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Avaliação da Competitividade do Fornecedor Nacional com relação aos Principais Bens e Serviços Maio de 1999

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  • Avaliao da Competitividade doFornecedor Nacional com relao

    aos Principais Bens e Servios

    Maio de 1999

  • 21. Introduo

    Esta publicao corresponde a um extrato de parte do trabalho deconsultoria que foi realizado pela Pontifcia Universidade Catlica do Rio deJaneiro PUC/RJ para a Agncia Nacional de Petrleo, intitulado Mecanismosde Estmulo s Empresas Concessionrias de Petrleo a adquiriremEquipamentos/ Materiais e Servios no Mercado Nacional.

    Este texto tem como objetivo principal tratar das seguintes questes:a) identificao dos principais materiais, equipamentos e servios

    especializados atualmente adquiridos pela Petrobras junto aosmercados supridores nacional e externo;

    b) apresentao das principais demandas atuais dos diversossegmentos do setor de petrleo, isto , explorao, perfurao,completao, produo, refino e transporte (destaca-se os bens eservios destinados aplicao offshore);

    c) avaliao sumria da competitividade dos fornecedores nacionaisdos principais materiais, equipamentos e servios especializados,supridores atuais das necessidades da Petrobras;

    d) avaliao da carga tributria aplicada aos bens e servios nacionaispara o setor de petrleo, quando comparada com aquela aplicadaaos bens e servios importados.

    A avaliao sumria da competitividade consiste em insumo bsicopara a formulao de propostas de mecanismos de estmulo s compras locais,pois analisa-se, de forma simplificada, os fatores determinantes dacompetitividade do parque nacional supridor das demandas atuais dos bens eservios dos diversos segmentos do setor de petrleo. Outrossim, a avaliaoda competitividade pode, eventualmente, permitir ao investidor estrangeiro teruma primeira aproximao da situao atual do parque supridor nacional.

    Lembramos que, para efeito desta publicao e dos editais de licitaode reas e dos contratos de concesso para explorao e produo, considera-se empresa nacional aquela empresa que se encontra legalmenteestabelecida no Pas, independente da origem ou composio de seu capital, eque adiciona valor agregado nacional ao produto ou servio fornecido.

    A Petrobras dispe de um sistema BBS (Bulletin Board System),acessvel pelo pblico via computador, que transformou-se em uma ferramentabsica para o desenvolvimento deste trabalho. A Petrobras utiliza o BBS comoum dos meios de comunicao com seus fornecedores permitindo acesso sinformaes corporativas da rea de suprimento de materiais, equipamentos ede contratao de servios, facilitando o fluxo de comunicao com o mercadosupridor.

    A conexo realizada via modem (tel: 021-534-6140) e o acesso sinformaes requer a realizao de cadastramento do usurio. Aps ocadastramento esto disponveis as seguintes opes:

  • 3A. ABC do cadastro de fornecedores da Petrobras;B. Processos em fase de licitao;C. ABC da qualidade;D. Vendor list de fornecedores;E. Relao de orgos de suprimento da Petrobras;F. Relao de materiais e equipamentos constantes no sistema de

    classificao da Petrobras;G. (indisponvel)H. Condies de fornecimento da Petrobras;I. Empresas prestadoras de servios;J. ABC da inspeo de materiais equipamentos;K. Ficha de informao tcnica e de segurana de produtos qumicos;L. Outros aplicativos;M. Registro do usurio.

  • 42. Aquisio de Bens e Servios do Setor Petrleo

    Ao longo de mais de quatro dcadas como detentora do monoplio dociclo de produo e abastecimento do petrleo e gs no Pas, a Petrobrasrealizou considerveis investimentos que se tornaram fundamentais para odesenvolvimento do parque supridor nacional de materiais, equipamentos eservios especializados.

    No perodo inicial da empresa, de sua criao em 1953 at quase ofinal da dcada de 70, o foco dos investimentos foi o desenvolvimento dosegmento de refino e transporte. Com o segmento do Abastecimentoimplantado e em resposta aos seguidos choques do petrleo da dcada de70, a empresa comeou a empreender maiores esforos na explorao depetrleo e gs, especialmente na rea offshore. Com a descoberta da Bacia deCampos houve uma acelerao nos volumes de investimentos da empresa,agora centrados nos segmentos da explorao e produo.

    Fonte: Petrobras, Prospettiva Jul.98

    Figura 1 Investimentos da Petrobras 1953 1997

    Investimentos da Petrobras 1953-1997

    0

    1000

    2000

    3000

    4000

    5000

    6000

    7000

    53 56 59 62 65 68 71 74 77 80 83 86 89 92 95

    U

    S$

    milh

    es

    Explorao Produo Refino Transporte Outros

  • 5A Figura 1 apresenta os investimentos da Petrobras. Os dados foramcalculados com base na converso dos investimentos correntes anuais emdlar mdio de cada ano e convertidos para Julho.98 com base na variao doConsumer Price Index (CPI-U) nos diversos perodos.

    Nos ltimos anos os investimentos da Petrobras encontram-se na faixade US$ 3.0 bilhes anuais. A distribuio por segmentos demonstra aconcentrao dos investimentos na explorao e produo alcanando cercade 60% do investimento da empresa. Deve ser observado que na dcada de 80o segmento de E&P chegou a superar 80% dos investimentos. O segmento doAbastecimento abrangendo refino e transporte- recebe, atualmente, cerca deum tero dos recursos da empresa (Ver Figura 2).

    Fonte: Petrobra Set.98

    Figura 2 Distribuio dos Investimentos da Petrobras por Segmentos

    Parte dos investimentos direcionada para a aquisio de materiais eequipamentos (cerca de 50%), parte para a contratao de serviosespecializados do setor petrleo e uma menor parte para outras aplicaes.

    A aquisio de materiais e equipamentos pela Petrobrs junto aomercado supridor nacional evoluiu, desde a sua criao, conformeapresentado na Figura 3.

    Investimentos Petrobras Distribuio por Segmentos

    (mdia 1995-1997)

    Transporte14%

    Refino20% Produo

    38%

    Explorao18%

    Outros10%

  • 6 Fonte: Petrobras Set.98

    Figura 3 Evoluo das Compras Locais da Petrobras

    O primeiro ciclo, do Abastecimento, durou cerca de 25 anos. Em 1954quando apenas parafusos, chumbadores, e peas similares foram produzidosno Pas para as refinarias da Bahia (RLAM) e de Cubato (RPBC), o ndice decompras no Brasil era de cerca de 10%. Em 1979 ele j atingia 84% demateriais e equipamentos adquiridos no Pas.

    As modestas acumulaes de leo e gs descobertas em terraincentivaram a explorao em uma nova fronteira, o mar. Com a descobertado campo de Garoupa na Bacia de Campos em 1974 - 100 km da costa, 120 mde lmina dgua - e em seguida dos campos de Badejo, Namorado, Cherne,Enchova, etc. em um total de 27 acumulaes na dcada de 70, a Petrobrasiniciou um novo ciclo. A descoberta de campos offshore e a necessidade dodesenvolvimento da produo das acumulaes descobertas, impactou aempresa com uma nova tecnologia. Os servios, materiais e equipamentosnecessrios para as plataformas e sistemas de produo no mar eram novospara a Petrobras e para o parque supridor nacional, acostumado com ascaractersticas e demandas do segmento do Abastecimento. As comprastiveram que ser realizadas no exterior, ocorrendo uma grande queda nosndices de colocao de compras no Pas para 52% em 1980.

    Entretanto, o parque nacional rapidamente absorveu a novidade e emapenas 3 anos o ndice de compras no Pas retornou para o patamar de 80%.Grande parte das empresas estrangeiras fornecedoras resolveram constituir

    Aquisio de Materiais e Equipamentos no Pas

    Petrobrs 1955-1997

    0102030405060708090

    100

    1955 1959 1963 1967 1971 1975 1979 1983 1987 1991 1995

    Com

    pra

    s no P

    as

    [%

    ]

    Ciclo doAbastecimento

    Ciclo da

    E & P

  • 7parcerias com empresas brasileiras ou se estabeleceram no Brasil. Em 1984superou-se o patamar de 90%, poca em que a escassez de divisas do Pasainda indicava a necessidade de substituio mxima de importaes,independentemente da efetiva competitividade do produto nacional, no s nosetor petrleo como na indstria de maneira geral. Na poca a maioria dasempresas estatais apresentava ndices de aquisio no Pas superiores a80%.

    Com a abertura comercial na dcada de 90 os ndices de aquisio noPas recuaram para cerca de 82%, onde se situam at hoje. Atualmente aPetrobras adquire cerca de US$ 1,7 bilhes anualmente em materiais eequipamentos, US$ 1,4 bilhes no Brasil e US$ 300 milhes no exterior (verFigura 4), incluindo investimentos para novas unidades e suas modernizaes,sobressalentes e reposio.

    Fonte: Petrobras Set.98

    Figura 4 Aquisio de Materiais e Equipamentos pela Petrobras

    Atualmente, cerca de 50% dos investimentos so carreados para acontratao de servios e tem-se observado uma firme tendncia para acrescente utilizao de contratos de servios do tipo EPC (Engineering-Procurement-Construction). Nessa modalidade de contratao um nicoresponsvel (Main/General Contractor) se encarrega do fornecimento de umainstalao, responsabilizando-se pelas atividades de Projeto Executivo,Suprimento de Materiais e Equipamentos e da Construo e Montagem. APetrobras tem executado in-house o Projeto Conceitual/Bsico das instalaes.

    0

    200

    400

    600

    800

    1000

    1200

    1400

    1600

    1800

    Milh

    es

    US$

    1981 1983 1985 1987 1989 1991 1993 1995 1997

    Aquisio de Materiais e Equipamentos Petrobras 1981-1997

    Pas Exterior

  • 8Um sistema de produo offshore desenvolvido sob um contrato EPCtem uma distribuio aproximada de investimentos de 5% para o Projeto, 55%para a Aquisio de materiais e equipamentos diretamente pelo contratado e40% para a Construo e Montagem. Em uma unidade para o segmento doAbastecimento a distribuio aproximada de 7% para o Projeto, 50% para oSuprimento e 43% para a Construo e Montagem. Observa-se que namodalidade EPC torna-se cada vez mais difcil a distino do que efetivamente servio ou suprimento.

    A adoo de modalidades tipo EPC uma tendncia crescente emvrios setores da atividade econmica devido s suas caractersticas:

    Um nico responsvel pela conduo e pelo desempenho de todas asatividades do empreendimento;

    Gerenciamento das interfaces feito pelo Contratado, diminuindosensivelmente a equipe de acompanhamento do empreendimento porparte do Contratante;

    Maior possibilidade de realizao de um planejamento integradovisando a otimizao do cronograma do empreendimento.

    Do ponto de vista do supridor nacional de materiais, equipamentos eservios especializados para o setor petrleo e gs, o segmento maisimportante no momento, e tambm ser nos prximos anos, o segmento dodesenvolvimento da produo.

    No caso do offshore brasileiro as solues tecnolgicas que vm sendoadotadas pela Petrobras, com sucesso inclusive para lminas dguaprofundas, adotam unidades de produo flutuantes (FPU), com base em semi-submersveis e navios. A Figura 5 apresenta a estrutura tpica de investimentosem bens e servios para um sistema de produo.

    Incentivada, e muitas vezes protegida pela Petrobras at alguns anosatrs, a indstria de bens e servios especializados no Brasil cresceu de formaa cobrir praticamente todos os segmentos do setor petrleo, constituindo-sehoje em um importante parque empresarial, extenso e diversificado.

