braziliannews 358

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w w w . b r a z i l i a n n e w s . u k . c o m Londres, 12 a 18 de fevereiro de 2009 Ano 9 / Número 358 banda navidad banda navidad “Não tenho medo da morte”, diz vice presidente Alencar 23 09 06 BRASIL Para Austrália, incêndios são homicídios em massa matando centenas MUNDO Artistas brasileiros são parte da trupe de “Quidam” CULTURA Brasil ganha da Itália por 2 a 0 no amistoso dos campeões A seleção brasileira mos- trou que tem força ofensiva e garantiu, no primeiro tempo, a vitória por 2 a 0 sobre a seleção italiana no amistoso dos últimos campeões mundiais (2002 e 06) desta terça- feira, em Londres. Os belos gols de Elano e Robinho garantiram a tranquilidade que o técnico Dunga precisava para seguir no comando da equipe. Continua nas página 35 Continua nas página 18 e 19 A crise está abrindo novas fren- tes de tensão mundial. O Bra- sil declarou na segunda-feira, 9, aos 153 países da Organização Mundial do Comércio (OMC) que pode abrir disputas contra eventuais distorções causadas por pacotes de ajuda. Os Estados Unidos fazem consultas a governos que adotaram medidas para proteger a indústria e estão afe- tando produtos americanos. Enquan- to isso, a União Europeia (UE) rejeita a acusação de que seus pacotes de socorro sejam protecionistas. A OMC fez a primeira reunião para debater o surgimento de medidas protecionistas diante da crise e da pressão interna por proteção. A en- tidade se comprometeu, de forma inédita, a monitorar o impacto de pa- cotes de ajuda. Mas o encontro ser- viu para mostrar que a crise promete causar enfrentamentos comerciais. O Brasil alegou, como o Estado antecipou, que a principal ameaça hoje para o comércio não são as ele- vações de tarifas de importação cria- das por países que tentam proteger a indústria. O Itamaraty aponta que o pior efeito é dos pacotes de socorro ao setor industrial, que criam benefí- cios para as empresas locais e dis- torções no comércio. Mais de US$ 3 trilhões já foram usados em planos de relançamentos das economias em recessão, como Europa, Japão e Estados Unidos. Crise no mundo: Brasil ataca planos de países ricos em reunião da OMC

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Crise no mundo: Brasil ataca planos de países ricos em reunião da OMC

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w w w . b r a z i l i a n n e w s . u k . c o mLondres, 12 a 18 de fevereiro de 2009 Ano 9 / Número 358

banda navidadbanda navidad“Não tenho medo da morte”, diz vicepresidente Alencar

230906

BRASILPara Austrália, incêndiossão homicídios em massa matando centenas

muNdoArtistas brasileiros são parte da trupe de “Quidam”

CuLTuRA

Brasil ganha da Itália por 2 a 0 no amistoso dos campeões

A seleção brasileira mos-trou que tem força ofensiva e garantiu, no

primeiro tempo, a vitória por 2 a 0 sobre a seleção italiana no amistoso dos últimos campeões

mundiais (2002 e 06) desta terça-feira, em Londres. Os belos gols de Elano e Robinho garantiram a

tranquilidade que o técnico Dunga precisava para seguir no comando da equipe.

Continua nas página 35

Continua nas página 18 e 19

A crise está abrindo novas fren-tes de tensão mundial. O Bra-

sil declarou na segunda-feira, 9, aos 153 países da Organização Mundial do Comércio (OMC) que pode abrir disputas contra eventuais distorções causadas por pacotes de ajuda. Os Estados Unidos fazem consultas a governos que adotaram medidas para proteger a indústria e estão afe-tando produtos americanos. Enquan-to isso, a União Europeia (UE) rejeita a acusação de que seus pacotes de socorro sejam protecionistas.

A OMC fez a primeira reunião para debater o surgimento de medidas protecionistas diante da crise e da pressão interna por proteção. A en-tidade se comprometeu, de forma inédita, a monitorar o impacto de pa-cotes de ajuda. Mas o encontro ser-viu para mostrar que a crise promete causar enfrentamentos comerciais.

O Brasil alegou, como o Estado antecipou, que a principal ameaça hoje para o comércio não são as ele-vações de tarifas de importação cria-das por países que tentam proteger a indústria. O Itamaraty aponta que o pior efeito é dos pacotes de socorro ao setor industrial, que criam benefí-cios para as empresas locais e dis-torções no comércio. Mais de US$ 3 trilhões já foram usados em planos de relançamentos das economias em recessão, como Europa, Japão e Estados Unidos.

Crise no mundo: Brasil ataca planos de países ricos em reunião da OMC

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12 a 18 de fevereiro de 2009

Pacotes nos EUA fracassam em estimular negócios e Bolsas europeias caem

À s 10h38 (em Brasília), a Bolsa de Londres esta-va em baixa de 0,39%

no índice FTSE 100, indo para 4.196,75 pontos; a Bolsa de Paris caía 0,67% no índice CAC 40, indo para 3.000,57 pontos; a Bolsa de Frankfurt tinha baixa de 0,13% no índice DAX, ope-rando com 4.499,90 pontos; a Bolsa de Amsterdã tinha baixa de 0,19% no índice AEX General, que estava com 250,88 pontos; a Bolsa de Zurique, estava em baixa de 0,65%, com 5.111,14 pontos no índice Swiss Market; e a Bolsa de Milão tinha baixa de 0,78% no índice MIBTel, que ia para 14.418 pontos.

Na Ásia, as medidas também não animaram os investidores. A Bolsa de Hong Kong recuou 2,46%; a de Xangai caiu 0,19%; a de Sydney (Austrália) perdeu 0,41%; e a de Seul (Coreia do Sul) caiu 0,72%. A Bolsa de Tó-quio (Japão) não abriu devido a um feriado. Nos EUA, as duas ações do governo pouco adian-taram para impedir as quedas nos principais indicadores do mercado financeiro americano. O índice Dow Jones Industrial Average, da Nyse (Bolsa de Va-lores de Nova York, na sigla em inglês), teve queda de 4,62%.

Geithner anunciou ontem um plano conjunto do Departamen-to do Tesouro, do Federal Reser-ve (Fed, o BC americano) e do setor privado para resgatar os bancos que tiverem problemas

com títulos "podres" (de alto ris-co de calote). O programa pode movimentar mais de US$ 1,5 tri-lhão.

A falta de detalhes sobre como funcionará exatamente o plano de resgate dos bancos foi apon-tado como o fator que causou o desânimo dos investidores. "Não estamos impressionados e o mercado também parece não ter se impressionado", disse o estrategista Ryan Larson, da Voyageur Asset Management, ao diário "International Herald Tribune".

"O que estamos vendo (...) é que não há otimismo suficiente no horizonte para uma alta sig-nificativa no curto prazo", disse ao diário, por sua vez, o analista Christoph Riniker, da corretora Julius Baer, em Zurique (Suíça). "Os ganhos que vimos até agora sugerem que 2009 será um ano fraco na maioria dos setores. Ainda há muita incerteza."

Recessão Também afeta o humor do

mercado financeiro europeu o anúncio, feito pelo Banco da Inglaterra (BC britânico) nesta quarta-feira, de que o Reino Unido está em uma "profunda recessão". "As projeções mos-tram que um relaxamento maior da política monetária pode ser necessário. Isso provavelmen-te vai incluir ações destinadas a aumentar a oferta de dinheiro a fim de estimular a normaliza-ção de gastos", disse o presi-

dente do BC britânico, Mervyn King.

O Reino Unido não deve voltar a apresentar crescimento econô-mico até o fim deste ano, segun-do as projeções do banco. Até lá, a queda nos juros, o aumen-to da oferta de dinheiro, a queda da libra em relação a outras mo-edas, os recuos já registrados nos preços das commodities e os esforços combinados no mundo todo para descongelar os mercados de crédito devem começar a dar frutos, segundo o BC britânico.

No mês passado, o ONS (Es-critório Nacional de Estatísticas) informou que, no quarto trimes-tre do ano passado, o PIB (Pro-duto Interno Bruto) britânico re-gistrou uma contração de 1,5% em comparação com o trimestre anterior, período também mar-cado por um índice negativo. Trata-se da primeira vez desde 1991, depois que a economia do país registrou forte desacelera-ção nos últimos dois trimestres de 2008, arrastada pela crise fi-nanceira global.

O ONS informou que a taxa de desemprego no Reino Unido chegou a 6,3% da população ati-va no último trimestre de 2008, segundo dados oficiais divul-gados nesta quarta-feira. Trata-se da pior taxa desde 1998. O número de pessoas desempre-gadas no período aumentou em 146 mil em relação ao trimestre anterior e chegou a 1,97 milhão.

As Bolsas europeias operam em baixa nesta quarta-feira, 11. A aprovação do pacote de estímulo à economia dos EUA no Senado e o anúncio de um novo programa para resgatar o setor bancário americano fracassaram em trazer otimismo para os mercados financeiros

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12 a 18 de fevereiro de 2009

Última Hora

Estudo questiona ‘savanização’ da Amazônia

P orém os cientistas ad-vertem que a rápida degradação da floresta

tropical em função das mudan-ças climáticas provocadas pela ação humana permanece uma "possibilidade distinta" neste sé-culo.

No estudo, publicado na última edição da revista especializada Proceedings of the National Aca-demy of Sciences, os cientistas pela primeira vez compararam simulações de dezenove Mode-los Climáticos Globais com ob-servações empíricas.

Suas principais conclusões foram:

- Quase todos os modelos climáticos subestimam a quan-tidade atual de chuvas na Ama-zônia, porque não são capazes de identificar a peculiaridade da geografia da América do Sul.

- Na parte oriental da Amazô-nia, atualmente úmida durante o ano todo, a floresta tropical pode se transformar em ‘flores-tas sazonais', com estações se-cas e estações úmidas.

- Porém deve haver chuvas su-ficientes durante o ano para que a floresta não se transforme em savana (vegetação seca e ras-teira).

- A parte ocidental da Amazô-nia deve manter um clima e um padrão de chuvas condizente com a manutenção de uma flo-resta tropical, mas talvez não as margens mais secas ao norte e ao sul.

Outras projeções, incluindo as feitas pelo Painel do Clima da ONU, sugeriram que a par-te oriental da Amazônia poderia ser gradualmente transformada em savana.

Vulneráveis a incêndiosEste novo estudo adverte que

apesar de as florestas sazonais serem bem mais resistentes a uma seca ocasional, elas tam-bém serão mais vulneráveis a incêndios, se o desmatamento e o uso generalizado de fogo não forem controlados.

No ano passado, a degrada-ção da Floresta Amazônica foi descrita por um grupo de cien-

tistas internacionais como um dos nove ‘pontos de transbor-damento' no sistema climático da Terra, com mudanças que podem ser repentinas e dramá-ticas ao invés de graduais.

O estudo adverte que a me-lhor maneira de reduzir o risco de degradação da Amazônia seria controlar as emissões glo-bais de gases do efeito estufa. Mas ele acrescenta que ações governamentais também são necessárias.

"Proteção florestal dentro des-sa área poderia representar um importante papel em minimizar as perspectivas de uma grande degradação, ao mesmo tempo contribuindo para combater as mudanças climáticas globais", diz Yavinder Malhi, professor da Universidade Oxford e coorde-nador do estudo.

"Cobertura florestal pode aju-dar a manter o índice pluvio-métrico local durante a estação seca, limitar a propagação de incêndios e evitar que as tempe-raturas subam muito", diz Malhi.

A conservação das flores-tas tropicais é vista por muitos como uma maneira promissora de reduzir as emissões de ga-ses do efeito estufa. Estima-se que o desmatamento pode ser responsável por cerca de 20% das emissões anuais. (BBC/Brasil)

Em agosto do ano passado, o governo brasileiro lançou um fundo internacional para pro-teção da floresta e para ajudar a combater as mudanças cli-máticas. Ele pretende arreca-dar mais de US$ 20 bilhões até 2021. O governo pretende redu-zir o desmatamento em 70% nos próximos dez anos.

"Mesmo com fundos suficien-tes e vontade política, a imple-mentação da administração da biosfera em tal escala será um desafio significativo", dizem os autores do estudo. "Entender o contexto social, político e eco-nômico será vital."

Segundo a pesquisa, parte da região pode virar floresta sazonal.

Um novo estudo realizado por um grupo de cientistas na Grã-Bretanha sugere que a Floresta Amazônica pode ser menos vulnerável a uma seca grave em consequência do aquecimento global do que se pensava anteriormente

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12 a 18 de fevereiro de 2009

Pergunta da semana:

Qual a sua expectativa com relação ao jogo Brasil e Itália?

Presidente - Fundador: Horácio Sterling

[email protected]

Diretor-Geral: Marcelo Mortimer

Diretora AdministrativaPatricia Zúñiga

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Editora e Redatora: Paula Medeiros

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Direção de Arte e Diagramação: Javier Reyes

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Departamento Comercial: Rogerio Moura Lima

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Colaboradores: Cláudia Stoy

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Brasileiros e italianos vibraram com o jogo amistoso.Ran

des

Nun

es

Bruno Brandão, auxiliar administrativo.R: O Brasil vence e convence.

Poliana Guedes, estudante e babá.R: Brasil sempre 2 a 0.

Mariana Guimarães, estudante.R: Vai dar Brasil 3x1!

Thomas Martini, professor de educação física.R: O Brasil tá vindo com a força total. Brasil na cabeça!!!

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12 a 18 de fevereiro de 2009

Lula critica imprensa em reunião com prefeitos

“Disseram que este ato aqui é que eu ia fazer o pacote da bonda-de. Mas um foi mais longe, procu-rou carta de leitores para publicar

na matéria, dizendo como é que o presidente vai dar dinheiro para prefeito bandido”, disse Lula.

“Outros foram mais além. Ou-tros disseram que é um ato para promover a dona Dilma Rousseff. São pessoas pequenas. Eu, gra-ças a Deus na minha vida, nunca tive bondade. Nunca tive um favor, nunca fui eleito porque a imprensa brasileira me ajudou.”, comple-mentou.

No evento, Lula anunciou um pacote de bondades para os pre-feitos. São três decretos, duas me-didas provisórias e um projeto de lei que beneficiam diretamente os administradores municipais brasi-leiros.

Uma das benesses é o parce-lamento em até 20 anos das dívi-das dos municípios com o Instituto Nacional de Serviço Social (INSS). Atualmente, a dívida é de $R 14 bilhões. Já o prazo era de cinco anos.

Outra medida que agradou os líderes municipais foi a mudança na administração dos imóveis da

extinta Rede Ferroviária Nacional. Até então, cerca de sete mil imó-veis eram controlados pela Secre-taria do Tesouro Nacional. Com a mudança, eles passam a ser administrados pela Secretaria do Patrimônio da União. A alteração favorece prefeituras com projetos de construção de pontes, estradas, praças, etc.

Lula também assegurou que a crise financeira não vai tirar investi-mentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Nenhuma obra do PAC irá sofrer qualquer di-minuição por conta da crise econô-mica. Nenhuma. Nós cortaremos o batom da dona Dilma e cortaremos o meu corte de unha, mas não cor-taremos uma obra do PAC neste país, seja do tamanho que ela for, porque nós achamos que ela é a segurança para o momento que o país está vivendo.”

Um dia antes do encontro com os prefeitos, o governo anunciou a liberação de R$ 980 milhões do Banco Nacional de Desen-volvimento Econômico e Social (BNDES) para que municípios brasileiros financiem a compra de caminhões, tratores, máquinas e equipamentos.

O presidente Lula não poupou criticas nessa terça-feira, 10, ao trabalho da imprensa. Durante abertura do encontro com os prefeitos em Brasília, o petista disse estar triste ao ler nos jornais que o governo daria dinheiro para "prefeitos bandidos" e que o evento serviria apenas para promover a candidatura da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, à sucessão presidencial.

Presidente Lula insatisfeito com a imprensa.

Rodolfo Torres, de [email protected]

Por:

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12 a 18 de fevereiro de 2009

"O grande problema do câncer é que não tem sintoma,

e o diagnóstico precoce é abso-lutamente fundamental", diz ele, 11 anos e 12 operações depois de tirar os primeiros carcinomas. Três delas coincidiram com cam-panhas eleitorais.

A casa caiu em 1997, quando Alencar tinha 66 anos. Um sobri-nho, médico, tanto insistiu que ele foi fazer um check-up em Belo Ho-rizonte. Resultado: uma pequena "imagem tumoral" no rim direito.

"Eu nunca tive nada, não tinha dor nenhuma, nunca tinha feito um check-up na vida. Descobri por acaso. Foi Deus."

E o susto? "Sou muito práti-co. Recebi a notícia com natu-ralidade e perguntei: 'Então, o que vamos fazer?'".

Dois dias depois, estava em São Paulo, para refazer os exa-mes e se preparar para a cirurgia com o urologista Miguel Srougi, do Hospital Sírio-Libanês. Na res-sonância magnética abdominal, feita por uma médica, Alencar lhe perguntou se abrangia tudo, inclusive o estômago. Não, a res-sonância não alcançava as "vís-ceras ocas". Para estômago, tinha de ser uma endoscopia.

"Eu jamais teria ido ao médico para me queixar de rim e lá esta-va um tumor. E o estômago? Às vezes, eu tinha uma azia à noi-te, reclamava, e a Mariza [sua mulher] dizia: "Você bebe, come muito...". "Enfermeira pela Escola Ana Néri, no Rio de Janeiro, ela

tirou primeiro lugar e foi oradora de turma, mas não exerce a pro-fissão."

Na reunião com Srougi para de-finir a cirurgia, presentes o filho, Josué, um irmão e um cunhado, Alencar exigiu fazer uma endos-copia antes. Ninguém entendeu.

Brasil (geral)

"Não tenho medo da morte",diz vice-presidente AlencarO vice-presidente José Alencar, 77, é um sujeito rico, otimista, bem casado, com família feliz. Desses que enchem o peito para dizer que têm uma saúde de ferro e nunca fazem exames. Até que, um dia, a casa cai

"O médico me deu uma bronca, e os três riram." Mas ele bateu pé firme.

Santa teimosia. Além do tumor no rim, havia outro no estômago. No mesmo corte, Srougi tirou o primeiro, e o gastroenterologista Raul Cutait, o segundo. Alencar deixou o hospital sem os dois car-cinomas, sem um rim e sem três quartos do estômago, mas sem precisar de quimio nem radiotera-pia. "Saí curado."

Foi intuição? "Sempre recomen-do às pessoas para seguirem sua intuição, mas não foi isso, não. Foi porque sou mineiro, mineiro da Zona da Mata e de uma região montanhosa. Atrás de morro tem morro, tem de ir lá conferir."

Seis meses depois, com "uns 20 quilos a menos", lá estava ele sacolejando em carrocerias de caminhões e voando de lá para cá de avião, em plena campanha para o Senado pelo PMDB de Minas. Uma eleição difícil, mas Alencar venceu.

Próstata Em 2000, a família decidiu co-

memorar em grande estilo os 50 anos de atividade empresarial do patriarca e convidou o presidente do PT, o então deputado José Dir-ceu, e o presidente de honra, Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2001, veio o convite para Alencar ser vice. Em 2002, começou a campanha. E a casa caiu novamente.

O check-up semestral, lá por fevereiro ou março, deu a notícia: câncer de próstata. "Não foi brin-cadeira", disse ele, rindo. "Tem de rir, vai fazer o quê?". Ele ameaçou retirar a candidatura, mas Lula nem quis ouvir. Nova cirurgia e, de novo, nada de quimio nem de radioterapia e nova campanha vi-toriosa na sequência. Lula e Alen-car foram empossados em 2003.

No ano seguinte, o vice tirou a vesícula, mas não era câncer. De-pois, colocou um "stent" para de-sobstruir uma artéria do coração e, lá pelas tantas, operou uma hérnia.

Em 2006, em plena campanha da reeleição, mais um check-up e outra má notícia: "Um tumor suprapartidário... Quer dizer, um tumor retroperitonial". Tudo ficou bem pior: "Os outros eram carci-nomas, mas esse era um sarco-ma, que é recorrente. Você tira, e ele volta. Um tumor muito difícil".

A cirurgia foi em 18 de julho, a dois meses e meio da eleição, e ele foi direto do hospital para a inauguração do comitê do can-didato do PT ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante: "O cor-te era brutal, e os médicos foram até o carro para me impedir. Eu fui assim mesmo!"

Mal tirou os pontos, dez dias depois da cirurgia, Alencar já entrou em campanha. Os médi-

cos proibiram terminantemente que repetisse a história dos ca-minhões, porque eles trepidam muito. Ele deu um jeitinho: ia na boleia.

Lula-Alencar ganharam no se-gundo turno, em 29 de outubro, e o vice já amanheceu no hospi-tal no dia seguinte, para exames. E... "lá estava o bicho recorren-te!". Não no mesmo local, mas na mesma região.

Quimioterapia A nova cirurgia foi feita no Me-

morial Hospital, em Nova York, com um especialista em sarcoma, Murray Brennan, com uma novi-dade: radioterapia intraoperatória, com o corte aberto. E começaram as terríveis quimioterapias.

"O grande problema do câncer são justamente os efeitos colate-rais da quimio. Eles não são brin-cadeira. Isso precisa evoluir muito ainda", diz.

Mesmo assim, o "bicho" voltou menos de um ano depois. Bren-nan veio direto de Dubai a São Paulo para mais uma cirurgia, em 30 de outubro de 2007. Como pagamento, pediu uma camisa da seleção brasileira de futebol, assinada pelos craques, para um neto de oito anos na Nova Zelân-dia. Ganhou não só a camiseta, mas o uniforme completo e a bola.

