boletim snas · valorizando e humanizando as relações que devem consistir em equilíbrio entre o...

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Newsletter do Sindicato Nacional dos Assistentes Sociais BOLETIM SNAS NOVEMBRO/DEZEMBRO16 | Nº8

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Newsletter do Sindicato Nacional dos Assistentes Sociais

BOLETIM

SNAS NOVEMBRO/DEZEMBRO16 | Nº8

2

RESUMO:

NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2016

Pág. 6 e 7

Pág. 13 e 14

Pág. 15

- Sessão de encerramento do Seminário

"Gestão e Qualidade nas

Organizações Sociais"

- Convenção Nacional dos Assistentes

Sociais

"Celebrar & Defender os DIREITOS

HUMANOS".

Dia dos Direitos Humanos - 10 dezembro

2016.

- Formação destinada a jovens sindicalistas

organizada pela Comissão de Juventude da

UGT

3

Índice Resumo

Editorial

Breves

Em Foco a Convenção

Nacional dos Assistentes

Sociais

Em Foco a Assembleia

Geral do Sindicato

Nacional dos Assistentes

Sociais (SNAS)

Sindicalismo na 1ª

pessoa

Informação Relevante

Espaço Científico

Breves

PUB SNAS

Protocolos SNAS

2

3

Editorial

Sindicato Nacional dos Assistentes Sociais (SNAS)

FICHA TÉCNICA

Diretor:

Luís Matias

Colaboram neste número:

Fátima Garcia, Luís Matias

Propriedade:

Sindicato Nacional dos

Assistentes Sociais (SNAS)

Design e paginação:

Fátima Garcia

Email:

[email protected]

4 e 5

19 e 20

9 a 16

6 e 7

17

21

18

8

22

EDITORIAL

O dia 10 de Dezembro, dia internacional dos Direitos Humanos visa homenagear o

empenho e dedicação de todos os ativistas e defensores dos direitos humanos de forma

a erradicar todos os tipos de discriminação, e promover a igualdade entre todos os

cidadãos.

Neste dia a Direção do Sindicato Nacional dos Assistentes Sociais

(SNAS) reafirmou, na Convenção dos Assistentes Sociais, o seu compromisso para

lutar pela regulação da profissão.

A Direção do Sindicato Nacional dos Assistentes Sociais (SNAS) pretende dinamizar

todos os meios ao seu alcance, ao longo dos próximos anos, para concretizar um

projeto para a classe.

À semelhança da Casa do Artista, entre outros projetos, o SNAS apresenta o desafio da

Casa dos Assistentes Sociais, ou seja criar um LAR de IDOSOS, de raiz, que

proporcione oferta para os mais idosos, aos familiares dos associados, e aos próprios

colegas, para que no futuro usufruam de um espaço com que se identifiquem.

Associe-se ao seu sindicato, para aumentar a representatividade do SNAS e por

consequência poder negocial.

Convidamos as e os colegas que tenham disponibilidade e queiram participar a integrar

a Direção Nacional (Eleições em 2017) e a usufruir do crédito de horas para atividade

sindical sem perda da remuneração (direito do dirigente preconizado no Código do

Trabalho).

A Direção do SNAS

([email protected]) www.snas.pt

4

BR

EV

ES

Uma comitiva do Sindicato Nacional dos Assistentes Sociais (SNAS), reuniu dia 3 de outubro com o Grupo

Parlamentar do CDS - PP representado pelo Sr. Deputado Dr. Filipe Anacoreta Correia.

Dia 11 de novembro, uma comitiva do Sindicato Nacional dos Assistentes Sociais (SNAS), reuniu em audiência com o Grupo Parlamentar do Partido Social Democrata (PPD/ PSD).

Estiveram presentes as deputadas Clara Marques Mendes, Susana Lamas e Helga Correia da Comissão de Tra-balho e Segurança Social.

O SNAS reuniu com os grupos parlamentares do CDS-PP e PSD. Nestas audiências apresentámos o SNAS, a sua génese, a intervenção das e dos assistentes sociais em Portugal, desafios e constrangimentos do SNAS, articulação entre as duas organizações, a regulação da profissão, o projeto da criação da Ordem dos Assistentes Sociais, entre outros assuntos.

