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Transparência 39 REVISTA SEMANAL 16.04 - 22.04_2012

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De 16-04-2012 a 22-04-2012

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Page 1: BRIEF Transparência » Revista Semanal 39

Transparência

39

REVISTA SEMANAL ↘ 16.04 - 22.04_2012

Page 2: BRIEF Transparência » Revista Semanal 39

Revista de Imprensa

23-04-2012

1. (PT) - Público, 17/04/2012, Juiz Carlos Alexandre queixa-se de violação de segredo de justiça 1

2. (PT) - Público, 17/04/2012, Critérios de fachada legalista servindo objectivamente a corrupção 2

3. (PT) - Público, 17/04/2012, Advogados trocam acusações no início do julgamento 3

4. (PT) - Jornal de Notícias, 17/04/2012, João Pinto nega dívidas ao fisco 4

5. (PT) - Jornal de Notícias, 17/04/2012, DCIAP abre processo por causa de superjuiz 6

6. (PT) - Diário Económico, 17/04/2012, PSD contra-ataca e apresenta nova versão do enriquecimento ilícito 7

7. (PT) - Jornal de Notícias, 18/04/2012, Dirigentes do porting têm medo de Pereira Cristóvão 9

8. (PT) - i, 18/04/2012, Submarinos. Ministério da Justiça nega verbas para perícias 11

9. (PT) - Diário de Notícias, 18/04/2012, João Vieira Pinto investigado 12

10. (PT) - Diário de Notícias, 18/04/2012, Cristóvão voltou mas cenário de eleições mantém-se 13

11. (PT) - Correio da Manhã, 18/04/2012, Movimento de 3 milhões investigado 16

12. (PT) - Público, 19/04/2012, Enriquecimento ilícito: crónica de uma morte anunciada 17

13. (PT) - Jornal de Notícias, 19/04/2012, Perícia indicia luvas no caso dos submarinos 18

14. (PT) - Jornal de Notícias, 19/04/2012, Pereira Cristóvão «espiou» clientes de crédito malparado dos

bancos

19

15. (PT) - i, 19/04/2012, Rui Tavares eleito para comissão sobre corrupção do PE 21

16. (PT) - Diário de Notícias, 19/04/2012, Funcionária do Sporting confessa compra de bilhetes de avião para

a Madeira

22

17. (PT) - Sol - Tabu, 20/04/2012, ´Um advogado não é uma consciência alugada´ - Entrevista a Ricardo Sá

Fernandes

24

18. (PT) - Jornal de Notícias, 20/04/2012, Faz hoje três anos que DCIAP foi à Alemanha,,,para nada 34

19. (PT) - Jornal de Notícias, 20/04/2012, "Patrão" do BPN no Porto condenado a pagar fortuna 35

20. (PT) - i, 21/04/2012, Conde Rodrigues vai ter de explicar negócio do Campus da Justiça de Lisboa ao

DIAP

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21. (PT) - Público, 22/04/2012, Pinto Monteiro - O esquecido 40

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A1

Tiragem: 46977

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 10

Cores: Cor

Área: 4,90 x 8,37 cm²

Corte: 1 de 1ID: 41307475 17-04-2012

Investimentos angolanos

Juiz Carlos Alexandre queixa-se de violação de segredo de justiçaO Departamento Central de Investigação e Acção Penal vai instaurar um processo-crime contra desconhecidos por violação do segredo de Justiça no seguimento de uma queixa do juiz Carlos Alexandre, após notícias publicadas em Angola, que o acusavam de perseguir o investimento angolano em Portugal. O juiz ordenou buscas a empresas de capital misto e aos seus gestores por suspeitas de branqueamento de capitais.

Página 1

Page 5: BRIEF Transparência » Revista Semanal 39

A2

Tiragem: 46977

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 45

Cores: Cor

Área: 19,76 x 22,96 cm²

Corte: 1 de 1ID: 41307659 17-04-2012

Critérios de fachada legalista servindo objectivamente a corrupção

José Vítor Malheiros

O diploma que pretendia

criminalizar o “enriquecimento

ilícito”, recentemente

chumbado pelo Tribunal

Constitucional, tinha algo que

não batia certo.

