prospetor de vendas, tcnico de eletrnica, encarregado, oficial e pr-oficial eletricista, bem como a quaisquer outros trabalhadores cujas funes, pela sua natureza ambulatria, impliquem deslocaes e desde que as mesmas sejam realizadas atravs de veculo propor-cionado, para o efeito, pela empresa, com as despesas regu-lares inerentes utilizao do mesmo a serem pagas pelo empregador.

    clusula 36.

    Utilizao de servios sociais

    em novos concursos ou reviso de contratos atuais, as entidades patronais procuraro negociar junto dos seus clien-tes que tenham cantinas, refeitrios ou bares disposio dos seus trabalhadores que esses servios sejam extensivos aos trabalhadores abrangidos por este cct.

    captulo vi

    Sanes e procedimento disciplinar

    clusula 37.

    Sanes disciplinares

    1- o empregador pode aplicar as seguintes sanes disci-plinares:

    a) Repreenso;b) Repreenso registada;c) Sano pecuniria;d) Perda de dias de frias;e) suspenso do trabalho com perda de retribuio e an-

    tiguidade;f) despedimento sem qualquer indemnizao ou compen-

    sao.2- nenhuma sano disciplinar pode ser aplicada sem au-

    dincia prvia do trabalhador.3- as sanes pecunirias aplicadas a um trabalhador por

    infraes praticadas no mesmo dia no podem exceder um tero da retribuio diria e, em cada ano civil, a retribuio correspondente a 30 dias.

    4- a suspenso do trabalho com perda de retribuio no pode exceder, por cada infrao, 15 dias e, em cada ano civil, o total de 60 dias.

    5- a sano de perda de dias de frias no pode pr em causa o gozo de 20 dias teis de frias.

    6- iniciado o processo disciplinar, pode a entidade em-pregadora suspender o trabalhador, se a presena deste se mostrar inconveniente, mas no lhe lcito suspender o pa-gamento da retribuio.

    clusula 38.

    Procedimento disciplinar

    1- nos casos de procedimento disciplinar previstos nas alneas a) e b) do nmero 1 da clusula anterior, a sano aplicada ser obrigatoriamente comunicada por documento escrito ao trabalhador.

    2- nos casos de procedimento disciplinar previstos nas al-neas c), d), e) e f), do nmero 1 da clusula anterior obriga-tria a instaurao de procedimento disciplinar.

    clusula 39.

    Sanes abusivas

    consideram-se abusivas, para alm das previstas na lei, as sanes disciplinares motivadas pelo facto de o trabalha-dor ter prestado informaes verdadeiras aos sindicatos, au-toridade para as condies de trabalho ou outra entidade competente sobre situaes em que julgue terem sido viola-dos os seus direitos.

    clusula 40.

    Indemnizao por sanes abusivas

    1- O empregador que aplicar alguma sano abusiva fica obrigado a indemnizar o trabalhador nos termos gerais, com as especificidades constantes dos nmeros seguintes.

    2- se a sano abusiva consistir no despedimento, o tra-balhador tem o direito de optar entre a reintegrao e uma indemnizao calculada de acordo com o previsto no cdigo do trabalho.

    3- tratando-se de sano pecuniria ou suspenso, a in-demnizao no deve ser inferior a 10 vezes a importncia daquela, ou da retribuio perdida.

    4- o empregador que aplicar alguma sano abusiva no caso da alnea c) do nmero 1 do artigo 331. do cdigo do trabalho (candidatura ou exerccio de funes em orga-nismos de representao dos trabalhadores) indemnizar o trabalhador nos seguintes termos:

    a) Os mnimos fixados no nmero anterior so elevados para o dobro;

    b) em caso de despedimento, a indemnizao igual re-

    3035

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 32, 29/8/2014

    tribuio acrescida dos subsdios de natureza regular e peri-dica, correspondentes a 2 meses por cada ano de servio, mas nunca inferior a 12 meses.

    captulo vii

    Direitos e deveres especiais

    clusula 41.