    Somente deixaram de ser supridos pelo Pas alguns servios e bensmuito especficos e que demandavam contnua evoluo tecnolgica, ouaqueles que requeriam altos investimentos e apresentavam pequena demandano Pas.

    O processo de abertura econmica no setor Petrleo apresentar novase importantes oportunidades para as empresas fornecedoras. Somente nossegmentos da Explorao e da Produo, a Petrobras, diretamente ou emparceria com empresas estrangeiras, dever aumentar os investimentos deUS$ 17 bilhes, estimados para a dcada de 90, para cerca de US$ 30 bilhesna dcada 2000 - 2009. Para todos os segmentos do setor petrleo a empresa

  • 9 Fonte: Petrobras Set.97

    Figura 5 Estrutura Tpica Investimentos FPU

    dever investir valores na ordem de U$ 50 bilhes (a) na prxima dcada,contra US$ 28 30 bilhes desta dcada.

    Considerando as possibilidades abertas pelas futuras empresasoperadoras no Pas e os investimentos do segmento da distribuio dederivados, inclusive as perspectivas do Gs Natural, estima-se investimentostotais na faixa de US$ 50 a US$ 70 bilhes (b) na prxima dcada (semconsiderar os investimentos na Petroqumica), dobrando os investimentosatuais no Setor.

    Trata-se de uma oportunidade histrica para toda a indstria doPetrleo e Gs do Brasil, especialmente para o parque supridor. Alm danotvel ampliao do mercado nacional, o contato direto com operadorasinternacionais abrir perspectivas para aumento da competitividade dos bens eservios do Pas e consequentemente iluminar novas oportunidades paraexportao e para a realizao de novos negcios no Brasil e no exterior.

    Estima-se que o mercado mundial de suprimento de bens e serviosespecializados para as empresas do setor petrleo, gs e petroqumico montaa US$ 300 bilhes anuais.

    (a) Previso mdia anual de US$ 3 bi prprios + US$ 1 bi parcerias + US$ 1 bi project finance.(b) Previso US$ 50 bi Petrobras + US$ 10 bi futuras operadoras + US$ 10 bi distribuio de

    derivados.

    Unidade de Produo Offshore Estrutura do Investimento

    Plataforma e Amarras

    36%

    Dutos de Exportao

    4%

    Perfurao Completao

    Poos40%

    Outros1%

    Linhas, Risers e

    EqSubmarino19%

  • 10

    3. Principais Materiais e Equipamentos

    A seguir so apresentados os principais materiais e equipamentosutilizados pela Petrobras, nos ltimos cinco anos, contemplando os segmentosde explorao, perfurao, completao, produo, refino e transporte.

    Estes materiais e equipamentos merecem ser destacados por suaimportncia, em termos de valor e quantidades requisitadas:

    Explorao: Sismgrafos; Explosivos Sismogrficos; Computadores degrande porte para Processamento de Dados Ssmicos; Espectrmetros deMassa.

    Perfurao e Completao: rvore de Natal Molhada; Risers; Tubos deRevestimento.

    Produo: Linhas Flexveis; Turbinas a Gs; Turbo-Geradores; Turbo-Compressores; Risers; Vasos de Presso.

    Refino e Transporte: Turbinas a Vapor; Compressores; Fornos; Torres;Reatores; Vasos de Presso; Bombas; Estaes de Medio de Produtos;Sistemas Supervisrios de Controle de Estaes e Terminais; Tubos deConduo e de Troca Trmica.

  • 11

    4. Principais Servios Especializados

    Apresentamos a seguir lista dos principais servios especializados dosetor de petrleo, demandados pela Petrobras nos ltimos cinco anos,separados por segmentos.

    importante ressaltar que todos os servios requeridos para a industriade petrleo, esto presentes no Pas e, sem dvida, podem acompanhar ocrescimento esperado para a atividade. Como acontece em outros pases,servios especializados, que requerem contnua evoluo tecnolgica egrandes investimentos, permanecem com as companhias estrangeiras, pormj contando com acentuada parceria com empresas brasileiras e um nmerogrande de tcnicos brasileiros envolvidos.

    Destacamos por sua importncia, em termos de valor, os seguintesservios especializados:

    Explorao: Levantamento e Processamento Geofsico; Perfilagem dePoos; Assistncia Tcnica de Avaliao de Formaes.

    Perfurao e Completao: Afretamento/Operao de EmbarcaesEspeciais tipo RSV,DSV, de Embarcaes para Apoio Martimo e deAeronaves; Perfurao de Poos com fornecimento de Sondas Terrestres eMartimas; Perfilagem e Cimentao de Poos; Testes de Formao;Operao de ROV.

    Produo: Afretamento/Operao de Embarcaes especiais tipoRSV,DSV; Operao com Equipamentos para Lanamento de LinhasFlexveis e Rgidas; Afretamento/Operao de Embarcaes tipoFPSO,FSO e Semi-Submersveis de Produo; Operao de ROV.

    Refino e Transporte: Instalaes e Montagens Industriais (Sistemas eEquipamentos de Processamento de Petrleo; Bases e Depsitos paraDistribuio de Combustveis; Tanques e Esferas de Armazenamento;Oleodutos e Gasodutos terrestres/subaquticos); Manuteno IndustrialMecnica (fornos, torres, vasos, reatores, permutadores, tubulao,bombas, queimadores de caldeiras, estruturas metlicas, vlvulas, tanquesde armazenamento).

  • 12

    5. Competitividade do Parque Supridor Nacional de Bens eServios para o Setor Petrleo

    5.1 Parque Nacional de Bens e Servios

    Nos ltimos anos a Indstria nacional, de uma forma geral, tem obtidoavanos em seus ndices de produtividade. A Figura 6 apresenta uma evoluode 82% na produtividade da Indstria no perodo 1990-97 com uma reduo noemprego de 34%, no mesmo perodo.

    Fonte: CNI

    Figura 6 Produtividade da Industria Nacional

    A Tabela 1 explicita os ganhos de eficincia obtidos pela IndstriaNacional no mesmo perodo 1990-97.

    Produtividade da Indstria

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    76 78 80 82 84 86 88 90 92 94 96

    (Base 1981=100)

    Evoluo no Perodo 1990-1997Emprego = - 34%Produtividade = + 82%

  • 13

    Tabela 1 - Eficincia na Produo Industrial Nacional

    Indicador 1990 1997

    Retrabalho (% peas) 30,0 19,0

    Gastos c/ Assist.Tcnica (%Rec.Liq.) 2,7 1,9

    Estoque Mat.Prima(N0 vezes giro/ano) 8,0 13,0

    Tempo de Entrega (dias) 35 17

    Nveis Hierrquicos (N0) 11 5

    Fonte: CNI

    A rea de Servios, especialmente a rea de engenharia de projetos ede montagem/construo industrial, tem sofrido considervel reduo em seunvel de atividades nos ltimos 10 anos. Entretanto, a capacitao e aprodutividade desenvolvidas ao longo de quatro dcadas tm sido preservadase em alguns casos ampliadas. A evoluo da capacitao da engenhariabrasileira, de forma geral, pode ser sintetizada conforme apresentado naTabela 2.

    Tabela 2 Evoluo da Capacitao da Engenharia Nacional

    Evoluo da Capacitao da Engenharia Nacional

    Especialidades 1950-1959 1960-1969 1970-1979 1980-1998

    Projeto Bsico Inexistente Capacidade Reduzida 20%

    Capacidade Significativa 50%

    Capacidade Significativa 90%

    Projeto deDetalhamento

    Capacidade Reduzida 10%

    Capacidade Significativa 40%

    Auto- suficiente

    Auto- suficiente

    Construo Industrial

    Capacidade Reduzida 30%

    Capacidade Significativa 70%

    Auto- suficiente

    Auto- suficiente

    Fonte: ABEMI

  • 14

    Os ganhos de produtividade foram resultados da adoo pelo parquenacional de sistemas de qualidade hoje cerca de 2.400 empresas (bens eservios) detm 3.300 certificados ISO-9000 contra 13 empresas e 18certificados em 1990 - realizao de enxugamentos e reorganizao enfocandoprincipalmente os produtos e processos existentes, caracterizando umaestratgia defensiva, em resposta ao processo de abertura comercial que oPas vem atravessando.

    Entretanto j se observa em algumas empresas especialmente noscomplexos Eletro-Eletrnico, Qumico, Mecnico e Metalrgico a adoo deestratgias mais ofensivas, atravs da realizao de planejamentos de mdio/longo prazos contemplando o desenvolvimento de novos processos e produtoscom maior contedo tecnolgico. Segundo o Ministrio da Cincia e Tecnologia MCT o empresariado nacional j contribui com cerca de 35% dosinvestimentos em P&D do Brasil, ndice prximo dos percentuais praticadospelas empresas da maioria dos pases do G-7 (40% a 60%). A Figura 7compara os investimentos do Brasil com outros pases no perodo 1960-95.

    Deve ser destacado que em 1996 o Brasil j investia 1,2% do PNB emCincia e Tecnologia, aproximando-se dos indicadores de pases como a Itliae o Canad (1,5% do PNB), embora ainda distante dos pases maisdesenvolvidos como os EUA e o Japo (3,0% do PNB) e da Coria.

    Figura 7 Investimentos em P&D de alguns Pases

    A economia brasileira vem passando, a partir da dcada de 90, porprocessos de reformas econmicas e institucionais que vem se constituindo emvetores importantes no crescimento da competitividade do parque supridor

    RELAO ENTRE DISPNDIOS EM P&D E O PNB

    0

    0,5

    1

    1,5

    2

    2,5

    3

    1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1992 1995

    % P

    NB

    EUAALEMANHAJAPOFRANAINGLATERRA

    ITLIA CANAD

    CORIA

    ESPANHA

    BRASIL

    ARGENTINA

    FONTE: OECDJAPAN S&T AGENCY

  • 15

    nacional, em especial no tocante abertura comercial, estabilidade de preose expectativa, a mdio prazo, no que diz respeito s reformas dos sistemastributrio e financeiro.

    Entretanto deve ser observado que a curto prazo o impacto dasmedidas Econmicas e Fiscais, em implementao pelo Governo Federal,influenciaro a competitividade do parque supridor nacional.

    5.2 Anlise dos Principais Fatores Determinantes da Competitividade

    Realizaremos, a seguir, uma anlise simplificada dos principais fatoresdeterminantes da competitividade do parque supridor nacional.

    5.2.1 Condies de Produo e de Infra-estrutura

    Quando comparadas com as empresas estrangeiras, as atuaiscondies de Produo e de Infra-estrutura das empresas nacionaisapresentam as seguintes desvantagens principais:

    desvantagem no tocante aos encargos relativos aos custos de mo-de-obra(contribuies sociais) e aos nveis insuficientes de financiamentos parainvestimentos produtivos e capital de giro e elevadas taxas de juros;

    desvantagem em relao ao impacto dos custos agregados referentes aprecariedade da infra-estrutura porturia e de transporte rodovirio, inexistncia de navegao de cabotagem e malha ferroviria insuficienteprincipalmente no atendimento a empreendimentos afastados dos centrosde produo; e

    desvantagem quanto aos aspectos tecnolgicos e normativos,principalmente por no possuir ainda domnio pleno sobre determinadosfatores, como por exemplo, sobre o desenvolvimento para alguns projetos(bens de capital sob encomenda - BKE ) e sobre a automao industrial(bens de capital seriados - BKS), quando comparados aos produtosamericano e japons que se encontram em estgios mais avanados nossetores de micro-eletrnica e informtica.

