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CÂMARA DOS DEPUTADOS
LIDERANÇA DO PARTIDO POPULAR SOCIALISTA – PPS
E S T U D O
FRENTES PARLAMENTARES FRENTE PARLAMENTAR DA DEFESA NACIONAL
Assessores: Elaine Faria e Seme Fares.
Sumário
1. Considerações iniciais ...........................................................................................pág. 12. As Forças Armadas nas Constituições Brasileiras ...............................................pág. 32.1 As Constituições .....................................................................................................pág. 52.2 Conclusão sobre as Forças Armadas nas Constituições Brasileiras ..................pág. 17Anexo I - Listagem das Frentes Parlamentares em funcionamento ............................pág. 18Anexo II - Ato da Mesa n.º 69, de 10/11/2005 .............................................................pág. 21Anexo III - Legislação - Forças Armadas – 2008 .......................................................pág. 22
1. Considerações iniciais.
Inicialmente, as Frentes Parlamentares não estão previstas no
Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Ainda assim, suas funções são
regulamentadas pelo Ato da Mesa n.º 69, de 2005, que estabelece que toda
Frente tem um representante oficial, deve ter pelo menos 1/3 dos integrantes
da Casa e não deve implicar contratação de pessoal nem fornecimento de
passagens aéreas. Ademais, o regulamento estabelecido pela Mesa garante que
as atividades das Frentes Parlamentares serão amplamente divulgadas pela TV
1
Câmara, Rádio Câmara, Jornal da Câmara e na página da Câmara dos
Deputados na Internet.
Na história do Legislativo brasileiro, as primeiras ocorrências de uma
Frente Parlamentar datam do ano de 1945. Seus objetivos, por certo,
permaneceram inalterados por todos esses anos, qual seja, a
institucionalização de uma estratégia de ação coletiva no Congresso, destinada
a organizar formas alternativas – além dos partidos políticos e dos grupos de
pressão da sociedade civil - de participação no processo decisório legislativo.
Desse modo, no mais das vezes, as Frentes visam unir forças - de
congressistas – em torno de um tema de interesse comum e, via de regra, de
forma suprapartidária. Os temas que dão ensejo às Frentes englobam
interesses de toda a nação brasileira e criam a rara possibilidade de
mobilização parlamentar com vistas ao aprimoramento legislativo ou à adoção
de políticas específicas a uma dada área. Enfim, as Frentes Parlamentares
constituem excelentes fóruns de articulação política e fomentadores de
melhores e mais rápidas decisões em sua área de atuação.
Apenas nesta 53ª Legislatura, existem 70 Frentes Parlamentares em
funcionamento na Casa, incluindo esta destinada a agrupar parlamentares com
interesse especial na área da Defesa Nacional. Cabe lembrar que cada Frente
deverá ser reinstalada em toda nova legislatura, uma vez que alguns
parlamentares que aderiram anteriormente não conseguem se reeleger,
impactando no número mínimo de membros exigidos para a criação de uma
Frente.
Há também uma outra Frente Parlamentar com função semelhante,
ainda que bastante mais específica, a esta de Defesa Nacional, a de “Apoio às
Forças Armadas na Amazônia”, sob coordenação do Deputado Edio Lopes.
2
2. As Forças Armadas nas Constituições Brasileiras
As Forças Armadas sempre estiveram associadas à defesa territorial
do Estado, na garantia da soberania, e como garantidoras da independência
das nações, porém, no começo do século XXI, verifica-se uma tendência em
alterar seu papel institucional histórico.
Para Bobbio1 as Forças Armadas constituem o complexo das unidades
e serviços militares do Estado: o seu núcleo territorial e central é formado pelo
Exército, Marinha e Aeronáutica.
Na visão dele, as Forças Armadas destinam-se basicamente à defesa da
pátria, porém, segundo ele, esta defesa pode ter as seguintes interpretações: I-
defesa de uma agressão externa ao território, do espaço aéreo e às águas
territoriais nacionais; II- defesa das instituições que garantem o
funcionamento e a via democrática do Estado: o Parlamento. O Governo.
As Forças Armadas estão igualmente chamadas a defender o Estado
em questões internas, que tenham por objetivo a destruição e ruína dos sistema
políticos e administrativos; III – concerne a salva-guarda da ordem pública e
da estabilidade interna, incluindo nisso apoio às calamidades materiais para
tarefa de socorro e proteção da zona sinistrada, em colaboração com as forças
de polícia e defesa da ordem social e econômica vigente, como instrumento de
regulação interna dos conflitos e tensões econômicas e sociais do país.
As Forças Armadas Nacionais passaram a existir na Proclamação da
Independência, mas seu processo histórico é bem anterior, tendo suas raízes
1 BOBBIO, Norberto. Dicionário de Política. 4ed. Brasilia: Universidade de Brasília. 1992.
3
no período colonial, nas lutas contra as invasões estranngeiras e no espírito
das grandes navegações.
O Exército brasileiro considera que o sentimento de nacionalidade
nasceu nas lutas contra os holandeses durante a ocupação de Pernambuco no
período de 1639 a 1654.
O processo histórico de formação da Marinha do Brasil é diverso. Dos
portugueses herdamos a paixão pelo mar. O gosto pelas grandes navegações.