5

Dia 11 de novembro uma comitiva do Sindicato Nacional dos Assistentes Sociais (SNAS) , reuniu com o Presidente, Dr. Paulo Vistas, e o Vice-Presidente Carlos Morgado, da C. M. Oeiras.

Os tópicos abordados foram a sede do SNAS no Concelho, assistentes sociais no Concelho, percurso e a atividade do SNAS, eventuais projetos, e a articulação entre sindicato e a C.M. Oeiras.

6

EM

FO

CO

Convenção Nacional dos Assistentes Sociais

Caros/as Colegas,

A nossa Convenção Nacional realizou-se com o sucesso esperado, e com uma larga participação de

profissionais e estudantes de Serviço Social, vindos de vários pontos do país.

Estivemos juntos/as um dia inteiro a refletir sobre a profissão que escolhemos e que realizamos

diariamente com entrega e compromisso. Estes momentos reforçam a união da classe e o sentimento de

que fazemos parte de uma comunidade, fortalecendo o vínculo e a partilha.

Havemos de continuar a encontrar-nos!

Lanço-vos agora um desafio, e porque não replicar estes encontros ao longo do território, numa base local,

mesmo que em grupos de dimensão variada, mas sempre numa base reflexiva e de partilha?

Façam-nos chegar as vossas ideias e as ações que visem concretizar de modo a criarmos uma “onda” de

participação por todo o país.

Agora já estamos a pensar no Congresso de Beja, 23 e 24 de março pelo que vos sugerimos que

comecem a planear a vossa agenda.

E não esqueçam a APSS terá a força e o reconhecimento social que os associados lhe derem.

Segue em anexo a Declaração de Lisboa, com que encerrou a Convenção Nacional dos Assistentes

Sociais.

Abraço Associativo

APSS - Associação dos Profissionais de Serviço Social

Consulte AQUI a Declaração de Lisboa.

7

No passado dia 10 dezembro, dia dos Direitos Humanos, o Sindicato Nacional dos Assistentes Sociais (SNAS) apresentou uma

comunicação na Convenção de Assistentes Sociais, organizada pela Associação dos Profissionais de Serviço Social (APSS), na

Fundação Calouste Gulbenkian.

A Direção do SNAS reiterou o seu compromisso pela regulação da profissão.

Os vídeos podem ser vistos AQUI

8

Assembleia Geral SNAS

Em breve será divulgada a ata das Assembleias Gerais, realizadas no passado dia 8 dezembro, logo que elaboradas pela Mesa

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AÇÃO SINDICAL E O PAPEL DOS

SINDICATOS!

Por: João Lourenço

O Papel dos sindicatos hoje no contexto da

sociedade capitalista. O seu lugar é insubstituível por

ser o principal movimento coletivo á pretensão

daqueles que não querem e ignoram a causa sobre

a centralidade da pessoa humana, a razão sobre a

procura da segurança e do bem-estar, como um

direito social inalienável. Pretendem-nos impor um

velho modelo de poder altamente explorador e

regulado pelos seus exclusivos interesses egoístas e

do capital. Fundamentam-se na ideologia do

mercado por si altamente manipulado excluindo e

deixando de fora a dignidade de todos e os direitos

adquiridos na luta e no trabalho ao longo dos

tempos. Por isso hoje os sindicatos batem-se e lutam

pela garantia e defesa destas causas justas.

Propõem um novo modelo centrado na justiça e

numa nova sociedade que deve estar ao serviço do

ser humano e não do capital. Exigem a dignificação

e o bem-estar para todos a partir do respeito pelos

direitos humanos e coletivos construindo assim uma

sociedade mais justa e participada, organizada em

movimentos e organizações de base como são os

sindicatos de trabalhadores independentes,

autónomos e livres.

