brasília capital 237

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www.bsbcapital.com.br DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Ano V - 237 Brasília, 5 a 11 de dezembro de 2015 Improbidade Chantagem Conchavo CONGRESSO CORRUPÇÃO Mensalão Mentira Lava-jato Justiça Eleitores Negociata VERGONHA TRAPAÇA C aíram as máscaras. Dilma Rousseff e Eduardo Cunha estão despidos de seus disfarces. A aparente convivência res- peitosa entre a presidente da Repúbli- ca e o presidente da Câmara dos Depu- tados deu lugar, desde quarta-feira (2), a um duelo em praça pública. Para tentar salvar al- go de positivo em sua história, o Partido dos Traba- lhadores anunciou apoio ao processo de cassação do mandato de Cunha. Ato contínuo, o deputado acatou, seis horas mais tarde, o pedido de impeachment da chefe do Executivo formulado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Junior e Janaína Conceição Pas- choal. E desde então tornou-se explícita a guerra entre governis- tas e oposicionistas. Dilma garante não ver motivos para ser afas- tada do cargo. Mas o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), derrotado na campanha do ano passado, comemo- rou a decisão de Cunha. A tendência é de que, nesse jogo em defe- sa de interesses particulares, o Brasil continue sofrendo os prejuí- zos políticos e econômicos de um processo que pode se estender por muitos me- ses. O país já viveu momen- tos semelhantes no início dos anos 1990 e na década de 1940, quando os ex-presidentes Fernando Collor e Getúlio Vargas passaram pela mesma situ- ação. Collor perdeu o mandato. Vargas escapou, mas pouco tempo depois cometeu suicídio. Sobre Dilma pesa a acusação de ter feito as chamadas “pe- daladas fiscais” em 2014. O Brasil sangra. A gravidade do momento histórico exigirá de seu povo e de suas li- deranças trabalhar para recolocar o país nos trilhos do desenvolvimento. E o modelo pode ser a vizinha Argenti- na, onde o presidente Mauricio Macri toma posse na quin- ta-feira (10) disposto a passar o seu país a limpo. Que o Brasil também seja capaz de se reinventar! Páginas de 4 e 5 10 a 12.

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Page 1: Brasília Capital 237

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Ano V - 237 Brasília, 5 a 11 de dezembro de 2015

Improbidade

Chantagem ConchavoCongresso Corrupção

Mensalão Mentira

Lava-jato

Justiça

Eleitores

Negociata

VErgonha

Trapaça

Caíram as máscaras. Dilma rousseff e eduardo Cunha estão despidos de seus disfarces. A aparente convivência res-peitosa entre a presidente da repúbli-ca e o presidente da Câmara dos Depu-tados deu lugar, desde quarta-feira (2), a um duelo em praça pública. para tentar salvar al-go de positivo em sua história, o partido dos Traba-lhadores anunciou apoio ao processo de cassação

do mandato de Cunha. Ato contínuo, o deputado acatou, seis horas mais tarde, o pedido de impeachment da chefe do executivo formulado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel reale Junior e Janaína Conceição pas-choal. e desde então tornou-se explícita a guerra entre governis-tas e oposicionistas. Dilma garante não ver motivos para ser afas-tada do cargo. Mas o presidente nacional do psDB, senador Aécio neves (Mg), derrotado na campanha do ano passado, comemo-rou a decisão de Cunha. A tendência é de que, nesse jogo em defe-sa de interesses particulares, o Brasil continue sofrendo os prejuí-

zos políticos e econômicos de um processo que pode

se estender por muitos me-ses. o país já viveu momen-

tos semelhantes no início dos anos 1990 e na década de 1940,

quando os ex-presidentes Fernando Collor e getúlio Vargas passaram pela mesma situ-

ação. Collor perdeu o mandato. Vargas escapou, mas pouco tempo depois cometeu suicídio. sobre

Dilma pesa a acusação de ter feito as chamadas “pe-daladas fiscais” em 2014. O Brasil sangra. A gravidade

do momento histórico exigirá de seu povo e de suas li-deranças trabalhar para recolocar o país nos trilhos do

desenvolvimento. e o modelo pode ser a vizinha Argenti-na, onde o presidente Mauricio Macri toma posse na quin-

ta-feira (10) disposto a passar o seu país a limpo. Que o Brasil também seja capaz de se reinventar! Páginas de 4 e 5 10 a 12.

Page 2: Brasília Capital 237

2 n Brasília, 5 a 11 de dezembro de 2015 - [email protected]ítica

E x p E d i E n t E

Diretor de Redação orlando pontes

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Diretor de Arte gabriel pontes

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Diretor-ExecutivoDaniel olival

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é autorizada desde que citada a fonte.

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e executivo, empresas estatais e privadas), cruzeiro, sudoeste,

octoGonal, taGuatinGa, ceilândia, samamBaia, riacho fundo,

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te, candanGolândia, laGo oeste, colorado/taquari, Gama, santa

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lindas (Go), valparaíso (Go), Jardim inGá (Go) e luziânia (Go).

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CIrCulação aos sáBados.

CART

AS

Mar de Lamarealmente, a política nacional está um verdadeiro “Mar de Lama”, como destaca a primeira página da edição 236 do Brasília Capital. É um momento muito delicado e o brasileiro tem que se manter atuante para que a melhor decisão

seja tomada. Toda essa lama que suja a política brasileira é reflexo da falta de inteligência e coerência do eleitor, que a cada quatro anos coloca os mesmos bandidos para cuidar do Legislativo e do executivo.nLúcio Antunes, via e-mail

Esse malvado favoritoexcelente matéria da minha amiga Zilta Marinho sobre TCC. recomendo a leitura.nMárcia Torres, via Facebook

um artigo excelente da minha querida professora Zilta Marinho em que tive

a honra de contribuir com minhas experiências sobre o processo de elaboração do TCC. parabéns professora e obrigada pela oportunidade de participar dessa matéria!nevelin reis Lima, via Facebook

Achei o máximo. parabéns!nglaucia Brito, via Facebook

Pel

Ai

O empresário Ruben Costa, dono do

Restaurante do Rubinho e um dos principais líderes comunitários de Águas Claras, se desfiliou do PSB na terça-feira (1º). No mesmo dia ele assinou a ficha do PSDC e postou nas redes sociais seu compromisso de “ajudar no fortalecimento do partido e construir um projeto alternativo para o DF”. Tem cheiro de candidatura no ar...

Transparênciaos administradores de Taguatinga, ricardo Lustosa (foto

acima), e de Brazlândia, André Luis Queiroz rosa (abaixo), estão dando exemplo de transparência na gestão de recursos públicos. os dois mandaram publicar no Diário Oficial do DF editais de Cartas-Convite para execução de pequenas obras em suas cidades. em outros tempos, esse tipo de contrato era assinado sem publicidade, para facilitar o direcionamento das empresas vencedoras.

estamos de olhoA modalidade de carta-

convite é usada para contratos de no máximo r$ 150 mil. ricardo Lustosa vai construir um estacionamento no setor QnL de Taguatinga, enquanto André Luiz autorizou a execução de três obras em Brazlândia: uma quadra de esportes, um estacionamento e um lote de

placas de endereçamento. As propostas serão abertas na segunda-feira (7) e o Brasília Capital vai acompanhar. publicaremos o resultado na próxima edição.