A Escola de Sagres, no século XIV, permitiu aos portugueses delinear a visão
estratégica do seu destino na descoberta do caminho marítimo. Nos primeiros
dias da independência D. Pedro I e José Bonifácio visualizaram que, sem uma
Marinha, o Brasil jamais conseguiria marter a integridade territorial e a
separação política de Portugal.
Após a Proclamação da república, as Forças Armadas passam a ter
uma participação maior na vida pública nacional.
Segundo Robert Hayes2 sobre a participação das Forças Armadas na
vida política nacional, no período de 1889 a 1930 procuram influenciar o
cenário político e econômico nacional; entre 1930 e 1946 apóiam Getúlio
Vargas ba condução dos destinos do País; entre 1846 a 1964 procuram
direcionar o processo democrático, dentro da visão condicionada pela
Doutrina da Guerra Fria; e no período de 1964 a 1985, buscam por meio de
governos militares melhorar a situação sócio-econômica baseado na crença de
uma planejamento centralizado e administração técnico-burocratizada.
2 HAYES, Robert. Nação Armada: a mística militar brasileira.Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército. 1991.
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2.1. As Constituições:
Constituição de 1824
A Constituição serviu para dar estabilidade à jovem nação, permitindo
que atravessasse as crises internas, ocorridas entre 1824a 1848, decorrentes de
intermináveis revoltas, rebeliões e insureições e fossem também enfrentadas
as lutas externas como na Bacia do Prata e Guerra da Tríplice Aliança.
No Capítulo II do Poder Executivo é dito no art. 102:
“ Art. 102 O Imperador é o Chefe do Poder Executivo, e o exercita
pelos seus ministros de Estado.
São suas principais atribuições:..........................................................................................................V- Nomear os Comandantes da Força de Terra e Mar e removê-los, quando assim o pedir o serviço da Nação............................................................................................................IX – Declarar a guerra e fazer a paz, participando à Assembléia as comunicações que forem compatíveis com os interesses e segurança do Estado.”
No Capítulo VIII – Da Força Militar, nos art. 145 a 150 é dito que
todos os brasileiros são obrigados a pegar em armas, para sustentar a
Independência e interidade do Império, e defendê-lo dos seus inimigos
externos ou internos. No art. 147 é especificada a Força Militar:
“ A Força Militar é essencialmente obediente; jamais se poderá reunir, sem que lhe seja ordenado pela autoridade legítima”.
Constituição de 1891
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A Constituição foi constituída por 205 deputados, sendo que desses 43
eram militares. Nenhum assunto conforme Aliomar Balleiro3 que afetasse de
perto questões militares foi francamente debatido na tribuna.
A Constituição que vigorou durante 40 anos, produziu relativa
estabilidade política, tem como mérito ter mantido a unidade territorial,
evitando desta forma ditaduas, comuns na América Latina.
Na Seção II – Declaração de Direitos no art. 76 trata a Carta dos
oficiais do Exército e da Armada é dito que só perderão suas patentes por
condenação em mais de dois anos de prisão, passada em julgamento nos
tribunais competentes.
O art. 77 trata do Foro especial nos delitos militares, onde o Supremo
Tribunal Militar é quem julgará os militares.Conservou o Tribunal Militar
fundado em 1808, pelo Príncipe Regente. Mas a Constituição de 1891
regulou-o fora do Capítulo do Judiciário, pondo-o entre as Disposições Gerais,
no referido artigo como órgão com funções jurisdicionais, para a garantia dos
militares.
O art. 87 trata do Exército Federal:
“ O Exército Federal compor-se-á de contingentes que os Estados e o Distrito Federal são obrigados a fornecer, constituídos de conformidade com a lei ânua de fixação de forças.§ 1º Uma lei federal determinará a organização geral do Exército, de acordo com o nº 18 do art. 34;§ 2º A União se encarregará da instrução militar dos corpos e armas e da instrução militar superior.§ 3º Fica abolido o recrutamento militar forçado.
Constituição de 1934
3 BALEEIRO, Aliomar. Constituições Brasileiras: 1891. Brasília: Senado Federal/MCT. 1999.
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O anteprojeto da Constituição foi elaborado pela Comissão do
Itamaraty, que era responsável pela elaboração do documento de estudo.
Segundo Ronaldo Poletti4, o tema da defesa nacional surge na
discussão do processo constituinte e a Constituição de 34 trata pela primeira
vez do assunto , através do Título VI, arts. 159 e subsequentes.
As questões ligadas a área das forças armadas seriam estudadas e
coordenadas pelo Conselho Superior de Segurança Nacional que seria
presidido pelo Presidente da República e pelos Ministros de Estado, bem
como pelos chefes do Estado-Maior do Exército e da Armada ( art. 159).
A definição clássica de Forças Armadas é expressa no art. 162:
“ Art 162 - As forças armadas são instituições nacionais permanentes, e, dentro da lei, essencialmente obedientes aos seus superiores hierárquicos. Destinam-se a defender a Pátria e garantir os Poderes constitucionais, e, ordem e a lei.”
Nesta Constituição, as políticas militares estaduais passam a ser
consideradas reservas do Exército:
“ Art. 167 - As polícias militares são consideradas reservas do Exército, e gozarão das mesmas vantagens a este atribuídas, quando mobilizadas ou a serviço da União. “
O art. 163 § 3º trata sobre o serviço militar, consta do artigo a
obrigatoriedade de todo brasileiro cumprir o serviço militar; jurar a Bandeira
Nacional, mas avança ao declarar que “ o serviço militar dos eclesiásticos
seria prestado sob forma de assistência espiritual e hospitalar às Forças
Armadas.
