brasil rotário - setembro de 2011

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ROTARIO www.brasil-rotario.com.br SETEMBRO 2011 ANO 86 Nº 1071 A REVISTA REGIONAL DO ROTARY NO BRASIL BRASIL A maior obra educacional do Rotary FUNDAÇÃO DE ROTARIANOS DE SÃO PAULO capa C.indd 30 12/8/2011 15:36:15

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Edição nº 1.071 da revista Brasil Rotário. Setembro de 2011.

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Page 1: Brasil Rotário - Setembro de 2011

ROTARIO

www.brasil-rotario.com.br

SETEMBRO 2011 ANO 86 Nº 1071A REVISTA REGIONAL DO ROTARY NO BRASIL

BRASIL

A maior obra educacional do Rotary

FUNDAÇÃO DE ROTARIANOS DE SÃO PAULO

capa C.indd 30 12/8/2011 15:36:15

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Sumário05

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18

Sucessora de “Notícias Rotárias” e “Rotary Brasileiro”. Publicação mensal dedicada à divulgação do Ideal de Servir. Revista regional do Rotary International para os rotarianos do Brasil.ROTARIO

BRASIL

Pág. 30 COLÉGIO RIO Branco:

projeto educacional de alto nível e em sintonia com a

responsabilidade social

04 Cartas e recados Saudades06 Curtas23 Interact & Rotaract27 Cultura43 Autores rotarianos46 Distritos em revista

65 Senhoras em ação66 Reconhecimentos da Fundação Rotária69 Rotarianos que são notícia70 Os 50 mais71 Aconteceu na Brasil Rotário...72 Relax

Seções

Fotos da capa e desta página: Nina Bruno

MENSAGEM DO PRESIDENTE

Kalyan Banerjee

COLUNA DO DIRETOR RIUm novo mundo pode ser encontrado perto de vocêJosé Antonio Figueiredo Antiório

ROTARY MUDANDO VIDAS

Caridade sem fronteirasKate Nolan

SOCIEDADE

Vem aí a Rio + 20Eduardo Athayde

TRADIÇÃO E HISTÓRIA

Os valores do rotarianoLuiz Coelho de Oliveira

COLUNA DA ABTRFUtilizando a ferramenta certaGerson Gonçalves

CAPA

Educação com responsabilidade socialLuiz Renato D. Coutinho e Nuno Virgílio Neto

NÓS E O ROTARY

Não se lava carro alugadoAntonio Hallage

COLUNA DOS COORDENADORES REGIONAIS DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA

Captação de recursosHenrique Vasconcelos e José Carlos Carvalho

COLUNA DO CHAIR DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA

Qual será o seu legado?William B. Boyd

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2 Setembro de 2011

ÉTICA. Um princípio que não pode ter fim. Campanha em prol de mais ele vados padrões de ética. Apoio dos Rotary Clubs do Brasil

Governadores de distrito no Brasil em 2011-12Conselho diretor 2011-12

Curadores da Fundação rotária 2011-12

PRESIDENTEKalyan Banerjee

PRESIDENTE ELEITOSakuji Tanaka

VICE-PRESIDENTENoel A. Bajat

TESOUREIROElio Cerini

DIRETORESJosé Antonio Figueiredo AntiórioAllan O. JaggerBarry MathesonElizabeth S. DemarayJohn C. SmargeJuin ParkKenneth M. Schuppert Jr.Kenneth R. BoydKenneth W. GrabeauMasaomi KondoPaul KnyffSamuel F. OworiShekhar MehtaStuart B. HealYash Pal Das

SECRETáRIO-gERaL John Hewko

CHaIRWilliam B. Boyd

CHaIR ELEITOWilfrid J. Wilkinson

VICE-CHaIRSamuel Okudzeto

CURaDORESAntonio HallageAnne L. MatthewsAshok M. MahajanDoh BaeDong Kurn LeeIan H. S. RiseleyJackson San-Lien HsiehJohn F. GermJohn KennyKazuhiko OzawaLynn A. Hammond Stephen R. Brown

SECRETáRIO-gERaLJohn Hewko

DISTRITO 4310Marco antonio ColenciRotary Club de Botucatu-Cuesta, SP

DISTRITO 4390Marly Ribeiro de Souza aprigioRotary Club de São Miguel dos Campos, AL

DISTRITO 4410Elias Cauerk MoysésRotary Club de Vitória-Praia Comprida, ES

DISTRITO 4420Fernando Dias SobrinhoRotary Club de Ribeirão Pires, SP

DISTRITO 4430Ennio CaramellaRotary Club de Guarulhos-Vila Galvão, SP

DISTRITO 4440João Mário Silva MaldonadoRotary Club de Cáceres-Pantanal, MT

DISTRITO 4470Elvio gussonRotary Club de Campo Grande-Pantanal, MS

DISTRITO 4480Pedro appendino NetoRotary Club de Auriflama, SP

DISTRITO 4490Francisco alves do NascimentoRotary Club de Teresina-Sul, PI

DISTRITO 4500Vandique Henriques CoutinhoRotary Club de João Pessoa-Norte, PB

DISTRITO 4510Márcio Cavalca MedeirosRotary Club de Marília-Pioneiro, SP

DISTRITO 4520 Everaldo Silveira de almeidaRotary Club de Acesita, MG

DISTRITO 4530Julio Cezar Pimentel de SantanaRotary Club de Brasília-Leste, DF

DISTRITO 4540Fernando Jorge Vallada RoselinoRotary Club de Ribeirão Preto-Jardim Paulista, SP

DISTRITO 4550Durval OlivieriRotary Club da Bahia, BA

DISTRITO 4560Fabiano antônio de SouzaRotary Club de Itapecerica, MG

DISTRITO 4570Wanderley ChiezaRotary Rio de Janeiro-Jardim Botânico, RJ

DISTRITO 4580José Carlos Ferreira CampêloRotary Club de Além Paraíba, MG

DISTRITO 4590Nelson Micuci garciaRotary Club de Campinas, SP

DISTRITO 4600José Maria CruzRotary Club de Volta Redonda-Leste, RJ

DISTRITO 4610Ligéia Benícia almeida StivaninRotary Club de Cotia-Granja Viana, SP

DISTRITO 4620gilberto SeverinoRotary Club de Ourinhos, SP

DISTRITO 4630Flávio aparecido ZuntaRotary Club de Santa Fé, PR

DISTRITO 4640Edgar BehneRotary Club de Francisco Beltrão-Integração, PR

DISTRITO 4650Larry ClaubergRotary Club de Trombudo Central, SC

DISTRITO 4651Carlos augusto PimentaRotary Club de Itajaí, SC

DISTRITO 4660Marco antonio CortezRotary Club de Santo Angelo, RS

DISTRITO 4670José antonio gonçalves DiasRotary Club de São Leopoldo, RS

DISTRITO 4680Valdir BruxelRotary Club de Santa Cruz do Sul-Oeste, RS

DISTRITO 4700gilmar FiebigRotary Club de Erechim, RS

DISTRITO 4710João Pedroso FilhoRotary Club de Arapongas-Maracanã, PR

DISTRITO 4720arno VoigtRotary Club de Rolim de Moura, RO

DISTRITO 4730Romualdo José InckotRotary Club de Araucária, PR

DISTRITO 4740Célio Valtair gomesRotary Club de Anita Garibaldi, SC

DISTRITO 4750Paulo Coreti Brito alvesRotary Club de Guarús, RJ

DISTRITO 4760antônio augusto Santos NunesRotary Club de Belo Horizonte-Barreiro, MG

DISTRITO 4770Domingos de Freitas FerreiraRotary Club de Goiânia-Rio Araguaia, GO

DISTRITO 4780José Cladimir Silveira FleckRotary Club de Santiago, RS

RotaRy InteRnatIonalOne ROtaRy CenteR 1560 SheRman avenue evanStOn, IllInOIS, uSa

www.rotary.org

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Page 5: Brasil Rotário - Setembro de 2011

3Brasil rotário

Leia Ano 86 Setembro, 2011 nº1071

Conselho sUPeRIoRColégio de Diretores do RI – Zonas 22 e 23 A)

Conselho De ADMInIsTRAÇÃo 2011-13Diretoria ExecutivaPresidenteRicardo Vieira Lima Magalhães GondimVice-Presidente de Operações Milton Ferreira TitoVice-Presidente de AdministraçãoWaldenir de BragançaVice-Presidente de FinançasWilmar Garcia BarbosaVice-Presidente de Planejamento e ControleBemvindo Augusto DiasVice-Presidente de MarketingJosé Alves FortesVice-Presidente de Relações InstitucionaisJosé Luiz FonsecaVice-Presidente JurídicoJorge BragançaMeMBRos eFeTIVosDulce Grünewald Lopes de OliveiraFernando Antonio Quintella RibeiroGeraldo da ConceiçãoHertz UdermanJosé Moutinho DuarteJosé Ubiracy SilvaMárcio Cavalca MedeirosVicente Herculano da SilvaMeMBRos sUPlenTesAbel Mendes Pinheiro JúniorFernando Teixeira Reis de SouzaGeRenTe eXeCUTIVoGilberto GeisselmannAssessoResAlberto de Freitas Brandão Bittencourt Aroldo Mendes de AraujoEduardo Alvares de Souza Soares Eduardo de Barros PimentelFlávio Antônio Queiroga MendlovitzGedson Junqueira BersaneteHerlon Monteiro FontesIvo Arzua PereiraOrlando GraneiroTaketoshi Higuchi

Conselho FIsCAlMembros efetivosJoper Padrão do Espírito SantoRil Moura Sebastião PortoSuplentesCláudio da Cunha ValleNilson MouraPaulo César Tinoco

Conselho ConsUlTIVo De GoVeRnADoResMembros natos efetivosGovernadores 2011-12RepresentanteMárcio Cavalca Medeiros

CoMIssÃo eDIToRIAl eXeCUTIVA PresidenteRicardo Vieira Lima Magalhães GondimMembrosBemvindo Augusto DiasGilberto Geisselmann José Alves FortesLuiz Renato Dantas CoutinhoManoel MagalhãesMilton Ferreira TitoNuno Virgílio NetoRenata Coré

Conselho eDIToRIAl ConsUlTIVoPresidenteRicardo Vieira Lima Magalhães GondimMembrosBemvindo Augusto DiasFernando Antonio Quintella RibeiroJorge BragançaJosé Alves FortesJosé Luiz FonsecaJosé Ubiracy SilvaMárcio Cavalca MedeirosMário César de CamargoMilton Ferreira TitoWaldenir de BragançaWilmar Garcia Barbosa

Mário de Oliveira Antonino(Recife-PE)EDRI 1985-87

Gerson Gonçalves(Londrina-PR)EDRI 1993-95

José Alfredo Pretoni(São Paulo-SP)EDRI 1995-97

Hipólito Sérgio Ferreira(Belo Horizonte-MG)EDRI 1999-01

Alceu Antimo Vezozzo(Curitiba-PR)EDRI 2001-03

Luiz Coelho de Oliveira(Limeira-SP)EDRI 2003-05

Themístocles A. C. Pinho(Niterói-RJ)EDRI 2007-09

Antonio Hallage (Curitiba-PR)EDRI 2009-11

José Antonio Figueiredo Antiório(Osasco-SP)DRI 2011-13

Revista de Propriedade da Cooperativa Editora Brasil RotárioCNPJ 33.266.784/0001-53 Inscrição Municipal 00.883.425

Av. Rio Branco, 125, 18º andar CEP: 20040-006 – Sede própriaRio de Janeiro – RJ Tel: (21) 2506-5600 / FAX: (21) 2506-5601

Site: www.brasil-rotario.com.br E-mail: [email protected]

Carlos Henrique de Carvalho Fróes(Rio de Janeiro-RJ)EGD 1986-87 e ex-presidente da Cooperativa Editora Brasil Rotário

eXPeDIenTeEDITOR: Ricardo Vieira Lima Magalhães Gondim JORNALISTA RESPONSÁVEL: Luiz Renato D. Coutinho – Jorn. Prof. 25583RJREDATOR-CHEFE: Nuno Virgílio NetoREDAÇÃO: Alex Mendes, Armando Santos, Luiz Renato D. Coutinho, Manoel Magalhães, Maria Cristina Andrade, Maria Lúcia Ribeiro de Sousa, Nuno Virgílio Neto e Renata CoréIMPRESSÃO: Log & Print Gráfica e Logística S.A.DIGITALIZAÇÃO: Alex Mendes e Armando SantosTIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 56.500 exemplaresENDEREÇO: Av. Rio Branco, 125 – 18º andar – Rio de Janeiro – RJCEP 20040-006 – Tel.: (21) 2506-5600E-MAIL DA REDAÇÃO: [email protected]: www.brasil-rotario.com.br*As matérias assinadas são de inteira responsabilidade dos seus autores.

A Brasil Rotário, consciente de sua responsa-bilidade ambiental e social, utiliza papéis com certificado FSC (Forest Stewardship Council) para a impressão desta revista. A Certificação FSC garante que uma matéria-prima florestal provenha de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado.

No calendário do Rotary, setembro é o Mês das Novas Gerações. A melhor maneira de se comemorar a juventude é ensinar os jovens

a acreditar em seus próprios sonhos. Para quem tem uma vida cheia de possibilidades pela frente, nada pode ser mais frustrante do que se ver obrigado a desistir de um sonho antes mesmo de começar a sonhá-lo.

É nessa hora que a educação faz toda a diferença. Um jovem que tem a chance de desenvolver suas ha-bilidades e de se situar numa perspectiva histórica que o permita ver que outros homens e mulheres, antes dele, sonharam sim sonhos impossíveis, e que tudo que ele deseja na vida pode ser conquistado com ética, dignidade e solidariedade, é alguém mais preparado para não desistir diante das primeiras dificuldades.

Considerada a maior obra educacional do Rotary em todo o mundo, e prestes a completar 65 anos de história, a Fundação de Rotarianos de São Paulo vem capacitando gerações de jovens brasileiros a sonhar. Seja por meio do Colégio Rio Branco (uma das mais tradicionais instituições de ensino de São Paulo), das Faculdades Integradas ou do ensino gratuito que oferece a jovens de baixa renda na Escola para Crianças Surdas e no Centro Profissionalizante, a Fundação de Rotarianos de São Paulo alinha todas as suas atividades em uma única filosofia: servir com excelência, por meio da educação, formando cidadãos éticos, solidários e competentes.

Durante dois dias de visita a essas instituições, nossa reportagem pôde conhecer de perto como essa proposta se converte em pedagogia. São histórias de professores e alunos que veem o futuro como um lugar de menos diferenças e mais convívio – e um Brasil que se fará grande não somente pelo tamanho de sua economia, mas pelas oportunidades que con-seguir gerar para todos. Ou como nos disse Sabine Vergamini, diretora da Escola para Crianças Surdas: “Aqui a gente parte do princípio de que incluir uma criança é dar a ela a mesma oportunidade de aprender e evoluir que é dada às outras”. Um passeio imperdível que começa na página 30.

Ainda comemorando o Mês das Novas Gerações, tema abordado pelo presidente Kalyan Banerjee em sua coluna mensal, trazemos uma grande novidade: a reformulação da seção Interact e Rotaract, agora ampliada e com novo conteúdo. Esperamos que vocês gostem.

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4 SETEMBRO DE 2011

Escritório do RI no Brasil Home page: http://www.rotary.org.br

EndereçoRua Tagipuru, 209São Paulo – SP – BrasilCEP: 01156-000Tel: (11) 3826-2966Fax: (11) 3667-6575Horário: 2ª a 6ª, de 8h às 17h

GerenteCelso [email protected]

Quadro Social (Assistência aos Governado-res de Distrito e aos Clubes)Débora Watanabe<[email protected]>

Supervisor da Fundação RotáriaEdilson M. Gushiken<[email protected]>

Supervisor FinanceiroCarlos A. Afonso<[email protected]>

Encomendas de Publicações, Materiais e Programas AudiovisuaisClarita [email protected].: (11) 3826-2966Fax: (11) 3667-6575

Rotary InternationalSecretaria (Sede Mundial)1560 Sherman Avenue,Evanston,Il 60201 USAPhone: 00-21-1847 866-3000 Fax: 00-21-1847 328-8554Horário: 8h30 às 16h45 (horário de Washington)

A Seu Serviço

SaudadesSaudades

As correspondências para esta seção podem ser enviadas para o e-mail [email protected] ou para a Avenida Rio Branco, 125/18º andar – Centro – Rio de Janeiro/RJ; CEP: 20040-006. Em razão do seu tamanho ou para facilitar a compreensão, os textos poderão ser editados.

Cartas e recadosTreinamentoÉ extremamente valiosa a presença do ex-governador nos eventos distritais, principalmente durante os Seminários de Treinamento, mesmo que não esteja escalado para fazer a apresentação de uma palestra. Cada ex-governador tem vasta experiência e conhecimentos para serem compartilhados com os rotarianos, principalmente com os mais novos associados, que enxergam no ex-governador uma referência de apoio e instruções rotárias nos bastidores dos seminários, local onde se aprende de forma personalizada.Antonio José Zago, instrutor distrital 2009-12 (D. 4440)

Mensagens recebidas pelo Twitter @BrasilRotario

A Brasil Rotário é a única revista que leio inteira. Parabéns. – André Oliveira, do Interact Club de Maringá

Mensagens recebidas pelo Facebook

A cantora britânica Adele ganha destaque na revista Brasil Rotário [seção Cultura, edição de agosto]. Adorei ler a matéria! – Jhuan Caramalac, do Inte-ract Club de Água Clara, MS

Parabéns a todos que se dedicaram na elaboração da revista de julho de 2011. Adorei! Reportagens maravilhosas e muito bem feitas. – Ligia Helena Pagan, rotariana de Foz do Iguaçu, PR

Agerson Tabosa Pinto, governador 1984-85 do distrito 4490. Com mais de 20 participações em convenções internacionais do Rotary, é provavelmente o recordista brasileiro.

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Clovis Cabral, associado veterano do Rotary Club do Recife e associado honorário do Rotary Club do Recife-Frei Caneca, PE (D. 4500).

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Edmar Benedito da Costa Marques, ex-presidente do Rotary Club de Rosá-rio-Oeste e associado honorário ao Rotary Club de Arenápolis, MT (D. 4440).

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João Batista da Costa, associado fundador do Rotary Club de Belo Jardim, PE (D. 4500).

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Joinville Pahim Leme, governador 1994-95 do distrito 4610, associado ao Rotary Club de São Paulo e associado honorário do Rotary Club de Araça-tuba-Cidade Amiga, SP (D. 4470).

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José Marques Bezerra, associado ao Rotary Club de Itapetim, PE (D. 4500).� � �

Lucia Helena Resende Barbosa, associada ao Rotary Club de Bangu, RJ (D. 4570).

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Page 7: Brasil Rotário - Setembro de 2011

NA REDE

Leia os pronunciamentos e as notícias do presidente

do RI Kalyan Banerjeeacessando o site

www.rotary.org/president

5BRASIL ROTÁRIO

Mensagem do presidente

5BRASIL ROTÁRIO

KALYAN BANERJEE

PRESIDENTE DO ROTARY INTERNATIONAL

MEUS QUERIDOS IRMÃOS E IRMÃS NO ROTARY,

Overde é a nossa cor neste ano rotário 2011-12. Mas por quê? Porque o

verde é a cor da primavera, de uma nova vida, das folhas brilhantes que

brotam dos galhos. Porque eu não tenho dúvidas de que este é o tempo

de deixarmos o Rotary mais “verde” – substituindo nossa palidez cinzenta pelas

brilhantes matizes do verde.

De maneira geral, apenas 11% dos nossos associados têm menos de 40 anos de

idade, enquanto 68% estão acima dos 50 anos – e 39%, acima dos 60. Não é difícil

imaginar o que nos espera nos próximos dez, 20 ou 30 anos se não fi zermos algo

agora. E não é fácil recrutar novos membros. Precisamos de associados mais jovens,

que darão novo fôlego e um vigor renovado ao Rotary.

Mas como podemos atrair esses jovens de hoje, que são tão diferentes, em tantos

aspectos, dos jovens profi ssionais de uma ou duas gerações atrás? Antes de tudo,

precisamos ir aonde eles estão – e para muitos dos jovens de hoje, este lugar é a in-

ternet, o Facebook e o Twitter, porque eles estão no e-mail ou nos smartphones. Por

isso, nos dias de hoje os Rotary Clubs que não têm presença na internet são incon-

cebíveis. O site de um clube é a sua face pública – e é fundamental que ela seja boa.

Acredito, acima de tudo, que precisamos resgatar o conceito de família do Rota-

ry. Precisamos olhar cada clube como uma família, formada pelos rotarianos, seus

familiares, rotaractianos, interactianos, intercambistas, ex-bolsistas da Fundação

Rotária e outros. Há que se considerar que a retenção é um conceito que não se

aplica unicamente aos rotarianos, mas a toda essa família rotária.

Com frequência, fi camos à procura de novos associados, mas não enxergamos a

nova geração que está perto de nós, esperando para ser chamada. Temos de encontrar

novos associados, capazes e entusiasmados, que serão nossos presidentes de clube,

governadores e líderes do futuro.

Devemos isto à nossa família do Rotary – seja a passada, a atual ou a futura – para

garantirmos que esta nossa geração de rotarianos não será a última. Temos, num

sentido muito real, que abraçar toda a nossa família do Rotary para que possamos

envolver melhor toda a humanidade.

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Page 8: Brasil Rotário - Setembro de 2011

6 SETEMBRO DE 2011

Curtas

Quantos somosNo mundoNúmero de clubes: 34.106; Total de rotarianos: 1.215.231 (sendo 206.530 mulheres); Países e regi-ões onde o Rotary está presente: 213; Número de distritos rotá-rios: 530; Rotaract Clubs: 8.801 em 171 países, com um total de 202.423 rotaractianos; Interact Clubs: 13.566 em 135 países,

com 312.018 interactianos; Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comuni-tário: 7.265 em 80 países, reunindo 167.095 voluntários não rotarianos.

No BrasilNúmero de clubes: 2.354; Total de rotarianos: 54.772 (sendo 10.785 mulheres); Número de distritos ro-tários: 38; Rotaract Clubs: 687, com

um total de 15.686 rotaractianos; Interact Clubs: 768, com um total de 17.664 interactianos; Núcleos Rotary de Desenvolvimento Co-munitário: 321, reunindo 7.383 voluntários não rotarianos.

Fonte: Escritório no Rotary International no Brasil (dados de 2 de agosto de 2011)

Seu clube está crescendo?Então conte para nós!

