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Borrachas e seus aditivos

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BORRACHAS E SEUS

ADITIVOS

Componentes, Influências e Segredos

ÉLYO CAETANO GRISON EMILTON JUAREZ BECKER

ANDRÉ FRANCISCO SARTORI

BORRACHAS E SEUS

ADITIVOS

Componentes, Influências e Segredos

Porto Alegre 2010

© Copyright de Élyo Caetano Grison

1ª edição: 2010

Colaboradores: Emilton Juarez Becker André Francisco Sartori

Capa: Sten Comunicação

Editoração: [email protected]

F. (51) 3384.8579

ISBN: 978-85-60776-53-5

CYA Soluções Químicas

cya.com.br Fone: +(55) (51) 3205.3535 Fax: +(55) (51) 3205.3500

R. Veríssimo Rosa, 311 90610-280 – Porto Alegre, RS

Fone/fax: (51) 3384.8579 www.letraevida.com.br – [email protected]

O Senhor te abençoe e te guarde; O Senhor faça resplandecer

o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti;

O Senhor levante sobre ti o seu rosto, e te dê a paz.

Números 6, v 24-26

APRESENTAÇÃO O conhecimento humano atual é fruto de um trabalho acumulado ao

longo dos séculos, em que pessoas das mais diferentes nacionalidades têm contribuído para o aprimoramento deste acervo, o qual deve estar disponível a todos que buscam soluções para os problemas da humanidade.

Lendo a história da ciência, verifica-se que milhares de pensadores contribuíram com o pouco ou o muito que puderam, o que permitiu que ocorressem os grandes avanços do conhecimento humano.

Após essas leituras, estou convencido de que não basta apenas adquirir conhecimentos, é necessário disponibilizá-los para que todos possam ter acesso a fim de melhorar seu aprendizado e tornar seu trabalho mais profícuo.

Neste sentido, após mais de 40 anos envolvido com a indústria da bor-racha, verifico ter atingido um bom nível de conhecimento neste setor, que desejo partilhar com todos os interessados.

Hoje, com a facilidade que a informática disponibiliza, as informações desejadas tornaram-se acessíveis a quem as desejar. Contudo, informação não é tudo, pois ela só adquire valor quando decodificada (entendida) e posta em prática – o que significa transformá-la em conhecimento – que é o que realmente tem valor.

Como sozinho é muito difícil produzir algo de real valor, muito cedo aprendi que para ser melhor é necessário juntar-se aos melhores.

Por isso, logo que o esboço deste trabalho ficou delineado, procurei parceiros entre os melhores em atividade no mercado. O resultado desta parceria está em suas mãos.

O objetivo desta obra é facilitar o acesso a informações da área de e-lastômeros, de um modo resumido e direto quanto aos tópicos abordados, selecionados pelas experiências profissionais vividas neste setor. Assim, este trabalho não pretende ter ou indicar as soluções para os problemas da industrialização da borracha e sim indicar produtos e suas respectivas características, aplicações, fornecedores além de preservar o histórico de fabricantes e de marcas comerciais atuais e antigas. Muitas informações certamente serão de grande utilidade, e por isso estamos oferecendo aquilo que nos parece ser bom. Porém é necessário que cada profissional busque conhecer a fundo cada necessidade específica através de outras obras es-pecializadas complementares.

Porto Alegre, abril de 2010.

SUMÁRIO I – Elastômeros ou Borrachas / 21 1 – Elastômero Natural – NR / 22 2 – Elastômero de Estireno-Butadieno – SBR / 23 3 – Elastômero de Polibutadieno – BR / 24 4 – Elastômero de Etileno-Propileno – EPDM / 25 Polinorborneno / 26 5 – Etileno-Vinil-Acetato – EVA / 27 6 – Elastômero Butílico – IIR / 28 7 – Elastômero Bromobutílico – BIIR / 28 8 – Elastômero Clorobutílico – CIIR / 29 9 – Elastômero de Policloropreno – CR / 29 10 – Polietileno Clorado – CPE / 30 11 – Polietileno Clorossulfonado – CSM / 31 12 – Elastômeros de Acrilonitrila-Butadieno – NBR / 31 13 – Elastômero Poliacrílico – ACM/EAM / 33 14 – Elastômeros de Silicone – MQ / 33 15 – Fluoroelastômeros – FKM / 35 16 – Regenerado – Borracha Regenerada / 35 17 – Regenerado Butil / 36 18 – Elastômero de Poliuretano – PUR / 36 19 – Elastoplásticos ou Elastômeros Termoplásticos – TPE / 37 20 – Elastômeros Epicloridrina – CO / ECO / GECO / 38 II – Tipos de Aditivos / 41 1 – Abrasivos / 42 2 – Aceleradores de Vulcanização / 43 3 – Adesivos Metal-Borracha / 45 4 – Agentes Antirreversão / 46 5 – Agentes de Coesão / 46 6 – Agentes de Cura / 47 7 – Agentes de Escoamento – Flow / 48 8 – Agentes de Pegajosidade – Tackfiers / 48 9 – Agentes Hidrofílicos (Liófobos) / 49 10 – Agentes Hidrofóbicos (Liofílicos) / 49

11 – Amolecedores ou Softners / 50 12 – Antichama / 50 13 – Antiestáticos / 53 14 – Antimigrantes / 53 15 – Antioxidantes / 54 16 – Antiozonantes / 55 Classificação Química / 56 17 – Aromatizantes / 56 18 – Ativadores / 57 19 – Auxiliares de Processo / 59 20 – Branqueadores óticos / 59 21 – Cargas / 60 22 – Coagentes de Cura Peroxídica / 62 Dosagem / 62 23 – Desmoldantes / 63 24 – Doadores de Enxofre / 64 25 – Endurecedores / 65 26 – Estabilizadores Dimensionais / 66 27 – Estabilizantes Térmicos / 66 28 – Expansores / 67 29 – Factis ou Fátices / 68 30 – Fibras / 68 31 – Homogeneizadores / 69 32 – Dispersantes / 70 33 – Inibidores / 70 34 – Isolantes Elétricos / 71 35 – Lubrificantes / 72 36 – Microbiocidas / 72 37 – Mistura-padrão / 73 38 – Neutralizadores de Acidez / 74 39 – Normas de Controle de Qualidade / 75 40 – Peptizantes / 78 41 – Peróxidos Orgânicos / 79 42 – Pigmentos / 82 43 – Plastificantes / 83 44 – Retardadores / 84 45 – Silanos / 85 46 – Solventes / 94

III – Produtos / 97 1 – Ácido Benzoico / 98 2 – Ácido Esteárico / 98 3 – Adesivo Metal-Borracha / 99 4 – Alumina: Al2O3 . 6H20 / 99 5– Aminox / 99 6 – Asfalto / 100 7 – Baquelite / 100 8 – Bentonita Sódica / 100 9 – BHT / 101 10 – Bisfenol A / 101 11 – Breu / 101 12 – Carbonato de Cálcio – CaCO3 / 102 13 – Carbeto de Silício / 103 14 – Caulim / 103 15 – CBS – N-Ciclohexil-Benzotiazil-Sulfenamida / 103 16 – Cera de Carnaúba / 104 17 – Cera de Polietileno / 104 18 – Cortiça / 105 19 – Dessecantes / 105 20 – Diatomita / 106 21 – Dióxido de Silício – SiO2 / 106 22 – Dióxido de Titânio – TiO2 / 108 23 – Dolomita / 109 24 – Di-Octil-Ftalato – DOP / 109 25 – Difenil-Guanidina – DPG / 109 26 – Ebonite / 110 27 – Elementos Restritos / 110 28 – EMCA Sol – quantiQ / 115 29 – Enxofre – S / 116 Enxofre Insolúvel / 117 30 – Estearato de Potássio / 118 31 – Estearato de Sódio / 118 32 – Estearato de Zinco / 118 33 – ETU – Etileno Tiureia / 118 34 – Farinha de Madeira / 119 35 – Grafite em Pó / 119 36 – HMT – Hexametileno Tetramina – Urotropina / 120 37 – Kezadol / 120 38 – Litargírio – PbO / 121

39 – Litopônio / 121 40 – MBS – 2-Morfolinotiobenzotiazol / 121 41 – MBT – Mercaptobenzotiazol / 122 42 – MBTS – Dissulfeto de Benzotiazila / 123 43 – Mica / 124 44 – Mínio – Pb3O4 / 124 45 – Negros de Fumo – Carbon Black / 124 46 – Nonox OD / 130 47 – Octamine / 130 48 – Óleo Plastificante Aromático / 131 49 – Óleo Plastificante Parafínico / 131 50 – Óleo Plastificante Naftenico / 132 51 – Óleo de Rícino / 133 52 – Óleo de Silicone / 133 53 – Óleo Essencial de Pinho / 133 54 – Óxido de Cálcio – CaO / 133 55 – Óxido de Ferro – FeO / 134 56 – Óxido de Magnésio – MgO / 135 57 – Óxido de Zinco – ZnO / 136 58 – Parafina / 137 59 – Parafina Clorada / 137 60 – Polietileno Glicol – PEG / 137 61 – Pentaeritritol / 138 62 – Plastificantes / 138 63 – Plastificantes Poliméricos / 139 64 – Pó de Borracha / 139 65 – Pó de Teflon / 140 66 – Quartzita – Pó de Quartzo Micronizado / 140 67 – Resina Fenólica Reativa (tipo Novolaca) / 141 68 – Resina Fenólica Não Reativa / 141 69 – Resina de Cumarona Indeno / 141 70 – Resina Taquificante / 142 71 – PVI – Inibidor de Vulcanização / 142 72 – S-6H / 143 73 – Sillitin / 143 74 – Struktol A-60 / 143 75 – Struktol SU-95 / 144 76 – Struktol WB-212 / 144 77 – Struktol WB-300 / 144 78 – Struktol WB-700 / 144

79 – Struktol WB-900 / 1144 80 – TAC Coagente / 145 81 – TAIC Coagente / 145 82 – Talco / 145 83 – TETD / 147 84 – THOR MD / 147 85 – TMTD / 148 86 – TMTM / 149 87 – TRIM Coagente / 149 88 – TSH – Tolueno-Sulfonil-Hidrazida / 150 89 – OBSH – Oxibis-Benzeno-Sulfonil-Hidrazida / 150 90 – Unilene / 150 91 – Urotropina – HMT / 151 92 – Vaselina / 151 93 – Vulcacel BN 94 – DNPT / 151 94 – Vulcatard A / 152 95 – Vulcanox 4020 – 6PPD / 152 96 – ZBDC / 152 97 – ZDEC / 153 98 – ZMBT / 154 99 – ZMDC / 155 100 – ZBEC / 155 IV – Informações Gerais / 159 1 – Densidade / 160 2 – Correlação de ensaios entre normas / 162 3 – Características dos Fluidos para ensaios ASTM D-471 / 163 4 – Fatores de conversão de unidades / 163 5 – Condutividade Térmica / 164 6 – Transporte de Produtos Químicos Perigosos / 164 7 – Propriedades físico-químicas dos elastômeros / 165 8 – Tabela Periódica dos Elementos / 168 9 – Tabela de temperaturas de trabalho dos elastômeros / 169 V – Siglas e Símbolos / 173

VI – Marcas Comerciais / 183

VII – Referências / 203

Elastômeros ou Borrachas 21

I

ELASTÔMEROS OU

BORRACHAS

Nesta primeira parte apresentamos os elastômeros mais comumente utilizados, tipos, características, para facilitar a escolha correta

de acordo com a aplicação pretendida.

22 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

01 Elastômero Natural – NR Nome usual: Borracha Natural A borracha natural é o único elastômero extraído de fonte perene, a

seringueira: Hevea brasiliensis. Todas as demais são borrachas sintéticas, obtidas a partir, em sua

maioria, de derivados do petróleo. Seguem no quadro abaixo os tipos mais comuns de borracha natural. Além destes, existem muitos outros tipos disponíveis no mercado.

Para maiores informações consultar norma NBR 11.597 disponível no site da ABNT (www.abnt.org.br).

Padrões Brasileiros

GEB Granulado Escuro Brasileiro

CEB Crepe Escuro Brasileiro

GCB Granulado Claro Brasileiro

CCB Crepe Claro Brasileiro

Padrões Internacionais

RSS-1 SAR

Ribbed Smoked Sheet (Retalhos de Folha Fumada) Standard African Rubber (Borracha Natural Padrão Africa)

SIR Standard Indonesian Rubber (Borracha Natural Padrão Indonésia)

SMR Standard Malaysian Rubber (Borracha Natural Padrão Malásia)

SSR Standard Singapore Rubber (Borracha Natural Padrão Singapura)

SVR

Standard Vietnam Rubber (Borracha Natural Padrão Vietnam)

TSR Technically Specified Rubber (Borracha Natural Tecnicamente Especificada)

TTR Thailand Technically Specified Rubber

Quadro 1 – Tipos de borracha natural mais comuns no mercado. A borracha natural é a mais elástica, chegando a atingir alongamento

de 900% em relação ao comprimento inicial. A flexibilidade e resiliência são outras propriedades características.

Juntando à borracha natural uma boa percentagem de polibutadieno se consegue os melhores valores de resiliência, que é a capacidade de de-volver energia mecânica recebida.

Elastômeros ou Borrachas 23

A NR não resiste aos derivados de petróleo (solventes, óleos, com-bustíveis, lubrificantes) nem ao ozônio, à radiação solar (UV) e ao in-temperismo (luz, variação de temperatura, gases, poeiras, umidade).

A faixa de temperatura que o produto de borracha natural suporta vai de -20°C a +70°C. A vulcanização é feita a 145°C. A temperaturas aci-ma desta, o material decompõe-se formando resíduo pegajoso. Para evi-tar esse fenômeno, basta adicionar 20 partes de polibutadieno, podendo-se assim trabalhar sem problemas com temperaturas até 150°C.

Por sua alta insaturação (sítios reativos), requer alto teor de enxofre (2,5 phr) e baixa dosagem de acelerador (1 phr) para obter bom nível de vulcanização.

A borracha natural é compatível com a maioria dos elastômeros ou borrachas.

As melhores propriedades mecânicas da borracha ocorrem quando ela tem a menor aditivação de componentes.

Quanto maior a quantidade de produtos a ela incorporados menor a sua resistência, resiliência, flexibilidade e elasticidade. Como ela se degrada facilmente sob o efeito da luz e do calor, esta é aditivada com agentes de proteção: antioxidantes e antiozonantes que garantem longa durabilidade.

02 Elastômero de Estireno-Butadieno – SBR Nome usual: SBR O Elastômero de SBR é sintético, mas é bastante parecido com a

borracha natural, embora menos elástico, é mais homogêneo. A vulcanização é feita a temperaturas que vão desde 120°C a 170°C. A dosagem normal de enxofre é de 2,0 phr e de 1,5 a 2,0 phr de ace-

lerador. A melhoria das propriedades físico-mecânicas é obtida com a adição de

cargas reforçadoras: negros de fumo das séries 200 e 300 e sílicas precipitadas. O SBR é compatível com a maioria dos elastômeros, ou seja: mistu-

ra bem com outros tipos de borracha. O SBR não resiste a derivados de petróleo, ozônio, radiação UV. A faixa de temperatura para uso normal vai de -5°C a +75°C. É a borracha mais consumida no mundo porque é utilizada na fabri-

cação da maior parte de pneus, além de grande quantidade de artefatos para as mais variadas aplicações.

24 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

A borracha SBR é obtida pelo processo de emulsão e por isso pode conter um teor de umidade de até 0,5%.

Quando obtida pelo processo em solução é identificada como SSBR e não contém umidade.

SBR 1502 SSBR 4525 SBR 1712 SSBR 4525A

Os SBR e SSBR comuns apresentam aproximadamente 23% de esti-reno e 77% de butadieno.

Produtos com alto teor de estireno apresentam combinação inversa: S-6H tem 83% de estireno e apenas 17% de butadieno.

Marcas comerciais: Elastômero Estireno-Butadieno

Produto Fabricante Krylene Bayer (atual Lanxess) Polysar Bayer (atual Lanxess) Krynol Bayer (atual Lanxess) Buna SE Lanxess Cariflex SBR Shell Duradene Firestone Hycar B. F. Goodrich Nitrigum Nitriflex (grau alimentício) Nitrisum Nitriflex (grau alimentício) Petroflex SBR Petroflex (atual Lanxess) Buna SB Dow Europrene Enichem (atual Polimeri Europa) Arpol PASA Polimer ISP

Quadro 2 – Marcas comerciais: Elastômero Estireno-Butadieno.

03 Elastômero de Polibutadieno – BR Nome usual: BR O polibutadieno é o elastômero mais resiliente, embora suas proprie-

dades mecânicas sejam discretas. Adicionado à NR melhora a resiliência e viabiliza a vulcanização acima de 145°C sem que ocorra a decomposi-ção da borracha natural.

Não resiste a derivados de petróleo, ozônio e radiação UV (radiação solar).

Elastômeros ou Borrachas 25

É compatível com NR, SBR, SSBR, CR e NBR. Em alguns tipos de misturas que aderem fortemente aos cilindros do misturador aberto, é adicionado (10 a 20 partes) para soltar a banda.

O BR melhora a resistência à abrasão, mas interfere na adesão dimi-nuindo a coesão.

Marcas comerciais: Elastômero Polibutadieno BR Produto Fabricante Ameripol B. F. Goodrich Budene Goodyear Chemical Buna CB Bayer (atual Lanxess) Butarez CTL Phillips Petroleum Co. Butofan Basf Cariflex BR Shell Química Cisdene BR Stauffer Coperflex BR Petroflex/Coperbo (atual Lanxess) Diene BR Firestone Duragene General Tire Rubber Co. Europrene Enichem (atual Polimeri Europa) Intene Enichem (atual Polimeri Europa) JSR-BR Japan Synthetic Rubber Co. PET CIS CBR Petrokimya Buna CIS Dow

Quadro 3 – Marcas comerciais: Elastômero Polibutadieno.

04 Elastômero de Etileno-Propileno – EPDM Nome usual: EPDM O EPDM é um elastômero sintético não resistente a derivados de pe-

tróleo, mas resistente a ozônio, intemperismo, radiação UV e temperatu-ras em condições de trabalho até 140°C. Faixa de temperatura de uso: -20°C a +140°C.

O EPDM é compatível com CR, IIR, BIIR, CIIR, CPE. Para mistu-rar EPDM com NR ou com SBR usam-se compatibilizantes: asfalto (em misturas pretas) ou resina Unilene A 80 (10 phr) em misturas de cor clara. Outros homogeneizantes também podem ser utilizados.

O EPDM é o elastômero com maior capacidade de incorporar car-gas. A cura pode ser peroxídica (2,5 phr de peróxido puro ou 6,0 phr de peróxido 40%) ou com doadores de enxofre.

A vulcanização (cura com enxofre) é mais viável sempre que o teor de ENB (comonômero Etileno-Norborneno) é igual ou maior de 7,5% em peso

26 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

e quando somente há EPDM no composto como elastômero. Quando mis-turar EPDM com NR ou SBR, a vulcanização ocorre normalmente a 150°C com 1,5 phr de MBTS, 0,5 phr de TMTD e 2,0 phr de Enxofre.

O EPDM requer temperaturas de cura acima de 150°C e normalmente é feita entre 160°C e 175°C. Este elastômero, por ter elevado teor de olefi-nas (polietileno, polipropileno), não apresenta boas características de ade-são.

Com a inclusão de CR no composto (15 a 20 partes) este problema fica satisfatoriamente resolvido.

A mistura mais importante feita com EPDM foi desenvolvida pela Uniroyal e levou o nome Royaltherm. O Royaltherm é uma mistura de EPDM com 40% de Elastômero de Silicone. A cura é feita com peróxi-do, com ou sem coagente, a 165/175°C. O produto final é resistente ao ozônio, intemperismo, UV e temperatura um pouco acima de 150°C.

Pelo seu elevado teor de poliolefinas (etileno + propileno), tem resis-tência à ação de vasta gama de solventes usuais, como acetato de etila.

Marcas comerciais: Elastômero EPDM

Produto Fabricante Buna EP Bayer (atual Lanxess) Dutral Enichem (atual Polimeri Europa) Epcar B.F.Goodrich Epsyn Copolymer Rubber Esprene Sumitomo Keltan DSM Nordel Dow Royalene Uniroyal (atual Lion) Royaltherm Uniroyal (atual Lion) Royaltuf Uniroyal (atual Lion) Trilene (EPDM líquido) Uniroyal (atual Lion) Vistalon Enjay Chem (atual Exxon Mobil Chemical)

Quadro 4 – Marcas comerciais: Elastômero EPDM. Polinorborneno É um elastômero de elevada massa molar e grande compatibilidade

com plastificantes e facilmente misturado com outros elastômeros, so-bretudo do tipo EPDM.

Tem boas propriedades dinâmicas que possibilitam a obtenção de produtos de baixa dureza (15 Shore A).

Pode ser utilizado na produção de componentes automotivos ou ou-tras aplicações industriais.

Elastômeros ou Borrachas 27

Apresenta excelente resistência mecânica, boas propriedades a baixa temperatura, baixa deformação, boa resistência a temperaturas até 90°C, excelente resistência à água, moderada resistência ao óleo, boa resistên-cia ao ozônio e excelente adesão ao metal.

Como aplicação, podem-se citar usos nos segmentos automotivo, naval, elétrico, construção civil, calçados e outros.

No mercado este produto é encontrado sob marca comercial Norso-rex, sendo o fabricante a NIPPON-ZEON.

05 Etileno-Vinil-Acetato – EVA Nome usual: EVA O EVA pode ser industrializado como plástico (filmes) ou como

elastômero. Como plástico é adequado para a produção de filmes trans-parentes, resistentes e impermeáveis (líquidos e gases); à medida que aumenta o teor de acetato. Apresenta blocking muito intenso e para di-minuí-lo mistura-se PEBD, conseguindo-se eliminar quase totalmente o pro- blema. Com 0,25 pcr de erucamida, elimina-se completamente o blocking.

Como elastômero, o EVA é expandido com azodicarbonamida e curado com peróxido, sendo utilizado para fabricação de placas para calçados, forro para vestuário de inverno, roupas de mergulho, tapetes, pisos, pastas, flutuadores, pranchas.

Nos compostos de NR, SBR e EPDM, uma partição de 20 phr de EVA desenvolve no produto uma compactação e brilho final de interesse pelo bom visual.

Marcas comerciais: EVA

Produto Fabricante Tritheva Petroquímica Triunfo Elvax Du Pont Evatane Elf Atofina (atual Arkema) Levamelt Bayer (atual Lanxess) Levapren Bayer (atual Lanxess) Petrothene Poliolefinas (atual Braskem) Ultrathene Poliolefinas (atual Braskem) Vynathene U.S.T Chemicals Copolímero de EVA Braskem Copolímero de EVA Quattor (atual Braskem)

Quadro 5 – Marcas comerciais: EVA.

28 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

06 Elastômero Butílico – IIR Nome usual: Borracha Butil O elastômero butílico começou a ser produzido em 1941 durante a II

Grande Guerra. Por apresentar alta impermeabilidade ao ar, passou a substituir a borracha natural nas câmaras de ar dos pneus.

Tem baixa resistência mecânica, mas resiste a altas temperaturas. É compatível com EPDM. Pode ser curado com peróxido ou vulcanizado com doadores de enxofre. Apresenta baixo grau de insaturação, por isso sua vulcanização é difícil e exige um sistema fortemente reativo, já que seu índice de insaturação vai de 0,7 a 2,2%.

Marcas comerciais: IIR

Produto Fabricante Bucar Cities Service Co. Columbian Div. Butyl Rubber Columbian Carbon Co. (1960) JSR Butyl JSR Corporation Exxon Butyl Exxon Mobil Chemical Polysar (atual Lanxess Butyl) Bayer (atual Lanxess)

Quadro 6 – Marcas comerciais: IIR.

07 Elastômero Bromobutílico – BIIR Nome usual: Borracha Bromobutil A B. F. Goodrich foi a primeira empresa a comercializar a borracha sin-

tética bromobutil, mas ficou inviável no mercado pelos custos de produção. Em 1971, a Polysar lançou no mercado a Bromobutyl X2 produzida

em processo contínuo. A BIIR tem baixa permeabilidade ao ar, alta resistência ao ozônio,

intemperismo e radiação UV. Não apresenta boa resistência a derivados de petróleo.

Ela pode ser curada com 3 phr de óxido de zinco e 7 phr de resina SP-1045 da Schenectady/CRIOS. Pode ser vulcanizada com doadores de enxofre a 165°C e tem resistência mecânica intermediária. Pode, ainda, ser curada com peróxidos com ou sem coagentes.

A BIIR é compatível com IIR, CIIR, EPDM, CR.

Elastômeros ou Borrachas 29

Marcas comerciais: BIIR Produto Fabricante Polysar (atual Lanxess Bromobutyl) Bayer (atual Lanxess) Exxon Bromobutyl Exxon Mobil Chemical JSR Bromobutyl JSR Corporation

Quadro 7 – Marcas comerciais: BIIR.

08 Elastômero Clorobutílico – CIIR Nome usual: Borracha Clorobutil A borracha clorobutil foi lançada no mercado em 1960 pela Exxon

Chemical Company. Ela contém em torno de 1,8% de cloro. Possui as mesmas propriedades das outras borrachas butílicas (IIR, BIIR) e pode ser curada com peróxido ou vulcanizada com doadores de enxofre.

Para absorver o cloro lábil, é recomendado incluir um phr de óxido de magnésio na fórmula da composição.

Marcas comerciais: CIIR

Produto Fabricante Polysar (atual Lanxess Chlorobutyl) Bayer (atual Lanxess) Exxon Chlorobutyl Exxon Mobil Chemical JSR Chlorobutyl JSR Corporation

Quadro 8 – Marcas comerciais: CIIR.

09 Elastômero de Policloropreno – CR Nome usual: Policloropreno Há dois tipos básicos de policloroprenos: – tipos de uso geral: industrializados por extrusão, calandragem, in-

jeção, moldagem por compressão. São representados pelas letras G, W e T (Du Pont), contratipos, respectivamente 610, 210 e 215 (Lanxess); caracterizam-se pela baixa cristalização;

– tipos adesivos: que são identificados pelas letras AD, AF, CG (Du Pont) e C 320, ALX 350 e ALX 253 (Lanxess); se caracterizam pela alta cristalização que simula elastômero curado.

Os policloroprenos resistem bem ao ozônio, intemperismo, radiação UV. Resistem regularmente a derivados de petróleo. Podem ser utiliza-dos em ampla faixa de temperatura: -30°C a + 100°C.

30 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

São compatíveis com NR, BR, SBR, SSBR, NBR, EPDM, IIR, BI-IR, CIIR. A cura é feita com 5 phr de óxido de zinco, 4 phr de óxido de magnésio e 0,25 phr de ETU. A adesão a metal é muito boa e o proces-samento, relativamente fácil.

Para obter boa moldagem, basta incorporar 10 a 20 partes de EPDM ou elastômero CIIR.

Exposto ao intemperismo, o CR desenvolve coloração amarelada.

Marcas comerciais: CR Produto Fabricante Baypren Bayer (atual Lanxess) Butaclor Distugil (atual Polimeri Europa) Denka Chloroprene Denka U.S. Neoprene Du Pont

Quadro 9 – Marcas comerciais: CR. 10 Polietileno Clorado – CPE

Nome usual: CPE O CPE começou a ser comercializado em 1971 pela Dow Chemical

com o nome Tyrin. O teor de cloro do CPE varia entre 25% e 42%. Au-mentando o teor de cloro, aumenta o poder de barreira a gases (imper-meabilidade).

O CPE é facilmente processado em cilindro pré-aquecido, ou quan-do for previamente misturado com DOP. Ao formar massa gelatinosa homogênea, pode ser processado em misturador aberto. Para absorver o cloro lábil, convém incluir na fórmula de composição cerca de 10 phr de óxido de magnésio.

O teor de peróxido 40% é de 8 phr, o que significa 3,2 phr de peró-xido puro. A cura é feita a 150°C/165°C com ou sem coagente.

Marcas comerciais: CPE

Produto Fabricante Tyrin Dow Elaslen Showa Denko Elastomers

Quadro 10 – Marcas comerciais: CPE.

Elastômeros ou Borrachas 31

11 Polietileno Clorossulfonado – CSM Nome usual: Hypalon Foi em 1952 que a E. I. Du Pont ofereceu ao mercado o Hypalon. Os

teores de cloro variam entre 23% e 43%. O Hypalon apresenta boas propriedades mecânicas e resiste bem ao

intemperismo, ozônio e UV. É impermeável a gases, tem excelente fle-xibilidade e resistência à abrasão. Tem propriedades de autoextinção ao ser afastado da chama.

Por causa dos grupos sulfônicos, os cloros na cadeia polimérica são menos lábeis do que ocorre em outros polímeros halogenados, por isso não desenvolve cor amarela ao ser exposto ao intemperismo.

Contudo, o Hypalon apresenta um ponto fraco: é atacado por vapor de água (a quente). O Hypalon 4085 (36% Cl2) resiste bem a óleos plas-tificantes aromáticos aquecidos a 100°C, a ácidos oxigenados (HNO3), a hidrocarbonetos aromáticos (BTX) e alcoóis.

Pode ser curado de várias maneiras: aceleradores, Litargírio, Magné-sio, Pentaeritritol.

Utilizado na produção de adesivos, exposto ao intemperismo, não al-tera a cor, desde que estabilizado e protegido contra absorção de água.

12 Elastômeros de Acrilonitrila-Butadieno – NBR Nome usual: Borracha Nitrílica Durante muito tempo foi conhecido pelo nome Buna N. A família de

elastômeros NBR é muito grande e pode ser vista de várias maneiras.

I – Diferentes teores de acrilonitrila (ACN): Baixo teor ACN<30% Médio teor 30% >ACN <40% Alto teor ACN>40% O teor de ACN responde pela resistência a derivados de petróleo e o

teor de butadieno responde pela flexibilidade.

II – NBR Carboxilada: XNBR é um NBR carboxilado que tem baixo teor de ACN e apre-

senta melhor resistência à abrasão do que os NBR normais.

32 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

III – NBR Hidrogenada – HNBR: Nome usual: Therban O elastômero nitrílico hidrogenado (HNBR), além da resistência a

derivados de petróleo, intemperismo, radiação UV, também apresenta resistência a temperaturas elevadas (150°C).

IV – NBR + PVC Os elastômeros nitrílicos são muito compatíveis com PVC e no mer-

cado são comercializados vários tipos.

Marcas comerciais: NBR Produtos Fabricantes Arnipol Pasa Chemigum Goodyear Krynac Bayer (atual Lanxess) Nipol Zeon Nitriflex N Nitriflex Nysyn Copolymer Rubber Paracryl Uniroyal (atual Lion) Perbunan Bayer (atual Lanxess) Thoran Petroflex (atual Lanxess) Europrene N Polimeri Europa JSR N JSR Corporation NBR LG Chem Ltd Nancar Nantex Industry Co.

Quadro 11 – Marcas comerciais: NBR.

Marcas comerciais: NBR/PVC Produtos Fabricantes Arnipol OZO Pasa Nitriflex N. 7400 N. 7800 Nitriflex Thoran N-OZO Petroflex (atual Lanxess) JSR N JSR Corporation Europrene N-OZO Polimeri Europa Nipol Zeon

Quadro 12 – Marcas comerciais: NBR/PVC.

Marcas comerciais: HNBR Produtos Fabricantes Therban Bayer (atual Lanxess) Zetpol Zeon

Quadro 13 – Marcas comerciais: HNBR.

Elastômeros ou Borrachas 33

13 Elastômero Poliacrílico – ACM/EAM Nome usual: Borracha Poliacrílica A borracha poliacrílica tem alta resistência ao calor e a derivados de

petróleo. Coube à B. F. Goodrich lançá-la no mercado em 1948 com a marca comercial Hycar.

O grau de insaturação é baixo: de 1,0 a 5,0%. A faixa de temperatura de uso vai de -40°C a +204°C.

Resiste bem a ozônio, solventes alifáticos, mas tem baixa resistência à tração (7 a 15 MPa, no máximo).

Marcas comerciais: Borracha Poliacrílica Produtos Fabricantes Cyanacryl American Cyanamid Hicryl (não mais produzida) Petroflex Hycar B. F. Goodrich Hytemp Zeon Vamac Du Pont

Quadro 14 – Marcas comerciais: Borracha Poliacrílica.

14 Elastômeros de Silicone – MQ Nome usual: Silicone Os elastômeros de silicone caracterizam-se pela resistência à ampla

faixa de temperaturas, ou seja, de -20°C a +180°C, com eventuais picos de 250°C. Não resistem a derivados de petróleo, álcalis e ácidos concen-trados, mas resistem bem ao intemperismo, ozônio, radiação UV e tem-peraturas elevadas.

Os silicones têm propriedades mecânicas intermediárias (10MPa) e são adequados para produtos em contato com alimentos. São curados com peróxidos do tipo: peróxido de dicumila; 2,5 – Dimetil – 2,5 Di (terc-butil-peróxido) hexano; peróxido de Di (2,4-dicloro-benzoila). A dosagem usual é em torno de 0,8 phr, mas com peróxido de Di (2,4-dicloro-benzoila) a dosagem pode ser menor.

A pós-cura é feita a 200°C durante aproximadamente uma hora para eliminar resíduos da reação de cura e torná-los inodoros, insípidos e não tóxicos, portanto, adequados para contato com alimentos.

Como aditivos de SBR e EPDM, os silicones melhoram o escoamen-to, o aspecto e o acabamento superficial. São fornecidos em diversas durezas, que variam de 20 a 80 Shore A.

34 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

O desmoldante para silicone é um tensoativo (do tipo lava-louças). Aplicando emulsão de silicone ao molde, o composto tende a aderir, para tanto são utilizados semipermanentes adequados para este fim.

Nas moléculas de borracha de silicone, a presença dos grupos metil e silanol são fundamentais, no entanto, a substituição de pequena quan-tidade dos grupos metil por grupos fenil e/ou vinil e/ou flúor pode gerar famílias de silicones com diferentes variações de propriedades.

Os Fluoro-silicones apresentam excelente resistência a hidrocarbo-netos, combustíveis, óleos sintéticos e minerais, graxas e todos tipos de fluidos hidráulicos. A temperatura típica de operação atinge faixa de -60°C a 180°C, ou 250°C intermitentes. É largamente utilizado para selos estáticos em sistemas de combustível aeroespacial. Sua maior utili-zação é limitada por causa da alta permeabilidade a gases, baixa resis-tência à tensão de ruptura e pobre resistência ao rasgo e à abrasão.