    Direitos especiais

    1- aplicam-se aos trabalhadores abrangidos pelo presente cct todas as regras legais relativas aos regimes da parenta-lidade, do trabalhador-estudante e da higiene, sade e segu-rana no trabalho, em vigor data da publicao.

    2- Quaisquer alteraes que ocorram s normas a que se refere o nmero anterior, durante a vigncia do presente cct, apenas se aplicaro aos trabalhadores abrangidos, caso determine a comisso paritria que globalmente lhes so mais favorveis.

    clusula 42.

    Deveres e obrigaes especiais

    1- os trabalhadores de segurana privada, quando em servio, usam fardamento de acordo com as determinaes internas da empresa, sendo obrigao da entidade emprega-dora suportar e fornecer gratuitamente o fardamento.

    3- a escolha do tecido e corte do fardamento dever ter em conta as condies climticas do local de trabalho, as funes a desempenhar por quem enverga o fardamento e o perodo do ano.

    4- no momento de desvinculao ou da cessao do vn-culo laboral, o trabalhador fica obrigado devoluo dos artigos do fardamento, ou a indemnizar a entidade emprega-dora pelo respetivo valor, se no o fizer.

    5- O trabalhador que exera a profisso de pessoal de se-gurana privado deve cumprir com o dever de identificao previsto na lei.

    6- O trabalhador que exera a profisso de pessoal de se-gurana privado, deve obter e entregar, tempestivamente, ao empregador, certificado do registo criminal, atualizado, c-pia do carto profissional e demais documentao legalmen-te necessria para a emisso e renovao do carto profissio-nal, bem como para o cumprimento dos deveres especiais previstos na lei para a entidade empregadora que impliquem comunicao ou comprovao de documentos relativos ao trabalhador.

    7- O trabalhador que exera profisso de pessoal da segu-rana privado dever entregar, todos os anos, uma certido de registo criminal, em data a definir pela entidade patronal.

    8- para alm do previsto no nmero anterior o trabalhador dever, sempre, apresentar quaisquer documentos solicita-dos pela entidade patronal no mbito normal e regular da atividade.

    9- o trabalhador no cumprimento do disposto nos nmeros anteriores s tem que entregar mais do que um certificado de registo criminal se da puder resultar a sua progresso profis-

    sional, nomeadamente a promoo a categorias superiores.

    clusula 43.

    Complemento do subsdio de doena

    em caso de doena superior a 8 dias, as entidades patro-nais pagaro por ano aos trabalhadores 75 % da diferena entre a retribuio auferida data da baixa e o subsdio atri-budo pela segurana social durante os primeiros 30 dias de baixa, e 25 % nos 30 dias subsequentes.

    clusula 44.

    Trabalhadores sinistrados

    1- em caso de incapacidade permanente ou parcial para o trabalho habitual e proveniente de acidente de trabalho ou doena profissional ao servio da empresa e no sendo pos-svel manter o trabalhador na categoria e no desempenho das funes que lhe estavam cometidas, as entidades emprega-doras diligenciaro conseguir a sua reconverso para funo compatvel com as diminuies verificadas.

    2- Quer o trabalhador mantenha a categoria ou funes ha-bituais, quer seja reconvertido para outras funes ou cate-goria e havendo incapacidade permanente parcial para o tra-balho, a entidade empregadora obriga-se a manter e atualizar e retribuio correspondente categoria que o trabalhador tinha data da baixa, pagando-lhe a diferena entre a pen-so recebida da entidade seguradora e o vencimento legal ou convencionalmente fixado, salvo se outra diferena superior lhe for devida, atendendo s novas funes ou categoria.

    3- no caso de incapacidade temporria absoluta por aci-dente de trabalho, a entidade empregadora pagar, durante um perodo de at 180 dias por ano, seguidos ou interpola-dos, a retribuio por inteiro ao trabalhador, como se este es-tivesse efetivamente ao servio, obrigando-se o trabalhador a entregar entidade empregadora a penso atribuda pela en-tidade seguradora, imediatamente a seguir a t-la recebido.

