braziliannews 372

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O jogador brasileiro An- derson Luis de Souza, ídolo de Portugal e atu- al meia do time inglês Chelsea, abriu as portas de sua casa em no bairro de Fulham para conver- sar com a equipe do jornal Brazi- lian News. Num papo descontraído, Deco – como é internacionalmente co- nhecido – falou sobre a vinda para Europa, seu recém inaugu- rado Instituto Deco20, amigos, fa- mília e, é claro, futebol – inclusive sobre a controvertida demissão do técnico Luis Felipe Scolari! Confira a entrevista exclusiva com o craque. w w w . b r a z i l i a n n e w s . u k . c o m Londres, 14 a 20 de maio de 2009 Ano 9 / Número 372 banda navidad banda navidad Savana aumentará 170% na Amazônia até 2050, diz Inpe 35 20 07 BRASIL Revelação da MPB Mariana Aydar faz show dia 19 BRAZILIAN BEATS Rhalf disputa 2ª etapa neste final de semana ESPORTE Continua na página 12 Continua nas páginas 18 e 19 Exclusivo: ídolo de Portugal, o jogador Deco revela que deseja voltar a morar no Brasil Gordon Brown pede desculpas por despesas abusivas dos deputados O primeiro-ministro britâni- co pediu desculpas nesta segunda-feira, 11, em nome de todos os partidos, pelo comporta- mento de dezenas de deputados que utilizaram as ajudas de custas do Parlamento para pagar despe- sas não previstas ou obter ganhos pessoais. Gordon Brown seguiu o exemplo de David Cameron, que no domingo disse compreender a revolta da opinião pública. “Quero pedir desculpas em nome de todos os políticos, de todos os partidos, por aquilo que aconteceu e pelos acontecimentos dos últimos dias”, declarou Gordon Brown, no início de um discurso no congresso anual do Real Colégio de Enfermagem. E dirigindo-se à audiência, acrescentou: “Tal como vocês têm os mais elevados pa- drões na vossa profissão, também nós [políticos] temos de mostrar padrões mais elevados para a nos- sa profissão”.

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Exclusivo: ídolo de Portugal, o jogador Deco revela que deseja voltar a morar no Brasil

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Page 1: BrazilianNews 372

O jogador brasileiro An-derson Luis de Souza, ídolo de Portugal e atu-

al meia do time inglês Chelsea, abriu as portas de sua casa em

no bairro de Fulham para conver-sar com a equipe do jornal Brazi-lian News.

Num papo descontraído, Deco – como é internacionalmente co-

nhecido – falou sobre a vinda para Europa, seu recém inaugu-rado Instituto Deco20, amigos, fa-mília e, é claro, futebol – inclusive sobre a controvertida demissão

do técnico Luis Felipe Scolari! Confira a entrevista exclusiva

com o craque.

w w w . b r a z i l i a n n e w s . u k . c o mLondres, 14 a 20 de maio de 2009 Ano 9 / Número 372

banda navidadbanda navidadSavana aumentará 170% na Amazônia até 2050, diz Inpe

352007

BRASILRevelação da MPB Mariana Aydarfaz show dia 19

BRAZILIAN BEATSRhalf disputa 2ª etapa nestefinal de semana

ESPORTE

Continua na página 12

Continua nas páginas 18 e 19

Exclusivo: ídolo de Portugal, o jogador Deco revela que deseja voltar a morar no Brasil

Gordon Brown pede desculpas por despesas abusivas dos deputados

O primeiro-ministro britâni-co pediu desculpas nesta

segunda-feira, 11, em nome de todos os partidos, pelo comporta-mento de dezenas de deputados que utilizaram as ajudas de custas do Parlamento para pagar despe-sas não previstas ou obter ganhos pessoais. Gordon Brown seguiu o exemplo de David Cameron, que no domingo disse compreender a revolta da opinião pública.

“Quero pedir desculpas em

nome de todos os políticos, de todos os partidos, por aquilo que aconteceu e pelos acontecimentos dos últimos dias”, declarou Gordon Brown, no início de um discurso no congresso anual do Real Colégio de Enfermagem. E dirigindo-se à audiência, acrescentou: “Tal como vocês têm os mais elevados pa-drões na vossa profissão, também nós [políticos] temos de mostrar padrões mais elevados para a nos-sa profissão”.

Page 2: BrazilianNews 372

14 a 20 de maio de 2009

O governo pode anunciar nesta quarta-feira, 13, a cobrança do Imposto de

Renda (IR) das cadernetas de pou-pança acima de R$ 50 mil a partir de 2010. A nova regra será acom-panhada de um corte temporário, válido apenas este ano, na tribu-tação dos fundos de investimento. Essas propostas serão levadas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Até a noite de terça-feira, a equi-pe econômica ainda avaliava se a cobrança do IR na poupança deveria ser adotada por meio de projeto de lei ou medida provisória (MP). Também estava em discus-são se os investimentos em renda fixa seriam taxados com a alíquo-ta de 15%, independentemente do prazo, ou se haveria alíquotas diferenciadas. A Receita Federal calcula que deixará de arrecadar em torno de R$ 2 bilhões até o fim do ano.

Como o governo cedeu às pres-sões políticas e recuou da propos-ta de alterar o rendimento mínimo (além da variação da TR) de 6,17% da poupança, a redução do IR in-cidente sobre os fundos de inves-timentos tornou-se necessária para que o ganho dessas aplicações continuem mais atrativos que os rendimentos das cadernetas. Sem isso, o BC não conseguirá manter o processo de queda da taxa de juro básica, a Selic, atualmente de 10,25%.

O governo poderia esperar pela próxima reunião do Copom, mar-cada para o dia 9 de junho, para anunciar as novas regras. No en-tanto, o nível de irritação com os ataques da oposição reforçou o entendimento de que não é pos-sível ficar a reboque das críticas, muito menos deixar a população na dúvida sobre se os ganhos da poupança serão ou não reduzidos pelo governo.

Os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo, insistiram, mais uma vez, que o governo não vai prejudicar o pequeno poupador. O objetivo, segundo eles, é inibir a migração de recursos dos fundos de inves-timento para a poupança, atraídos pelo melhor ganho.

Bernardo garantiu que o governo não fará alterações nas regras de rentabilidade da caderneta "da noi-te para o dia". "A poupança é um instrumento sagrado de proteção da economia popular e não seria o presidente Lula que mudaria isso", afirmou o ministro, durante audiên-cia pública da Comissão Mista do Orçamento no Congresso.

Ele voltou a criticar o "caráter es-peculativo" que a discussão tomou, em razão de propagandas dos par-tidos de oposição, e expressou a preocupação de que os grandes bancos privados também direcio-nem as aplicações para a poupan-ça, o que colocaria em risco a rola-gem da dívida pública.

"Não queremos que o George Soros, que já se autointitulou es-peculador, abra uma poupança de US$ 20 milhões no Brasil e diga: agora estou com meu dinheiro pro-tegido no Brasil."

"O governo deve criar um dificul-tador para o especulador que qui-

ser vir para a poupança. O ministro garantiu que não vai prejudicar o poupador de maneira alguma", dis-se o deputado federal e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, após reunião on-tem com Mantega.

Como a discussão foi conta-minada pela pressão política dos partidos de oposição, contrários a mudança nas regras das caderne-tas, o governo recuou da solução técnica - a de vincular o ganho da poupança à variação de, por exem-plo, 65% da taxa Selic. Essa era a proposta de consenso entre os técnicos do ministério da Fazenda e Banco Central. No entanto, ela foi rejeitada pelo presidente Lula porque não contemplava a dife-renciação entre os pequenos e os grandes poupadores.

A solução paliativa é a redução do Imposto de Renda dos fundos de investimento, que pode entrar em vigor imediatamente e não de-verá enfrentar resistência dos par-tidos de oposição. O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia, já disse que será difícil alguém da oposição ser contra uma proposta que baixe o imposto dessas aplica-ções, tornando-as mais competiti-vas.

"Mas os partidos de oposição es-tão fechados com a ideia de barrar qualquer medida que prejudique os poupadores. Portanto, se com essa medida vier algo que altere as regras das cadernetas, não apoia-remos."

Atualmente, a tributação dos fundos ocorre da seguinte forma: 22,5% para aplicações de até seis meses; 20% para aplicações de seis meses a um ano; 17,5% de um a dois anos; e 15% acima de dois anos. (AE)

Poupança deve pagarIR em 2010; tributação de fundos cai

Proposta será levada hoje para Lula; apenas cadernetas com saldo a partir de R$ 50 mil deverão ser tributadas

Caderneta de Poupança é ‘sagrada’, afirmou o Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.

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14 a 20 de maio de 2009

Última Hora

Parlamento italianoaprova lei que criminaliza imigração ilegalA um mês das eleições europeias, Itália reforça perseguição a ilegais; projeto ainda passará pelo Senado

O Parlamento (Câmara Baixa) da Itália aprovou nesta quarta-feira, 13, o

polêmico projeto de lei que crimi-naliza a imigração ilegal no país. A legislação, que precisa ser apro-vada pelo Senado, transforma em crime a entrada irregular em territó-rio italiano, prevendo punição com multa, e até mesmo a prisão de até três anos para qualquer pessoa que alugar um apartamento para imigrantes ilegais.

Em uma medida para facilitar a aprovação da proposta, os alia-dos do premiê italiano, Silvio Ber-lusconi, colocaram a medida para voto de confiança. A proposta foi aprovada com facilidade – 316 a 258. A um mês das eleições para o Parlamento Europeu, o governo do premiê Silvio Berlusconi quer dar um sinal à população de que está lidando com o problema da imigra-ção. Roma decidiu devolver para a Líbia qualquer barco de imigrantes africanos encontrado em sua cos-ta. Os ilegais não poderão registrar filhos, casar-se e ainda podem ser denunciados à polícia por médi-cos, enfermeiros, professores ou qualquer funcionário público.

Na Itália, a população de imi-grantes legais dobrou entre 2001 e 2007, atingindo 4 milhões. No início da semana Berlusconi alertou que não aceitará uma "Itália multiétni-ca", o que provocou reações nega-tivas até do Vaticano. "Não vamos abrir a porta a todos, como fez a esquerda, que tem uma ideia de uma sociedade multiétnica. Nós não. Só queremos receber quem tenha condições de obter asilo po-lítico", disse Berlusconi.

O Vaticano respondeu ao co-

mentário de Berlusconi. "A Itália já é multiétnica e o governo deveria se dar conta disso", afirmou Marianno Crociata, secretário-geral da Con-ferência Episcopal da Itália.

Em menos de uma semana, a Itália já devolveu para a Líbia mais de 500 pessoas. Segundo a ONU, 75% dos estrangeiros que che-gam aos portos italianos pedem asilo. Mas com a nova política do governo de interceptar barcos em alto-mar, essas pessoas não teriam nem condições de fazer o pedido.

No início da crise econômica, alguns dos ministros italianos che-garam a sugerir que os vistos de trabalho fossem suspensos por al-gum tempo, literalmente fechando as fronteiras.

Para a ONU, o projeto de endure-cer a política de imigração vai além das motivações eleitorais. "Esta-mos preocupados que a política adotada pela Itália mine o acesso de refugiados à União Europeia", afirmou Ron Redmond, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Refugiados. A política de Berlusco-ni, segundo ele, ameaça violar um dos princípios da ONU, o de que refugiados não podem ser devolvi-dos. A entidade afirmou que estava encaminhando uma carta de pro-testo ao governo italiano.

Nas últimas semanas, a Marinha italiana passou a patrulhar a costa sul da Itália em busca de barcos com imigrantes. Os barcos encon-trados em águas territoriais e inter-nacionais são entregues à Marinha

da Líbia.A ONU está alarmada com essa

situação, lembrando que a Líbia não faz parte dos acordos sobre refugiados e não garante proteção a essas pessoas. Alguns dos imi-grantes são originários da Somália e Eritreia e estão fugindo de com-bates. Na Líbia, os imigrantes estão sendo colocados em uma prisão nas proximidades da capital, Trípo-li. Em uma semana, duas mulheres já se suicidaram na prisão.

A situação também deve se tor-nar crítica para os imigrantes que vivem irregularmente na Itália. O governo italiano está criando uma lei que estabelecerá "crime de clan-destinidade" e pessoas sem visto de trabalho serão processadas.

"Estamos muito preocupados diante da mudança de comporta-mento da população em relação à imigração", afirmou Kurosh Da-nesh, coordenador do Comitê Na-cional de Imigrantes do sindicato CGIL. "A política de Berlusconi legi-tima o sentimento de medo da po-pulação", disse. Segundo Danesh, o governo precisa do apoio da Liga Norte para governar, por isso está adotando posições extremistas na questão da imigração. Nas últimas semanas, o partido espalhou pela Itália cartazes com a foto de um in-dígena e a palavra: invasão.

Segundo o sindicato, a mão de obra estrangeira é responsável por 10% do PIB da Itália e os imigrantes pagam anualmente 11 bilhões em impostos. Segundo a Organização Internacional de Migrações, a Itália precisará de estrangeiros nos pró-ximos 30 anos para garantir seu crescimento econômico.

Roma tenta justificar suas deci-sões alegando medo de terrorismo. A polícia italiana disse ter identifica-do dois importantes membros da Al-Qaeda, que foram detidos em ações contra imigrantes ilegais. O sírio Bassam Ayachi, de 63 anos, e o francês Raphael Gendron foram presos em Bari e são acusados de planejar um ataque ao Aero-porto Charles De Gaulle, em Paris. (Agências internacionais)

Nova legislação, em trâmite pelo senado, transforma em crime a entrada irregular em território italiano, prevendo

pena de prisão para quem alu-gar apartamento para imigran-

tes ilegais.

Page 4: BrazilianNews 372

14 a 20 de maio de 2009

Foto da Semana

Pergunta da semana:

Você é a favor da anistia de imigrantes ilegais no Reino Unido?

Presidente - Fundador: Horácio Sterling

[email protected]

Diretor-Geral: Marcelo Mortimer

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Diretora AdministrativaPatricia Zúñiga

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Editora e Redatora: Paula Medeiros

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Direção de Arte e Diagramação: Javier Reyes

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Departamento Comercial: Rogerio Moura Lima

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Colaboradores: Cláudia Stoy

Daniel NoceraDaniela RomãoDiego GazolaBetina Oliveira

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Kingston Upon Thames, paraíso a sudoeste do centro londrino.

Katia Pereira,assistente administrativo.R: Sou a favor, pois o imigrante con-tribui com a economia.

Cristina Bernardes Machado, administradora.R: Sou a favor, devido a grande con-tribuição que o imigrante tem dado a economia dos países onde vivem.

Arto Bettencourt, agente de viagens.R: Sou a favor com restrições, por exemplo, tempo de residência no país.

Carlos Portaleoni, mecânico.R: Sou a favor da anistia, desde que o indivíduo prove sua idoneidade.

Page 5: BrazilianNews 372

14 a 20 de maio de 2009

Governo quer pautar reformatributária para o final de maioO líder do governo

na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), afirmou nessa terça-feira, 12, que o governo pretende pautar a reforma tributária para o final de maio. O petista afirmou que fará o pedido ao presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP)

“Nós fizemos um acor-do no final do ano passado. Já espe-

ramos três meses e entendemos que a hora é agora”, afirmou Fon-tana, citando um acordo estabele-cido entre governo e oposição no final de 2008 para adiar a análise da reforma tributária para março deste ano. “Continuar do jeito que está não é o melhor caminho”, complementou Fontana.

Já a oposição classifica a pro-posta como “insensatez”. “O go-verno não entende que o mundo está sofrendo uma transformação.

Pautar a reforma tributária para agora é uma tentativa de desviar a atenção para a crise do desempre-go e para a crise dos entes fede-rativos. Os estados estão em situ-ação pré-falimentar. Os municípios estão falidos”, analisa o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA).

Aprovada em novembro do ano passado na comissão especial, a proposta de reforma tributária pro-põe, em linhas gerais, a unificação das 27 legislações do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), a extinção de quatro tributos (Cofins, PIS, Salário Educação e CSLL) para a criação do Imposto sobre Valor Adiciona-do Federal (IVA-F), e a instituição do Fundo de Desenvolvimento Re-gional.

Por se tratar de uma proposta de emenda à Constituição, a reforma tributária poderá ser apreciada no plenário da Câmara em sessão ex-traordinária, mesmo se a pauta da Casa estiver trancada por medidas provisórias.

Ainda na terça, a Câmara apro-vou seis emendas do Senado à Medida Provisória 450/08, a cha-

mada MP das Hidrelétricas. A medida autoriza a participação da União junto ao Fundo de Garantia a Empreendimentos de Energia Elé-trica (FGEE). A matéria vai à san-ção presidencial.

O FGEE servirá para a constru-ção de usinas hidrelétricas do Pro-grama de Aceleração do Cresci-mento (PAC). De acordo com uma das emendas do Senado, o fundo deverá ser administrado por uma instituição financeira que, direta ou indiretamente, esteja subordinada à União. Além disso, caberá a um conselho definir como serão reali-zados os gastos do FGEE.

Deputados também concluíram a votação da Medida Provisória 457/09, que possibilita o parcela-mento em 20 anos das dívidas dos municípios com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A matéria segue para o Senado.

A Casa rejeitou um destaque apresentado pelo DEM, que reti-rava a exigência de as prestações corresponderem a, no mínimo, 1,5% da receita líquida do municí-pio. Para os oposicionistas, essa obrigatoriedade fará com que di-versas prefeituras tenham de pagar suas dívidas em menos de duas décadas. Deputado Henrique Fontana (PT-RS).

Rodolfo Torres, de [email protected]

Por:

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14 a 20 de maio de 2009

Brasil (geral)

Acordo com França pode ir a R$ 12 bilhões O ano da França no Brasil terá 400 eventos culturais e 40 de negócios, envolvendo cerca de 600 empresas de olho em acordos comerciais de grande porte, como o fornecimento do trem de alto desempenho para fazer a ligação São Paulo-Rio, um empreendimento de R$ 10,3 bilhões. Nada porém terá o brilho político e econômico dos resultados dos acordos bilaterais fechados desde dezembro, com a discrição possível, no setor de Defesa

Entre submarinos con-vencionais, tecnologia de casco para navios do

mesmo tipo porém de propulsão nuclear, modernização de mísseis, fornecimento de helicópteros pe-sados, mais as construções de um estaleiro e de uma sofisticada base naval, a fatura bate em R$ 9,8 bi-lhões.

O jogo está em andamento. Na manhã de 7 de setembro, em Bra-sília, o presidente francês Nicolas Sarkozy e seu anfitrião, Luiz Inácio Lula da Silva, talvez assistam ao so-brevoo de um ou dois caças Rafale vindos da base de Orange para a festa da Independência. É possí-vel que estejam usando uma tarja verde-amarela, em homenagem à Força Aérea Brasileira, a FAB, indi-cando que a proposta da Dassault Aviation saiu vitoriosa no programa F-X2. Mais R$ 1,6 bilhão na cesta de compras.

Somado a encomendas já exis-tentes, no valor de R$ 560 milhões, para o fornecimento de 12 carguei-ros médios e do recheio eletrôni-co de oito aviões P-3 de patrulha marítima (o primeiro voou dia 29 de abril em Getafe, na Espanha) e a acordos pontuais considera-dos sigilosos - a criação de novos mísseis de três diferentes tipos –, o total das transações supera os R$ 12 bilhões.

Sarkozy e Lula assinaram há cinco meses um termo de coope-

ração que abrange ao menos uma dezena de projetos conjuntos. A pesquisa vai definir o perfil do sol-dado do futuro, um combatente treinado para atuar principalmente na Amazônia, equipado com farda feita com tecido de reação térmica, recursos eletrônicos como um mi-cro computador portátil de múltiplo emprego, e armamento de tecnolo-gia de 7ª geração.

Da Helibrás, de Itajubá, sairão 51 helicópteros pesados Cougar EC-725. O contrato é avaliado em cerca de 1,89 bilhão. A empresa, que emprega 250 técnicos, vai abrir 750 novas vagas até 2013 para atender o pedido. O pro-

cesso implica transferência de tecnologia e compensações co-merciais. Todos os helicópteros serão fornecidos para as Forças Armadas. As primeiras unidades serão entregues no início de 2012. Na área do Comando da Mari-nha, está o programa mais ambi-cioso. De acordo com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, serão comprados quatro submarinos convencionais, diesel-elétricos, da classe Scorpène, do estaleiro DCNS, de Cherbourg, e também o conhecimento avançado para a execução do casco de navios do mesmo tipo, porém dotados de propulsão nuclear. A Marinha do-

Sarkozy e Lula assinaram há 5 meses termo de cooperação.

mina o ciclo do combustível atômi-co e a engenharia de reatores. O pacote prevê ainda a construção de um estaleiro especializado e da base de operações da nova força. O valor total é superior a R$ 7 bilhões. O lote poderá ser todo produzido no País, embora esteja em discussão como forma de re-duzir os prazos de entrega, a fa-bricação da primeira unidade em Cherbourg, com a participação de engenheiros navais brasileiros. "A transferência de tecnologia está garantida de forma contratual", segundo o almirante Júlio Moura Neto, comandante da Marinha.

