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2 BR A SIL OFF SHOR E MACAÉ, QUINTA-FEIRA, 13 DE JUNHO DE 2013

EXPEDIENTE - JORNAL BRASIL OFFSHORE É UMA PUBLICAÇÃO ANUAL • Propriedade: EJORAN - Editora de Jornais, Revistas e Agências de Notícias • Sede e Parque Gráfico Próprios. Rua: Be-nedito Peixoto, 90 Centro Macaé/RJ Tel. (22) 2106-6060 - CNPJ: 29699.626/0001-10 • Registrado na forma da lei • Diretor Presidente: Oscar Pires • Editor: Márcio Siqueira ([email protected]) • Jornalista: Márcio Siqueira e Patrícia Lucena• Edição Gráfica: Weberth Freitas ([email protected]) • Fotos: Wanderley Gil , Kaná manhães e Marianna Fontes ([email protected]) • Acesse: www.odebateon.com.br • E-Mail: [email protected] • A direção de O DEBATE não se responsabiliza e nem endossa os conceitos emitidos por seus colabo-

radores em ações ou artigos assinados, sendo de total responsabilidade do autor. • Filiado à ADJORI - RJ Associação dos Diretores de Jornais do Estado do Rio de Janeiro e à ADI Brasil • ANJ Associação Nacional de Jornais.

COMEÇOU ONTEM A RODADA DE NEGÓCIOS DA BRASIL OFFSHORE

ARodada de Negócios costuma ser o mo-mento mais aguarda-do da Brasil Offshore.

E não é para menos. Durante os dias da rodada, muitos ne-gócios podem surgir, movimen-tando ainda mais a economia do setor petrolífero.

Uma das novidades da feira deste ano foi a Rodada Tecno-lógica, onde pequenas empre-sas de bases tecnológicas que desenvolvem novos produtos apresentaram suas soluções para os grandes contratantes.

“Na terça-feira, as empresas de grande porte, de serviços ou de petróleo, tiveram oportunidade em assistir a apresentação de diversas empresas, com produ-tos novos e inovações tecnoló-gicas”, explicou Alfredo Renault, superintendente da Organiza-ção Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP).

Segundo ele, essa é uma primeira oportunidade para as grandes empresas conhece-rem as tecnologias que estão disponíveis e em desenvolvi-mento no Brasil. “Isso pode, inclusive, fomentar parcerias entre as empresas demandan-tes desses produtos e contri-

mandas prioritárias em que elas sentem falta de fornecedores e nós buscamos no mercado po-tenciais fornecedores para en-trarem em contato com essas empresas”, destacou Alfredo.

Durante a abertura da feira, o vice-presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, organizadora do evento, Paulo Otávio Pereira de Almeida, afirmou que a ex-pectativa é que sejam gerados R$ 200 milhões em negócios, um crescimento significativo em relação ao ano passado, quando o volume foi de R$ 170 milhões.

Na avaliação de Alfredo,

esse número previsto foi ape-nas uma regra de três em fun-ção do número de encontros da última reunião para essa.

“Foi um valor tirado como uma estimativa a partir do incre-mento que nós teremos em número de encontros. É um número inicial, que pode flutu-ar para mais ou para menos. O importante é a dimensão que esse encontro tem e, princi-palmente, o fato de que é uma grande oportunidade para as pequenas empresas estarem em contato com companhias maiores. Isso é tão importante quanto o volume de negócios que pode ser gerado.”

buir na própria evolução do desenvolvimento tecnológico.”

Após essas apresentações, começou ontem (12) a Roda-da de Negócios, em seu for-mato tradicional das edições anteriores, onde as pequenas empresas têm contato dire-to com grandes companhias para apresentar seus produ-tos e serviços, gerando futu-ros negócios. De acordo com Alfredo, esse já é um formato que está mais centrado na re-alização efetiva de negócios e contratos, deixando um pouco de lado a questão tecnológica.

“As grandes empresas apre-sentam quais são as suas de-

Segundo Alfredo Renault, superintendente da ONIP, essa é uma oportunidade para as empresas estarem em contato

Rodada Tecnológica estreia na Brasil Offshore 2013

BR A SIL OFF SHOR E

Patricia [email protected]

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MACAÉ, QUINTA-FEIRA, 13 DE JUNHO DE 2013 BR A SIL OFF SHOR E 3

PORTO DE R$ 1,5 BILHÃO SEGUE PARA ANÁLISE NA ANTAQProjeto pode estar entre os registrados nos últimos dias junto a Agência Nacional de Transportes Aquaviários

Aconsolidação do projeto de construção do novo porto, cujo investimen-to pode alcançar R$ 1,5

bilhão, em área do São José do Barreto registrou nos últimos dias mais uma fase positiva. O Termi-nal Logístico de Macaé (Terlom), proposta que visa atender as de-mandas de logística de empre-sas que atuam na exploração e produção de petróleo na Bacia de Campos, pode estar entre os novos pedidos de autorização em análise pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

Segundo dados divulgados nesta semana pela Agência, entre as em-

presas que apresentaram projetos para autorização está a Queiroz Galvão Desenvolvimento de Negó-cios, responsável pela elaboração e consolidação do projeto final do novo porto de Macaé, cujo poten-cial já despertou o interesse, não oficializado, da maior companhia petrolífera em atividade na Bacia de Campos, a Petrobras.

Para garantir a realização das obras, o Terlom precisa passar pela avaliação de uma série de órgãos li-gados a legislação federal e estadual referente a instalação de terminais portuários na costa brasileira. Além da Antaq, o projeto deve ser anali-sado pela Nacional da União, assim como pela Agência Nacional do Pe-tróleo e Gás (ANP), devido a movi-mentação de materiais para unidades

de exploração e produção, e a Receita Federal, para questões alfandegárias.

Em fevereiro deste ano, foi ini-ciado o processo de licenciamento ambiental do projeto. A expectativa é que as obras sejam iniciadas no segundo semestre do próximo ano, com previsão de conclusão em 2017.

No mês passado, o Terlom foi apresentado pela equipe técnica da Queiroz Galvão Desenvolvimento de Negócios durante a reunião da Comissão Municipal da Firjan. O encontro contou também com a participação do governo municipal, que defende a construção do porto como um dos grandes empreendi-mentos projetados através do Ma-croplan, pacote de obras que estão sendo planejadas para alavancar o desenvolvimento da cidade.

