bpm em 10 passos

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  • BPM Para Todos

    2 w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Cadastre seu e-mail no site

    www.gartcapote.com

    Oua o programa BPM Podcasts e

    fique sempre atualizado sobre o

    mundo da Gesto Por Processos.

  • BPM Para Todos

    3

    w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Este contedo parte integrante do livro

    BPM Para Todos.

  • BPM Para Todos

    4 w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Captulo

    3 Primeiros Passos

    Como comear?

  • BPM Para Todos

    5

    w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Quando decidi escrever este livro tive uma sensao bastante

    inquietante sobre como alcanar o tom correto e falar com uma

    linguagem clara e objetiva sobre um tema to tcnico e abrangente.

    Mas como sou uma pessoa com muita sorte, recentemente fui

    ministrar outro treinamento sobre fundamentos de BPM e uma

    pergunta dos participantes me provocou uma epifania capaz de

    responder por escrito pergunta to complexa.

    - Como comear com BPM?

    Talvez esta seja uma das perguntas mais difceis e perigosas de se

    tentar responder. No meu livro Guia para Formao de Analistas de

    Processos, o ltimo captulo traz uma metodologia capaz de

    responder tecnicamente a esta questo e, alm disso, guia o leitor

    pelos conhecimentos, fases e atividades necessrias em cada etapa

    do ciclo de vida de BPM. A dificuldade desta pergunta est em

    responder de forma simples, sem tender a possveis exageros

    tcnicos de quem j estudou ou praticou BPM conforme descrito no

    BPM CBOK.

    Vamos comear entendendo os passos que acredito que sejam

    suficientes para uma ao estruturada de BPM em organizaes de

    qualquer tipo ou porte, desde que iniciando em BPM, ou at mesmo,

    reavaliando as iniciativas anteriormente realizadas.

  • BPM Para Todos

    6 w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Com muita frequncia me pedem para descrever de forma clara os

    passos que uma organizao deve dar para se considerar uma

    organizao estruturada e, assim, praticar na sua gesto o mais

    completo e efetivo Gerenciamento de Processos de Negcio e,

    sequencialmente, alcanar a Gesto POR Processos. Logo aps

    detalhar os primeiros passos apresentarei um breve paralelo ente

    Gesto DE Processos e a Gesto POR Processos.

    Importante

    Antes de qualquer investimento ou planejamento para executar os

    passos que sero apresentados a seguir, extremamente importante

    que a organizao saiba qual a sua situao atual em relao ao

    Gerenciamento de Processos de Negcio. Se a organizao no

    possuir habilidades tcnicas na disciplina de BPM, ficar muito mais

    difcil fazer esta autoavaliao.

    Nesse caso, uma boa prtica recorrer ajuda externa para a

    conduo de um rpido e importante Assessment ou Avaliao de

    Maturidade em BPM.

    O contedo desse captulo considera que a organizao est no nvel

    inicial de maturidade de BPM.

  • BPM Para Todos

    7

    w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Os primeiros passos para qualquer organizao iniciante em BPM,

    ou que esteja reavaliando sua forma de cuidar dos processos, podem

    ser definidos como:

    1. Descobrir os Processos Atuais

    2. Descrever os Processos Atuais

    3. Definir o Sentido dos Processos

    4. Preencher a Cadeia de Valor

    5. Certificar a Estratgia

    6. Definir o que Importante

    7. Diagnosticar o que Importante

    8. Divulgar o Diagnstico

    9. Propor o Tratamento

    10. Fazer Acontecer

    Quando voc estiver lendo e entendendo o que cada passo significa,

    no pense que cada passo proposto levar muito tempo para ser

    realizado. Mesmo considerando a relatividade do tempo entre

    realidades distintas, podemos considerar uma mdia histrica

    aproximada para a realizao de cada um desses em at duas

    semanas. O objetivo de seguir esses passos alcanar, o quanto

    antes, o conhecimento mnimo essencial para dar incio ou

    andamento ao ciclo de vida de BPM.

  • BPM Para Todos

    8 w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    1- Descobrir os Processos Atuais

    Aqui estamos ns, e este o nosso cenrio atual. Estamos frente a

    frente com a Quimera guardi da ponte que d acesso ao caminho

    que nos permitir sair definitivamente deste misterioso e gigantesco

    pntano. Este pntano mantm atolados todos os nossos recursos

    devido a sua areia movedia, formada por infinitos retrabalhos, e

    com sua espessa e constante nvoa, o pntano encobre todos os

    processos, seus problemas e seus resultados.

    Ok. Este no um livro sobre seres mgicos e mundos distantes,

    mas achei que, se conseguisse fazer o leitor visualizar o cenrio do

    pntano misterioso, estaria um pouco mais perto de conseguir

    descrever a realidade de muitas organizaes. Ao nos depararmos

    com a Quimera que guarda a ponte, estamos vislumbrando o

    tamanho do desafio que temos pela frente.

    Mas, nem tudo est perdido, voc agora descobrir alguns segredos

    que sero de grande utilidade na jornada que se apresenta logo

    adiante. Sendo assim, vamos em frente. Vamos enfrentar este mtico

    ser que nos mantm refns do desconhecido e cada vez mais

    afundados na areia movedia de infinitos retrabalhos.