A ASTM estabeleceu a seguinte designação para os elastômeros de silicone:

– MQ = Metil-Silicone; – VMQ = Vinil-Metil-Silicone; – PMQ = Fenil-Metil-Silicone; – PVMQ = Fenil-Vinil-Metil-Silicone; – FVMQ = Fluoro-Vinil-Metil-Silicone.

Marcas comerciais: Silicone Produtos Fabricantes Silicone Guandong Charming Co, Ltd. Baysilone Bayer Elastosil Wacker Powesil Wacker Rhodorsil Rhodia (atual Bluestar Silicones) RTV GE (atual Momentive) HT-1 Aditivo para altas temperaturas Dow Corning Silastic Dow Corning Silcoset ICI Silicone SWS Siliconer Corp. Silicone Union Carbide Silmate GE (atual Momentive) Silopren Bayer Sylgard Dow Corning Tufel GE (Grau alimentício) Silicone KE Shin-Etsu Silicones

Quadro 15 – Marcas comerciais: Silicone.

Elastômeros ou Borrachas 35

15 Fluoroelastômeros – FKM Os fluoroelastômeros são especiais por apresentarem excepcional

desempenho frente a severas condições de uso. Resistem a derivados de petróleo, temperaturas elevadas (200°C), meio agressivo (ácido). Não curados, são solúveis em ésteres e cetonas.

Os agentes de cura normalmente vêm incorporados ao elastômero. Temperatura de cura: 170/180°C e pós-cura: 200°C (de 1 a 72 horas) conforme o caso. A pós-cura é importante porque, além de eliminar re-síduos da reação, alivia tensões internas do produto, aprimorando suas propriedades para melhor desempenho em sua utilização.

Faixa de temperatura: -40°C a +200°C. A carga mais utilizada é o Negro de Fumo Thermax N-990. A Columbian também produz um Ne-gro de Fumo CD 7061 para esta aplicação.

Marcas comerciais: Fluoroelastômeros

Produtos Fabricantes FKM 3F Levatherm Lanxess Aflas Asahi Glass Co. Dyneon 3M Fluorel 3M Gabroflon Solvay Tecnoflon Solvay Viton Du Pont

Quadro 16 – Marcas comerciais: Fluoroelastômeros.

16 Regenerado – Borracha Regenerada Os pneus velhos até pouco tempo se constituíam em lixo muito incô-

modo. Hoje, com o desenvolvimento de unidades de reciclagem, eles se constituem numa fonte inesgotável de matéria prima de consumo garantido.

O pneu reduzido a pó (pó de pneu) é utilizado como carga em com-postos moldados por compressão.

Graças aos novos sistemas de regeneração, o pó é tratado quimica-mente, podendo recuperar parte do elastômero, o qual representa em torno de 45% em peso no pneu. O regenerado é um material de baixo custo que pode ser utilizado na produção de novos artefatos, desde que não tenham contato com alimentos.

36 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

O regenerado, com o novo sistema de vulcanização, atinge normal-mente 60 Shore A de dureza.

A caracterização mais importante do Regenerado é o RHC – Rubber Hydrocarbon Content, ou seja, teor de hidrocarbonetos borracha, pois o óleo plastificante, embora seja hidrocarboneto, não pode ser considerado borracha.

Um bom regenerado precisa ter um RHC de pelo menos 45%. Em alguns casos, o regenerado se constitui em excelente aditivo para pro-mover a estabilidade dimensional do produto.

17 Regenerado Butil O Regenerado Butil é obtido através da reciclagem de câmaras de ar.

Não é um material compatível com SBR, porém, em mistura com EPDM, além de ser altamente compatível, melhora as propriedades em relação à resistência ao calor.

Por ser um material com quase nenhum sítio ativo, é utilizado como carga em composição de EPDM. Embora o aspecto visual indique que se trata de material bem refinado, não significa que propicie perfis extrusa-dos lisos.

Além de conferir boas propriedades de resistência ao calor, ozônio, radiação UV, ainda contribui para a estabilidade dimensional do produto acabado.

18 Elastômero de Poliuretano – PUR Nome usual: PU Há dois tipos de PU elastômero: poliéter e poliéster. As diferenças

não são muito pronunciadas. O PU apresenta alta resistência à tração, à abrasão, aos derivados de

petróleo, ozônio e intemperismo. O PU é atacado por álcalis concentrados a frio e álcalis diluídos a

quente. A adesão a metal é excelente se o metal for fosfatizado com fosfato ferroso e pintado com adesivo Ty Ply da Lord ou um contratipo.

A cura pode ser feita com peróxido de dicumila com ou sem coagen-te a 170°C/180°C. Temperatura de uso menor de 100°C.

Elastômeros ou Borrachas 37

Marcas comerciais: PU Produtos Fabricantes Adiprene Uniroyal (atual Chemtura) Millathane TSE Industries, Inc. Urepan Bayer Vibrathane Uniroyal (atual Chemtura)

Quadro 17 – Marcas comerciais: PU.

19 Elastoplásticos ou Elastômeros Termoplásticos – TPE Os elastoplásticos ou elastômeros termoplásticos são produtos in-

termediários entre os elastômeros convencionais e os plásticos. Os primeiros TR – Thermoplastic Rubber – surgiram timidamente há

muitos anos e, através de trabalhos persistentes de muitas empresas, foram evoluindo e ganhando espaço, de tal modo que hoje ocupam um amplo campo em aplicações antes feitas com borrachas ou com plásticos.

Pela sua versatilidade (muitos tipos) e pelo processamento mais simples, os elastômeros termoplásticos estão ampliando cada vez mais o seu campo de aplicação.

O grande problema que esses materiais enfrentavam era o custo ele-vado, contudo, considerando que os processos tradicionais oneram de-masiadamente a planilha de custos, verificou-se que, embora o preço da matéria-prima seja maior, há uma compensação satisfatória no processo de transformação, que viabiliza técnica e economicamente a utilização desses materiais.

Há no mercado uma ampla gama de produtos que vão desde: – Copoliésteres: como COPA (copolímero de poliéster); – Copolímeros em bloco de poliéteres: do tipo PEBA (poliéter poli-

amida), poliuretânicos do tipo TPU (poliuretano termoplástico) e polia-mida;

– Copolímeros em bloco de estireno: como SBS (estireno-butadieno-estireno), SEBS (estireno-etileno-butadieno-estireno), SEPS (estireno-etileno-propileno-estireno), SIS (estireno-isopreno-estireno), SEP (esti-reno-etileno-propileno);

– Poliolefínicos: não reticulados do tipo TPO (termoplástico poliole-fínico) e reticulados do tipo TPV (termoplásticos vulcanizáveis), exem-plo EPDM/PP; NBR/PP; NR/PP.

– PVC plastificado e ligas (blendas) de PVC.

38 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

20 Elastômeros Epicloridrina – CO / ECO / GECO Os elastômeros identificados pela ASTM D2000 sob a sigla CO são

homopolímeros da epicloridrina:

Já os identificados pela sigla ECO são copolímeros da epicloridrina

com o óxido de etileno:

O terpolímero formado pela epicloridrina com óxido de etileno e um

terceiro monômero a ASTM D2000 identifica-o como GECO: As propriedades físicas destes elastômeros se mantêm boas em am-

pla faixa de temperatura (-30°C a +135°C). Esses elastômeros são mais impermeáveis aos gases de que os elas-

tômeros butílicos. As demais características se mantêm intermediariamente às dos elas-

tômeros de acrilonitrila (NBR), policloropreno (CR) e poliacrílicas (ACM/AEM).

Apresentam boa resistência ao intemperismo e mantêm a alta resi- liência e flexibilidade a baixas temperaturas, por isso são apropriados para aplicações onde os graus de exigências são vários simultaneamente.

Marcas comerciais: Elastomeros Epicloridrina

Produtos Fabricantes Hydrin Zeon Herclor Hercules Epichlomer Daiso Co. Quadro 18 – Marcas comerciais: Elastômeros de Epicloridrina

Elastômeros ou Borrachas 39

40 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Tipos de Aditivos 41

II

TIPOS DE

ADITIVOS

Os produtos que podem ser utilizados na elaboração de uma fórmula de composição de borracha são tantos que para assegurar a obtenção

de melhores resultados foram reunidos em grupos de acordo com a função principal que desempenham no composto.

O mesmo aditivo pode ter várias funções e para saber como tirar melhor proveito é necessário conhecê-los muito bem. Ganha mais quem é

competente, isto é, quem consegue mais qualidade com menor custo.

42 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

01 Abrasivos Abrasivo é todo material que pode provocar desgaste por atrito. Os

abrasivos estão por toda a parte e são utilizados para lixar, esmerilhar, polir, rebaixar, asperar, remover controladamente porções indesejáveis num produto.

Os abrasivos naturais mais comuns são: o diamante, o carbeto de si-lício, a areia, pó de safira, quartzo, trípoli, pedra-pomes, os dióxidos de silício, o óxido de alumínio e muitos outros mais.

Quanto mais duro (resistente) o abrasivo, maior a vida útil do poli-dor. A tenacidade (friabilidade: quebra durante utilização) tem relação com a durabilidade do produto.

As variáveis do abrasivo dizem respeito à dureza, tamanho, forma e textura superficial, bem como às características de fratura e concentra-ção no aglomerante.

Os tamanhos de partícula (granulometria) são especificados pela ANSI (American National Standard Institute – Instituto Nacional Ame-ricano de Padrões) e pela FEPA (Fédération Europeenne dês Abrassifs – Federação Europeia de Produtos Abrasivos).

A ANSI mede a granulometria pelo número de fios por polegada de peneira. Assim quando se tem ANSI # 100 significa que a peneira tem 100 fios por polegada linear tanto na urdidura como na trama.

A FEPA # 100 significa que a peneira tem 100 furos por polegada linear tanto na trama como na urdidura.

Granulometrias maiores proporcionam maior vida útil e maior abra-sividade. A granulometria mais fina admite tolerâncias menores e me-lhor acabamento superficial.

Tipos de Aditivos 43

Tamanho médio das partículas Malha da peneira Mesh ou # mm μm nm Angstrons

20 0,85 850 850.000 8.500.000 40 0,40 400 400.000 4.000.000 60 0,25 250 250.000 2.500.000 80 0,20 200 200.000 2.000.000

100 0,15 150 150.000 1.500.000 140 0,10 100 100.000 1.000.000 200 0,075 75 75.000 750.000 250 0,060 60 60.000 600.000 300 0,050 50 50.000 500.000 350 0,040 40 40.000 400.000 400 0,035 35 35.000 350.000 500 0,025 25 25.000 250.000

1000 0,015 15 15.000 150.000 Tabela 1 – Abrasivos: malha da peneira x tamanho das partículas.

02 Aceleradores de Vulcanização Aceleradores são substâncias que se adicionam às composições de

borracha para aumentar a velocidade de vulcanização ou diminuir o tempo necessário para atingir o índice satisfatório de cura. Este é o con-ceito tradicional.

Atualmente pode-se dizer que os aceleradores de vulcanização são substâncias adicionadas às composições de elastômeros para controlar a reação de modo a obter um índice satisfatório de cura, no tempo e tem-peratura desejada, melhorando as propriedades físico-mecânicas.

Os aceleradores são classificados de acordo com a sua composição química e/ou pela sua velocidade de ação na vulcanização.

Abaixo segue relação dos aceleradores mais usuais com sua respec-tiva velocidade de ação.

1 – Mercaptos/Tiazóis (ação média/rápida)

MBT 2-mercaptobenzotiazol MBTS 2,2’-ditiobis (benzotiazol) ou Dissulfeto de benzotiazila ZMBT 2-mercaptobenzotiazolato de Zinco

2 – Sulfenamidas (rápida com ação retardada) CBS N-ciclohexil-2-benzotiazolsulfenamida TBBS N-tert-butil-di(2 bezotiazolsulfenamida) MBS 2-(4-Morfolinotio)benzotiazol DCBS N-diciclohexil-2-benzotiazolsulfenamida

44 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

3 – Tiurans (ação rápida) TMTD Dissulfeto de tetrametiltiuram TMTM Monossulfeto de tetrametiltiuram TETD Dissulfeto de tetraetiltiuram DPTT Tetrassulfeto de dipentametiltiuram TBzTD Dissulfeto de tetrabenziltiuram

4 – Ditiocarbamatos (ação super-rápida) ZBEC Dibenzilditiocarbamato de zinco ZDBC Dibutilditiocarbamato de zinco ZDEC Dietilditiocarbamato de zinco ZDMC Dimetilditiocarbamato de zinco TeDMC Dimetilditiocarbamato de telúrio

5 – Guanidinas (ação lenta) DPG N,N’-difenilguanidina DOTG Diortotolilguanidina

6 – Doadores de enxofre MBSS 2-benzotiazil-N-morfolildissulfeto DTDM 4,4’- ditiomorfolina

7 – Tiureia ETU 2-mercaptoimidazolina (etileno tiureia)

8 – Aldeído-aminas (ação lenta) HMT Hexametilenotetramina (urotropina)

Abaixo segue relação das principais famílias de aceleradores.

1 – Aldeído-aminas 2 – Amidas 3 – Aminas 4 – Carbamatos 5 – Compostos sinergéticos (misturas) 6 – Dioximas 7 – Dissulfetos 8 – Ditiocarbamatos (doadores de enxofre) 9 – Específicos (aceleradores especiais) 10 – Guanidinas 11 – Mercaptos 12 – Monossulfetos 13 – Morfolinas 14 – Polissulfetos 15 – Polivalentes 16 – Salinos 17 – Sulfenamidas 18 – Tiazóis 19 – Tiurans (doadores de enxofre) 20 – Tiureias 21 – Xantatos (doadores de enxofre)

Tipos de Aditivos 45

03 Adesivos Metal-Borracha

Camada única: Chemlok 250

Chemlok 205 – Primer NR Camada dupla:

Chemlok 220 – Adesivo

Camada única: Chemlok 250

Chemlok 205 – Primer SBR Camada dupla:

Chemlok 220 – Adesivo

Camada única: Chemlok 250

Chemlok 205 – Primer BR Camada dupla:

Chemlok 220 – Adesivo

Camada única: Chemlok 250

Chemlok 205 – Primer EPDM Camada dupla:

Chemlok 238 – Adesivo

Camada única: Chemlok 250

Chemlok 205 – Primer CR Camada dupla:

Chemlok 220 – Adesivo

Camada única: Chemlok 205 ou 250

Chemlok 205 – Primer NBR Camada dupla:

Chemlok 220 – Adesivo

IIR, BIIR, CIIR Camada única: Chemlok 250

Silicone Camada única: Chemlok 608

Fluoroelastômeros Camada única: Chemlok 607

PU Camada única: Ty-Ply Quadro 19 – Borrachas x nº de camadas x adesivos.

Marcas comerciais: Adesivos Metal-Borracha Produtos Fabricantes

Cilbond Norton (Dalton Dynamics)

Chemitac Reichold

Chemlok Lord

Chemosil Henkel

Vulcabond TX ICI Quadro 20 – Marcas comerciais: Adesivos Metal-Borracha.

46 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

04 Agentes Antirreversão A reversão é um fenômeno que ocorre na vulcanização da borracha

natural. Figura 01 Durante a reação, o grau de vulcanização chega a um ponto (b) que

seria satisfatório e para alguns polímeros cai a nível insuficiente (c), não atingindo boas propriedades. Isso é reversão.

Produtos antirreversão impedem que tal fenômeno ocorra. Antigamente, quando não existia produto específico para solucionar

esse problema, contornava-se adicionando 20 partes de regenerado de BR ou de SBR. Atualmente são oferecidos vários produtos eficazes para prevenir esse problema.

05 Agentes de Coesão Agentes de coesão têm como função reforçar a adesão entre duas

superfícies unidas por adesivos. A adesão metal-borracha melhora quan-do o composto contém resina fenólica novolaca (+ ou – 3 phr) do tipo Schenectady/CRIOS SP-1068 e o metal é adequadamente preparado: jato + pintura ou fosfatização com sulfato ferroso grão médio + pintura

Tipos de Aditivos 47

de adesivo camada única ou bicamada (conforme indicação do fornece-dor do produto para cada tipo de elastômero). A pressão na moldagem é um fator fundamental na coesão metal-borracha.

Produtos: Resinas fenólicas; sílicas e silicatos; isocianatos; NR em composi-

ções de SBR; CR em composições de NBR e EPDM.

06 Agentes de Cura Agentes de cura são produtos que, misturados à massa polimérica,

estabelecem ligações entre sítios ativos da mesma em todas as direções, estabelecendo uniões entre as macromoléculas. É o chamado “cross-linking” – ligação através da massa macromolecular erroneamente tra-duzida como “ligação cruzada”.

É sabido que se formam “interligações” unindo sítios ativos vizi-nhos de macromoléculas entre si, diminuindo a sua plasticidade e au-mentando a elasticidade.

Os peróxidos estabelecem ligações peroxídicas entre as macromolé-culas do elastômero, sendo também chamados de agentes de cura.

O ZnO + MgO estabelecem ligações nos elastômeros halogenados que caracterizam a reação de cura.

A urotropina (HMT – hexametilenotetramina) adicionada à resina fenólica estabelece ligações que resultam numa reticulação característica de material termofixo ao ser aquecida a 150°C/165°C.

A resina fenólica também reticula o elastômero bromobutil. O enxofre consegue ligar uma macromolécula à outra e esse tipo de

cura é chamado vulcanização, pois as interligações são feitas por dois ou mais átomos de enxofre. Da mesma forma alguns superaceleradores (TMTD, ZMDC, ZBDC) conseguem fazer interligações com enxofre entre as macromoléculas e esta é a vulcanização com doadores de enxo-fre.

O Vibracure M – (Uniroyal) – é o agente de cura para poliuretano e sua composição química é orto-cloro-anilina ou 4-4’-metileno-bis-diamina.

48 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

07 Agentes de Escoamento – Flow Os agentes de escoamento ou de fluxo são produtos que reduzem a

viscosidade do composto, seja por lubrificação, seja por fusão sob aque-cimento. Os produtos geralmente utilizados são ácidos graxos de alta massa molar, tais como: sabões de ácidos graxos superiores com metais alcalinos, ésteres de ácidos graxos e amidas de ácidos graxos.

Também são consideradas agentes de fluxo, resinas de baixo ponto de amolecimento como: Unilene A-80, resina Protack, breu, breus modi-ficados, resinas de cumarona-indeno, resinas terpênicas e politerpenos.

Marcas comerciais: Flow

Produtos Fabricantes Q-Flux Quisvi Struktol Struktol Company of America Adogen Sherex Chemical Co. Aflux Rhein Chemie Aktiplast Rhein Chemie

Quadro 21 – Marcas comerciais: Flow.

08 Agentes de Pegajosidade – Tackfiers Agentes de tack ou de pegajosidade têm por finalidade facilitar a

emenda entre segmentos ou adesão entre superfícies. São agentes de pegajosidade: – Breu e breus modificados; – Resinas de petróleo: unilene, asfalto; – Óleos plastificantes aromáticos; – Resinas sintéticas de baixo ponto de amolecimento; – Alcatrão de pinho (suspeito de provocar câncer); – Resina de cumarona-indeno. Os agentes de pegajosidade comprometem seriamente as proprieda-

des mecânicas, sobretudo a resistência à tração e abrasão. Alguns agen-tes de pegajosidade interferem na taxa de vulcanização com tendência a retardar. Por isto são dosadas em baixa percentagem: 3 a 5 phr, a não ser que a pagajosidade seja o fator mais relevante e então se pode até ultra-passar 20 phr.

Tipos de Aditivos 49

Marcas comerciais: Agente de Pegajosidade Produtos Fabricantes

Q Resin T2 Quisvi Q Flux PB-E Quisvi Breu K e Breu X Diversos Breus modificados Hercules Koresin Basf Paragum N Parabor Plastikator FH Bayer Resina de Cumarona Neville Resina Hercurez Hercules Resina Protack IBR (atual Inoquímica) Resina SP 1068 Schenectady/CRIOS Resina Unilene Petroquímica União (atual Braskem) Struktol 40 MS Struktol Struktol 60 NS Struktol

Quadro 22 – Marcas comerciais: Agente de Pegajosidade.

09 Agentes Hidrofílicos (Liófobos) Os agentes hidrofílicos ou liófobos são produtos que favorecem a

molhabilidade e absorção de água no composto elastomérico. Os melhores agentes hidrofílicos são os elastômeros polares: NR,

SBR e NBR. Os aditivos mais comuns são a sílica precipitada, o óxido de cálcio, sa-

bões de sódio e de potássio, detergentes, açúcar e cloreto de sódio (sal). Quando o produto puder ser expandido, nem que seja em grau mí-

nimo, o bicarbonato de sódio é o expansor ideal porque produz células abertas, favorecendo a absorção de água.

O bicarbonato de sódio só se torna efetivo de 140°C a 160°C.

10 Agentes Hidrofóbicos (Liofílicos) Agentes hidrofóbicos ou liofílicos são produtos que adicionados ao

composto elastomérico dificultam a absorção de água, sobretudo em produtos isolantes elétricos.

Os melhores agentes hidrofóbicos são os elastômeros apolares (EPDM, butil e silicone).

50 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Aditivos sólidos: – Dióxido de titânio; – Sílica pirogênica hidrofóbica; – Estearato de zinco; – Litargírio; – Parafina e cera de polietileno.

Aditivos líquidos: – Óleos plastificantes parafínicos; – Vaselinas líquidas.

11 Amolecedores ou Softners Quando um composto apresenta dureza acima do desejado, pode-se

baixá-la adicionando mais elastômero; só que neste caso é necessário corrigir a aceleração.

O que se faz usualmente é adicionar uma quantidade necessária de composto mais mole ou adicionar mais óleo plastificante.

Entre os plastificantes utilizados como softners, podemos citar:

– Óleos plastificantes parafínicos para: NR, IIR, BIIR, CIIR e EPDM. – Óleos plastificantes naftênicos para: NR, SBR e EPDM. – Óleos plastificantes aromáticos para: NR, SBR, SSBR, BR, NBR e CR. – Asfalto oxidado para quase todos os elastômeros. – Plastificantes sintéticos ésteres do tipo: DBP, DOP, DOA, DOS

para SBR, NBR, CPE e PU. – Parafina clorada para CR, NBR, NBR/PVC, HNBR, CIIR e BIIR. – Factis para NR, SBR, EPDM, NBR e CR. – Óleo de silicone para silicone e para EPDM + silicone. – Plastificantes poliméricos para NBR, SBR e PU. – Vaselina líquida e cera de polietileno para EPDM e IIR.

12 Antichama Antichama são produtos que evitam a propagação do fogo, extin-

guindo a chama quando o produto é retirado do contato com a fonte de ignição externa.

Tipos de Aditivos 51

O PVC, CR, CPE, Hypalon, Teflon, Clorax 50 são materiais autoex-tinguíveis graças à presença de halogênios (cloro, bromo ou flúor). Adi-cionados em dosagem conveniente aos compostos funcionam como re-tardantes de chama.

O trióxido de antimônio (Sb2O3), combinado com alumina hidratada, é um antichama não halogenado.

Outro antichama também não halogenado é o Polifosfato de Amônio (APP), sal inorgânico do ácido polifosfórico e amoníaco. O comprimen-to da cadeia (n) do composto polimérico é variável e ramificado, poden-do ser superior a 1000 unidades méricas. Cadeias curtas e lineares pos-suem n < 100 e são mais sensíveis à água (hidrólise) e menos estáveis termicamente do que cadeias com n > 1000, que mostram uma solubili-dade muito baixa em água (< 0,1g/100ml).

APP é um composto estável e não volátil. Em contato com a água lentamente começa a ser hidrolisado em fosfato monoamônico (ortofos-fato). Temperaturas mais elevadas e de uma exposição prolongada à água irá acelerar a hidrólise. APP de cadeia curta começa a decompor-se em temperaturas superiores a 150°C. O de cadeia longa começa a de-compor-se em temperaturas superiores a 300°C. Ambos formam ácido polifosfórico e amoníaco como produto de decomposição.

Existem duas famílias principais de polifosfato de amônio: – APP Fase Cristalina I (APP I) é caracterizada por uma cadeia li-

near de comprimento variável, apresentando uma menor temperatura de decomposição (aproximadamente 150°C) e uma maior hidrossolubilida-de que APP fase cristalina II do polifosfato de amônio. Em APP I, “n” (número de unidades de fosfato) é geralmente inferior a 100. A estrutura geral da APP Fase Cristalina I é dada abaixo:

– APP Fase Cristalina II (APP II): A estrutura APP II está ramifica-

da conforme mostrado na figura abaixo. O peso molecular é muito maior do que APP I com “n” valor superior a 1000. APP II tem uma maior

52 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

estabilidade térmica (decomposição começa a aproximadamente 300°C) e menor hidrossolubilidade do que APP I.

Quando os materiais que contêm APP estão expostos a um incêndio

acidental ou calor, o retardante de chama começa a decompor-se, geral-mente em polímeros de ácido fosfórico e amônia. O ácido polifosfórico reage com outros grupos de hidroxila ou um agente sinérgico não está-veis para um éster de fosfato. Uma próxima etapa da desidratação do fosfato seguinte reinicia o processo. Uma espuma de carbono é construí-da sobre a superfície contra a fonte de calor (charring). A barreira de carbono funciona como uma camada de isolamento, evitando novas de-composições do material.

Concentração usual de APP varia de 15 a 35% em peso.

Marcas comerciais: Antichama Produtos Fabricantes

68-Pb-Ferro Pyro-Check Alumina trihidratada Alcoa Antiblaze 19 Mobil Chemical Clorax 50 Bann Química Disflamoll Bayer (atual Lanxess) Dyphos Anzon Ethyl-Saytex Saytec Firebrake-(Borato de Zinco) U.S.Borax FR Dead Sea Bromine Fyrol Stauffer Levagard Bayer (atual Lanxess) Pyrovatex CP Ciba-Geigy PO-64P Great Lakes THP Chloride Albright & Wilson TRIS Velsicol Valentioxy (Sb2O3) Oxy Química

Quadro 23 – Marcas comerciais: Antichama.

Tipos de Aditivos 53

13 Antiestáticos Nas composições de borracha condutiva, a eletricidade estática ge-

rada pelo atrito com o metal é instantaneamente dissipada em contato com o equipamento NR, SBR, NBR, CR.

Nas composições de elastômeros isolantes elétricos (EPDM, silico-nes), a eletricidade se acumula e pode dar “choque” se o operador não estiver trabalhando com luvas adequadas.

Quando no composto se utiliza carga condutiva (Condutex CD 7061, grafite), mesmo nos elastômeros isolantes, a eletricidade estática é pron-tamente dissipada.

A eletricidade estática é indesejável não só por causa do “choque”, mas também por atrair poeiras, que em certos casos, podem causar pro-blemas. A utilização de um tenso-ativo como estearato de sódio (sabão) ou de potássio, ou ainda, um detergente catiônico (sal de amônio quater-nário), mesmo em baixa dosagem (1 a 3 phr), ajudam a resolver o pro-blema.

14 Antimigrantes Antimigrantes são aditivos que bloqueiam a migração para a super-

fície de algum componente incompatível na mistura. Migração de líquidos é chamada exsudação; migração de sólidos é

chamada de eflorescência, também conhecida como blooming. Homogeneizadores como o asfalto e a resina Unilene contribuem pa-

ra diminuir a migração. Produtos com elevada atividade superficial (sílica, bentonita, diato-

mita) adsorvem muitos produtos e bloqueiam a migração. A aditivação correta para cada tipo de elastômero continua sendo o

“aditivo” mais barato e eficaz para resolver o problema. A migração quando indesejada causa problemas, sobretudo de ade-

são, além de comprometer a qualidade do produto (aspecto visual), alte-ração de dureza (migração do plastificante) e a alteração de cor.

54 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

15 Antioxidantes Antioxidantes são produtos que protegem os elastômeros contra a

ação do oxigênio (O2). Quimicamente podem ser reunidos em seis grupos:

1 – Amínicos – fortemente manchantes – Naftilaminas: PAN, PBN; – Difenilaminas: ODPA, SPDA; – Parafenilenodiaminas: IPPD, 6PPD, 77PD, DPPD, DTPD; – Condensado amina: cetona.

2 – Fenólicos – não manchantes – Fenóis substituídos: BHT (sem nitrogênio); – Condensados aldeído – fenol: SPH e derivados; – Sulfitos fenólicos.

3 – Fosfitos – não manchantes

4 – Tioésteres

5 – Quinoleinas – levemente manchantes – TMQ; – ETMQ.

6 – Benzimidazóis – não manchantes – MBI; – ZMBI; – ZMTI; – ZMMBI.

Considera-se manchante o produto que desenvolve cor sob ação da

luz, calor ou tempo. Os antioxidantes que contêm nitrogênio em sua composição desenvolvem cor amarelada nos produtos de cor clara.

Produto não manchante é aquele que não desenvolve cor, sobretudo em produtos claros.

Tipos de Aditivos 55

Marcas comerciais: Antioxidantes Produtos Fabricantes

Vulcanox Lanxess Agerite Vanderbilt Alkanox Degussa (atual Evonik) Anox Degussa (atual Evonik) Banox Bann Química Cyanox Cytec Cyasorb Cytec Epsinox Satibrás Flectol Flexsys Lowinox Degussa (atual Evonik) Naftonox Chemetal Naugard Uniroyal (atual Chemtura) Nonox ICI Permanax ODPA Flexsys Rhenofit Bayer (Rhein Chemie) Rhenogran Bayer (Rhein Chemie) Santoflex Monsanto (atual Flexsys) Vanox Vanderbilt Wingstay Eliokem

Quadro 24 – Marcas comerciais: Antioxidantes.

16 Antiozonantes Os antiozonantes são produtos que protegem os elastômeros contra a

ação do ozônio (O3). O ozônio existe em pequenas quantidades no ar e se forma onde há faíscas elétricas (arco-voltaico): raios, motores, velas dos motores de combustão interna, solda elétrica.

O ozônio ataca as ligações duplas das macromoléculas, fragmentan-do-as e comprometendo as propriedades mecânicas das mesmas.

Todos os antiozonantes químicos são manchantes. A parafina, o elastômero de silicone são antiozonantes físicos pois bloqueiam a ação do ozônio por proteção física.

Sinergismo: quando é dosado um antioxidante, estima-se que tenha uma ação protetora de pelo menos 5 (de uma escala entre 1 a 10), dei-xando que a proteção total seja obtida com o antiozonante: 5+5=10. Na realidade, se dobrarmos a quantidade e adicionarmos só um produto, o efeito protetor pode chegar a 10. Como a maneira de interagir do antio-xidante é diferente, suas ações não têm efeito somado (5+5), mas multi-

56 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

plicado (5 x 5 = 25). Esse efeito protetor é chamado de sinergismo dos agentes de proteção.

Vale lembrar que a maioria dos antiozonantes químicos também atuam como antioxidantes.

Classificação Química 1 – Antiozonante dialquil R-R, onde R é um radical alcoila, metila,

etila. 2 – Diaril R’-R’, onde R’ é um radical aromático: fenila, benzoíla,

naftila. 3 – Antiozonantes alquilaril: R-R’ 4 – Antiozonantes sinergéticos: os que aumentam seu poder de pro-

teção quando misturados com antioxidante. 5 – Antiozonantes poliméricos: são polímeros que por sua natureza

resistem à ação do ozônio: EPDM, CR, PVC, HNBR, Silicone. 6 – Multifuncionais: são antiozonantes que além de outras funções

são ativos contra o ozônio: Parafina clorada. 7 – Antiozonantes de ação física: parafina, dióxido de titânio (ação

barreira a permeabilidade de gases).

Marcas comerciais: Antiozonantes Produtos Fabricantes

Vulcanox Lanxess Vulkazon AFD Lanxess Antozite Vanderbilt Ceras Antiozônio Lanxess Flexzone Uniroyal (atual Chemtura) Nonox ICI Santoflex Monsanto (atual Flexsys)

Quadro 25 – Marcas comerciais: Antiozonantes.

17 Aromatizantes Aromatizantes ou odorantes são produtos adicionados a compostos

de borracha para produzir aroma desejado (tutti-frutti) ou mascarar chei-ro desagradável, ou ainda, eliminar todo cheiro deixando o produto ino-doro.

Tipos de Aditivos 57

Produtos aromatizantes (odores): – Acetato de pentila – pera; – Butanoato de etila – abacaxi; – Citral – limão; – Etanoato de benzila – jasmim; – Etanoato de octila – laranja; – Formiato de etila – pêssego; – Formiato de isobutila – framboesa; – Geraniol – gerânio; – Heptanoato de etila – vinho, conhaque; – Limoneno – limão; – Mentol – erva menta; – 3-metilbutanoato de 3-metil-butila – maçã; – Nonilato de etila – rosa.

Marcas comerciais: Aromatizantes Produtos Fabricantes

Cânfora-cheiro característico Diversos Rodo-cheiro floral Vanderbilt Rubberol F-para borracha sólida Bayer

Quadro 26 – Marcas comerciais: Aromatizantes.

Eliminadores de cheiro: pós-cura para eliminar voláteis de odor de-

sagradável. Alfapineno: óleo essencial de pinho. Pequenas dosagens tornam o

produto “praticamente inodoro”.

18 Ativadores Ativadores de vulcanização são substâncias que potencializam a

ação dos aceleradores, tornando o sistema de aceleração mais efetivo, melhorando a sinergia do sistema acelerador+agente de vulcanização.

58 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Figura 02 O ácido esteárico (2 phr) com óxido de zinco (5 phr), ao serem

aquecidos, reagem entre si formando reversivelmente o estearato de zinco. Os radicais livres que se formam criam condições para que outras reações ocorram como a formação de radicais mono, di e polissulfeto. Estas reações irão promover interligações, unindo sítios ativos das ma-cromoléculas com um ou mais átomos de enxofre. No uso do estearato de zinco no lugar do ZnO e do ácido esteárico, a reação de vulcanização também ocorre.

Essas ligações ocorrem em todos os sentidos e formam ao final um retículo que pode ser deformado sob ação de uma força, mas volta ao estado original uma vez cessada a ação da força (elasticidade).

O óxido de zinco dispersa melhor se for adicionado após ou simulta-neamente com o ácido esteárico.