A escolha do Scorpène está vin-culada à meta do submarino es-tratégico. O navio adota conceitos da classe Rubis, nuclear, de 2.400 toneladas. O desenho do casco incorpora peculiaridades hidrodi-

nâmicas adequadas às exigências em regime de alta velocidade (20 nós, 37 km/hora) e manobras críti-cas.

A cooperação com a França vai resultar na construção de uma nova base – a pretensão é de que a frota seja composta por três uni-dades até 2035 – de submarinos nucleares. O centro naval será ins-talado no litoral sul do Rio, próximo do novo estaleiro. Ali, no bolsão de águas calmas e profundas, onde a topografia é favorável, os navios de 6.700 toneladas serão preparados para cumprir missões permanentes em alto mar. O parceiro local do es-taleiro DCNS é o grupo Odebrecht.

Uma joint venture reunirá a em-presa nacional, com 50%, o esta-leiro francês, que terá 49% e a Ma-rinha do Brasil, com 1% . (AE)

O uso político do Programa de Aceleração do Crescimento

(PAC) já começou em Minas Gerais, Estado onde nasceu a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. "O go-verno federal está fazendo o maior investimento da história do Brasil em Minas" é o mote das inserções em rádio e TV que o diretório esta-dual do Partido dos Trabalhadores veiculará neste mês.

Dilma, nome mais forte do Pla-nalto para a sucessão do presiden-te Luiz Inácio Lula da Silva, é umas das estrelas da campanha e lem-bra aos mineiros que o valor previs-to para Minas no PAC é de quase 10% do total reservado para o País. Considerando apenas os recursos que saem do Orçamento da União para o PAC, Minas Gerais já lidera o ranking dos Estados que tiveram maior volume de dotações autori-zadas: R$ 3,6 bilhões entre 2007 e 31 de março deste ano. Para São Paulo, o valor autorizado no mes-mo período soma R$ 2,9 bilhões.

A revisão do programa, anuncia-da em fevereiro, quando a ministra apresentou o balanço dos dois pri-meiros anos, foi generosa com os mineiros. O Estado foi beneficiado com um acréscimo de R$ 11,7 bi-lhões em investimentos previstos. O valor até 2010 subiu de R$ 29,3 bilhões para R$ 41 bilhões, um au-mento de 39,93%.

Os investimentos em logística fo-ram os que cresceram mais na pla-nilha da Casa Civil. O valor previsto para empreendimentos em Minas Gerais pulou de R$ 5 bilhões para R$ 14,69 bilhões. O valor inclui os investimentos diretos, com recur-sos do Tesouro Nacional, das esta-

tais, dos governos estaduais, das prefeituras e também da iniciativa privada.

Apenas para os baianos a revi-são do PAC foi mais vantajosa do que para os mineiros. Na Bahia, o valor previsto subiu de R$ 24,7 bilhões para R$ 37 bilhões. Os paulistas tiveram um acréscimo de apenas 0,4%, elevando o valor pre-visto de R$ 99 bilhões para R$ 99,4 bilhões.

O ministério não esclareceu os critérios adotados na revisão do programa. O valor total dos inves-timentos incluídos no PAC, de 2007 a 2010, subiu de R$ 514,2 bilhões para R$ 579 bilhões – acréscimo de 12,6%.

Recentemente, os cadernos es-taduais – que mostram a revisão por Estado, discriminando todas as obras – tornaram-se disponí-veis para acesso no site oficial do PAC. "É curiosa a diferença quando analisamos a revisão por Estados", comentou o economista Gil Caste-lo Branco, consultor do site Contas Abertas. A entidade, que atua na fiscalização das contas públicas, vem trabalhando na consolidação desses dados.

EstratégiaConsolidar a imagem de candi-

data mineira é uma das estratégias dos petistas que trabalham da arti-culação da campanha à Presidên-cia de Dilma. O que está em jogo é o segundo maior colégio eleitoral do país.

A ministra nasceu em Belo Hori-zonte, mas mudou-se ainda muito jovem e acabou construindo no Rio Grande do Sul sua carreira na po-lítica. (AE)

PT usa PAC para Dilma crescer em Minas

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14 a 20 de maio de 2009

Após o desmatamento, explica Nobre, se não houvesse nenhum impacto, a floresta poderia crescer e ocupar novamente a área des-matada. "Como o clima muda, a floresta não consegue mais voltar onde o clima ficou mais seco", diz.

No primeiro caso, o clima muda em 66% da floresta, a tal ponto que não é mais possível manter o ecos-sistema original.

"Aquelas áreas que foram per-dendo floresta foram ganhando savana", afirma. Só que a savana que surge onde antes era floresta é pobre em espécies.

Outro fator importante é que a es-cala de tempo normal para a migra-ção de ecossistemas é de séculos a milênios, ou seja, a adaptação ocor-re de forma mais lenta que as altera-ções induzidas pelo desmatamento e pela mudança do clima.

Assim, esses fatores conjuntos têm o potencial de impactar pro-fundamente a diversidade de es-pécies de plantas e animais numa das regiões mais biodiversas do planeta.

Em 1991, Nobre e seu colega

Marcos Oyama publicaram o pri-meiro artigo sobre a savanização na Amazônia, levando em conta só o desmatamento.

O principal risco para a flores-ta da combinação dos efeitos de desmatamento e aquecimento é a maior sensibilidade da Amazônia a incêndios --algo com o que a flo-resta tropical não está acostumada e principal indutor de savanização.

Inflamável "Quando você tem aquecimento

global, tem secas mais intensas, mais fogo. E se você tem desmata-mento, você aumenta a temperatu-ra, diminui a chuva, tem mais seca e mais fogo", afirma Nobre.

"Antes, se ocorria uma descarga elétrica e a floresta pegava fogo, o incêndio ficava circunscrito a al-gumas dezenas de metros, pois a vegetação é tão úmida que o fogo não se propaga. Mas, na medida

em que a exploração de madeira cria buracos, abrem-se estradas e a floresta vai ficando mais 'ralinha', ela se torna mais suscetível."

Segundo Nobre, esse estudo representa uma primeira análise. "É ainda muito simplificado, mas serve para abrir as portas e mostrar que precisamos de análises mais realistas."

Segundo ele, o novo supercom-putador do Inpe ajudará nesse trabalho. "Este novo supercompu-tador vai nos permitir fazer simu-lações matemáticas em que nós vamos colocar todos esses fatores juntos."

Para Nobre, "a cereja do bolo" é conseguir ligar seus modelos físi-cos a modelos de dinâmica do uso da terra. Esse é um dos objetivos do recém-criado Centro de Ciência do Sistema Terrestre, do Inpe. (Fo-lha de S. Paulo)

Brasil (geral)

Savana aumentará 170% na Amazônia até 2050, diz Inpe

Calor e seca aumentam risco de incêndio e levam a floresta a novo estado; em cenário otimista, só 66% da área cortada se regenera.

Se até 2100 a temperatura aumentar 5ºC e forem desmatados 60% da floresta amazônica na América do Sul, a savana crescerá 215,6% na região. Neste mesmo cenário, somente 44,2% da floresta destruída conseguirá se regenerar.

Já num cenário um pouco mais otimista, em que a temperatura sobe até 3ºC

e o desmatamento é de 40% até 2050, a savana se amplia em 170% e apenas 66,2% da área desflores-tada pode voltar a brotar.

Os cálculos, que acabam de ser finalizados, integram um estudo inédito do grupo liderado pelo cli-matologista Carlos Nobre, do Ins-tituto Nacional de Pesquisas Espa-ciais (Inpe).

Pela primeira vez, cientistas do Brasil avaliaram os efeitos conjun-tos do desmatamento e do aqueci-mento global para a Amazônia.

A pesquisa, feita usando mode-los computacionais, mostra que a combinação desses dois fatores nas próximas décadas pode levar à savanização da Amazônia e à perda "catastrófica" de espécies.

Este último cenário, o "otimis-ta", está longe de ser ficção: uma elevação de 3ºC na temperatura da Terra até 2100 é a previsão do IPCC, o painel do clima das Na-ções Unidas. E um modelo da Uni-versidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estima em mais de 40% o desmatamento nas próximas déca-das se o desgoverno sobre a Ama-zônia continuar.

Mendes lança fórum para agilizar solução de conflitos agrários

Objetivo da medida é criar varas federais e estaduais especializadas em cuidar de questões de terra

A integração dos organismos que cuidam das questões

agrárias no País com o Poder Judi-ciário e a especialização de cada um desses, além do aperfeiçoa-mento constitucional na matéria, serão soluções para os conflitos e para a grilagem, na opinião do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes.

Ele presidiu nesta segunda-feira, 11, a instalação do Fórum Nacional para Monitoramento e Resolução dos Conflitos Fundiários Rurais e Urbanos, em cerimônia realizada na Escola de Magistratura Federal da 1ª Região, em Brasília. O fórum

vai decidir pela criação de varas federais e estaduais para cuidar da questão da terra.

Gilmar Mendes disse que o Bra-sil "em pleno século 21 ainda vive problemas do século 16, passan-do da fase das sesmarias, até o Império, e os dias de hoje". Para ele, a maior rapidez da Justiça no trato dessas questões ainda é um problema. Depois de afirmar que a questão cartorial ainda tem muitos problemas, ele citou o caso da na Amazônia, onde já foram encon-trados livros de registro em cartó-rio com páginas em branco, o que dá margem à lavração de escritu-ras com data retroativa.

O presidente do STF esclareceu que o Judiciário não deseja subs-tituir os órgãos públicos na tarefa de solucionar os problemas da terra, mas participar no sentido de colaborar para resolver os proble-mas que têm seus reflexos na vida urbana e no meio ambiente.

Segundo ministro Gilmar Men-des, o trabalho do STF é exausti-vo, com a apreciação de 4.500 a 5.000 processos por ano, tratando de questões "relevantíssimas, que valeriam por toda uma década de trabalho", como no caso recen-te da decisão sobre as terras de Raposa Serra do Sol e da Lei de Imprensa. (Agência Brasil)

Ministro Gilmar Mendes

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14 a 20 de maio de 2009

mundo

Pacote para imigrantes brasileirospermite volta ao Japão após 3 anosApós críticas, governo japonês estipula prazo para quem aceitar proposta de US$ 3 mil

Rosto consequamet nulputpat. Uptat ut ad dolore con henis amcommy nim ilit dolorem vel doloborper sim et praestie eu facil incillan utpate vel incilisi te

Os imigrantes brasilei-ros e peruanos no Ja-pão que aceitarem um

pacote do governo de US$ 3 mil para voltarem para ao seu país de origem poderão regressar em três anos ao Japão.

A mudança no pacote oferecido pelo governo japonês foi anuncia-da nesta segunda-feira, 11. O pra-zo para poder retornar ao Japão, antes indefinido, foi estipulado agora em três anos.

O Japão resolveu definir este período depois de receber várias críticas, inclusive do governo bra-sileiro.

"Para corrigir o mal-entendido, decidimos determinar o prazo limi-te para retorno ao Japão em três anos para aqueles que usaram o auxílio", disse à imprensa o porta-voz do governo, Takeo Kawamura.

Os que pegarem o dinheiro do governo vão poder retornar ao Ja-pão com o visto de trabalho par-tir de 2012. Segundo o Ministério da Justiça, os critérios na hora de conceder este visto especial para descendentes de japoneses serão os mesmos.

"O governo reconheceu que a medida causou um impacto nega-tivo para o Japão", comemorou o sindicalista e ativista social Fran-

cisco Freitas. "Afinal, ele não pode simples-

mente dar o dinheiro e proibir o trabalhador de poder voltar ao país."

Desde que começou a vigorar a medida, em 1º de abril, 1.095 pes-soas já se inscreveram para solici-tar o dinheiro.

Além dos US$ 3 mil, cada de-pendente recebe um adicional de US$ 2 mil.

Para ter acesso a esse dinheiro, o candidato tem de estar desem-pregado, não pode ter patrimônio no Japão e precisa ter entrado no país antes do dia 31 de março

deste ano. Críticas Na semana passada, o ministro

do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, entregou ao embaixador ja-ponês no Brasil, Ken Shimanouchi, uma carta de protesto contra esta iniciativa do governo do Japão.

"Acontece uma crise e a primei-ra coisa que se faz é criar um me-canismo, dentro outras muitas me-didas corretas, que diz que para você voltar para seu país o Japão dá a passagem, mas você só vol-tará no dia que o Japão achar con-veniente", comentou à imprensa.

"Ou seja, nós só servimos para

construir? Para dar nossa mão-de-obra? Na hora que aperta o calo, nós somos os primeiros a ouvir: pode voltar para casa."

No entanto, apesar da mudança

no texto, a medida ainda é vista com cautela por alguns líderes da comunidade brasileira no Japão. O sociólogo e professor da Uni-versidade Musashi, Angelo Ishi, diz que é preciso ficar atento para o próximo passo das autoridades.

"Precisamos saber se o gover-no japonês vai realmente manter o visto especial para nikkeis, pois há vários projetos em discussão no Parlamento que propõem o fim dele", comentou o acadêmico.

Ishi participou recentemente de um debate sobre os brasileiros no Japão na televisão Asahi, no qual o parlamentar japonês Taro Kono, que já foi vice-ministro da Justiça, chegou a afirmar novamente que foi um erro do Japão ter criado este visto especial.

Em 2006, quando Kono exercia o cargo no ministério, ele chegou a afirmar que a vinda dos imigran-tes brasileiros ao Japão foi um "fracasso".

"Uma idéia comum em discus-são entre os políticos é exigir o conhecimento do idioma japonês para a liberação do visto", contou Ishi. "De todo jeito, não deixa de ser uma vitória esse recuo do go-verno japonês". (BBC/Brasil)

A Organização das Nações Unidas (ONU) classificou

nesta segunda-feira, 11, a morte de centenas de civis no norte do Sri Lanka, na mais recente ofensiva do Exército contra a guerrilha separa-tista tâmil, como o "banho de san-gue que a comunidade internacio-nal tanto temeu que acontecesse".

"A ONU tem consistentemente alertado para a possibilidade de um cenário de banho de sangue conforme assistimos o firme au-mento nas mortes de civis nos úl-timos meses", afirmou o porta-voz da organização, Gordon Weiss, nesta segunda. "A morte de ci-vis em larga escala deste fim de semana, incluindo mais de cem crianças, mostra que o banho de sangue virou uma realidade".

No domingo, ataques de artilha-ria deixaram ao menos 378 mortos e feriu mais de mil pessoas, de acordo com um médico nas áreas controladas pelos Tigres de Liber-tação da Pátria Tâmil (LTTE, na si-gla em inglês).

Um site ligado à guerrilha aponta o Exército do Sri Lanka como res-ponsável pelos ataques enquanto as forças cingalesas dizem que os separatistas tâmeis bombardeiam seu próprio território para, com a morte de civis, atrair a simpatia da comunidade internacional e forçar um cessar-fogo.

O ataque deste domingo foi o mais sangrento contra civis da et-nia tâmil desde que a guerra se

intensificou novamente, há mais de três anos. Fontes médicas na zona do conflito informaram que os hos-pitais estão superlotados e que o número de mortos deve aumentar.

A ONG Human Rights Watch acusou neste sábado os militares de repetidamente atingirem hospi-tais na zona de guerra e de realiza-rem ataques aéreos que mataram milhares de pessoas. A ONG tam-bém pediu que os comandantes envolvidos em tais ações sejam processados por crimes de guerra.

Dados da ONU indicam que no último mês cerca de 6.500 civis foram mortos como consequência da renovação dos esforços do go-verno na guerra.

Nos últimos meses, as forças do governo empurraram os rebeldes para uma pequena porção do ter-ritório. O governo ignorou pedidos de cessar-fogo devido a questões humanitárias com o argumento de que qualquer pausa dará aos re-beldes a oportunidade de se rea-gruparem.

Os Tigres de Libertação da Pá-tria Tâmil lutam pela criação de um Estado para a minoria tâmil desde 1972, mas as origens dos conflitos na ilha remontam a 1948, ano em que o país se tornou independente do Reino Unido.

Os tâmeis e os cingaleses falam línguas diferentes e ambos afir-mam que seus ancestrais são os habitantes originais da ilha. (Asso-ciated Press)

ONU classifica morte de civis no Sri Lanka como "banho de sangue"

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama,

indicou nesta terça-feira, 13, o professor Arturo Valenzuela como o novo subsecretário de Estado americano para Assuntos do He-misfério Ocidental, cargo do prin-cipal responsável pelas relações dos Estados Unidos com a Amé-rica Latina.

Professor da Universidade de Georgetown, em Washington, Valenzuela ainda precisará ter seu nome aprovado pelo Senado americano. Caso seja confirmado, ele irá substituir o atual subsecre-tário de Estado para o continente, Thomas Shannon, que ocupa o cargo desde outubro de 2005.

Entre os principais desafios do novo ocupante do cargo estão as relações dos Estados Unidos com o regime cubano e a possí-vel suavização do embargo eco-

nômico à ilha. Além disso, ele terá que lidar com alguns líderes que, nos últimos anos, mostraram-se bastante críticos em relação à política norte-americana para a região, como o presidente vene-zuelano Hugo Chávez. Também nesta terça-feira, Obama indicou a especialista em microfinanças de origem boliviana María Otero para o cargo de subsecretária de Assuntos Globais do Departa-mento de Estado.

Durante o segundo mandato do ex-presidente Bill Clinton, Arturo Valenzuela atuou como assessor especial da Casa Branca para Se-gurança Nacional e diretor sênior para Assuntos Interamericanos do Conselho de Segurança Na-cional.

No primeiro mandato de Clin-ton, ele foi subsecretário assis-tente do Departamento de Estado para Assuntos Interamericanos, ocupando-se principalmente das relações dos Estados Unidos com o México. No comunicado divulgado pela Casa Branca so-bre sua indicação, Valenzuela é classificado como "um especia-lista nas origens e na consolida-ção da democracia; em política latino-americana e nas relações dos Estados Unidos com a Amé-

rica Latina". Valenzuela também fez parte do

conselho de diretores do National Council of La Raza, uma organi-zação que luta pelos direitos dos hispânicos nos Estados Unidos. Especialista em Chile, México e nos países do Cone Sul, em 2000, Valenzuela foi condecorado pelo governo brasileiro com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul.

"Animador" Em entrevista por e-mail à BBC

Brasil, o também professor da Universidade de Georgetown e vice-presidente do instituto de pesquisas Inter-American Dialo-gue, Michael Shifter, classificou a indicação de Valenzuela como "animadora". "É animador que o governo Obama tenha selecio-nado alguém com extenso co-nhecimento e contatos para ficar a cargo do Hemisfério Ocidental no Departamento de Estado. Va-lenzuela estará bem posicionado para cumprir a agenda do gover-no para a região", disse Shifter.

Para o analista, a experiên-cia de Valenzuela nas relações com o México durante o gover-no Clinton o ajudará a lidar com a questão mexicana, que classi-fica como "crítica" para os EUA. Já em relação a Cuba, Shifter

Deste total, US$ 376 mi-lhões estão voltados para as micro, pequenas

e médias empresas; US$ 150 mi-lhões a empresas do setor turísti-co, de restaurantes e lazer; 225 milhões ao setor de aviação civil e 75 milhões aos setor de produtos suínos.

Conforme havia anunciado na semana passada, o ministro da Fazenda, Agustín Carstens, disse que a ênfase no financiamento visa garantir que as empresas tenham liquidez necessária para recuperar o que perderam com a crise.

"Mas é necessário que estas medi-das se completem com campanhas de sensibilização para que a popula-ção regresse o mais rápido possível à normalização de suas atividades produtivas", disse Carstens.

Além dos financiamentos, outra forma de dar fôlego aos setores

mais afetados é, segundo o ministro, "pensar em esquemas que permitam às empresas adiar ou reprogramar o pagamento de seus créditos".

Risco continuaTambém nesta segunda-feira, o

ministro da Saúde do México, José Córdova, afirmou que, embora o número de novos casos de gripe suína no país esteja diminuindo, ainda não é possível dizer que o risco de contágio tenha passado.

Córdova informou que dos 7.000 testes realizados até o momento, 2.059 deram positivo para o novo vírus e, destes casos, foram regis-tradas 56 mortes.

O governo mexicano não divulga a identidade dos falecidos, mas vem buscando características co-muns entre eles. Em muitos casos, as vítimas tinham outras doenças associadas, mas os pesquisado-res ainda não têm condições de afirmar que este fato tenha causa-do as mortes. Do que se sabe até o momento, 82% tinha entre 20 e 54 anos e 59% era do sexo feminino.