    4- os vigilantes de transporte de valores tm direito a um seguro de acidentes pessoais, cobrindo o risco profissional e garantindo, em caso de morte ou invalidez total e permanen-te, um capital de 59 090,36 , anualmente revisto em funo da percentagem de aumento previsto para a tabela salarial do cct.

    clusula 45.

    Preveno do assdio

    1- entende-se por assdio o comportamento de um, ou mais, colegas de trabalho, trabalhadores ou representantes da entidade patronal, que tenha o propsito de perturbar ou constranger uma pessoa, afetando a sua dignidade, seja pela discriminao, ou pela criao um ambiente hostil, humi-lhante ou desestabilizador.

    2- com o propsito de prevenir e promover um ambiente livre de assdio, a entidade patronal dever criar um cdigo de boas prticas, a distribuir pelos trabalhadores.

    3- sempre que haja uma queixa de assdio, o empregador dever providenciar pelo apuramento da verdade e, caso se comprove, dever afastar a vtima do agressor.

    3036

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 32, 29/8/2014

    captulo viii

    Livre exerccio da atividade sindical

    clusula 46.

    Princpios gerais

    1- direito do trabalhador inscrever-se no sindicato que na rea da sua atividade represente a profisso ou categoria respetiva.

    2- os trabalhadores e os sindicatos tm o direito irrenun-civel de organizar e de desenvolver a atividade sindical no interior da empresa, nomeadamente atravs de delegados sindicais e de comisses intersindicais.

    3- empresa vedada qualquer interferncia na atividade sindical dos trabalhadores ao seu servio.

    clusula 47.

    Direitos dos dirigentes sindicais e delegados sindicais

    1- Os delegados sindicais tm o direito de afixar, no inte-rior da empresa e em local apropriado para o efeito e reserva-do pela entidade patronal, textos, convocatrias, comunica-es ou informaes relativos vida sindical e aos interesses socioprofissionais dos trabalhadores, bem como proceder sua distribuio, mas sem prejuzo, em qualquer dos casos, da laborao normal da empresa.

    2- os dirigentes das organizaes sindicais respetivas que no trabalhem na empresa podem participar nas reunies, mediante comunicao dirigida entidade patronal com a antecedncia mnima de seis horas.

    3- os membros dos corpos gerentes das associaes sindi-cais e os delegados sindicais no podem ser transferidos do local de trabalho sem o seu acordo e sem o prvio conheci-mento da direo do sindicato respetivo.

    clusula 48.

    Delegados sindicais

    1- o nmero mximo de delegados sindicais, por sindica-to, o seguinte:

    a) Sede, filial ou delegao com menos de 50 trabalhado-res sindicalizados - um delegado sindical;

    b) Sede, filial ou delegao com 50 a 99 trabalhadores sin-dicalizados - dois delegados sindicais;

    c) Sede, filial ou delegao com 100 a 199 trabalhadores sindicalizados - trs delegados sindicais;

    d) Sede, filial ou delegao com 200 a 499 trabalhadores sindicalizados - seis delegados sindicais;

    e) Sede, filial ou delegao com 500 ou mais trabalhadores sindicalizados - o nmero de delegados sindicais resultante da frmula

    6 + n - 500

    200

    representando n o nmero de trabalhadores.2- o resultado apurado nos termos da alnea e) do nmero

    anterior ser sempre arredondado para a unidade imediata-mente superior.

    3- Quando em sede, filial ou delegao da empresa houver mais de 50 trabalhadores a elas adstritos, laborando em regi-me de turnos, o nmero de delegados sindicais previsto nos nmeros anteriores desta clusula ser acrescido de um de-legado sindical; tratando-se de empresa que no possua filial ou delegao, o nmero de delegados sindicais que acresce ao obtido nos nmeros anteriores desta clusula ser de trs.

