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PARA QUEM TEM O PÉ NO CHÃO E O OLHO NO FUTURO Ano 5 Número 45 novembro/dezembro 2010 01 BUNGE NO CAMPO NOV/DEZ 2010 ferência de material genético, exportação de produção de sementes de soja (para o Para- guai e a Venezuela) e de milho para o Peru. SOMANDO E DIVIDINDO TAREFAS Como difusora de tecnologia para produção e comercialização de cana e etanol, a Embrapa atua em duas frentes: a Embrapa Internacio- nal e duas outras – Embrapa Tabuleiros Cos- teiros e a Embrapa Agroenergia. A Tabuleiros Costeiros cuida dos projetos vol- tados para o sistema de produção da cana- de-açúcar e de álcool – fertilidade do solo, irrigação, zoneamento agroecológico, contro- le biológico, entre outros. É ali que técnicos e agrônomos africanos recebem formação nos cursos de produção da cana e de álcool pro- movidos e financiados pelo governo brasileiro. A Embrapa Agroenergia responde pela trans- ferência de tecnologia de bioenergia, a partir da cana-de-açúcar e de outras matérias-pri- mas, além de projetos de interesse comum aos países cooperados. O trabalho é realizado pelos Laboratórios Virtuais Embrapa no Exte- rior, que já somam sete: América do Norte, Coreia do Sul, França, Espanha, Reino Unido, Gana e Argentina. PRODUTIVAS RAMIFICAÇÕES Para reforçar as ações nos segmentos de cana e de etanol, a Embrapa acaba de inaugurar no Panamá a Embrapa Américas, uma exten- são que atuará em três pilares: plataforma de pesquisa e desenvolvimento, transferência de tecnologia e negócios tecnológicos. A exportação de tecnologia para produção agrícola é um dos braços da cooperação técnica firmada entre Brasil, países africanos e América Latina. A estratégia brasileira é contribuir para a evolução do agronegócio em regiões vizinhas. NOVAS FRONTEIRAS AGB PHOTO LIBRARY INC A determinação do Brasil é transformar o eta- nol em commodity internacional. Para isso, a transferência de conhecimento, tecnologia e investimentos faz parte da estratégia de am- pliar o número de países produtores, de modo a “facilitar o comércio internacional”, informa Pedro Veloso, diplomada brasileiro responsável pela Cooperação Técnica Bilateral Brasil-África. A Embrapa é peça-chave dessa política, que pretende reforçar a produção de cana em paí- ses que, em última instância, vão se tornar con- correntes no mercado internacional de etanol. Aparentemente contraditória, a estratégia, na verdade, atende os interesses do produtor bra- sileiro, pois abre caminhos para o combustível ser convertido em mais uma commodity, cota- da nas bolsas internacionais e com garantia de exportação regular. INCLUSÃO GLOBAL A cana é apenas um braço (talvez o mais im- portante) da política brasileira de transferên- cia de tecnologia na área agrícola. Na África, a Embrapa está presente há cinco anos, com escritório na capital de Gana, Acra, que coor- dena as ações em todo o continente. De 2010 a 2012, serão destinados US$ 65 mi- lhões para 37 países africanos, por meio da ABC, Agência Brasileira de Cooperação, “com pro- jetos não somente voltados à agricultura, mas também às áreas de educação, saúde, forma- ção profissional, entre outras”, declara Veloso. Mais de 40 outros projetos focados em ino- vação e intercâmbio de tecnologia estão em andamento na América Latina, como a trans- Brasil exporta tecnologia para a produção agrícola Além da cana, frutas tropicais, mandioca e pastagens pautam os processos de transferência de tecnologias brasileiras, principalmente para o continente africano. Um Natal cheio de luz e um novo ano pleno em realizações O jornal Bunge no Campo deseja a seus leitores, fontes, colaboradores e parceiros um Natal iluminado e repleto de paz. E que o ano que chega de mansinho concretize nossos sonhos e multiplique nossas realizações.

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PARA QUEM TEM O PÉ NO CHÃO E O OLHO NO FUTURO

Ano 5 Número 45 novembro/dezembro 2010

01Bunge no campo

noV/DeZ 2010

ferência de material genético, exportação de produção de sementes de soja (para o Para-guai e a Venezuela) e de milho para o Peru.