    Apesar dos avanos j detectados alguns aspectos tambm devem sercitados, como fatores importantes quando da anlise comparativa do parquenacional, sendo que o estgio atual ainda lhe desfavorvel em relao aoexterior, principalmente se comparado com pases desenvolvidos:

    Aplicao de programas voltados economicidade de energia, insumos ematrias-primas;

    Uso de tcnicas e aspectos gerenciais voltados ao aumento daprodutividade e reduo de custos;

  • 16

    Utilizao de softwares integradores;

    Adoo de estruturas organizacionais predominantemente horizontalizadas;

    Promoo de sistemas de alianas globais, como estratgia de interaocom o processo de globalizao da economia, contemplando um amplorelacionamento com clientes e sub-fornecedores, tanto a nvel internoquanto internacional; e

    Investimentos em capacitao de recursos humanos e P&D.

    Destaca-se ainda a m situao financeira dos estaleiros nacionaisacarretando baixa competitividade para o setor. As recentes contrataes deestaleiros em outros pases (Coria, Cingapura, Espanha, etc.) explicitam asdificuldades do setor. Quando a construo ou a converso de cascos realizada no Pas, uma srie de contrataes deflagrada no Pas devido asvantagens derivadas da localizao prxima. Da mesma maneira, quando oestaleiro contratado for localizado no exterior ficam bastante reduzidas asoportunidades para o fornecimento de bens e servios do Brasil.

    A realizao dos projetos de engenharia bsica e de detalhamento no Brasil tambm facilita a especificao de bens e servios compatvel com aproduo local aumentando a oportunidade de participao dos fornecedoreslocais.

    5.2.2 Condies de Concorrncia

    Quanto s Condies de Concorrncia, vrios aspectos podem serconsiderados, entre os quais devemos salientar os seguintes pontos positivosdo parque supridor nacional em relao ao exterior:

    Melhores condies de prestao de servios associados (agregados aorelacionamento fornecedor x cliente), notadamente aqueles relativos assistncia tcnica ps-compra, fornecimento de sobressalentes,integrao com demais segmentos de fornecimento nacional, como porexemplo componentes e acessrios, e maior agilidade e cooperao noatendimento, quando da aplicao ou operao dos materiais eequipamentos fornecidos;

    Maior confiabilidade de entrega, considerando, inclusive, melhorescondies para o cliente no acompanhamento das fases de fabricao eem eventuais solicitaes de modificaes tcnicas no fornecimento;

    Vantagem comparativa, em termos de prazos de fornecimento, quandoconsiderados os fatores do transporte internacional e carga burocrticaagregada, como por exemplo, desembarao alfandegrio;

    De forma geral, o parque supridor nacional possui projeto tropicalizado,isto , adequado a realidade brasileira, principalmente quanto s questes

  • 17

    climticas/ambientais e energticas locais (60 hz, variaes de tenses,etc);

    Vantagem comparativa, de modo geral, em termos do fator localizao(proximidade entre as fontes consumidoras e produtoras).

    Quanto aos aspectos negativos: Pode-se observar, de forma geral, que o parque nacional tem menores

    escalas de produo, podendo eventualmente no atender a prazosexguos de fornecimento, principalmente quando se tratar de bens quetenham supply houses no exterior;

    Dificuldades referentes a entrega de materiais e equipamentos no exterior,quando do atendimento a investimentos brasileiros realizados no exterior construo de plataformas, por exemplo - em especial nos mercadosasitico e europeu, ou at mesmo em regies brasileiras afastadas doscentros produtivos como por exemplo empreendimentos na regioamaznica;

    Possibilidade das novas operadoras utilizarem suas listas de fornecedoresde forma fechada e com barreiras tcnicas, utilizando normas ouespecificaes tais que acabariam alijando as empresas nacionais daconcorrncia;

    Possibilidade do uso de prticas desleais de comrcio (dumping esubsdios), contra o parque supridor nacional. Apesar da existncia deestrutura de defesa comercial empresa nacional, contra prticas desleais ,o Pas no possui tradio estabelecida no desenvolvimento dessesprocessos, ocasionando decises lentas e de grande carga burocrticasobre os mesmos.

    5.2.3 Condies de Demanda

    Existem boas perspectivas no que se refere aos aspectos de Demandapara o setor petrleo. Os investimentos da Petrobras situam-se, nos ltimosanos na faixa de US$ 3,0 bilhes anuais sendo que, considerando a instalaono Pas de novas operadoras e os investimentos do segmento de derivados,estima-se investimentos totais na ordem de US$ 50 a US$ 70 bilhes para aprxima dcada, no considerando os investimentos na Petroqumica.

    Devemos destacar que o parque supridor nacional encontra-sehabituado s exigncias e especificaes da Petrobras. O ritmo de mudanasno nvel de sofisticao das especificaes e exigncias a serem solicitadaspelo novo mercado comprador novas operadoras - e a capacidade do parquesupridor nacional em atender, ou antecipar-se a estes aspectos da Demanda,sero fundamentais para o nosso parque.

    Mesmo que venha a ocorrer uma considervel reduo nos atuaisnveis de fornecimento pelo parque nacional pelo menos nos primeiros anos

  • 18

    deve ser observado que o crescimento da demanda (cerca do dobro da atual)permitir considervel crescimento no valores absolutos nas aquisies debens e contratos de servios no Pas.

    5.2.4 Variveis Exgenas sobre o Parque Supridor Nacional

    Quanto ao de Variveis Exgenas sobre Parque Supridor Nacional,podemos salientar, negativamente em relao ao mercado exterior, que acompetitividade impactada pelos seguintes principais fatores:

    Relacionamento com o MERCOSUL Os procedimentos adotados em aquisies de materiais e equipamentos,efetivadas pelo mercado comprador nacional, por intermdio do MERCOSULvem prejudicando a competitividade do parque supridor nacional, quando desua participao em concorrncias. Empresas de alguns Estados-Membros, exportam para o Brasilmateriais e equipamentos com componentes estrangeiros sem pagar direitosalfandegrios, usando os benefcios de drawback, contudo empresasbrasileiras no podem importar estes mesmos componentes ou similares comdrawback (para venda interna), tendo que pagar todos os impostos,caracterizando assim a ausncia de isonomia no processo e conseqentediminuio de competitividade do supridor nacional.

    Ainda quanto ao MERCOSUL observa-se que a reviso da Tarifa ExternaComum relativa a componentes para equipamentos, apesar de ter eliminadoalgumas distores da antiga Tarifa Aduaneira do Brasil (TAB), mantevecdigos tributrios de itens utilizados como componentes de equipamentos,com alquotas do Imposto de Importao (II) iguais ou at maiores do que asdos bens finais constituindo-se em incoerncias tarifrias, reduzindo acompetitividade do supridor nacional.

    Incentivos fiscais para pesquisa e desenvolvimento (P & D) Os incentivos fiscais pesquisa e ao desenvolvimento do Ministrio daCincia e Tecnologia embora tenham sido utilizados quase que exclusivamentepor empresas de mdio/grande porte, que mantm estruturas formais edefinidas de pesquisa e desenvolvimento, tm se revelado importantes comoapoio governamental ao desenvolvimento da competitividade das empresasnacionais. Recentemente o Governo Federal reduziu drasticamente apossibilidade de uso dos incentivos, limitando-o a 4% do Imposto de RendaDevido e combinado a dedues sociais como o ticket-refeio.

    Pases concorrentes mantm contnuos programas de apoio a P&Dcomo financiamentos, incentivos fiscais e apoio a projetos cooperativos.

    Programas de investimento sujeitos a financiamentos A existncia de condicionantes contratuais, criando obrigaes para a

    aquisio de materiais e equipamentos no pas de origem das agncias definanciamento, vem contribuindo para a menor competitividade do parquenacional em relao ao exterior, j que nesses casos o nosso parque ficaalijado da concorrncia.

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    5.3 Competitividade dos Bens e Servios Nacionais em um Sistema deProduo Offshore

    Considerando a entrada no Pas de novas operadoras, realizamos umaanlise crtica quanto a competitividade esperada para o parque supridornacional de bens e servios para um sistema flutuante de produo em guasprofundas.

    Dividimos o Sistema em trs partes:- Flutuante : inclui a plataforma e suas amarras, facilidades de

    produo e dutos de exportao ( 40% do investimento total );

    - Submersa: inclui as linhas e risers flexveis, umbilicais,templates-manifolds e sistemas de controle (20% doinvestimento total);

    - Poo: inclui a perfurao e completao de poosexploratrios, de desenvolvimento e de extenso da produo(40% do investimento total).

    Para a parte Flutuante os itens de porte que atualmente apresentamnecessidade de importao so as Grandes Mquinas (turbo-compressores eturbo-geradores) e o Turret (caso de FPSO) que somam cerca de 33% doinvestimento. Caso o casco seja adquirido e convertido no exterior asimportaes podem chegar a valores como 50% ou at mesmo 80%, emfuno de exigncias de contrapartidas de financiamentos, da realizao deprojetos de engenharia no exterior e do efeito de arraste de compras prximasao estaleiro contratado.

    Para a parte Submersa os itens nacionais de baixa competitividade sosistemas de controle, conectores e outros itens que somam cerca de 40% doinvestimento nesta parte.

    Para a parte Poo o item destacado para pagamento em moedaestrangeira o aluguel de sondas para perfurao e completao dos poosexploratrios, de desenvolvimento e de extenso da produo, alm dosservios/equipamentos de Aquisio de Dados Ssmicos e de outros itens depequeno porte (sismgrafos, computadores, etc.). A importao estimada em26% (uso de sondas convencionais) a 54% (uso de sondas posicionamentodinmico) do investimento.

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    Fonte: Petrobras

    Figura 8 Sistema de Produo com FPSO

    Aplicando-se os percentuais de cada parte, estima-se que ofornecimento local competitivo de bens e servios para a explorao edesenvolvimento da produo de um sistema flutuante dever alcanar cercade 60% (faixa de 40%-70%).

    Deve ser observado que para blocos situados em lminas dgua maisrasas que comportem a utilizao de plataformas fixas de produo jaquetas,por exemplo, com poos de completao seca os percentuais esperados deaquisio de bens e servios no Pas sero maiores que os do caso baseacima descrito. Da mesma maneira, blocos situados onshore deveroapresentar percentuais ainda maiores de aquisio de bens e servios noBrasil, podendo atingir at 100%.

    Observamos que a competitividade dos bens e servios locais empases com produo offshore e parques locais expostos, desde a dcada de70, competio internacional como o Reino Unido e a Noruega apresentamindicadores de participao local da ordem de 70%.

    Os principais bens que apresentam baixa competitividade ou que notm produo nacional so: Turbo-Geradores; Turbo-Compressores;Compressores de grande porte; Turbinas a Gs e Vapor (especiais); Turrets;Risers Rgidos; Sistemas de Controle Submarino; Sismgrafos,Espectrmetros; Computadores de grande porte.

    Quanto aos servios: Levantamento Geofsico no mar; Perfurao eCompletao de Poos no mar; Lanamento de Linhas Rgidas e Flexveis;Manuseio de Amarras e ncoras; Afretamento/Operao de Embarcaes tipoFPSO, FSO e Semi-submersvel para produo.