OS SINDICATOS FAZEM FALTA

1º. A causa. O trabalhador é uma pessoa que deve

ser respeitada. Por esse motivo não se pode

confundir com capital, nem como um recurso, não é

uma reserva, nem tão pouco um objeto ou peça

descartável, por esse motivo não deve ser

mercantilizado, nem obedecer, nem depender de

regras da lei da procura ou oferta, mas sim de

direitos.

2º. A razão. Como ser humano e sujeito social o

trabalhador luta pela aplicação dos direitos humanos

já consagrados. A liberdade, a consciência, a

inteligência, a criatividade e o emprego são direitos

fundamentais para a realização pessoal e familiar.

Não podendo ser aceites nem violados na perda

destes direitos, mesmo que sejam provocados por

empresas, ou pelo estado, muito menos ainda pelo

mercado.

3º. A luta pela garantia e defesa. Pela igualdade

social, pela dignidade e liberdade, o acesso a todos

os direitos só serão possíveis numa sociedade

comunitária organizada e participada, pese embora a

necessidade da luta de classes praticada de forma

humana e defensora e respeitadora dos mais fracos

sem opressores nem oprimidos.

4º. O poder coletivo dos Sindicatos A cidadania dos

trabalhadores está nas condições de vida e de

trabalho que são requisitos e alicerces de uma nova

sociedade baseada na democracia e na justiça

SIN

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ES

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social.

5º. Autonomia e representação de todos. As

organizações sindicais não devem estar

subordinadas a qualquer outra ordem que não sejam

as dos próprios trabalhadores. A prática faz-se

através da informação e consulta principalmente

perante as grandes decisões. Para os trabalhadores

se sentirem representados devem de participar

ativamente e socialmente na vida organizativa, e

envolvidos na sua defesa e na do coletivo

valorizando e humanizando as relações que devem

consistir em equilíbrio entre o poder e os mais

fracos.

6º. Os sindicatos são de massas. Têm de mobilizar e

alargar a representação de todos sejam efetivos,

precários a prazo etc. Sempre e onde houver

trabalho e trabalhadores por conta de outrem. Na

sua diversidade de vínculos e condições de trabalho.

Abrir e captar os interesses dos mais jovens, ser

mesmo um movimento organizativo atraente, todo o

trabalho é de ser responsavelmente para todos os

extratos socias laborais como a defesa das minorias,

(imigrantes) reformados e aposentados, mulheres,

deficientes etc.

A ORGANIZAÇÃO SINDICAL DE BASE

1-Na empresa ou na unidade de produção ou de

serviços, situa-se sempre o local privilegiado da ação

sindical de base.

É nos locais de trabalho que se concentram os

trabalhadores também o é onde surgem os conflitos.

A causa e a razão principal da ação sindical e a

importância dos delegados sindicais eleitos, eles são

os representantes mais próximos do trabalhador e do

sindicato. A sua ação principal é a de manter ativo o

sindicato, defender e proteger os trabalhadores

passar a informação e fomentar a sindicalização. Em

constante contacto com todos os trabalhadores

dinamiza e fomenta a unidade e a mobilização

preparando-os para os plenários e possíveis lutas.

2-Os trabalhadores elegem os seus representantes e

formam assim os seus órgãos representativos no

local de trabalho. Votam sobre quem sentem

confiança e decidem democraticamente, como estes

devem de funcionar.

3-O plenário de trabalhadores é o órgão máximo que

deve ser convocado sempre que possível e as vezes

necessárias, e ouvir o total dos trabalhadores para

se tomarem as decisões coletivas. A mesa deve dar

sempre tempo para a intervenção dos trabalhadores

no plenário.

4-Com os órgãos democraticamente eleitos. Os

problemas individuais e coletivos passam dentro do

possível a procurar resolver-se ao encontrar as

respostas no próprio local de trabalho mas atenção

que não dispensam o acompanhamento e a

participação direta dos trabalhadores representados.

10

5-A ação do sindicato deve sempre assentar na

organização de base a mais próxima da participação

porque está dentro da própria empresa ou do local de

trabalho. No entanto também podem verificar-se casos

que ultrapassam a simples esfera interna e ser

necessário intervir em cooperação ou em unidade com

outras empresas e estruturas sindicais sejam estas

locais ou regionais ou ainda nacionais e internacionais.