"Mas a velocidade do sarco-ma é uma coisa fantástica", diz Alencar, que fez tratamento de ra-diofrequência, passou por várias sessões de quimio e está experi-mentando uma nova combinação de remédios.

Daqui a dois dias, ele terá uma resposta crucial: se essa tentati-va será capaz de reduzir os dois novos tumores já detectáveis e, portanto, inibir os ainda muito pe-quenos e não perceptíveis. Disso, depende a continuação do trata-mento. Aliás, depende tudo.

"Eu não tenho medo da morte. Entreguei a Deus", diz. E ensina a quem passar pelo mesmo fio da navalha: "Sem desespero. Tem de encarar de frente e nunca desmo-bilizar".

Foram duas conversas com a Folha, uma na terça-feira pas-sada, no gabinete do anexo do Planalto, e a outra na quinta, no Palácio do Jaburu, residência ofi-cial da Vice. Concluídas as fotos, Alencar pediu ao garçom uma cachaça Maria da Cruz, um dos orgulhos da família, e tomou um bom trago com gosto. "D. Mariza não vai brigar com o sr.?", pergun-tou-lhe a repórter. "Não. Os médi-cos só proibiram bebida que faz mal. Essa aqui só faz bem!"

PS - Alencar realizou os exames na segunda e na terça. O novo co-quetel de quimio não está sendo eficaz contra o sarcoma. (Folha de S. Paulo)

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12 a 18 de fevereiro de 2009

Brasil (geral)

PMDB elege a maioria dos presidentes das Assembleias Agora no comando integral do Congresso, o

PMDB é também o partido que mais elegeu presidentes das Assembleias Legislativas, ao lado do PSDB. Nos 26 Estados e no Distrito Federal, os dois partidos elegeram cada um sete presidentes de Assembleias

A maior parte das eleições para o cargo ocorreu no último fim de semana.

O PMDB obteve quatro presidências onde já tinha também o governador (AM, MS, RJ e TO), em dois Es-tados governados pelo PT (PA e PI) e no Ceará. Só a Assembleia do Rio tem or-çamento anual de R$ 500 milhões.

Em 2007, quando foram feitas as eleições anterio-res para o comando das Casas, o PMDB conseguiu oito presidências, contra seis dos tucanos. A baixa ocorreu no Espírito San-to, onde o presidente da Assembleia, que era do PMDB, renunciou para as-sumir a prefeitura de Linha-res. Um deputado do DEM foi eleito para o cargo.

Para o presidente da Assembleia do Piauí, The-místocles Filho (PMDB), o domínio do partido é con-sequência da tradição da sigla de eleger grandes bancadas. O deputado, po-rém, afirma que, no Estado, "como em quase todo o Brasil", o PMDB é "meio dividido".

Em Estados como Piauí e Santa Catarina, nas eleições do fim de se-mana, o presidente da Assembleia

Legislativa foi eleito por unanimida-de. Quase todos os governadores pelo país conseguiram emplacar

aliados nas presidências. Aliados dos governadores No comando do Legislativo, os

aliados podem acelerar ou frear a tramitação de projetos de inte-

resse dos governantes. Também têm como retardar a instalação de CPIs.

Os acordos para a eleição dos presidentes incluíram até a articu-lação a favor de um deputado tu-cano por um governo petista. Na Bahia, onde o governador é Ja-

ques Wagner (PT), foi reeleito para o cargo o deputado Marcelo Nilo (PSDB). Os dois parti-dos são aliados locais.

A exceção foi o Rio Grande do Sul. O PT, que já teve cinco go-vernos no Estado e atualmente faz opo-sição a Yeda Crusius (PSDB), conseguiu pela primeira vez o co-mando da Assembleia Legislativa.

No Paraná, o presi-dente Nelson Justus (DEM) se diz indepen-dente. O partido dele faz oposição a Rober-to Requião (PMDB) no Estado, mas Justus diz que é "amigo" do go-vernador e que atuou na eleição dele.

No Maranhão, o de-putado estadual Mar-celo Tavares (PSB), ex-líder do bloco de sustentação do go-

vernador Jackson Lago (PDT) e sobrinho do ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB), assumiu a presidência da Casa. Para Tavares,

é "natural" que a presidência do Le-gislativo seja ocupada por aliados dos governadores em exercício.

"Quando um governador ganha uma eleição, a tendência é que o grupo político dele eleja também a maior bancada. Como o bloco ma-joritário elege o presidente, é natu-ral que ele seja aliado do governa-dor", diz. Apesar da proximidade com Jackson Lago, ele diz que não há "atrelamento" ao Executivo.

Dois deputados começaram seus quartos mandatos seguidos como presidentes da Casa: Jorge Picciani (PMDB), no Rio de Janeiro, e Mecias de Jesus (PR), em Rorai-ma.

Em São Paulo, a definição sobre o cargo vai ocorrer em março. Mas já está certo que o presidente será do PSDB, partido do governador José Serra, que conta com o maior número de deputados. (AF)

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12 a 18 de fevereiro de 2009

Mundo

Carro-bomba da ETA explodeem Madri sem causar vítimasCruz Vermelha foi avisada 1h30 antes do ataque; Justiça impugnou candidaturas ligadas ao grupo terrorista

Um carro-bomba explodiu em Madri, sem causar vítimas, nesta segunda-

feira, 9. O ataque aconteceu em uma área onde ficam centros de convenções e empresas, menos de duas horas após a Cruz Ver-melha espanhola receber um aviso em nome da organização terrorista ETA, segundo a polícia.

O atentado acontece horas de-pois de a Corte Suprema espanho-la impugnar as listas das platafor-mas Askatasuna e Democracia 3 Millones para as eleições regionais do País Basco do próximo dia 1 de março, por sua vinculação com o braço político da ETA. É a primeira vez que candidaturas próximas à organização terrorista não poderão se apresentar às eleições regionais bascas.

A explosão, que pôde ser es-

cutada em uma extensa zona da cidade, segundo testemunhas, aconteceu em frente à sede da construtora Ferrovial Agromán, onde a polícia havia localizado uma caminhonete suspeita. No centro de coordenação da Cruz Vermelha, foi recebida uma liga-ção anônima às 7h37 (hora local) alertando sobre a colocação de um carro-bomba na zona conheci-da como Campo de las Naciones, onde ficam centros de convenções e sedes de empresas.

Segundo o jornal espanhol El País, ministro espanhol do Interior, Alfredo Pérez Rublacaba, foram quatro os avisos da Eta sobre o carro-bomba, entre eles para a Cruz Vermelha e o Corpo de Bom-beiros. Segundo a organização, o telefonema dizia "Ligo em nome da ETA. Colocamos uma cami-

nhonete-bomba na rua Ribera del Loira, junto ao edifício da Ferrovial-Agromán que explodirá às 9 horas". Pouco depois, a polícia isolou toda a área. O veículo detonado foi rou-bado durante a noite em Valdemo-rillo (Madri).

A explosão causou uma cra-tera de três metros de diâmetro por um metro de profundidade no chão, além de danos materiais em pelo menos 30 veículos estaciona-dos no local, em uma ponte e na estrutura exterior de um edifício. Apesar dos destroços, policiais in-formaram que a carga só explodiu parcialmente, já que uma parte da mesma se queimou e não aumen-tou o efeito devastador esperado pelos terroristas.

O ministro do Interior afirmou após o atentado que, ao cometê-lo, a ETA confirma o acerto na deci-

são da Suprema Corte. A explosão do carro-bomba é o primeiro aten-tado que a ETA comete em Madri desde 30 de dezembro de 2006 no Terminal Quatro (T-4) do aeroporto

de Barajas, no qual morreram dois imigrantes equatorianos e que foi a ruptura do cessar-fogo que a or-ganização declarara meses antes. (Agências internacionais)

Policiais investigam o local do atentado, um centro de convenções e empresas.

Reu

ters

Pesquisa indica que apenas 28% dos palestinos em Gaza apoiam Hamas Pesquisa realizada pelo

Centro Palestino de Opi-nião Pública aponta que apenas um em cada quatro moradores da faixa de Gaza apoiam o mo-vimento islâmico radical Hamas,

que controla o território desde junho de 2007.

Segundo a pesquisa, o apoio ao governo do Hamas caiu sig-nificativamente desde a gran-de ofensiva israelense contra

o grupo na região, encerrada no dia 18 de janeiro. A enquete aponta que 28% dos palestinos apoiam declaradamente o Ha-mas, comparado aos 51% que afirmaram apoiar o movimento

em pesquisa de novembro de 2008.

Em 22 dias de bombardeios israelenses, ao menos 4.000 casas foram demolidas e 17 mil, danificadas. Os ataques tam-bém destruíram 20 mesquitas, 1.500 propriedades comerciais, além dos 16 prédios da Autori-dade Nacional Palestina (ANP) onde funcionava o governo do Hamas. A Organização das Na-ções Unidas (ONU) diz que 53 de suas instalações em Gaza precisam ser total ou parcial-mente reconstruídas.

A ofensiva israelense deixou ao menos 1.300 palestinos mor-tos e cerca de 5.000 ficaram fe-ridos – 13 soldados israelenses morreram durante a operação.

Ainda segundo a enquete, 56% dos moradores de Gaza e 48,3% dos moradores da Cisjordânia e oeste de Jerusa-lém dizem acreditar que Hamas está liderando os palestinos ao caminho errado.

A pesquisa, conduzida e pu-blicada na semana passada, depois que israel declarou ces-sar-fogo unilateral em Gaza, in-dica ainda que a popularidade do partido rival Fatah é maior que a do Hamas, em contraste com a pesquisa de novembro.

O partido moderado, do presi-dente da ANP, Mamhoud Abbas, teve um aumento de 11 pontos

percentuais em sua aprovação – de 31% em novembro de 2008 para 42% após a ofensiva.

"Muitos palestinos sofreram da guerra em Gaza. Eles per-deram suas casas e suas famí-lias", disse Nabil Kukali, funda-dor e diretor-geral do centro de pesquisa. "A situação é impre-visível e talvez eles sintam que o Hamas não tomou a decisão certa quando não renovou a tré-gua", completou, se referindo á trégua de seis meses assinada por Israel e Hamas e encerrada oficialmente em 19 de dezem-bro do ano passado.

Apesar da queda da popula-ridade do Hamas, a pesquisa indica que mais da metade dos entrevistados (54,5%) culpam Israel pela ofensiva e pela es-calada da violência em Gaza. Outros 14,5% afirmam que o Hamas deve ser responsabili-zado.

Ainda segundo a enquete, 86,1% dos palestinos na faixa de Gaza e 89,6% dos palestinos na Cisjordânia apoiam um acor-do de paz bilateral.

A pesquisa foi realizada en-tre 25 e 31 de janeiro, com 673 palestinos na faixa de Gaza, na Cisjordânia e no oeste de Jeru-salém. A margem de erro é de 3,8 pontos percentuais para mais ou para menos. (Folha Online)

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12 a 18 de fevereiro de 2009

Para Austrália, incêndios são homicídios em massa; 135 morremÁrea atingida é declarada cena de crime; autoridades afirmam que número de mortos deve aumentar

Suspeitas de que os pio-res incêndios florestais de que se têm notícia na

história da Austrália foram delibe-radamente provocados levaram a polícia a estabelecer cenas de crime nas cidades atingidas pelas chamas. Ao mesmo tempo, mais corpos foram descobertos nesta segunda-feira, 9, elevando o to-tal de mortes a 131. Pelo menos 750 casas foram destruídas pelos incêndios e autoridades australia-nas dizem que o número de mor-tes certamente aumentará.

A escala da tragédia aumenta diariamente e choca uma nação que passa com certa frequên-cia por incêndios florestais. Não houve resposta rápida, mas es-pecialistas sugerem que o pânico da situação e a alta velocidade da disseminação do fogo teriam sido os principais motivos do alto número de vítimas. Autoridades locais acreditam que pelo menos parte dos mais de 400 focos de in-cêndio que devastam a região sul

do Estado de Victoria desde o fim de semana tenha origem crimino-sa. Em Nova Gales do Sul, um ho-mem de 31 anos e um jovem de 15 foram acusados de ter provocado dois focos de incêndio.

O primeiro-ministro da Austrália, Kevin Rudd, visivelmente abalado durante entrevista televisionada, era um reflexo da perplexidade com essa possibilidade. "O que dizer de qualquer pessoa que tenha feito algo assim?", ques-

tionou. "Não me ocorre nenhuma outra expressão além de homicida em massa". A polícia isolou pelo menos duas cidades - Marysville e Kinglake - onde ocorreram de-zenas de mortes. As forças de se-gurança estabeleceram postos de controle e restringiram o acesso às localidades.

Mais de 30 focos continuam ativos em Victoria, mas causam preocupação especialmente aos bombeiros três pontos que ame-

açam várias áreas habitadas: o de Churchill, o de Beechworth e o de Taggerty. Churchill fica cer-ca de 150 quilômetros ao sudeste de Melbourne, enquanto Tagger-ty, onde as chamas cobrem uma área de 93 mil hectares, localiza-se aproximadamente 115 quilô-metros ao nordeste da capital pro-vincial. Beechworth, por sua vez, também fica no nordeste e cerca de 40 quilômetros da divisa com Nova Gales do Sul.

Começam a surgir também atritos entre os deslocados e os corpos de segurança, pois alguns cidadãos querem voltar para casa para saber o que aconteceu e o que foi salvo. Até agora, cinco mil pessoas se registraram como de-salojados, muitos perderam tudo o que tinham, outros ficaram tempo-rariamente sem casa e se abrigam em centros habilitados pela Cruz Vermelha, enquanto centenas de-cidiram se refugiar em seus carros

Animais ficaram presos nas chamas na cidade de Kinglake.

AP

ou em estabelecimentos comuni-tários. O subdiretor da Polícia de Melbourne, Kieran Walshe, expli-cou que os deslocados só pode-riam começar a voltar às suas resi-dências assim que se tiver certeza de que não há mais mortos nos locais e até que os peritos e inves-tigadores tenham coletado todas as provas das quais necessitam.

Christine Nixon, comissária de polícia do Estado de Victoria, dis-se que investigadores já visitaram Churchill, a leste de Melbourne, e analisarão evidências em muitas outras áreas. Kingslake "é onde ocorreu a maioria das mortes, e onde quer que uma morte tenha ocorrida, nós a investigaremos como crime", disse ela à Austra-lian Broadcasting Corp. O ato de provocar um incêndio florestal é passível de pena de 25 anos de reclusão em Victoria. No entanto, a sentença por assassinato pode chegar a prisão perpétua, obser-vou o procurador federal Robert McClelland. (Agências internacio-nais)

Irã diz que mudança no governo Obama seria 'boa notícia'

Uma mudança na política internacional dos EUA no

governo do presidente norte-ame-ricano Barack Obama seria "uma notícia boa", disse o ministro das Relações Exteriores do Irã na quar-ta-feira, 11.

"Vimos de forma positiva o slo-gan que Obama usou nas eleições. O mundo realmente mudou", disse o ministro Manouchehr Mottaki, em uma coletiva de imprensa durante uma visita ao Iraque.

"Caso o governo americano quei-ra se manter no ritmo da mudança, isto será uma notícia boa."

Os comentários de Mottaki são os mais recentes de uma série de declarações feitas por líderes ira-nianos, indicando um alívio nas ten-

sões com os Estados Unidos, seu arqui-inimigo há quase 30 anos.

"Achamos que essas mudanças vão dar boas oportunidades ao go-verno americano em suas relações com os países do mundo", disse Mottaki. "Como diplomatas, esta-mos destinados a ser otimistas e desejamos que isto se torne reali-dade."

Obama disse que está dispos-to a dar início a conversas diretas com o Irã, acusado pelos Estados Unidos e seus aliados de apoiar o terrorismo, interferir no Iraque e querer fabricar armas nucleares. O Irã nega todas as acusações.

Na terça-feira, o presidente ira-niano, Mahmoud Ahmadinejad, dis-se estar pronto para conversar com

os EUA "em uma atmosfera justa, com respeito mútuo". (Reuters)

Presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.

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12 a 18 de fevereiro de 2009

Para Fidel, Obama não conseguirá salvar capitalismo dos EUAEx-presidente cubano diz que todos os países terão de pagar pelo desperdício de dinheiro dos americanos

O ex-presidente cubano Fidel Castro disse no domingo, 9, que Bara-

ck Obama e sua equipe não con-seguirão salvar o capitalismo dos Estados Unidos. "Obama, (Rahm) Emanuel (chefe de gabinete da Casa Branca) e todos os brilhan-tes políticos e economistas que eles reuniram não serão suficien-tes para resolver os crescentes problemas da sociedade capita-lista dos EUA", disse Fidel em ar-tigo divulgado pela mídia estatal.

Fidel, de 82 anos, tem se ma-nifestado de maneira cada vez mais crítica em relação ao novo presidente dos EUA, depois de tê-lo cumprimentado pela vitória eleitoral de 4 de novembro. En-quanto Obama aguarda ansiosa-mente nesta semana a aprovação do Senado dos EUA de um pa-

cote de mais de US$ 800 bilhões que, segundo o presidente, é ne-cessário para evitar um desastre econômico, Fidel afirma que a recuperação econômica dos EUA depende de que todo o resto do mundo divida a conta.

"Todos os outros países terão de pagar pelo colossal desper-dício de dinheiro (dos EUA) e garantir, em primeiro lugar neste planeta cada vez mais poluído, os empregos americanos e os lucros das grandes multinacionais", es-creveu. Este foi o quinto artigo do ex-líder cubano sobre Obama em menos de duas semanas. "Mes-mo que Kant, Platão e Aristóteles ressuscitassem ao mesmo tempo e se juntassem ao falecido e bri-lhante economista John Kenneth Galbraight, não seriam capazes de resolver as contradições anta-

gônicas, cada vez mais frequen-tes e profundas", afirma Fidel.

O artigo faz referência especial a Emanuel, sobre quem Fidel diz ter "se alistado em 1991 no Exér-cito israelense como voluntário civil, durante a primeira Guerra do Golfo gerada por George Bush". Fidel lembra então que foram usados "projéteis que continham urânio, que causaram doenças graves nos próprios soldados americanos". O líder cubano tam-bém diz que Emanuel é "filho de imigrante de origem russa" e que a mãe, Martha Smulevitz, "era uma defensora dos direitos civis" que foi "enviada três vezes a pri-são por suas atividades".

Fidel, que tinha prometido na semana passada reduzir seus artigos, assegura também que "os racistas de extrema direita"

poderiam "satisfazer sua sede de superioridade étnica" e assassi-nar Obama, "como fizeram com Martin Luther King". Porém, afirma que essa possibilidade, "embora teoricamente possível, não pare-ce provável na atualidade, dada a proteção que acompanha o pre-sidente".

O artigo de Fidel lembra tam-bém que quando sua revolução triunfou em Cuba, há 50 anos,

"Obama e seu assessor não ti-nham nascido nem tinham sido sequer concebidos". Na última sexta-feira, ele disse que a políti-ca de Obama estava "perdendo a virgindade", porque o presidente teria perdido o interesse no so-frimento do povo cubano, prefe-rindo focalizar a comunidade de cubanos que vive nos EUA e que votou no democrata. (Agências internacionais)

Ex-deputado acusa Farc de matar 11 colegas de cativeiroSigifredo López, único sobrevivente de grupo de parlamentares sequestrados, pede troca de prisioneiros

O ex-deputado colombiano Sigifredo López, libertado

na quinta-feira, 5, após quase 7 anos em poder das Forças Arma-das Revolucionárias da Colômbia (Farc), assegurou que a guerrilha foi responsável pelo assassinato de 11 companheiros de cativeiro que haviam sido sequestrados jun-tos com ele em 11 de abril de 2002. "Eles jamais mereciam ter sido assassinados pelas Farc como fo-ram", revelou López em um discur-so na praça principal de Cali, no sul da Colômbia, momentos depois de sua libertação.

O ex-parlamentar foi o único de

um grupo de 12 políticos reféns a sobreviver em um confuso inci-dente armado, no qual os outros deputados morreram baleados em junho de 2007. Eles haviam sido

sequestrados quando um grupo de rebeldes vestidos de policiais e militares invadiu uma Assembleia no centro de Cali.

O ex-sequestrado disse não

guardar rancores, apesar das mor-tes dos colegas. "Meu sofrimento não vale nada comparado ao dano que significa o massacre dos de-putados de Vale. Mas, apesar dis-so, os verdadeiros democratas não podem se descuidar da essência da democracia", continuou.

López também pediu a "pronta troca de prisioneiros" como primei-ro passo para o alcance da paz na Colômbia, e disse que o presidente do país, Álvaro Uribe, "se equivocou em algumas coisas". "É preciso de-cidir a libertação unilateral de todos os civis e a troca de prisioneiros por combatentes", acrescentou.

Ele ainda convidou todos os colombianos a derrotarem "o se-questro como arma política" e con-siderou a troca humanitária "indis-pensável". Esta é a única "maneira de trazer com vida os 22 militares (e policiais) que neste momento

estão amarrados a uma árvore há 10 anos", disse o ex-refém em alu-são aos sequestrados que as Farc querem trocar por guerrilheiros pre-sos.

Por sua vez, a senadora oposi-cionista colombiana Piedad Córdo-ba, que liderou a missão humanitá-ria para receber os reféns, afirmou depois da libertação de López que, mesmo com as críticas recebidas e as dificuldades que encontrou, continuará trabalhando pela soltura de outros sequestrados.