ABrasil Rotário está em busca de boas histórias sobre o crescimento do

Rotary em nosso país. Por isso, se seu clube ou distrito vem realizando algum projeto bem-sucedido voltado à admissão de novos associados, envie seu

Participante do programa Intercâmbio de Jovens do Rotary aqui no Brasil, Marlana Hinkley, dos Estados Unidos, coordenou a organização do

jantar Ajudar é Massa, evento no qual foram arrecadados 4.000 reais para a ShelterBox, ONG criada e mantida com a ajuda do Rotary, e que tem prestado abrigo a milhares de pessoas todos os anos em diversos locais do planeta atingidos por catástrofes climáticas e confl itos. Marlana fez uma apresentação para 80 pessoas sobre o trabalho da ShelterBox (foto). O jantar foi promovido com a ajuda do Rotary Club de Belo Horizonte-Pampu-lha, MG, e de outros clubes do distrito 4760.

Os rotarianos que fazem parte do Grupo de Compa-nheirismo dos Rotarianos Motociclistas na América do Sul também ajudaram a ShelterBox, doando uma quantia sufi ciente para a compra de um kit de ajuda. A campanha

relato para o e-mail redacao@b r a s i l - r o t a r i o . c o m . b r o u para nosso endereço postal. As melhores iniciativas serão destacadas em nossas próximas edições e servirão como fonte de inspiração para outros clubes que também estão tentando crescer.

Intercambista e motociclistas ajudam a ShelterBox

foi feita para comemorar a entrada do 500o associado ao grupo e o Dia do Motociclista (27 de julho).

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Page 9: Brasil Rotário - Setembro de 2011

7Brasil rotário

BR

Associado ao Rotary Club de Norman, nos Estados Unidos, Ron D. Burton foi escolhido pela Comissão de Indicação como presidente do

Rotary International para o ano 2013-14. Ele se tornará presidente indicado em 1º de outubro se não houver candidatos opositores.

Burton se aposentou em 2007 como presidente da University of Oklahoma Foundation Inc. Membro da Ordem dos Advogados dos Estados Unidos, ele integra as seções do condado de Cleveland e do Estado de Oklahoma.

“Este é um ótimo momento para ser rotariano”, disse Burton. “Acredito que, com o Plano Estratégico e o Visão de Futuro, podemos nos beneficiar de nossos pontos for-tes. Quero fazer com que todos os associados entendam o verdadeiro significado de ser rotariano. E com estes dois novos recursos podemos alcançar este objetivo.”

Rotariano desde 1979, Ron D. Burton é vice-presidente da Comissão Visão de Futuro e integrante da Força-tarefa de Erradicação da Poliomielite para os Estados Unidos. Ele serviu como diretor do RI, curador da Fundação Rotária e vice-chair do Conselho de Curadores; moderador, moderador assistente e líder de grupo de discussão da Assembleia Internacional; e governador de distrito. Além disso, atuou como presidente da Comissão da Convenção de Nova Orleans, este ano, e foi assessor de William B. Boyd durante sua presidência no Rotary International, em 2006-07.

Muito atuante em sua comunidade, Ron é fundador e ex-presidente da Norman Public School Foundation, além de fundador e ex-integrante do conselho diretor da Norman Community Foundation. Burton acredita que a

promoção de altos padrões éticos é uma das qualidades que distinguem o Rotary de outras organizações. Ele recebeu o Prêmio Dar de Si Antes de Pensar em Si, a Menção da Fundação Rotária por Serviços Meritórios, o Prêmio da Fundação Rotária por Serviços Eminentes e o Prêmio por Atuação Internacional em Prol de um Mundo Livre da Pólio. Ele e a esposa, Jetta, têm dois filhos e três netos.

Com texto de Ryan Hyland para o Rotary International.

Presidente 2013-14 é escolhido

l BURTON E a esposa, Jetta, durante a Convenção de Birmingham, em junho de 2009

Rotary International

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Page 10: Brasil Rotário - Setembro de 2011

8 SETEMBRO DE 2011

Curtas

B ill Gates, Desmond Tutu (foto), Jackie Chan, Jack Niklaus e Jane Goodall, todos demonstraram o seu apoio à erradicação da pólio por meio da campanha

Falta Só Isto, promovida pelo RotaryNo site www.thisclose.net você pode criar o seu próprio

anúncio, escolhendo entre uma variedade de silhuetas e car-regando a sua foto a partir do seu computador, webcam ou página do Facebook. Seu anúncio personalizado aparecerá ao lado de centenas de outros, já postados na galeria online. Você poderá ainda compartilhá-lo com amigos e familiares por e-mail e sites de relacionamento pessoal, como o Twitter e o Facebook, e ver outros do mundo inteiro.

A campanha Falta Só Isto foi iniciada em 2010 e apare-ceu em publicações como o USA Today, o Chicago Tribune e no Wall Street Journal Asia. Os rotarianos que foram a Montreal para a Convenção 2010 do RI puderam ver as peças publicitárias no Aeroporto Internacional Pierre Elliott Trudeau da cidade.

Na sua própria comunidade, você poderá usar materiais da campanha para ajudar na arrecadação de recursos para o Desafi o de 200 Milhões de Dólares do Rotary, um esforço mundial para equiparar a doação de 355 milhões de dólares,

O que se come pelas ruasBangcoc, capital da Tailândia, ostenta uma série de

restaurantes sofi sticados e chefs célebres, mas podem ser encontradas opções gastronômicas igualmente de-

liciosas pelas ruas. Estando na Convenção do RI de 2012, de 6 a 9 de maio, tente experimentar o que se vende nas ruas. Duas dicas bem simples: coma onde o povo tailandês está comendo, e escolha ruas movimentadas em que os vendedores estão ocupados.

O molho tailandês é muito picante e, nos restaurantes, é adicionado à maioria das iguarias. Ao especifi car ao atendente o quão apimentada quer a sua comida, lembre-se que o tailandês entende o suave e o picante como cerca de 10 vezes mais do que você imagina.

Em cada canto da cidade, pode-se encontrar grelhados e espetinhos de frango, carne, porco, polvo, almôndegas, peixe inteiro e mesmo tofu no vapor. Sempre existe um molho doce, travoso, que se pode adicionar.

Na Tailândia, as frutas frescas são descascadas, corta-das e salpicadas com sal temperado ou misturadas com um pouco de açúcar e gelo. Você encontrará bananas, assim como manga, melão, abacaxi, além de dragon fruit (fruta

feita pela Fundação Bill & Melinda Gates, para erradi-car a pólio. Alem de dar um tom pessoal aos anúncios, você ainda poderá:

1. Baixar materiais de divulgação do Falta Só Isto no endereço www.rotary.org/mediacenter ou confi -gurar um anúncio existente para promover a campanha do seu clube e arrecadar fundos. Envie um e-mail para [email protected] e peça mais detalhes.

2. Incorporar o Falta Só Isto ao planejamento de relações públicas do seu clube.

3. Pedir à imprensa local e às empresas de publicidade e estações de TV e rádio para que concedam inserções ou forneçam descontos para tal.

4. Convidar alguma celebridade para integrar a cam-panha Falta Só Isto como um embaixador e participar dos eventos em prol de arrecadação de fundos na sua comunidade.

de cacto) e durian (semelhante à jaca), que poderão ser distinguidos por seu sabor e odor muito fortes.

Procure o kôw taan, um aperitivo feito de arroz estu-fado, aglomerado com suco de melão e pulverizado com açúcar de palma. Beba uma cerveja gelada e vá em frente. A combinação agridoce fi ca perfeita em um dia quente e úmido (Julia Middleton, para a The Rotarian)

Contagem regressiva

Inscreva-se para a Convenção 2012 do RI, em Bangcoc, acessando www.rotary.org/convention

Faça o seu anúncio Falta Só Isto

8 SETEMBRO DE 2011

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Page 11: Brasil Rotário - Setembro de 2011

9BRASIL ROTÁRIO

Marcos Ricardo Klitzke, associado ao Rotary Club de Timbó-Pérola do Vale, SC (D. 4650), e administrador

de empresas, foi um dos seis integrantes selecionados para integrar o Comitê Mundial do Ryla, na condição de membro titular durante a gestão 2010-12.

O Ryla, Prêmios Rotários de Liderança Juvenil, é uma iniciativa de treinamento do Rotary voltada aos jovens. O programa é oferecido a pessoas entre 14 e 30 anos, indicadas por meio das instituições de ensino às quais estão vinculadas.

Quase 10 milhões decrianças vacinadas contra a pólio na segunda etapa

Resultado preliminar da segunda etapa de vacinação contra a poliomielite aponta que 9,7 milhões de crianças foram vacinadas em todo o país em 13 de agosto, um

sábado, na segunda etapa de mobilização nacional contra a doença. Este número representa 68,4% do público alvo, formado por 14.186.318 crianças menores de cinco anos.

“A nossa expectativa é repetir o sucesso da primeira etapa da campanha, em que houve um recorde, com 100% das crianças vacinadas”, afi rmou na época o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, ressaltou que este percentual do balanço não representa todo o universo de crianças vacina-das no sábado. “Isso ocorre porque as informações ainda

MUSTAFÁ KAZI, pai de Gabriela, de 9 meses, leva a filha para vacinar logo cedo em um posto de saúde de Brasília

estão sendo computadas pelas secretarias estaduais”, explicou o secretário. Segundo Barbosa, as secretarias municipais e estaduais estão repassando estes dados com mais rapidez nesta segunda etapa. (Mauren Rojahn, da Agência Saúde)

Balanço parcialJ

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O Ryla enfatiza a liderança, cidadania e crescimento pessoal. Oferecer treinamen-to efi caz para jovens e líderes em potencial é uma das ênfases do Rotary.

Para ser um membro do Conselho Mundial, o rotariano precisa ter experi-

ência no Ryla, tendo atuado como coordenador, diri-gente distrital, participante ou conselheiro de Rylas internacionais. A fluência na língua inglesa é outra exigência. Criatividade, experiência internacional e um bom currículo também são levados em conta na escolha dos integrantes.

Representando o Brasil no Comitê Mundial do Ryla

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10 Setembro de 2011

José Antonio Figueiredo Antiório

Coluna do diretor do Rotary International

Um novo mundo pode ser encontrado perto de você

Como diretor do Rotary In-ternational para o Brasil e a América do Sul, gostaria de ter a visão do Rotary como

uma organização em ascensão em relação ao seu quadro associativo e à idealização e implantação de projetos que favoreçam as nossas comunidades, assim como gostaria que a Fundação Rotária pudesse ter recursos advindos de rotarianos, empresas e doadores comprometi-dos com o ideal de servir.

Quando menino, sempre sonhei em estudar e ter uma formação profissional digna, conseguir um trabalho que me permitisse sonhar com um mundo melhor para mim, minha família, meus filhos, meus pais e, principalmente, para as pessoas que não tiveram a oportu-nidade de nascer em um berço tão acolhedor como eu tive.

Imaginava um mundo diferente, onde homens e mulheres teriam a oportunidade de aprender a ler, escrever, fazer contas e interpretar a vida por meio dos ensinamentos adquiridos na escola. Um mundo onde eles teriam trabalho e boa remuneração, e que seria melhor para eles e seus familiares.

Pensava num mundo onde não haveria bandeiras diferentes e onde os homens não se agredi-

riam. Um mundo sem guerras, onde brancos, negros, índios, amarelos, pobres e ricos poderiam sonhar com o fim das diferenças sociais. Sonhei com um mundo sem desastres, tempestades, furacões, inundações e soterramentos.

Cresci, já não sou menino, mas me fiz homem, pai, marido, compa-nheiro, avô, sogro, irmão, cunhado, tio, amigo e colega de trabalho. E comecei a sentir que a busca da felicidade tem um caminho: nos reu-nirmos em torno de um mesmo ideal, para que todos os desastres possam ser absorvidos em uma grande fo-gueira, queimando tudo de ruim. E das cinzas dessa fogueira nasce um novo mundo, onde uma organização é capaz de dar nova perspectiva para a humanidade. Este novo mundo pode ser encontrado perto de você, e eu o convido para vir a ele por meio do Rotary International.

Desafios para crescerMuitos de nós vivemos o Rotary intensamente. Outros o vivem sem perceber tudo aquilo que podemos fa-zer. E outros nem sabem onde estão. Na América do Sul, 52% ou mais dos nossos clubes estão com menos de 20 associados. São clubes tão pequenos que nem sempre conseguem fazer um planejamento estratégico e, muito

menos, formar suas equipes de tra-balho (o Conselho Diretor). Reali-zar projetos, então, nem pensar – e a juventude (que se apresenta sem-pre vibrante, sonhadora, moderna e ligada às inovações tecnológicas) não existe, pois não sabemos nos aproximar dela, e quando o faze-mos é de forma desordenada, num sentido paternalista, que apenas desagrega e não nos permite obter resultados.

Quanto à mulher no Rotary, até hoje vemos clubes que têm “alergia” à presença delas, esque-cendo-se de que a não integração

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Para fazer comentários e sugestões sobre o tema deste artigo, escreva para [email protected]

de homens e mulheres em nossos quadros nos faz ver um futuro ne-gro. Esquecendo-se de que esses clubes não sobreviverão, pois a mulher ocupa um grande espaço no meio político e social deste mundo globalizado.

Por tudo isso, enfatizamos o desenvolvimento do nosso quadro associativo, estimulando que em cada clube esse assunto seja refle-tido e debatido com o objetivo de encontrarmos um modus facient para adquirirmos mais braços no

afã de diminuirmos as diferenças sociais em todo o mundo.

Nossos coordenadores regionais do Rotary, de Imagem Pública e da Fundação Rotária foram treinados em Chicago para estar ao lado de todos nós, realizando seminários conjuntos para evitar desperdício de tempo para os rotarianos e rotarianas muito ocupados com suas atividades profissionais.

Será nesses seminários que nos conscientizaremos sobre o que é o Ro-tary, onde nós estamos, o que pode-mos fazer, como podemos arrecadar e aplicar nossos recursos, oriundos de nossas contribuições à Fundação Rotária, para realizarmos projetos junto às nossas comunidades.

Hoje, a imagem pública é a nossa arma para divulgarmos nossas ações humanitárias, e o Rotary Internatio-nal está disponibilizando recursos aos distritos para mostrar o Rotary e seus projetos ao mundo – um mundo que, sonhamos, ainda será livre da pólio, pois falta apenas um pouquinho para a concretização desse nosso objetivo e de nossos antecessores.

Vamos juntosNeste ano, o presidente Kalyan Banerjee nos impulsiona para nos

empenharmos em três ênfases: a família, a continuidade e as mudanças, sempre sob o lema Conheça a Si Mesmo para Envol-ver a Humanidade. Concentrando nossos esforços nessas três ênfa-ses, nós – que fomos meninos, crescemos, galgamos posições, formamos família, ajudamos a desenvolver nossas comunidades, escolhemos o ideal de servir por meio da verdade, da justiça, da compreensão e da criação de ami-zades, na busca da paz mundial – poderemos ver nossos sonhos tornarem-se realidade.

Vamos juntos eliminar do Brasil e da América do Sul o fantasma do redistritamento, engrossando as nossas fileiras rotárias com homens, mulheres, jovens, fami-liares, amigos, vizinhos, colegas de trabalho e tantos outros que possam multiplicar nossas forças para compartilhar com a humani-dade a eliminação das diferenças entre os homens, mostrando para os nossos sucessores um mundo cada vez melhor.

Que as bênçãos de Deus nos iluminem nesta caminhada que, com certeza, será vitoriosa.

iStockphoto

Na América do Sul,

52% ou mais dos nossos

clubes estão com menos

de 20 associados

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12 SETEMBRO DE 2011

Rotary mudando vidas

DOTTEE WATKINS é fundadora, presidente e

executiva-chefe da Fundação Wings of Angels,

uma ONG que trabalha com Rotary Clubs dos

Estados Unidos e do México

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Caridade sem fronteiras

O distrito rotário 5500 estende-se por cerca de 563 quilômetros ao longo da fronteira do México com o Arizona, nos Estados Unidos. Um trecho onde perigos e po-breza dominam as manchetes locais. Mas isso começou a mudar no final da década

de 1990, quando Dottee Watkins, associada ao Rotary Club de Douglas, no Arizona, resolveu dizer: “Basta”.

Dottee é fundadora, presidente e executiva-chefe da Fundação Wings of Angels, uma ONG que trabalha com os Rotary Clubs de Douglas, Logan e Utah, dos Estados Unidos, e Agua Prieta, do México, e também com os clubes de Rotaract e Interact financiados pelo clube de Logan. Ao longo da década passada, eles construíram e reformaram casas, forneceram aquecedores solares de baixo custo e aperfeiçoaram serviços médicos de emergência para os moradores de Agua Prieta. Localizada no estado mexicano de Sonora, com uma população de 200 mil habitantes, Agua Prieta é marcada pela atuação dos cartéis de drogas, pela violência e por uma pobreza avassaladora.

Estamos no mês de abril, numa van conduzida por Dottee em direção à fronteira com o México. Os policiais que fazem o controle de imigração nos deixam passar,

Logo ao sul do Arizona, Dottee Watkins e um grupo de rotarianos trabalham para reviver Agua Prieta

Kate Nolan *

sem perguntas ou inspeção. Mas assim que chegamos a Agua Prieta, são os próprios moradores que nos enchem de perguntas. “Você pode dar uma luminária para o meu filho? Aquela que ganhamos, há quatro anos, não funciona mais”, diz Marciel, um homem sorridente sentado numa cadeira de rodas, em meio a vendedores ambulantes que oferecem burricos de cerâmica, potes de argila e flores de papel chamativas.

Dottee cumprimenta outro homem, também numa cadeira de rodas. Um vendedor de sorvetes se aproxi-ma. “Quando vocês terão uma clínica?”, ele pergunta a Dottee, referindo-se às consultas mensais oferecidas por médicos e dentistas voluntários da Wings of Angels. Ele diz que quer levar sua filhinha. Dottee explica que voltará com os médicos e dentistas na manhã seguinte, pois aquele dia é dedicado somente à entrega de supri-mentos médicos.

JoveNs voluNtáriosA clínica da Wings of Angels, conhecida formalmente como Clínica de Intervenção de Crises, recebe centenas de famílias pobres de Agua Prieta. O local é uma referência fundamental para o trabalho desenvolvido na comunidade

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Rotary mudando vidaspela ONG e pelo Rotary Club de Logan, em parceria com seus clubes de Rotaract e Interact.

A parceria foi iniciada no início dos anos 2000, quando o rotariano Fred Berthtong procurava um projeto de serviço que pudesse envolver os jovens em trabalhos voluntários. Anteriormente, ele e a mulher haviam levado seus três fi lhos adolescentes para trabalhar num projeto rotário no Zimbá-bue, uma experiência que mudou suas vidas.

“Como rotarianos, nossa intenção é ajudar as pessoas. Mas também nos preocupamos em iniciar nossos próprios fi lhos na experiência do servir”, diz Fred. Graduado pela Academia Naval dos Estados Unidos como engenheiro mecânico e nucle-ar, ele atuou como governador do distrito 5420 em 2005-06. O primeiro contato com o projeto em Agua Prieta ocorreu em 2003, durante um encontro rotário no qual conheceu Sally Montagne, do distrito 5500.

Os rotarianos envolvidos no trabalho contaram a Fred sobre as difi culdades enfrentadas pelas famílias da fronteira – órfãos e crianças com necessidades especiais, pessoas vi-vendo em moradias precárias, em meio ao calor do deserto e às temperaturas baixíssimas do inverno, com pouca comida, e obrigadas a conviver com o tráfi co de drogas e a criminali-dade, que muitas vezes servem de substitutos aos empregos. Grande parte da população em Agua Prieta enfrenta pro-blemas de fornecimento de eletricidade e gás, a frequência escolar é baixa e o fornecimento de alimentos e remédios é problemático. Estima-se que 42 mil habitantes de Agua Prieta vivam em condições de extrema pobreza.

Foi por intermédio de Sally Montagne que Fred Berthtong e os rotarianos de Logan conheceram Dottee Watkins. “Todas as vezes em que vamos lá, ela sempre inventa um projeto novo para fazermos”, diz Fred. “O cérebro de Dottee funciona a mil quilômetros por hora.”

Dottee Watkins criou a Wings of Angels no fi nal da década de 1990. Tudo foi feito com poucos recursos (hoje o orça-mento anual não passa dos 35 mil dólares) e o trabalho de voluntários e profi ssionais que doam seus talentos, além de recursos dos Rotary Clubs de Agua Prieta, Douglas e Logan, e a certeza de que muita coisa se resolve na base do “alguém que conhece alguém que conhece outro alguém”. A meta da ONG é modesta: remover barreiras e levar recursos materiais e talentos às pessoas para que elas possam resolver seus próprios problemas.

ESPERANÇA NO DESERTOO primeiro projeto de Dottee Watkins no México foi dedicado ao ensino da língua de sinais para surdos. Em seguida, ela se empenhou na criação de uma escola para pessoas com necessidades especiais e de uma clínica livre para crianças com paralisia cerebral. Quando Fred Berthrong e sua equipe decidiriam colaborar com Dottee, em 2003, a missão da clí-nica expandiu-se para atender uma larga gama de problemas de saúde.

“Todos aqui são pobres e precisam de ajuda” – Marcelino Enriquez

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Cercado por residências agradáveis e apartamentos, o pequeno centro de Agua Prieta é agitado por boates e lojas comerciais. Mas em direção ao sul, onde a cidade começa a tocar o deserto de Donoran, aparece o abandono. Os serviços de eletricidade e esgoto são limitados. Muitas das ruas, sem curvas, não possuem placas. As casas, caindo aos pedaços, não são numeradas, nem têm encanamento. Lá as árvores não crescem e as crianças brincam de futebol em campos sem grama.

Ao redor da favela, é possível ver algumas casas que foram construídas por rotarianos e voluntários. Essas se diferenciam das outras por suas paredes mais sólidas, janelas e portas bem acabadas, com alvenaria de boa qualidade e aquecedores solares. Muito antes dos voluntários levantarem o primeiro tijolo, as providências para a obra já se encontravam em andamento. Interactianos da Escola Secundária de Logan e rotaractianos da Universidade do Estado passaram um ano inteiro arrecadando fundos para custear o material de construção. Eles trabalhavam em estandes nos torneios de basquete da universidade, vendiam batatas fritas e organi-zavam shows. Depois de arrecadarem cerca de 5.000 dólares em um ano, os voluntários se dirigiram ao sul numa viagem de 17 horas até Agua Prieta, durante as férias.