Em todo os casos deve haver informação e consulta, e

conforme for o caso e forma expressa ou sentida por

todos os trabalhadores que estão a ser representados.

6-Os trabalhadores associados são os legítimos donos

da sua estrutura sindical e devem de zelar por ela

conquistando mais adesões, participando e não

deixando desvirtuá-la. Ao serem ativos participativos

(manifestações, lutas, informação e formação etc.) e

sempre que necessário utilizam integralmente todos os

direitos que lhes assistem junto da entidades patronais

ou de outros órgãos de poder.

7-O lugar de cada trabalhador, sempre tiveram de lutar

para defenderem os seus interesses. O resultado foi

conquistas enormes como definir conceitos regularizar

direitos e consagrá-los em negociações ou em lutas.

8-Os trabalhadores mobilizam-se por objetivos

concretos sobretudo quando participam nas decisões,

em unidade e reconhecem a justeza da luta, no entanto

é preciso que os objetivos sejam discutidos e aprovados

pelo coletivo. Estes devem corresponder aos seus

enseios e reivindicações, com condições

compreensíveis e com a demonstração da justeza e das

soluções possíveis.

9-O papel dos delegados sindicais ser um amigo mais

próximo no local de trabalho, estar livre e disposto a

apoiar os trabalhadores como seu representante e para

sua defesa.

Como membro da organização sindical na empresa,

não fica só pela distribuição de comunicados, mas

dinamiza informações orais e escritas em placares e

afixa cartazes colaborando com outras estruturas

representativas como as comissões de higiene e

segurança etc.

10-Mobiliza para as reivindicações aprovadas e para a

luta sempre que necessário agir a todo o momento e de

forma adequada para garantir a participação consciente

e ativa dos trabalhadores nas lutas.

11-Auscultar as reivindicações coletivas tendo em conta

o envolvimento de todos os grupos socioprofissionais

ou setores especiais existentes.

12-Dinamizar futuros dirigentes sindicais interessando-

os. Também podem apoiar a criação de grupos de

estudos de problemas específicos, elaborarem

propostas e sugestões de vários âmbitos como prote-

ção na saúde defesa do meio-ambiente etc.

13-Recolher críticas e as propostas dos

trabalhadores sobre os assuntos laborais dando lugar

para que as mesmas sendo justos tenham seguimento.

Nas reivindicações ou na proteção sobre medidas de

represálias patronais e desproporcionadas. Caso que

não se possam resolver devem de imediato

reencaminhá-las conforme a gravidade do caso, para as

comissões negociadoras do foro reivindicativo, ou para

a sede do sindicato para apoio técnico jurídico.

14-Luta contra os despedimentos individuais é

necessário que os trabalhadores vejam nos seus

delegados sindicais os seus advogados de defesa mas

essa confiança não deve ser iludida, em caso de

qualquer processo disciplinar é preciso. 1º. Informar-se

de todos os pormenores conversar com o trabalhador

aconselhá-lo e defendê-lo.- Ajudá-lo a arranjar

testemunhas e em seguida encaminhá-lo para o

contencioso do sindicato.

15-A luta contra os despedimentos coletivos é preciso

recolher e receber informação da empresa dos motivos.

Ao mesmo tempo mobilizar os trabalhadores para

lutarem e terem cuidado com as leis que facilitam os

despedimentos. Denunciar publicamente com a ajuda

do sindicato e preparar a defesa para se oporem ao

mesmo e garantir que não haja fugas de bens no caso

de no futuro vir a haver indeminizações.

16-A luta contra os contratos a prazo e a

precariedade acompanhar o trabalhador e dar apoio e

informação logo que ele é admitido nomeadamente o

valor da sua participação na segurança social. Estar

atento aos contratos a prazo com a renovação e aos

precários nos seus direitos em caso de greve ou outras

lutas, impedir pela solidariedade coletiva que os

mesmos sejam usados e vítimas de repressão ou

pressão. Convidar os trabalhadores a se sindicalizarem

caso o não sejam pois passa por aí o seu futuro.