Elaborado ao longo dos últimos dois anos, o novo porto passou a ser o principal projeto para insta-lação de bases marítimas, voltado a indústria do petróleo, na região Norte Fluminense. A expectativa

é que, além de atender as atuais demandas das empresas offshore, a base seja capaz de dar suporte lo-gístico às operações direcionadas a exploração e produção de petróleo nas reservas do pré-sal.

Márcio [email protected] Parte da área

para instalação do novo porto já foi doada pela Prefeitura

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4 BR A SIL OFF SHOR E MACAÉ, QUINTA-FEIRA, 13 DE JUNHO DE 2013

FIRJAN APOSTA EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS SIGNIFICATIVA

Aterceira maior feira de petróleo e gás do mundo não movimen-ta apenas os negócios

onshore e offshore, mas os se-tores da economia como um todo. Hotéis com ocupação máxima, comércio e restau-rantes registram movimento intenso, taxistas faturam com os turistas e por aí vai.

Alexandre dos Reis, diretor da Federação das Indústrias

do Rio de Janeiro (Firjan), es-teve presente no primeiro dia da Brasil Offshore, na última terça-feira, e disse que a ins-tituição aposta muito no even-to. “Aqui conseguimos tratar a questão da indústria como um todo. A feira está melhor, maior, as empresas exposito-ras estão com mais qualidade e acreditamos que temos tudo para ter uma rodada de negó-cios muito boa.”

Durante a abertura, Paulo Otávio Pereira de Almeida, vice-presidente da Reed Exhi-

“Não sei se chegamos a R$ 200 milhões, mas se o resulta-do dessa rodada regional ficar acima de R$ 100 milhões já é um belíssimo valor. O merca-do de petróleo e gás está mui-to aquecido e ficou ainda mais animado com as rodadas dos leilões”, avaliou Alexandre, da Firjan.

Segundo ele, além de esti-mular a economia macaense, a feira atinge o estado do Rio de Janeiro de um modo geral.

“O evento mexe com tudo. Empresas de diversas cida-

des vêm para cá. Os serviços de todos os setores acabam sendo impactados.”

Hotéis estão com a ocu-pação máxima, vendas do comércio estão aquecidas e o movimento dos restauran-tes é grande. Esses são ape-nas alguns exemplos de como a Brasil Offshore mexe com o município de um modo geral e não apenas os negócios que acontecem na própria feira. A cidade inteira comemora a chegada do evento, após me-ses de preparação.

bitions Alcantara Machado, organizadora do evento, afir-mou que a expectativa para a Rodada de Negócios neste ano

Para Alexandre dos Reis, Brasil Offshore impulsiona a indústria como um todo

Patricia [email protected]

aqui conseguimos tratar a questão da indústria como um todo. a feira está melhor e as empresas estão com mais qualidade

é que sejam gerados R$ 200 milhões em negócios.

Rodada Tecnológica estreia na Brasil Offshore 2013

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MACAÉ, QUINTA-FEIRA, 13 DE JUNHO DE 2013 BR A SIL OFF SHOR E 5

ESPAÇO DA FEIRA FOI REFORMADO PELA PREFEITURA

Osucesso da Brasil Offshore começou antes mesmo do evento acontecer.

Isso porque a feira movimenta diversos setores do município, o que beneficia a população macaense de uma forma geral. Entre as áreas mais influencia-das estão: rede hoteleira, co-mércio, restaurantes e turis-mo. No entanto, para receber milhares de visitantes durante o período, a cidade precisa se preparar.

O Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho recebeu uma série de ações de manutenção durante os úl-timos meses. Segundo a Pre-feitura, as medidas não visam apenas a realização da feira,

mas também têm o objetivo de manter o espaço pronto a receber grandes eventos.

Entre as ações, foram feitas a recuperação dos elevado-res e dos mastros de ban-deira, recuperação de troca das grades e do muro de con-tenção do estacionamento e uma preparação da área para receber as tendas e os participantes da feira. O local também recebeu a revisão e a recuperação das instalações elétricas, hidráulicas e das caixas de bombeiro. O restau-rante, a cozinha, os banheiros, o auditório, as instalações de ar condicionado, o pavilhão dos portões e toda a estrutura da lanchonete também estão sendo restaurados.

Em sua 7ª edição, a Feira e Conferência Internacional da

em conjunto pela Reed Exhi-bitions Alcantara Machado, Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP)

e Sociedade de Engenheiros de Petróleo (SPE), o evento começa hoje e vai até o dia 14 de junho.

Indústria de Petróleo e Gás já está com 90% do seu espa-ço total de exposição vendi-do. Organizado e promovido

Órgão municipal afirma que ações de manutenção visam manter o local pronto para grandes eventosPatricia [email protected]

Centro de Convenções recebeu manutenção para Brasil Offshore 2013

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6 BR A SIL OFF SHOR E MACAÉ, QUINTA-FEIRA, 13 DE JUNHO DE 2013

PARQUE CIENTÍFICO BUSCA MUDAR O PERFIL DA ECONOMIA MACAENSE

Conhecida por sua im-portância no setor de petróleo e gás, Ma-caé vem aos poucos

se desenvolvendo em outras áreas e mostra que é um mu-nicípio com potencial. Uma das novidades que será apre-sentada no próximo dia 14 de junho, das 15h30 às 16h30, no Auditório Macaé, durante a Brasil Offshore, é o lança-mento do Parque Científico e Tecnológico de Macaé.

“O projeto é uma transforma-ção do perfil econômico do mu-nicípio, que atualmente é focado no petróleo. É importante que as empresas que estão em Macaé desenvolvam suas tecnologias aqui na região. Nosso objetivo é mudar esse perfil de ser uma ci-dade que apenas presta serviço de produção para um município que dissemine suas próprias tec-nologias”, explicou Carlos Eduar-do da Silva, assessor da Subse-

cretaria de Ciência e Tecnologia da Prefeitura de Macaé.

Segundo ele, além dos re-cursos naturais e da mão de obra já presente na cidade, é preciso utilizar e disseminar o conhecimento existente. “Para isso, o parque será uma hélice tríplice, com a integração do governo municipal, empresas e universidades. A transfor-mação deve ser através do conhecimento.”