A decisão sobre quais famílias terão suas casas construídas ou reformadas é feita por Dottee Watkins em conjunto com Nohemy Noriega, diretora da clínica Wings of Angels, e com o construtor Marcelino Enriquez. “Todos aqui são pobres e precisam de ajuda”, garante Marcelino. “Na verdade, as pessoas que ajudamos são mais do que pobres.” Os três ten-tam escolher não somente as pessoas que têm necessidades extremas, mas aquelas que mais se beneficiarão com a ajuda.

Marcelino Enriquez supervisiona os jovens operários, ensinando-lhes a usar os martelos, assentar tijolos e cavar fossas para os sistemas sépticos. “Marcelino é provavelmen-te a maior razão pela qual construímos tais casas. No ano passado, ele organizou três projetos. As crianças adoram trabalhar com ele e sua equipe”, conta o associado ao Rotary de Logan, Jeff Larsen, que tem participado dos projetos em Agua Prieta desde 2005.

Lição fundamentaLJolynn Carr, ex-presidente de Rotaract Club, ofereceu-se para trabalhar como voluntária no projeto durante um período de três anos. Ela ajudou a instalar o sistema de isolamento, traba-lhou na pintura, assentou tijolos, cimentou e cavou uma fossa. Mas a lição fundamental, ela diz, é a compreensão da força que emana da restauração da esperança de outras pessoas.

“Pude perceber o quanto esses projetos fazem a diferença na vida das pessoas que ajudamos”, conta Jolynn Carr. “No início, as famílias não tinham nada. Agora, elas possuem uma casa e nos convidam para visitá-las. A mudança em seu comportamento é visível.”

No passado, Agua Prieta era descrita como uma cidade

“Como rotarianos, nossa intenção éajudar as pessoas. Mas também nos

preocupamos em iniciar nossos próprios filhos na experiência do servir”

– Fred Berthrong

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Rotary mudando vidas

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pacata, mas agora tudo mudou. A violência com o tráfico de drogas se espalhou para a fronteira com o Arizona, e os moradores estão preocu-pados. Juan Dominguez, ex-associado ao Rotary Club de Agua Prieta, tomou providências para a equipe de Utah se hospedar no orfanato e asilo Divina Providência ou em um local próximo à delegacia policial. Há cerca de quatro anos, o chefe da polícia foi assassinado quando saía da delegacia. “É muito triste, mas não podemos parar de fazer o que estamos fazendo”, diz Jolynn Carr.

A primeira casa construída foi para Cesar Delgado, sua esposa Fran-cesca e seus três filhos. Antes, a família vivia em um barraco feito de latão e papelão. Delgado foi baleado nas costas e ficou paralítico da cintura para baixo. O único trabalho que ele consegue é consertar carros de vez em quando. A segunda casa foi dada a José Diaz e sua filha Alma Delia, que tinha paralisia cerebral e já faleceu. Outra casa foi construída para um deficiente físico, vítima da pólio, que sustenta a família graças a um emprego em uma fábrica local.

E ainda temos a história do menino Angel, de 9 anos de idade, que nasceu com uma grave deficiência física nas pernas, forçando-o a se arrastar pelo chão com seu único braço. Um dia, ele disse à sua mãe, Alicia, que gostaria de ter a altura dos seus colegas de escola. A Wings falou com Sander Nassan, um protético de Scottsdale, no Arizona, que trabalha como voluntário para os clientes da clínica. Nassan desenhou um aparelho especial para Angel com encaixe na cintura e pernas artificiais.

Pronto para testar suas novas pernas, Angel ajusta o aparelho em sua cintura e fica em pé pela primeira vez. Seu pescoço e o tórax se inclinam para a frente, enquanto seu corpo cambaleia. Com os olhos arregalados, ele endireita a coluna e dá um sorriso. Nassan pergunta se ele quer ficar um pouquinho mais alto. Angel pensa por uns instantes e grita: “Sim!”.

Algumas semanas mais tarde, Dottee Watkins e alguns amigos passam na casa de Angel para ver como ele está se adaptando às novas pernas. Alicia fica feliz ao ver os visitantes e os convida para entrar em sua casa nova. Watkins pede para Angel mostrar como está andando agora. Sua mãe busca a prótese e leva Angel até o quarto. Após alguns minutos, ele aparece na sala com seu 1,21 metro de altura, a média para um menino de sua de idade. Com a ajuda de sua bengala metálica, ele caminha pela sala com toda a pompa. Seu equilíbrio e concentração são surpreendentes. O irmãozinho dele aponta uma arma de brinquedo para Watkins e ela levanta as mãos, mostrando que se entrega. Angel começa a rir e por um momento perde a concentração. Mas ele está lá, ainda em pé.

Veja mais em www.wingsofangelsfoundation.org

* A autora é jornalista. Reportagem produzida pela The Rotarian.

Tradução de Eliseu Visconti Neto.

“No início, as famílias não tinham nada. Agora, elas possuem uma casa e nos

convidam para visitá-las” – Jolynn Carr

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18 SETEMBRO DE 2011

Sociedade

Quando o mundo se reuniu no Rio de Janeiro, em 1992, para a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambien-

te e o Desenvolvimento, mais conhe-cida como Eco 92, com o objetivo de conciliar desenvolvimento socioeco-nômico e preservação dos ecossiste-mas, o conceito de desenvolvimento sustentável foi consagrado.

Naquele ano, a população global era de 5,4 bilhões de habitantes e o PIB mundial, de 27,8 trilhões de dólares. Vinte anos depois, com uma população global de 7 bilhões de habitantes e um PIB de 78 trilhões de dólares, a Conferência das Na-ções Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, denominada de Rio+20, foi convocada para o Brasil em junho de 2012. Na data, governos, corpo-rações e sociedade civil levantarão o estoque para balanço, apurando lucros e prejuízos, e debaterão o desenvolvimento global.

Como será que o Rotary – única ONG do mundo com assento per-manente na Assembleia Geral das Nações Unidas, com 1,2 milhão de

associados em todo o mundo e com-prometido com as ações da ONU – se posicionará na Rio+20? Qual será a contribuição do Rotary para a sus-tentabilidade do planeta abraçada pela Prova Quádrupla?

DESARMONIAS DO CONSUMOApurações para balancetes de verifi ca-ção estão em curso. As 500 milhões de pessoas mais ricas do mundo – aproxi-madamente 7% da população mundial – são responsáveis por 50% das emis-sões globais de carbono, enquanto os 3 bilhões mais pobres são responsáveis por apenas 6%. Os 16% mais ricos do mundo são responsáveis por 78% do total do consumo mundial, fi can-do para os 84% restantes apenas 22% do total global a ser consumido. Hoje, são extraídas 60 bilhões de toneladas de recursos anualmente, 50% a mais do que há apenas 30 anos. Entre 1950 e 2005, a produção de metais cresceu seis vezes, a de petróleo, oito, e o con-sumo de gás natural, 14 vezes, revela o Estado do Mundo 2010, relatório do WWI-Worldwatch Institute Brasil, apoiado pelo Rotary.

Junto a isso, o crescimento da desigualdade social incrementa a tensão e a violência nas cidades que ocupam apenas 0,4% da superfície do planeta, prejudicando a qualida-de de vida.

Enquanto o americano médio usa 88 quilos de recursos diaria-mente, o europeu médio usa 43 quilos. A China, que tem hoje 22% da população do planeta e 7% das terras aráveis, sozinha, já consome três vezes mais grãos e duas vezes mais carne que os EUA. Com o cres-

Vem aí a Rio+20Um balanço do planeta, que aguarda a Conferência das Nações Unidas em Desenvolvimento Sustentável em 2012 no Brasil

Eduardo Athayde*

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cimento da economia chinesa, se cada chinês, por exemplo, consumir a mesma quantidade de papel que os americanos consomem atualmente, em 2030, os 1,46 bilhão de chineses, sozinhos, consumirão todo papel que o mundo produz hoje.

equilíbrio dinâmicoEm 1804, a população humana atin-giu o primeiro bilhão. Centro e trinta anos depois, em 1930, chegou a 2 bi-lhões. Com os avanços da ciência, da tecnologia e a queda da mortalidade

infantil no século passado, o ritmo se acelerou. Em 1960, chegamos a 3 bilhões. Em 1974, a 4 bilhões. Em 1987, a 5 bilhões. Em 1998, a 6 bilhões, e continuamos crescendo. Como planejar para atender aos atu-ais 7 bilhões de habitantes e mais os 75 milhões de novos habitantes/consumidores acrescidos anualmen-te à população humana?

Se tivermos que eleger uma palavra para traduzir sustenta-bilidade, talvez equilíbrio seja a melhor candidata. Sustentabilidade é a busca do equilíbrio dinâmico entre os complexos contextos da realidade – seja em uma casa, uma empresa, uma cidade, um país ou no planeta. A Rio+20 não é um evento, mas um momento de en-contro entre governos, corporações e pessoas conectadas, exigindo inteligência nova para enfrentar o desafio da construção de uma eco-nomia equilibrada – apelidada de green economy.

Forjada há meio século, a equação do PIB padece hoje de catarata, não conseguindo mais enxergar fatos e

dados consagrados pela sustenta-bilidade, como o nível de eficiência das instituições, o valor da inovação, o capital social, o capital natural e a descarbonização. Novos indicadores macroeconômicos, como o Indicador de Progresso Genuíno e a pega-da ecológica, conjugados, ajudam a fazer o balanço da casa guarda-da pelo prefixo eco [do grego oikos, casa], adotado tanto pela economia como pela ecologia.

Contribuindo para a economia equilibrada, a contabilidade entra em cena com as novas regras do Interna-tional Financial Reporting Standards, já adotadas nas demonstrações finan-ceiras em todo o mundo, inclusive no Brasil. Tal contabilidade mostra variações patrimoniais, incluindo ati-vos sociais, ambientais e intangíveis, e registra novos fatos e atos no mo-saico do balanço global do planeta. * O autor é diretor do WWI-Worl-dwatch Institute no Brasil, associado ao rotary de Salvador-baía de Todos os Santos, BA, e governador assistente do distrito 4550.

Como será que o Rotary – única ONG do mundo com assento

permanente na Assembleia Geral das Nações Unidas – se

posicionará na Rio+20?

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Tradição e história

Os valores do rot ariano

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Eles continuam vitais para nortear nossos passos

20 SETEMBRO DE 2011

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21BRASIL ROTÁRIO

Luiz Coelho de Oliveira*

Defi nidos como companheirismo, prestação de serviços, diversidade, integridade e li-derança, os valores do Rotary representam os princípios que ainda regem a cultura de nossa organização centenária. Valores que continuam vitais para nortear as priorida-

des e ações dos nossos líderes. Por sua importância social e histórica, o movi-

mento rotário pode ser comparado à queda da Bas-tilha, à chegada do comunismo à China e ao fi m do Muro de Berlim, ou ainda a outros episódios, como a luta pacífi ca de Gandhi pela libertação da Índia ou o movimento liderado por Martin Luther King pela integração racial nos Estados Unidos.

Particularmente, tenho três ícones no Rotary, precursores e mantenedores da fi losofi a emanada por Paul Harris. Eles são Sylvester Schielle, Chesley Perry e Arch Klumph. O primeiro, grande amigo de Paul e seu vizinho em Comely Bank, onde residiam em Chicago, manteve-se sempre solidário à fi losofi a implantada pelo fundador do Rotary. O segundo, nos momentos mais difíceis enfrentados por Paul Harris, tornou-se sua mão direita na consolidação do movimento rotário, expandindo-o para além dos Estados Unidos. O terceiro, já mais conhecido, foi o fundador da nossa Fundação Rotária, braço fi lantrópico do Rotary em suas ações internacionais voltadas a projetos educacionais e humanitários.

Nossos valores passam pela atuação desses autênticos rotarianos, que dignifi caram a atuação individual e coletiva que deve imperar em nossos clubes, priorizando sempre o companheirismo, a prestação de serviços, a diversidade, a integridade e a liderança. São esses os pilares nos quais nos apoiamos para o desenvolvimento de nossa fi losofi a, alicerçando os Objetivos do Rotary.

COMPANHEIRISMOConvém lembrar que, em nossos primórdios, os quatro fundadores do Rotary, tendo Paul Harris à frente, buscaram inicialmente uma reunião para estabelecer contatos profi ssionais, numa época de

Os valores do rot arianoEles continuam vitais para nortear nossos passos

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22 SETEMBRO DE 2011

Herbert Taylor. Nossa integridade foi evidenciada na criação da Orga-nização das Nações Unidas, quando 49 delegados rotarianos serviram como consultores. Até hoje, o Rotary é mantido como membro observador em todos os eventos da entidade, do Unicef, da Unesco, da FAO, da Usaids e de tantos outros órgãos espalhados pelo mundo. O Rotary possui o mais alto status consultivo já dedicado a uma organização não governamental pelo Conselho Eco-nômico e Social das Nações Unidas.

LIDERANÇAA liderança é um dos princípios bá-sicos para se fazer parte do Rotary. Somos um grupo de líderes em nossas profi ssões e comunidades, um grupo de elite que busca a paz e a compre-ensão entre as pessoas, que trabalha para aproximar os povos e minimizar os problemas de nossas comunidades e do mundo, reduzindo a mortalidade infantil, promovendo a saúde e pre-venindo as doenças, melhorando os recursos hídricos e diminuindo a fome dos mais carentes. Essa liderança deve ser praticada de forma democrática e emocional em todos os níveis. Como voluntários, somente com uma parti-cipação ativa nos processos decisórios, e com muita motivação, poderemos conseguir o envolvimento dos rotaria-nos no dia a dia de seus clubes e nos eventos distritais.

Meus amigos: o Rotary não é silêncio, mas ação; não é monólogo, mas diálogo; não é individualismo, mas solidariedade; não é palavra, mas comunicação. O Rotary não aceita a permissividade, mas a inte-gridade. E mais ainda: como numa família, o Rotary é soma e união, fl ama e fl âmula, inspiração e trans-piração.

* O autor é ex-diretor do Rotary International, ex-governador do distrito 4590 e associado ao Rotary Clube de Limeira-Leste, SP.

Nosso conceito

de prestação

de serviços

baseia-se em

companheirismo

e serviço

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intensas difi culdades econômicas e fi nanceiras em Chicago, com a vio-lência, a corrupção e a permissivi-dade imperando em todos os cantos. Com as reuniões rotativas em seus escritórios, eles perceberam que o companheirismo era uma meta fun-damental para a integração de seus membros, e sem o qual o sonho de seus fundadores seria difícil de se concretizar.

Dos primeiros rotarianos, um de-les, Silvester Schielle, permaneceu fi el e solidário à nova organização. Depois de outros profi ssionais aceitarem o convite para participar daquele movi-mento, foi constituído o primeiro clu-be rotário, o Rotary Club de Chicago. Foi então que se estabeleceu a ideia de companheirismo no Rotary, base da confraternização em todos os clubes, que se envolvem com a tolerância, solidariedade e respeito mútuo, acei-tando as opiniões de todos os seus integrantes e promovendo a troca de opiniões e ideais entre todos. E como dizia Paul Harris, “companheirismo não tem barreiras, não tem frontei-ras, navega por todos os mares”. E também: “Não se faz companheirismo com uma cadeira vazia”.

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOSOs rotarianos sentiram logo que a prestação de serviços à comunidade seria necessária para valorizar sua nova organização. Prestar serviços à comunidade fazia parte da ideia que se consolidava, atraindo novos membros para se associarem. Então eles idealizaram um projeto para a construção de um banheiro pú-blico em uma região de Chicago. E acreditem: foi muito difícil realizar o projeto, tais foram os entraves bu-rocráticos e administrativos da pre-feitura, e até mesmo de restaurantes próximos ao local onde o banheiro seria instalado, não aceitando esse serviço à sociedade.

Mas aqueles rotarianos não es-moreceram e conseguiram entregar

à cidade de Chicago o primeiro pro-jeto de serviço da história de nossa organização. Estava fundado assim o conceito de prestação de serviços no Rotary, baseado em companheirismo e serviço, binômio que continua sen-do o sustentáculo de nossa vitoriosa organização.

DIVERSIDADEA diversidade do Rotary se impôs desde o início por meio do nosso princípio de classifi cações, buscando as mais variadas atividades profi ssio-nais e unifi cando pessoas das mais diferentes línguas, etnias e religiões. No Rotary, todos somos iguais, inde-pendente de nossas classes sociais. A admissão de mulheres em nossos clubes foi um gigantesco passo para solidificar nosso movimento. Por conta do carisma, carinho e desvelo que agregam a suas atividades, elas hoje são potenciais candidatas aos mais elevados cargos diretivos do Rotary.

INTEGRIDADEDesde os primórdios do Rotary, a integridade do rotariano permane-ce como base do nosso movimento, comprometido com a transparência em nossas áreas de atuação e em nossas profissões, fiéis aos mais elevados padrões de ética em nos-sas vidas privadas e profi ssionais. A mais autêntica afi rmação de ética em nossas profi ssões nos foi oferecida pela Prova Quádrupla, idealizada por

Tradição e história

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23BRASIL ROTÁRIO

Interact & Rotaract

Como nasceu o Rotary Club de Ponta Grossa-Alagados? Na cidade, nós tínhamos o Ro-taract Club de Ponta Grossa-Vila Velha, que sempre manteve a mes-ma formação de associados. Mas, quando o pessoal foi chegando próximo dos 30 anos, as atividades do clube foram se encerrando. Um se transferiu para o exterior, outro se afastou, só que todos sempre foram muito amigos e nunca dei-xaram de se falar. Houve ainda vários casamentos entre os compa-nheiros, surgiram filhos, famílias se constituíram. Aí surgiu a ideia de se fundar um novo clube, agora do Rotary, com o mesmo pessoal: o Rotary Club de Ponta Grossa-Alagados.

Como é a composição do clube atualmente? Só não são ex-rotaractianos algu-mas esposas de associados e dois ou três associados novos. Em breve, o clube vai completar dois anos.

Você conhece outra experiên-cia como a do seu clube, funda-do por ex-rotaractianos?

Apostando nas categorias de baseRotaractianos na faixa dos 30 anos não quiseram desistir do ideal de companheirismo e serviço

Ponta Grossa, localizada no centro do Paraná, tem uma história curiosa para

contar. Com 311.697 habitantes, a cidade, que é a quarta mais populosa

do estado, viu surgir o seu 11º clube rotário graças à amizade que unia

um grupo de rotaractianos às portas dos 30 anos. Para conhecermos os fatos em

detalhes, entrevistamos Lessandro Bonato, 32 anos, o presidente desse clube mais

novo, com 15 associados, e pertencente ao distrito 4730. Como ele próprio confessa,

a história do seu Rotary Club de Ponta Grossa-Alagados não é muito comum.

No nosso distrito, o 4730, só co-nheço o nosso caso.

Como é a receptividade do meio rotário à história de vocês? Ponta Grossa tem 11 Rotary Clubs, sendo o nosso o mais novo. E o nosso antigo Rotaract sempre teve bastante acesso aos clubes rotários

da cidade. Então, quando começou a se formar um Rotary Club com jo-vens, a receptividade foi muito gran-de, porque praticamente não havia nenhuma pessoa nova naquele meio rotário. Eram todos companheiros

de longa data. E, por ser uma ci-dade relativamente pequena, aqui, quando um clube faz uma atividade, acaba convidando os demais, e isso faz com que todos se conheçam.

É um fenômeno comum ou raro um rotaractiano se tornar rotariano? Eu faço parte da família rotária desde 1990. Entrei com dez anos de idade, sendo que meus pais não são rotarianos; eu cheguei à família rotária por um convite de tercei-ros. Mas ainda existe uma divisão bastante acentuada entre o Rotary e o Rotaract. Essa é uma realidade à qual temos que estar atentos: há companheiros de Rotaract beirando os 30 anos e que se afastarão do movimento rotário.

Quais seriam as causas? Talvez devido à situação finan-ceira. Um Rotary Club tem uma mensalidade, um custo de partici-pação maior do que o Rotaract. Para você ter uma ideia, o nosso clube não tem jantar justamente para não onerar o associado. Fazemos a reunião – das 20h30 às 21h30 – e,

Essa é uma realidade

à qual temos que

estar atentos: há

companheiros de

Rotaract beirando

os 30 anos e que

se afastarão do

movimento rotário.

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24 Setembro de 2011

uma vez ela encerrada, va-mos para um restaurante ou um local qualquer fazer um lanche. Mas é uma atividade de companheirismo opcional. Alguns companheiros vão para casa, outros nos acom-panham uma, duas vezes por mês, outros nos acompanham sempre.

O nosso clube também tem muitos pais e mães com crianças pequenas, e precisa-mos nos adequar, em relação aos horários, a essa configu-ração de associados.

O que você sugere aos Rotary Clubs para que eles atraiam mais ex-rotaractianos?n A reunião de um clube tem que ser um momento atraen-te, produtivo, mas a sua pro-gramação, a maneira como ela é montada, é o grande segredo para aproximar o jo-vem. É importante valorizar a presença do jovem na reu-nião, citá-lo como visitante, convidá-lo para a mesa.

Sem falar na importância dos projetos conjuntos. A partir do momento em que o Rotary Club vai a uma reunião de Rotaract, em que marca presença com frequên-cia, em que o Rotary participa de projetos do Rotaract, e o Rotaract participa dos pro-jetos do Rotary, o convívio acaba eliminando a barreira.

Deve-se incentivar bas-tante a participação dos ro-tarianos junto aos jovens. A busca por novos associados é um tema prioritário do Ro-tary International e a solução pode estar dentro de casa mesmo: na nossa categoria de base, que é o Rotaract.

Projeto dignifica a terceira idade

ORotaract Club de Castilho, SP (D. 4470),

promoveu projeto de cidadania da terceira idade, que muitas vezes sofre com a negligência da sociedade e a falta de informações sobre seus próprios direitos. Os rotaractianos es-tiveram no Clube da Terceira Idade em 24 de maio e no Centro de Convivência do Idoso em 5 de julho, e lá distribuíram cartilhas com o Estatuto do Idoso e fizeram palestras sobre o assunto, além de tirarem dúvidas do público. Nas datas houve doação de brindes e café da tarde.

O conteúdo da cartilha foi elaborado pelos acadêmicos de direito da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, campus de Três Lagoas. Tanto a impressão dos 1.000 exemplares quanto os brindes e o lanche foram patrocinados pelas empresas locais.

O Interact Club de Botucatu,

SP (D. 4310), foi fundado no dia 30 de junho. A nova unidade é

composta por 32 associados.

O Rotaract Club de Tobias Barreto, SE (D. 4390), promoveu a 19ª Conferência Distrital de Rotaract Clubs do 4390. Na oportunidade, o clube concluiu um projeto internacional de ar-borização envolvendo também os Rotaract

Clubs de Surabaya Timur, Indonésia (D. 3400), e Bombay North, Índia (D. 3140).

