brasil de fato rj - 044

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Rio de Janeiro, 27 de março a 2 de abril de 2014 | ano 11 | edição 44 | distribuição gratuita | www.brasildefato.com.br | facebook.com/brasildefato cidades | pág. 7 Ato organizado pelo Levante Popular da Juventude denunciou o general Nilton Cerqueira No Rio, matador da ditadura é escrachado Cantando o mar em Paquetá Política de segurança promove uma Maré de militarização O CONJUNTO DE FAVELAS DA MARÉ, que possui 130 mil habitantes segundo o IBGE, será tomado por pelo menos 2 mil agentes do Exército a partir de 7 de abril. A decisão foi anunciada nesta semana após reunião entre o governo estadual e o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Porém, ações policiais já antecedem a ocupação militar. cidades | pág. 3 cultura | pág. 11 Grupo Jequitibá do Samba conduz roda que acontece uma vez por mês Pablo Vergara Megaeventos ameaçam povos tracionais no RJ É o caso de Alto Camorim, na zona oeste, uma comunidade remanescente de quilombo Renato Cosentino Pedro Veríssimo O preço da luz é um roubo Entenda porque a conta de luz é tão cara em entrevista com Leonardo Bauer, do MAB entrevista | pág. 5 Pablo Vergara Pablo Vergara cidades | pág. 6

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Page 1: Brasil de Fato RJ - 044

Rio de Janeiro, 27 de março a 2 de abril de 2014 | ano 11 | edição 44 | distribuição gratuita | www.brasildefato.com.br | facebook.com/brasildefato

1 | mundocidades | pág. 7

Ato organizado pelo Levante Popular da Juventude denunciouo general Nilton Cerqueira

No Rio, matador da ditadura é escrachado

Cantando o marem Paquetá

Política de segurançapromove uma Maré demilitarização

O CONJUNTO DE FAVELAS DA MARÉ, que possui 130 mil habitantes segundo o IBGE, será tomado porpelo menos 2 mil agentes do Exército a partir de 7 de abril. A decisão foi anunciada nesta semana apósreunião entre o governo estadual e o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Porém, ações policiais jáantecedem a ocupação militar.

cidades | pág. 3

cultura | pág. 11

Grupo Jequitibá do Samba conduzroda que acontece uma vez por mês

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Megaeventos ameaçam povos tracionais no RJÉ o caso de Alto Camorim, na zona oeste, uma comunidade remanescente de quilombo

Renato Cosentino

Pedro Veríssimo

O preço da luz é um rouboEntenda porque a conta de luz é tão cara em entrevista com Leonardo Bauer, do MAB

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Quantas “Cláudias” e“Amarildos” terão que morrerpara que haja a desmilitari-zação da polícia? Quantospoliciais terão que pagar coma vida para que seja dadoum fim à política de segu-rança perversa chamada de“guerra às drogas”?

Se olharmos com atenção,há algo em comum entre amaior parte das vítimas dessa“guerra”. Uns são tratadoscomo escravos da senzala.Outros acabam por assumira função de feitores e capitãesdo mato, a serviço da casagrande. Mas quase todos sãopobres, jovens, pretos oumestiços, moradores de fa-velas ou periferias e, civis ou

fardados, todos pertencemao andar de baixo da pirâ-mide social brasileira.

Essa política de segurançanão interessa aos policiais,expostos, por Cabral e Bel-trame, às piores e mais in-seguras condições de tra-balho. Também não atendeàs necessidades da popula-ção do Rio de Janeiro, prin-cipalmente das periferias efavelas, que sofrem com osriscos da violência.

Isso tudo só é assim paramanter a mamata das elitese o controle militarizado dadesigualdade social. Por issoos governantes ordenam asocupações e fazem vista gros-sa para a violência contra o

povão, que é tratado comoinimigo nessa visão de se-gurança pública.

Um grande general cha-mado Simón Bolívar, diziaque “maldito é o soldadoque levanta sua arma con-tra povo”.

Os policiais que matam etorturam nas favelas preci-sam ser punidos. Mas os go-vernantes, que não passamde empregados das elites quebancam suas campanhas, éque dão as ordens. Eles sãoos malditos, os verdadeirosinimigos que declaram a“guerra”. Cada lágrima de ór-fãos, viúvos, pais e mães, pa-rentes e amigos deve ser co-brada dos inimigos do povo.

Os verdadeiros inimigoseditorial | Rio de Janeiro

A década de 60 foi mar-cada na história do Brasilpor uma crise econômica epolítica. Diante desse qua-dro, as forças populares e ogoverno João Goulart apre-sentaram à nação reformasde base como uma saída.

Essas reformas significa-vam um novo modelo dedesenvolvimento, fundadona indústria nacional, nadistribuição de renda e namelhoria das condições devida da população. Paraisso, seria necessário con-trolar o capital financeiro,reformar a educação e fazera reforma agrária.

Essas propostas uniram

as forças do povo, que esta-vam nas ligas camponesas,sindicatos, quartéis, ou seja,no contexto de um governopopular. Porém, as forçasdos capitalistas se esque-matizaram com o impériodos Estados Unidos (EUA)e organizaram um golpe.Assim, a burguesia apeloupara a força bruta, impondosua vontade política.

No dia 1º de abril de 1964,o dia da mentira, se implan-

tou uma ditadura empresa-rial-militar que durou 21anos. O saldo foi a maiordívida externa de todos ostempos e uma maior de-pendência dos EUA e dasempresas transnacionais.

Nos primeiros tempos, arepressão se abateu contratodas as formas de organi-zação da classe dos traba-lhadores. Além disso, se vol-tou contra todos os militaresprogressistas. Depois, a par-

tir de 1968, a repressão seaprofundou com a organi-zação dos DOI-CODI, finan-ciado por empresas. Então,se cometeu todo tipo de cri-me, torturas e assassinatos.

A repressão cresceu como cerco à Guerrilha do Ara-guaia (1973-75) e com novaonda de repressão nas ci-dades, a qual gerou tambémo início de sua queda. Apartir das greves de 1978, aclasse trabalhadora reto-mou as mobilizações demassa. Ganhou força a cam-panha pelas “Diretas Já” e,finalmente, a primeira elei-ção para presidente em1989, que representou o fim

e derrota da ditadura.Durante o regime ditato-

rial de políticos medíocres,tivemos milhares de brasi-leiros perseguidos, exilados,torturados e assassinados.Nunca poderemos nos es-quecer deles. Infelizmente,a Lei de Anistia de 1979 ser-viu apenas para esconderos responsáveis, que agoraas comissões da verdadepretendem registrar. Essaslições contribuem para evi-tarmos erros do passado epara enfrentarmos os de-safios da construção de umasociedade mais justa, ver-dadeiramente democráticae igualitária.

Rio de Janeiro, 27 de março a 2 de abril de 2014 02 | opinião

editorial | Brasil

• Ed

Para anunciar:

Redação Rio:[email protected]

• Ed

CONSELHO EDITORIAL RIO DE JANEIRO : Antonio Neiva, Aurélio Fernandes, JoaquínPiñero, Mario Augusto Jakobiskind, Rodrigo Marcelino, Vito Giannotti ADMINISTRAÇÃO: CarlaGuindani e Valdinei Siqueira DISTRIBUIÇÃO: Kleybson Andrade DIAGRAMAÇÃO: Stefano FigaloEDITOR-CHEFE: Nilton Viana (MTb 28.466) EDITORA REGIONAL: Vivian Virissimo (MTb 13.344) REPÓRTERES: Gilka Resende, Bruno Porpetta REVISÃO: Núbia Pimentel COLUNA SINDICAL: ClaudiaSantiago ESTAGIÁRIA: Mariane Matos FOTÓGRAFO: Pablo Vergara ILUSTRADOR: Latuff

O jornal Brasil de Fato circula semanalmente emtodo o país e agora com edições regionais em SãoPaulo, Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Queremoscontribuir no debate de ideias e na análise dos fatosdo ponto de vista da necessidade de mudançassociais em nosso país e em nosso estado.

(21) 4062 7105

Burguesia apelou em 1964 para a forçabruta para recompor seu controle sobre o Estado________________________________________“

50 anos da tragédia brasileira

Latuff

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O Conjunto de Favelasda Maré, que possui 130 milhabitantes segundo o IBGE,será tomado por, pelo me-nos, 2 mil agentes do Exércitoa partir de 7 de abril. A de-cisão foi anunciada nestasemana, após reunião entreo governo estadual e o Mi-nistro da Justiça, José Eduar-do Cardozo. Porém, açõespoliciais já antecedem à ocu-pação militar.

Nesta quarta-feira (26),equipes do 1º Batalhão deEngenharia de Combate doExército realizaram opera-ções junto com o Batalhãode Operações Especiais(Bope), que está na comu-nidade desde a última se-mana. Raquel Willadino, doObservatório das Favelas, vêcom preocupação a milita-rização da comunidade.

“Se reforça a lógica doconfronto, a de que há umaguerra em curso. Isso signi-fica que a população pode

ser vista como um exércitoinimigo. Nisso, mortes sãotidas como efeitos colaterais.Essas são consequências ex-tremamente negativas”, des-taca a diretora da organiza-ção cuja sede fica na Maré.

No segundo semestre, estáprevista a instalação de Uni-dades de Polícia Pacificadora(UPP’s) na região, quando o

número de oficiais poderáchegar a 4 mil. Raquel alertapara o fato de que a decisãofoi tomada em “um momen-to em que já se vinha identi-ficando os limites estruturais”dessa política. “Se esperavauma polícia de proximidadejunto a outras políticas pú-blicas. Mas o que houve foiuma redução da UPP à ação

da polícia, conectada ao con-trole do cotidiano dos mo-radores”, analisa. Para Raquel,falta “o reconhecimento dosmoradores como atores fun-damentais na construção co-munitária de ações de segu-rança pública”.