Carlos Eduardo afirmou que o Parque será um espaço físico onde os projetos serão desenvolvidos. “Quase todas as cidades têm um parque tec-nológico, mas a maioria não dá certo por diversos motivos, mas principalmente porque é preciso implantar uma cultura empreendedora no local. As pessoas precisam estar dis-postas a buscarem inovação. Por isso, esse é um projeto de longo prazo.”

Assim, o objetivo principal do Parque Científico, segun-do Carlos Eduardo, será gerar

um ecossistema de inovação. Tornar o parque um local atra-tivo para desenvolver pesqui-sas tecnológicas e criar uma cultura mais empreendedora.

“Para gerar inovação não bas-ta apenas dinheiro e tecnologia, mas também é fundamental a troca de experiências e um contexto mais social. Por isso a importância da cultura da socie-dade”, afirmou Ramon Baptista Narcizo, assessor da Subsecre-taria de Ciência e Tecnologia da Prefeitura de Macaé.

Segundo Carlos Eduardo, a maioria das cidades que im-planta um Parque Científico pretende atrair mais empre-sas e gerar emprego. “O foco de Macaé é diferente, porque as empresas já estão aqui. Nós queremos abrigar centros de pesquisa e criar mecanis-mos para desenvolver novas empresas.”

Sobre o local onde o Parque será implementado, Carlos Eduardo disse que ainda há uma indefinição sobre isso,

mas a ideia é que esteja pró-ximo a Cidade Universitária, no bairro Novo Cavaleiros.

“Em Macaé, há três polos in-dustriais. Um no Parque dos Tubos, um no Novo Cavaleiros e um em Cabiúnas. A ideia ini-cial é que o parque fique em um terreno da Prefeitura às margens da Linha Verde, no Novo Cavaleiros. Mas ainda não é certo, pois o prefeito está analisando as opções.”

A estrutura do Parque será composta por uma adminis-tração, feita pela Prefeitura de Macaé, núcleos tecnológicos das universidades e uma in-cubadora de empresas, que será um espaço de auxílio aos empresários para desenvolver as novas empresas para en-frentarem o mercado. “A incu-badora será um ambiente de compartilhamento e de troca de experiências.”

Além do Parque Científico, a Prefeitura pretende implan-tar projetos complementares, como o Museu do Petróleo, o

Espaço da Ciência, para uma maior integração da socie-dade, e um Jardim Botânico, criando também uma área biológica.

“A ideia é não criar algo muito grandioso. O Parque terá um modelo modular, vi-sando incentivar a cultura nas pessoas aos poucos. Não adianta criar algo enorme de repente, sem a população, as universidades e as empresas tenham essa consciência em-preendedora”, ressaltou Car-los Eduardo.

Joelson Rodrigues, subse-cretário de Ciência e Tecno-logia, afirmou que Macaé pre-cisa aproveitar esse momento para ir além da produção do petróleo e investir parte dos recursos dos royalties em co-nhecimento. “O petróleo pode um dia acabar e as empresas vão embora. Se aproveitarmos esse momento e utilizarmos todo esse conhecimento que está aqui, a cidade continuará se desenvolvendo.”

Lançamento será feito nesta sexta-feira durante a Brasil Offshore

Patricia [email protected]

Parque Científico será um ambiente de compartilha-mento e de troca de experiências

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MACAÉ, QUINTA-FEIRA, 13 DE JUNHO DE 2013 BR A SIL OFF SHOR E 7

11ª RODADA DA ANP ARRECADA R$ 2,8 BILHÕES

A11ª Rodada da Agên-cia Nacional do Pe-tróleo, Gás Natural e Biocombustíveis

(ANP) de licitações de 289 blocos, em 23 setores, totali-zando 155,8 km2, distribuídos em 11 bacias sedimentares, arrecadou R$ 2,8 bilhões. A rodada ocorreu após quatro anos e meio sem nenhum lei-lão licitação de novas empre-sas exploradoras de petróleo e gás no país.

De acordo com dados da ANP, a rodada teve recorde em arrecadação de bônus de assinatura (valor pago pelas empresas na assinatura do contrato), somando R$ 2,8 bi-lhões. O ágio de 797,81% tam-

bém foi recorde, assim como a previsão de investimentos do Programa Exploratório Mínimo a ser cumprido pelas empresas vencedoras, que é de R$ 6,9 bilhões.

De acordo com a ANP, o objetivo da 11ª Rodada é pro-mover o conhecimento das bacias sedimentares, desen-volver a pequena indústria petrolífera e fixar empresas nacionais e estrangeiras no país, dando continuidade à demanda por bens e serviços locais, à geração de empregos e à distribuição de renda.

Foram arrematados 100,3 mil km2 dos 155,8 mil km2

ofertados. Ao todo, 39 empre-sas de 12 países participaram, das quais 30 foram vencedo-ras, sendo 12 nacionais e 18 estrangeiras. Ainda segundo

gia, Marco Antonio Martins Almeida, disse que o governo esperava arrecadar até R$ 10

bilhões com essa 11ª rodada de leilão de blocos para explo-ração de petróleo e gás.

a ANP, foram arrematados 142 dos 289 blocos oferecidos. O conteúdo local médio da 11ª Rodada foi de 62,32% para a Fase de Exploração do contra-to de concessão e de 75,96% para a Fase de Desenvolvi-mento.

Francisco Navega, membro da Comissão Municipal da Fir-jan, acredita que essa é uma grande oportunidade para novas empresas entrarem no mercado. “Apenas quatro ou cinco empresas tomam conta da exploração do petróleo e gás atualmente. Isso torna o mercado muito concentrado. Com os leilões, as empresas aumentam e, consequente-mente, fortalece o mercado.

No final de janeiro, o se-cretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Ener-

Durante o leilão, foram arrematados 142 dos 289 blocos ofertadosPatricia [email protected]

Durante o leilão foram arremata-dos 100,3 mil km2 dos 155,8 mil km2 ofertados

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MOVIMENTO NOS RESTAURANTES DEVE AUMENTAR EM 80% DURANTE A FEIRA

Finalmente chegou a feira mais aguardada pelo mu-nicípio. Começou terça-feira a 7ª edição da Brasil

Offshore e os restaurantes da orla do Cavaleiros já comemo-ram a chegada dos visitantes e expositores do evento. A maioria deles acredita que o movimento deve aumentar em 80% durante os quatro dias do evento.