O Título VI , arts. 159 a 167 tratam -Da Segurança Nacional - é um
capítulo extenso e importante, segundo Poletti5 nele tudo, ou quase tudo, 4 POLETTI, Ronaldo.Constituições Brasileiras: 1934. Brasilia: Senado Federal/MCT. 1999.5 POLETTI, Ronaldo. Constituições Brasileiras: 1934. Brasilia: Senado Federal/MCT. 1999, p. 169-170.
7
acabou por se transformar em permanente em nossas Constituições. Todos as
questões relativas à segurança nacional serão estudadas e coordenadas pelo
Conselho Superior de Segurança Nacional e pelos órgãos especiais criados
para atender às necessidades da mobilização. O Presidente da República será
responsável pela direção política da guerra, sendo as operações militares da
competência e responsabilidade do Comando-em-Chefe do Exército ou dos
Exércitos em campanha e do das Forças Navais.
No art. 161 é dito:
“ O estado de guerra implicará a suspensão das garantias constitucionais que possam prejudicar direta ou indiretamente a segurança nacional.”
Constituição de 1937- A Polaca
Para dar caráter de constituição ao Golpe, Getúlio Vargas outorga a
Constituição de 37. O nascimento do Estado Novo caracterizou-se pelo
unitarismo e proeminência do Executivo. Durante o Estado Novo, o Brasil
participa da II Guerra Mundial com o envio aos campos de batalha da Itália de
Forças Expedicionária Brasileira e do Governo de Aviação de Caças, o
famoso Senta Pua, além da proteção ao tráfego marítimo feita Marinha do
Brasil.
Segundo Walter Costa Porto6 as matérias relativas aos militares,
segurança nacional e defesa do Estado são tratados nos arts. 160 a 173.
Nos arts. 161 e 162 é dito:
“ Art. 161 -As Forças Armadas são instituições nacionais permanentes, organizadas sobre a base da disciplona hierárquica e da fiel obediência à autoridade do Presidente da República.
6 COSTA PORTO, Walter. Constituições Brasileiras: 1937. Brasília: Senado Federal/MCT, 2001.
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Art. 162 - Todas as questões relativas à segurança nacional serão estudadas pelo Conselho de Segurança Nacional e pelos órgãos especiais criados para atender à emergência da mobilização”.
No art. 164 trata da obrigatoriedade ao serviço militar, no parágrafo
único é especificado que nenhum brasileiro exercerá função pública, uma vez
provado não haver cumprido as obrigações e os encargos que lhe incumbem
para a segurança nacional.
O art. 166 trata da Defesa do Estado, e a competência do Presidente da
República de declarar o estado de guerra.
Constituição de 1946
Essa Constituição trouxe mudanças sociais significativas do cenário
nacional. A Constituição vigorou durante 21 anos. De 1946 até o Golpe de
1964 o presidencialismo foi marcado por levantes militares e golpes de estado.
Na Seção IV – Dos Juízes e Tribunais Militares, arts. 106 a 108, a
escolha dos juízes, a inamovibilidade aos membros da Justiça Militar; os
crimes que cumpre a justiça militar julgar.
O Título VII – Das Forças Armadas, que abrange dos artigos 176 a
183, determina que as Forças Armadas são constituídas essencialmente pelo
Exército, Marinha e Aeronáutica, que são instituições nacionais permanentes,
organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema
do Presidente da República.
Define a competência das Forças Armadas, que segundo o texto
Constitucional é defender a Pátria e garantir os poderes constitucionais - a lei
e a ordem. Os problemas relativos à defesa do País, ficaram sob a
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responsabilidade do Conselho de Segurança Nacional e dos órgãos especiais
das Forças Armadas.
No art. 180 consta que as zonas indispensáveis à defesa do País, não
serão permitidas de serem estipuladas sem o prévio assentimento do Conselho
de Segurança Nacional, nas áreas relativas às concessões de terras, abertura de
vias de comunicação, instalação de meios de transmissão; construção de
pontes e estradas internacionais; estabelecimento ou exploração de indústrias
que interessem à segurança do País.
A obrigatoriedade do serviço militar é mantida, ficando as mulheres
isentas do mesmo. Entretanto no art. 181 § 4º é dito que: “ Para favorecer o
cumprimento das obrigações militares, são permitidos os tiros de guerra e
outros órgãos de formação de reservistas.
Nos artigos 182 e 183 são descritas as patentes, as vantagens, regalias
e prerrogativas inerentes dos militares, tratando também das polícias militares.
Constituição de 1967
A Constituição entrou em vigor durante o regime militar, só após a
edição do terceiro ato institucional é que os militares resolveram elaborar uma
nova Constituição que estivesse de acordo com o regime instaurado.
Segundo Aguiar7 “ a Constituição de 1967 instaura no Brasil,
juridicamente, a doutrina de segurança nacional como justificativa de sua
própria promulgação e como instrumento de responsabilização de todos os
cidadãos. Isso em termos legais, significa que todas as pessoas deveriam estar
7 AGUIAR, Roberto R. Os militares e a Constituinte; poder civil e poder militar na constituição. São Paulo:Alfa-Omega, 1986.