Somando e dividindo tarefaS

Como difusora de tecnologia para produção e comercialização de cana e etanol, a Embrapa atua em duas frentes: a Embrapa Internacio-nal e duas outras – Embrapa Tabuleiros Cos-teiros e a Embrapa Agroenergia.

A Tabuleiros Costeiros cuida dos projetos vol-tados para o sistema de produção da cana-de-açúcar e de álcool – fertilidade do solo, irrigação, zoneamento agroecológico, contro-le biológico, entre outros. É ali que técnicos e agrônomos africanos recebem formação nos cursos de produção da cana e de álcool pro-movidos e financiados pelo governo brasileiro.

A Embrapa Agroenergia responde pela trans-ferência de tecnologia de bioenergia, a partir da cana-de-açúcar e de outras matérias-pri-mas, além de projetos de interesse comum aos países cooperados. O trabalho é realizado pelos Laboratórios Virtuais Embrapa no Exte-rior, que já somam sete: América do Norte, Coreia do Sul, França, Espanha, Reino Unido, Gana e Argentina.

ProdutivaS ramificaçõeS

Para reforçar as ações nos segmentos de cana e de etanol, a Embrapa acaba de inaugurar no Panamá a Embrapa Américas, uma exten-são que atuará em três pilares: plataforma de pesquisa e desenvolvimento, transferência de tecnologia e negócios tecnológicos.

A exportação de tecnologia para produção agrícola é um dos braços da cooperação técnica firmada entre Brasil, países africanos e América Latina. A estratégia brasileira é contribuir para a evolução do agronegócio em regiões vizinhas.

Novas froNte iras

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A determinação do Brasil é transformar o eta-nol em commodity internacional. Para isso, a transferência de conhecimento, tecnologia e investimentos faz parte da estratégia de am-pliar o número de países produtores, de modo a “facilitar o comércio internacional”, informa Pedro Veloso, diplomada brasileiro responsável pela Cooperação Técnica Bilateral Brasil-África.

A Embrapa é peça-chave dessa política, que pretende reforçar a produção de cana em paí-ses que, em última instância, vão se tornar con-correntes no mercado internacional de etanol. Aparentemente contraditória, a estratégia, na verdade, atende os interesses do produtor bra-sileiro, pois abre caminhos para o combustível ser convertido em mais uma commodity, cota-da nas bolsas internacionais e com garantia de exportação regular.

incluSão global

A cana é apenas um braço (talvez o mais im-portante) da política brasileira de transferên-cia de tecnologia na área agrícola. Na África, a Embrapa está presente há cinco anos, com escritório na capital de Gana, Acra, que coor-dena as ações em todo o continente.

De 2010 a 2012, serão destinados US$ 65 mi-lhões para 37 países africanos, por meio da ABC, Agência Brasileira de Cooperação, “com pro- jetos não somente voltados à agricultura, mas também às áreas de educação, saúde, forma-ção profissional, entre outras”, declara Veloso.

Mais de 40 outros projetos focados em ino-vação e intercâmbio de tecnologia estão em andamento na América Latina, como a trans-

Brasil exporta tecnologia para a produção agrícola

Além da cana, frutas tropicais, mandioca e pastagens pautam os processos de

transferência de tecnologias brasileiras, principalmente para o continente africano.

Um Natal cheio de luz e um novo ano pleno em

realizações

O jornal Bunge no Campo deseja a seus leitores, fontes, colaboradores

e parceiros um Natal iluminado e repleto de paz. E que o ano

que chega de mansinho concretize nossos sonhos e

multiplique nossas realizações.

02 03Bunge no campo

noV/DeZ 2010

C anaviais têm servido como local de busca de alimentos e abrigo para animais silvestres. Uma usina do interior de São Paulo registra em sua plantação a presença de lobo-guará, onça e vea- do-catingueiro, enquanto animais de menor porte, como tatu, coelho e lebre são comuns nos canaviais paulistas.

Estudos realizados pela Embrapa Monitora-mento por Satélite confirmam que a fauna silvestre pode ser parte integrante do pro-cesso produtivo. Tudo começa com a gran-de quantidade de biomassa, sob a forma de palha, herança do corte da cana: de 15 a 20 toneladas por hectare, todos os anos e no mesmo período.