Page 3: Brasília Capital 237

(*) Senador pelo PDT-DF

No final deste ano, quando o PIB de 2015 for divulgado, a lama que matou o Rio Doce não vai aparecer. As cenas do Rio Doce sendo engolido pelo lixo da mineração, de famílias soterradas e trabalhadores sem meio de vida e praias destruídas são a face mais visível das depredações provocadas e ignoradas pela economia brasileira.

Os desastres sociais e ecológicos não aparecem nas estatísticas. A economia brasileira não leva em conta a sujeira que provoca a destruição da biodiversidade, nem as “monstrópoles” que criou com sua violência descontrolada, nem o agravamento da desigualdade. Nossos rios estão morrendo pelo mau uso de suas águas ao longo de décadas, explorados como depósitos de lixo industrial e urbano, e para geração de energia, sem consideração por sustentabilidade.

Prometemos deixar um país mais rico para nossos filhos e netos e conseguimos fazer do Brasil a sexta economia do mundo, mas não estamos deixando um país mais limpo: da corrupção que rouba dinheiro público, que envergonha a sociedade, destrói nossas estatais, desvia dinheiro de nossas necessidades, desmoraliza a política, mata nossas esperanças; limpo da burocracia que barra a eficiência na aplicação dos recursos; do corporativismo, que se apropria da máquina pública e a utiliza mais para tirar vantagens do que para servir ao público.

Queremos um país limpo ao assegurar igualdade no acesso de cada criança brasileira a uma escola de qualidade, independentemente da riqueza dos pais e da cidade onde mora; uma pátria limpa da insensatez e da indecência de jogar fora a maior de nossas riquezas: o talento de qualquer brasileiro. Limpo da violência que assassina nossos jovens e rouba nossas ruas, tanto quanto a lama rouba o rio; sem filas para atender direitos básicos como vaga em creche ou escola e atendimento médico necessário.

Não basta continuar prometendo fazer um país rico. Precisamos de uma nação limpa: da vergonha dos ricos e das necessidades dos pobres; de sermos o oitavo mais rico e o sexto com pior distribuição de renda; do acanhamento de termos 13 milhões da população adulta que não conhecem a própria bandeira por não saber ler “ordem e progresso”, e outros 40% que sabem ler apenas pouco mais que isso.

Um país onde a riqueza seja construída com absoluto respeito ao equilíbrio ecológico e à preservação da biodiversidade; usada não apenas para reproduzir a riqueza, mas sobretudo para abolir a pobreza da nossa população, assegurando bolsa para quem precisar, mas emancipando as pessoas da necessidade de bolsas.

Para isso, o Brasil precisa de uma economia sustentável ecologicamente, distributiva socialmente, moderna cientifica e tecnologicamente; uma economia limpa, criativa, inovadora, com elevada produtividade e competitividade; sem lama. E todos sabem que o caminho para isto é um presidente, um governo e uma base parlamentar que conduzam o Brasil na marcha para ser uma Pátria Limpa.

Cristovam Buarque (*)

Pátria limpa

3 n Brasília, 5 a 11 de dezembro de 2015 - [email protected]ítica

Cartel de combustíveisAté que enfim algo foi feito em relação a essa quadrilha! Todos sabiam do dinheiro que faturavam esses caras e a influência que eles tinham sobre a política local. sobretaxar em 20% o preço aos consumidores, além de impedir a venda de combustíveis em

supermercados, é um crime que transcende o cartel e afeta a política do DF. o prejuízo de r$ 1 bilhão à população, se possível, deveria ser ressarcido integralmente ou, pelo menos, parcialmente. Cadeia neles!nLara Barros, via e-mail

resta saber se esses bandidos vão ter vida longa na cadeia e se a influência que eles detém vai permitir que isso aconteça. esse problema infecta a política local. Até quando vamos ver deputados defendendo o direito de quem financiou sua campanha, em vez da população?nJorge pacheco, via e-mail

Há mais de um mês o medicamento somatropina recombinante (gH) está em falta nas unidades da Farmácia de Alto Custo na galeria do Metrô da 102 sul e em Ceilândia. o medicamento é de uso prolongado e a suspensão acarreta vários distúrbios, entre eles a pausa no crescimento. para a maioria das crianças e adolescentes que sofrem até bullying, tem sido um transtorno a perspectiva da não continuidade do tratamento. os pacientes e seus familiares criaram um grupo no WatsApp (galera gH) e vão entrar com uma ação coletiva para garantir uma liminar para não haver interrupção do fornecimento do remédio.

galera gHsolidariedade a Justo MagalhãesTaguatinguenses históricos se solidarizaram ao presidente

da Associação Comercial e Industrial da cidade (Acit), Justo Magalhães, criticado em reportagem de um telejornal local por ter alugado parte da área da entidade, no setor Industrial, para a empresa Marechal usar como garagem para seus ônibus.

Origem identificadaIntegrantes do Movimento Taguatinga unida (Movitu) iden-tificaram o empresário Cléber Pires como autor da suposta denúncia. o grupo também mostrou indignação com o adminis-trador regional, ricardo Lustosa, que se apressou em condenar o contrato de locação entre a Acit e a Marechal, classificando-o como ilegal.

Centro de ConvençõesJusto Magalhães esclarece que o dinheiro da cessão do

espaço à empresa será aplicado na obra do futuro Centro de Convenções de Taguatinga, uma vez que o gDF não dispõe de recursos para a obra. “este ataque parte de quem, por ganância e interesses escusos, colocados acima e em contraposição aos nossos interesses cidadãos, busca denegrir a imagem da Acit e de seu presidente”, diz a nota de desagravo do Movitu.

Page 4: Brasília Capital 237

Política 4 n Brasília, 5 a 11 de dezembro de 2015 - [email protected]

o k

uju

bA Bitoque

O Brasil vai começar 2016 exatamente como

terminará 2015: num clima de salve-se quem puder. Se as previsões para o próximo ano eram ruins, a partir dos episódios da semana que passou certamente haverá um deságio sobre elas, tornando-as mais graves. A imprevisibilidade e os riscos indicarão que o fundo do poço pode ter qualquer profundidade. E a queda será muito longa...

DivulgAçãO

o Brasil vive hoje em es-tado de letargia – o país es-tá anestesiado. A sociedade acorda dia após dia com notí-cias ruins, e quase nenhuma de interesse do cidadão, que vive em permanente alerta.

o cidadão sai de casa e não sabe se volta, em virtude da violência brutal que viven-ciamos nos grandes centros e que se alastra Brasil afora.

o país praticamente parou as suas atividades produtivas, porque os empreendedores estão em compasso de espera para ver se saímos deste im-bróglio criado por dois acha-cadores – eduardo Cunha e Dilma rousseff.

o que se vê hoje entre o presidente de Câmara e a pre-sidenta da república é algo la-mentável. A falta de respeito com a sociedade é patente.

De um lado o senhor edu-ardo Cunha esticando a cor-da, mesmo sabendo que a for-ca lhe espera sem dó nem pie-dade.