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    Os resultados detalhados da anlise da competitividade encontram-se no corpo deste Captulo, onde esto relacionados os principais materiais,equipamentos e servios especializados e seus principais fornecedores eprestadores de servio, no Brasil e no exterior, suas condies deatendimento s necessidades do Setor e seus ndices de certificao notocante qualidade, inclusive para os segmentos do Abastecimento.

    5.4 Os Main Contractors (Contratos EPC)

    Devido importncia e caracterstica abrangente do tipo de contratoEngineering-Procurement-Construction (EPC), onde h aquisio de materiaise equipamentos diretamente pelo Contratado responsvel pela realizao dosservios, dedicamos um item especfico para essa modalidade de contratao.

    Os contratos do tipo EPC vm se tornando cada vez mais comuns. APetrobras vem usando essa modalidade de contratao tanto nos segmentosda Produo adquirindo dessa forma a maioria de suas unidades de produo,quanto no do Refino onde tem-se verificado a sua aplicao crescente naconstruo de suas unidades industriais.

    Tais contratos englobam o fornecimento do Projeto Executivo, dosMateriais e Equipamentos e da Construo/Montagem, por um nicofornecedor. No mercado nacional h empresas que atuam como MainContractor, sendo muito comum a formao de consrcios e alianas,inclusive com empresas estrangeiras. Pode-se citar as seguintes empresasnacionais, entre outras: Techint, Ultratec, Montreal, Camargo Correa,Odebrecht, Setal, Promon, Martima. Entre as empresas estrangeiras, temmostrado interesse ou participado de licitaes da Petrobras, entre outras: ABB Lummus Global, Bechtel, Foster Wheeler, Kellogg, Brown & Root.

    A competitividade das empresas que atuam neste mercado pode seravaliada atravs da anlise de alguns requisitos marcantes na conduo decontratos EPC:

    Disponibilidade de ndices que permitam a elaborao de propostas a partirde um projeto conceitual ou bsico;

    Estrutura organizacional que permita gerenciar empreendimentos de grandeporte;

    Capacidade de alavancar um grande volume de recursos financeiros; Capacitao gerencial para liderar uma grande rede de subfornecedores e

    parceiros.

    Dentro desse enfoque, pode-se considerar que h competitividade localna rea dos Main-Contractors, havendo inclusive empresas nacionais comdestacada atuao no exterior. Evidentemente, essa competitividade aumentana medida em que se conta com sub-fornecedores e parceiros competitivos, oque evidencia a importncia do Main Contractor na obteno dacompetitividade de forma sistmica.

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    6. Competitividade da Indstria Nacional Supridora do SetorPetrleo

    Apresenta-se, a seguir, os resultados relativos anlise sumria dacompetitividade da indstria nacional, tomando por base os principais materiaise equipamentos utilizados no setor petrleo contemplando seus principaissegmentos produtivos.

    Inicialmente, para obter-se uma viso geral sobre a indstria nacionalsupridora do setor Petrleo so mostrados, a seguir, indicadores para os seusprincipais segmentos, base 1997, comparados aos de 1996:

    Segmento de indstrias de fabricao de tubos: 1997 1996

    Faturamento (US$ bilhes): 0,755 0,566Exportaes (US$ bilhes): 0,160 0,200Importaes de matria prima: desprezvelNmero de empregados (ms de dezembro): 5.975 N.D.Faturamento por empregado ( US$ mil): 126 N.D.Investimento mdio em P & D ( % sobre faturamento): 9,3 8,7Investimento mdio em treinamento ( % sobre faturamento): 0,11 0,10ndice de escolaridade ( 2 grau e superior completo) (%): 31,4 N.D.Faturamento sobre o PIB(%): 0,09 0,07Adoo de sistemas da qualidade(%) ISO/ API: 75 /100 75 /100Utilizao da Capacidade instalada (%): 74 52Participao do segmento em relao ao setor petrleo( faturamento: para o setor petrleo x segmento) (%): 46 34N.D. No DisponvelFonte: ABITAM

    Segmento de infra-estrutura e indstrias de base:1997 1996

    Faturamento (US$ bilhes): 6,91 4,77Exportaes (US$ bilhes): 0,55 0,65Importaes (US$ bilhes): 0,40 0,23Nmero de empregados (ms de dezembro): 49.035 41.333Faturamento por empregado ( US$ mil): 141 116Investimento mdio em P & D ( % sobre faturamento) 5,57 2,78Investimento mdio em treinamento ( % sobre faturamento) N.D. N.D.ndice de escolaridade ( 2 grau e superior completo) (%) 7,22 6,84Faturamento sobre o PIB(%): 0,86 0,62Adoo de sistemas da qualidade(%): 80 65Utilizao da Capacidade instalada (%): 56 55( Faturamento: para rea petrleo x segmento) (%) (*) : 14 13(*) rea petrleo = setores petrleo / petroqumico / qumicoN.D. No DisponvelFonte: ABDIB

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    Segmento de indstrias de bens de capital mecnicos: 1997 1996Faturamento (US$ bilhes): 16,07 16,24Exportaes (US$ bilhes): 3,90 3,54Importaes (US$ bilhes): 8,99 6,75Nmero de empregados (ms de dezembro): 178.340 183.900Faturamento por empregado ( US$ mil): 89 85Investimento mdio em P & D ( % sobre faturamento): 3,5 3,5Investimento mdio em treinamento ( % sobre faturamento): 1,5 1,5ndice de escolaridade ( 2 grau e superior completo) (%): 45 45Faturamento sobre o PIB(%): 2,00 2,10Adoo de sistemas da qualidade(%): 12 N.D.Utilizao da Capacidade instalada (%): 69 65Participao do segmento em relao ao setor petrleo( Faturamento: para o setor petrleo x segmento) (%): N.D. N.D.N.D. No DisponvelFonte: ABIMAQ / SINDIMAQ

    Segmento de indstrias de bens eltricos e eletrnicos: 1997 1996Faturamento (US$ bilhes): 35,40 35,10Exportaes (US$ bilhes): 3,10 2,86Importaes (US$ bilhes): 12,25 10,26Nmero de empregados: 153.000 163.500Faturamento por empregado ( US$ mil): 231 215Investimento mdio em P & D ( % sobre faturamento): N.D. N.D.Investimento mdio em treinamento ( % sobre faturamento): N.D. N.D.ndice de escolaridade ( 2 grau e superior completo) (%): N.D. N.D.Faturamento sobre o PIB(%): 4,60 4,70Adoo de sistemas da qualidade(%): N.D. N.D.Utilizao da Capacidade instalada (%): N.D. N.D.Participao do segmento em relao ao setor petrleo( Faturamento: para o setor petrleo x segmento) (%): N.D. N.D.N.D. No DisponvelFonte: ABINEE

    6.1 Competitividade dos Principais Materiais e Equipamentos do SetorPetrleo

    SismgrafosAs empresas nacionais no possuem condies de atendimento.Principal fornecedor estrangeiro: Sercel

    Explosivos SismogrficosAs empresas nacionais possuem condies de atendimento.Principais fornecedores nacionais: Orica ( ex Explo Brasil Ltda), ExplosivosMagnum Ltda, Avibras e Britanit. O ndice de certificao ISO 9000, para asempresas mencionadas de 75 %.

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    Computadores de Grande Capacidade para Processamento de DadosSsmicos

    As empresas nacionais no possuem condies de atendimento.Principais fornecedores estrangeiros: Sun, IBM, Silicon Graphycs e Digital.

    Espectrmetros de massaAs empresas nacionais no possuem condies de atendimento.Principais fornecedores estrangeiros: Micromass, Finnigan e Hewlet Packard.

    Materiais de Completao para Poo SubmarinoAs empresas nacionais possuem condies de atendimento.Principais fornecedores nacionais: Cooper Cameron do Brasil Ltda, CBVIndustria Mecnica S A / FMC, Asea Brown Boveri Ltda, Confab Industrial S A,Fem Projetos, Construes e Montagem S A, Jaragu EquipamentosIndustriais Ltda, Mecnica Pesada S A, Nuclebras Equipamentos Pesados S A,Usiminas Mecnica S A, Kvaerner Pulping Ltda, Tecnologia AvanadaGarantida S A .O ndice de certificao ISO 9000, para as empresas mencionadas de 91%. Principais fornecedores estrangeiros: ABB Vetco Gray Incorporated, DrillQuip Inc. e Cameron

    Linhas Flexveis, Risers e Linhas de Controle para Poo SubmarinoAs empresas nacionais possuem condies de atendimento, com exceo paraRisers Rgidos (sem fornecedores nacionais); Risers flexveis, apesar do baixonmero de fornecedores nacionais, podemos consider-los de formacompetitiva, tendo em vista que o mesmo acontece em relao ao mercadointernacional. Principais fornecedores nacionais: Asea Brown Bovery Ltda, Atri Nylox doBrasil Industria e Comrcio Ltda, CBV Industria Mecnica S A / FMC, CoflexipS A, Evi do Brasil Industria e Comrcio Ltda, Flexibras Tubos Flexveis Ltda,MFX do Brasil Equipamentos de Petrleo Ltda, Oceaneering Diviso Multiflex,Pirelli Cabos S A Umbilical, Surco Tecnologia Industrial Ltda e TranscontrolCom. Ind. Produtos Eletrnicos Ltda.O ndice de certificao ISO 9000, para as empresas mencionadas de 36%.Principais fornecedores estrangeiros: ABB Vetco Gray Incorporated, BiwConnector Systems Inc, Wellstream, Inc., Cameron, Shaffer e Furukawa.

    Tubos de RevestimentoAs empresas nacionais possuem condies de atendimento.Principais fornecedores nacionais: Confab Tubos S A, Empresa Brasileira deSolda Eltrica S A - Ebse e Mannesmann S A ;O ndice de certificao (ISO 9000 e API), para as empresas mencionadas de100 %.Principais fornecedores estrangeiros: Baoji Petroleum Steel Pipe & TubeWorks, Benteler AG Dinslaken, Ca Conduven, Corinth Pipeworks, GrantPrideco, Hydril , Lone Star Stell, NKK Keihin Works, Sumitomo, Tubhier, TubosReunidos Fabrica de Amurrio, Voest Keihin Works.

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    Turbinas a Gs, Turbo-geradores e Turbo-compressores As empresas nacionais no possuem condies de atendimento.Principais fornecedores estrangeiros: Solar Turbines Incorporated, NuovoPignone S P A, Dresser Rand Turbo Products Divison, European Gas TurbineLTD / UK, European Gas Turbine / France, GHH Borsig TurbomaschinenGMBH / Compressor, Platt Whitney, Thomassen International BV e WaukeshaEngine Divison / USA .

    Turbinas a VaporAs empresas nacionais no possuem condies de atendimento para turbinasrelativas a servios especiais (API 612) e para determinados servios gerais(API 611). Para os demais servios, o mercado nacional possui condies deatendimento.Principais fornecedores nacionais: Asea Brown Boveri Ltda (Diviso Turbinas),Engeturb Turbinas a Vapor Ltda, NG Metalrgica Ltda, AKZ Turbinas S A eTurbimaq Turbinas e Mquinas Ltda. O ndice de certificao ISO 9000, para as empresas mencionadas de 40%.Principais fornecedores estrangeiros: Coppus, Elliott, Hirozoki, KKK, Terry,Turbodyner Dresser, Westinghouse, Fuji, GE-Alsthom Rateau, Kawasaki,Mitsubishi, Siemens, Demag Delaval Turbomachinery, GHH BorsigTurbomaschinen GMBH.

