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Universidade Estadual do Ceará – UECE Centro de Estudos Sociais Aplicados – CESA Mestrado Acadêmico em Políticas Públicas e Sociais – MAPPS Bom Governo Local: Construindo um Índice de Responsabilidade Social Mestrando: Engº. PAULO Parente LIRA Cavalcante Orientador: Prof. Dr. RUI Rodrigues AGUIAR Maio, 2.008.

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Universidade Estadual do Ceará – UECE

Centro de Estudos Sociais Aplicados – CESA Mestrado Acadêmico em Políticas Públicas e Sociais – MAPPS

Bom Governo Local: Construindo um

Índice de Responsabilidade Social

Mestrando:

Engº. PAULO Parente LIRA Cavalcante

Orientador:

Prof. Dr. RUI Rodrigues AGUIAR

Maio, 2.008.

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Bom Governo Local

Construindo Índice de Responsabilidade Social

RESUMO

ABSTRACT

Palavras Chave: bom governo, valor público, federalismo, responsabilização e

responsabilidade social.

Key Words: Good Government, public value, federalism, accountability and social

responsibility.

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APRESENTAÇÃO

A partir de meados dos anos 80, uma reforma do Estado brasileiro, seguindo a

tendência observada em diversas nações do mundo desde os anos 70, foi

intensificada em resposta à crise fiscal e às demais crises dela resultantes, em

especial a crise de governabilidade e a crise de governança.

Até aquele momento, prevalecia no Brasil o modelo burocrático de administração

pública, implantado por Vargas, em 1.936, como alternativo ao modelo

patrimonialista característico das monarquias (Bresser Pereira, 1998). Entretanto,

revelando-se incapaz de superar as práticas do patrimonialismo, aqui denominado

“coronelismo”, convivendo com o clientelismo e o fisiologismo, a administração

pública burocrática passou a demandar um novo modelo de gestão, optando-se, no

período em discussão, pela administração pública gerencial.

Partindo do pressuposto que os modelos patrimonialistas e burocráticos não

respondiam às expectativas do estado contemporâneo, a administração pública

gerencial foi concebida a partir da adoção, entre outras, de duas ferramentas

estratégicas; a descentralização ou delegação de poderes (“empowerment” ou

empoderamento), que atribui aos servidores e gestores a oportunidade do exercício

da discricionariedade na tomada de decisões durante a prestação do serviço público

e a responsabilidade pelos resultados (“accountability” ou responsabilização),

quando esses servidores ou gestores sentem-se responsáveis pelos resultados das

respectivas ações.

A administração pública gerencial buscou superar os entraves atribuídos às amarras

da burocracia, ao pretender assegurar mais agilidade às atividades relacionadas à

produção de bens e serviços, admitindo-se, todavia, que o modelo burocrático

mantinha-se adequado às atividades tidas com exclusivas do Estado, tais como: a

edição de leis, a diplomacia, as atividades financeiras e tributárias e os aspectos

ligados à segurança pública, além das diversas atividades-meio da administraçào

pública.

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Durante as discussões sobre a Reforma do Estado brasileiro, a edição da

Constituição Federal (outubro, 1988) foi considerada por alguns pesquisadores

como um retrocesso burocrático (Bresser Pereira, 1998). Naquela oportunidade, a

reforma de estado pretendeu, no curto prazo, viabilizar o ajuste fiscal nos níveis de

governo sub-nacionais (estados e municípios) e, a médio prazo, tornar a

administração pública brasileira mais eficiente e eficaz, superando as crises de

governabilidade e de governança e os entraves atribuídos à nova Constituição.

Buscava-se, com a reforma, alcançar o perfil do Bom Governo, como referido por

Bobbio, quando editou os escritos de Luigi Einaudi, “Il buongoverno” (in Bobbio, N.

2.000, pg. 203). Bom Governo e Mau Governo correspondem, segundo aquele

autor, à antítese que percorre toda a história do pensamento político, constituindo

uns dos principais temas de reflexão política de todos os tempos e categorias,

presente nas discussões que tratam das reformas de estado.

As presentes avaliações adotaram os dois critérios descritos por Bobbio (2000), a

partir de seu estudo dos clássicos, para distinção entre bom governo e mau governo.

O primeiro, relativo ao aspecto da legalidade das ações e políticas públicas: “bom

governo é aquele do governante que exerce o poder em conformidade com as leis

preestabelecidas e, inversamente, mau governo é o governo daquele que exerce o

poder sem respeitar outra lei exceto aquela dos seus próprios caprichos”.

O outro critério, ênfase nas discussões do trabalho, diz respeito ao produto da ação

pública, corresponde a uma das características essenciais da administração

gerencial em oposição ao modelo burocrático, quando se privilegia o produto ou

resultado das políticas públicas, ao contrário das rotinas ou processos para sua

concepção.

Neste critério: “bom governo é aquele onde o governante se vale do próprio poder

para perseguir o bem comum, mau governo é o governo daquele que se vale do

poder para perseguir o bem próprio”.

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Como tal, bom governo tem se constituído argumento ou substrato para justificar

experiências de transformação dos modelos de gestão pública, de relacionamento

com a sociedade e da organização político-administrativa de diversas nações do

mundo. Tanto no âmbito nacional, estadual e, como será tratado no presente

documento, no âmbito da administração municipal ou local.

No Ceará, com a posse do “Governo das Mudanças” (1.987), experiências e

iniciativas foram estabelecidas buscando, em conformidade com as leis

preestabelecidas e com o emprego do poder legitimamente conquistado promover o

bem comum, atendendo aos dois critérios que definem o bom governo, promovendo

práticas de gestão que superassem os vícios e desvios praticados e propondo a

erradicação da miséria, desafio e ideal daquela administração estadual. Superando,

assim, a histórica prática do coronelismo, tão arraigado aos estados nordestinos.

Essas experiências foram relatadas e analisadas por Tendler (1.997), cuja obra,

contrariando a literatura disponível sobre o desenvolvimento da gestão pública,

testemunha e demonstra em que circunstâncias servidores públicos assumem,

efetivamente, compromisso com suas tarefas e, assim, oferecem serviços públicos

de qualidade e compatíveis com as expectativas e demandas do cidadão-usuário,

princípio fundamental do bom governo.

A partir da prática estadual e do êxito de algumas iniciativas, estímulos foram

dirigidos aos governos municipais, no intuito de que, igualmente, superassem

práticas de governo que concorriam, historicamente, para a manutenção do perfil de

baixo desenvolvimento social, concentração de renda e insucesso da maioria das

políticas públicas sociais.

Para promoção do avanço das políticas públicas locais é indispensável considerar a

interferência da organização federativa nacional, com ênfase no período posterior à

Constituição de 1.988, quando os municípios adquiriram o status de ente federado e,

a partir do qual, diversas políticas públicas – saúde, trânsito, ensino fundamental,

meio ambiente – foram municipalizadas.

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Este modelo de organização do Estado Brasileiro, o federalismo , adotado a partir do

período republicano, se fez presente em todas as constituições nacionais (1891,

1934, 1937, 1946, 1967 e 1988), assumindo o status de causa pétria. Ressaltando-

se que, ao contrário do federalismo dos Estados Unidos, onde representou papel

fundamental para constituição do estado nacional, a partir a união de treze estados

autônomos, o federalismo brasileiro resulta de uma decisão política e não uma

imposição para sobrevivência da Nação (Ferreira Nunes, in. Hofmeister e Carneiro,

2.001).

Desde de seu estabelecimento, o federalismo nacional, como engenharia política e

modelo de organização do Estado (Camargo, in. Hofmeister e Carneiro, 2.001), foi

exercido segundo diferentes padrões. Inicialmente, adquiriu o caráter de federalismo

patrimonial, como conseqüência dos poderes oligárquicos das primeiras repúblicas.

A descentralização, necessária ao exercício da responsabilidade e da

responsabilização e praticada nesse modelo de federalismo retrocedeu e tomou o

caráter de elevada centralização nos períodos de ditadura, civil e militar,

compreendidos entre os anos de 1.937 a 1.945 e de 1,964 a 1.985.

A discussão sobre o federalismo justifica-se tendo em vista que, como afirma

Madeira (in. Hofmeister e Carneiro, 2.001, pg. 56), “o federalismo, mais que um

simples modelo de organização do Estado, é uma engenharia política combinada,

que em países continentais como o Brasil, precisa ser habilmente construída e

adaptada a todo um conjunto de instituições democráticas que incluem os três

poderes, no caso do presidencialismo, alem do sistema eleitoral e partidário”.

A harmonia do federalismo, para eliminar as interferências indesejadas, conta com

as limitações impostas pela última constituição nacional, de caráter parlamentarista,

havendo este regime de governo sido derrotado no plebiscito de 1.993.

Nesse período, a federação brasileira exerceu como maior ou menor intensidade a

descentralização das políticas públicas, pela alternância de modelo político, com

impacto no grau de empoderamento e responsabilização dos gestores nacionais.

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Prevaleceu, no processo de descentralização pós 1.988, o federalismo cooperativo;

as limitações da Constituição foram superadas por pactos parciais, tratando de

matérias específicas, concorrendo para que o Brasil represente um país fortemente

descentralizado na condução das políticas públicas, fortalecendo a tendência da

municipalização e exigindo o fortalecimento da responsabilização, como definido na

Conferência do Centro Latino-americano para o Desenvolvimento – CLAD, em

2.002.

Neste cenário, a Lei Complementar nº. 101, de maio de 2.000, Lei de

Responsabilidade Fiscal – LRF, correspondeu a uma iniciativa exemplar deste pacto

federativo, na medida em que impactou nos três níveis de governo – federal,

estadual e municipal – e nos três poderes – executivo, legislativo e judiciário.

Exigindo, de todos, iguais padrões de austeridade no que se refere à aplicação dos

recursos públicos.

Esta ferramenta de monitoramento das políticas públicas, cuja ênfase corresponde

ao estabelecimento de limites para gastos financeiros, de política tributária e de

gestão de recursos humanos, assegura transparência e responsabilidade na

administração das finanças públicas.

A partir da Lei de Responsabilidade Fiscal, os pesquisadores e tomadores de

decisão passaram a dispor de um grupo de indicadores de responsabilidade fiscal

que, além de nortearem a tomada de decisões e o planejamento público, refletem a

saúde fiscal e financeira dos diversos entes federados brasileiros.