Mandados de busca eapreensão coletivos

A Maré está entre as prin-cipais vias de entrada e saí-da da capital fluminense: aAvenida Brasil e as LinhasVermelha e Amarela. Deacordo com o MinistérioPúblico Militar (MPM), ocerco previsto deve contarcom mandados de busca eapreensão coletivos. A prá-tica é frequentemente cri-ticada por órgãos de direitoshumanos, por facilitar a vio-lação de domicílios.

Ainda de acordo comMPM, as tropas vão perma-necer na região até o final daCopa do Mundo. “Há bas-tante tempo havia a indicaçãode que haveria uma inter-venção na Maré. O elementonovo é o caráter dela. Em ne-nhum momento, nas inter-locuções feitas nesse últimoperíodo, havia a perspectivade que isso envolvesse as for-ças federais”, pontuou Raquel.

Rio de Janeiro, 27 de março a 2 de abril de 2014 cidades | 3

Gilka�Resendedo Rio de Janeiro (RJ)

INTERVENÇÃO Forças armadas chegarão ao Conjunto de Favelas da Maré em abril

Política de segurança promove uma Maré de militarização

do Rio de Janeiro (RJ)

Mais de 200 entidades apoiam manifestodo Alemão questionando UPPsCRÍTICA Armas e blindados não podem ser símbolos da paz, diz texto

Pablo Vergara

Batalhão de Operações Especiais (Bope), está na comunidade desde a última semana

O manifesto “Queremosser felizes e andar tranqui-lamente na favela em quenascemos”, elaborado cole-tivamente no Complexo doAlemão, segue recebendoapoios de organizações e mo-vimentos locais e nacionais.

O documento critica a mi-litarização e reivindica, ainda,mais saúde, saneamento e

educação. Mortes de mora-dores de favela e de policiaisem recentes conflitos em fa-velas de UPPs foram lamen-tadas. “Nenhuma vida valemais que a outra e é precisoque o Estado se responsabi-lize”, ressalta.

O manifesto foi debatidopor cerca de 60 pessoas emuma praça de Nova Brasília,no Alemão, na noite de se-gunda-feira (17). O eventofoi vigiado por pelo menos

12 policiais de UPP. Algunscarregavam fuzis, enquantooutros filmavam. Nem todostinham identificação.

A situação gerou cons-trangimentos. “Queria con-tar o que meu marido pas-sou, mas eles podem marcara minha cara”, disse umaoperadora de caixa. “Ele saíapara trabalhar às 5h, quandofoi espancado por PMs. Mos-trou a carteira de trabalho.Sabe o que falaram? Que

bandido também tem con-tracheque”, lamentou.

Outros se pronunciarame arrancaram aplausos,como Mariluce Souza, de 32anos. “Que pacificação é

essa? São treinados paraachar que todos da favelasão ameaças”, disse ela, queintegra o Ocupa Alemão, umdos grupos que organizama mobilização. (GR)

Em manifesto, moradores criticam militarização e pedem direitos

Pablo Vergara

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A situação dos traba-lhadores do ComplexoPetroquímico do Rio deJaneiro (Comperj) serátema de audiência pú-blica a ser realizada nes-

ta quinta-feira (27), às13h, na sala 311 da As-sembleia Legislativa doRio de Janeiro (Alerj).

A audiência é de ini-ciativa do deputado es-

tadual Paulo Ramos(Psol) e será aberta atrabalhadores e repre-sentantes de entidades

sindicais. O Sindipetro-RJ também participaráda mesa de debates.

A Alerj fica Rua 1ºde Março, no centro dacidade. (Agência Petro-leira de Notícias)

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Rio de Janeiro, 27 de março a 2 de abril de 2014 4 | cidades

A Agetransp deci-diu, nesta quarta-feira(26), multar as conces-sionárias SuperVia, Me-trôRio e CCR Barcas porincidentes ocorridosentre os dias 13 e 22 dejaneiro deste ano. So-madas, as multas che-gam a R$ 1.525.162,46.A SuperVia foi multadaem R$ 868.474,96 noprocesso que apurou a

qualidade do atendi-mento aos usuários du-rante incidente ocorridono dia 22 de janeiro,quando um trem do ra-mal Saracuruna descar-rilou por mais de dezhoras, na Estação SãoCristóvão.

A multa da CCR Bar-cas foi fixada em R$367.746,12 e é referentea processo sobre avaria

em um catamarã, namanhã de 13 de janeiro.Logo após iniciar via-gem em direção ao Riode Janeiro, o catamarãencalhou ao lado daponte de atracação doterminal de partida.

A concessionáriaMetrôRio foi multadaem R$ 288.941,38 emprocesso sobre o desa-coplamento mecânicoentre dois carros do me-trô, que provocou a pa-ralisação dos trens daLinha 2, na noite de 16de janeiro, entre as es-tações de Irajá e Colégio.

Em nota, a MetrôRiodiz que aguarda a pu-blicação da decisão daAgetransp para analisaro recurso. A CCR Barcase a SuperVia informa-ram que vão recorrer.(Agência Brasil)

Trens, barcas e metrô sãomultados em R$ 1,52 milhão

Péssimo serviço da Supervia gerou multa de R$860 mil

Pablo Vergara

Alerj vai debater situação dostrabalhadores do Comperj

Trabalhadores em luta

Reprodução/Comperj

Ônibus e carro são incendiadosem protesto no Rio

Três ônibus e um carro fo-ram incendiados no final datarde desta quarta-feira (26),na Rua Cândido Benício, pró-ximo à Praça Seca, em Jaca-repaguá, zona oeste da cida-de. Segundo a Polícia Militar,cerca de 100 pessoas inicia-ram um protesto após a pri-são de um morador do MorroSão José Operário. Houveconfronto entra a polícia eos manifestantes. Na correria,um grupo ateou fogo aos veí-culos, virou caçambas de lixoe fechou as pistas. O trânsitona rua ficou totalmente in-terditado por mais de duashoras, até que a situação fossecontrolada.

Policiais do 9º Batalhão daPolícia Militar, responsávelpelo policiamento da área,reagiram com bombas deefeito moral para dispersaros manifestantes. Bombeirosdo quartel de Campinho fo-ram acionados, mas quandochegarem ao local, os ônibuse o carro já estavam comple-tamente destruídos pelaschamas. O fogo atingiu a redeelétrica e a região da PraçaSeca está sem luz.

Por causa da confusão,todo o comércio da área fe-chou as portas e trabalhado-res da obra da Transcariocaencerraram as tarefas maiscedo.(Agência Brasil)

Caso Amarildo: silêncioprejudicou investigações

O Tribunal de Justiçado Rio de Janeiro reto-mou, nesta quarta-feira(26), audiência de ins-trução e julgamento dos

25 policiais militaresacusados de terem tor-turado e desaparecidocom o corpo do aju-dante de pedreiro Ama-rildo Dias de Souza, nafavela da Rocinha, emjulho de 2013. Durantetodo o dia foram ouvi-das as testemunhas de

defesa, no Fórum Cen-tral, no centro da ci-dade. Esta foi a quar -ta audiência.

A inspetora Ales-sandra Valle, queparticipou das oi-tivas e da organi-zação do inqué-rito sobre o de-s a p a re c i m e n t ode Amarildo, de-clarou que o si-

lêncio dos policiaisque testemunharamatrapalhou as investi-gações. “Um código desilêncio. Eles ficavamcompletamente fecha-dos, apesar das inves-tidas para que falassema verdade”, comentou.(Agência Brasil)

Crescenúmero deautos de resistência

Segundo dadosdo Instituto de Se-gurança Pública(ISP) divulgadosnesta quarta-feira(26), o número dehomicídios decor-rentes de interven-ção policial (autode resistência), su-biram de 29 em2013 para 49 em2014. Já o númerode homicídios au-mentou 18,1% emjaneiro deste anocomparado aomesmo mês de2013. Este ano fo-ram 469 assassina-tos no estado doRio. Em 2013, fo-ram 397.

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PMs silenciam em julgamento

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Água e energia não sãomercadoria. Com esse lema,o Movimento dos Atingidospor Barragens (MAB) luta,há mais de vinte anos, paraimpedir os abusos e lucrosexagerados das geradoras edistribuidoras do setor elé-trico no Brasil.“Somente comuma grande mobilização po-pular poderemos reverteresse processo de superex-ploração”, destaca LeonardoBauer, da coordenação na-cional do MAB. Confira:

Brasil�de�Fato�-�No�Rio,protestos�contra�a�falta�deluz� têm� sido� frequentes.Além� de� não� ter� regulari-dade�no�serviço,�os� traba-lhadores� pagam� cada� diamais� caro� pela� energia.Como�isso�se�explica?

Leonardo�Bauer - Coma privatização total ou parcialdas empresas do setor elé-trico, o lucro é o grande ob-jetivo para essas empresas.Para isso, diminui-se a qua-lidade e aumentou-se o preçoda tarifa. Energia que custacerca de R$ 30,00/MWh che-ga a ser vendida a R$ 822,00/MWh (como aconteceu nofevereiro passado). Total-mente irreal. Estender o tem-po de substituição dos equi-pamentos (postes, transfor-madores, isoladores, etc)também é fonte de lucro. Re-sultado dessa prática é a fre-quente explosão de bueirosna capital carioca. Outrasfrentes como a precarizaçãodas condições de trabalhodo setor e a violação dos di-reitos das populações atin-gidas por esses empreendi-mentos também são práticasdessas empresas.