    Vasos de PressoAs empresas nacionais possuem condies de atendimento.Principais fornecedores nacionais: Ansalvo Coemsa S A ,CBC IndustriaPesadas S A ,CEC Equipamentos Martimos e Industriais S A , Cobrasma S AIndustria e Comrcio, Confab Industrial S A , Industria Verolme-Ishibras S A ,Jaragu S A Industrias Mecnicas, Kvaerner Pulping Ltda, Nordon S A ,Nordeq Equipamentos Industriais do Nordeste S A e Nuclebras EquipamentosPesados S A .O ndice de certificao ISO 9000, para as empresas mencionadas de 55%.Principais fornecedores estrangeiros: KCC, Kvaerner Process Systems AS, C.E. Natco, Black Sival & Bryson Engineering Co, Smith Industry Inc, AlsthonAtlantique, Kobe Stell Limited, Hitachi Zozen Corp (Marubeni), Babcock,Hudson, Hyundai, Japan Stell Works e ATB.

    Torres e ReatoresAs empresas nacionais possuem condies de atendimento.Principais fornecedores nacionais: Asvotec Termoindustrial Ltda, CBCIndustrias Pesadas S A , Confab Industrial S A, Gumaco Indstria e ComrcioLtda, Incase Indstria Mecnica de Equipamentos Ltda, Jaragu S A IndstriasMecnicas, Usiminas Mecnica S A e Indstria Mecnica Pesada S A .O ndice de certificao ISO 9000, para as empresas mencionadas de 100%.Principais fornecedores estrangeiros: Allen Tank Inc, Japan Stell Works, IHI,ATB, Mitssbishi e Kobe Stell.

    CompressoresAs empresas nacionais no possuem condies de atendimento para oscompressores de deslocamento positivo / alternativo (API 618), deslocamento

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    positivo / rotativo (API 619), Dinmicos / Axiais (API 617), Dinmicos /Centrfugos para servio severo de gs (API 617) e dinmicos / centrfugoscom engrenagens internas para servios de ar ou gs (API 672). Os demais,possuem condies de atendimento por empresas nacionais.Principais fornecedores nacionais: Atlas Copco Brasil Ltda, MannesmannDemag Ltda, Neuman & Esser Amrica do Sul Ltda, Sulzer do Brasil S A .,Bardella S A Indstrias Mecnicas, Belca Comercial Importadora eExportadora Ltda, CAB Compressores Indstria e Comrcio Ltda, MannesmannDemag Ltda.O ndice de certificao ISO 9000, para as empresas mencionadas de 62%.Principais fornecedores estrangeiros: AC Compressor Corporation, BurtonCorblin, Demag Delaval Turbomachinery Corporation, Dresser Rand TurboProducts Divison, GHH Borsig Turbomaschinen GMBH / Compressor, IngersollRand Company Centrifugal Compressor, Ingersoll Rand Company SmallCompressor Divison, Mannesmann Demag Verdichter, Neuman & EsserGMBH & Co. KG.,Nuovo Pignone, Schmidt, Kranz & Co. GMBH MarcaMaximator, Solar Turbines Incorporated, Thomassen International BV, Alsthon-Rateau, Mitsubishi, Elliott e Joy-Cooper.

    FornosAs empresas nacionais possuem condies de atendimento.Principais fornecedores nacionais: CBC Indstrias Pesadas S A , ConfabIndustrial S A , Jaragu S A Indstrias Mecnicas e Cobrasma S A .O ndice de certificao ISO 9000, para as empresas mencionadas de 100%.Principais fornecedores estrangeiros (em geral, o fornecimento est associadoa adoo, por parte do cliente, de determinada tecnologia de processo):Lummus, KTI, John Zink Company e Babcock Wilcox .

    Estaes de Medio de ProdutosAs empresas nacionais possuem condies de atendimento.Principais fornecedores nacionais: Conaut Controles Automticos Ltda, DigimatInstrumentos de Medio Ltda, Dresser Industria e Comrcio Ltda - DivisoMasoneilan, F. Master Sistemas de Medio Ltda, Gascat Indstria eComrcio Ltda, Incase Indstria Mecnica de Equipamentos Ltda, JaraguEquipamentos Industriais, Magnetrol Aselco Instrumentao Industrial Ltda,Metroval Mecnica e Medio Ltda, Sense Eletrnica Ltda, Sfay Equipamentos Industriais Ltda, Smar Equipamentos Industriais Ltda,Transcontrol e Comrcio e Indstria Produtos Eletrnicos Ltda.O ndice de certificao ISO 9000, para as empresas mencionadas de 71%.Principais fornecedores estrangeiros: Bailey Controls Company, DanfossAutomatic Controls Division A/S, Daniel Measurement and Control, Inc, En Fab,Inc, Endress + Hauser GMBH + Co (Maulburg), Fisher Rosemount Petroleum,Fisher Controls International Inc. / Iowa, Halliburton Energy Services Duncan,Halliburton Energy Services / Carrollton, Jiskoot Autocontrol Ltd, KrohneMesstechnik GMBH & Co.Kg, Norriseal Controls, Peek Measurement, PetrolStrumentazioni SRL, Pietro Fiorentini SPA, n, Seojin Instruments Technology,Spirax Sarco Limited, The Foxboro Company, Westlock Controls Limited,Yokogawa Eletric Corporation e Yokogawa Flowtech Co.Ltd.

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    Sistemas Supervisrios de Estaes e TerminaisAs empresas nacionais possuem condies de atendimento. Em geral, osservios de montagem so integrados ao fornecimento do sistema.Principais fornecedores nacionais: Asea Brown Boveri Ltda Produtos eSistemas, Inepar S A Indstria e Construes, MPE Painis e Controles Ltda,Orteng Equipamentos e Sistemas Ltda, Siemens Ltda, Rockwell Automation doBrasil Ltda, Saft Nife Sistemas Eltricos Ltda, Schneider Eletric Brasil S A,Alpha Equipamentos Eltricos Ltda, Allen Bradley do Brasil Ltda e YokogawaAmrica do Sul.O ndice de certificao ISO 9000, para as empresas mencionadas de 91%.Principais fornecedores estrangeiros: Nuovo Pignone, Yokogawa EletricCorporation e Petrotech Inc.

    Tubos MetlicosAs empresas nacionais possuem condies de atendimento.Principais fornecedores nacionais: Brastubo Construes Metlicas S A ,Confab Tubos S A, Empresa Brasileira de Solda Eltrica S A - EBSE,Mannesmann S A, Mannnesmann Tubos de Preciso Ltda, Fem Projetos,Construes e Montagens S A , Jaragu Equipamentos Industriais Ltda,Mecnica Pesada S A e Usiminas Mecnica.O ndice de certificao ISO 9000, para as empresas mencionadas de 89%para API de 100%.Principais fornecedores estrangeiros: Acindar Industria Argentina de Aceros SA , Baoji Petroleum Stell Pipe & Tuibe Works, Benteler AG Dinslaken, BentelerAG Paderborn, Ca Conduven, Corinth Pipeworks S A , Dalmine Tubi IndustrialliSRL, DMV Estinless France, Fabricacion de Aleaciones Especiales S A,General Sider Italiana S P A, H. Butting GMBH & Co. KG, Lone Star StellCompany, NKK Furuyama Works, NKK Keihin Works, Pietra S P A , PlymoythTube Co, Procarsa, S A de C V, Saw Pipe USA, Inc, Schoeller-BleckmannGesellschaft M B H, Silcotub S A Zalau, Sumitomo Kashima Stell Works,Sumitomo Wakayama Stell Works, The General Huludao Stell Tube Plant,Tubacero S A , Tubacex Tubos Inoxidables S A , Tubhier S A , Tubos delCaribe S A Tubocaribe, Voest Alpine Stahlrohr Kindberg.

    Tubos de Troca TrmicaAs empresas nacionais possuem condies de atendimento.Principais fornecedores nacionais: CBC Indstrias Pesadas S A , Gea do BrasilIntercambiadores Ltda, Jaragu Equipamentos Industriais Ltda, Mannesmann SA , Mannesmann Tubos de Preciso Ltda e Selmec Equipamentos paraProcesso Ltda.O ndice de certificao ISO 9000, para as empresas mencionadas de 83%.Principais fornecedores estrangeiros: Avesta Sandvik AB, Benteler AGDinslaken, Benteler AG Paderborn, Dalmine Tubi Industrialli SRL, Fabricacionde Aleaciones Especiales S A , Plymouth Tube Co, Schoeller-BleckmannGesellschaft M B H e Tubacex Tubos Inixidables S A .

    Outros materiais e equipamentos tambm importantes para a indstria dopetrleo, so considerados pela Petrobras, como de baixo grau de

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    concorrncia, isto , apresentam um nmero insuficiente de fornecedores. Alista completa pode ser consultada no Sistema BBS da Petrobras.So listados abaixo alguns desses itens: caldeiras eltricas, caldeirasflamotubulares, caldeiras recuperadoras de calor, pontes rolantes de grandeporte para rea classificada, sondas de perfurao de petrleo, tanques dearmazenamento (ao carbono API 12F e inoxidvel API 620), tubos deconduo (algumas classes ASTM, AWWA e DIN), tubos flexveis, tubos derevestimento , tubos de troca trmica (alguns tipos), conectores eltricos paraBCS e vlvulas e instrumentos de determinadas especificaes.

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    7. Competitividade das Empresas Nacionais Prestadoras deServios ao Setor Petrleo

    Apresenta-se agora, os resultados relativos anlise sumria dacompetitividade das empresas nacionais, tomando por base os principaisservios, utilizados no setor petrleo, contemplando seus principais segmentosprodutivos, conforme j discorrido em fases anteriores do presente trabalho.

    Inicialmente gostaramos de apresentar informaes mais gerais sobrea engenharia nacional obtidas junto a Associao Brasileira de EngenhariaIndustrial ABEMI.

    O perfil das empresas do setor de engenharia industrial mostra umaevoluo da reduo de empresas desde os anos 1986/88. O ano de 1997fechou com 73 mil empregados, refletindo uma queda de 14 % em relao aoano de 1996. A caracterstica da engenharia industrial a utilizao intensivade mo de obra especializada e representa, em mdia, 65% do valor doscontratos de construo e at 80% dos projetos e consultoria.

    A receita operacional bruta em 1996 (dados de balanos publicados) foide US$ 5,39 bilhes, montante 22% maior do que os US$ 4,41 bilhesregistrados em 1995 mas apenas 35% dos US$ 15,32 bilhes do pico dasreceitas do setor, ocorrido em 1988.

    Devido ao elevado contedo de mo de obra qualificada na prestao deservios de engenharia, esta extremamente sensvel ao custo total da folhasalarial. Os salrios pagos a mo de obra qualificada no Brasil so, em geral,inferiores aos praticados no exterior, mas devido a elevada carga de tributos eencargos diretos e indiretos incidentes sobre a folha de salrios anulada essavantagem competitiva.

    Para concorrer com o mercado externo, a engenharia brasileiranecessita de linhas de financiamento, tanto ao usurio final, como suaatividade de prospeco comercial e de mercados. Essas linhas praticamentedeixaram de existir e o Pas, que j teve participao destacada na exportaode servios de engenharia, vem a cada ano perdendo posies anteriormenteconquistadas.