É que o “enriquecimento

ilícito”, se é ilícito, já

está criminalizado. Ou

seja: estabelecer que o

enriquecimento ilícito é um crime

corresponde, afi nal, a dizer que

enriquecer em resultado de ter cometido

um crime é... um crime. Mas como cometer

um crime é um crime, passe a tautologia,

a nova fi gura não viria acrescentar nada

de novo. Quando muito, poder-se-ia

considerar que o enriquecimento como

consequência da prática de um crime

constituiria uma agravante do crime —

condenando com maior rigor os criminosos

mais hábeis.

Só que o novo crime não pretendia

nada disto, mas sim encontrar forma de

acusar pessoas que tivessem enriquecido

de forma que se supunha ilícita sem que

fosse necessário identifi car e provar o crime

que estaria na origem do enriquecimento,

bastando provar o enriquecimento.

É claro que isto levanta o problema

do ónus da prova que, num Estado de

direito, tem de estar do lado da acusação.

É evidente que seria moralmente (e

constitucionalmente) inaceitável abordar

uma pessoa, acusá-la de ter enriquecido de

forma ilícita e obrigá-la a provar a falsidade

da acusação e a demonstrar que não

cometeu crime algum. Isto seria a famosa

“inversão do ónus da prova”, um princípio

que, a ser aceite, abriria a porta a muitos

abusos. Se eu for acusado de um crime,

cabe ao Estado provar a minha culpa e não

a mim provar a minha inocência. É o direito

de todos os cidadãos serem considerados

inocentes até prova em contrário, a

também famosa presunção de inocência,

outro princípio basilar do regulamento

jurídico das democracias.

Posto isto, a verdade é que o que está em

causa é, de facto, encontrar uma forma de

identifi car e responsabilizar as pessoas que

enriqueceram de forma ilegal — mesmo

quando não há esperança de que essas

ilegalidades venham a ser provadas — já que

existe o sentimento de que estas situações

são frequentes. Como se resolve o dilema?

Existe actualmente na sociedade a forte

convicção de que a corrupção — e, em

particular, a grande corrupção, associada

aos governantes, aos partidos, aos autarcas,

às grandes empresas, ao capital fi nanceiro

e aos grandes contratos que unem uns e

outros — goza de uma absoluta impunidade.

Tal como existe o sentimento de uma

descarada dualidade de critérios na

administração da justiça, sempre forte com

os fracos e os pobres e sempre tímida com os

ricos e poderosos. Estes sentimentos geram

não só uma animosidade particular contra os

suspeitos, como destroem a confi ança que

deveria existir no sistema político e nos seus

agentes, na Justiça e nos seus agentes, na

actividade económica como fonte de riqueza

e até na própria democracia.

Não podemos deixar de achar estranho

que uma pessoa que amealha uma fortuna

de dez milhões de euros em dois anos,

apesar de ter apenas um ordenado de 1800

euros, não tenha quaisquer explicações a

dar à sociedade, enquanto o dono de um

restaurante pode ser multado por não ter

registado nas suas receitas um almoço

de sete euros. Não é estranho que os sete

euros tenham de ser declarados porque

são fruto do trabalho, mas os dez milhões,

eventualmente fruto de crimes, não tenham?

Não há aqui uma estranha dualidade de

critérios de fachada legalista servindo

objectivamente a corrupção?

É também estranho que tenhamos de

provar que um apartamento ou um carro

nos pertence e que tenhamos de identifi car a

pessoa a quem o comprámos, que tenhamos

não só de declarar todos os euros que

ganhámos mas quem nos pagou esses euros

e quando e porquê e que o senhor dos dez

milhões de euros não tenha de dar quaisquer

explicações a ninguém.