Brasil�de�Fato��-�Com�asUPPs,�medidores�eletrôni-cos�passaram�a�ser�instala-dos�nas�comunidades.�Des-de� então,� contas� abusivassão�cobradas�dos�morado-res� de� favelas.� o� que� estápor�traz�desse�modelo?�

Primeiro é importantelembrar que as empresas dosetor elétrico tentarão aplicaresse modelo de medidoreseletrônicos em todos os locaisda cidade e em todo Brasil.Novamente, trata-se de umaestratégia para aumentar oslucros, pois automatiza o en-vio de informações e cria umnovo mercado – a venda demedidores eletrônicos. NoRio de Janeiro, a Ligth temaproveitado as reformas queas Upps promovem e colo-cam no pacote os medidoreseletrônicos, todos fortementequestionados inclusive tec-nicamente, pois é alarmanteo aumento do custo com a

energia depois de sua insta-lação. Mas isso é só o come-ço. As empresas projetam,através da instalação dos me-didores eletrônicos, a vendade energia na modalidade“pré-paga” e a cobrança emfunção do horário de con-sumo, quando os consumi-dores pagariam até 50% amais nos horários de pico(próximo das 19h).

Brasil�de�Fato� -�Diantedesse�quadro,�que�caminhoo�MAB�aponta�como�solu-ção�para�essa�situação?

O MAB, juntamente comoutras organizações da ViaCampesina e com trabalha-dores do setor energético(engenheiros, eletricitários,petroleiros, urbanitários),propõem o controle popularsobre o setor elétrico, inclu-sive sobre a definição dospreços da eletricidade. So-mos um país abundante emenergia barata e pagamos a5ª tarifa mais cara do mundo.Isso não tem qualquer rela-ção material. É pura espe-culação. Nota-se que em2011, por exemplo, o setorelétrico brasileiro ficou emsegundo lugar no envio delucros para o exterior, per-dendo apenas para os ban-cos. Para 2014 as contas deluz vão gerar um lucro extrade R$ 21 bilhões principal-mente para as empresas go-vernadas pelo PSDB de SãoPaulo (CESP), Minas Gerais(CEMIG e LIGHT) e do Pa-

raná (COPEL) e empresastransnacionais como Duke(EUA), Suez Tractebel (FRA)e AES (EUA). Enquanto isso,o governo está aceitando achantagem. Há poucos dias,autorizou este repasse bilio-nário aos proprietários dodo setor para, além de nãoperder a confiança do capitalprivado, transferir os aumen-tos das tarifas de energia elé-trica da população brasileirapara depois do período elei-toral. Somente com umagrande mobilização popularpoderemos reverter esse pro-cesso de superexploração.

Rio de Janeiro, 27 de março a 2 de abril de 2014 entrevista | 5

vivian�virissimodo Rio de Janeiro (RJ)

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Pablo Vergara

Tandy Firmino

­­­No Rio, cerca de 200atingidos vindos daregião serrana do es-tado, além de MinasGerais e São Paulo, pro-testaram em frente aoprédio de Furnas, emBotafogo, nestaquarta-feira (26). elesdenunciaram os possí-veis aumentos das tari-fas de energia para opróximo ano.

Pablo Vergara

SeRviçoSeminário�“A�visão�popular�da�questãoenergética”Quando? Quinta-feira (27)onde?�Na ABI (RuaAraújo Porto Alegre, 71,Cinelândia)Que�horas?�Das 14h às 18h.

Leonardo Bauer, do MAB

Setor elétrico deve estar sob controle popular, diz MABLUZ Só assim o preço da tarifa não será abusiva, explica LeONARdO BAUeR, da coordenação nacional do MAB

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Rio de Janeiro, 27 de março a 2 de abril de 2014 6 | cidades

A preparação para a Copado Mundo e as Olimpíadasde 2016 e o boom imobiliário,vêm multiplicando conflitospela terra, por todo o Estadodo Rio. De um lado, agricul-tores e povos tradicionais lu-tam para permanecer em lo-cais que ocupam por gera-ções. De outro, empresas atro-pelam dinâmicas regionaiscom aval do poder público.Isso ocorre em zonas ruraisde cidades como a históricaParaty, mas também na ca-pital, no olho do furacão dosmegaeventos.

Jacarepaguá, zona oeste, oAlto Camorim é exemplo dis-so. No último domingo (23),os moradores fizeram umaatividade de resistência cul-tural para denunciar a si-tuação. Há dez anos eles rei-vindicam junto ao Incra oreconhecimento do localcomo território remanescen-te de quilombo. “Estamos gri-tando que o Alto Camorim

tem a sua história”,disse Maraci Soares,uma das liderançasdo movimento.

O dia começou ce -do com um café damanhã agroecológicooferecido pela Asso-ciação de Agricultoresde Vargem Grande.Antes da tradicionalfeijoada, o encontrofoi embalado por ro-das de conversa sobrea história de Jacare-paguá. O objetivo erareafirmar a luta pelaregularização fundiá-ria, pelo direito de cul-tivar a terra e pelaconstrução do Centrode Desenvolvimento CulturalQuilombola do Camorim.

A Baixada de Jacarepaguáé hoje o centro da reestrutu-ração urbana pela qual o Riode Janeiro está passando paraa preparação das Olimpíadas.Muitas comunidades estãoameaçadas pelo avanço dosempreendimentos imobiliá-rios. O Alto Camorim é umlocal histórico, onde se loca-liza a Igreja São Gonçalo de

Amarante, de 1625, no acessoao Parque Estadual da PedraBranca, uma das maiores flo-restas urbanas do mundo.

“Outros países que reali-zaram grandes eventos per-deram suas identidades? Éum projeto de quem paraquem?”, questionou Berna-dete Montesano, da Rede Ca-rioca de Agricultura Urbana.“Essas áreas onde estão osagricultores são de grandecobiça”, ressaltou.

No início do ano, uma gran-de área ao lado da igreja foidevastada pela Living Cons-trutora, marca da RJZ Cyrela,sem respeitar as árvores cen-tenárias do Maciço da PedraBranca. Uma denúncia foifeita à Ouvidoria do Minis-tério Público. Em nota, aconstrutora informou que“possui as licenças de demo-lição e remoção de árvores”e que medidas compensató-rias estão sendo cumpridas.

Megaeventos ameaçam agricultorese povos tradicionais no RJCOPA Forte especulação imobiliária provoca conflito pela terra em todo estado

educação fazparalisaçãodia 1º de abrilOs profissionais deeducação das redesestadual e municipaldo Rio de Janeirofarão uma paralisaçãode 24 horas no dia 1ºde abril. Neste dia elesvão participar da Mar-cha em Defesa da Edu-cação. A concentraçãopara o ato será às 16h,na Candelária. Os pro-fissionais de educaçãodo município de SãoGonçalo, em grevedesde o dia 25, tam-bém realizam umapasseata no dia 1º.

Metalúrgicosdebatem dita-dura dia 1º O Sindicato dos Me-talúrgicos do Rio deJaneiro realiza, no dia1º, um debate com otema “os metalúrgi-cos e o golpe militar”.O evento acontece nodia em que se com-pletam 50 anos dogolpe. Os metalúrgi-cos foram muito per-seguidos, porquetravaram uma lutacontra a ditadura. Odebate acontece às9h, na sede do Sindi-metal-Rio: Rua AnaNeri, 152, Benfica.

Bancos fecham 1.864postos de trabalhoOs bancos brasileiroscontrataram 5.124funcionários nos doisprimeiros mesesdeste ano, mas de-mitiram 6.988 pes-soas neste período.O resultado dessaconta é o fecha-mento de 1.864 pos-tos de trabalho. Osdados são de umapesquisa da Contraf-CUT. O Rio de Janeiro teve um dosmaiores cortes e perdeu 262 vagas.

SINDICAL

Os conflitos entre comu-nidades históricas e novosempreendimentos imobiliá-rios se multiplicam em todoo Estado do Rio. Um exemplosão povos de Paraty. A únicaexceção é o Quilombo doCampinho que, em vitóriahistórica, conseguiu a titu-lação das terras em 1999. Hádécadas, caiçaras e comuni-

dades antigas na região vi-vem sob ameaça de remoção.Ali o conflito com as comu-nidades envolve vários ato-res, entre eles o Estado, re-presentado pelo Instituto Es-tadual do Ambiente (Inea) eo Instituto Chico Mendes, einteresses privados de imo-biliárias, como explicou Mo-nalisa Melo, secretária da As-sociação de Moradores dePedras Azuis, que reúne setebairros da cidade:

“O valor dos terrenoscresce e a especulação avan-ça. O governo anuncia quefará novas unidades de con -servação, que podem im-pedir a permanência dosmoradores e não dialogacom as comunidades. Semsaber o que vai acontecer,vivemos com medo e sobameaça de remoção.”

Frente ao conflito, os mo-radores de Paraty estão reu-nidos em um Fórum de Co-

munidades Tradicionais. Estemês, eles comemoram umavitória. Um processo criminalaberto injustamente pelo ICM-Bio contra o agricultor JoséFerreira, conhecido interna-cionalmente por seu trabalhocom agrofloresta, foi suspenso.A situação, porém, não é per-manente. As investidas contraos agricultores de Paraty, assimcomo no Alto Camorim, sãofrequentes e graves. (Ibase eJustiça Global)

em Paraty, caiçaras vivem sob ameaça de remoçãoLUTA Fórum de Comunidades Tradicionais reúne moradores no município

do Rio de Janeiro (RJ)

Rosa Bernardes

Área desmatada para construção de condomínio no Alto Camorim

Camila�NobregaRenato�Cosentino

do Rio de Janeiro (RJ)

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Da euforia às lágrimas emminutos. Assim reagiu Ra-mirez Vale, sobrinho de umavítima da ditadura civil-mi-litar, ao saber que o escra-chado nesta terça-feira (25)seria o general Nilton Cer-queira. O nome do militarfoi revelado ao microfonequando a manifestação che-gou ao número 56 da RuaConstante Ramos, em Copa-cabana, por volta das 10h30.“Ótima escolha! Esse cara éemblemático. Circula comofigura insuspeita, mas come-teu muitos crimes”, afirmou.