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25BRASIL ROTÁRIO

Interact & Rotaract

O Rotaract Club de Vitória-Ilha do Mel, ES (D. 4410), arrecadou para o Asilo dos Idosos de Vitória, que atende mais de 90 idosos, diversos itens: aparelho tele-fônico, 200 escovas de dente, 300 sabonetes, 150 sacos de lixo, 50 litros de xampu, 50 litros de condicionador, 30 litros de sabão líquido neutro, roupas e calçados. Houve parceria do Rotary Club de Vitória-Oeste.

Os jovens do Interact Club de São Paulo-Cambuci, SP (D. 4430), realizaram em 23 de

junho, no Museu do Ipiranga, o 2º Cambunique, reunião de companheirismo e aprimoramento

cultural. Os interactianos foram acompanhados por rotarianos, que aproveitaram a oportunidade para

trabalhar em prol das Novas Gerações.

O Rotaract Club de Cuiabá, MT (D. 4440), rece-beu Moção de Aplausos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso e da Câmara de Vereadores de Cuiabá. O momento foi prestigiado pelo governador 2010-11 do distrito, Serafim Carvalho Melo.

O Rotaract Club de Pindorama, SP (D. 4480), promo-veu, em 26 de maio, palestras sobre saúde bucal na Escola Municipal Wagner Hage e na Escola Estadual Dr. Car-

los Augusto Froelich. Na ocasião, vários kits de higiene foram sorteados entre a garotada e um concurso de

redação sobre saúde bucal foi lançado, premiando dois alunos com um plano odontológico por um ano.

Rotaractianos do distrito 4510 estiveram reunidos em ju-lho na Conferência Distrital do Rotaract (Codirc). “Foi um evento importante, pois é sempre bom reunir os jovens e atualizar as informações do que vem sendo feito na região por eles”, explicou o coordenador distrital do Ro-taract, o rotariano Juliano Camilo Borges. O governador do distrito, Márcio Medeiros, assinala ainda a importância da Codirc para se falar mais do Rotary International e da Fundação Rotária aos jovens.

Como trazer os jovenspara o Rotary ?

O movimento dos Rotaract Clubs foi deslanchado em

1968, mas até hoje é pouco frequente ex-rotarac-

tianos se associarem a um Rotary Club, (ver entre-

vista na página 23). A mesma realidade vale para

outros programas estruturados da nossa organização.

Por isso, o Rotary elaborou um vídeo em que rotaractia-

nos do mundo inteiro falam sobre essa lacuna e a forma

de solucioná-la. Assista a esse material no site da sua

Brasil Rotário: www.brasil-rotario.com.br

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26 SETEMBRO DE 2011

Interact & Rotaract

O Rotaract Club de Ipiaú, BA (D. 4550), realizou uma campanha de doação de sangue com o apoio do Rotary Club de Ipiaú-Vale dos Rios. A iniciativa mobi-lizou a comunidade e permitiu a coleta de 120 bolsas de sangue, que supriram as necessidades do Banco de Sangue de Ilhéus, que atende toda a região.

O representante do Rota-ract Club de Guarapu-ava, PR (D. 4640), André Justus retornou ao Brasil em 5 de julho, após o proje-to Mexican Trip 2011, pro-movido pelos Rotary Clubs e Rotaracts do distrito mexicano 4100. A iniciativa reuniu seis rotaractianos de países diversos em uma viagem cultural de 15 dias pelo México. André era o único brasileiro e com o gru-po conheceu as cidades de Tijuana, Playas de Rosarito, Mexicali, Ensenada, Hermosillo, Alamos e São Carlos.

Os integrantes do Rotaract Club de Campo Bom, RS (D. 4670), doaram 28 cobertores para famílias carentes de Vila Nova, bairro de Campo Bom. Na oportu-nidade, eles também entregaram roupas a uma igreja a fim de serem distribuídas.

O Rotaract Club de Taquara, RS (D. 4670), este-ve à frente do Pizza-ract, uma iniciativa de produção e venda de pizzas para fins filan-trópicos ocorrida em 28 de maio. Foram 371 pizzas vendidas, fato que beneficiou o Lar Padilha, entidade que acolhe cerca de 100 crianças em situação de vul-nerabilidade social. Em outra ocasião, esse Rotaract, em parceria com o Interact de Taquara, organizou festa de 15 anos para dez meninas carentes do muni-cípio com direito a aulas de valsa e de etiqueta.

Os associados do Rota-ract Club de Soleda-de, RS (D. 4700), tam-bém vêm se mostrando bastante atuantes. Na Páscoa eles doaram doces para o Abrigo Alexandre Rauber Ortiz, que atende crianças, e ao Hospital de Caridade Frei Clemente, ambos de Soledade. Os jovens também arrecadaram e entregaram ração, jor-

nais, cobertores, material de limpeza e casinhas de madeira para a manutenção da Associação de Proteção aos Animais de Soledade.

O Rotaract Club Serrano, da cidade de São Joaquim, SC (D. 4740), homenageou os atletas locais que se destacaram pelo em-penho e dedicação em competições regionais ou nacionais. BR

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27BRASIL ROTÁRIO

Diário de um resgate histórico

Unindo o mundo pela músicaCriado pelo produtor e cineasta Mark Johnson, o projeto

Playing for change – Songs around the world (Tocan-do por mudanças – Músicas ao redor do mundo, em

tradução livre) ganhou notoriedade a partir de um vídeo em que 18 músicos de rua, um coro sul-africano e um grupo de tambor – todos em diferentes países – apresentam uma versão da música Stand by me, de Ben E. King. O clipe pos-tado no YouTube – com mais de 34 milhões de visualizações desde 2008 – é, na verdade, um trecho do documentário Playing for change: peace through music (Tocando por mudanças: paz pela música, em tradução livre). A iniciativa rendeu um primeiro CD e DVD, que estreou no top 10 na parada da Billboard em abril de 2009.

Agora o projeto ganha uma continuação com Songs around the world, parte 2, gravado com mais de 150 músicos em 15 países. No novo CD e DVD, há canções compostas especialmente para o álbum e regravações de sucessos internacionais, como Imagine, de John Lennon, e Higher ground, de Stevie Wonder.

Além de produzir os álbuns, o projeto Playing for

Deserto do Atacama, Chile, outubro de 2010. Após fi car incomunicá-vel por 17 dias, um grupo de mineiros presos a uma profundidade de 700 metros fi nalmente consegue enviar uma mensagem à su-perfície: “Estamos todos bem no refúgio, os 33”. A partir de então, o mundo acompanharia o longo resgate dos homens soterrados

por 69 dias em uma mina de cobre.Um observador especialmente atento de toda essa ação, o jornalista

britânico Jonathan Franklin se mudou para a encosta onde foi montado o centro de operações de salvamento. Com o aval da Associação Chilena de Segurança, presenciou a movimentação e os preparativos da operação de resgate. Também realizou mais de 75 entrevistas exclusivas que o permitiram detalhar por diversos ângulos a angústia dos mineiros e de seus familiares.

Franklin conversou ainda com a equipe de resgate e com políticos, incluindo o presidente do Chile, Sebastían Piñera. O material obtido pelo jornalista está organizado em forma de diário no livro Os 33, que traz informações inéditas e aborda a parte logística e pontos relacionados às linhas de frente do resgate. Correspondente do jornal Guardian na Améri-ca do Sul há mais de dez anos, além de ser colaborador de outros veículos de comunicação, Franklin vive em Santiago e está no Chile desde 1995.

Os 33A milagrosa sobrevivência e o dramático

resgate dos mineiros no ChileJonathan Franklin

Nova Fronteira

change conta com um braço educa-cional: uma fundação própria cons-trói e mantém escolas de música em diversos países. Até agora, já foram inauguradas instituições na África do Sul, Nepal, Gana, Mali e Ruanda. No site www.playingforchange.com é possível conhecer melhor o trabalho.

Renata CoréCultura

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28 Setembro de 2011

Coluna da ABTRFASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DATHE ROTARY FOUNDATION

Gerson Gonçalves*

Stock.XCHNG

O termo ferramenta nos leva a tempos imemoriais, quando o homem começou a produzir artefatos de metal para a fa-

cilitação das suas tarefas manuais. No campo, a enxada e o arado trou-xeram enorme contribuição para a produção de alimentos.

Para sobreviver ao Dilúvio, houve a necessidade de se construir uma embarcação, conhecida como a Arca de Noé. A arca deveria ser de grande porte, pois teria que abrigar os casais de animais, aves e pessoas, salvando-os da grande inundação. Houve a necessidade de ferramentas para cortar árvores, serrar, aplainar e pregar a madeira. Toda a tarefa era muito rústica, daí a construção da estrutura ter levado 120 anos.

Sem as ferramentas apropria-das, Michelangelo não teria tirado do bloco de mármore esculturas tão extraordinárias quanto o David ou a Pietá. Também sem as ferramen-tas, o teto da Capela Sistina, no Vaticano, não teria os afrescos de Raphael, Bernini, Sandro Botticelli e do já mencionado Michelangelo, obras que há mais de 500 anos são admiradas por todos aqueles que apreciam a arte.

Foi com uma ferramenta bem rústica que Galileu Galilei passou a observar o céu noturno. É consi-derado o primeiro homem a usar o telescópio para investigações astronômicas, tendo descoberto

Utilizando a ferramenta certa“Ajuda o teu semelhante a levantar a carga, mas não a levá-la.”

Pitágoras

corpos celestes, manchas solares e outros fenômenos. As descobertas de Galileu forneceram evidências muito fortes aos defensores do sistema he-liocêntrico de Copérnico.

Quais eram as ferramentas de navegação à disposição de Cristóvão Colombo, Vasco da Gama e Pedro Álvares Cabral? Começava ali a Era dos Descobrimentos, que impulsio-nou a Europa a sair da Idade Média para a Idade Moderna. Tratava-se do Renascimento, que permitiu o surgimento das pesquisas científicas e intelectuais. As fronteiras mais dis-

tantes começaram a ser atingidas e iniciava-se a globalização.

O Velho Mundo, ao colonizar o Novo Mundo, construiu um inter-câmbio no qual plantas, animais e conhecimento participaram de um processo de transferência.

Vivemos a pós-modernidade em um ritmo assustador, com a ciência e a tecnologia se multiplicando em todas as áreas do conhecimento humano. As ferramentas criadas em cadeia pelos nossos ancestrais se desdobraram em novos equipamentos, que agora se multiplicam a cada instante.

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30 SETEMBRO DE 2011

Capa

Educação com responsabilidade social

30 SETEMBRO DE 2011

EDNALDO HENRIQUES dos Santos Júnior, aluno do Centro Profissionalizante Rio Branco. Formar jovens aprendizes foi uma das primeiras iniciativas contempladas pelo projeto educacional da Fundação

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29Brasil rotário

BR

Conheça o novo portal da ABTRF na internet: www.abtrf.org.br

Na aviação, na navegação ma-rítima ou na agricultura, o compu-tador é uma ferramenta essencial, assim como em uma infinidade de atividades. Nos programas de computador há ícones associados a uma barra de ferramentas. É a ferramenta dentro da ferramenta.

No passado, a ferramenta era apenas o objeto que, manuseado, produzia resultados. Nos dias atu-ais, o termo foi muito ampliado. “Evangelizar com as ferramentas modernas da comunicação” foi a frase usada pelo papa Bento 16 no Dia Mundial das Comunicações So-ciais. Ferramenta passou a ser tudo aquilo que possa trazer benefícios para a sociedade.

uma ferramenta?Seria o Rotary uma ferramenta? Evidentemente que sim! Há 106 anos ele nascia com a missão de aproximar pessoas e, por meio des-sa aproximação, estimular e fomen-tar o Ideal de Servir. Ao longo da sua rica história, a organização tem sido a ferramenta que, sem conotação política, religiosa ou cultural, vem tornando o mundo um pouco me-lhor. Em qualquer parte do mundo livre há um Rotary zelando pela sua comunidade.

Uma ferramenta sempre é base para a criação de outra. Assim, em 1917, foi criado um fundo de doa-ções com o objetivo de fazer o bem no mundo. Em 1928, a Fundação Rotária do Rotary International foi reconhecida oficialmente. Hoje, po-demos afirmar: a Fundação Rotária do Rotary International é a princi-pal organização não governamen-tal sem fins lucrativos do mundo, promovendo a paz e a compreensão mundial por meio de programas internacionais humanitários, edu-cacionais e de intercâmbio cultural.

Não se pode medir o alcance do bem que já foi feito ao mundo por meio dos programas humanitários da Fundação Rotária. A poliomielite está nos seus estertores e os outros

programas têm dado ao mundo me-lhores condições de vida e de rela-cionamento. Os milhões de dólares arrecadados e aplicados saíram das contribuições dos rotarianos e de outros envolvidos na filosofia rotária.

Há sete anos foi criada uma nova ferramenta para contribuições no Brasil, a Associação Brasileira da The Rotary Foundation (ABTRF), uma filha da Fundação Rotária e que beneficia e facilita as contribuições dos brasileiros. Até então somente pessoas físicas podiam contribuir e receber os reconhecimentos. Hoje as pessoas jurídicas são estimuladas a contribuir, recebendo os benefícios da lei e também os títulos de Com-panheiro Paul Harris e Major Donor.

Grande é o sucesso do Seguro Soli-dário, feito por meio da Porto Seguro e do Itaú, nos quais 5% do valor do prêmio pago são direcionados para a ABTRF, sem aumento do custo ou retirada da comissão do corretor. Tal seguro para carros é válido para o rotariano e toda a sua família.

Neste ponto, há que se mencionar a iniciativa Empresa Cidadã. Trata-se de um programa de contribuições de pessoa jurídica para a ABTRF, por meio de compromisso contra-tual firmado entre a pessoa jurídica e um Rotary Club ou distrito do Brasil, para contribuições mensais nunca inferiores a 200 reais, por um período mínimo de 12 meses, prorrogável automaticamente, e a

critério das partes, cujos recursos arrecadados serão encaminhados para os distintos programas da Fundação Rotária, por meio da ABTRF, com o oferecimento pelo Rotary Club e/ou distrito da divul-gação das marcas ou mensagens publicitárias da pessoa jurídica, previamente aprovadas, assim como a outorgada pela ABTRF e a Fundação Rotária de reco-nhecimentos especiais conforme definidos em norma.

Como bem disse o diretor 1995-97 do Rotary Internatio-nal, José Alfredo Pretoni, nosso fundador e primeiro presidente: “Hoje a ABTRF está aí, implan-tada e segura, angariando muitos recursos para a Fundação Rotária. E com o Plano Visão de Futuro, a ABTRF torna-se uma ferramenta eficaz para facilitar a participação efetiva e contundente do Brasil em projetos voltados às nossas sofridas comunidades”.

“Se o machado perder o corte e não for afiado, é preciso muita força; mas a sabedoria é proveitosa para dar prosperidade” (Eclesias-tes 10:10). A ABTRF é a ferramenta que está pronta para ser usada, e serão sábios os que a usarem, resul-tando em prosperidade para todos.

* O autor é ex-diretor do Rotary International e diretor da ABTRF.

A Fundação Rotária do Rotary

International é a principal

organização não governamental

sem fins lucrativos do mundo,

promovendo a paz e a

compreensão mundial

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31BRASIL ROTÁRIO 31BRASIL ROTÁRIO

Educação com responsabilidade social

31BRASIL ROTÁRIO

Em 1946, 20 associados ao Rotary Club de São Paulo, no então distrito 28, se uniram para pensar uma obra educacional que servisse de modelo de gestão e responsa-bilidade social, em uma época em que este

tema ainda não estava difundido. Assim nascia a Fundação de Rotarianos de São Paulo, que na-quele mesmo ano recebia, das mãos do senador José Ermírio de Moraes, o tradicional Colégio Rio Branco, localizado na cidade de São Paulo. Começava aí uma longa história de sucesso na área de educação e gestão empresarial. A insti-tuição de ensino cresceu e em 1960 mudou-se para o Edifício Rotary. Continuou crescendo e em 1982 inaugurou uma segunda unidade, na Granja Viana, distrito da Grande São Paulo.

Perseguindo o projeto inicial daquele grupo de rotarianos, que preconizava a oferta de serviços educacionais em todos os níveis, a Fundação de Rotarianos de São Paulo criou os cursos de graduação em 1999, e um campus na Lapa, zona oeste de São Paulo, foi concluído em 2002 para abrigar as Faculdades Integradas Rio Branco. Começava outro exemplo de sucesso educacional e de expansão empresarial. No início deste ano, as Faculdades expandiram-se para a Unidade Granja Viana.

A obra da Fundação não estaria completa sem destacarmos duas estruturas fi lantrópicas também de alto nível: a Escola para Crianças Surdas Rio Branco, criada em 1977, e o Cen-tro Profi ssionalizante Rio Branco, gratuitos e também localizados na Unidade Granja Viana. O Centro tem a idade da Fundação – de 1946 a 1997 o seu nome era Lar Escola Rotary. E os

A Fundação de Rotarianos de São Paulo é responsávelpela maior obra educacional do Rotary no mundoLuiz Renato D. Coutinho e Nuno Virgílio Neto*

Fotos: Nina Bruno

cursos profi ssionalizantes ainda estão presentes na Unidade Campus Oeste, nas dependências das Faculdades Integradas.

Falar de tudo isso é falar de Eduardo de Barros Pimentel, presidente da Fundação de Rotarianos de São Paulo desde 1997 e decano do Colégio de Governadores do Distrito 4610. Empresário, engenheiro e bacharel em direito, ele foi um dos responsáveis pela criação da Unicamp. Eduardo nos falou sobre sua longa e bem-sucedida expe-riência de gestor e educador: “Uma coisa é criar, outra é por uma estrutura em funcionamento. Às vezes, fi ca-se no academicismo, em detalhes que não são aderentes à conjuntura.” Trata-se do depoimento de alguém que pratica a arte de ensinar desde os 14 anos, quando começou a dar aulas de reforço para os colegas de classe.

Hoje, o complexo educacional Rio Branco é grandioso. Somente a Granja Viana se estende por uma área total de 81.798 m2, com 22.098 m2 de área construída. O Colégio Rio Branco reúne cerca de 4.000 alunos, os cursos de graduação outros 2.100, a Escola de Surdos, 69, e os cursos profi ssionalizantes, 540. Vale ressaltar o espírito de integração pedagógica: os alunos da Escola de Surdos recebem bolsas para ingressar no Colégio Rio Branco após completarem o ciclo fundamental.

Permeando essa trajetória está a fi losofi a do Rotary, como veremos nas próximas oito pági-nas. O tamanho dessa reportagem é o tamanho da importância do tema educação. Como lembra Eduardo de Barros Pimentel: “A educação é o bem mais precioso do indivíduo; aquilo que é dado a ele e não pode mais ser tirado.”

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32 SETEMBRO DE 2011

Onde a ética tem peso dois EDUARDO DE Barros Pimentel: “Nosso pagamento é o que dentro das nossas forças podemos fazer de melhor”

O educador e empresário Eduardo de Barros Pimentel nos recebeu em sua sala no Edifício Rotary,

um prédio de cinco andares de linhas fortes e pé direito alto no bairro de Higienópolis, na cidade de São Paulo, para falar sobre sua grande paixão: a educação. Naquele endereço funciona a Unidade Higienópolis do tradicio-nal Colégio Rio Branco (existe ainda a Unidade Granja Viana), dedicado aos ensinos médio e fundamental, e que formou gente como o corredor de Fórmula 1 Ayrton Senna e os atores Antônio Fagundes e Dan Stulbach, entre tantos outros. Aliás, o Teatro Rio Branco, que também funciona ali, completou 25 anos.

Recorrendo ao relato de vários episódios vividos desde que abraçou o tema educação – isso bem antes de ser rotariano, aos 33 anos, em 1959 –, Eduardo Pimentel nos forneceu uma refl exão sobre os desafi os do ensino e a missão da Fundação de Rotarianos de São Paulo, da qual participa desde 1968.

Uma de nossas primeiras pergun-tas foi sobre a realidade educacional brasileira. O empresário não hesitou em apontar os obstáculos: “Em pri-meiro lugar, a falta de sensibilidade de governantes. Em segundo, o fato de que antigamente a educação era vista como um bem para poucos, para uma elite. Depois, nos anos 60, houve uma nova fase, com a educação massifi ca-da, respaldada pelo Estado, mas tal política parecia não render votos...”.

A Fundação procura fazer a sua parte. Todo ano ela doa cerca de 8 mi-lhões de dólares sob a forma de bolsas ou de sustentação ao Centro Profi ssio-nalizante Rio Branco e à Escola para Crianças Surdas, duas instituições inteiramente gratuitas. “Esse dinheiro não vem de rotarianos, da área gover-namental ou da Fundação Rotária. Nós somos autossuficientes, pois o colégio e as faculdades são pagas.”

Os dirigentes da Fundação, porém, são todos voluntários. “Nosso paga-mento é o que dentro das nossas forças

podemos fazer de melhor”, afi rma.Para proporcionar maior dinamis-

mo à estrutura acadêmica e integrá-la aos novos tempos, a Fundação promo-ve viagens de estudo para a diretoria pedagógica do colégio e professores. Assim é que equipes já visitaram 18 países, dentre os quais Finlândia, Holanda e Suécia. Uma área que a ins-tituição tem dado atenção é a da neu-rociência cognitiva, ressalta Eduardo, que faz questão de enviar educadores a congressos sobre o assunto.

Um detalhe igualmente importante é que apesar de ser um colégio caro – “Como oferecemos um bom ensino, cobramos um preço compatível com essa qualidade”, defi ne o presidente –, a Comissão Pedagógica concede bolsas. Tais concessões podem ir de 10 a 100% do valor.

No entanto, a privacidade dos bolsistas é um ponto de honra da fundação – seus nomes jamais são conhecidos.

Quando perguntado sobre a convi-

Colégio Rio Branco oferece ensino de qualidade priorizando valores pessoais

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AS UNIDADES Higienópolis (acima) e Granja Viana se destacam pelas depen-dências amplas e modernas e projeto pedagógico diferenciado

ESTHER CARVALHO (à esquerda) e Thaís Sant’Ana de Moraes

vência entre alunos de classes sociais diversas, ele lembra o espírito do Colégio: “O mais importante para nós são os valores, e o aluno é estimulado a perceber o que ele é, o que ele quer ser, e não onde ele mora ou o quanto ele tem.”