Como se resolve o dilema? Alterando

um pouco os objectivos. Se considerarmos

que a ilicitude está no enriquecimento,

vai ser sempre preciso prová-lo — o que,

em particular nos casos de corrupção,

parece difícil. Mas podemos mudar o crime,

enquadrando-o no âmbito fi scal e decretar

a obrigatoriedade de declarar a fonte de

todo e qualquer rendimento (ou de o fazer

acima de certo patamar) e de a provar

documentalmente.

Ou seja: alargar aos

ricos e corruptos

o que o fi sco já me

exige a mim e a todos

os trabalhadores.

No fundo, é isto

que queremos. A

obrigatoriedade de

declaração criará

a ilicitude da não-

declaração — ou

da declaração

incompleta ou

errónea. Estes são

crimes que será

fácil ao Estado

provar (ou, pelo

menos, investigar),

sem inversão do

ónus da prova e

sem abandonar

a presunção de

inocência. E as

penas poderão ir até ao confi sco do bem

em questão. Claro que a nova lei não vai

resolver todos os problemas — mas nenhuma

resolve. Trata-se afi nal de conseguir

sancionar o “enriquecimento ilícito” não

através da fi gura do “enriquecimento

injustifi cado”, mas através de uma simples

“obrigatoriedade de declaração de todos os

rendimentos e sua origem”.

[email protected] à terça-feira

Devemos alargar aos ricos ociosos e aos corruptos as obrigações que o fisco já exige a todos os trabalhadores

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A3

Tiragem: 46977

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 41

Cores: Cor

Área: 4,71 x 7,82 cm²

Corte: 1 de 1ID: 41307471 17-04-2012

João Vieira Pinto

Advogados trocam acusações no início do julgamentoOs advogados dos arguidos no processo relacionado com a transferência do ex-futebolista João Pinto para o Sporting trocaram ontem acusações de responsabilização de fraude fiscal e de branqueamento de capitais. O ex-futebolista João Pinto, o empresário José Veiga e Luís Duque e Rui Meireles, administradores da Sporting SAD na altura dos factos, foram pronunciados em Janeiro de 2011.

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Page 7: BRIEF Transparência » Revista Semanal 39

A4

Tiragem: 100485

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 12

Cores: Cor

Área: 27,26 x 33,28 cm²

Corte: 1 de 2ID: 41308000 17-04-2012

Página 4

Page 8: BRIEF Transparência » Revista Semanal 39

Tiragem: 100485

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 4,91 x 5,29 cm²

Corte: 2 de 2ID: 41308000 17-04-2012

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A6

Tiragem: 100485

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 13

Cores: Cor

Área: 4,56 x 16,28 cm²

Corte: 1 de 1ID: 41308037 17-04-2012

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A7

Tiragem: 23019

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 14

Cores: Cor

Área: 26,55 x 31,48 cm²

Corte: 1 de 2ID: 41307516 17-04-2012

✘CONTRA

Inês David [email protected]

O PSD vai avançar a partir de Se-tembro com uma nova propostapara a criminalização do enri-quecimento ilícito, depois do pri-meiro diploma ter sido chumba-do pelo Tribunal Constitucional(TC), revelou ao Diário Económi-co a vice-presidente ‘laranja’ Te-resa Leal Coelho.

O Governo fez deste crime umabandeira eleitoral e vai confrontaro tribunal com uma nova versão,numa altura em que já estarãosentados no Palácio Ratton trêsnovos juízes - dois indicados pelamaioria e um pelo PS. Com estanomeação, a relação de forças noConstitucional penderá mais paraa direita do que para a esquerda,como acontecia até agora. CasoCavaco volte a ter dúvidas e envieo segundo diploma ao TC, três no-vos conselheiros vão dar a sua opi-nião e alguns dos que se opuseramjá não estarão sentados no PalácioRatton (Pamplona de Oliveira, GilGalvão e Rui Ramos).