Nos canaviais que utilizam a técnica do plantio direto, essa espessa camada de palha ficará no local, entre um plantio e outro. Além de proteger o solo, a palha servirá como adubo e alimento para a micro e média fauna silvestre. Uma verdadeira cadeia alimentar é formada a partir daí. Começando pelas larvas que se alimentam da decomposição da biomassa, passando pelos cupins, formigas, minhocas, etc, que se alimentam das larvas, essa cadeia chega aos répteis, aves e mamíferos.

PrecioSoS reSgateS

“Aves migratórias vão conviver entre a flores-ta do entorno e a plantação. O sistema pro-dutivo só tem a ganhar com esse aumento da biodiversidade, principalmente na adubação do solo e no controle natural de pragas e do-enças”, destaca José Roberto Miranda, dou-tor em ecologia e pesquisador da Embrapa Monitoramento por Satélite.

Já foram catalogadas 287 espécies de verte-brados selvagens na área de estudo, em cerca de oito mil hectares. Entre as espécies de anfí-bios (26), répteis (17), aves (205) e mamíferos (39) detectados, os pesquisadores foram sur-preendidos pela presença de pelo menos 30 espécies sob ameaça de extinção no Estado de São Paulo (dados de 2008). Esses números indicam o grau de interação entre os povoa-mentos animais e o conjunto dos recursos ofe-recidos nas propriedades agrícolas.

O pesquisador explica que as plantações precisam ser encaradas como corredores de proteção ambiental, de forma que a circula-ção de animais silvestres por elas permita a ligação entre diferentes APPs. Assim, mesmo pequenas florestas ganham relevância, pois os corredores representados pelas áreas de cultivo ampliam o espaço utilizado pela fau-na e facilitam as trocas genéticas entre ani-mais antes isolados.

A ideia da Embrapa é ampliar o escopo do monitoramento, com a produção de indica-dores. A partir daí, segundo Miranda, será possível gerar algum tipo de certificação que indique o comprometimento do produtor rural com a preservação da fauna e com ou-tros aspectos ambientais. Daqui para frente, certificações desse tipo serão cada vez mais importantes para o agronegócio, que preci-sa competir em um mercado extremamente atento à questão ecológica.

que uma comunidade local não realize caça numa floresta, usada para turismo de observação da vida silvestre.compensação ambiental e servi-dão florestal – um produtor rural, que tem excedente de floresta em sua propriedade, cede a área a um vizinho, que não tem reserva florestal. Ou ainda, uma empresa que impacta o ambiente deve pa-gar uma compensação ao Estado, utilizada para criar e manter uni-dades de conservação.mecanismos de incentivo tribu-tário – áreas de preservação per-manente, reserva legal e RPPN são isentas do Imposto Territorial Rural.créditos por redução certificada de emissões de gases de efeito estufa – mecanismo chamado de Desenvolvimento Limpo, permite a uma empresa que emite além da sua quota (estabelecida no proto-colo de Quioto) comprar, via mer-cado, crédito de carbono de outra empresa ou projeto que consiga emitir menos do que a sua quota, ou que sequestra carbono (MDL). Não é destinado a atividades lim-pas já estabelecidas.créditos por redução voluntária de emissão de gases de efeito estufa – permitem a uma empre-sa valorizar, no mercado voluntá-rio, a contribuição à redução de gases de efeito estufa.

A sociedade aplaude e remunera os serviços ambientais

O conceito do pagamento está ba-seado no incentivo e na compensa-ção reservados àquele que faz o es-forço de respeitar o meio ambiente, como o proprietário rural que con-serva os rios e florestas em sua pro-priedade. Paga quem recebe os be-nefícios dos serviços ambientais.

objetoS de Pagamento

desmatamento evitado – indús-trias que emitem grandes quan-tidades de poluentes compram créditos de carbono, obtidos de produtores rurais, que abdicam de seus direitos de cortar suas flores-tas para sequestrar e imobilizar o carbono em suas árvores.Sequestro de carbono – indústrias que não conseguem reduzir suas emissões de carbono pagam para que produtores rurais plantem ár-vores e mantenham suas florestas.Proteção da fauna e flora – uma empresa farmacêutica paga a uma comunidade para a manutenção da floresta, para ter à disposição matéria-prima para sua indústria.Proteção dos rios – usuários das águas de um rio a jusante pagam para que os proprietários rurais mantenham suas florestas às mar-gens do rio, e adotem usos da terra que diminuam a erosão e a contaminação do lençol freático.ecoturismo – por exemplo, uma empresa de turismo paga para