“Vamos contratar recepcio-nistas bilíngues para atender os clientes internacionais. Nessa época, a frequência aumenta

cerca de 80%. É uma época muito boa”, contou Gerdeval, gerente do restaurante Durval.

Jaime, gerente do Parada do Chopp, compartilha da mesma expectativa, mas ava-lia que não será necessário contratar temporários, pois já trabalham com uma equipe para atender a casa cheia.

A expectativa do Polo Gastro-nômico Praia dos Cavaleiros é que o movimento nos restauran-tes durante o período da feira au-mente consideravelmente, algo em torno de 40% a 50% a mais sobre o faturamento normal. Al-guns estabelecimentos, inclusive,

Nicolli, as reservas este ano aumentaram 40% em rela-ção à edição anterior. “Al-gumas empresas já ligaram para fazer as reservas. Elas preenchem o cadastro até mesmo por telefone, mas, antes do evento, algum res-ponsável deve comparecer pessoalmente para formali-zar a reserva.” Segundo ele, as empresas normalmente reservam em média lugares para 60 a 90 pessoas.

“A Brasil Offshore é como o carnaval para cidade do Rio de Janeiro e a Festa de Peão Boiadei-ro para Barretos em São Paulo”,

afirmou o presidente do Macaé CVB, Leonardo Anderson. “Por isso contribuímos com a orga-nização fornecendo dados e lis-tagem de nossos mantenedores para os expositores da feira”, completou.

A Capital Nacional do Petró-leo deve lutar para tornar a feira ainda mais respeitada. O espa-ço para a realização do evento deve ser cenográfico”, disse Leonardo Anderson. Segundo ele, a arrecadação financeira do município neste período, com a movimentação de turistas que visitam o evento, deve chegar a R$ 330 milhões.

já trabalham com reserva, como o Durval e o Ilhote Sul.

De acordo com o empresá-rio e diretor de gastronomia

Polo Gastronômico acredita que faturamento cresça entre 40% e 50%

Patricia [email protected]

arrecadação financeira do município, com a movimentação de turistas que visitam o evento, deve chegar a R$ 330 milhões

do Macaé Convention Visi-tors Bureau (CVB), Renato

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MACAÉ, QUINTA-FEIRA, 13 DE JUNHO DE 2013 BR A SIL OFF SHOR E 9

1º DIA DA CONFERÊNCIA INTERNACIO-NAL DISCUTE INTEGRIDADE DOS POÇOSCom um público de 150 pessoas, palestras trouxeram novidades tecnológicas na área

Nesta quarta-feira (12) começaram as pales-tras da Conferência Internacional, sob o

tema integridade nas opera-ções offshore, organizada pela Society of Petroleum Engineers (SPE) e pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Combustíveis (IBP). Neste ano, as palestras são gratuitas aos técnicos que se ca-dastrarem no site da feira.

Segundo Guilherme Castro, gerente de manutenção e inte-gridade na Petrobras e diretor da Society of Petroleum Engineers (SPE), a primeira plenária teve um público significativo, com 150 pessoas, e as discussões acerca da integridade do processo do poço ao reservatório foram pro-

dutivas. “Todos os palestrantes vieram e as novidades são ótimas. A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou que neste ano irá dobrar de tamanho no que diz respeito ao seu quadro de cola-boradores. Além disso, o órgão informou que terá uma legislação mais focada na gestão da integri-dade das operadoras, o que dará liberdade para que as empresas implantem novas tecnologias.”

Durante a plenária, a Petro-bras, que estava representada por Virmondes Alves Pereira, gerente geral de construção de poços da estatal, mostrou as tecnologias e as ações que estão fazendo para este ano.

Já a Baker Hughes e a Schlum-berger apresentaram novas tec-nologias para poços mais antigos, visando manter a integridade do

setor petrolífero. “A primeira sessão do dia é

uma visão dos profissionais que estão na liderança da área de in-tegridade na indústria do petróleo.

Depois da abertura, acontecem as sessões paralelas, onde o foco será mais técnico e sobre as novas tecnologias”, contou Guilherme.

Na tarde de ontem palestran-tes e técnicos discutiram sobre perfuração, completação de po-ços e a integridade do desenvol-vimento ao abandono.

Patricia [email protected] Segundo Guilher-

me Castro, ANP informou que irá dobrar de tama-nho neste ano

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MACAÉ, QUINTA-FEIRA, 13 DE JUNHO DE 2013 BR A SIL OFF SHOR E 13

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14 BR A SIL OFF SHOR E MACAÉ, QUINTA-FEIRA, 13 DE JUNHO DE 2013

SUCESSO DA FEIRA ESTÁ RELACIONADO A PRODUÇÃO DA BACIA DE CAMPOS

Começa hoje a terceira maior feira mundial de petróleo e gás do mun-do e as expectativas são

as melhores possíveis. A sétima edição do evento, que começa hoje e vai até o dia 14 e junho, no Macaé Centro, pretende atrair quase 55 mil visitantes compra-dores e abrigar 720 expositores.São 720 expositores presentes e entre as principais marcas estão Odebrecht,

Honeywell, Cameron, Mobil, Technip, FMC, Shlumberger, OTC e Wartsila. A organização espera um crescimento médio de 20% em relação à edição an-terior, que contou com 636 expositores. O motivo do sucesso, segundo dados da organização, está na evolução positiva e significativa da produção da Bacia de Campos, que impacta a economia local e internacional. Atualmente, existem no município cerca de 4.500 empresas que trabalham no segmento de petróleo e gás, e aproximadamente 65 mil profis-sionais estão vinculados com carteira assinada a empresas do setor petrolífero.

de negócio, as quais geraram mais de R$ 170 milhões em negócios na última edição da feira, em 2011. Organizada em conjunto pela Reed Exhi-bitions Alcantara Machado, Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocom-bustíveis (IBP) e Society of Petroleum Enginee (Sociedade de Engenheiros de Petróleo - SPE), a feira irá debater duran-te os quatro dias a eficiência operacional e o crescimento do setor petrolífero, reu-nindo especialistas para discutir discipli-nas técnicas relativas ao tema.Os índices de satisfação registrados pe-los organizadores são de 93% para ex-

positores e 96% por parte dos visitantes da última edição.A 7ª Brasil Offshore - Feira e Conferência Internacional da Indústria de Petróleo e Gás é realizada a cada dois anos em Ma-caé, base das operações e responsável por mais de 80% da exploração Offshore do Brasil. O evento atraiu, em 2011, uma visi-tação superior a 52 mil profissionais e 700 expositores, sendo 155 internacionais.O evento é exclusivo para profissionais do se-tor. Dessa forma, o visitante que comparecer a feira sem convite ou sem o pré-credencia-mento deverá fazer sua inscrição no local. A entrada custará R$ 55.