    4- a direo do sindicato comunicar empresa a identi-ficao dos delegados sindicais por meio de carta registada com aviso de receo, de que ser afixada cpia nos lugares reservados s informaes sindicais. o mesmo procedimen-to ser observado no caso de substituio ou cessao de funes.

    clusula 49.

    Crdito de horas

    1- cada delegado sindical dispe, para o exerccio das suas funes, de um crdito de horas que no pode ser inferior a cinco por ms, ou a oito, tratando-se de delegado que faa parte da comisso intersindical ou de secretariado da comis-so sindical.

    2- as faltas dadas no exerccio da atividade sindical que excedam o crdito de horas previsto no nmero anterior des-ta clusula consideram-se justificadas, mas no conferem direito a remunerao.

    3- Quando pretendam exercer os direitos previstos nesta clusula, os interessados devero avisar por escrito a enti-dade empregadora, com a antecedncia mnima de um dia, sempre que possvel.

    4- o crdito de horas previsto no nmero 1 referido ao perodo normal de trabalho, conta como tempo de servio efetivo e confere direito retribuio.

    5- os membros dos corpos gerentes das associaes sin-dicais dispem, para o exerccio das suas funes, de um crdito de quatro dias por ms, podendo este ser acumulado por um ou por vrios dos membros dos seus corpos gerentes.

    6- sempre que ocorra a situao descrita no nmero ante-rior, a associao sindical interessada dar conhecimento entidade patronal respetiva, por escrito, identificando qual ou quais dos seus membros usufruiro desse crdito.

    clusula 50.

    Cobrana da quotizao sindical

    1- as entidades empregadoras obrigam-se a descontar mensalmente e a remeter aos sindicatos respetivos o montan-te das quotizaes dos trabalhadores sindicalizados ao seu servio at ao dia 10 do ms seguinte a que digam respeito.

    2- para que produza efeito o nmero anterior, devero os trabalhadores, em declarao individual e por escrito, autori-zar as entidades patronais a descontar na retribuio mensal o valor da quotizao, assim como indicar o valor das quotas e identificar o sindicato em que esto inscritos.

    3- a declarao referida no nmero 2 dever ser enviada ao sindicato e entidade empregadora respetiva, podendo a sua remessa a esta ser feita por intermdio do sindicato.

    4- o montante das quotizaes ser acompanhado dos ma-pas sindicais utilizados para este efeito, devidamente preen-

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  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 32, 29/8/2014

    chidos, donde conste o nome da entidade empregadora, ms, ano a que se referem as quotas, nome dos trabalhadores por ordem alfabtica, nmero de scio do sindicato, vencimento mensal e respetiva quota.

    captulo ix

    Disposies gerais

    clusula 51.

    Comisso paritria

    1- a comisso paritria ser composta por dois represen-tantes das associaes sindicais e igual nmero de represen-tantes patronais.

    2- ter como principais funes a interpretao de casos duvidosos que o presente instrumento de regulamentao co-letiva suscitar, bem como a tentativa de resoluo por conci-liao de conflitos entre trabalhadores e empresas associados s entidades outorgantes e o desenvolvimento de estratgias com vista implementao de boas prticas nas relaes la-borais do setor.

    3- os representantes das partes podero ser assessorados por tcnicos, os quais no tero, todavia, direito a voto.

    4- a deliberao da comisso paritria que criar uma pro-fisso ou nova categoria profissional dever, obrigatoria-mente, determinar o respetivo enquadramento, bem como o grupo da tabela de remuneraes mnimas a que pertence, salvaguardando-se retribuies que j venham a ser pratica-das pela empresa.

    5- cada uma das partes indicar outra os seus represen-tantes nos 30 dias seguintes ao da publicao do cct.

    6- a comisso paritria funcionar a pedido de qualquer das partes mediante convocatria, enviada por carta regis-tada com aviso de receo, com a antecedncia mnima de oito dias de calendrio, a qual dever ser acompanhada de agendas de trabalho.

    7- compete ainda comisso paritria elaborar normas in-ternas para o seu funcionamento e deliberar a alterao da sua composio, sempre com o respeito pelo princpio da paridade.