Responsabilidade de Gestão Fiscal, nos termos desta Lei Complementar,

corresponde, na condução das diversas políticas públicas, ao exercício de:

1. Ação planejada e transparente

2. Ação preventiva e corretiva de riscos e desvios que possam afetar o equilíbrio

das finanças públicas

3. Cumprimento de metas e resultados entre receitas e despesas e obediência a

limites e condições com referência a: renúncia fiscal, geração de despesas

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com pessoal, geração de despesas de seguridade social e outros, dívidas

consolidadas e mobiliárias, operações de crédito, concessão de garantias e

inscrições em restos a pagar.

Neste cenário e exercendo o papel de ferramenta essencial às práticas que

correspondem à Responsabilidade Fiscal, a responsabilização (“accountability”)

corresponde ao conjunto de regras, instrumentos e dispositivos formais e informais,

através dos quais os governantes devem prestar contas pelo exercício do poder,

explicando e justificando sua aplicação a serviço dos cidadãos (Echebarria, in CLAD,

2.005), e, como exigida pela LRF, das diretrizes por ela impostas, preocupando-se

com o “output” do exercício do poder.

A Responsabilização teve seu crescimento em conseqüência do descrédito da

sociedade com respeito ao valor referencial dos grupos comunitários (profissionais,

partidos políticos, corpos de funcionários, sindicatos, etc.) no exercício de suas

missoes como instrumentos de controle social.

Após cerca de sete anos de adoção, discute-se a razoabilidade e a necessidade de

adoção, supletivamente, de práticas de responsabilidade social, no planejamento e

execução das políticas públicas, como forma de promover o desenvolvimento e a

eqüidade social do país. Complementando os resultados positivos alcançados com a

adoçào da responsabilidade fiscal.

Este trabalho, focado no compromisso de poder contribuir com os avanços

necessários à prática do bom governo, através da avaliação dos resultados das

ações de gestão pública local, busca apresentar um Índice de Responsabilidade

Social – IRS que, distinguindo os municípios com melhor desempenho na promoção

das políticas públicas voltadas ao atendimento das expectativas e demandas da

sociedade; exerça o papel de referencial para adequação das políticas públicas

desenvolvidas pelos demais governos locais.

Para tanto, serão estudados os modelos e resultados de gestão de 16 (dezesseis)

municípios cearenses, com distintos perfis no que concerne aos resultados das

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políticas públicas sociais, representativos dos extratos formados pelo UNICEF, no

âmbito do SELO UNICEF – Município Aprovado. Os dados e informações

trabalhados corresponderam às administrações municipais que assumiram o poder

em janeiro de 2004.

I. INDICADORES PARA O ÍNDICE DE REPONSABILIDADE SOCIAL – IRS:

O Índice de Responsabilidade Social – IRS que se pretende construir deve se

constituir um instrumento importante para avaliação do sucesso e revisão das

políticas públicas na redução de desequilíbrios sociais e regionais.

O questionário aplicado na amostra de dezesseis municípios é composto de 34

(trinta e quatro) indicadores, propostos pelo estudo e agrupados em quatro

dimensões, aos quais, em uma avaliação em caráter gradativo, podem ser atribuídas

4 (quatro) pontuações distintas.

Em todos estes indicadores, podem ser atribuídos 0, 20, 30 ou 50 pontos, que

correspondem, em um extremo, ao baixo desempenho ou à inexistência dos fatores

avaliados pelo indicador, concorrendo para a pontuação nula e, no caso oposto, à

avaliação máxima, correspondente ao que se identifica como a situação ideal para o

aspecto avaliado por cada um destes indicadores.

Considerando o caráter crescente da avaliação de cada indicador, é oportuno

ressaltar o critério de evolução e o fato de que em cada caso pode ser atribuída

apenas uma pontuação e os conceitos, do menor para o maior, pressupõe que o

nível seguinte de avaliação considera que estão contemplados todos os requisitos já

atendidos pelo nível anterior.

Para seleção dos indicadores, aplicabilidade do questionário e sua compreensão

pelos prestadores das informações foi conduzido um pré-teste em um município

cearense, não integrante da amostra selecionada pelo estudo. Após este pré-teste, o

questionário foi aplicado nos municípios selecionados e aceitas as informações

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prestadas por cada servidor ou gestor contatado, sem questionamento das

pontuações atribuídas.

O período para aplicação dos questionários e coleta das informações foi

condicionado à necessidade de buscar a indispensável interferência de variáveis

relativas ao período eleitoral, no ano de 2008,

No âmbito da Dimensão 1, que avalia o Acompanhamento e o Controle Social das

políticas públicas, foram escolhidos 11 (onze) indicadores que, afetos ao marco legal

e aos órgãos responsáveis pelo acompanhamento e controle social, refletem o grau

de participação social na rotina da administração pública. Avalia, também, a

preocupação dos gestores municipais em assegurar a atualização das diversas leis

que fundamentam estas rotinas.

A Lei Orgânica Municipal – LOM destaca-se como o primeiro destes indicadores; por

representar o instrumento que constitui o ente federado, definindo regras de atuação

e relacionamento dos poderes, além dos direitos e deveres dos cidadãos. Sua

adequação às exigências da sociedade deve ser prioridade de seus governantes.

Tanto as Leis Orgânicas dos Municípios, quanto as Constituições Estaduais sofrem

influência e, em determinadas circunstâncias, subordinação à Lei maior do país, a

Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988; o que justifica que a grande maioria

das LOM data de 1991. Ocorre, todavia, que por razões que não serão abordadas

neste estudo, o Governo Federal Brasileiro vem legislando, sistematicamente,

através do instrumento das Medidas Provisórias; não obstante já haverem sido

aprovadas mais de 50 emendas à CF, até dezembro de 2.007, dezenas de medidas

provisórias são adotadas anualmente.

Pelo exposto, em virtude dos impactos de tais fatos na gestão municipal, com

significativos reflexos na dinâmica orçamentária e financeira destes entes federados,

tais como, por exemplo, aqueles relativos à instituição do Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério – FUNDEF,

em dezembro de 1996, resultado da Emenda Constitucional – EC Nº. 19 e do Fundo

de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos

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Profissionais da Educação – FUNDEB, que, em julho de 2007 substituiu o FUNDEF,

resultado da EC Nº. 53, os governos municipais de maior responsabilidade social

devem promover a atualização de suas respectivas Leis Orgânicas.

Nesta avaliação, não são atribuídos pontos ao município que ainda não reviu sua

LOM; 20 (vinte) pontos são atribuídos ao município que a revisou há mais de cinco

anos, isto é, até 2002; 30 (trinta) pontos são atribuídos ao município que promoveu

esta revisão entre 2003 e 2006 e 50 pontos, são atribuídos ao município que não

obstante já haver revisto a LOM, após 2003, se encontra com nova revisão em

curso.

A Constituição Federal foi denominada, por seus elaboradores, “Constituição

Cidadão”, tendo em vista o esforço dos constituintes em assegurar a máxima

participação social na elaboração, promoção, acompanhamento e avaliação das

políticas públicas.

Dentre as principais ferramentas para esta participação social destaca-se o

instrumento do Orçamento Participativo, já adotado por inúmeros municípios

brasileiros. Pelo exposto, foram também escolhidos como indicadores de

responsabilidade social, no âmbito da dimensão 1, o Plano Plurianual – PPA, a Lei

de Diretrizes Orçamentárias – LDO e a Lei Orçamentária Anual – LOA.

Estes três instrumentos de gestão pública, previstos no Art. 165 da Constituição

Federal, correspondem a leis de iniciativa do Poder Executivo que estabelecem: I - o

plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias e III - os orçamentos anuais.

A lei que institui o PPA define, de forma regionalizada, diretrizes, objetivos e metas

da administração pública para as despesas de capital e outras delas decorrentes,

bem como para as despesas relativas aos programas de duração continuada. A

LDO, por sua vez, define as metas e as prioridades da administração pública local,

incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente. A LDO,

portanto, orienta a elaboração da LOA, estabelecendo as alterações na legislação

tributária e a política de aplicação dos recursos financeiros municipais.

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Historicamente, tem sido possível observar que a elaboração dos Projetos de Lei, de

iniciativa do Executivo Municipal e por ele encaminhados às Câmaras Municipais,

que originam estes instrumentos de governo, PPA, LDO e LOA, constitui atribuição

transferida a escritórios de assessoria contábil, em sua grande maioria, instalados na

capital do Estado, sem a mínima discussão e contribuição local. Em muitos casos,

estas leis correspondem a cópias de documentos anteriores, sem qualquer sintonia

ou pertinência com o momento vivido por cada ente federado.

Por outro lado, outros Governos Municipais, contrariando esta rotina, buscam

assegurar a participação e contribuição das comunidades locais, promovendo e

estimulando reuniões comunitárias, audiências públicas, reuniões setoriais e

diversas outras formas de ausculta da sociedade beneficiada, sobre suas

expectativas e prioridades no que concerne à aplicação dos recursos públicos,

próprios ou correspondentes às transferências constitucionais.

Nesta avaliação, não são atribuídos pontos ao município que opta por copiar leis

anteriores; 20 (vinte) pontos são atribuídos ao município que elabora suas leis em

escritórios fora de sua sede; 30 (trinta) pontos são atribuídos ao município que

elabora o PPA, a LDO e a LOA em sua sede, mas sem a participação popular e 50

pontos são atribuídos ao município que, seguindo a orientação constitucional, adota

o orçamento participativo, ouvindo a sociedade tanto na elaboração do PPA, quanto

nos eventos anuais para edição da LDO e da LOA.

A contribuição da mobilização, motivação e compromisso do corpo de servidores

públicos municipais, efetivos ou temporários, na condução da execução das diversas

políticas públicas é, sem qualquer dúvida, extremamente relevante para seu êxito.

Tanto que, quando da edição do FUNDEF e posteriormente do FUNDEB, a

valorização dos profissionais da educação integra a prioridade de investimento dos

recursos destes Fundos. A existência de um plano de cargos, carreiras e

remuneração dos profissionais do magistério é reconhecida como uma das

evidências desta valorização.

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Desta forma, reconhecendo a relevância deste instrumento e tendo em vista a baixa

prioridade assegurada pela maioria dos governos municipais no que concerne ao

plano de cargos, carreiras e remuneração dos demais servidores públicos,

excetuando-se aqueles ligados ao magistério da educação básica, a existência e a

atualização deste plano foram incluídas entre os indicadores de responsabilidade

social dos gestores municipais.

Neste caso, não são atribuídos pontos ao município que ainda não dispõe do Plano

de Cargos, carreiras e remuneração dos servidores; 20 (vinte) pontos são atribuídos

ao município que o possui, mas este está desatualizado; 30 (trinta) pontos são

atribuídos ao município que o atualizou entre 2003 e 2006 e 50 pontos, são

atribuídos ao município que não obstante já haver revisto o PCCR após 2003, se

encontra com nova revisão em curso.