Do outro, a senhora Dilma rousseff perdida que nem ca-chorro que caiu do caminhão de mudança, sem aptidão pa-ra governar, com ministérios e ministros quase todos de se-gunda classe.

nossos partidos políticos, sem exceção, são compostos de elementos de alta periculo-sidade ainda soltos, pratican-do falcatruas de modo conti-nuado, e o Judiciário às vezes agindo outras vezes olhando a carruagem passar.

o futebol, que ainda era uma válvula de escape para o nosso sofrido povo, está aos frangalhos, com seus dirigen-tes envolvidos nas mais diver-sas trampolinagens, para não

dizer roubo mesmo. não se-ria essa a causa de tanta vio-lência nos estádios?

recentemente, o novo pre-sidente da CBF, Marco polo Del nero, renunciou ao cargo dentro da Fifa para agasalhar o filho do senador e ex-pre-sidente José sarney (pMDB--Ap), que ajudou o pT a colo-car o Brasil nessa encruzilha-da, juntamente com Lula e sua quadrilha.

Agora, licencia-se do cargo de presidente da CBF por tem-po indeterminado. Ai tem!

poderia a presidenta Dil-ma seguir o exemplo!

Marina silva, que foi hu-milhada pela candidata Dil-

ma rousseff diante das câme-ras, quando do debate na últi-ma campanha eleitoral, vem a público apoiar a presidente em exercício no processo de impeachment em andamen-to.

na quinta-feira (3), em jul-gamento no superior Tribu-nal de Justiça – o “Tribunal da Cidadania”, o ministro Ribei-ro Dantas, relator do proces-so em que se tenta soltar o se-nhor Marcelo odebrecht, pro-lata voto favorável à soltura do meliante.

o Ministro foi citado em gravação onde o ex-líder do governo Delcidio Amaral (pT--Ms) – preso pelo supremo

Tribunal Federal, tentava fa-zer caridade e atos humanitá-rios a outro meliante – nestor Cerveró.

por que o sr. ministro não se deu por suspeito e redistri-buiu o processo para outro re-lator, declarando-se impedi-do?

Com a palavra o sr. Minis-tro!

o Congresso nacional, di-rigido por dois investigados, se reúne em seção conjunta e aprova o cometimento de Cri-me de responsabilidade Fis-cal da presidenta da repúbli-ca do Brasil.

Que pais é esse, meus ir-mãos?

Falta de respeito com a sociedade

Del Nero se licencia da CBF e dá lugar ao filho de Sarney: futebol copia os maus exemplos da política.

Page 5: Brasília Capital 237

Política 5 n Brasília, 5 a 11 de dezembro de 2015 - [email protected]

O passo a passodo impeachment

na quarta-feira (2), o presiden-te da Câmara dos Deputados, eduardo Cunha

(pMDB-rJ), deferiu o pedido de impeachment contra a presi-dente Dilma rousseff apresen-tado pelos juristas Hélio Bicu-do, Miguel reale Junior e Janaí-na Conceição paschoal. o pedi-do cita as chamadas ‘pedaladas fiscais’ como o principal moti-vo para o impedimento da pre-sidente. A manobra teria ofus-cado da opinião pública cerca de r$ 40 bilhões em gastos do governo, segundo o Tribunal de Contas da união (TCu).

o deferimento do proces-so é, claramente, uma respos-ta de eduardo Cunha aos des-dobramentos do processo que tramita contra ele na Comissão de Ética da Câmara dos Depu-tados. A revolta do presidente da Casa se deu em razão da de-claração da bancada do pT em apoiar sua cassação.

A autorização de Cunha, porém, é só o primeiro passo de uma ação que ainda vai tra-mitar pela Câmara e pelo se-nado. o processo segue, pri-meiramente, para uma Comis-são especial, que será compos-ta por deputados membros dos 28 partidos que têm repre-sentação na Câmara, obser-vando a proporção partidária no plenário (veja a divisão no quadro). Dilma terá o prazo de dez sessões para manifestar-se e a comissão deve ter duração de 15 sessões.

Depois de os membros da Comissão decidirem se arqui-vam ou não o impedimento de Dilma, o processo pode se-guir para o plenário da Câma-ra, onde precisa de dois terços dos votos para ser aprovado, ou seja, 342 deputados a favor. se aprovado, será instaurado um processo no senado Fede-ral. se rejeitado pelos senado-res, a denúncia será arquiva-

da. uma vez no senado, o jul-gamento será presidido pelo ministro presidente do supre-mo Tribunal Federal (sTF), ri-cardo Lewandowski. Caso Dil-ma saia da presidência, inicial-mente, assume o vice-presiden-te Michel Temer (pMDB).

na esfera judicial, o parti-do dos Trabalhadores (pT) po-de recorrer ao superior Tribu-nal Federal para travar o anda-mento da pauta. o pT alega que não há razões materiais para o

deferimento do início do pro-cesso de impeachment, e acu-sa eduardo Cunha de não ter credibilidade para comandar o processo.

avaliação política - o es-pecialista político Juliano grie-beler afirma que “Cunha usou sua melhor arma – o deferi-mento do impeachment – no momento em que enfrentava a maior ameaça ao seu manda-to. Com isso, vai para o segundo

plano o processo contra o presi-dente da Câmara”.

Atualmente, o governo tem o apoio de cerca de 213 depu-tados federais, o que assegu-raria à presidente os votos ne-cessários para derrubar o pro-cesso de impeachment. griebe-ler lembra, no entanto, que “há um fator de risco a se obser-var: a possibilidade de o pMDB abandonar a coalizão gover-nista, entregando seus Minis-térios”. Essa possibilidade se-

ria alimentada pela perspecti-va do vice-presidente Michel Temer assumir a presidência, o que daria ao pMDB a oportuni-dade inédita de controlar total-mente o governo.

Férias - o processo de impe-dimento de um presidente elei-to tende a ser longo. Com a pro-ximidade das férias do Legisla-tivo, que começam no próximo dia 22 e vão até fevereiro, as de-cisões devem ficar para 2016.

porém, pelo regimento da Casa, cabe ao presidente do se-nado e do Congresso nacional, renan Calheiros (pMDB-AL), decidir se autoriza o funciona-mento de comissões no período do recesso ou se convoca ses-sões extraordinárias para deli-berações.

perguntado se haverá re-cesso parlamentar, Calheiros disse não ter uma decisão so-bre o assunto. “não tenho es-sa resposta. o recesso é só dia 17, não tem como antecipar is-so”, afirmou, citando o último dia de votação antes do reces-so oficial.

Oposição tenta acelerar a possível saída de Dilma Rousseff,

que aposta no STF e na base aliada para se manter no cargo e ainda tirar Eduardo Cunha da

presidência da Câmara

Quem vai para a Comissão Especial?

A Comissão Especial de avaliação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff será formada por 65 membros. O PSDB terá seis cadeiras e o bloco da oposição, que reúne também PSB, PPS e PV, terá, ao todo, 12 vagas. O bloco governista, comandado pelo PT, juntamente com PSD, PR, PROS e PCdoB, terá 19 integrantes, dos quais oito do partido de Dilma. O PMDB, partido com maior representação no Congresso, terá oito representantes. Os outros 25 integrantes são do PP, PTB, DEM, PRB, SDD, PSC, PHS, PTN, PMN, PRP, PSDC, PEM e PRTB.

gabriel pontes

Page 6: Brasília Capital 237

Política 6 n Brasília, 5 a 11 de dezembro de 2015 [email protected]

CEilÂNDiA

o Lago paranoá está cada vez mais

diversificado. Depois da suposta redemocratização iniciada pelo gDF,

mas que parou junto com o destaque que

a mídia deu ao tema, o Morro da Asa Delta, entre as QL 12 e 14 do Lago sul, oferece aos frequentadores um

passeio de voo livre. o professor ricardo

ortega recebe, além de amadores,

profissionais e alunos da modalidade. o Morro tem 17

metros de altura e foi construído a partir

de entulhos, em um projeto do professor de engenharia Civil

da unB, Dickram Berberian.

navegar no ar

Defesa Civil aponta cinco áreas de riscoConstruções sem planeja-

mento, grande quantidade de entulhos, gambiarras e ocu-pação desordenada do solo contribuem para Ceilândia ser a cidade do DF com maior risco de acidentes, segundo a Defesa Civil. o setor sol nas-cente é o local que mais pre-ocupa. o coordenador do ór-gão, Mário Henrique Furtado, afirma que todos esses fatores somados às chuvas e aos raios são um risco iminente para a população. “A Defesa Civil tem planos de contingência para minimizar os riscos em períodos chuvosos, princi-palmente nas áreas de maior preocupação”, afirma. Além de Ceilândia, estão entre os lo-cais de risco a colônia agrícola Arniqueiras (Águas Claras) e a Vila Basevi (sobradinho).

