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BRASIL: RELEVO, HIDROGRAFIA E LITORAL

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BRASIL: RELEVO, HIDROGRAFIA E LITORAL

Estrutura geológica

• Geomorfologia: ciência que estuda as formas de relevo.

• Relevo condiciona o processo de produção e organização do espaço geográfico.

• (...) a maior parte dos estragos, incluindo-se as catástrofes que se abatem sobre certas realizações da engenharia civil, resultam não de um vício interno da obra, mas de uma má implantação em um meio natural insuficientemente conhecido ou mal utilizado. TRICART, Jean. La epidermis de la Tierra. Barcelona: Editorial Labor, 1969. p. 23

• Brasil: localizado na parte centro-oriental da Placa Sul-americana.

• História geológica de cerca de 2,6 bilhões de anos.

• Não há tectonismo orogênico recente, ou seja, movimentos que formam cadeias de montanhas

• houve apenas movimentos verticais ou de soerguimento da crosta terrestre. Eles explicam a existência, no Brasil, de planaltos formados em bacias sedimentares, hoje situados em altitudes mais elevadas.

• A formação das depressões também pode ser explicada pela epirogênese: ao mesmo tempo em que a crosta se erguia, os agentes da dinâmica externa do relevo provocavam o desgaste de rochas menos resistentes, criando as depressões que circundam os planaltos do Brasil.

• A geologia e a geomorfologia reconhecem três domínios estruturais: as plataformas ou crátons; as bacias sedimentares; e os dobramentos modernos ou cadeias orogênicas/cinturões orogênicos.

• No território brasileiro existem apenas plataformas e bacias sedimentares.

• Crátons:

– correspondem a estruturas geológicas muito antigas, datadas da era pré-cambriana, formadas por rochas magmáticas e metamórficas.

– sofreram intenso processo erosivo, fato que explica, de modo geral, o seu relevo rebaixado ou desgastado.

– Os crátons localizados no norte do Brasil e nas Guianas constituem exceções, pois apresentam elevadas altitudes se comparados aos demais encontrados na Terra.

– Podem se apresentar de duas formas:

• Escudos cristalinos: Quando afloram, ou seja, quando ficam expostos e submetidos a agentes erosivos (água, oscilações de temperatura, vento etc.)

• Plataforma coberta ou embasamento cristalino: Quando recobertos por formações sedimentares (rochas sedimentares)

• Bacias Sedimentares:

– correspondem às depressões preenchidas com detritos ou sedimentos carregados das áreas circunjacentes pelas águas (chuvas, rios), ventos e, nas regiões de clima frio, também pelas geleiras.

– ocupam a maior área do território brasileiro, estimando-se que perfaçam 5,5 milhões de km2 (aproximadamente 64%).

– É nas bacias sedimentares que se formam os combustíveis fósseis: o petróleo e o carvão mineral.

– Camadas dispostas horizontalmente ou quase, o que evidencia a pouca atividade tectônica.

– Movimentos da crosta formaram fraturas, causando escoamento de lava (Poços de Caldas e Araxá). Quando solidificada, formavam basaltos e diabásios. (Bacia do Paraná)

– Essas rochas e diques, por apresentarem grande resistência à erosão, formaram relevos residuais e permitiram a existência de várias quedas-d’água nos rios do Centro-Sul

– Terra roxa: tipo de solo originado a partir decomposição (intemperismo) de basaltos e diabásios.

Formas de relevo

• Simplificadamente, as formas de relevo que podemos reconhecer no território brasileiro são os planaltos, as planícies e as depressões.

• Planaltos:

– correspondem às superfícies elevadas, mais ou menos planas, delimitadas por escarpas, onde o processo de desgaste ou degradação supera o de deposição de sedimentos.

– Entende-se por escarpa uma rampa ou aclive que surge nas bordas de planaltos e serras

• Os planaltos apresentam várias feições:

- morros: pequenas elevações de terreno; colina.

- serras: nome dado a diferentes formas de relevo. No Brasil, é usado para denominar, principalmente, as cuestas e as escarpas de planalto.

- chapadas: tipo de planalto que tem o topo aplainado e as encostas escarpadas.

• Planícies:

– são uma extensão de terrenos mais ou menos planos, onde os processos de agradação, ou seja, de acumulação de sedimentos, superam os de desgaste ou de degradação

• Depressão: são as áreas ou porções do relevo que se situam abaixo do nível do mar ou dos terrenos que as circundam.

– Depressão absoluta: situada abaixo do nível do mar.

– Depressão relativa: situada abaixo do nível das terras que a circundam.

REGIÕES HIDROGRÁFICAS DO BRASIL

• Ciclo hidrológico

RIOS

• Nascente: onde o rio nasce.

• Foz: região onde o rio deságua.

• Regimes do rio: pluvial, nival ou glacial.

- Brasil: pluvial, com exceção do Amazonas.

• Tipos de foz:

– Delta: forma-se em razão da baixa velocidade das águas do rio quando este chega à sua foz, o que permite um grande acúmulo de sedimentos nessa região. A foz do rio apresenta uma série de canais, por onde as águas chegam a seu destino.

– Estuário: se forma em rios que apresentam grande velocidade das águas em sua embocadura, impedindo um grande acúmulo de sedimentos na área. Esse tipo de foz tem apenas um canal por onde as águas chegam ao seu destino.

• Rios de planalto: As características do curso de um rio definem-se pelas formas do relevo. Os rios que cruzam áreas de planalto costumam ter muitas quedas-d’água.

• Rios de planície: Nos rios que percorrem áreas de planície não se encontram quedas-d’água. Isso os torna ideais para a navegação, a pesca e o lazer. O rio Amazonas, por exemplo, é um rio de planície.

• O conjunto de terras drenadas pelas águas de um rio principal, seus afluentes e subafluentes é chamado de bacia hidrográfica.

• As bacias hidrográficas são separadas pelos chamados divisores de água, ou seja, morros, cristas ou elevações do relevo que separam as águas dos rios de uma bacia das demais.

• http://www3.ana.gov.br/portal/ANA/aguas-no-brasil/panorama-das-aguas/copy_of_divisoes-hidrograficas

ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

• Cerca de um terço da água doce existente nos continentes é subterrânea. Quando essa água chega à superfície, formam-se as nascentes dos rios e dos lagos.

• As águas subterrâneas são armazenadas no solo devido às chuvas e à vegetação. Quando chove, parte da água infiltra-se na terra, formando reservatórios abaixo da superfície.

• Existem dois níveis do solo nos quais a água subterrânea é encontrada: no lençol freático e no lençol artesiano (aquífero)

– lençol freático: encontra-se na camada do solo mais próxima da superfície e é um reservatório de água que pode aflorar e formar a nascente de um rio. A água armazenada nessa camada é a mais fácil de ser alcançada e retirada.

– lençol artesiano ou aquífero: é um reservatório de água localizado em uma camada mais profunda do solo. Para captar a água acumulada nesse substrato do solo, são necessárias máquinas capazes de perfurar as rochas.