1
vigilantes contra os atentados à segurança nacional, ao mesmo tempo em que
todas elas poderiam ser responsabilizadas por sua ação ou omissão quanto a
esse aspecto. A segurança nacional, de uma nação que era criação do Estado e
com ele se confundia, tornou-se o valor maior”.
Com relação às Forças Armadas, Jânio Quadros tentou criar o
Ministério da Defesa, com predominância da concepção terrestre no campo
estratégico, provocando reações da Marinha e da Força Aérea. Nas palavras de
Aliomar Baleeiro8 era uma Constituição calvinista, sua preocupação era
proteger o comércio e a indústria, mesmo sacrificando “o homem”. A
estrutura da Federação na Carta de 1967 reflete o quadro contraditório de
forças na vida brasileira. O fortalecimento do Executivo advém da ampliação
de seu poder de iniciativa das leis, da limitação de tempo para aprovação pelo
Congresso, dos projetos de Governo, e na faculdade do Presidente da
República expedir Decretos-Lei.
No Capítulo VII – Do Poder Executivo a Seção V trata Da Segurança
Nacional, através dos arts. 86 a 89. No art. 86 é dito:
“ Toda pessoa, natural ou jurídica, é responsável pela segurança nacional, nos limites definidos em lei”.
O art. 87 define o Conselho de Segurança Nacional como sendo o
órgão de mais alto nível na assessoria direta ao Presidente da República, para
formulação e execução da política de segurança nacional. Dando continuidade
ao assunto, no art. 88 e parágrafo especifica que o Conselho será presidido
pelo Presidente da República, sendo que o Vice-Presidente e os Ministros de
Estado são membros natos. No art. 89 são especificadas as competências do
Conselho.
8 BALEEIRO, Aliomar. Constituições Brasileiras: 1946. Brasília: Senado Federal/MCT. 1999.
1
Na Seção VI – Das Forças Armadas, arts. 90 a 93. No art. 90 é dito:
“ As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais, permanentes e regulares, organizadas com base em hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República e dentro dos limites da lei”.
No art. 91 é dito que as Forças Armadas são essenciais à execução da
política de segurança nacional, cabendo ao Presidente da República da direção
da política de guerra e a escolha dos Comandantes-Chefes.
O serviço militar continua sendo obrigatório, conforme especificado
no art. 92, mantendo no parágrafo único a isenção do serviço por parte das
mulheres e dos eclesiásticos em tempo de paz.
Cofnorme o art. 93 e seus parágrafos são especificadas as vantagens,
prerrogativas e deveres das patentes.
A Constituição foi profundamente modificada ao longo do regime
militar até virar uma imensa colcha de retalhos, pois as modificações
acompanharam as transformações ocorridas no cenário política brasileiro,
como a anistia e o processo de abertura.
Constituição de 1969
Para alguns historiadores, como Guilherme Frota9 a Constituição d
1969 foi uma Emenda à Constituição de 1967; para outros como o
constitucionalista Augusto Zimermann10 ela era uma Constituição Militar,
assim como a Constituição de 1967.
9 FROTA, Guilherme. 500 Anos de História do Brasil. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército. 2000.10 ZIMERMANN, Augusto. Curso de Direito Constitucional: atualizado até a emenda constitucional nº 35.
Rio de Janeiro: Lumem Juris, 2002.
1
Manoel Gonçalves Filho, na obra Comentários à constituição
brasileira tece comentários contextualizando a situação política tensa vivida
pelo país no período de 1964 a 1971, permitindo uma reflexão sobre as
conseqüências negativas para a democracia dos radicalismos ideológicos da
época.
A Constituição de 1969 sofreu 27 emendas. A Emenda Constitucional
nº 1, Miguel Reale Júnior11 coloca a ideologia da Segurança Nacional como
orientadora da ação política. A Emenda Constitucional nº 7 incorpora ao texto
constitucional os parágrafos 2º e 3º ao art. 128:
“Art.128....................................................................................................................................................................................§ 2º Os Juízes Militares e togados do Superior Tribunal Militar terão vencimentos iguais aos dos Ministros do Tribunal Federal de Recursos.§ 3º O Superior Tribunal Militar funcionará em Plenário ou dividido em turmas, na forma estabelecida em lei”.
Constituição de 1988
O retorno à democracia e a feitura da nova Constituição obrigou os
militares a buscarem um novo fórum de negociação para a defesa de seus
interesses na Assembléia Nacional Constituinte.
Os principais interesses eram: a definição da missão constitucional das
Forças Armadas, a permanência da obrigatoriedade do serviço militar, a
competência dos Tribunais Militares, a anistia aos servidores públicos e aos
militares cassados. O lobby das Forças Armadas foi comandado pelo general
Werlon Coaracy de Roure. Tiveram como grandes apoiadores dentro do
Congresso Nacional o deputado Ricardo Fiúza e o senador Jarbas Passarinho11 REALE JUNIOR, Miguel. Apud. GUTEMBERG, Luiz. Mapa Geral das Idéias e Propostas para a Nova
Constituição. Brasília: FPP. 1987,
1
A primeira vitória das Forças Armadas aconteceu antes mesmo que os
debates na Constituição começassem. O presidente da Assembléia Nacional
Constituinte, deputado Ulysses Guimarães, transferiu a competência sobre o
assunto para a Comissão de Organização Eleitoral, ao invés de ficar na
Comissão de Organização de Poderes e Sistema de Governo tal como na
Constituição de 1967. A Comissão organizou oito sessões públicas com 28
convidados que apresentaram diversas propostas, sendo a maioria com o
objetivo de manter o status quo dos militares.