    Quero comear fazendo uma pergunta bem simples:

    - Quantos processos sua organizao possui?

    Dezenas? Centenas? Milhares?

  • BPM Para Todos

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    w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    No sabe ao certo?

    Bem, se sua organizao possui milhares ou centenas, a melhor frase

    que me vem mente para descrever o que sinto ao ouvir isso :

    - Houston, ns temos um problema!

    Se possuir dezenas, e forem poucas estas dezenas, talvez estejamos

    mais prximos de algum progresso. Deixe-me explicar.

    muito comum ouvir Clientes e Alunos dizerem que esto

    envolvidos em trabalhos de levantamento e documentao de

    processos, e que devido quantidade elevada de processos,

    normalmente eles no possuem tempo de descrever com a qualidade

    desejada, e muito menos, envolver a organizao na aprovao de

    suas atividades no processo.

    Toda vez que ouo esse tipo de coisa, fao a mesma pergunta.

    - Quantos processos sua organizao possui?

    Os nmeros variam bastante entre organizaes, mas um ponto

    uma constante. Poucos sabem realmente que no existe

    organizao capaz de ter e gerenciar uma enormidade de processos.

    Toda vez que ouo algum dizer que tem 80, 100, 200 ou 500

    processos na organizao, imediatamente acontece um diagnstico

    bastante comum, quase que de uma endemia.

  • BPM Para Todos

    10 w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Se voc me diz que est trabalhando, gerenciando, levantando ou

    qualquer outra coisa, com 80, 100, 200 ou 500 processos, voc est

    me dizendo que sua organizao no tem claramente a unio de

    processos em nome de seus objetivos. Explicando: Quando temos

    esses grandes montantes de processos para gerenciar, no temos

    uma clara unio entre eles e a cadeia de valor, e muito menos, uma

    unio destes processos na realizao dos objetivos do negcio.

    Voc se lembra da importncia de saber qual o objetivo do negcio?

    Fico feliz.

    Figura 1 - Passo 1

  • BPM Para Todos

    11

    w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    2- Descrever os Processos Atuais

    Muito bem. Agora j temos ao menos os nomes de todos os

    processos que a organizao tenta cuidar em seu dia a dia. Mas,

    como sabemos isso no basta.

    O prximo passo da organizao promover um detalhamento

    mnimo de todos os processos atuais. Sim. Todos!

    Mas, Gart, j que iremos mudar os processos, isso no seria perda

    de tempo?

    Voc acha que investir em conhecimento perda de tempo? Sei que

    no acha, afinal, se voc acreditasse realmente nisso, no estaria

    lendo este livro. Ento, meu caro, por que que investir no

    conhecimento dos processos atuais da organizao pode ser um

    desperdcio?

    Sem o conhecimento sobre a realidade atual dos processos, qualquer

    proposta de melhoria pode ser um erro e ainda piorar o cenrio atual

    da sua organizao. No subestime esse ponto.

    Portanto, querido leitor , descrever os processos em sua situao

    atual um passo mais que importante para a nossa caminhada para

    fora do pntano do desconhecido. Esta etapa que vai permitir a

    anlise dos processos. Sem fazer uma anlise dos processos, posso

    dizer sem medo de errar: Tudo estar igualmente certo ou errado.

  • BPM Para Todos

    12 w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Para descrever os processos a organizao precisar de pessoas

    capacitadas, e de preferncia, que tenham alguma prtica em

    BPMN. Isso facilitar muito a continuidade das iniciativas e

    permitir um refinamento evolutivo das descries dos processos.

    Neste ponto o mais importante descrever os processos de forma

    simples e objetiva, tanto na forma de diagramas com BPMN, quanto

    na descrio textual complementar sobre os principais recursos

    envolvidos na sua realizao.

    Figura 2 - Passo 2

  • BPM Para Todos

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    w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Existem diversas tcnicas para realizar a descrio de processos,

    mas vou manter o tom o menos tecnocrata possvel neste livro e

    dizer que, at mesmo uma descrio textual sobre os principais

    passos do processo e o que ele pretende entregar pode servir para

    permitir o nosso caminhar, e nos habilitar ao prximo passo desta

    jornada.

    Vale a dica de sempre nomear os processos com um verbo no

    infinitivo para denotar a ao que o processo realiza na inteno de

    entregar o produto ou servio. Evite tambm longas declaraes

    aps o verbo.

    Seja o mais objetivo e evidente possvel nunca utilize gerndio.

    No transforme o nome das atividades em verdadeiros testamentos,

    e pior ainda, com dois verbos. Usar dois verbos, normalmente,

    igual a definir duas atividades/processos.

  • BPM Para Todos

    14 w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    3- Definir o Sentido dos Processos

    Neste ponto a organizao j ter uma viso abrangente de quantos

    processos atualmente possui, e ainda, saber ao menos o objetivo de

    cada um destes processos. Agora hora de ver para que lado cada

    processo est apontando. O processo est direcionado para o lado da

    realizao dos objetivos do negcio, ou para o lado da realizao de

    trabalhos totalmente isolados e criados sem a viso do todo?