Embora o governo repita cons-tantemente que a epidemia está diminuindo, nos últimos dias con-firmaram-se casos da doença em Estados onde até então não havia nenhum registro que comprovasse a presença do vírus da influenza A (H1N1). Das 32 unidades federa-

tivas, apenas três (Baja Califórnia Sur, Coahuila e Campeche) ainda não têm casos confirmados.

Ajuda psicológicaDurante o fim de semana, o pri-

meiro desde que os estabelecimen-tos comerciais voltaram a funcionar na Cidade do México, muitos mora-dores mostraram despreocupação em relação à doença.

Em função do Dia das Mães, lo-jas e shoppings estiveram lotados e alguns restaurantes decidiram ignorar as medidas preventivas, como a que exige adotar mais espaço entre os clientes. Bares e discotecas também registraram o retorno de seus frequentadores na noite de sábado.

No entanto, muitos mexicanos continuam com medo. Segundo dados do Ministério da Saúde, cer-ca de 15% das ligações que rece-be o Centro de Informação sobre a Influenza, módulo de atendimento telefônico criado para tirar dúvidas

sobre a doença, são de pessoas em pânico. Até o dia 5 de maio, o serviço contabilizava mais de 3,3 milhões de chamadas.

No BrasilNeste domingo, o Ministério da

Saúde do Brasil informou em nota oficial que cresceu de seis para oito o número de casos confirma-dos no país.

"Sendo seis com vínculo de via-gens internacionais e dois autóc-tones (cuja transmissão se deu dentro do território nacional)", diz a nota.

Segundo o Ministério, um dos no-vos casos é de um paciente do Rio de Janeiro que teve contato com uma pessoa que havia contraído a doença no México. Outra pessoa já havia sido infectada naquele Esta-do da mesma maneira.

O outro caso confirmado neste domingo é de um paciente do Rio Grande do Sul que viajou à Europa e havia passado por seis países antes de retornar ao Brasil.

Até agora, foram confirmados três casos no Rio de Janeiro, dois em São Paulo, um no Rio Grande do Sul, um em Minas Gerais e um em Santa Catarina. O Brasil tem ainda outros 22 casos suspeitos e 22 em monitoramento, de acordo com o ministério.

Nesta segunda-feira, em seu

México destina quase US$ 1 bilhãopara empresas prejudicadas pela gripeO governo mexicano informou nesta segunda-feira, 11, que destinará, a partir de 15 de maio, US$ 827,6 milhões para financiamentos a empresas afetadas pela gripe suína

As aulas foram retomadas na Cidade do México nesta segunda-feira, 11.

programa semanal de rádio, o pre-sidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a gripe suína é "grave", mas que o governo está cuidando para "evitar que se alastre em ou-tras pessoas".

Outros paísesSegundo informe da Organiza-

ção Mundial da Saúde, já são 30 os países com casos confirmados de gripe suína. Os Estados Unidos aparecem com o maior número de casos (2.532, incluindo 3 mortes), mas, segundo autoridades médi-cas, isso não significa necessaria-mente que seja o país mais afeta-do, uma vez que tem uma maior capacidade clínica que o México.

Outros casos fatais foram re-gistrados no Canadá (284 casos, 1 morte) e Costa Rica (8 casos, 1 morte). Ainda no continente ameri-cano, além do Brasil, outros cinco países informaram ter pacientes com o vírus: Panamá (15), El Salva-dor (4), Argentina (1), Colômbia (3) e Guatemala (1).

A África ainda não reportou ne-nhum caso e, nos demais conti-nentes, já há registros de pesso-as infectadas na Alemanha (11), Austrália (1), Áustria (1), China (2), Coréia (3), Dinamarca (1), Espanha (95), França (13), Holanda (3), Ir-landa (1), Israel (7), Itália (9), Japão (4), Nova Zelândia (7), Noruega (2), Polônia (1), Portugal (1), Reino Unido (47), Suécia (2) e Suíça (1). (BBC/Brasil)

Obama indica novo subsecretário de Estado para América LatinaNome de Arturo Valenzuela para mais alto cargo diplomático para região precisa ser confirmado pelo Senado

afirma esperar de Valenzuela "um movimento cauteloso na direção de um estreitamento de relações e abertura". Segundo Shifter, em relação ao presidente venezuela-

no, Hugo Chávez, "é provável que Valenzuela mantenha a postura e tom moderados usados pelo atu-al subsecretário, Tom Shannon". (BBC/Brasil)

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O ressurgimento do grupo que espalhou o terror pelo

Peru nos anos 80 e 90 ameaça desatar um novo conflito em algu-mas regiões do país. Fortalecidos pela associação com o narcotrá-fico, remanescentes da guerrilha

Sendero Luminoso voltaram a agir principalmente no Vale dos Rios Apurimac e Ene – conhe-cido como VRAE . Seu objetivo não é mais substituir as "institui-ções burguesas" por um regime comunista camponês, como no passado. Nos últimos meses, po-rém, seus líderes estão tentando revalorizar o componente ideoló-gico do grupo para dar ares de "guerra popular" ao que hoje não passa de uma luta pelas rotas da droga.

O nome da operação que o governo peruano pôs em prática para combater o novo Sendero no VRAE é "Excelência 777". Trata-se da maior operação militar da úl-tima década no Peru. Ela come-çou em agosto, mas nos últimos meses ficou clara a necessidade de mais investimentos. Desde janeiro, 32 militares já morreram em 11 emboscadas na região. Na sexta-feira, no mais recente ataque, dois militares foram mor-tos por senderistas nas selvas do

Peru. O chefe do Exército, Otto Guibovich, admitiu que o número de integrantes do Sendero pode chegar a 600 – o dobro do que as autoridades reconheciam até então.

"O Sendero Luminoso conse-guiu mudar sua relação com a população e está avançando tan-to que lembra as Forças Arma-das Revolucionárias da Colômbia (Farc)", disse Guibovich em abril. "Não descarto que haja uma rela-ção com esse grupo, as técnicas

empregadas são muito pareci-das."

De inspiração maoista, na estei-ra da proliferações de guerrilhas na região durante a Guerra Fria, o Sendero ganhou fama como a mais feroz e sanguinária organi-zação revolucionária da América Latina (mais informações nesta página). Chegou a ter 10 mil in-tegrantes e foi responsável por mais de 35 mil mortes entre 1980 e 1999 – uma média de 5 assassi-natos por dia.

Hugo Chávez ameaça veículosde comunicação privadosO presidente da Venezue-

la, Hugo Chávez, ame-açou os meios de co-

municação do país neste domingo, prometendo tomar medidas seve-ras contra emissoras de televisão, estações de rádio e jornais que tentarem causar problemas. Chá-vez acusou os veículos privados de incitar o ódio entre os venezuelanos e conspirar contra o governo ao apoiar rebeliões militares e tentati-vas de assassinado. O presidente não citou especificamente nenhum meio, mas disse que "podem espe-rar uma surpresinha" se continua-rem com tais ações.

"Estão brincando com fogo, ma-nipulando, incitando o ódio e muito mais. Todos, emissoras, estações de rádio, imprensa escrita", afirmou Chávez durante seu programa se-manal "Alô Presidente!". O presi-dente fez suas acusações dois dias depois do órgão regulador estatal de telecomunicações, Conatel, começar a investigar a Globovisi-ón - único canal de TV aberta que continua criticando ferozmente o governo - por "incitar o pânico e a ansiedade entre a população".

As investigações, que poderiam resultar numa multa pesada ou no fechamento temporário, abran-

gem a cobertura do canal sobre o terremoto que atingiu a capital venezuelana, Caracas, no dia 4 de maio. Sem conseguir conta-tar imediatamente as autoridades da agência sísmica da Venezuela após o tremor, a Globovisión deu informações do Serviço Geológico dos EUA, afirmando que o abalo sísmico seria de magnitude 5,4. En-quanto isso, o diretor da emissora, Alberto Federico Ravell, criticou o

que qualificou de uma reação lenta de funcionários do governo.

Chávez lembrou ainda que tem o poder para renovar as permissões para a transmissão. "Essas ondas eletromagnéticas pelas quais trans-mitem as emissoras privadas, rádios privadas, o canal do Estado, são de propriedade pública, são proprieda-de social, não pensem que são do-nos do espaço eletromagnético".

Ravell rechaçou no domingo ter

Anúncio foi feito por Chávez durante programa dominical ‘Alô Presidente’

feito algo incorreto e assinalou que a investigação busca intimidar a imprensa. Ele ainda qualificou a medida como ridícula, e afirmou que está muito preocupado de que os dias de transmissão da Globovi-sión estejam contados.

Há dois anos, em maio de 2007, o governo venezuelano não reno-vou a concessão da rede de tele-visão RCTV, crítica do Executivo de Chávez. A decisão provocou fortes críticas dentro e fora do país. Des-de então, o canal transmite a partir de Miami em sinal fechado.

Desapropriação de 10 mil hectares

Segundo a BBC, Chávez assi-nou neste domingo uma série de ordens de expropriação que de-verão dar ao governo o controle de um total de 10 mil hectares de terras pertencentes a proprietários privados. Segundo Chávez, essas terras eram ociosas ou haviam sido adquiridas de forma ilegal e agora serão destinadas à agricul-tura e "convertidas em projetos de unidades primárias de produção", conforme informações da Agência Bolivariana de Notícias.

A assinatura dos documentos foi feita durante o programa de rádio e televisão dominical de Chávez, o Alô Presidente, que neste domin-go foi transmitido diretamente do Estado de Barinas, terra natal do

líder venezuelano. Chávez disse que aqueles que têm terra devem produzir nelas. "Se não a ocupam bem, se não produzem bem, per-dem o direito de ocupá-la, e para isso chega então a lei", afirmou.

O presidente criticou aqueles que têm terras e só as usam para passar os finais de semana. "A terra é por natureza propriedade de todos. Se alguém está ocupando uma terra, por distintas razões, mas não vive nela, vive na cidade e paga uma miséria a alguém para que cuide (da terra), isso tem que acabar", disse Chávez, segundo a Agência Bolivariana de Notícias. Segundo a agência estatal, o presidente deter-minou que os funcionários respon-sáveis pelas expropriações tenham acompanhamento militar.

O presidente venezuelano tem planos de controlar todos os setores considerados estratégicos para o país. Na sexta-feira, o governo vene-zuelano estatizou 60 empresas que prestam serviços à indústria petrolei-ra. Desde março, diversas fazendas já foram desapropriadas. O gover-no enfrenta uma crise com o setor agroindustrial privado e aposta na expansão das terras cultivadas pelo Estado para aumentar a produção de alimentos no país. Atualmente, cerca de 70% dos alimentos consu-midos na Venezuela são importados. (Agências internacionais)

Força do tráfico faz o Sendero Luminoso renascerAssociada a máfias, a mais cruel guerrilha da região dá sinais de vida

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O "E-Parliament" é consi-derado o primeiro índi-ce mundial do respeito

aos princípios democráticos nas eleições, tendo, na edição deste ano, avaliado 174 países e territó-rios, informou o jornal Público. A avaliação dividida em três partes: a primeira examina os critérios de liberdade de candidaturas, a segunda investiga as condições dos recenseamentos eleitorais, a equidade da votação e os pro-

cessos de contagem de votos e a terceira estuda a liberdade de expressão nas campanhas elei-torais.

Nos três critérios, Portugal, Bra-sil e Cabo Verde conquistaram quatro pontos, obtendo a nota máxima conseguida também por, entre outros países, Estados Uni-dos, Canadá, África do Sul e gran-de parte dos países europeus. Segundo a tabela, divulgada no site da organização, Timor-Leste e Guiné-Bissau surgem no grupo de 25 países que obtiveram nove pontos, Moçambique no lote dos 14 Estados que conseguiram sete pontos e Angola no agrupamento que reúne oito nações, entre elas a Rússia, com cinco pontos. A orga-nização não tem qualquer referên-cia a São Tomé e Príncipe. A Gui-né-Bissau obteve três pontos em

cada um dos critérios, enquanto Timor-Leste teve dois no primeiro, quatro (nota máxima) no segundo e três no terceiro. Na avaliação da organização, que não inclui o anti-go território português de Macau, integrado na China, Moçambique ficou com sete pontos e Angola é o país de expressão portuguesa com pior classificação.

Com dois pontos ficaram três Estados - Emirados Árabes Uni-dos, Uzbequistão eVietname - e com três outros cinco países - Guiné Equatorial, Laos, Suazi-lândia, Síria e Tunísia. O "E-Parlie-ment" deu nota zero a nove países - Arábia Saudita, Brunei, Eritreia, Líbia, Myanmar (Birmânia), Qatar, Somália, Sudão e Turquemenistão - e um ponto a outros três - China, Coreia do Norte e Cuba, noticiou o Público.

Por:

Daniela Romã[email protected]

Portugal entre os países mais democráticos do mundo Portugal, Brasil, Cabo Verde e mais 49 outros países receberam a nota máxima da organização "E-Parliament", que fiscaliza a democracia parlamentar em todo o mundo

Teatro fica mais pobre com desaparecimento de Augusto Boal Fundador do Teatro do Oprimido o dramaturgo brasileiro de ascendência portuguesa Augusto Boal, aos 78 anos, morreu no Rio de Janeiro, vítima de doença prolongada. Com uma vida repleta, incluindo a nomeação em 2008 para o Prémio Nobel da Paz, Augusto Boal embaixador da UNESCO para o teatro "deixa uma marca que jamais será esquecida"

Para os brasileiros, portugue-ses e amantes do teatro e

da promoção da igualdade entre os homens, Boal "deixa uma marca que jamais será esquecida", afir-mou o presidente brasileiro, Lula da Silva, para quem o dramaturgo era "o exemplo de um companheiro que dedicou a sua vida à transfor-mação social por meio da arte".

Numa das últimas entrevistas que deu, Boal defendia que, "hoje, todas as formas de expressão e comunicação estão nas mãos dos opressores". Na sua opinião, "o que a televisão oferece é um crime es-tético". Afirmava, "E ainda acham estranho que alguém saia matando quinze pessoas de uma só vez. O cérebro das pessoas está impreg-nado dessas imagens. As rádios também repetem o mesmo som o tempo todo. Sem falar no tecno, que desregula até marca-passo, e é pior que ouvir gente quebrando tijolo em construção. O que a gen-

te quer, no Teatro do Oprimido, é lutar nestes três campos: palavra, imagem e som." Augusto Boal nas-ceu no Rio de Janeiro em Março de 1931, filho de pai português. For-mou-se em Química pela Univer-sidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na década de 1950, en-quanto realizava estudos de douto-ramento em Engenharia Química, na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, estudou também dra-maturgia na School of Dramatics Arts com John Gassner, professor de Tennessee Williams e de Arthur Miller, informou o jornal Público. Preso durante a ditadura militar de 1964 e 1985, esteve exilado em vários países e também em Portu-gal. Nos anos 70, trabalhou duran-te dois anos com A Barraca, onde assinou a peça Barraca Conta Tira-dentes (1977) e escreveu com Chi-co Buarque Mulheres de Atenas, uma adaptação de Lisístrata, de Aristófanes. (Daniela Romão)

Festival ImigrArte reune centenas de artistas imigrantesMais de 250 artistas imigrantes participaram, no passado fim de semana em Lisboa, no Festival ImigrArte, que promoveu momentos de reflexão, interação, festa e criação

"Queremos promover a in-teracção entre a popu-

lação imigrante e a portuguesa, valorizando a arte e a cultura que os povos imigrantes transportam, sempre na perspectiva do resga-te dos direitos da cidadania", ex-plicou ao jornal Público Timóteo Macedo, da Associação Solida-riedade Imigrante, que organiza o festival. Para o responsável, "promover o contacto entre todos, ajuda a combater preconceitos", um dos objectivos desta iniciativa que teve agora a sua terceira edi-ção. O Imigrarte arrancou com a exibição do filme "Bab Sebta", se-guido de um debate, na Casa do Brasil, em Lisboa. "'Bab Sebta' é um documentário que reúne tes-temunhos contados na primeira pessoa dos milhares de africanos que rumam a Norte todos os anos, caminhando quilómetros, atraves-sando desertos, até finalmente chegarem à fronteira com Ceuta, a "Península Fortaleza" e porta para a Europa", informou Timó-teo Macedo ao jornal português. Uma festa Árabe, uma Balcânica e outra Ucraniana - com comida, música e filmes -, apresentações de grupos de dança, uma expo-

sição de pintura, fotografia e es-cultura, workshops de dança e actividades para crianças fazem parte da programação do festival.

As actividades desdobraram-se pelo Jardim das Amoreiras, Mar-tim Moniz, Espaço da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Asso-ciação Caboverdeana e a Horta Popular da Mouraria. Pela primei-ra vez, o festival estendeu-se por dois espaços fora da capital, em Almada e Cascais. A festa de en-cerramento contou com teatro e música. (Daniela Romão)

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Gordon Brown pede desculpaspor despesas abusivas dos deputados Gastos de deputados conservadores começaram a ser revelados

O primeiro-ministro britâ-nico pediu desculpas nesta segunda-feira,

11, em nome de todos os par-tidos, pelo comportamento de dezenas de deputados que uti-lizaram as ajudas de custas do Parlamento para pagar despesas não previstas ou obter ganhos pessoais. Gordon Brown seguiu o exemplo de David Cameron, que no domingo disse compreender a revolta da opinião pública.

“Quero pedir desculpas em nome de todos os políticos, de todos os partidos, por aquilo que aconteceu e pelos acontecimen-tos dos últimos dias”, declarou Gordon Brown, no início de um discurso no congresso anual do

Real Colégio de Enfermagem. E dirigindo-se à audiência, acres-centou: “Tal como vocês têm os mais elevados padrões na vossa profissão, também nós [políticos] temos de mostrar padrões mais elevados para a nossa profis-são”.

As declarações do primeiro-mi-nistro surgem quatro dias depois de o “The Daily Telegraph” ter começado a publicar uma investi-gação aos gastos dos deputados com as segundas residências, as que ocupam no desempenho do seu cargo e pelas quais podem pedir comparticipação do Parla-mento, até a um máximo de 24 mil euros por ano.

Nos primeiros três dias, as atenções estiveram centradas nos trabalhistas e no próprio primeiro-ministro – suspeito de ter pago despesas de limpeza efetuadas no apartamento do irmão –, mas esta segunda-feira, vários depu-

tados conservadores, incluindo membros do “governo sombra”, viram as suas despesas pesso-ais publicadas. O porta-voz dos Tories para a Educação, Michael Glove, gastou em 2006 mais de 7 mil libras para mobiliar um apar-tamento em Londres, mas meses depois decidiu designar como sua segunda residência a casa que detinha no círculo pela qual foi eleito. Andrew Lansley, “mi-nistro sombra da Saúde”, pediu comparticipação pela renovação da sua casa, orçada em vários milhares de libras, que viria a ven-der pouco depois.

Antecipando a publicação des-tas notícias, Cameron disse que esta segunda-feira “seria um mau dia para o Parlamento e um mau dia para os conservadores”. E adiantando que espera que todos os envolvidos venham a justificar as despesas que fizeram, Ca-meron sublinhou que a opinião

pública tem razões para “estar realmente furiosa” com os seus eleitos. “Temos que começar por dizer ‘Olhem, o sistema que te-mos, que usamos, manipulamos e estivemos envolvidos é errado e pedimos desculpas por isso”.

Face à dimensão do escândalo, estão a ser planeadas alterações ao sistema, incluindo a utilização

de auditores externos para avaliar as despesas dos deputados, mas um porta-voz de Gordon Brown declarou ontem que não estão previstas quaisquer ações disci-plinares contra os ministros en-volvidos. “Penso que o primeiro-ministro ouviu as explicações dos diferentes ministros e está satis-feito com elas”, explicou.

Primeiro-ministro Gordon Brown.

Confiança do Reino Unido no nível mais alto dos últimos cinco meses Este é a conclusão do ba-

rômetro divulgado pelo Lloyds TSB e o resultado do mês mostra que o índice de empresas que esperam melhores condições de negócios nos próximos 12 me-ses subiu para +14 pontos no mês, contra - 4 pontos em Mar-ço.

O nível de abril é também o pri-

meiro resultado positivo desde novembro, refere o ‘The Wall Stre-et Journal’.

O indicador mostra, no entanto, que o nível de confiança continua baixo e que uma boa parte das empresas não espera mudança no ritmo de atividade até ao pró-ximo ano. A percentagem de em-presas que espera aumento nos

negócios nos próximos 12 meses subiu de 22 por cento em março para 35 por cento em abril. Os que esperam uma queda dimi-nuiu de 26 por cento para 22 por cento. Por outro lado, a percenta-gem de firmas que não esperam mudanças sofreu uma queda re-lativamente pequena, de 46 por cento para 42 por cento.