17- Lutar com toda a força contra a desvalorização do

trabalho. Principalmente pelo direito ao emprego digno,

salários justos, horários de trabalho, carreiras

profissionais, vínculos efetivos e um grande combate às

desigualdades e assimetrias injustas e escandalosas.

DINAMIZAÇÃO E INICIATIVAS SOCIAIS

Os delegados sindicais desempenham um papel

fundamental no aprofundamento da democracia e no

desenvolvimento do coletivo e do individual dentro da

empresa. Não obstante isso está em outras

dinamizações dos trabalhadores em profunda ligação

com os mesmos que não passam só pelos problemas

laborais. A realização de atividades para os tempos

livres, dentro ou fora da empresa, local de trabalho,

podem contribuir para o reforço da unidade,

confraternização solidariedade e sindicalização e na

ligação dos trabalhadores ao seu sindicato. As

realizações são normalmente abertas á participação de

trabalhadores ainda não sindicalizados e podem ser de

âmbito cultural, desportivas, e até de turismo social.

11

É com princípios claros e a partir da prática democrática

que coletivamente ouvindo a opinião dos trabalhadores

e envolvendo-os em iniciativas do seu agrado. Fazer

pequenas reuniões em grupo para planear sejam para

ações de carácter recreativas ou desportivas ou visitas

de estudo de interesse como organizações da

economia social, cooperativas, reservas do meio-

ambiente etc.. Não esquecer depois de se fazer um

balanço para melhorar e planear futuras iniciativas com

a preocupação de que sejam sempre mais

participativas.

OUTROS ÓRGÃOS DE REPRESENTAÇÃO DOS

TRABALHADORES

A comissão intersindical è o órgão, constituído pelos

delegados sindicais que estão dentro da empresa

mesmo pertencente aos diferentes setores

socioprofissionais. Tem a missão de dirigir e coordenar

a atividade sindical e a cooperação dos vários

sindicatos que a constituem unificando as lutas e

efetivando a solidariedade dando assim mais força ás

lutas e tomadas de posição. Discute e analisa as

situações comuns ou específicas de cada sindicato.

Pode no entanto haver um só sindicato dentro da

empresa, ou um de âmbito vertical ( sindicato que

abrange várias setores profissionais e os representa )

mas é sempre a reunião do conjunto de delegados que

compõem a comissão intersindical.

As comissões de higiene, saúde e segurança no

trabalho. As condições de higiene e segurança têm um

estatuto próprio e uma lei. Os trabalhadores elegem os

seus representantes, que podem e devem ser

apresentados pelos seus sindicatos. Há por isso uma

forte ligação á ação do sindicato pois estão em causa

os acidentes de trabalho a saúde e o bem-estar dos

trabalhadores.

Cabe exigir condições dignas de higiene e segurança,

colocá-las nas reivindicações e nos contratos de

trabalho incluindo estas nos objetivos sindicais da

empresa ou local de trabalho. Denunciar a ausência das

devidas condições e do cumprimento das regras em

vigor (Sem esquecer as das consequências para o meio

ambiente e para as doenças profissionais) Deve-se

sempre tentar resolver dentro da empresa quando se

tratar de práticas negativas. Estão os delegados

sindicais aptos para defenderem esta tão importante

frente de luta. A sensibilização dos trabalhadores é

também uma ação sindical fundamental.

AS COMISSÕES DE TRABALHADORES

As comissões de trabalhadores são órgãos de

representação de todos os trabalhadores da empresa a

que pertencem e regem-se pela lei 46/79 que está

consagrada na Constituição da República, não são

sindicatos nem os podem substituir. No entanto onde há

CTs. Há normalmente um trabalho unitário e

complementar com o dos sindicatos. Em muitos casos

há dirigentes e delegados sindicais que também fazem

das direções das CTs.