Os absorvedores de umidade (CaO) e os neutralizadores de ácidos (DEG, PEG, TEA) também apresentam ação ativadora no sistema de cura com doadores de enxofre ou com aceleradores e enxofre. Isto se deve ao fato de que estes sistemas funcionam melhor em pH alcalino (pH>7,0) do que em pH ácido (pH<7,0).

Tipos de Aditivos 59

19 Auxiliares de Processo Auxiliares de processo são componentes que favorecem o processa-

mento dos elastômeros, reduzindo tempos, economizando energia e me-lhorando a qualidade do composto de acordo com as operações a que será submetido durante a fabricação.

Os auxiliares de processo desempenham simultaneamente outras fun-ções, mas podem ser enumerados e detalhados sob os seguintes títulos:

– adesivo metal-borracha; – agentes isolantes antiblocking – desmoldantes externos; – agentes de coesão; – agentes de escoamento – flow; – agentes de pegajosidade – tackfiers; – amolecedores – softners; – antimigrantes; – ativadores; – cargas que melhoram a usinagem; – cargas que melhoram a condutividade térmica; – desmoldantes internos; – dispersantes; – estabilizadores dimensionais; – estabilizadores térmicos; – homogeneizadores; – inibidores; – lubrificantes; – peptizantes; – plastificantes; – retardadores. Os títulos acima serão tratados mais detalhadamente no decorrer da

apresentação.

20 Branqueadores óticos Branqueadores óticos são produtos que intensificam a tonalidade

branca dos artefatos. Um composto produzido com materiais incolores,

60 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

ao receber adição de carbonato de cálcio, óxido de zinco e dióxido de titânio, fica branco, dependendo da quantidade dos aditivos.

O branqueador ótico promove a diminuição da absorção da radiação no comprimento de onda da luz azul pelo artefato, promovendo uma percepção de maximização da intensidade do branco pelo olho humano.

Hoje os sabões em pó para lavar roupas já possuem o branqueador ótico incorporado.

Se ao composto branco for adicionado 0,1 phr de pigmento azul, o branco vai parecer mais branco do que o original. Se ao pigmento azul for adicionado 0,1% de pigmento vermelho, o branco fica mais branco ainda.

Existem no mercado vários fornecedores de branqueadores óticos que permitem não só obter a cor branca satisfatória, mas conseguem preservá-la mesmo quando exposta à radiação solar.

A escolha correta dos componentes da mistura pode contribuir deci-sivamente para obter melhores resultados.

Marcas comerciais: Branqueadores óticos

Produtos Fabricantes Inbragen VB Inbra Unitex OB Ciba

Quadro 27 – Marcas comerciais: Branqueadores óticos.

21 Cargas As cargas podem ser agrupadas de acordo com as melhorias das

propriedades que proporcionam nos artefatos.

1 – Cargas de uso geral – Alumina; – Carbonato de cálcio; – Sulfato de cálcio; – Sílica precipitada (SiO2); – Talco; – Mica; – Óxido de zinco; – Sulfato de bário; – Caulins tratados; – Negros de fumo;

Tipos de Aditivos 61

– Diatomita; – Bentonita.

2 – Cargas retardantes de chama – Alumina; – Trióxido de antimônio; – Trióxido de arsênio; – Carbonato de magnésio; – Teflon em pó.

3 – Cargas resistentes a radiações nucleares – Litargírio (óxido de chumbo); – Carbeto de boro.

4 – Cargas que melhoram a usinagem – Sílica; – Carbonato de cálcio; – Polímeros orgânicos rígidos; – Talco.

5 – Cargas que melhoram a condutividade térmica – Alumínio em pó; – Alumina; – Sílica precipitada; – Óxido de zinco; – Silicatos; – Caulim.

6 – Cargas que melhoram a absorção de calor – Metais em pó; – Óxidos metálicos; – Sílica precipitada (SiO2); – Silicatos.

7 – Cargas que melhoram a resistência elétrica – Alumina; – Sílica (SiO2); – Talco; – Mica; – Caulim; – Dióxido de titânio.

62 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

8 – Cargas que melhoram a condutividade elétrica – Metais em pó; – Grafite; – Negros de fumo da série N-200; – Alguns óxidos metálicos.

9 – Cargas que melhoram a resistência à tração – Negros de fumo em geral; – Sílica precipitada; – Fibras; – Materiais poliméricos.

10 – Cargas que aumentam a resistência à compressão – Negros de fumo das séries N-200 e N-300; – Sílica precipitada (SiO2); – Materiais poliméricos.

11 – Cargas que melhoram a resistência ao impacto – Cargas reforçadoras em geral (negros de fumo, sílica); – Materiais poliméricos elásticos; – Plastificantes.

12 – Cargas que melhoram a resistência ao desgaste por abrasão – Negros de fumo alta estrutura; – Sílica; – Carbeto de silício.

22 Coagentes de Cura Peroxídica Sob o título de coagentes são reunidas as substâncias que, além de

ativarem os peróxidos, são indispensáveis para que um elevado grau de reticulação seja obtido.

São comercializados na forma pura ou diluídos em um veículo iner-te, sob diversas concentrações.

Dosagem A dosagem do coagente varia de acordo com o composto e o peróxi-

do utilizado. Inicialmente dosava-se um maior teor de peróxido e menor teor de coagente. Na prática, verificou-se que o inverso propicia melho-

Tipos de Aditivos 63

res resultados, ou seja, menor teor de peróxido (iniciador) e maior teor de coagente (terminador).

A dosagem depende da aplicação do artefato final. O conhecimento dos aditivos permite rapidamente fazer os ajustes visando obter resulta-dos compensadores.

Principais tipos e usos: TAC em NBR, EPDM, PU, EVA, FKM; TAIC é mais utilizado em FKM; TRIM em NBR, EPDM, PU, EVA; HVA-2 é mais utilizado em CSM; EDMA mais utilizado em EPDM, EVA.

Marcas comerciais: Coagente de Cura Peroxídica Produtos Fabricantes

Retilink Retilox Coagente Degussa (atual Evonik) Rhenogran Rhein Chemie (atual Lanxess) Rhenofit Rhein Chemie (atual Lanxess) Kettlitz Kettlitz Saret Sartomer Ricon Sartomer Perkalink Akzo Nobel

Quadro 28 – Marcas comerciais: Coagente de Cura Peroxídica.

23 Desmoldantes Desmoldantes têm a função de facilitar a extração dos artefatos produ-

zidos, do molde, e podem ser aplicados de diversas maneiras: – Desmoldantes aplicados aos moldes: fluidos de silicone, sabões e

detergentes, semipermanentes; – Desmoldantes incorporados ao composto: parafina, cera de polieti-

leno, estearato de zinco, grafite, pó de teflon, sabões, ácidos graxos, amidas de ácidos graxos, estearamida, erucamida (antiblocking em fil-mês poliolefinicos). O BR e o EPDM também funcionam como desmol-dantes em compostos muito pegajosos de NR, SBR e CR.

– Desmoldantes aplicados externamente aos produtos semielabora-dos ou acabados: talco, caulim, estearato de zinco.

64 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Marcas comerciais: Desmoldantes Internos Produtos Fabricantes

Amidas de ácidos graxos Diversos Cera de polietileno Diversos Estearato de magnésio Diversos Estearato de potássio Diversos Estearato de sódio Diversos Grafite Diversos Pó de teflon Diversos Silicones Diversos

Quadro 29 – Marcas comerciais: Desmoldantes Internos.

Marcas comerciais: Desmoldantes Externos

Produtos Fabricantes Perma-Mold Chem Trend Antitack Kettlitz Aquarex Du Pont Emulsões de silicone Diversos Levaform K Bayer Sabões de metais alcalinos Diversos Tensoativos (detergentes) Diversos Vulkastab ICI

Quadro 30 – Marcas comerciais: Desmoldantes Externos.

24 Doadores de Enxofre Quando se quer evitar a migração de enxofre (blooming), utilizam-se

doadores de enxofre, que além de serem mais eficazes, não afloram. Os doadores de enxofre são utilizados em dosagens de 1,5 a 2,5 phr, com pequena dosagem de acelerador primário (0,5 phr) sem enxofre.

Doadores de enxofre também são importantes na formulação de arte-fatos onde se deseja melhor desempenho na resistência térmica do arte-fato, pois sua utilização em substituição ao enxofre reduz a ocorrência de ligações polissulfidicas. Estas ligações sob aquecimento se desfazem, promovendo ou a degradação da peça e redução das propriedades dinâ-mico-mecânicas do artefato final e/ou aumento da dureza.

Também pode ser utilizado para reduzir presença de enxofre em formulações para artefatos destinados ao contato com alimentos.

Os principais doadores de enxofre são: TMTD – Dissulfeto de tetrametil tiuram; ZMDC – Zinco metil ditiocarbamato;

Tipos de Aditivos 65

ZBDC – Zinco butil ditiocarbamato; DPTT – Dipentametileno tiuram hexasulfeto; TETD – Dissulfeto de tetraetil tiuram; DTDM – 4,4’-Ditiobismorfolina.

25 Endurecedores Os elastômeros usuais aditivados apenas com o sistema de cura

apresentam dureza em torno de 40 Shore A. Os NBR e CR apresentam dureza um pouco maior. O SBR 1712, que tem 37,5 partes de óleo plastificante aromático, dá

uma dureza em torno de 25 Shore A. Para aumentar a dureza utilizam-se cargas reforçadoras. Negros de fumo reforçantes das séries N-200, N-300 aumentam a

dureza aproximadamente em 1 Shore A a cada 2,0 phr. Negros de fumo semirreforçantes séries N-500, N-600 e N-700 au-

mentam a dureza aproximadamente em 1 Shore A a cada 2,5 phr. A sílica, a cada 2 phr, aumenta a dureza aproximadamente em 1

Shore A. O carbonato de cálcio aumenta a dureza aproximadamente em 1

Shore A a cada 10 phr. O caulim aumenta aproximadamente 1 Shore A a cada 5 a 8 phr, de-

pendendo da qualidade do mesmo. Quando se desejam durezas elevadas, pode-se utilizar uma resina de

alto teor de estireno como resina S-6H. A S-6H aumenta aproximada-mente 2 Shore A para 3 phr de resina.

A resina fenólica reativa (com 10% de urotropina, HMT) aumenta consideravelmente a dureza, desde que a vulcanização seja feita a 155°C a 165°C. Em média se consegue um aumento na dureza de 1Shore A para 1 phr de resina.

A fibra de vidro (fibra curta) pode ser usada como reforço endurece-dor.

Altas dosagens de enxofre (30 phr) e acelerador (8 phr TMTD) per-mitem obter ebonite (90 Shore A).

66 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

26 Estabilizadores Dimensionais Compostos com altos teores de carga mineral geralmente apresen-

tam estabilidade dimensional satisfatória. Os negros de fumo, em geral, deixam a desejar neste aspecto. Po-

rém, basta adicionar algum tipo de carga mineral (sílica, caulim, diato-mita, bentonita) que a estabilidade dimensional apresenta melhorias sen-síveis.

O sistema de cura é importante porque somente com índice elevado de vulcanização o produto de borracha estabiliza dimensionalmente.

A utilização de fibras (de vidro, de Kevlar, de carbono, de Rayon), além de dar estabilidade, aumenta a dureza sem comprometer demasia-damente a flexibilidade.

Resinas de elevado ponto de amolecimento (fenólicas, S-6H) tam-bém contribuem para a estabilidade dimensional.

Polímeros em forma de pó, além de outros benefícios, promovem es-tabilidade dimensional (PTFE em pó).

No projeto de um molde é importante conhecer o índice de retração (encolhimento) do composto a ser utilizado para ajustar as cavidades, a fim de que o produto fique enquadrado nas tolerâncias concedidas no projeto.

27 Estabilizantes Térmicos Estabilizantes térmicos são produtos que propiciam estabilidade e

durabilidade a artefatos que são submetidas ao calor. A vulcanização com doadores de enxofre favorece a estabilidade

térmica do produto final.

Marcas comerciais: Estabilizantes Térmicos Produtos Fabricantes

Agente HP-S Vanderbilt Antioxidante AP Bayer (atual Lanxess) Antioxidante DNP Bayer (atual Lanxess) Flectol H Monsanto (atual Flexsys) HT-1 – Estabilizante térmico para silicone GE Nonox B, Nonox BLN, DN, OPPD, OD ICI Octamine Uniroyal (atual Chemtura) PBN e PAN Bayer (atual Lanxess)

Tipos de Aditivos 67

Permanax 49 HV Rhone Poulenc Plastabil e Markstab sólidos e líquidos para PVC Inbra Santoflex e Santowhite Monsanto (atual Flexsys)

Quadro 31 – Marcas comerciais: Estabilizantes Térmicos.

28 Expansores A função dos agentes de expansão é produzir vulcanizados microce-

lulares. Há dois importantes grupos: – Agentes de expansão que produzem expandidos de células abertas.

Os expandidos com células abertas absorvem grande quantidade de água. Entre os expansores para células abertas se destacam:

NaHCO3 – Bicarbonato de Sódio; (NH4)2CO3 – Bicarbonato de amônio. Decompõem-se de 130°C a 160°C. – Agentes de expansão que produzem expandidos de células fecha-

das. São utilizados 3 tipos: Dinitrosos DNPT (Espon, Expancel) geram gás a baixas tempera-

turas (145°C/150°C) e têm cheiro de “peixe podre”; são altamente pro-dutores de nitrosaminas (cancerígeno).

Azodicarbonamidas puras se decompõem a 210°C e são inodoros. A sua temperatura de expansão pode ser reduzida por meio de kickers ou ativadores, que além do efeito sobre a temperatura de decomposição, em geral podem aumentar o volume de gás liberado. Com 10 phr de ZnO, a temperatura de decomposição diminui. As azodicarbonamidas são mais utilizadas em calçados (sandálias) do tipo EVA expandido e SBR expandido.

Hidrazidas (OBSH e TSH) são inodoras e se decompõem a 140°C e 150°C, respectivamente. O TSH é bastante utilizado em perfis expan-dido de EPDM como guarnições automotivas.

Os expandidos de células fechadas mergulhados em água molham externamente, mas absorvem um mínimo de água.

68 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Volumes de gás (cm3) produzidos por alguns expansores Expansor 50°C 100°C 150°C Gás

DNPT 0,9 2,6 5,0 Nitrogênio (N2) Azodicarbonamida 0,6 3,0 12,0 Nitrogênio (N2) OBSH 0,4 2,1 25,0 Nitrogênio (N2) Bicarbonato de Sódio 0,8 2,0 15,6 Dióx.Carbono (CO2)

29 Factis ou Fátices O Factis é um óleo vegetal vulcanizado e é oferecido em várias co-

res, de acordo com a matéria-prima utilizada e com diferentes teores de óleo: factis marrom, escuro, amarelo e branco.

O Factis é um amolecedor especial que desenvolve um toque avelu-dado, embora deteriore as propriedades mecânicas do composto. Em dosagens moderadas favorece a moldagem rica em detalhes.

Em dosagens muito elevadas torna o composto frágil a ponto de es-farelar quando submetido a atrito (borracha de apagar). A dosagem ex-cessiva torna o composto muito pegajoso.

O factis branco, normalmente, é muito ácido e demanda elevada do-se de neutralizante. Existem atualmente factis brancos neutros.

30 Fibras Considera-se fibra a estrutura cujo comprimento dividido pelo pró-

prio diâmetro é maior de 100. A utilização de fibras nos compostos de borracha não é muito comum, pois os insertos geralmente são metálicos, plásticos (náilon) ou tecidos (algodão, poliéster, rayon).

As fibras são dos mais variados tipos. Fibras naturais: Vegetais: do fruto: algodão, coco; do talo: linho, cânhamo, juta,

rami, malva; das folhas: caroá, sisal, tucum. Animais: lãs e pelos: ovelha (feltro), coelho, angorá, moahir, cashemi-

ras, cabra, camelo; seda: cultivada (Bombix mori), silvestre (tussah). Minerais: Amianto: Crisotila (silicato de magnésio), Crocidolite

(silicato de ferro); lã de rocha: isolamento térmico.

Tipos de Aditivos 69

Fibras sintéticas: De transformação: das celulósicas: viscose, Rayon, acetato de ce-

lulose, triacetato de celulose; proteicas: do leite, caseína (merinova); do Ácido algínico (algas): alginatos; Látex natural.

Por polimerização: Olefinas: polietileno, polipropileno (ráfia); Vi-nílicas: acrílicas (PAC), modacrílicas (PAM); Vinílicas: policloreto de vinila (PVC), policloreto de vinilideno (PVDC), PVA, PVAL.

Fluoradas: PTFE – Politetrafluoroetileno; PCTFE – Policloro-trifluoroetileno.

Por condensação: Poliéster (PET), Poliamida (Nylon) e policarba-mida.

Por poliadição: Poliuretano (PUR) – Elastana. Por composição: bicomponentes, tricomponentes (algodão, acrílico

e lã). Outras: fibras metálicas, fibras de vidro, fibras de carbono e muitas

outras. Fornecedores de fibras: Rhodia – (fibras reforçantes); All Flock – (fibras para flocagem); Du Pont – (fibras de Kevlar).

31 Homogeneizadores Os agentes homogeneizadores são produtos que melhoram a homo-

geneidade de misturas de elastômeros e também ajudam a incorporação de outros compostos.

Seu uso diminui a variação de viscosidade entre misturas. Devido ao poder umectante dos homogenizadores, estes promovem

a dispersão das cargas mais rapidamente, evitando pontos de aglomera-ção destas.

A resina Unilene, o asfalto, o ácido esteárico, o estearato de zinco, adicionados a seu tempo de mistura funcionam como homogeneizado-res.

70 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Marcas comerciais: Homogeneizadores Produtos Fabricantes

Q-Homogem C, R, H Quisvi Dispergator Kettlitz Struktol 40MS, 60NS Struktol Rhenosin Rhein Chemie Seriac Triac Homogetec Proquitec Asfalto oxidado Diversos Resina Unilene Petroquímica União (atual Braskem)

Quadro 32 – Marcas comerciais: Homogeneizadores.

32 Dispersantes Dispersantes são produtos que facilitam a dispersão de aditivos no

composto elastomérico, abreviando o tempo necessário para ter um ma-terial homogêneo.

O asfalto oxidado é um excelente dispersante, sobretudo para cargas adicionadas em altas dosagens como negro de fumo e caulim. A resina Unilene também contribui para a boa dispersão.

O Struktol WB 222 ou Q-Flux 22 em pequena dosagem (2 a 3 phr), tem efeito muito bom em elastômeros polares sobretudo nos NBR, NBR/PVC, HNBR.

O óleo de silicone, em pequena dosagem, também contribui para a boa dispersão e isso é facilmente demonstrado quando se compara um produto com e sem esse aditivo.

33 Inibidores É comum confundir a ação de um retardador com a de um inibidor.

A ação bloqueadora de retardador se dá ao longo de toda a reação de vulcanização. Já a ação do inibidor localiza-se no início da reação e de-saparece, permitindo que ela se desenvolva normalmente.

Tipos de Aditivos 71

Figura 03

Marcas comerciais: Inibidores Produtos Fabricantes

Retard Q Quisvi Rhenogran PVI Rhein Chemie Santogard PVI Monsanto (atual Flexsys)

Quadro 33 – Marcas comerciais: Inibidores.

O inibidor PVI também é encontrado comercialmente com a sigla CTP. Nome químico: N-(ciclohexil-tio-ftalimida) Ver 71 – PVi Figura 04

34 Isolantes Elétricos Os isolantes elétricos são produtos que não conduzem a corrente elé-

trica e geralmente são hidrófobos. Líquidos: óleos parafínicos, vaselina líquida, óleo de silicone.

C14H19NS

M = 233

72 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Sólidos: parafina, cera de polietileno, sílica pirogênica hidrofóbica, litargírio, caulim e dióxido de titânio.

35 Lubrificantes

Lubrificantes são produtos que diminuem o atrito entre as macromo-

léculas, reduzindo assim, também, a viscosidade, facilitando a incorpo-ração de cargas em compostos carregados.

Líquidos: óleos, ésteres. Pastas: sabões, ceras, graxas e amidas graxas. Sólidos: grafite, teflon, sulfeto de molibdênio.

Marcas comerciais: Lubrificantes Produtos Fabricantes

Q-Flux 72 Quisvi Struktol WB16 Struktol Fluxtec Proquitec Aflux Rhein Chemie

Quadro 34 – Marcas comerciais: Lubrificantes.

36 Microbiocidas Alguns produtos de borracha nas condições normais de uso ficam

contaminados com fungos e bactérias e então para combater micro-organismos inclui-se na composição agentes específicos como: algici-das, bactericidas, fungicidas, de acordo com o caso.

O óxido de zinco é um excelente algicida, fungicida e bactericida, por isso quando descartado sob a forma de resíduos de borracha, se constitui em poderoso poluente para a flora dos mananciais de água potável.

O bisfenol A é um poderoso bactericida e sua utilização é rigorosa-mente controlada tendo em vista sua toxidez.

O produto mais indicado é o Triclosan numa dosagem de 0,2 phr, por não contaminar os produtos em contato.

O TMTD é um produto utilizado no tratamento de sementes de ce-reais antes do plantio onde funciona como microbiocida.

Alguns aceleradores podem ser utilizados na indústria química como fungicidas, inseticidas e herbicidas.

Tipos de Aditivos 73

O próprio enxofre, que é um macronutriente secundário, também atua como germicida na forma elementar (enxofre ventilado).

Compostos amoniacais combatem e inibem a proliferação de fungos, mofos e bolores.

Quando o produto de borracha entra em contato com alimentos, é veda-da a utilização desses aditivos para evitar a contaminação dos alimentos.

Para manter a salubridade do produto, recomenda-se escolher adequa- damente o elastômero e os componentes da mistura e indicar ao usuário os produtos e procedimentos de limpeza e esterilização.

37 Mistura-padrão Os “masterbatches” têm hoje grande importância industrial por per-

mitirem que a indústria de transformação trabalhe mais limpa e em me-lhores condições de salubridade e qualidade.

Os masterbaches também são conhecidos como “pré-misturas” e “pré-dispersos”. Há disponibilidade de aceleradores e ativadores na for-ma de grânulos, sendo 50 a 80% o princípio ativo e 50 a 20% de base elastomérica inerte ou binder elastomérico (mistura de elastômeros com dispersantes).

Estes masterbaches apresentam grande vantagem em linearidade de processo, pois como já foram previamente misturados, o tempo de mis-tura em cilindro ou bambury de aceleradores e ativadores nesta forma é reduzido. Além de evitar perdas por derramamentos, poeiras, resíduos em embalagem, também promove redução de volume de estoque (con-centrado) e contaminação da área de produção por poeiras. O prazo de validade de produtos sob esta forma é bem maior que sob a forma pó, em virtude do agente ativo estar encapsulado no interior do grânulo.

Outra forma de mistura-padrão conhecida e utilizada atualmente é o “camelback” (lombo de camelo) – borracha utilizada na recapagem de pneus. Uma fórmula aproximada seria:

SBR 1712 ........................................................................... 137,5 Ácido esteárico ....................................................................... 2,0 Óxido de Zinco....................................................................... 5,0 Antioxidante ........................................................................... 1,0 Antiozonante .......................................................................... 1,0

74 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Negro de fumo N-339........................................................... 65,0 Resina Unilene A-80 .............................................................. 5,0 Óleo plastif. aromático ........................................................... 5,0 MBTS ..................................................................................... 1,5 Enxofre ventilado ................................................................... 1,0 Enxofre insolúvel ................................................................... 1,0 Total.................................................................................... 225,0 Outra tipo de pré-mistura utilizada é o padrão 11060 cuja composi-

ção é: SBR 1502 ........................................................................... 1.000 N-339.................................................................................. 1.100 Óleo plastificante aromático.................................................. 600 Total.................................................................................... 2.700 Para retentores em NBR é possível fazer uma pré-mistura da seguin-

te forma: Borracha nitrílica ................................................................ 2.000 Negro de fumo N-339............................................................ 500 Negro de fumo N-550............................................................ 500 Total.................................................................................... 3.000

38 Neutralizadores de Acidez Os neutralizadores de acidez têm por finalidade obter um pH neutro

(valor numérico 7,0) ou levemente alcalino (pH acima de 7,0) para que ocorra uma reação de vulcanização naturalmente.

Alguns produtos têm características ácidas (pH abaixo de 7,0) que inibem o desenvolvimento normal da vulcanização. Por isso, sempre que se utiliza sílica, caulim, óleo re-refinado, factis branco, óxido vermelho de ferro, é necessário incluir na composição também algum neutraliza-dor de acidez.

Os principais neutralizadores são: DEG – Dietileno glicol. É liquido. Dosagem: 2% a 5% sobre o total

de produtos ácidos. Além de neutralizar a acidez tem ação ativadora sobre o sistema de vulcanização. Se a mistura atingir 90°C, há intensa formação de vapores.

Tipos de Aditivos 75

PEG – Polietileno glicol. Dependendo de seu peso molecular, pode ser líquido ou sólido. Normalmente é utilizado o PEG 4000, produto sólido sob forma de grânulos. Tem vantagem sobre o DEG porque não emite vapores (perda de material); assim, pode ser adicionado a 40% da quantidade do DEG.

TEA – Trietanolamina. É o neutralizador mais eficaz e não reage com outros componentes da mistura. É ativador enérgico do sistema de vulcanização com dosagens de até 5 phr. O inconveniente que é produto manchante. Em compostos transparente tende a amarelar.

CaO – Óxido de Cálcio. Excelente neutralizador de acidez e absor-vedor de umidade. Tem restrições técnicas na sua utilização pois elimina o brilho dos vulcanizados. O DEG, PEG e CaO são produtos não man-chantes.

Estudos realizados em sílica Zeosil 175 GR Plus demonstraram que a melhor relação dos neutralizadores de acidez seriam:

PEG 4000 6 % sobre a quantidade de ZEOSIL 175 Gr Plus; DEG 8 % sobre a quantidade de ZEOSIL 175 Gr Plus; TEA 3 % sobre a quantidade de ZEOSIL 175 Gr Plus.

39 Normas de Controle de Qualidade Algumas organizações internacionais voltadas à normalização atra-

vés da qual se torna possível o controle de qualidade: ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas (www.abnt.org.br); ABTB – Associação Brasileira de Tecnologia da Borracha

(www.abtb.com.br); AFNOR – Association Française de Normalisation (www.afnor.org),

Associação Francesa de Normatização. AICHE – American Institute of Chemical Engineers (www.aiche.org),

Associação Americana de Engenheiros Químicos; ANSI – American National Standard Institute (www.ansi.org), Instituto

Nacional Americano de Padrões; ATA – Air Transport Association of America (www.airlines.org), Asso-

ciação Americana de Transporte Aéreo; API – American Petroleum Institute (www.api.org), Associação Ameri-

cana do Petróleo.

76 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

ASM – American Society for Metals (www.asmintl-chennaichapter.org), Sociedade Americana para Metais;

ASTM – American Society for Testing and Materials (www.astm.org), Associação Americana de Testes e Materiais;

BSI – British Standard Institute (www.bsi-global.com), Instituto Britâ-nico de Padrões;

COPANT – Comisión Panamericana de Normas Tecnicas (www.copant.org);

DIN – Deutches Institut fur Normung (www.din.de), Instituto Alemão para Normatização;

EPA – Environmental Protection Agency (www.epa.gov), Agência de Proteção Ambiental;

FDA – Food and Drugs Administration (www.fda.gov), Administração de Alimentos e Drogas;

IRAM – Instituto Argentino de Normalización y Certificación (www.iram.org.ar), Instituto Argentino de Normalização e Certificação;

ISO – International Organization for Standardization (www.iso.org), Organização Internacional para Padronização.

JIS – Japanese Industrial Standard (www.jsa.or.jp), Associação Japone-sa de Padrões.

NFPA – National Fire Protection Association (www.nfpa.org), Associa-ção Nacional de Proteção contra Incêndio;

OSHA – Occupational Safety & Healt Administration (www.osha.com), Administração da Saúde e Segurança Ocupacional;

SAE – Society of Automotive Engineers (www.sae.org), Sociedade de Engenheiros Automotivos;

SATRA – Shoe and Allied Trades Research Association (www.satra.co.uk); Associação de Pesquisa para Comércio de Cal-çados e Afins;

UNI – Ente Nazionale Italiano di Unificazione (www.uni.com), Organi-zação Italiana para Padronização.

Para se fazer o controle de qualidade, é necessário que previamente

sejam estabelecidos os requisitos mínimos exigidos do produto. Para isto, existe a norma ASTM D 2000, que atribui a cada tipo de elastôme-ro códigos específicos, que podem ser previamente combinados e exigi-dos posteriormente.

Tipos de Aditivos 77

Códigos ASTM D 2000 Elastômeros especificados AA ....................NR, SBR, SSBR, IIR, BR, Regenerado AK ....................Polissulfeto BA ....................EPDM, Butil BC.....................CR – Policloropreno BE.....................CR – Policloropreno BF .....................NBR BG ....................NBR, PU BK ....................NBR e Polissulfeto CA ....................EPDM CE.....................Hypalon CH ....................NBR, Epicloridrina DA ....................EPDM DF.....................Poliacrílica DH ....................Poliacrílica FC .....................Silicone FE .....................Silicone FK.....................Fluorsilicone GE.....................Silicones HK ....................Fluoroelastômeros As siglas da ASTM D 2000 para os silicones são FC, FE, GE e FK

para os fluorsilicones. Para fins de facilitar a elaboração de um código de especificação pa-

ra elastômeros de silicone, vejamos o seguinte exemplo: ASTM D 2000 M 2 FC 508 A19 B37 EA14 Z M – Sufixo que indica a utilização de unidades SI (Sistema Interna-

cional de Unidades). 2 – Grau de exigência mais severa já que os graus 3 e 4 são mais to-

lerantes. FC – Elastômero de silicone comum. 5 – Dureza 50 +/-5 Shore A, ou seja, mínimo de 45 Shore A e má-

ximo de 55 Shore A. 08 – Tensão de ruptura mínima de 8 MPa ou aproximadamente 80

kgf/cm2. Alongamento na ruptura mínima de 500%.

78 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

A19 – Envelhecimento acelerado a 225°C durante 70 horas – variação da dureza: +10 Shore A no máximo; – variação da tensão de ruptura: -40% máximo; – variação do alongamento na ruptura: -40% no máximo. B37 – Deformação permanente à compressão a 175°C durante 22

horas. – DPC máxima: 40%. EA14 – Resistência à água (100°C durante 70 horas) – variação da dureza: +/-5 Shore A; – variação de volume: +/-5%. Z – Requisito especial que pode ser cor, desempenho em condições

determinadas de uso.

40 Peptizantes Alguns elastômeros apresentam alta viscosidade que é um compli-

cador no processamento. Isto pode ser evidenciado no misturador aberto, tratando uma amostra de GEB e uma de RSS-1.

Nas mesmas condições, o GEB forma banda e banqueta mais rapi-damente do que o RSS-1 (que é mais viscosa).

A adição de um peptizante reduz o tempo de peptização (plastifica-ção) sem comprometer seriamente as propriedades do elastômero. Isso significa reduzir o tempo de mistura, consumo de energia e aumento de produtividade. Contudo, a viscosidade maior propicia melhor dispersão dos aditivos.

Marcas comerciais: Peptizantes

Produtos Fabricantes Pept-Q Quisvi Aktiplast Rhein Chemie Endor Du Pont Peptizant Rhône-Poulenc Peptizantes A86 Struktol Pepton American Cyanamid Plastigum Parabor Poliplastol Bozzeto Renacit Bayer (atual Lanxess)

Quadro 35 – Marcas comerciais: Peptizantes.

Tipos de Aditivos 79

Alguns aceleradores têm ação peptizante: TETD – peptizante para CR modificado com enxofre. MBT – peptizante para NR e SBR. Vulkacit P – peptizante para CR da Lanxess MBTS – peptizante para NR e SBR.

41 Peróxidos Orgânicos A – Hidroperóxidos: além do grupo peroxi, contém uma ou mais hi-

droxilas B – Di-alcoil-peróxido C – Perácidos ou peroxiácidos D – Peroxiacetais E – Peroxiésteres ou perésteres F – Peroxicarbonatos G – Cetoperóxidos H – Dialquil peróxido I – Acil-alcoil-sulfonil peróxido J – Halogen-peróxidos K – Biperóxidos L – Triperóxido M – Ozonida N – Endoperóxido O – Poliperóxido Os peróxidos comumente utilizados são: Peróxido de Dicumila: puro a 99% ou diluído a 40% em carga iner-

te, podendo ser carbonato, sílica, caulim tratado. Uso geral: NBR, SBR, EPDM, MQ, EVA, PU (com ou sem coagente TAIC, TAC ou TRIM);

Bis-Peróxido (Bis-Di-Terc-Butil-Isopropil-Benzeno Peróxido): utili-zado em EPDM e EVA com coagente TRIM;

Di-Clorobenzoíla (Bis-2,4-di-clorobenzoila): utilizado para borracha de silicone (MQ) e utilizado nas demais borrachas quando reticulado em autoclave (pode ser exposto ao ar);

Butil-Peróxido (1,1-Di-Ter-Butil-Peróxi-3,3,5-Trimetil-Ciclohexano): utilizado com EPDM, EVA e CM (polietileno clorado).

80 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

A escolha do peróxido mais adequado para a utilização depende da definição dos seguintes fatores:

Tipo de polímero; Tempo de Scorch; Tempo de meia-vida do peróxido; Velocidade de cura; Eficiência; Sensibilidade às cargas; Variáveis do processo; Segurança no manuseio.

A tabela abaixo indica sugestão para concentração usual dos peróxi-dos nos respectivos materiais poliméricos.

Orientações básicas de uso dos Peróxidos Tipo de Polímero

(Quantidade de Peróxido em PHR)

Peró

xido

No

me

com

erci

al

NB

BR

CR

SBR

NBR

HNBR

EPM

EP

DM

CPE

EVA

SILI

CONE

Subs

tânc

ia

Ativ

a %

Vulc

aniz

ação

T9

0 Te

mpo

x T

empo

(M

in.)