Teresa Leal Coelho adiantouque o PSD já está a trabalhar na“nova argumentação” (ver caixasao lado) e remeteu para “a próxi-ma sessão legislativa, a partir deSetembro,” a apresentação do di-ploma. Apesar de admitir “refor-mulações”, a também vice-presi-dente da bancada dá a entenderque o novo projecto não será mui-to diferente daquele que foi apro-vado apenas com os votos contrado PS. Até porque, disse, o PSD“discorda” da argumentação doConstitucional e “está convicto doenquadramento legal” que deu aocrime que pune quem enriquecede forma injustificada e não expli-ca a origem dos bens.

Este diploma - que nunca foiconsensual, com PS e vários cons-titucionalistas e levantarem dúvi-das - acabou por ser declarado in-constitucional e será agora vetadopor Cavaco. A maioria podia insis-tir e levar a votos o diplomachumbado porque teria o apoio doBE e do PCP (maioria qualificada),mas o PSD não quer “confrontopolítico” com o Presidente da Re-pública. O TC acabou por consi-derar que o diploma da maioria

violava os princípios da determi-nabilidade do tipo legal e da pre-sunção da inocência.

A iniciativa social-democratapromete abrir nova divisão com oCDS, que sempre manifestou re-servas ao crime de enriquecimen-to ilícito (as negociações demora-ram meses). Quando foi conheci-da a decisão do Palácio Ratton, oPSD apressou-se a dizer que nãose rendia, enquanto o CDS, pelavoz de Telmo Correia, dizia “sermais difícil” recolocar o tema naagenda. Embora tenha sido o PSDa dar-lhe a possibilidade de esco-lher um dos três novos juízes, averdade é que o CDS escolheu ajuíza Fátima Mata-Mouros, quenão escondeu no passado as suasdúvidas sobre o crime de enrique-cimento ilícito. Na altura, a de-sembargadora considerou desne-cessária a criação deste crime por-que o Direito Penal já prevê a pu-nição de situações que levam aoenriquecimento injustificado,como o peculato ou a corrupção.Opinião partilhada pelo constitu-cionalista Vital Moreira, que, aoDE, considera “estranho que oPSD insista” neste crime, dadoque “é inconstitucional” e já estáprevisto no Código Penal atravésde outros crimes concretos.

Teresa Leal Coelho diz que a“vantagem” do ‘chumbo’ do TC éa de submeter a questão a “debatepúblico”, acreditando que “a po-pulação” irá defender que o enri-quecimento ilícito “é um dano àestabilidade”. O PSD acredita que,“com nova argumentação”, con-seguirá levar os juízes a “uma se-gunda reflexão” e lamenta queexista “um estigma” à volta docrime de enriquecimento ilícito.Um crime que, como a maioriaquer (aplicável a todos os cida-dãos), não tem paralelo na Europa.

Entre os 13 juízes do TC, passa-rão a ter assento, além de Mata-Mouros, o ex-secretário de EstadoConde Rodrigues, pelo PS, e o pe-nalista Paulo Saragoça da Matta,pelo PSD. Além da nova argu-mentação, a bancada ‘laranja’pode ter a seu favor (ou não) estasmudanças, até porque, remata Te-resa Leal Coelho, “a abordagem daConstituição varia consoante amatriz filosófico-política”.■

PSD contra-ataca eapresenta nova versãodo enriquecimento ilícitoJá com três novos juízes no Constitucional, dois nomeados pela maioria, o PSDvolta em Setembro a insistir na criação do crime. Adivinha-se tensão com CDS.

A VERSÃO ‘CHUMBADA’

● O crime dá-se quando “quempor si ou interposta pessoa”adquirir ou possuir patrimóniosem origem lícita determinada,incompatível com os seusrendimentos e bens legítimos.

● As pessoas nesta situaçãoincorrem numa pena de prisãoaté três anos. Será pena superiorse o arguido for titular de cargopolítico ou público.

● Entende-se por patrimóniotodo o activo patrimonialexistente no país ou estrangeiro,incluindo imobiliário, quotasou partes sociais do capitalde sociedades, carteirasde títulos, entre outros.

● São rendimentos e benslegítimos todos os rendimentosbrutos constantes de declaraçõesapresentadas para efeitos fiscais.

● Compete ao Ministério Públicofazer a prova de todosos elementos do crime.