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O Paraguai contabilizou volume recorde de exportação de soja, sua principal fonte de renda, totalizando US$ 1,5 bilhão de janeiro a novembro de 2010, informou, no início de dezembro, o Banco Central do país. A remessa supera em 32% as exportações do grão em 2009.

De acordo com a Abrapa, Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, a safra 2010/2011 deve chegar a 1,8 milhão de toneladas, um crescimento de 50% na comparação com o ciclo anterior.

O Brasil pode iniciar as exportações de carne suína para a Coreia do Sul no segundo semestre de 2011, desde que todos os requisitos apresentados pelo governo coreano sejam atendidos. A carne in natura será proveniente de Santa Catarina, estado livre de febre aftosa sem vacinação. Fonte: Mapa.

O primeiro Curso de Atualização de Classificadores de Café Grão Cru será realizado em janeiro, no Estado de Minas. A iniciativa, que envolve os departamentos de Inspeção de Produtos Vegetais e do Café do Ministério da Agricultura, qualificará 30 classificadores como degustadores. Os profissionais, ligados a empresas credenciadas pelo Ministério da Agricultura, classificarão os produtos segundo o novo Padrão Oficial de Classificação do Café Torrado e Moído.

O s serviços ambientais são fun-ções imprescindíveis, desempe-nhadas pelos ecossistemas natu-rais e úteis ao homem, tais como a proteção dos solos, regulação do regime das águas, controle do efeito estufa e proteção da flora e fauna. É fundamental encontrar formas de proteção, manejo e uso das florestas nativas, que assegu-rem geração de renda, aprimora-mento da qualidade de vida e a manutenção dos serviços.

Este texto, reeditado em função do espaço, é parte de um dos capí-tulos da Cartilha de Conscientiza-ção Ambiental, desenvolvida pela Bunge, em parceria com o IAP, Ins-tituto Ambiental do Paraná (capa da edição 43). São informações esclarecedoras sobre assuntos que permeiam a atividades agropecuá-ria, editadas de forma a facilitar consulta e entendimento. Confira.

contribuição do Produtor rural

A propriedade rural, quando tem suas florestas bem preservadas, contribui para a manutenção da qualidade das águas, a proteção do solo e para abrigar plantas e animais. Isso interfere diretamente na manutenção da biodiversidade e na conservação de ambientes saudáveis no campo e nas cidades.

São serviços essenciais oferecidos pelos ecossistemas para o homem, como a produção de oxigênio e o sequestro de carbono, a conservação da biodiversidade, a proteção dos solos e das águas.

O pagamento de serviços ambientais é uma alternativa de renda para o produtor rural que colabora com a preservação.

A íntegra da Cartilha de Conscientização Ambiental está disponível para download no site www.bunge.com.br

Há uma enorme fauna silvestre convivendo com o cultivo da cana-de-açúcar. Pesquisas realizadas em propriedades do interior de São Paulo demonstram que reina a paz entre animais e plantações.

O lobo-guará nas plantações de cana do Estado de São Paulo.

. Fauna silvestre: “os animais de quaisquer espécies, em qualquer fase do seu desenvolvimento, que vivem naturalmente fora do cativeiro” (Lei 5.197/67).

. São considerados animais silvestres os não-domesticados, participantes do conjunto de vertebrados, mais especificamente, mamíferos, aves, répteis, peixes e animais marinhos, invertebrados (artrópodes), borboletas. (Lei 9.605/98)

Meio ambiente e lavoura em

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Projeto e coordenação Diretoria de Assuntos Corporativos & Sustentabilidade Bunge . Supervisão: Valdeci Silva

criação e edição Luc Comunicação Integrada . (11) 5044-6099 . Jornalista responsável: Sonia Regina Cociuffo (Mtb 11.739) . Diagramação: Eduardo Matsuda

Pré-impressão e impressão NeoBand . Certificação Cadeia de Custódia FSC . Tiragem: 15.900 exemplares.