(°C)

24 a 170

2,5-

di-m

etil-

2,5-

di-

terc

-but

il-pe

róxi

-he

xano

1,9 a

3,9

0,8 a

1,8

1,0 a

2,6

1,6 a

2,5

2,3 a

3,9

5,8 a

9,7

5,8 a

9,7

5,8 a

9,0

2,3 a

4,5

1,0 a

1,9 50

8 a 180

22 a 170

bis-

2-te

rc-b

util-

pero

xi-is

opro

pil-

benz

eno 1,3

a 2,5

0,5 a

1,2

0,6 a

1,7

1,1 a

2,3

1,5 a

2,5

3,8 a

6,3

3,8 a

6,3

3,8 a

5,9

1,5 a

3,0

0,4 a

0,8 40

10 a 180

10 a 170

dicu

mila

2,0 a

4,1

0,9 a

1,9

1,0 a

2,7

1,7 a

3,7

2,4 a

4,1

6,1 a

10,1

6,1 a

10,1

6,1 a

9,5

2,4 a

4,7

1,0 a

2,0 40

4 a 180

11 a 160

n-bu

til-4

,4’-

di(te

r-but

il-pe

roxi

)val

erat

o

2,5 a

5,0

1,1 a

2,3

1,3 a

3,3

2,1 a

4,6

2,9 a

5,0

7,5 a

12,5

7,5 a

12,5

7,5 a

11,7

2,9 a

5,8 - / - 40

5 a 170

16 a 140

1,1-

di-te

r-but

il-pe

róxi

-3,

3,5-

tri-m

etil-

cicl

ohex

ano

2,3 a

4,5

1,0 a

2,1

1,1 a

3,0

1,9 a

4,1

2,6 a

4,5

6,8 a

11,3

6,8 a

11,3

6,8 a

10,6

2,6 a

5,3 - / - 40

7 a 150

Tipos de Aditivos 81

22 a 100 di

benz

oila

- / - - / - - / - - / - - / - - / - - / - - / - - / - - / - 50

7 a 110

10 a 90

di(2

,4-d

i-clo

ro-

=ben

zoil)

- / - - / - - / - - / - - / - - / - - / - - / - - / - - / - 20

4 a 100

O excesso de peróxido também deve ser evitado, pois poderá gerar

perda de propriedades do artefato final.

Propriedade Excesso Peróxido Excesso Enxofre Alongamento na Ruptura diminui diminui Tensão na Ruptura estável diminui Deformação Permanente melhora diminui Envelhecimento ao calor estável piora Dureza Shore aumenta aumenta Tendência a eflorescência reduzida aumenta Resistência ao Rasgo diminui diminui Termoplasticidade estável aumenta

Marcas comerciais: Peróxidos Orgânicos

Produtos Fabricantes Retilox Retilox Alperox Lucido Amberol Rohm & Haas BPIC Pittsburg Plate Glass Cy BZP U.S.Peroxygen Corp. Cadox Cadet Chemical Corp. Chaloxyd Societè Comaip DiCup Hercules Vulcup Hercules Lucidol Wallace Tiernan Luperco Wallace Tiernan Luperox Elf Atochem (atual Arkema) Lupersol Elf Atochem (atual Arkema) Paroxan Pergan Perkadox Akzo Nobel Trigonox Akzo Nobel Peroximon Montefluos Varox Vanderbilt

Quadro 36 – Marcas comerciais: Peróxidos Orgânicos.

82 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

42 Pigmentos Agentes de cor são substâncias químicas que, uma vez incorporadas,

conferem cor a um substrato. Pigmentos são agentes de cor insolúveis no meio da aplicação. Pos-

suem alto índice de refração e suas propriedades dependem tanto da estrutura química, como também dos fatores físico-químicos, como cris-talização, dispersão de partículas sólidas ou cristais.

As cores fundamentais (ou primárias) das quais decorrem as demais são 3: azul, amarela e vermelha.

Misturando em proporções constantes, obtêm-se as cores secundá-rias:

– Azul + amarelo = verde; – Azul + vermelho = violeta (lilás); – Amarelo + vermelho = laranja. As cores terciárias resultam da soma de cores primárias com as se-

cundárias e assim por diante: – Azul + branco = azul claro; – Azul + preto = azul escuro; – Amarelo + branco = creme; – Amarelo + preto = ocre; – Vermelho + branco = rosa; – Vermelho + preto = marrom; – Branco + preto = cinza. Os matizes (nuances) das cores claras dependem da proporção feita

com as cores de partida. A maioria das cores na natureza não resultam de combinações binárias, mas de miscelânea de cores que somente ela, com seu inesgotável repertório de cores, consegue criar.

Os pigmentos dividem-se em: – Orgânicos: apresentam bom poder tintorial; alto brilho; boa trans-

parência; variável solidez à luz e ao calor; – Inorgânicos: apresentam opacidade/cobertura; pouco brilho; boa

solidez à luz; variável solidez ao calor. Entre os principais pigmentos inorgânicos se destacam os óxidos de

ferro nos tons amarelo, vermelho, marrom e preto. Para coloração preta é utilizado o negro de fumo, podendo ser apli-

cado em tintas, plásticos, borrachas e outros.

Tipos de Aditivos 83

Para pigmentos brancos, destacam-se principalmente o dióxido de ti-tânio rutilo (melhor poder de cobertura e alvura). Também são utilizados carbonato de cálcio, litopônio, bentonita, óxido de zinco e outros, porém com desempenho inferior ao dióxido de titânio.

43 Plastificantes Os plastificantes atuam sobre os elastômeros através de seu poder de

solvente e de inchamento. Podem ser divididos em: plastificantes primá-rios ou verdadeiros que atuam como solventes e plastificantes secundá-rios, ou diluentes que atuam como diluentes do elastômero. Os plastifi-cantes primários (solventes) são compatíveis em qualquer proporção. Os plastificantes secundários não dissolvem o polímero, apenas reduzem o coeficiente de atrito e facilmente exsudam.

Os plastificantes podem ser considerados como aditivos de proces-samento uma vez que alteram as propriedades físicas e de processamen-to da mistura.

Influência dos plastificantes sobre: a) Propriedades físicas: – Menor dureza, – Maior alongamento, – Maior flexibilidade, – Melhor comportamento à baixa temperatura, – Tendência ao inchamento, – Comportamento antiestático. b) Processamento: – Menor viscosidade, – Incorporação mais rápida da carga, – Dispersão mais difícil pela falta de atrito, – Menor demanda de energia e menos geração de calor durante o

processamento, – Melhor fluxo, – Melhor desmoldagem, – Menor pegajosidade das misturas cruas.

Tipos de plastificantes: óleos minerais: parafínicos, naftênicos e aromáticos;

84 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

ceras derivadas de petróleo: petrolados, parafinas, vaselinas; ceras de polietileno;

resinas: breu e seus derivados, resina Unilene, resina Protack, resi-nas fenólicas, asfalto;

sintéticos: DBP, DOP, DOA, poliméricos;

Aplicação dos plastificantes: – Óleos parafínicos: para NR, SBR, BR, EPDM e IIR; – Óleos naftênicos: para NR, SBR, BR, EPDM; – Óleos aromáticos: para NR, SBR, BR, NBR, CR, CSM; – Parafina clorada: para CR, CIIR, Hypalon; – Sintéticos: ésteres (DBP, DOP, DOA) para NBR e PVC; óleo de

silicone para silicone. 44 Retardadores

Retardadores são produtos que tornam o sistema de cura menos efe-

tivo ao longo de todo desenrolar da reação. O retardo pode ser produzido de diversas maneiras, como a adição

de produtos com característica ácida. Também ocorre por diluição quan-do um excesso de cargas e plastificantes afasta entre si os sítios ativos para a reação de cura.

Outra forma de retardo é a reação entre componentes e agentes de cura, diminuindo o teor de reagente ativo, como:

ZnO + SiO2 Zn(SiO3)2 silicato de zinco; CaO + Ac. Esteárico estearato de cálcio. Bloqueio da ação dos aceleradores básicos (MBTS, CBS, DPG,

TMTD) provocado por componentes de características ácidas. De modo geral os retardadores não são incluídos na fórmula de

composição e só são utilizados quando o composto tende a apresentar pré-vulcanização.

Marcas comerciais: Retardadores

Produtos Fabricantes Ácido benzoico Diversos Ácido esteárico Diversos Anidrido ftálico Diversos Bantard J Bann Química

Tipos de Aditivos 85

Curetard A Monsanto (atual Flexsys) Óxido vermelho de ferro Diversos Rhenogran Lanxess Silica amorfa Diversos Vulkalent A Lanxess

Quadro 37 – Marcas comerciais: Retardadores.

45 Silanos Silanos são compostos orgânicos à base de silício (organossilanos)

que se caracterizam pela grande versatilidade, podendo reagir tanto com substâncias orgânicas como também com as inorgânicas. É nanotecno-logia aplicada à borracha.

São muito conhecidas as suas aplicações seja como agentes de união, agentes de interligações, modificadores de superfície, compatibilizado-res de substâncias de naturezas diferentes e muitas outras, de acordo com a sua estrutura molecular e tipo de aplicação.

Os silanos criteriosamente dosados melhoram a qualidade dos adesi-vos, dos revestimentos, das cargas, reforçam sílicas, silicatos e fibras de vidro, melhoram tintas de impressão, polímeros, sejam eles elastômeros ou plastômeros, bem como produtos para indústria têxtil (fios e tecidos).

Em elastômeros, os silanos atuam aumentando a tensão de ruptura, a resistência ao rasgo e à abrasão em aproximadamente 35%; com dosa-gens de 3,0 a 5,0% sobre a quantidade de sílica.

A classificação é feita de acordo com a sua estrutura química: A – Éster-silanos; B – Vinil-silanos; C – Metacriloxi-silanos; D – Epóxi-silanos; E – Mercapto-silanos; F – Amino-silanos; G – Ureído-silanos; H – Isocianato-silanos; I – Cloro-silanos.

86 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Propriedades A – Éster-silanos

A1 – Octil-trietoxi-silano Estrutura: CH3-(CH2)7-Si-(O-CH2-CH3)3; Massa molar: 276,5; Aspecto: líquido claro; Densidade: 0,876 g/cm3;

Ponto de fulgor: 41°C; Ponto de ebulição: 98°C; Solubilidade: Acetona, toluol, éter etílico, tetracloreto de carbono Hidroliza.

A2 – Metil-trietoxi-silano Estrutura: CH3-Si-(O-CH2-CH3)3; Massa molar: 178,3; Aspecto: líquido claro; Densidade: 0,890 g/cm3; Índice de refração: 1,382 (25°C) ; Ponto de fulgor: 29°C; Ponto de ebulição: 143°C.

A3 – Metil-trimetoxi-silano Estrutura: CH3-Si-(O-CH3)3; Massa molar: 136,3; Aspecto: Líquido claro âmbar; Densidade: 0,950 g/cm3;

Índice de refração: 1,368 (25°C); Ponto de fulgor: 0°C; Ponto de ebulição: 101°C; Solubilidade: Acetona, toluol, éter, tetracloreto de carbono Hidroliza.

A4 – Propil-trietoxi-silano Estrutura: CH3-(CH2)2-Si-(O-CH2-CH3)3; Massa molar: 206; Densidade: 0,890 g/cm3.

Tipos de Aditivos 87

A5 – Hexadecil-trietoxi-silano Estrutura: CH3-(CH2)15-Si-(O-CH2-CH3)3; Massa molar: 388; Densidade: 0,880 g/cm3.

A6 – Fenil-propil-trimetoxi-silano Estrutura: Ph-(CH2)3-Si-(O-CH3)3. B – Vinil-silanos

B1 – Vinil-trietoxi-silano Estrutura: CH2=CH-Si-(O-CH2-CH3)3; Massa molar: 190,4; Aspecto: líquido claro; Viscosidade: 0,700; Densidade: 0,905 g/cm3; Índice de refração: 1,377; Ponto de fulgor: 44°C; Ponto de ebulição: 160°C; Solubilidade: Acetona, toluol, éter etílico, tetracloreto de carbono Hidroliza.

B2 – Vinil-trimetoxi-silano Estrutura: CH2=CH-Si-(O-CH3)3; Massa molar: 148,2; Aspecto: líquido claro; Densidade: 0,967 g/cm3; Índice de refração: 1,390; Ponto de fulgor: 28°C; Ponto de ebulição: 122°C; Solubilidade: Acetona, toluol, éter etílico, tetracloreto de carbono apropriado para: poliéster, poliolefinas, silicone.

B3 – Vinil-tris-(2-metoxietoxi)-silano Estrutura: CH2=CH-Si-(O-CH2-CH2-O-CH3)3; Massa molar: 280,4; Aspecto: Líquido claro; Densidade: 1,035 g/cm3; Índice de refração: 1,427;

88 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Ponto de fulgor: 92°C; Ponto de ebulição: 285°C; Solubilidade: Acetona, toluol, éter etílico, tetracloreto de carbono.

B4 – Vinil-metil-dimetoxi-silano Estrutura: CH2=CH-Si-(CH3)(O-CH3)2; Massa molar: 132,2; Aspecto: Líquido claro; Densidade: 0,888 g/cm3; Ponto de fulgor: 7,8°C; Ponto de ebulição: 106°C; Solubilidade: Acetona, toluol, éter etílico, tetracloreto de carbono apropriado para: poliéster, poliolefinas. C – Metacriloxi-silanos

C1 – Gama-metacriloxi-propil-trimetoxi-silano ou 3-metacriloxi-propil-trimetoxi-silano

Estrutura: CH2=C(CH3)-COO-(CH2)3-Si-(O-CH3)3;

Massa molar: 248,4; Aspecto: líquido; Densidade: 1,045 g/cm3;

Índice de refração: 1,429 (25°C) ; Ponto de fulgor: 108°C; Ponto de ebulição: 255°C; Apropriado para: acrílico, elastômero butil, poliéster, poliéter, polio-

lefinas, silicone. D – Epóxi-silano

D1 – Beta (3,4-epoxiciclohexil)etil-trimetoxi-silano Estrutura: -(CH2)2-Si-(O-CH3)3

Massa molar: 248,4; Aspecto: Líquido claro;

O

Tipos de Aditivos 89

Densidade: 1,065 g/cm3; Índice de refração: 1,448; Ponto de fulgor: 113°C; Ponto de ebulição: 310°C; Apropriado para: acrílico, epóxi, furano, melamina, fenólicos, poli-

amidas, poliolefinas, uréia-formol.

D2 – Gama-glicidoxipropil-trimetoxi-silano ou 3-Glicidiloxi-propil-trimetoxi-silano

Estrutura: CH2-CH- CH2-O-(CH2)3-Si-(O-CH3)3

O Massa molar: 236,1; Aspecto: Líquido claro; Densidade: 1,069 g/cm3;

Índice de refração: 1,427; Ponto de fulgor: 110°C; Ponto de ebulição: 290°C; Apropriado para: acrílico, butil, epóxi, furano, melamina, NBR, fenólicos,

poliamida, poliéster, poliolefinas, polissulfeto, PU, SBR, ureia-formol. E – Mercapto-silanos

E1 – Gama-mercapto-propil-trimetoxi-silano ou Sulfopropil-trimetoxi-silano

Estrutura: HS-(CH2)3-Si-(O-CH3)3; Massa molar: 196,4; Aspecto: líquido claro; Densidade: 1,057 g/cm3; Índice de refração: 1,440; Ponto de fulgor: 88°C; Ponto de ebulição: 212°C; Apropriado para: Acrílico, butil, epóxi, policloropreno, NBR, fenó-

licos, polissulfeto, PU, SBR com enxofre.

E2 – Bis[3-(trietoxi-silil-propil)]-tetrassulfano ou Tetrassulfeto-di(propil-trietoxi-silano)

Estrutura: 3(CH3-CH2-O)-Si-(CH2)3-S4-(CH2)3-Si-(O-CH2-CH3)3; Massa molar: 539; Aspecto: líquido claro;

90 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Densidade: 1,100 g/cm3; Ponto de fulgor: 104°C; Conhecido comercialmente como SI 69, tendo como contratipo o AH 69. Apropriado para: butil, NBR, polissufeto e SBR com enxofre.

E3 – Bis[3(trietoxi-silil)-propil-dissulfato – ou Di(sulfopropil-trietoxi-silano)

Estrutura: 3(CH3-CH2-O)-Si-(CH2)3-S2-(CH2)3-Si-(O-CH2-CH3)3; Massa molar: 486; Densidade: 1,030 g/cm3.

E4 – Trietoxi-propil-tiocianato Estrutura: NCS-(CH2)3-Si-(O-CH2-CH3)3; Massa molar: 263; Densidade: 1,030 g/cm3.

F – Amino-silanos

F1 – Aminopropil-trietoxi-silano Estrutura: H2N-(CH2)3-Si-(O-CH2-CH3)3; Massa molar: 221,3; Aspecto: líquido claro; Densidade: 0,946 g/cm3; Índice de refração: 1,420; Ponto de fulgor: 96°C; Ponto de ebulição: 220°C; Apropriado para: acrílico, butil, celulósicos, epóxi, furano, melami-

na, policloropreno, NBR, nitrocelulose, fenólicos, poliamidas, poliéster, poliolefinas, polissulfeto, PU, polivinil-butiral, SBR, ureia-formol, vinil.

F2 – Gama-Aminopropilsilsesquioxano ou Aminoalquil-silicone (solução)

Estrutura: (H2N-CH2-CH2-CH2-SiO1,5)n; Oligômero; Aspecto: líquido claro; Densidade: 1,076 g/cm3; Ponto de fulgor: maior de 66°C; Apropriado para: sistemas com retenção de água, acrílico, epóxi, fe-

nólicos e vinil.

Tipos de Aditivos 91

F3 – Gama-aminopropil-trimetoxi-silano Estrutura: H2N-(CH2)3-Si-(O-CH3)3; Massa molar: 179,3; Aspecto: líquido claro; Densidade: 1,014 g/cm3; Ponto de fulgor: 82°C; Ponto de ebulição: 210°C; Apropriado para: acrílico, epóxi, furano, melamina, poliamida, PU,

ureia-formol, vinil.

F4 – N-beta-(aminoetil)gama-aminopropil-trimetoxi-silano Estrutura: H2N-(CH2)2-NH-(CH2)3-Si-(O-CH3)3; Massa molar: 222,4; Aspecto: líquido claro; Densidade: 1,030 g/cm3;

Índice de refração: 1,448; Ponto de fulgor: 138°C; Ponto de ebulição: 259°C; Apropriado para: acrílico, epóxi, poliamida, poliéter, vinil.

F5 – Triaminofuncional – silano Estrutura: H2N-(CH2)2-NH-(CH2)2-NH-(CH2)3-Si-(O-CH3)3; Massa molar: 265,4; Aspecto: líquido claro; Densidade: 1,030 g/cm3;

Ponto de fulgor: 125°C; Ponto de ebulição: maior de 250°C; Apropriado para: acrílico, epóxi e vinil.

F6 – Bis-(gama-trimetoxi-silil-propil)-amina Estrutura: 3(CH3-O)-Si-(CH2)3-NH-(CH2)3-Si-(O-CH3)3; Massa molar: 342,6; Aspecto: Líquido claro; Densidade: 1,040 g/cm3; Ponto de fulgor: 113°C; Ponto de ebulição: 152°C; Apropriado para: epóxi, furano, melamina, fenólicos, PU, ureia-

formol.

92 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

F7 – N-fenil-gama-aminopropil-trimetoxi-silano Estrutura: Ph-NH-(CH2)3-Si-(O-CH3)3; Massa molar: 255,4; Aspecto: Líquido claro; Densidade: 1,070 g/cm3; Ponto de fulgor: 146°C; Ponto de ebulição: 310°C; Apropriado para: melamina, furano, PU, ureia-formol.

F8 – Poli-dimetil-siloxano-organomodificado Estrutura: CH3-Si-O-[(CH2)2-SiO]x[CH3-SiO(NR2)]y[CH3-SiO(NHR’-Si(OR)3)]z-Si(CH3)3;

Aspecto: líquido claro; Densidade: 1,170 g/cm3; Ponto de fulgor: 102°C; Ponto de ebulição: maior do que 250°C.

F9 – N-beta-(aminoetil)-gama-aminopropilmetil-dimetoxi-silano Estrutura: H2N-(CH2)2-NH-(CH2)3-Si-(O-CH3)3; Massa molar: 206,4; Aspecto: líquido claro; Densidade: 0,980 g/cm3; Ponto de fulgor: 93°C; Ponto de ebulição: 85°C; Apropriado para: acrílico, epóxi, poliamida, poliéter, vinil. G – Ureido-silanos

G1 – Gama-ureidopropil-trialcoxi-silano (50% metanol) Estrutura: H2N-CO-NH-(CH2)3-Si-(O-CH3)(O-CH2-CH3)2; Aspecto: líquido claro; Densidade: 0,920 g/cm3;

Ponto de fulgor: 14°C; Índice de refração: 1,380; Apropriado para: celulósicos, fenólicos, polivinilbutiral, ureia-

formol.

Tipos de Aditivos 93

G2 – Gama-ureidopropil-trimetoxi-silano Estrutura: H2N-CO-NH-(CH2)3-Si-(O-CH3)3; Massa molar: 222,4; Aspecto: líquido claro; Densidade: 1,15 g/cm3; Índice de refração: 1,386; Ponto de fulgor: 99°C; Ponto de ebulição: 217°C. H – Isocianato-silano

H1 – Gama-isocianato-propil-trietoxi-silano Estrutura: O=C=N-(CH2)3-Si-(O-CH2-CH3)3; Massa molar: 247,3; Aspecto: Líquido claro; Densidade: 0,999 g/cm3; Índice de refração: 1,420; Ponto de fulgor: 77°C; Ponto de ebulição: 238°C; Apropriado para: poliamida, PU, ureia-formol.

H2 – Ciano-sulfo-gama-propil-trietoxi-silano Estrutura: CH3-CH2-O-Si-(CH2-CH2-CH2-SCN)(O-CH2-CH3)2; Massa molar: 263; Densidade: 1,030 g/cm3;

Apropriado para: elastômeros vulcanizados (ligações monossulfeto).

H3 – Cianato-propil-trietoxi-silano Estrutura: O=C=N-(CH2)3-Si-(O-CH3)3. I – Cloro-silanos

I1 – Cloro-propil-trietoxi-silano Estrutura: Cl-(CH2)3-Si-(O-CH2-CH3)3; Massa molar: 230; Densidade: 1,01 g/cm3; Apropriado para: elastômeros clorados; Observação: ligações entre 2 átomos de silício.

94 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

46 Solventes Na indústria da borracha são utilizados solventes em diversos está-

gios do processo produtivo. A preocupação com a toxidez é hoje um aspecto importantíssimo,

tendo em vista os efeitos perigosos que a maioria deles apresenta.

Produtos que podem provocar câncer: BTX – Benzeno, Tolueno, Xilol (mistura orto, meta e paraxileno); Tetracloreto de Carbono; Tricloroetileno; Percloroetileno; Clorofórmio; Nitrobenzeno – essência de mirbana, nitrobenzina. Os menos tóxicos são: MEK – Metil-etil-cetona; MIBK – Metil-isobutil-cetona; Nafta – Hexano, ciclohexano; THF – Tetrahidrofurano; Benzina; Isoctano (gasolina pura); Dimetil – Formamida.

Tipos de Aditivos 95

96 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Produtos 97

III

PRODUTOS

Cada produto relacionado na fórmula de composição tem características próprias e em seu lugar só pode ser utilizado um contratipo que tenha

as mesmas propriedades, embora tenha outros nomes ou procedências.

98 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

01 Ácido Benzoico O ácido benzoico é uma substância orgânica cristalina, branca, cujo

ponto de fusão é de 121°C. Pouco solúvel em água, é solúvel em álcool, éter, e solventes aromáticos.

É utilizado como retardador do sistema de vulcanização em compos-tos que começam a apresentar indícios de pré-vulcanização.

Nos produtos onde a adesão entre camadas é desejada, pode-se usar o inibidor PVI ou ácido benzoico (retardador), para que o composto atinja baixa viscosidade antes de vulcanizar o que se traduzirá em maior coesão.

02 Ácido Esteárico Nome usual: Estearina O ácido esteárico pode ser extraído de gordura animal ou vegetal. As gorduras sólidas (sebo, banha) dão um rendimento maior já que a

estearina é sólida. Funciona como ativador no sistema de aceleração com enxofre,

quando combinado com o óxido de zinco. A reação é a seguinte: Ácido esteárico + ZnO Estearato de zinco. Como a reação é reversível, pode-se usar o estearato de zinco no lu-

gar de estearina e óxido de zinco, embora a eficácia não seja a mesma e o custo seja maior.

Dosagens maiores de 2 phr o tornam retardador de vulcanização e, acima de 5 phr, começa a funcionar simultaneamente como retardador, lubrificante e desmoldante interno.

Dosagens excessivas podem determinar a migração “bloom” oleosa. Quando se tem óxido de magnésio na fórmula, o ácido esteárico é

adicionado ao mesmo tempo para impedir a adesão às superfícies do misturador.

O ácido esteárico contém como impurezas o ácido palmítico e olei-co. Por isso, a estearina dupla ou tripla pressão indica maior pureza.

Na cura peroxídica normalmente não é utilizada. Em alguns casos, como exemplo na produção de compostos de EVA, é utilizado como desmoldante interno.

Produtos 99

03 Adesivo Metal-Borracha Os adesivos são utilizados para colagem de elastômeros a metais e

outros substratos na fabricação de coxins, buchas, retentores, juntas, correias, mangueiras, entre outras.

Podem ser aplicados por sistema de camada única ou dupla, por pin-cel, rolo, imersão ou “spray”.

Marcas comerciais: Adesivos Metal-Borracha

Produtos Fabricantes Chemlok Lord Industrial Chemitac Dalton Dynamics Chemosil Henkel Cilbond Morton (Dayton Chemicals) Thixon Morton Ty-Ply-BN Marbor Corp./Lork (Adesivo para PU) Vulcabond TX ICI

Quadro 38 – Marcas comerciais: Adesivos Metal-Borracha.

04 Alumina: Al2O3 . 6H20 A alumina (óxido de alumínio) é um pó branco obtido por microni-

zação do mineral coríndon. O óxido de alumínio é utilizado nas lixas e nas borrachas de apagar

como abrasivo. É utilizado na limpeza de peças para adesão metal-borracha no lugar

do jato de areia. É também um retardante de chama e funciona muito melhor em mis-

tura com o trióxido de antimônio: Sb2O3.

05 Aminox Antioxidante manchante para proteção contra oxigênio e calor da

Uniroyal (atualmente Chemtura). Produto de condensação entre difenilamina e acetona, tem densidade

1,15 e ponto de fusão 85°C/95°C. É solúvel em acetona e dicloroetileno. Dosagem 0,5 a 1,5 phr.

100 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

06 Asfalto O asfalto é um resíduo da destilação do petróleo. Sua composição

química é de uma mistura de hidrocarbonetos com mais de 18 carbonos (asfaltenos – produtos cíclicos não aromáticos).

É um material preto brilhante que ao ser dissolvido apresenta cor marrom escura.

É utilizado como plastificante, amolecedor, compatibilizante de elas-tômeros de diferentes polaridades (SBR + EPDM) e homogeneizador.

Desenvolve brilho nos produtos moldados por compressão, favorece o escoamento melhorando as moldagens.

Em produtos com altos teores de carga, funciona como aglomerante.

07 Baquelite Composto termofixo de dureza elevada, obtido pela cura da resina

fenólica novolaca com 10 phr de HMT (Urotropina), a 155°C/170°C. Em compostos de borracha, a mistura de 40 phr de resina fenólica

novolaca contendo urotropina, ao ser curada, adquire rigidez e resistên-cia que a tornam adequada para a produção de grande número de artefa-tos técnicos.

08 Bentonita Sódica A bentonita é um pó branco constituído por argila lamelar tratada

com soda barrilha (Na2CO3) no beneficiamento que promove a esfolia-ção e inserção do sódio entre as lamelas.

A granulometria é determinada em peneira # 300 onde o retido é menor de 1%.

Em sua estrutura possui aproximadamente 70% de montmorilonita sob forma de nanopartículas.

É excelente carga para elastômeros halogenados, graças à reação do sódio com o halogênio, forma dois sítios reativos de cargas diferentes, um próximo do outro.

Em mistura com materiais ácidos funciona como neutralizador. É utilizado como estabilizador dimensional.

Produtos 101

09 BHT 2,6-di-tert-butil-paracresol Antioxidante não manchante adequado para produtos em contato

com alimentos. Dosagem 1,0 a 2,0 phr.

Marcas comerciais: BHT Produtos Fabricantes

Ionol CP Degussa – Evonik Vulkanox BHT Lanxess Naftonox BHT Chemetall Naugard BHT Uniroyal (atual Chemtura) Tinuvin 770 Ciba – Geigy Vanlube PCX Vanderbilt Coinox Coin Chemical

Quadro 39 – Marcas comerciais: BHT.

10 Bisfenol A p, p’-isopropilideno-difenol O Bisfenol A é a matéria-prima para a obtenção de resinas de poliés-

ter insaturado do tipo bisfenólica e éster-vinílica. O Bisfenol A é utilizado em composições de borracha como agente

de cura e como bactericida. É solúvel em álcool e insolúvel em água. Não deve ser utilizado em produtos que tenham contato com alimentos. Ponto de ebulição a 4mm Hg – 220°C.

11 Breu O Breu é uma resina vegetal extraída do Pinus Eliottis e tem como

principal constituinte o ácido abiético, também conhecido como ácido sílvico ou ácido rosínico.

O Breu é utilizado como agente de pegajosidade e eliminador de cheiros amoniacais.

O Breu pode sofrer modificações e dar origem a novos produtos de grande interesse para a indústria da borracha.

102 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

O Breu, por ser ácido, retarda o sistema de vulcanização. Para neu-tralizar este efeito, pode-se utilizar o DEG, PEG ou TEA.

Reage com o óxido de cálcio, produzindo o Abietato de Cálcio, sóli-do neutro com menor pegajosidade do que o Breu.

O Breu é solúvel em álcool, éter, clorofórmio, toluol. Insolúvel em água e óleos parafínicos. Tipos de breus: – Breu K (escuro); – Breu X (amarelo claro). No mercado existem alguns tipos de Breus Modificados que exer-

cem a função de plastificante a agente de pegajosidade (Tack).

12 Carbonato de Cálcio – CaCO3 O carbonato de cálcio apresenta-se natural ou precipitado (ppt); é

uma carga branca inerte, de fácil incorporação nos elastômeros e que aumenta a densidade do composto e compromete seriamente as proprie-dades mecânicas, sobretudo a resistência à tração e à abrasão.

É completamente solúvel em HCl 50%, produzindo intensa eferves-cência.

CaCO3 + 2HCl CaCl2 + H20 + CO2

A aparência usual é de produto mais branco do que o dióxido de ti-

tânio, mas tem um poder de cobertura muito menor. No mercado são oferecidos carbonatos de cálcio de faixas granulo-

métricas variadas. Quanto mais fino o CaCO3, melhor o acabamento superficial. O carbonato de cálcio moído (micronizado) tem densidade maior, is-

to significa menor percentagem de finos do que o obtido quimicamente. A diferença pode ser verificada num composto translúcido. O CaCO3 ppt torna o composto branco e opaco. O CaCO3 micronizado preserva razoavelmente a translucidez. O CaCO3 natural também é conhecido como calcita.

Produtos 103

13 Carbeto de Silício Nome usual: Pó de Esmeril O carbeto de silício (carborundum ou pó de esmeril) é utilizado co-

mo abrasivo na fabricação de polidores de borracha para rebarbagem de peças e polimento de metais.

Em alguns tipos de freios é utilizado para aumentar o coeficiente de atrito.

14 Caulim O caulim é uma argila formada por lamelas hexagonais irregulares,

utilizado como carga diluente em composições de borracha. Pela presença de ácidos úmicos, o caulim apresenta características

levemente ácidas. Por este motivo e, aliando o poder de diluição da mas-sa polimérica, tem ação retardadora no sistema de vulcanização.

Graças ao seu poder de absorção, inibe o afloramento de produtos incompatíveis com o polímero-base.

Funciona como excelente estabilizador dimensional e retém calor, contribuindo para a vulcanização de artefatos de parede espessa.

É isolante elétrico, sobretudo quando se inclui alentada dosagem de óleo parafínico, de parafina, ou de cera de polietileno. Aumenta a dure-za, mas compromete as propriedades físico-mecânicas do produto.

Usualmente encontrado nos grades caulim rosa e caulim branco, cor originada devido à concentração de óxido de ferro presente no mineral, porém, ambos apresentam mesmo desempenho.

O caulim rosa apresenta custo menor em relação ao caulim branco.

15 CBS – N-Ciclohexil-Benzotiazil-Sulfenamida Acelerador manchante de vulcanização. Utilizado em NR, SBR, NBR, BR e IR. Pode ser usado sozinho ou em conjunto com guanidinas, tiazóis, tiú-

rans ou ditiocarbamatos, os quais atuam como ativadores. Das sulfenamidas, é o que apresenta menor tempo de segurança

(menor scorch). Segurança no processo: CBS < TBBS < MBS < DCBS.

104 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Não deve ser utilizado em compostos que entram em contato com gêneros alimentícios, pois conferem gosto amargo para os mesmos.

Dosagem 1,0/1,5 phr.

Marcas comerciais: CBS Produtos Fabricantes

CBS Meyors Vulkacit CZ Lanxess Banac CBS Bann Química Conac S Du Pont Curax Vanderbilt Cydac American Cyanamid Delac S Naugatuck – Uniroyal (atual Chemtura) Durax Vanderbilt Eveite MS Montecatini Furbac Anchor Chemical Co. Rhodifax 16 Rhodia Rubenamid C General Química Santocure CBS Monsanto (atual Flexsys) Vulcafor HBS ICI

Quadro 40 – Marcas comerciais: CBS.

16 Cera de Carnaúba A cera de carnaúba é uma cera extraída das folhas da carnaubeira. É utilizada na fabricação de velas, ceras e pastas polidoras, vernizes,

impermeabilização de papel e auxiliar de processo em composições de fluoroelastômeros.

Está disponível para comercialização nos grades T1, T3 e T4, mais clara (creme) à mais escura (marron), respectivamente.

A dosagem normal é de 1,0 a 1,5 phr.

17 Cera de Polietileno Sólido untuoso de propriedades semelhantes à parafina. É utilizada como lubrificante, auxiliar de fluxo e desmoldante inter-

no, mas também como isolante elétrico e agente hidrófobo. Bloqueia a Radiação UV.

Produtos 105

Outra utilização é como veículo de dispersão para fabricação de masterbatch de concentrados de cor e aditivos.