Além disso, o evento apresenta mais de dez pavilhões internacionais, como Reino Unido, Estados Unidos, Dinamarca, China, Alema-nha e Noruega, que representam mais de 100 empresas internacionais. Um dos destaques deste ano será a con-ferência técnica, desenvolvida pelo IBP e SPE, que pela primeira vez será gratuita aos representantes da indústria, e que espera receber mais de 1 mil engenhei-ros e compradores de equipamentos. Já a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), entidade que represen-ta os atuais fornecedores do setor, será novamente responsável pelas rodadas

Segundo a organização, são cerca de 720 expositores presentes, sendo esperados 55 mil visitantes

Sétima edição da Brasil Offshore deve atrair 51 mil visitantes e abrigar 700 expositores neste ano

Patricia [email protected]

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MACAÉ, QUINTA-FEIRA, 13 DE JUNHO DE 2013 BR A SIL OFF SHOR E 15

SUCESSO DA FEIRA ESTÁ RELACIONADO A PRODUÇÃO DA BACIA DE CAMPOS

PLANO DE GESTÃO DA PETROBRAS DEVE ESTIMULAR ECONOMIA MACAENSE

Alguns dias depois de a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)

ter anunciado uma queda de 8,5% na produção de petróleo em fevereiro, a Petrobras anun-ciou o seu Plano de Negócios e Gestão 2013-2017, com investi-mentos na ordem de US$ 236,7 bilhões em atividades do setor. Apesar de a notícia ser positiva para a Capital Nacional do Pe-tróleo, há ainda alguns alertas que podem prejudicar o desen-volvimento da cidade. Segundo Marco Navega, membro da Comissão Municipal da Firjan, a boa notícia é que aproximadamente 60% dos investimentos anunciados pela estatal serão destinados à exploração

e produção de petróleo, o que benefi-cia diretamente Macaé. “Até 2017, eles pretendem dobrar a produção. Essa nova ordem da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, potencializa a exploração e produção e isso é ótimo para o município.”Para este ano, a Petrobras anunciou que a previsão é de que a produção fique em torno de 2,022 milhões de barris por dia, com uma oscilação de 2% para cima ou para baixo. Além disso, a partir do segundo semestre, é esperado que sete novos sistemas entrem em produção, fazendo com que, em 2017, a produção atinja 2,75 milhões de barris por dia. No entanto, Navega alerta para o atraso do crono-grama das plataformas, o que coloca em dúvida as metas de produção da companhia. “Algumas novas platafor-mas já deveriam estar prontas. Isso prejudica a produção e, consequen-temente, o setor como um todo. Esse

é um momento sensível para a Petro-bras e qualquer queda na produção afeta o caixa da empresa.”No total, serão 53 novos poços, sendo 15 destinados ao pré-sal e o restante ao pós-sal. De acordo com Navega,

Segundo Marco Navega, da Firjan, 60% dos investimentos serão para área de exploração e produçãoPatricia [email protected] Atraso no

cronograma das plataformas pode prejudicar metas de produção da Petrobras

isso significa que a expectativa para Macaé continua muito positiva. E a previsão é que, até 2020, a produção na cidade seja de 2 milhões de barris por dia. No entanto, um alerta acende a luz

vermelha para esse cenário otimista: a aproximação da OGX com a Petrobras.

“Essa relação pode fazer com que mui-tas operações sejam transferidas para Campos dos Goytacazes, o que seria prejudicial para Macaé”, avalia Navega.

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MACAÉ, QUINTA-FEIRA, 13 DE JUNHO DE 2013 BR A SIL OFF SHOR E 17

PREFEITURA MONTA ESQUEMA ESPECIAL PARA O TRANSPORTE

Desde o início do ano, o jornal O DEBATE ve m n o t i f i c a n d o uma das maiores

preocupações da população macaense em relação à 7ª edi-ção da Brasil Offshore, que co-meçou dia 11 e vai até o dia 14 de junho. Principal problema nas grandes metrópoles bra-sileiras, Macaé vem enfren-tando a mesma dificuldade com os intensos tráfegos pela cidade e o transporte público é alvo de frequentes reclama-ções, sem apresentar soluções concretas.

Para tentar melhorar a si-tuação, a Coordenadoria de Projetos e Fiscalização de Trânsito, da Secretaria de

Mobilidade Urbana, definiu o traçado que os ônibus de fre-tamento farão das empresas offshore, nos polos de Imbo-assica e Novo Cavaleiros, até o Centro de Convenções, du-rante os quatro dias da feira.

Com isso, os funcionários das empresas que atuam no Parque de Tubos e imediações não precisarão utilizar auto-móveis individuais para che-gar até a feira, desafogando assim o trânsito da cidade.

Segundo a Prefeitura, eles terão acesso por linhas diretas de ônibus fretados pelas empre-sas das 14h às 22h. Além disso, a organização do evento também disponibilizará ônibus executivos gratuitos para os participantes credenciados em pontos próxi-mos aos hotéis oficiais.

Para facilitar o transporte

dois anos em Macaé, base das operações e responsável por mais de 80% da exploração offshore do Brasil, em 2011, o

evento atraiu uma visitação superior a 52 mil profissionais e 700 expositores, sendo 155 deles internacionais.

dos visitantes que não terão ônibus fretados pelas empre-sas, o Sistema Integrado de Transporte (SIT) informou que irá operar nos quatro dias da feira com 73 coletivos e uma frequência de cinco minutos passando em frente ao evento e no sentido Centro da cida-de. Serão dois ônibus por hora fazendo Central X Evento di-reto, além dos coletivos que normalmente já fazem este itinerário. Os ônibus estarão identificados com a placa para a Brasil Offshore, visando faci-litar a vida dos usuários.