A congressista contou a emisso-ras locais que, na quarta-feira, 4, foi vaiada dentro de um avião quando viajava para Cali. "Continuo traba-lhando e continuarei trabalhando nisto, porque tem a ver com os princípios, com as convicções e, se não, já teria deixado (a missão)", ressaltou. (Agências Internacio-nais)

López fala pela 1.ª vez após seqüestro.

Efe

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12 a 18 de fevereiro de 2009

Andes e idioma desafiaram brasileiros em resgate de refénsNenhum deles falava espanhol fluentemente; contornar

cordilheira a 5 mil metros de altura foi dificuldade

Os 18 militares brasilei-ros que participaram do resgate dos seis reféns

das Forças Armadas Revolucioná-rias da Colômbia (Farc) enfrenta-ram várias situações curiosas ao longo dos sete dias de missão na selva colombiana. Como nenhum deles fala espanhol fluentemente, ninguém – nem os funcionários do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) nem os reféns – entendia o que eles diziam em português. Os militares brasileiros ficaram assustados ao sobrevoar a Cordilheira dos Andes, mas ao final tudo deu certo e a experiência foi inesquecível para o grupo.

"As libertações despertaram sentimentos novos e emocionan-tes para todos", disse a chefe das operações do CICV para a Amé-rica Latina, a suíça Patrícia Danzi, que esteve no helicóptero durante duas das três operações de res-gate. O coronel Achiles Furlan Neto, que comanda o grupo, disse que a sensação de participar "da libertação de cinco sequestrados que puderam se reencontrar com suas famílias é algo tão bonito que te faz seguir" em frente.

Apesar de integrarem um ba-talhão de elite que atua nas fron-teiras, os brasileiros não falavam espanhol. Dois deles se comuni-caram com o restante da equipe em inglês e francês. "Mas eles entendiam tudo perfeitamente. Nós é que não conseguíamos en-tender português", contou Patrícia. Segundo ela, um dos momentos

mais difíceis para os pilotos foi so-brevoar a cordilheira em direção a Cali, onde os helicópteros tive-ram de contornar montanhas de até cinco mil metros – um desafio novo para os pilotos brasileiros, acostumados a voar na selva e em condições meteorológicas ad-versas. Para evitar problemas de respiração provocados pelo ar ra-refeito, um militar especialista em oxigênio foi incluído no grupo.

Patrícia também revelou que os

três policiais e o militar libertados no domingo, 8, na primeira das três etapas da operação, foram pegos de surpresa. "Eles foram informados de que quatro pesso-as seriam soltas naquele dia, mas não sabiam que seriam eles", dis-se Patrícia.

O Brasil cedeu 18 tripulantes e 2 helicópteros modelo Cougar do 4º Batalhão de Aviação do Exército, com base em Manaus, para auxi-liar na operação. Enquanto uma

aeronave partia para os resgates, a outra esperava em solo, de re-serva, com os outros 13 militares a postos. "O envolvimento do Brasil deu uma dimensão internacional à missão", disse Patrícia. "A tripu-lação brasileira foi muito profis-sional. Eles fizeram um tremendo trabalho, apesar da pouca familia-ridade com a área onde estavam voando".

Patrícia se disse contente com a missão, mas lembrou dos "mi-

lhares de colombianos cujo para-deiro é desconhecido", entre eles militares colombianos que há dez anos são mantidos em poder da guerrilha. O CICV não descartou a possibilidade de um acordo que permita outras libertações no futu-ro, mas não fez menção a um pos-sível papel do Brasil, elogiado pela discrição na atual missão.

Agradecimento ao BrasilO presidente colombiano, Álva-

ro Uribe, telefonou no domingo a seu colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, para agradecer pelo apoio logístico e operacional do Brasil na ação de resgate. Uribe também conversou com telefone com López, com quem manteve um "diálogo fraterno", indicou um comunicado da presidência co-lombiana.

O assessor especial da Presi-dência da República para Assun-tos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, disse ao Estado que con-sidera o resultado da operação "muito positivo" e o convite feito ao Brasil para que participasse dando apoio logístico à operação "é um reconhecimento da atuação bra-sileira diante dos temas regionais e especialmente os problemas da Colômbia". Garcia destacou a pru-dência do governo em respeitar estritamente os critérios de confi-dencialidade impostos pelo CICV desde o período de planejamento da operação. "Não fizemos nada que não estivesse no acordo ou não correspondesse à expectativa do governo colombiano." (AE)

Equipe que participou de resgate durante os sete dias se reúne para foto. AP

Chávez diz que rir da oposição faz bem para a saúdePresidente venezuelano ridiculariza líderes que criticam referendo para emenda de reeleição ilimitada

O presidente Hugo Chávez zombou dos líderes da

oposição ao seu governo afirman-do que seus discursos ridículos fazem bem para a saúde dos vene-zuelanos, elevando os ânimos da população ao provocar risos. Chá-vez está em campanha para tentar aprovar a emenda constitucional que passará por referendo neste domingo e propõe a reeleição ilimi-tada do presidente.

Chávez, conhecido por entreter multidões com músicas, brincadei-ras e piadas durante seus discur-sos, pediu para que seus ministros, durante reunião de gabinete televi-sionada, prestem atenção e ouçam os discursos dos opositores contra o referendo de reeleição ilimitada. "Está provado que assistir e ouvir os líderes da oposição fazer bem para a nossa saúde...porque é bom dar risada, vocês sabem, não apenas psicologicamente, mas para elevar o espírito também", disse o presi-dente na noite de terça-feira, 10.

O presidente, que algumas vezes é desbocado e frequente-

mente xinga seus rivais políticos, ridicularizou o líder opositor Manuel Rosales por ter pedido para que a população não dê ouvidos para o governo tampando os ouvidos. Não é a primeira vez que Chávez caçoa do atual prefeito de Maracai-bo, a quem chama de "filósofo do Zulia", por seus equívocos em dis-cursos públicos. Frases como "não se pode deixar levar por cantos de baleia" ou "não se pode pedir pêras ao forno" foram objeto de chacotas públicas por parte do presidente e seus seguidores.

O opositor afirmou que o presi-dente não é brincadeira. Rosales, quem Chávez já afirmou que de-veria permanecer na cadeia, acusa do presidente de ser um ditador tentando transformar o país numa nação comunista nos moldes de Cuba.

"Guerra religiosa"Chávez acusou na terça-feira a

oposição e alguns meios de comu-nicação locais de usarem o ataque sofrido em janeiro pela maior sina-goga de Caracas para promover

uma "guerra religiosa midiática". Chávez disse, em cadeia de rádio e televisão, que opositores e meios de comunicação privados respon-sabilizaram o governo pelo ataque à sinagoga Tiferet Israel.

Para o presidente, esses ataques têm o "criminoso objetivo de tratar de desatar na Venezuela uma guer-ra religiosa". O governante assegu-rou que entre os venezuelanos há uma postura "flexível" e "diversa" sobre a religiosidade. Além disso, reiterou que seu governo não é an-tissemita e respalda a diversidade de cultos.

Alguns dirigentes da oposição acusaram Chávez de incitar o ata-que, por fazer duras declarações contra os israelenses pela opera-ção militar na Faixa de Gaza, de 22 dias, iniciada em 27 de dezembro. Na ofensiva de Israel foram mortos cerca de 1.300 palestinos. Chávez expulsou o embaixador israelense em Caracas, durante os confron-tos, e Israel respondeu expulsando os diplomatas venezuelanos do país.

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12 a 18 de fevereiro de 2009

Mosteiros britânicos oferecemvida de monge por um fim-de-semanaO Reino Unido está se

tornando cada vez mais uma sociedade

secular, o que está reduzindo drasticamente o número de pessoas interessadas em se dedicar à vida monástica.

Na esperança de conquistar alguns candidatos para a vida religiosa, vários mosteiros e conventos estão oferecendo fins de semana para as pesso-as experimentarem a rotina de um monge ou freira.

Com pouco mais do que um crucifixo e uma Bíblia ao lado da cama, os quartos de hóspe-des no mosteiro Worth Abbey têm o objetivo de recriar os quartos dos monges.

"Eles têm uma cama confor-tável, que eles vão aproveitar durante a noite", diz o coorde-nador de fim-de-semana Luke Jolly. "Às 6h20 da manhã é a nossa primeira oração monás-tica."

É a primeira de cinco orações das quais os visitantes são re-quisitados a participar todos os dias na moderna igreja cir-cular, com o interior iluminado por luz natural que entra pelo teto de vidro da igreja.

O almoço é farto, com lasa-nha, sopa de tomate, queijo e saladas.

Não é permitido conversar durante as refeições. Em vez disto, os monges ouvem uma leitura, como um trecho da bio-grafia do arcebispo de Canter-bury.

Mas existe bastante tempo

para conversar após a refeição, durante o café e os chocolates ou durante uma caminhada.

Mudança de estilo de vidaO chamado "Fim-de-semana

de Teste Monástico" é cria-do para homens que querem experimentar se uma vida de obediência, estabilidade, po-breza e castidade foi feita para

Comunidade monástica de Worth Abbey.

eles.Além disso, jovens – tanto

homens como mulheres – po-dem participar do Compass Project – uma série de nove fins de semana.Nenhum dos eventos exige pagamento aos candidatos, mas doações de até 70 libras são aceitas.

Worth Abbey é um de vários mosteiros e conventos que de-cidiram combater a queda de integrantes promovendo seu estilo de vida – na imprensa religiosa, na Internet ou mes-mo em revistas de aviões – e

convidando potenciais recru-tas para experimentar a vida monástica.

Em 1982 havia 217 noviços na Igreja Católica na Ingla-terra e no País de Gales, mas em 2007 o número tinha caído para 29.

"O Reino Unido está se tor-nando realmente uma socie-dade secular (...) nós anuncia-mos porque estamos cientes de que existem muitas opções sendo oferecidas, principal-mente aos jovens", explica Luke. "E a voz de Deus pode

acabar sendo abafada. Então estamos colocando esta op-ção diante deles."

Orações "entediantes"Uma das visitantes de fim-

de-semana, Lisa Paget, é ca-tólica convertida. Com seus cabelos pintados e piercing no rosto ela talvez pareça uma candidata não muito conven-cional para a vida em um con-vento.

Ela até passou alguns anos sendo atéia, praticou superfi-cialmente o hinduísmo e ficou noiva.

"Quando comecei vindo nos fins-de-semana", ri Paget, "os serviços pareciam extrema-mente entediantes e eu não via a hora de eles terminarem!"

"Porém, o tempo foi passan-do e eu realmente entrei no rit-mo das orações de da ideia de dedicar tempo, que é um pre-sente de Deus."

"Eu me deparei com várias encruzilhadas durante minha vida", acrescenta ela, "e deci-di que precisava explorar o lu-gar para onde Deus estava me chamando. E vir aqui realmen-te me faz pensar em me tornar uma freira."

Com a crise financeira e o crescente desemprego, Luke se pergunta se o mosteiro não vai passar a receber mais inte-ressados na vida religiosa.

"Acho que as pessoas vão procurar uma vida que é di-ferente daquela que o mundo ofereceu até agora."

Os monges acreditam que se conseguirem convencer os candidatos de fim-de-semana a permanecerem no mosteiro eles vão ajudar a evitar a extin-ção de uma tradição de 1.500 anos. (Folha Online)

Indústria do Reino Unido tem maior recuo desde 1974A desaceleração no setor

industrial do Reino Unido está se intensificando, o que ficou evidente nos números do quarto trimestre de 2008, que tiveram a maior contração desde 1974. De acordo com Escritório Nacional de Estatísticas, em três meses, a produção de manufatura enco-lheu 5,1%, enquanto a produção industrial caiu 4,5%.

Se não houver revisão nesses números, o Produto Interno Bruto (PIB) britânico do quarto trimes-tre poderá ser revisado em baixa, para contração de 1,6%, de retra-

ção de 1,5% anunciada anterior-mente.

Em dezembro, no comparati-vo com o mesmo mês de 2007, a produção de manufatura caiu 10,2%, depois de retração de 8,6% em novembro. É a maior retração anual desde março de 1981. Em comparação a novembro, a pro-dução caiu 2,2%, depois de que-da de 3% em novembro, a décima retração consecutiva. É o período mais prolongado de contração na produção de manufatura desde 1980.

Os números foram piores do

que os previstos pelos analistas, que esperam queda de 1,4% na produção manufaturada em de-zembro, em base mensal, e 8,3% em base anual.

A produção industrial, que abran-ge um grupo mais amplo de indús-trias, também recuou fortemente e acima do esperado. Em dezembro ante o mesmo mês do ano pas-sado, a produção industrial cedeu 9,4%; em relação a novembro, caiu 1,7%. Economistas esperavam queda anual de 8% e mensal de 1,2%. As informações são da Dow Jones. (Agencia Estado)

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12 a 18 de fevereiro de 2009

Reino Unido pede investigação independente a salário e bônus em bancos

O ministro britânico das Finanças quer uma investigação indepen-

dente aos salários e bônus entre-gues nos bancos. Alistair Darling

lembrou que os bancos britâni-cos nunca poderiam sobreviver sem as ajudas públicas que re-ceberam.

O Reino Unido vai pedir uma

investigação independente às administrações dos bancos bem como os salários e bônus dos al-tos executivos, uma vez que as pessoas “se sentem iradas com o excesso destes bônus dos bancos”.

“No passado, os bônus eram alguma coisa de especial, que se recebia pelo trabalho árduo. Mas no decorrer dos anos, vários banqueiros têm vindo a conside-rar estes como algo de adquiri-do. E isso não pode continuar”, afirmou o ministro britânico das Finanças.

Este anúncio de Alistair Dar-ling surge numa altura em que o Royal Bank of Scotland (RBS), cujo capital é majoritariamen-te estadual, se preparara para anunciar a entrega de um milhão de libras em bônus, depois de ter recebido 20 mil milhões de libras de fundos públicos.

À BBC, o titular britânico da pasta das Finanças confirmou ter falado ao patrão do RBS, banco que registou perdas de 28 mil milhões de livres em 2008, para dizer a este responsável que “ninguém associado a estas im-portantes perdas deveria ser au-

torizado a receber estes bônus”.Darling, que não se opõe à

existência de bônus para ad-ministradores, recordou que os

bancos não sobreviveriam sem a “ajuda dos contribuintes britâni-cos” e que a ajuda pública não era entregue sem condições.

Ministro Alistair Darling.

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12 a 18 de fevereiro de 2009

conta do setor de vestuário, com retrações de 11,3% e 14,2%, res-pectivamente. No Paraná, o nível de emprego na indústria madeireira caiu 21% em relação a dezembro de 2007.

No resultado fechado de 2008, o IBGE observou crescimento em 12 dos 18 ramos e em 11 dos 14 locais pesquisados. As principais influên-cias no ano vieram de São Paulo (3%) e Minas Gerais (4,2%).

Entre os setores, destacaram-se máquinas e equipamentos (10,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrô-nicos e de comunicações (10,6%) e

meios de transporte (8,5%). Em relação a dezembro de 2007,

o ganho salarial na indústria foi constatado em 12 das 14 áreas avaliadas, com destaque para São Paulo (6%), Paraná (5,4%) e Minas Gerais (4,1%).

A folha de pagamento real cres-ceu em 15 dos 18 ramos investiga-dos, na comparação com dezembro de 2007. Os maiores impactos posi-tivos vieram de meios de transporte (10,5%), produtos de metal (10,2%) e máquinas e aparelhos eletroele-trônicos e de comunicações (7,1%).

Ao mesmo tempo, foram consta-

tadas quedas na folha de pagamen-to dos setores de vestuário (14%) e madeira (-9,9%), na comparação com dezembro de 2007.

O número de horas pagas na indústria caiu 1,7% em relação ao mês anterior. A retração foi seme-lhante ao que havia sido verificado em novembro, quando foi notada a, maior queda desde o início da série histórica.

Em relação a dezembro de 2007 apresentou recuo de 1,8% em de-zembro, menor taxa desde dezem-bro de 2003, cuja retração chegara a 1,9%.

Emprego na indústria registra a maior queda desde 2001

Em relação a igual período do ano passado, houve queda de 1,1%. Essa re-

tração interrompeu uma série de 29 resultados positivos nessa relação. Foi o menor resultado desde janeiro de 2004, quando o empego na in-dústria havia recuado 1,2%.

Ao longo de 2008, o IBGE veri-ficou crescimento de 2,1% em re-lação ao ano anterior. De janeiro a setembro, antes do agravamento da crise mundial, a expansão do emprego industrial havia chegado a 2,7%. No último trimestre de 2008, houve variação negativa de 1,1% na com paração com o trimestre ime-diatamente anterior, interrompendo série de dez trimestres com varia-ções positivas.

O valor da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria re-

gistrou também a terceira contração consecutiva, com queda de 0,7 % em dezembro, na comparação com o mês anterior. Em relação a de-zembro de 2007, houve incremento de 4,1%, 36ª alta consecutiva. Em 2008, a folha de pagamento na in-dústria avançou 6%.

O IBGE indicou que, na com-paração com dezembro de 2007, houve diminuição dos postos de trabalho em nove dos 18 setores pesquisados. Entre as 14 regiões avaliadas, houve queda em 11 lo-cais, com destaque para Santa Catarina (-3,2%), Paraná (-3,1%), Região Nordeste (-2%) e São Paulo (-0,8%). Foi a primeira queda nesse indicador, na indústria paulista, des-de abril de 2004.

Em Sâo Paulo e em Santa Cata-rina, o destaque negativo ficou por

O nível de emprego na indústria seguiu o ritmo da produção e caiu pelo terceiro mês consecutivo. Em dezembro, houve variação negativa de 1,8%, na comparação com o mês anterior, informou nesta segunda-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Trata-se da maior retração observada desde 2001, quando a série histórica foi iniciada. Em novembro, na mesma base de comparação, a queda havia sido de 0,6%.

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sório das Nações Unidas podem receber o aval da VER .

Até agora, a Blue Registry já in-corporou 18 projetos de carbono e já lançou quase 1,8 milhões de créditos VER .

Gold StandardO registro Gold Standard, por sua

vez, gerencia todo o ciclo de vida do crédito de carbono, incluindo a geração, transferência e aposenta-doria (quando o crédito é vendido e deixa de circular no mercado). Fundada em março de 2008, tem como objetivo criar, monitorar e permitir o comércio das Reduções de Emissões Voluntárias (VER) que passaram pela avaliação do pa-drão Gold Standard.

Além disso, numerosos relató-rios são divulgados publicamente, incluindo a lista dos detentores de contas, o status dos projetos de neutralização e informações tanto sobre os créditos emitidos quanto aos que já foram negociados. O re-gistro já possui mais de 75 projetos válidos em diferentes estágios de aprovação, com uma listagem de mais de 800 mil Reduções Voluntá-rias de Emissões (VERs), como são chamados os créditos voluntários.

VCSA Associação Voluntary Carbon

Standard (VCS), padrão de com-pensações de carbono mais utiliza-do com aproximadamente um terço dos créditos voluntários mundiais, decidiu implementar uma solução de multi-registros no ano passado. Ao invés de selecionar uma úni-

ca empresa para fazer o serviço, eles escolheram quatro aplicantes (APX Inc., Bank of New York Mellon, Caisse des Dépôts, e TZ1) depois de um rigoroso processo de sele-ção que durou doze meses.

Um crédito só pode ser emitido por apenas uma das quatro empre-sas e recebe um número de série que permite que ele seja rastreado no decorrer de toda sua vida útil. Se o crédito é transferido de um re-gistro para outro, primeiro precisa passar pelo sistema da empresa que o emitiu. Somente depois da checagem em todas os outros três sistemas e de garantida a elegibili-dade é que o dono do projeto rece-be um único número de série para cada Unidade de Carbono Voluntá-ria (VCU), como são chamados os créditos de carbono emitidos pela VCS.

Um novo ITL?Segundo Hires o próximo de-

safio será a conexão entre estes registros, para formar um sistema global de informações sobre as transações de créditos voluntários. Isto, contudo, exigiria que cada registro fosse capaz de “ler” as informações de qualquer padrão. O Blue Registry está planejando incluir créditos de outros padrões e, caso obtenha sucesso, outros registros podem seguir o exemplo.

“Outra possibilidade seria um meta-registro que teria como fun-ção ligar cada crédito ao projeto que o originou. Esta abrangência sobre todo o mercado acabaria

com a possibilidade de dupla con-tagem”, afirma.

Os registros atuais funcionariam como o europeu CITL (que ape-nas identifica créditos da União Européia), enquanto que o meta-registro teria um papel similar ao International Transaction Log (ITL), sistema de registro dos créditos do mercado de Quioto. Observando os atrasos na ligação desses dois registros do mercado compulsório, Hires ressalta que parece bem im-provável que um meta-registro para o mercado voluntário possa ser es-tabelecido em um futuro próximo.

“De qualquer maneira, se consi-derarmos o desempenho no pas-sado, uma vez que estas questões se tornem evidentes, elas seriam resolvidas rapidamente e com criatividade empresarial, algo que sempre caracterizou o dinâmico mercado voluntário na sua busca por soluções apropriadas para a mitigação real e mensurável das mudanças climáticas”, conclui.

Registro aumenta transparência do mercado voluntário Análise da First Climate afirma que os sistemas de registros

devem se consolidar até o final do ano, dando mais credibilidade às negociações no mercado voluntário

Tradicionalmente feitas na base das negociações de balcão, as transações

no mercado voluntário devem al-cançar em 2009 uma maior trans-parência e controle através do uso de registros como o do VCS, afir-ma uma análise da consultoria First Climate publicada na última quinta-feira, 5.