Logo depois, Ramirez eoutros presentes se emo-cionaram ao assistirem aapresentação de dois mili-tantes. Na cena, “Cerqueira”torturava uma camponesana busca de informaçõessobre o paradeiro de lide-ranças de grupos resistentesao regime, no interior da

Bahia. “Ele executou CarlosLamarca e muitos outros”,comentou Ramirez. “O es-cracho é um ato de denún-

cia desses agentes do Esta-do. Já se passaram 50 anosdo golpe. Queremos mos-trar que o que aconteceu

não será esquecidonem que se passemmais 80, 100 anos”,completou CarolinaDias, do Levante Po-pular da Juventude.

O “teatro sobre avida real” tambémmostrou ações ma-chistas e racistas doExército da época. Ca-rolina, porém, refor-çou a atualidade dotema. “Práticas de re-pressão se desenvol-veram na ditadura ea lógica se perpetuou.

Se antes os alvos eram osmilitantes organizados,hoje são os pobres. A polícia

continua matando e tortu-rando jovens negros da pe-riferia para manter o quechamam de ordem”, expôs.

Os organizadores do es-cracho explicaram que, poruma questão de segurança,a identidade do militar foimantida em segredo atéchegarem ao local da ma-nifestação político-cultu-ral. Antes, militantes demovimentos e de partidosde esquerda, além de fa-miliares de vítimas e so-breviventes da repressão,caminharam pelo bairrocom bandeiras e batuca-das, chamando atençãodos passantes.

Recentemente, o Mi-nistério Público Federal(MPF) denunciou seis mi-litares por envolvimentono atentado à bomba du-rante show do Dia do Tra-balhador, em 1981. NiltonCerqueira está entre eles.Caso julgado, ele poderiapegar até 66 anos de ca-deia. Segundo o órgão, aação pretendia causar ter-ror, atribuindo falsamenteo crime a militantes quelutavam contra a ditadura,que durou de 1964 a 1985.

Rio de Janeiro, 27 de março a 2 de abril de 2014 cidades | 7

Gilka�Resende�do Rio de Janeiro (RJ)

PROTESTO Ato realizado em Copacabana foi convocado pelo Levante Popular da Juventude

escracho denuncia Nilton Cerqueiracomo matador na ditadura

Atentado noRiocentro

Pablo Vergara

Escrachos denunciam publicamente figuras que cometeram crimes na ditadura

Além de militantes, cam-poneses, indígenas, entre ou-tros, também houve militaresreprimidos. É o que apontalevantamento da ComissãoNacional da Verdade. Nestaentrevista, Ivan Proença, entãocapitão do regimento presi-dencial de João Goulart, o Jan-go, fala sobre conflitos internosnas Forças Armadas à época.

Brasil�de�Fato�-�o�senhor�foicontra�o�golpe.�Como�ficou�asituação�dos�militares�que�seposicionaram�dessa�forma?Houve inúmeros em oposi-ção, mas faltou um comando.O presidente, como coman-dante das Forças Armadas,se abdicou de um enfrenta-mento. Isso, então, desorga-nizou uma possível reaçãocontra os golpistas. Tínhamosplenas condições para evitaro golpe. Mas também é difíciljulgá-lo. O presidente era pa-cifista. Era um homem muitosimples, bom e educado. Dis-

se que não queria um derra-mamento de sangue. O quemuitos esperavam ser umperíodo de transição durou,na verdade, 21 anos.

o�que�aconteceu�com�você?Fiquei bastante tempo preso.Não me torturaram, mas fi-quei no isolamento. Foram58 dias. Daí eles me chama-ram e perguntaram se eu teriaum 'bom comportamento'.Se sim, eu seria transferidopara o Mato Grosso. Não acei-tei. Falei que não haveria

compromisso nenhum. Pelocontrário, disse que estavaciente de que estávamos emuma ditadura. Fui caçado ofi-cialmente no dia seguinte.

Hoje�a�Comissão�da�verdadeinvestiga�episódios�da�dita-dura.� o� que� o� país� aindaprecisa�fazer�para�reescre-ver�essa�parte�da�história?É inacreditável que tortura-dores e assassinos não sejamjulgados. Não foi assim emoutros países da América La-

tina que também passarampor golpes. Aqui há uma anis-tia [Lei de Anistia, de 1979]que livrou os próprios milita-res. Esse seria o primeiro pas-so: rever isso. A Comissão éuma conquista. Ela está le-vantando questões importan-tes. Agora, no que vai dar? NoBrasil, a verdade é uma meiaverdade, porque não estãoprevistas consequências. Tudoserá muito difícil enquanto opaís estiver manchado poressa impunidade. (GR)

Cerca de 7.500 militares sofreram retaliaçõescom ditadura

“É inacreditável que torturadores eassassinos não sejamjulgados. Não foiassim em outros paí-ses da América Latina________________

eNTReVISTA Ivan ProençaeNTReVISTA Ivan Proença

Pablo Vergara

Page 8: Brasil de Fato RJ - 044

Após 50 anos do golpe e38 da suspeita de morte deJango, nunca investigadapelos juízes brasileiros, opromotor Miguel AngelOsório, responsável por vá-rios casos resso-nantes da rede ter-rorista tecida pelasditaduras sul-ame-ricanas nos anos70, assumiu o com-promisso de inves-tigar a mor te do ex-presidente JoãoGoulart. “Não po-demos nos permi-tir perder tempo”,disse o promotor em en-trevista à Carta Maior.

Ele defende que 2014 éum ano “importante para

a história brasileira, epara que se possa fazerjustiça com Goulart e comoutros brasileiros que de-sapareceram quando es-tavam na Argentina”.

“A anistia deixada pelosmilitares tem a intenção deque não se chegue à ver-dade”, disse.

Após cinco meses de po-lêmica e intensos debates,a Câmara aprovou na terça-feira (25) o projeto do MarcoCivil da Internet (PL 2.126/11).Os deputados aprovaram otexto em votação simbólica.Desde 28 de outubro de 2013,o projeto passou a trancar apauta da Câmara.

A aprovação abre cami-nho para que os internautasbrasileiros possam ter ga-rantido o direito à privaci-

dade e à não discriminaçãodo tráfego de conteúdos. Otexto agora segue para o Se-nado e, caso seja aprovadolá também, deverá ir parasanção presidencial.

“Hoje em dia precisamosde lei para proteger a es-sência da internet que estáameaçada por práticas demercado e, até mesmo, degoverno. Assim, precisamosgarantir regras para que aliberdade na rede seja ga-

rantida", disse o relatordo projeto deputado Ales-sandro Molon (PT-RJ).

Entre os principaispontos da proposta estão:a garantia do direito à pri-vacidade dos usuários,especialmente à inviola-bilidade e ao sigilo desuas comunicações pelainternet. Atualmente, asinformações são usadaslivremente por empresasque vendem esses dadospara os setores de mar-keting ou vendas.

Agora, os provedoresnão poderão fornecer aterceiros as informaçõesdos usuários, a não ser

que haja consentimento dointernauta; os registros cons-tantes de sites de buscas, ose-mails, entre outros dados,só poderão ser armazenadospor seis meses. O projetotambém define os casos emque a Justiça pode requisitarregistros de acesso à rede ea comunicações de usuários.De acordo com o texto, asempresas não vão poder li-mitar o acesso a certos con-teúdos. (Agência Brasil)

Rio de Janeiro, 27 de março a 2 de abril de 2014 8 | brasil

Luta de ex-moradores de Pinheirinho garante casas

Ao assinar, nesta terça-feira (25), a ordem de ser-viço que autoriza a cons-trução de 1.461 unidadespara famílias despejadasem Pinheirinho, a presiden-ta Dilma Rousseff disse queas novas residências são re-

sultado da luta dos mora-dores. A desocupação dePinheirinho pela Polícia Mi-litar e a posterior destruiçãode todas as casas erguidasno local ocorreu em 2012.Cerca de 6 mil pessoas fi-caram sem moradia.

Atendimento é a maior reclamação no SUS

Projeto que recebe denún-cias sobre o atendimento noSistema Único de Saúde(SUS) recebeu mais de 900denúncias em 13 dias de lan-çamento. A demora para seratendido, com 58% das re-clamações, foi o item maiscitado. Em seguida veio a fal-

ta de leitos, com 26%. O pro-jeto, chamado Caixa-Preta,é uma iniciativa da Associa-ção Médica Brasileira (AMB).Os estados que tiveram maisdenúncias foram São Pauloe Bahia. As denúncias podemser feitas no site: www.cai-xapretadasaude.org.br.

Morte de Jango será investigada na Argentina

A Comissão Nacional daVerdade (CNV) apresen-tou nesta terça-feira (25) orelatório preliminar sobrea Casa da Morte de Petró-polis, centro de torturaclandestino usado pelosmilitares, na década de1970. O relatório se baseiano depoimento de Inêsetienne Romeu (foto),única sobrevivente. elafoi espancada, estupradae submetida a torturaspsicológicas e deficiên-cias alimentares.

Câmara dos deputados aprovaMarco Civil da Internet

Reprodução

Arquivo

Tânia Rego/ABr

QUedA NO NúMeRO de FAMíLIAS eNdIVIdAdAS Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) revelou di-minuição do percentual de famílias brasileiras com dívidas em março. O índice caiu de 62,7%, em fevereiro, para 61%, em março.Foram ouvidos 18 mil consumidores em todas as capitais e no Distrito Federal.