TRANSFORMANDO A SALAEsther Carvalho, diretora-geral do Colégio Rio Branco, também aponta o diferencial da instituição de ensino em relação às outras: “Nós considera-mos que é muito importante trabalhar em equipe. Como isso é implantado? Todo professor, ao conduzir o trabalho em equipe, o faz e o avalia segundo algumas referências. Isso envolve de-senvolvimento profi ssional docente e todo um acompanhamento.”

Na prática, a sala acabou passando por uma transformação de percurso, como ela conta: “Nós rompemos um pouco a lógica da aula. Então, em vez de simplesmente termos uma aula dada, temos, por parte do aluno, um preparar-se para essa aula. O resultado é que surgem perguntas motivadoras.”

Por outro lado, houve um aumento do nível de exigências com o corpo docente, como explica Esther: “Ao contratarmos um novo professor, ele precisa ser preparado para as nossas referências. Além disso, trazemos as-sessorias externas quando necessário, porque isso oxigena o nosso trabalho e nos inspira. É importante conhecer experiências e práticas educacionais bem-sucedidas. E a experiência que o aluno tem na escola é que viabiliza aquilo no qual acreditamos.”

Thaís Sant’Ana de Moraes, di-retora da Unidade Higienópolis, comenta como os ideais da Fundação e do Rotary envolvem os alunos: “O Colégio Rio Branco trabalha com formação humana. Isso se dá no dia a dia, no gerenciamento de um confl i-to, em uma situação de sala de aula, ou quando o aluno, por exemplo, realiza um trabalho sobre a questão ambiental. Ele vai manifestando seus valores e sua ética por meio de situações problemas.”

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34 SETEMBRO DE 2011

Graduações conectadasa uma filosofia

O CAMPUS atual foi inaugurado no bairro da Lapa em 2002 e ocupa 10.000 m2 de área construída, abrigando 18 cursos de graduação

O sonho dos 20 membros do Ro-tary Club de São Paulo que se reuniram em 1946 não estaria

completamente realizado sem o sur-gimento das Faculdades Integradas Rio Branco, localizadas no bairro paulistano da Lapa. A instituição, ins-talada em um campus de 24.000 m2, com 10.000 m2 de área construída, hoje abriga 18 cursos de graduação, dentre os quais administração, di-reito, relações internacionais, gestão comercial, sistemas de informação, jornalismo, editoração, publicidade, rádio e TV e ciências econômicas (os cinco primeiros cursos são os mais procurados).

O diretor-geral, Edman Altheman, é só sorrisos ao falar das boas ava-

As Faculdades Integradas Rio Branco também são inspiradas pelos princípiosdo Rotary e despontam no mercado

liações obtidas pelas Faculdades: “O MEC costuma avaliar uma instituição a partir de três macro indicadores: a infraestrutura, o corpo social e a or-ganização didático-pedagógica. Nossa infraestrutura é de primeiro mundo, com salas de aula de 30 alunos. Este é um diferencial do relacionamento acadêmico: os professores tratam os alunos como pessoas e não como número, e os alunos reconhecem isso. E no que concerne ao corpo social, nós temos 85% de mestres e doutores das melhores escolas.” Ele também informa que um curso pequeno costuma ter uma média de 15 professores, os maiores, 30. Fora isso, dos 47 funcionários do campus, 60% são graduados.

As Faculdades Integradas Rio Branco começaram na Unidade Hi-gienópolis em 2001. Meses depois, a Fundação achou por bem encontrar um espaço próprio para os cursos. Foi assim que se inaugurou, em 2002, o campus atual, ocupando um antigo shopping center, totalmente remodelado. No novo endereço, uma das primeiras providências adminis-trativas foi colocar ônibus gratuitos levando às estações de metrô e à Granja Viana, distrito vizinho, para facilitar o acesso.

Em 2004, as Faculdades contavam com cerca de 600 alunos. “Hoje, temos por volta de 2.500”, compara Althe-man. “A ideia é que o campus chegue a um máximo de 4.000 alunos.”

Um outro marco nessa história ocorreu no início deste ano, com a inauguração de um campus no com-plexo da Granja Viana, que recebeu o curso de administração.

Além da expansão do corpo dis-cente, Altheman tem outras metas a médio prazo: “Para nos tornarmos universidade, precisamos ter três mestrados stricto sensu e um douto-rado. Nesse sentido, em casamento com os ideais do Rotary, uma das

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Graduações conectadasa uma filosofia

SALAS DE aula de cerca de 30 alunos permitem uma relação mais personalizada entre corpo discente e docente

linhas de pesquisa que pretendemos desenvolver é a de responsabilidade social. Outras linhas são interna-cionalização, empreendedorismo e gestão empresarial. Não se faz isso em menos de cinco anos”.

Até lá, ele se programa para uma etapa intermediária: a constituição das Faculdades Integradas em Centro Universitário. “Isso permitirá o lan-çamento de cursos de acordo com a decisão da comunidade universitária e a iniciação científi ca.”

MERCADO DE TRABALHOO curso de comunicação social reúne atualmente cerca de 700 alunos, admi-nistração e direito, cerca de 450 cada, relações internacionais perto de 300. Todos cursos bastante procurados. E as notícias permanecem boas: segundo o diretor, uma aluna de relações interna-cionais, recentemente, em discurso de formatura, noticiou que 80% dos seus colegas de turma estão trabalhando na área. De acordo com Altheman, os egressos de comunicação social, em sua maioria, também estão empregados. “Na coordenação de estágio nós temos 400 empresas conveniadas de todos os tamanhos. Só não faz estágio aqui

quem não quer, e muitas vezes porque já está empregado”, explica.

FILOSOFIA ROTÁRIAApesar de o perfi l do estudante ser, em geral, moldado pelo que o mer-cado pede, as Faculdades não se esquecem de incorporar o desejo da sociedade, que é pensada por meio da fi losofi a rotária. Basta ouvirmos Altheman falar de algumas iniciati-vas desenvolvidas para percebermos como elas são familiares ao Rotary:

“Nós temos aqui o Dia Diferente. Na data, alunos, professores e funcioná-rios saem para trabalhos comunitá-rios propostos pelos próprios alunos. No ano passado, foram aprovados 33 projetos, e mais de 800 pessoas par-ticiparam. Houve reforma e entrega de mobiliário novo para uma creche, atendimento jurídico dos professores em comunidades carentes, e entrega de equipamentos eletrônicos para entidades assistenciais. Já fazemos essas iniciativas há sete anos. Isso tem a ver com o servir do Rotary e com a área de responsabilidade social.”

Outra iniciativa é o Bolsa Mérito. Por meio dela, o melhor aluno de cada turma ganha um semestre de graça. “São aproximadamente 50 bolsas por semestre, representando cerca de 200 mil reais de receita renunciada”, estima o diretor.

Além disso, 60% dos alunos das Faculdades são beneficiados com algum tipo de bolsa. Este é um outro fato que vai ao encontro do espírito do Rotary e da Fundação de Rotarianos de São Paulo.

Ao fi m da entrevista, Altheman recebeu outra boa notícia: o relatório do MEC acabava de conceder nota 5 (a mais alta) para o curso de gestão comercial.

EDMAN ALTHEMAN: “Na coordenação de estágio nós temos 400 empresas conveniadas de todos os tamanhos. Só não faz estágio aqui quem não quer”

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36 SETEMBRO DE 2011

O convívio construindo identidades ALUNOS DURANTE atividade em sala de aula: aprendizagem em Libras e língua portuguesa antes do acesso às turmas regulares

SABINE VERGAMINI, diretora da escola: educando para a diferença

T haís Ribeiro tinha nove anos quando passou pela primeira vez pelos portões da Fundação de

Rotarianos de São Paulo, na Granja Viana. Foi lá, na Escola para Crianças Surdas Rio Branco, que ela aprendeu a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e se alfabetizou em português, antes

Essa é a ideia por trás da Escola para Crianças Surdas Rio Branco de tornar-se aluna do Colégio Rio Branco. Hoje com 24 anos, formada em pedagogia pelas Faculdades In-tegradas Rio Branco, Thaís continua indo à escola todos os dias, só que agora como educadora, ajudando outras crianças como ela a descobrir seu papel no mundo. “Aqui eu encon-trei minha identidade”, ela nos conta, enquanto leva um grupo de alunos de volta à sala de aula depois do recreio.

A história de Thaís ilustra bem a proposta educacional da escola: pro-mover o respeito às diferenças por meio da efetiva inclusão da minoria surda numa sociedade majoritaria-mente ouvinte. Criada em 1977, hoje com 69 alunos matriculados, a Escola para Crianças Surdas Rio Branco oferece educação gratuita a crianças e jovens surdos provenientes de famílias de baixa renda – de uns tempos para cá, um certo número de alunos pagan-tes também passou a ser admitido.

Um aspecto central dessa inclusão é a interação dos alunos com seus familiares. Ao matricular seus fi lhos na escola, as famílias assumem o compromisso de participar do curso de Libras, também gratuito, e de compartilhar uma série de atividades promovidas pelos educadores para estimular a comunicação entre pais e fi lhos – muitas delas feitas num espa-ço que reproduz uma casa adaptada para crianças surdas, com paredes mais baixas entre os cômodos para facilitar a comunicação visual.

A história de Thaís também nos mostra que o Brasil precisa avançar muito na maneira como lidamos com a pessoa surda – porque as oportu-nidades que Thaís teve são, infeliz-mente, uma exceção. Segundo a Or-ganização Mundial da Saúde, 10% da população mundial apresenta algum tipo de problema auditivo. No Brasil, de acordo com o Censo de 2000, há

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NUMA DAS salas de aula do Colégio Rio Branco, as alunas Thaís Marcela de Lima e Jéssica Samara da Silva, e o intérprete José Alcélio Félix da Silva

THAÍS RIBEIRO, a aluna que virou professora: uma história de vida que resume a missão pedagógica da escola de incluir promovendo oportunidades

5,75 milhões de surdos. Mas segundo outra estatística, gerada pelo Censo Escolar de 2003, apenas 344 brasilei-ros com surdez estavam matriculados nas universidades brasileiras.

“As pessoas têm a ideia de que incluir uma criança surda é colocá-la no mesmo espaço físico das outras. Mas aqui a gente parte do princípio de que incluir uma criança é dar a ela a mesma oportunidade de aprender e evoluir que é dada às outras”, explica Sabine Vergamini, diretora da escola, mostrando que o modelo pedagógico da instituição propõe um caminho intermediário entre aquele que de-fende a permanência das crianças surdas em escolas especiais por toda a vida (excluindo-as de experiências e oportunidades que as pessoas ou-vintes têm) e aquele que advoga o fi m das escolas especiais e a admissão da criança surda desde cedo em escolas regulares – o que provoca verdadeiras tragédias pessoais quando sabemos que essa “inclusão” é feita quase sempre sem preparo e as adaptações pedagógicas necessárias.

INCLUSÃO DESDE CEDOO ideal é que a criança com surdez tenha contato com a Libras e outras crianças surdas o mais cedo possível, o que na Escola da Granja Viana é estimulado já na faixa etária de até três anos. Lá, metade dos professo-res são surdos. “Com eles, os alunos veem desde muito cedo que um sur-do pode estudar, casar e ter fi lhos”, Sabine explica. Essa etapa inicial do processo pedagógico é importante também para os pais, que passam a conviver e trocar experiências com outras famílias. Entre os três e os cinco anos, as crianças começam a frequentar aulas regulares de educação infantil, complementadas por atividades esportivas, culturais e de socialização desenvolvidas em parceria com os alunos ouvintes da unidade de Granja Viana do Colégio Rio Branco.

O projeto segue por mais duas etapas, terminando com a inclusão dos alunos surdos, como bolsistas,

em classes regulares do Colégio Rio Branco e de instituições parceiras, nas quais são acompanhados, sem qualquer custo, por tradutores e intérpretes de Libras e língua por-tuguesa. Esse convívio entre alunos surdos e ouvintes é uma marca da Escola para Crianças Surdas Rio Branco – e uma experiência defi ni-tiva para todos eles. E nos mostra que aquilo que consideramos ser diferente ou limitador é algo bem relativo, que pode ser redefi nido pela

educação. Como na história de uma família em que o pai, a mãe e um dos fi lhos eram surdos, e cuja difi culdade era justamente adaptar-se ao outro fi lho, ouvinte – e a maior preocupa-ção da escola, neste caso, passou a ser justamente com ele. “A mãe nos disse que precisou aprender a ter um fi lho ouvinte, e que a casa deles precisava de um aparelho de som, porque aquilo era importante para o menino”, Sabine lembra. “Aqui nós educamos para a diferença”.

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38 SETEMBRO DE 2011

Onde você quer estar amanhã?

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Cepro promove capacitação profissional como o primeiropasso para a realização dos sonhos de jovens aprendizes

Seguindo o caminho de seus irmãos mais velhos, Ednaldo Henrique dos Santos Júnior é

aprendiz do Centro Profi ssionalizan-te Rio Branco (Cepro). “Minha irmã fi cou muito feliz quando soube que eu passei na prova”, ele conta, sorrindo. O sonho de Ednaldo é ser arquiteto. “Gosto muito de desenhar. Meu pai é marceneiro e faz móveis para muitos arquitetos. Acho que foi aí que esse meu sonho começou.”

Sentado em sala de aula, Ednal-do desenha, literalmente, o próprio futuro. Numa espécie de caderno em que contam com palavras e imagens sua vida até agora, e onde pretendem estar daqui a dez anos, Ednaldo e seus colegas de turma estão fazendo, na verdade, uma espécie de “carta de navegação para o futuro”. Chamado de Habilidades para a Vida, esse módulo faz parte de uma capacitação prévia promovida pelo Cepro. Com duração de seis meses e o objetivo de complementar a capacitação pro-

fi ssional específi ca dos aprendizes, no semestre seguinte, essa etapa do programa desenvolve nos alunos uma série de conteúdos de natureza com-portamental, voltados a melhorar sua auto-estima e, acima de tudo, fazê-los lutar por seus sonhos.

No caso de Alana Martins dos San-tos o sonho é estudar administração de empresas para gerenciar a loja que planeja abrir junto com uma amiga, também aluna do Cepro. Luana San-tos, de 15 anos, a mesma idade de Alana e Ednaldo, é outra futura ar-quiteta do grupo. Ela decidiu estudar no Cepro por conta da experiência de um irmão mais velho, ex-aprendiz, hoje empregado. “Está sendo ótimo estudar aqui”, diz.

APRENDENDO A ACREDITARFundado na Granja Viana há mais de 60 anos, o Cepro é, acima de tudo, um lugar onde se ensina a acreditar nos sonhos e na capacidade que temos de superar difi culdades para que eles

se realizem. Oferecendo capacitação profissional gratuita a alunos da rede pública de ensino fundamental e médio (cerca de 540 matriculados todos os anos), o trabalho do Cepro tem uma importância inquestionável, pois mesmo com a economia em alta, o primeiro emprego continua sendo o maior desafi o do Brasil na área do trabalho. Em maio de 2010, 3,5 mi-lhões de jovens com idades entre 15

SUSANA PENTEADO, diretora do Cepro: alunos acompanhados de perto

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A PARTIR da esquerda, na outra página, Luana Santos, Alana Martins, Ednaldo Hen-riques dos Santos Júnior e Paulo Henrique Nobre: jovens em busca de seus sonhos num país onde o primeiro emprego continua sendo um desafio

e 25 anos estavam desempregados. A geração recorde de empregos formais no ano passado (2,5 milhões de vagas) é um sinal de alerta para que o país invista mais na área de qualifi cação profi ssional, pois já não há excesso de trabalhadores qualifi cados à dis-posição das empresas.

Diretora do Cepro, Susana Pente-ado está na Fundação de Rotarianos de São Paulo desde 1984, quando foi contratada para trabalhar com as crianças surdas – ela é fonoaudiólo-ga por formação. Em 1993, Susana passou para o Cepro, onde uma de suas tarefas é coordenar a equipe que busca parcerias com as empresas que alocam os aprendizes. “Fazemos um trabalho de sensibilização e esclareci-mento, explicando, por exemplo, que as empresas têm uma cota de apren-dizagem que precisa ser cumprida, ou que a carga horária do aprendiz deve ser rigorosamente respeitada”, ela diz. “Mas várias dessas empresas já fazem um trabalho muito bonito de responsabilidade social.”

No Cepro, o aprendiz recebe acompanhamentos semanais, feitos com base em seu próprio depoimento e em avaliações de uma assistente social e da empresa onde está empre-gado. Além de capacitá-lo para a pro-fi ssão que irá exercer, o objetivo é dar a esse jovem uma perspectiva ampla da empresa, fazendo-o passar em sala

de aula por todos os departamentos, e desenvolvendo nele habilidades que facilitem seu relacionamento com os colegas de trabalho e os chefes. Nesse rol de disciplinas incluem-se aulas sobre como atender a um telefone-ma numa empresa ou mesmo sobre como escolher a roupa certa para uma entrevista de emprego. Aulas de infor-mática, noções administrativas e de reforço em conteúdos indispensáveis de língua portuguesa e matemática também fazem parte do currículo.

Paulo Henrique Nobre, de 19 anos, está num dos corredores do Cepro. Ex-aprendiz, ele voltou para fazer uma visita e matar a saudade dos amigos que deixou. “Sinto falta daqui”, ele confessa. Paulo conta que está cursando a faculdade de admi-nistração (como bolsista pleno) e que o objetivo para daqui a uns anos é

especializar-se em marketing e pro-paganda. Sonhos que ele talvez nem soubesse ter antes de virar aluno do Cepro. “Um aprendiz sai daqui total-mente transformado. Eu era tímido, daqueles que nem levantam a cabeça para falar. Mas isso aqui muda a gente”, ele diz. “É tanta experiência nova que você acaba desenvolvendo um lado que nem sabia ter.”

* Os autores são jornalistas da Bra-sil Rotário.

NA REDE Visite nosso site e veja mais fotos do Colégio Rio Branco, das Faculdades Integradas Rio Branco, da Escola para Crianças Surdas e do Cepro, além de um vídeo que apresenta um pouco de cada um deles. Para conhecer melhor o trabalho da Fundação de Rotarianos de São Paulo e das entidades que ela mantém, acesse www.frsp.org

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40 SETEMBRO DE 2011

Nós e o Rotary

Não se lava carro alugado

Antonio Hallage*

Nestes dois últimos anos, escrevemos apenas um capí-tulo para o futuro de nossa organização – e esperamos

que com palavras e ações que mais adiante nos garantam um Rotary brilhante e importante.

Se no desenvolvimento de nosso quadro associativo tivemos a expan-são de praticamente um distrito por ano, em relação à nossa contribui-ção e participação nos programas patrocinados pela Fundação Rotária esse crescimento foi particularmente expressivo. As doações generosas e a motivação das lideranças fi zeram com que a América Latina se desta-casse como a região do mundo que mais cresceu em contribuições, com signifi cativos 13,08% – em todo o planeta, as contribuições totais regis-traram um crescimento de 2,5%. Nos países de fala hispânica, a marca de 1 milhão de dólares foi ultrapassada pela primeira vez.

Com 6,58 milhões de dólares, o Brasil demonstrou a postura solidária de seus rotarianos, subindo do déci-mo para o sétimo lugar no ranking dos países que mais contribuem com a Fundação Rotária. O distrito brasi-leiro 4420 atingiu a marca de maior contribuição mundial per capita ao Fundo Anual. Garantindo a possibi-lidade de contribuições de pessoas jurídicas e a participação desses parceiros na realização de projetos subsidiados pela Fundação Rotária no Brasil (inclusive reconhecendo essa atitude), a Associação Brasileira

Para nos envolvermos com a Fundação Rotária, precisamos nos sentir seus proprietários

da The Rotary Foundation tem cresci-do de forma constante e sustentável.

PASSOS FIRMESMas esses resultados não são apenas números: eles são passos fi rmes que começaram a ser dados muitos anos atrás, pouco a pouco, com uma visão de sonho de um grande rotariano cha-mado Arch Klumph. Os 26,50 dólares com que ele deu início à Fundação Rotária podiam parecer pouco, mas não para a capacidade de sonhar e re-alizar dos rotarianos, que aprenderam a conhecer e valorizar a Fundação que se desenvolveria com contribuições generosas e feitas com grandeza.

Os propósitos da nossa Fundação Rotária foram idealizados para asse-gurar a nós do Rotary a perpetuidade necessária para que, mesmo nas mais diversas condições desfavoráveis, possamos restaurar a dignidade das comunidades a que servimos – e continuar servindo a humanidade. A Fundação Rotária não foi idealizada para erigir monumentos feitos de ti-jolos ou de pedras, pois eles perecerão com o tempo, mas para que possa-mos transformar os seres humanos que forem tocados pelo signifi cado profundo do espírito e da mensagem do Rotary (e assim estaremos perpe-tuando os ideais que pregamos por toda a eternidade).

Neste caminhar ascendente, va-mos assumindo cada vez mais a sen-sação de que somos proprietários da Fundação Rotária. Este sentimento de propriedade é necessário, pois como diz o ditado popular: “Não se lava carro alugado”. Mas para que

isso ocorra, algumas etapas foram vencidas ou necessitam ser entendi-das para que tenhamos uma completa identidade com a nossa Fundação Rotária. Estas etapas são defi nidas por conhecimento, envolvimento, participação e divulgação.

CONHECIMENTOÉ necessário conhecer sua história de amor, a razão de ser de seus pro-gramas humanitários, educacionais e do Programa Polio Plus, por meio dos quais os rotarianos e clubes de todo o mundo mitigaram as carên-cias de muitas comunidades. Como parte integrante da evolução do sen-timento de propriedade, depois do conhecimento vem o envolvimento. Este envolvimento com comprome-timento nos deixa envolvidos com o encaminhamento de soluções para os problemas em nossas comunidades. Mas somos daqueles que não se preo-cupam apenas, o que é fácil e gratuito. Somos daqueles que se preocupam o sufi ciente para agir.

Essa participação com envolvi-mento comprometido e conheci-mento dos programas da Fundação Rotária gera ações práticas que, uma vez replicadas, contagiam e evoluem. A participação se dá também na escolha de alternativas de aplicação dos recursos distritais disponíveis. A utilização criteriosa dos recursos de contribuições em moeda corrente ou do Fundo Distrital de Utilização Controlada, em projetos locais, no fi nanciamento de Bolsas Pró-Paz ou no apoio à campanha de erradicação da pólio, são algumas das alternativas

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que resultam de uma participação efetiva. Nossa participação também se dá quando compartilhamos com nossos companheiros as vitórias nos pro-jetos completados, quando auxiliamos a execução dos mesmos ou quando fazemos doações generosas para viabilizá-los.