À semelhança de servidores motivados e comprometidos, a disponibilidade de

recursos financeiros é essencial para cumprimento dos objetivos, metas e

programas previstos no PPA e nas leis anuais. Um dos objetivos buscados pelos

diversos programas de reforma do estado brasileiro, no que concerne aos desafios

para os governos locais, corresponde à busca da maximização das receitas próprias

e conseqüente minimização da dependência das transferências nacionais.

Com este propósito, a existência e a aplicação de um Código Tributário Municipal,

atualizado e harmônico com a legislação tributária estadual e nacional, constitui um

forte instrumento de política pública.

São ainda flagrantes os exemplos onde a contribuição das receitas próprias é

insignificante. Muitas são as razões identificadas para este fato, tais como o

clientelismo do poder executivo, que argumenta a dificuldade e o prejuízo político em

cobrar, por exemplo, o imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana – IPTU ou a

Contribuição pela Iluminação Pública – CIP; bem como responsabilidade deve ser

atribuída às casas legislativas que, ao legislarem sobre matéria tributária agem mais

como contribuintes que como legisladores.

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Exemplificando este último aspecto, cita-se o exemplo da LOA de um Município da

Região do Cariri Cearense que, em 2000, previu a receita de R$ 5.000,00 (cinco mil

reais) para toda arrecadação de todo o IPTU, em 2001. Naquele ano, só a sede

desse município contava com mais de 4.500 imóveis, confirmando a

desproporcionalidade da arrecadação prevista, face os compromissos a serem

cumpridos por aquela administração para atendimento das demandas da sociedade

local.

Da mesma forma, outros tantos municípios brasileiros ainda não dispõem de

legislação que permita a cobrança da contribuição de iluminação pública,

comprometendo recursos municipais que poderiam concorrer para redução de

flagrantes problemas sociais.

Fatos desta natureza, além de corresponder a desobediências constitucionais, como

ocorre no que se refere ao estabelecimento da legislação municipal de trânsito,

comprometem seriamente as finanças públicas e a possibilidade de alcance do

sucesso das políticas voltadas ao atendimento das demandas sociais.

Pelo exposto, a existência e a aplicação do Código Tributário – CT compõem um dos

indicadores de responsabilidade social. Ao município que não dispõe de um Código

Tributário é atribuído 0 ponto; 20 (vinte) pontos são atribuídos ao município cujo CT

está desatualizado e não é aplicado; 30 (trinta) pontos são atribuídos ao município

que está revendo o CT e o aplica parcialmente e 50 pontos são atribuídos ao

município que dispõe de um CT atualizado e em plena aplicação.

Dentre as principais iniciativas previstas pela CF de 1988, que lhe assegurou o

conceito de Cidadã, destaca-se a previsão e o estímulo ao acompanhamento e

controle social das diversas políticas públicas. Constituindo um instrumento de

auditoria externa, não governamental, com representação de segmentos da

sociedade e do poder público, passaram os municípios a contar com Conselhos de

Acompanhamento e Controle Social para o FUNDEB; do Programa de Alimentação

Escolar; do Programa Bolsa Família; das Ações de Atenção à Criança e ao

Adolescente, dentre outros diversos programas e políticas públicas.

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Todavia, a ausência de hábito da sociedade em participar de conselhos desta

natureza, as limitadas formação e informação dos diversos segmentos da sociedade

e as condenáveis práticas de nepotismo têm comprometido o melhor desempenho

das funções de acompanhamento e controle desses conselhos. Não obstante

freqüentes oportunidades de capacitação e qualificação de conselheiros, ainda se

observa a interferência dos gestores públicos na composição desses Conselhos,

limitando suas atribuições de fiscalização.

Desta forma, compondo o rol de indicadores na dimensão 1, Acompanhamento e

Controle Social, é avaliada a existência e a atuação do Conselho do FUNDEB, do

Conselho Tutelar, do Conselho de Alimentação Escolar, do Conselho do Programa

Bolsa Família e do Conselho da Criança e do Adolescente, todos de relevância no

que concerne à responsabilidade social dos gestores locais.

Nestes indicadores não foi atribuído ponto ao município que não instalou os diversos

conselhos. Considerando que no caso específico do FUNDEB e da alimentação

escolar, o conselho de acompanhamento e controle social – CACS existe por ser

condição indispensável para transferência dos recursos, a pontuação nula é aplicada

aos municípios onde, não obstante existirem, pouco atuam.

Foram atribuídos 20 pontos ao município onde, não obstante instalados, os

conselhos não atuam e, novamente no caso específico do CACS/FUNDEB, esta

pontuação é atribuída ao município onde o conselho foi composto por indicação do

poder executivo.

No que se refere aos Conselhos da Alimentação e do programa Bolsa Família, 30

pontos foram atribuídos ao município onde estes são atuantes, mas seus membros

foram indicados pelo executivo, quando atuantes e indicados pelos respectivos

segmentos, são atribuídos 50 pontos para o município.

À atuação do Conselho Tutelar, 30 pontos são atribuídos ao município onde este

Conselho encontra-se ativo, mas em sede compartilhada com outros Conselhos, são

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atribuídos 50 pontos para o município que dispõe de sede privada para o Conselho

Tutelar.

O CACS do FUNDEB recebe 30 pontos quando atuante, mas os conselheiros são

indicados pelo executivo, quando atuantes e indicados pelos respectivos segmentos,

são atribuídos 50 pontos para o município.

Ao Conselho da Criança e do Adolescente se atribuem 30 pontos quando sua

atuação depende da provocação dos gestores municipais, de representantes do

poder judiciário ou da comunidade e, por outro lado, 50 pontos quando sua atuação

ocorre espontânea e pro ativamente.

Um conjunto de 7 (sete) outros indicadores aborda os aspectos avaliados no âmbito

da Dimensão 2, que trata da observância aos limites constitucionais relativos aos

investimentos mínimos de recursos públicos em educação e saúde, bem como os

limites impostos pela Lei Complementar 101/2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal,

que definiu percentuais máximos para despesas gerais com pessoal, nos poderes

executivo e legislativo.

O primeiro destes indicadores está relacionado ao Art. 212, da CF, que estabelece

que a União aplique, anualmente, nunca menos de 18% (dezoito por cento), e os

Estados, o Distrito Federal e os Municípios 25% (vinte e cinco por cento), no mínimo,

da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na

manutenção e desenvolvimento do ensino.

Acreditando que os investimentos em educação concorrem para a redução das

desigualdades sociais e regionais e ressaltando que, no Estado do Ceará,

investimentos maiores que o mínimo de 25% da receita corrente líquida concorre,

ainda, para maiores transferências do ICMS, (Lei Nº. ..../..), nenhum ponto é

atribuído ao município que investe o limite mínimo de 25%, ou menos; 20 (vinte)

pontos são atribuídos ao município que investe de 26,0 a 30,0% da arrecadação em

educação, 30 pontos aquele município que investe entre 31 e 45%, atribuindo-se a

pontuação máxima, 50 pontos a quem ultrapassar este último limite.

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Seguindo-se a mesma lógica, destacam-se os investimentos em saúde entre os

indicadores de responsabilidade social de gestores municipais. Neste caso,

considerando que o limite mínimo estabelecido pela legislação nacional é de 15%,

da receita corrente líquida concorre, até que se conclua a discussão de novos

critérios, ora tramitando no Congresso federal, os limites para a pontuação seguem a

seguinte lógica: nenhum ponto é atribuído ao município que investe o limite mínimo

de 15%, ou menos; 20 (vinte) pontos são atribuídos ao município que investe de

16,0 a 20,0% da arrecadação em educação, 30 pontos aquele município que investe

entre 21 e 25%, atribuindo-se a pontuação máxima, 50 pontos a quem ultrapassar

este último limite

Buscando disciplinar as despesas gerais de pessoal, resultante da contratação de

servidores públicos efetivos ou temporários, os legisladores brasileiros, em maio de

2000, aprovaram a Lei Complementar Nº. 101, que, entre outros disciplinamentos

estabeleceu que os governos municipais não poderiam comprometer mais que

60,0% (sessenta por cento) de sua receita corrente líquida com as despesas gerais

de pessoal1.

Determina, ainda, esta Lei, que 10% deste limite correspondem à despesa de

pessoal do Poder Legislativo Municipal; portanto, as despesas gerais de pessoal

(salários e encargos) do Poder Executivo não podem ultrapassar 54% (cinqüenta e

quatro por cento) da receita corrente líquida.

Com o intuito de maximizar a efetividade desta Lei, recomendam os tribunais de

contas e demais instituições que acompanham os investimentos governamentais,

que seja guardado, ainda, um limite prudencial de 10,0% (dez por cento),

assegurando-se maiores recursos para o desenvolvimento de políticas públicas e

investimentos em infra-estrutura voltados ao atendimento das demandas sociais.

1 Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados: I - União: 50% (cinqüenta por cento); II - Estados: 60% (sessenta por cento); III - Municípios: 60% (sessenta por cento).

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Pelo exposto, foram estabelecidos como limites para pontuação neste indicador, os

seguintes intervalos; nenhum ponto é atribuído ao município com despesas gerais

de pessoal superiores a 48,6% da RCL; 20 (vinte) pontos são atribuídos ao

município com despesas gerais de pessoal no intervalo de 48,5 a 45,0%; 30 pontos

para o município no intervalo de 45,0 a 35,0%; atribuindo-se a pontuação máxima,

50 pontos ao município que comprometa menos de 35% da sua RCL com despesas

gerais de pessoal.

Os três indicadores já tratados no âmbito desta Dimensão 2 refletem a preocupação

dos legisladores nacionais no que concerne à aplicação das receitas públicas das

unidades federativas sub-nacionais. Todavia a LC 101/00 preocupa-se, também,

com os esforços voltados à maximização das receitas próprias, no que se refere à

arrecadação de valores inscritos na dívida ativa do município, bem como,

compromissos contabilizados como restos a pagar em exercícios seguintes.

Tendo em vista que a limitação financeira tem sido rotineiramente referida com

obstáculo à realização de um volume maior de projetos voltados ao atendimento das

demandas sociais, três indicadores foram selecionados com demonstração da

preocupação dos gestores municipais com relação a estas políticas.

Em primeiro lugar, observa-se o resultado do esforço direto do município para

aumento de suas receitas próprias, nos últimos três anos, independente da

alternativa adotada. Quando não houve crescimento, nenhum ponto é atribuído.