    Os processos atuais servem apenas para o chefe ou foram

    pensados na entrega para o Cliente?

    Como j vimos antes, toda organizao precisa entender e descrever

    claramente os objetivos do negcio. Somente com essa definio

    clara poderemos criar o que costumo chamar de Agrupamento Por

    Afinidade de Relacionamento - em direo ao objetivo do negcio.

    De tanto falar sobre isso, uma colega acabou sugerindo que eu

    adotasse uma sigla, que seria APAR (Agrupamento Por Afinidade

    de Relacionamento). Ou seja, todos os processos precisam passar

    pelo APAR. Fique vontade para usar o APAR.

    Voc se lembra dos 80, 100, 200 ou 500 processos descobertos?

    Agora precisaremos fazer o APAR de cada um. Fazer isso

    relativamente simples. Basta perguntar para cada processo:

    - Qual o seu objetivo?

  • BPM Para Todos

    15

    w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Se a resposta no estiver evidente, deixe este processo em um

    estacionamento temporrio e continue a perguntar para todos os

    outros.

    No ter a resposta clara pode ser uma evidncia de que estamos

    diante de processos replicados mimetizados, desalinhados ou at

    mesmo de que o processo pontual, com abrangncia to reduzida

    que, provavelmente, sua existncia s faz sentido para o prprio

    gestor da rea. Tipicamente, estes so processos operacionais pouco

    ou nada alinhados com os objetivos do negcio.

    Sendo assim, ao descobrir o objetivo de cada processo, voc est

    criando uma base de conhecimento que permitir a realizao do

    APAR, e consequentemente, voc criar o conhecimento necessrio

    para que sua organizao pela primeira vez tenha uma viso

    completa de todos os processos que existem, mesmo que estes ainda

    sejam muitos em nmero e tambm pouco alinhados.

    Fazendo o APAR, voc deve encontrar situao parecida:

    - Qual o objetivo deste processo?

    - Esse processo tem um objetivo complementar a este outro?

    - Estes dois processos, de acordo com seus objetivos, tm afinidades

    de relacionamento? Ou seja, colaboram para a realizao de um

    objetivo maior? Sim? Ento estes processos sero agrupados.

  • BPM Para Todos

    16 w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Esse foi apenas um passo. Perguntar para cada processo qual o seu

    objetivo e, com a resposta definida, descobrir o seu verdadeiro

    sentido em relao realizao dos objetivos do negcio.

    Realizando esse passo, sua organizao dever ser capaz de olhar

    para o seu portflio atual de processos e comear a vislumbrar

    qual a colaborao de cada um para a entrega de seus produtos ou

    servios. Parabns pela conquista! A Quimera perdeu muita fora.

    Historicamente, na maior parte das vezes que estou envolvido nessa

    etapa com os Clientes, vejo uma reao bastante curiosa. um

    misto de surpresa e negao. Surpresa, pois pela primeira vez a

    organizao enxerga todos os seus processos de forma clara e

    orientada aos objetivos de negcio. Negao, pois poucos ficam

    confortveis em assumir que realmente no sabiam de tudo aquilo...

    O ser humano realmente muito interessante.

    Figura 3 - Passo 3

  • BPM Para Todos

    17

    w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    4- Preencher a Cadeia de Valor

    timo. J temos uma viso de todos os processos atuais da

    organizao, e mais ainda, sabemos o seu relacionamento direto

    com o atingimento de objetivos.

    Agora est na hora de transformar a at ento alegrica cadeia de

    valor em algo mais significativo em termos de gesto de processos.

    Vamos trabalhar neste passo o agrupamento dos processos nos trs

    principais tipos de processos de negcio das organizaes: os

    Processos Primrios, Processos de Suporte e Processos de Gesto.

    Antes, permita-me resgatar mais um trecho do meu livro Guia para

    Formao de Analistas de Processos, e trazer aqui uma breve

    definio terica sobre os trs tipos de processo de negcio.

    Processos Primrios

    Relao direta com os Clientes.

    Ultrapassam qualquer fronteira funcional corporativa e possuem

    como mais marcante caracterstica, o contato direto com os

    Clientes.

    Processos de Suporte

    Colaboram com a realizao dos processos primrios.

    Suas principais caractersticas so a ausncia de relacionamento

    direto com os Clientes e o forte e evidente vnculo com a viso

    funcional tradicional.

  • BPM Para Todos

    18 w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Processos de Gesto

    So processos estabelecidos formalmente e com o intuito de

    coordenar as atividades dos processos de suporte e dos processos

    primrios. Devem buscar garantir que os processos por ele

    gerenciados atinjam suas metas operacionais, financeiras,

    regulatrias e legais.

    Sendo assim, chegou o momento de olhar cada processo atual e

    descobrir onde ele est localizado.

    Um processo que gera relatrio de desempenho para a diretoria um

    processo mais afeito composio de um processo primrio, ou de

    um processo de gesto?

    O processo que colabora na comunicao direta com o Cliente faz

    parte da composio de um processo de suporte interfuncional, ou

    faz parte do processo primrio da organizao?