Marcas comerciais: Cera de Polietileno

Produtos Fabricantes CPM 250 M Cerabras Q-Flux PE Quisvi Antilux 500 Rhein Chemie Retiflux Retilox Perlax Ipiranga (atual quantiQ) Proquiwax Proquitec

Quadro 41 – Marcas comerciais: Cera de Polietileno.

18 Cortiça A cortiça é um produto vegetal encontrado na casca da Quercus súber. Tem baixa densidade: 0,15/0,20 g/cm3. É um material poroso de células fechadas por isso não absorve água. Embora não seja elástica, apresenta boa resiliência. Foi muito utilizado na fabricação de rolhas, coletes salva-vidas,

palmilhas para calçados e gaxetas automotivas. Em alguns produtos de borracha, a cortiça é utilizada para diminuir a

densidade do composto.

19 Dessecante Agente: Óxido de cálcio – CaO. Óxido de cálcio tratado superficialmente. Neutralizador de acidez e absorvedor de água contida em componen-

tes da mistura da borracha. Nos sistemas de vulcanização com aceleradores e enxofre, funciona

também como ativador Marcas Comerciais: Kezadol (Kettlitz), Retisec (Retilox), Prosec

(Proquitec). Dosagem: 5 a 10 phr.

106 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

20 Diatomita A diatomita é extraída de sedimentos de mares pré-históricos que

desapareceram. Ela tem composição complexa, pois é constituída pelas carapaças (frústulas) de algas unicelulares.

A diatomita, também conhecida por Kieselguhr como terra diatomá-cea, terra de infusório e Trípoli, apresenta-se como pó branco, duro e leve; é usada como abrasivo, material filtrante, estabilizador de nitrogli-cerina (dinamite) e tijolos refratários.

Nas composições de elastômero, facilita a incorporação de óleos plastificantes e inibe a exsudação.

Celite 577 – Celite Corp.

21 Dióxido de silício – SiO2 Nome usual: Sílica As sílicas são compostos oxigenados do silício (SiO2), também co-

nhecidas como Dióxido de Silício ou Bióxido de Silício. A sílica precipitada é obtida a partir da areia e por sucessivos trata-

mentos físico-químicos, chega a se tornar um pó muito fino de cor bran-ca e com estrutura cristalina amorfa, não oferecendo riscos ao ser humano.

As sílicas amorfas são translúcidas e higroscópicas (absorvem água) e são utilizadas como cargas reforçadoras em composições de elastômeros.

Quanto maior o tamanho de partícula, mais fácil a incorporação pelo composto, maior a higroscopicidade e menor o poder de cobertura. Quanto menor o tamanho de partícula, maior a tixotropia (gel sol), a transparência e hidrofobicidade.

A densidade desses produtos gira em torno de 2,0 g/cm3. Sua estru-tura amorfa responde pela transparência. O índice de refração é próximo a 1,46 e o pH (4g em 100 ml de H2O) se situa entre 3,5 a 7,0. O grau de pureza chega a 99,8% de dióxido de silício (SiO2).

A sílica amorfa tem características ácidas e normalmente são neutra-lizadas com DEG, PEG ou TEA.

A sílica precipitada (ppt) não é porosa, mas tem alta atividade super-ficial e poder de cobertura desde 45m²/g a 225m²/g (nanopartículas).

Não se recomenda a neutralização com CaO para evitar a transfor-mação do SiO2 em silicato de cálcio, carga inerte.

Produtos 107

Para torná-lo hidrofóbico, basta adicionar-lhe 1 a 2% de DPG (Dife-nil guanidina) ou 2 a 3% de silano (Si-69).

A silanização, além de mudar a estrutura e as propriedades, torna a partícula silicosa mais compatível com o polímero (derivatização), au-mentando seu poder de reforço no composto.

A sílica derivatizada é hidrofóbica assim como a sílica pirogênica hidrófoba. Para distinguir a sílica amorfa da sílica pirogênica hidrófoba, num copo cheio de água, deixa-se cair uma pitada de sílica. Caso a sílica seja amorfa, absorve água e decanta; caso seja pirogênica hidrofóbica ou derivatizada, não molha, não decanta e, soprando, é levada pelo ar.

As sílicas precipitadas amorfas não oferecem riscos à saúde humana, sendo aprovadas para contato com alimentos (BGA – Recomendação XXI e FDA – Capítulo 175/178 – Anvisa Resolução 123). Contudo a manipulação é feita com EPIs adequados.

De fato, elas são quimicamente inertes, inodoras, insípidas e transpa-rentes ou translúcidas.

Como possuem estrutura química semelhante à do vidro, demoram a aquecer e a esfriar. Esta propriedade é explorada na vulcanização de produtos com paredes espessas (grossas).

Também existe a sílica-gel que é utilizada como absorvedor de umi-dade em laboratório e sachês para absorção de umidade visando a con-servação dos produtos frente a esta. A sílica-gel apresenta-se no merca-do com ou sem corante, a fim de facilitar a visualização do seu estado de saturação de umidade. Quando saturada (absorveu umidade) adquire coloração rósea. Aquecida a 110°C durante 1 hora, perde água, retor-nando a cor azul.

Marcas comerciais: Sílica

Produtos Fabricantes Zeosil Rhodia Tixolex Rhodia Tixosil Rhodia Vulkasil Bayer (atual Lanxess) Aerosil Degussa (atual Evonik) Ultrasil Degussa (atual Evonik) Aktisil Struktol Cab-o-sil Cabot Hi-Sil PPG Industries Co. Silene PPG Industries Co. Rubersil Glasven

Quadro 42 – Marcas comerciais: Sílica.

108 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Produto Área pH Zeosil 185 155/195 m2/g 6,0/7,2 Zeosil 175 155/195 m2/g 6,0/7,2 Zeosil 125 105/145 m2/g 6,0/7,2 Tixosil 333 155/195 m2/g 6,0/7,0 Tixolex 28AB 70/130 m2/g 9,5/10,5

Quadro 43 – Sílica: produto x área x pH.

22 Dióxido de Titânio – TiO2 O Dióxido de Titânio é um pigmento branco de grande poder de co-

bertura que contribui para aumentar o efeito barreira contra penetração da radiação UV e aumenta a impermeabilidade dos filmes de PEBD e EVA.

Funciona como estabilizador de pigmentos orgânicos, sobretudo os de cor azul que sem ele podem se tornar verdes, os pigmentos, durante a vulcanização do composto.

Possui duas formas de arranjo cristalino: o Anatase e o Rutilo. A forma anatase possui menor custo e menor poder de cobertura, porém grande capacidade de absorção de luz UV. A forma rutilo é a mais comumente utilizada nos diversos nichos de mercado (tintas, pigmentos, borrachas, plásticos), apresentando melhor poder de cobertura e maior custo.

O Dióxido de Titânio é um produto polifuncional: – Pigmento branco; – Aumenta a impermeabilidade; – Produto hidrófobo e isolante; – Ativador de pigmentos; – Estabilizador de pigmentos; – Compromete a resistência à abrasão; – Reflete a Radiação UV; – Possui efeito barreira a gases.

Características do TiO2 Anatase Rutilo Densidade 4,2 3,9 Calor específico 12,96 13,2 Constante dielétrica 48,00 114,00 Poder de cobertura m2/g 8,00 10,00 Sistema cristalino Tetragonal Tetragonal Tamanho do cristal, Å 136,10 62,40

Quadro 44 – Dióxido de Titânio: características TiO2.

Produtos 109

Marcas comerciais: Dióxido de Titânio Produtos Fabricantes

Ti Pure Du Pont Tiona Tibrás (atual Millennium) Rhoditan ATI Rhodia Titanox X White Pigments

Quadro 45 – Marcas comerciais: Dióxido de Titânio.

23 Dolomita A dolomita é um mineral constituído por carbonato duplo de cálcio e

magnésio [CaMg(CO3)2]. Apresenta cristais hexagonais translúcidos ou transparentes.

Dureza Mohs = 4 e densidade 2,9 g/cm3. Reage em contato com ácidos. É utilizada na fabricação de cimento

e cal e sais magnesianos. Não apresenta características interessantes para utilização como adi-

tivo em borracha.

24 Di-Octil-Ftalato – DOP O DOP é um plastificante sintético, do tipo éster, líquido, incolor,

especial para PVC, NBR. Não pode ser utilizado em produtos que tenham contato com alimen-

tos. Neste aspecto, pode ser substituído por outros plastificantes não ftálicos como o DOA – Di-Octil-Adipato ou plastificantes poliméricos que dificilmente podem ser extraídos do composto vulcanizado.

Produtos que entram em contato com alimentos com mais de 5% de gordura toleram no máximo dosagem de 3% de DOP.

25 Difenil-Guanidina – DPG O DPG é um pó acinzentado, manchante, ponto de fusão 145°C e

densidade 1,19. Solúvel em hidrocarbonetos, clorofórmio, álcool e éter. Pouco solúvel em água.

110 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Acelerador secundário de vulcanização é também ativador de sulfena-midas (CBS). Reage com o dióxido de silício à semelhança dos silanos. Dosagem: 0,25 a 0,50 phr. Não gera nitrosaminas.

Marcas comerciais: DPG

Produtos Fabricantes DPG Meyors Vulkacit D Lanxess Perkacit DPG Monsanto (atual Flexsys) Vanax DPG Vanderbilt Accelerateur Rapide D Saint Denis DPG American Cyanamid DPG Rhodia Eveite D Montecatini Rubator DPG General Química Vulcafor DPG ICI

Quadro 46 – Marcas comerciais: DPG.

26 Ebonite A ebonite é uma borracha supervulcanizada com excesso de enxofre

(25 a 30 phr) e de acelerador (8 phr de TMTD). Durante a reação de vulcanização ocorre a formação de grande vo-

lume de gases. Para absorvê-los e desativá-los, adicionam-se 20 phr de CaO o que

impede a explosão do produto ao ser aliviada a pressão sobre o molde. A ebonite tem dureza em torno de 90 Shore A. Uma ebonite resilien-

te pode ser obtida com borracha natural e carbonato de cálcio precipita-do como carga.

27 Elementos Restritos Alguns elementos químicos possuem seu uso restrito por serem tóxi-

cos e, por isso, precisam ser conhecidos para evitar a sua utilização, principalmente em composições para contato com alimentos.

As diretivas da União Europeia podem ser encontradas no site www.europa.eu.int/eur-lex/en/search.

Produtos 111

1 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: ARSÊNIO E SEU COMPOSTO * Nome alternativo: Arsênio * Diretiva da União Europeia: Council Directive 1989/677/EEC; * Método de teste: PrEN 14602:2002 (Total); * Limite aceitável: <10ppm. 2 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: TINTURAS AZO * Nome alternativo: Azocolourants, AZO Dyes, Lista completa no Ane-xo 1 da Europa Directive; * Diretiva da União Europeia: Council Directive 2002/61/EC; * Método de teste: DD CEN ISO TS17234:2003; * Limite aceitável: <30 ppm. 3 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: CORANTES AZUIS (BLUE CO-LORANTS) * Nome alternativo: Lista completa no Anexo 1 da Europa Directive; * Diretiva da União Europeia: Comission Directive 2003/3/EC; * Método de teste: CG-MS; * Limite aceitável: No máximo 0,1% compostos detectados (1000 ppm). 4 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: CÁDMIO E SEUS COMPONENTES * Nome alternativo: Cádmio * Diretiva da União Europeia: Council Directive 1991/338/EEC; * Método de teste: BS EN 1122 Total; * Limite aceitável: <10 ppm. 5 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: CLORO ALCANOS * Nome alternativo: Chloroalkanes (C10 – C13), SCCP; * Diretiva da União Europeia: Council Directive 2002/45; * Método de teste: GC-MS; * Limite aceitável: <10 ppm. 6 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: CROMO 6 * Nome alternativo: Cromo Hexavalente; Cr6; Cr Vl; Crome; Cromates; * Diretiva da União Europeia: Council Directive 1994/62/EEC e 2002/95/EU; * Método de teste: DIN 53314; * Limite aceitável: Não detectável (até 3 ppm).

112 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

7 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: FORMALDEÍDO * Nome alternativo: Formol, Formaldeído; * Diretiva da União Europeia: Council Directive 2002/231 e 2002/371; * Método de teste: DD CEN ISO TS 17226:2003; * Limite aceitável: <100 ppm. 8 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: COMPOSTO CHUMBO (LEAD COMPOUNDS) * Nome alternativo: Sais de ligação, Plumbo/compost Plumbic, PB.; * Diretiva da União Europeia: Council Directive 2002/95, 1994/62 e 1989/677; * Método de teste: prEN 14602:2002 (Total); * Limite aceitável: <10 ppm. 9 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: COMPOSTO DE MERCÚRIO * Nome alternativo: Quicksilver (Mercúrio) Hydrargyrum, Hg; * Diretiva da União Europeia: Council Directive 2002/95, 1994/62 e 1989/67; * Método de teste: prEN 14602:2002 (Total); * Limite aceitável: Não detectável (até 0,02 ppm). 10 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: NÍQUEL * Nome alternativo: Ni; * Diretiva da União Europeia: Council Directive 1994/27; * Método de teste: DIN 38406; * Limite aceitável: 4 ppm. 11 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: NITROSAMINAS * Nome alternativo: N-Nitrosamina; Nitrosaminas e as substâncias a ela relacionadas ver Instrução Normativa da União Europeia; * Diretiva da União Europeia: Council Directive 1993/11; * Método de teste: BS em 12868:1999; * Limite aceitável: Não detectável (0,1 ppm).

Produtos 113

12 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: NONILFENOL E SEUS ETOXI-LADOS * Nome alternativo: NP e NPE; * Diretiva da União Europeia: Council Directive 2003/53; * Método de teste: GC-MS; * Limite aceitável: 100 ppm (soma de nonylphenols, octylphenols e seus etoxilados). 13 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: ORGANO TIN COMPOUNDS * Nome alternativo: TBT, DBT, MBT; * Diretiva da União Europeia: Council Directive 1999/51; * Método de teste: DIN 38407 – 13; * Limite aceitável: TBT = 25 ppb Outros = 50 ppb. 14 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: FENOL CLORADOS * Nome alternativo: Pentachlorophenol (PCP), Techlorophenol (TeCP) entre outros; * Diretiva da União Europeia: Council Directive 1995/51; * Método de teste: CEN TS 14494 2003; * Limite aceitável: <5 ppm para total de Fenol Clorado. 15 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: PESTICIDAS * Nome alternativo: Insecticidas. Tipo 1-DDT, Dieldrin DTTB (Tlmepe-rone). Tipo 2-DDT, LIndane, Aldrin, Methoxychlor, DDD, DDE, Hep-tachlor, HEPTACHLOREPOXIDE, HCH, Malathion, Mirex, Parthion, Permethrin; * Diretiva da União Europeia: Council Directive 1976/464; * Método de teste: EPA 8081 ou equivalente; * Limite aceitável: <1 ppm. 16 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: FTALATOS * Nome alternativo: Di Ethyl Hexyl Phthalate (DEHP), Di ISO Nonyl Phthalate (DINP), Di Octyl Phthalate (DOP), Di ISO Decyl Phthalate (DIDP), Benzyl Butyl Phthalate (BBP), Di Butyl Phthalate (DBP); * Diretiva da União Europeia: Council Directive 1999/815; * Método de teste: GC-MS; * Limite aceitável: Total menor que 500 ppm.

114 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

17 – SUBSTÂNCIA RESTRITA: PERFLUOR OCTANO SULFO-NATOS (PFOS) * Método de teste: GC-MS; *Limite aceitável: <1000 ppm.

Na European Chemicals Agency-ECHA (Agência Europeia de Quí-

micos), as seguintes substâncias são classificadas como substances of very high concern-SVHC (substâncias de grande preocupação), são defi-nidas no artigo 57º do Regulamento (CE) nº 1907/2006 (o sistema RE-ACH) e incluem substâncias que são:

• cancerígenas, mutagênicas e tóxicas para a reprodução (CMR), que satisfaçam os critérios de classificação na categoria 1 ou 2, de acordo com a Diretiva 67/548/CEE;

• persistentes, biocumulativas e tóxicas (PBT) ou muito persistentes e muito bioacumuláveis (mPmB), de acordo com os critérios estabeleci-dos no Anexo XIII do regulamento REACH; e / ou

• identificadas, numa base caso-a-caso, de provas científicas como causando prováveis efeitos graves para a saúde humana ou o ambiente de um nível de preocupação equivalente como aquelas acima (por exemplo, desreguladores endócrinos).

Segue relação de substâncias (Atualizado em 01/09/2008):

Substância CAS number Motivo Antraceno 120-12-7 PBT 4,4’,Diaminodifenilmetano 101-77-9 CMR Dibutil-ftalato (DBP) 84-74-2 CMR Ciclododecano 294-62-2 PBT Dicloreto de cobalto 7646-79-9 CMR Pentóxido diarsênico (As2O5) 1303-28-2 CMR Trióxido diarsênico (As2O3) 1327-53-3 CMR Dicromato de sódio dihidratado (Na2Cr2O7.2H2O) 7789-12-0 CMR

5-tert-butil-2,4,6-trinitro-m-xileno 81-15-2 CMR Bis(2-etil-hexil-ftalato (DEHP ou DOP) 117-81-7 CMR Hexabromociclododecano (HBCDD) 25637-99-4 PBT Alcanos, C10-13, cloro (parafinas cloradas de cadeias curtas) 85535-84-8 PBT

Oxido de Bis-tri-butil-estanho 56-35-9 Pbt Hidrogeno-Arsenato de Chumbo 7784-40-9 CMR Trietil Arsenato 15606-95-8 CMR Benzil-butil-ftalato 85-68-7 CMR

Quadro 47: Substâncias de grande preocupação.

Produtos 115

Segundo a Resolução 105 da ANVISA, a qual regulamenta tecnica-mente as disposições gerais para embalagens e equipamentos plásticos, inclusive revestimentos e acessórios, destinados a entrar em contato com alimentos, matérias-primas para alimentos, águas minerais e de mesa, assim como as embalagens e equipamentos de uso doméstico, elabora-dos ou revestidos com material plástico não devem conter os elementos abaixo relacionados em quantidades superiores às seguintes porcenta-gens (%m/m = percentual em massa por massa):

Arsênio (solúvel em NaOH 1 N) 0,005 % m/m

Bário (solúvel em HCl 0,1 N) 0,01 % m/m

Cádmio (solúvel em HCl 0,1 N) 0,01 % m/m

Zinco (solúvel em HCl 0,1 N) 0,20 % m/m

Mercúrio (solúvel em HCl 0,1 N) 0,005 % m/m

Chumbo (solúvel em HN03 1 N) 0,01 % m/m

Selênio (solúvel em HCl 0,1 N) 0,01 % m/m Quadro 48: Limites conc. de metais conforme Resolução 105 – ANVISA.

Também importante citar outros elementos que se classificam como tóxicos:

– Antimônio (Sb); – Cobre (Cu); – Cromo VI (Cr); – Estanho (Sn); – Flúor (F2); – Prata (Ag).

28 EMCA Sol – quantiQ Óleo plastificante parafínico grau alimentar. Indicado para composi-

ções de NR, EPDM, IIR. Nos compostos de SBR, migra, se a dosagem ultrapassar os limites da compatibilidade.

116 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

29 Enxofre – S O enxofre é um produto mineral encontrado em jazidas. Na destilação do petróleo um dos subprodutos é o enxofre que pode

ter uma participação de 2% a 5% no petróleo. Após beneficiamento é um pó fino, amarelo que se constitui no prin-

cipal agente de vulcanização. Nas fórmulas de composição o teor de enxofre varia de elastômero

para elastômero: NR – 2,5 phr; SBR – 2,0 phr; BR – 2,0 phr; EPDM – 1,8 phr; NBR – 1,8 phr. Não se usa enxofre normalmente em CR, CIIR, BIIR, CPE, Silicone,

Fluoroelastômeros e PU. No CR pode-se usar enxofre para eliminar a cristalização precoce,

mas neste caso o EPDM oferece melhores resultados. Os enxofres mais utilizados são do tipo ventilados. Quando ocorre a eflorescência em composto não curado, corrige-se

o composto misturando meio a meio enxofre ventilado e enxofre insolú-vel e a temperatura de vulcanização não pode ser superior a 155°C sob pena de alterar o sistema de cristalização e tornar o enxofre insolúvel capaz de migrar para a superfície.

Marcas comerciais: Enxofre

Produtos Fabricantes Enxofre Superventilado Intercuf Enxofre Duplamente Ventilado RCN Crystex Monsanto (atual Flexsys) Enxofre insolúvel Meyors Struktol SU Struktol

Quadro 49 – Marcas comerciais: Enxofre. O enxofre elementar geralmente se arranja em estrutura octogonal.

Ao ser aquecido, a estrutura se fragmenta em segmentos com número variável de átomos. Quanto mais alta a temperatura, menores os segmen-tos. A NR vulcanizada a 145°C apresenta interligações com dois ou

Produtos 117

mais enxofres. Com o tempo e a utilização, aumenta o número de inter-ligações, aumentando a dureza.

Enxofre Insolúvel O enxofre insolúvel é uma forma alotrópica amorfa do enxofre ele-

mentar polimerizado e com massa molar variável entre 100.000 e 300.000. É insolúvel em dissulfeto de carbono (CS2) e em borracha de um modo geral.

A solubilidade depende do elastômero (NR, SBR ou NBR) e da temperatura (quanto mais alta mais solúvel o enxofre).

Processado a quente, o elastômero forma solução supersaturada e, com o esfriamento, ocorre a precipitação. A migração se manifesta sob forma de pó esbranquiçado (afloramento). O enxofre insolúvel geral-mente apresenta um grau de pureza de 80% e 20% de óleo mineral para-fínico.

Processado à baixa temperatura, o elastômero não dissolve o enxofre insolúvel, mas o incorpora como um aditivo comum. Contudo, com as temperaturas elevadas (155/170°C) o enxofre insolúvel transforma-se em solúvel e pode aflorar. Por isso para resolver o problema do aflora-mento aconselha-se a:

1. utilizar enxofre insolúvel mais enxofre solúvel na proporção de 1:1; 2. reduzir ao máximo a temperatura de processamento; 3. utilizar sistemas de cura com doadores de enxofre ou com baixo

teor de enxofre; 4. elaborar fórmulas ricas em aditivos adsorventes: sílica, caulim, si-

litin, diatomita, alumina, silicato de magnésio (talco); 5. reduzir ao máximo o teor de aditivos incompatíveis: plastificantes,

lubrificantes; 6. estocar o enxofre insolúvel em local ventilado e abaixo de 40°C

na ausência de aminas e amônia, que aceleram a transformação de enxo-fre insolúvel em solúvel;

7. no processamento, ficar abaixo de 95°C quando se usam acelera-dores como TMTD, CBS, DPG e DOTG. Não ultrapassar 110°C quando se utilizam aceleradores como TBBS, MBTS, MBS e TMTM;

8. proceder a vulcanização a temperaturas mais baixas, evitando temperaturas muito elevadas que favorecem a solubilidade do enxofre;

9. garantir que o composto atinja alto índice de vulcanização o que desfavorece o afloramento.

118 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

30 Estearato de Potássio O estearato de potássio é um sabão mole que pode ser utilizado co-

mo desmoldante interno em compostos que aderem às paredes das cavi-dades dos moldes. Usado na cura de borracha poliacrílica.

Fabricantes: Bärlocher e Chemson.

31 Estearato de Sódio O estearato de sódio é um sabão sólido que pode ser utilizado como

desmoldante interno em composições de elastômeros que tendem aderir as cavidades do molde durante a reação de cura. Utilizado na cura de borracha poliacrílica e HNBR.

Fabricantes: Bärlocher e Chemson.

32 Estearato de Zinco O estearato de zinco é utilizado como desmoldante quando se deseja

evitar que lâminas ou perfis se soldem uns aos outros. O estearato de zinco pode ser usado na composição como desmol-

dante interno e como ativador de vulcanização em substituição ao ácido esteárico e óxido de zinco embora com menos eficiência.

Fabricantes: Bärlocher e Chemson.

33 ETU – Etileno Tiureia 2-mercapto-imidazolina. Acelerador de cura para CR e agente de cura para CIIR (2,5 phr). Produto manchante. Densidade: 1,42.

Produtos 119

Marcas comerciais: Etileno Tiureia Produtos Fabricantes

ETU Meyors Na-22 Du Pont Aceler 22 Progomme Chemac 22 Chemicon Ethylene Thiourea Summit Noceler 22 Ouchi Shinko Chem. Ind. Pennac CRA Pennsalt Robac 22 Robinson Brothers Warecure C Ware Chemical Corp.

Quadro 50 – Marcas comerciais: Etileno Tiureia.

34 Farinha de Madeira A farinha de madeira é um pó muito fino obtido por micronização de

madeira. É utilizada como carga diluente e contribui para melhorar a estabilidade dimensional dos vulcanizados.

Fabricante: Inbrasfama; 80418 – fina; 2044/55 – grossa; M-140/C – fina marrom.

35 Grafite em Pó O grafite em pó é preto-cinzento que suporta temperaturas muito

elevadas. Por ser um produto não reforçante, compromete as propriedades me-

cânicas, mas se constitui em excelente desmoldante interno, além de sua ação lubrificante.

Produtos com altos teores de resina fenólica aderem fortemente às paredes das cavidades dos moldes, mas, com a adição de 5 a 10 phr de grafite, a desmoldagem é perfeita.

Mancais, estatores de bombas, tornam-se autolubrificantes quando o composto contém grafite.

Embora inerte quimicamente, o grafite não pode ser utilizado em produtos que tenham contato com alimentos. Neste caso, pode-se utilizar teflon em pó com excelentes resultados.

120 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

36 HMT – Hexametileno Tetramina – Urotropina Hexametileno-tetramina – HMT; Dosagem máxima: 10 phr; Utilizada como acelerador primário. Acelerador de baixa atividade e pouco utilizado. Tem ação retarda-

da, sendo usado como acelerador secundário em combinações com tia-zóis (MBT, MBTS). Não é efetivo a baixas temperaturas.

Funciona como ativador em composições carregadas com sílica. Possível substituto dos tiurans, para evitar a formação de nitrosami-

nas. Não produz afloramento, mancha. Sólido cristalino branco. Acelerador lento de vulcanização. Reti-

culante de resinas fenólicas novolaca na dosagem de 9 a 10% calculados sobre a resina.

A cura é feita a 160°C/170°C para obter rendimento máximo e eli-minar resíduos mal cheirosos.

Em composições translúcidas, desenvolve coloração amarelada tanto mais escura quanto maior a temperatura e tempo de vulcanização.

Sob ação da luz solar, escurece rapidamente.

Marcas comerciais: HMT Produtos Fabricantes

Vulkacit H30 Lanxess Aceler HMT Progomme Aceto HMT Aceto HMT Du Pont Vulcalon H e H30 Enro

Quadro 51 – Marcas comerciais: HMT.

37 Kezadol Vide óxido de cálcio neste capítulo.

Produtos 121

38 Litargírio – PbO O óxido de chumbo é um pó avermelhado com elevada densidade

(9,53 g/cm³), insolúvel em água e altamente tóxico. Sua toxidez é cumulativa, pois o organismo não consegue eliminá-lo. A concentração de chumbo no sangue causa doença profissional

chamada saturnismo. O Litargírio é excelente isolante elétrico e bloqueia o fendilhamento

em série, por isso utilizado em composições para revestimento de cabos elétricos.

Em alguns sistemas de cura foi utilizado, mas, em razão de sua ele-vada toxidez, foi sendo substituído por alternativas mais seguras.

O Litargírio em compostos clorados proporciona maior resistência à água, pois o cloreto de chumbo, formado na reação de vulcanização, é repelente à água.

39 Litopônio Pigmento branco constituído de sulfato de bário (70%) + sulfato de

zinco (30%). Não substitui o dióxido de titânio, mas pode contribuir para bran-

quear o composto e baratear o custo da fórmula. Assim como ocorre com o carbonato de cálcio, o dióxido de titânio

se torna mais efetivo com a presença desses pigmentos brancos.

40 MBS – 2-Morfolinotiobenzotiazol

Nome químico: N-oxidietileno-2-benzotiazol-sulfenamida ou 2-Morfolinotiobenzotiazol.

Acelerador lento, manchante; pó de coloração bege e gerador de ni-trosaminas.

Uso: quando se requer maior segurança de processo. Exemplos típi-cos são bandas espessas e extrusão, misturas altamente carregadas com negro de fumo tipo fornalha, misturas que devem ser estocadas por lon-gos períodos tais como camelback.

122 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

O MBS possui tempo de cura similar ao do TBBS, entretanto apre-senta um tempo de scorch superior. Pode portanto substituir o TBBS na mesma dosagem quando se requer maior segurança de processo. É exce-lente em correias reforçadas com cordão de aço e sua solubilidade é vantajosa para compostos de aplicações dinâmicas.

Marcas comerciais: MBS

Produtos Fabricantes Vulkacit MOZ Lanxess Accelerator NOBS Meyors Banac MOR Bann Química Delac MOR Uniroyal (atual Chemtura) Morfax Vanderbilt Santocure MBS Monsanto (atual Flexsys) Vulcafor BSM ICI

Quadro 52 – Marcas comerciais: MBS.

41 MBT – Mercaptobenzotiazol Acelerador primário de uso geral, não manchante e de ação mais rá-

pida que as sulfenamidas, porém mais lenta que os tiurans e ditiocarba-matos. Não gera nitrosaminas. Não descora e tem leve ação antioxidante.

É peptizante para NR. Largamente utilizado em NR, SBR e BR em dosagens de 0,8 a 1,5

phr. É um ótimo acelerador secundário para IIR e EPDM, juntamente com os ditiocarbamatos.

É ativado por tiurans (TMTD, TMTM), guanidinas (DPG, DOTG), ditiocarbamatos e aminas em peguenas quantidades (< 1,0 phr).

Marcas comerciais: MBT

Produtos Fabricantes Vulkacit Merkapto Lanxess MBT Meyors Accelerateur R. G. Saint Denis Ancap Anchor Chemical Co. Banac MBT Bann Química Captax Vanderbilt Rotax Vanderbilt Eveite M Montecatini MBT American Cyanamid MBT Duperial

Produtos 123

MBT Imperial MBT Manufacture Landaise MBT Naugatuck (atual Chemtura) Naugex MBT Crompton (atual Chemtura) Thiotax Monsanto (atual Flexsys) Perkacit MBT Flexsys Rubator MBT General Química Vulcafor MBT ICI

Quadro 53 – Marcas comerciais: MBT.

42 MBTS – Dissulfeto de Benzotiazila Acelerador primário de uso geral, não manchante, de ação semi-

rapida. É muito utilizado em produtos brancos ou com cores claras. Em SBR e BR requer um acelerador secundário para se obter curas

mais rápidas. Atua como plastificante e retardante em compostos de CR tipo W. Pode ocorrer scorch em compostos com negro de fumo tipo forna-

lha. Cheiro característico e sabor muito amargo. Dosagem: 1,0 a 1,5 phr. Podendo ser utilizado acelerador secundário

do tipo ditiocarbamatos (0,2 a 0,3 phr) ou DPG (0,4 a 0,6 phr). Pode ser utilizado em conjunto com MBT para balanceamento da

curva de cura. Tem ação peptizante na NR. Tem igualmente ação regenerante quando se aplica trabalho mecâni-

co a quente em pó de borracha. Não gera nitrosamina.

Marcas comerciais: MBTS Produtos Fabricantes

Vulkacit DM Lanxess MBTS Meyors Accelerateur Rapide G S Saint Denis Altax Vanderbilt Ancatax Anchor Chemical Co. Banac MBTS Bann Química Eveite DM Montecatini MBTS American Cyanamid MBTS Manufacture Landaise MBTS Naugatuck (atual Chemtura)

124 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

MBTS Rhodia Naugex MBTS Uniroyal (atual Chemtura) Thiofide Monsanto (atual Flexsys) Perkacit MBTS Flexsys Rubator MBTS General Química Vulcafor MBTS ICI

Quadro 54 – Marcas comerciais: MBTS.

43 Mica A mica é um produto mineral formado por lamelas silicosas brilhan-

tes. Mica é um nome genérico de grande família mineral de hidrossilica-

tos de alumínio, potássio, ferro e magnésio. Micas magnesianas: flogopita e biofita. A Mica micronizada (#300) funciona como carga diluente de alto

peso específico que não oferece maior vantagem, por isso, raramente utilizada em composições de elastômero.

44 Mínio – Pb3O4

Sinônimos: Zarcão, óxido de chumbo vermelho, tetraóxido de chumbo vermelho, tetraóxido de chumbo, laranja mineral, vermelho mineral, vermelho parís e vermelho saturno.

Assim como o litargírio, está em desuso devido a sua grande toxi-dez; vide substância restritas nesta obra.

Em borracha foi utilizado como estabilizante térmico (receptor áci-do) para borracha poliacrílica.

45 Negros de Fumo – Carbon Black Grupo I Tamanho de partícula: 11 a 19 nm; Poder de cobertura: 140/130 m2/g; Sigla anterior: SAF – Super Abrasion Furnace – N. F. de super-

resistência à abrasão.