O documento “Year of the Volun-tary Market Registries” prevê que o registro no mercado voluntário passará de um estágio de adoção inicial para o de total consolidação em doze meses. “Dependendo se os registros do VCS estiverem operando por completo, nós es-peramos uma rápida adaptação similar a dos principais padrões de verificação independente de pro-jetos de hoje”, explica a gerente sênior de portfólio da First Climate, Eva Wuchold. “Até o final do ano, haverá muito poucos créditos de carbono sendo vendidos fora do registro”.

Com o registro, aumentam as garantias da origem dos créditos comprados assim como a acessi-bilidade a todo o histórico dos par-ceiros de negócios. “Os chamados ‘cowboys do carbono’ que estão vendendo nada além de ‘hot air’ irão desaparecer. A dupla conta-gem de redução de emissões por projetos virtualmente será impos-sível e vendedores de créditos de carbono terão que rapidamente fe-char o buraco do profissionalismo em relação aos principais atores do mercado para manter os clien-tes satisfeitos”, afirma o gerente de Comunicação e Marketing da First Climate, Daniel Hires, autor da aná-lise.

Porém Hires ressalta que, ape-sar de iniciativas industriais como a Aliança Internacional de Redu-ção de Carbono e Neutralização (ICROA) fazer um trabalho de in-centivo ao uso dos registros, tam-bém dependerá dos compradores insistirem em utilizá-los para suas transações. Neste caso, o merca-do voluntário terá uma cara signi-ficativamente diferente no período de um ano.

“Padrões e registros não apenas garantem a qualidade e a integrida-de das compensações de carbono no mercado, mas também tornam os negócios mais fáceis para clien-tes que possuem pouca familiari-dade com o mercado de carbono”, afirma Hires.

Neste mercado, as negociações predominantes são as de balcão, o que as torna mais flexível para

agradar tanto ao comprador quan-to ao vendedor. Porém é justamen-te esta falta de regulamentação o principal alvo das críticas, que também englobam os problemas de créditos de carbono vendidos para mais de um comprador (ge-rando a chamada dupla conta-gem) e a falta de transparência se comparado com o mercado obri-gatório criado pelo Protocolo de Quioto.

A resposta dos participantes a esta crise de credibilidade que surgiu nos últimos anos tem sido a crescente pressão por medidas que garantam a qualidade dos projetos de compensações assim como aumentem a transparência nos negócios.

Assim surgiram diversos pa-drões de qualidade que verificam a redução de emissões de gases do efeito estufa promovida pelo projeto e garantem a confiabilidade dos benefícios climáticos. “Avan-ços significativos com relação a padrões de qualidade criaram uma situação hoje na qual as reduções de emissões que não são verifica-das independentemente por pa-drões de qualidade reconhecidos virtualmente desapareceram”, ex-plica Hires.

O próximo passo foi a criação de sistemas de registros das negocia-ções que permitiram um controle maior, dando maior transparência e evitando a dupla contagem de cré-ditos. Três padrões de qualidade de créditos voluntários já possuem tais sistemas: a Voluntary Carbon Standard (VCS), o Gold Standard e o VER (Blue Registry).

Blue RegistryEm 2007, A TÜV SÜD criou a

Blue Registry, um robusto banco de dados para créditos que passa-ram pela avaliação do Padrão VER . A plataforma do registro permite aos proprietários de projetos di-vulgarem informações sobre seus créditos publicamente enquanto que potenciais compradores têm acesso a um panorama do que está disponível no mercado sem precisar contatar cada vendedor individualmente.

Os créditos vendidos são reti-rados do sistema e colocados em uma espécie de conta de créditos já utilizados, o que assegura que um mesmo crédito não seja usado para neutralizar duas atividades emissoras distintas.

O padrão VER avalia os projetos de redução de emissões de gases do efeito estufa tendo como mo-delo o processo de aprovação do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), criado pelo Protoco-lo de Quioto para ajudar os países desenvolvidos a cumprir as metas. A vantagem é que projetos que não se encaixam no mercado compul-

Por:

www.carbonobrasil.com

Sabrina Domingos

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Por:

Randes Nunes

Carolina e Anita

Daniela, Mauro, Junior e Carol

Famila unida no Bankete

Marcos e Rose

Amor eterno

Nanda e Dj GG

Voce nao vai ficar de fora dessa!!

Meu coracao bate por voce Dj GG

Gatas da Balada Rio

Semana passada, literal-mente, as baladas bra-zucas pegaram fogo em

Londres! Na sexta-feira, 6, o point foi na Casa Nossa, em Willesden Junction, com muita música ao vivo, muita gente bonita e muita cerveja gelada! A segunda para-

da da noite foi na Balada Rio, em Vauxhall, onde além de ter o me-lhor som da cidade a Balada Rio também proporciona um espaço para festas diferenciado. Quem comemorou um ano de casamento foi nosso querido casal Nanda e Dj GG que é residente na Balada. Pa-rabéns e felicidades!

Sábado, 7, foi a vez da loirinha Josy apagar velinhas! Parabéns e muitos anos de vida. Já no domin-go, 8, o Copacabana Bar abriu as portas para receber amigos numa confraternização de dar água na boca. Com chave de ouro, no Bankete Restaurante, em Aldgate, encerramos a rodada do final de semana. A casa realmente é acon-chegante e de família, passe por lá e confira as delícias dos chefes da casa. Forte abraço do amigo, Ran-des Nunes!

Balada Rio

Bankete

Copacabana

Casal 20

Andrea e Fabiana

Vinnie e Janderson

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Moca linda!!!!

Josy, Papai e Mamae

Josy

Josy e Jo

Casa NossaNiver Josy

Amizade sempre

As gatas do Casa Nossa

Amigos do Casa Nossa

A mocada marcou prensenca

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A crise global desenterrou o fantasma do nacionalis-mo na Europa. A situação

explodiu com a onda de paralisa-ções deflagrada por trabalhadores britânicos em oposição à contrata-ção de estrangeiros. O viés prote-cionista também ganha corpo nas declarações de governos de diver-sos países europeus. Existe a pre-ocupação de que esse movimento cresça diante da forte retração eco-nômica e das demissões em massa já feitas – o que representa preocu-pação para a força de trabalho es-trangeira.

No Reino Unido, uma série de manifestações começou quando a refinaria de petróleo Lindsey, na cidade de Killingholme, decidiu contratar uma empresa italiana de engenharia para ampliar suas insta-lações. Foram recrutados então cer-ca de 200 empregados temporários italianos e portugueses, suposta-mente por salários mais baixos. No final de janeiro, os funcionários da refinaria decidiram entrar em greve com o lema "empregos britânicos para trabalhadores britânicos" – am-pliando o risco de xenofobia. Atos

semelhantes se espalharam pelo país, levando à paralisação de seis mil funcionários em 22 empresas. Para resolver a situação, a Lindsey, que pertence à francesa Total, teve de recuar e garantir que pelo menos metade dos novos contratados será britânica.

"É claro que poderemos ver mais manifestações desse tipo em ou-tros países da Europa", afirmou o presidente do Centro de Estudos de Política Europeia, instituição in-dependente baseada em Bruxelas, Karel Lannoo. Para ele, as greves partiram do Reino Unido porque o país foi o mais afetado pela crise. "O problema no Reino Unido começou antes e é mais profundo, mas me surpreende ver uma manifestação dessas em um lugar que sempre foi contrário a questões nacionalistas na União Europeia."

Mesmos direitos As regras da UE preveem que

os cidadão podem trabalhar em qualquer país do bloco, com movi-mentação livre e com os mesmos direitos. "Não existe problema legal na contratação dos italianos e por-tugueses e essa posição não ajuda a União Europeia", afirmou Robert Hancke, doutor da London School of Economics and Political Science (LSE). O episódio fez até o comis-sário europeu do Emprego e dos Assuntos Sociais, Vladimir Spidla, cogitar a reavaliação das regras de livre movimentação no bloco.

Os especialistas acreditam que a indisposição entre os europeus é maior do que em relação a trabalha-dores de países em desenvolvimen-to. Isso porque o trânsito de pesso-as dentro do continente é mais forte do que o fluxo de imigrantes de ou-

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Onda nacionalista ameaça trabalhador estrangeiro na UE Para analistas, discurso protecionista pode

ganhar força em países da Europa por conta da retração econômicatras regiões. "Mas a situação deve ficar mais difícil para aqueles que vêm de lugares mais pobres e não têm qualificação", acredita Hancke. "Já existe uma grande força contra a imigração ilegal, que agora deve ser reforçada", complementa Lannoo, do Centro de Estudos de Política Europeia.

Além das greves, a posição de diversos governos vem espalhan-do preocupações pelo continente. A França e a Suécia afirmaram que só irão ajudar as indústrias automo-bilísticas se elas se compromete-rem a manter a produção em seus países, sem deslocamento para mercados com custo menor. "Se damos dinheiro para uma empresa automobilística, não é para que ela vá para a República Tcheca", disse o presidente da França, Nicolas Sa-rkozy.

Na Grécia, o governo impediu os bancos de socorrerem filiais em ou-tros países. O país também assistiu cerca de mil agricultores se manifes-tarem pedindo mais apoio financei-ro do governo, entrando em choque com a polícia. Na Espanha, o minis-

tro de Indústria e Comércio, Miguel Sebastián, disse recentemente para a população introduzir o "fator espa-nhol" em suas opções de consumo, optando por produtos nacionais para impedir uma retração maior da indústria. A posição está em linha com o "Buy American", medida do pacote do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de exigir o consumo de minério e aço produzi-dos no próprio país.

"O nacionalismo econômico está transformando a crise econômica em política e ameaçando o mundo com a depressão", diz a revista The Economist, cuja capa desta sema-na aborda o tema. Nesse ambiente, ministros de Comércio tentam reto-mar a Rodada Doha, para impedir que o protecionismo se espalhe pelo comércio. Para Karel Lannoo, o cenário torna a conclusão das negociações muito mais necessá-ria. "É preciso usar este momento como oportunidade." Para Hancke, da LSE, a crise torna a conclusão de Doha muito mais complicada. "O mercado europeu ficará mais fecha-do." (AE)

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Brasil ataca planos de países ricos em reunião da OMCEnquanto a Europa reage a acusações de

protecionismo, Brasil avisa que pode abrir disputa na OMC contra pacotes

A crise está abrindo novas frentes de tensão mun-dial. O Brasil declarou na

segunda-feira, 9, aos 153 países da Organização Mundial do Co-mércio (OMC) que pode abrir dis-putas contra eventuais distorções causadas por pacotes de ajuda. Os Estados Unidos fazem con-sultas a governos que adotaram medidas para proteger a indústria e estão afetando produtos ame-ricanos. Enquanto isso, a União Europeia (UE) rejeita a acusação de que seus pacotes de socorro sejam protecionistas.

A OMC fez a primeira reunião para debater o surgimento de me-didas protecionistas diante da cri-se e da pressão interna por prote-ção. A entidade se comprometeu, de forma inédita, a monitorar o im-pacto de pacotes de ajuda. Mas o encontro serviu para mostrar que a crise promete causar enfrenta-mentos comerciais.

O Brasil alegou, como o Estado antecipou, que a principal ameaça

hoje para o comércio não são as elevações de tarifas de importa-ção criadas por países que tentam proteger a indústria. O Itamaraty aponta que o pior efeito é dos pa-cotes de socorro ao setor indus-trial, que criam benefícios para as empresas locais e distorções no comércio. Mais de US$ 3 trilhões já foram usados em planos de re-lançamentos das economias em recessão, como Europa, Japão e Estados Unidos.

O governo brasileiro atacou frontalmente os pacotes, insinuan-do que são subsídios camuflados, que desequilibram a concorrência em setores como o automotivo, a agricultura e outros. "Um incentivo artificial em um país pode acabar em uma complicação para uma empresa em outro país", disse Roberto Azevedo, embaixador do Brasil na OMC.

"O Brasil está cuidadosamen-te avaliando as bases legais e o impacto comercial de muitas das medidas e se reserva todos seus

direitos no sistema da OMC", afir-mou ele. Em linguagem diplomáti-ca, isso significa que o Brasil não descarta abrir queixas se sentir que seus interesses estão sendo afetados.

Os europeus rejeitaram a tese. "Não acho que pacotes de relan-çamento são distorcivos ou podem ser vistos como subsídios ilegais", afirmou Phillip Gros, embaixador da França. "Ao propor esses paco-tes, os governos não estão tentan-do distorcer o comércio, mas sal-var suas indústrias. Esses pacotes existem porque alguns setores, como o financeiro, entraram em colapso. Todos os governos vêm sofrendo pressões internas. Não é o momento de acusações."

Ekhart Gutt, embaixador da UE, alertou ainda que os planos de res-gate lançados pelos países ricos vão acabar ajudando os emergen-tes, não criando distorções. Para ele, ao ser socorrida, a economia dos países ricos vai consumir mais e, portanto, vai voltar a importar mais dos países emergentes.

Os países da Organização Mundial do Comércio

(OMC) reuniram-se nesta se-gunda-feira, 9, para avaliar até que ponto a crise mundial está estimulando a prática do prote-cionismo. Diplomatas de países ricos e pobres devem discutir um relatório de janeiro do dire-tor-geral da OMC, Pascal Lamy, segundo o qual os países em geral ignoraram o apelo feito em novembro pelo G-20 (gru-po de países desenvolvidos e emergentes) contra o aumento das barreiras comerciais.

O debate desta segunda dará aos líderes do G20 mais embasamento para discutirem,

na reunião de abril em Londres, as tendências protecionistas na promoção de exportações e na redução de importações, tanto entre os 153 países da entida-de quanto entre aqueles que dela não participam, como a Rússia.

As barreiras comerciais des-tinadas a defender empregos podem agravar a recessão glo-bal se impedirem outros países de exportar, como já aconteceu durante a Grande Depressão, na década de 1930. O Brasil já disse que pode recorrer à OMC contra um plano dos Estados Unidos que obrigaria empresas norte-americanas que recebem

ajuda governamental a priorizar fornecedores domésticos.

Lamy disse que, embora a crise de 2009 possa afetar to-dos os membros da OMC, os países em desenvolvimento ficarão especialmente vulnerá-veis, porque seu crescimento depende muito do comércio exterior, cuja desaceleração é atualmente a principal pressão negativa sobre o crescimento global.

Em suas últimas estimativas, o FMI projeta que o comércio mundial sofrerá retração de 2,8% neste ano, depois de regis-trar expansão de 7,2% em 2007 e 4,1% em 2008. (Reuters)

OMC: sinais de onda protecionista

O Brasil rejeitou a versão dos europeus. "Podem dizer o que quiser, a verdade é que esses subsídios são distorcivos", afir-mou Azevedo. "Quanto mais for-te o Tesouro, maior o impacto comercial." Para o Itamaraty, os subsídios afetam o comércio em pelo menos dois aspectos: impe-dem que os produtos brasileiros possam competir de igual para igual nos mercados ricos contra a produção local subsidiada. Além

disso, acabam permitindo que os exportadores dos países ricos pratiquem um dumping nos mer-cados emergentes.

Os Estados Unidos admitiram que as pressões protecionistas são fortes no país, mas alertaram que já podem contestar medidas de outros países. "O sistema co-mercial global será severamente testado durante a atual crise", afir-mou David Shark, representante americano em Genebra.

Sede central da OMC. Em Genebra.

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Hotel MedeaUma interpretação provocativa da vingança sobre o mito de Medea, com o som

original de DJ Dolores. Dividida em três partes – Zero Hour Market, Dry Lands e Fe-ast of Dawn –, a peça discute a suspensão do tempo e espaço entre a crueldade da noite e a sobriedade do dia.

Ritmos brasileiros e a música ao vivo criam um frenesi interessante a trilogia inusitada que encerra o ciclo de Teatro Brasileiro no Arcola.

Mais informações no websitewww.medea.tv ou http://www.youtube.com/watch?v=0soIo4-OJLM.Arcola TheatreAté dia 14 de fevereiro, 21:45 horas27 Arcola StreetLondres E8 2DJ

Luisa Lambri mostra NiemeyerA Galleria 32, da Embaixada do Brasil em Londres, em parceria com Thomas

Dane Gallery, apresenta uma exposição solo da artista italiana Luisa Lambri, como abertura de seu calendário de eventos em 2009.

E exposição conta com fotografias icônicas de Lambri, revelando trabalhos de prédios ou interiores do ilustre arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer.

Mais informações no website http://www.brazil.org.uk/gallery32. Gallery 3211 fevereiro até 11 de março32 Green StreetLondres W1K 7AT

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Carmen Miranda: 100 anosPequena notável: derrotada pelas drogas

O Repórter Esso, na voz de Heron Domingues, da Rádio Nacional do

Rio de Janeiro, foi o primeiro a no-ticiar a morte da Pequena Notável. Carmen nunca mais voltaria à terra natal, o que não impediu que a câ-mara municipal do Marco de Cana-veses desse seu nome ao museu municipal. As comemorações de seu centenário iniciam no proximo dia, 9.

Nascida na freguesia de Várzea da Ovelha e Aliviada, conselho de Marco de Canaveses, em Portugal, Maria do Carmo Miranda da Cunha ou simplesmente Carmen Miranda, apelido que ganhou no Brasil, gra-ças ao gosto que seu pai tinha por óperas. Ela era a segunda filha de José Maria Pinto Cunha, barbeiro, {1887 – 1938} e de Maria Emília Miranda {1886 – 1971}. Seu pai imigrou primeiro para o Brasil e instalou-se no Rio de Janeiro. Em 1910, sua mãe, Maria Emília, acom-panhada da filha mais velha, Olin-da e de Carmen, que tinha um ano de idade, e viriam se juntar a José Maria esposo e pai respectivamen-te. José Maria abriu um salão de barbeiro na rua da Misericórdia, 70, em sociedade com um conter-râneo, e a família passou a morar no sobrado acima do salão. Mais tarde mudariam-se para a rua Jo-aquim Silva, 53, na Lapa. No Brasil nasceram os outros filhos do casal: Amaro - 1911, Cecília -1913-, Auro-ra -1915 – 2005 e Oscar -1916.

Carmen Miranda fez seus estu-dos na escola Santa Teresa, na rua da Lapa, 24. Quando tinha 14 anos arranjou seu primeiro emprego, em uma loja especializada em grava-tas, e depois em uma chapelaria ganhando 40.000 réis por dia. Co-metam que foi demitida por passar a maior parte do tempo cantando. Nesse período, a família Miranda da Cunha sairia da Lapa e iriam residir em um sobrado na Travessa do Comércio, 13. No ano de 1926. Carmen já tentava a carreira de ar-tista, e apareceu em uma fotografia na seção de cinema do jornalis-ta Pedro Lima, da revista Selecta. Então em 1929, foi apresentada ao compositor Josué de Barros que se encantou com seu talento e passou a promovê-la em gravadoras e tea-tros. Naquele mesmo ano gravaria pela gravadora alemã Brunswick os primeiros discos com ‘Não Vá Sim'bora’, um samba, e o choro ‘Se O Samba é Moda’. Já pela grava-dora Victor, gravou ‘Triste Jandaia’ e ‘Dona Balbina’. O começo da carreira artística

O primeiro sucesso de Carmen Miranda viria em 1930, com a marcha "Pra Você Gostar de Mim" ("Taí"), de Joubert de Carvalho. Po-rém, antes do fim do ano, já era apontada pelo jornal O País como

a maior cantora brasileira. Em 1933, impulsiona a carreira artísti-ca de sua irmã Aurora. No mesmo ano, Carmen assina um contrato de dois anos com a rádio Mayrink Veiga, e ganharia dois contos de réis ao mês. Foi a primeira can-tora de rádio a merecer contrato, quando o habitual era o cachê por participação. Em 30 de outubro do de 1930, realiza sua primeira turnê internacional, apresentando-se em Buenos Aires. Ela voltaria à Argen-tina no ano seguinte, para uma temporada de um mês na Rádio Belgrano.

Carreira cinematográfica no Brasil

Em 20 de janeiro de 1936 estreou no cinema com ‘Alô, Alô Carnaval’, ao lado de sua irmã Aurora, em que aparecem na famosa seqüência em que cantam "Cantoras do Rá-dio". No mesmo ano, as irmãs pas-sam a integrar o elenco do Cassino da Urca, propriedade de Joaquim Rolla. A partir daí se dividem entre o palco do cassino e excursões freqüentes aos diversos estados brasileiros e à Argentina. Quando de uma apresentação para o astro Tyrone Power, teve a chance de uma carreira nos Estados Unidos. Em pleno ano de 1938, Carmen rece-bia um salário de 30 contos de réis mensais no Cassino da Urca, logo não sentiu-se atraída pelos EUA. No ano seguinte Shubert aporta no Rio de Janeiro juntamente com a atriz Sonja Henie e assinam con-trato com o cassino da Urca, mas ele estava interessado em Carmen, que então assina contrato para atuar nos EUA, mas a cantora fez questão de levar o Bando da Lua para acompanha-la.

O começo da consagraçãoSua consagração começaria em

29 de maio de 1939, quando filmou ‘The Gang's All Here’ e também es-trearia na revista "Streets of Paris", em Boston. O êxito de sua estréia fez a imprensa norte-americana se render à sensualidade e ao talen-to da cantora luso-brasileira. Ao desembarcar em Nova Iorque de-clarou: "Vocês verão principalmen-te que sou cantora e tenho ritmo". As participações teatrais de Car-men aumentam a medida em que cresce o seu reconhecimento. Em 5 de março de 1940 se apresenta durante um banquete oferecido ao presidente Franklin Delano Roose-velt, na Casa Branca, em Washing-ton. Em 10 de julho retorna ao Bra-sil, onde é recebida com enorme ovação pela população carioca. Entretanto, na sua apresentação para a cúpula do Estado Novo no Cassino da Urca, ela é apupada pelo grupo germanista do governo, que via em Carmen Miranda uma

influência muito "americanizada". Isso lhe magoaria. No mesmo mês gravou seus últimos discos no Bra-sil, e respondeu com bom humor às acusações de ter esquecido o País. Em 3 de outubro, ela volta aos Estados Unidos da América, e im-prime a marca de seus sapatos e mãos na Calçada da Fama do Chi-nese Theatre, de Los Angeles. En-tre os anos de 1942 e 1953 Carmen Miranda atuou em 13 filmes em Hollywood e participou dos mais importantes programas de rádio, televisão, cassinos e casas notur-nas e teatros norte-americanos.