    So perguntas que sero feitas para cada processo existente e as

    respostas daro origem ao primeiro mapa de processos da

    organizao j totalmente APAR e considerando as trs categorias

    de processos de negcio (Primrio, Suporte e Gesto).

    Ora, se estamos falando de Gerenciamento de Processos de

    Negcio, evidente que, antes de qualquer tentativa de gesto,

    precisamos primeiro descobrir quais os processos que compem os

    trs tipos de Processos de Negcio da organizao.

  • BPM Para Todos

    19

    w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Ficou claro agora?

    No adianta tentar partir para gesto, automao ou qualquer esforo

    de melhoria nos seus 80, 100, 200 ou 500 processos, se a

    organizao no sabe exatamente a forma como cada processo

    colabora para o atingimento de seus objetivos de negcio.

    Realizando esta breve etapa, ficar bastante evidente que muitos

    processos esto replicados, j esto obsoletos, e at mesmo, que nem

    precisariam existir, pois outros realizam o mesmo trabalho.

    Acredite. Isso muito mais comum do que pode parecer nesse

    momento.

    Neste ponto a organizao ter um maior conhecimento sobre a

    situao atual questo essencial para permitir qualquer tipo de

    anlise e diagnstico.

    Figura 4 - Passo 4

  • BPM Para Todos

    20 w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    5- Certificar a Estratgia

    Tenha muita ateno durante esta etapa. No por acaso este o

    quinto passo dentre os dez que completam nosso pequeno percurso

    para o Gerenciamento de Processos de Negcio. Estamos no meio

    do caminho.

    At agora sua organizao j fez muitos esforos e evoluiu

    substancialmente, j descobriu os processos atuais, descreveu,

    definiu o sentido e preencheu a cadeia de valor com processos de

    negcio. Em resumo, a organizao j sabe do que feita.

    No seria esse o momento ideal para abastecer a camada estratgica

    com todas essas novas e importantssimas informaes?

    Sim. Este o momento de levar as informaes sobre os processos

    de negcio identificados at agora e solicitar que a estratgia seja

    analisada, comparada ou revista. Este o ponto onde a informao

    sobre como as coisas realmente acontecem encontra as pessoas

    que decidem o que precisa acontecer.

    Tradicionalmente, as organizaes, em sua grande maioria, tm suas

    definies estratgicas pouco ou nada alinhadas com a realidade

    operacional e gerencial da organizao como um todo. Afinal, nunca

    antes alcanaram o nvel desta quinta etapa.

  • BPM Para Todos

    21

    w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    No pretendo descrever neste ldico livro como deve acontecer este

    encontro entre os processos e as estratgias, mas preciso evidenciar

    a sua importncia.

    De nada adianta produzir toda a informao trabalhada at a quarta

    etapa da jornada se esta mesma informao no ser utilizada para a

    tomada de deciso e uma melhor percepo sobre as capacidades

    gerais da organizao. BPM cuida desde o alinhamento estratgico

    entre os processos e o negcio, at a sua execuo operacional e o

    constante refinamento. muito comum encontrar na gesto e

    direo das organizaes o uso de ferramentas e mtodos de

    alinhamento estratgico (Balanced Scorecard, Anlise de SWOT

    etc.). Mas, sabendo o que sabe at agora, eu pergunto:

    - Voc no acha que as estratgias seriam mais bem elaboradas se

    tivessem a quantidade e qualidade da informao que podemos

    prover nesta quinta etapa?

    Acho que sei a sua resposta.

    Figura 5 - Passo 5

  • BPM Para Todos

    22 w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    6- Definir o que Importante

    Voc abasteceu a camada estratgica da sua organizao com

    informaes jamais recebidas. Voc praticamente um desbravador!

    Ok. Talvez no seja esse o melhor termo. Mas, vamos voltar ao

    cenrio do pntano e da Quimera.

    A areia movedia de retrabalhos comeou a solidificar. Agora j

    possvel se apoiar na margem e comear a resgatar os recursos que

    l viviam atolados. Est na hora de decidir como voc e seus colegas

    iro passar pela Quimera.

    Este o resultado da certificao estratgica que aconteceu no passo

    anterior. Agora, a tomada de deciso sobre o que deve ser feito est

    diretamente ligada a sua verdadeira capacidade de realizao.

    No iremos mais traar uma estratgia de passar voando sobre a

    Quimera, j que no temos condies reais de voar.

    Sem uma formal verificao estratgica da importncia dos

    processos de negcio, os esforos de melhoria de processos podem

    se concentrar onde realmente no importa para a organizao e para

    o Cliente. E pior ainda, a estratgia pode estar apoiada em processos

    que no permitem a sua realizao, mas seus gestores acreditam no

    contrrio... Acham que podem realmente passar voando pela

    Quimera.

    Voc se lembra do exemplo da certificao de excelncia interna?

  • BPM Para Todos

    23

    w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Este o melhor exemplo de resultado quando no h certificao

    estratgica de importncia dos processos e definio dos esforos

    organizacionais. Se a organizao conhece seus objetivos de

    negcio, conhece os processos que ajudam ou no a sua consecuo,

    j est na hora de descobrir a causa dos problemas que acabam

    impedindo a melhor realizao de cada processo de negcio.