DiSTRiTO FEDERAl

empresários do cartel dos postos são soltos

Biblioteca será reformada

os sete empresários presos pela polícia Federal na opera-ção Dubai, na semana passada, foram soltos na terça-feira (1), depois de três dias presos. A operação desarticulou um gru-po que supostamente combina-va os preços dos combustíveis em postos do DF e do entorno. Apesar da prisão dos empre-sários e da suposta queda do império, os preços da gasolina e do etanol continuam os mes-mos. De acordo com o Ministé-rio público, o valor do combus-tível no DF causou prejuízo de r$ 1 bilhão por ano aos moto-ristas. A liberdade dos suspei-tos foi concedida pela primeira Vara Criminal de Brasília. Mas eles não poderão cuidar dos negócios ou viajar sem autori-zação da Justiça.

ÁguAS ClARAS

Começou na terça-feira (3) a reforma da Biblioteca pública de Águas Claras, localizada na Avenida Castanheiras. É a se-gunda obra no local neste ano. na primeira, foi feita pintura, conserto do telhado, reestru-turação na parte elétrica e de pontos de tomadas, troca do ar-condicionado e de vidros. segundo a administração, a primeira etapa da reforma foi feita emergencialmente, para o funcionamento imediato da biblioteca. Mesmo assim, os reparos na rede elétrica não fo-ram suficientes e terá que pas-sar por outras mudanças para evitar a queda de energia. “esta biblioteca fica mais tempo fe-chada do que aberta”, reclama a advogada Ariadne Lucas, fre-qüentadora do espaço. A obra não tem data para acabar.

DivulgAçãO

DivulgAçãO/ADmiNiSTRACAO CEilANDiA

Como acontece todos os anos, o asfalto da Área de Desenvolvimento econômico (ADe) de Águas Claras, está desmanchan-do já com as primeiras chuvas. A foto aci-ma foi feita na quarta-feira (2), no Conjun-to 2. os moradores e empresários do setor

cobram do administrador Valdeci Macha-do uma solução. presidente licenciado da Associação Comercial e Industrial local (Aciac), Machado conhece bem o proble-ma, que acontece pela falta de galerias de captação de águas pluviais.

ÁguAS ClARAS

Chuva arranca asfalto. De novo!

Page 7: Brasília Capital 237

Política 7 n Brasília, 5 a 11 de dezembro de 2015 [email protected]

Troca agita ZoinFeira chega à sua 85ª edição e consolida a maior tradição da charmosa Olhos d’Água, a 100 Km de Brasília

Moda de viola, artesanato, co-midas típicas, catira, contação

de causos, apresentações te-atrais, rodas de samba e de chorinho, comida típica goia-na e muita animação. Tudo isto estará à disposição de quem for neste fim de sema-na (de 4 a 6 de dezembro) a Olhos d’Água, pequeno dis-trito de Alexânia (go) com pouco mais de 6 mil habitan-tes, a 100 Km de Brasília, pela Br-060. o principal ponto de encontro é a praça santo Antônio, onde acontece a tra-dicional Feira do Troca, que chega à sua 185ª edição.

o escambo é um costume da população local potencia-lizado pela falecida professo-ra da unB, Laís Aderne, que tinha casa em Olhos d’Água, na década de 1970. na Feira, que se repete desde então sempre no primeiro final de semana de junho e de dezem-bro, troca-se de tudo: roupas por galinha; acessórios femi-ninos por utensílios domésti-cos, móveis por máquinas ou ferramentas e o que mais for colocado à disposição pelos participantes. A feira é aber-ta ao público. Basta saber ne-gociar e ter uma boa moeda de troca.

A sexta-feira (4) e o sá-bado (5) são destinados a programação cultural, quando a feira recebe um público maior. grande parte dos visitantes é de municí-pios vizinhos, como Abadi-

Onde se hospedar em Olhos d’Águaânia, Alexânia, Aparecida e Corumbá. Mas a cada ano cresce o fluxo de brasilien-ses que vão curtir a princi-pal festa da charmosa olhos d’Água.

se o poder de compra do brasileiro diminuiu nos úl-timos anos, no Troca esse problema não existe. pelo contrário. A Feira é uma al-

ternativa mais generosa ao bolso de quem visita o local, o que faz aumentar o núme-ro de frequentadores a cada edição. o ponto alto do tradi-cional escambo acontece no domingo (6), mas a cidade se agita desde quinta-feira, quando vários visitantes co-meçaram a ocupar as pousa-das da cidade.

Da redação

Pousada da Jamile – (62) 3322-6176Pousada Recanto dos Ipês – (62) 3322-6272Pousada Edelvais – (62) 3322-6202Pousada Casinha da Lena – (62) 3323-6353Pousada Menina dos Olhos – (62) 3322-6138Pousada Coisas de Olhos – (62) 3322-6202Pousada Professor Armando – (62) 3322-6176Hotel-fazenda Cabugi – (62) 3336-1199

Qualquer buginganga vale como moeda no escambo. Durante três dias, Olhos d’Água é uma festa, com muitos espetáculos e comidas típicas goianas

Page 8: Brasília Capital 237

Cidade 8 n Brasília, 5 a 4 de dezembro de 2015 [email protected]

Queridos pais separados...

(*) Fernando Pinto é jornalista e escritor

Acima, o título da matéria assinada pelo promotor Fausto Rodrigues de Lima, publicado no Correio Braziliense, com base nos temas da Oficina de Pais e Mães, atendendo pedidos e orientações de melhorar o contato de pais separados, protegendo os filhos de suas desavenças. O tema está sendo amplamente divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), voltado para os casos de centenas de divórcios que tramitam nas Varas de Família do Distrito Federal.

A iniciativa tem sido de grande valia nos acordos e mudanças de posturas no momento crítico da separação, quando mágoas e raivas atingem o ex-casal. Porém, há casos em que os pais brigam por décadas, sempre usando filhos como pretexto para atingir um ao outro, gerando verdadeira peregrinação à Polícia ou à Justiça, inclusive de avós.