Vida amorosa mal sucedidaEla manteve romances com vá-

rios astros de Hollywood como por exemplo os atores John Wayne e Dana Andrews. No fim da Se-gunda Guerra Mundial, 1946, Car-men é a artista mais bem paga de Hollywood e por conseqüência a mulher que mais paga imposto de renda nos EUA. Em 17 de março de 1947 casou-se com David Se-bastian, norte-americano nascido em Detroit a 23 de novembro de 1908, um fracassado funcionário de uma produtora de cinema, e começaria ali a decadência física da notável, inclusive ao álcool, do qual ela também logo se tornaria dependente. O casamento dava sinal de crise logo nos primeiros meses, mas muito católica que era, não aceitava o divórcio. Em 1948, engravida de David, e sofre um aborto espontâneo depois de uma apresentação. Seu vício não pararia somente no álcool, tornaria totalmente dependente de barbi-túricos – isso vinha desde o início de sua carreira nos EUA. Carmen Miranda adquiria as drogas com receitas obtidas legalmente e não percebia os seus efeitos, e usava em quantidades cada vez maiores.

O passo seguinte seria potenciali-zar-se como usuária de tabaco e álcool e das drogas.

A morte nos EUAEm 3 de dezembro de 1954,

após uma ausência de 14 anos ela retorna ao Brasil, e está sofrendo os efeitos da dependência quími-ca. É internada em uma suíte do Copacabana Palace Hotel, onde fica quatro meses. O seu médico brasileiro constata a dependên-cia química e tenta desintoxicá-la. Ela melhora, porém não abando-nou completamente os remédios, o álcool e o cigarro. Ligeiramente recuperada, Carmen retorna para os EUA em 4 de abril de 1955. Imediatamente volta às apresenta-

ções. Faz uma turnê por Las Vegas e Cuba entre nos meses de maio e agosto, e volta a fazer uso dos barbitúrico. No início de agosto, ao gravar uma participação especial no programa televisivo do come-diante Jimmy Durante, um número de dança sofre um ligeiro desmaio e desequilibra-se e cai, amparada por Durante. Recupera-se e ter-mina o número. Na mesma noite, recebe amigos em sua residência em Beverly Hills, à Bedford Drive, 616. Por volta das duas da manhã, após beber e cantar algumas can-ções para os amigos presentes, ela sobe para seu quarto, acende um cigarro e começa a se preparar para dormir. Retira a maquiagem, veste um robe e caminha rumo à cama com um pequeno espelho à mão. Um colapso cardíaco fulmi-nante derrubou Carmen Miranda, que caiu morta sobre o chão. Seu corpo foi encontrado pela empre-gada na mesma noite do dia 5 de agosto de 1955. Tinha 46 anos.

Em 12 de agosto de 1955 seu corpo embalsamado desembarcou de um avião no Rio de Janeiro, e 60 mil pessoas compareceram ao seu velório, realizado no saguão da Câmara Municipal, e dali o cortejo seguiria para o Cemitério São João Batista, e acompanhado por cerca de meio milhão de pessoas que cantavam esporadicamente sua canção 'Taí".

No ano seguinte, o prefeito do Rio de Janeiro – capital do Brasil na época –, Francisco Negrão de Lima assinou decreto que criava o Museu Carmen Miranda, inaugura-do, em 1976, no Aterro do Flamen-go. Em 9 de fevereiro de 2009, co-memoram-se os 100 anos de seu nascimento.

Fausto Visconde e Francisco Martins.

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Ex-Led Zeppelin Robert Plantganha cinco Grammy; veja os principais vencedores

O ex-vocalista da banda de rock Led Zeppelin foi o maior vencedor da

51ª edição do Grammy, em Los Angeles (EUA). Ele levou cinco prêmios neste domingo, 8, pelo disco "Raising Sand" (2007), gra-vado em parceria da cantora folk Alison Krauss.

A dupla ganhou os troféus de Ál-bum do Ano; Gravação do Ano com "Please Read the Letter"; Melhor Colaboração Pop com "Rich Wo-man"; Melhor Colaboração Country com "Killing the Blues"; Melhor Ál-bum Contemporâneo de Folk/Ame-ricana com "Raising Sand".

O grupo britânico Coldplay, um dos favoritos da premiação, ven-

ceu em três categorias das sete para o qual foi indicado: Música do Ano, Melhor Álbum de Rock e Me-lhor Performance Pop em Dupla ou Grupo com Vocais pelo disco "Viva la vida" e a música que dá nome à obra.

A cantora Jennifer Hudson levou o Melhor Álbum de R&B pela obra "Jennifer Hudson". Ela, que perdeu sua mãe, irmão e sobrinho, assas-sinados em outubro de 2008, agra-deceu muito o prêmio e o dedicou a sua família.

Como o Coldplay, outro grande favorito só levou metade dos tro-féus para os quais foi indicado. O rapper americano Lil Wayne, que tinha oito indicações, levou os

prêmios de Melhor Álbum de Rap por "Tha Carter III"; Melhor Perfor-mance Individual de Rap com "La Milli"; Melhor Canção de Rap com "Lollipop"; e Melhor Colaboração de Rap em "Swagga like us".

A cantora Adele levou a Melhor Performance Vocal Feminina por "Chasing pavements" e o prêmio de Artista Revelação, desbancan-do artistas como Jonas Brothers e Duffy.

Gilberto Gil, única esperança brasileira na premiação da música, não levou o Melhor Álbum de World Music. O prêmio da categoria foi para o disco "Global drum project", de Mickey Hart, Zakir Hussain, Siki-ru Adepoju e Giovanni Hidalgo.

Com cinco troféus, Robert Plant e a cantora folk Alison Krauss se sagram como os maiores vencedo-res da 51ª edição do Grammy.

Gravação do Ano"Chasing Pavements", Adele"Viva la vida", Coldplay"Bleeding", Leona Lewis"Paper Planes", M.I.A"Please Read the Letter", Robert Plant e Alison Krauss

Álbum do Ano"Viva la vida", Coldplay"Tha Carter III: The Rebirth", Lil Wayne"Year of the Gentleman", Ne-Yo"Raising Sand", Robert Plant e Alison Krauss"In Rainbows", Radiohead

Música do Ano"American Boy", William Adams, Keith Harris, Josh Lopez, Caleb Speir, John Stephens, Estelle Swa-ray e Kanye West"Chasing Pavements",Adele Adkins e Eg White"I'm Yours", Jason Mraz"Love Song", Sara Bareilles"Viva la vida", Coldplay

Artista RevelaçãoAdeleDuffy

Jonas BrothersLady AntebellumJazmine Sullivan

Melhor Performance Vocal Pop Feminina"Chasing pavements", Adele"Love song", Sara Bareilles"Mercy", Duffy"Bleeding Love", Leona Lewis"I kissed a girl", Katy Perry"So what", Pink

Melhor Performance Vocal Pop Masculina"All summer long", Kid Rock"Say", John Mayer"That was me", Paul McCartney"I'm yours", Jason Mraz"Closer", Ne-Yo"Wichita Lineman", James Taylor

Melhor Colaboração Pop com VocaisAlicia Keys e John Mayer "Lesson Learned"Madonna, Justin Timberlake e Timbaland "4 Minutes"Robert Plant e Alison Krauss"Rich Woman"Rihanna e Maroon Five

"If I Never See Your Face Again"Jordin Sparks e Chris Brown "No Air"

Melhor Álbum Vocal Pop"Detours", Sheryl Crow"Rockferry", Duffy"Long Road out of Eden", Eagles"Spirit", Leona Lewis"Covers", James Taylor

Melhor Álbum de Rock"Viva la vida", Coldplay"Rock N Roll Jesus", Kid Rock"Only by the Night",Kings of Leon"Death Magnetic", Metallica"Consolers of the Lonely",The Raconteurs

Melhor Álbum de R&B"Love Life", Eric Benet"Motown: A Journey Through Hitsville USA", Boyz II Men"Lay it Down", Al Green"Jennifer Hudson",Jennifer Hudson"The Way I See It", Raphael Saadiq

Veja lista dos indicados e dos vencedores nas principais categorias do Grammy:'Quem Quer Ser um Milionário' vence Bafta de melhor filme

Considerado a revelação do ano, o filme Quem Quer Ser um Milioná-rio? venceu na categoria de melhor filme do Bafta, o mais importante prêmio do cinema britânico. O di-retor do longa-metragem, Danny Boyle, também recebeu o prêmio de direção e o filme acabou vencendo em sete das 11 categorias às quais foi indicado. Quem Quer Ser um Mi-lionário? foi o grande vencedor, con-quistando quatro prêmios no Globo de Ouro, incluindo melhor filme e melhor diretor, o que o torna um dos preferidos para levar também o Os-car no dia 22.

Ao receber a estatueta, entregue por Mick Jagger, o produtor de Quem Quer Ser um Milionário?, Christian Colson, expressou sua alegria por receber o prêmio para um filme que é "exatamente como Boyle sonhou".

A atriz britânica Kate Winslet, que era a favorita da categoria, recebeu o prêmio de melhor atriz por seu pa-pel em O Leitor e agradeceu a seus pais, que assistiram à cerimônia, em Londres. Durante seu discurso ela

disse que não iria olhar para eles porque "iria cair no choro", em refe-rência ao agradecimento emociona-do que fez quando venceu o Globo de Ouro no mês passado.

O ator Mickey Rourke foi premia-do como melhor ator por sua atu-ação no filme O Lutador e em seu discurso de agradecimento disse ser "muito bom estar aqui, fora da escuridão". Rourke, de 56 anos, voltou às telas depois de um longo afastamento e 13 anos de terapia. Ele superou nomes de peso como Brad Pitt, por O Curioso Caso de Benjamin Button, e Sean Penn, por Milk - A Voz da Liberdade.

O prêmio de melhor ator coadju-vante foi para Heath Ledger, morto há um ano, por sua atuação como o vilão Coringa no filme Batman - O Cavaleiro das Trevas. A atriz Pené-lope Cruz disse se sentir "muito hon-rada e agradecida" por receber o prêmio de melhor atriz coadjuvante por seu papel como Maria Elena no filme de Woody Allen Vicky Cristina Barcelona.

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12 a 18 de fevereiro de 2009

Artistas brasileiros sãoparte da trupe de “Quidam”Últimos dias para assistir Cirque du Soleil em Londres

Anualmente, o inverno lon-drino é iluminado pela magia do mais famoso

circo do mundo, o Cirque du Soleil. Em 2009, não poderia ser diferen-te, até dia 15 de fevereiro o espetá-culo “Quidam” está em cartaz, no teatro Royal Albert Hall, contando a estória de uma jovem solitária, sem esperanças, que é apresentada a um novo universo: o universo do Cirque du Soleil e todo seu encan-tamento.

Malabaristas, palhaços, contor-cionistas, ilusionistas, trapezistas; artistas de vários lugares do mundo que fazem do Soleil, circo único e inigualável. Entre eles, três brasilei-ros compõem a trupe de “Quidam” e rodam o mundo levando sonho e fantasia a milhões de crianças e adultos apresentando o número da Rede Espanhola.

O Brazilian News conseguiu falar uns minutinhos com cada um deles sobre a vida no Cirque du So-leil, sobre o espetáculo “Quidam”, sonhos, viagens, etc.

Jailson, de Salvador.Primeiro contato com o mun-

do do circo?Foi em 1989 com o Circo de Sal-

vador, onde a gente treinava de tudo. Acrobacia, aéreos, todas as técnicas circenses.

Diferença entre circo no Brasil e o Cirque Du Soleil?

A maior diferença é que aqui nós estamos num palco, estamos sem-pre trabalhando. A técnica no Brasil é muito boa, não existe muita dife-rença nesse sentido.

Quantos países já visitou com o Soleil?

Estou há sete anos com o Cir-que du Soleil e já fui para Estados Unidos, Canadá, Japão, Nova Ze-lândia, China, Coréia, Cingapura, Espanha, Portugal, Inglaterra.

Onde vocês moram?Nós moramos com o Circo. Te-

nho um apartamento com minha mulher e filha que pode ser num hotel ou alugado, isso varia o local onde eles nos instalam. Mas todos sempre estão no mesmo local.

Em sua descrição, você con-ta que gosta de passear pelas cidades onde trabalha. O que você mais gostou de Londres?

Achei uma cidade muito bonita! Esse papo de que chove muito é mentira, viu?! Os parques são mui-to bonitos, a arquitetura é maravi-lhosa. O que eu percebi foi a pre-sença de muitos brasileiros na rua, nem dá para falar palavrão que al-guém sempre vai entender! (risos)

O melhor e o pior de trabalhar no Cirque du Soleil?

Eu sou uma pessoa de circo, então o melhor para mim é estar atuando. Outros pontos positivos é que a gente conhece pessoas do mundo todo e aprende outras línguas. Pior.... bem... não consi-go pensar em nada. Acho que não tem nada ruim!

Graceline Oliveira de Moura, de Goiânia. Por que você optou pela carreira de circo?

Eu fazia ginástica olímpica e quando entrei para a faculdade não queria parar. Como eu sempre tive este lado artístico, fui trabalhar no circo do Marcos Frota e foi quando me apaixonei pelo Circo!

Você comenta que é um so-nho trabalhar no Cirque du So-leil. Por quê?

Eu sempre almejei trabalhar aqui! Quando eu comecei a trabalhar no circo eu não sabia muito sobre este mundo. Aos poucos conheci mais sobre a magia, o teatro, a acroba-cia; e aqui nós temos um jeito es-pecial de misturar esses elementos. Então, desde a primeira vez que vi uma apresentação do Soleil fiquei encantada. E como optei por essa vida, decidi que queria trabalhar no melhor circo do mundo!

Qual o espetáculo do Cirque du Soleil que você mais gosta?

Estou há quatro anos no Soleil e sempre trabalhei no “Quidam”. Para ser bem sincera, é o meu fa-vorito! Eu gosto muito da história que é semelhante a minha própria, é bem real, pois ao mesmo tempo que o ser humano sonha há uma realidade.

Como você lida com a sauda-de do Brasil e da família?

Eu morro de saudades da minha família e estou bem contente que estamos indo para o Brasil com o circo. Foi um dos motivos que me fez continuar trabalhando. No último ano, nós trocamos de país quatro vezes e, em cada intervalo, nós temos de quatro a cinco se-manas de folga. Então, eu conse-gui voltar três vezes o que não é muito comum. Mas num tour nor-mal a gente volta uma vez por ano para casa.

Onde o público foi mais re-ceptivo, em sua opinião?

Gostei muito da Coréia, eles ad-miravam muito o show! O público em Ottawa, no Canadá, e Bar-celona, Espanha, foi muito bom também! Mas acho que não vai se comparar com o público no Brasil. Acho que no Brasil vai ser de arre-piar!

Denise Wal, de Curitiba.Como é o processo de sele-

ção dos artistas do Cirque du

Soleil?Final de 2003 eu comecei a tra-

balhar com o Cirque du Soleil, com o espetáculo “Quidam”. Geralmen-te os artistas passam por seleções e, se aceitos, esperam uma coloca-ção em algum show que o pessoal de Montreal indica. A minha história foi um pouco diferente. Eu já tinha sido aceita numa audição e fui vi-sitar meu namorado que estava no Japão com o “Quidam”. Coincidiu de eles precisarem de um artista, então eu fiz um teste com o diretor no local mesmo e entrei no show!

Qual o maior desafio para tra-balhar no Cirque du Soleil?

Para mim, é manter o nível téc-nico em todas as apresentações, pois eu gostaria de ser perfeita todos os shows. Mas, é claro, que isso não acontece, pois a gente faz quase dez shows por semana, cer-ca de 300 por ano. Tem dias que você está bem, outros está cansa-da, ou está triste, ou feliz, enfim... e tudo que acontece em nossas vi-das afetam nossas performances.

Você acha que o Cirque du Soleil oferece uma estrutura adequada que possibilita esse desempenho?

Sem dúvida, o Soleil dá toda a estrutura para seus artistas! Mas da mesma maneira que eles oferecem tudo, eles pedem tudo. Nós traba-lhamos pesado, às vezes alguém se machuca e nós temos que dar um jeito para substituir. Eu adoro entrar no palco e fazer o que faço, mas realmente é um desafio man-

ter o show 100% todos os dias!Qual seu espetáculo favorito?Eu gosto muito do “Quidam”, é

um espetáculo muito especial para mim, é intimista e a técnica do circo é muito presente. Também gosto muito do “O” e “Zumanity”. Mas o favorito é o “Quidam” mesmo!

O ingresso dos espetáculos do Soleil são bastante caros. Você não acha que isso o torna elitista?

Eu acho que pela qualidade dos espetáculos, pela sua estrutura como circo, o Soleil tem que co-brar esse preço mais caro. Claro que elitiza, mas nós desenvolve-mos projetos e fazemos o possível para levar a beleza do circo a mais pessoas, comunidades carentes, creches, etc. O que varia é como a produção em cada cidade é feita. Caso tenha um produtor, a publici-

dade é definida por essa empresa. Quando o próprio Cirque du Soleil é o dono do espetáculo, geralmen-te nós ministramos workshops com escolas de circo, distribuímos in-gressos, o próprio ensaio geral é aberto ao público.

O que você argumenta para as pessoas irem assistir ao Cir-que du Soleil?

Eu acho que muito mais do que um nome, pois alguns fantasiam sobre o que é o Soleil, os show são realmente especiais. A qualidade que o expectador vê no palco é altíssima! Por essa qualidade, pela preocupação da historia que está sendo contada, pequenos elemen-tos que colaboram com a fantasia e mexem com a emoção de quem assiste. Apesar de ser uma grande empresa, o Soleil mantém viva a magia característica do circo.

Paula [email protected]

Por:

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12 a 18 de fevereiro de 2009

Educação Virtual cresceu em 38% no Brasil

InformátIca e tecnologIa

Veja como proteger sua vida onlineEdneia Rodrigues Miranda Grupo ERM Solutionwww.ermsolution.com.br

Por:

A cada dia mais e mais brasilei-ros acessam a Internet. Dados do Ibope/NetRatings apontam que o número de usuários domiciliares no país dobrou em três anos, chegan-do a 24,5 milhões em dezembro de 2008. Considerando também aqueles que se conectam à Web do trabalho, lan-houses, escolas, bibliotecas e telecentros, temos 43,1 milhões de internautas com 16 anos ou mais.

E com tanta gente habitando e entrando neste novo espaço, é importante manter sempre a se-gurança. Além da possibilidade de o computador ser infectado por pragas que danificam a máquina e seus documentos, o roubo de da-dos e acesso indevido ao PC tam-bém são bastante comuns.

Por isso, neste ano, 65 países juntaram-se para realizar o Safer In-ternet Day, Dia da Internet Segura, dia 10 de fevereiro —um dia com atividades ao redor do mundo para alertar sobre os perigos da navega-ção desprevenida.

Dicas para navegar com segu-rança

Mas o cuidado deve ser no dia-a-dia e não apenas uma vez ao ano. O importante é seguir regras básicas de segurança aliadas a al-guns programas para poder apro-veitar tudo o que a Internet pode oferecer.

O primeiro passo é ter um antiví-rus instalado e atualizado no com-putador. Hoje em dia, eles conse-guem capturar uma infinidade de

malwares antes que eles possam contaminar o PC. E o melhor, exis-tem ótimos antivírus gratuitos, anti-spywares e sistemas de detecção de pragas online.

Apesar de os antivírus serem efi-cientes na hora de impedir que o usuário pegue uma praga ao entrar em um site contaminado, há uma série de aplicativos que você pode instalar junto a seu navegador de Internet para aumentar ainda mais a segurança. Eles impedem que

conteúdos rodem sem serem vistos pelo usuário, bloqueiam códigos e imagens e atestam a confiabilidade de páginas a serem visitadas.

Ainda no quesito navegação, você pode garantir o anonimato na Internet configurando seu browser e usando softwares para esconder suas informações e garantir sua privacidade online.

Por falar em privacidade online, a Internet abriu espaço para pesso-as comuns postarem conteúdo e, assim, não é difícil achar uma foto sua, um texto e dados pessoais es-palhados por aí. Para manter con-trole é sempre bom saber o que andam falando de você na rede.

Operações financeiras na Inter-net preocupam

Quando as informações que se quer preservar envolvem ações fi-nanceiras, o cuidado deve ser redo-brado. Os golpistas sempre tentam entrar no computador de usuários e roubar senhas e contas. Mas para usar o Internet baking sem medo, basta seguir atitudes seguras, como não abrir anexos suspeitos por e-mail ou utilizar computadores compartilhados para executar tran-

sações bancárias.O e-mail, aliás, é uma das prin-

cipais portas de entrada de arqui-vos maliciosos. A segurança nos e-mails é frágil e eles podem ser monitorados à distancia, mas se-guindo cuidados que previnem spam e certificam mensagens, seu uso deixa de ser uma ameaça.