    Para conseguir um resultado que permita e estimule a continuidade,

    preciso escolher bem o alvo. No adianta atacar a Quimera no seu

    psicolgico. Ofend-la no resolver o problema e ainda

    desmotivar a equipe, pois a mesma no ver resultado nas aes.

    mais efetivo encontrar seus pontos fracos fsicos e descobrir o que

    precisa ser feito para atingir o ponto vital.

    J est na hora da organizao definir quais so os processos que

    sero analisados, pois o resultado dessa anlise o que permitir

    definir as novas estratgias.

    Figura 6 - Passo 6

  • BPM Para Todos

    24 w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    7- Diagnosticar o que Importante

    Neste ponto do caminho, a organizao j possui uma viso nica,

    mesmo que simplificada, de seus processos mais importantes na

    consecuo realizao da estratgia. Agora j possvel pontuar

    e definir quais so os processos de negcio com maior participao

    na criao de valor em direo ao objetivo do negcio em direo

    entrega do que o Cliente realmente valoriza.

    Muito bem. Temos um mapa abrangente que composto por trs

    grupos de processos que formam os processos de negcio os

    processos primrios, de gesto e de suporte.

    Agora a hora de a organizao definir quais destes processos, que

    j sofreram APAR, sero analisados em detalhes.

    O ideal neste ponto ter o patrocinador poltico da iniciativa e os

    gestores dos processos reunidos num mesmo frum para definir os

    processos-alvo. Uma vez definidos seguindo a estratgia da

    organizao, os gestores envolvidos precisaro garantir uma das

    partes mais delicadas desse tipo de iniciativa. Eles precisaro

    garantir A Agenda dos colaboradores.

    Sim. Ter os colaboradores envolvidos no levantamento e

    diagnstico dos processos uma condio insubstituvel, pois sem

    um nmero razovel de representantes dos processos, a iniciativa

    corre um grande risco de pular lacunas e assumir informaes e

    situaes sem a devida ratificao. Muito cuidado nesse ponto.

  • BPM Para Todos

    25

    w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Considerando que os gestores dos processos por analisar garantem e

    permitem que seus colaboradores sejam entrevistados e os seus

    trabalhos dirios analisados, neste passo ser realizado o que

    conhecido comumente como anlise As Is ou anlise do

    processo como . A fase de anlise de processos to rica e

    complexa que foi o tema escolhido para ser abordado com a

    profundidade necessria no meu livro Guia para Formao de

    Analistas de Processos. Nele eu apresento os conhecimentos, as

    tcnicas, as atividades e as ferramentas necessrias para a boa

    realizao desta etapa. Seguindo o objetivo deste livro, neste ponto,

    basta ficar claro que a organizao entrar em uma das fases mais

    sensveis do ciclo de vida de BPM, e que a sua realizao deve ser

    conduzida por profissional capacitado na disciplina. Este

    profissional o Analista de Processos.

    Apenas para exemplificar aqui a complexidade do trabalho, a seguir

    apresento uma figura do meu livro, onde apresento as atividades

    mnimas necessrias para a boa anlise de processos.

    Figura 7 -Guia para Formao de Analistas de Processos - P. 169

  • BPM Para Todos

    26 w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Para encerrar a descrio desta etapa, vale ressaltar um ponto crucial

    sobre a anlise dos processos.

    Devemos sempre procurar descobrir os tempos e recursos

    necessrios para realizao de cada atividade no processo, e mais

    ainda, devemos sempre buscar identificar os pontos cinzentos

    pontos do processo onde as informaes se perdem e os

    responsveis no esto claramente definidos. Estes so pontos de

    troca de responsabilidade entre participantes dos processos. Estes

    so - invariavelmente, pontos de falha, acmulo de trabalho, reduo

    da capacidade do processo, e claro, pontos de grande risco

    conhecidos tambm como Handoffs.

    Figura 8 - Passo 7

  • BPM Para Todos

    27

    w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    8- Divulgar o Diagnstico

    De que adianta descobrir a causa origem de um problema no

    processo, se quem realmente precisa saber no for igualmente

    envolvido?

    igual quela antiga piada:

    O que voc faria se estivesse em uma ilha deserta com aquela linda

    e cobiada celebridade? Ora, eu contaria para todo mundo!

    De nada adianta alcanar essa informao se ela encerra sua

    projeo em si mesma. muito importante dar retorno sobre o

    resultado alcanado durante a anlise dos processos. No apenas

    informar os seus problemas mais evidentes, mas principalmente,

    levar um diagnstico estruturado e com informaes cruciais para a

    tomada de deciso. Que informao seria essa?

    Depende - Eu poderia dizer, mas ao menos, devemos aprovar e

    divulgar para os gestores e patrocinadores da iniciativa:

    - As atividades que consomem mais recursos

    - Os recursos mais utilizados nos processos

    - O tempo total dos processos (desde o incio at o fim)

    - A capacidade efetiva de entrega de cada processo

    - A ligao entre os resultados de cada processo

  • BPM Para Todos

    28 w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Nos treinamentos que ministro para a formao de analistas de

    processos (CFAP) eu sempre percebo muita resistncia dos alunos

    em tratar de temas como: tempo total do processo, custo do

    processo, maiores gargalos evidenciados, habilitadores tecnolgicos

    e, principalmente, como apresentar estes resultados.