É neste momento que entram as con-tribuições feitas com grandeza e generosi-dade, pois mais im-portante que o va-lor da contribuição é a maneira como se contribui. Uma con-tribuição financeira para um dos programas de nossa Fundação é certamente o ato que mais representa a nossa fé no futuro de nossa instituição. As necessidades das nossas comunidades só aumentam, e por isso nessa proporção devem crescer juntamente com as nossas contribuições financeiras. Além de sistemáticas, como é expresso no lema Todos os Rotarianos, Todos os Anos, elas devem atingir metas desa-fiadoras e que sejam ampliadas assim que a anterior tenha sido cumprida.

A etapa de divulgação representa o contágio que iremos disseminar na agregação de novos parceiros, sejam eles públicos, privados ou individuais, pela demonstração da capacidade de servir da família rotária. Outra finali-dade nobre da divulgação é a de trans-mitir às Novas Gerações os valores em que acreditamos para que eles se engajem na construção de um mundo melhor, no qual irão viver e atuar.

Muito a oferecerTemos muito a oferecer aos parceiros que iremos cativar nessa caminhada,

muitas vezes empresas e empresá-rios desejosos de contribuir com a melhoria da sociedade em que estão inseridos. Os pontos principais que nos unirão como parceiros, e que o Rotary pode oferecer como uma contribuição importante, são nossa ubiquidade, credibilidade e a nossa capacidade de completar projetos humanitários.

A ubiquidade do Rotary (nos-

sa presença cada vez maior no Brasil e no mundo) nos permite alcançar as mais dis-tantes comunidades em ações uníssonas e coerentes, o que para uma empresa isola-damente custaria um volume elevado de re-cursos. Nossa credibi-lidade – conquistada pela aplicação, com seriedade e compe-tência, de centenas de milhões de reais, dó-lares, pesos, escudos ou ienes, feitas por inúmeros contribuin-tes para a concreti-zação dos projetos rotários – dá àquele que deseja aplicar

seus recursos em causas sociais a certeza da proficiente utilização dos mesmos, aos quais ainda somaremos nossa contrapartida.

A capacidade dos rotarianos de completar projetos, representada por tudo que já realizamos, é a cer-teza que estes parceiros podem ter de que contam com quem cumpre aquilo que promete, tornando reali-dade e coerente a prática do bem, e empenhando-se ao máximo para ter êxito comprovado.

O Rotary e sua Fundação Rotária constroem a verdadeira cidadania, consciente e comprometida com a promoção da paz e da compreensão entre os povos, reavivando a certeza de que, fazendo a nossa parte, es-taremos envolvendo a humanidade pelo melhor conhecimento de nós mesmos.

* O autor é ex-diretor do Rotary International, associado ao Rota-ry Club de Curitiba-Leste, PR (D. 4730) e curador da Fundação Rotária.

O Brasil demonstrou

a postura solidária

de seus rotarianos,

subindo do décimo

para o sétimo lugar no

ranking dos países que

mais contribuem com a

Fundação Rotária

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42 SETEMBRO DE 2011

Sua revista não acaba mais na página 72.

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ROTARIOBRASIL

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de valor”, contraídas para a compra de casa própria e carro. A segunda parte trata das “dívidas sem valor”, referentes à aquisição de mercadorias e bens de consumo muitas vezes desnecessários, e traz dicas e explicações didáticas sobre temas cotidianos, como uso de cartão de crédito e cheque especial. Já a terceira parte concentra-se na “quebra do ciclo de endividamento”, com conselhos para quem não tem mais esperança de se livrar das dívidas. O autor é governador 2009-10 do distrito 4610 e associado ao Rotary Club de São Paulo-Jabaquara, SP.

Orações ecumênicasLuiz PilottoIndependenteLançado pelo Rotary Club de Curitiba-Norte, PR (D. 4730), o livro do saudoso rotariano Luiz Pilotto traduz o pen-samento e a ação rotária no mundo. Orações ecumênicas é ilustrado com fotografi as do companheiro José Paulo Fagnani, autor de obras como Pantanal, Curitiba e Mata Atlântica, entre outras. O título está à venda este mês no Instituto Rotary do Brasil em Goiânia e estará disponível também nas Assembleias e Conferências Distritais. Todo o valor arrecadado será destinado à Fundação Rotária.

Corcovado, a conquista da montanha de DeusJorge Scévola de SemenovitchLutéciaO Cristo Redentor, um dos monumentos mais conhecidos do Brasil, completa 80 anos no próximo dia 12 de outubro. Para celebrar a data, o arquiteto Jorge Scévola de Semenovitch, que trabalhou na Estrada do Corcovado de 1977 a 1985, lançou uma edição revista e atualizada de seu livro sobre a história desse ponto turístico. Publicada originalmente em 1997, a obra já saiu também em inglês, traz fotografi as inéditas e é prefaciada pelo ex-prefeito do Rio Luiz Paulo Conde. Semenovitch é associado ao Rotary Club do Rio de Janeiro, RJ (D. 4570), e informa que o livro pode ser adquirido também pelo telefone 21 2267-9098. O preço é de 30 reais.

Livre-se das dívidasReinaldo DomingosDsopO endividamento atingiu nível recorde no Brasil e assombra mais de metade das famílias que vivem nas capitais. Em seu mais novo livro, o terapeuta fi nanceiro Reinaldo Domingos ensina como combatê-lo e recuperar a sustentabilidade das fi nanças, transformando hábitos e comportamentos. Na primeira das três partes da obra, ele aborda as “dívidas

Autores rotarianos

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WILLIAM b. bOYDPresidente do Conselho de Curadores

da Fundação Rotária

Coluna do chair da Fundação Rotária

* Os autores são coordenadores regionais da Fun-dação Rotária para a Zona 22B, e para as Zonas 22A e 23A, respectivamente.

Há alguns anos, ao visitar a cidade de York, vi uma camiseta que anunciava: “Aquele que morre é o maior vencedor”. Na época, aquilo

pareceu-me engraçado, pois lemos histórias de gente que julga o seu sucesso por sua riqueza. O problema é que a posse de bens materiais nem sempre conduz à felicidade, visto que há sempre alguém que possui mais.

Entretanto, a maioria de nós deseja medir as nos-sas vidas por aquilo que fizemos. Muitos rotarianos expressam a sua apreciação pelo serviço rotário por meio da promessa de contribuição à Fundação Rotá-ria, que permanecerá viva depois deles. Os resultados de suas doações vão para o Fundo Anual de Programas ano após ano. Qual seria o melhor legado ao mundo?

No início deste ano, tínhamos quase 8.000 com-prometimentos à So-ciedade de Doadores Testamentários. Isso representa um valor esperado de cerca de 338 milhões de dólares, uma parcela significativa dos 700 milhões de dólares em ativos e expecta-tiva no nosso Fundo Permanente.

O primeiro presidente australiano do Rotary Inter-national, Angus S. Mitchell (1948-49), previu a cria-ção do Fundo Permanente em 1992 em um discurso que terminava com uma história do Talmude: Choni Hama’agel viu um ancião plantando uma alfarrobeira e indagou se ele achava que a árvore produziria fru-tos. “Depois de 70 anos”, respondeu. “Como?”, disse Choni. “Você espera viver 70 anos e provar o fruto do seu trabalho?” “Não achei o mundo vazio quando entrei nele”, disse o ancião. “E meus pais plantaram-me antes de eu nascer, e por isso planto para os que vierem depois de mim.”

Cada um de nós tem a mesma oportunidade de deixar um legado para a nossa Fundação Rotária.

Qual será oseu legado?

Falta pouco para eliminar a pólioRajashree Biria, de Mumbai, Índia, doou mais de 1,12 milhão de dólares à Fundação Rotária em apoio ao Desafio de 200 Milhões de Dólares do Rotary. Somados a essa nova contribuição, Biria já doou mais de 4,2 milhões de dólares à Fundação Rotária para ajudar na erradicação da pólio. Um excelente exemplo a todos nós!

Desafio per capitaNove Rotary Clubs grandes dos EUA competiram para ver quem alcançaria a maior contribuição per capita para o programa Polio Plus. O concurso resulta de um desafio lançado por Carl-Wilhelm Stenhammar, ex-chair do Conselho de Curadores da Fundação Rotária, a todos os clubes com 200 as-sociados ou mais. O Rotary Club vencedor ganhará uma viagem para quatro pessoas irem à Índia par-ticipar do Dia Nacional de Imunização desse país.

Os resultados estão abaixo:

Rotary Club Distrito Contribuição Per capita ColocaçãoFayetteville 6110 123.497,80 608,39 1Chattanooga 6780 173.978,00 504,28 2Atlanta 6900 150.100,00 305,70 3Gainesville 6970 58.631,80 210,15 4Lexington 6740 71.600,00 202,26 5Greenville 7750 41.111,67 130,10 6Dubuque 5970 13.350,00 69,17 7Springdale 6110 8.469,28 38,67 8Cedar Rapids 5970 550,00 1,77 9

Intercâmbio de Grupos de Estudos desde 1965.l Bolsas de estudo: Desde 1947, mais de 40 mil jovens e adultos de mais de 130 países receberam financiamento da Fundação Rotária para estudar no exterior.l Subsídios distritais: Desde 2003, mais de 2.700 subsídios distritais foram outorgados a mais de 500 distritos para financiar projetos locais.l Subsídios globais e equivalentes: Mais de 33 mil subsídios equivalentes foram outorgados desde 1965 para projetos em mais de 200 países.l Centros Rotary Pela Paz: 480 bolsistas se dedicaram aos estudos internacionais na área de paz e resolução de conflitos desde 2002.

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44 Setembro de 2011

Coluna dos coordenadores regionais da Fundação Rotária

Henrique Vasconcelos e José Carlos Carvalho*

Sempre que abordamos este tema, devemos lem-brar três tópicos impor-

tantes sobre a nossa Fundação Rotária e que nos motivam a contribuir efetivamente para o seu êxito no mundo todo:l A missão a que a instituição se propõe; l O alto espírito de boa von-tade entre os povos veiculado pela Fundação;l Os seus projetos para a disseminação da paz mundial.

Com essa consciência e com a percepção de que somos capazes de contribuir para melhorar as condições da hu-manidade, aliadas à iniciativa de fazermos a nossa parte e contribuirmos nas comuni-dades em que atuamos para agregar pessoas voluntárias a esse processo, teremos a certeza de que somos pes-soas comuns fazendo coisas incomuns.

Para a viabilização desses três tópicos, necessi-tamos de recursos financeiros dos rotarianos e de pessoas não rotarianas ou empresas com efetiva consciência de sua responsabilidade social.

Lembramos aqui algumas formas que utilizamos para captação de recursos:

l Doações anuais;l Doações extraordinárias;l Doações a longo prazo.A mais lembrada e mais comentada, e a que nos

motiva anualmente, é a iniciativa Todos os Rotaria-nos Todos os Anos (Erey).

Esta contribuição é a que nos dá a consciência da nossa importância em sermos rotarianos e fazermos parte de uma cadeia internacional de preocupação com a melhoria da condição de vida da humanidade. Um valor baixo para a magnitude do propósito.

Uma breve abordagem da questão e alguns exemplos de cooperaçãoCaptação de recursos

Por isso, nós, líderes rotários, precisamos nos envolver cada vez mais nessa proposta e dar exem-plos práticos dessa iniciativa. Nós fazemos a diferença.

Nas próximas edições abor-daremos cada um dos tópicos de captação de recursos aqui men-cionados.

Para atingirmos todos os obje-tivos da Fundação Rotária, preci-samos atingir as metas constantes no seu planejamento, sendo algu-mas descritas a seguir:

a) Fundo permanentePropósito: Prover financiamento constante com os juros obtidos.Meta: 1 bilhão de dólares.Data da conclusão: 2025.

b) Fundo Anual Para ProgramasPropósito: Financiar, anualmente,

programas dentro das áreas de enfoque.Meta: 100 dólares por rotariano.Data da conclusão: Todo ano.

c) Fundo Polio PlusPropósito: Financiar esforços para a erradicação da pólio no mundo.Meta: 200 milhões de dólares.Data da conclusão: 30 de junho de 2012.

d) Centros Rotary pela PazPropósito: Financiar bolsistas Rotary pela Paz.Meta: 95 milhões de dólares.Data da conclusão: 2015.

PoR que AtingiR essAs metAs?Veja o que já realizamos com recursos obtidos graças ao valoroso trabalho de todos os rotarianos:l Formação profissional: Mais de 14 mil equipes de

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46 Setembro de 2011 Acesse www.brasil-rotario.com.br e leia mais notícias dos clubes.

Distritos Revistaem

O principal objetivo do Rotary, refletido no lema Dar de Si Antes de Pensar em Si, é servir, seja na comunidade, no local de trabalho ou pelo mundo.

Os rotarianos desenvolvem projetos comunitários que visam tratar de assuntos atuais e de extrema importância, entre eles a infância em situação de risco, pobreza e fome, preservação do meio ambiente, analfabetismo e violência. Por isso, os destaques nesta seção costumam ser notícias que reflitam essa missão do Rotary.

Neste mês, por exemplo, trazemos o projeto Médicos Solidários, e que tem à frente o Rotary Club de São Paulo-Cambuci, SP. Nos dias 16 e 17 de junho, a iniciativa atendeu a população ribeirinha que reside no entorno da Ilha de Marajó, no Pará, próxima à cidade de Portel. Essa população, que não conta com facilidades de acesso, serviço médico local e infraestrutura adequada, foi lembrada pelos rotarianos do clube paulistano com um amplo atendimento médico. Graças a eles, foram disponibilizados gratuitamente:l Vacinação de crianças, grávidas e pessoas da terceira idade;l Aferição de pressão arterial;l Exames pré-natais e orientações sobre aleitamento materno;l Exames preventivos de câncer de colo de útero;l Orientações sobre plantio de horta;l Orientações sobre cuidados com a utilização da água do rio;l Dicas para a prevenção de verminoses;l Orientações sobre métodos contraceptivos;l Distribuição de vitaminas e remédios contra vermes, entre outros.

No cálculo final, cerca de 400 pessoas, entre adultos e crianças, foram atendidas pelos médicos Iracema Queiroz, Luis Henrique Basile e Luciana Tolentino.

D. 4430

Mutirão da saúde viaja mais de 2.500 kmClube paulistano leva assistência médica à população ribeirinha do Pará

l A populAção da Ilha de Marajó sofre com a falta de infraestrutrura e serviços médicos

l A InIcIAtIvA disponibili-zou consultas médicas e orientações sobre saúde para cerca de 400 pessoas, entre crianças e adultos, com dificuldades de acesso

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47Brasil rotárioMILHÕES DE CRIANÇAS AGUARDAM SUA DOAÇÃO à FRAcesse www.brasil-rotario.com.br e leia mais notícias dos clubes.

D. 4310RC de Indaiatuba-Votura, SP – En-tregou equipamento de proteção contra incêndio para os representantes da Casa da Fraternidade. A ação preten-de acelerar a reabertura da entidade filantrópica, que atende mais de 100 crianças. Na foto, o presidente do clu-be, Antonio Carlos do Nascimento, faz a entrega. Em outra ocasião, o Rotary Club distribuiu as doações arrecadadas pelo supermercado Pão de Açúcar.

D. 4390D. 4410

RC de Jacobina, BA – Realizou a feira da soli-dariedade em 7 de maio, com prestação de vários serviços à comunidade, como orientações jurídicas, cortes de cabelo, aten-dimentos odontológicos, orientações médicas, entre outros. Paralelamente, ocorreu o seminário Isto é Rotary: integridade, solida-riedade e responsabilidade social. O evento teve como palestrantes Carlos José Magalhães de Melo, ex-governador distrital e chair-man da Comissão Distrital da Fundação Rotária, Hugo da Cruz Dória, então go-vernador do distrito, e sua esposa, Cristina.

RC de Guarapari-Centro, ES – Vem apoiando a equipe de rúgbi da cidade, formada por adolescentes e

jovens adultos. Recentemente houve uma partida com o time de Vila Ve-lha, transmitida pela TV Guarapari.

RC de Guaçuí, ES – Entregou violões para crianças do bairro de

Manoel Monteiro Torres.

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48 Setembro de 2011 Acesse www.brasil-rotario.com.br e leia mais notícias dos clubes.

Distritos em revista

D. 4420

RC de São Paulo-Ponte Estaiada, SP – Inaugurou, em 28 de junho, em parceria com a Subprefeitura de Santo Amaro, bairro da cidade de São Paulo, sala de leitura para crianças de cinco a 12

anos no Centro Comunitário Água Espraiada. Hou-ve ainda doação de equipamento, mobília e acervo pela governadoria 2010-11. No dia anterior, o clube marcou presença no aniversário de 65 anos do bairro paulistano de Cidade Ademar, quando foram entregues diplomas a pessoas e instituições que prestaram serviços à comunidade local.

RC de Santos-Gonzaga, SP – Promoveu a palestra do

secretário de Meio Ambien-te do Estado de São Paulo,

Bruno Covas, que falou sobre os projetos ambientais

para a Baixada Santista.

D. 4430RC de São Paulo-Vila Matilde Centenário, SP – Participou da 28ª edição do bazar beneficente da As-sociação Pró-Excepcionais Kodomo-No-Sono, em 2 e 3 de julho. O evento, cuja ren-da será destinada à comu-nidade local, teve também a participação dos seguintes RCs: São Paulo-Vila Carrão, São Paulo-Vila Antonieta, São Paulo-Vale do Aricanduva, São Paulo-Itaquera e São Paulo-Artur Alvim. Já nos dias 9 e 10 o clube participou de outra atividade beneficente, juntamente com o RC de São Paulo-Itaquera: a Festa Julina do Hospital Santa Marcelina. Os companheiros trabalharam em uma barraca e doaram a receita para a instituição.

RC de Nossa Senhora do Livra-mento, MT – Em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Mato Grosso, esteve à frente de um projeto, Bombeiro do Futuro, já em sua nona edição. Tratou-se de um curso, com início em março e término em 2 de julho, que orientou jovens em palestras e instruções básicas sobre primeiros socorros.

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49BRASIL ROTÁRIOMILHÕES DE CRIANÇAS AGUARDAM SUA DOAÇÃO À FRAcesse www.brasil-rotario.com.br e leia mais notícias dos clubes.

D. 4470

RC de Paranaita, MT – Fez aquisições para o seu Banco de Cadeiras de Rodas e de Banho. Em outra ocasião, arrecadou alimen-tos para formar cestas básicas a serem dis-tribuídas às famílias carentes do município.

D. 4440

RC de Andradina-Integração, SP – Fez-se presente nos pontos de vacinação durante a primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Polio-mielite, em 18 de junho. Na oportunida-de, os companheiros entregaram pirulitos para a criançada e aproveitaram para explicar à população o trabalho mundial do Rotary no combate à doença.

RC de Naviraí-Inte-gração, MS – Em parce-ria com a Gerência Muni-cipal de Saúde de Naviraí, sorteou 11 bicicletas nos postos de saúde do município durante a pri-meira etapa da Campanha Nacional de Vacinação. Todas as crianças vaci-nadas receberam cupons para concorrer às bicicle-tas doadas pelo clube. “O Rotary é nosso parceiro em todas as campanhas e quem ganha com isso é a população”, declarou a gerente de Saúde Cristi-na Gradella.

RC de Campo Grande-Universi-dade, MS – Em 30 de junho arrecadou 39 caixas de roupas e agasalhos em parceria com o supermercado Comper. As doações foram entregues à Casa de Apoio aos Moradores de Rua São Francisco de Assis. O clube também participou, em junho, da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Pólio em parceria com a Secretaria Munici-pal de Saúde de Campo Grande.

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Distritos em revista

D. 4480

D. 4490

RC de Bar-retos, SP – Comemorou 75 anos de fundação. O então governa-dor do distrito, Silvio Roberto Ribeiro de Lima, entregou

o certificado alusivo à data. Na foto, apare-cem o então presidente do clube, Alexandre Augusto Faustinoni; Silvio Roberto; e o então presidente do Rotaract Club de Barretos, William Pirola.

RC de Barbalha, CE – Participou da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Pólio no Centro de Saúde Materno Infantil da cidade.

RC de Itápolis, SP – Participou da primeira fase da Campanha Nacional de Vacinação Contra

a Pólio. A iniciativa contou com o apoio do Interact, Rotaract

e Casa da Amizade locais e se desdobrou em diversas ações:

distribuição de bexigas e piruli-tos, divulgação nas emissoras de

rádio da cidade, distribuição de panfletos nas escolas e semáfo-ros, e utilização de um trenzinho

para levar as crianças aos postos de vacinação da cidade.

RC de Vo-tuporan-ga-Novo Milênio, SP – Arre-cadou 14 mil reais du-rante o 2º Churrascão do Milênio, ocorrido em 29 de maio, e que reuniu

mais de 800 pessoas. O montante foi doado à Santa Casa de Votuporanga. Outras duas ações: em parceria com a Escola Coopevo Di-nâmica, premiou dois alunos do ensino médio, João Vitor da Silva e Natália Domingues, que participaram de um concurso de redação sobre a Prova Quádrupla; por meio do projeto Ver Para Aprender, fez avaliação oftalmológica em 70 estudantes.

RC de São José do Rio Preto, SP – Promoveu a

1ª Feijoada do Presidente,

organizada pelo presidente José

Vinha Filho e sua esposa, Dorinha

(foto).

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51BRASIL ROTÁRIOMILHÕES DE CRIANÇAS AGUARDAM SUA DOAÇÃO À FRAcesse www.brasil-rotario.com.br e leia mais notícias dos clubes.

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RC de Vera Cruz, SP – Realizou ações de cunho ecológico, como o replantio de ipês no Passeio Por do Sol.

RC de Petrolina-Norte, PE – Organizou o Primei-ro Forró da Apae, em 18 de junho, na cidade de Pe-trolina. O valor arrecadado com a festa será aplicado na compra de equipamentos e material de apoio para a Apae local, que atende a cerca de 600 pessoas.

João Pessoa-Bancários, PB – Doou mais cinco óculos de grau para pessoas da comunidade (foto). Até agora o clube já entregou 80 óculos. Em 27 de junho, por proposta do vereador Raoni Mendes, a Câ-mara Municipal de João Pessoa homenageou o clube com a comenda do Mérito Social Padre Zé Coutinho.

RCs de Caruaru, Caruaru-Sul, Caruaru-Norte e Caruaru-Maurício de Nassau, PE – Estiveram à frente de uma campanha para arrecadar agasalhos durante o mês de julho. O material reco-lhido foi destinado às entidades filantrópicas do município. A campa-nha recebeu o apoio da Casa da Amizade local.

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Distritos em revista

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RC de Marília-Pioneiro, SP – Por meio de um Subsídio Distrital Simplificado, entre-gou dois bebedouros para a entidade assistencial Restau-ração Infantil, que cuida de 120 crianças de até sete anos e não dispunha de qualquer equipamento desse tipoaté então.