O risco pode vir também de co-municadores instantâneos infecta-dos, rede sem fio de Internet sem segurança (que permite que outras pessoas acessem seus dados e interceptem sua conexão) e até de celulares que cada vez mais estão sendo contaminados por vírus (e são uma ameaça quando trocam dados com o PC).

Para terminar, as crianças são um foco importante na segurança onli-ne, tanto por terem menos cuidado e permitirem que pragas entrem no computador, quanto por serem al-vos de pessoas má intencionadas na Internet. Para evitar que isso aconteça, saiba como manter seu filho longe de criminosos digitais, conheça programas de monito-ramento e sistema de controle de país.

No Brasil de hoje, 38% de nos-sos alunos universitários es-

tão sendo educados virtualmente. Esse número tende a crescer para os próximos anos. A questão não é saber se a educação está sendo democratizada, e sim saber como está sendo aplicada a qualidade dessa educação virtual. A tecnolo-gia e a modernização devem, sim, avançar e bater na porta dos mais carentes, mas elas devem seguir conceitos de qualidade por meio de um avanço consciente que visa à

qualidade do ensino, que deve res-peitar o crescimento intelectual do cidadão no intuito de construir um país mais desenvolvido.

Esses pontos são somente um mero discurso diante da realidade. Hoje, cursos virtuais viraram uma fe-bre autorizada pelo próprio governo federal. Na educação à distância, há várias dimensões de avaliação: corpo social (professores), infraes-trutura e planejamento avaliativo da instituição. Polos a distância devem possuir biblioteca física, material

impresso e laboratório, além da biblioteca virtual. O fato de in-cluir na avaliação essa questão é simples; o problema é a questão operacional e de fiscalização do Ministério da Educação. Hoje, muitas ONGs estão sendo autori-zadas por terceiros responsáveis para divulgação dessa modali-dade de educação, ou seja, por meio virtual. O fato é que se fala em nome de uma instituição e se aplica a metodologia de outra. Não há um controle generalizado sobre essas instituições, tanto de ensino como ONGs. As contabilida-des se misturam e a fiscalização é precária.

O ensino superior é a base para a construção do País, por meio de pesquisas, troca de experiência, vivência universitária e política. Por meio virtual acaba-se com o con-ceito de universidade. Estamos transformando alunos mudos e tristes com esse modo operante de virtualização da educação. Estamos criando uma massa de desprepara-dos para o mundo do trabalho. Os vestibulares pelo MEC são obriga-tórios, mas agora viraram motivo de piada. Qualquer um que faz vestibu-lar passa nas ditas faculdades virtu-ais. Não mencionando a faculdade, mas em São Paulo um semianalfa-beto de 12 anos de idade foi apro-vado para o curso de Pedagogia. Há vestibulares que são feitos pela internet, o chamado à distância.

Outro dado preocupante é que somente 8% dos estudantes brasi-leiros se dedicam às ciências tecno-

lógicas, ligadas à área das exatas. Estamos concretando mentes ao facilitar ensino de baixa qualidade virtualmente. Nossos estudantes brasileiros estão ficando preguiço-sos e desprestigiados para o mun-do do trabalho. Não temos uma fiscalização efetiva por parte do Es-tado brasileiro. A quem o aluno vai recorrer sobre a má qualidade para o fechamento do curso?

As delegacias do MEC represen-tavam o Ministério da Educação nas Unidades federadas por meio de seus fiscais. A extinção das DEMECs, em 1997, foi por razão orçamentária e estrutural. Resta-ram representações somente nos estados de São Paulo e Rio de Ja-neiro, chamadas de REMECs, com poucos funcionários, sem poder efetivo de fiscalização. Numa reu-nião em dezembro de 2007, com Procuradoria Geral da República, os representantes do MEC afirmaram aos procuradores federais Mariane Guimarães de Mello Oliveira e Peter-son de Paula que o MEC não tem

intenção de reabrir as delegacias, e sim criar setores supervisionais. Os membros do MPF cobraram dos representantes do MEC a existência de um interlocutor em cada Estado da Federação para resolver os problemas que por-ventura ali venham a ocorrer. Já faz mais de um ano que a reunião aconteceu e soluções não foram tomadas.

A educação brasileira não tem fiscalização, e se deixarmos a iniciativa privada cuidar dela, te-

remos baixa qualidade, pois o setor privado sempre vai prezar o lucro, e fazer educação de qualidade custa muito. Curso na faixa de R$ 195,00, por meio virtual, pode até ser barato, mas os empresários da educação ganham na quantidade. Um dos exemplos que podemos citar é o grupo Uninter do Paraná, que teve alguns de seus cursos mal avaliados pelo MEC, mas ainda não vimos fechamento de nenhum de-les. Essa empresa fez um acordo com o Edusol (www.edusol.org.br). Hoje, essa ONG, por detrás de no-mes reconhecidos, como a CNBB, ministra aulas em 17 polos e grande parte deles não possui as estruturas necessárias. Esse é um exemplo de tantos outros pelo Brasil afora. No vácuo da falta de fiscalização e de critérios mais rígidos, estamos transformando educados sem edu-cação e quem mais perde é o de-senvolvimento tecnológico do Bra-sil. Estamos criando uma massa de pessoas despreparadas. (Edneia Rodrigues Miranda)

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12 a 18 de fevereiro de 2009

Médicos indicam anabolizantes a jovens Para ganhar músculos, jovens usam essas drogas em doses cem vezes superiores às indicadas para tratar problemas de saúde

Obter anabolizante é quase tão fácil quanto comprar aspirina. Em

São Paulo, há médicos que se es-pecializaram em "tratar" jovens que sonham em engrossar os músculos da noite para o dia.

Apesar de os anabolizantes se-rem indicados exclusivamente para tratar problemas de saúde, os mé-dicos os prescrevem para pessoas saudáveis. E além de provocarem danos sérios e irreversíveis, essas drogas chegam a ser receitadas sem nenhum tipo de exame.

Apresentando-se como um pa-ciente que desejava ganhar mús-culos para o verão, um repórter se consultou com cinco médicos. Três disseram que os anabolizantes se-

riam o único remédio e não alerta-ram para os riscos nem deram a receita.

Outro médico prometeu prescre-ver a droga na consulta seguinte, depois que o repórter buscasse um nutricionista. E o último deu a enten-der que faria o mesmo, mas impôs que o repórter frequentasse a aca-demia nos sete dias da semana.

O repórter chegou aos cinco mé-dicos por indicação de professo-res de musculação e de fóruns na internet. Três deles trabalham em clínicas de estética (em Moema, no Paraíso e nos Jardins). Os outros dois atendem em consultórios (em Higienópolis e no Ibirapuera).

Em quase todas as salas de es-pera, os pacientes são jovens de

peito estufado e braços inflados. Eles desembolsam de R$ 150 a R$ 350 pela consulta.

Embora os anabolizantes sejam achados no mercado negro (em academias e na internet), esses jovens preferem o médico porque acreditam que, dessa forma, as dro-gas deixam de ser perigosas. Pura ilusão.

"Os anabólicos não devem ser usados de forma nenhuma. Nun-ca. Nem com fins estéticos nem para melhorar o desempenho no esporte", diz Eduardo De Rose, es-pecialista em medicina do esporte e membro da Agência Mundial An-tidoping.

Os anabolizantes são derivados da testosterona, hormônio natu-

ral ligado ao desenvolvimento das características sexuais masculinas e ao crescimento dos músculos. Foram criados nos anos 1930 para tratar homens que não produzem testosterona suficiente.

Hoje, eles são indicados também para pessoas com doenças neuro-lógicas que afetam os músculos, idosos que precisam de reposição de testosterona e pessoas que so-frem certos tipos de anemia. Não é indicado para pessoas saudáveis.

Para ganhar músculos, jovens usam essas drogas em doses cem vezes superiores às indicadas para tratar problemas de saúde. A lista de efeitos colaterais é extensa – veja abaixo. Vai da queda de cabelo ao ataque de coração. De ataques de agressividade ao câncer de fígado.

"Quanto maior a dose, maior o risco. Mas há pessoas que tomam pequenas doses e têm problemas. Essas substâncias são coisas sé-rias. Não podem ser vendidas sem indicação segura", diz a médica Ruth Clapauch, do departamento de andrologia da Sociedade Brasi-

leira de Endocrinologia. Por isso, anabolizantes só podem

ser vendidos com receita médica. E a prescrição fica retida na farmácia. Quem dá ou vende o produto sem a devida receita comete crime de trá-fico de drogas.

Outro risco é o vício. Quando a pessoa suspende o uso do ana-bolizante, os músculos desincham. Como esse "retrocesso" não cos-tuma ser bem aceito, são grandes as chances de que a pessoa volte a usá-lo várias vezes ao longo da vida. (Folha Online)

"Isso é muito preocupante", diz Daniel Paulino Venâncio, profes-sor de educação física da Unifesp (Universidade Federal de São Pau-lo). "O padrão de beleza é ditado pela TV, mas nem todos podem atingi-lo."

Para especialistas, a única receita segura para ganhar músculos inclui exercitar-se e alimentar-se correta-mente e descansar bem. A ajuda de médicos, nutricionistas e profissio-nais de educação física também é recomendada.

Atiradores do alto, em helicóp-teros, e outros no chão, com

a ajuda de cães, fuzilaram 79 mil cabras na ilha Santiago, no arquipé-lago das Galápagos, Equador, num período de quatro anos e meio. Os animais eram deixados para apo-drecer no local. Apesar de a cena chocar, o objetivo do extermínio era nobre: evitar o colapso ecológico de uma das ilhas cuja fauna nativa ins-pirou Charles Darwin (1809-1892) a conceber a teoria da evolução.

"As cabras são extremamente eficazes em criar uma paisagem si-milar ao deserto, em razão de sua explosão demográfica e do vigor para se alimentarem. As tartarugas terrestres e outras espécies não eram páreo para elas", disse um dos diretores da Fundação Charles Darwin, Felipe Cruz.

A instituição leva o nome do visi-tante ilustre que passou pelo arqui-pélago em 1835 e cujo bicentenário é comemorado nesta quinta-feira. Na época em que Darwin chegou às Galápagos a bordo do HMS Beagle, já viviam nas ilhas animais invasores trazidos por piratas, mari-nheiros e suas embarcações.

Com o tempo, o problema foi aumentando e, nos últimos anos, a ação mais importante de conserva-ção nas Galápagos tem sido tentar erradicar os mamíferos não-nativos (porcos, cabras, gatos, ratos e ju-mentos) de algumas ilhas.

As cabras ferais (animais domés-ticos tornados selvagens) foram eliminadas em 7 das 9 principais ilhas. Santiago foi a que deu mais trabalho, e onde o extermínio teve

maior custo (US$ 6,1 milhões). O sucesso da erradicação demonstra, segundo os cientistas, que é possí-vel acabar com espécies invasoras em ilhas grandes.

Santiago possui 58.465 hectares – o arquipélago brasileiro Fernando de Noronha tem 1.840 hectares. O trabalho de "limpeza" completo, po-rém, ainda está longe de ser conclu-ído. Há planos de erradicar cabras de todas as ilhas do arquipélago. "E também outras espécies como ra-tos e, mais importante, as espécies de plantas invasoras. Esse trabalho já está em andamento", disse Cruz.

Segundo ele, é complicado se li-vrar das plantas como a amora e a goiaba. Existem hoje 748 espécies de plantas introduzidas, em com-paração a 500 espécies de plantas nativas.

Os gatos só foram banidos com sucesso até agora da ilha Baltra, e ainda ameaçam a biodiversidade em Santa Cruz, Isabela, São Cris-tóvão (a primeira ilha visitada por Darwin) e Floreana. "Vespas, formi-gas e ratos também são difíceis de controlar", afirmou. Os ratos pretos, por exemplo, trazidos em navios, roubam ovos em ninhos de aves e tartarugas.

Ao menos 490 espécies de inse-tos e 53 espécies de outros inverte-brados foram também introduzidos nas Galápagos. "Algumas têm im-pacto severo nas espécies nativas, como a mosca parasitária Philornis downsi, que está atacando os tenti-lhões-de-darwin", disse Toni Darton, diretor do Galapagos Conservation Trust.

Fauna invasora ameaça ilhas de Darwin

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12 a 18 de fevereiro de 2009

Maternidade e seus direitos de trabalhoO bem-estar de qualquer

trabalhador e da sua família é demasiado im-

portante para não estar protegido pela lei. Como tal, o Reino Unido tem legislação com vista a possi-bilitar o melhor começo de vida às crianças de pais trabalhadores, e ao mesmo tempo possibilitar aos pais um maior leque de escolhas sobre como equilibrar trabalho e resonsabilidades parentais.

Assim como providencia ajuda aos pais, a legislação também sus-tém a entidade patronal através do melhoramento do ambiente entre os empregados, a nível de reten-ção e recrutamento, permitindo as-sim dar resposta ao risco de uma mudança significativa de emprega-dos, perda de mão-de-obra qua-lificada e consequente disrupção para o negócio.

Tenho direito a licença por maternidade?

Todos as trabalhadoras têm direi-to a licença por maternidade, inde-pendentemente do período de tem-po ao qual se encontrem ao serviço da actual entidade patronal. No en-tanto, a legislação apenas se refere a pessoal contractado. Se no seu caso se encontra a trabalhar atra-vés de uma agência de emprego, este direito não lhe está reservado. Uma estudo recente mostrou que 60% dos trabalhadores com baixos salários em Londres não usufruiu de qualquer tipo de licença por ma-ternidade ou paternidade.

Qual o período de tempo que posso usufruir de licença por maternidade?

Pode usufruir até 52 semanas de licença de maternidade, com direi-to a remuneração durante 39 sema-nas. Dependendo do contracto de emprego, poderá beneficiar de um período remunerado mais largo.

A que altura posso iniciar a mi-nha licença por maternidade?

Pode dar início à sua licença por maternidade a qualquer altu-ra após as 11 semanas anteriores à semana em que está previsto o nascimento do seu bebé. Se nas 4 semanas anteriores à data previs-ta para o nascimento se encontra ausente do local de trabalho por prescrição médica devido à gravi-dez, o seu empregador pode exigir que inicie a sua licença por mater-nidade.

O que devo dizer ao meu em-pregador?

Para exercer os seus direitos à licença por maternidade tem de informar obrigatóriamente o seu empregador sobre a sua gravidez pelo menos 15 semanas antes da semana em que está previsto o nascimento do seu bebé, incluindo a data prevista do nascimento e a data em que pretende iniciar a sua licença por maternidade (mais tar-de poder mudá-la, sob a condição de informar o empregador com 28 dias de antecedência). A entidade empregadora pode exigir-lhe que

a notificação seja feita por escrito. Também pode pedir-lhe uma cópia do formulário MAT B1, o certifica-do de maternidade, que especifica a data prevista para a chegada do bebé. A sua médica ou parteira dar-lhe-ão uma cópia do referido formulário após as 21 semanas de gravidez, não sendo possível antes dessa semana.

Qual será o meu salário duran-te a licença por maternidade?

Tem direito à Remuneração Obri-gatória de Maternidade (em inglês, Statutory Maternity Pay – SMP) até às 39 semanas no caso de 1) haver estado ao serviço do atual empre-gador há pelo menos 26 semanas aquando da 15ª semana anterior à semana prevista para o nascimento e 2) de pagar as contribuições para a Segurança Social (em inglês, Na-tional Insurance).

Deve informar o seu empregador com pelo menos 28 dias de ante-cedência da data em que deseja começar a receber a sua Remune-ração Obrigatória de Maternidade. É aconselhável fazê-lo por escrito.

Caso tenha direito à Remunera-ção Obrigatória de Maternidade, o seu empregador pagar-lhe-à 90% da sua remuneração semanal mé-dia durante as primeiras 6 semanas e após esse período, e durante as restantes 33 semanas, a remunera-ção de referência (actualmente, um valor até às £117.18 por semana). Pagará impostos e as contribui-ções para a Segurança Social tal como durante o período de remu-neração normal.

Caso não tenha direito à Remu-neração Obrigatória de Maternida-de por parte do seu empregador, pode usufruir do Abono Maternal (em inglês, Maternity Allowance), atualmente de £117.18 por sema-na).

Necessito ir às consultas pré-natais, quais são os meus direi-tos?

Todas as empregadas grávidas, independentemente do período de tempo ao qual se encontram ao serviço, têm direito a uma dispensa razoável para cuidados pré-natais. Durante o tempo fora do local de trabalho por este motivo não have-rá qualquer perda de remuneração. É considerado ilegal se o seu em-pregador se recusar a dar-lhe dis-pensa para cuidados ante-natais ou se reduzir o seu nível normal de remuneração.

O seu empregador pode pedir-lhe provas das suas consultas pré-natais a partir da segunda con-sulta em diante. Caso isso ocorra, deverá mostrar-lhe um certificado

médico comprovando a sua gra-videz e um cartão de consultas ou qualquer outra prova escrita que mostre que a consulta médica teve de facto lugar.

Estou preocupada com perigos e riscos no trabalho enquanto grá-vida.

Alguns perigos no trabalho po-dem afectar a gravidez numa fase inicial, ou mesmo antes da con-cepção, e como tal a entidade empregadora deveria pensar na saúde das mulheres em idade de ter filhos, e não apenas quando informados sobre a existência de uma gravidez.

Quando informe o seu emprega-dor sobre a sua gravidez, este de-veria rever o nível de risco associa-do ao seu trabalho, em específico, e identificar qualquer tipo de mu-danças necessárias para protegê-la a si e à saúde do seu feto/bebé. Riscos frequentes incluem:

Levantar or carregar cargas pesadas;

Estar de pé ou sentada durante longos períodos de tempo;

Estar exposta a substâncias tó-xicas;

Horários longos de trabalho.O seu empregador deve the se-

guida eliminar o risco ou evitar a sua exposição a esse mesmo risco (por exemplo, oferecendo-lhe uma posição alternativa adequada). Se nenhuma destas alternativas é possível, o seu empregador deve permitir-lhe usufruir de licença an-terior ao parto com remuneração completa.

O meu empregador começou a tratar-me de forma diferete desde que descobriu que eu es-tou grávida. O que posso fazer em relação a isto?

Trata-se de descriminação sexu-al quando os empregadores tratam as mulheres de forma desfavorável devido à sua gravidez ou à sua li-cença por maternidade, o que con-situi um acto ilegal. Tal tratamento inclui:

Reduzir o número de horas de trabalho sem a sua permissão;

Começar a apresentar relatórios desfavoráveis sobre o seu traba-lho;

Dar-lhe tarefas inadequadas;Despedi-la devido à sua gravidez

(pode ainda despedi-la por outros motivos);

Tratar os dias de ausência por motivos médicos relacionados com a gravidez como matérias de disciplina;

Mudar os termos e condições de emprego sem o seu consentimen-to. Caso isto ocorra, o empregador terá cometido uma violação de contracto.

Se julga que está a ser vítima

deste tipo de tratamento, deverá manter um diário detalhando exem-plos e deverá procurar ajuda junto ao seu sindicato ou, caso isto não seja possível, junto a um membro do sindicato ou a uma agência de aconselhamento legal.

Quais são os meus direitos quando regresse ao trabalho?

Tem o direito de, após a sua li-cença por maternidade, regressar à mesma posição no trabalho. No entanto, se genuínamente essa posição não existe mais, o seu em-pregador deverá proporcionar-lhe uma posição alternativa.

É obrigatório usufruir da li-cença por maternidade durante um ano completo?

Não, o período de tempo de li-cença por maternidade depende apenas de si. No entanto, o seu empregador deve pressumir que usufruirá da totalidade das 52 se-manas. Se não deseja usar com-pletamente as 52 semanas, ou se deseja alterar a data do seu re-gresso, necessita informar o seu empregador com pelo menos 8 semanas de antecedência de que deseja regressar ao trabalho mais cedo que o anteriormente previsto.

Caso decida usufruir das 52 se-manas completas, não necessita informar o seu empregador da sua decisão, embora seja aconselhável fazê-lo.

PaternidadePais trabalhadores que se en-

contrem ao serviço há pelo menos 26 semanas à data da 15ª sema-na antes da semana prevista para o nascimento do bebê e que de-sempenhem um papel ativo na educação da criança têm direito a duas semanas de licença por pa-ternidade. Caso paguem as suas contribuições para a Segurança Social (em inglês, National Insuran-ce Contributions) têm direito à Re-muneração Obrigatória de Paterni-dade (em inglês, Statutory Paternity Pay), presentemente £117.18 por semana.

Pode contatar o Pro-jecto de Trabalhadores Vulneráveis (em inglês, “Vulnerable Worker’s Project”) através de e-mail ([email protected]) ou através do nos-so site www.vulne-rableworkersproject.org.uk ou http://www.pr imus-personnel .co.uk/advice.php

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12 a 18 de fevereiro de 2009

Uma questão de estilo

Relembrar é viver. Um dos mais interessantes pro-gramas que faço com mi-

nhas filhas é contar minhas peripé-cias da adolescência. Elas acham o máximo!

Acho que pouquíssimas pessoas tiveram a oportunidade de passar pelas aventuras que passei, ou ti-veram as amigas piradas que tive. Hoje recordei de uma delas. Vou chamá-la de Thais.

Filha de uma família bem con-ceituada numa pequena cidade do interior de Goiás que morei, ela se destacava pelo seu estilo criativo e

agressivo. Enquanto a família, além de es-

truturada socialmente, era estrutu-rada financeiramente, ela pintava e bordava. Suas roupas eram as mais extravagantes e chamativas. Avista-va-se a Thais a dois quilômetros de distância, sem medo de errar.

Mas a vida foi ingrata. Falência total. Em poucos meses quem ti-nha tudo ficou sem nada. Não po-díamos imaginar nossa amiga sem dinheiro. Ela era uma consumidora insaciável.