    Devido a essa grande resistncia e dificuldade, todo o treinamento

    baseado na entrega e divulgao de resultados dos trabalhos (tanto

    para os processos atuais, quanto para as melhorias propostas).

    Afinal, de que adianta garimpar toda essa informao e no saber

    apresent-la? O recado desta etapa :

    Prepare um material contundente e que contenha o resultado do

    trabalho de anlise. Leve informao conclusiva, no repita em

    detalhes como foi que se chegou aos resultados.

    O frum para divulgao do diagnstico deve ser formado por

    tomadores de deciso que normalmente no dispem de muito

    tempo. Portanto, seja claro e conclusivo.

    Figura 9 - Passo 8

  • BPM Para Todos

    29

    w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    9- Propor o Tratamento

    O grupo j estava bastante combalido, mas aps muito esforo e

    dedicao, conseguimos resgatar os que ainda permaneciam

    atolados na areia movedia. Aproveitando que a espessa neblina que

    encobria todo o pntano se dissipou, nos aproximamos do nosso

    alvo e analisamos com cuidado sua extica compleio fsica.

    Acabamos de tomar conhecimento dos pontos fracos da temvel

    Quimera. Agora precisamos definir as armas e a forma como

    atacaremos a besta que nos impede de progredir no caminho adiante.

    Este o cenrio no qual nos encontramos. Est na hora de criar a

    mudana.

    Retornando para a nossa realidade organizacional, estamos no passo

    conhecido como Desenho de Processos, ou processo To Be que

    nada mais que o momento de, com base no resultado da anlise,

    definir cuidadosamente como o processo dever ser realizado. Quais

    sero as atividades, os participantes, as regras, os caminhos, suas

    dependncias, a tecnologia envolvida e tudo o mais que fizer parte

    da nova realidade do processo.

    Neste ponto ainda estamos trabalhando e avaliando as

    possibilidades. Devemos usar esta etapa para elaborar as mudanas

    necessrias ao processo para que ele alcance os objetivos

    estabelecidos seguindo os princpios de eliminao de desperdcios,

    eliminao de defeitos e entrega de valor para os Clientes.

  • BPM Para Todos

    30 w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Na etapa de propor o tratamento para as doenas dos processos,

    devemos sempre buscar a aprovao estratgica e respeitar alguns

    importantes princpios:

    Eficincia estruturada entre processos

    No criar a excelncia isolada ou funcional. preciso

    sempre projetar a melhoria entendendo o impacto e a

    relao entre processos.

    Melhor interao com Clientes

    Sempre buscar melhorias que eliminem a necessidade de

    contato desnecessrio dos Clientes. Eliminar contatos

    derivados de problemas. O Cliente s deve contatar a

    organizao para aquisio de novos produtos ou servios.

    Outros tipos de contato so, normalmente, para tratamento

    de problemas derivados de processos ruins.

    A qualidade nasce com o incio do processo

    No devemos projetar melhorias que demandam retorno a

    passos anteriores, verificaes de erros, muitos nveis de

    validao e anomalias do tipo. Cada atividade do processo,

    desde o seu evento inicial, deve ser criada com a

    preocupao de que a mesma seja perfeita. Sabemos que a

    perfeio no uma realidade, mas sua busca o cerne de

    toda melhoria.

  • BPM Para Todos

    31

    w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Figura 10 - Passo 9

    Para finalizar este passo, gostaria de trazer uma citao do Guia

    para Formao de Analistas de Processos:

    No vamos desenvolver timas solues para controle de

    reclamaes de Clientes. Vamos analisar e entender o processo

    como (As Is), para depois eliminar os verdadeiros problemas no

    novo processo (To Be).

    Um dos objetivos mais importantes da realizao da anlise e

    desenho de processos (As Is e To Be) permitir a coordenao

    efetiva (orquestrao) do seu funcionamento, e no necessariamente

    trocar ou adicionar tecnologias.

    O processo mais importante o que entrega a melhor experincia

    para os Clientes.

    Todos os outros processos precisam ajudar a viabilizar essa

    entrega.

  • BPM Para Todos

    32 w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    10- Fazer Acontecer Estamos todos diante da Quimera. O grupo j conhece seus pontos

    fracos. A liderana definiu qual ser a sequncia de ataque. Chegou

    a hora da verdade. Aqui descobriremos se seguiremos viagem,

    momentaneamente vitoriosos, ou se todo o esforo anterior foi em

    vo, e diante do primeiro grande desafio, padecemos sem cumprir

    nossa misso...

    Figura 11 - A Quimera

    verdade. Este o ponto onde no h retorno. Se a organizao no

    continuar em frente e no der este importante passo, apenas

    desperdiar recursos e energia.

    Caso seja decidido no tornar real o novo processo, todo o esforo

    de anlise e proposio de melhoria estar comprometido.