    8- Qualquer das partes integradas na comisso paritria poder substituir o seu representante nas reunies mediante credencial para o efeito.

    9- a comisso paritria, em primeira convocao, s fun-cionar com a totalidade dos seus membros e funcionar obrigatoriamente com qualquer nmero dos seus elementos componentes num dos oito dias subsequentes, mas nunca an-tes de transcorridos trs dias aps a data da primeira reunio.

    10- as deliberaes sero tomadas por maioria dos mem-bros presentes, em voto secreto.

    11- os casos que versem sobre matrias omissas ou de in-terpretao, devero ser deliberadas por unanimidade e ser remetidas ao ministrio da segurana social e do trabalho para efeitos de publicao, passando, a partir desta, a fazer parte integrante do presente cct.

    clusula 52.

    Contratos de trabalho

    Os empregadores abrangidos pelo presente CCT ficam obrigados a comunicar s entidades outorgantes do mesmo os contratos de trabalho que hajam celebrado ao abrigo de medidas governamentais de incentivo contratao de tra-balhadores, independentemente da natureza e durao de tais medidas.

    anexo i

    Categorias profissionais e definio de funes

    A) administrativos

    Diretor de servios - o trabalhador que estuda, orga-niza, dirige e coordena, nos limites dos poderes de que est investido, as atividades da empresa ou de um ou vrios dos seus departamentos. exerce funes tais como colaborar na determinao da poltica da empresa; planear a utilizao mais conveniente de mo-de-obra, equipamento, materiais, instalaes e capitais; orientar, dirigir e fiscalizar a ativida-de da empresa, segundo os planos estabelecidos, a poltica a adotar e as normas e regulamentos prescritos; criar e manter uma estrutura administrativa que permita explorar e dirigir a empresa de maneira eficaz; colaborar na fixao da poltica financeira e exercer a verificao dos custos.

    Analista de sistemas - o trabalhador que concebe e pro-jeta os sistemas de trabalho automtico da informao que melhor responda aos fins em vista; consulta os utilizadores a fim de receber os elementos necessrios; determina a renta-bilidade do sistema automtico; examina os dados obtidos; determina qual a informao a ser recolhida, bem como a sua periodicidade, a forma e o ponto do circuito em que deve ser recolhida; prepara os fluxogramas e outras especificaes organizando o manual de anlises de sistemas e funcional; pode ser incumbido de dirigir e coordenar a instalao de sistemas de tratamento automtico de informao.

    Contabilista/tcnico de contas - o trabalhador que or-ganiza servios e planifica circuitos contabilsticos, analisan-do os vrios setores de atividade, com vista recolha de da-dos que permitam a determinao dos custos e dos resultados de explorao. fornece elementos contabilsticos e assegura o controlo oramental.

    Chefe de servios - o trabalhador que estuda, organiza, dirige e coordena, sob a orientao do seu superior hierr-quico, num ou mais departamentos da empresa, as atividades que lhe so prprias; exerce dentro do departamento funes de chefia e, nos limites da sua competncia, funes de dire-o, orientao e fiscalizao do pessoal sob as suas ordens e de planeamento das atividades do departamento segundo as orientaes e fins definidos; prope a aquisio de equi-pamentos e materiais e a admisso de pessoal necessrio ao bom funcionamento do departamento e executa outras fun-es semelhantes.

    Chefe de diviso - o trabalhador que organiza e co-

    3038

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 32, 29/8/2014

    ordena, sob a orientao do seu superior hierrquico, num ou mais departamentos da empresa, as atividades que lhe so prprias; exerce, dentro do departamento, funes de chefia e nos limites da sua competncia funes de direo, orientao e fiscalizao do pessoal sob as suas ordens e de planeamento das atividades do departamento segundo as orientaes e fins definidos; prope a aquisio de equipa-mento e materiais e a admisso de pessoal necessrio ao bom funcionamento do departamento e executa outras funes se-melhantes.