    A engenharia geradora de empregos e indutora para a venda de outrosbens e servios, exportao de pacotes incluindo matrias primas, bens eequipamentos.

    importante mencionar que cerca de 25% das empresas, associadas aABEMI, tem experincia em projetos, construo, implementao deplataformas martimas de explorao, perfurao e completao de poos depetrleo e gs, geofsica, sistemas antecipados de produo, gasodutos eoleodutos.Tratam-se de empresas que buscaram e assimilaram as melhores

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    tecnologias disponveis, adaptando-se s caractersticas e necessidades dosempreendimentos.

    Por outro lado, deve ser observado que, diferentemente das empresasindustriais, as empresas prestadoras de servios ao setor Petrleo apresentambaixo ndice de certificao ISO-9000. Estima-se que apenas 20% dasempresas detm esse certificado geralmente aquelas voltadas aos serviosde montagem industrial.

    7.1 Competitividade dos Principais Servios para o Setor Petrleo

    Explorao

    Levantamento e Processamento GeofsicoPara Levantamentos Geofsicos terrestres existem empresas competitivas

    sediadas no Brasil. Para levantamentos martimos cerca de 10% dos custosda explorao - no h equipamentos disponveis, sendo contratados noexterior, atravs de licitaes internacionais.

    O Processamento Geofsico est concentrado, na maior parte, na Petrobras,sendo complementado pelas empresas atuantes no Pas. Havendo umaumento de atividades, principalmente em ssmica 3D, haver necessidade dese recorrer ao mercado exterior. Entretanto, vale observar que j existeminiciativas no sentido de constituir equipes ssmicas nacionais, incluindo aaquisio de barcos especializados e de equipamentos no exterior.

    Empresas atuantes no Brasil:CGGGrantSermar/ Western GeophysicalPGS

    Perfilagem de PoosAs empresas so competitivas. O servio executado na sua totalidade por

    empresas estrangeiras sediadas h longo tempo no Pas. So empresas degrande porte, no havendo problemas para atendimento a um futuro aumentosubstantivo de demanda. o modelo adotado internacionalmente, pois estasoperaes requerem elevada tecnologia e altos investimentos em pesquisa edesenvolvimento de ferramentas.

    Empresas atuantes no Brasil:SchlumbergerHalliburtonWestern

    Assistncia Tcnica de Avaliao de Formaes As empresas so competitivas e uma operao complementar e, muitasvezes, simultnea s operaes de Avaliao de Formaes. So realizadaspor empresas estrangeiras sediadas no pas. Quando a operao feita acabo (alternativa) outras empresas esto habilitadas . As empresas citadasatendem, com folga, demanda do mercado.

    Empresas atuantes no Brasil:

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    DowellHalliburtonBJ ServiceSchlumbergerOtisFlopetrolOBS.: As 3 ltimas empresas operam a cabo

    Perfurao, Completao e Produo

    Afretamento/Operao de Embarcaes Especiais Tipo RSV, DSV eOperao de ROV

    As empresas so competitivas e normalmente estes servios soexecutados por empresas brasileiras associadas com empresas estrangeirasas quais so as proprietrias dos equipamentos. No se visualizam vantagensna mudana deste relacionamento, j que os equipamentos, principalmente osVeculos de Controle Remoto, esto em contnua e rpida evoluo tcnica. Os equipamentos ou embarcaes so, geralmente, de posicionamentodinmico e de nmero bastante limitado no mercado internacional. Portanto, asprovidncias para a contratao deste servio deve ser feito com bastanteantecedncia, pois as especificaes tcnicas variam de operador paraoperador.

    Empresas atuantes no Brasil:ConsubMarsatSigmaStolt-ComexSubsea International

    Afretamento/Operao de Embarcaes para Apoio Martimo e deAeronaves

    De uma maneira geral as embarcaes de apoio martimo podem serclassificadas em quatro classes: Embarcaes para Manuseio de Amarras e ncoras de Plataformas; Embarcaes de Suprimento a Plataformas; Embarcaes de Transporte de Pessoal; Embarcaes para Apoio a Troca de Navios em Monobias e Quadro de

    Bias.As embarcaes para Manuseio de Amarras e ncoras, principalmente para

    grandes lminas dgua, e de Transporte de Pessoal so geralmentecontratadas, direta ou indiretamente, com empresas estrangeiras. As deSuprimento e Apoio a Navios so operadas por empresas brasileiras e/ouestrangeiras sediadas no pas. As empresas so bastante competitivas nasreas de Suprimento de Plataformas e de embarcaes de apoio e nocompetitivas nas reas de manuseio de amarras e ncoras para grandesprofundidades e para embarcaes de transporte de pessoal.

    Empresas atuantes no Brasil:MaerskNorsulAstroMaritima

  • 32

    Marimar IndustrialDelbaJava Boat

    Quanto s operaes com aeronaves, geralmente helicpteros para apoio soperaes offshore ou na selva, so feitas por companhias instaladas no Pasassociadas com companhias estrangeiras as quais so as proprietrias dosequipamentos ( leasing operacional ). As empresas so competitivas, devendo-se, no entanto, tomar providncias com muita antecedncia, devido sparticularidades geralmente impostas nas especificaes tcnicas que variamde operador para operador.

    Empresas atuantes no Brasil:LiderAerleoAerre Air

    Perfurao de Poos de Petrleo com Fornecimento de Equipamentos(Sondas ) Martimas/ Terrestres

    realizada com equipamentos contratados com empresas estrangeirassediadas ou no no Pas, com empresas brasileiras( equipamentos prprios oualugados de terceiros ) ou pela prpria Petrobras.

    Nas atividades offshore a Petrobras utiliza, atualmente, 26 equipamentos deperfurao( 6 Navios Sonda, 5 Plataformas Auto - Elevatria e 15 Semi-Submersvel ), sendo que 7 deles esto mobilizados para a completao depoos e 6 docados. um mercado pouco competitivo, e qualquer aumento deatividade de perfurao offshore estar condicionado a vinda de equipamentosdo exterior.

    Empresas atuantes no Brasil:Queiroz GalvoSchainTransoceanNoble do BrasilSedcoFalconDiamondPride InternationalLousianaPetrobrs

    Quanto a perfurao de poos terrestres existem 13 sondas em operao,sendo 2 moduladas( helitransportveis ). Houve um incremento substancial detrabalho, existindo somente duas sondas desativadas. , portanto, tambm, ummercado pouco competitivo, e um aumento de atividade exigir sondas doexterior.

    Empresas atuantes no Brasil:Queiroz GalvoUNAPSotepPerbrsPetrobras

  • 33

    Perfilagem e Cimentao de PoosNa perfurao e completao de poos a perfilagem mais usual para

    verificao da cimentao de revestimento, isolamento das formaes e paraassentamento de tampes e executada pelas mesmas empresas que socompetitivas e fazem perfilagem a poo aberto para a explorao.

    Empresas atuantes no Brasil:SchlumbergerHalliburton

    A Cimentao de Poos, semelhana da perfilagem, executada porempresas estrangeiras sediadas no pais e h longo tempo instaladas no Pas. o modelo adotado em quase todos os pases, devido contnua evoluotcnica e aos altos investimentos necessrios. As empresas so competitivas esuficientes para a absoro do aumento da demanda.

    Empresas atuantes no Brasil:DowellBJ ServicesHalliburton

    Testes de FormaoSo realizados por empresas sediadas no Pas. A Petrobras possui tambm

    uma equipe que atua somente nos campos de Sergipe/Alagoas. Como naperfilagem e cimentao de poos, h contnua evoluo tcnica dosequipamentos, o que justifica a concentrao em poucas empresas que, noentanto so competitivas e suficientes para atender ao atual mercado etambm a um aumento de demanda.

    Empresas atuantes no Brasil:DowellBJ ServicesHalliburton

    Operao com Equipamentos para Lanamento de Linhas Flexveis eRgidas

    realizada com barcos de posicionamento dinmico, especialmenteadaptados ou construdos para estas finalidades. As empresas so poucocompetitivas, existindo no Pas somente as indispensveis ao atendimento dademanda da Petrobrs. Como o lanamento de linhas rgidas espordico, aembarcao contratada para campanhas, previamente estudadas, nohavendo reteno do equipamento no Pas.

    Empresas atuantes no Brasil:Coflexip Stena OffshoreConsubSigmaStolt- Comex

    Afretamento/Operao de Embarcaes tipo FPSO, FSO e Semi-Submersveis de Produo

    Com o desenvolvimento ou testes de campos isolados, distantes de dutospara escoamento da produo, ou ento na produo de campos em guasprofundas, como acontece na Bacia de Campos, a utilizao de navios para

  • 34

    processamento e estocagem (FPSO), ou simplesmente para estocagem (FSO)vem crescendo substancialmente.

    Os FPSO existentes no Pas so afretados a empresas estrangeiras oupertencem Petrobras. Os FSO existentes so operados pela prpriaPetrobras.

    Geralmente esses navios so convertidos ou construdos visando a umprojeto especfico. Portanto, praticamente no existem disponveis no mercado.

    Quanto as Semi-Submersveis de Produo, todas so operadas pelaPetrobras. Este quadro tende a ser modificado com as parcerias que estosendo estabelecidas.

    A maior parte dos FPSO, FSO, Semis de Produo e Unidades dePerfurao construda no exterior, devido a baixa competitividade dosestaleiros nacionais. O afretamento de Semis para a produo s adotado,eventualmente, pela Petrobras, quando o projeto tem durao inferior a cincoanos. A disponibilidade de equipamento depende do projeto. Para guasprofundas praticamente no existem unidades para serem convertidas.

    Empresas atuantes no Brasil:Imodco/SBMReading and BatesPetrobras

    Refino e Transporte

    De um modo geral os principais servios empregados no Refino eTransporte esto ligados rea da Engenharia Industrial. As empresas sobastante competitivas e h tambm uma grande concorrncia entre elas comopode ser visto pelo grande nmero de empresas que atuam no setor.

    Apresentamos, a seguir, a relao das principais empresas prestadoras deservios especializados, para as atividades de Refino e Transporte.

    Construo e Montagem de DutosTechint, Coest, EIT, Noronha, Braslia Guaba, Ultratec, Sade Vigesa,

    Damolakis, Camargo Correia, Tenenge, Etesco, Emsa, Andrade Gutierrez,Azevedo Travassos, Carioca C. Nielsen, Conduto, Setal.

    Montagem IndustrialTenenge, Ultratec, Montreal, Sade, Tecnomont, OAS, Odebrecht, MPE,

    Queiroz Galvo, Coest, Tratex, Constran, Camargo Correa, Cemsa, Conduto,Sertep, Mendes Jr, Iesa, Sade Vigesa, Paranasa, Fugimaq, Engin, Inepar,Cegelec, Soldatec, CBI Lix, Fem, Confab.

    Manuteno IndustrialCeman, Dedini Service, BBL, Engefaz, Farris Teledyne, MPE, BS&B do

    Brasil, Engin, Inepar, Cegelec, Renomax, CBC.

  • 35

    8. A Construo Naval

    Como resultado dos planos de construo naval no Pas, odesenvolvimento dos estaleiros chegou ao pice da produo em 1979,entregando embarcaes em um total de 1.400.000 TPB e agregando otrabalho direto de 40.000 trabalhadores. Em 1997 os estaleiros nacionaisentregaram apenas cerca de 150.000 TPB (90% de reduo em relao a1979) e empregando 3.000 trabalhadores, evidenciando a crise que vive osegmento (Figura 9).