Para o município cuja receita própria cresceu até 3,0%, no período de 2004 a 2006,

são atribuídos 20 pontos; para o município com crescimento desta receita entre 3,1 e

5,0% são atribuídos 30 pontos e, onde o crescimento excedeu 5,0%, foram

atribuídos 50 pontos.

Não obstante sua previsibilidade legal, o registro de restos a pagar, salvo algum

caso fortuito ou emergencial que os justifique, tais como algum acidente climático,

confirma, excetuando-se aqueles relativos a administrações anteriores, que o gestor

público assumiu compromissos superiores à sua previsão de receita.

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Desta forma, o registro de restos a pagar contribui, neste estudo, para aferir a

responsabilidade social dos gestores locais. Quando houve crescimento, em 2006

com relação a 2005, nenhum ponto é atribuído ao município; 20 pontos são

assegurados quando os valores inscritos são iguais aqueles do ano anterior; se, por

outro lado, houve redução, asseguram-se 30 pontos à queda inferior a 25% e 50

pontos à queda superior a este limite.

O próximo indicador guarda relação com a política tributária abordada na Dimensão

1, tendo em vista que além do limitado esforço em elaborar e praticar uma justa

política tributária e fiscal, gestores municipais, com maior ênfase nos menores

municípios e de menor disponibilidade orçamentário-financeira, não se esforçam

para arredar os impostos, taxas e contribuições devidas. Há, inclusive nos grandes

centros urbanos, o sentimento que não se deve pagar, por exemplo, o IPTU, pois

dívidas expiram com mais de 5 anos ou são anistiadas por gestores, com o aprovo

das Câmaras, em períodos eleitorais.

Por este motivo, inclusive, a Lei Complementar 101/00, Lei de Responsabilidade

Fiscal, traz sérias restrições e dificuldades para que se justifiquem renúncias fiscais,

tais como o habitual perdão de débitos do IPTU inscritos como dívida ativa.

Assim, justificando a contribuição dos esforços para arrecadação de recursos

próprios e redução da dívida ativa, são atribuídos pontos, apenas, aos municípios

que conseguiram quitar mais de 5% desta dívida, 20 pontos para quitação entre 5 e

10%; 20 pontos para o intervalo de 11 a 20%, e 50 pontos para a redução da massa

da dívida em mais de 20% dos valores inscritos.

Os indicadores abordados no âmbito desta Dimensão 2 refletem o compromisso e a

competência dos gestores municipais no que concerne aos aspectos financeiros,

tanto no que corresponde à maximização das receitas, quanto ao que se refere à

correta aplicação dos recursos arrecadados, diretamente ou transferidos pela União

e o Estado.

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A efetividade e eficácia dessas ações estão avaliadas pelo sétimo indicador desta

Dimensão 2, tendo em vista que a regularidade fiscal e tributária do Município é

confirmada com a emissão de certidões negativas, quer de entes federados, como a

Receita Federal e o Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS, quer de órgãos

estaduais.

Considerando que a indisponibilidade de algumas destas certidões inviabiliza a

formalização de convênios e contratos, prejudicando seriamente programas sociais

do Município, é atribuído 0 (zero) ponto ao município que não dispõe, no momento

desta consulta, destas certidões; 20 pontos ao município que dispõe de algumas

dessas certidões, 30 pontos ao município que dispõe da maioria e 50 pontos ao

município que dispõe de todas as certidões.

Os indicadores avaliados nas duas primeiras dimensões estão afetos ao marco legal

e às ações de planejamento que norteiam a administração pública local, em sua

maioria atendem às exigências legais e são pré-requisitos para formalização de

convênios e contratos entre entes federados. Todavia, comprometendo o sucesso

das políticas públicas voltadas ao atendimento de programas e projetos sociais, não

ocorrem plenamente em todas as administrações municipais.

Os indicadores selecionados no âmbito das dimensões 3 e 4, por sua vez, buscam

avaliar as rotinas e ferramentas de gestão e execução dessas políticas, abordando

aspectos que melhor esclarecem sobre a eficiência dos indicadores antes

abordados.

No âmbito da Dimensão 3, que trata da Responsabilidade Fiscal na Gestão Pública

foram selecionados 5 (cinco) indicadores que se referem a exigências da Lei de

Responsabilidade Fiscal, indicando a eficácia na maximização das receitas próprias

e a eficiência e transparência no processo de prestação de contas da aplicação dos

recursos públicos municipais.

Os três primeiros indicadores, que reforçam a avaliação dos aspectos tributários,

medem a ação pública no que se refere à existência e aplicação das leis que

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tributam a propriedade territorial urbana (IPTU), a prestação de serviços de qualquer

natureza (ISS) e a iluminação pública.

Na última década, diversos programas, inclusive com a participação financeira do

Banco Interamericano para o Desenvolvimento – BID e do Banco Mundial – BIRD;

em parceria com o Banco do Brasil, o Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social – BNDES e com a Caixa Econômica Federal têm disponibilizado

assessoria e consultoria técnicas para que as unidades federadas brasileiras

revejam e atualizem suas políticas tributárias, equipem seus organismos financeiros

e capacitem seus técnicos e gestores.

O sucesso e a amplitude de programas e projetos sociais guardam relação direta

com a disponibilidade financeira desses governos, quer das transferências federais e

estaduais, quer das receitas próprias. Pelo exposto, não é atribuído ponto algum, no

que concerne aos indicadores relativos ao IPTU, ao ISS e à CPI, quando não houver

este tributo ou contribuição. No município onde estas receitas integrarem a pauta de

tributos, mas não são aplicados, serão atribuídos 20 pontos; 30 pontos serão

atribuídos onde houver aplicação esporádica e, quando estes tributos forem

efetivamente aplicados, com índices mínimos de inadimplência, serão atribuídos 50

pontos.

Para assegurar mais eficácia e transparência à aplicação dos recursos públicos e

reconhecendo que os processos de licitação regulamentados pela Lei Federal Nº.

8.666/93 têm sido foco de freqüentes desvios e indícios de atos prejudiciais aos

recursos públicos, a legislação nacional, recentemente, regulamentou e passou a

estimular a prática da modalidade de compras por intermédio de pregões,

eletrônicos ou não, onde a transparência e a legitima competição entre produtores e

fornecedores de bens e serviços são maximizadas.

Assim, admite-se ser possível aumentar o poder de barganha das administrações,

baixando o custo de bens e serviços adquiridos, tais como os gêneros alimentícios

para a merenda escolar, material didático e pedagógico para a educação básica,

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medicamentos e material odontológico, equipamentos e material de consumo e

expediente, itens que integram todas as pautas de compras do poder público.

Não obstante a orientação legal e exigência no que concerne à aplicação dos

recursos transferidos pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação –

FNDE/MEC, é ainda limitada a aplicação deste instrumento. Desta forma, não será

atribuído ponto ao município que não adotar a prática dos pregões; 20 pontos aquele

município que o aplicar de caráter limitado, por exemplo, só para a compra de

gêneros alimentícios; 30 pontos ao município que adotar esta prática para compra

de todos os bens e mercadorias e 50 pontos ao município que, além de bens e

mercadorias, adotar também a modalidade de pregão para a contratação de

serviços, tais como cursos de capacitação de servidores, serviços de consultoria e

assessoria técnica, serviços contábeis e outros serviços contratados pela

administração municipal.

Completando o conjunto de instrumentos que caracterizam a responsabilidade fiscal

na gestão pública, somando-se e subsidiando as contribuições do acompanhamento

e controle social, diferentes instrumentos são cobrados aos gestores públicos, na

rotina de prestação de contas de suas ações. Tais documentos devem,

sistematicamente, ser enviados aos Tribunais de Contas e às Câmaras Municipais,

além de, para maior publicização, serem divulgados em sítios específicos, na

INTERNET.

Destaca-se, dentre estas exigências, o Relatório Resumido da Execução

Orçamentária, instituído pelo Art. 52 da Lei de Responsabilidade Fiscal, e previsto no

§ 3o do art. 165 da Constituição Federal. Publicado em até 30 (trinta) dias após o

encerramento de cada bimestre, este Relatório deve conter: I - balanço

orçamentário, que especificará, por categoria econômica, as diversas receitas e

despesas; II - demonstrativos da execução dessas receitas e despesas.

Com o compromisso de maximizar as receitas próprias, estimular o planejamento

coerente com as potencialidades do município e as limitações com as possibilidades

da renúncia de receitas próprias, o relatório deverá trazer esclarecimentos sobre

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eventual frustração de receitas, especificando as medidas de combate à sonegação

e à evasão fiscal, adotadas e a adotar, e as ações de fiscalização e cobrança.

A cada quadrimestre, conforme o art. 54 desta mesma Lei será emitido pelos

titulares dos Poderes e órgãos referidos no art. 20, o Relatório de Gestão Fiscal, que

assinado pelo Chefe do Poder Executivo e pelo Presidente e demais membros da

Mesa Diretora do Poder Legislativo.

Conforme previsto pelo Art. 55 da LC Nº. 101/00, este relatório conterá, entre outras

informações, o comparativo com os limites da despesa total com pessoal e da

inscrição em Restos a Pagar, indicadores previstos entre os itens avaliados na

Dimensão 2 do questionário aplicado neste estudo.

Como se pode observar, a tempestividade e a exatidão na apresentação destes

relatórios, como instrumentos de avaliação de desempenho das políticas públicas e

para assegurar a possibilidade de correção em processo de algum desvio, são vitais

para o sucesso da gestão municipal.

Até a realização do teste de viabilidade do questionário desta pesquisa, a

apresentação destes dois relatórios havia sido incluída entre os indicadores de

responsabilidade social a serem avaliados para construção do Índice, objeto deste

estudo. Todavia, nesta avaliação prévia e na aplicação definitiva nos dezesseis

municípios estudados foi confirmado que todos os governos locais vêm

encaminhando, tempestivamente, os relatórios previstos na LRF, pelo exposto, estes

documentos representam, na pesquisa, fonte de consulta e avaliação das

informações avaliadas nos demais indicadores desta dimensão 3.

O mesmo critério de pontuação é aplicado no que concerne ao último indicador

desta Dimensão, que avalia a publicização da prestação de contas do município,

através da sua divulgação na INTERNET. Reconhecidamente, mesmo ressalvando-

se o limitado acesso a este instrumento por uma parcela significativa da população

brasileira, a adoção desta sistemática amplia significativamente o acesso aos

números relativos às receitas e despesas municipais, viabilizando um mais efetivo

acompanhamento e controle social.