O índice de confiança empresarial no Reino Unido atingiu em abril o seu nível mais alto em cinco meses, mas a gravidade da recessão britânica indica que as empresas vão continuar enfrentando um ambiente de negócios negativo por mais algum tempo

Desemprego no Reino Unido bate maior nível desde 1996Número de desempregados na região chega a 2,2 milhões de pessoas no primeiro trimestre deste ano

O desemprego no Reino Uni-do, com base na medida da

Organização Internacional do Traba-lho (OIT), subiu para 2,2 milhões de pessoas no primeiro trimestre deste ano e atingiu o maior nível desde o último trimestre de 1996, informou nesta terça-feira, 12, o Escritório Nacional de Estatísticas. A taxa de desemprego correspondente alcan-çou 7,1% no Reino Unido.

Já os pedidos de auxílio-desem-prego no país subiram menos que o esperado em abril, em 57,1 mil, mas ainda atingiram o maior nível desde agosto de 1997, em 1,51 milhão de pedidos. Em março, os pedidos ha-viam aumentado em 65,5 mil.

Balança comercialJá o déficit comercial do Reino

Unido despencou ao menor nível em quase dois anos no mês de março, com as importações ceden-do mais profundamente do que as

exportações, diante do enfraqueci-mento da libra esterlina ante as prin-cipais moedas estrangeiras.

Segundo o Escritório Nacional de Estatísticas, o déficit comercial da Grã-Bretanha caiu para 6,6 bilhões de libras (US$ 10,11 bilhões) em março em relação ao déficit revisa-do de 6,8 bilhões de libras de feve-reiro. O déficit de março é o menor desde abril de 2007. Em março, as exportações caíra 0,5% para 18,7 bilhões de libras e as importações cederam 1,4% para 25,3 bilhões de libras. A libra esterlina caiu 28% em relação ao dólar no acumulado de 2009 até março, enquanto o euro subiu 18% contra a libra esterlina no mesmo período.

Nos três primeiros meses deste ano, o déficit comercial caiu para 21,1 bilhões de libras, de 23,2 bi-lhões de libras em igual período do ano passado.

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14 a 20 de maio de 2009

Inner Space oferece curso gratuito de meditação em Português Paula Medeiros

[email protected]:

Neste sábado, 16, inicia o "Curso Introdutório de Meditação" ofe-recido gratuitamente pelo Inner

Space, em Português, a partir das 17 horas, em sua sede em Covent Garden (36 Shorts Gardens – WC2H 9AB).

A duração do curso é de 8 a 12 aulas, sempre no mesmo horário e aos sábados, dependendo do desenvolvimento do grupo.

Apesar de não ser pago, o Inner Space so-licita inscrição antecipada, pelo email [email protected] (em Português), sendo necessário apenas nome completo, email e telefone.

“Cada vez mais cresce o número de pes-soas que estão incorporando alguma ativida-de de meditação em suas vidas. Meditação é o processo de redescoberta, de criação e de utilização das qualidades positivas que já estão presentes em cada um para a melhora da qualidade de vida”, explica das professo-ras do centro, Daniela Barone Soares.Alguns dos benefícios são:

Espiritual:- Aumenta o bem-estar- Aumenta o entendimento do 'eu'- Dá poder para alcançar o potencial individual- Aumenta a habilidade de enfrentar desafiosMental:- Libera a mente de ansiedade e medo- Restaura a tranqüilidade e a felicidade- Re-estabelece o controle sobre os pensamentos- Facilita a expressão de sentimentos positivos- Aumenta a concentraçãoFísico:- Alivia a tensão- Melhora a qualidade do sono- Aumenta a vitalidade e energia- Reduz a incidência de doenças psicossomáticas

Veja o vídeo-link: www.londresbrasil.com/arquivo/outros-programas/conheca-um-lugar-para-relaxar-e-meditar-de-graca-no-centro-de-londres/Data de Início: Sábado, 7 de fevereiroHorário: 17:00 - 18:00 (pontualmente)Mais informações: www.innerspace.org.ukLocal: Inner Space, 36 Shorts Gardens, Covent Garden - WC2H 9AB

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14 a 20 de maio de 2009

Crise muda mapa da produção de carrosXangai vai desbancar Detroit e será a capital do automóvel neste ano

A mudança de sócios da Chrysler e a disputa por pedaços da General

Motors, dois ícones da indústria automobilística americana, tem um peso mais do que simbóli-co. São sinais de uma grande mudança no jogo de forças da indústria automobilística global. Países de periferia passarão ao centro do mapa das montadoras. Marcas poderosas, que domina-ram o mercado por um século, estão cedendo espaço para no-vos competidores, alguns deles pouco conhecidos fora de seus países de origem.

Os Estados Unidos, líder mun-dial da produção de carros por dé-cadas, já perderam o posto para o Japão, que ficará por pouco tempo no topo. Este ano, pela pri-meira vez, a China deve ocupar o posto. No lugar de Detroit, Xangai será a nova capital do automóvel. É na maior cidade chinesa que es-tão as fabricantes que ajudaram o país a aumentar em 1,6% a pro-dução no primeiro trimestre (2,56 milhões de veículos), enquanto nos EUA as vendas despencaram

53,3% (1,17 milhão de unidades) e na Alemanha, 34,8% (1,06 mi-lhão). No Japão, a queda foi de 49% só no primeiro bimestre (1,05 milhão de unidades), segundo dados tabulados pela Associação Nacional dos Fabr icantes de Veículos Automotores (Anfavea).

O jogo en-tre as fabri-cantes é fe-roz. Grupos amer icanos como a gi-gante GM vão encolher, enquanto al-gumas euro-peias como Vo lkswagen e Fiat vão se s o b r e s s a i r, assim como marcas chi-nesas até pouco tempo desconheci-das pelo consumidor ocidental. Há um importante movimento na China entre as mais de dez fa-bricantes locais de se unirem em um ou dois grupos para criar uma marca internacional.

Levantamento feito pela consul-

toria Jato do Brasil Informações Automotivas, a pedido do Esta-do, mostra que a GM aparece em sexto lugar no ranking mundial de vendas no primeiro trimestre . A Toyota está em primeiro, mas

como enfrenta dificuldades no Japão e nos EUA, seus maiores mercados, pode ser desbancada pela Volkswagen, que acaba de unir-se à Porsche e juntas admi-nistrarão dez marcas. O grupo é um dos poucos que está crescen-

do e já aparece como segunda maior no primeiro trimestre.

A Fiat está na oitava posição, mas desponta como uma das fa-voritas ao pódio após a aquisição de ações da Chrysler e, possi-

velmente, da Opel, braço da GM na Europa. Com apoio do Bra-sil, seu princi-pal mercado fora da Itália, a Fiat pode atingir pro-dução anual de cerca de 5 milhões de veículos.

A Fiat não confirma que estuda ficar com opera-ções da GM na América Latina e Áfri-ca do Sul. Só no Brasil, se a união

der certo, GM e Fiat teriam 44% do mercado. Há quem duvide da capacidade financeira da Fiat em abraçar esses mercados. "A in-dústria passará por um grande re-desenho e será muito diferente do que é hoje", confirma o presidente

da Anfavea, Jackson Schneider. Ele ressalta que haverá dife-

rentes composições societárias, por meio de aquisições, fusões e parcerias e podem surgir outros modelos produtivos. A intenção da fabricante de autopeças Mag-na em disputar a Opel com a Fiat e outros grupos interessados na empresa alemã pode criar um novo formato de produção de ve-ículos.

Num mercado mundial que está encolhendo – já foi de 70 mi-lhões de veículos ao ano e agora não deve passar de 55 milhões –, as empresas precisam se con-solidar para participar do jogo global."Vão ganhar aquelas que aproveitarem a crise para reduzir custos, se tornarem enxutas, de-senvolverem melhor qualidade e investirem em tecnologia", afirma Jaime Ardila, presidente da GM do Brasil e Mercosul.

Para ele, se a GM escapar do problema atual, terá estrutura for-te no futuro. "Provavelmente não será mais a número 1, mas será uma jogadora global". Ele con-ta com a estrutura que o grupo manteria na China – onde é líder de mercado na joint venture com a SAIC –, América Latina, África e Oriente Médio. "Ainda teremos capacidade para produzir de 6 a 7 milhões de veículos." (AE)

Crise muda mapa da produção de carros no mundo.

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14 a 20 de maio de 2009

Nesta semana a adminis-tração Obama comprou uma grande briga com o

setor agrícola dos Estados Unidos ao anunciar um plano de US$ 1,8 bilhão para o desenvolvimento de uma nova geração de biocombus-tíveis mais amigáveis ao meio am-biente e que não sejam baseados em alimentos, como o milho.

Entre as medidas anunciadas está a criação de uma entidade para coordenar as regulamen-tações, pesquisas e desenvol-vimento. O Biofuels Interagency Working Group será formado por membros da Agência de Proteção Ambiental (EPA), do Departamen-to de Energia (DOE) e do Depar-tamento de Agricultura.

Segundo a diretora do EPA, Lisa Jackson, a busca é por um novo padrão de biocombustíveis, que sejam ao menos 50% mais limpos que a gasolina. “O etanol de milho reduz apenas 16% das emissões de gases do efeito es-tufa, vamos considerá-lo apenas como uma ponte para a nova ge-ração de combustíveis”.

Ainda para a diretora, toda a ca-deia de produção do bicombustí-vel será levada em conta. “Os da-nos ambientais da transformação das plantações em energia serão considerados, isso é primordial para o direcionamento dos nos-sos recursos”.

O impacto da proposta da nova

entidade na indústria do etanol norte-americana foi amenizado pela decisão de Obama de co-locar o Secretário da Agricultura, Tom Vilsack, que representa o estado de Iowa, um dos mais li-gados ao milho, como o encarre-gado pela força-tarefa responsá-vel para o desenvolvimento dos novos biocombustíveis.

Também serão destinados re-cursos para ajudar os fazendeiros a deixar de usar milho e passar a utilizar biomassa. “O programa prevê mais de US$ 1 bilhão para o auxílio das propriedades e indús-trias ligadas ao etanol do milho. Haverá uma grande oportunidade para todos”, afirmou Vilsack.

BrasilQuem também pode lucrar com

essa grande oportunidade são os produtores do etanol de cana brasileiros, pioneiros e detentores da melhor tecnologia mundial na área.

Tanto que o novo presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rosseto, revelou nesta semana o projeto de construção de uma nova fábrica de biodiesel com in-vestimento previsto de cerca de R$ 100 milhões e capacidade de produção de até 150 milhões de litros do combustível por ano.

“Nos próximos dois a três me-ses, nós teremos a definição sobre a fábrica porque o nosso

objetivo é assegurar a execução destes investimentos ainda no ano de 2009. A quarta fábrica é uma unidade condicionada para processar até 120 mil toneladas ano de matéria-prima, o que de-verá gerar uma produção de cer-ca de 140 a 150 milhões de litros de biodiesel por ano”, informou Rosetto à Agência Brasil.

A meta seria chegar em 2013

produzindo cerca de 700 milhões de litros de bicombustível por ano. “São quase R$ 5 bilhões em in-vestimentos diretos na produção de biodiesel e etanol até 2013. Portanto, nós temos o desafio de liderar uma empresa que tem este volume de investimentos neste período e fazer dela uma das me-lhores do mundo no segmento”, concluiu Rosetto.

Por:

www.carbonobrasil.com

Fabiano Ávila

EUA anunciam US$ 1,8 bilhãopara biocombustíveisGoverno norte-americano cria nova entidade para o desenvolvimento e incentivo de combustíveis renováveis e não baseados em alimentos, favorecendo assim o etanol brasileiro em relação ao produzido do milho

Sal marinho possui pistas sobre aquecimento global, afirma estudo

Uma nova pesquisa divulga-da no Reino Unido sugere que a quantidade de sal na água do mar está variando em resposta direta às mudanças climáticas causadas pelo homem. O pes-quisador Peter Scott, chefe de monitoração climática do MetO-ffice em Exeter, Inglaterra, che-gou a essa conclusão depois de analisar dados dos últimos 50 anos do Oceano Atlântico.

Comparando esses dados com modelos climáticos de outros pesquisadores, Scott percebeu que partes do Atlân-tico Norte estão mais ‘salgadas’ como conseqüência da ação humana no clima.

Nesse último meio século, a região subtropical do Atlântico estaria ficando gradualmente mais salgada, menos de 1% em termos reais, mas com um efeito nada insignificante. “Pode soar como uma pe-quena mudança, mas de uma maneira geral a salinidade era relativamente constante. Essa subida é bastante preocupan-te e pode significar a alteração do ciclo de chuvas do planeta”, revela Scott.

O pesquisador sugere que com o aquecimento global, as altas temperaturas aumentam a evaporação das zonas sub-tropicais e como conseqüência dos ventos há mais chuva nas regiões tropicais. Em reflexo, nas regiões mais próximas dos pólos, há falta de chuva e um dos efeitos disso é um oceano mais salgado. (Fabiano Ávila)

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14 a 20 de maio de 2009

Por:

Randes Nunes

Praia B

rasil

Fagner, Julia, Joao, Bruno e Roberta

Laiane, Rogerio

Sandra, Gilmara, Rita, Jack e Fran

Italo, Luciana

O verão está chegando e com ele a moçada se anima e corre para

as academias para malhar e ficar com corpo sarado. O Brazilian Pe-ople também corre, mas é atrás dos eventos!

Na sexta-feira, 8, o restaurante Praia Brasil, em Willesden Junc-tion, atraiu uma galera bonita e afim de se divertir ao som de Wesley Wandir e Zeu Azevedo. O

pessoal suou a camisa dançando a noite toda!

Já no sábado, 9, fomos até a Oval Beauty Clinic, em Oval, para conferir o desfile de moda íntima

e bijuterias, realizada em parce-ria com a Monterio Clinic. Anteci-pando o Dia das Mães, o desfile “Brazilian Fashion Night” marcou e evidenciou a beleza e o encanto da mulher. As modelos apresentaram as colecoes 2009 com muito char-

me e requinte, com a presença das apresentadoras Vera Montei-ro e Fernanda Marques. O desfile contou também com a apresenta-ção do grupo de dança “Taste of Brasil”, uma companhia vibrante e talentos. Mais detalhes podem ser obtidos através do website www.ovalbeautyclinic.com.

Desejamos a todos uma maravi-lhosa semana e nos vemos por aí! Abraços, Randes Nunes!

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14 a 20 de maio de 2009

Oval B

eauty Clinic

Bijuterias foram um show a parte no desfile

Beleza e conforto na roupa de dormir

Thais, Vera Monteiro e bailarinos do Taste of Brazil

Ousadia da mulher brasileiraVera Monteiro Requinte e sofisticação

Charme da mulata

Fernanda Marques

Macaquito modelador

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14 a 20 de maio de 2009

Exclusivo: ídolo de Portugal,o jogador Deco revela que deseja voltar a morar no Brasil

O jogador brasileiro Anderson Luis de Souza, ídolo de Portugal e atual meia do time inglês Chelsea, abriu as portas de sua casa em no bairro de Fulham para conversar com a equipe do jornal Brazilian News.

Num papo descontraído, Deco – como é internacio-nalmente conhecido – fa-

lou sobre a vinda para Europa, seu recém inaugurado Instituto Deco20, amigos, família e, é claro, futebol – in-clusive sobre a controvertida demis-são do técnico Luis Felipe Scolari!

Confira abaixo a entrevista exclusi-va com o craque.

Qual foi o maior obstáculo quando veio morar em Portugal?

Deco: Primeiro porque eu era mui-to novo, tinha apenas 17 anos. Vim sozinho, sem meus pais, pois meu pai tinha que trabalhar também. De-pois as dificuldades de adaptação. Primeiro porque eu vim achando que

Por:

[email protected]

Paula Medeiros

vinha para um clube e acabei indo para outro. Mas eu considero que a idade foi o que mais pesou para mim nessa mudança de país.

Você passou por alguma situa-ção engraçada de imigrante che-

gando num país novo?Deco: Têm várias! Quando eu vim

a primeira vez, até foi a primeira vez que eu sai do Brasil. O mais engra-çado foi que, na época, eu achava que eu ia para o Benfica. Tinha um jogador que era conhecido no Brasil, o Paulo Nunes, que veio para o Ben-fica e ele foi a contratação do ano e coincidiu que eu e mais um amigo meu viemos juntos no mesmo vôo que o Paulo Nunes. E o empresário também tinha nos dito que nós iría-mos para o Benfica. Então, quando a gente chegou estava toda a impren-sa esperando, fãs e tudo o mais. Mas era para esperar o Paulo Nunes e não a gente! Nós fomos apresen-tados a um dos Diretores do Alverca, o clube que então jogaríamos, da segunda divisão, fora de Lisboa. Aí quando começamos a jornada para o clube, comecei a ver as placas passando, eu não acreditava! A gen-te achava que ia para o Benfica e no final não foi nada disso. Na época foi complicado, mas agora é um episo-dio engraçado de lembrar!

O que você sente mais falta do tempo que morou em Portugal?

Deco: Eu sai faz cinco anos já. Cheguei a ficar um ano nessa cidade próxima a Lisboa. Mas eu tenho sau-dades mesmo da época do Porto. Morei sete anos no Porto, e destes anos todos que eu passei no Porto eu fiz muitos amigos, que eu visito

ainda hoje. Eu sempre gostei de sair para comer e lá há restaurantes bem pequenos, de amigos mesmo, que nem turistas chegam. Então, sem-pre eu volto! De uma maneira geral foi um tempo muito feliz, jogando no Porto, pois o clube tem um jeito diferente. Os jogadores que passa-ram por lá se tornam membros de uma grande família, a relação com a diretoria, o próprio presidente esta lá há 30 anos. Essa amizade é mui-to difícil ter nos clubes grandes. Fui muito feliz lá e só sai porque queria conquistar outras coisas, alcançar outros objetivos.

Em Portugal que você real-mente conseguiu brilhar como profissional. Primeiro no Benfica, depois Porto.

Deco: Eu sai do Brasil muito cedo e, normalmente, com 17 anos os jogadores estão começando lá. A maioria dos jogadores faz sucesso no Brasil e depois vem para a Eu-ropa, eu fiz o contrário. Eu vim des-conhecido e acabei tendo sucesso aqui e acabei sendo reconhecido no Brasil pelo o que eu fiz na Europa. Desde os primeiros anos no Porto eu já comecei a me destacar e as coi-sas começaram e ir bem, tive várias propostas de outros times grandes, mas eu nunca quis sair do Porto sem tem feito alguma coisa importante, sem ter conquistado algo para o clube. O Porto é um time grande em

Portugal, mas na Europa é conside-rado um time de médio porte, sem tanto poder financeiro que não con-segue contratar os jogadores gran-des por falta de recursos, então acho que teve ainda mais mérito da equi-pe vencer uma Liga dos Campeões, como nós fizemos.

Vários clubes da Itália e Ingla-terra estavam de olho para te comprar, mas sua opção foi pelo Barcelona. O que influenciou nes-sa decisão de ir para a Espanha?

Deco: Na verdade, o Barcelona sempre foi o time que eu quis jogar, meu time dos sonhos que desde pe-queno eu assistia aos jogos. Eu até deixei de aceitar outras propostas, pois eu esperava que o Barça me chamasse, como aconteceu. Aliás, eles até proporam um ano antes da minha eventual saída, mas o Porto quis que eu ficasse e acabei adian-do por mais um ano até mudar para o Barcelona. E foi legal, foi realizar o meu sonho, jogando no clube que eu queria e ainda conquistar todos os títulos e vitórias foi realmente fan-tástico!

No ano passado o Brasil ven-ceu a seleção Portuguesa num amistoso. Como é jogar contra o Brasil para você?

Deco: Nós já havíamos jogado outras duas vezes e Portugal havia ganhado. Dois amistosos, nunca houve jogo oficial. E nesse último acabou que perdemos de 6 a 2. Eu já joguei e a sensação sempre foi um pouco estranha. E desta vez jogando no Brasil foi ainda mais diferente. Por ser brasileiro, é o país onde eu nasci e cresci, onde está a minha família e amigos, aonde vou sempre, onde desenvolvo vários projetos; mas, por outro lado, Portugal é o país onde eu conquistei tudo, o país que me aco-lheu e que serei eternamente grato por tudo que aconteceu em minha vida que Portugal proporcionou. Ób-vio que quando começa o jogo você acaba esquecendo um pouco isso, mas é difícil ignorar por se tratar de um jogo contra o Brasil. Foram jogos muito especiais para mim, apesar da estranheza.

E qual a relação entre você e os jogadores brasileiros, como por exemplo, o Ronaldinho Gaú-cho, que foi seu companheiro de equipe?

Deco: Nós somos amigos. Eu e o Gaúcho jogamos quatro anos juntos, até hoje nos falamos, tenho um carinho grande por ele. E não só com ele, já joguei com muitos outros brasileiros como Beletti, Delei, Carlos Alberto, Jardel... E todos são meus amigos. É normal também a gente acabar se relacionando mais quan-do estamos num clube no exterior.