  • BPM Para Todos

    33

    w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    No imediatamente, mas em muito pouco tempo, pois o processo

    continuar sua dinmica de mutao, e essa mesma dinmica far

    com que os resultados dantes alcanados no tenham mais tanto

    vnculo com a situao da organizao.

    Este o principal risco de no se tornar em realidade o que j foi

    projetado e aprovado. Isso precisa acontecer com agilidade. O

    mercado e a organizao mudam o tempo todo, e nem sempre as

    mudanas so documentadas e analisadas. Portanto, se fizemos uma

    anlise da situao atual (As Is), entendemos os problemas, e ainda

    criamos a soluo (To Be), o prximo passo precisa ser sua

    realizao Fazer Acontecer!

    A operacionalizao de novos processos no uma coisa trivial,

    pois depende de dois elementos complicadores.

    1- Pessoas

    2- Tecnologias

    Pessoas

    Se a organizao negligenciar a necessidade de envolvimento das

    pessoas neste processo de mudana, fatalmente incorrer na criao

    de resistncia e animosidade. essencial envolver e capacitar os

    colaboradores para que o processo se torne uma realidade

    operacional diria. Caso contrrio, teremos mais um procedimento

    armazenado e no realizado.

  • BPM Para Todos

    34 w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Tecnologias

    Igualmente importante, e invariavelmente exigente, a tecnologia

    necessria para a mudana projetada precisa ser muito bem definida.

    No nada incomum encontrar organizaes que fizeram quase tudo

    certo, mas na hora de implantar o novo processo contendo as

    mudanas tecnolgicas projetadas, ficam patinando em constantes

    falhas sistmicas, novas necessidades tecnolgicas de infraestrutura

    e investimento etc.

    Nem sempre necessrio fazer grandes mudanas tecnolgicas. Na

    realidade, boa parte da tecnologia j est disponvel na organizao,

    bastando apenas um trabalho de recomposio ou reuso das

    solues.

    Como pode imaginar, Pessoas e Tecnologias no so temas simples

    e que podem ser definidos em um pequeno punhado de pginas.

    Conforme o objetivo deste livro, o mais importante para o leitor

    nesse dcimo passo, ter certeza de que no deve negligenciar ou

    subestimar estes dois elementos Pessoas e Tecnologias.

    De nada serve para a organizao ter um monte de diagramas

    retratando os novos e melhorados processos. Para a organizao,

    estas melhorias somente tero utilidade quando forem efetivamente

    praticadas, monitoradas e gerenciadas. Esse o maior desafio.

    Fica a dica:

  • BPM Para Todos

    35

    w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Quando for pensar no dcimo passo, ou melhor, quando a iniciativa

    estiver chegando ao momento de fazer acontecer o que foi projetado

    e aprovado como melhoria de processo, lembre-se de alguns fatores

    decisivos para a sua realizao:

    - Vontade Poltica - Patrocnio

    - Comunicao Organizacional Envolvimento das pessoas

    - Planejamento Responsvel Gesto do projeto de implantao

    - Acompanhamento do andamento Medio e Feedback

    - Entrega Disposio para correr riscos

    Respeitando esses fatores, teremos nossas chances de sucesso

    consideravelmente aumentadas, no entanto, o inverso igualmente

    verdadeiro.

    Figura 12 - Passo 10

  • BPM Para Todos

    36 w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    O que Gesto Por Processos?

    Conforme dito anteriormente ao apresentar os 10 primeiros passos

    para o BPM, vou tentar explicar aqui a diferena mais bsica entre a

    Gesto DE Processos e a Gesto POR Processos.

    O leitor j deve de ter entendido que o BPM prev a realizao de

    um ciclo de vida evolutivo, que inicia com o alinhamento

    estratgico e evolui at a implantao de processos analisados e

    melhorados, sendo que estes processos so constantemente

    monitorados e refinados.

    Esse conjunto de etapas o que basicamente compe o

    Gerenciamento de Processos de Negcio (Gerenciamento de

    Processos Primrios, de Suporte e de Gesto).

    Para uma organizao poder dizer que tem sua gesto feita POR

    processos, ela precisa essencialmente realizar de forma

    estruturada, contnua e institucionalizada todo o ciclo de BPM e,

    alm disso, sua estrutura organizacional (distribuio de

    responsabilidades, cargos, bnus etc.) precisa ser totalmente

    orientada pelos seus processos de negcio.

    Hoje esse cenrio ainda no comum nas organizaes nacionais.

    Porm, j bastante comum encontrar variantes evoludas a partir

    desta concepo, onde as estruturas antigas historicamente

    funcionais, do lugar a estruturas mais maleveis e orientadas por

    seus processos de negcio.

  • BPM Para Todos

    37

    w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Para organizaes mais evoludas, at mesmo seus resultados

    operacionais so compartilhados entre as reas funcionais. As reas

    continuam existindo, mas so transpassadas horizontalmente pelos

    processos primrios, de suporte e gesto. Nessa estrutura temos

    gestores e donos de processos estabelecidos e cuidando dos

    resultados dos processos de negcio, no apenas dos resultados de

    suas reas funcionais.