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A Dimensão 4, com 11 (onze) indicadores, avalia a dinâmica e a rotina do poder

executivo municipal, no que se refere à composição do corpo de assessores e

gestores públicos; na sua relação com o Poder Legislativo; a sistemática de ausculta

e debates com a comunidade, interna e externa, na condução e avaliação das ações

de governo; o reconhecimento de organismos externos, não governamentais, com

relação às políticas públicas e, por último, a preocupação com o meio ambiente.

Em primeiro lugar, avalia-se o perfil dos secretários municipais, a partir da

sistemática de nomeação. Nos últimos anos têm crescido as manifestações para que

se possa dispor de pessoas competentes e comprometidas à frente de cada área da

administração pública, observando-se, inclusive, manifestações do Poder Judiciário

no combate no tradicional nepotismo.

Em meados da década de 90, no Estado do Ceará, por exemplo, foi implantado o

processo de seleção e eleição pela comunidade para os gestores de escolas

públicas estaduais e para os dirigentes dos órgãos regionais da educação. Prática

esta que, posteriormente, passou a ser adotada por diversos municípios cearenses,

bem como em órgãos de outras pastas da administração estadual.

No presente estudo, avaliar-se-á o processo de indicação dos secretários. Quando a

nomeação atender às tradicionais indicações políticas, sem maiores preocupações

com o perfil do indicado e o cargo a ser ocupado, não será atribuído qualquer ponto

ao município. Em não se caracterizando uma indicação política, recaindo a

nomeação em pessoa do município, mas sem experiência na área, serão atribuídos

20 pontos; por outro lado, se o nomeado contar com experiência na área e for

recrutado fora do município, serão atribuídos 30 pontos. Por último, quando a

nomeação recair sobre técnico local, de reconhecida competência na área a dirigir e

dispensada a indicação política, 50 pontos serão atribuídos ao município.

Aliada à competência do gestor das políticas públicas, cobra-se e recomenda-se a

necessária e valiosa autonomia na gestão dos recursos (humanos, financeiros, e

materiais) inerentes a cada pasta condutora das políticas sociais. No âmbito da

legislação e dos órgãos de controle de contas, trata-se da distinção entre as contas

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de governo, atribuição e responsabilidade do chefe do Poder Executivo, e as

diversas contas de gestão, atribuição e responsabilidade de cada gestor dos

respectivos sistemas municipais da educação, da saúde, da assistência social, etc.

Esta autonomia é formalmente assegurada quando a atribuição de ordenar as

despesas é transferida pelo Chefe do Poder Executivo a cada um dos secretários

ou, pelo menos, aqueles responsáveis por áreas que dispõem de Fundos

Específicos, citados no parágrafo anterior.

Embora ainda se observe muitas situações onde esta delegação de competência

não se efetivou, têm sido crescentes as situações onde os gestores setoriais são,

também, ordenadores de despesas, todavia, muito mais por receio de futuras

cobranças por parte do Tribunal de Contas, que pelo compromisso de efetiva

delegação de poder e arbítrio (empoderamento) dos gestores municipais. Neste

caso, não obstante assuma a responsabilidade pela execução orçamentária e

financeira de cada área, o titular da pasta, pela delegação limitada de poder, não

tem a liberdade de forma sua equipe.

Considerando os aspectos e situações anteriores, o município onde a ordenação de

despesas ainda estiver centralizada não receberá ponto neste indicador; 20 pontos

serão atribuídos nas situações onde apenas os Fundos de Educação e Saúde são

descentralizados, mas não há autonomia para formar a equipe; quando além destes

dois fundos, os demais secretários também são ordenadores de despesas, mas não

formam equipes, serão atribuídos 30 pontos. Ao município onde todos os recursos

foram descentralizados e os diversos secretários têm autonomia para formar as

respectivas equipes serão atribuídos 50 pontos.

Como abordado na introdução deste trabalho, a descentralização de poder ou

empowerment se constitui importante ferramenta no âmbito da reforma de estado;

ao mesmo tempo, sua eficácia e efetividade estão necessariamente atreladas ao

processo de monitoramento e avaliação da execução das diversas políticas e,

principalmente, à responsabilização de seus executores.

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Desta forma, como avaliado nesta Dimensão 4, é elogiável e recomendado nomear

gestores competentes e delegar-lhes responsabilidades e poder. Todavia, é

igualmente pertinente e necessário cobrar-lhes a responsabilidade pelo resultado de

suas ações.

Esta avaliação e conseqüente responsabilização só podem ser exeqüíveis se, no

âmbito das rotinas da gestão pública local for implementado e desenvolvido um

competente sistema de monitoramento e avaliação dos custeios e investimentos

públicos, financiados pelo orçamento municipal.

O município que não houver implantado este Sistema não receberá pontuação;

quando o sistema for aplicado em apenas algumas secretarias ou em todas as

secretarias, mas apenas em uma das naturezas de despesas, isto, custeio ou

investimento, aplicar-se-á, respectivamente 20 ou 30 pontos. Quando houver um

sistema eficientemente implantado em todas as secretarias e acompanhando e

avaliando tanto as despesas de custeio quanto aquelas de investimento, 50 pontos

serão atribuídos.

Compondo o rol de indicadores que avaliam as rotinas da gestão municipal, foram

também analisados aspectos relativos à dinâmica das articulações do governo local,

externamente, com outros poderes, com a sociedade e com organismos não

governamentais, bem como com o público interno, servidores e gestores municipais.

Neste sentido, foi avaliado o grau de articulação entre o poder executivo e o

legislativo; fundamental para o sucesso e a condução harmônica das políticas

públicas. Há situações em que a animosidade entre estes poderes inviabiliza,

inclusive, a nomeação de conselhos de acompanhamento e controle social, exigidos

por lei federal e indispensáveis para transferências, concorrendo para sérios

prejuízos sociais.

A boa relação entre os dois poderes, assegurando-se o necessário

acompanhamento do legislativo sobre as ações do executivo, bem como o suporte

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para aprovação de medidas que contribuam para o avanço das políticas sociais

corresponde à situação mais desejada.

Quando a relação entre os poderes for de reconhecido antagonismo e a situação for

minoria na Câmara, nenhum ponto é atribuído ao indicador, quando não houver uma

boa relação, mas a situação for maioria, serão atribuídos 20 pontos. Havendo uma

boa relação entre os poderes serão atribuídos 30 pontos quando a situação for

minoria e 50 pontos quando a situação, na Câmara, for maioria.

A relação com a sociedade, organizada em associações, sindicatos, conselhos e

outras formas de agrupamento, como previsto e estimulado pela Constituição

Federal deve caracterizar um governo contemporâneo e voltado à redução das

desigualdades sociais.

Na primeira Dimensão deste estudo foi avaliada esta participação da sociedade

quando da elaboração das leis correspondentes ao plano Plurianual, às diretrizes

orçamentárias e ao orçamento anual, na sistemática denominada de Orçamento

Participativo. Ocorre, todavia, que este fato ocorre uma vez ao ano.

Nesta oportunidade, busca-se avaliar se as rotinas de gestão municipal contemplam,

em sua dinâmica, a permanente consulta à sociedade atendida pelas ações de

governo, tanto na condução rotineira dos programas sociais, a maioria deles

acompanhada por conselhos específicos, bem como no que se refere aos

investimentos em infra-estrutura.

Esta articulação pode ocorrer, em caráter particular e setorial, em eventuais

despachos dos gestores com a comunidade, em gabinetes ou visitas às diversas

áreas, como poder ocorrer, rotineiramente, segundo calendário previamente

divulgado, com ampla maioria dos munícipes.

A inexistência desta articulação concorre para que o município não receba qualquer

pontuação neste indicador. Quando ocorre, eventualmente, em gabinetes ou

reuniões específicas, são atribuídos 20 pontos. Se esta articulação com a

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comunidade ocorrer frequentemente, mas restringir-se ao âmbito dos conselhos de

acompanhamento e controle social, serão assegurados 30 pontos. A rotina de

audiências públicas, abertas e freqüentes, corresponde à atribuição de 50 pontos.

Sistemas de avaliação externa das políticas públicas são cada vez mais freqüentes e

têm contribuído de diferentes formas para o aprimoramento e a crescente

preocupação, de gestores e servidores públicos municipais, com os resultados

alcançados por essas políticas. No lançamento do Programa Nacional de Educação

– PNE, em 2007, por exemplo, o Ministério de Educação deixou claro que, a partir

daquele lançamento privilegiará, quando da distribuição voluntária de recursos

federais, os governos municipais que demonstrarem estar cumprimento com as

metas que compõem o Compromisso Todos pela Educação, firmado no Programa

Nacional de Educação.

Reconhecendo a relevância de avaliações desta natureza, este estudo avalia e

pontua os municípios que já foram distinguidos por um o mais desses prêmios. À

administração municipal que não foi premiada ainda não é atribuído qualquer ponto;

20 pontos são atribuídos ao município que recebeu até dois prêmios, 30 pontos ao

município premiado em três oportunidades e 50 pontos a quem recebeu mais de 3

prêmios.

Reforçando a contribuição da articulação comunitária ao melhor desempenho das

políticas públicas sociais e já havendo avaliado os momentos específicos de

consulta à sociedade, o sétimo indicador da Dimensão 4 busca avaliar, durante a

condução rotineira das ações de governo, as oportunidades de identificar como as

demandas sociais chegam aos órgãos governamentais. Se o único canal desta

articulação corresponde à Secretaria de Ação Social ou outro órgão da organização

administrativa do município encarregado desta área, não é atribuída qualquer

pontuação ao município. Se, por outro lado, cada secretaria dispõe de canais

específicos para ouvir e avaliar as demandas sociais, de forma setorial, 20 pontos

são atribuídos ao município.

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A opção de incluir na organização administrativa do município uma Ouvidoria Geral

vem sendo adotada por diversos municípios, contribuindo para que a identificação

das demandas sociais ocorra de forma articulada e centralizada. Ao município que

houver instituído uma Ouvidoria Geral serão atribuídos 30 pontos, se esta Ouvidoria

tiver status de Secretaria e funcionar junto ao próprio gabinete do chefe do poder

executivo serão atribuídos 50 pontos.

Os últimos indicadores pretendem avaliar, como etapa final da condução das

políticas públicas, no desenvolvimento das áreas sociais, a comunicação, à

sociedade atendida e aos servidores envolvidos com a prestação desses serviços,

dos seus respectivos resultados.

A primeira etapa desta comunicação corresponde à prestação de contas, segundo

sistemática e cronograma estabelecidos pelos órgãos financiadores, em especial o

FNDE (educação) e FUNASA (saúde). Via de regra a prestação de contas desses

convênios, que retratam tanto a rotina da aplicação dos recursos financeiros quanto

o produto do trabalho desenvolvido estabelece a informação ao respectivo conselho

de acompanhamento e controle social, bem como ao órgão federal ou estadual que

transferiu os recursos.