Na última edição, segundo dados da Organização Nacio-nal da Indústria do Petróleo (ONIP), foram gerados apro-ximadamente R$ 170 milhões em negócios para os próximos 12 meses. Realizada a cada

No ano passado, feira atraiu mais de 52 mil pessoas ao municípioPatricia [email protected]

Ônibus fretados pelas empresas e 73 coletivos da SIT devem desafogar o trânsito

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18 BR A SIL OFF SHOR E MACAÉ, QUINTA-FEIRA, 13 DE JUNHO DE 2013

HOTÉIS JÁ ESTÃO COM OCUPAÇÃO MÁXIMA NO PERÍODO DA FEIRA

Começa ontem (11) a 7ª edição da Brasil Offsho-re e a rede hoteleira de Macaé tem motivos

de sobra para comemorar o sucesso que a feira traz para o município. E não é para menos, já que pessoas de diversas cidades brasileiras fazem questão em acompanhar de perto todas as novidades do evento. Além disso,

parte significativa dos turistas é estrangeira, o que faz com que o aumento do fluxo nos hotéis seja ainda maior.

Cristiane Magno, gerente de recepção do Hotel Ibis Macaé, destaca que para o período to-dos os quartos do hotel já estão lotados. “Temos 126 apartamen-tos. Deste total, 80 são bloque-ados para duas empresas que temos contrato. O restante já está fechado por clientes que vêm para a Brasil Offshore.” Se-

setor de reservas do hotel. Segun-do o recepcionista Mario, os 109 apartamentos do hotel já estão ocupados para o período.

A responsável pelo setor de reservas do Comfort Suites Ma-caé, Daniele, afirma que o dia 12 de junho já está lotado, mas para os outros dias ainda há alguns quartos disponíveis. “Estamos trabalhando com diárias a par-tir de R$ 990. Nossos hóspedes neste período não são todos para a feira, porque alguns são

fixos já. Mas a grande maioria vem para a Brasil Offshore.”

De acordo com os represen-tantes do setor, a estimativa é de que a rede hoteleira da cidade registre um aumento de 60% no número de reservas e serviços, não apenas durante os quatro dias de realização da feira, mas também ao longo da semana em que o evento acontece. Pro-va disso é que grande parte dos hotéis da cidade já não possui mais vagas.

gundo ela, mesmo com a tarifa elevada, o hotel consegue vender muito bem nessa época.

O Best Western Dubai Macaé também comemora o sucesso da feira. “O evento traz muita gen-te de fora e isso é ótimo para os hotéis da cidade. Estamos traba-lhando com um pacote de cinco diárias, sob o preço de R$ 1 mil por dia. É uma tarifa mais elevada do que o normal, devido à alta de-manda que a ocasião tem”, conta Karla Germano, responsável pelo

Representantes do setor esperam um aumento de 60% no número de reservas e serviços

Patricia [email protected]

Apesar das altas tarifas, os hotéis em Macaé estão com ocupação completa

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MACAÉ, QUINTA-FEIRA, 13 DE JUNHO DE 2013 BR A SIL OFF SHOR E 19

HOTÉIS JÁ ESTÃO COM OCUPAÇÃO MÁXIMA NO PERÍODO DA FEIRA

PLANO DIRETOR DA BACIA DE CAMPOS: RECUPERAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE UNIDADES

Em meio ao processo de evolução do volume de produção de petróleo, a Bacia de Campos se pre-

para para colocar em prática um procedimento considerado como essencial para se garantir o nível satisfatório de eficiência de unidades e sistemas de pro-dução implantados na região considerada como a mais antiga da UO-BC.

Através do aporte de US$ 5,6 bilhões, recursos anunciados no ano passado, a Petrobras apre-sentou a implantação do Plano Diretor da Bacia de Campos, projeto desenvolvido desde o ano passado e que deverá atin-gir o seu ápice de manutenção de poços e sistemas submarinos.

“Depois de 35 anos exploran-do e explotando nesta Bacia, com sistemas ficando antigos, nós resolvemos parar para estudar em todos os reserva-tórios, em todas as unidades de forma integrada. Estamos com uma projeção de médio e longo prazo, chamado Plano Diretor da Bacia de Campos, onde estamos olhando para a vida útil de todos os nossos sistemas”, explicou Joelson Falcão Mendes, gerente geral da Unidade de Operações da Bacia de Campos.

Através do plano, a compa-nhia visa recuperar o nível satis-fatório de eficiência das unida-des e sistemas de produção que desenvolve, há 35 anos, um dos principais papéis de sustentação e ampliação da capacidade da Petrobras em gerar riquezas e fluxo de caixa.

“Temos hoje plataformas produzindo com 35 anos, e poços com essa mesma idade. Estamos olhando de forma in-tegrada para toda a Bacia de Campos geológica. E em um trabalho de médio e longo prazo, estamos pensando em quais serão as plataformas que iremos substituir em 2018, 2020, 2025. Estamos fazendo este trabalho pensando em toda a infraestrutura da Bacia

de Campos. Este não é um tra-balho de recursos e de forma imediata. É o que chamamos de estruturante”, acrescentou Joelson Falcão.

Apesar de buscar resultados a médio e a longo prazo, a implan-tação do Plano Diretor garante a realização de um procedimento considerado novo pela Petrobras, que revê as prioridades de apli-cação de recursos, buscando a elevação da curva de produção.

“Recentemente, no início deste ano, percebemos que uma porção, a mais antiga, da Bacia de Campos, a que estou gerenciando, que tem plata-formas sistemas que estão variando entre 13 anos a 35 anos, que está com um nível de eficiência operacional abai-xo do que a gente entende que deve ser. Entre várias razões, a principal delas é que se acaba levando muito tempo para co-locar recursos de manutenção em poços e sistemas subma-rinos quando tem um proble-ma. Temos uma carteira muito grande de coisas a serem fei-tas, e evidentemente acaba se priorizando aquilo que garanti-rá um retorno imediato”, expli-cou o gerente geral da UO-BC.

Ao propor a reestruturação de unidades de produção, o Plano Diretor da Bacia de Campos garantirá a realização de novas contratações de equipamentos e serviços, movimentando tam-bém outros setores ligados a indústria do petróleo.

“Queremos diminuir o tem-po entre intervenções, que sejamos mais rápidos, e isso faz com que tenhamos alguns equipamentos disponíveis e determinados serviços de forma mais rápida. A partir de 2013 teremos um aporte maior de recursos como um todo, e um nível maior de ma-nutenção em nossos poços e sistemas submarinos. Isso re-flete na contratação de mais unidades de manutenção e segurança, e tudo que envolve essas questões. Ou seja, serão mais serviços que estarão sen-do contratados como um todo”, garantiu Joelson.