Para falar sobre os temas foram convidados a Escola Superior de
Guerra, Ordem dos Advogados do Brasil, Núcleo de Estudos Estratégicos,
Associação dos Delegados do Brasil, Polícia Militar, Generais da reserva,
Oficiais das três Forças e membros do Departamento de Polícia Federal.
Também foram convidados um representante do Corpo de Bombeiro; quatro
representantes do Conselho de Segurança Nacional e cinco representantes do
Estado-Maior do Exército. Para dar subsídio para os parlamentares foi
estruturado o documento “ Temas constitucionais: subsídios”.
A Constituição de 1988 foi dividida em 10 capítulos:
Na Seção III – Dos Militares dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios (EC nº 18/98), art. 42 foi destacado os membros das Polícias
Militares e Corpos de Bombeiros Militares;
No art. 91 Subseção II – Do Conselho de Defesa Nacional é
estipulado que o Conselho é órgão de consulta do Presidente da República nos
assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado
democrático;
1
O art. 122 – Seção VII – Dos Tribunais e Juízes Militares – são
especificados como órgãos da Justiça Militar – o Superior Tribunal Militar, os
Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei;
O Título V – Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas, no
Capítulo I – Do Estado de defesa e do Estado de Sítio – o Presidente da
República, ouvido o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional
pode decretar o estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, a
ordem pública ou a paz social;
No Capítulo II – Das Forças Armadas, o art. 142 é especifica que as
Forças Armadas são constituídas pela Marinha, Exército e Aeronáutica, que
são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na
hierarquia e na disciplina, sob a autonomia suprema do Presidente da
República.
Destaca-se que no § 2º do art. 142 é dito que “ Não caberá habeas
corpus em relação a punições disciplinares militares”.
O § 2º do art. 143 é mantido que as mulheres e os eclesiásticos ficam
isentos do serviço militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, porém, a
outros encargos que a lei atribuir.
No Capítulo III – Da Segurança Nacional, o art. 144 especifica que a
segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é
exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e
do patrimônio, sendo isso exercido através da Polícia Federal, Polícia
Rodoviária Federal, Política Ferroviária Federal, Policias Civis e Polícias
Militares e Corpos de Bombeiros Militares.
QUADRO SOBRE AS FORÇAS ARMADAS NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS
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Constituições Especificações1824 “ Ao Poder Executivo compete privativamente
empregar a Força Armada de mar e terra como bem lhe parecer conveniente à segurança e defesa do
Império “ ( Art. 148)1891 “ As Forças de terra e mar são instituições
nacionais permanentes, destinadas à defesa da pátria no exterior e à manutenção das leis no
interior. A Força Armada é especialmente obediente, dentro dos limites da lei, aos seus
superiores hierárquicos e obrigada a sustentar as instituições constitucionais” ( Art. 14)
1934 “ As Forças são instituições nacionais permanentes, e, dentro da lei, essencialmente obedientes aos seus superiores hierárquicos. Destinam-se a defender a
pátria e garantir os poderes constitucionais, a ordem e a lei” ( Art. 162)
1937 “ As Forças Armadas são instituições nacionais permanentes, organizadas sobre a base da
disciplina hierárquica e da fiel obediência à sutoridade do presidente da República” ( Art. 161)
1946 “ As Forças Armadas, constituídas essencialmente pelo Exército, Marinha e Aeronáutica, são
instituições nacionais permanentes, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a
autoridade suprema do presidente da República e dentro dos limites da lei “ ( Art. 176)
“ Destinam-se as Forças Armadas a defender a pátria e a garantir os poderes constitucionais, a lei e
a ordem” ( Art. 177)1967 “ As Forças Armadas, constituídas pela Marinha de
Guerra, Exército e Aeronáutica Militar, são instituições nacionais permanentes e regulares,
organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do presidente da
República e dentro dos limites da lei” ( Art. 92); “ Destinam-se as Forças Armadas a defender a pátria
e a garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem” ( § 1º)
1969 ( Emenda Constitucional nº 1/69 de 17 de outubro de 1969.
“ As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais, permanentes e regulares, organizadas
com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do presidente da República e dentro dos limites da lei” ( Art. 90); “ As Forças Armadas, essenciais à execução da política de
segurança nacional, destinam-se à defesa da pátria
1
e à garantia dos poderes constituídos, da lei e da ordem” ( Art. 91).
Fonte: Folha de São Paulo, 06/09/1987. Caderno 1pág. A-6;
2.2. Conclusão sobre as Forças Armadas nas Constituições Brasileiras.
A atuação das Forças Armadas foi importante no decorrer da história
brasileira, algumas vezes atuou como principal protagonista, da Promulgação
de Constituições, como em 1889, na Proclamação da República; outras vezes
apoiando mudanças, como na Revolução de 1930 e na implantação do Estado
Novo em 1937, ou ainda influenciando na volta à normalidade política, como
no processo de redemocratização em 1946.