A conquista de um passaporte europeu é um sonho para qual-quer imigrante. Para um atleta

Éric

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mbk

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como se processa a dicotomia de defender a seleção do país que te acolheu, e não a pátria?

Deco: A questão do passaporte é bem mais simples, pois eu teria direito em função do tempo que vivi em Portugal e por descendência de família. Então isso eu já teria direito independente ou não de jogar pela seleção. Entrar na seleção aconte-ceu, pois desde os primeiros anos que eu estava no país já me pediam para jogar, inclusive o presidente da federação. E depois houve uma campanha muito grande das pesso-as, dos jornais, para que eu jogasse pela seleção Portuguesa. E isso aca-bou me comovendo de um jeito que pesou para tomar essa decisão. Pelo tempo que eu já tinha no país, por eu me identificar e gostar do país. Então a decisão de jogar pela seleção foi diferente da questão do passapor-te. Não foi fácil decidir, pois não foi o sonho de jogar pela seleção bra-sileira que deixou de existir. O que aconteceu foi que a minha vida to-mou rumos diferentes daqueles que eu imaginava. Vim para um país que me sentia em casa, feliz, e onde as pessoas pediam para eu defender o país deles – o que foi muito forte.

Esta é a sua primeira tempora-da na Inglaterra. O que foi mais difícil para se adaptar aqui: lín-gua, comida, clima, etc? O que mais mexeu com você?

Deco: Eu considero que o clima é mais complicado. Em Portugal e Espanha eu não tive esse problema. Aqui o inverno foi bastante difícil para mim, mas dá para levar, dá para en-carar (risos)! Mas acho que o que mais está me afetando este ano está sendo os problemas com minhas le-sões. Eu comecei muito bem o cam-peonato e de repente tive um proble-ma que não consegui me recuperar tão bem, os problemas continuaram. Tirando os dois primeiros meses da temporada, então estou praticamen-te todo este ano entre recuperações e não jogando cem por cento. Eu ainda estou machucado e isso está sendo muito difícil de enfrentar, mas não em função do local.

Como faz para administrar es-ses problemas das lesões?

Deco: Eu tenho mais dois anos de contrato aqui. Não tem como prever o que irá acontecer, mas se seguir o que está previsto eu estarei com o Chelsea por mais duas temporadas. Neste momento, minha maior preo-cupação é conseguir recuperar fisi-camente e, apesar desta temporada ainda não ter acabado, minha cabe-ça esta no ano que vem. Pretendo me recuperar bem e não comece o próximo ano ainda com lesões. Esse é o meu principal objetivo: voltar a jogar sem problemas.

No último jogo contra o Arsenal, o Chelsea virou e garantiu a clas-sificação para a final da Copa da Inglaterra. A final será no dia 30 de maio, contra o Everton. Quais são as chances de vocês levarem este título, depois de alcançar um terceiro lugar turbulento na Liga dos Campeões?

Deco: Final eu acho que é sempre um jogo complicado. Não importan-do muito se é contra um time grande ou um time pequeno. Acho que na final os times se superam um pouco, mesmo aqueles que não têm muita qualidade. Eu considero o Everton um bom time, mas acho que com a qualidade e experiência dos jogado-res do Chelsea talvez nós teremos um pequena vantagem nessa final.

A sua posição é bastante con-corrida no Chelsea, com Ballack, Lampard e Essien. Você avalia que em outra equipe talvez você conseguisse jogar mais e fosse melhor para sua carreira?

Deco: Apesar disso eu sempre jo-guei aqui. Essa concorrência nunca foi um problema para mim, até por-que eu já sabia antes de vir para cá. No Barcelona também havia essa disputa e eu sempre estava jogando. Então, desde que eu me sinta bem, eu sei que tenho condições de jogar aqui ou em qualquer outro lugar. O que prejudicou foram as lesões que me colocaram fora de campo. Isso também acaba por mexer no meu psicológico, pois além de não estar bem fisicamente acabo ficando des-confiado, pensando se terei outro problema, joguei muitas vezes com dor. Nessa fase final da temporada foi realmente quase impossível jogar tanto quanto eu gostaria.

Apesar de ter mais dois anos de contrato com o Chelsea. Você já comentou que desejaria voltar a jogar no Brasil, talvez até no Corinthians. São estes seus pla-nos para futuro?

Deco: Acredito que ficarei na Eu-ropa nesse período que cobre meu contrato, o que dificulta voltar antes de 2012. O que eu posso dizer é que eu só voltaria para o Brasil se eu pu-desse fazer alguma coisa, se conti-nuar jogando bem, não só jogar para acabar a carreira lá. Eu gostaria de ainda estar em condições físicas de ainda fazer alguma coisa, se esse for o caso de eu decidir voltar mesmo.

Se eu me sentir assim, com certeza gostaria de voltar a jogar no Brasil. E, uma escolha, seria o Corinthians por ser o time que eu sempre so-nhei jogar quando era pequeno. Por ter saído cedo do país nunca tive a oportunidade de passar pelo time. Então, caso esses fatores estejam em harmonia e o Corinthians estiver com um projeto sério e que me per-mita contribuir, seria ideal. Mas não penso nisso agora, vamos ver, não sei... é uma vontade, um desejo!

Você acha que vai sentir fal-ta da Inglaterra? Se sim, do que exatamente?

Deco: Todo lugar que você vai sempre tem muita coisa para apren-der. A Inglaterra é um país excelente, Londres é uma cidade fantástica! Para nós é uma cultura diferente, que nós devemos aproveitar o que é bom. Eu acho que a organização deles é impressionante, sobre tudo, até no futebol. Um reflexo disso é o sucesso dos times ingleses nos campeonatos europeus. A maneira de trabalhar, os métodos bem mais precisos, então eu acho que essa qualidade dos ingleses nós deve-mos tentar incorporar ao máximo. As coisas aqui realmente funcionam, as leis são cumpridas, e nós não esta-mos acostumados a essa rigidez. Eu admiro muito isso.

A seleção Portuguesa está en-frentando problemas para a clas-sificação para Copa do Mundo de 2010. Os portugueses e jogado-res estão sentindo a falta do Feli-pão no comando do time?

Deco: O Felipão deixou uma his-tória muito positiva na seleção. Ele conseguiu que Portugal alcançasse bons resultados formando uma sele-ção forte. Mas a saída dele coincidiu também com uma nova geração, com novos jogadores. Por si só essa mudança já é difícil e, é claro que, com a saída ficou aquela lembran-ça boa dele. Por tudo aquilo que ele fez. Mas não acho que esse seja o motivo das dificuldades da seleção. Eu acho que o treinador atual, Car-lo Queiroz, é muito bom e trabalhar com uma seleção tem suas dificul-dades. Em quatro dias de treino já temos que jogar e quando entram jogadores novos, que ainda não estão adaptados ao ritmo do time, os resultados acabam não sendo os melhores. E a classificação não está sendo fácil. Temos cinco jogos e, praticamente, temos que ganhar todos – o que não é impossível – e eu acredito que com a qualidade e vontade de todos os jogadores nós vamos alcançar a classificação.

Em sua opinião, o que não deu certo para o Felipão no Chelsea?

Deco: Eu não diria que não deu certo. O Chelsea é um clube um pouco especial, não tão tradicional quanto outros times ingleses onde o treinador tem mais tempo, onde desenvolvem um trabalho indepen-dente dos resultados. No Chelsea, a diretoria é obcecada pela Liga dos Campeões e tem um dono que quer ganhar a Liga. Já gastaram muito dinheiro e até hoje ainda não conse-

guiram o título. Como o time não es-tava indo muito bem, com perigo de não passar nas fases iniciais, havia uma pressão muito grande, maior ainda sob o técnico, do que com os jogadores. Somando boatos sobre mau relacionamento entre o Felipão e jogadores, coisa que eu nunca vi e não que isso existisse, mas acabou por criar uma situação desconfortá-vel. Mas acho que a decisão mesmo foi em função dos resultados. Ao contrario do que acontece em outros times na Inglaterra, o Chelsea, pres-sionado pelos resultados, acabou tomando a decisão de mudar de treinador.

Você sente essa pressão como jogador do Chelsea?

Deco: Para quem jogou no Barce-lona, acho que é algo semelhante, ou até tem muito mais pressão. Lá tem uma pressão diária da impren-sa, pois existem três jornais que só falam do Barcelona, tevês e dezenas de programas de rádio. É uma cida-de que vive o clube, tudo que acon-tece no time, as conversar são sobre o time, os jogadores, e em Londres o Chelsea não é o único time. Não existe aqui uma imprensa só de esportes como existe na Espanha. Então, acho que a pressão sob os jogadores é maior na Espanha do que aqui.

A pressão no Chelsea é mais in-terna mesmo, a diretoria e o dono que tem esse desejo de conquistar a Liga dos Campões, pois quando os resultados não são bons o técnico que sofre mais e arca com a respon-sabilidade.

Deco: E você acha isso justo?No futebol não tem justiça. No

futebol o que conta são resultados. Você vale hoje o que você está fa-zendo. Acho que é a única profissão do mundo que o que hoje é verdade amanha não é mais. Tudo acontece muito mais depressa do qualquer outra profissão. Por exemplo, um jo-gador que tem dez anos de carreira, ele conheceu muito mais gente do que passar dez anos numa empre-sa. No futebol é tudo muito rápido, as mudanças são mais rápidas. Quatro anos num clube parecem dez anos em qualquer outro lugar pela quan-tidade de mudanças. Nesse último ano do Chelsea mesmo, passou muito rápido entre estar jogando, não estar jogando, estar no melhor momento e em seguida estar sendo criticado. Isso num espaço muito curto de tempo. De um jogo para outro você, você não muda, mas a opinião sobre você pode mudar.

Então é muito complicado dizer o que é justiça no futebol, ainda mais hoje com o mundo todo assistindo o jogo ao vivo praticamente. Pres-são da imprensa, dos jogadores, é uma roda viva onde nada é justo. Se funciona bem, se não funciona troca por outro.

O final do ano passado, você inaugurou o Instituto Deco 20, em Indaiatuba, SP. De onde surgiu a idéia de montar um instituto para ajudar na formação de crianças, como este?

Deco: Há muitos anos, desde que comecei a ter mais recursos, sempre tive esta vontade de retribuir de algu-ma forma ajudando outras pessoas. E eu vinha ajudando algumas insti-tuições que realizavam trabalhos fan-tásticos com crianças de baixa ren-da. No Brasil, infelizmente, o horário escolar é complicado, só de manha ou só a tarde. Então essas entida-des auxiliavam para deixar as crian-ças mais ocupadas, com reforços e outros cursos, principalmente em bairros complicados onde há o trá-fico de droga. Mas nem sempre eles conseguiam continuar o trabalho. E eles tinham ainda certa carência em manter as crianças no programa. Então, eu comecei a ajudar contra-tando professores, procurando mais espaços e daí surgiu a idéia de um local maior que abrangesse mais crianças e tivesse outras opções também. Começamos a contatar as prefeituras e os locais cedidos nunca eram suficientes. Como eu tinha um terreno e decidi, com meu pai, cons-truir o instituto. Isso foi há cinco anos. Então, até a idéia avançar, encontrar as pessoas para trabalhar no pro-jeto levou um tempo. Hoje já esta-mos funcionando com cerca de 300 crianças com um trabalho fantástico com esportes, musica, dança, tea-tro, além do reforço escolar. Era um sonho meu, retribuir o que a vida me deu, e eu optei por começar na mi-nha cidade mesmo, no local onde eu convivo que já tem muito problemas sociais. E a nossa idéia é trabalhar não só as crianças, mas ajudar na estrutura das famílias, buscando a participação dos pais. Está sendo fantástico mesmo ver o desenvol-vimento dessas crianças! Quando eu estou no Brasil eu passou muito tempo no Instituto. Eu gosto de ver o quanto eles aprenderam e estão crescendo. E eles ficam muito ale-gres quando eu chego também. É muito gostoso, ver a alegria deles é o mais gratificante!

Você acredita no Brasil? Deco: Acredito, óbvio! O Brasil

tem demonstrado nos últimos anos uma estabilidade que há 15, 20 anos atrás ninguém nem imaginava. Nin-guém queria investir no Brasil, o pes-soal até queria tirar o dinheiro com medo. A inflação era algo assusta-dor, absurdo, que os preços muda-vam todos os dias. Hoje as pessoas já podem se programar. Vejo amigos meus com uma situação financeira bem melhor, comprando casa, con-seguindo crédito – algo impensável antes. Mas existem outras coisas que o Brasil tem que melhorar. Eu acho que a educação ainda é mui-to falha, e boa educação ainda está acessível a pouca gente e enquan-to continuar assim outras melhorias serão impossíveis. Mas eu acho que tem muita gente querendo mudar, que está em cima, querendo fazer. Sempre vai ter quem contraria, mas o importante é que nós temos mais gente bem intencionada, gente com qualidade, com imaginação, que tem idéias novas. O Brasil é um país rico com gente com capacidade!

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Roberta Tiberi Por:

Mariana AydarMariana Aydar é uma das re-

velações entre os jovens talen-tos da música brasileira. Com influências que vão de Jackson do Pandeiro a Lulu Santos, ela permite que sua voz viaje entre ritmos que vão do samba ao clássico e do forró a ritmos mo-dernos.

A cantora vem a Londres para a apresentação de seu novo tra-balho “Peixes, Pássaros, Pesso-as”. O CD trás 13 músicas iné-ditas, três delas de sua autoria e, o restante, criadas por novos compositores.

Dia 19, a partir das 19 horasIngressos £7 (antecipado), £10 (porta)GuanabaraIngressos no site: www.wegottickets.com

Balé de RuaDepois do sucesso com a turnê

2008 por algumas cidades euro-péias, como Paris e Edimburgo, agora chegou a vez de Londres conferir o talento da companhia de dança Balé de Rua. Viajando com 15 bailarinos e três membros, o grupo se apresenta com o espetá-culo “Balé de Rua”.

Criada em 1992 por jovens da periferia de Uberlândia, a compa-nhia funda sua inspiração em dan-ças de rua como hip hop, break e funk, além de uma forte influência da cultura afro brasileira.

De 21 a 31 maioBarbican TheatreIngressos: £10-25

Festa do BREACCO BREACC apresenta neste sabado, 16, a “Brazilian Night”, uma noite repleta de

música, dança e alegria! Como já é tradicional, a festa reune brasileiros e amigos que curtem um agito familiar e saudável!

Mais informações podem ser obtidas no site www.breacc.orgIngressos: £10St Margaret of Scotland Catholic Church Hall 130 St Margarets Road Twickenham | Middlesex TW1 1RL

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14 a 20 de maio de 2009

E as echarpes saíram no outono

Quando o outono chega e basta que o termôme-tro baixe de 20 graus no

entardecer alaranjado, eis que eles reaparecem: os cachecóis, echar-pes, lenços, foulards e xales enrola-dos no pescoço, de todas as cores, desenhos, tamanhos, tecidos e mo-dos de usar. Os adereços têm sido típicos da meia-estação nos últimos anos, mas a cada temporada vêm com mais força e variedade e, ago-ra, misturados a roupas leves como sandálias, camisetas e até decotes. Tal como o clima mundial, a moda confunde inverno e verão e caminha para o instável.

O fotógrafo Eduardo Nicolau pre-cisou de um total de apenas duas horas e meia na Avenida Paulista, em dois dias desta semana, para registrar os mais diversos exemplos da mistura, a maioria dos quais se vê nesta página. Encontrou echarpes de pashmina amarradas com folga sobre camiseta; foulards de algodão arranjados em triângulo por cima do colo; cachecóis de lã completando o casaco ou de crochê indo até a cintura; lenços de seda descendo lateralmente sobre regata; xales ou mantas jogados para trás quase com displicência. As lentes também trouxeram em comum o jogo de co-

res vivas com neutras e de superfí-cies lisas com estampadas.

Para a consultora Glória Kalil, a moda “capta tudo” e não seria di-ferente com as mudanças de clima geradas pelo aquecimento global. Ela conta que as grifes mundiais têm investido cada vez mais em co-leções híbridas, que mesclam itens das duas principais estações, por uma exigência de globalização. “As grandes marcas vendem cada vez mais nos dois hemisférios, por isso têm interesse em promover essa mistura.” Como sempre, uma moda nasce da combinação de circunstân-cias históricas, achados estilísticos e necessidades econômicas.

Mais informadas sobre moda, as mulheres retratadas – anônimas que passam longe de “fashion vic-tims” – mostraram que também sabem casar as informações com suas necessidades e característi-cas, como a cor da pele, as propor-ções do corpo e o comprimento dos cabelos. Ao mesmo tempo, usam os acessórios de forma diferente da que se usava antes, escapando da simetria bem-comportada e da monocromia que eles costumavam sugerir. Sem medo de errar, encar-nam traços que distinguem a moda deste início do século, como o con-traste de padrões e o “high & low”, a combinação de itens caros e ba-

ratos, luxuosos e populares.“Não há mais tendências; há esti-

los”, resume Glória Kalil, que conta que a volta da pashmina há cerca de dez anos – usada como echar-pe ou xale, inclusive em dias de sol – foi um evento de consumo que ainda não se repetiu. A urbanidade atual pede por variações cada vez mais livres. No caso, elas permitem que uma roupa sóbria de trabalho ganhe o movimento e o colorido de um tecido que balança com o vento e a caminhada – ou que uma roupa descontraída de passeio se cubra de um tom mais chique ou formal para uma reunião ou jantar noturno. Isso envolve também a adaptação aos ambientes, exigida pela atual onipre-sença de ar condicionado em em-presas, restaurantes e shoppings.

Na véspera do inverno, enfim, co-brir o pescoço pode ser tão atraente quanto exibir as pernas no início do verão. Muito mais vem aí, porque as lojas ainda esperam as novas cole-ções, de olho no dia dos namora-dos. Mas o desfile já corriqueiro de echarpes mostra de novo que moda não se trata apenas de utilidade ou vaidade. À velha pergunta sobre se as mulheres se vestem para os homens ou para si mesmas, a res-posta talvez seja que elas se vestem para si mesmas e para os homens que vejam isso.

Daniel PizaPor:

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Vinte anos depois, Nordeste elege Miss Brasil

Antes do início do con-curso – realizado na noite deste sábado,

9, no Memorial da América Lati-na, na zona oeste de São Paulo, e transmitido pela Band –, Kátia Santos, 46, mãe de Larissa Cos-ta, aguardava ansiosa a chegada dos últimos membros da torcida da filha, composta por cerca de 20 pessoas.

"Eu espero que elas concorram e que vença a melhor. E que a mi-nha filha fique no mínimo entre as cinco", afirmou à Folha Online. A mãe destacou ainda que as mo-ças estavam "entrosadas", apesar da competição.

Natália Guimarães A miss potiguar passou a se in-

teressar pelo concurso em 2007, com a vitória da mineira Natália Guimarães – que obteve a segun-da colocação no Miss Universo. "A Natália colocou esse título de novo em evidência", disse a mãe de Larissa, entre um telefonema e outro para os familiares que falta-vam chegar ao Memorial.

Entre os jurados estava o na-morado de Natália Guimarães, o cantor Leandro Scornavacca, do grupo KLB. "Acho que sou mais do que credenciado para fazer parte do júri", brincou.

Ele contou que passou a acom-panhar os concursos de miss de-pois que iniciou o relacionamento com a vencedora de 2007. E afir-mou que, apesar da importância de requisitos como elegância e comportamento, "a gente não pode esquecer que é um con-curso de beleza". Já a modelo e apresentadora Luiza Brunet, tam-bém jurada, disse que o carisma seria um fator determinante para sua escolha.

Também integravam o júri o apresentador do "CQC" Marce-lo Tas, a consultora de etiqueta Cláudia Matarazzo, o cabeleireiro Marco Antonio de Biaggi e a miss

Brasil 1986, Deise Nunes --única negra a vencer o concurso –, en-tre outros.

Quem também esteve presen-te no auditório Simón Bolívar na noite de ontem foi a venezuelana Dayana Mendoza, 22, atual miss Universo, que em março causou polêmica ao comentar que havia achado "incrível" a base naval e centro de detenção de suspeitos de terrorismo de Guantánamo, em Cuba. "Visitamos os campos de detentos e vimos as prisões, onde tomam banho, como se di-vertem com filmes, aulas de arte, livros", afirmou na ocasião.

2ª colocada Pai da candidata que era consi-

derada favorita ao título – a mineira

Rayanne Morais, 20 –, o empresá-rio Carlos Magno, 49, explicou que a filha recebeu treinamento inten-sivo para a disputa. "Ela ganhou dez títulos em três anos", afirmou. Ontem, a moça foi a finalista eleita por votação popular.

Após o anúncio da vencedora, a mineira chegou a derramar al-gumas lágrimas, mas afirmou que "de forma alguma" lamentava a se-gunda colocação. "Agora vou me preparar para representar o Brasil no Japão", disse – o país asiático sedia o Miss Beleza Internacional, disputa que já teve como repre-sentante brasileira a global Grazi Massafera, em 2004.