Tendo em vista o limitado esforço e investimento na formação de equipes técnicas

locais, não obstante projetos financiados pelo BIRD e pelo BID, já referidos,

preverem financiamento para este fim, o que se constitui uma limitações para o

avanço do desempenho de políticas públicas locais, muitos municípios recorrem a

escritórios de assessoria, fora do município, para elaboração dessas prestações de

contas.

Esta rotina, pela ausência da indispensável convivência local, traz algumas

limitações ao melhor acompanhamento dos Ministérios financiadores e compromete,

por vezes, a conquistas de mais recursos. Desta forma, ao município que mantiver a

rotina da prestação de contas fora de suas estruturas não será atribuído qualquer

ponto.

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Quando a prestação de contas dos diversos convênios ou programas ocorrer no

município, mas apenas pela equipe responsável pela contabilidade, via de regra um

posto avançado do escritório que presta serviços à administração local, serão

atribuídos 20 pontos; 30 pontos serão atribuídos, por sua vez, se a equipe da

contabilidade recorrer à parceria da equipe técnica responsável pela execução dos

respectivos projetos, para um prestação de contas em conjunto.

A situação que corresponde à melhor alternativa, tanto para o sucesso dos

trabalhos, quanto para qualificação da equipe e atendimento das expectativas dos

ministérios conveniados, isto é, a prestação de contas realizada pela equipe técnica

de cada pasta assegurará 50 pontos para o município.

A publicização, interna e externa, dos resultados alcançados pelas diversas políticas

públicas compõe a avaliação da responsabilidade social do governo local, tendo em

vista que o acompanhamento e o controle social só podem ser efetivamente

conduzidos quando estas informações são disseminadas. Ao mesmo tempo, a

desejada intersetorialidade no âmbito da organização administrativa municipal

também só pode se efetivar se forem dados a conhecer, entre as diversas pastas, os

resultados, os objetivos, os fundamentos e os benefícios sociais das atividades

realizadas.

Quando não houver rotina de divulgação desses resultados, tanto interna quanto

externamente, não será atribuída qualquer pontuação ao município. Quando a

publicização, em ambos os casos, ocorrer no âmbito de reuniões específicas, serão

atribuídos 20 pontos. Quando esses resultados forem publicados em relatórios,

jornais e revistas, ampliado o acesso às informações pelo público objeto das

políticas públicas, 30 pontos serão atribuídos ao município. Por último, se além das

publicações e das reuniões setoriais forem promovidas audiências públicas, com a

presença do chefe do poder executivo e dos secretários, serão atribuídos 50 pontos

ao município.

Concluindo o rol de indicadores que compõe a Dimensão 4, é incluída uma

avaliação da preocupação do poder executivo local com relação ao meio ambiente.

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Uma vez que a gestão das políticas de regulamentação, fiscalização e demais

aspectos voltados à conservação e uso racional do meio ambiente são atribuições

da União ou do Estado, compete, a governo local, a preocupação com o destino dos

resíduos sólidos.

Ao município que continuar com a alternativa dos lixões, depósitos a céu aberto e

sem qualquer tratamento dos resíduos sólidos, não será dada qualquer pontuação.

Onde houver aterro sanitário, tecnicamente projetado e corretamente gerido, serão

atribuídos 20 pontos; se além do aterro sanitário houver cólera seletiva, serão

atribuídos 30 pontos e, se à coleta seletiva forem agregadas atividades de

reciclagem, como geração e emprego e renda para as pessoas envolvidas com a

atividade, e melhor conservação do meio ambiente, serão atribuídos 50 pontos.

II. A CONSTRUÇÀO DO ÍNDICE DE RESPONSABILIDADE SOCIAL – IRS:

No período de setembro a outubro de 2007, o questionário em anexo foi aplicado

nos dezesseis municípios estudados, constituindo-se, como principais fontes de

dados, o gabinete da Secretaria de Educação, o Setor Contábil das respectivas

prefeituras e assessores e gestores dos gabinetes do poder executivo local. Além da

primeira visita, foram empregados como forma complementar de contato e

esclarecimento a internet, o fax e o telefone. Em alguns dos municípios avaliados,

além de uma última visita para coleta do questionário, foi necessário mais um

momento in loco para fiel resposta aos quesitos avaliados.

Os dezesseis municípios selecionados, 16,5% dos municípios cearenses,

representam os cinco grupos estratificados pelo UNICEF, com base em suas

disponibilidades financeiras para o financiamento das políticas sociais, para

concessão do Prêmio SELO UNICEF – Município Aprovado; 4 desses municípios

têm menos de 20.000 habitantes, 5 municípios têm mais de 20.000 e menos que

40.000 habitantes, 5 municípios têm entre 40.000 e 70.000 habitantes e 2 municípios

têm mais de 150.000 habitantes. Desta forma, foram avaliados municípios de

pequeno, médio e grande porte.

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32

No que concerne à distribuição espacial dos municípios avaliados, 3 destes são da

região metropolitana da Capital, 2 são da região do cariri, 1 município da região

litoral oeste e outro do litoral leste; há 2 municípios, respectivamente, do Sertão

Central, do Alto Jaguaribe, da Ibiapaba e dos Inhamuns, por último, 1 município da

região da Serra de Baturité.

Em três destes municípios, 18,75% da amostra, o gestor municipal encontra-se

exercendo seu primeiro mandato e os demais governos avaliados exercem, no

período 2005 a 2008, o segundo mandato de governo local. Coincidentemente, esta

mesma proporção, 81,25% e 18,75%, corresponde, respectivamente, às

administrações vinculadas ao regime geral de previdência social (INSS) e a fundos

próprios de seguridade social.

Sob a ótica da filiação partidária que, historicamente, interfere nas formas de

articulação com o governo estadual e com o governo federal, facilitando ou criando

obstáculos ao acesso às parcerias técnicas e financeiras, indispensáveis ao sucesso

das diversas políticas públicas, há, dentre os dezesseis gestores municipais

avaliados, representantes de 6 diferentes partidos políticos.

A flagrante dispersão entre as variáveis ressaltadas nos parágrafos anteriores

confirmam a representatividade da amostra selecionada e o que pode ser observado

em todo o conjunto de 184 municípios cearenses.

Pelo exposto, buscando assegurar a comparabilidade dos indicadores de

responsabilidade social idealizados, tendo em vista que, por exemplo, os aspectos

populacionais têm forte impacto no que concerne aos recursos federais transferidos

para o financiamento das políticas de educação e da saúde, foi adotada a

metodologia da Padronização dos Indicadores. Esta metodologia padroniza os

indicadores assumindo valores de 0 a 1, que correspondem respectivamente à

menor e à maior responsabilidade social. Desta forma, o indicador padronizado de

cada município (M) é estimado com a aplicação da seguinte fórmula:

Ipm = Im - I-v

I+v - I-v

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33

Onde:

Ipm = Valor padronizado do indicador I no município m;

Im = Valor obtido para o indicador I, no município m;

I-v = Valor do indicador I correspondente ao município menos responsável;

I+v = Valor do indicador I correspondente ao município mais responsável.

Padronizados os valores obtidos para cada indicador de responsabilidade social, em

cada um dos municípios avaliados, consideram-se os valores mais altos, próximos a

1, correspondentes à maior responsabilidade e aqueles mais baixos, próximos a 0,

indicativos do menor nível de responsabilidade social. O Índice de Responsabilidade

Social – IRS, para cada unidade federada é estimado, portanto, com a aplicação da

seguinte equação:

Onde:

IRSm = Índice de Responsabilidade Social do Município m;

Σ Ipm = Somatório do valor padronizado obtido para cada indicador do Município m;

n = Número total de indicadores selecionados.

Com a aplicação da equação acima, se obtém, por média aritmética, o Índice de

Responsabilidade Social de cada Município. Uma vez padronizados os valores

obtidos para cada indicador, o que corrige as eventuais distorções em razão da

disparidade entre as variáveis estudadas, foram calculados a média dos IRS e o

desvio padrão dos resultados obtidos para estes IRS.

A partir desses valores foram, portanto estratificados os 16 municípios em três

grupos, correspondentes à baixa, média e alta responsabilidade social. O primeiro

grupo é integrado por aqueles cujo IRS é igual ou inferior ao valor correspondente à

média menos o desvio padrão; os municípios de média Responsabilidade Social

IRSm = Σ Ipm

n

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obtiveram o IRS no intervalo compreendido pela média menos o desvio padrão e o

limite superior da média mais o desvio padrão; os municípios de alta

responsabilidade social são aqueles com IRS superior a este último limite.

A síntese da pontuação obtida por cada município estudado está apresentada na

planilha correspondente ao Anexo – 02, com os diversos resultados informados

pelos servidores, assessores e gestores municipais contatados. Como antecipado, a

pontuação atribuída para cada indicador corresponde àquela informada, após ampla

e detalhada orientação sobre os critérios atribuídos para cada avaliação.

Nesta e nas demais planilhas os dezesseis municípios avaliados estão identificados,

sem qualquer relação, pelas letras de A a P. Nas planilhas apresentadas nos anexos

3 e 4, por razões de organização da planilha, os indicadores avaliados, em cada

município, estão identificados por um conjunto de letras que guarda relação com os

respectivos indicadores, segundo relação apresentada, nominalmente, nos anexos 1

e 2.

As variáveis necessárias à padronização da pontuação por indicador e município

estão estimadas na planilha apresentada no Anexo – 03, onde, na parte inferior da

planilha, estão apresentados os valores correspondentes, para cada indicador e

município, a Im - I-v e I+v - I-v.

A padronização dos indicadores, em seguida, está apresentada na planilha que se

encontra no Anexo – 4; com valores compreendidos entre o máximo de 0,786 e o

mínimo de 0,292, os IRS apresenta, para esta amostra, a média de 0,613 e o desvio

padrão igual a 0,112.

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III. Resultados do IRS

a. O IRS e outros indicadores sociais.