Teresa Leal CoelhoVice-presidente do PSD

“Estamos convictos doenquadramento legal que demosao crime (...) a grande vantagemdo chumbo do TC é que permiteo debate público”

Telmo CorreiaVice-presidente da bancada CDS

“Depois desde cartão vermelhodo Tribunal Constitucional, vai sermais difícil retomar a questão”do enriquecimento ilícito.

Novos juízes paraOE/2012Além de terem em mãos, casoCavaco Silva volte a duvidarda constitucionalidade do crimede enriquecimento ilícito, os trêsnovos juízes do TribunalConstitucional terão que apreciaroutro ‘dossier’ quente: oOrçamento do Estado para 2012.Mais concretamente, o corte nossubsídios. E o ‘chumbo’ do pedidode fiscalização sucessiva, nestecaso, interessa tanto ao PSD,como ao PS, partido que aprovouo orçamento - em nome docompromisso com a ‘troika’ - masviu um grupo de deputados pedira fiscalização no Palácio Ratton.Os três nomes foram acordadosentre PS e PSD.

Presunção da inocênciaOs juízes do TribunalConstitucional entenderamque o diploma da maioria que criao crime de enriquecimento ilícito(ver caixa de pontos ao lado) violaos princípios da presunção dainocência e da determinação dotipo legal. O TC entende, também,que a este crime não temsubjacente “um bem jurídicoclaramente determinado”. Isto é,qual é o bem a acautelar? OPalácio Ratton, por maioria,

ARGUMENTAÇÃO DO TC E CONTRA

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Tiragem: 23019

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Economia, Negócios e.

Pág: 15

Cores: Cor

Área: 16,16 x 10,31 cm²

Corte: 2 de 2ID: 41307516 17-04-2012

✔A FAVOR

e falta de tipo legalentendeu também que de umaincriminação tem necessariamentede decorrer a conduta queé proibida, “aquilo a que o agentese deve conformar”. E os juízesentendem que no diploma damaioria não existe a determinaçãodo tipo legal, isto é, a condutaem concreto que é ordenadae que é violada. A violaçãoda presunção da inocência pelainversão do ónus da provafoi outro argumento.

Valores de estabilidade que se sobrepõemA bancada do PSD está aindaa trabalhar na argumentação,mas desde já Teresa Leal Coelhoavança ao Diário Económicoalgumas das posições: o PSDnega que exista violação doprincípio da presunção dainocência por causa do silêncio,lembrando que existem já outroscrimes onde este mesmo silêncio(que é um direito do arguido)pode prejudicar o arguido. Éo caso, diz a vice-presidente do

PSD, do crime de homicídio porlegítima defesa. Teresa LealCoelho diz que o PSD vaiapresentar uma grelha de crimese exigir “paridade” no tratamento.Sobre a falta de um bem jurídico,a dirigente lembra que há valoresa equilibrar e que no caso doenriquecimento ilícito existe ovalor da estabilidade, quer social,quer económica. Leal Coelho dizainda que quem determina o tipolegal é o legislador.

-ARGUMENTAÇÃO DO PSD

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A9

Tiragem: 100485

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 10

Cores: Cor

Área: 27,47 x 33,37 cm²

Corte: 1 de 2ID: 41326234 18-04-2012

Página 9

Page 13: BRIEF Transparência » Revista Semanal 39

Tiragem: 100485

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 5,54 x 3,21 cm²

Corte: 2 de 2ID: 41326234 18-04-2012

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Page 14: BRIEF Transparência » Revista Semanal 39

A11

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 48

Cores: Cor

Área: 5,78 x 21,29 cm²

Corte: 1 de 1ID: 41326583 18-04-2012

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Page 15: BRIEF Transparência » Revista Semanal 39

A12

Tiragem: 49755

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 41

Cores: Cor

Área: 15,77 x 12,55 cm²

Corte: 1 de 1ID: 41326586 18-04-2012

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Page 16: BRIEF Transparência » Revista Semanal 39