Publicação da bunge para os produtores rurais.

Av. Maria Coelho Aguiar, 215 – Bl D – 5º andar – São Paulo (SP) – 05804-900

tem festa, feira e eXposiÇÃo Na Cidade

ShowTec 2011 ......................................................................................... Maracaju (MS ) – 1/2 a 3/2/2011 Show Rural Coopavel ................................................................................Cascavel (PR) –7/02 a 11/02/2011

World AG Expo 2011, Feira Mundial da Agricultura Tulare .................................Califórnia (EUA) – 08/02 a 10/02/2011 21ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz ..................................................... Camaquã (RS) – 24/02 a 26/02/2011 Expodireto Cotrijal 2011 .................................................................Não-Me-Toque (RS) – 14/03 a 18/03/2011

boa prosareCoNheCimeNto

Bunge é empresa modelo em

O Guia Exame Sustentabilidade 2010 (publicação da Editora Abril) relaciona as 20 empresas-modelo em responsabilidade social corpo-rativa no Brasil. Considerado um dos maiores levantamentos das práticas de sustentabilidade já rea- lizados no país, foi estruturado a partir de metodologia desenvolvi-da pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Ge-túlio Vargas de São Paulo, mesma entidade responsável pelo Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa.

Integraram o conselho de avaliação institui-ções vinculadas ao Programa das Nações Uni-das para o Meio Ambiente, Instituto Akatu, Instituto Brasileiro de Governança Corporati-va, International Finance Corporation (Banco Mundial), Centro de Empreendedorismo So-cial e Administração em Terceiro Setor da FIA, além de um representante da área de rela-ções institucionais do Grupo Abril.

Compõem a relação de empresas-modelo: Al-coa (Empresa Sustentável do Ano), Amanco, Anglo American, Bradesco, Braskem, Bunge, CPFL, EDP, Fibria, hSBC, Itaú Unibanco, Masi-sa, Natura, Philips, Promon, Santender, Suza-no, Unilever, Walmart e Whirlpool.

A Bunge se destacou particularmente por conta das ações de responsabilidade ambien-tal e das políticas praticadas junto aos clien-tes e consumidores, como, por exemplo, a difusão de informações claras sobre manipu-lação, armazenagem, transporte, consumo e descarte de produtos.

O mangostim é considerado o rei das frutas. O clima quente brasilei-ro favoreceu a produção da fruta, aqui introduzido na década de 40 e hoje cultivada na Bahia, Pará, Es-pírito Santo e São Paulo. A maior concentração de plantações está no sul da Bahia, “onde só o mu-nicípio do Una conta com cerca de cinco mil árvores, algumas com dez metros de altura”, informa a pesquisadora em Nutrição huma-na, Jocelem Mastrodi Salgado, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Esalq-USP.

No início dos anos 90, o Brasil ini-ciou a exportação da fruta para os Estados Unidos, Canadá e Eu-ropa, sendo candidato a ampliar, cada vez mais, sua participação nesse mercado.

Mangostim,o manjar dos deusesNativo da região tropical do sudeste asiático, o mangostim, ou mangostão, de aparência exótica e sabor suave, foi comparado ao néctar e à ambrosia, alimentos dos deuses na mitologia grega. No Brasil, a iguaria está à disposição nos mercados e feiras, de dezembro a abril.

A tendência é de ampliação do interesse de consumidores e produtores pelo mangostim, com o consequente aumento da produção brasileira.

Mas não são apenas as oportuni-dades de exportação e o alto valor comercial no mercado interno que colocam o mangostin na ordem do dia do agronegócio. Jocelem Salgado destaca ainda o crescen-te interesse despertado pela fruta devido ao seu alto valor nutritivo.

exótica e medicinal

Estudos realizados pela Esalq, co-ordenados pela Professora Joce-lim, demonstram que o mangostin é uma fruta equilibrada em nu-trientes, rica em água e carboidra-tos. Também possui propriedades medicinais. Os pigmentos da fruta, que lhe dão a coloração averme-lhada, são utilizados na China para tingimento de couros. Além disso, na Índia, Tailândia e China, pastas e chás feitos da sua casca são usa-dos como tratamento medicinal.

sustentabilidade

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