    Programador de informtica - o trabalhador que desen-volve, na linguagem que lhe foi determinada pela anlise, os programas que compem cada aplicao; escreve instrues para o computador, procede a testes para verificar a validade dos programas e se respondem ao fim em vista; introduz as alteraes que forem sendo necessrias e apresenta o resul-tado sob a forma de mapas, suportes magnticos ou outros processos determinados pela anlise.

    Chefe de seco - o trabalhador que coordena, dirige e controla o trabalho de um grupo de profissionais.

    Secretrio de gerncia ou administrao - o trabalha-dor que se ocupa do secretariado mais especfico da admi-nistrao ou gerncia da empresa na execuo dos trabalhos mais especficos do secretariado e dando apoio nas tarefas qualitativas mais exigentes. faz a correspondncia em ln-guas estrangeiras.

    Encarregado de armazm - o trabalhador que dirige os trabalhadores e o servio de armazm ou seco de arma-zm, assumindo a responsabilidade pelo seu funcionamento.

    Tcnico administrativo principal - o trabalhador que adota processos e tcnicas de natureza administrativa e co-municacional, utiliza meios informticos e assegura a orga-nizao de processos de informao para deciso superior. executa as tarefas mais exigentes que competem aos tcni-cos administrativos e colabora com o seu superior hierrqui-co, podendo substitui-lo nos seus impedimentos. pode ainda coordenar o trabalho de um grupo de profissionais de cate-goria inferior.

    Secretrio de direo - o trabalhador que presta direta-mente assistncia aos diretores da empresa, podendo execu-tar outros servios administrativos que lhe forem cometidos, no mbito desta funo.

    Tcnico administrativo - o profissional que executa v-rias tarefas que variam consoante a natureza e importncia do escritrio onde trabalha, redige relatrios, cartas, notas informativas e outros documentos, manualmente ou m-quina, dando-lhes o seguimento apropriado; tira as notas necessrias execuo das tarefas que lhe competem; exa-mina o correio recebido, separa-o, classifica e compila os da-dos que so necessrios para preparar as respostas; elabora, ordena ou prepara os documentos relativos a encomendas, distribuio e regularizao das compras e vendas; recebe pedidos de informao e transmite-os pessoa ou servios competentes; pe em caixas os pagamentos de contas e en-trega recibos; escreve em livros as receitas e despesas, assim como outras operaes contabilsticas, estabelece o extrato das operaes efetuadas e de outros documentos para infor-mao da direo; atende os candidatos s vagas existentes,

    informando-os das condies de admisso, efetua registos de pessoal ou preenche formulrios oficiais relativos ao pessoal ou empresa; ordena e arquiva nota de livranas, recibos, cartas e outros documentos; elabora dados estatsticos, aces-soriamente, anota em estenografia, escreve mquina e ope-ra com mquinas de escritrio. pode ainda efetuar fora do escritrio servios de informao, de entrega de documentos e de pagamentos necessrios ao andamento de processos em tribunais ou reparties pblicas.

    Caixa - o trabalhador que tem a seu cargo as operaes de caixa e registo do movimento relativo a transaes respei-tantes gesto da empresa, recebe numerrio e outros valo-res e verifica se a sua importncia corresponde indicada nas notas de venda ou nos recibos; prepara os fundos, segundo as folhas de pagamento. pode preparar os fundos destinados a serem depositados e tomar as disposies necessrias para levantamentos.

    Operador informtico - o trabalhador que, predomi-nantemente, receciona os elementos necessrios execuo dos trabalhos no computador, controla a execuo conforme o programa de explorao, regista as ocorrncias rene os elementos resultantes. prepara, opera e controla o computa-dor atravs da consola.

    Encarregado de servios auxiliares - o trabalhador que coordena as tarefas cometidas aos trabalhadores auxiliares de escritrio, podendo tambm desempenh-las, designada-mente, servios externos, tais como cobranas, depsitos, pagamentos, compras e expediente geral, cuja orientao lhe seja expressamente atribuda pela via hierrquica.