Produtos 125

Códigos ASTM: N-110 – SAF; N-119 – SAF; N-121 – SAF-HS (High Structure – alta estrutura); N-155 – SAF; N-166 – SAF; N-195 – SCF (Super Conductive Furnace – N. F. fornalha super-

condutivo). Grupo II Tamanho de partícula: 20/25 nm; Poder de cobertura: 120/110 m2/g; Sigla anterior: ISAF – Intermediate Super Abrasion Furnace – N. F.

intermediário de super resistência à Abrasão. Códigos ASTM: N-200 – ISAF-LS (Low Structure – baixa estrutura); N-212 – ISAF-SCF; N-219 – ISAF-LS; N-220 – ISAF-HM (High Modulus – alto módulo) – pH = 9,3; N-231 – ISAF-LM (Low Modulus – baixo módulo); N-234 – ISAF-LM; N-242 – ISAF-HS; N-270 – ISAF-HS; N-285 – ISAF-HS; N-293 – ISAF-CF (Conductive Furnace – N. F. fornalha condutivo); N-294 – ISAF – SCF – (Super Conductive Furnace); N-296 – ISAF – CF. Grupo III Tamanho de partícula: 26/30 nm; Poder de cobertura: 90/60 m2/g; Sigla anterior: Várias; Códigos ASTM: S-300 – EPC – (Easy Processing Channel – N. F. canal fácil. proces-

samento – pH 4,50); S-301 – MPC – (Medium Processing Channel – N. F. de médio pro-

cessamento);

126 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

S-315 – HAF-LS (High Abrasion Furnace – Low Structure: N. F. fornalha de alta resistência à abrasão, baixa estrutura);

N-326 – CRF – Channel Replacement Furnace – N. F. canal contra-tipo do N. F. fornalha;

N-327 – HAF-LS; N-330 – HAF – pH 9,00; N-347 – HAF – HS (High Structure – alta estrutura); N-339 – HAF-HS; N-358 – SPF – Super Processing Furnace – N. F. fornalha de su-

perprocessamento; N-351 – HAF – HS; N-363 – SPF. Grupo IV Tamanho de partícula: 31/39 nm; Poder de cobertura: 70/50 m2/g; Sigla anterior: Várias; Códigos ASTM: N-440 – FF (Fine Furnace: N. F. fornalha fino); N-472 – XCF – ECF (Extra Conductive Furnace – N. F. fornalha ex-

tracondutivos). Grupo V Tamanho de partícula: 40/48 nm; Poder de cobertura: 40/30 m²/g; Sigla anterior: FEF – Fast Extrusion Furnace – N. F. fornalha de fá-

cil extrusão; Códigos ASTM: N-539 – FEF-LS; N-542 – FEF-LS; N-550 – FEF; N-568 – FEF-HS. Grupo VI Tamanho de partícula: 49/60 nm; Poder de cobertura: 60/50 m2/g; Sigla anterior: Várias; Códigos ASTM:

Produtos 127

N-601 – HMF – High Modulus Furnace – N. F. fornalha de alto mó-dulo;

N-650 – GPF – HS – (General Purpose Furnace – N. F. fornalha de uso geral);

N-660 – GPF; N-683 – APF – All Purpose Furnace – N. F. fornalha de uso geral. Grupo VII Tamanho de partícula: 61/100 nm; Poder de cobertura: 30/25 m2/g; Sigla anterior: SRF – (Semi Reinforcing Furnace – N. F. fornalha

semi-reforçante); Códigos ASTM: N-724 – APF; N-741 – APF; N-754 – SRF-LS; N-761 – SRF-LM; N-762 – SRF-LM; N-765 – SRF-HS; N-770 – SRF-HM – pH 9,30; N-774 – SRF HM-NS (Non Staining – N. F. fornalha não manchante); N-785 – MPF – (Médium Processing Furnace – N. F. fornalha de

processamento médio); N-787 – SRF-HM. Grupo VIII Tamanho de partícula: 101/200 nm; Poder de cobertura: 20/15 m2/g; Sigla anterior: FT – (Fine Thermal – N. F. termal fino). Grupo IX Tamanho de partícula: 201/500 nm; Poder de cobertura: 10/05 m2/g; Códigos ASTM: N-900 – Thermax; N-907 – ; N-990 – MT – Medium Thermax – N. F. termal médio (pH = 8,5).

128 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Grupo X N-1020 – Thermax. Observações: 1 – O Grupo 0 (zero) é constituído de partículas cujo tamanho se si-

tua entre 1 e 10 nm. 2 – Os fornecedores de negro de fumo possuem codificação especial,

mas basta indicar o código ASTM que eles conhecem o seu produto correspondente.

3 – Outras siglas eventualmente utilizadas: CC – Conductive Channel – N. F. canal condutivo; HPC – Hard Processing Channel – N. F. canal de difícil processa-

mento; HEF – High Elongation Furnace – N. F. de alto alongamento; ECF – Extra Conductive Furnace – N. F. fonralha extracondutivo; FT – Fine Thermal – N. F. termal fino; MPF – Multipurpose Furnace – N. F. fornalha multiuso.

Propriedades e características dos NF para borracha

Propriedade Tipos de Negro de Fumo

Alta tensão de ruptura N-115, N-220, N-234, N-326, N-375

Boa resistência ao rasgamento N-326

Alto alongamento N-326, N-660, N-762

Alto módulo N-234, N-339, N-347, N-375, N-683

Baixo desenvolvimento de calor N-660, N-762

Resistência dinâmica ao calor N-326

Resistência dinâmica à rachadura N-683

Boa resistência à fadiga N-683

Resistência à abrasão N-115, N-220, N-234, N-339, N-375

Melhor qualidade de extrusados e calandrados mais homogêneos N-234, N-347, N-550, N-683

Dureza N-115, N-220, N-234, N-339, N-375

Produtos 129

Tabela comparativa dos principais Negros de Fumo

Código ASTM Tipo de NF Símbolo

Diâmetro dapartícula em (µm)

Aplicações

N 110 Fornalha Superabrasão SAF 0.019 Pneu de caminhão

N 119 Fornalha Superabrasão SAF-LS 0.019 Pneu de caminhão

N 166 Fornalha Superabrasão Alta Estrutura SAF-HS 0.019 Aplicações especiais

N 219 Fornalha Super Abrasão Intermediário Baixa Estrutura

ISAF-LS 0.022 Aplicações especiais

N 220 Fornalha Super Abrasão Intermediário ISAF 0.023 Pneus fora

de estrada

N 326 Fornalha Alta Abrasão Baixa Estrutura HAF-LS 0.026 Peças para

motores, correias

N 330 Fornalha Alta Abrasão HAF 0.029 Laterais de pneus

de bicicleta

N 339 Fornalha Alta Estrutura HAF 0.026 Correias e pneus de

carro de passageiro

N 347 Fornalha de Alta AbrasãoAlta Estrutura HAF-HS 0.026 Correias e pneus de

carro de passageiro

N 358 Fornalha Superprocessável SPF 0.027 Correias e pneus de

carro de passageiro

N 440 Fornalha Fina FF 0.033 Materiais Elétricos

N 539 Fornalha de Rápida Extrusão Baixa Estrutura

FEF-LS 0.042 Carcaças de pneu de passeio

N 550 Fornalha de Rápida Extrusão FEF 0.042 Copos de freios,

peças técnicas

N 660 Uso geral GPF 0.060 Carcaças de pneus, anéis

N 683 Fornalha diversos usos APF 0.059 Carcaças de pneu, revestimentos

N 762 Fornalha SemirreforçanteBaixo Módulo SRF 0.070

Peças técnicas, mangueiras hidráulicas

N 770 Fornalha SemirreforçanteAlto Módulo SRF-HM 0.062 Laterais de pneus

e protetores

N 880 Termal Fino FT 0.150 Extrusão e cabos de baixa voltagem

N 990 Termal Médio MT 0.500 Extrusão e cabos de baixa voltagem

Fonte: www.vulcanizar.com.br

130 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Marcas comerciais: Negro de Fumo Produtos Fabricantes

Statex Columbian Furnex Columbian Coperblack Columbian Raven Columbian Condutex Columbian Monark Cabot Spheron Cabot Vulcan Cabot Sterling Cabot Printex Evonik Corax Evonik Thermax Cancarb Limited United United 66 Aro Huber Essex Huber Continex Witco Continental Phillblack Phillips

Quadro 55 – Marcas comerciais: Negro de Fumo.

46 Nonox OD Antioxidante manchante à base de Difenilamina-Octilada.

Marcas comerciais: Nonox OD Produtos Fabricantes

Flectol ODP Monsanto (atual Flexsys) Nonox OD ICI Permanax ODPA Flexsys

Quadro 56 – Marcas comerciais: Nonox OD.

47 Octamine Bis(dimetil-benzil-difenilamina). Antioxidante indicado para CR em produtos submetidos a calor. Em SBR e NBR indicado para resistência contra fadiga por dobra-

mento.

Produtos 131

Marcas comerciais: Octamine Produtos Fabricantes

Octamine Uniroyal (atual Chemtura) Permanax 49 HV Rhodia

Quadro 57 – Marcas comerciais: Octamine.

48 Óleo Plastificante Aromático O óleo plastificante aromático é indicado para composições escuras

de NR, BR, SBR, SSBR, NBR, IR, CR. Os óleos plastificantes aromáticos são considerados manchantes, têm

baixa polaridade e são menos voláteis (mais estáveis) em altas tempera-turas.

A viscosidade deles é mais elevada que a dos óleos parafínicos e naftênicos.

A coloração dos óleos aromáticos é bastante escura. Eles também são mais facilmente extraídos em testes de imersão em

solventes, principalmente solventes da mesma família (BTX). Por apresentarem componentes solúveis em água, não são indicados

para produtos que tenham contato com alimentos: – Massa específica: 1,10; – Ponto de fulgor: 204°C; – Teor de enxofre: 6% máx.; – Índice de refração: 1,5700.

Marcas comerciais: Óleo aromático Produtos Fabricantes

Extrato Aromático Neutro Pesado NPA Petrobras Óleo Extensor Neutro Pesado NPA Petrobras Dutrex R Shell Flexbor Ipiranga (atual quantiQ) Sundex 8125 Sun

Quadro 58 – Marcas comerciais: Óleo aromático.

49 Óleo Plastificante Parafínico Óleo plastificante parafínico indicado para NR, SBR, BR, CSM,

EPDM, IIR, BIIR e CIIR.

132 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Por suas características, os óleos plastificantes parafínicos podem ser considerados mais como auxiliares de processo do que como plastifican-tes propriamente.

Não afetam a coloração dos artefatos.

Marcas comerciais: Óleo parafínico Produtos Fabricantes

Flexpar Ipiranga (atual quantiQ) Alfa Oil Alfa Química Flexol Humble Oil Flexon 885 Exxon Shellflex 451 Shell EMCA Sol quantiQ

Quadro 59 – Marcas comerciais: Óleo parafínico.

50 Óleo Plastificante Naftênico O óleo naftênico é utilizado tanto como plastificante, quanto como ex-

tensor. Possui boa compatibilidade com a grande maioria dos elastômeros co-

muns. Assim, é possível acrescentar teores mais elevados (comparado aos parafínicos) às composições de borracha.

Apresenta uma coloração mais opaca (translúcida). A viscosidade é um pouco maior que a dos óleos parafínicos e também é considerado como não manchante em artefatos de borracha.

Confere boa resistência à baixa temperatura. Compatível com NR, SBR e EPDM.

Marcas comerciais: Óleo naftênico Produtos Fabricantes

Nyflex Nynas Flexnap Ipiranga (atual quantiQ) Flexol Humble Oil Flexon Exxon Shellflex Shell

Quadro 60 – Marcas comerciais: Óleo naftênico.

Produtos 133

51 Óleo de Rícino Óleo vegetal extraído das sementes da mamona. É um excelente

plastificante para borracha natural quando se deseja moldagem rica em detalhes.

O factis inicialmente era feito a partir do óleo de rícino.

52 Óleo de Silicone O óleo de silicone é um líquido cristalino de alta viscosidade, utili-

zado como plastificante dos elastômeros de silicone e EPDM. Comunica aos produtos um aspecto brilhoso. Não muda de cor.

Marcas comerciais: Óleo de Silicone Produtos Fabricantes

Viscasil H60 GE Oleo DC DOW Corning AK Wacker Rhodiasil Rhodia Baysilone Bayer

Quadro 61 – Marcas comerciais: Óleo de Silicone.

53 Óleo Essencial de Pinho O óleo essencial de pinho é extraído de plantas da família das coní-

feras (Pinus) e tem odor característico de terpenos. Em razão de sua alta insaturação, reage facilmente, de modo que

substâncias mal cheirosas (aminas, mercaptanas, isonitrilas) são trans-formadas em produtos de odor menos intenso.

O forte odor de óleo essencial de pinho pode se tornar desagradável quando dosado em excesso, por isso a moderação também é essencial.

54 Óxido de Cálcio – CaO Nome usual: Cal Virgem. O óxido de cálcio é um pó branco, corrosivo, que reage energica-

mente com água para formar o hidróxido de cálcio (cal apagada):

134 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

CaO + H-OH Ca (OH)2 O hidróxido de cálcio não perde água senão quando aquecido acima

de 160°C. O óxido de cálcio é muito reativo e tanto absorve água (umidade do

ar) como o gás carbônico presente na atmosfera por formar carbonato de cálcio.

CaO +CO2 CaCO3 A vida útil em embalagem fechada é de seis meses. Por isso, muitos

fornecedores oferecem óxido de cálcio disperso em óleo, o que prolonga a vida útil do produto.

Na fabricação de ebonite (8 phr de TMTD e 30 phr de enxofre) há formação de grande volume de gases sulfurosos que precisam ser absor-vidos sob pena de causar explosão do artefato ao ser aliviada a pressão após a vulcanização.

Adicionam-se ao composto de ebonite 20 phr de CaO que transfor-mam esses gases em sulfatos de cálcio (sólidos), preservando a integri-dade do artefato.

O óxido de cálcio não deve ser utilizado em compostos com dosa-gens de sílica como carga reforçadora, pois reage com ela formando silicato de cálcio, produto não reforçador.

Marcas comerciais: óxido de cálcio

Produtos Fabricantes Retisec – CaO tratado Retilox Kezadol – CaO tratado Kettlitz Prossec 90 – CaO tratado Proquitec

Quadro 62 – Marcas comerciais: Óxido de Cálcio.

55 Óxido de Ferro – FeO O óxido de ferro é um pigmento fortemente ácido que retarda o sis-

tema de vulcanização convencional, por isso necessita de neutralização com TEA, PEG.

Funções: – Pigmento; – Retardador de vulcanização; – Ponto de fusão: > 1.000°C; – pH = 2,5/3,5.

Produtos 135

Marcas comerciais: Óxido de Ferro Produtos Fabricantes

Óxido de Ferro Astrall Quimica Bayferox Bayer

Quadro 63 – Marcas comerciais: Óxido de Ferro.

56 Óxido de Magnésio – MgO O óxido de magnésio é fornecido sob forma de pó branco. Aquecido,

adquire coloração amarela. Na cura dos elastômeros halogenados (CR), calcula-se 4 phr de

MgO para 5 phr de ZnO. No elastômero CIIR o teor de cloro é de 1,8%, então a dosagem de

MgO é 1,8 x 4% = 0,07 0,1 phr. No Hypalon, como o teor de cloro é variável, calcula-se a quantida-

de de magnésio da mesma forma mostrada para o CIIR. Nos demais elastômeros halogenados (CPE, BIIR, fluoroelastôme-

ros), o procedimento é o mesmo porque o Magnésio funciona como re-ceptor de halogênio lábil.

A vida útil do MgO é curta, pois reage com o CO2 e umidade do ar à temperatura ambiente, formando carbonato de magnésio (MgO + CO2 MgCO3) e hidróxido de magnésio (MgO + H2O Mg(OH)2), produ-tos inativos na cura com óxidos metálicos.

A vida útil com embalagem bem fechada é de seis meses. Para verificar se houve ou não degradação do óxido de magnésio, é

só dissolver em HCl 50%. Havendo efervescência, é prova de que já ocorreu carbonatação.

Hoje diversos fornecedores apresentam misturas-padrão de óxido de magnésio em óleo, com o objetivo de prolongar o tempo de vida útil.

Marcas comerciais: Óxido de Magnésio

Produtos Fabricantes Elastomag 170P Atochem Maglite D Hallstar Scorchgard D Rhein Chemie (dispersão) Struktol 890 (ZnO/MgO) Struktol Óxido de Magnésio FM 10 Buschle & Lepper

Quadro 64 – Marcas comerciais: Óxido de Magnésio.

136 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

57 Óxido de Zinco – ZnO O óxido de zinco é obtido por injeção de forte corrente de ar em ca-

dinho onde o zinco está líquido (fundido). O zinco reage com o oxigênio do ar e forma o óxido.

O grau de pureza depende da matéria-prima utilizada: zinco puro ou sucata.

O óxido de zinco pode atingir um grau de pureza de 99%. É um pó branco, adstringente, que funciona como ativador do sistema de vulcani-zação combinado com o ácido esteárico.

O óxido de zinco ativo apresenta alta área superficial, que se encon-tra na faixa de 45 m2/g, sendo dosagem usual 1,5 – 2 phr; enquanto que os óxidos de zinco normais possuem uma área superficial de 5 a 9 m2/g e dosagem de 4 – 5 phr. Também existe o oxido de zinco transparente que contém percentagem elevada de carbonato de zinco, o que o torna mais eficiente e por isso, quando utilizado, pode-se reduzir a dosagem para 2 – 3 phr.

Zinkoxyd Aktiv – óxido de zinco ativo da Bayer (Lanxess). Além de ativador de vulcanização, o óxido de zinco é agente de cura

parcial para elastômeros halogenados, CR, CPE, CIIR, BIIR, Hypalon. Como ativador de agentes de expansão, baixa o ponto de decompo-

sição das Azodicarbonamidas (8 phr). Com dosagens maiores (10-20 phr) o óxido de zinco melhora a con-

dutibilidade térmica, contribuindo para reduzir o tempo de cura de pro-dutos com paredes espessas (grossas).

Dissolve completamente em HCl 50%, sem formar borbulhas. Se houver efervescência, indica presença de carbonato. Aquecido o ZnO adquire coloração amarela.

Peso específico: 5,5 g/cm3

Marcas comerciais: Óxido de Zinco

Produtos Fabricantes Zinkoxyd Aktiv Lanxess Óxido de Zinco BR 900 Brasóxidos Óxido de Zinco BO Votorantim Metais Oxrubber Auricchio Protox 168 New Jersey Zinc Struktol WB 700 – Dispersão de ZnO Struktol

Quadro 65 – Marcas comerciais: Óxido de Zinco.

Produtos 137

58 Parafina Hidrocarbonetos saturados (alcanos) de cadeia aberta, geralmente

com mais de 18 carbonos na molécula. Lubrificante e desmoldante interno. Bloqueador de radiação UV.

59 Parafina Clorada A parafina clorada é um plastificante especial para CR, CIIR e even-

tualmente NBR. Geralmente, contém 50% em peso de cloro e por isso é um excelente

antichama. É solúvel em clorofórmio, tricloroetileno; insolúvel em água. Densidade: 1,24/1,26.

Marcas comerciais: Parafina Clorada Produtos Fabricantes

Clorax 50 Bann Química Quadro 66 – Marcas comerciais: Parafina Clorada.

60 Polietileno Glicol – PEG A utilização de polietileno glicol como auxiliar de vulcanização

apresenta muitas vantagens, sendo as principais: Minimiza o efeito da microporosidade intrínseca da sílica, encapsula

estas partículas e evita a adsorção dos aceleradores de vulcanização, permitindo utilizar menores quantidades do acelerador e evita prolongar excessivamente o tempo de processo.

Facilita a incorporação e melhora a interação carga-polímero, possi-bilitando a uniformidade das propriedades físicas em todo o lote de bor-racha, evitando a migração da carga e conferindo melhorias às proprie-dades, como a resistência ao rasgamento, tensão de ruptura e o módulo.

Produz um efeito lubrificante sobre a massa de borracha, melhoran-do as condições de processamento.

Em temperatura ambiente e nas condições de processo de vulcaniza-ção, evita o acúmulo no ambiente de trabalho e o risco de explosão.

138 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

É fornecido em flocos e tem baixa volatilidade, o que facilita o ma-nuseio e a incorporação do produto, ao contrário do Dietileno Glicol-DEG (é liquido), sendo utilizado em menor quantidade.

Tem elevado grau de pureza, baixa toxidez e compatibilidade dérmi-ca, sendo apropriado na fabricação de artigos para a pele e produtos des-tinados à indústria alimentícia.

Deve-se utilizar sobre a quantidade da carga ácida: até 5 % para sílica e 1% sobre caulim ou óxido de ferro.

Quando misturada em cilindro, deve observar a fusão completa do produto durante a mistura.

Marcas comerciais: Polietileno Glicol

Produtos Fabricantes Carbowax 3350 Union Carbide Utrarub 4000 F Oxiteno PEG 4000 Diversos

Quadro 67 – Marcas comerciais: Polietileno Glicol.

61 Pentaeritritol Tetrametilolmetano; Pó cristalino branco, solúvel em água insolúvel em BTX; Ponto de ebulição: 276°C; Ponto de fusão: 262°C; Densidade: 1,40; Combustível não tóxico; Utilizado em composições de Hypalon (30 phr) com 40 phr de MgO,

20 phr de TMTD.

62 Plastificantes Vide óleo Aromático, Naftênico, Parafínico e Silicone.

Produtos 139

63 Plastificantes Poliméricos Plastificantes poliméricos são produtos orgânicos sintéticos com

elevada massa molar. Por possuírem extensa cadeia carbônica, misturam-se com as ma-

cromoléculas poliméricas e sua extração torna-se difícil e geralmente incompleta, por isso são recomendados em produtos onde se quer evitar a ocorrência da exsudação e, em menor grau, a extração em contato com produtos que se deseja isentar de contaminações.

Quando a extração de plastificantes usuais ocorre provocando au-mento da dureza, recomenda-se a utilização parcial ou total de plastifi-cantes poliméricos.

Marcas comerciais: Plastificantes Poliméricos

Produtos Fabricantes Paraplex C. P. Hall Viernol Scandiflex

Quadro 68 – Marcas comerciais: Plastificantes Poliméricos.

64 Pó de Borracha O pó de borracha tem hoje muitas aplicações como: aditivo para as-

falto na pavimentação de rodovias, onde aumenta a durabilidade da pista de rolamento; como suporte para grama sintética em quadras esportivas; como carga em composição de borracha (#40); e como matéria-prima para produção de regenerado.

O pó #40 é o mais comercializado, sendo obtido a partir de pneus velhos e se constitui num componente de grande valor porque propicia um aumento de volume desproporcional ao aumento de peso; assim, o composto torna-se menos denso.

O que enche a cavidade do molde é o volume do material e não o peso. Pode-se obter maior número de artefatos do que o obtido com o mesmo peso de outro composto mais denso.

Cada elastômero tem capacidade limitada de incorporar aditivos e, sobretudo, pó de borracha.

140 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Dependendo do elastômero, da granulometria do pó e dos demais componentes da mistura, as dosagens podem chegar a 200% e até 300% e o composto ainda pode ser processado normalmente.

A mistura feita em bambury a quente com peptizante (MBT ou MBTS) produz a regeneração superficial que facilita a sinterização dos grãos de borracha e passam a funcionar como se estivessem regenera-dos.

A utilização crescente que hoje se verifica desse produto viabiliza unidades recicladoras de pneus velhos e rebarbas industriais. A natureza agradece.

65 Pó de Teflon O Teflon em pó é utilizado como carga em composições de NBR pa-

ra aumentar a resistência ao calor e aos derivados de petróleo. A temperatura de cura é alta (165°C a 170°C), o que propicia um

acabamento superficial de excelente qualidade e desmoldagem normal. A dosagem é baixa: 3 a 5 phr. Fornecedores: – Uniflon, – Whitford, – Aflon.

66 Quartzita – Pó de Quartzo Micronizado O pó de quartzo é utilizado como carga em silicone, pois não tem

atividade superficial. É uma maneira de reduzir custos, mas só é válida para produtos que não sejam submetidos a fortes solicitações mecânicas. Para essas aplicações existem alternativas mais inteligentes que aprimoram as propriedades dos elastômeros de silicone, como por exemplo, fibra de vidro ou sílica pirogênica.

O pó de quartzo é utilizado como abrasivo em composições de poli-dores de borracha quando se deseja trabalhar produtos de vidro.

O carbeto de silício (Carborundum ou pó de esmeril) não consegue desgastar o vidro, mas o pó de quartzo sim.

Produtos 141

67 Resina Fenólica Reativa (tipo Novolaca) Resina fenólica reativa da Schenectady/CRIOS. É um pó amarelo com 10% de HMT, utilizado para aumentar a du-

reza de compostos de borracha, sobretudo quando se deseja atingir os valores máximos nesta propriedade.

A dosagem varia de acordo com a rigidez pretendida e pode chegar a 45 phr.

A cura é feita a 160°C/170°C para atingir reticulação máxima e eli-minação de resíduos de forte odor.

Quando a cura é deficiente, o produto percutido tem som amorteci-do.

Quando a cura atingiu alto índice, o artefato ao ser percutido emite som de madeira enrigescida.

Marcas comerciais: Resina fenólica reativa

Produtos Fabricantes SP-6600 Schenectady/CRIOS THOR MD Alba atual Hexion Resafen (antiga Varcum HF-328) Resana (atual Reichold do Brasil)

Quadro 69 – Marcas comerciais: Resina fenólica reativa.

68 Resina Fenólica Não Reativa A resina fenólica novolaca da Schenectady/CRIOS SP-1068 é utili-

zada em elastômeros polares para melhorar a adesão metal-borracha. Aumenta a coesão consideravelmente com apenas 3 phr. É igualmente aditivo importante em adesivos de policloropreno

(CR) base solvente. Também é utilizada como agente taquificante em elastômeros.

69 Resina de Cumarona-Indeno A resina de cumarona-indeno é um plastificante adequado para elas-

tômeros polares, sobretudo os NBR. É comercializada sob forma sólida (escamas) e sob forma líquida de

alta viscosidade.

142 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Foi listada como suspeita de ter características carcinogênicas e reti-rada do mercado. Atualmente é utilizada em alguns casos especiais, pois o lançamento no mercado das Resinas Unilene (de características não tóxicas) restringiu-lhe a demanda.

Cumar MH – Neville.

70 Resina Taquificante A resina taquificante é obtida sinteticamente e se constitui num

aglomerante compactador que desenvolve a pegajosidade. Como as demais resinas, ela também reduz a resistência à abrasão,

mesmo em baixa dosagem. Contra-tipos: Protack, Unilene, Comarlub, SP-1068.

71 PVI – Inibidor de Vulcanização Inibidor de vulcanização lançado pela Monsanto (atual Flexsys). Sua função é a de impedir a pré-vulcanização durante a estocagem

de produtos acelerados. Favorece a moldagem por compressão, pois o composto aquecido

tem maior fluidez e molda antes do início da reação de vulcanização. O “scorch” é maior quando o inibidor está presente, mas a curva de

vulcanização atinge o ótimo de cura sem atraso. Isso diferencia o inibidor do retardador, pois o retardador prolonga o

tempo para chegar ao mesmo nível de cura.

Marcas comerciais: Santogard PVI Produtos Fabricantes

Retard Q Quisvi CTP-80 Foundry Rhenogran PVI Rhein-Chemie Santogard PVI Monsanto (atual Flexsys)

Quadro 70 – Marcas comerciais: PVI.

Produtos 143

72 S-6H A resina de alto teor de estireno é o inverso do SBR em sua compo-

sição:

Produto Teor de estireno % Teor de butadieno % S-6H 75/77 23/25

SBR 1502 23/25 75/77 Quadro 71 – S-6H.

A resina S-6H é um contratipo do Pliolite da Goodyear. A Petroflex comercializou durante anos a Resina EPE-55 que era

formada por 50 partes de SBR 1502 e 50 partes de estireno. O S-6H é uma resina reforçante que aumenta a dureza, a resistência

à tração e à abrasão. Fornece boa estabilidade dimensional aos produtos, mas aumenta a

deformação permanente por compressão. Melhora o escoamento em produtos moldados por compressão.

73 Sillitin O sillitin é um pó branco de granulometria rica em finos, favorece a

obtenção de extrusados lisos com brilho. É um silicato com beneficia-mento especial.

Funciona muito bem como estabilizante dimensional.

Marcas comerciais: Sillitin Produtos Fabricante

Sillitin Kettlitz Quadro 72 – Marcas comerciais: Sillitin. 74 Struktol A-60

Sabão de zinco obtido com ácidos graxos insaturados. É um agente de escoamento (flow). Contratipo QUISVI: Qflux 60.

144 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

75 Struktol SU-95 Batch de enxofre; 95% de enxofre solúvel; 5% de dispersante orgânico; Contratipo Vulcapellet S-80 (Foundry).

76 Struktol WB-212 Emulsão de ésteres de ácidos graxos de elevada massa molar. Auxiliar de processo. Contratipo QUISVI: Qflux 21.

77 Struktol WB-300 Mistura de ésteres alifáticos e aromáticos de alta massa molar. Plastificante utilizado em compostos de NBR, NBR/PVC, ECO,

ACM.

78 Struktol WB-700 Dispersão de óxido de zinco; 91% de óxido de zinco; 9%de dispersante; Contratipo Vulcapellet ZnO 80 (Foundry).

79 Struktol WB-900 Dispersão de óxido de magnésio; 75% de óxido de magnésio; 25% de dispersante; Propriedades e aplicações: vide óxido de magnésio.

Produtos 145

80 TAC Coagente Cianeto de trialila; Coagente de cura peroxídica.

Marcas comerciais: TAC Produtos Fabricantes

Rhenofit TAC/S Rhein Chemie (Lanxess) Rhenogram TAC-50 Rhein Chemie (Lanxess) TAC/GR Kettlitz

Quadro 73 – Marcas comerciais: TAC.

81 TAIC Coagente Tri-alil-isocianeto; Coagente de cura peroxídica; Indicado para fluorelastômeros.

Marcas comerciais: TAIC Produtos Fabricantes

Rhenogran TAIC-50 Rhein Chemie (Lanxess) Quadro 74 – Marcas comerciais: TAIC.

82 Talco O talco é um pó branco acinzentado com peso específico 2,77g/cm3

e pH 8,9. Análise típica revela que contém aproximadamente: 59% de dióxido de silício; 31% de óxido de magnésio; 1% de alumina; 0,6% de Fe2O3 (óxido de ferro III); 1,5% de óxido de cálcio; Teor de umidade: mais ou menos 6%. Isso permite escrever uma fórmula que expressa com bastante apro-

ximação a composição do talco. Mg3H2O(SiO3)4 + impurezas (FeO3 + CaO).

146 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

O talco não é utilizado regularmente como carga em composições de borracha. É mais utilizado como um produto antiblocking para impedir que lâminas de composto não vulcanizado grudem entre si quando empi-lhadas.

Contudo, o talco é excelente para produtos extrusados, pois sua es-trutura lamelar funciona como absorvedora de plastificantes, permitindo obter baixa viscosidade mesmo com altos teores de carga.

Como é um mineral mole (Dureza Mohs 1,0 a 1,5), não desgasta os equipamentos e tem efeito lubrificante.

Cilindros revestidos com borracha de baixa dureza apresentam me-lhor acabamento quando o talco é utilizado como componente.

As principais características do talco são a suavidade, lamelaridade, inércia química e hidrofobicidade.

Elevados teores destes materiais reduzem a concentração de plastifi-cante livre no composto, comunicando-lhe excelente impermeabilidade (baixa absorção de água) e resistência à migração de componentes na mistura. Dessa maneira se reduz ou até elimina o amarelamento e a eflo-rescência que ocorre com a exposição à luz e o passar do tempo.

O abaixamento da viscosidade pode chegar próximo a 35% em rela-ção a outras cargas minerais.

A silanização dos talcos apresenta melhoria significativa das pro-priedades não apenas na compatibilidade com os polímeros, mas ainda maior hidrofobicidade e reforço nas características mecânicas. Isso ex-plica por que o consumo de talco em composições de borracha vem au-mentando significativamente.

O reforço só ocorre se houver coesão entre a carga e o polímero quando comparado aos caulins e outros silicatos de mesma granulome-tria. Mas para que tudo isso aconteça é necessário que a partícula de talco seja derivatizada. A derivatização de partículas lamelares é feita com silanos. A silanização “in situ” produz melhores resultados do que a que é feita previamente ao processo de mistura da carga com o polímero porque torna a partícula derivatizada já dispersa no polímero, permitindo desenvolver propriedades mais salientes de reforço.

Diferentemente do que se fez até hoje, onde a carga não apenas era utilizada como agente de reforço, mas sobretudo, como diluente redutor de custos pelo aumento do volume, busca-se tirar maior proveito das características de cada material para obter melhorias até bem pouco tempo ignoradas.

Produtos 147

Enquanto os silicatos de alumínio como o caulim (Al2O3 . 2SiO2 . 2H2O) e as argilas em geral são hidrófilas, os talcos (3MgO . 4SiO2 . H2O conhecidos como grafites minerais, talcos, esteatita) são hidrófo-bos, resistentes a ácidos, álcalis e solventes orgânicos.

83 TETD Dissulfeto de tetraetil-tiuram. Superacelerador de vulcanização e doador de enxofre. Acelerador não manchante com aplicações similares ao TMTD. Apresenta menor tendência à pré-vulcanização que os outros tiurans.

É utilizado em látex quando se quer melhor scorch.

Marcas comerciais: TETD Produtos Fabricantes

Aceto TETD Aceto Ancazide ET Anchor Chemical Co. Ethyl Thiran Pennsalt Ethyl Tuads Vanderbilt Perkacit TETD Flexsys Robac TET Robinson Brothers Super Acelerador 481 Rhodia Thiuram E Du Pont Vulcafor TET ICI Vulcalon TETD Enro

Quadro 75 – Marcas comerciais: TETD.

84 THOR MD Vide resina fenólica reativa.

148 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

85 TMTD Dissulfeto de tetrametil-tiuram. Superacelerador de vulcanização, não manchante e não descolorante,

sendo indicado para artefatos de cores claras. Densidade: 1,39. Solúvel em acetona, tricloroetileno, benzeno e clo-

reto de metila. Insolúvel em água e hidrocarbonetos. Ativado por ácido esteárico e óxido de zinco. Acelerador secundário em combinação com sulfenamidas ou tiazóis. Doador de enxofre em sistemas de cura com pouco ou sem enxofre

elementar. Ao se decompor, fornece 13% de enxofre nascente (molecu-lar de alta reatividade). Melhor combinado com DTDM.

Como ativador, fornece cura rápida e alto módulo, sendo principal-mente usado com MBTS, MBT e sulfenamidas (dosagens de 0,2 e 0,6 phr).

Tem a tendência para aflorar em dosagem acima de 1 phr, limitando seu uso.

Pode causar irritação na pele e nos olhos.

Marcas comerciais: TMTD Produtos Fabricantes

Accelerateur rapide TD Saint Denis Aceto TMTD Aceto Banac TMTD Bann Química Cyuram DS American Cyanamid Methyl Thiuram Pennsalt Methyl Tuads Vanderbilt Perkacit TMTD Flexsys Robac TMT Robinson Brothers TET Henley Henley Thiurad Monsanto (atual Flexsys) Thiuram M Du Pont TMTD Meyors TMTD 501 Rhodia Tuex Crompton (atual Chemtura) Vulcacure TMD Alco Vulcafor TMT ICI Vulcalon TMTD Enro Vulkacit Thiuram Lanxess

Quadro 76 – Marcas comerciais: TMTD.