IV. A RESPONSABILIDADE SOCIAL, A GESTÃO MUNICIPAL E O

DESENVOLVIMENTO LOCAL

V. CONCLUSÕES:

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GESTAO MUNICIPAL e o BOM GOVERNO LOCAL

QUESTIONÁRIOS DE AVALIAÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL

Município Região População

Prefeito (a) 1º Mandato 2º Mandato

Regime Jurídico: Estatutário ( ) CLT ( ) Sistema Previdenciário Próprio

Dimensão 1;ACOMPANHAMENTO E CONTROLE SOCIAL

INDICADOR AVALIAÇÃO

0 20 30 50 PONTO

Lei Orgânica Desatualizada Revisada, há + de 5 anos Revisada, há - de 5 anos Em revisão

Plano Plurianual - PPA Cópia de Anteriores Elaborado for a do Município No Município, sem participação No Município e participativo

Lei Diretrizes Orçamentárias - LDO Cópia de Anteriores Não Participativo

Participativo, sem emenda

popular Participativo, com emenda popular

Lei Orçamentária Anual - LOA Cópia de Anteriores Não Participativo Participativo, sem emenda popular Participativo, com emenda popular

Plano de Cargos e Salários dos Servidores Não Há Desatualizado Atualizado há + de 5 anos Em revisão

Código Tributário Municipal Desatualizada Desatualizado e não aplicado Em revisão Atualizado e aplicado

CACS FUNDEB Pouco Atuante Indicado pelo Executivo Indicado pelos Segmentos Bastante Atuante

Conselho Tutelar Não Há Inativo Ativo, sede compartilhada Ativo, sede prórpia

Conselho de Alimentação Escolar Não Há Inativo Ativo, indicado pelo Executivo Ativo, indicado pelos Segmentos

Conselho Bolsa Família Não Há Inativo Ativo, indicado pelo Executivo Ativo, indicado pelos Segmentos

Conselho da Criança e Adolescente Não Há Inativo Ativo, age quando provocado Ativo, age proativamente

Pontuação Dimensão 1

Dimensão 2; OBSERVÂNCIA AOS LIMITES CONSTITUCIONAIS E DA LRF

INDICADOR AVALIAÇÃO

0 20 30 50 PONTO

Aplicação em Educação - 31,25% ≤ 25% 26,0% a 30,0% 31,0% a 45,0% ≥ 45,0%

Aplicação em Saúde - 21,95% ≤ 15% 16,0 a 20,0% 21,0% a 25,0% ≥ 25,0%

Despesas Gerais de Pessoal - 36,16% > 48,6% 48,5% a 45,0% 45,0% a 35,0% < 35,0% Crescimento Receitas Próprias, últimos 3

anos 0,00% < 3,0% 3,1% a 5,0% > 5,0%

Restos a Pagar com relação ao ano anterior Maior Igual Até 25% menor Menor, + de 25%

Quitação da Dívida Ativa, exercício anterior Menos de 5,0% entre 5,0% a 10,0% entre 11,0% a 20,0% Mais de 20,0% Certidões de Regularidade Fiscal e Tributária Não Há Poucos Casos Na Maioria Em todos

Pontuação Dimensão 2

ANEXO - 01

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Dimensão 3: RESPONSABILIDADE NA GESTÃO FISCAL

INDICADOR AVALIAÇÃO

0 20 30 50 PONTO

IPTU Não Há Há e não é cobrado Há e é cobrado parcialmente Há e é cobrado efetivamente

ISS Nào é aplicado Desatualizao, pouco aplicado Atualizado e pouco aplicado Atualizado e aplicado sempre

Contribuição para Iluminação Pública Não Há Há e não é cobrada Há e é cobrada parcialmente Há e é cobrada efetivamente Pregão n aquisição de bens, serviços e mercadorias Não Há Pouco Aplicado

Aplicado, com mercadorias e bens Sempre e em tudo

Prestação de Contas na INTERNET Não Há Disponível, muito atraso Disponível, pouco atraso Disponível Tempestivamente

Pontuação Dimensão 3

Dimensão 4: ROTINAS DA GESTÃO MUNICIPAL

INDICADOR AVALIAÇÃO

0 20 30 50 PONTO

Perfil dos Secretários Municipais Indicação Política Local, sem experiência na área De fora, com experiência na área Local, com experiência na área

Descentralização de poder na Gestão Não Há Secretário não é ordenador de despesas nem forma equipe

Secretário é ordenador de despesas mas não forma equipe

Secretário é ordenador de despesas e tem autonomia para formar equipe

Aplica sistema de monitoramento e

avaliação de custeio e investimentos Não Há Aplica-se em algumas Secretarias

Aplica-se nos custeio ou nos

investimentos

Sim, em todos os investimentos

Municipais

Relação entre Poderes Executivo e Legislativo

Ruim, situação é minoria na Câmara

Ruim, situação é maioria na Câmara Boa, situação é minoria na Câmara

Boa, situação é maioria na Câmara

Participação Social nas ações do Governo

Municipal Não Há Eventual, em despachos específicos

Freqüente, no âmbito dos

Conselhos de Controle Social

Freqüente, em audiências públicas

abertas Conquistou Prêmios por Desempenho da Gestão: Selo UNICEF, ABRINQ, Amigo da Criança, etc.

Nunca 2 vezes 3 vezes > de 3 vezes

Sistemática de Identificação das demandas

Sociais

Só na Secretaria de

Assistência Social

Cada Secretaria é responsável por

sua área de atuação

Há uma Ouvidoria Geral, com

status de Secretário

Há uma Ouvidoria Geral, atuante, no

Gabinete do Prefeito

Sistemática de Prestação de Contas de

Convênios For a do Município

No Município, pela contabilidade

isoladamente

No Município, pela contabilidade

e em parceria

Pela equipe técnica de cada

Secretria, com suporte contábil Socialização INTERNA do desenvolvimento

das ações de Governo Não Há Reunião com Secretariado

Relatórios divulgados em jornais,

revistas, etc.

Reuniões periódicas do Prefeito com

Gestores e Servidores Publicização (divulgação externa) das ações de Governo

Não Há Reuniões Locais Relatórios divulgados em jornais, revistas, etc.

Audiências Públicas, em impressos, rádios e audio-visuais.

Destino Resíduos Sólidos Lixão Aterro sanitário Aterro Sanitário e coleta Seletiva Aterro sanitário, coleta seletiva e programa de reciclagem de lixo

Pontuação Dimensão 4

Local e Data:

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Universidade Estadual do Ceará – UECE Centro de Estudos Sociais Aplicados – CESA

Mestrado Acadêmico em Políticas Públicas e Sociais – MAPPS

SÍNTESE DA PONTUAÇÃO, POR INDICADOR, DOS 16 MUNICÍPIOS

INDICADOR AVALIAÇÃO

A B C D E F G H I J K L M N O P

Lei Orgânica 20 0 0 20 0 0 50 20 50 0 50 20 0 20 0 0

Plano Plurianual – PPA 50 50 30 30 50 30 50 50 50 30 50 50 20 50 50 50

Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO 20 30 30 30 30 20 30 30 20 30 30 50 20 50 30 50

Lei Orçamentária Anual - LOA 50 30 30 30 30 20 30 30 20 30 30 30 20 50 30 50

Plano de Cargos e Salários dos Servidores 0 0 50 50 50 0 0 30 30 30 30 30 0 50 0 20

Código Tributário Municipal 50 50 30 30 0 20 20 50 50 50 50 30 50 30 50 30

CACS FUNDEB 50 30 50 30 30 20 30 50 30 30 50 30 50 30 30 30

Conselho Tutelar 30 50 50 30 30 50 50 50 50 50 50 30 50 50 50 30

Conselho de Alimentação Escolar 50 50 30 50 50 30 50 50 50 50 50 50 50 30 30 30

Conselho Bolsa Família 50 50 50 50 0 50 30 50 50 0 50 50 50 30 50 30

Conselho da Criança e Adolescente 50 50 50 30 0 30 30 50 30 50 50 50 30 30 50 30

Aplicação em Educação 20 0 20 20 30 30 20 20 20 20 20 20 30 20 30 30

Aplicação em Saúde 50 50 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 30 20

Despesas Gerais de Pessoal 50 20 20 20 30 50 0 0 20 30 30 0 20 20 30 20

Crescimento Receitas Próprias, últimos 3 anos 30 50 50 20 30 50 50 50 50 50 50 30 50 30 50 50

Restos a Pagar com relação ao ano anterior 0 30 50 30 30 0 0 20 0 30 50 50 30 30 30 0

Quitação da Dívida Ativa, exercício anterior 20 50 30 0 20 0 50 20 0 0 30 0 20 20 20 30

Certidões de Regularidade Fiscal e Tributária 50 50 30 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 20 50 50

IPTU 50 50 50 50 50 0 30 50 50 50 50 50 20 30 50 50

ISS 30 50 50 50 50 20 50 50 50 50 50 50 50 30 50 50

Contribuição para Iluminação Pública 0 50 50 50 50 0 20 50 50 50 50 50 50 50 50 50

Pregão na aquisição de bens, serviços e mercadorias 30 30 30 0 30 0 30 30 20 0 30 30 0 30 30 20

Prestação de Contas na INTERNET 50 0 0 50 0 30 50 0 0 50 50 50 0 50 50 30

Perfil dos Secretários Municipais 50 50 30 50 50 50 50 50 50 50 0 50 50 50 50 50

Descentralização de poder na Gestão 50 50 50 50 50 30 30 50 30 50 50 50 30 30 50 50 Aplica sistema de monitoramento e avaliação de

custeio e investimentos 0 50 20 20 20 0 0 20 30 20 50 50 20 20 0 0

ANEXO - 02

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45

Relação entre Poderes Executivo e Legislativo 50 50 50 50 50 50 50 0 0 50 50 50 50 30 30 50

Participação Social nas ações do Governo Municipal 30 50 30 30 30 0 20 30 20 30 30 30 30 30 30 50

Conquistou Prêmios por Desempenho da Gestão: Selo UNICEF, ABRINQ, Amigo da Criança. 30 50 50 20 20 0 50 30 0 20 30 0 0 30 50 30

Sistemática de Identificação das demandas Sociais 20 0 30 30 30 0 20 20 0 20 20 0 30 0 20 50

Sistemática de Prestação de Contas de Convênios 50 30 50 0 30 0 30 50 30 50 50 30 30 50 50 30 Socialização INTERNA do desenvolvimento das ações de Governo 20 50 50 20 50 0 20 50 20 50 50 50 20 50 50 20 Publicização (divulgação externa) das ações de

Governo 20 50 30 20 50 0 20 50 20 50 50 20 30 50 50 20

Destino Resíduos Sólidos 20 0 20 30 20 0 0 0 0 30 0 30 0 50 20 20

TOTAL 1140 1250 1210 1060 1060 650 1030 1170 960 1170 1350 1180 970 1160 1240 1120

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Universidade Estadual do Ceará – UECE Centro de Estudos Sociais Aplicados – CESA

Mestrado Acadêmico em Políticas Públicas e Sociais – MAPPS

(Continua planilha seguinte)