    Fonte: Sinaval

    Figura 9 Construo Naval no Brasil

    Ao longo dos anos o efeito negativo dos diversos planos econmicos naproduo de bens de longo prazo de maturao, combinado com insuficinciasna infra-estrutura (guindastes, docas e diques) e dificuldades gerenciais,provocaram descontinuidades nas encomendas e comprometeram aintegridade econmico- financeira dos contratos e das empresas.

    A exportao de navios, que nos ltimos anos tem se constitudo emuma importante alternativa de mercado, prejudicada pela impossibilidade dosestaleiros nacionais de obterem a necessria garantia para a liberao depagamentos.

    O setor encontra-se em processo de restruturao, caso a caso, massua recuperao operacional primordialmente funo de encomendas quealavancaro recursos e condies de soluo dos problemas financeiros.

    Brasil - Construo Naval

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    40

    45

    61 64 67 70 73 76 79 82 85 88 91 94 97

    Ano

    Em

    pre

    go (

    mil)

    0

    0,2

    0,4

    0,6

    0,8

    1

    1,2

    1,4

    1,6

    TPB

    anual (m

    ilhes)

    Emprego TPB

  • 36

    Vale observar o efeito de arraste que a atividade tem sobre os demaissegmentos de bens e servios, localizados no pas do estaleiro. O produto finaldo estaleiro, o navio, agrega no apenas mo de obra, mas uma gamabastante diversificada de insumos, equipamentos, componentes, acessrios eservios. Muitos produtos e servios locais, no competitivos por falta deescala ou pelo custo de comercializao, so viabilizados para a vendaintegrados ao navio, podendo inclusive ser exportados.

    Devem ser destacadas as boas perspectivas do mercado, comcrescente circulao de produtos via martima entre as naes, com reposioda frota mercante envelhecida, com a renovao exigida pelos requisitos cadavez mais severos de segurana, comunicao, conforto e proteo ambiental ecom novos nichos de mercado como embarcaes especiais, sistemas paraexplorao e produo de petrleo no mar.

    Reparo Navais

    H um longo hiato na atividade de reparo navais a nvel industrial,desde o perodo da empresa Costeira at a implantao da empresa Renave,que congregou a participao da iniciativa privada CCN - Ishibras com ogoverno, atravs das estatais Lloyd Brasileiro, Petrobras e Docenave.

    A atividade de reparos navais foi estimulada com a reativao das obrasdo navio Henrique Laje e a incorporao do dique flutuante Almte. Alexandrinoao empreendimento. Outros investimentos (reparos navais) foram tambmestimulados, aumentando a oferta do setor com mais um dique, o Almte.Guilhem (capacidade Panamax).

    Deve-se destacar o mercado crescente de servios para a rea deoffshore e a recente disponibilidade de linhas de financiamento do BNDES paraconverses, upgrades e reparos significativos, com rpida definio eaprovao dos pedidos e com condies atraentes para o armador. APetrobras, recentemente, anunciou seu interesse em encomendar reparos emvrias embarcaes junto aos estaleiros nacionais.

    Estaleiros Nacionais de Construo e Reparao Naval:IVI-CajIVI-AngraItajaEisa-IlhaPromarNiteriInaceCanecoCCN-MauRenave/EnaviEbrasa

  • 37

    9. Aspectos Tributrios

    Para a avaliao sumria, sob o prisma tributrio, da competitividade doparque supridor nacional de bens e servios para o setor Petrleo, foramconsiderados os dados apresentados a seguir.

    9.1 Carga Tributria Incidente sobre Bens Produzidos no Brasil

    Incidem sobre os bens produzidos no Brasil destinados a suprir o setorpetrolfero os seguintes tributos:

    a) Imposto sobre Produtos Industrializados (doravante designado IPI),arrecadado pela Unio Federal, que tem por base de clculo o valorda operao de que decorre da sada (venda) da mercadoria. Omontante pago a ttulo de IPI integra a base de clculo do ICMS. Asalquotas variam de acordo com o produto, indo, na amostragem oraefetuada (ver Tabelas 3 a 6) da alquota zero (turbina gs) a 15%(computadores).

    b) Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios (doravantedesignado ICMS), arrecadado pelos Estados, que tem por base declculo o valor de venda da mercadora. No clculo do ICMS foiconsiderado o Convnio ICMS n 52/91, que gerou, para os bens porele contemplados, reduo de alquota (dos 18%, em mdia,normais, para 7%). Como, todavia, nem todos os Estados aderiramao mencionado convnio, mantendo-se, nesse caso, as alquotasnormais de 18%, foram feitas duas tabelas: a Tabela 3, aplicvel aosEstados que aderiram ao convnio; a Tabela 4, aplicvel aos Estadosque no aderiram ao convnio.

    c) Contribuio para Financiamento da Seguridade Social (doravantedesignada COFINS) e Contribuio para o Programa de IntegraoSocial (doravante designada PIS), arrecadadas pela Unio Federal eincidentes (os dois, somados, alquota de 2,65%) sobre ofaturamento decorrente da venda de mercadorias.

    Foram examinadas as cargas tributrias incidentes sobre o fornecimentodos seguintes bens envolvidos na atividade petrolfera, considerados, paraefeito de amostragem, os principais:

    i) Para a explorao: sismgrafos, explosivos sismogrficos,computadores e espectmetros de massa;

    ii) Para a perfurao e completao: rvore de natal molhada, risers etubos de revestimento;

    iii) Para a produo: linhas flexveis, turbinas a gs, turbo-geradores,turbo-compressores e vasos de presso;

  • 38

    iv) Para o refino e transporte: turbinas a vapor, compressores, fornos,torres e reatores, estaes de medio de produtos, sistemas supervisrios decontrole de estaes e tubos de conduo de troca trmica.

    Os resultados indicaram uma carga tributria da ordem de 30% -35%sobre o valor da operao de venda do bem (ver Tabelas 3 e 4).

    9.2 Carga Tributria Incidente sobre Bens Importados

    No incidir, na operao em que houver importao de bensproduzidos em outro pas, nenhum tributo devido ao pas de origem, uma vezque as legislaes tributrias de todos os pases, normalmente, desoneram detributos as exportaes por ele efetuadas.

    Incidiro, todavia, no Brasil, os seguintes tributos sobre a importao:

    a) Imposto de Importao (doravante designado II), arrecadado pelaUnio Federal, que tem por base de clculo o valor do bemimportado. A quantia paga a ttulo de II integra a base de clculotanto do IPI quanto do ICMS. As alquotas variam de acordo com oproduto, indo, na amostra ora produzida, de 3% (espectmetros) a32% (computadores).

    b) IPI, nos moldes descritos no item 6.1.a.

    c) ICMS, nos moldes descritos no item 6.1.b.

    Foram examinadas as cargas tributrias incidentes sobre ofornecimento dos bens elencados no item 6.1, de i a iv.

    Os resultados indicaram uma carga tributria da ordem de 50% -55%sobre o valor da dos bens importados (ver Tabelas 5 e 6).

    9.3 Carga Tributria Incidente sobre Servios Prestados no Brasil

    Incidem sobre os servios prestados no Brasil destinados asuprir o setor petrolfero os seguintes tributos:

    a) Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza (doravante designadoISS), arrecadado pelos Municpios, que tem por base de clculo opreo do servio. Foram considerados, na amostragem realizada, osservios de: construo civil, obras hidrulicas e outras obrassemelhantes (item 32 da lista anexa ao Decreto-Lei n 406/68);pesquisa, perfurao, cimentao, perfilagem, estimulao e outrosservios relacionados com a explorao de petrleo e gs natural(item 35 da lista anexa ao Decreto-Lei n 406/68). Os Municpiosobjeto do presente estudo foram os de: Aracaj, Campos, Maca,

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    Natal, Rio de Janeiro, Salvador, Santos e So Paulo. As alquotasvariaram de 2% a 5%.

    b) COFINS e PIS, incidentes (os dois, somados, alquota de 2,65%)sobre o faturamento decorrente da prestao de servios.

    Os resultados indicaram uma carga tributria da ordem de 7,0% -7,5%sobre o preo do servio (ver Tabelas 7 e 8).

    9.4 Carga Tributria Incidente sobre Bens e Servios no Exterior

    Ao contrrio do Brasil, onde a circulao de bens e servios oneradapor trs tributos (IPI, de competncia federal, ICMS, de competncia estadual,e ISS, de competncia municipal), a grande maioria dos pases tributa acirculao de bens e servios, conjuntamente, atravs de um nico imposto,incidente sobre o valor agregado (doravante designado IVA). Embora o ICMSe o IPI incidam sobre o valor da operao envolvendo o bem, e no sobre ovalor agregado ao bem naquela fase, o direito de crdito aos tributos pagos nasfases anteriores faz com que o efeito de no cumulatividade seja semelhanteao do IVA. Assim, sobre um bem tributado no exterior pelo IVA, por exemplo,por uma alquota de 15%, corresponder carga tributria equivalente a umatributao, no Brasil, por uma alquota total (ICMS + IPI) de 15%.

    Nos pases do Mercosul, a carga tributria imposta peloIVA a seguinte:

    - Argentina: 10,5% - 21%, qual soma-se um imposto sobre receita devendas de produtos e servios, com alquota oscilando entre 1% - 4,9%;- Uruguai: 12% -22%; -Paraguai: 10%.

    Nos pases integrantes da Comunidade Europia, a carga tributrianormal imposta pelo IVA a seguinte:

    - Alemanha: 15% (existe alquota reduzida de 7%)- Blgica: 19,5% (existem alquotas reduzidas de 6% e 12%, bem comoalquota zero)- Dinamarca: 25% (existe alquota zero)- Noruega: 20%- Espanha: 15% (existem alquotas reduzidas de 3% e 6%)- Frana: 18,6% (existem alquotas reduzidas de 2,1% e 5,5%)- Grcia: 18% (existem alquotas reduzidas de 4% e 8%)- Holanda: 17,5% (existe alquota reduzida de 6%)- Irlanda: 21% (existem alquotas reduzidas de 2,5% e 12,5%, bem comoalquota zero)- Itlia: 19% (existem alquotas reduzidas de 4,9% e 12%)- Luxemburgo: 15% (existem alquotas reduzidas de 2,3% e 6%)- Portugal: 16% (existe alquota reduzida de 5%, majorada de 30%, bemcomo alquota zero) -Reino Unido: 17,5% (existe alquota zero)

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    Considerando os dados acima reproduzidos, a carga tributria mdia doIVA no exterior da ordem de 16% -18%.

    9.5 Anlise Comparativa das Cargas Tributrias

    Dada a diversidade do tratamento tributrio dado, no Brasil, circulaode bens e prestao de servios, faz-se necessria a anlise separada dessedois itens.

    Anlise Comparativa das Cargas Tributrias Incidentes sobre Bens

    Percebe-se, de imediato, que a carga tributria qual submetida acirculao de bens no Brasil (30%-35%) consideravelmente superior (quase odobro) carga tributria imposta circulao de bens no exterior (16%-18%).

    Entretanto, caso bens produzidos no exterior sejam importados para oBrasil, a carga tributria sobre eles incidente (50%-55%) implicar diferena decerca de 20% sobre o valor da mercadoria importada, no resultando da,evidentemente, qualquer leso competitividade dos produtores de bensestabelecidos no Brasil.

    Devemos, todavia, considerar, neste ponto, o regime da AdmissoTemporria na importao, que consiste na suspenso de tributos (II, ICMS eIPI) de bens que devam permanecer no Pas durante prazo fixado, retornandoao pas de origem aps o trmino desse prazo, que de um ano, prorrogvel,entretanto, at o limite de cinco anos.