Em todas as Constituições republicanas, verifica-se a existência de
uma destinação para as Forças Armadas, a defesa da Pátria, a garantia da lei e,
a garantia dos poderes constitucionais.
A garantia da ordem como destinação das Forças Armadas foi
colocada a partir da Constituição de 1934, sendo mantida em todas, menos na
Constituição de 1937.
O Princípio da Obediência está contido nas Constituições de 1824,
1891 e 1934, ficando implícito a partir da Constituição de 1946.
Doutrinadores são unânimes em considerar as Forças Armadas
necessárias a existência do Estado; ao considerarem que emprego das Forças
Armadas deve ser subordinado ao chamado Controle Civil – sendo visto como
subordinação ao Presidente da República.
Destaca-se, finalmente, segundo Samantha Quadrat12 que a abertura
deixada pela atual Constituição à respeito da intervenção militar dentro da lei
12 QUADRAT, Samantha Viz. As Forças Armadas e a Constituição de 1988. Rio de Janeiro: UFRJ.sd.
1
e da ordem não está presente em nenhuma Constituição de países
democráticos que mantenham as Forças Armadas sob a tutela civil.
Anexo I
Listagem das Frentes Parlamentares em funcionamento.
Nome Publicação Coordenador/Presidente
Frente Parlamentar da Agropecuária - FPA 16/04/2008 Valdir Colatto 1Frente Parlamentar da Comunicação Social - FreCom
07/08/2008 Milton Monti 2
Frente Parlamentar da Defesa Nacional 09/09/2008 Raul Jungmann 3
Frente Parlamentar de Apoio às Forças Armadas na Amazônia
14/04/2008 Edio Lopes 4
Frente Parlamentar do Café. 24/04/2008 Carlos Melles 5Frente Parlamentar do Cooperativismo - FRENCOOP
17/06/2008 Zonta 6
Frente Parlamentar do Ensino à Distância 07/08/2008 Ricardo Barros 7Frente Parlamentar em Apoio aos Países Africanos - FPAPA.
24/04/2008 Regis de Oliveira 8
Frente Parlamentar em Defesa da Base de Alcântara
13/06/2008 Ribamar Alves 9
Frente Parlamentar em Defesa da Polícia Federal
07/05/2008 Celso Russomanno 10
Frente Parlamentar em Defesa do Ensino Superior.
15/05/2008 Severiano Alves 11
Frente Parlamentar em Defesa do Rio Doce 18/04/2008 Leonardo Monteiro 12Frente Parlamentar em Defesa dos Estados e Municípios Produtores de Petróleo
26/05/2008 Solange Amaral 13
Frente Parlamentar em Defesa dos Quilombos
15/05/2008 Vicentinho 14
Frente Parlamentar Mista da Leitura, dedicada ao estímulo e desenvolvimento de iniciativas de leitura e de políticas de leitura no Brasil.
22/10/2008 Marcelo Almeida 15
Frente Parlamentar Mista do Comércio Varejista.
06/06/2008 Paulo Bornhausen 16
Frente Parlamentar Mista em defesa da Advocacia Pública
07/08/2008 José Eduardo Cardozo 17
Frente Parlamentar Mista em Defesa da Indústria Marítima Brasileira.
20/08/2008 Edmilson Valentim 18
Frente Parlamentar Mista para o Desenvolvimento da Indústria Têxtil e de Confecções.
01/04/2008 Rodrigo Rocha Loures 19
Frente Parlamentar para o Apoio e Desenvolvimento da Biotecnologia
16/04/2008 Uldurico Pinto 20
1
Frente Parlamentar pela Reforma Urbana 19/05/2008 Paulo Teixeira 21
Publicadas em 2007
Nome Publicação
Coordenador/Presidente
Frente Parlamentar Ambientalista 21/03/2007
Sarney Filho 22
Frente Parlamentar Contra a Legalização do Aborto - Pelo Direito à Vida
03/05/2007
Leandro Sampaio 23
Frente Parlamentar Cristã Brasil-Israel pela paz na Terra Santa, Oriente Médio e no Mundo (FRENPAZBRIL)
19/11/2007
Dr. Talmir 24
Frente Parlamentar da Agricultura Familiar 15/06/2007
Anselmo de Jesus 25
Frente Parlamentar da Família e Apoio à Vida 08/05/2007
Rodovalho 26
Frente Parlamentar da Habitação e Desenvolvimento Urbano do Congresso Nacional
14/05/2007
Nelson Trad 27
Frente Parlamentar da Pesca e Aquicultura 15/05/2007
Flávio Bezerra 28
Frente Parlamentar da Segurança Alimentar e Nutricional
24/04/2007
Nazareno Fonteles 29
Frente Parlamentar da Terra 14/08/2007
Adão Pretto 30
Frente Parlamentar de apoio aos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias.