Dispêndio de US$ 5,6 bilhões garantirá manutenção de unidades e sistemas de produção

Márcio [email protected]

Investimentos devem atrair empresas nacionais e estrangeiras para Macaé

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20 BR A SIL OFF SHOR E MACAÉ, QUINTA-FEIRA, 13 DE JUNHO DE 2013

CERIMÔNIA DE ABERTURA CONTA COM AUTORIDADES

Começou ontem (11) a sé-tima edição da terceira maior feira mundial do segmento de petróleo

e gás, a Brasil Offshore. A aber-tura do evento contou com a participação de autoridades do setor do petróleo e do governo municipal, como o prefeito de Macaé, Dr. Aluízio Junior, o vice-prefeito, Danilo Funke.

“Uma das maiores preocupa-ções era com o trânsito e hoje pudemos ver que os efeitos das nossas ações e da própria popu-lação fizeram com que o tráfego fluísse com tranquilidade. Este evento foi planejado e organiza-do”, disse Aluízio.

Em sua avaliação, Macaé é de fato a grande protagonista do ce-nário do petróleo, com 80% da produção de petróleo e 40% do gás natural. “Só precisamos de um projeto para incorporar esse

conceito de capital nacional do petróleo. O que falta para o nos-so município é uma moldura. Já temos a tela e agora precisamos fomentar para criar a moldura final”, ressaltou o prefeito.

“O segmento de petróleo é um dos mais estratégicos e, pe-los números crescentes da feira, percebemos que a importân-cia do evento está crescendo e atraindo o interesse de todo o mundo. Neste ano, estamos com 720 expositores, sendo que 157 empresas estão expondo pela primeira vez. É muita informa-ção e inovação”, afirmou Paulo Otávio Pereira de Almeida, vice-presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, organiza-dora do evento, durante a ceri-mônia de abertura.

Segundo Paulo, a expectativa da organização é que cerca de 55 mil pessoas visitem a Brasil

ter. O conceito para a sustentabi-lidade e para a proximidade com a cidade e com a população. Sem a indústria do petróleo, Macaé não caminha. E sem Macaé, a in-dústria do petróleo também não caminha”, destacou Aluízio. Por isso, segundo ele, os royalties são necessários para investir na infraestrutura da cidade. “É uma troca por tudo o que o município trabalha para o setor.”

Maurício Figueiredo, diretor do Instituto Brasileiro de Pe-tróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), afirmou que a tendência da indústria de petróleo é de crescimento e isso ficou mais uma vez comprovado com o resultado da 11ª Rodada de Leilões da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocom-bustíveis (ANP). “Após alguns anos sem ter a rodada de lei-lões, a 11ª rodada demonstrou

a importância do setor para os investidores, porque houve uma grande pulverização dos blocos, com muitas empresas partici-pando das licitações.”

Joelson Falcão Mendes, ge-rente da Unidade de Operações da Bacia de Campos, também comemorou o sucesso da feira e afirmou que as perspectivas são as melhores possíveis. “Es-tamos completando 60 anos de história e 35 anos na Bacia de Campos, que é hoje o prin-cipal polo petrolífero do Brasil. Nos próximos sete anos, nossa produção de petróleo irá dobrar para 4 milhões de barris por dia. Além disso, ainda temos muitos investimentos previstos para os novos campos. Por isso, nosso desafio é cuidar da integridade de todas as instalações para es-tender a vida das plataformas e forma rentável.”

Offshore, o que deve impulsio-nar a economia macaense como um todo. “A feira já está movi-mentando a cidade e gerou 17 mil postos de trabalho indiretos e diretos.”

Em relação à Rodada de Ne-gócios, que tem início efetiva-mente nesta quarta-feira (12), Paulo acredita que sejam gera-dos R$ 200 milhões de negócios, um crescimento significativo em relação ao ano passado, quando o volume foi de R$ 170 milhões.

“Somando o orçamento que os expositores pretendem gastar e a expectativa dos negócios durante a Rodada, a feira deve movimentar aproximadamente R$ 500 milhões.”

“Acredito que mais do que a rodada, o volume e o valor que vamos levantar aqui na feira é em relação ao novo conceito que a indústria do petróleo precisa

Feira começa com grande público e uma expectativa de movimentar R$ 500 milhões

Segundo a organização, feira já gerou 17 mil postos de trabalho indiretos e diretos

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INSTITUIÇÕES E PETROBRAS JUNTAS EMPROL DA CADEIA PRODUTIVA DO PETRÓLEO

Nesta quarta-feira (12), a Brasil Offsho-re 2013 foi palco para que empresas

e instituições tivessem a oportunidade de concretizar negócios, que beneficiam di-retamente o setor empresarial de Macaé e região. Exemplo disso foi a assinatura da re-novação do convênio do Pro-jeto “Fortalecimento do APL de Petróleo, Gás e Energia da Bacia de Campos”, realizado no estande da Petrobras, que contou com a presença de di-versas autoridades.

Segundo o gerente do Setor de Petróleo e Gás do Sebrae, An-tônio Batista, muito mais que de-finir recursos financeiros, o ob-jetivo do projeto é facilitar o dia

a dia do empresário. “O projeto envolve tecnologia, capacitações gerenciais e abertura do merca-do, como forma de atração de novas empresas para a região. O projeto também ajuda a mo-bilizar os empresários para que eles se tornem mais competiti-vos, fortalecendo assim o arranjo produtivo da cadeia de Petróleo, Gás e Energia”, explicou.

A renovação do convênio, que acontece pela terceira vez, foi assinada entre o diretor do Sebrae, Evandro Peçanha e o gerente geral da UO-BC, Joel-son Falcão. “O convênio propi-ciou a capacitação das empre-sas, principalmente as micro e pequenas. Nosso objetivo é facilitar o acesso dessas em-presas a Petrobras e já registra-

mos um resultado significativo. Agradecemos a Petrobras por essa oportunidade de estarmos renovando o convênio”, ressal-tou Evandro.

Joelson Falcão destacou que a Política de Sustentabilidade, promovida pelo convênio, é de suma importância para a Petro-bras. “Hoje o tema Sustentabi-lidade é importante para todo o país e vai de encontro com a política da Petrobras, que visa promover a cidade e a região na qual está inserida”, declarou.