Como única intenção de resguardar as cabecinhas de crianças indefesas, as maiores vítimas desses desenlaces das duas pessoas que elas mais amam, mãe e pai, transfiro o assunto para este cantinho de página, acreditando que possa ser útil a prováveis casais separados, no âmbito de 50 mil leitores (ou mais) do nosso querido Brasília Capital. E transcrevo, na íntegra, o pedido que foi colocado na boca de uma criança na oportuna campanha do CNJ:

“Como filho ou filha, peço-lhes: 1) Não critiquem o outro na minha frente, pois amo os dois; 2) Ajudem-me a manter o contato com aquele com quem não fico sempre. No Natal ou no aniversário, ajude-me a preparar um presente para o outro. Das minhas fotos, façam sempre uma cópia para o outro; 3) Conversem como adultos. Mas conversem. E não me usem como mensageiro entre vocês, muito menos para recados que deixarão o outro triste ou furioso; 4) Não briguem na minha frente. Sejam ao menos educados, como vocês seriam com outras pessoas ou tanto quanto exigem de mim; 5) Sejam amáveis com os meus outros avós, mesmo que, na separação, eles tenham ficado mais do lado do próprio filho. Vocês também ficariam do meu lado se eu estivesse com problemas, porque, se perdi vocês, não quero também perder os meus avós”.

P.S. – Se vocês, leitores ou leitoras, são bem-casados e vivem em companhia dos filhos, que Deus abençoe essa união!, porque não contribuem para a infelicidade de crianças que não podem sofrer pelos erros dos pais.

Fernando Pinto (*)

repórter do Correio Braziliense há 40 anos (completados em junho), o jorna-lista Irlam rocha Lima é considerado uma sumidade quando o assunto é a ce-

na musical brasileira. Ao longo de tantos anos de trabalho, fez amigos e acumulou muitas histórias. Agora, ele resolveu contá-las num livro e dividir sua experiência com o público leitor. na segunda--feira (7), Irlam lança “Minha Trilha sonora – 40 Anos de Jornalismo Cultural”. São sessenta histó-rias vividas ao lado de grandes nomes da Música popular Brasileira. no dia 21 de dezembro, o lan-çamento será no restaurante Feitiço Mineiro.

Irlam rocha Li-ma consegue estar sempre presente em eventos me-moráveis. É difícil não encontrá-lo na plateia de um show nos mais di-versos espaços de Brasília. Foi assim que ele assistiu a espetáculos em-blemáticos, como “Fa-tal – gal a todo vapor” (marco na carreira da cantora gal Costa) e “rosa dos Ventos”, da di-va Maria Bethânia, ambos em 1971; ao início da trajetória do cantor e com-positor raimundo Fagner, vencendo o 1º Festival do Ceub, também em 1971; à primeira apresen-tação de Caetano Veloso após seu retorno do exílio, em 1972; ao lendário show dos Doces Bárbaros, em 1976; ao início da carreira do cantor ney Matogrosso, nos secos e Molhados. A lista é imensa e está longe de terminar, pois Irlam continua escrevendo sua tra-jetória.

Em “Minha Trilha Sonora ” estão relatos de fatos e conversas que o repórter testemunhou ao lado de alguns dos maiores nomes da MpB. Irlam já jogou futebol com Chico Buarque, excursionou por portugal com Ivete sangalo, virou grande amigo de Bell Marques (Chiclete com Banana), tornou-se um dos jornalistas preferidos de Maria Bethânia, esteve presente às antológicas apresen-tações do nascente rock brasiliense, no início da década de 1980, conversou muitas e muitas vezes com Cássia eller, Cazuza e renato russo, perdeu as contas de quantos papos já teve com Milton

SErVIço-Lançamentos: dias 7 de dezembro (segun-da-feira), às 19h30, no Clube do Choro, e dia 21 de dezem-bro, também segunda, às 20h30, no Feitiço Mineiro (306 Norte). Entrada franca. Preço: R$ 20 o exemplar.

nascimento, Caetano Veloso etc. e a narrativa do livro é feita da essência desses encontros precio-sos.

no prefácio, o jornalista paulo pestana, que foi editor de Irlam no Caderno Dois do Correio, destaca o esforço diário do repórter: “antes dos espetáculos, Irlam corre de um lado a outro para ter a informação em primeira mão, para obter de-talhes, para garantir a entrevista; no dia das apre-sentações, continua a correr; faz questão de mar-car presença em todo canto. e depois de tudo isso não abandona o leitor: reporta o que viu”, escreve. e complementa: “É assim que, há quatro décadas,

ele vem transfor-mando música em notícia”.

“Minha Trilha sonora – 40 anos de jornalismo cultu-ral” é editado pela escritora e jornalis-ta Clara Arreguy. Lançamento da outubro edições, com 196 páginas e venda a r$ 20.o aUTor – Irlam rocha Lima nasceu em Barreiras (BA), numa família nu-merosa. para estu-dar, mudou-se para Brasília em meados da década de 1960, onde passou a vi-ver com uma irmã. Morou em Tagua-tinga, depois nu-ma pensão da W3, trabalhou como office boy para pa-

gar os estudos. passou no vestibular para Letras da unB e se formou em Jornalismo em 1972. em 1975, integrou-se à equipe do Correio Brazilien-se, onde permanece até hoje como um dos mais respeitados repórteres do universo musical brasi-leiro. “Talvez o sucesso do trabalho dele seja essa entrega, que faz de Irlam, mais que um repórter, um fã declarado e incondicional de música, de todo artista. para ele, música é notícia daquelas pelas quais vale a pena brigar para conseguir um espaço nobre na edição do jornal”, conclui Paulo pestana em seu prefácio.

A trilha de Irlam

Jornalista lança livro com histórias de seus 40 anos de experiência

na cena musical brasiliense

Page 9: Brasília Capital 237

Quem é mãe sabe da importância da amamentação para todos

os bebês. O leite materno é o alimento mais completo para os

pequenos, ajuda a reduzir a mortalidade infantil e é fundamental

para o desenvolvimento nos primeiros meses. Cada litro doado

pode salvar a vida de até 10 recém-nascidos. Doe leite materno

e ajude o futuro de muitas crianças a acontecer.

Doe leite materno. Doe o melhor devocê e faça a vida acontecer.

ELA QUER SER MÉDICAQUANDO CRESCER. MAS,ANTES DISSO, ELA SÓQUER CRESCER.

Siga as instruções de coleta, armazenamento e entrega:– É importante tirar o leite em um lugar limpo e tranquilo da casa;– Use um pote de vidro com tampa plástica;– Ferva o pote por 15 minutos e deixe secar sobre um pano limpo;– Use uma touca ou um lenço na cabeça;– Coloque uma máscara ou amarre uma fralda sobre o nariz e a boca;– Lave as mãos e os braços até o cotovelo com bastante água e sabão;– Lave as mamas apenas com água;– Seque as mamas e as mãos com pano limpo;– Massageie as mamas com a ponta dos dedos, fazendo movimentos circulares e inicie a coleta no pote;– Guarde no congelador. Encha até faltar 2 dedos para completar e comece a encher outro pote de vidro;– Identifi que com o seu nome e a data que você retirou pela primeira vez o leite;– O leite para doação pode fi car até 10 dias no congelador ou no freezer. Ligue para o 160 e escolha a Opção 4;– O corpo de bombeiros buscará a doação em sua casa.

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DivulgAçãO

Cidades 10 n Brasília, 5 a 11 de dezembro de 2015 [email protected]

Cambio y esperanzaMaurício Macri toma posse na quinta-feira (10) e reacende esperanças argentinas por mudanças e dias melhores do que os 12 anos da era Kirchner

Zilta Marinho

Mas o que pensam argen-tinos e brasileiros sobre isso? Macri seria o início de uma grande mudança na América do sul? A reportagem do Bra-sília Capital foi perguntar is-so a seus compatriotas e aos

vizinhos que, na última dé-cada, assumiram a liderança econômica do Hemisfério sul. Afinal, os dois povos sempre foram amigos, apresar da ri-validade no futebol...