RC de Marília de Dirceu, SP – Vendeu uma tonelada de nhoque em parceria com o supermercado Tauste. Da renda obtida, 13 mil reais, metade irá para a Fundação Rotária e a outra metade para o Centro de Apoio à Criança e ao Adolescentede Marília.

RC de Santo Anastácio, SP – Doou a Thiago Tobias da Rosa um computador com programas específicos para sua deficiência visual. O jovem cursa pedagogia na Uniesp de Presidente Prudente. O computador foi adqui-rido com parte da renda de um porco no rolete realizado pelo clube em 29 de maio.

RC de Ran-charia, SP – Entregou cheque de 83.099 reais ao Hospital e Maternidade

de Rancharia. A doação é fruto da campanha Livro de Ouro. Na foto, o presidente do clube, Marcos Alberto Serrano (à esquerda), e o representan-te do Hospital Nivaldo Deganello.

RC de Tarumã, SP – Recebeu a jovem Elem Tâmara, que participou do Programa de Intercâmbio de Jovens do Rotary. Ela falou sobre a sua experiência de intercambista na cidade de Tepic, no México. Na foto, Elem, o presidente do clube, Paulo Torres, e a rotariana Elvira Alice Gozze.

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53Brasil rotárioMILHÕES DE CRIANÇAS AGUARDAM SUA DOAÇÃO à FRAcesse www.brasil-rotario.com.br e leia mais notícias dos clubes.

RC de Pompeia, SP – Em julho, o clube recebeu o intercambista alemão Lars Henning Hess (2o a partir da esquerda), que ficou na cidade duran-te 40 dias. A recepção ao visitante ocorreu na sede do clube, com as presenças de integrantes da Casa da Amizade e convidados.

RC de Osvaldo Cruz, SP – Há 25 anos, o clube promo-

ve uma feijoada com renda destinada a entidades assis-

tenciais da região. Na foto, aparecem os companheiros que participaram da última

edição do evento, em julho.

RC de Goiânia-24 de Outubro, GO – Por iniciativa deste clube goiano, desenvolvida em

parceria com outros Rotary Clubs da cidade, associações, ONGs e o poder público municipal, foi lançada no final de junho a campanha Todos Contra a Dengue. A primeira etapa da ação buscou orientar os empresários e lojistas de Goiânia sobre a importância de se combater o mosquito da dengue dentro dos estabelecimentos comerciais da cidade. Mais de 30 mil folhetos foram distribuídos. Em julho, aproveitando uma visita do minis-tro da Saúde, Alexandre Padilha, à cidade, o clube distribuiu faixas alusivas à campanha (foto).

RC de Belo Horizonte-Cidade Nova, MG – Com a ajuda de entidades parceiras, no dia 12 de junho o clube promoveu uma festa junina para coletores de materiais recicláveis da cidade e suas famílias. Com muita música e comidas típicas, servidas gratuitamen-te nas barraquinhas montadas pelos rotarianos, os participantes ganharam brindes e cestas básicas.

RC de Pedro Leopoldo-Cachoeira, MG – Esta é a arte do outdoor que o clube instalou na região central da cidade para comemorar seus

25 anos de serviços pres-tados à comunidade. Atual-

mente, um de seus principais projetos é o fornecimento de cestas básicas a 50 famílias

cadastradas e acompanhadas pelo clube em parceria com a Ação Social e a secretaria

municipal de Saúde.

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Distritos em revista

D. 4550

RC da Bahia-Leste, BA – Doou 60 cobertores à comunidade do Calabar. Na foto, aparecem a então presi-dente do clube, Marlene Pitta

Lima Meira; a rotariana Antonia Maria Barbosa do Vale; e Procópio Maga-lhães, representante da comunidade favorecida.

RC de Eunápolis, BA – Pro-moveu uma campanha que

arrecadou 1.000 cobertores para famílias dos bairros do Alecrim,

Sapucaieira, Juca Rosa, Rosa Neto e Pequi. A doação aconte-

ceu no dia 19 de junho.

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RC de Divinópolis-Oeste, MG – O clube cedeu uma cadeira de rodas e outra de banho a uma moradora da cidade. Portadora de necessidades especiais, ela vinha enfrentando problemas de deslocamento, inclusive para ir às suas sessões de fisioterapia.

RC do Rio de Janeiro, RJ – Com recursos da sua Fundação dos Sócios, o clube carioca equipou a Biblioteca Infantil da Redes de Desenvolvimento da Maré. A inauguração do projeto, em julho, contou com a presença de rotarianos e amigos.

D. 4570

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D. 4600

RC de Amparo, SP – Reali-zou sua tradicional festa junina, organizada em parceria com o distrito, a Casa da Amizade de Amparo e o 365o Grupo Esco-teiro Portal das Águas, fundado e patrocinado pelo clube. Mais de 250 pessoas prestigiaram o evento, que recebeu 55 inter-cambistas de 35 países.

RC de Campinas-Sul, SP – Ao lado das ONGs Saúde em Vida

e Viver Sempre Fe-liz, o clube organizou

uma ação voltada à testagem gratuita de

hepatite C. Dos cerca de 350 testes realiza-

dos, oito apresentaram resultados positivos. Os portadores foram

encaminhados a novos exames. Segundo a

OMS, 170 milhões de pessoas em todo o mundo são portadoras do vírus da hepatite C, doença responsável

por 60% das doenças crônicas no fígado.

RC de Mogi Gua-çu, SP – Mais uma vez, o clube promo-veu uma cerimônia cívica para comemo-rar o Dia do Soldado Constitucionalista, em 9 de julho. Nesta data, em 1932, os paulistas deram início à Revolução

Constitucionalista, um movimento pela rede-mocratização do país.

RC de Porto Real, RJ – Neste inverno, em mais uma campa-nha Porto Real Sem Frio, o clube entregou agasalhos e pelo me-nos 60 cobertores a famílias da cidade.

RC de São José dos Campos-Leste, SP – Desen-volveu o projeto Ro-

tary Ler, que consiste na doação de estan-tes com livros, como a da foto, às salas de espera dos hospitais da cidade. A iniciativa tem a parceria da Escola Técnica Everardo Passos, que ajuda na elaboração das estan-tes. Os livros são doados pelos rotarianos.

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Distritos em revista

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RC de Maringá-Parque do Ingá, PR – Uma parceria fir-mada entre o clube, a Euphoria Marketing e Eventos, a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer e a Secretaria Municipal da Ação Social de Maringá resultou na coleta de mais de 15 toneladas de alimentos. As arrecadações eram parte do convite das festas universitárias no município de Maringá que ocorreram entre novem-bro de 2010 e junho deste ano. Entre as 15 insti-tuições beneficiadas estiveram a Rede Feminina de Combate ao Câncer, o Projeto Vida Melhor com Futebol, a Casa Assistencial Bezerra de Menezes, o Albergue Santa Luiza de Marillac e o Centro Dia João Paulo 2o.

D. 4620

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RC de Osasco-Quitaúna, SP – Por intermédio de um projeto de Subsídio Global da Fundação Rotária no valor total de 31.783 dólares, o clube modernizou e ampliou o banco de leite do Hospital e Maternidade Amador Aguiar, em Osasco. Inaugurada em junho, a obra teve ainda as parcerias do distrito 1970, de Por-tugal, e do Rotary Club de São Paulo-Sudeste (distrito 4420). A foto mostra a sala de amamentação. Também em junho, o clube paulista inaugurou seu marco rotário, que agora faz parte da galeria do nosso site. Acesse www.brasil-rotario.com.br e confira.

RC de Tatuí-Cidade Ternura, SP – Doou 1.500 reais às obras de construção dos alojamentos da Casa do Bom Menino. Os recursos foram obtidos com a realização de um al-moço beneficente no final de maio.

Em Sorocaba, SP, o Rotary e a Funda-ção Rotária também estão apoiando o aleitamento materno, fundamental para a saúde de nossas crianças. No mês de maio, por meio de um projeto financiado por recursos dos Rotary Clubs de Manchester, Sorocaba-Novos Tempos, Sorocaba-Norte, Sorocaba-Sul, SP, e um Subsídio Simplificado da Fundação Rotária, foi inaugurado o banco de leite humano da Santa Casa de Misericórdia de Soro-caba, em cerimônia que reuniu diversos rotarianos, inclusive o então governa-dor distrital José Carlos Miguel.

RC de Paranavaí-Entre Rios, PR – Realizado em maio na Escola Municipal Getúlio Vargas, o pro-jeto Boa Visão avaliou cerca de 250 alunos, dos quais 19 foram encaminhados a um oftalmologista, sendo que dez deles acabaram de-monstrando que precisavam de óculos, doados pelo clube. Na foto, os rotarianos Jonilson Tada e Wan-derlei Giraldes examinam uma criança. Em julho, o clube promoveu uma festa com arroz de carreteiro para 800 pessoas. A renda foi destinada à Creche Santa Terezinha do Menino Jesus.

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RC de São Miguel do Iguaçu, PR – Em julho, o café colonial feito pelo clube em conjunto com a Associação de Senhoras dos Rotarianos gerou recursos para a com-pra de cadeiras de rodas e muletas para o Programa do Voluntariado Paranaense, também parceiro no evento; para ajudar no custeio da viagem do intercambista Juliano Sphor às Filipinas, onde ficará por um ano; e para o programa Polio Plus.

RC de São Francisco do Sul, SC – A Escola Munici-pal Antonio Canuto recebeu mais uma etapa do programa Boa Visão, mantido pelo clube. Das 50 crianças atendidas no sábado, dia 18 de junho, 12 foram encaminhadas para receber atendimento odontológico na rede pública. O Boa Visão conta com as parcerias da Ótica Globo, da Secretaria Municipal de Saúde, da Sociedade Corpo de Bombeiros Voluntários de São Francisco do Sul e da Pani-ficadora São Francisco.

RC de Joinville-Cidade das Flores, SC – Em junho,

as companheiras do clube doaram agasalhos às crian-

ças do Lar Abdon Batista.

D. 4651RC de Florianó-polis-Ami-zade, SC – Junto com funcionárias do Posto de Saúde

da Agronômica, participou da primeira etapa da campanha de vacinação deste ano, no dia 18 de junho, em espaço cedido pelo banco Bradesco no supermercado Angeloni da Beira Mar Norte.

RC de Criciúma, SC – Essas foram as primeiras dez crianças a receber óculos num projeto piloto que o clube vem desenvolven-do em parceria com a Secreta-ria Municipal do Sistema Social. O casal Ney Loyola Richter e Cíntia são os primeiros padrinhos da iniciativa: eles custearão 100 pares de óculos para as crianças atendidas, que serão fornecidos pela Ótica Silvestre.

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59Brasil rotárioMILHÕES DE CRIANÇAS AGUARDAM SUA DOAÇÃO à FRAcesse www.brasil-rotario.com.br e leia mais notícias dos clubes.

D. 4670

D. 4680

RC de Santa Cruz do Sul-Avenida, RS – Organizou a 15ª edição do Baile à Gaúcha, evento tradicional do clube que contou com um concurso de dança e comi-das típicas preparadas pelo Centro de Tradições Gaúchas Estância Alegre. O evento teve renda desti-nada ao Asilo dos Idosos, Projeto Piazito e Instituto Humanitas.

RC de Novo Hamburgo-Monumento, RS – Recebeu o coman-dante do 2º Grupamento

de Combate a Incêndios, major Cleber Valinodo Pereira, que realizou palestra sobre prevenção a acidentes e incên-dios, atividades de busca e salvamento e estratégias de defesa civil. A palestra contou também com a colaboração do 3º sargento Vilson da Silva Alves.

RC de Sa-pucaia do

Sul, RS – O intercambista

patrocinado pelo clube, Willian de

Melo Ely, retornou de seus estudos em

Taiwan e ministrou palestra sobre a impor-

tância do intercâmbio em sua vida, além de relatar um pouco da

cultura e doscostumes da ilha.

RC de Taquari, RS – Em parceria com a Casa da Ami-zade, doou roupas, calçados e brinquedos à Creche São José e ao Instituto Agrícola Presidente Dutra.

RC de Guaíba-Farrapos, RS – Realizou dois eventos

gastronômicos, um intitu-lado Costelão e o outro

Mocotó, ambos com renda destinada aos projetos so-

ciais desenvolvidospelo clube.

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Page 61: Brasil Rotário - Setembro de 2011

58 Setembro de 2011 Acesse www.brasil-rotario.com.br e leia mais notícias dos clubes.

Distritos em revista

D. 4651

D. 4660

RC de Palhoça-Cambirela, SC – Em mais uma campanha para arrecadar aga-salhos, o clube conseguiu reunir mais de 1.500 peças de roupas, tarefa em que teve a ajuda de empresas e da comunidade. A entrega das roupas ocorreu no dia 11 de julho, na Creche Florzinha Azul, localiza-da no bairro Caminho Novo, onde o clube desenvolve projetos como o Sorrir Feliz. As doações foram repassadas às famílias das crianças matriculadas.

RC de Araranguá, SC – Em home-nagem a Eloir André Kuser, associado ao clube e ex-governador do distrito, falecido recentemente, seus compa-nheiros plantaram uma árvore junto a um monumento rotário localizado à beira do rio Araranguá, onde foi afixa-da uma placa em sua memória.

RC de São Luiz Gonzaga, RS – Depois de constatar que metade das cadeiras de rodas que doava acabavam danificadas, inutilizadas ou até mesmo vendidas, o clube resolveu adotar um novo modelo de trabalho, concedendo os equipa-mentos por empréstimo. Seu banco de cadeiras de rodas, formato adotado por muitos clubes brasileiros, dispõe atualmente de cerca de 90 cadeiras de rodas emprestadas. O funcionamen-to do projeto é mantido com dinheiro gerado em eventos beneficentes, como o Baile do Chope e o Almoço Sobre Rodas.

Entre os dias 15 e 27 de junho, um grupo de 12 casais de rotarianos brasileiros (seis do Rotary Club de Palmeira das Missões e seis do Rotary Club de Frederico Westphalen, ambos do Rio Grande do Sul) esteve em Portugal participando do Programa de Inter-câmbio Rotário da Amizade, uma parceria do distrito brasileiro e do distrito 1970. A visita dos companheiros portugueses ao Brasil está prevista para novembro deste ano.

RC de São Pedro do Sul, RS – Na edição deste ano do Gol Solidário, um campeonato de futsal beneficente promovido pelo clube, foram arrecadados quase 600 quilos de alimentos, doados a ações de combate à fome na cidade, e uma quantia superior a 1.200 reais, tudo destinado à Casa do Sopão, imóvel do clube situado num bairro carente da cidade, onde são servidas refeições a famílias carentes e desenvolvidos diversos projetos sociais.

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60 Setembro de 2011 Acesse www.brasil-rotario.com.br e leia mais notícias dos clubes.

Distritos em revista

D. 4710

D. 4680

RC de Santa Cruz do Sul-Oeste, RS – Entregou 27 cadeiras de rodas a hospi-tais e entidades filantrópicas do município. Foram beneficiados os hospitais Ana Nery e Santa Cruz, a Casa de Saúde Ignez Mo-raes, a Associação de Auxílio aos Neces-sitados e Idosos de Santa Cruz do Sul e a Unidade de Tratamento e Recuperação de Alcoolismo do Vale do Rio Pardo.

RC de Astorga, PR – Promoveu a oitava edição de seu Jantar Dançante, evento que recebeu cerca de 700 convidados. A ativida-de teve renda destinada à Apae do município.

RC de Londrina-Higienópolis, PR – Organizou sua terceira Feijoada Bene-ficente, evento com renda destinada aos projetos do clube.

D. 4730

RC de Curitiba-Oeste, PR – Realizou a entrega de chave simbó-lica da Escola Municipal Agricultor Paulino Baptista à prefeita de Bocaiúva do Sul, Lucimeri de Fátima Santos Franco. A escola foi construída em ação conjun-ta entre o clube, a prefeitura e a comunidade.

RC de Curitiba-Portão, PR – Por meio de um projeto de Subsídios Equivalentes da Fundação Rotária com o Rotary Club de Dawson Creek Sunrise, Canadá (D. 5370), doou uma Kombi para o Centro Especializado de Habilitação Profissional Mercedes Stresser, no município. A entidade é direcionada à capacitação profissional de jovens e adultos portadores de necessidades especiais.

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61Brasil rotárioMILHÕES DE CRIANÇAS AGUARDAM SUA DOAÇÃO à FRAcesse www.brasil-rotario.com.br e leia mais notícias dos clubes.

D. 4740

D. 4730

RC de Ponta Grossa-Alagados, PR – Entregou troféu Amigo do Rotary ao presidente da OAB de Ponta Grossa, Luis Alberto Kubaski, no encerramento da campanha 1+1, ação do clube que objetivou a arrecadação de livros jurídicos para a biblioteca da Universidade Estadual de Ponta Grossa. A iniciativa, que recebeu o apoio da OAB do município, arre-cadou mais de 4.000 livros.

RC de Chapecó-Sul Cente-nário, SC – Organizou inicia-tiva de conscientização sobre segurança para crianças de escolas municipais e estaduais de Chapecó, trocando armas de brinquedo por livros. O clube pretende entregar cerca de 20 mil livros até o final do ano.

RC de Lages-Alvorada, SC – Comemorou sua admissão ao Rotary International com a presença de rotarianos do clube padrinho, o Rotary Club de Lages, e entrega do certificado de admissão. O clube inicia suas atividades com 33 associados.

RC de Abelardo Luz-Sementes, SC – Recebeu a carta de admissão ao Rota-ry International em solenidade realizada na Câmara de Vereadores de Abelardo Luz. O evento contou com a presença de rotarianos dos clubes padrinhos, os RCs de Xanxerê e Clevelândia, ambos de Santa Catarina.

RC de Campos Novos-Centro, SC – Inaugurou marco rotário na avenida Juscelino Kubitschek, no município.

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Page 64: Brasil Rotário - Setembro de 2011

62 SETEMBRO DE 2011 Acesse www.brasil-rotario.com.br e leia mais notícias dos clubes.

Distritos em revista

D. 4740

RC de Porciúncula, RJ – Recebeu Moção de Congratulações e Aplau-sos da Câmara Munici-pal de Porciúncula, pela iniciativa de editar o jornal O Companheiro, veículo de divulgação do clube. A homenagem foi realizada por inicia-tiva do vereador André Coutinho.

RC de Maravilha-Centro, SC – Visitou a Associação Reciclar, que abriga a Coo-perativa dos Catadores de Materiais Recicláveis. O clube doou capas de chuva para todos os profissionais que realizam a coleta de material para reciclagem.

RC de Montes Claros-Oeste, MG – Entregou dez cadeiras de rodas ao Banco de Cadeiras de Rodas de Montes Claros. As cadeiras foram adquiridas com recursos arrecadados por meio de ações sociais do clube.

D. 4760

RC de Campos-Goi-tacazes, RJ – Doou 81 conjuntos de pijamas ao Asilo Monsenhor Seve-rino e 121 conjuntos ao Hospital de Apoio Manoel Cartucho de Castro. As doações contaram com o apoio de costureiras da Fundação Municipal da Infância e Juventude, que ajudaram na confecção dos pijamas.

RC de Nova Fri-burgo-Imperador,

RJ – Organizou um workshop de ma-

quiagem, ministrado pelo rotariano Rena-to Auad, com renda destinada à compra

de perucas para a Associação da Mulher

Mastectomizada, na qual o clube ajuda a

manter um bancode perucas.

D. 4750

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63BRASIL ROTÁRIOMILHÕES DE CRIANÇAS AGUARDAM SUA DOAÇÃO À FRAcesse www.brasil-rotario.com.br e leia mais notícias dos clubes.

D. 4770

RC de Patrocínio, MG – Organizou a 15ª edição de sua tradicional Festa de Pizza.

RC de Morrinhos, GO – Reformou a Es-cola Rotary do muni-cípio, com a troca de parte do telhado, pin-tura geral, reforma do parque e a instalação de um bebedouro. A ação contou com a parceria da Casa da Amizade e a presença do governador 2010-11 do distrito 4770, João Maluf Franco. Na ocasião, o clube também homenageou o associado Darcy Chaves, batizando o parque recreativo da escola com o nome do rotariano.

RC de Santa Rita do Ara-guaia, GO – Alto Araguaia, MT – Organizou, em parceria com o Banco do Brasil e a Asso-ciação Atlética Banco do Brasil, um churrasco beneficente com renda destinada à compra de 620 kits de material escolar para crianças de oito escolas dos dois municípios.

RC de Prata, MG – Montou espaço para venda de comidas e bebidas na 5ª Feira de Agronegócios, realizada pela empresa Coopra-ta. O evento contou com leilões, cursos, desfiles e shows. A ação do clube teve ren-da destinada à Funda-ção Rotária.

RC de Catalão-Solidariedade, GO

– Doou cadeiras de rodas, andadores e

muletas para portado-res de necessidades

especiais.

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64 SETEMBRO DE 2011 Acesse www.brasil-rotario.com.br e leia mais notícias dos clubes.

Como ver seu clube no site ou na revistaPara que os companheiros de todo o país conheçam os projetos que seu clube vem realizando, é importante que as notícias cheguem à Reda-ção contendo as seguintes informações: o nome completo e o distrito de seu clube; a data e local em que foram realizadas as ações; um breve relato sobre o projeto, explicando sua importância e o alcance dele junto à comunidade; os nomes dos parceiros, no Brasil e no exterior; e os nomes e sobrenomes de todos os que aparece-rem nas fotos com até seis pessoas, relacionados a partir da esquerda, para o caso de eles serem mencionados na legenda feita pela Redação. Mas lembre-se, a prio-ridade é a ação praticada pelo clube.

FOTOS: as imagens digitais precisam ter uma boa qualidade de impressão. Por isso, selecione a opção alta resolução de sua câmera. Se o envio for feito por e-mail, pedimos que o tamanho dos anexos não supere 1 MB. Não cole suas imagens em documentos de Word: anexe-as ao e-mail como arquivos independentes.

A publicação é gratuita. Basta apenas que o assunto se encaixe em nosso perfil editorial e que seu clube es-teja em dia com a assinatura da revista. A Brasil Rotário não publica posses ou outros fatos que possam obter o merecido destaque nos boletins de seu clube.

MUITO IMPORTANTE: informe também um te-lefone de contato (com o código de DDD) para que possamos falar com você no caso de qualquer dúvida.

Anote os nossos endereços: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar Rio de Janeiro, RJ CEP: 20040-006 e-mail: [email protected] O telefone da Redação é (21) 2506-5600.