Ex-presidente Jango faleceu há 38 anos

Molon: "Precisamos de lei para proteger a essência da internet”

Page 9: Brasil de Fato RJ - 044

Cerca de sete milhõesde pessoas morrem porano, no mundo em virtudeda poluição, de acordocom dados da OMS (Or-ganização Mundial da Saú-de), divulgados na noite

de segunda-feira (24/03).Conforme essas estatísti-cas, uma em cada oito mor-tes ao redor do planeta estárelacionada à contamina-ção do ar, seja dentro oufora de casa.

Rio de Janeiro, 27 de março a 2 de abril de 2014 mundo | 9

Três generais da aviaçãovenezuelana foram presos,acusados pelo presidentedo país, Nicolás Maduro,de planejar um golpe deEstado. A informação foidivulgada nesta terça-feira(25), durante a Conferên-cia Nacional de Paz. Opresidente estava acom-panhado por uma delega-ção de chanceleres daUnião de Nações Sul-Americanas (Unasul).

“Capturamos três chefesda aviação que preten-diam lançar a Força Aérea

contra o governo legitima-mente constituído. Agoraeles estão à disposição dostribunais militares”, anun-ciou Maduro.

Diante dos chanceleres,Maduro disse que a Vene-zuela garante o direito àparticipação política e osprotestos pacíficos. O pre-sidente também chamoua oposição venezuelana aodiálogo. “Queremos o ca-minho da paz e da verda-de. Para isso criamos ins-trumentos para fortalecero diálogo”, ressaltou.

Ao confirmar que o Uru-guai abrigará cinco presosde Guantánamo na quali-dade de "refugiados", o pre-sidente José Pepe Mujicadisse que a acolhida é uma"questão de direitos huma-nos". Após aceitar colabo-rar com Barack Obama, omandatário assegurou quea prisão localizadadentro da ilha deCuba "tem funciona-do como uma verda-deira vergonha paraa humanidade e mui-to mais vergonhosopara um país comoos Estados Unidos".

Embora tenha afir-mado que não estácolaborando porques tões financeiras,Mujica pediu como

contrapartida que Washing-ton liberte os três cubanosque ainda estão sob custódiados EUA, após terem sidopresos, há mais de dez anos,enquanto atuavam como es-piões na Flórida. Mais in-formações: facebook.com/cincocubanos

Mujica: "Guantánamo é uma vergonha para ahumanidade"Generais

são presos porplanejar golpe

Maduro têm tentado diálogo com a oposição na Venezuela

Marcelo GarciaPalacio de Miraflores

Ismael Francisco/Cubadebate

SATéLITe deTeCTA 122 OBJeTOS NO MAR QUe POdeM SeR dO AVIãO dA MALáSIA Os objetos foram observados em ima-gens de satélite tiradas pelo Centro de Controle da Airbus para a Defesa e Espaço. A informação foi divulgada pelo minis-tro da Malásia, Hishammuddin Hussein, nesta quarta-feira (26).

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Ucrânia: aprovada demissão do ministro da defesa

O Parlamento ucra-niano (Rada) aprovou naterça-feira (25) a demis-são do ministro da De-fesa, Igor Teniukh, criti-cado por sua atuaçãodurante a perda da Cri-meia, e nomeou para ocargo o general MikailKoval.

Snowdendestaca pontode virada” nos eUA

O ex-analista da CIAEdward Snowden para-benizou o presidente es-tadunidense BarackObama, por sua inicia-tiva de acabar com a prática de armazenarsistematicamente osdados telefônicos coleta-dos nos EUA.

EM FOCO

Poluição mata sete milhõesde pessoas por ano

Mujica pediu libertação dos três cubanos

www.e.eita.org.br/assinebrasildefatorj

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VENEZUELA

Wik

iped

ia

Ex-analista da CIA, Snowden

Page 10: Brasil de Fato RJ - 044

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Esta semana, a “Cia deMystérios e Novidade”fará mais uma intervençãodo 1º Festival Carioca deArte Pública. Com o obje-tivo de propagar e divulgaras artes públicas, o eventotem programação semanalaté 10/04. Aprofundandoo debate sobre a ocupaçãodos espaços públicos, pro-move desde espetáculosde teatro, circo, shows mu-sicais, mímicos até conta-dores de história, corde-listas e oficinas.

Quinta-feira (27), temoficina Perpatética da Re-gião Portuária e ensaioaberto da Navelouca.

Sábado (29), Tem apre-sentação do Espetáculo“Vozes do Porto”. Alémde “Orquestra da Provi-dência + Vozes da Provi-dência” e a Banda “Tei-mosos da Gamboa”

SeRviçoA partir das 18hGratuito. Praça da Harmonia – Gamboa

Caminhos -Uma Intervenção Urbana nos bairros do Rio

Uma incursão pelas re-lações entre homem e ci-dade. É a vez do centro serconvidado a “ouvir” a suacidade, o seu cotidiano ea observar seu entorno deoutro ângulo.

SeRviçoQuinta (27) e sexta (28), às 12h. GratuitoTeatro Glauce Rocha –Av. Rio Branco N˚; 179

O livro “o�negro�naTv�pública”, organizadopor Joel Zito Araújo,aponta os estereótipos e o apagamento na representação na TVbrasileira.

Rio de Janeiro, 27 de março a 2 de abril de 2014 10 | cultura

TEATRO

CINEMA

Museu reverencia umantigo cemitério de escra-vos na Zona Portuária doRio. O local, onde foi des-coberto o sítio arqueológi-co Cemitério Pretos Novos,funciona hoje como memo-rial em reverência e respeitoaos tantos negros recém-chegados ao Brasil colonial,mortos ou doentes devidoaos maus tratos durante atravessia do Atlântico. Cria-do em 2005, o Instituto dePesquisa e Memória PretosNovos (IPN) tem como ob-jetivo ressaltar as raízes afri-canas da região.

Localizada na então Pe-quena África do séc XIX, osítio foi descoberto por aca-so em 1996 e hoje é consi-derado um dos mais im-portantes patrimônios dahumanidade. O lugar põe

em foco a reflexão sobre aescravidão no país. ParaAna Maria, diretora presi-dente do Museu, o antigocemitério levanta o debateem cima de um dos maio-res crimes contra a huma-nidade. “Aqui é um grandenovelo que quanto maisdesenrola, mais se conhe-ce a verdadeira história

do nosso país, história dahumanidade”, afirma ela.

O projeto disponibilizaum espaço voltado parapesquisa e ocupações ar-tísticas. Esta semana, foiinaugurada uma exposição“Tabueliros” de Leila Pug-naloni, que traz a visão daartista sobre o mercadode escravos.

Local é um dos mais importantes patrimônios da humanidade

Wikipedia

Pretos Novos celebra memória afro-brasileiraHISTÓRIA Achado arqueológico vira local de reflexão sobre escravidão

ARTE Grupo faz ocupações culturaisem espaços públicos

Mariane�Matosdo Rio de Janeiro (RJ)

EXPOSIÇÃO

LITERATURA

No início de Brasil teráextreia da 1a Edição doSessão Carta Branca - "Tiro,porrada e bomba". Odeonem parceria com Cinemãopreparam uma sequênciade filmes que retratam arealidade atual do Rio deJaneiro. Trazendo temascomo as manifestações,comunidades, UPPs, megaeventos, violações dos di-reitos, dentre outros.

O evento apresentará osfilmes: “O prefeito tá che-

gando”(15 min), “Rio Ci-dade Olímpica” (7 min),“Doutor Magarinos, advo-gado do morro”(23min),“Dominio Público”(17min), “Proibidão”(13 min),“Ritmos de Resistência”(26min) e "UPP Não é Projetode Segurança" (6 min).

SeRviçoQuarta-feira (02), às 21h. Ingresso R$4,00 e R$8,00. Cinema Odeon – Cinelândia

Cinemão promoveSessão Carta Brancano Odeon

Cia de Mystérios apresenta “Vozes doPorto” nesta quinta

Bandeira de Retalhos

O grupo “Nós do Morro”leva aos palcos o episódiohistórico de 1977, quandoo governo tentou expulsarparte dos moradores doVidigal. O musical retrataaquele momento de resis-tência da comunidade.

SeRviço�Sábado (29), às 20h e domingo (30), às 19hIngresso: R$ 10,00e R$ 5,00. Local: Teatro Armando Gonzaga

•••

Page 11: Brasil de Fato RJ - 044

O Samba em Paquetá re-presenta a continuidade deuma relação antiga do localcom o ritmo musical. A pro-dutora Áurea Alves, umadas idealizadoras do pro-jeto, descreve que nas dé-cadas de 40 e 50 integrantesdas primeiras escolas desamba faziam da ilha seu lo-cal preferido para piqueni-

que nos finais de semana.No filme "Com minha sogra

em Paquetá" (1961), com Der-cy Gonçalves no elenco, háuma escola de samba que via-ja de balsa até a ilha e depoisfaz um desfile pelas ruas dodistrito. "Paquetá também temsua história ligada ao Choro.Anacleto Medeiros, um dosmais importantes represen-tantes do gênero, nasceu e foicriado ali", acrescenta.

Na história mais recente, a

cantora e compositora Cris-tina Buarque e o grupo pau-lista Terreiro Grande reali-zou rodas de samba na ilha.Cristina Buarque é morado-ra de Paquetá e inclusiveuma das assíduas frequen-tadoras do Samba. "Acom-panho este samba desde oinício e gosto muito das mú-sicas e da qualidade dos mú-sicos que conduzem a roda",declara a musicista.