MUNICÍPIO PONTUAÇÃO POR INDICADOR PROPOSTO

LO PPA LDO LOA PCRS CTM CACS CT CAE CBF CCA $ EDU $SAU DGP CRP RaP QDA CRF IPTU

A 20 50 20 50 0 50 50 30 50 50 50 20 50 50 30 0 20 50 50

B 0 50 30 30 0 50 30 50 50 50 50 0 50 20 50 30 50 50 50

C 0 30 30 30 50 30 50 50 30 50 50 20 20 20 50 50 30 30 50

D 20 30 30 30 50 30 30 30 50 50 30 20 20 20 20 30 0 50 50

E 0 50 30 30 50 0 30 30 50 0 0 30 20 30 30 30 20 50 50

F 0 30 20 20 0 20 20 50 30 50 30 30 20 50 50 0 0 50 0

G 50 50 30 30 0 20 30 50 50 30 30 20 20 0 50 0 50 50 30

H 20 50 30 30 30 50 50 50 50 50 50 20 20 0 50 20 20 50 50

I 50 50 20 20 30 50 30 50 50 50 30 20 20 20 50 0 0 50 50

J 0 30 30 30 30 50 30 50 50 0 50 20 20 30 50 30 0 50 50

K 50 50 30 30 30 50 50 50 50 50 50 20 20 30 50 50 30 50 50

L 20 50 50 30 30 30 30 30 50 50 50 20 20 0 30 50 0 50 50

M 0 20 20 20 0 50 50 50 50 50 30 30 20 20 50 30 20 50 20

N 20 50 50 50 50 30 30 50 30 30 30 20 20 20 30 30 20 20 30

O 0 50 30 30 0 50 30 50 30 50 50 30 30 30 50 30 20 50 50

P 0 50 50 50 20 30 30 30 30 30 30 30 20 20 50 0 30 50 50

I-v 0 20 20 20 0 0 20 30 30 0 0 0 20 0 20 0 0 20 0

I+v 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 30 50 50 50 50 50 50 50

(I+ - I-) 50 30 30 30 50 50 30 20 20 50 50 30 30 50 30 50 50 30 50

ANEXO - 03

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47

(Continuação planilha anterior)

MUNICÍPIO

PONTUAÇÃO POR INDICADOR PROPOSTO

ISS

CIP

PGÃO

INET

PSM

DPG

SIMA E x L

PSGM

Prêmio

SIDS

SPCC C. Inter. C. Exter.

DRS

TOTAL

A 30 0 30 50 50 50 0 50 30 30 20 50 20 20 20 450

B 50 50 30 0 50 50 50 50 50 50 0 30 50 50 0 560

C 50 50 30 0 30 50 20 50 30 50 30 50 50 30 20 540

D 50 50 0 50 50 50 20 50 30 20 30 0 20 20 30 470

E 50 50 30 0 50 50 20 50 30 20 30 30 50 50 20 530

F 20 0 0 30 50 30 0 50 0 0 0 0 0 0 0 180

G 50 20 30 50 50 30 0 50 20 50 20 30 20 20 0 440

H 50 50 30 0 50 50 20 0 30 30 20 50 50 50 0 480

I 50 50 20 0 50 30 30 0 20 0 0 30 20 20 0 320

J 50 50 0 50 50 50 20 50 30 20 20 50 50 50 30 570

K 50 50 30 50 0 50 50 50 30 30 20 50 50 50 0 560

L 50 50 30 50 50 50 50 50 30 0 0 30 50 20 30 540

M 50 50 0 0 50 30 20 50 30 0 30 30 20 30 0 390

N 30 50 30 50 50 30 20 30 30 30 0 50 50 50 50 550

O 50 50 30 50 50 50 0 30 30 50 20 50 50 50 20 580

P 50 50 20 30 50 50 0 50 50 30 50 30 20 20 20 520

I-v 20 0 0 0 0 30 0 0 0 0 0 0 0 0 0

I+v 50 50 30 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50

(I+ - I-) 30 50 30 50 50 20 50 50 50 50 50 50 50 50 50

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48

(Continua planilha seguinte)

MUN. INDICADORES PROPOSTOS PADRONIZADOS

LO PPA LDO LOA PCRS CTM CACS CT CAE CBF CCA $ EDU $SAU DGP CRP RaP QDA CRF IPTU ISS CIP

A 0,40 1,00 0,00 1,00 0,00 1,00 1,00 0,00 1,00 1,00 1,00 0,67 1,00 1,00 0,33 0,00 0,40 1,00 1,00 0,33 0,00

B 0,00 1,00 0,33 0,33 0,00 1,00 0,33 1,00 1,00 1,00 1,00 0,00 1,00 0,40 1,00 0,60 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00

C 0,00 0,33 0,33 0,33 1,00 0,60 1,00 1,00 0,00 1,00 1,00 0,67 0,00 0,40 1,00 1,00 0,60 0,33 1,00 1,00 1,00

D 0,40 0,33 0,33 0,33 1,00 0,60 0,33 0,00 1,00 1,00 0,60 0,67 0,00 0,40 0,00 0,60 0,00 1,00 1,00 1,00 1,00

E 0,00 1,00 0,33 0,33 1,00 0,00 0,33 0,00 1,00 0,00 0,00 1,00 0,00 0,60 0,30 0,60 0,40 1,00 1,00 1,00 1,00

F 0,00 0,33 0,00 0,00 0,00 0,40 0,00 1,00 0,00 1,00 0,60 1,00 0,00 1,00 1,00 0,00 0,00 1,00 0,00 0,00 0,00

G 1,00 1,00 0,33 0,33 0,00 0,40 0,33 1,00 1,00 0,60 0,60 0,67 0,00 0,00 1,00 0,00 1,00 1,00 0,60 1,00 0,40

H 0,40 1,00 0,33 0,33 0,60 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 0,67 0,00 0,00 1,00 0,40 0,40 1,00 1,00 1,00 1,00

I 1,00 1,00 0,00 0,00 0,60 1,00 0,33 1,00 1,00 1,00 0,60 0,67 0,00 0,40 1,00 0,00 0,00 1,00 1,00 1,00 1,00

J 0,00 0,33 0,33 0,33 0,60 1,00 0,33 1,00 1,00 0,00 1,00 0,67 0,00 0,60 1,00 0,60 0,00 1,00 1,00 1,00 1,00

K 1,00 1,00 0,33 0,33 0,60 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 0,67 0,00 0,60 1,00 1,00 0,60 1,00 1,00 1,00 1,00

L 0,40 1,00 1,00 0,33 0,60 0,60 0,33 0,00 1,00 1,00 1,00 0,67 0,00 0,00 0,30 1,00 0,00 1,00 1,00 1,00 1,00

M 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 0,60 1,00 0,00 0,40 1,00 0,60 0,40 1,00 0,40 1,00 1,00

N 0,40 1,00 1,00 1,00 1,00 0,60 0,33 1,00 0,00 0,60 0,60 0,67 0,00 0,40 0,30 0,60 0,40 0,00 0,60 0,30 1,00

O 0,00 1,00 0,33 0,33 0,00 1,00 0,33 1,00 0,00 1,00 1,00 1,00 0,33 0,60 1,00 0,60 0,40 1,00 1,00 1,00 1,00

P 0,00 1,00 1,00 1,00 0,40 0,60 0,33 0,00 0,00 0,60 0,60 1,00 0,00 0,40 1,00 0,00 0,60 1,00 1,00 1,00 1,00

ANEXO - 04

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Universidade Estadual do Ceará – UECE Centro de Estudos Sociais Aplicados – CESA

Mestrado Acadêmico em Políticas Públicas e Sociais – MAPPS

(Continuação planilha anterior)

MUN. INDICADORES PROPOSTOS PADRONIZADOS

ISS CIP PGÃO INET PSM DPG SIMA E x L PSGM Prêmio SIDS SPCC C. Inter. C. Exter. DRS TOTAL IRS

A 0,33 0,00 1,00 1,00 1,00 1,00 0,00 1,00 0,60 0,60 0,40 1,00 0,40 0,40 0,40 21,93 0,645

B 1,00 1,00 1,00 0,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 0,00 0,60 1,00 1,00 0,00 24,60 0,724

C 1,00 1,00 1,00 0,00 0,60 1,00 0,40 1,00 0,60 1,00 0,60 1,00 1,00 0,60 0,40 22,80 0,670

D 1,00 1,00 0,00 1,00 1,00 1,00 0,40 1,00 0,60 0,40 0,60 0,00 0,40 0,40 0,60 18,99 0,559

E 1,00 1,00 1,00 0,00 1,00 1,00 0,40 1,00 0,60 0,40 0,60 0,60 1,00 1,00 0,40 19,89 0,585

F 0,00 0,00 0,00 0,60 1,00 0,00 0,00 1,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 9,93 0,292

G 1,00 0,40 1,00 1,00 1,00 0,00 0,00 1,00 0,40 1,00 0,40 0,60 0,40 0,40 0,00 19,46 0,572

H 1,00 1,00 1,00 0,00 1,00 1,00 0,40 0,00 0,60 0,60 0,40 1,00 1,00 1,00 0,00 23,13 0,680

I 1,00 1,00 0,67 0,00 1,00 0,00 0,60 0,00 0,40 0,00 0,00 0,60 0,40 0,40 0,00 17,67 0,520

J 1,00 1,00 0,00 1,00 1,00 1,00 0,40 1,00 0,60 0,40 0,40 1,00 1,00 1,00 0,60 22,19 0,653

K 1,00 1,00 1,00 1,00 0,00 1,00 1,00 1,00 0,60 0,60 0,40 1,00 1,00 1,00 0,00 26,73 0,786

L 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 0,60 0,00 0,00 0,60 1,00 0,40 0,60 22,43 0,660

M 1,00 1,00 0,00 0,00 1,00 0,00 0,40 1,00 0,60 0,00 0,60 0,60 0,40 0,60 0,00 17,60 0,518

N 0,30 1,00 1,00 1,00 1,00 0,00 0,40 0,60 0,60 0,60 0,00 1,00 1,00 1,00 1,00 21,00 0,618

O 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 0,00 0,60 0,60 1,00 0,40 1,00 1,00 1,00 0,40 23,92 0,704

P 1,00 1,00 0,67 0,60 1,00 1,00 0,00 1,00 1,00 0,60 1,00 0,60 0,40 0,40 0,40 21,20 0,623

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Universidade Estadual do Ceará – UECE Centro de Estudos Sociais Aplicados – CESA

Mestrado Acadêmico em Políticas Públicas e Sociais – MAPPS