Foi uma surpresa. Descobrimos que além de gastar ela também sa-bia criar. Começou, literalmente, a pintar e a bordar.

Não esqueço um dia que ela che-gou com uma blusinha nova. Um top

lindo. Imaginem só, ela comprou um pacote de faixa ortopédica (aquelas que enrolamos em torções nos pés ou braços). Dividiu-a em alguns pedaços e pintou-os com tinta para tecidos. Algumas manchadas, ou-tras coloridas. Enrolava-as no busto trançando pelo pescoço ou dando os mais charmosos laços. Botões coloridos também eram salpicados nas faixas.

Um show de criatividade.Mas o cúmulo não havia acon-

tecido. Aproximava um casamento chiquérrimo na cidade. Daqueles comentados um mês antes e um mês depois. E quem era uma das madrinhas? Ela mesma, a Thais.

Esperávamos mais pela roupa dela do que pelo vestido da noiva.

Todos nós procuramos um lugar aonde possamos ma-

nifestar e expandir a nossa indi-vidualidade. A procura da terra prometida leva muitas pessoas a saírem do seu local de nascimen-to e começar a imigrar. O paraíso que todos nós procuramos, entre-tanto está no céu da nossa men-te, portanto cabe a cada um de nós encontrar essa paz interior, essa aceitação incondicional de nós mesmos.

A ilusão que muitos possuem de que outro lugar será melhor pode conduzir a pessoa a uma realiza-ção como também a uma frustra-ção. O importante é saber como lidar com essa ilusão, com essa projeção, de que em outro lugar, quem sabe, eu vou dar certo.

Um imigrante sempre será um estrangeiro e o sentimento de se sentir um “outsider” é uma reali-dade, ele pode até se identificar com o lugar, mas as suas raízes sempre estarão presas no seu passado.

Eu mesmo vivi durante muitos anos fora do meu país, mas por pior que ele possa ser, a gente tem que aprender a aceitar, por-que afinal não existe lugar perfei-to enquanto não aprendermos a valorizar o que se tem.

Faz parte da natureza nômade humana querer migrar, mas te-mos sempre que pagar um preço por isso ganhamos talvez uma sa-tisfação do nosso ego, mas per-

demos a satisfação de sentir as raízes nos nossos pés realmente fincadas na terra.

Independentemente de qual for a procura de cada um é sempre importante procurarmos a felici-dade.

Se você migrou para se sentir seguro, você corre o risco de per-der a sua identidade e o amor, e mais tarde a insatisfação virá co-brar a carência desse amor e des-sa identificação.

Você quer dar certo em outro lugar porque o seu lugar de ori-gem não lhe deu essa segurança, mas a segurança depende do autoconhecimento que o tornará apto e necessário onde quer que você esteja. Por isso é sempre im-portante rever os seus valores in-ternos, suas criticas e julgamento sobre o que você considera ser o certo para a sua vida.

Aprender se encaixar onde quer que você manifeste a sua indivi-dualidade é imprescindível. Por isso é necessário que você nun-ca compare o lugar de onde você veio com o lugar onde você está, porque nenhum lugar é igual ao outro, portanto é incomparável.

Aprenda a aceitar cada lugar como realmente é, só assim, você estará receptível para poder plan-tar e colher “na sua terra santa” os frutos que você quer.

A vida é feita de escolhas e cada escolha irá caracterizar a sua verdade. Aproveite a escolha feita para aprender ao máximo sobre a sua atuação na vida.

Não existe nada que não pos-samos fazer apenas precisamos aprender como.

Um ser inteligente aproveita as oportunidades, aprimora os seus conhecimentos, vai atrás de ter instrução para adquirir segurança e só assim terá poder pessoal.

A mestria na condução de si mesmo não o tornará um imigran-te, mas um ser necessário onde quer que você ande e isso depen-de sempre do domínio do conhe-cimento sobre você mesmo.

Naquilo em que estamos segu-ros dará poder e autoridade para exercermos com mestria a força interior, gerada pela confiança adquirida e pelo conhecimento pessoal.

O desenvolvimento positivo do indivíduo depende do rompimen-to com os seus mecanismos de auto-sabotagem para que ele possa ascender para uma reali-dade benéfica.

A autoestima, saber se cuidar, é igualmente necessária para que o indivíduo possa aprender a zelar, assumir responsabilidade sobre si mesmo para que desta forma possa adquirir aquilo que o levou a imigrar que é o amor.

São as condições impressas no interior de cada pessoa que o afasta do amor e da realização pessoal, porque amar é estar re-alizado e para isso é precisa que você conte com um forte aliado que é você mesmo.

Qualquer pessoa só estará sa-tisfeita quando sentir que está livre para ser ela mesma, poder mani-festar e expandir a sua individuali-dade livremente onde quer que o seu sonho a conduza, só assim o ser humano aprenderá a ser verda-deiro.

Carlos FlorêncioTerapeuta e consultor de Desenvolvi-mento do Potencial Humano. Estará em Londres nos dias 21 e 22 de fevereiro ministrando cursos. Mais informações: 0208 2690996.www.carlosflorencio.com.br

Por:

E ela entrou na Igreja. Deslum-brante!

Um vestido cor palha contornava seu corpo como uma sereia. Um broche dava o brilho na altura do colo.

Outra amiga que sentava ao meu lado, depois de muito observar a curiosa roupa disse:

“- Conheço essa roupa da Thais... Será que ela pediu emprestada?”

E passou toda a cerimônia obser-vando e pensando...

“- De onde...”Até que no finalzinho do casa-

mento...“- Lembreiiiii... eu sabia que eu

conhecia essa roupa!!!!”“- Fala logo... de onde?”“- É a colcha de crochê da mãe

dela!!!!”Com certeza, tudo é simplesmen-

te uma questão de estilo.Obs. Não faça isso em casa, sem

acompanhamento, pode ser preju-dicial à sua imagem.

O Imigrante

Por:

Yanna Barbosa [email protected]

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12 a 18 de fevereiro de 2009

São Paulo, 455 anos e 1000 problemas sem solução

- 25 de janeiro de 2009. Estávamos todos reunidos. Ía-

mos iniciar o jantar. Nossos convi-dados eram personalidades e per-sonagens importantes. O tema do encontro etílico-gastronômico seria os 455 anos de idade da cidade de São Paulo.

- Tenho a impressão de que você vive em um universo de fantasias à espera de milagres que transfor-mem o seu cotidiano em um mun-do ideal. Vamos lá! Dê asas à ima-ginação! Quem estava presente?

- Antes de citá-los, imagine a cena: estávamos todos em uma pequena sala decorada de manei-ra sóbria, onde prevaleciam obje-tos despojados adquiridos na Feira de Antiguidades do Bixiga. A mesa era redonda, o clima amigável e o vinho, nacional, era fruto dos esfor-ços e competência de uma reno-mada vinícola gaúcha. O ambiente era descontraído.

- Estou imaginando. Mas quem eram eles? Por que estariam reu-nidos?

- Era um momento de confra-ternização. As questões político-partidárias ou de cunho puramente egocêntrico-egoísta não eram o tó-pico desse encontro entre amigos.

- Deixe de enrolar, quem eram eles?

- Luiza Erundina, gestora e admi-nistradora de São Paulo de 1989 a 1992; Paulo Maluf, ex-prefeito entre 1969 e 1971, no primeiro manda-to, e de 1993 a 1996, no segundo; Celso Pitta, representante da capi-tal paulista de 1997 a 2000; Marta Suplicy, prefeita de 2001 a 2004; e Gilberto Kassab, atual prefeito, no poder desde 2005 e reeleito em 2008.

- É uma turminha interessante! Quem mais esteve presente ao en-contro?

- Convidei a senhora Célia Mar-condes, representante da Associa-ção que protege o bairro Cerqueira Cesar e região; a senhora Carmem e o pastor Daniel, " os pais da Rua Rocha", no bairro da Bela Vista; a cantora Wanderléa, uma defensora da Natureza; a senhora Carmenza Saldias Barreneche, diretora de pla-nejamento de Bogotá, (uma cidade singular, que serve de exemplo para todos nós latinoamericanos); você, fotógrafo jovem e parcialmente ide-alista; e eu, o anfitrião editor.

- Continuo ouvindo-o embora te-nha a impressão de que você está cada vez mais distante da realida-de em seus objetivos. Como foi o diálogo entre os convivas?

- Comecemos por Carmenza: "Os Estados e Governos locais, por serem os que garantem e se comprometem com a construção do que é bem público, além de as-segurar o bem viver dos cidadãos, devem estar comprometidos com o sentido global de cidade, com o intuito de garantir os objetivos so-ciais e ambientais".

- Legal. Mas me parece um tanto teórico tudo isso, não acha? O que disseram os demais?

- Luiza Erundina: "Coloco meu mandato como deputada federal à disposição para a busca de ver-bas orçamentárias da União para a realização de projetos a serem defendidos pela associação Viva o Centro e pela população que habi-ta ou trabalha na região".

- O que disse Paulo Maluf? Estou

Fotos por: Diego Gazola (MTB-SP-44.350), é repórter-fotográfico. Graduado em Comunicação Social pela UMESP-SP, tem se especializado em fotojornalismo de viagens. Em cinco anos, percorreu mais de um mil municípios em todo o Brasil para avaliação dos atrativos e documentação fotográfica dos Guias Turístico-Culturais da editora Empresa das Artes. As fotografias de Brasilzão são de sua [email protected] por: Fábio Brito é escritor. Presidente da Empresa das Artes, editora com de 160 obras publicadas nos seg-mentos de turismo, meio-ambiente e cultura; de guias de viagem a livros de arte. Os textos de Brasilzão são de sua [email protected]

curioso... - Passo então a palavra ao senhor

Paulo Maluf: "Continuo um defensor do Centro e credito a sua deteriora-ção ao aumento da criminalidade nessa área. O que significa que não basta criar infraestrutura para pre-servar e revigorar o Centro se, além de obras físicas e providências bu-rocráticas, não se complementam também em ação social, ligado ao aumento de empregos disponíveis, à construção de moradias, como aquelas do projeto Cingapura, e em uma eficiente ação policial para coibir abusos que sempre existirão no Centro, deteriorado ou não.

- A conversa ia aparentemente esquentando. Como se manifestou Celso Pitta?

- O ex-prefeito afirmou: "Perde-se tempo e recursos simplesmente porque cada governo municipal se recusa a dar seguimento a um pla-no original e quer, a qualquer custo, imprimir a marca de sua adminis-tração. Por isso é que a recupera-ção do centro de São Paulo vai se arrastando..."

- Você concorda com ele?- Aguarde. Depois darei a minha

opinião. Deixe-me relatar a mensa-gem de Marta Suplicy: "Das ações que realizamos, destaco a restau-ração do Mercado Municipal, o conjunto habitacional erguido no local da antiga Favela do Gato, as reformas na Rua 25 de Março e no Parque Dom Pedro II, a instalação da Oficina Boracea, a construção das sete bases da Guarda Civil Me-tropolitana, além da recuperação do Corredor Cultural (hic!), praças do Patriarca e Dom José Gaspar (hic, hic!!!)”.

- E o atual Prefeito, Gilberto Kas-sab, não disse nada?

- Sim, falou bastante, porém pou-co ocorre para a revitalização efeti-va do Centro de São Paulo em sua administração. Preste atenção em seu discurso: "O Projeto Nova Luz é um dos mais importantes dessa gestão ( hic!), para a recuperação da área que antigamente era cha-mada de cracolândia. Estamos na fase final do processo de desapro-priação e prontos para deslanchar a segunda etapa de consolidação do projeto.Existe um grupo de em-presários de construção civil fazen-do a concepção dessa próxima fase, que é definir o que fazer em

cada área. Ruas comerciais - como Santa Ifigênia ; Duque de Caxias, Cásper Libero, entre outras - vão receber intervenções para melhoria do espaço público . Haverá alar-gamento de calçadas, melhoria de travessias, troca e uniformização de pisos, projeto de iluminação pu-blica, paisagismo e ordenação do mobiliário, além da implantação de galeria técnica que comporta a in-fraestrtura de tecnologia e informa-ção como o cabeamento de fibra ótica.ª

- Excelente. Então o jantar foi um sucesso não é mesmo? Um exem-plo de civilidade e de cidadania. Que bom.

- Pois é meu amigo. Nutro fan-tasias, sonhos, objetivos, utopias. Porém a realidade é outra. O Cen-tro de São Paulo está imundo, abri-ga milhares de mendigos e de sem teto, de drogados, de assaltantes. As fachadas estão pixadas, o lixo acumulado nas calçadas; impera a desordem, o caos!!!

- O que podemos fazer para re-verter esse quadro?

- Provocar reações, abrir os olhos dos vereadores que em princípios nos representam, sensibilizar os comerciantes e os habitantes do centro para que reajam, mobilizar a população para que descubram os encantos arquitetônicos e culturais da antiga capital, despertar o espí-rito cívico...

- E como terminou o jantar?- De forma agradável. Todos se

comprometeram a colaborar. Os ex-Prefeitos se tornaram grandes amigos, a Rua Augusta será total-mente arborizada, a Rua Rocha re-vitalizada e o Centro Antigo de São Paulo vai recuperar o seu glamour. Wanderléa continuará cantando e será a nossa "ternurinha", quer ela queira ou não!

- Acho que agora você realmen-te pirou de vez.

- Será? ..."Agora eu era o herói e o meu cavalo só falava inglês". La la la laralá...

Desleixo e pouco caso para com o patrimônio de São Paulo.

São Paulo, uma cidade monumental.

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12 a 18 de fevereiro de 2009

Guia de ServiçoSentreterimento

(20 março a 20 abril)Áries

Lute mais, falta pouco para realizar um grande desejo. Deixe de lado o que não serve mais, sejam amizades, re-lacionamentos ou objetivos. A sorte estará ao seu lado no romance.Cuidado com seu temperamento. Você precisa ter mais cautela com o que diz nas horas de crise.

Elemento: FogoPlaneta Regente: Marte

(21 abril a 20 maio)

(20 fevereiro a 20 março) Peixes

Pode ter dificuldade para se adaptar a novas situações. Trabalhar em equipe será a sua melhor opção. No amor, se pensa em retomar uma relação ou dar um passo mais sério, vá em frente.Valorize o autocontrole. Dessa forma, terá a oportunida-de de compreender melhor a natureza humana.

Elemento: ArPlaneta Regente: Neturno

(22 novembro a 21 dezembro) Sagitário

Pode esperar harmonia com amigos, colegas e paren-tes. É uma ótima fase para conquistar algo que sempre julgou impossível. No campo afetivo, é tempo de aumen-tar a cumplicidade a dois. Lembre-se dos ganhos que são menos materiais e que revelam um merecimento vindo de planos mais eleva-dos.

Elemento: ÁguaPlaneta Regente: Sol

Touro

Mudanças podem trazer sucesso profissional. Você exercerá sua autoridade com naturalidade. O céu favore-ce os contatos pessoais. Tudo indica que vai obter uma grande vitória no amor.Procure analisar melhor os acontecimentos em sua vida e vê-los de um jeito objetivo e mais otimista.

Elemento: TerraPlaneta Regente: Neturno

(23 agosto a 22 setembro) Virgem

Seu companheirismo e vontade de ajudar serão elogia-dos. Saberá conquistar a confiança das pessoas. Evite pecar pelo excesso de franqueza. Podem surgir desa-venças com a pessoa que ama.Mais otimismo pode te ajudar a se soltar em todos os assuntos. Se existe problema, há sempre uma solução.

Elemento: ArPlaneta Regente: Júpiter

(21 maio a 20 junho)Gêmeos

Elemento: ArPlaneta Regente: Saturno

O Sol aquariano beneficia parcerias e novos relaciona-mentos. Ótimo astral para organizar as finanças. Poderá conquistar um aumento no serviço. Pensa em casar? Boa fase para planejar.Cuide bastante, tanto do físico como de si mesmo, com amor e empenho. Você merece se dar este carinho.

Elemento: FogoPlaneta Regente: Sol

(23 outubro a 21 novembro) Escorpião

Para melhorar as finanças, o melhor caminho será colo-car em prática fórmulas que já funcionaram no passado. Diálogo e atitudes modernas serão úteis em família. No amor, instabilidades.Informações importantes podem aparecer repentina-mente, mas evite falar sobre o que recebeu ou perce-beu.

Elemento: FogoPlaneta Regente: Saturno

(21 janeiro a 19 fevereiro)Aquário

Lute pelo que deseja, apesar dos contratempos. Você estará mais alegre e cordial. Cuidado com falhas de co-municação. No campo sentimental, mudar de estratégia pode dar certo na paquera.Busque o conforto dos amigos e verá o quanto é querido entre eles. Isto vai alimentar seu lado emocional.

Elemento: FogoPlaneta Regente: Marte

(22 dezembro a 20 janeiro) Capricórnio

Não espere das pessoas mais do que elas podem dar. Use táticas diferentes para resolver questão financeira. Poderá conquistar grande vitória no emprego. Encontro estimulará a paquera.Tenha cautela para não supervalorizar suas emoções. O ponto de equilíbrio está sempre no coração.

Elemento: FogoPlaneta Regente: Plutão

(23 setembro a 22 outubro) Libra

Mantenha o bom humor e irá brilhar! É tempo de expor o seu lado mais criativo. Tratamento alternativo vai fazer bem à saúde. No amor, não perca a chance de mostrar a sua generosidade.Sua mente está clara e captando idéias novas. Atente-se a elas e aproveite tudo que de melhor surgir.

Elemento: FogoPlaneta Regente: Plutão

(21 junho a 21 julho)Câncer

Elemento: ÁguaPlaneta Regente: Lua

Tempo favorável para refletir sobre seus ideais de vida. Não confie em sentimentos vagos, seja sobre as pesso-as ou circunstâncias. Astral perfeito para paquerar ou namorar. Aproveite!Descobrirá valores em si mesmo que nunca havia se dado conta. Curta e desenvolva este momento.

(22 julho a 22 agosto) Leão

Fonte: João Bidu. www.joaobidu.com.br

Algumas situações podem fugir totalmente do seu con-trole. Cuidado para não ser enganado(a) nas finanças. Na conquista, se está a fim de alguém, este é o momento de dar o primeiro passo.Tente deixar o local onde vive ou trabalha bem organizado e harmônico para que se sinta bem à vontade.

Abobrinha

Por:

Marcus Fumagalli

Numa reunião internacional de mulheres pela emancipação ouviu-se:

- Bom dia, o meu nome é Karen, sou alemã e disse ao meu marido: Franz, faz o jantar, quero um bife! No primeiro dia, não vi nada, no segundo não vi nada, mas no terceiro, o Franz pre-parou-me um delicioso roast-beef.

Aplausos e grande ovação na sala: BBRRRAAAAA-VVOOOO!!!’

- Bom dia, chamo-me Carla e sou italiana. Um dia disse ao meu marido: Luigi, a partir de amanhã, limpas a casa. No pri-meiro dia não vi nada, no segundo dia não vi nada, mas no fim do terceiro dia, Luigi tinha aspirado toda a casa.

Aplausos e ovação da sala: BBRRRAAAAAVVOOOO!!!’- Bom dia, chamo-me Michelle e sou francesa. Um dia disse

ao meu marido: Francois, a partir de hoje lavas a roupa da casa. No primeiro dia não vi nada, no segundo dia não vi nada, mas no fim do terceiro dia, Francois tinha feito 4 máquinas de lavar.

Aplausos e ovação da sala: BBRRRAAAAAVVOOOO!!!’- Bom dia, sou a Alzira e sou portuguesa. O mês passado,

disse ao meu esposo: Oh Manel, a partir de amanhã, lavas a louça todos os dias! No primeiro dia não vi nada, no segundo dia não vi nada, mas no terceiro já comecei a ver alguma coisa do olho esquerdo...

Um abraço e até semana que vem!!!

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12 a 18 de fevereiro de 2009

ClassifiCados

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12 a 18 de fevereiro de 2009

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12 a 18 de fevereiro de 2009

Após fugir da chuva, F-1encontra tempestade de areia no Bahrein Depois de aumentarem

seus investimentos para fugir da chuva esperada

no circuito de Jerez, na Espanha, Ferrari, BMW Sauber e Toyota ini-ciaram na terça-feira, 10, no deser-to do Bahrein seus testes para o Mundial-2009 da F-1. Uma tempes-tade de areia, no entanto, interrom-peu os treinos desta quarta-feira no circuito de Sakhir.

Felipe Massa, Timo Glock e Ro-bert Kubica chegaram a dar algu-mas voltas no circuito, de acordo com o site oficial da categoria, mas a sessão acabou suspensa por conta da tempestade, que preju-dicou a visibilidade na região do autódromo.

As três equipes ainda esperam o fim dos fortes ventos para voltar a treinar, mas os testes devem ser retomados apenas na quinta-feira, 12. As outras escuderias, com ex-ceção da Force India, estão trei-

nando em Jerez. Glock foi o mais rápido em

Sakhir, marcando 1min33s501, à frente de Massa (1min33s615) e Kubica (1min33s702).

Fuga Escaldadas pelo excesso de chu-

va e a falta de tempo na pista que caracterizaram os treinos coletivos da F-1 em Portugal no começo do mês passado, Ferrari, BMW e Toyo-ta decidiram investir para viajar ao Bahrein.

Estima-se que as equipes este-jam gastando aproximadamente 300 mil libras (o equivalente a R$1 milhão) a mais para ir ao Bahrein do que se tivessem viajado para Jerez.

Quando decidiu pela troca, a Ferrari afirmou que a certeza de sol todos os dias foi fator determinante na escolha do local.