"A idéia dessa roda surgiu

justamente em uma entre-vista que fiz sobre o lança-mento do CD da Cristina(Buarque) e Terreiro Grande.Naquele momento pensa-mos que seria legal fazer umsamba ali em Paquetá", contaÁurea Alves.

O samba começou em2009 na calçada do Bar TiaLeleta (Bar do Zarurou doPaulão), mas cresceu e mu-dou para o Iate Clube. "So-mos duas produtoras que

gostam de samba e, por isso,tocamos o projeto sem al-mejar retorno financeiro",afirma Régia Macêdo. (GA)

SeRviçoDia: Todo terceiro domingodo mês/ Horário: 14 horas(barcas saindo da Praça XVàs 11h30, 13h e 14h30)Local: Paquetá Iate Clube,Praia das Gaivotas, PaquetáPreço: Gratuito

O mar sempre inspirousambistas de todas as épo-cas. E é num cenário quetem o mar como pano defundo que, todo o terceirodomingo do mês, acontecea Roda de Samba em Pa-quetá. Conduzida pelo gru-po Jequitibá do Samba, aroda leva centenas de pes-soas ao Paquetá Iate Clube,situado na ilha com fama deser um refúgio do carioca.

Divulgado no boca-a-bo -ca e principalmente nas re-des sociais pelas produtorasmusicais Áurea Alves e Ré-gia Macêdo, organizadorase idealizadoras do Sambaem Paquetá, o evento co-meça na viagem de barcaque custa de R$ 3,10 (bi-lhete único) a R$ 4,50 (pas-sagem avulsa) e sai da PraçaXV com destino à ilha. Oideal, afirmam as organiza-doras, é pegar a barca de11h30, pois a patuscada co-meça às 14h em Paquetá,

mas também há balsas sain-do às 13h e às 14h30.

O passeio de pouco maisde uma hora pelo mar daBaía de Guanabara é umalento para os olhos. Na pai-sagem, Rio de Janeiro, Nite-rói e um conjunto de belasilhotas ao longo do percurso.Já no desembarque, vê-se ocenário bucólico de casasbaixas com quintais espa-

çosos e arborizados, praçacom igreja, além de e adultose crianças passeando de bi-cicleta e carruagem.

A apresentação, sem so-norização - acústica -, é nabeira do mar, como os ver-sos da canção de Paulo Cé-sar Pinheiro, compositorunanimidade entre os sam-bistas do Jequitibá do Sam-ba: "Tem palma na beira da

praia/Samba de roda nabeira do mar".

Para os músicos do grupo,tocar na ilha é inspirador."Muita gente canta Paquetá",aponta o violonista Iuri Bi-ttar. "É um momento de en-contro entre amigos que temem comum o gosto pelosamba e que imprimem suasinfluências naquilo que to-camos", completa.

No repertório, sambas decompositores das escolasmais tradicionais comoMangueira, Portela, Sal-gueiro e Vila Isabel, mas háespaço para composiçõesda nova safra, que surgemà margem do monopóliodas grandes gravadoras."Não tocamos apenas ossambas mais antigos. Temmuita gente escrevendosamba atualmente", pon-dera o percussionista An-derson Balbueno.

O Jequitibá do Samba éformado pelos músicos Ro-naldo Gonçalves (Cavaqui-nho e voz), Leonardo Pereira(Cavaquinho e voz), JoãoCamarero (Violão 7 cordase voz), Iuri Bittar (Violão 6cordas e voz), Julião RabelloPinheiro (Percussão e voz),João Gabriel Menezes (Ca-vaco e voz), Anderson Bal-bueno (Percussão e voz), Je-ferson Scott (Percussão evoz), Marcos Tadeu (Percus-são e voz), Magno Julio (Per-cussão), Bidu Campeche(Percussão) e Leo Careca(Percussão e voz).

Rio de Janeiro, 27 de março a 2 de abril de 2014 cultura | 11

Samba acontece em ilha com fama de refúgio para os cariocas

Pedro Verissimo

do Rio de Janeiro (RJ)

Músicos cantam o mar em Roda de Samba de PaquetáPATUSCADA Grupo Jequitibá do Samba conduz roda que acontece uma vez por mês

Gabriel�Araújodo Rio de Janeiro (RJ)

História cultural de Paquetá tem choro e samba NATIVO O músico Anacleto Medeiros, um dos principais representantes do Choro, nasceu e foi criado em Paquetá

Page 12: Brasil de Fato RJ - 044

Rio de Janeiro, 27 de março a 2 de abril de 2014 12 | variedades

A semana estará atribulada e comtendências a conflitos, mas isso seráamenizado nos dias posteriores. Emcontrapartida, o sucesso profissionalestá em evidência, podendo lhe ren-der uma boa projeção na carreira.

Você sentirá necessidade de se expres-sar melhor e mais claramente. O mo-mento é bom para acertar pendênciasde relacionamentos e evitar que issotome grandes proporções. A atividadecom crianças também é favorecida.

Possíveis desentedimentos estão porvir, evite discussões desnecessárias,principalmente com seu par amo-roso. Energia em alta no trabalho,você sente agora a necessidade deestudar e se atualizar, aproveite.

Seu poder regenerativo e transforma-dor pode ser utilizado beneficamentepara animar e neutralizar os ambien-tes e as energias das pessoas. Alémdisso, a saúde está fortalecida, o quereforça seu ânimo e força positiva.

Estará sincero e direto nas palavras eestá propenso a dar opiniões bem fir-mes. As atividades intelectuais são fa-vorecidas. Poderá conhecer pessoasde culturas diferentes e essa mu-dança de círculo social lhe fará bem.

Estará mais prudente e calculista estasemana. Seus planejamentos sãoacompanhados da sensibilidade e dalógica, que farão um bom trabalhojuntas. Qualquer tipo de atividade in-telectual está favorecida, aproveite.

Ótimo momento profissional, poderáreceber promoções ou até mesmomudar para um emprego muito me-lhor, que lhe dê mais satisfação e quali-dade de vida. Bom momento tambémpara realizar atividades culturais.

Há a necessidade de exercitar o bomhumor e de agir com mais leveza.Cuidado com a seriedade excessiva,pois ela pode impedi-lo de se conec-tar a pessoas e oportunidades quelhe fariam um bem enorme.

Cuidado com as emoções, pois agoraelas estarão mais intensas e podemlhe confundir. Há, por outro lado, umagrande força de regeneração e trans-formação, que lhe ajuda a recuperar oequilíbrio e iniciar uma nova fase.

Poder de atração em alta! Poderá re-ceber muitos olhares, pedidos de na-moro ou, no mínimo, ser solicitadoem diversos eventos. Equilibre seugosto pelo coletivo com a necessi-dade de solidão e de espaço próprio.

Exercite o foco e a consistência paraatingir resultados nesta fase, sejam elesquais forem. Sua aparência pessoalchama a atenção de forma benéfica,use esta vantagem para projetar-se efirmar contatos produtivos.

Há muita sensibilidade, o que ajuda olado profissional. Mas cuidado com oemocional, pois tende a projetar suasaltas expectativas no outro e se desi-ludir muito quando enxerga as falhasque todo ser humano possui.

HORÓSCOPO

27/03 a 2/04 de 2014Keka Campos, astróloga [email protected]

Desde criança vemos no-vela, há 50 anos elas passamna TV. O cardápio de histó-rias é vasto: as infantis, asde amor, as mexicanas (euadoro!), as de época. Écomo�a�vida�das�pessoas,diversa.

Um tema comum é a in-teração dos diferentes grupossociais. Nas românticas, amocinha pobre e o mocinhorico se apaixonam. Tem tam-bém as histórias da relaçãodo patrão e do empregadoque mostra cenas de domi-nação e humilhação.

O que está em jogo nessesfolhetins vai desde a�repro-

dução�–�ou�fortalecimento-�das�relações�de�poder�nasociedade. Só de vez emquando acontece um esforçomínimo de desconstruçãode algumas ideologias.

As novelas nos envolvemcom seus personagens e suasvidas. Ver novela distrai, masnão podemos entrar nomundo da fantasia. A�novelaé� um� produto� que� custacaro�e�gera�dinheiro�e�issonão�pode�ser�esquecido.

Bem ou mal, as novelaslevam ao ao sofá pautas edebates sociais. Por isso, apartir dessa edição, falare-mos delas toda semana.

Vale a pena falar de novela? NOVELA | Por Joaquim Vela

• Reprodução

Page 13: Brasil de Fato RJ - 044

Nossa Constituição trazcomo direito social a pro-teção à maternidade. Ini-cialmente, o salário-mater-nidade era uma forma deproteção do trabalho femi-nino, mas atualmente éuma forma de igualdade detratamento entre homem emulher. Objetiva substituira remuneração da seguradadurante o período de licen-ça-maternidade.

Assim, é direito das tra-balhadoras urbanas e ru-rais à licença na gestação,com duração de 120 dias,tendo início entre 28 diasantes até o parto. Terão di-reito a segurada emprega-da doméstica, a trabalha-dora avulsa, a segurada es-pecial, a contribuinte in-dividual e a facultativa. Asempregadas domésticas eas trabalhadoras avulsasestão dispensadas do cum-primento de carência paraobtenção do benefício.

Para a contribuinte in-dividual, especial e facul-

tativa, a carência é de 10contribuições mensais. Omesmo direito foi garan-tido para a mãe adotiva.O pagamento do salário-maternidade é responsa-bilidade do INSS, retirandodo empregador essa obri-gação para eliminar qual-quer discriminação entrehomens e mulheres nomomento da contratação.