01/10/2007
Valtenir Pereira 31
Frente Parlamentar de Apoio as Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas na Área da Saúde
10/07/2007
Marcelo Ortiz 32
Frente Parlamentar de Fortalecimento dos Estados e Municípios e Contra a Criação de Novos Estados
18/10/2007
Zenaldo Coutinho 33
Frente Parlamentar do Congresso Nacional de Defesa das Instituições Universitárias Públicas, Vinculadas aos Sistemas Estaduais e Municipais de Ensino
17/05/2007
Waldir Maranhão 34
Frente Parlamentar do Congresso Nacional em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência
03/05/2007
Geraldo Resende 35
Frente Parlamentar do Desenvolvimento Vocacional dos Municípios
05/06/2007
Renato Amary 36
Frente Parlamentar do Esporte 21/05/2007
Manuela D'ávila 37
Frente Parlamentar em Apoio e Fortalecimento da Mídia Regional
14/06/2007
Vignatti 38
Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Social
07/05/2007
Raimundo Gomes de Matos
39
Frente Parlamentar em Defesa da BR-364 06/12/2007
Gladson Cameli 40
Frente Parlamentar em Defesa da Economia Solidária no Brasil - FPES
19/06/2007
Eudes Xavier 41
Frente Parlamentar em Defesa da Empresa Brasileira de Correios - FPECT
18/12/2007
Daniel Almeida 42
1
Frente Parlamentar em Defesa da Igualdade Racial
24/05/2007
Carlos Santana 43
Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Aeronáutica Brasileira
11/07/2007
Marcelo Ortiz 44
Frente Parlamentar em Defesa da Infra-Estrutura Nacional
12/12/2007
Eduardo Sciarra 45
Frente Parlamentar em Defesa da Revitalização do Rio São Francisco
14/05/2007
Fernando Ferro 46
Frente Parlamentar em Defesa das Cidades de Regiões Metropolitanas e Aglomerações Urbanas
07/05/2007
Pedro Wilson 47
Frente Parlamentar em Defesa do Consórcio Integrado de Turismo: MA/PI/CE.
14/12/2007
Roberto Rocha 48
Frente Parlamentar em Defesa do Planejamento Familiar
16/05/2007
Maurício Trindade 49
Frente Parlamentar em Defesa do Profissional da Saúde
26/11/2007
Damião Feliciano 50
Frente Parlamentar em Defesa do Serviço Público
06/08/2007
Rodrigo Rollemberg 51
Frente Parlamentar em Defesa do Setor Coureiro-Calçadista e Moveleiro
18/04/2007
Renato Molling 52
Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro
11/07/2007
Beto Albuquerque 53
Frente Parlamentar em Defesa do Voto Aberto 24/09/2007
Ivan Valente 54
Frente Parlamentar em Defesa dos Aposentados e Pensionistas
11/06/2007
Cleber Verde 55
Frente Parlamentar Mista Brasil-Peru 21/06/2007
Ilderlei Cordeiro 56
Frente Parlamentar Mista da Habitação 11/06/2007
Fernando Chucre 57
Frente Parlamentar Mista da Informática 22/05/2007
Júlio Semeghini 58
Frente Parlamentar Mista da Pesquisa Brasileira
18/09/2007
Paulo Piau 59
Frente Parlamentar Mista da Radiodifusão 19/04/2007
Paulo Bornhausen 60
Frente Parlamentar Mista de Combate à Pirataria e Sonegação Fiscal.
10/09/2007
Arnaldo Jardim 61
Frente Parlamentar Mista dos Direitos do Contribuinte
03/05/2007
Sandro Mabel 62
Frente Parlamentar Mista em Defesa da Cultura
05/12/2007
José Fernando Aparecido de Oliveira
63
Frente Parlamentar Mista em Defesa da Vida - Contra o Aborto
15/08/2007
Luiz Bassuma 64
Frente Parlamentar Mista em Defesa do Carvão Mineral
08/10/2007
Senadora Ideli Salvatti
65
Frente Parlamentar Municipalista 21/05/2007
Vitor Penido 66
Frente Parlamentar pela Reforma Política com participação popular
18/04/2007
Luiza Erundina 67
Frente Parlamentar pela Regulamentação da Profissão de Mototaxista e Motoboy
26/07/2007
Zé Geraldo 68
Frente Parlamentar pelo Fortalecimento dos Estados e Municípios Mineradores
05/07/2007
João Magalhães 69
2
Frente Parlamentar Pró-Biocombustíveis 19/04/2007
Antonio Carlos Mendes Thame
70
Anexo II
Ato da Mesa n.º 69, de 10/11/2005
Cria o registro de Frentes Parlamentares na Câmara dos Deputados. A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, com fundamento no art. 15, incisos I e VIII, do Regimento Interno , RESOLVE:
Art. 1º Fica criado o registro de Frentes Parlamentares perante a Mesa da Câmara dos Deputados.
Art. 2º Para os efeitos deste Ato, considera-se Frente Parlamentar a associação suprapartidária de pelo menos um terço de membros do Poder Legislativo Federal, destinada a promover o aprimoramento da legislação federal sobre determinado setor da sociedade.
Art. 3º O requerimento de registro de Frente Parlamentar será instruído com a ata de fundação e constituição da Frente Parlamentar e o estatuto da Frente Parlamentar.
Parágrafo único. O requerimento de registro deverá indicar o nome com o qual funcionará a Frente Parlamentar e um representante, que será responsável perante a Casa por todas as informações que prestar à Mesa.
Art. 4º As Frentes Parlamentares registradas na forma deste Ato poderão requerer a utilização de espaço físico da Câmara dos Deputados para a realização de reunião, o que poderá ser deferido, a critério da Mesa, desde que não interfira no andamento dos trabalhos da Casa, não implique contratação de pessoal ou fornecimento de passagens aéreas.