Produtos 149

86 TMTM Monossulfeto de tetrametil-tiuram. Pó amarelo, densidade 1,37. Ponto de fusão: 103°C. Massa molar:

208. Parcialmente solúvel em álcool. Insolúvel em água e hidrocarbone-tos.

Uso similar ao TMTD, porém mais seguro no scorch, por isso utili-zado em camelback. Pode ser utilizado como acelerador primário em compostos brancos e coloridos.

A dosagem é similar ao TMTD. Fornece uma cura rápida e permite um composto com boa estabilidade em estoque devido ao scorch mais seguro. Dosagens típicas em conjunto com sulfenamidas são: 0,2 a 0,3 phr com CBS; 0,7 a 1,0 phr com TBBS.

Marcas comerciais: TMTM

Produtos Fabricantes Aceto TMTM Aceto Ancazide IS Anchor Chemical Co. Banac TMTM Bann Química Cyuram MS American Cyanamid Monex Uniroyal (atual Chemtura) Mono-Thiurad Monsanto (atual Flexsys) Pennac MS Pennsalt Perkacit TMTM Flexsys Robac TMS Robinson Brothers Thionex Du Pont TMTM 500 Rhodia TMTM Meyors TMTM Henley Henley Unads Vanderbilt Vulcafor MS ICI Vulcalon TMTM Enro Vulkacit-Thiuram MS Lanxess

Quadro 77 – Marcas comerciais: TMTM.

87 TRIM Coagente Trimetilol-propano-trimetil-metacrilato – TMPTMA. Coagente de cura peroxídica. Reticulante para PU.

150 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Marcas comerciais: TRIM Produtos Fabricantes

Retilink T-70 Retilox Bisomer TMPTMA ISC Rhenofit TRIM/S Rhein-Chemie TMPTMA Bisomer TMPTMA Degussa-Hülls (Evonik-Degussa) SR350 Sartomer

Quadro 78 – Marcas comerciais: TRIM.

88 TSH – Tolueno-Sulfonil-Hidrazida O TSH é um agente de expansão inodoro. Produz células fechadas. Decomposição inicia a 145°C. Ideal para produtos expandidos de borracha natural que são vulcani-

zados a temperaturas inferiores a 150°C. Também utilizado em compos-tos de perfis expandidos em EPDM.

89 OBSH – Oxibis-Benzeno-Sulfonil-Hidrazida O OBSH é um agente de expansão inodoro. Produz células fechadas. Decomposição inicia a 160°C. Utilizado em produtos expandidos de borracha sintética como CR,

NBR, SBR e plásticos.

90 Unilene Produto da Petroquímica União-PQU (atual Braskem). É um agente de pegajosidade, homogeneizante, compatibilizante e

agente de escoamento. Compromete a resistência à abrasão. Seus grades baseiam-se na temperatura de fusão. Ex.: A-80, A-100,

B-120. Dosagem: 2,5 a 10 phr.

Produtos 151

91 Urotropina – HMT Vide HMT – Hexametileno tetramina.

92 Vaselina A vaselina é uma mistura de hidrocarbonetos parafínicos (alcanos)

com mais de 18 carbonos na cadeia. Ela pode conter hidrocarbonetos líquidos e apresentar-se sob forma

de líquido viscoso, mais comumente encontrada sob forma de pasta. É veículo para pomadas e lubrificantes. Muito compatível com EPDM e elastômero Butil, quando pode ter

dosagens elevadas. É utilizada em composições onde se deseja diminuir a pegajosidade. Dosagens médias ou elevadas promovem sua migração (exsudação). Não é recomendada em produtos onde a adesão é propriedade im-

portante. Na extrusão facilita a obtenção de perfis lisos. Dosagem: 0,5 a 3,0 phr.

93 Vulcacel BN 94 – DNPT Dinitroso-pentametileno-tetramina. Agente de expansão utilizado em elastômeros expandidos. Confere

odor característico de “peixe podre”. Espansor gerador de nitrosamina, por esse motivo está em desuso. Marcas comerciais:

– Vulcacel BN-90-ICI; – Espon; – Geracel; – Micropor DN.

152 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

94 Vulcatard A Retardador de vulcanização. N-nitroso-difenilamina.

Marcas comerciais: Vulcatard A Produtos Fabricantes

Curetard A Monsanto (atual Flexsys) Vulcatard A ICI

Quadro 79 – Marcas comerciais: Vulcatard A.

95 Vulcanox 4020 – 6PPD N-1,3-isopropil-N’-fenil-p-fenileno-diamina. Antiozonante manchante originalmente da Naugatuck, depois Uni-

royal e por fim Chemtura. Corresponde ao Vulkanox 4020 Lanxess. Densidade = 1,07; Ponto de amolecimento: 45°C; Solúvel em acetona e BTX; Insolúvel em água, querosene; Massa molar 290; FDA 177.2600 LC = 5% máx.

Marcas comerciais: Vulcanox Produtos Fabricantes

Vulkanox 4020 Lanxess Santoflex 13 Flexsys Flexzone 7P Uniroyal (atual Chemtura)

Quadro 80 – Marcas comerciais: Vulcanox.

96 ZBDC Dibutil-ditiocarbamato de zinco. Superacelerador de vulcanização. Gera nitrosamina. Uso similar ao ZMDC e do ZEDC, entretanto em composições de látex

fornece uma cura mais rápida que ambos. Em borracha sólida é mais lento que o ZMDC e ZEDC e apresenta um tempo de scorch mais elevado.

Produtos 153

Utilizado em compostos de EPDM em percentuais superiores ao ZMDC e ZEDC por apresentar maior solubilidade, não migrando.

Os ditiocarbamatos de zinco são mais usados em borracha sólida. São também uma ótima alternativa para os tiurans quando se deseja uma cura mais rápida, podendo substituí-los parcialmente, evitando os pro-blemas de afloramento em curas do tipo eficiente e semieficiente.

Marcas comerciais: ZBDC

Produtos Fabricantes ZBDC Meyors Vulkacit LDS Lanxess Butazate Uniroyal (atual Chemtura) Butyl Zimate Vanderbilt Perkacit ZBDC Flexsys Super Acelerador 1105 Rhodia Vulcafor ZEP ICI Vulcalon ZBDC Enro Vulcatex ZBDC Enro

Quadro 81 – Marcas comerciais: ZBDC.

97 ZDEC Dietil-ditiocarbamato de zinco. Densidade: 1,50. Massa molar 361. Superacelerador de vulcanização. Uso similar ao ZMDC, em látex fornece cura mais rápida, em borra-

chas sólidas é mais lento que o ZMDC, e apresenta um scorch mais ele-vado.

Marcas comerciais: ZDEC

Produtos Fabricantes Vulkacit LDA Lanxess ZDEC Meyors Aceto ZDED Aceto Ancazate ET Anchor Chemical Co. Cyzate E American Cyanamid DEDZn 1505 Rhodia Ethasan Monsanto (atual Flexsys) Ethazate Crompton (atual Chemtura) Ethyl Ziram Pennsalt Ethyl Zimate Vanderbilt

154 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Perkacit ZDEC Flexsys Robac ZDC Robinson Brothers Vulcacure ZE Alco Vulcafor ZDC ICI Vulcalon ZEDC Enro Vulcatex ZEDC Enro

Quadro 82 – Marcas comerciais: ZDEC.

98 ZMBT Mercaptobenzotiazolato de zinco. Pó branco, densidade 1,70. Massa molar: 397. Superacelerador de vulcanização, sendo a principal aplicação em lá-

tices de borracha natural e sintética, onde é utilizado como acelerador primário em combinação com ditiocarbamatos.

Os filmes de látex vulcanizados com ZMBT apresentam alto módu-lo; além disso obtém-se uma boa DPC nas espumas de látex, sem au-mento do tempo de cura.

Em borrachas sólidas comporta-se de modo similar ao MBT com pequena melhoria no scorch.

Marcas comerciais: ZMBT

Produtos Fabricantes Vulkacit ZM Lanxess ZMBT Meyors Accelerateur Rapide GZ-2 Saint Denis Bantex Monsanto (atual Flexsys) Eveite MZ Montecatini MBTZn Manifacture Landaise MBTZn Rhodia O-X-A-F Uniroyal (atual Chemtura) Pennac 2T Alco Perkacit ZMBT Flexsys Robac MZI Robinson Brothers Rubator ZMBT General Química Vulcacure ZT Alco Vulcafor ZMBT ICI Zenite Du Pont Zetax MP Vanderbilt Zinc Ancap Anchor Chemical Co. ZMBT American Cyanamid

Quadro 83 – Marcas comerciais: ZMBT.

Produtos 155

99 ZMDC Zinco metil-ditiocarbamato. Superacelerador de vulcanização não manchante e mais ativo que os

tiurans. Muito usado em artefatos de cores claras e brilhantes. Vulcaniza em baixa temperatura sendo empregado em artefatos de

paredes espessas nas camadas mais internas. Processamento mais sujeito ao scorch que os tiurans e usado como

acelerador secundário em conjunto com tiazóis. Utilizado em borrachas de baixa insaturação como EPDM, IIR e

também látices naturais e sintéticos. Os ditiocarbamatos são usados como aceleradores secundários em

doses abaixo de 0,5 phr em NR. Em borrachas de baixa insaturação esta dosagem pode aumentar quando se requer cura mais rápida, porém pode ocorrer redução de propriedades mecânicas.

Marcas comerciais: ZMDC

Produtos Fabricantes ZMDC Meyors Vulkacit LDA Lanxess

Quadro 84 – Marcas comerciais: ZMDC.

100 ZBEC Dibenzilditiocarbamato de Zinco. Acelerador de vulcanização. Pó branco a amarelado. Não gera nitrosaminas, opção ao ZEDC, TMTD, TMTM. Acelerador primário para borracha natural e sintética, como NR, IR,

BR, SBR, NBR e EPDM . Pode ser usado como um acelerador primário ou secundário com tiazóis e sulfenamidas.

Marcas comerciais: ZBEC

Produtos Fabricantes ZBEC Meyors Vulkacit ZBEC Lanxess

Quadro 85 – Marcas comerciais: ZBEC.

156 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Produtos 157

158 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Informações Gerais 159

IV

INFORMAÇÕES GERAIS

160 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

01 Densidade

Líquidos Densidade (a 20°C, g/cm3)

Água destilada (4°C) 1,00 DEG (Dietileno glicol) 1,12 DOP (Di-octil-ftalato) 0,98 Gasolina 0,68 Glicerina anidra 1,26 Óleo combustível 0,92 Óleo diesel 0,86 Óleo de linhaça 0,93 Óleo lubrificante 0,91 Óleo plastificante aromático 1,10 Querosene 0,82 Trietanolamina (TEA) 1,12 Tricloroetileno 1,47

Densidade e Ponto de Ebulição

Líquidos Densidade (a 20°C, g/cm3)

Pto Ebulição (°C)

Acetona 0,79 56 Álcool etílico 0,82 78 Benzeno 0,88 80 Dissulfeto de carbono 1,25 46 Tetracloreto de Carbono 1,60 77 Óleo de mamona 0,96 – Clorofórmio 1,49 61 Éter etílico 0,71 34,5 Acetato de etila 0,90 70 / 80 Glicerina 1,26 290 MEK (metil-etil-cetona) 0,81 79 / 81 Cloreto de metileno 1,33 40 Tolueno 0,87 111 Tricloroetileno 1,47 88 Xilol 0,86 140

Densidade e Ponto de Fusão

Sólidos Densidade (a 20°C, g/cm3)

Pto Fusão (°C)

ABS 1,05 112 Aço carbono 7,80 1.500 Aço inox 7,80 1.450 Ácido esteárico 0,89 49 / 52 Alcatrão de pinho 1,08 Alumínio 2,70 658

Informações Gerais 161

Areia seca 1,50 1.480 Asfalto oxidado 1,05 / 1,40 80 / 100 Bicarbonato de sódio 2,20 Borracha butil 0,91 Borracha composta 0,91 / 1,60 Borracha EPDM 0,85 / 0,86 Borracha natural 0,94 Borracha nitrílica 0,95 / 1,00 Borracha NBR/PVC 1,00 / 1,10 Borracha Polibutadieno 0,94 Borracha Policloropreno 1,26 / 1,30 Borracha poli-isopreno 0,92 Borracha de silicone 1,80 Breu 1,10 89 / 90 Bronze 7,40 / 8,90 900 Cal viva (CaO) 2,19 Carbonato de cálcio ppt 2,60 / 2,65 Carbonato de magnésio 2,24 Caulim 2,55 / 2,70 Cera de carnaúba 0,99 Chumbo 11,34 330 Concreto 1,85 / 2,45 Cortiça 0,10 / 0,30 Couro seco 0,85 CZ (sulfenamida) 1,30 DBP 1,04 DPG 1,17 / 1,23 143 / 147 DPPD 1,22 130 Enxofre insolúvel 1,97 / 2,03 Enxofre ventilado 2,07 110 Epoxi (resina) 1,10 Estearato de zinco 1,10 Factis 1,05 / 1,06 Fibras de algodão 1,05 Gesso 2,30 Grafite 2,40 Latão (36Cu / 37Zn) 8,40 1.000 Litargírio 9,30 Litopônio 4,30 Mármore 2,50 MBT 1,50 177 MBTS 1,54 170 Melamina-formol 1,60 Methasan / mathazate 1,66 240 ETU 1,43 195 Negros de fumo fornalha 1,80

162 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Óxido de ferro 4,5 / 5,1 Óxido de magnésio 3,32 / 3,60 Óxido de zinco 4,30 / 5,55 PA.6 (Naylon 6) 1,12 210 / 220 PAN (antioxidante) 1,21 56 PBN (antioxidante) 0,86 / 0,90 105 Parafina 0,86 / 0,90 52 PEAD (polietileno) 0,96 130 PEBD (polietileno) 0,92 96 / 113 PP (polipropileno) 0,91 PS (poliestireno) 1,23 / 1,25 88 / 98 PTFE (teflon) 2,13 PVI (Santogard) 1,25 / 1,35 90 Resina de cumarona-indeno 1,09 Resina Unilene A-80 1,10 RZ-100 (acelerador) 1,03 S-6H 1,04 / 1,05 Santocure NS 1,27 96 Sílicas precipitada 1,95 Sulfasan R 1,36 123 Talco 2,80 TiO2 (anatase) 3,90 TiO2 (rutilo) 4,20 TMTD 1,35 / 1,42 137 / 145 Tijolo refratário 1,80 / 2,20 Uréia 1,34 Urotropina 1,02 Vidro plano 2,40 / 2,70 700 Vocol (acelerador) 1,25 Vulcacel BN 94 1,45 ZDC (acelerador) 1,48 171 / 183 Zinco metálico 7,14 419 ZMBT (acelerador) 1,64 / 1,65

02 Correlação de ensaios entre normas

Ensaio ABNT ASTM DIN ISO Características de cura – Reograma – D 2084 53.529 3417 Deformação permanente (Compression Set) NBR 0025 D 395 53.517 815

Desgaste por abrasão – D 5963 53.516 4619 Dureza – shore A NBR 7318 D 2240 53.505 – Envelhecimento acelerado NBR 6665 D 573 53.508 188 Fadiga por dobramento (De Mattia) – D 430 53.522 132

Informações Gerais 163

Rasgamento MB 407 D 624 53.515 34 Resiliência – D 1054 53.512 4662 Resistividade elétrica – D 991 53.483 1853 Resistência e fluidos MB 408 D 471 53.521 1817 Tração (Tensão e Alongamento) NBR 7462 D 412 53.504 37 Viscosidade Mooney NBR 0718 D 1646 53.523 289

Fonte: www.vulcanizar.com.br

03 Características dos Fluidos para ensaios ASTM D-471

Fluido Ponto de Anilina (°C)

Viscosidade Cinemática

Pto Fulgor (°C)

Óleo ASTM nº1 123 ± 1 18,7 – 21,0 243,3 Óleo ASTM nº2 93 ± 3 19,2 – 21,5 240,5 Óleo ASTM nº3 69,5 ± 1 31,9 – 34,1 162,7 Fuel nº1 100% de Di-isobutileno Fuel nº2 60% de Di-isobutileno + 40% mistura aromática Fuel A 100% de Iso-octano Fuel B 70% de Iso-octano + 30% de tolueno Fuel C 50% de Iso-octano + 50% de tolueno

04 Fatores de conversão de unidades Atmosfera (atm) = 1,0132 bar = 760 mmHg = 10,33 mH2O = 1,033 kgf/cm2; Caloria (cal) = 4,1868 joule (J) = 1,163 x 10-3W.h; Cavalo Vapor (CV) = 0,9859 Hp = 0,7355 kW; Decibel (dB) = 1ton = 1000 Hertz; Kelvin (K) = °C + 276,15; Quilômetros por hora (km/h) = 1.000m/60min = 16,67 m/min = 0,28m/s; Metro cúbico (m3) = 1000dm3 = 1000L; Decímetro cúbico (dm3) ≈ 1 L; Centímetro cúbico (cm3) = 1ml; Libra por polegada quadrada (psi) = 0,0703 kgf/cm2 = 0,0687 atm; Quilograma força (kgf) = 9,807 N = 1 Btu; Quilograma por centímetro quadrado (kgf/cm2) = 9,807 N/cm2= 0,968 atm= 14,22 psi; Quilowatt (kW) = 1,3596 cv = 1,341 Hp = 0,239 kcal; Quilowatt por hora (kW/h) = 3,413 Btu = 1,36 cv = 1,341 Hp/h.

164 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

05 Condutividade Térmica

Condutividade Térmica (Cal/cm3.min.°C = W/m.K)

Carbonato de Magnésio 0,0342 Negro de Fumo Thermal (N 900) 0,0402 Negro de Fumo fornalha (N 550) 0,0600 Negro de Fumo Canal 0,0828 Negro de Fumo fornalha (N 339) 0,0840 Talco – Mg(SiO3)2 0,0534 Caulim – Silicato de alumínio 0,0630 Dióxido de Titânio 0,0690 Óxido de Ferro 0,0774 Carbonato de Zinco 0,0498 Litargírio (PbO) 0,0504 Dióxido de Silício – Sílica 0,1005 Óxido de Zinco – ZnO 0,1320

06 Transportes de Produtos Químicos Perigosos A movimentação de produtos que, pelas suas características, são

considerados perigosos à saúde das pessoas, ao meio ambiente e à segu-rança pública, são classificados como Produtos Perigosos, os quais de-vem submeter-se a normas específicas.

O órgão federal responsável pelo modal terrestre é a Agência Na-cional de Transporte Terrestre – ANTT, a qual instrui e regulamenta o transporte terrestre de produtos perigosos no Brasil através da Resolu-ção 420 de 12 de fevereiro de 2004 e seus complementos. Estes do- cumentos poderão ser obtidos diretamente do site da ANTT (www.antt. org.br) gratuitamente.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT (www.abnt.org.br) normatiza a identificação, transporte, manuseio e estocagem de produtos químicos conforme as normas:

NBR 7500 – Identificação para o transporte terrestre, manuseio, movimentação e armazenamento de produtos;

NBR 7501 – Transporte terrestre de produtos perigosos – Termi-nologia;

NBR 7503 – Transporte terrestre de produtos perigosos – Ficha de emergência e envelope – Características, dimen-sões e preenchimento;

Informações Gerais 165

NBR 9735 – Conjunto de equipamentos para emergências no transporte terrestre de produtos perigosos;

NBR 14064 – Atendimento a emergência no transporte terrestre de produtos perigosos;

NBR 14095 – Área de estacionamento para veículos rodoviários de transporte de produtos perigosos;

NBR 14619 – Transporte terrestre de produtos perigosos - Incom-patibilidade química.

07 Propriedades físico-químicas dos elastômeros Fonte: www.vulcanizar.com.br

166 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Fonte: www.vulcanizar.com.br

Informações Gerais 167

Fonte: www.vulcanizar.com.br

Peso Especifico - Densidade 0,93 0,94 0,92 0,93 0,85 1,23 1 1,1 - 1,6 1,1 1,40 - 1,95

Escala - Dureza 20 - 100 0 - 100 30 - 100 30 - 100 30 - 100 20 - 90 30 - 100 20 - 95 50 - 95 60 - 90

Alta temperatura °C 100 107,2 121,1 100 150 120 120 290 120 315

máx trabalho em serviço °F 212 225 250 212 300 250 250 550 250 600

Baixa temperatura °C -50 -50 -46 -53 -50 -40 -50 -107 -40 -46

Mínima temperatura °F -60 -60 -50 -80 -60 -40 -60 -160 -40 -50

Envelhecimento por calor BM BM OT RG OT BM BM OT OT EX

Deformação permanente BM BM RG RG RG BM BM MB BM MB

Resistência a eletricidade OT RG MB BM MB BM RG OT RG OT

Impermeabilidade BM RG EX BM BM BM BM RG OT OT

Adesão a metais EX EX BM BM RG EX EX EX EX BM

Adesão a tecidos EX BM BM BM BM EX BM EX BM BM

Capacidade de devolver o choque EX BM RG EX BM OT BM BM BM RG

Resistência ao desgaste OT OT MB OT MB OT OT RU OT BM

Rasgamento OT RG BM BM BM BM BM RG BM RG

Crescimento de corte OT BM OT RG BM BM BM RG BM RG

Fogo MR MR MR BR MR BM RU BM BM OT

Intemperismo RG MB MB RG OT MB RG OT OT OT

Oxidação BM BM OT BM BM MB BM OT OT EX

Ozônio MR MR OT MR EX OT BM OT EX EX

Inchamento em agua BM OT OT OT OT BM OT MB BM MB

Ácidos BM BM BM BM MB BM BM RG OT MB

Álcalis BM BM BM BM MB BM BM RU OT RG

Gasolina MR MR MR MR MR BM OT RU RG OT

Benzol MR MR RG MR RU MB RU MR RU OT

Desingraxantes MR MR MR MR MR MR MR RG RU BM

Álcool BM BM MB BM MR RG OT BM BM OT

Óleo (Petróleo) MR MR MR MR MR BM RG RU/MB BM EX

Butilica IR

Poli-

butadieno

BR

Etileno -

Propileno

EPDM

MR = Muito Ruim RU = Ruim RG = Regular BM = Bom MB = Muito Bom O T = Ó timo EX = Excelente

Poli-

cloropreno

CR

Nitrilica NBR

Silicone MQ

Cloro-Sulfonado

CSM

Fluorelas-tômero

FKM

Escala de resistência

tabela de propriedades fisico-

mecanicas e químicas dos

elastomeros.

Natural NR

Estireno

Butadieno

SBR

168 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

08 Tabela Periódica dos Elementos Químicos

Informações Gerais 169

09 Tabela de temperaturas de trabalho dos elastômeros

170 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Informações Gerais 171

172 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Siglas e Símbolos 173

V

SIGLAS E SÍMBOLOS

174 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

A – Símbolo do Ampère, intensidade de corrente. Å – Angstron (10-7). ACM – Elastômero poliacrílico – Hycril. ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas (www.abnt.org.br). ACN – Acrilonitrila. AFNOR – Association Française de Normalisation (www.afnor.org),

Associação Francesa de Normatização. ANSI – American National Standard Institute (www.ansi.org), Instituto

Nacional Americano de Padrões. ANTT – Agência Nacional de Transporte Terrestre (www.antt.org.br). ATA – Air Transport Association of America (www.airlines.org), Asso-

ciação Americana de Transporte Aéreo. API – American Petroleum Institute (www.api.org) Associação Ameri-

cana do Petróleo. ASTM – American Society for Testing and Materials (www.astm.org),

Associação Americana de Testes e Materiais. atm – Símbolo de atmosfera ou 760 mmHg ou 1,0335 kgf/cm². bar – unidade de pressão – 1 bar= 1,02 kgf/cm². BHT –2,6-Di-terc-butil-p-cresol (Butil-hidroxi-tolueno). BR – Borracha Butadieno. BSI – British Standard Institute (www.bsi-global.com), Instituto Britâ-

nico de Padrões. C – Coulomb – quantidade de eletricidade (Q= i.t). °C – Graus Celsius. Cal – caloria = 4,1868J = 1,163x10-3 W.h. CaO – Óxido de cálcio. CBS – N-ciclohexil-benzotiazil-sulfenamida. CMC – Carboxi-metil-celulose. CMR – Substâncias Restrita, cancerígenas mutagênicas e que afetam a

reprodução (REACH). COPA – Copolímero de poliéster. COPANT – Comisión Panamericana de Normas Tecnicas

(www.copant.org). CPE – Polietileno Clorado. CR – Borracha Policloropreno. CSM – Borracha Polietileno Cloro-Sulfonado. CV – cavalo-vapor. CTP – N-ciclohexil-tio-ftalimida.

Siglas e Símbolos 175

d – Símbolo de dia (24 horas). dB – decibel = 1 torr = 1000 Hertz. dd – dias decorridos. DBP – Di-butil ftalato. DDA – Dureza, densidade, abrasão. DEG – Di-etileno-glicol. DIN – Deutches Institut fur Normung (www.din.de), Instituto Alemão

para Normatização. DNPT – Dinitrosopentametilenotetramina. DOA – Di-octil adipato. DOP – Di-octil ftalato. DPC – Deformação Permanente por Compressão. DPPD – N,N’-Difenil-p-fenilenodiamina. DTPD – N,N’-Ditolil-p-fenilenodiamina. ECHA – European Chemicals Agency (Agência Europeia de Químicos). EDMA – Etilenoglicol-di-metacrilato. ENB – Etileno-norborneno – Sítios vulcanizáveis no EPDM. EPA – Environmental Protection Agency (www.epa.gov), Agência de

Proteção Ambiental. ETMQ – 6-etoxi-2,2,4-trimetil-1,2-dihidroquinolina. EPDM – Borracha Etileno-propileno-dieno. ESBR – Borracha Estireno-Butadieno em processo de Emulsão. EVA – Etileno Acetato de Vinila. eV – Elétron-Volt. FDA – Food and Drugs Administration (www.fda.gov), Administração

de Alimentos e Drogas. ft – foot – pé = 30,48 cm. FKM – Borracha Fluorelastomero. FVMQ – Flúor-silicone (Fluor-vinil-metil-silicone). g – Símbolo do grama, 1 milésimo do quilograma. Galão – Medida correspondente a 3,7854 litros. h – Símbolo de hora (60 minutos). ha – Símbolo do hectare, corresponde a 10.000m². Hz – Hertz = ciclos por segundo (cps). HMT – Hexa-metileno-tetramina. HP – Cavalo-vapor = 0,746kW. HVA 2 – Metileno-bis-maleimida. in – inch (polegada) = 25,4 mm.

176 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

IIR – Borracha Butílica. IISRP – International Institute of Synthetic Rubber Producers, Inc

(www. iisrp.com). IPPD – N-isopropil-N’-p-fenilenodiamina. IRAM – Instituto Argentino de Normalizacion y Certificación

(www.iram.org.ar), Instituto Argentino de Normalização e Certificação.

IRHD – Grau de Dureza Internacional da Borracha – Inglaterra. ISO – International Organization for Standardization (www.iso.org),

Organização Internacional para Padronização. Jarda = 0,9144 m. JIS – Japanese Industrial Standard (www.jsa.or.jp), Associação Japonesa

de Padrões. K – Kelvin – Unid. de temperatura absoluta, zero Kelvin (0K) =

-273,15°C. kg – Símbolo do quilograma (1.000 gramas). km – Símbolo do quilômetro (1.000 metros). kgf – Símbolo do quilograma-força. kgf/cm2 – quilograma-força por centímetro quadrado=9,807N/cm2=

0,807N=1Btu. kV – Símbolo do quilo volt. kW – Símbolo do quilowatt (1.000W = 1,341 HP). L – Símbolo do litro. Usa-se L junto a números: 10 L. kl – quilolitro (1.000 litros). m – metro = 100cm. MBI – 2-mercaptobenzimidazole. MBT – Mercaptobenzotiazol. MBTS – Dibenzotiazil-disulfeto. MEK – Metil-etil-cetona. min – Símbolo de minuto (60 segundos). MPa – MegaPascal = 10,2 kgf/cm². N – Newton. NBR – Elastômero de Acrilonitrila-Butadieno. NFPA – National Fire Protection Association (www.nfpa.org), Associa-

ção Nacional de Proteção contra Incêndio. nm – nanometro – 1 bilionésimo de metro. NR – Borracha Natural. ODPA – Difenilamina octilada.

Siglas e Símbolos 177

Ω – Ohm – resistência elétrica (V = R.i). OSHA – Occupational Safety & Healt Administration (www.osha.com),

Administração da Saúde e Segurança Ocupacional. PA – Poliamida. PAN – Fenil--natilamina. PBN – Fenil--natilamina. PBT – Substâncias Restritas, persistentes, biocumulativas e tóxicas

(REACH). pcr – partes por cem de resina. PEBA – Poliéter-poliamida. PEG – Poli-etileno-glicol. phr – partes por cem de borracha. pí (π) – 3,1416 – constante. PP – Polipropileno. PRFV – Plástico Reforçado com Fibras de Vidro. PRI – Índice de Retenção de Plasticidade. PS – Poliestireno. psi – Libras por polegada quadrada = 0,0703 kgf/cm². PTFE – Poli-tetraflúor etileno. PU – Poliuretano. PVC – Policloreto de vinila. PVI – N-ciclohexil-tio-ftalimida. qsp – quantidade suficiente para... REACH – sigla em inglês de Registration, Evaluation and Authorization

of Chemicals (O Sistema REACH). RHC – Rubber Hidrocarbon Content. Teor de hidrocarbonetos como

borracha. rpm – Rotações por minuto. RTV – Room Temperature Vulcanization. Vulcanização à temperatura

ambiente. SAE – Society of Automotive Engineers (www.sae.org), Sociedade de

Engenheiros Automotivos. SBR – Borracha de estireno-butadieno. SBS – Estireno-butadieno-estireno. SEBS – Estireno-etileno-butadieno-estireno. SEP – Estireno-etileno-propileno. SEPS – Estireno-etileno-propileno-estireno. SI – Sistema Internacional de Unidades.

178 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

SIS – Estireno-isopreno-estireno. SPB – Solvente para borracha. SPDA – Difenilamina estirenada. SPH – Fenol estirenado. SSBR – Borracha estireno-butadieno em processo Solução. SVHC – substances of very high concern (substâncias de grande preo-

cupação, referente a ECHA). t – tonelada = 1000kg. TAC – Trialilcianurato ou cianeto de trialila. TAIC – Trialilisocianurato ou isocianelo de trialila. TRIM – Trimetacrilato de Trimetilpropano. TDI – Tolueno-diisocianato. TEA – Tri-etanol-amina. TGA – Thermo-Gravimetric Analyser (Análise Termo-Gravimétrica). TMQ – 2,2,4-trimetil-1,2-dihidroquinolina, polimerizado. TMTD – Disulfeto de tetra-metil tiuran. TMTM – Monosulfeto de tetra-metil tiuran. TPE – Elastômero Termoplástico. TPO – Elastomero Termoplástico Poliolefínico. TR – Borracha Termoplástica. TPV – Elastomero Termoplásticos Vulcanizáveis. UNI – Entidade Nacional Italiana de Unificação. V – Volt = tensão elétrica (V=R.i). W – Watt = potencia de 1J por segundo. ZDEC – Dietilditiocarbamato de zinco. ZBEC - Dibenzilditiocarbamato de zinco. ZMBI – 2-mercaptobenzimidazolato de zinco. ZMDC – Dimetilditiocarbamato de zinco. ZMMBI – 2-metilmercaptobenzimidazolato de zinco. ZMTI – 2-mercaptotoluimidazolato de zinco. 6PPD – N-(1,3-dimetilbutil)-N’-fenil-p-fenilenodiamina. 77PD – N-N’-Bis-(1-etil-3-metilpentil)-p-fenilenodiamina. Obs.: Os símbolos não têm plural. Ex.: 1 kg e 2 kg, 1 m e 10 m.

Siglas e Símbolos 179

180 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Siglas e Símbolos 181

182 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Marcas Comerciais 183

VI

MARCAS COMERCIAIS

184 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

A resenha a seguir apresentada tem por finalidade facilitar a identifica-ção de produtos citados em fórmulas de composição encontradas nas litera-turas técnicas.

Nem sempre foi possível identificar a marca e a quem pertence atual-mente, por isso, qualquer incorreção ou erro identificado, solicitamos nos informem imediatamente para que possamos realizar as correções necessá-rias no sentido de respeitar a propriedade industrial de marcas e patentes.

Alguns produtos que foram comercializados e deixaram de ser forneci-dos constam na relação, tendo por objetivo preservar a história e facilitar ajustes nas fórmulas, substituindo produtos obsoletos por outros de uso corrente na atualidade.

A

ABALYN – Abietato de metila – antiga Hércules, atual Eastman Chemical Company – Agente de pegajosidade e plastificante líquido.

ABITOL – Breu modificado – antiga Hércules, atual Eastman Chemical Company. ACCEL 522 – Pentametileno ditiocarbamato de piperidina – Acelerador de vulcaniza-

ção – Du Pont. ACCELERATEUR RAPIDE D – DPG – Saint Denis. ACCELERATEUR RAPIDE GS – MBTS – Saint Denis. ACCELERATEUR RG – MBT – Saint Denis. ACEDOR SD – Acelerador doador de enxofre – Progomme. ACELER 22 – ETU – Etileno Tiureia – Progomme. ACTONE – Ativador de vulcanização à base de ureia – Parabor. ADEMOLL DN – Adipato de di-nonila – Plastificante – Bayer. ADIPRENE – Elastômero de PU – antiga Uniroyal, atual Chemtura. ADOGEM 342 D – Agente de escoamento – Sherex Chemicals. AEROSIL – Sílica pirogênica – antiga Degussa, atual Evonik. AFLAS – Fluorelastomero – Asahi Glass Co, LTD. AFLUX 25 – Agente de escoamento – Rhein Chemie. AFLUX S – Auxiliar de processo para EPDM – Rhein Chemie. AGERITE ALBA – Éter monobenzil-hidroquinona – Antioxidante Vanderbilt. AGERITE DPPD – Difenil-p-fenileno-diamina – Antioxidante Vanderbilt. AGERITE HP-S – Estabilizante térmico – Vanderbilt. AKROFLEX C – Antioxidante – Du Pont. AKTIPLAST PP – Peptizante para NR – Rhein Chemie. AKTIPLAST T – Peptizante para NR – Rhein Chemie. AKTONE – Ureia ativada, acelerador secundário e desodorizante – J.M. Huber.