Também havia choro no lado da vencedora. A mãe, Kátia Santos,

novamente falava ao celular, des-ta vez emocionada. "Foi um gran-de presente de Dia das Mães. Minha filha mostrou que mulher bonita não tem que ser burra", disse, explicando que Larissa é pedagoga e que só aceitou par-ticipar do concurso quando já es-tava formada. "Isso é o que faz a beleza dela ficar maior", elogiava. No concurso estadual, a miss re-presentou a cidade de São Gon-çalo do Amarante, apesar de ser natalense, pois perdeu a eleição na capital.

O noivo da nova miss Brasil, o engenheiro civil Heitor Dias, 38, disse não temer pelo futuro do relacionamento após a vitória de Larissa: "Se ela gosta de mim, vai

ficar comigo". Os dois estão noi-vos há um ano, mas, pelo regu-lamento, a miss Brasil não pode casar durante o reinado.

Biquíni Outra nordestina que se desta-

cou foi a cearense Khrisley Karlen Gonçalves da Silva, 23, que im-pressionou no desfile de biquíni com a silhueta esguia de 1,80 m de altura. "Ceará tem o corpo!", "É a miss Universo!", gritava a ani-mada torcida da candidata, que terminou na quinta colocação. Em quarto lugar ficou a representan-te do Pará, Rayana de Carvalho Brêda, 19, e em terceiro, a miss Distrito Federal, Denise Ribeiro Ali-ceral, 18.

Após entregar a faixa, a ven-cedora de 2008, Natália Anderle, disse não estar triste com o fim do reinado: "Eu já havia me prepara-do bastante para isso. Eu sei que outra menina precisa também re-alizar o sonho de se tornar a miss Brasil", afirmou. "Ser miss é um momento mágico que remete aos contos de fadas", disse, explican-do a longevidade do concurso, que existe desde 1954.

O coreógrafo do concurso foi o americano Scott Grossman, que trabalhou nos filmes "Miss Sim-patia", com Sandra Bullock, e "O Diário da Princesa", com Anne Hathaway, e ainda no Miss Uni-verso. Para ele, o diferencial das misses brasileiras é que elas são "apaixonadas pela coroa".

Além da coroa, a nova Miss Brasil sai da disputa com R$ 200 mil em contratos, entre outros prêmios. Ela terá a chance de defender o país no Miss Universo no dia 23 de agosto --o concur-so ocorre nas Bahamas, também com transmissão pela Band.

Duas brasileiras já conquistaram o título de miss Universo: a gaú-cha Ieda Maria Vargas, em 1963, e a baiana Marta Vasconcelos, em 1968.

A eleição da candidata do Rio Grande do Norte, Larissa Costa Silva de Oliveira, 25, como miss Brasil 2009 quebrou um jejum de 20 anos do Nordeste na disputa. A última representante da região a ser eleita a mulher mais bonita do país havia sido a cearense Flávia Cavalcante, em 1989.

Representante do Rio Grande do Norte, Larissa Costa, 25, sorri após ser eleita a nova miss Brasil.

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14 a 20 de maio de 2009

Poetisa Ana Maria Leocádiolança livro em Londres

Na última terça-feira, 28, a poetisa Ana Maria Leo-cádio teve seu livro “Eu e

a Paz” lançado no mercado inglês, sendo que desta vez o trabalho traz poemas tanto em Português quan-to em Inglês. A obra pode ser ad-quirida na loja Amazon Hair Beauty (841 Harrow Road - NW10 5NH), Aguia Transfer (16 Letchford Mews - NW10 6AG), Cafe Rio (129 Whtfild Street - W1T 5EQ), Vertice Services (63 Loveridge Rd - NW6 2DR), ou diretamente com a autora no tele-phone 07729949497.

Como parte da programação de divulgação no Reino unido, neste domingo, 17, a partir das 13 horas, estará acontecendo uma tarde de autógrafos no restaurante O Bra-seiro, em Willesden Green.

O livro foi terceiro colocado na 10ª Bienal de São Paulo e o secretário administrativo da União Brasileira de Escritores, Caio Porfírio Carnei-ro, deu o seguinte depoimento em relação à obra de Ana Maria:

“Ana Maria Leocádio não é ape-nas poetisa do lírico pelo lírico, bem ao gosto dos românticos. É uma poetisa voltada para as ver-dades, ou vertentes interiores, com visualizações impressionistas do universo que a cerca. E tudo expõe em sinais sensíveis e leveza de tra-to. Sua obra – toda ela – é a um tempo personalíssima e cósmica, no que tenha isto de cosmovisão poética nascida da sua própria sensibilidade.

Conheci de perto Ana Maria Leo-cádio. Sei do seu valor e do seu ta-lento poético. Sucesso permanente para ela.”

EntrevistaContando sua experiência, Ana

Maria fala com o mesmo entusias-

mo de adolescente que não esco-lheu a profissão de poetisa, “A gen-te nasce poeta, está no sangue”, lembrando de quando começou, aos 11 anos, imitando o pai a es-crever poemas.

Ana Maria revela que cada po-ema brotou de um acontecimen-to em sua vida, cada um de seus poemas é como um desabafo, ao cruzar algum obstáculo em sua vida. “Sempre tenho que ter um pedaço de papel e caneta comigo para registrar uma idéia de poesia, ou aquelas palavras nunca mais voltam. Para mim, o processo de escrever é muito espontâneo. Não consigo me forçar a escrever po-esias, as palavras afloram natural-mente”, diz.

A mineira teve oportunidade de trabalhar ao lado de grandes no-mes da literatura brasileira, como Lygia Fagundes Telles e Ricardo Ramos, quando participou da União Brasileira de Escritores. Além de muitos outros trabalhos desen-volvidos com instituições literárias africanas e portuguesas.

Sua ida para São Paulo e o con-tato com o mundo literário, foi al-cançado graças a sua iniciativa.

Com seu livro debaixo do braço, promoveu-o pessoalmente, pro-clamando as poesias para todos que passavam por seu estande durante a 10ª Bienal Internacional do Livro, em 1988. Isso lhe garan-tiu a 3ª colocação como melhor livro.

Mas seu envolvimento com o círculo intelectual não foi suficien-te para lançar seu nome dentre as grandes editoras, dificultando o de-senvolvimento de sua carreira. “O mais difícil nessa vida de poetisa é editar o livro. Escritores famosos conseguem patrocinadores e são procurados pelas editoras com fre-

qüência. Mas novos talentos não têm incentivos e muitas portas são fechadas complicando a continu-ação do trabalho”, aponta a poe-tisa.

Optando pela residência em Lon-dres, onde membros de sua família já estavam morando, Ana Maria entrou em contato com o idioma inglês e foi daí que surgiu a idéia de traduzir o livro.

Um de seus últimos trabalhos foi com o grupo musical Viramundo, que transformou em canções três de seus poemas. “Ficou lindo! Um trabalho belíssimo do Paul”, decla-ra emocionada.

Paula [email protected]

Por:

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14 a 20 de maio de 2009

Em sua busca pelo maior acervo de livros digitais do

mundo, a Google confirmou uma nova engenhoca em um recente registro de patente, mostrando com imagens bem detalhadas uma técnica que utiliza até mes-mo o infravermelho para o esca-neamento dos livros.

A patente 7508978 foi feita no final do mês de março e noticiada pelo site New Scientist no início de abril, mas só ganhou grande repercussão agora, com a divul-gação das imagens que mostram croquis explicando seu funciona-mento.

O site Internet Archive , que já fazia digitalização de livros antes da Google começar a pensar no assunto, atinge a marca de mil li-vros escaneados por dia, com o trabalho dividido entre 18 centros de digitalização espalhados pelo globo, uma média de 55 livros por dia em cada centro de digitaliza-ção. Com um único exemplar da nova máquina, a Google espera fazer um número muito maior de “aquisições digitais” diárias.

De acordo com o site Boing Boing , o novo equipamento deve resolver um dos maiores proble-

mas da digitalização de livros, a distorção de imagens causada pela “lombada”. Através de infra-vermelho, o scanner irá mapear tridimensionalmente a página, identificando sua curvatura e compensando qualquer distorção encontrada na página.

Mesmo com uma grande evo-lução nos atuais equipamentos de digitalização, escanear livros continua sendo um processo lento e muito tedioso. Embora cada página não precise mais ser virada manualmente, é pre-ciso decidir se o livro será digi-talizado através de aplicativos de OCR (Optical Character Recog-nition), para transformar as ima-gens capturadas em texto puro, editável, ou se será guardada como imagem, para preservar o aspecto de livros e documentos históricos.

Hoje já é possível deixar tudo encarregado pela máquina, com ganhos em velocidade e precisão. Entretanto, mesmo os melhores equipamentos ainda precisam de alguma intervenção humana. Ou, pelo menos, até que a engenhoca da Google saia do papel. (Edneia Rodrigues Miranda)

Carrinho de supermer-cado? Agora é coisa do passado! Vem aí os

carrinhos do futuro, com direito a check-out eletrônico, GPS para localização dos produtos nas lo-jas e leitor ótico para cálculo dos produtos que estão dentro dele. E isso não é parte de filme de ficção, pois produtos assim com essas características já estão sendo de-senvolvidos. Já existem agora car-rinhos de supermercado feitos de plástico, com espaço para inclusão dessas tecnologias futurísticas.

Esses carrinhos de plástico já podem ser conferidos de perto na Feira Internacional de Negócios em Supermercados, APAS 2009, maior evento do setor no país, que aconte-ce entre os dias 18 a 21 de maio no

Expo Center Norte, em São Paulo. A empresa, Masterplastic, fa-

bricante dos carrinhos de compra em plástico Master 210 e Master 150, feitos em nylon reforçado com fibras, desenvolvido pela multi-nacional alemã Lanxess, garante que eles chegaram para substituir definitivamente os convencionais aramados de metal.

O diretor comercial da empresa, Venceslau Salmeron, explica “Den-tre os vários benefícios que o plás-tico oferece em relação ao metal, está a facilidade na instalação de componentes eletrônicos nos car-rinhos, visto que o plástico evita possíveis interferências que podem ser causadas pelo metal”.

Salmeron ainda diz que o car-rinho foi desenvolvido pensando não só no supermercado do futu-ro, mas também no consumidor do futuro. “Principalmente na Europa

e América do Norte, os consumi-dores se preocupam muito com a procedência dos produtos que compram, se a empresa adota práticas ecologicamente corretas, não polui, recicla. Mas também se preocupam em como carregam esses produtos, a exemplo das sacolinhas de plásticos, abolidas lá fora e alvo de polêmica por aqui. Acreditamos que essa consciência também poderá se voltar para os carrinhos”, acrescenta.

Isso porque os carrinhos em plástico são 100% recicláveis e seu processo de fabricação não agride, de forma alguma, o Meio Ambiente, diferente dos aramados em metal. A Masterplastic possui ainda a po-lítica de aceitar os carrinhos feitos em plástico antigos como parte do pagamento na aquisição de novos, de modo que não precisam ser descartados.

informática e tecnologia

Edneia Rodrigues MirandaGrupo ERM Solution www.ermsolution.com.br

Por:

Carrinho de supermercado do futuro

Computador lê lábios e reconhece oito idiomas

Cientistas anunciaram a in-venção de um software ca-

paz de ler lábios e reconhecer dife-rentes idiomas.

Para o funcionamento desse sistema, os cientistas da Universi-dade de Ciências da Computação de West Anglia mapearam os mo-vimentos dos lábios de 23 pesso-as bilíngües e trilíngües, de certa forma que o computador possa identificar o idioma falado com alta precisão.

De acordo com o blog Engadget, movimentos como o da língua, ma-xilares e lábios dão todas as pis-tas para que o computador possa

identificar o idioma, já que cada um deles causa diferentes posições e movimentos do rosto.

"Este é um grande avanço na tecnologia de leitura labial auto-mática e a primeira confirmação científica de algo que já sabíamos intuitivamente: que, quando pesso-as falam diferentes idiomas, fazem movimentos diferentes com a boca em seqüências diferentes", decla-rou o professor Stephen Cox, chefe

da pesquisa. "Por exemplo, encon-tramos um freqüente arredonda-mento dos lábios em pessoas que falam francês, e movimentos mais proeminentes da língua nos falan-tes da língua árabe", completou.

De acordo com o site Übergiz-mo, os idiomas já identificados pelo computador são o inglês, francês, alemão, árabe, mandarim, italiano, polonês e russo. (Edneia Rodrigues Miranda)

Google revela detalhes sobre sua nova máquina de escanear livros

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Contraceptivo masculino mostra eficácia de 98,8%

Um estudo chinês traz resultados promissores para o desenvolvimento

de um anticoncepcional hormonal para homens. O ensaio clínico de fase três (última etapa antes de o fármaco ser aprovado para comer-cialização) foi feito com 1.045 ho-mens chineses de 20 a 45 anos e mostrou que uma injeção mensal de 500 mg de testosterona mistu-rados com óleo de semente de chá tem eficácia de 98,8%. A pílula an-ticoncepcional feminina, por exem-plo, tem eficácia de 97% a 99%.

Todos os voluntários possuíam parceiras férteis de 18 a 38 anos, tinham filhos e histórico médico normal. Após dois anos de acom-panhamento, ocorreram nove gra-videzes entre as parceiras dos 733 homens que completaram o estu-do – o que sugere um índice de falha do método de 1,2%.

Os pesquisadores afirmam no

trabalho que o uso mensal do fár-maco oferece "contracepção efeti-va, reversível e confiável". Segun-do eles, o óleo de semente de chá propicia uma melhor dispersão do hormônio pelo organismo. A pes-quisa foi publicada em março no "Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism".

"A novidade do estudo é a forma de administração em intervalos de um mês – em outros estudos, a administração era semanal. Na pesquisa, o veículo usado [o óleo] garante uma absorção mais len-ta", diz o endocrinologista Ricardo Meirelles, presidente da Socieda-de Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem).

O hormônio é injetado por via intramuscular, fica no músculo e passa para a circulação sanguí-nea aos poucos, sendo absorvido gradativamente. Isso garante ní-veis mais estáveis de testostero-

na, afirma Meirelles. Contras O uso desse método anticon-

cepcional ainda causa preocupa-ção na comunidade médica. Vá-rios estudos com a testosterona vêm sendo realizados nos últimos anos, baseados no fato de que a aplicação dessa substância no organismo impediria a ação dos hormônios FSH e LH, que são responsáveis por estimular a pro-dução de espermatozoides. No entanto, apresentaram fatores de risco como potencialização de câncer, infertilidade e baixa ação contraceptiva.

Alguns trabalhos anteriores apontaram que o método pode ser irreversível – o excesso de hormô-nio, a longo prazo, pode atrofiar os testículos e levar à infertilidade. "Muitos estudos não tiveram su-cesso pois esbarraram na questão da fertilidade masculina", afirma o

urologista Celso Marzano. Apesar de os pesquisadores

chineses afirmarem que os níveis de espermatozoides voltaram ao normal seis meses após a inter-rupção da aplicação de testoste-rona, especialistas acreditam que estudos de prazo mais longo se-jam necessários para confirmar a reversibilidade do método.

Outro problema apontado pelos médicos ouvidos pela Folha é a contraindicação no caso de cân-cer de próstata. O uso em excesso de testosterona poderia favorecer

o desenvolvimento de um tumor já existente.

"Não é possível afirmar, do ponto de vista oncológico, que o segui-mento de dois anos é o tempo ade-quado", diz Nilson Roberto de Melo, presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

Os voluntários da pesquisa chinesa ainda relataram, como efeitos colaterais, dor no local da injeção, maior incidência de acne e oscilações de humor. (Folha de S. Paulo)

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14 a 20 de maio de 2009

Endereços Úteis:Consulado do Brasil em Londres:3 Vere StreetW1G 0DHTel: 020 7659 1550Fax: 020 7659 1554E-mail: [email protected]

Embaixada do Brasil em Londres:32 Green StreetW1K 7ATTel: 020 7399-9000Fax: 020 7399-9100E-mail: [email protected] www.brazil.org.uk

Banco do Brasil em Londres: 34 King StreetEC2Tel: 0800 35 888 10Envio de dinheiro para o Brasil de for-ma fácil e segura. O banco não cobra comissão na troca de dólares, reais e euros.

Home Office (para serviço de imigra-ção): Immigration & Nationality Directorate Lunar House - 40, Wellesley Road Croydon CR9 2BYTel: 0870 606 7766

Imigração - Immigration Advisory Service (IAS): County House, 2nd floor190 Great Dover StreetSE1 4YBTel: 020 7967 1200ou 020 7378 9191www.iasuk.orgOrientação jurídica gratuita por tele-fone, em inglês, pela manhã. Além de orientação e pedido de visto, a IAS pode oferecer representação jurídica.

Emergências: 999Para contactar a polícia, corpo de bombeiros ou pronto-socorro. O número pode ser usado de qualquer

telefone e é gratuito.Embratel: 0800 890 055 Ligações a cobrar para o Brasil. Digi-tando-se 1, a ligação é completada automaticamente. Para ligar para o Brasil pagando em Londres, disque 00 55 seguido do código de DDD da cidade.

NHS:O NHS é o sistema de saúde britâni-co. No website é possível encontrar informações sobre postos de saúde, hospitais e últimas notícias. www.nhs.uk

Citizens Advice Bureau (CAB):Organização não-governamental que oferece aconselhamento gra-tuito, confidencial, imparcial e inde-pendente sobre diversos assuntos, inclusive imigração. A instituição se baseia no trabalho de voluntários e tem dezenas de escritórios em Lon-dres e em todo o Reino Unido.

www.citizensadvice.org.ukA-Z:Pela internet, fica fácil buscar ende-reços em Londres. É possível aces-sar o site através do código postal ou pela rua. www.streetmap.co.uk

Post Office:Não sabe o postcode da sua rua? Quer saber o endereço do seu amigo? O site do Post Office pos-sui um ótimo sistema de procura em todo Reino Unido. www.postoffice.co.uk

TFL:Pelo site é possível encontrar toda informação necessária sobre o transporte urbano em Londres, mapas, horários e, inclusive, um sistema para planejar a melhor rota para chegar a qualquer des-tino. www.tfl.gov.uk/tfl

Imigrantes têm mesmos direitosque britânico perante leis trabalhistas do Reino Unido

Para os trabalhadores é importante poder balan-çar trabalho com outros

aspectos das suas vidas tal como crianças, assistência familiar e vida doméstica. Para a entidade empre-gadora também é conveniente de-senvolver uma política de trabalho flexível. Está demonstrado que os empregadores que põem em prá-tica políticas de equilíbrio entre tra-balho e vida privada beneficiam de menos mudanças de pessoal, me-nor número de faltas ao trabalho e aumento de produtividade.

Por este motivo, o governo in-troduziu o direito legal que permite ao trabalhador requerer um horário de trabalho flexível. Os trabalhado-res também têm direito a dispensa do local de trabalho por motivo de emergência familiar.

Apesar disto, muitos trabalhado-res migrantes podem deparar-se com dificuldades quando tentam usufruir destes direitos. Uma das razões relaciona-se com o fato de que a lei apenas abrange os em-pregados da companhia e não os trabalhadores contratados via uma agência de trabalho, sendo que uma grande proporção de traba-lhadores migrantes se encontra no segundo grupo. Outra fator a ter em conta é o de que muitos tra-balhadores migrantes têm salários baixos, o que significa que muitos aspectos do trabalho flexível não lhes são favoráveis uma vez que na prática se traduzem em menos ho-ras de trabalho remunerado. Baixos níveis de remuneração também im-

plicam que muitos trabalhem horá-rios largos ou tenham mais do que um emprego.

No entanto, estudos mostram que a legislação responsável pelo balanço entre trabalho e vida priva-da tem tido, no geral, um impacto positivo. Acima de um quinto de pais de crianças com menos de seis anos de idade requereu traba-lho flexível nos últimos dois anos. A maioria dos empregados (81%) viu os seus pedidos completa ou par-cialmente aceites.

O direito a requerer trabalho flexível

Se é um trabalhador (mas não um empregado via agência), tem direito a pedir ao seu empregador um horário flexível nos seguintes casos:

- Trabalhou durante 26 sema-nas consecutivas para o mesmo empregador antes de efetuar seu pedido,

- É responsável por uma crian-ça menor de 6 anos de idade ou uma criança deficiente menor de 18 anos.

Exemplos típicos de trabalho fle-xível incluem:

Trabalhar a tempo parcial (em inglês, “part-time”), por exemplo, trabalhando menos horas por dia ou menos dias por semana;

Trabalhar um horário flexível, es-colhendo assim quando trabalha (nestes casos, há geralmente um período específico em que tem de trabalhar);

Trabalhar horários diferenciados: implica começar, tomar pausas e acabar a horas distintas para os empregados do mesmo local de trabalho.

