breve história dos movimentos feministas

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Breve história dos movimentos feministas A origem do feminismo remonta no século XIX, período no qual a ideia de uma sociedade patriarcal, centrada no elemento masculino e opressora da mulher, começava a surgir .As primeiras manifestações desafiaram ao mesmo tempo a ordem conservadora que excluía a mulher da vida politica (restrição do direito de voto, um direito seu como cidadã) e também, propostas mais radicais que iam além da igualdade política, abrangendo a própria emancipação feminina, e centrando-se na análise da relação de dominação masculina sobre as mulheres em variados aspectos das suas vidas Desde do inicio da sua estruturação que o movimento feminista apresentou uma crítica à desigualdade social dos sexos (numa perspectiva sociológica de género), a fim de promover a luta pelos direitos e interesses das mulheres. As bases do feminismo assentam, assim, na ideia de que a sociedade é patriarcal e que o homem possui mais direitos que a mulher, encontrando-se assim numa situação de superioridade. A afirmação do feminismo deu-se no início da década de 50. Os movimentos sociais da década seguinte trouxeram uma nova leitura das relações femininas na sociedade através da construção da ideia de uma identidade colectiva do sexo feminino. No final dos anos 70, as disputas de igualdade de género passaram a ocupar um lugar de destaque nos movimentos sociais. As mulheres demonstraram proactividade, participando em debates e liderando organizações que reivindicavam mudanças na divisão social do trabalho. Nas duas últimas décadas do século XX, a forma de pensamento das ciências sociais foi influenciada por estudos feministas. Tais estudos analisavam a vida social a partir da experiência das relações de género. O conceito de género envolve duas dimensões: uma que compreende a ideia de que diferenças biológicas inatas não são a única explicação para o comportamento diferenciado de homens e mulheres e a outra que envolve a noção de que o poder é distribuído de maneira desigual entre os sexos, cabendo às mulheres uma posição de subalternização na organização da vida social.

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Page 1: Breve História Dos Movimentos Feministas

Breve história dos movimentos feministas

A origem do feminismo remonta no século XIX, período no qual a ideia de uma sociedade patriarcal, centrada no elemento masculino e opressora da mulher, começava a surgir .As primeiras manifestações desafiaram ao mesmo tempo a ordem conservadora que excluía a mulher da vida politica (restrição do direito de voto, um direito seu como cidadã) e também, propostas mais radicais que iam além da igualdade política, abrangendo a própria emancipação feminina, e centrando-se na análise da relação de dominação masculina sobre as mulheres em variados aspectos das suas vidas Desde do inicio da sua estruturação que o movimento feminista apresentou uma crítica à desigualdade social dos sexos (numa perspectiva sociológica de género), a fim de promover a luta pelos direitos e interesses das mulheres. As bases do feminismo assentam, assim, na ideia de que a sociedade é patriarcal e que o homem possui mais direitos que a mulher, encontrando-se assim numa situação de superioridade. A afirmação do feminismo deu-se no início da década de 50. Os movimentos sociais da década seguinte trouxeram uma nova leitura das relações femininas na sociedade através da construção da ideia de uma identidade colectiva do sexo feminino. No final dos anos 70, as disputas de igualdade de género passaram a ocupar um lugar de destaque nos movimentos sociais. As mulheres demonstraram proactividade, participando em debates e liderando organizações que reivindicavam mudanças na divisão social do trabalho. Nas duas últimas décadas do século XX, a forma de pensamento das ciências sociais foi influenciada por estudos feministas. Tais estudos analisavam a vida social a partir da experiência das relações de género. O conceito de género envolve duas dimensões: uma que compreende a ideia de que diferenças biológicas inatas não são a única explicação para o comportamento diferenciado de homens e mulheres e a outra que envolve a noção de que o poder é distribuído de maneira desigual entre os sexos, cabendo às mulheres uma posição de subalternização na organização da vida social.