Dentro do convênio existem ações voltadas também para a Rede Petro-BC, apoiando os projetos desenvolvidos pela instituição, previstos em seu planejamento estratégico. Em seguida, foi realizada a assina-

Um dos projetos teve seu convênio renovado durante o segundo dia evento

A renovação do convênio foi assinada entre o diretor do Sebrae e o gerente geral da UO-BC

tura do Acordo de Resultados pelas instituições participantes. São elas: Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP),

ACIM, Rede Petro-BC, Sebrae Nacional, Sistema FIRJAN e Se-cretaria Municipal de Desenvol-vimento Econômico.

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22 BR A SIL OFF SHOR E MACAÉ, QUINTA-FEIRA, 13 DE JUNHO DE 2013

RODADA DE NEGÓCIOS DEVE ATINGIR NOVO RECORDE

As principais expecta-tivas para a 7ª edição da Brasil Offshore, que começa nesta

terça-feira (11), são em torno dos negócios que devem ser gerados na Rodada de Negó-cios deste ano. Em 2011, a feira ultrapassou o recorde registra-do em 2009, de R$ 119 milhões, e atingiu R$ 166 milhões, um aumento de quase 40%. Para este ano, a expectativa é que o valor alcance um novo recorde.

“O mercado está extrema-mente aquecido. Para essa

rodada já temos 17 novas empresas, além da Petrobras. Elas querem saber das novi-dades, participar dos leilões e isso gera investimentos e negócios”, avalia Francisco Navega, membro da Comissão Municipal da Firjan.

Segundo ele, o fator de maior importância da feira é em relação aos relacionamen-tos que são feitos. “Na maioria das vezes, os negócios que são gerados depois da Rodada de Negócios são infinitamente maiores. Isso devido à relação que os fornecedores e os com-pradores conquistam.”

Nesse sentido, a expectativa

gócios. Empresas nacionais e internacionais lotam os espa-ços no Centro de Convenções com seus produtos e serviços, visando fechar negócios dire-cionados à indústria do petró-leo brasileiro. Além do setor de exposição, a Rodada de Negó-cios é o ponto alto da feira e a cada evento gera milhões de negócios.

“A cada ano o volume de ne-gócios da feira cresce. Existem empresas que já disponibili-zam capital para fechar negó-cios durante a Brasil Offsho-re e isso é muito bom para o mercado brasileiro. Além disso, toda essa movimenta-

ção contribui e muito para o setor empresarial de Macaé”, avalia Navega.

Segundo ele, as projeções são as melhores possíveis e os indi-cadores apontam que grandes investimentos podem chegar, principalmente, a Macaé, que concentra mais de 80% da pro-dução do petróleo de todo o país.

Em abril, a Petrobras anun-ciou o seu Plano de Negócios e Gestão 2013-2017, com um investimento de US$ 236,7 bi-lhões e um aumento significa-tivo de produção. Isso mostra que o mercado está aquecido e a Brasil Offshore vem para fortalecer ainda mais o setor.

de Navega é que neste ano a Rodada de Negócios atinja um novo recorde e fortaleça ainda mais o crescimento do setor.

A Brasil Offshore registra a

Segundo Francisco Navega, da Firjan, mercado está aquecido e deve fortalecer ainda mais com a feira

Rodada de Ne-gócios garante bons negócios as pequenas e médias empre-sas brasileiras

Patricia [email protected]

o mercado está extremamente aquecido. Para essa rodada já temos 17 novas empresas, além da Petrobras

cada edição um novo recorde em participação de empresas, número de visitantes e, prin-cipalmente, no volume de ne-

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MACAÉ, QUINTA-FEIRA, 13 DE JUNHO DE 2013 BR A SIL OFF SHOR E 23

Patricia [email protected]

PETROBRAS GARANTE INVESTI-MENTO DE US$ 236,7 BILHÕES

Em abril, a Petrobras apresentou o Plano de Negócios e Gestão 2013-2017 para investi-

dores, empresários e profissio-nais do setor. De acordo com a companhia, a previsão é de que, até 2017, sejam produzidos mais de 1 milhão de barris de petróleo só na parte do pré-sal. Para isso, no total, serão inves-tidos US$ 236,7 bilhões (US$

207,1 bilhões para projetos em implantação). A área de explo-ração e produção receberá US$ 147,5 bilhões, principalmente para desenvolver o pré-sal e a cessão onerosa. O setor de abastecimento é outro desta-que do plano, com investimen-tos de US$ 64,8 bilhões para a ampliação do parque de refine, melhorias operacionais, petro-química, entre outros.

Para atingir tais metas, a Petrobras informou que terá o suporte de planos como o

Até 2017, mais de 1 milhão de barris de petróleo devem ser produzidos no pré-sal

Até 2017, Petrobras planeja investir US$ 236, 7 bilhões

Programa de Aumento da Efici-ência Operacional da Bacia de Campos (Proef), o Programa de Otimização de Custos Ope-racionais (Procop); o Programa de Desinvestimento (Prodesin), o Programa de Otimização de Infraestrutura Logística (Infra-log) e o Programa de Redução de Custos de Poços (PRC-Poço).

Para este ano, a expectativa é que a produção fique em torno de 2.022 milhões de barris por dia, com oscilação de 2% para cima ou para baixo. A partir do segundo se-

mestre deste ano, sete novos sis-temas entrarão em produção. Em 2017, a previsão é que a produção seja de 2,75 milhões de barris por dia, e alcance 4,2 milhões em 2020.

Os apontam projeções po-sitivas também para a amplia-ção da produção de petróleo, que corresponderão a cerca de 69% do total dos investi-mentos, direcionados princi-palmente às atividades desen-volvidas na Bacia de Campos, que correspondem a 95% do total do volume de petróleo

extraído nos poços do pós-sal.Cerca de US$ 200 bilhões es-

timados pelo Plano de Negócios serão aplicados em projetos já em implantação. Já aproximada-mente US$ 30 bilhões irão custear projetos em fase de aprovação.

A previsão é que cerca de US$ 2,8 bilhões serão destinados para a exploração e produção de pe-tróleo, que possui o maior ritmo na Bacia de Campos atualmente.

Cerca de 19% dos recursos serão utilizados no processo de descoberta de novos poços.

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