    Fiel de armazm - o trabalhador que recebe, armazena e entrega mercadorias ou outros artigos; responsabiliza-se pela sua arrumao e conservao e mantm em ordem os registos apropriados; examina e responsabiliza-se pela con-cordncia entre mercadorias e outros documentos e ainda anota e informa periodicamente dos danos e das perdas.

    Empregado dos servios externos - o trabalhador que, normal e predominantemente, efetua fora dos escritrios servios de informaes, recolha e entrega de documentos e de expediente geral, podendo tambm efetuar recebimentos e pagamentos, desde que no exera atividades prprias de cobrador.

    Rececionista - o trabalhador que recebe clientes e d explicao sobre artigos, transmitindo indicaes dos respe-tivos departamentos; assiste na portaria, recebendo e aten-dendo visitantes que pretendam encaminhar para a admi-nistrao ou funcionrios superiores, ou atendendo outros visitantes com orientao das suas visitas e transmisso de indicaes vrias.

    Cobrador - o trabalhador que efetua, fora dos escrit-rios, recebimentos, pagamentos e depsitos.

    Telefonista - o trabalhador que opera numa cabina ou central, ligando ou interligando comunicaes telefnicas, independentemente da designao tcnica do material ins-talado.

    Contnuo - o trabalhador que anuncia, acompanha e informa os visitantes, faz entrega de mensagens, objetos ine-rentes ao servio interno, podendo eventualmente faz-lo ex-ternamente; estampilha a entrega de correspondncia, alm

    3039

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 32, 29/8/2014

    de a distribuir aos servios a que destinada; pode ainda executar o servio de reproduo de documentos e de ende-reamento.

    Estagirio - o trabalhador que executa tarefas ineren-tes s funes de tcnico administrativo, preparando-se para assumi-las plenamente.

    Empacotador - o trabalhador com tarefas de proceder embalagem e acondicionamento dos produtos.

    Servente ou auxiliar de armazm - o trabalhador que cuida do arrumo das mercadorias ou produtos no estabeleci-mento ou armazm e de outras tarefas indiferenciadas.

    Trabalhador de limpeza - o trabalhador cuja atividade consiste em proceder limpeza das instalaes.

    B) tcnicos de vendas

    Chefe de servios de vendas - o trabalhador que, me-diante objetivos que lhe so definidos, responsvel pela programao e controlo de ao de vendas da empresa. diri-ge os trabalhadores adstritos aos setores de vendas.

    Chefe de vendas - o trabalhador que dirige, coordena ou controla um ou mais setores, seces, etc., de vendas da empresa.

    Vendedor/consultor de segurana - o trabalhador que, alm das funes prprias de vendedor, executa predomi-nantemente a venda de bens ou servios, negociao de con-tratos e de agravamento de preos, aconselha tecnicamente sobre questes de segurana e elabora relatrios da sua ati-vidade.

    Prospetor de vendas - o trabalhador que verifica as pos-sibilidades do mercado nos seus vrios aspetos de prefern-cia e poder aquisitivo, procedendo no sentido de esclarecer o mercado com o fim de incrementar as vendas da empresa. elabora relatrios da sua atividade.

    C) vigilncia, preveno, proteo e tratamento de valores

    Chefe de brigada/supervisor - o trabalhador a quem compete receber, apreciar e procurar dar soluo aos assun-tos que lhe forem apresentados. controla a elaborao das escalas de servio de pessoal da sua rea, bem como contacta os clientes para a resoluo de problemas de vigilncia, sem-pre que necessrio. nos impedimentos do vigilante - chefe/controlador cabe-lhe substitui-lo.

    Vigilante - chefe de transporte de valores - o traba-lhador que, em cada delegao, e de acordo com as normas internas operacionais da empresa, responsvel pela organi-zao dos meios humanos, tcnicos e materiais necessrios execuo diria do servio de transporte de valores, bem como o seu controlo.