No entanto, em algumas posi-ções os trabalhadores terão mais possibilidades em obter um acor-do sobre trabalho flexível do que em outras. Como resultado, os trabalhadores vêem-se frequente-mente numa situaçäo em que têm de usar os seus dias de férias ou ausentar-se sem pagamento de

forma a poder lidar com emergên-cias familiares.

Para requerer trabalho flexível necessita:

Fazer o seu pedido por escrito;Especificar que o pedido é feito

tendo em conta o seu direito legal a requerer um padrão de trabalho flexível;

Dar detalhes sobre o pedido que está a efetuar, incluindo a data em que deseja começar;

Confirmar que é o responsável pela educação da criança ou que é o cônjugue ou companheiro;

Especificar se efetuou o mesmo pedido anteriormente e, caso a res-posta seja afirmativa, quando.

O seu empregador deve consi-derar seriamente qualquer requeri-mento da parte do trabalhador, mas não tem de concordar consigo se for o caso de que existe um motivo para que tal não seja possível. O trabalhador tem o direito a requerer trabalho flexível; não o direito a ob-tê-lo. Algumas razões pelas quais o empregador se pode recusar a aceitar o pedido incluem:

Não é possível re-organizar o tra-balho;

Não é possível contractar pesso-al adicional;

Os custos adicionais são dema-siado altos.

Caso seu pedido seja recusado, o seu empregador tem obrigatoria-mente de explicar o porquê tal não é possível. O trabalhador tem o di-reito a apelar e, caso o faça, uma reunião deve ser marcada para dis-cutir do assunto dentro do prazo de 14 dias após ter dado notificação do seu apelo. O trabalhador deve ser informado da decisão dentro

de 14 dias após a reunião. Período de dispensa para lidar

com emergênciasCaso seja um empregado, tem

direito a ausentar-se do trabalho durante um período não remune-rado para resolver emergências que involvam um dependente, isto é, marido, esposa, filhos ou pais, ou outro membro da sua fa-mília que viva sob o mesmo teto. Um dependente pode ser também qualquer pessoa que depende ra-zoavelmente de si para assistência. O direito legal não prevê cuidados sociais a largo prazo tais como cui-dar de crianças ou de um membro da família doente. Pode ausentar-se independentemente do tempo ao qual se encontra ao serviço do empregador. Caso o faça, deve in-formar o seu empregador o mais rápido possível, embora não ne-cessite fazê-lo por escrito ou mos-trar provas.

O direito legal tão pouco se apli-ca caso seja uma ocurrência plane-ada uma vez que esta não é consi-derada uma emergência.

O seu empregador não necessita pagar o tempo em que se encontra ausente devido a circunstâncias que envolvam um familiar, mas pode escolher fazê-lo. O trabalha-dor deve verificar no seu contracto de emprego se existe alguma es-pecificação para estes casos.

É injusto que seja recusado um pedido para ausentar-se do local de trabalho para lidar com um acon-tecimento inesperado envolvendo um dependente e, caso veja o seu pedido recusado, pode apresentar uma queixa junto a um tribunal de emprego.

Rogelio AlsinaPrimus Personnel www.primus-personnel.co.uk

Por:

Nós gostaríamos de ouvir a sua história caso seja um traba-lhador migrante a quem resulta difícil aceder aos direitos descri-tos neste artigo. Pode contatar o Projeto de Trabalhadores Vul-neráveis (em inglês, “Vulnerable Worker’s Project”) através de e-mail ([email protected]) ou atra-vés do nosso site www.vulnera-bleworkersproject.org.uk.

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14 a 20 de maio de 2009

Mãe

O menino e seu amigui-nho brincavam nas primeiras espumas; o

pai fumava um cigarro na praia, batendo papo com um amigo. E o mundo era inocente, na manhã de sol.

Foi então que chegou a Mãe (esta crônica é modesta contri-buição ao Dia das Mães), muito elegante em seu short, e mais ainda em seu maiô. Trouxe óculos escuros, uma esteirinha para se esticar, óleo para a pele, revista para ler, pente para se pentear — e trouxe seu coração de Mãe que imediatamente se pôs aflito achando que o menino estava muito longe e o mar estava muito forte.

Depois de fingir três vezes não ouvir seu nome gritado pelo pai, o garoto saiu do mar resmungan-do, mas logo voltou a se interes-sar pela alegria da vida, batendo bola com o amigo. Então a Mãe começou a folhear a revista mun-dana — "que vestido horroroso

o da Marieta neste coquetel" — "que presente de casamento va-mos dar à Lúcia? tem de ser uma coisa boa" — e outros pequenos assuntos sociais foram aflorados numa conversa preguiçosa. Mas de repente:

— Cadê Joãozinho? O outro menino, interpelado,

informou que Joãozinho tinha ido em casa apanhar uma bola maior.

— Meu Deus, esse menino atravessando a rua sozinho! Vai lá, João, para atravessar com ele, pelo menos na volta!

O pai (fica em minúscula; o Dia é da Mãe) achou que não era pre-ciso:

— O menino tem OITO anos, Maria!

— OITO anos, não, oito anos, uma criança. Se todo dia morre gente grande atropelada, que dirá um menino distraído como esse!

E erguendo-se olhava os carros que passavam, todos guiados por assassinos (em potencial) de seu filhinho.

— Bem, eu vou lá só para você não ficar assustada.

Talvez a sombra do medo tives-se ganho também o coração do pai; mas quando ele se levantou e calçou a alpercata para atraves-sar os vinte metros de areia fofa e escaldante que o separavam da calçada, o garoto apareceu cor-

Crônica dedicada ao Dia das Mães, embora com o final inadequado, ainda que autêntico

Rubem BragaPor:

rendo alegremente com uma bola vermelha na mão, e a paz voltou a reinar sobre a face da praia.

Agora o amigo do casal estava contando pequenos escândalos de uma festa a que fora na véspe-ra, e o casal ouvia, muito interes-sado — "mas a Niquinha com o coronel? não é possível!" — quan-do a Mãe se ergueu de repente:

— E o Joãozinho?Os três olharam em todas as di-

reções, sem resultado. O marido, muito calmo — "deve estar por aí", a Mãe gradativamente nervosa — "mas por aí, onde?" — o amigo otimista, mas levemente apreen-sivo. Havia cinco ou seis meninos dentro da água, nenhum era o Joãozinho. Na areia havia outros. Um deles, de costas, cavava um buraco com as mãos, longe.

— Joãozinho!O pai levantou-se, foi lá, não era.

Mas conseguiu encontrar o amigo do filho e perguntou por ele.

— Não sei, eu estava catando conchas, ele estava catando co-migo, depois ele sumiu.

A Mãe, que viera correndo, in-terpelou novamente o amigo do filho. "Mas sumiu como? para onde? entrou na água? não sabe? mas que menino pateta!" O garo-to, com cara de bobo, e assustado com o interrogatório, se afastava, mas a Mãe foi segurá-lo pelo bra-ço: "Mas diga, menino, ele entrou no mar? como é que você não viu, você não estava com ele? hein? ele entrou no mar?".

— Acho que entrou... ou então foi-se embora.

De pé, lábios trêmulos, a Mãe olhava para um lado e outro, apertando bem os olhos míopes para examinar todas as crianças em volta. Todos os meninos de oito anos se parecem na praia, com seus corpinhos queimados e suas cabecinhas castanhas. E como ela queria que cada um fosse seu filho, durante um se-gundo cada um daqueles meni-nos era o seu filho, exatamente ele, enfim — mas um gesto, um pequeno movimento de cabeça, e deixava de ser. Correu para um lado e outro. De súbito ficou pa-rada olhando o mar, olhando com tanto ódio e medo (lembrava-se muito bem da história acontecida dois a três anos antes, um meni-no estava na praia com os pais, eles se distraíram um instante, o menino estava brincando no rasi-nho, o mar o levou, o corpinho só apareceu cinco dias depois, aqui

nesta praia mesmo!) — deu um grito para as ondas e espumas — "Joãozinho!".

Banhistas distraídos foram in-terrogados — se viram algum menino entrando no mar — o pai e o amigo partiram para um lado e outro da praia, a Mãe ficou ali, trêmula, nada mais existia para ela, sua casa e família, o marido, os bailes, os Nunes, tudo era ri-dículo e odioso, toda essa gente estúpida na praia que não sabia de seu filho, todos eram culpa-dos — "Joãozinho !" — ela mes-ma não tinha mais nome nem era mulher, era um bicho ferido, trê-mulo, mas terrível, traído no mais essencial de seu ser, cheia de pânico e de ódio, capaz de tudo — "Joãozinho !" — ele apareceu bem perto, trazendo na mão um sorvete que fora comprar. Quase jogou longe o sorvete do menino com um tapa, mandou que ele fi-casse sentado ali, se saísse um passo iria ver, ia apanhar muito, menino desgraçado!

O pai e o amigo voltaram a sen-tar, o menino riscava a areia com o dedo grande do pé, e quando sen-tiu que a tempestade estava pas-sando fez o comentário em voz bai-xa, a cabeça curva, mas os olhos erguidos na direção dos pais:

— Mãe é chaaata...

BILHETE

Por: Mário Quintana

Se tu me amas, ama-me baixinho

Não o grites de cima dos telhados

Deixa em paz os passarinhos

Deixa em paz a mim!Se me queres,

enfim,tem de ser bem de-

vagarinho, Amada,que a vida é breve, e o

amor mais breve ainda...

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14 a 20 de maio de 2009

-Quando o Rio de Ja-neiro deixou de ser a capital do Brasil?

- Respondo com uma pergunta: em que data Brasília passou a ser a Capital Federal?

- Espertinho você, hein! Todos nós sabemos que no dia 21 de abril de 1960 o Centro Oeste brasileiro abrigou a nova sede administrativa do País. Naquela data, concretiza-va-se o sonho do então presidente da República, Juscelino Kubitschek de Oliveira.

- Você conhece Brasília? Reza a lenda que todos os que ali vivem nutrem um único sonho: deixar a cidade e voltar para a sua terra natal.

Ledo engano, meu amigo! Bra-sília é hoje em dia o futuro tão so-nhado de uma nação integrada, em pleno Cerrado, terra dos tatus-bola, macacos-prego, veados-campeiros, quero-queros, corujas-buraqueiras, lobos-guará e das temíveis cascavéis.

- Víboras! Brasília abriga os políti-cos corruptos, gananciosos, enga-

nadores, as verdadeiras serpentes brasileiras.

- Deixe de bobagem! O ipê-roxo e o ipê-amarelo, além de plantas medicinais e de arbusto genuina-mente brasileiros, constituem a riquíssima flora de árvores de pe-queno porte, verdadeiras heroínas de uma região semi-árida e repleta de encantos.

Qual é a árvore símbolo do Cer-rado?

- É o pau-terra-do-cerrado. - Discordo. É o ipê-amarelo ou o

flamboyant. - Quanta ignorância! O flam-

boyant (Delonix regia) é uma espé-cie exótica que veio das Antilhas e é utilizada na ornamentação e ar-borização de Brasília. O flamboyant não é brasileiro.

- Mas o que o levaria a passar suas férias em Brasília?

- São muitos os aspectos que me atraem. Os habitantes são gentis, o lago Paranoá encanta pela sua beleza, o céu está sempre “deco-rado” por nuvens que comungam com a imensidão do Cerrado.

- Compreendo que adore a natu-

reza e, em especial, o Cerrado. Se eu tivesse apenas dois dias para conhecer a Capital Federal, o que me sugeriria?

- Percorra o Eixo Monumental. Não há nada igual no planeta. Visi-te a Catedral, o Ministério das Rela-ções Exteriores, e na Praça dos Três Poderes tenha tempo para admirar o desenho das obras do urbanista Lúcio Costa e do arquiteto Oscar Niemeyer. Veja toda Brasília do mi-

rante da torre de TV. Aproveite para conhecer o Espaço Lúcio Costa, o Superior Tribunal Federal, o Palácio da Alvorada e o Senado Federal. Aproveite estes dois dias para des-bravar os Eixos Monumentais Leste e Oeste. Passeie pelo Parque da Cidade e...

- Nossa, quanta coisa! Mas é

tudo muito estático, não é mesmo? Arquitetura arrojada no Eixo Mo-

numental - Engano seu! Brasília é uma

cidade viva, onde há excelentes restaurantes, teatros, cinemas, tu-rismo rural em seu entorno e uma vida cultural intensa. Vá a Brasília e descobrirá um outro Brasil!

- Então tá!

Fotos por: Diego Gazola (MTB-SP-44.350), é repórter-fotográfico. Graduado em Comunicação Social pela UMESP-SP, tem se especializado em fotojornalismo de viagens. Em cinco anos, percorreu mais de um mil municípios em todo o Brasil para avaliação dos atrativos e documentação fotográfica dos Guias Turístico-Culturais da editora Empresa das Artes. As fotografias de Brasilzão são de sua [email protected] por: Fábio Brito é escritor. Presidente da Empresa das Artes, editora com de 160 obras publicadas nos seg-mentos de turismo, meio-ambiente e cultura; de guias de viagem a livros de arte. Os textos de Brasilzão são de sua [email protected]

A Flor do Cerrado A Marca Niemeyer presente em todo o Brasil.

Religiosidade e modernidade no Cerrado.

Ousadia na maravilhosa arquitetura.

Movimento no animado aeroporto de Brasília.

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14 a 20 de maio de 2009

guia de serviçosentreterimento

(20 março a 20 abril)Áries

Fique atento(a) às oportunidades no setor profissional. Não deixe uma boa chance escapar. O poder de comu-nicação será o seu maior trunfo. Talvez seja a hora de abrir seu coração.O Sol atravessa sua Casa do Dinheiro e dará a maior força para você faturar e espantar a crise.

Elemento: FogoPlaneta Regente: Marte

(21 abril a 20 maio)

(20 fevereiro a 20 março) Peixes

É um bom momento para investir nos seus sonhos mais ambiciosos. Seu poder de comunicação estará com tudo! Está com sorte em jogos. Sua discrição poderá ajudá-lo(a) no campo amoroso.Siga seus instintos! Seu coração vai mostrar o caminho mais curto para chegar aonde tanto deseja.

Elemento: ArPlaneta Regente: Neturno

(22 novembro a 21 dezembro) Sagitário

Faça do diálogo a sua principal ferramenta de trabalho. No entanto, não tente impor valores. Respeite a maneira de pensar das outras pessoas. No romance, uma dose de ousadia cairá bem.Tudo que está ligado ao trabalho, romance e vida social está sendo favorecido. Aproveite a fase positiva.

Elemento: ÁguaPlaneta Regente: Sol

Touro

Estará mais crítico(a) em relação a tudo e a todos. De-sentendimentos não estão descartados com amigos. Procure se dedicar a algo que te traga satisfação. Forte sintonia no amor.Tenha calma ao lidar com as situações. Seu jeito batalha-dor pode assustar as pessoas e atrapalhar.

Elemento: TerraPlaneta Regente: Neturno

(23 agosto a 22 setembro) Virgem

Assuntos ligados a dinheiro poderão ser resolvidos. Al-guém da família pede mais atenção. Quanto mais inten-so for o seu convívio com quem ama, maior será a sua chance de conquistá-lo(a).Você só alcançará o que quer quando tiver maturidade para entender o que aconteceu no percurso.

Elemento: ArPlaneta Regente: Júpiter

(21 maio a 20 junho)Gêmeos

Elemento: ArPlaneta Regente: Saturno

Sua vida profissional recebe poderosas vibrações. Novos empreendimentos podem ser iniciados agora. Mudar a sua rotina pode ser uma atitude saudável. No amor, some forças com quem ama.Algumas mudanças serão necessárias para chegar aon-de deseja. Não tenha medo de enfrentar as situações.

Elemento: FogoPlaneta Regente: Sol

(23 outubro a 21 novembro) Escorpião

Vênus e Marte brilham em sua Casa do Trabalho e pro-metem uma fase das mais proveitosas. Terá facilidade para ganhar dinheiro em casa. Sua dedicação a quem ama pode a diferença.Amigos e parentes próximos darão todo o apoio de que você precisa para realizar os seus sonhos.

Elemento: FogoPlaneta Regente: Saturno

(21 janeiro a 19 fevereiro)Aquário

Evite deixar serviços pendentes, assim não receberá cobranças. Tenha cuidado com as palavras ou pode se queimar. Na conquista amorosa, o clima promete es-quentar junto de quem gosta.Um imprevisto pode obrigar você a rever seus planos. Levante a cabeça. Nada acontece por acaso.

Elemento: FogoPlaneta Regente: Marte

(22 dezembro a 20 janeiro) Capricórnio

Concentre-se mais em seus afazeres e não misture as-suntos de trabalho com outros interesses. Pode se des-tacar pela sua liderança no emprego. Há sinal de altos e baixos no amor. Cuidado!Sucesso e alegria chegarão mais cedo do que espera, mas talvez não seja exatamente como gostaria.

Elemento: FogoPlaneta Regente: Plutão

(23 setembro a 22 outubro) Libra

Os seus mais íntimos desejos podem se opor ao que os outros esperam de você. Seja paciente! Há risco de errar pelo excesso de confiança. Cuidado com interfe-rências no romance.Precisará abrir mão de algumas coisas para chegar lá. Mas batalhe com muita garra, não desista!

Elemento: FogoPlaneta Regente: Plutão

(21 junho a 21 julho)Câncer

Elemento: ÁguaPlaneta Regente: Lua

Jogue suas energias no serviço e não se arrependerá. É tempo de revelar uma postura mais inovadora. O astral requer cuidado com mentiras. Terá maior clareza do que deseja na paixão.Precisará ter força de vontade para conquistar o que almeja. Nada na vida é fácil, então, batalhe!

(22 julho a 22 agosto) Leão

Fonte: João Bidu. www.joaobidu.com.br

Mostre mais interesse por seu trabalho. As extravagân-cias devem ser evitadas. Siga a sua intuição nos negócios e terá bons resultados. No romance, seu poder de sedu-ção está com tudo.Se não tiver um plano de ação, dificilmente conseguirá o que deseja. Defina bem os seus objetivos.

Abobrinha

Por:

Marcus Fumagalli

Marido e Mulher

A esposa estava se olhando no espelho do quarto de dormir. Ela não está feliz com o que vê e diz para o marido,

- Sinto-me horrível! Pareço velha, gorda e feia. Eu realmente preciso de um elogio seu.

Assim, o marido responde prontamente:- Sua visão está perto da perfeição.E então a briga começou...

Um dia o marido resolveu levar a esposa ao restaurante. O garçom, anotou o pedido dele primeiro.

- Eu vou querer churrasco, mal-passado, por favor.

O garçom então pergunta:- Você não está preocupado com a vaca

louca?Sendo a resposta do marido a seguinte:- Não, ela mesma pode fazer seu pedido!E então a briga começou...

START FINISH

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14 a 20 de maio de 2009

classificados

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14 a 20 de maio de 2009

classificados

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14 a 20 de maio de 2009

Kickers firma parceria com dois dos mais importantes treinadores de futsal do mundo

No mês passado, o trei-nador do Kickers Futsal Club, Rogerio de Olivei-

ra, reuniu-se em Criciúma, San-ta Catarina, com duas lendas do futsal brasileiro: Marcos Sorato, o “Pipoca”, e Antonio de Azevedo, o “Zego”. O primeiro é assistente téc-nico da seleção brasileira, além de treinador da equipe feminina e da categoria sub-21. O segundo, que defendeu o esquadrão nacional nos anos 80, é o criador do sistema de jogo 4x0 e já viajou a mais de 25 países para estimular a prática do futsal. Oliveira conversou com o Brazilian News sobre um novo pro-jeto de futsal que esses seus dois grandes amigos estão desenvol-vendo na cidade catarinense.

Como é esse projeto de Crici-úma?

Rogério de Oliveira: Trata-se de um clube de futsal chamado Capi-vari Futsal, que conta praticamente apenas com atletas de até 20 anos de idade. O objetivo é, em dois anos, formar uma equipe forte e conseguir uma vaga na Liga Nacio-nal. Os garotos do time já obtive-ram bons resultados no ano passa-do. O próximo passo é estabelecer

academias de futsal para descobrir e moldar mais novos talentos.

O que você aprendeu durante sua visita?

RO: Após apenas três dias vendo como um time profissional treina, pude aprender algumas novas tá-ticas de jogo e, o mais importante, como dois dos melhores técnicos do mundo preparam seus atletas.

O que essa dupla de treinado-res têm de especial?