Chiquita Albello, morado-

no dia 22 de novembro, o engenheiro Mauricio Macri foi eleito

presidente da Argentina, derrotando o candidato situacionista Daniel Scioli, apoiado pela atual presidente do país vizinho. Ele toma posse na próxima quinta-feira (10) e chega à Casa Rosada para por fim a doze anos de governos Kirchner.

Durante a campanha, Macri adotou o slogan Cambiemos (mudemos), e chega ao poder impulsionado pela esperança dos argentinos em dias melhores. Antes, ele esteve no Brasil, na sexta-feira (4), a convite da presidente Dilma Rousseff.

Profissional bem-sucedido, Maurício Macri sofreu um sequestro em 1991. Segundo ele, isso mudou sua vida e sua forma de pensar. Amante do futebol, foi presidente do clube Boca Juniors, o mais popular do país, em 1995 onde revolucionou a administração.

Ao enfrentar um adversário adversário apoiado pela presidente Cristina Kirchner e sob ameaças, estabeleceu como meta ser presidente por estar convencido de que pode ajudar para que todos os argentinos tenham uma vida mais feliz. “Aspirar uma vida feliz é uma meta formulada com simplicidade, mas é uma ambição muito poderosa para uma nação”, afirma. E promete governar o país “com a mesma garra com a qual foi presidente do Boca”.

ra de Buenos Aires, afirma que tem muita confiança e que considera o novo presidente uma pessoa honesta. sobre o governo que termina, destaca que, na opinião de mais da me-tade da população do país, foi

Hermanos se abrem ao mundo

o pior governo que tiveram na Argentina.

A brasileira sônia Homri-ch, de são paulo, professora e Consultora de gestão de Con-flitos, concorda com Chiqui-ta e considera que o governo

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DivulgAçãO

Cidades 11n Brasília, 5 a 11 de dezembro de 2015 [email protected]

Cláudio SamPaio (*)

Por um Brasil constitucional

(*) Advogado, consultor jurídico e presidente da Abrami-DF

O sistema legislativo brasileiro detém a Cons-tituição Federal, promulgada em 5 de outubro de 1988, como a matriz de nosso Estado Democrá-tico, reguladora mor dos princípios que devem nortear a conduta dos representantes dos Pode-res Executivo, Legislativo e Judiciário.

Nesse sentido, a nossa Carta Magna é um di-ploma legislativo altamente desenvolvido, dando ênfase ao humanismo e às dinâmicas de um capi-talismo saudável, o que se observa nos direitos à dignidade, à igualdade, à liberdade, à saúde, à se-gurança, à educação, ao trabalho, à livre iniciati-va e à moralidade da Administração Pública. Isso para citar apenas alguns dos principais.

A despeito disso, o que se observa, nos qua-tro cantos do País, é a aplicação isolada e casu-ísta dos tão nobres princípios citados acima, seja pelos políticos, que preferem se ater a ideologis-mos, conveniências e indecorosas trocas de favo-res, seja pelas autoridades julgadoras, não sendo exagerado afirmar que o Supremo Tribunal Fe-deral, na maioria das vezes, escolhe não analisar recursos de clara relevância e vertente constitu-cional, fechando os olhos para questões sem po-tencial repercussão midiática.

Com efeito, os princípios da Carta Magna de-vem servir como um norte para o desenvolvimen-to moral e ético da Nação, independentemente de partidarismos, sendo triste observarmos gover-nantes que, simploriamente, tentam pessoalizar a instauração de um processo de impedimento, com direito à ampla defesa, qualificando-o como “golpe”, mesmo quando fundamentados na Lei Maior e nos demais diplomas legais adjacentes.

Nesse sentido, é auspicioso finalizar a presen-te análise com uma reflexão do saudoso jurista Pontes de Miranda, que assim alertava: “Nada mais perigoso do que fazer-se Constituição sem o propósito de cumpri-la. Ou de só se cumprir nos princípios de que se precisa, ou se entende devam ser cumpridos. Sob a Constituição que, bem ou mal, está feita, o que nos incumbe, a nós, dirigen-tes, juízes e intérpretes, é cumpri-la”.

ConSUlTórIoque sai “conseguiu destruir a Argentina com seu populismo e socialismo retrógrado, o que já foi suficientemente demons-trado em toda a sua perfídia no decorrer da História uni-versal e em toda a corrupção institucionalizada no Brasil”.

ela espera que o vencedor consiga introduzir o liberalis-mo, que não seja assassinado, que consiga ter acesso às infor-mações. “Macri tem diante de si um país destruído, quebra-do, envelhecido”, completa

Celeste siempre, também de Buenos Aires, acredita que a situação no país vai melho-rar. Aposta que o futuro gover-no vai gerar fontes de trabalho e impulsionar novamente a in-dústria. para ela, haverá mais respeito e não o medo de um governo que oprimiu o povo durante tantos anos. “Tenho fé que a gestão do engenhei-ro Macri fará prosperar nos-sa economia, nossa educação, além de melhorar a justiça e asegurança. ele nos devolve-rá a dignidade perdida”, acre-dita.

educação e mudança são os dois pilares do projeto de Macri. em seu site, ele des-taca sua proposta a partir de quatro pontos: pobreza zero, terminar com o narcotráfico, unir os argentinos e um plano para diminuir a desigualda-de que dificulta o desenvolvi-mento do norte do país. Tudo a partir da educação e da deter-minação em mudar.

Ana Maria Jurnet vive em Médanos e espera que haja uma mudança na educação para que o cidadão saiba votar pelo que é bom para ele e para o país. Crê que a Argentina ne-cessita de uma grande mudan-ça e que Macri oferece algo di-ferente que ela espera que se cumpra. entretanto alerta: “se o novo governo não nos ofe-recer o que necessitamos, em breve podemos eleger outro”.

sua sobrinha Florência, que vive em rosário, santa

Fé, pensa diferente. Acredita que o país vai seguir igual. ”O governo anterior levantava a bandeira da inclusão, mas em vez de incluir desde a educa-ção e o trabalho, pretendia fa-zer com que as pessoas se sen-tissem parte, mediante suas dádivas”.

o Brasil vive uma profunda crise política e econômica, mas há esperança de que as coisas por aqui também mudem. o empresário José Luiz gândara Martins, de são paulo, conside-ra que a vitória de Macri que-bra paradigmas que ao longo dos últimos 12 anos foram es-tabelecidos pelo kirchnismo.

“suas primeiras manifesta-ções indicam claramente que ele vê o Brasil como o mais im-portante parceiro econômico da Argentina”. Para o empre-sário, com essa percepção Ma-cri indica claramente que as relações comerciais entre os dois países deverão melhorar substancialmente. “e isto ten-de a se refletir no Mercosul, e daí com o mundo”, avalia.