Estamos esperando para ver seu clube na revista!

Sobre o uso e a publicação de textos e imagensO leitor que contribui com a Brasil Rotário por meio do envio de conteúdo – tais como fotos, informações, textos e frases, entre outros – aceita e se responsabiliza pela autoria e originalidade do material enviado à revista, bem como pela obtenção da autori-zação de terceiros que eventualmente seja necessária para os fins desejados, respondendo dessa forma por qualquer reivindicação que venha a ser apresentada à Brasil Rotário, judicial ou extra-judicialmente, em relação aos direitos intelectuais e/ou direitos de imagem, ou ainda por eventuais danos morais e/ou materiais causados à Brasil Rotário, à Cooperativa Editora Brasil Rotário ou a terceiros.

Entre os direitos da Brasil Rotário incluem-se, também, os de adaptação, condensação, resumo, redução, compilação e ampliação dos textos e imagens enviados à revista.

DICAS PARA PUBLICAÇÃO

D. 4770

D. 4780

RC de Goiânia-Rio Araguaia, GO – Realizou o evento gastronômico Porco no Rolete. A ação teve renda destinada à Fundação Rotária.

RC de Bagé-Sul, RS – Doou 8.000 re-ais à Casa da Menina, entidade que abriga garotas vítimas de maus tratos e violên-cia doméstica. O clu-be, em outra ocasião, já havia doado uma máquina de secar rou-pas e instrumentos de recreação à entidade. Na foto, o presidente

do clube, Antonio Carlos Coradini, entrega o che-que à representante da entidade, Suzana Grilo.

RC de Livramen-to-Armour, RS – Em parceria com a Associação Profissional dos Conta-bilistas de Santana do

Livramento, entregou cerca de 700 peças, entre roupas e calçados, ao Clube de Mães Nossa Se-nhora Aparecida, entidade que abriga crianças da região. A ação faz parte do projeto Campanha do Agasalho 2011.

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65BRASIL ROTÁRIO

BR

Senhoras em ação

Com a realização do Arraiá dos Cumpadres Rosa, no dia 9 de julho, a Casa da Amizade de Guarapari-Centro, ES (D. 4410), arrecadou 650 quilos de alimentos, posterior-mente doados a famílias da cidade.

No dia 16 de julho, a Casa da Amizade de Itápolis, SP (D. 4480), realizou uma Noite Italiana, com pratos típicos e muita música. Realizado na sede do Rotary Club de Itá-polis, o evento reuniu convidados de toda a região, e teve ainda a especial participação de um grupo de rotarianos dos Estados Unidos. A renda foi destinada aos projetos do Rotary na cidade e à Fundação Rotária. Em maio, a Casa da Amizade doou duas cadeiras de rodas especiais à Apae.

Com a chega-da do inverno, a Casa da Amizade de Amparo, SP (D. 4590), doou à Maternidade da Santa Casa Anna Cintra kits com roupas e

cobertores para os recém-nascidos. No começo de julho, a Casa da Amizade apoiou a realização do Curso de Culiná-ria Regional, promovido pelo Sindicato Rural de Amparo e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural.

A Associação de Senhoras de Rotarianos de Realeza, PR (D. 4640), realizou no dia 25 de junho seu tradicional Café Colonial, organizado com a ajuda do Rotary Club de Realeza. Chegando à vigésima edição, o evento gera recursos para a manutenção de projetos como o Grupo de Apoio Mãos Amigas de Realeza, que presta apoio aos pacientes de câncer.

Juntamente com um grupo de voluntárias, as integrantes da Associação das Senhoras dos Rotarianos de Paranaguá, PR (D. 4730), realizaram em sua sede o Bingo Caipira, com renda voltada aos projetos que desenvolvem.

Por meio do projeto Costu-rinha, já em seu segundo ano, as integrantes da Casa da Amizade de Santiago, RS (D. 4780),

produzem enxovais completos para crianças carentes da cidade. A iniciativa conta com a parceria do Rotary Club de Santiago.

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66 SETEMBRO DE 2011 MILHÕES DE CRIANÇAS AGUARDAM SUA DOAÇÃO À FRFAÇA SUA DOAÇÃO PARA A ERRADICAÇÃO DA PÓLIO

Reconhecimentos da Fundação Rotária

O que significam Companheiro Paul HarrisUma pessoa, rotariana ou não, que contribui com o valor de 1.000 dólares rotários à Fundação Rotária, ou

em cujo nome é feita tal contribuição, recebe como reconhecimento o título de Companheiro Paul Harris (),

que consiste de certi fi cado e distintivo – com a opção de medalha, ao custo de 15 dólares rotários.

Contribuições múltiplasO Companheiro Paul Harris que faz contribuições múltiplas de 1.000 dólares rotários à Fundação Rotária, ou em

cujo nome elas são feitas, recebe safi ras (), rubis () ou Major Donors (), de acordo com o valor do

aporte acumulado.

Os fundosTais doações formam diversos fundos. São eles: o Fundo Anual de Programas, o Fundo Polio Plus ou Parceiros

Polio Plus e o Fundo Permanente. As contribuições ainda podem servir aos Projetos de Subsídios Humanitários

ou, se vierem de empresas, à Associação Brasileira da The Rotary Foundation.

Novos agraciados

D. 4310RC de Itú-Terras de São José, SP Laura Embacher Lia Guarischi Mattos Silva Maria Aparecida Miranda Gigliotti Maria Lourdes Carvalho Rita da Conceição da Silva Gibi Rita de Cássia Diogo Salete Cristina Roberti

D. 4420RC de São Bernardo do Campo-Rudge Ramos, SP Aguinaldo Castilho Antonio Ribeiro Carlos Szilagyi, com uma safi ra Francisco Fukuma Márcia Maineti Salete Szilagyi Sueli Juliatto

RC de Santos-Porto, SP Alvaro Batista Camilo

Fabiana Esteves, com um rubi Fellipe H. Varella, com duas safi ras Flavio de Brito Junior Francisco de Assis da Silva José Roberto Correa Serra Marcelo Gonçalves da Silva Miguel Ximenes de Rezende, com três rubis Paulo Alexandre Barbosa Renato Penteado Perrenoud Ricardo Webha Esteves, com duas safi ras Roberto Caro Varella, com três rubis Rosane Resende de Souza Giuliani Sérgio Del Bel Junior Silvia Helena Balduino Sylvio Soares de Novaes, com quatro safi ras

RC de São Paulo-Anchieta, SP Antonio Romero Hugo Jordano Lemos Leonardo Weissmann, governador assistente 2011-12

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Page 69: Brasil Rotário - Setembro de 2011

67Brasil rotárioMILHÕES DE CRIANÇAS AGUARDAM SUA DOAÇÃO à FR

D. 4430RC de São Paulo-Vila Carrão, SPl Antonio Donizetti Petreca, com a terceira safiral Antonio Gelfusa Junior, com uma safiral Aparecido Donizetti Petreca, com três safirasl Armindo da Mota Moreira, com duas safirasl Crisostomo Chagas, com a terceira safiral Eduardo Furtado Viegasl Jairo Balderrama Pinto, com a primeira safiral José Antonio de Limal Paulo Henrique Gomes Petrecal Uzi Vieira Machado

RC de São Paulo-São Mateus, SPl André Luís Dantas Miranda

D. 4470RC de Andradina-Integração, SPl João Antonio Guedes da Silva, com uma safiral Luiz de Albuquerque Ferreiral Valney Ferreira de Araújo, com uma safira

RC de Araçatuba-Cidade Amiga, SPl Adele Rodrigues de Carvalho Vecchil Isabel Cristina Bisco Flozi, com uma safiral Karina Vecchi Cardosol Osvaldo Pereira Araújo

RC de Selviria, MSl Edmaldo Silval Valmiro Alves Fermino, com a primeira safira

D. 4480RC de Itápolis, SPl Gabriel Cestari Polotto, com uma safiral Guilherme Ramirez Henriquel Luis Augusto Guirro Souza

RC de Votuporanga-Novo Milênio, SPl Adriana Mara Lupo Parral Adriano Vicente de Moraesl Antônia de Lourdes de Biazi Silval Delcir Ferreira de Castrol Gilson Aparecido dos Santosl Odair Fernandes da Cunha

l Regina Helena Pessotal Sidney Donizete Negrini

D. 4500RC de João Pessoa, PBl Durval Antonio de Araújo

RC do Recife-Casa Amarela, PEl Cristiano Coelhol Edvaldo Uchoa Cavalcantil Gloria Maria Cezar de Aguiar, com cristal de Major Donorl Janes Maciel da Cruz Montel Selma M. Gadelha Barbosa

D. 4510RC de Osvaldo Cruz, SPl Eraldo Rochal Francisco Bedusch, presidentel Jose Luiz Bernardesl Lucas Renato Girottol Mario Hiroshi Naoe

RC de Rancharia, SPl Edina Watfa Elid Nettol Elfrida Friedrich Henschel

D. 4530RC de Taguatinga-Norte, DFl Adalmi Barbosa, com uma safiral Daltono Umberto de Souza, governador 2010-11, com uma safiral Francisco Lucrecio, presidente 2010-11l Gilberto Cairesl Gutemberg Vaninil Humberto Martinsl Isabelle Freitasl Isai Lopes, com uma safiral Ivany Rosal Ivone de Fátimal Jair Melckzedeckl Jiovanna Albanezl Josefina Reisl Margareth Gomesl Matheus Albanez

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Page 70: Brasil Rotário - Setembro de 2011

68 SETEMBRO DE 2011

FAÇA SUA DOAÇÃO PARA A ERRADICAÇÃO DA PÓLIO

Reconhecimentos da Fundação Rotária

Robinson Meira Valdir Lino Valmir Rodrigues

D. 4550RC de Ibicaraí, BA Abel Donino de Brito Lira Valdelice Almeida Batista dos Santos Valtaire Alves Moreira Vera Lúcia Pimentel Costa Menezes

D. 4570RC do Rio de Janeiro, RJ Carlos Henrique de Carvalho Fróes, governador

distrital 1986- 87 e ex-presidente e ex-editor da Brasil

Rotário, com o segundo rubi Maria Teresa Carcomo Lobo, com a quinta safi ra

RC do Rio de Janeiro-Laranjeiras, RJ Priscila da Silva Neubern

D. 4590RC de São Pedro, SP Denise Boldrini Molliet, com a primeira safi ra Flávio Eduardo Vieira de Barros Castelar René Saller, com a quinta safi ra Sérgio Duarte Gonçalves, com a primeira safi ra

D. 4620RC de Avaré-Jurumirim, SP Diamantino Gambini, ex-presidente, com uma safi ra Emerson Lopes de Medeiros Rita de Cássia Vieira Roesener Wilson Roberto Roesener, ex-presidente

D. 4650RC de Salete, SC Alexandro Feldhaus Fernando Haverroth Militino Gregório Eising, com cinco safi ras Nati Terezinha Broering Rohden

D. 4651RC de Brusque, SC Ademir Vinotti Alvaro Camargo Filho João Antônio Schaefer, com uma safi ra

D. 4660RC de Três de Maio, RS André Antônio Dal’Aqua Elmo Winckelamann, com uma safi ra Gilson Grando Waldemar Blum, com uma safi ra

D. 4670RC de Novo Hamburgo-Monumento, RS Rogério Führ

D. 4680RC de Porto Alegre-Sudeste, RS Alexandre Rigotto Leite Ernesto Hummel, ex-presidente Mara Cristina Vogt Nogueira Porfírio de Borba Neto, ex-presidente

RC de Santa Cruz do Sul-Oeste, RS João Jorge Cervi Paulo Roberto Haussen Sehn Roberto Antonio Konzen

D. 4720RC de Boa Vista-Caçari, RR Wagner Seleme Possebon, presidente,

com a primeira safi ra

D. 4780RC de Bagé-Sul, RS Carlos Falcão de Souza, ex-presidente Celso Schiroki, ex-presidente Lizete Oliveira, ex-presidente Valterli Lopes, ex-presidente

RC de Uruguaiana-Sudeste, RS Lauri Kotz, ex-governador distrital com cristal

de Major Donor

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Page 71: Brasil Rotário - Setembro de 2011

69BRASIL ROTÁRIO

Rotarianos que são notícia

Nesta seção abrimos espaço para os rotarianos que foram eleitos ou nomeados para cargos de governo, da admi-nistração direta ou indireta, ou que ainda receberam homenagens ou assumiram função em organizações da sociedade civil nas esferas federal (1o, 2o e 3o escalões), estadual (1o e 2o escalões) e municipal (1o escalão).

Você quer entrar em contatocom a Brasil Rotário? Escreva para nossos e-mails.

Para enviar textos e fotos sobre asações do seu clube, escreva [email protected]

Se você quer informações sobre a remessa da revista, alterar o endereço de envio ou atualizar o número de assinantes, escreva para [email protected]

Para informações sobre pagamentos e boletos bancários, escreva [email protected]

Brasil Rotário: servindo por meio da comunicação

Áureo Bernardo Júnior, associado ao Rotary Club de San-tos-Gonzaga, SP (D. 4420), foi eleito vice-presidente do Instituto dos Advogados de São Vicente, para um mandato de dois anos.

Em reconhecimento a sua trajetória profissional e ao empenho e dedicação para o enaltecimento da odontologia, Dyrson de Oliveira Abbade, associado ao Rotary Club de Araraquara, SP (D. 4540), foi homenageado pela Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas.

Pelos próximos dois anos, Reinaldo Citrângulo e Valter Maciel serão os representantes do Rotary Club de Mogi Iguaçu, SP (D. 4590), no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Maurício Rodrigues Alves, associado ao Rotary Club de São Pedro, SP (D. 4590), foi homenageado pelo Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo com a Comenda Cândido Fontoura. Maurício foi responsável pela pesquisa e desenvolvimento de serviços profissionais da Johnson & Johnson do Brasil.

Jucemar Rampinelli assumiu a presidência do Conselho de Segurança do Distrito de Rio Maina, Carolina Rosa Braga é a nova presidente do Círculo Bergamasco de Rio Maina e André Luiz Valente, o novo vice-presidente da Associação das Micro e Pequenas Empresas de Criciúma. Os três fazem parte do Rotary Club de Criciúma-Rio Maina, SC (D. 4651).

Ex-presidente do Rotary Club de Campo Mourão-Araucária, PR (D. 4630), Ivone de Lourdes Capristo Malho recebeu o troféu Guerreira do Paraná, principal honraria concedida anualmente pelo sistema Fecomércio Paraná a empresários que se destacam no comércio de bens, serviços e turismo no estado.

Ex-presidentes da Associação Comercial e Indus-trial de Bagé, os rotarianos Waldir Ramos, Élio Coradini, José Walter Lopes e Odacir Pillon foram recentemente homenageados pela entidade durante o jantar de posse anual de sua diretoria. Os quatro são ex-presidentes do Rotary Club de Bagé-Sul, RS (D. 4780).

Por sua atuação à frente de ações culturais em favor do idioma e da cultura franceses em Santa Maria, RS, o rotariano Pedro Lecueder Aguir-re, ex-governador do distrito 4660 e associado ao Rotary de Santa Maria, foi homenageado pela Associação dos Amigos da França na cidade.

Presidente do Sindicato das Indústrias de Erva Mate do Rio Grande do Sul, Alfeu Strapasson, do Rotary Club de Erechim-Três Vendas, RS (D. 4700), foi empossado em julho como diretor da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul.

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Page 72: Brasil Rotário - Setembro de 2011

70 SETEMBRO DE 2011

Se você tem 50 anos de Rotary ou mais, envie para a Brasil Rotário uma foto em que apareça sozinho: E-mail: [email protected] Endereço postal: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar – Centro – Rio de Janeiro – CEP: 20040-006

Os 50 Mais

Associado ao Rotary Club de In-daiatuba, SP (D. 4310), Odérsio Martinhão mantém a marca de 100% de frequência em mais de 50 anos de clube.

Aos 93 anos de idade, Clóvis César da Rocha (acima) completou em junho 55 anos de associação ao Rotary Club de São Paulo-Leste, SP (D. 4430). Em fevereiro, foi a vez de seu companhei-ro de clube Luiz Ugolini completar 53 anos de vida rotária.

Edison Rodri-gues de Lima, que completou 88 anos de vida em julho, está comemorando também cinco décadas de

associação ao Rotary Club do Recife-Boa Vista, PE (D. 4500). Ele foi governador do distrito em 1995-96.

Rotariano há 50 anos, Sil-vio Eugênio Schiappacas-se foi homena-geado por seu

clube, o Rotary Club de Campo Grande, RJ (D. 4570), com o diploma e a comenda Jubileu de Ouro.

Um dos fundadores do Rotary Club de Chapecó, SC (D. 4740), no ano de 1959, Ivo Adone Patussi sustenta a marca de 100% de frequ-ência nestes 52 anos de clube. Hoje aposentado, ele trabalhou como jornalista, vereador e diretor da Penitenciária Agrícola de Chapecó.

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71BRASIL ROTÁRIO

Luiz Renato D. CoutinhoAconteceu na Brasil Rotário......em setembro de 1968

BR

Em 1968, entre tantos acontecimentos, dois fatos isolados, quase simultâneos e aparentemen-te modestos, tiveram grande efeito, catalisando tendências e transformando a história.

Em 7 de setembro, Antônio de Oliveira Sa-lazar, presidente do Conselho de Ministros de Portugal desde 1932, caiu de uma cadeira quando se encontrava de férias no forte de Santo António do Estoril. Ele nunca mais se recuperou do tombo e em 1974 o país se redemocratizou.

Naquele mesmo dia 7, o cantor e ator Bert Pa-rks apresentava, como fazia desde 1955, o Miss América no Boardwalk Hall, um centro de con-venções em Atlantic City, Nova Jérsei, EUA. Se lá dentro era coroada Judith Ford, a Miss Illinois, do lado de fora feministas faziam manifestação e coroavam uma ovelha. Elas exibiam cartazes com dizeres como: “Homens, julguem-nos como pessoas, e não como objeto”. O protesto ganhou grande repercussão na mídia e é considerado um marco na difusão do feminismo moderno.

Em 1968, 14.589 soldados americanos mor-reram no Vietnã, o ano com o maior número de baixas.

No Brasil, em setembro, os céus ainda não estavam completamente encobertos e o Rio de Janeiro se agitava com o 3 º Festival Internacional da Canção. O cenário era o Maracanãzinho, onde duas músicas concorriam ao prêmio nacional do festival (com direito a duas torcidas antagônicas): Sabiá, de Tom Jobim e Chico Buarque, e Pra Não Dizer Que Não Falei de Flores, de Geraldo Van-dré. Ganhou a primeira.

Ao lado, o que a Brasil Rotário publicava naquela data.

Glenn Patrick Ely, um jo-vem norte-americano, veio ao Brasil graças ao programa de Inter-

câmbio de Jovens do Rotary. O distrito anfi trião era o então 458, que compreendia Minas Gerais. Glenn, que chegou sem saber absolutamente nada de português, deixou em nosso idioma o depoimento a seguir:

“Meus primeiros pen-samentos sôbre meu

estágio de um ano no Brasil começam um pouco antes de chegar a êste país. Quando entrei no jato, pensei que nunca tinha sido tão doido em toda a minha vida. Estava sentado num avião, viajando para um país diferente, onde não conhecia ninguém. Além disso, comecei a ouvir várias pessoas falando português, e eu não podia entender uma só palavra. Então pensei: ‘Você deve estar doido para fazer tal coisa’.

A viagem foi OK, mas eu não pude dormir, porque tinha muito em que pensar. O avião desceu no Rio, e um ano maravilhoso começou, então, para mim.”

“O número de Volkswa-gens que vi me impressionou. Parecia que todos os Volkswa-gens do mundo estavam de férias no Rio.

O povo brasileiro me cau-sou a melhor impressão. To-dos pareciam muito amáveis, alegres e de grande coração.

Um intercambista no Brasil de 1968

A COROAÇÃO da Miss America Judith Ford marcou o feminismo moderno

A maioria dos brasileiros tem prazer em ajudar os estran-geiros, e eu sinto que isso é uma coisa que falta ao povo americano.

Os homens brasileiros, em geral, não se preocupam tanto com a roupa quanto os americanos. Eles se vestem de modo muito informal. Os rapazes brasileiros usam o cabelo muito mais comprido também. Quanto às mulheres, no Brasil, acho que se vestem com muito bom gosto. As moças brasileiras causam uma excelente impressão. Todas parecem muito femininas, bem vestidas etc. As america-nas poderiam aprender muito com as brasileiras. Se me per-guntassem qual a mais bonita, a brasileira ou a americana, eu não teria dúvidas em afi rmar: ‘A brasileira!’

Elas não tem, entretanto, muita liberdade, especialmen-te no que concerne a namôro. Nos Estados Unidos, as moças podem sair sòzinhas. Isso foi muito estranho e custei a me acostumar. (...) Os estudantes, principalmente as moças, de-moram um pouco a se adaptar à vida brasileira. É difícil para elas verem-se tolhidas em sua liberdade. (...)

Gostaria, agora, de agrade-cer do fundo do meu coração ao Rotary por me ter propor-cionado esta maravilhosa ex-periência de viver um ano no segundo país em meu coração, o Brasil.”

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72 SETEMBRO DE 2011

Relax

Entre aspas

Rodrigo

Sim ou nãoA costureira vai à casa da freguesa grã-fi na para cobrar a conta dos vestidos. Toca a campainha e é atendida pela empregada.– Que deseja?– Eu queria falar com a madame. Ela está?– Está sim, mas não pode receber agora.– E pagar? Pode?

Coisa raraDois amigos vão caçar. A certa altura, um deles avista uma perdiz, faz mira e atira.– Até que enfi m, rapaz! É a primeira vez que te vejo acertar em cheio! – diz o outro – Só não entendi por que o teu cão de caça não foi lá apanhar a perdiz.– Vai ver ele também fi cou admirado...

De olho– Meu marido está doente e eu passo a noite em vigília.– Mas você não tem uma enfermeira?– Tenho sim. Por isso mesmo eu vigio.

Colaborações de Hertz Uderman, associado ao Rotary Club do Rio de Janeiro-Méier e ex-go vernador do distrito 4570.

“A eloquência é a arte de au-mentar as coisas pequenas e di-minuir as grandes.” – Sócrates, fi lósofo grego (469-399 a.C.)

“Triste época! É mais fácil de-sintegrar um átomo do que um preconceito.” – Albert Einstein, físico alemão (1879-1955)

“E se tudo for uma ilusão e nada existir? Nesse caso, não há dú-vida de que paguei demais por aquele tapete novo.” – Woody Allen, cineasta, ator e escritor norte-americano (1935-)

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