RO: O Zego é o melhor profis-

sional do mundo para ajudar um atleta a se desenvolver. É incrível o que ele consegue com seu método próprio. Além disso, ele foi o pio-neiro no uso do sistema 4x0 com uma equipe feminina. Com isso, as meninas do UNESC Futsal estão se dando muito bem na Liga Nacional e, mesmo recebendo boas propos-tas para jogarem por grandes equi-pes brasileiras, elas têm preferido continuar com o Zego. Isso é algo que não se vê mais no futsal. Já o

Pipoca, depois ter sido um dos me-lhores pivôs da Liga Espanhola e conquistado tudo o que podia por lá, tornou-se técnico no Playas de Castellon, um dos maiores clubes de futsal do mundo. Agora voltou ao Brasil para desenvolver novos talentos em Criciúma. Além disso, junto com o PC, técnico da seleção brasileira, o Pipoca faz todo o pro-grama de treinamento da seleção adulta, feminina e sub 21.

É possível trazer os ensina-

mentos deles para o futsal in-glês?

RO: Muitos deles sim. Mas, eles têm vantagens que nós não temos por aqui . Em primeiro lugar, eles treinam duas vezes ao dia, cinco dias por semana. Além disso, eles possuem uma excelente estrutura para os treinamentos provida pela prefeitura local. Nós aqui, no en-tanto, ralamos para conseguir uma quadra para ao menos um ou dois treinos semanais.

O que essa sua visita pode render para o Kickers?

RO: Primeiramente, vou tentar aplicar parte daquilo que apren-di com meus atletas. Além disso, firmei em nome do Kickers uma parceria com o Capivari Futsal que nos permitirá enviar atletas e trei-nadores nossos para aprenderem com o projeto deles. Se possível, tentarei trazê-los para ministrarem um curso de futsal por aqui. Tenho certeza de que todos poderiam se beneficiar muito com essas lendas do futsal brasileiro. Não posso es-quecer de um outro velho amigo que reencontrei lá: o ex-capitão do Kickers, Adriano Albano. A melhor notícia é que ele está considerando voltar a Londres, mas ainda esta-mos no início das negociações.

Victor De MartinoPor:

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14 a 20 de maio de 2009

Agora há já uma equipa por-tuguesa com um treinador

português tricampeão: Jesualdo Ferreira. O golo, aos 48 minutos, de Bruno Alves acabou com a ansieda-de-o F.C. Porto colocou-se em van-tagem no anunciado jogo do título e a comeração iniciou-se.

O tetracampeonato que o FC Por-to celebrou é o segundo que o FC Porto comemora – o primeiro come-çou em 1994 e passou a "penta" em 1999 e apenas o terceiro que se viu no futebol português – o primeiro deu-se no Sporting dos anos 50.

Durante 30 minutos, houve um pouco de tudo, no relvado e nas bancadas. Um palco montado no centro do terreno recebeu os joga-dores e Jesualdo Ferreira. O técni-co foi o mais ovacionado da noite. Venerado, aplaudido, o treinador conquistou, parece que de forma definitiva, a confiança da plateia exigente e cada vez mais habitua-da aos festejos. Jesualdo Ferreira foi o primeiro a dizer que festejar vi-tórias ao serviço do FC Porto é tão corriqueiro como lavar os dentes, informou o site Mais Futebol. Je-sualdo mantém sigilo absoluto re-lativamente ao seu futuro. O treina-dor acaba por ser um dos maiores vencedores da temporada. Teve a capacidade de retocar um plantel que perdeu nomes importantes (Quaresma, Assunção, Bosingwa), introduziu com harmonia peças no-vas (Rolando, Fernando, Hulk, Ro-dríguez, entre outros) e sustentou com qualidade o crescimento da equipa, em declarações à comuni-cação social portuguesa.

"É a confirmação da hegemonia portista em termos desportivos", anota ao jornal Público, Rui Jorge,

protagonista do outro "tetra". De notar que nos últimos 20 anos, o FC Porto comemorou 14 títulos de campeão nacional, tendo pelo meio contado três do Benfica, dois do Sporting e um do Boavista. Ao ga-rantir o sexto título nacional neste século, o FC Porto soma 16 troféus conquistados desde 2001: seis campeonatos, três taças de Portu-gal, quatro supertaças Cândido de Oliveira, uma Liga dos Campeões, uma Taça UEFA e uma Taça Inter-continental.

O tetra permitiu aos "dragões" distanciarem-se dos franceses do Olympique de Lyon, que também contabilizavam 15 conquistas no século XXI (sete campeonatos, uma Taça de França, uma Taça da Liga e seis supertaças), mas estão pratica-mente afastados da luta pela revali-dação do título.

Com menos dois troféus, surgem os alemães do Bayern de Munique (cinco campeonatos, quatro taças, duas taças da Liga, uma Liga dos Campeões e uma Taça Interconti-nental), que ainda lutam pela vitó-ria na "Bundesliga", os lituanos do Kaunas (seis campeonatos, quatro taças e três supertaças), que aban-donaram a liga principal, e os esco-ceses do Celtic, que actualmente seguem na segunda posição do campeonato, depois de já terem ganho a Taça da Liga esta época, segundo a agência Lusa.

A possibilidade de revalidar os tí-tulos da Liga Inglesa e da Liga dos Campeões, permitem aos ingleses do Manchester United, com 12 tro-féus conquistados (quatro campeo-natos, uma Taça de Inglaterra, duas Taças da Liga, três supertaças, uma Liga dos Campeões e um Mundial de Clubes), aspirar a um dos luga-res cimeiros neste "ranking".

esporte

Thalita Pires Por:BATE BOLA

Corinthians – O campeão paulista, jogando com apenas dois titulares, mediu forças com o Inter, campeão gaúcho, e foi derrotado por 1 a 0, pela primeira rodada do Brasileirão. Na quarta, o time pega o Fluminense pela primeira partida das quartas-de-final da Copa do Brasil, no Pa-caembu.

Palmeiras – O time finalmente espantou o fan-tasma do Sport e eliminou o rival pernambucano na Libertadores. Mas vaga nas quartas só veio depois de muito sofrimento. O Verdão perdeu por 1 a 0 no tempo regulamentar e a partida foi para os pênaltis. Marcos defendeu 3 cobranças e classificou o Palmeiras. Pelo Brasileiro, a equipe estreou vencendo o Coritiba por 2 a 1.

Santos – O empate com o Grêmio por 1 a 1 fora de casa na estréia do Brasileiro foi conside-rado um bom resultado pelos santistas. O gol de empate saiu apenas aos 40 minutos do segundo tempo, em falta cobrada por Molina.

São Paulo – A Conmebol oficializou o São Paulo nas quartas-de-final da Libertadores. O Tricolor se recusou a jogar no México contra o Chivas por causa do surto de gripe H1N1, po-sição compartilhada pelo Nacional do Uruguai, que deveria enfrentar o San Luis. Os times mexi-canos não aceitaram jogar duas partidas fora de casa nem fazer um jogo único na casa dos ad-versários e se retiraram da competição. Agora, o São Paulo espera o vencedor do confronto entre Cruzeiro e Universidad do Chile. Pelo Brasileiro, o time perdeu por 1 a 0 do Fluminense.

Atlético Mineiro – O Galo empatou com o Avaí em 2 a 2 pela primeira partida do Brasileirão. O time saiu perdendo por 2 a 0 mas teve forças para buscar o empate no final. O Galo, que agora concentra forças só no Brasileiro, enfrenta o Grê-mio na próxima rodada.

Cruzeiro – O Cruzeiro deu um grande passo na Libertadores ao vencer o Universidad de Chile por 2 a 1 fora de casa, pelas oitavas. A decisão da vaga acontece nesta quarta, em BH. Pelo Bra-sileiro, o time estreou com vitória de 2 a 0 sobre o Flamengo.

Atlético Paranaense – O Furacão perdeu para o Corinthians por 2 a 0 no Pacaembu e deu adeus à Copa do Brasil. Ainda de ressaca, o time vacilou em casa e perdeu por 2 a 0 do Vitória, pelo Brasileiro.

Botafogo – O Botafogo foi a Santo André e empatou com o estreante na Série A em 1 a 1. O time teve um pênalti claro não marcado a seu favor. Na próxima rodada o time pega o Corin-thians, em casa.

Flamengo – O rubro-negro venceu o Vitória

por 3 a 0 pela Copa do Brasil e está nas quartas-de-final da competição. O próximo adversário do time é o Internacional. Pelo Brasileiro, no entanto, o resultado não foi bom: o time foi derrotado pelo Cruzeiro por 2 a 0.

Fluminense – O Flu empatou em 1 a 1 com o Goiás pela partida de volta das oitavas-de-final da Copa do Brasil e avançou para a próxima fase, em que enfrenta o Corinthians. No Brasileiro, o time venceu o São Paulo em casa por 1 a 0.

Vasco – O Vasco passou pelo Icasa e foi às quartas da Copa do Brasil. O time enfrenta o Vi-tória nesta quarta. Pela estreia na Série B, o time venceu o Brasiliense por 1 a 0.

Grêmio – O Grêmio continua com tudo na Li-bertadores. Depois de ser o melhor time da fase de classificação, o Tricolor venceu o San Martín por 3 a 1 fora de casa e está quase classificado para as quartas. Pelo Brasileiro, o time empatou com o Santos em 1 a 1.

Internacional – O Colorado passou pelo Náu-tico com placar agregado de 5 a 0 e está nas quartas da Copa do Brasil. O time pega o Fla-mengo nas próxima fase. Pelo Brasileiro, o time venceu o Corinthians por 1 a 0 no Pacaembu, com um golaço de Nilmar. O atacante recebeu um lançamento longo, fez fila de seis jogadores e chutou cruzado.

Goiás – O Esmeraldino chegou a estar ven-cendo por 3 a 1 a partida em casa frente ao Náu-tico. Mas sobre o gol de empate aos 39 minutos da etapa complementar.

Náutico – Eliminado da Copa do Brasil pelo Inter, o Timbu conseguiu um bom resultado na estreia do Brasileirão ao empatar em 3 a 3 fora de casa com o Goiás. No meio da semana, a diretoria do clube anunciou a contratação do volante Júnior Carioca que estava no Atlético Mineiro.

Sport – Precisando vencer, o Leão foi só ata-que e colocou pressão no Palmeiras do início ao fim do jogo decisivo das oitavas da Libertadores. O resultado de 1 a 0 no tempo regulamentar le-vou a decisão para os pênaltis. Aí a estrela do goleiro palmeirense brilhou: o Sport teve três cobranças defendidas e foi eliminado da com-petição. No Brasileirão, o Sport empatou com o Barueri em 1 a 1.

Avaí – Em sua estreia na série A do Brasileirão, o time catarinense conseguiu um empate em 2 a 2 diante do Atlético Mineiro em casa. O técnico Silas afirmou depois do jogo que o objetivo do Avaí neste campeonato é permanecer na primei-ra divisão. “O que vier depois disso é lucro para a gente”, disse o treinador.

Porto com dois tetracampeonatosA conquista do tetra-campeonato português, neste domingo, 10, faz do FC Porto o clube com mais títulos nacionais e internacionais de futebol, dos 30 primeiros países do "ranking" da UEFA, nos primeiros nove anos do século XXI

Daniela Romã[email protected]

Por:

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14 a 20 de maio de 2009

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14 a 20 de maio de 2009

O boato sobre a possibilidade de Ronaldinho Gaúcho refor-

çar Flamengo ou São Paulo correu nesta terça-feira, 12, mas não deve passar de fumaça. Roberto de As-sis, irmão e empresário do jogador, descartou qualquer possibilidade do astro do Milan voltar ao futebol brasileiro. "Não há possibilidade de ele retornar como fizeram Ronaldo e Adriano. Agora, se me perguntarem

se ele pode trocar de time na Euro-pa, aí digo que sim", explicou.

O futuro de Ronaldinho Gaúcho passa pelo destino do técnico Carlo Ancelotti, que deve deixar o Milan no final da temporada. Se isso realmente acontecer, o astro brasileiro continuaria no clube ita-liano. Caso contrário, pode ir para outro mercado europeu, como a Inglaterra - o Manchester City es-

taria interessado. Antes mesmo de Assis se pro-

nunciar, o São Paulo já negava qualquer possibilidade de repatriar Ronaldinho Gaúcho, que ganha cerca de R$ 18 milhões por ano. "Temos uma política salarial e ele é um jogador com um dos maiores salários do mundo", disse o diretor de futebol são-paulino, João Paulo de Jesus Lopes.

Eliminados por Manches-ter United e Barcelona na Copa dos Campeões,

Arsenal e Chelsea fizeram o clássi-co londrino neste domingo no Emi-rates Stadium, na capital inglesa. Mesmo jogando fora de casa, os Blues não se intimidaram e bate-ram o time de Arsène Wenger por 4 a 1, com gols de Alex, Anelka, Touré, contra e Malouda. Bendtner descontou.

Praticamente garantidos na Copa dos Campeões de 2010, ambas as equipes duelavam mais por uma vitória moral do que por pontos na tabela, uma vez que estão a mais de dez pontos do quinto colocado, Aston Villa, que tem 58 pontos, e

quase a mesma distância do líder Manchester United, com mais duas rodadas a serem disputadas. Com a vitória, o Chelsea foi para 77 pon-tos, e matematicamente ainda tem chance de tirar o troféu inglês do Old Trafford.

Embalado por sua torcida, os Gunners começaram jogando me-lhor, levando perigo ao gol de Cech aos sete, aos 17 e aos 24, com Walcott, duas vezes, e Diaby. Po-rém, foi o time visitante que abriu o placar. Aos 27, Drogba cruzou na

cabeça de Alex, que subiu mais do que Silvestre e testou para o fundo das redes.

Embora o Arsenal continuasse jogando melhor, quase empatando aos 35 com Van Persie, o Chelsea ampliou o placar para 2 a 0 em

esporte

Chelsea bate Arsenalpor 4 a 1 em clássico londrinoBlues não deram chances para os Gunners na briga pelo terceiro lugar do Campeonato Inglês

Jogadores do Chelsea comemoram gols.

mais um contra-ataque, dois mi-nutos depois. Anelka recebeu na esquerda, girou, partiu com a bola dominada pelo meio, avançou e, de fora da área, bateu de bico, no cantinho de Fabianski.

Se os Gunners tinham alguma esperança de empatar e voltar ao páreo, ela praticamente sumiu com o terceiro gol da equipe de Guus Hiddink. Logo aos quatro minutos da segunda etapa, Ashley Cole re-cebeu passe em profundidade na esquerda e cruzou rasteiro na área, e, de carrinho, Touré empurrou contra a própria meta.

Wenger tentou mudar o panora-ma da partida colocando Bendtner no lugar de Diaby, e o Arsenal criou mais algumas chances, inclusive vendo Walcott perder um gol fei-to aos 15 do segundo tempo. E o atacante suíço fez o tento de honra dos Gunners, ao aproveitar um cru-zamento de Sagna e testar para o fundo das redes.

Em mais um cabeceio, Bendtner quase fez o segundo e colocou fogo na partida, mas Cech fez boa defe-sa. O Arsenal voltava a pressionar, empurrado pela sua torcida, mas ainda assim, bem defensivamente e contando com uma ótima apre-sentação de seu goleiro, o Chelsea se segurava como podia, e contra-atacava em lances esporádicos, mas de grande perigo para a meta do inseguro Fabianski.

Aos 41 do segundo tempo, Ane-lka desceu pela direita e bateu na trave, mas Malouda, no rebote, não desperdiçou e fez o quarto dos Blues, pondo fim à reação do time de Arsène Wenger.

Na próxima rodada, penúltima da competição, o Arsenal visita o líder Manchester United, enquan-to o Chelsea recebe o Blackburn. (Agências internacionais)

Segunda etapa da British Triumph Triple challenge

Neste final de semana o bra-sileiro Rhalf Lo Turco disputa

a segunda etapa da Copa Inglesa Triumph Triple Challenge, em Ca-dwell Park, Linconshire. Rhalf vem se destacando na superbike ingle-sa, categoria esta disputada por novos pilotos, sendo regulada por marca única de motos – a Triumph Triple Challenge.

O piloto paulista terminou o cam-peonato de 2008 na terceira colo-cação da competição. Na primeira etapa deste ano, Rhalf novamente

representa o Brasil na Copa Trium-ph que teve início no mês de abril e Rhalf lidera o campeonato com vin-te e três pontos tendo vencido as três primeiras baterias da primeira prova do ano no famoso circuito de Brands Hatch.

Para maiores informações visite o site do piloto www.rhalfloturco.co.uk, Rhalf conta com o patrocínio das empresas Rider Support Ser-vices, SBK City Servicing, Brazilian News e BR Jet

Assis descarta volta de Ronaldinho Gaúcho ao Brasil

Empresário e irmão diz que atleta, no entanto, não deve permanecer no Milan para a próxima temporada

Ronaldinho Gaúcho comemora gol pelo Milan diante da Albânia, nesta terça-feira

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14 a 20 de maio de 2009

F-1: Button ganha a quartaem cinco, agora no GP da EspanhaInglês abre 14 pontos sobre Barrichello, o vice; Massa, no sufoco, chega em 6.º, após outro erro da Ferrari

Jenson Button e a Brawn GP provaram neste domingo, 10, porque lideram o Mun-

dial de Fórmula 1 de 2009. Além de andar rápido, a vitória do inglês no GP da Espanha foi garantida graças a uma estratégia brilhante na pista, superando assim o companheiro Rubens Barrichello, que mais uma vez chega em segundo lugar, man-tendo assim esta posição na classi-ficação da temporada.

Logo atrás chegou o australiano Mark Webber, da Red Bull, em seu primeiro pódio no ano com o tercei-ro lugar, também graças à estratégia da sua equipe, num grande corrida, tendo na sequência o companheiro Sebastian Vettel, quarto lugar após briga intensa com Massa na parte final da corrida e o passando devido aos problemas com o brasileiro.

Um resultado que poderia ter sido bem melhor nesta quinta etapa do Mundial é o do próprio Felipe Mas-

sa (que será pai), com sua Ferrari, que terminou em sexto lugar. Só não chegou à frente por falta de combustível, em outro erro da equi-pe – não conseguiu terminar nem a última volta. A fase negra continua com o finlandês Kimi Raikkonen, que abandonou mais uma vez, ago-ra por um problema no acelerador, provavelmente o mesmo que atin-giu o brasileiro há duas corridas.

PancadasCom tradição de poucas ultra-

passagens, a pista do Circuito da Catalunha não perdoa quem força a barra. E logo após a largada teve

o único acidente registrado na cor-rida: Fernando Alonso (Renault) ten-tou passar por Jarno Trulli (Toyota), que não conseguiu segurar o car-ro, foi para fora e voltou, atingindo Adrian Sutil (Force India). Para não bater, Sebastien Buemi freou e foi atingido pelo colega de Toro Rosso

Sebastien Bourdais.Os quatro carros tiveram de

abandonar. Outro envolvido – sem culpa – na confusão foi o japonês Kazuki Nakajima, da Williams, que teve de trocar seu bico. Voltou, mas se já não é rápido sem problemas, ficou ainda mais longe de pontuar, terminando em 13.º e penúltimo lu-gar, tomando volta dos líderes.

Sem sucessoNelsinho Piquet e sua Renault

não tiveram outro dia bom. Ele che-gou em 12.º lugar e não conseguiu avançar muito no grid em toda a corrida. E viu ainda, mais uma vez, o

GP da Espanha – Classificação final - 66 voltas 1º Jenson Button (ING/Brawn GP), 1h37min19s202 2º Rubens Barrichello (BRA/Brawn GP), a 13s056 3º Mark Webber (AUS/Red Bull), a 13s924 4º Sebastian Vettel (ALE/Red Bull), a 18s941 5º Fernando Alonso (ESP/Renault), a 43s166 6º Felipe Massa (BRA/Ferrari), a 50s827 7º Nick Heidfeld (ALE/BMW), a 52s312 8º Nico Rosberg (ALE/Williams), a 1min05s211 9º Lewis Hamilton (ING/McLaren), a 1 volta 10º Timo Glock (ALE/Toyota), a 1 volta 11º Robert Kubica (POL/BMW), a 1 volta 12º Nelsinho Piquet (BRA/Renault), a 1 volta 13º Kazuki Nakajima (JAP/Williams), a 1 volta 14º Giancarlo Fisichella (ITA/Force India), a 1 volta

Não terminaram a corrida: Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari), quebra, volta 18 Heikki Kovalainen (FIN/McLaren), quebra, volta 8 Jarno Trulli (ITA/Toyota), acidente, volta 1 Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso), acidente, volta 1 Sebastien Bourdais (FRA/Toro Rosso), acidente, volta 1 Adrian Sutil (ALE/Force India), acidente, volta 1

bicampeão mundial Fernando Alon-so pontuar, com o quinto lugar.

A próxima etapa do Mundial é o tradicional GP de Mônaco, em Montecarlo, daqui duas semanas,

no domingo dia 24 de maio. Resta saber se a nem tanto mais tradição - falhou nos dois últimos anos - de que o vencedor na Espanha será o campeão da temporada. Button tor-ce por isso e já tem uma boa van-tagem para isso: 14 pontos. Mas, nada que ainda não possa ser re-tirado.

Button contorna curva no circuito espanhol.