    Vigilante - chefe/controlador - o trabalhador ao qual compete verificar e dar assistncia a um mnimo de 10 e a um mximo de 15 locais de trabalho, recolhendo o servio de fitas de controlo e mensagens e promovendo o respetivo controlo, dando conta da sua atividade aos seus superiores hierrquicos. poder desempenhar servios de esttica.

    Vigilante de transporte de valores - o trabalhador que manuseia e transporta/carrega notas, moedas, ttulos e outros valores e conduz os meios de transporte apropriados.

    Operador de valores - o trabalhador que procede ao

    recebimento, contagem e tratamento de valores.Vigilante - o trabalhador que presta servios de vigi-

    lncia, preveno e segurana em instalaes industriais, comerciais e outras, pblicas ou particulares, para as prote-ger contra incndios, inundaes, roubos e outras anomalias, faz rondas peridicas para inspecionar as reas sujeitas sua vigilncia e regista a sua passagem nos postos de controlo, para provar que fez as rondas nas horas prescritas, controla e anota o movimento de pessoas, veculos ou mercadorias, de acordo com as instrues recebidas.

    Vigilante aeroporturio - o trabalhador que, em insta-laes aeroporturias incluindo as zonas ar desempenha funes de vigilncia, preveno e segurana, controlando, atravs de equipamentos eletrnicos (prtico) e/ou de outros, passageiros, bagagens, objetos transportados, veculos, car-ga, correio, encomendas, provises de restaurao, produtos de limpeza e ttulos de transportes.

    Porteiro/guarda - o trabalhador cuja misso consiste em vigiar as entradas e sadas do pessoal ou visitantes das instalaes e das mercadoria e receber correspondncia.

    D) segurana eletrnica

    Tcnico principal de eletrnica - o trabalhador alta-mente qualificado que elabora projetos de sistemas de se-gurana eletrnica, supervisiona a sua implementao e, se necessrio, configura os maiores sistemas de segurana ele-trnica assegurando a respetiva gesto. supervisiona a ativi-dade dos tcnicos de eletrnica.

    Tcnico de eletrnica - o trabalhador especialmente qualificado que conserva e repara diversos tipos de aparelhos e equipamentos eletrnicos em laboratrios ou nos locais de utilizao; projeta e estuda alteraes de esquema e planos de cablagem; deteta os defeitos, usando geradores de sinais, osciloscpios e outros aparelhos de medida; executa ensaios e testes segundo esquemas tcnicos.

    Tcnico de telecomunicaes - o trabalhador com ade-quados conhecimentos tcnicos que executa e colabora na elaborao de projetos, descries, especificaes, estima-tivas e oramentos de equipamentos de telecomunicaes, executa ensaios e faz correes de deficincias de projetos, execuo, acabamento, montagem e manuteno de equipa-mentos de telecomunicaes.

    Encarregado de eletricista - o trabalhador eletricista com a categoria de oficial que controla e dirige os servios nos locais de trabalho.

    Oficial eletricista de sistemas de alarme - o trabalha-dor que instala, ajusta, regula, ensaia e repara sistemas de segurana nos locais de utilizao, tais como diversos tipos de aparelhagem eltrica e eletrnica de deteo, transmisso audvel e visual, controlo de entrada e sada, vigilncia, des-viadores, cablagem e fios eltricos, efetuando todo o trabalho que estas instalaes implicam.

    Pr-oficial - o trabalhador eletricista que coadjuva os oficiais e que, cooperando com eles, executa trabalhos de menor responsabilidade. Ajudante - o trabalhador eletricista que completou a sua aprendizagem e coadjuva os oficiais, preparando-se para as-cender categoria de pr oficial

    3040

  • Boletim do Trabalho e Emprego, n. 32, 29/8/2014

    anexo ii

    Tabela salarial e clusulas de expresso pecuniria - Outros subsdios

    A) tabela salarial

    nvel categorias retribuies mnimas

    i. diretor de servios 1 245,33

    ii. analista de sistemas contabilista/tcnico