A Lei 11.770/2008 insti-tuiu o Programa EmpresaCidadã, que eleva o perío-do de licença para 180 dias,mediantes incentivos fis-cais às empresas. A pror-rogação será garantida àempregada daquelas com-panhias que aderirem aoprograma. Contudo, pou-cas foram as que aderiram.Em regra, o benefício épago com base na remu-neração integral. Mesmoestando desempregada, semantida a qualidade desegurada, a grávida temdireito ao benefício do sa-lário-maternidade.

Para os dias de calor e depreguiça, nada melhor doque uma salada de macarrão.Há uma infinidade de com-binações possíveis para esteprato. Nesta semana, ensi-

naremos uma das possibili-dade. Mas nada melhor doque se soltar e criar a suaprópria receita. Além dos in-gredientes que vamos indi-car, você pode incrementar

seu macarrão com: ceboli-nha, salsinha, azeitonas,queijo, milho, frango desfia-do, entre outros. Depois nosescrevam para contar se oresultado ficou bom!

Salada de macarrão

A tuberculose é facil-mente diagnosticada etem cura em todos os ca-sos tratados. Entretanto,por ter sintomas seme-lhantes ao de uma gripe,muitos deixam de procu-rar um médico.

A tuberculose tem co -mo causa uma bactéria(Bacilo de Koch) e é trans-mitida por gotículas de sa-liva e secreções eliminadasna tosse. Porém, a tossedura mais de três semanase a febre ocorre todos osdias. O apetite fica dimi-nuído, com perda de vá-rios quilos.

A tuberculose é umadoença que se desenvolve

lentamente. Caso o indi-víduo não seja tratado, adoença pode ser fatal.Apesar de longo, o trata-mento é eficaz, 100% gra-

tuito e ofertado pelo SUS.Contribua sendo um agen-te multiplicador no com-bate à doença e divulgueessas informações.

250 gramas de macarrãoparafuso;3 colheres de sopa de maionese;½ lata de ervilha;1 cenoura ralada;150 gramas de presunto em cubo;4 palmitos picados;Sal, orégano e pimento do reino a gostoAzeite a gosto para regar

Modo de preparo

é gripe ou tuberculose, doutor?

Rio de Janeiro, 27 de março a 2 de abril de 2014 variedades | 13

NOSSOS DIREITOS | Por Ana Isabel Vignati/Advogada

“NOSSA SAÚDE” | Por Flávio Arcangelis/Médico da Atenção Primária

BOA E BARATA | Por Fernanda Jatobá

Conheça os direitos das trabalhadoras grávidas

Dúvidas sobre direitos? Encaminhe e-mail para [email protected]

Ingredientes

SindiGraf-PE

Rep

rodu

ção

Cozinhe o macarrão (co-loque sal na água). Escor-ra, jogue um fio de azeitee deixe esfriar. Em umatravessa grande, misture

o presunto picado, a ce-noura ralada, o palmito ea ervilha. Junte o macar-rão e vá acrescentando amaionese a gosto. Dê al-

gumas pitadinhas de sal,orégano e pimenta do rei-no e deixe na geladeira,por pelo menos duas ho-ras e sirva.

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Tente pensar, ainda queseja por um instante, o quesignifica fazer um jornal diárioclandestino. Quer dizer im-primi-lo às escondidas e es-capar apenas quando chegaa polícia. Procurar outra ti-pografia, porque aquela deontem foi destruída. E quandonão aguenta mais, quandonão é possível continuar, vocêvai a Paris para escrever eimprimir esse bendito jornal.

Mas a coisa não acaba aí,porque depois é necessáriotrazê-lo de volta à Itália paradivulgá-lo e distribuí-lo. Ecomo se difunde e se distri-bui um jornal vetado por or-dem do chefe de polícia? Nãona banca de jornal, claro.Deve misturar-se aos operá-rios que entram na  fábrica,

na mudança de turno, na es-quina, nas ruas esperandoque ninguém te veja, indode casa em casa. Isto foi ol'Unità por 18 anos, de 1927até 1945: um clandestino.

Detrás das histórias e no-tícias que publicou, há a his-tória e a vida daqueles quefizeram L'Unità, dia após dia:jornalistas, tipógrafos, dis-tribuidores. São pouquíssi-mos os jornais que alcança-ram um milhão de exempla-res, como acontecia co oL’Unità nos domingos degrande difusão, ou nos diasde manifestação.

O L’Unitá faz noventa anosporque poucos foram tãoinovadores no mundo da edi-ção. Primeiro jornal a fazeruma página diária de ciên-

cias, o primeiro a ter umapágina dedicada ao MundoGay e aos direitos da comu-nidade homossexual, umapágina "das" religiões. O pri-meiro a revolucionar o mar-keting nas bancas com filmesem VHS, álbuns de figurinhae livros de história. E, ainda,o primeiro a ter um site naInternet e a ir ao Facebook.

Sim, L'Unità faz 90 anos esão poucos jornais que po-dem orgulhar-se de idade si-milar, mas nenhum, nenhum,pode contar uma históriacomo esta. Feliz Aniversário!

Este texto é um trecho do editorial da

publicação fundada porAntonio Gramsci

Rio de Janeiro, 27 de março a 2 de abril de 2014 14 | opinião

A Globo e demais emis-soras jogaram pesado dianteda prisão do diretor da Pe-trobras, Paulo Roberto Costa.A denúncia da venda da re-finaria de Pasadena, nosEUA, foi feita pelo represen-tante dos trabalhadores noConselho de Administração(CA) da Petrobras, Sílvio Si-nedino, há mais de um ano.Na época, pouco interessedespertou. Agora as  grandesemissoras de TV se mobili-zaram, movidas por dois in-teresses: manchar a imagemda Petrobras e bater no go-verno Dilma. 

A grande mídia não quero PT no poder. Deixou paramais perto do período elei-toral a divulgação do escân-dalo de Pasadena. Dias de-pois, o Ibope soltaria umapesquisa. Criou-se a expec-tativa de que a presidentaDilma perderia pontos na in-tenção de voto. Mas a pes-quisa frustrou os comenta-ristas de plantão. 

Quanto à denúncia de Pa-sadena, nada de alarmante,considerando o tamanho daPetrobras. O problema dosdonos da mídia é não acei-tarem Petrobras como ges-tora do pré-sal, a maior des-coberta recente de petróleono planeta. Da mesma formaque os EUA não aceitam queNicolas Maduro, presidenteeleito da Venezuela, à frentedos negócios da PDVSA. 

A Venezuela possui amaior reserva de petróleo doplaneta, ultrapassando a Ará-bia Saudita. A Petrobras fi-nancia mais da metade dasobras do PAC (Programa deAceleração da Economia).Além disso, financia vários

programas sociais. Que em-presa privada chega pertodisso? Mais de 80% do fatu-ramento da Petrobras são in-vestidos no país, enquantoas privadas remetem todo oseu lucro para o exterior.

A Petrobras responde por10% do PIB. A presidente daPetrobras, amiga de Dilma,Maria das Graças Foster, an-tes de tomar posse na Petro-

bras, foi denunciada pela mí-dia por favorecer os negóciosdo marido, que teria 42 con-tratos com a Petrobras, sendo20 sem licitação. Mas, comoela serve fielmente ao capitalinternacional, ao invés dedenunciá-la a grande mídiaprefere premiá-la. 

Se depender dos EUA,Nicolas Maduro tem queser deposto. Já o sonho daGlobo e demais emissoras,porta-vozes dos mesmos in-teresses, é ver a Petrobrasprivatizada.   

Emanuel Cancellaé coordenador da Federa-

ção Nacional dos Petroleiros(FNP) e do Sindipetro-RJ

emanuel Cancella

Latuff

Pasadena uma denúnciarequentada

Homenagem

Jornal L'Unità: noventaanos de história

“Mais de 80%do faturamento da Petrobrassão investidos no país, enquanto privadasremetem lucro para exterior________________

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Sábado 29/03

xFlamengo Cabofriense

18h30 | Maracanã

Domingo 30/03

xFluminense Vasco

16h | Maracanã

­­­

Wand e Sonnen

Confirmado para31 de maio, em SãoPaulo, o combate en-tre Wanderlei Silva eChael Sonnen, na ter-ceira passagem doUFC pela capital pau-lista. O local escolhi-do foi o Ginásio do

Ibirapuera, que tam-bém receberá as fi-nais do reality showque ambos estão pro-tagonizando.

Mico no circoPor causa do GP da

Malásia de F-1, maisde 30 parentes das ví-timas do vôo MH370,da Malaysia Airlines,tiveram que deixarseus quartos de hotele se realocar na cida-de, segundo a im-prensa europeia.

Mudança de foco

Ainda em êxtasepelo título da Liga dasAméricas, o time debasquete do Flamen-go volta à rotina detreinos para defendera liderança na fase declassificação do NBB.Na próxima terça(01/04), vai a Mogi dasCruzes (SP) para en-frentar o time da casa.

Rio de Janeiro, 27 de março a 2 de abril de 2014 esporte | 15

Para Conmebol, atraso émais grave que racismo

opinião | Bruno Porpetta

A taça derretidaNossos dirigentes do fu-

tebol tem um largo histó-rico em patacoadas e abo-brinhas, desde o tem po emque a bola tinha cadarço.

Saiu de dentro da sededa antiga CBD a taça Ju-les Rimet, símbolo denos so tricampeonato, pa -ra as mãos de um ladrãoque a derreteu. Esta his-tória, embora oficial, nun -ca convenceu nem a umanão de jardim. Contadapor nossos dirigentes, tal-vez nem o próprio ladrãoacreditasse.

Desta vez, derreteram aTaça Guanabara! Em ou-tros tempos, a pose dotime para a foto com a taçaera motivo de orgulho, desacanagem com o torcedoradversário. Hoje, nem isso.