A13

Tiragem: 49755

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 36

Cores: Cor

Área: 26,63 x 32,28 cm²

Corte: 1 de 3ID: 41326667 18-04-2012

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Page 17: BRIEF Transparência » Revista Semanal 39

Tiragem: 49755

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 37

Cores: Cor

Área: 10,85 x 31,75 cm²

Corte: 2 de 3ID: 41326667 18-04-2012

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Page 18: BRIEF Transparência » Revista Semanal 39

Tiragem: 49755

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

Cores: Cor

Área: 8,18 x 3,06 cm²

Corte: 3 de 3ID: 41326667 18-04-2012

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Page 19: BRIEF Transparência » Revista Semanal 39

A16

Tiragem: 156225

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 34

Cores: Preto e Branco

Área: 4,93 x 11,07 cm²

Corte: 1 de 1ID: 41327086 18-04-2012

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Page 20: BRIEF Transparência » Revista Semanal 39

A17

Tiragem: 46977

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 49

Cores: Cor

Área: 19,69 x 22,96 cm²

Corte: 1 de 1ID: 41346702 19-04-2012

Enriquecimento ilícito: crónica de uma morte anunciada

Nos últimos meses temos

assistido a uma banalização

do combate à corrupção:

o DCIAP continua na sua

actividade fúnebre de enterrar

prematuramente processos que

envolvem fi guras públicas; a

Comissão de Ética é da opinião

de que a resolução de confl itos

de interesses é uma questão de

consciência individual (uma perspectiva,

aliás, partilhada por uma grande parte dos

deputados da Assembleia da República);

o Conselho de Prevenção da Corrupção

oferece serviços de transparência pós-

venda ao sector empresarial do Estado; os

comentadores (pseudo-académicos) que

povoam os órgãos de comunicação social

insurgem-se contra a iniciativa “mesquinha”

da ASJP de levar a tribunal 14 ex-ministros

por abuso de dinheiros públicos e contra o

“populismo” dos que acham que António

Borges, não obstante as suas qualidades

profi ssionais, deveria clarifi car potenciais

confl itos de interesses; e para colmatar esta

série de acontecimentos infelizes, o tiro de

misericórdia do Tribunal Constitucional

à lei de enriquecimento ilícito, aprovada

por larga margem na Assembleia da

República, mas já moribunda à nascença,

o que denota que o voluntarismo da classe

política (“de querer mostrar que se faz”)

e a vontade política (“de efectivamente

fazer”) são duas coisas distintas.

O chumbo do Tribunal Constitucional não

surpreende. O acórdão do colégio de juízes

é o capítulo fi nal de uma lei que nasceu

torta e que a falta de vontade política, o

mau trabalho legislativo e a total ausência

de foco por parte do legislador foram

incapazes de endireitar.

Não foi por falta de aviso. Durante o

processo legislativo, a TIAC alertou para

a necessidade de formular a lei de forma

cuidada e ponderada — e acompanhá-

la de um mecanismo robusto e efectivo

para fi scalizar a riqueza e os interesses

dos eleitos e dos altos cargos públicos (ver

PÚBLICO, 23/10/2011). A própria Convenção

das Nações Unidas contra a Corrupção

reconhece que a tipifi cação do crime de

enriquecimento ilícito é uma questão

melindrosa. No que toca a criminalizar

comportamentos, o legislador deve ser

cauteloso, aprender com as boas práticas

internacionais e ponderar diferentes

soluções com cenários de concretização

também diferentes. Nada disto foi feito.