Bolivarianismo - o deputa-do federal paulo Abi-Ackel (ps-DB-Mg) também acredita que haverá convergência comer-cial entre os dois países, pela necessidade que ambos têm

de expansão da economia. “em termos de democracia, Macri já sinalizou ser con-tra a presença da Venezue-la no Mercosul, a permanecer as condições atuais de gover-no naquele país. Já o governo brasileiro diverge desse pen-samento, o que não é saudável para qualquer democracia”, diz ele.

gândara concorda com Abi-Ackel. “ocorrerá um no-vo enfoque político, que vai se contrapor ao bolivarianis-mo”. Roberto Victor Guasco, odontologista de Brasília, co-aduna com esse pensamento, pois considera que é preciso abertura comercial permitin-do que os países do bloco ne-gociem tratados de livre co-mércio. “É importante frisar a necessidade de respeito à de-mocracia excluindo a Vene-zuela, que é uma ditadura”.

norma Tuti, de Buenos Ai-res, afirma que deu seu voto a Macri esperando a mudança, “porque desta senhora (Cris-tina Kirchner) estamos cansa-dos”. Segundo Norma, a presi-dente da Argentina aumentou tudo e todos estão dispostos a ajudar para seguirem adian-te. “não poderá essa senhora, consideravelmente arrogan-te, dizer que haverá miséria sem ela”. Apesar de Macri não ter maioria no senado, norma acredita que tudo vai melho-rar.

sônia Homrich acrescen-ta: “a verdadeira compaixão social só cresce em um povo que se desenvolve em termos de individualidade ética. pelo menos nisso a Argentina apa-rentemente saiu na frente, se descartando da presidente. es-pero que todos nós possamos encontrar, dentro da Consti-tuição, meios para passar o Brasil a limpo”.

esta esperança – diferente-mente do futebol – une brasi-leiros e argentinos. A mudan-ça já começou na terra dos hermanos.

Page 12: Brasília Capital 237

12 n Brasília, 5 a 11 de dezembro de 2015 [email protected]

MARCELO RAMOSO REPÓRTER DO POVÃO

Programa O Povo e o Poderde segunda a sábado das 8h às 10h

Rádio Bandeirantes - AM 1.410Ligue e participe: 3351-1410 / 3351-1610

www.opovoeopoder.com.brFale conosco: 3961-7550 ou [email protected]

Facebook.com/jornalbrasíliacapital

o que está achando doBrasília capital?

“Não paira contra mim nenhuma suspeita

de desvio de dinheiro público. Não possuo conta no exterior. E nem ocultei do

conhecimento público a existência de bens

pessoais.”

Dilma Rousseff, presidente da República, em pronunciamento sobre a abertura do processo de impeachment acatada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Neymar é finalista da Bola de ouro

O Dia - 30.11 - neymar está pela primeira vez na sua carreira entre os três melhores jogadores do mundo. O jogador é um dos finalistas da “Bola de Ouro”. Ele foi apontado por votos de treinadores, jornalistas e capitães de seleções nacionais e vai concorrer com os habitués do prêmio Lionel Messi e Cristiano ronaldo. o camisa 11 do Barcelona é o primeiro brasileiro finalista do prêmio desde Kaká, que em 2007 foi eleito o melhor do mundo. A eleição acontece em janeiro de 2016.

R$ 20 bi é o preço do desastre de Mariana

G1 – 1.12 - procuradores da união, de Minas gerais e do espírito santos protocolaram na segunda-feira (30), na Justiça Federal do Distrito Federal, uma ação civil pública que cobra a criação de um fundo público de r$ 20 bilhões para reparar danos cau-sados pelo rompimento de uma barragem em Mariana (Mg), que contaminou com lama a bacia do rio Doce. o rio cruza os dois estados e é o principal manancial de diversos municípios mineiros e capixabas. o desastre completa um mês neste sábado (5) e nenhum envolvido foi punido, além dos brasileiros que vivem às margens do falecido rio Doce.

Invasores de hotel cobravam auxílio aluguelMetropoles – 1.12 – A Polícia Civil do Distrito Federal defla-grou na terça-feira (1) uma operação para desarticular uma organização criminosa que usava movimentos sociais para adquirir dinheiro por meio de extorsão. os principais acusados de encabeçar o esquema são: edson Francisco da silva (foto), líder do Movimento de resistência popular (Mrp) e sua mulher Ylka Carvalho.o grupo de edson extorquia famílias do movimento social que recebiam o auxílio aluguel, benefício no valor de até r$ 600. A organização cobrava, mensalmente, cerca de r$ 50 das quase 900 famílias que integravam o Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTsT) – a prática teria sido aplicada também no Mrp.

em 12 meses, pIB despenca 4,5%, segundo o IBge

Correio Braziliense – 1.12 - o produto Interno Bruto (pIB) brasileiro fechou o terceiro trimestre do ano com queda de 1,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior. os dados das Contas nacio-nais foram divulgados na terça-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e indicam a maior retração do PIB em terceiros trimestres desde o início da série histórica em 1996.

supremo abre inquéritos para senadoresEBC – 1.12 – o ministro Teori Zavascki, do supremo Tribunal Fe-deral (sTF), determinou hoje (1º), a pedido do procurador-geral da república, rodrigo Janot, a abertura de dois inquéritos para investigar na operação Lava Jato o presidente do senado, renan Calheiros (pMDB-AL), os senadores Jader Barbalho (pMDB-pA) e Delcídio do Amaral (pT-Ms), além do deputado federal Aníbal gomes (pMDB-Ce).

Page 13: Brasília Capital 237

A Lei de Deus funciona por compensação. Assim é que, se você perder pai, mãe ou ambos na sua

infância ou adolescência, ou forem omissos ou, ainda, sem condições de educá-lo, aparecerão pessoas para desempenhar esse papel, tais como, tias, irmãos, amigos, colegas, professores, etc.

essas pessoas importantes para a sua vida, Jesus as classificou como pedras angulares - a pedra mais importante de sustentação da construção –, ele mesmo se

Saúde e Nutrição

Carolineromeiro

Há algum tempo o glúten tem sido alvo de muitas discussões entre os profissionais da área da

saúde. Isso acontece porque tem crescido nos últimos anos o número de evidências científicas mostrando que uma parcela significativa da população – apesar de não ter a doença celíaca, que obriga seus portadores a retirar totalmente o glúten de sua dieta – o glúten

Sensibilidade ao glúten sem a doença celíacatambém traz malefícios. sintomas intra e extraintestinais relacionados à ingestão de alimentos fontes de glúten são descritos nesses casos.

A síndrome de sensibilidade ao glúten não celíaca, que é como tem sido chamada essa patologia, hoje não tem um biomarcador sensível para seu diagnóstico. portanto, são usados para o diagnóstico uma avaliação clínica detalhada e a resposta a uma dieta isenta de glúten.

incluindo por ter sido desprezado pelo povo judeu.

Michael Jackson fez amizade com um rabino, conselheiro da melhor espécie que o levou a reflexões importantes sobre a vida e o viver, e depois o desprezou. segundo Michael, o rabino o estava levando a sentir-se uma pessoa normal, comum e ele pediu ao rabino para afastar-se, porque ele não era comum, era especial. perdeu a grande oportunidade de sua vida. Alexandre, o grande, teve em Arístóteles - o maior

filósofo grego da época -, a sua pedra angular e o dispensou. nero, desfrutou da companhia de sêneca, como Aristóteles, o maior filósofo romano da época e, igualmente, o dispensou.

e assim, cada um de nós, seres em geral primários, de pouca inteligência e desprovidos de gratidão, ao longo da vida vamos dispensando pessoas que apareceram aparentemente por acaso, mas que poderiam por muito tempo nos ajudar a enxergar melhor ou ter um pouco mais de

lucidez e rumo na vida.o Mestre Chico Xavier

classificava os amigos como bênçãos de Deus. Jesus referia-se aos apóstolos como amigos porque, segundo ele, tudo que sabia tinha lhes ensinado.