Em 2008, apesar de não terem sofrido com o mau tempo nas

sessões em solo europeu, tanto a Ferrari como a Toyota já haviam ido para o Bahrein para testar por seis dias.

Neste ano, com a proibição dos treinos durante a temporada – me-dida que visa diminuir os gastos das equipes –, o tempo gasto em

testes antes da abertura do Mun-dial é agora ainda mais importante para o desenvolvimento dos times. (Folha Online)

Circuito de Bahrein.

London United Futsal Club segue forte no Campeonato Regional

A equipe brasileira o London United Futsal Club, que a dez

jogos não é derrotada no campe-onato regional, assumiu o terceiro lugar da competição numa semana de muitos jogos e de rodadas du-plas.

Na quinta-feira, 5, a London Uni-ted jogou contra a equipe Inglesa GB Flyers utilizando os jogadores Jodelle Pereira da Silva (goleiro), Bruno Lisboa (fixo), Julinho Pereira (ala), Bebeto (ala), Tato (Pivo), Le-andro ‘Cafu’ (Ala/Fixo), Sergio Ro-drigues ‘Mariluz’ (Ala), Renato (Ala), Ramtin (Ala), Daniel Martins Alves (Ala), Rafael Siwiec (Ala) e Tiago Martins (Pivo). Foi uma chuva de gols que contou com a estréia do jogador Irariano Ramtin e a volta do

pivô Tiago Martins. Os gols foram surgindo a cada minuto da partida, fechando o placar do primeiro jogo em 5 a 0.

Na segunda partida a equipe vol-tou com a mesma garra, os joga-dores bastante motivados, sempre pressionando e administrando bem a superioridade técnica. “Com isso os gols foram surgindo”, comentou uns dos artilheiros da equipe, Bebe-to. Placar final 7 a 2.

Na tarde de domingo, 8, o Lon-don United Futsal Club voltou a qua-dra contra a outra equipe brasileira o Futsal London . Os gols do London United foram surgindo lentamente, as várias substituições ajudaram a na equipe a ganhar ritmo. No segundo tempo o London United

permitiu o adversário encostar no placar. Para reagir, o diretor executi-vo James Rosa colocou em quadra os jogadores Andre Morra, Bruno Lisboa, Bebeto, Wanderson Pereira ‘Manoel Tobias’ e Tato. Com isso a equipe acordou e voltou a ampliar o placar, finalizando em 11 a 3.

“Pouco a pouca a nossa equipe está se aproximando do objetivo final que e a classificação para FA Futsal Cup, em Sheffield”, comen-tou Rosa.

Os jogadores interessados em participar da equipe e do campe-onato regional com a equipe do London Unied Futsal Club, entre em contato via email [email protected] ou pelo tel 07528561309 Ja-mes Rosa.

Bebeto contra a GB Flyers.

Polli

ana

Ros

a

Milan vê recuperação rápida de Kaká e cogita retorno para clássico

O coordenador do departa-mento médico do Milan,

Jean Pierre Meersseman, afirmou nesta quarta-feira, 11, que a recu-peração do meia brasileiro Kaká, que sofreu uma torção no tornoze-lo esquerdo no empate de 1 a 1 contra a Reggina, no sábado, tem sido surpreendente e cogitou até antecipar o retorno do atleta aos gramados para o próximo domin-go, no dérbi contra a Inter de Mi-lão.

Depois de Kaká sofrer a contu-são, a equipe de Milão divulgou um comunicado oficial afirmando que o tempo de recuperação do brasi-leiro seria de aproximadamente 15 dias. A lesão inclusive tirou o meia do amistoso da seleção contra a Itália, na terça, em Londres –vitória

brasileira por 2 a 0. Agora, o médico afirmou que

existe a possibilidade de que Kaká possa ficar no banco de reservas no clássico do próximo domingo.

"Kaká está muito melhor. Ele re-agiu de forma excepcional ao tra-tamento e não tem mais dor quan-do anda. Vamos ver se conseguirá se recuperar para o dérbi [contra a Inter de Milão] para pelo menos ficar na reserva. Mas é muito cedo para dizer", falou Meersseman à "Gazzetta dello Sport".

O clássico é muito importante para o Milan, que ocupa a terceira colocação do Campeonato Italia-no, com 45 pontos. A rival Inter é a líder do torneio, com 53, e pode disparar ainda mais em caso de vitória. (Folha Online)

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12 a 18 de fevereiro de 2009

EsportE

Thalita Pires Por:BATE BOLACorinthians – O goleiro Vitor, da Portu-

guesa, e a chuva torrencial que inundou o campo do Pacaembu seguraram o ímpeto do ataque do Corinthians da última rodada do Paulista. A Lusa acabou conseguindo um empate em 1 a 1 em jogo que foi interrompi-do por mais de uma hora por falta de condi-ções do gramado.

Palmeiras – 100% fora o baile. Esse é o Palmeiras nesse início de Campeonato Pau-lista. Na última rodada, o Verdão venceu o Santos por 4 a 1. Depois de seis jogos, o time tem 15 pontos, 14 gols pró, apenas 2 contra e ainda o vice-artilheiro da competi-ção, Lenny, com 5 gols.

Portuguesa – A chuva ajudou e a Portu-guesa conseguiu segurar o empate em 1 a 1 contra o Corinthians no Pacaembu. O jogo, que foi interrompido aos 4 minutos do segundo tempo, quase não foi reiniciado, uma vez que as equipes foram informadas de que o gramado não tinha condições de jogo. Os jogadores se preparavam para ir embora quando tiveram que retornar ao campo.

Santos – O técnico Márcio Fernandes ba-lança no cargo depois da goleada por 4 a 1 para o Palmeiras. O time jogou muito mal e, de quebra, saiu do G4.

São Paulo – O Tricolor não jogou bem, mas fez o suficiente para bater o Botafago de Ribeirão Preto por 2 a 1, na casa do ad-versário. Hernanes foi o destaque, com um golaço de fora da área e um passe perfeito para Washington marcar o segundo. O Bo-tafogo ainda teve um gol legítimo mal anu-lado pela arbitragem..

Atlético Mineiro – O atacante Diego Tar-delli continua decidindo para o Galo. Desta vez, ajudou o time a conquistar a primeira vitória no Campeonato Mineiro, ao marcar dois gols de falta contra o Social. Éder Luís completou o placar de 3 a 0.

Cruzeiro – O time era misto, mas a vitória contra o Villa Nova veio mesmo assim. O placar de 3 a 2 manteve o time na liderança do Campeonato Mineiro, e melhor, com 100 % de aproveitamento.

Atlético Paranaense – O resultado de 2 a 0 sugere que o jogo contra o lanterna Cas-cavel foi tranquilo, mas o Furacão só con-seguiu vencer a retranca adversária depois dos 40 minutos do segundo tempo. Rhodol-fo e Rafael Moura marcaram e garantiram o time na ponta do Campeonato Paranaense.

Coritiba – O Coxa venceu o Foz do Igua-çu por 1 a 0 e agora ocupa a quarta posi-

ção no Campeonato Paranaense, com oito pontos.

Botafogo – O Bangu começou assustan-do e abriu o placar com Somália logo aos 6minutos de jogo. Mas o Fogão reagiu e goleou o adversário por 4 a 1, em jogo que também foi marcado por homenagem a Nil-ton Santos.

Flamengo – O Fla continua arrasador no Carioca. O time venceu todos os seus cinco jogos e está classificado para a semifinal da Taça Guanabara antecipadamente. O jogo contra o Macaé, no entanto, foi duro. A vitó-ria só veio aos 41 do segundo tempo, pelos pés de Zé Roberto.

Fluminense – O clássico com o Vasco foi decepcionante. O 0 a 0 deixou o Fluminense mais longe da vaga para as semifinais da Taça Guanabara. Nem a presença do ídolo Thiago Neves em campo melhorou o nível da equipe.

Vasco – O Vasco jogou grande parte do segundo tempo com 10 jogadores e con-seguiu o empate contra o Fluminense. Com isso, o time lidera o grupo A da Taça Gua-nabara e está perto da classificação para a semifinal.

Grêmio – A derrota no clássico contra o Internacional, por 2 a 1, piorou a situação do Grêmio no Campeonato Gaúcho. O time está apenas em sexto lugar na chave 2 do torneio – com um jogo a menos.

Internacional – A vitória contra o arqui-rival Grêmio, por 2 a 1, só saiu no final do jogo, pelos pés do artilheiro Nilmar. O resul-tado praticamente garantiu o Inter nas semi-finais do Campeonato Gaúcho.

Goiás – Domingo foi dia de festa para o Goiás. O time saiu perdendo no clássico contra o Vila Nova, mas virou e acabou apli-cando a maior goleada da história sobre o rival: 6 a 1.

Náutico – A partida contra o lanterna Pe-trolina foi difícil para o Timbu. Apesar de pressionar durante todo o primeiro tempo, o time levou um gol e teve que buscar a virada aos 40 do segundo tempo, com Carlinhos Bala cobrando pênalti. O Petrolina ainda teve um pênalti a seu favor, mas o goleiro Eduardo salvou o Náutico.

Sport – O Sport empatou o clássico das multidões contra o Santa Cruz em um gol e adiou a garantia da classificação para as finais do Campeonato Pernambucano para as próximas rodadas. O time, invicto, preci-sa apenas de 2 pontos em dois jogos para levar o título do primeiro turno.

Caio marca dois e Kickers vence Lietuva pela Futsal Super League

Há duas semanas, o Ki-ckers Futsal Club havia sido derrotado pelo FC

Lietuva da Lituânia por 4 a 2. No último domingo, porém, a história foi diferente. Logo nos primeiros minutos de jogo, o ala Caio roubou a bola dos adversários e, diante do goleiro, não desperdiçou a oportu-nidade de abrir o placar. Usando o pivô Dudu como estratégia para penetrar na defesa adversária, o Ki-ckers continuou criando oportunida-des. No final da primeira etapa, Caio driblou pelo meio e tocou a bola na ala direita para Victor, que devolveu o passe fazendo um cruzamento rasteiro para o meio da área. Lá, de letra, o artilheiro da partida marcou seu segundo gol.

Na segunda etapa, o Lietuva pas-sou a pressionar a saída de bola do Kickers. Com isso, conseguiu criar mais chances de gol. Mas uma boa

atuação do goleiro Giba os impedia de marcar. Foi somente na metade do tempo complementar que o pri-meiro gol do Lietuva saiu, explo-rando um contra-ataque. Daí para a frente, o Kickers se fechou atrás para garantir a vitória por 2 a 1.

O resultado foi importante para motivar a equipe, que na semana que vem faz sua estréia pela FA Futsal League, o mais importante torneio de futsal do Reino Unido. A competição é disputada em três regionais diferentes – South, North and Midlands – sendo que o Kickers e outras nove equipes disputam a primeira. Os mais bem classificados de cada uma das regionais disputa-rão a grande decisão em outubro. O campeão garante uma vaga na Copa da UEFA. A princípio, a estréia do Kickers, clube patrocinado pelo bar e restaurante Canecão, será contra o atual campeão do torneio, o Helvecia FC.

Victor De MartinoPor:

Chelsea confirma Guus Hiddink como novo técnico

O Chelsea confirmou nesta quar-ta-feira, 11, a contratação do téc-nico holandês Guus Hiddink para o lugar de Luiz Felipe Scolari. Ele fica no cargo até junho, e dividirá funções com a seleção da Rússia, cargo que ocupa desde 2006.

"É um prazer confirmar que Guus Hiddink será nosso treinador até o fim da temporada", afirmou o clube em nota oficial. Segundo o texto, o holandês será apresentado ao elenco ainda nesta semana – horas antes, Hiddink havia declarado que só se apresentaria na semana que vem.

Hiddink é o quarto técnico a co-mandar o Chelsea num intervalo de 18 meses: depois de demitir José Mourinho em setembro do ano pas-sado, a diretoria efetivou o ex-au-xiliar Avram Grant, que conduziu a equipe ao vice-campeonato na Liga dos Campeões. Depois, contratou Luiz Felipe Scolari, que foi dispen-sado na última segunda-feira, por causa dos maus resultados na tem-

porada.Aos 62 anos, Hiddink tem um

extenso currículo, com três Copas do Mundo: em 1998, à frente a Ho-landa, e 2002, com a Coreia do Sul, conseguiu o quarto lugar; em 2006, mesmo assumindo o cargo meses antes da competição, conseguiu levar a Austrália às oitavas-de-final. De lá para cá, trabalhou na seleção da Rússia, que foi uma das boas surpresas da última Eurocopa, cain-do apenas nas semifinais, diante da campeã Espanha.

A relação de Hiddink com o Chelsea vem da Rússia - no ano passado, o dono do clube, Roman Abramovich, doou US$ 5 milhões à federação do país para quitar salá-rios atrasados do treinador e de sua comissão técnica. "É um favor a um amigo", definiu o holandês nesta quarta, em entrevista a uma rádio de seu país. "O clube gostaria de agra-decer à União Russa de Futebol por sua compreensão e cooperação", disse o Chelsea. (Agência Estado)

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12 a 18 de fevereiro de 2009

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12 a 18 de fevereiro de 2009

EsportE

Brasil ganha da Itália por 2 a 0 no amistoso dos campeões

Por:

[email protected]

Paula Medeiros

Gols de Elano e Robinho, em jogadas individuais no primeiro tempo, garantem a vitória no jogo na Inglaterra

Se em algum momento a demissão do técnico penta-campeão mundial Luiz Felipe Scolari do Chelsea, na última segunda-feira, gerou pressões extras sobre o treinador da se-leção brasileira, Dunga, o jogo desta terça deve ter sido motivo para seu alívio. Mesmo critica-do por Marcello Lippi, técnico da Itália, por ter discutido com Zambrotta no segundo tempo, o brasileiro se mostrou mais sereno do que de hábito.

Dunga se disse bem impres-sionado pela atuação do time, apesar da falta de um coletivo. "É início de ano. Tínhamos de iniciar bem, contra um adversá-rio como a Itália", lembrou. "Foi uma das nossas melhores par-tidas. Saiu além do esperado".

Sobre as quatro alterações no time em relação ao último amistoso, Dunga elogiou os atletas que entraram no time - Ronaldinho Gaúcho, Adriano, Felipe Mello e Marcelo. "Os quatro aproveitaram a oportu-nidade".

O técnico italiano também elogiou muito a atuação do Brasil e justificou a derrota lembrando que seu time, atual campeão do mundo, está em reestruturação. "Pegamos nes-ta noite o Brasil com um grupo forte, motivado por 60, 70 mil torcedores, cheio de jogadores tecnicamente melhores que os nossos, em um momento em que estamos em reconstrução", afirmou. "A supremacia técnica do Brasil foi indiscutível". (AE)

Para Dunga, a vitória foi melhor do que o esperado

A seleção brasileira mos-trou que tem força ofensi-va e garantiu, no primeiro

tempo, a vitória por 2 a 0 sobre a seleção italiana no amistoso dos últimos campeões mundiais (2002 e 06) desta terça-feira, em Londres. Os belos gols de Elano e Robinho garantiram a tranquilidade que o técnico Dunga precisava para se-guir no comando da equipe.

Mesmo com o frio de zero grau, as 60 mil pessoas que foram as-sistir à partida, no estádio dos Emirados-Arsenal, empolgaram até os jogadores em campo. Divi-didos entre as cores verde-amarela e azul, olas perfeitas ecoaram pelo estádio lotado, apesar do jogo fra-co tecnicamente.

Seja pelo clima, seja pela falta de ritmo e entrosamento das duas seleções, o certo é que o talento in-dividual de Robinho, Elano e Ronal-dinho Gaúcho; e a boa marcação brasileira, com Felipe Melo, mais ótimas defesas do goleiro Júlio Cé-sar, foram os pontos positivos da seleção.

Já os italianos, como é tradicio-nal, recuados e com pouca força ofensiva, viram o domínio do Brasil em quase todo o tempo. A aposta em ter apenas Gilardino no ataque, na etapa inicial, foi ruim. Chegaram mais ao ataque na segunda me-tade, com a entrada de Toni, mas nada que realmente assustasse a

seleção de Dunga.Talvez a história do jogo fosse

diferente se o árbitro inglês Mike Riley não tivesse anulado erronea-mente um impedimento de Grosso, logo aos três minutos de jogo. A televisão mostrou que o lateral-es-querdo da Itália estava 52 cm atrás do último zagueiro brasileiro.

Se a festa dos italianos foi inter-rompida, dos brasileiros foi com-pleta. O primeiro gol saiu aos 12 minutos, com Elano, após receber passe, entrar na área e tocar na sa-ída de Buffon. Já o segundo gol foi aos 26 minutos: Robinho roubou a bola, bateu cruzado ao gol e acer-tou o canto de Buffon. Um lindo gol para o Brasil.

Depois disso, sem muita corre-ria, faltas e chutes a gol. Os times mais passaram o tempo e pouco criaram chances de gol – a exce-ção foi a defesa de Júlio César em chute de Toni na pequena área, aos 37 minutos do segundo tempo.

Para a história, o que fica é o resultado de vitória e os gols dos brasileiros. Para os torcedores, a certeza que o time pode evoluir, e que Dunga é o técnico.

BRASIL 2Julio César, Maicon, Juan (Thia-go Silva), Lúcio e Marcelo; Feli-pe Melo, Gilberto Silva (Josué), Elano (Daniel Alves) e Ronaldi-nho; Robinho (Júlio Baptista) e Adriano (Alexandre Pato). Técnico: Dunga

ITÁLIA 0Buffon; Zambrotta , Cannavaro, Legrottaglie e Grosso; De Rossi (Aquilani ), Pepe (Camorane-si), Pirlo (Dossena), Montolivo (Perrota ) e Di Natale (Rossi); Gilardino (Toni).Técnico: Marcelo Lippi

Gols: Elano, aos 12, e Robinho, aos 26 minutos do primeiro tempo.Árbitro: Mike Riley (ING)Renda e público: Não dispo-níveisEstádio: Emirates, em Londres (ING) R

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12 a 18 de fevereiro de 2009

Chelsea anuncia demissão do técnico brasileiro Luiz Felipe Scolari

O Chelsea anunciou ofi-cialmente nesta segun-da-feira, 9, a demissão

do técnico brasileiro Luiz Felipe Scolari. O treinador havia chegado no meio do ano passado ao clube inglês, depois de comandar a se-leção portuguesa desde 2003, e tinha contrato até 2011.

A gota d'água para a demissão foi o tropeço em pleno estádio Stanford Bridge, em Londres, no última sábado, quando a equipe

ficou no 0 a 0 com o modesto Hull City, resultado que deixou o clube na quarta colocação do Campeo-nato Inglês, com 49 pontos, sete atrás do líder, o Manchester United, que tem um jogo a menos.

Um comunicado no site oficial do time londrino afirma que a deci-são foi tomada como única opção "para manter a disputa pelos tro-féus pelos quais o time ainda está competindo".

A nota também agradece ao trei-

nador brasileiro pelo tempo que esteve à frente da equipe e diz que ele trouxe muita coisa positiva ao clube. "Todos nós temos um sen-timento de tristeza por o relacio-namento ter terminado tão cedo", afirma o texto.

A direção do Chelsea diz que já está procurando um novo nome para comandar o clube, que está classificado para as oitavas-de-final da Copa dos Campeões da Europa, em que faz duelo contra a Juventus, da Itália. O assistente Ray Wilkins assume a equipe inte-

rinamente. Scolari passou a ser pressiona-

do a partir do fim do ano passa-do, quando o time, então líder do Inglês, teve seguidos tropeços no torneio. Rumores davam conta de que o treinador não tinha um bom relacionamento com alguns joga-dores do elenco, sobretudo com o marfinense Didier Drogba.

Scolari também não teve um bom desempenho quando o time jogou contra os principais rivais in-gleses. Foram dois jogos contra o Manchester United, com um empa-

te e uma derrota por 3 a 0. Contra o Liverpool, foram duas derrotas em dois jogos. No único jogo que fez contra o Arsenal, o time também perdeu – 2 a 1, em casa.

Na última temporada, o Chel-sea foi vice-campeão da Copa dos Campeões e do Campeonato Inglês, perdendo ambos os títulos para o Manchester United, resul-tados que motivaram a saída de Avram Grant, então treinador do time, e a contratação de Scolari. (Efe)

O zagueiro e capitão do Chelsea, Terry, saiu em

defesa do técnico Luiz Felipe Scolari, demitido nesta segunda-feira. Contestado pela torcida e pela mídia pela fraca campanha da equipe no Campeonato In-glês (quarto lugar), o brasileiro é o menos culpado, segundo o jogador.

"Entendo a frustração dos tor-cedores, mas isso não deveria

ser direcionado para o treinador ou para a comissão técnica, mas sim para os jogadores", disse ele ao jornal "Daily Telegraph".

Apesar do apoio do capitão do Chelsea, Scolari não resistiu a mais um tropeço no Inglês (em-pate sem gols com o Hull City, em casa, no sábado).

Desempenho Terry reconheceu que a equipe

vem tendo um desempenho abai-

xo da média nesta temporada. "Realmente, nós precisamos

melhorar. Devemos isso a nós mesmos, ao técnico, ao clube e aos torcedores que gastam mui-to dinheiro e estão vendo um fu-tebol ruim", admitiu o jogador.

"Temos que ganhar alguma coisa nesta temporada. Faremos de tudo para entrar mais uma vez na luta pelos títulos." (Lance-press)

Capitão do Chelsea sai em defesa do técnico Scolari Scolari dá intruções a jogadores do Chelsea em jogo contra o Middlesborough, pelo Inglês.