O Flamengo, que con-quistou a dita cuja no jogocontra o Botafogo, a le-vantou-a na última ro-dada, contra a Cabo-

friense. Esta “festa” diantede pouco mais de 4 milpessoas conseguiu derru-bar até a temperatura noRio, de tão chocha. Dirãoos otimistas: “Mais de 10vezes o público da quarta-feira de cinzas!”.

O time caminhandocom a taça, naquilo quedeveria ser uma voltaolímpica, parecia o cortejode um cadáver. E talvez oseja mesmo.

No dia que o futebolbrasileiro reverenciavaàquele que, pela primeiravez, ergueu a taça aosolhos de todo o mundo, osdirigentes do futebol ca-rioca derretiam a TaçaGuanabara, aos olhos dequase ninguém.

Bellini, assim, foi trans-formado em mero pontode encontro de torcedoresna porta do Maracanã. Eanda tão fácil encontrar al-guém no Bellini...

Carioca | Semifinal

BINÓCULO

Proposta de Paes éuma “jogada política”,diz especialista

Massa temechuva na Malásia

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A Conmebol (Confede-ração Sul-americana de Fu-tebol) anunciou a puniçãoao Real Garcilaso (PER)por atos racistas de sua tor-cida, no jogo em que rece-beu o Cruzeiro, em Huan-cayo, dia 12 de fevereiro.

O clube peruano foi pu-nido com multa de R$ 12mil e a Conmebol divulgounota sobre sua decisão,onde “reitera seu compro-misso de combater qual-quer forma de discrimina-ção e atos racistas em suascompetições”. Em caso de

reincidência, o estádio doclube será interditado.

Em 2013, a Conmebolpuniu um atraso de trêsminutos dos paraguaiosdo Cerro Porteño commulta de R$ 14 mil, valorsuperior à multa aplicadaao Real Garcilaso, por oca-sião do caso Tinga.

As ofensas racistas con-tra Tinga provocarammuitas reações. Dentreelas, dos Presidentes Ollan-ta Humala, do Peru e Dil-ma Rousseff, do Brasil,que repudiaram com vee-mência os atos racistas epediram punições à Con-mebol. (BP)

da Redação

Ofensas racistas contra Tinga provocaram muitas reações

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Felipe Massa, após sertirado do GP da Austráliade Fórmula 1 por KamuiKobayashi, quem bateu natraseira do carro do brasi-leiro, tem mais um motivopara se preocupar: a chuva.

O carro da Williams nãofoi bem na chuva, duranteos treinos para o GP de es-treia e a previsão do tempoindica que existem 60% dechances para que haja chu-va no treino que define ogrid e na corrida.

Segundo o piloto, parao Globoesporte.com, “faltacarga aerodinâmica na par-te traseira do carro”. (BP)

• •

A mudança do Centro deMídia dos Jogos Olímpicosda Zona Portuária para Cu-ricica, proposta pelo PrefeitoEduardo Paes (PMDB) é,para o professor OrlandoJúnior, do IPPUR-UFRJ e doObservatório das Metrópo-les, uma “jogada política”.

Para Orlando, “já que oPorto Maravilha já estáconsolidado, ele transfere(o Centro de Mídia) paraCuricica, buscando garantiro projeto de especulaçãoimobiliária na Barra e Ja-carepaguá”.

Segundo Paes, que exe-

cutou obras de revitalizaçãona região portuária pelanecessidade de acomodarlá o Centro de Mídia, a mu-dança para Curicica podeeconomizar entre 80 e 100milhões de reais no custodo evento. Ainda definiu obairro da Zona Oeste da ci-dade como “não exatamen-te um lugar de especulaçãoimobiliária”.

As obras do Porto deter-minaram a derrubada doelevado da Perimetral e asrecentes mudanças notrânsito do centro do Riode Janeiro.(BP)

JOGOS OLÍMPICOS

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No Maracanã, a Cabofrien-se recebeu o Flamengo nestaquarta-feira (26), pelas semi-finais do Campeonato Carioca.Diante de 3.625 pagantes, o Fla-mengo venceu por larga van-tagem e praticamente se ga-rantiu na final da competição.

O primeiro tempo foi mor-no, apesar do gol rubro-negroe uma bola na trave de cadaequipe. A Cabofriense jogavamais atrás, esperando o Fla-mengo dar espaços para ocontra-ataque. A diferençafoi a capacidade de finaliza-ção das equipes.

Enquanto o time de CaboFrio desperdiçava chances,o Flamengo abria o placarapós conclusão de Everton,aos 17 minutos, após bola natrave de Hernane.

No intervalo, João Paulo deulugar a Lucas Mugni no Fla-

mengo. Desta forma, orubro-negro partiu paracima da Cabofriense elogo conseguiu ampliar.

Em boa troca de passes,Paulinho saiu na cara dogol para bater firme e ven-cer o goleiro Cetin, aos 5minutos da etapa final.

O Flamengo assumiuo controle do jogo, masHernane não estava emnoite inspirada. Apóspedidos da torcida, foisubstituído por Alec-sandro que, no primeirotoque na bola, desvioude cabeça para o fundodo gol, aos 28.

Daí em diante, foi sótocar a bola para segurar oplacar e a grande vantagemque deixa o Flamengo muitoperto da final do Carioca.

Para a Cabofriense, será ne-cessário vencer no sábado (29),também no Maracanã, porquatro ou mais gols de dife-rença para ir à final.

Flamengo vence a primeirae amplia vantagem

Rio de Janeiro, 27 de março a 2 de abril de 2014 16 | esporte

CARIOCA Flamengo faz 3 a 0 na Cabofriense e põe um pé na final

•�o�BoTAFoGo pre-tende processar a Pre-feitura do Rio pelotempo de fechamentodo Engenhão, segundoinformação do blog dojornalista Paulo Viní-cius Coelho. Ainda se-gundo o blog, a Ode-brecht (empreiteiraque realiza a reformano estádio) teria pro-metido a entrega paranovembro deste ano. OEngenhão completou,nesta semana, 1 ano fe-chado.

•�NA�SÉRie�B do Ca-rioca, começam nestefinal de semana as se-mifinais da Taça SantosDumont (primeiro tur-no da competição). Nosábado (29), o BarraMansa recebe a Portu-guesa, em Barra Man-sa, enquanto o Améri-ca enfrenta o Olaria,em Edson Passos. Osjogos começam às 14he serão transmitidospelo site FutRio.net.

•�o�FLAMeNGo tentana justiça penhorar asrendas de jogos doGrêmio. Isto porque orubro-negro já teve re-conhecida pelo STFuma dívida do clubegaúcho referente à ne-gociação de RodrigoMendes. O Flamengocalcula que a dívida,em valores atuais, che-ga a R$ 12 milhões.

•�NA�oNDA�DA�CoPA,o Flamengo lançouuma camiseta listradaem verde e amarelocom a inscrição “OBrasil é Flamengo”.

•�NeYMAR marcoudois gols na vitória por3 a 0 contra o Celta deVigo, pelo CampeonatoEspanhol. O outro golfoi de Messi e a notatriste do jogo foi a lesãono joelho que deve ti-rar o goleiro do Barça eda seleção espanhola,Victor Valdés, por seismeses, dos gramados.

TOQUES CURTOS

Bruno�Porpettado Rio de Janeiro (RJ)

FICHA TéCNICA

0 X 3Cabofriense Flamengo

Quarta-feira 26/03 |22h | Maracanã

A Supervia – concessionáriaque opera os trens no Rio deJaneiro – anunciou que dispo-nibilizará 6 mil vagas nos trens,após o clássico entre Vasco eFluminense nesta quinta-feira(27), às 21h, no Maracanã.

O número é 50% superior àcapacidade usual dos trens apósos jogos noturnos, durante asemana, no estádio. A conces-sionária costuma disponibilizar4 mil vagas para o retorno dostorcedores às suas casas.

Vasco e Fluminense dispu-tam a primeira partida das se-mifinais do Campeonato Ca-rioca. Por ter garantido a se-gunda colocação na Taça Gua-nabara, o Fluminense tem avantagem de dois empates. Nocaso de cada time conseguiruma vitória pelo mesma dife-rença de gols, o confronto serádecidido nos pênaltis.

Até esta quarta-feira (26),apenas 4.487 ingressos foramvendidos para o clássico. Nodia do jogo, os pontos de vendaestarão funcionando das 10hàs 17h. (BP)

da Redação

Supervia anuncia mais vagasnos trens para clássicoCARIOCA Vasco e Fluminense jogam nestaquinta-feira (27), no Maracanã

edilson Capetinhaé preso

O ex-jogador Edilson,o Capetinha, foi presona manhã desta quar-ta-feira (26), em Salva-dor, pelo não pagamentode pensão alimentícia.A ordem de prisão foiexpedida em dezembroe, após várias tentativasda polícia de encontrá-lo, o ex-jogador não re-sistiu à prisão.

Edilson jogou peloFlamengo (2000-2004),marcando um dos gols

da histórica final do Ca-riocade 2001, em que orubro-negro venceu oVasco por 3 a 1 e se sa-grou tricampeão com umgol de Petkovic aos 43minutos do 2º tempo.

Além do Flamengo, oCapetinha defendeu Pal-meiras, Corinthians, Vi-tória, Bahia e Vasco daGama, e participou dopentacampeonato mun-dial com a seleção bra-sileira, em 2002. (BP)

PENSÃO Ex-jogador teve prisão decretadapela 9ª Vara Familiar de Salvador (BA)

Alexandre Vidal/FlaImagem

Everton marcou o primeiro na vitória por 3 a 0 sobre a Cabofriense

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