Todo este processo, em suma, mostra a

forma desorganizada e infeliz com que o

Parlamento tem abordado as questões da

corrupção, cedendo ao debate apenas sob

pressão da sociedade civil — que depois é

olimpicamente ignorada — e discutindo

problemas acessórios em vez de ir à questão

essencial, que é a completa inefi ciência do

sistema de controlo. A Assembleia aprovou

uma formulação multifacetada e muito

confusa para o crime de enriquecimento

ilícito, alargando indiscriminadamente

o seu âmbito para incluir qualquer

pessoa, sendo que a qualidade do agente

(funcionário, titular de cargo político

ou alto cargo político) tem apenas como

consequência uma ligeira agravação

da pena. Se esta confusão jurídica não

fosse sufi ciente para afundar a lei, a fraca

qualidade do trabalho preparatório,

patente no desconhecimento generalizado

sobre outras experiências internacionais

e alternativas à criminalização, e uma

cultura recorrente de não consultar

especialistas e representantes da sociedade

civil no processo legislativo — mesmo nas

leis em que o legislador é juiz em causa

própria — trataram de garantir o fracasso

da iniciativa. Pouco nos consola o passa-

culpas dos políticos: tão responsáveis são os

que, na ânsia vácua de “mostrar serviço”,

aprovaram uma lei confusa e mal formulada

como os que, alegando nobres princípios,

se escusaram a apresentar alternativas

razoáveis, fundamentadas e efi cazes.

Sejamos claros: o que é necessário e

fundamental é criar um mecanismo que

garanta a fi scalização transparente do

património e da actuação dos titulares

e agentes do Estado. É por aqui que se

começa. A actividade pública tem de ser

balizada por normas de conduta que

garantam a defesa do interesse público e a

confi ança dos cidadãos.

Já o dissemos antes: a criminalização do

enriquecimento ilícito não é uma panaceia,

mas não há dúvida de que um bom sistema

de controlo da

actuação dos

agentes públicos

e dos seus

rendimentos,

positivismos

legalistas à

parte, será um

elemento vital no

estrangulamento

da corrupção.

Felizmente,

estamos a assistir a

uma clara revolução

na mentalidade

dos cidadãos,

um caminho

irreversível de

intolerância

com o crime e

de consciência

das diversas

ferramentas que temos ao dispor para

o combater (e que não se limitam à

intervenção penal).

O que não pode continuar é uma

abordagem redutora do combate à

corrupção, sem uma estratégia lógica

e coerente. Deixar que o país continue

mudo e resignado perante o acumular de

situações injustifi cadas de enriquecimento

de agentes públicos não é opção. O tema,

portanto, não morre aqui.

Transparência e Integridade, Associação Cívica (TIAC), www.transparencia.pt

O que não pode continuar é uma abordagem redutora do combate à corrupção, sem uma estratégia lógica e coerente

Elena Burgoa, Luís de Sousa e João Paulo Batalha

Debate Combate à corrupção

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A18

Tiragem: 100485

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 12

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A19

Tiragem: 100485

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 13

Cores: Cor

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Corte: 1 de 2ID: 41347395 19-04-2012

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Tiragem: 100485

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 10

Cores: Cor

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Página 20

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A21

Tiragem: 27259

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 11

Cores: Preto e Branco

Área: 4,68 x 6,53 cm²

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Página 21

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A22

Tiragem: 49755

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 37

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Tiragem: 49755

País: Portugal

Period.: Diária

Âmbito: Informação Geral

Pág: 1

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A24

Tiragem: 53210

País: Portugal

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Âmbito: Informação Geral

Pág: 34

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Tiragem: 53210

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Pág: 35

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Pág: 37

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Tiragem: 100485

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Tiragem: 27259

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Pág: 1

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Tiragem: 46977

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Pág: 2

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Tiragem: 46977

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Pinto MonteiroO esquecidoQueixou-se de falta de dinheiro,

mas não pediu nem gastou

O procurador-geral da República,

Fernando Pinto Monteiro, disse

que a perícia ao caso da corrupção

na compra dos submarinos foi

interrompida por falta de verbas.

A ministra da Justiça desmentiu-o:

se tinha falta de dinheiro, não

se mexera, porque nunca lho

tinha pedido. E se alguma vez

teve dinheiro, não o gastou.

Os especialistas que fi zeram a

principal perícia do processo —

que originou duas investigações —

afastaram-se e renunciaram ao seu

pagamento há mais de um ano,

depois de decisões do procurador

que levaram ao desmembramento

da equipa do DCIAP que conduzia

a investigação.

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