    Portanto, para simplificar este ponto, suficiente para este livro

    dizer que, a Gesto DE Processos equivalente ao estabelecimento

    de uma estrutura organizacional suficiente para entender e gerenciar

    os seus processos de negcio.

    J a Gesto POR Processos, uma forma avanada e decorrente da

    prtica de Gesto de Processos de Negcio, onde alm da estrutura

    necessria para a realizao do ciclo de vida de BPM, a organizao

    adota como estrutura de gesto o resultado da medio e o

    comportamento dos seus processos de negcio, dissolvendo

    gradativamente as amarras funcionais tradicionais.

    Para tornar um pouco mais evidente as mudanas mais elementares

    nas estruturas de gesto, apresento a seguir dois exemplos simples

    tambm extrados do livro Guia para Formao de Analistas de

    Processos, e que talvez ajudem a vislumbrar a magnitude da

    mudana.

  • BPM Para Todos

    38 w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Estrutura Funcional Tradicional

    As organizaes geridas por estruturas funcionais clssicas so

    adeptas das divises de trabalho baseado na especializao. Este tipo

    de estrutura permite e se sustenta por meio de hierarquias simples e

    com grande capacidade de coordenao, porm, devido ao alto grau

    de relacionamento e dependncia na tomada de deciso, o seu tempo

    de resposta s necessidades de mudana pode ser seriamente

    comprometido. Tradicionalmente este modelo encontrado e

    adotado por organizaes que vivem uma realidade operacional e de

    marketing com poucos produtos e servios.

    Figura 13 - Estrutura Funcional Tradicional

  • BPM Para Todos

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    w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Estrutura Por Processos

    Para o estabelecimento efetivo de uma arquitetura orientada a

    processos, algumas premissas se fazem necessrias:

    Consenso corporativo sobre o que so processos de negcio

    Donos de processos

    Documentao dos processos

    Definio clara da produo de valor

    Certeza da influncia que um processo tem sobre outro

    Entendimento sobre as habilidades necessrias aos processos

    Percepo da qualidade de realizao de cada processo

    Medio do desempenho dos processos

    Decises baseadas em desempenho dos processos

    Alm das premissas at aqui apresentadas, para o estabelecimento

    de uma organizao baseada em processos, alguns novos atores so

    necessrios:

    Gestor de Processo

    o responsvel direto pelo resultado dos processos que compem

    os processos de negcio (Primrios, de Suporte ou Gesto).

  • BPM Para Todos

    40 w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Dono de Processo

    responsvel direto e em ltima instncia pelo processo e seu

    desempenho ao longo do tempo. Este papel pode ser atribudo a um

    indivduo ou at mesmo a um grupo prtica no to comum.

    Figura 14 - Estrutura Por Processos

  • BPM Para Todos

    41

    w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Este captulo foi pensado como um Habilitador situacional. Ou

    num bom portugus, pensei nele como uma forma de ajudar

    organizaes que ainda fazem parte do grupo que no possui uma

    viso consistente sobre todos os seus processos, e pior ainda, no

    tem uma clara viso sobre quais so os seus processos de gesto,

    suporte e primrios.

    Pensei em ajudar essas organizaes a efetivamente dar os primeiros

    passos em direo a Gesto De e Por Processos.

    Figura 15 - Ciclo do Captulo 3

  • BPM Para Todos

    42 w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Como voc deve ter percebido, ao terminar o dcimo passo a

    organizao atravessar a fronteira entre a atual Gesto Funcional e

    a Gesto de Processos de Negcio. Mas, o caminho no encerra a.

    preciso continuar a jornada e realizar o ciclo de vida completo de

    BPM.

    Espero que ao terminar a leitura desta parte voc tenha alcanado

    uma viso clara e abrangente do que precisa ser feito para ajudar sua

    organizao a sair da situao atual.

    Se voc seguir os passos aqui descritos, e obviamente contando com

    ajuda profissional capacitada em BPM, sua organizao finalmente

    sair do gerenciamento reativo e funcional que hoje ainda a

    realidade vigente no mercado, e comear a vivenciar os benefcios

    do Gerenciamento de Processos de Negcio (interfuncionais)

    alinhados e orientados na direo da realizao dos objetivos

    estratgicos.

    Antes de encerrar este bloco dos primeiros passos, preciso responder

    a uma pergunta que tambm ouo com muita frequncia.

    A pergunta :

    - Por quanto tempo podemos ficar sem fazer BPM em nossa

    organizao?

    A resposta igualmente rpida e simples.

  • BPM Para Todos

    43

    w w w . G a r t C a p o t e . c o m

    Eu sempre digo:

    - At quando o Cliente permitir!

    Quando os seus produtos e servios deixarem de agradar, ou no

    tiverem a mesma atratividade, eficincia e eficcia para os seus

    Clientes, talvez seja esse o momento do ponto de inflexo para sua

    organizao. Neste ponto de inflexo, estar ou no buscando o

    Gerenciamento de Processos de Negcio, e conhecer o progresso da

    organizao na jornada, far toda a diferena entre o sucesso e a

    mera sobrevivncia.

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    44 w w w . G a r t C a p o t e . c o m

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