Art. 5º As atividades das Frentes Parlamentares registradas na forma deste Ato serão amplamente divulgadas pela TV Câmara, Rádio Câmara, Jornal da Câmara e na página da Câmara dos Deputados na Internet.
Art. 6º Este Ato da Mesa entra em vigor na data de sua publicação.
Anexo III
Legislação - Forças Armadas - 2008
- MPV 431, de 14/05/2008 - Publicada em 18/09/2008 - Dispõe sobre a reestruturação do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo - PGPE, de que trata a Lei nº 11.357, de 19 de outubro de 2006; do Plano Especial de Cargos da Cultura, de que trata a Lei nº 11.233, de 22 de dezembro de 2005, do Plano de
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Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, de que trata a Lei nº 11.091, de 12 de janeiro de 2005, da Carreira de Magistério Superior, do Plano Especial de Cargos do Departamento de Polícia Federal, de que trata a Lei nº 10.682, de 28 de maio de 2003, do Plano de Carreira dos Cargos de Reforma e Desenvolvimento Agrário, de que trata (...) (Lei nº 11.784, de 22 de setembro de 2008)
- DEC 6513, de 22/07/2008 - Publicada em 23/07/2008 - Altera o Decreto nº 4.412, de 7 de outubro de 2002, que dispõe sobre a atuação das Forças Armadas e da Polícia Federal nas terras indígenas, e dá outras providências.
- DEC 6524, de 31/07/2008 - Publicada em 01/08/2008 - Dá nova redação a dispositivos do Regulamento da Reserva da Marinha, aprovado pelo Decreto nº 4.780, de 15 de julho de 2003.
- MPV 441, de 29/08/2008 - Publicada em 29/08/2008 – Ed. Extra - Dispõe sobre a reestruturação da composição remuneratória das Carreiras de Oficial de Chancelaria e de Assistente de Chancelaria, de que trata o art. 2º da Lei nº 11.440, de 29 de dezembro de 2006, da Carreira de Tecnologia Militar, de que trata a Lei nº 9.657, de 3 de junho de 1998, dos cargos do Grupo Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo - Grupo DACTA, de que trata a Lei nº 10.551, de 13 de novembro de 2002, dos empregos públicos do Quadro de Pessoal do Hospital das Forças Armadas - HFA, (...)
- LEI 11783, de 17/09/2008 - Publicada em 18/09/2008 - Acrescenta o inciso XXIX ao caput do art. 24 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que regulamenta o inciso XXI do caput do art. 37 da Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da administração pública e dá outras providências.
- LEI 11784, de 22/09/2008 – Publicada em 23/09/2008 - Dispõe sobre a reestruturação do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo - PGPE, de que trata a Lei nº 11.357, de 19 de outubro de 2006, do Plano Especial de Cargos da Cultura, de que trata a Lei nº 11.233, de 22 de dezembro de 2005, do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, de que trata a Lei nº 11.091, de 12 de janeiro de 2005, da Carreira de Magistério Superior, de que trata a Lei nº 7.596, de 10 de abril de 1987, do Plano Especial de Cargos do Departamento de Polícia Federal, de que trata a Lei nº 10.682, de 28 de maio de 2003, do Plano de Carreira dos Cargos de Reforma e Desenvolvimento Agrário, de que trata a Lei nº 11.090, de 7 de janeiro de 2005, da Carreira de Perito Federal Agrário, de que trata a Lei nº 10.550, de 13 de novembro de 2002, da Carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho, de que trata a Lei nº 11.355, de 19 de outubro de 2006, da Carreira de Fiscal Federal Agropecuário, de que trata a Medida Provisória nº 2.229-43, de 6 de setembro de 2001, e a Lei nº 10.883, de 16 de junho de 2004, dos Cargos de Agente de Inspeção Sanitária e Industrial de Produtos de Origem Animal, Agente de Atividades Agropecuárias, Técnico de Laboratório e Auxiliar de Laboratório do Quadro de Pessoal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, de que tratam respectivamente as Leis nºs 11.090, de 7 de janeiro de 2005, e 11.344, de 8 de setembro de 2006, dos Empregos Públicos de Agentes de Combate às Endemias, de que trata a Lei nº 11.350, de 5 de outubro de 2006, da Carreira de Policial Rodoviário Federal, de que trata a Lei nº 9.654, de 2 de junho de 1998, do Plano Especial de Cargos do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, de que trata a Lei nº 11.095, de 13 de janeiro de 2005, da Gratificação de Desempenho de Atividade de Execução e Apoio Técnico à Auditoria no Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde - GDASUS, do Plano de Carreiras e Cargos do Hospital das Forças Armadas - PCCHFA, do Plano de Carreira e Cargos de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, e do Plano de Carreira do Ensino Básico Federal; fixa o escalonamento vertical e os valores dos soldos dos militares das Forças Armadas; (...)
- DEC 6596, de 06/10/2008 - Publicada em 07/10/2008 - Revoga o inciso I do art. 15 do Decreto nº 79.031, de 23 de dezembro de 1976, que dispõe sobre o Regulamento do Estado- Maior das Forças Armadas, e o Decreto nº 82.174, de 24 de agosto de 1978, que cria a Comissão Permanente dos Serviços de Saúde da Marinha, Exército e Aeronáutica (CPSSMEA).
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