Todos nós conhecemos, ao longo de nossas vidas, pessoas que poderiam em muito contribuir para que tivéssemos uma vida melhor, mas, na Terra, o aproveitamento das oportunidades ainda é muito pequeno e, por isso, as desprezamos.

José MAtosJosé MAtos

O amigo desprezado

Life estÚdio- Gravação para carros de som- Grvação de áudio para lojas e sistemas de rádio interna- Propaganda em outdoor

8406-78698130-382361

Falar com Pedro [email protected]

Geral 13 n Brasília, 5 a 11 de dezembro de 2015 [email protected]

este ano, um grupo de especialistas de várias universidades europeias se juntou para definir os critérios dos diagnósticos para essa síndrome, o que certamente ajudará muito na prática clínica dos colegas nutricionistas e, consequentemente, representará melhora na qualidade de vida de quem apresenta essa sensibilidade.

Page 14: Brasília Capital 237

14 n Brasília, 5 a 11 de dezembro de 2015 [email protected]

CruzADAs

ENTRETENIMENTO

Piadas

Pense nessa situação: Dilma pega o beco e o Temer, que está sendo investigado, pode nem assumir. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, não assumiria por estar sendo acusado de improbidade. O presidente do Senado, Renan Calheiros, seria o próximo, mas também está sendo investigado pela

Operação Lava-Jato, e quem assume é o presidente do Supremo Tribunal Federal, que convocará novas eleições. Nesse intervalo, seu vice será o deputado federal mais votado do país. Aí o Brasil teria Tiririca no Planalto. Uma coisa ele diz desde a campanha: pior do que tá, não fica! Será?

resPostAs

ChArge

Frequento a academia tem mais de um ano! – conta uma loira. - E por que você continua gorda? – pergunta a outra. - Ora, só freqüento; não gosto dos exercícios...

- Meu Deus, para quê tanto dinheiro? – eu disse ao gerente do banco.- Ele respondeu:- Não é da sua conta.

Pior do que tá, não fica

Page 15: Brasília Capital 237

Pegando Fogo / /John Wells

Cidades de Papel / / John green

FIlME

lITEraTUra

o chefe de cozinha Adam Jones já foi um dos mais respeitados em paris, mas deixa a fama subir a cabeça. por causa do comportamento arrogante e do envolvimento com drogas, destrói a sua carreira. ele se muda para Londres, onde adquire um novo restaurante e decide recomeçar sua trajetória do zero, na intenção de conquistar a cobiçada terceira estrela do guia Michelin. no caminho, conhece a bela Helene, por quem se apaixona.

nesse romance do premiado escritor John green, o adolescente Quentin Jacobsen tem uma paixão platônica pela magnífica vizinha e colega de escola Margo roth spiegelman. Até que, certa noite, ela invade sua vida pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança.

e ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Quentin vai para a escola e então descobre que Margo desapareceu. no entanto, ele logo encontra pistas e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Quentin se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava conhecer

lazer 15 n Brasília, 5 a 11 de dezembro de 2015 [email protected]

M i c r o c o n t o Por Luís Gabriel Sousa

(...) Sentei à mesa nervosa e trêmula. Afinal, contar intimidades da vida não é tão fácil assim, ainda mais quando não se sabe a reação de quem vai ouvir. mamãe serviu a macarronada para o jantar e conversamos de tudo, menos do que eu precisava contar. minha melhor amiga não ia saber da minha boca que eu gostava de todo tipo de pessoas. Algumas coisas não precisam ser ditas, nem para os

Gostou do microconto? Então mande sua história, ela pode ser a próxima micronarrativa aqui da coluna. (facebook.com/Jornal-BrasíliaCapital, e-mail: [email protected]).

melhores amigos, eles já sabem do que gostamos sem a gente precisar falar o que é. mamãe sempre me tratou igual, sem me ver diferente, até por que eu não sou diferente de ninguém mesmo. (Baseado na leitora giselle - Curitiba/PR)

prograMação

Domingo (6/12)Show: Pixote na Bamboa, às 22h – SmAS Trecho 3 (próximo ao Park Shopping). ingresso Pista feminino R$ 30 e masculino R$ 40; Camarote feminino R$ 50 e masculino R$ 60. Classificação 18 anos.Show: Samba das meninas, com grupo SaiaBamba e DJ Paty merenda, às 17h, no Outro Calaf – SBS Quadra 2. ingresso R$ 25. Classificação 18 anos.Teatro: Comédia Capital, às 20h, no Teatro Brasília Shopping – SCN Quadra 5. A entrada são 5 Kg de alimento não perecível. Classificação livre.

Quinta-feira (10/12)Show: Zé Felipe e Só Pra Xamegar na Bamboa, às 22h – SmAS Trecho 3 (próximo ao Park Shopping). ingresso Pista feminino R$ 50 e masculino R$ 70; Camarote feminino R$ 70 e masculino R$ 90. Classificação 16 anos.Show: lançamento do CD metamorfose, às 22h, na uK music Hall – 411 Sul. ingresso R$ 20. Classificação 18 anos.Teatro: O Capote, às 20h, no CCBB – SCES Trecho 2. ingresso R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Classificação 12 anosTeatro: um Sentido Fora do lugar, às 20h, no CCBB – 601 Norte (ao lado do Serpro). ingresso R$ 20

Sexta-feira (11/12)Show: Estratosférica – 50 anos de carreira, com gal Costa, às 21h, no Centro de Convenções ulysses guimarães – Eixo monumental. ingresso Poltrona Superior R$ 50, Poltrona Especial R$ 100, viP la-teral R$ 100 e Poltrona viP R$ 180. Classificação 14 anosShow: Bell marques e Oito Sete Nove Quatro, às 22h, na villa mix – SHTN Trecho (ao lado do Espaço da Corte). ingresso Frente Palco feminino R$ 90 e masculino R$ 110; Camarote feminino R$ 160 e masculino R$ 200. Classificação 18 anosTeatro: ghost-oso, o “Sprito” Natalino, com Barcaça dos Beltra-nos, às 21h15, na Casa d’italia – 208/209 Sul. ingresso R$ 30 (in-teira) e R$ 10 (meia). Classificação 14 anos

Sábado (12/12)Show: Harmonia Prime, com Harmonia do Samba e Santo Pe-cado, às 16h, no Aloha Day Club – Orla da Concha Acústica. in-gresso feminino R$ 50 e masculino R$ 70. Classificação 16 anos.Show: QBeleza!, às 17h, no Doka Beach Club – Orla da Concha Acústica. ingresso R$ 30. Classificação 18 anosShow: indie Party – Best of 2015, com Patricia gontijo, André Bar-ros, Bruno Antun e valentim, às 23h, no la ursa – SBN Quadra 2. ingresso R$ 30. Classificação 18 anosTeatro: 220 volts, com Paulo gustavo, às 21h30, no Centro de Convenções ullysses guimarães – Eixo monumental. ingresso Poltrona viP R$ 90; Poltrona viP lateral R$ 80; Poltrona Especial R$ 80; Poltrona Especial lateral R$ 60 e Poltrona Superior R$ 25. Classificação 14 anos

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Page 16: Brasília Capital 237

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