    No que se refere aos bens ora examinados dispe o artigo 297, 2, doRegulamento Aduaneiro que o Ministro da Fazenda pode, nos termos,condies e limites que estabelecer, autorizar a admisso temporria deequipamentos que ingressem no Pas para pesquisa ou extrao de petrleoou gs natural, vinculados a contrato de prestao de servio, e pelo prazo dedurao do contrato.

    Esse Regime, permite tambm a importao, at 31.12.2001, de algunsmateriais e equipamentos destinados pesquisa ou extrao de petrleo sema incidncia de qualquer tributo. A lista e a classificao fiscal dos benspassveis do regime de Admisso Temporria foram objeto do Decreto2.889/98 e da Instruo Normativa 163/98 da Receita Federal.

    Quando h necessidade de peas de reposio para equipamentosimportados pelo regime de admisso temporria, as empresas de bandeiraestrangeira importam tais peas tambm sob a proteo do regime deadmisso temporria, independentemente de haver ou no peas nacionaissimilares, que, quando existirem, submeter-se-o carga tributria normal.

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    Desse modo, os bens e equipamentos similares produzidos no Brasil sobre os quais incidem, como vimos, alm do IPI e do ICMS, que gravam asua circulao, a Contribuio ao PIS e a COFINS, sobre o faturamentodecorrente das vendas, o que representa, quase sempre, pesada cargatributria encontrar-se-o, necessariamente, em situao de desvantagem(carga tributria de 30%-35% contra carga tributria zero) em relao aos bense mercadorias importados objetos de Admisso Temporria, o que, na prtica,inviabiliza ou dificulta seriamente a livre concorrncia, nesses casos.

    Anlise Comparativa das Cargas Tributrias Incidentes sobre Servios

    Ao contrrio do que ocorre no caso do fornecimento de bens, a cargatributria que onera, no Brasil, os servios (7% - 7,5%) inferior cargaincidente sobre a prestao de servios no exterior (16% -18%).

    Caso servios sejam contratados de prestador estrangeiro, o tratamentotributrio ser o mesmo aplicvel ao prestador nacional, uma vez servios deconstruo civil e de pesquisa, perfurao, cimentao, perfilagem,estimulao e outros servios relacionados com a explorao de petrleo e gsnatural devero ser, por sua ndole, necessariamente prestados no Brasil.Ser, portanto, necessrio que o prestador estrangeiro tenha umestabelecimento no Brasil.

    Como o Decreto-Lei n 406/68 prev que se considere o local do serviocomo sendo, no caso da construo civil, o local da construo, e no caso dapesquisa, perfurao, cimentao, perfilagem, estimulao e outros serviosrelacionados com a explorao de petrleo, o local do estabelecimento, oprestador estrangeiro com estabelecimento no Brasil ser onerado com amesma carga de ISS que um prestador de servio nacional, ocorrendo omesmo quanto COFINS e ao PIS.

    Assim, no que se refere prestao de servios, a tributao oraincidente em nada obsta a livre concorrncia da empresa nacional.

    Carga Tributria Mdia incidente sobre a aquisio de Bens e Serviosnacionais destinados ao Segmento de Produo Offshore do Brasil

    Conforme mostrado anteriormente, a maioria dos pases tm cargatributria comum para bens e servios, denominado por VAT. Entretanto noBrasil:

    Carga Tributria Mdia sobre Bens no Brasil ___35%Carga Tributria Mdia sobre Servios no Brasil __ 7,5

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    Para efeito de clculo, se considerarmos a estrutura de investimentosbens/servios (CAPEX) no Brasil sendo de 50% para a contratao deServios e 50% para a aquisio de Bens, teremos:

    Carga Tributria Mdia Segmento E&P offshore no Brasil = 50% x 35 + 50% x 7,5 = 21,25%

    Esta carga tributria de 21,25% deve ser comparada com a carga tributria doReino Unido de 17,5% (VAT nico para aquisio de bens e servios aplicvelquando o leo produzido no offshore ingls internalizado no UK), a de 20%da Noruega (VAT nico para aquisio de bens e servios aplicvel quando oleo produzido no offshore noruegus internalizado na Noruega), e assim pordiante.

  • VENDAS NO MERCADO INTERNOCONVNIO ICMS 52/91 - ALTERADO PELO CONVNIO ICMS 65/93

    Classif. Fiscal preo IPI ICMS Total PIS - 0,65 % COFINS - 2,00 % CUSTOS % CUSTONBM/NCM Produto Venda % B.C. % Valor B.C Valor B.C Valor TRIB. EM R$ TRIB. S/ VENDAS

    3602.00.00.10Dinamite 100,000.005 5,000.00 105,000.0018 18,900.00 100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 26,550.00 26.557304.10.00.00Tubos para oleodutos e gasodutos 100,000.008 8,000.00 108,000.0018 19,440.00 100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 30,090.00 30.097304.21.10.00Tubos de revestimentos e hastes de perfuraao 100,000.005 5,000.00 105,000.0018 18,900.00 100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 26,550.00 26.557304.51.01.00Tubo de troca trmica 100,000.000 0.00 100,000.00 7 7,000.00 100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 9,650.00 9.657304.51.02.00Tubo de troca trmica 100,000.008 8,000.00 108,000.0018 19,440.00 100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 30,090.00 30.097305.10.00.00Tubos para oleodutos e gasodutos 100,000.008 8,000.00 108,000.0018 19,440.00 100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 30,090.00 30.097306..10.00.00Tubos de conduo 100,000.008 8,000.00 108,000.0018 19,440.00 100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 30,090.00 30.097309.00.10.00Tanques e esfera 100,000.0010 10,000.00 110,000.0018 19,800.00 100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 32,450.00 32.458307.10.10.00Linhas flexveis 100,000.0010 10,000.00 110,000.0018 19,800.00 100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 32,450.00 32.458406.10.00.00Turbinas a vapor 100,000.005 5,000.00 105,000.00 7 7,350.00 100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 15,000.00 15.008411.81.00.00Turbinas a gs 100,000.000 0.00 100,000.0018 18,000.00 100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 20,650.00 20.658414.40.90.00Compressores 100,000.005 5,000.00 105,000.00 7 7,350.00 100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 15,000.00 15.008417.10.10.00Fornos 100,000.005 5,000.00 105,000.00 7 7,350.00 100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 15,000.00 15.008419.40.20.00Torres e reatores 100,000.000 0.00 100,000.00 7 7,000.00 100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 9,650.00 9.658419.50.00.00Trocador de calor 100,000.0010 10,000.00 110,000.00 7 7,700.00 100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 20,350.00 20.358471.30.19.00Computadores 100,000.0015 15,000.00 115,000.0018 20,700.00 100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 38,350.00 38.358481.10.00.00Arvore de natal 100,000.0012 12,000.00 112,000.00 7 7,840.00 100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 22,490.00 22.498501.63.00.00Gerador de corrente alternada 100,000.000 0.00 100,000.00 7 7,000.00 100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 9,650.00 9.658501.64.00.00Gerador de corrente alternada 100,000.000 0.00 100,000.00 7 7,000.00 100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 9,650.00 9.659015.80.90.00Sismgrafos 100,000.0015 15,000.00 115,000.0018 20,700.00 100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 38,350.00 38.359027.30.11.00Espectrmetros de massa 100,000.0015 15,000.00 115,000.0018 20,700.00 100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 38,350.00 38.359032.10.10.10Estao de medio de produtos 100,000.0015 15,000.00 115,000.0018 20,700.00 100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 38,350.00 38.359032.20.00.00Estao de medio de produtos 100,000.0015 15,000.00 115,000.0018 20,700.00 100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 38,350.00 38.359032.81.00.00Estao de medio de produtos 100,000.0015 15,000.00 115,000.0018 20,700.00 100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 38,350.00 38.35

    Observaes:

    1) O ICMS incide sobre o valor da mercadoria/produto nele agregado o IPI, conforme dispe a Lei Complementar 87/96 artigo 13 2 (por exceo). Esse entendimentoTABELA 3 decorrentendo fato da venda interna ter sido efetuada para consumidor final, no havendo assim uma comercializao ou industrializao posterior.

    2) O IPI incide diretamente sobre o preo da mercadoria/produto

    3) O PIS e a COFINS incide sobre o valor faturado deles excluidos o IPI.

    4) O custo tributrio rm reais representa o somatrio dos tributos calculados na operao ( IPI,ICMS, PIS e COFINS.

    5) O percentual do custo tributrio da operao decorrente da relao entre custo Tributrio em reais e o preo de venda.

  • Classif. Fiscal preo IPI ICMS Total PIS - 0,65 % COFINS - 2,00 %CUSTOS % TRIB.NBM/NCM Produto Venda % B.C. % Valor Nota fiscal B.C Valor B.C Valor TRIB. EM R$ S/ VENDAS3602.00.00.10Dinamite 100,000.005 5,000.00 105,000.0018 18,900.00 105,000.00100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 26,550.00 26.557304.10.00.00Tubos para oleodutos e gasodutos 100,000.008 8,000.00 108,000.0018 19,440.00 108,000.00100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 30,090.00 30.097304.21.10.00Tubos de revestimentos e hastes de perfuraao100,000.005 5,000.00 105,000.0018 18,900.00 105,000.00100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 26,550.00 26.557304.51.01.00Tubo de troca trmica 100,000.000 0.00 100,000.0018 18,000.00 100,000.00100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 20,650.00 20.657304.51.02.00Tubo de troca trmica 100,000.008 8,000.00 108,000.0018 19,440.00 108,000.00100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 30,090.00 30.097305.10.00.00Tubos para oleodutos e gasodutos 100,000.008 8,000.00 108,000.0018 19,440.00 108,000.00100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 30,090.00 30.097306..10.00.00Tubos de conduo 100,000.008 8,000.00 108,000.0018 19,440.00 108,000.00100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 30,090.00 30.097309.00.10.00Tanques e esfera 100,000.0010 10,000.00 110,000.0018 19,800.00 110,000.00100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 32,450.00 32.458307.10.10.00Linhas flexveis 100,000.0010 10,000.00 110,000.0018 19,800.00 110,000.00100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 32,450.00 32.458406.10.00.00Turbinas a vapor 100,000.005 5,000.00 105,000.0018 18,900.00 105,000.00100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 26,550.00 26.558411.81.00.00Turbinas a gs 100,000.000 0.00 100,000.0018 18,000.00 100,000.00100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 20,650.00 20.658414.40.90.00Compressores 100,000.005 5,000.00 105,000.0018 18,900.00 105,000.00100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 26,550.00 26.558417.10.10.00Fornos 100,000.005 5,000.00 105,000.0018 18,900.00 105,000.00100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 26,550.00 26.558419.40.20.00Torres e reatores 100,000.000 0.00 100,000.0018 18,000.00 100,000.00100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 20,650.00 20.658419.50.00.00Trocador de calor 100,000.0010 10,000.00 110,000.0018 19,800.00 110,000.00100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 32,450.00 32.458471.30.19.00Computadores 100,000.0015 15,000.00 115,000.0018 20,700.00 115,000.00100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 38,350.00 38.358481.10.00.00Arvore de natal 100,000.0012 12,000.00 112,000.0018 20,160.00 112,000.00100,000.00 650.00 100,000.00 2,000.00 34,810.00 34.818501.63.00.00Gerador de corrente alternada 100,000.000 0.00 100,000.0018 18,000.00 100,000.00100,000.00 650.00 100,