Marcas Comerciais 185

ALFA OIL – Óleo plastificante parafínico – Alfa Química. ALLOPRENE – Policloropreno – ICI. ALPEROX – Linha de peróxidos – Lúcido. ALTAX – MBTS – Vanderbilt. ANCAP – MBT – Anchor Chemical. ANCAZATE ET – ZDEC – Anchor Chemical. ANCAZIDE ET – TETD – Anchor Chemical. ANCAZIDE IS – TMTM – Anchor Chemical. ANCAZIDE ME – TMTD – Anchor Chemical. ANCATAX – MBTS – Anchor Chemical. AUTOFANE MBT – MBT – Ugine – Kuhlmann. AMAX – N-oxidietileno-benzotiazil 2-sulfenamida – Acelerador OBTS – Vanderbilt. AMBEROL – Linha de peróxidos – Rohm & Haas. AMERIPOL – BR – B.F. Goodrich, atual ISP – International Speciality Chemicals. AMINOX – Antioxidante – antiga Uniroyal, atual Chemtura. ANAFFLOR – Enxofre solúvel – Parabor. ANCAZATE – Antioxidante – Anchor Chemical. ANTILUX – Antiozonante – Rhein Chemie. ANTOX – Antioxidante – Progomme. ANTOZITE – Antioxidantes – Vanderbilt. APYRAL B 120 E – Hidróxido de Alumínio – Nabaltec Ag. ARANOX – Antioxidante – antiga Uniroyal, atual Chemtura. ARAZATE – Dibenzil-ditiocarbamato de zinco – Acelerador – antiga Uniroyal, atual

Chemtura. ARMOSLIP C 7 – Desmoldante da Arizona. ARNIPOL – NBR da Pasa (Petrobras Argentina S.A). ARO – Negros de Fumo – J. M. Huber. AROMEX – Negros de Fumo – J.M. Huber. ARROW – Negros de Fumo – J.M. Huber. ATLANTIC – Negros de Fumo – Charles Eneu Johonson. AZOCEL – Azodicarbonamida – agente de expansão – Fairmount Chemical Co.

B BAKER’S – Derivado do óleo de rícino (factis) – Baker Castor Oil Co. BANAC – Série de aceleradores de vulcanização – Bann Química. BANAC MOR – MBS – Bann Química.

186 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

BANOX – Série de antioxidantes – Bann Química. BANTARD J – Retardador de vulcanização – Bann Química. BANTEX – ZMBT – Acelerador de vulcanização – Bann Química. BANZONE 100 – Antioxidante – Bann Química. BARAK – Oleato de dibutilamina – acelerador de vulcanização – Du Pont. BARRAFIL – Carbonato de Cálcio precipitado da Barra do Piraí e atual Imerys. BARRAFFLEX – Carbonato de Cálcio precipitado da Barra do Piraí e atual Imerys. BARRALEV – Carbonato de Cálcio precipitado da Barra do Piraí e atual Imerys. BARRALIN – Carbonato de Cálcio precipitado da Barra do Piraí e atual Imerys. BAYERTITAN A – Dióxido de titânio – Bayer. BAYFEROX 732 M – Óxido de ferro – Bayer. BAYPREN – Policloropreno – antiga Bayer, atual Lanxess. BAYSILONE – Borracha de Silicone – Bayer. BAYTEC – Elastômero de Poliuretano – Bayer. BENZOFLEX – Poliuretano – Montoil. BEUTENE – Anilina-butiraldeído – Acelerador de vulcanização Naugatuck – antiga

Uniroyal, atual Chemtura. BIK – Ureia tratada – antiga Uniroyal, atual Chemtura. BISOFLEX – Plastificantes – B.P. Chemicals. BISOMER – Coagentes de cura – International Speciality Chemical. BLE – Antioxidante – antiga Uniroyal, atual Chemtura. BPIC – Peróxidos – Pittsburg Plate Glass Cy. BUCAR – Elastômero Butil – Cities Service Co. Columbian Div. BUDENE – Polibutadieno – GoodYear Tire & Rubber. BUNA EP – EPDM – Lanxess. BUNA CB – Polibutadieno – Lanxess. BUTAR – Breu modificado – J.M. Huber. BUTACLOR – Policloropreno – Rhône Poulenc. BUTACRIL – NBR – Plastimer. BUTAKON – NBR – Revertex Lt. BUTAPRENE – NBR – Firestone. BUTAREZ CTL – Polibutadieno – Phillips Petroleum Co. BUTASAN – ZBDC – Acelerador de vulcanização – antiga Monsanto, atual Flexsys. BUTAZATE – ABDC – Acelerador de vulcanização – antiga Uniroyal, atual Chemtura. BUTAZIN – Butil Ziram – Acelerador de vulcanização – Pennwalt. BUTYL ZIMATE – ZBDC – Acelerador de vulcanização – Vanderbilt.

Marcas Comerciais 187

BUTOFAN – BR dispersão – Basf. BUTON – SBR – Enjay Chemical. BZP – Peróxidos – U.S. Peroxygen Corp.

C CAB-O-CURE – Peróxidos – Cabot. CAB-O-SIL – Sílica – Cabot. CADET – Peróxidos – Noury Chemical Corp. CADMATE – Dimetilditiocarbamato de Cádmio, acelerador – Vanderbilt. CADOX – Peróxidos – Cadet Chemical Corp. CALCENE – Carbonato de cálcio – Barra do Pirai, atual Imerys. CAPTAX – MBT – Vanderbilt. CARBOMIX – SBR – Copolymer Rubber. CARBOWAX 335 – Polietileno glicol – PEG – Union Carbide. CARIFLEX – Elastômeros de SBR, BR, IR, TR – Shell Química. CAYTUR 4 – Acelerador de cura para PU – Du Pont. CELITE 577 – Diatomita – Celite Corp. CELOGEN – Agente de expansão – antiga Uniroyal, atual Lion. CHALOXYD – Peróxidos – Societè Comaip. CHEMAC – Aceleradores de vulcanização – Chemicon. CHEMAC 22 – ETU – Chemicon. CHEMIGUM – NBR – Goodyear. CHEMITAC – Adesivo metal-borracha – Dalton Dynamics. CHEMLOK – Adesivo metal-borracha – Lord. CHEMOSIL – Adesivo metal-borracha – Henkel. CHENOX – Antioxidantes – Chemicon. CHENZONE – Antiozonantes – Chemicon. CHIMASSORB – Antioxidantes – Chimosa S.P.A. CILBON – Adesivo metal-borracha – Dalton Dynamics. CIRCOLITE – Óleo Plastificante – Sun Oil. CIRCOSOL – Óleo Plastificante – Sun Oil. CIS 4 – Polibutadieno – Phillips. CISDENE – Polibutadieno – Stauffer. CLORAX 50 – Parafina clorada, anti-chama e plastificante – Bann Química. COLLOCARB – Negro de Fumo HMF – J.M. Huber. CONAC S – CBS – Acelerador de vulcanização – Du Pont.

188 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

CONTINENTAL – Negros de Fumo – Witco Continental. CONTINEX – Negros de Fumo – Witco Continental. COPERFLEX – Polibutadieno – antiga (Coperbo) Petroflex, atual Lanxess. COPERMIX – Mistura padrão 11060 – antiga (Coperbo) Petroflex. COUPSIL – Silanos modificados com Sílica – antiga Degussa, atual Evonik. COVINYLBLAK – Dispersão de negro de fumo – Columbian. COWABLAK – Negros de Fumo – Columbian. CRYSTEX – Enxofre insolúvel – antiga Stauffer, atual Flexsys. CUMAR – Resina de cumarona – Allied Chemical. CURALOM A – Agente de cura para PU – antiga Uniroyal, atual Chemtura. CUMAR MH – Resina de cumarona – Plastif. Neville. CUMATE – Ditiocarbamato de cobre – Acelerador – Vanderbilt. CURAX – CBS – Vanderbilt. CURETARD – Retardador de vulcanização – antiga Monsanto, atual Flexsys. CYDAC – CBS – American Cyanamid. CYNACRIL R – Acelerador de vulcanização – A. Cyanamid. CYURAM MS – TMTM – American Cyanamid. CYAZATE E – ZDEC – American Cyanamid. CYZONE – Antiozonante – American Cyanamid.

D DALTOFLEX – Poliuretano – ICI. DELAC P – Ftalato de difenil guanidina – Vanderbilt. DELAC S – Acelerador sulfenamida CBS – antiga Uniroyal, atual Chemtura. DELAC MOR – MBS – antiga Uniroyal, atual Chemtura. DERAKANE – Resina Éster-vinílica – DOW. DESMOCOLL – PU – Bayer. DESMODUR – Adesivo metal-borracha – Bayer. DESMOFLEX – PU – Bayer. DIAK – Agentes de cura para fluoroelastômeros – Du Pont. DI CUP – Peróxidos Dicumila – Hércules. DISFLAMOL TKP – Tricresil fosfato – Plastificante – Bayer, atual Lanxess. DISPERGATOR – Dispersante – Ketllitz. DIXIE – Negros de Fumo – United Carbon. DIXION 1176 – Grafite – Dixon. DURADENE – SBR – Firestone.

Marcas Comerciais 189

DURAGENE – Polibutadieno – General Tire & Rubber Co. DURAX – CBS – Vanderbilt. DURITE – Resina fenólica – Borden Chemical. DUROPRENE – PU – Cofade. DUTRAL – EPDM – Enichem. DUTREX R – Óleo plastificante aromático (antigo Dutrex 718) – Shell. DYPHOS – Anti-chama – Anzon.

E ELAPRIM – Elastômeros NBR e Poliacrílicos – Montedison. ELASTOSIL – Silicones – Wacker. ELFTEX – Negros de Fumo – Cabot. ELVAX – EVA – Du Pont. EMCA Sol – Óleo plastificante – quantiQ. ENDOR – Peptizante – Du Pont. EPCAR – EPDM – B.F. Goodrich. EPE-55 – Antigo máster Petroflex (SBR+PS 1:1). EPSYN – EPDM – Epsyn Copolymer. EPTAC – Acelerador – Du Pont. ESPEROX – Peróxidos – Witco Chemical. ESPON – Agentes de expansão – Bann Química. ESPRENE – EPDM – Sumimoto. ESSEX – Negros de Fumo – Huber. ETHASAN – ZEDC – antiga Monsanto, atual Flexsys. ETHASATE – ZDEC – antiga Uniroyal, atual Chemtura. ETHYL THIURAM – TETD – Pnnsalt. ETHYL THYURAD – antiga Monsanto, atual Flexsys. ETHYL TUADS – TETD – Vanderbilt. ETHYL ZIMATE – ZDEC – Vanderbilt. ETHYL ZIRAM – ZDEC – Pennsalt. EUROPRENE NEOCIS – BR – Enichem. EVATATE – EVA – Sumimoto. EVATENE – EVA – ICI. EVATANE – EVA – antiga Elf Atofina, atual Arkema. EVEITE D – DPG – Montecatini. EVEITE DM – MBTS – Montecatini.

190 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

EVEITE M – MBT – Montecatini. EVEITE MS – CBS – Montecatini. EVEITE MZ – ZMBT – Montecatini.

F FLAMOLIN – Retardantes de chama – Usi Chemicals. FLECTOL – Antioxidante – antiga Monsanto, atual Flexsys. FLECTOL ODP – Antioxidante – antiga Monsanto, atual Flexsys. FLECTOL H – Estabilizante térmico – Flexsys. FLEXAMINE – Antioxidante – antiga Uniroyal, atual Chemtura. FLEXZONE – Antiozonantes – antiga Uniroyal, atual Chemtura. FLEXBOR – Óleo plastificante aromático – Ipiranga, atual quantiQ. FLEXOL – Plastificante ésteres – Union Carbide. FLEXON 885 – Óleo plastificante parafínico – Exxon. FLEXPAR – Óleo plastificante parafínico – Ipiranga, atual quantiQ. FLUOREL – Fluoroelastômeros – 3M. FORTILIGHT – EVA – Composto de EVA – FCC. FORTIPRENE – TPE – Termoplástico estirênico – FCC. FORTIPUR TPU – PU Termoplástico – FCC. FURBAC – CBS – Ancchor Chemical. FURNEX – Negros de Fumo – Columbian. FYROL – Anti-chama – Stauffer.

G GABROFLON – Fluoroelastômeros – Solvay. GALVAN – Negro de Fumo condutivo – Cabot. GASTER – Negro de Fumo – Cabot.

H HELIOZONE – Antiozonante – Du Pont. HERCOLYN D – Resina vegetal – Hércules. HJERCOSOL – Solvente de colofônia – Hércules. HERCOFLEX – Plastificante – Hércules. HERCLOR – Policloropreno – Rhodia. HERCOLIN – Derivados de Breu – Hércules.

Marcas Comerciais 191

HICRYL – Elastômero Poliacrílico – American Cyanamid. HI-SIL – Sílica – PPG Silica Products. HT-1 – Estabilizante térmico para silicone – GE. HUBER – Negros de Fumo – J. M. Huber. HYCAR – Elastômeros diversos – B.F. Goodrich. HYDRIN – Elastômeros Epicloridrina – antiga B.F. Goodrich, atual Zeon. HYTEMP – Elastômero Poliacrílico – Zeon. HYTREL – Termoplástico – Du Pont. HOMOGEM C – Homogenizante – Quisvi. HOMOGEM H – Homogenizante – Quisvi. HOMOGEM R – Homogenizante – Quisvi.

I INBRAGEN – Branqueadores óticos – Inbra. INTENE – Polibutadieno – Enichem. INTOLAN – EPDM – International Synthetic Rubber Co. Ltda. IONOL CP – BHT – antiga Degussa, atual Evonik. IRGANOX – Antioxidante – Ciba-Geigy. ISAPLAST – Óleo plastificante parafínico – Ipiranga, atual quantiQ. ISOQURE – Óxido de Zinco ativo – Kaustschuk Gesellschaft.

K KELTAN – Elastômeros EPDM – DSM. KEZADOL – Óxido de Cálcio – Kettlitz. KOSMOS – Negro de Fumo – United. KOSMOBILE – Negros de Fumo – United. KRATON – Elastômeros de SBR – Shell. KRYLENE – Elastômeros de SBR – Lanxess. KRYNAC – Elastômeros de NBR – Lanxess.

L LEVAPREN – EVA – antiga Bayer, atual Lanxess. LEVAMELT – EVA – antiga Bayer, atual Lanxess. LEVAGARD – Anti-chama – antiga Bayer, atual Lanxess. LUCIDOL – Linha de Peróxidos – Wallace Tierman.

192 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

LUPERCO – Linha de Peróxidos – F. Chevassus. LUPEROX – Linha de Peróxidos – antiga Elf Atochem, atual Arkema. LUPERSOL – Linha de Peróxidos – antiga Elf Atochem, atual Arkema.

M MAGLITE – Óxido de Magnésio – Whittaaker Merck and Co. METHYL THIURAM – TMTD – Pennsalt. METHYL TUADS – TMTD – Vanderbilt. MICRONEX – Negros de Fumo – Columbian. MICROPOR – Agente de expansão – Chemicon. MILATHANE – PU – antiga Uniroyal, atual TSE Industries Inc. MODULEX – Negros de Fumo – J. M. Huber. MONEX – TMTM – antiga Uniroyal, atual Chemtura. MONO THIURAD – TMTM – antiga Monsanto, atual Flexsys. MONTACLERE – Antioxidante – Flexsys. MOPLEN – PP+EPDM – Montedison. MORFAX – MBS – Vanderbilt. MORFLEX 33 – TMTM – antiga Monsanto, atual Flexsys.

N NA-22 – Etileno Tiuréia (ETU) – Du Pont. NAUGARD – Antioxidantes – antiga Uniroyal, atual Chemtura. NATAC – Breu modificado – J.M. Huber. NEOPRENE – Policloroprene (CR) – Du Pont. NEOTEX – Negros de Fumo – Columbian. NEOZONE – Antiozonante – Du Pont. NEVINDENE – Resina de cumarona-indeno – Neville Chemical. NIPOL – Elastômeros de NBR e SBR – ZEON. NITRIFLEX – Elastômeros de NBR – Nitriflex. NITRIGUM – SBR grau alimentício – Nitriflex. NITRISUM – SBR grau alimentício – Nitriflex. NEOCELER 22 – ETU – Ouchi Shinko Chem Ind. NONOX OD – Antioxidante – ICI. NORDEL – Elastômeros de EPDM – Du Pont. NYSYN – Elastômero de NBR – Copolymer.

Marcas Comerciais 193

O OCTAMINE – Difenilamina octilada – antiga Uniroyal, atual Chemtura. OXAF – Acelerador de vulcanização ZMBT – antiga Uniroyal, atual Chemtura. OXRUBBER – Óxido de Zinco – Auricchio.

P PARACRIL – Elastômero de NBR – antiga Uniroyal, atual Chemtura. PARAGUN – Breu – Parabor. PELLETEX – Negros de Fumo – Cabot. PENNAC MS – Acelerador TMTM – Pennsalt. PENNAC 27 – ZMBT – Pennsalt. PENNOX – Antioxidantes – Pennsalt. PENNZONE – Antiozonantes – Pennsalt. PEPTIZANTE 10 – Peptizante – Rhône-Poulenc. PEPTIZER – Peptizante/Plastificante – C.P. Hall. PEPT Q – Peptizante – Quisvi. PEPTON – Peptizante – American Cyanamid. PERBUNAM – Elastômeros de NBR – antiga Bayer, atual Lanxess. PERCADOX – Peróxidos – antiga Noury Chemical Corp., atual Akzo Nobel. PERLAX – Cera de polietileno – Ipiranga, atual quantiQ. PERMANAX 49 HV – Antioxidante / estabilizante térmico – Rhodia. PEROX – Peróxidos – Progomme. PEROXAN – Peróxidos – Pergan GMBH. PEROXIMON – Peróxidos – Montefluos. PET CIS CBR – Polibutadieno – Petrokimia. PETROPLAST A – Óleo plastificante aromático – Petrobras. PETROTHENE – EVA – Poliolefinas. PHILLBLACK – Negros de Fumo – Phillips. PHILLPRENE – Elastômeros de SBR – Phillips. PLASTAC RB – Plastificantes – Basile Química. PLASTHALL – Plastificantes ésteres – C.P. Hall. POLYLITE – Antioxidante – antiga Uniroyal, atual Chemtura. POROFOR – Agentes de expansão – antiga Bayer, atual Lanxess. PROQUIWAX – Cera de Polietileno – Proquitec. PROSSEC 90 – Óxido de Cálcio – Proquitec.

194 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

PROTOX – Óxido de Zinco – antiga Uniroyal, atual Chemtura. PYROVATEX – Anti-chama – Ciba-Geigy.

Q Q FLUX 12 – Auxiliar de processo – Quisvi. Q FLUX 27 – Auxiliar de processo – Quisvi. Q FLUX 60 – Auxiliar de processo – Quisvi. Q FLUX 72 – Auxiliar de processo – Quisvi. Q FLUX E – Auxiliar de processo para NBR – Quisvi. Q FLUX NR – Auxiliar de processo para NR – Quisvi. Q FLUX PE – Cera de polietileno – Quisvi. Q FLUX RX – Desvulcanizante – Quisvi. Q FLUX T2 – Auxiliar de processo para TAC – Quisvi. Q RESIN – Auxiliar de processo para TAC – Quisvi. Q OZON – Antiozonante – Quisvi.

R REDAX – Retardador de vulcanização – Vanderbilt. RENACIT – Peptizantes – antiga Bayer, atual Lanxess. RESINA PLASTACH RB-802 – Basile Química. RETARDER – Retardador de vulcanização – Uniroyal, atual, Chemtura. RETARD Q – Retardador de vulcanização – Quisvi. RETILINK – Coagentes de cura peroxídica – Retilox. RETIAZO – Agentes de expansão – Retilox. RETICROSS PVC – Agente de crosslink para PVC – Retilox. RETIFLEX – Composto Olefínico TPE-R – Retilox. RETILIMP MASTER – Composto para limpeza de moldes – Retilox. RETISEC – Óxido de Cálcio – Retilox. RETISEC SIL – Regularizador de viscosidade para Silicone – Retilox. RHENOCURE – Agentes de cura – antiga Bayer, atual Rhein Chemie. RHENOFIT – Coagentes de cura – antiga Bayer, atual Rhein Chemie. RHENOGRAN PVI – Inibidor de cura – antiga Bayer, atual Rhein Chemie. RHENOGRAN T – Coagentes de cura – antiga Bayer, atual Rhein Chemie. RHODIFAX 16 – Acelerador CBS – Rhodia. RHODIFAX – Linha de aceleradores de vulcanização – Rhodia.

Marcas Comerciais 195

RHODITAN AT 1 – Dióxido de titânio – Rhodia. RHODORSIL – Elastômero de silicone – Rhodia. ROBAC TMT – Acelerador TMTD – Robinson Brothers. ROBAC TMS – TMTM – Robinson Brothers. ROBAC MZI – Acelerador ZMBT – Robinson Brothers. ROBAC TET – Acelerador TETD – Robinson Brothers. ROBAC 22 – Acelerador ETU – Robinson Brothers. ROTAX – Acelerador MBT – Vanderbilt. ROTOMOLD – Agente de crosslink para PE rotomoldagem – Retilox. ROYALAC – Acelerador – antiga Uniroyal, atual Chemtura. ROYALENE – Elastômero de EPDM – antiga Uniroyal, atual Lion. ROYALTHERM – EPDM + Silicone – antiga Uniroyal, atual Chemtura. ROYALTUF – EPDM – antiga Uniroyal, atual Chemtura. RTV HV – Silicones – GE. RUBBEROX – Óxido de Zinco – antiga Uniroyal, atual Chemtura. RUBENAMID – Acelerador CBS – General Química. RUBBEROL F – Odorante para borracha sólida – antiga Bayer, atual Lanxess. RUBBERSIL RS-200 – Sílica – Glasven.

S SANTICIZER – Plastificante – antiga Monsanto, atual Flexsys. SANTOCURE – Acelerador de vulcanização – antiga Monsanto, atual Flexsys. SANTOFLEX – Antioxidante e estabilizante térmico – antiga Monsanto, atual Flexsys. SANTOGARD PVI – Inibidor de vulcanização – antiga Monsanto, atual Flexsys. SANTOPRENE – EPDM + PP – antiga Monsanto, atual Flexsys. SANTOWHITE – Antioxidante não manchante – antiga Monsanto, atual Flexsys. SARLINK – Elastômeros termoplásticos – DSM. SHELLFLEX 451 – Óleo plastificante parafínico – Shell. SI-69 – Organo-silano – antiga Degussa, atual Evonik. SILASTIC – Fluorsilicone – Dow Corning. SILCOSET – Elastômero de Silicone – ICI. SYLGARD – Elastômero de Silicone – Dow Corning. SILLITIN – Carga branca – Kettlitz. SILMATE – Silicone – antiga GE, atual Momentive. SILOA 72 X – Silica HDS para alta dispersão – Rhodia. SILOPREN – Silicone – Bayer.

196 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

SILPLUS – Elastômero de Silicone – antiga GE, atual Momentive. SILQUEST – Silano – antiga GE, atual Momentive. SKYPRENE – Policloropreno (CR) – Toyo Soda. SOLPRENE – Elastômero de SBR em solução – SSBR – antiga Phillips, atual Dynasol. SP-1066 – Resina fenólica reativa – Schenectady Crios. SP-1068 – Resina fenólica – Schenectady Crios. SPHERON – Negros de Fumo – Cabot. STATEX – Negros de Fumo – Columbian. STALEX – Negros de Fumo – Columbian. STERLING – Negros de Fumo – Cabot. STRUKTOL A-60 – Lubrificante – Struktol Co. STRUKTOL SU 95 – Enxofre solúvel – Struktol Co. STRUKTOL SU 108 – Enxofe insolúvel – Struktol Co. STRUKTOL WB 16 – Lubrificante – Struktol Co. STRUKTOL WB 212 – Dispersante – Struktol Co. STRUKTOL WB 300 – Plastificante – Struktol Co. STRUKTOL WB 700 – Óxido de Zinco dispersão – Struktol Co. STRUKTOL 60NS e 40MS – Homogeneizantes – Struktol Co. STRUKTOL 890 – MgO / ZnO – Struktol Co. SULFAZAN – Aceleradores de vulcanização – antiga Monsanto, atual Flexsys. SULGARD – Fluorsilicone – Dow Corning. SUNDEX – Óleo plastificante – Sun Oil Co. SUNPAR – Óleo plastificante – Sun Oil Co. SUPERACELERADOR 481 – Acelerador TETD – Rhodia. SUPERACELERADOR 1105 – Acelerador ZBDC – Rhodia.

T TECNOFLON – Fluoroeslastômero – Solvay. TET HENLEY – Acelerador TMTD – Henley. TETRONE A – Acelerador de vulcanização – Du Pont. THERBAN – Elastômero nitrílico hidrogenado (HNBR) – Lanxess. THERMAX – Negro de Fumo – Vanderbilt. THIATE A – Acelerador para cura de CR – Vanderbilt. THIOFIDE – Acelerador MBTS – antiga Monsanto, atual Flexsys. THIONEX – Acelerador TMTM – Du Pont. THIOTAX – Acelerador MBT – antiga Monsanto, atual Flexsys.

Marcas Comerciais 197

THIURAD – Acelerador TMTD – antiga Monsanto, atual Flexsys. THIURAM E – Acelerador TETD – Du Pont. THIURAM M – Acelerador TMTM – Du Pont. THIURAD – Acelerador TMTD – antiga Monsanto, atual Flexsys. THIXON – Adesivo metal-borracha – Dayton Chemical. THOR MD – Resina fenólica reativa – Alba. THORAN OZO – Elastômero NBR – antiga Petroflex, atual Lanxess. THP CHLORIDE – Agente de proteção contra luz solar – Albright & Wilson. TINUVIN – Agente de proteção contra ação da luz solar – Ciba-Geigy. TINUVIN 770 – Antioxidante BHT – Ciba-Geigy. TITANOX X – Dióxido de Titânio – White Pigments. TIXOLEX – Sílica – Rhodia. TIXOSIL – Sílica – Rhodia. TRIGONOX – Peróxidos – Akzo Nobel. TRILENE – EPDM líquido – antiga Uniroyal, atual Chemtura. TRIS – Anti-chama – Velsicol. TUEX – Acelerador TMTD – antiga Uniroyal, atual Chemtura. TUFEL – Silicone grau alimentar – antiga GE, atual Momentive. TYRIN – Polietileno Clorado (CPE) – Dow.

U ULTRASIL VN3 – Sílica – antiga Degussa, atual Evonik-Degussa. UNADS – Acelerador TMTM – Vanderbilt. UNIMOLL – Plastificante – antiga Bayer, atual Lanxess. UNITED – Negros de Fumo – United. UREKA – Acelerador de vulcanização – antiga Monsanto, atual Flexsys. UREPAN – Poliuretano – antiga Bayer, atual Lanxess. UVITEX BHT – Antioxidante – Ciba-Geigy.

V VAMAC – Elastômero de etileno-acrílico – Du Pont. VANOX 12 – Antioxidante – Vanderbilt. VARCUM HF 328 – Resina fenólica reativa – Resana Reichold. VAROX – Peróxidos – Vanderbilt. VELVETEX – Negros de Fumo – Columbian.

198 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

VIBRATHANE – Poliuretano – antiga Uniroyal, atual Chemtura. VIPFLEX – PVC – composto expandido de PVC – PVC Sul. VISCASIL H-60 – Óleo de silicone – antiga GE, atual Momentive. VISTALON – Elastômero de EPDM – antiga Enjay Chem, atual Exxon. VITON – Fluoroelastômero – Du Pont. VP-SI – Silanos – antiga Degussa, atual Evonik. VULCABOND – Adesivo metal-borracha – Rhône-Poulenc. VULCABOND TX – Adesivo metal-borracha – ICI. VULCACEL BN – Expansores dinitroso – ICI. VULCACURE ZE – Acelerador ZEDC – Alco. VULCAFOR – Acelerador de vulcanização – Rhône-Poulenc. VULCAFOR BSM – Acelerador de vulcanização MBS – ICI. VULCAFOR MS – Acelerador TMTM – ICI. VULCAFOR TET – Acelerador TETD – ICI. VULCAFOR TMT – Acelerador TMTD – ICI. VULCAFOR ZEP – Acelerador ZBDC – ICI. VULCALON H, H30 – Acelerador HMT – Enro. VULCAN – Negros de Fumo – Cabot. VULCANEX – Acelerador de vulcanização – Du Pont. VULCANOX 4020 – Antiozonante – antiga Bayer, atual Lanxess. VULCANOX BHT – Antioxidante não manchante – antiga Bayer, atual Lanxess. VULCACURE – Acelerador de vulcanização – Alco. VULCALOCK – Adesivo metal-borracha – B. F. Goodrich. VULCATARD A – Retardador de vulcanização – ICI. VULCUP – Série de Peróxidos – Hércules. VULKACIT – Série de aceleradores de vulcanização – antiga Bayer, atual Lanxess. VULKACIT CZ – Acelerador CBS – antiga Bayer, atual Lanxess. VULKACIT D – Acelerador DPG – antiga Bayer, atual Lanxess. VULKACIT DM – Acelerador MBTS – antiga Bayer, atual Lanxess. VULKACIT H – Acelerador HMT – antiga Bayer, atual Lanxess. VULKACIT LDA – Acelerador ZDEC – antiga Bayer, atual Lanxess. VULKACIT – LDS – Acelerador ZBDC – antiga Bayer, atual Lanxess. VULKACIT MERCAPTO – Acelerador MBT – antiga Bayer, atual Lanxess. VULKACIT MOZ – Acelerador MBS – antiga Bayer, atual Lanxess. VULKACIT NPV/C – Acelerador ETU – antiga Bayer, atual Lanxess. VULKACIT P – Peptizante para CR – antiga Bayer, atual Lanxess.

Marcas Comerciais 199

VULKACIT THIURAM – Acelerador TMTD – antiga Bayer, atual Lanxess. VULKACIT ZM – Acelerador ZMBT – antiga Bayer, atual Lanxess. VULKADUR – Resina fenólica – antiga Bayer, atual Lanxess. VULKALENT A – Retardador de vulcanização – antiga Bayer, atual Lanxess. VULKANOL – Plastificante – antiga Bayer, atual Lanxess. VULKANOX – Antioxidantes – antiga Bayer, atual Lanxess. VULKASIL – Sílica – Bayer. VULTAC – Agentes de cura – Pennsalt. VYNATHENE – EVA – UST Chemicals.

W

WARECURE – Acelerador ETU – Ware Chemical Corp. WINGSTAY – Antioxidante – Goodyear. WITKO – Negro de Fumo – Wishnick Tumpeer.

Z ZENITE – Acelerador ZMBT – Du Pont. ZEOLEX – Carga branca – J.H. Huber. ZEOSIL – Sílica amorfa – Rhodia. ZEOSIL HDS – Sílica de alta dispersão – Rhodia. ZETAX – Acelerador – Vanderbilt. ZETAX MP – Acelerador ZMBT – Vanderbilt. ZEPTOL – HNBR – Zeon. ZINC ANCAP – Acelerador ZMBT – Anchor Chemicals. ZOPAQUE – Dióxido de Titânio – Glidden Pigments.

200 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Marcas Comerciais 201

202 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

Referências 203

VII

REFERÊNCIAS

204 Grison, Becker, Sartori Borrachas e seus aditivos

A simples menção de um produto já identifica a fonte da informa-ção. Ocorreram muitas alterações no mercado principalmente nos últi-mos 20 anos (empresas e produtos), assim, foi dada muita atenção ao produto e ao seu fabricante, procurando zelar pela propriedade industrial de marcas e patentes. Como pode haver incorreções involuntárias, solici-tamos que tais nos sejam comunicadas para imediatamente efetuarmos correção e atualização das mesmas. Em função disso, não garantimos e não nos responsabilizamos pelos resultados, tendo em vista a falta de controle sobre a utilização correta das mesmas, bem como o grande nú-mero de variáveis inerentes a cada processo específico.

AMF – Textil Assef. Maluf Ltda. –www.maluf.ind.br Basf S.A. Unidade de Poliestireno – [email protected] Brasilminas Ind. e Com. Ltda. – www.braasilminas.net Buschle & Lepper – www.buschle.com.br Clariant S.A. – www.clariant-latinamerica.com Crompton – www.cromptoncorp.com Curso de Tecnologia da Borracha II Edição – Du Pont Degussa-Hüls – Itapegica – Guarulhos – SP Degussa-Evonik – www.degussa.com.br Dicionário de Química y de produtos químicos – Gessmer G. Hawley – Ediciones Omega S.A. – Barcelona Dow – www.dowbrasil.com DSM Elastômeros –www.dsm.nl Dupont Dow Elastômeros – São Paulo – Brasil Elastômeros – revista de informação e tecnologia da borracha – Expert, editora técnica Ltda. – São Paulo FCC Fornecedora – www.fornecedora.com.br Flexsys – www.flexsys.com Glossário de termos técnicos TI, Luiz Mendes Antas – Traço Editora – SP – 1979 Hoffmann Mineral – Franz Hoffmann x Söhne KG – Neuburg – GER Indukern do Brasil química Ltda – www.indukern.com.br Ipiranga Química – www.ipirangaquimica.com.br Kettlitz – Chemie Gmbh Co. KG, Chemische fabrik – Rennerstshofen – GER Lanxess – www.lanxess.com.br Lord Industrial Ltda. – www.lordla.com.br

Referências 205

Manual para la industria del caucho – Manfred Abele edt. Allii – Bayer Leverkusen-1972 Monsanto – www.monsanto.com Petroflex – www.petroflex.com.br Petroquímica União S.A. – www.pqu.com.br Plastico moderno, Editora QD Ltda. – www.qd.com.br Plasticos em revista, Editora Definição Ltda. – www.plasticosemrevista.com.br PPG Industrial do Brasil Ltda. – SP Quisvi Química – www.quisvi.com.br Retilox Soluções tecnológicas-SP – www.retilox.com.br Rhein Chemie – www.lanxess.com.br Rubber Technology Handbook – Werner Hofmann Rhodia – www.rhodia-silicones.com; www.rhodia-silicas.com The Synthetic Rubber Manual 17th Edition – IISRP The Vanderbilt rubber handbook, Robert O. Babbit et allii – RT. Vanderbilt Company inc. – Norwalk-connecticut – 1978 Vulcanizar – www.vulcanizar.com.br Worldwide Rubber Statistics 2007 – IISRP