É uns dos direitos dos trabalhadores de uma empresa

criarem uma CT, para defesa dos seus interesses

dentro da mesma em que laboram, podem apresentar

cadernos reivindicativos internos que são sempre

complementares aos contratos coletivos. Os seus

membros eleitos devem e não estão impedidos de

cooperar com os seus sindicatos. A lei regula tempos

para exercerem a sua atividade a todos os delegados

das CTs. Também há membros a tempo inteiro um por

cada mil trabalhadores. A empresa obriga-se a

proporcionar os meios técnicos e administrativos para

que esta funcione. A CT. Representa todos os

trabalhadores efetivos da empresa independentemente

da sua posição ou profissão.

O órgão máximo das CTs é a Assembleia Geral de

trabalhadores. Tem um crédito anual de 15 horas para

reunir. Os seus membros dirigentes 40 horas mensais

se for coordenador 50 horas.

DEMOCRACIA SINDICAL E PARTICIPAÇÃO DAS

BASES

Os sindicalistas de base devem ser os atores mais

ativos e preparados para rejeitarem todo o sindicalismo

de cúpula e burocrático porque este vive afastado dos

trabalhadores a que dizem representar.

A ativa participação é a base do êxito dos próprios

trabalhadores e dos seus representantes, a sua

presença nos plenários nas manifestações é o eixo que

motiva e mobiliza a vida sindical e democrática com o

seu exemplo e contributo dá confiança para o alcançar

dos objetivos.

A solidariedade de classe é o elemento fundamental da

ação sindical e da capacidade de serem atingidos

muitos dos objetivos sociais e da justiça. É preciso ter

sempre presente a pessoa humana como um ser social

e ético com direitos, deve ser apoiado nas razões que

lhe assistem e de que é merecedor.

O não aceitar a idealização de uma sociedade

individualista proposta pelo neoliberalismo. Cujo

desprezo pela solidariedade e pelo coletivo impele-nos

para o egoísmo. Causa que nunca contribuiu para a

motivação e para a libertação e realização plena do ser

humano, nem para a participação cidadã e democrática

que o sindicalismo professa.

Os sindicatos devem cooperar em parcerias com outros

movimentos sociais gerando novas dinâmicas e

pluralidade que se expressão nos valores democráticos

comuns e na centralidade de todo o ser humano.

A melhor resposta está no participar como cidadão e

trabalhador. Como sindicalistas a realidade

impele-nos para a democracia como o nosso contributo

na construção e na motivação para se atingir uma nova

sociedade alternativa e um novo desenvolvimento

humano que satisfaça os interesses das classes traba-

lhadoras, com a nossa contribuição para a verdadeira

alternativa coerente á da selva do capitalismo

selvagem.

12

Oficinas sobre Precariedade Laboral

Em 2017, a CAT-Comissão para os Assuntos do Trabalho da BASE-FUT decidiu debater a precariedade no trabalho

promovendo oficinas em vários locais do país, retirando conclusões dos debates, tendo como ponto central testemunhos e

reflexão sobre os mesmos para construir uma ação sindical capaz de enfrentar a realidade da precariedade em expansão.

*Texto de apoio à ação de formação sindical da BASE-FUT.

João Lourenço é sindicalista, trabalhou na Lisnave onde foi membro da Comissão

de Trabalhadores daquela empresa. Pertenceu também à Comissão Executiva da

CGTP e é dirigente da BASE-FUT.

A BASE-F.U.T. não é um sindicato nem partido político. É uma organização

autónoma de tipo global, de animação político-social e cultural, com particular

intervenção no mundo laboral.

A principal preocupação da BASE-F.U.T. é a formação de animadores sociais,

sindicais ou culturais, que promovam a participação cívico-política e a justiça social,

numa perspectiva de um aprofundamento da democracia e da participação activa de todos os cidadãos e cidadãs, numa

democracia que se pretende o mais participativa possível.

[email protected]

BASE - Frente Unitária de Trabalhadores

Comitiva do SNAS esteve presente na oficina sobre precariedade organizada pela BASE-F.U.T.

Aceda AQUI ao Relatório dos trabalhos

13

A dirigente do SNAS, Madalena Natividade, na sessão de encerramento do Seminário "Gestão e Qualidade nas Organizações Sociais" na U. Lusófona em 25 de Novembro.

14

Dirigentes do Sindicato Nacional dos Assistentes Sociais (SNAS) , assistiram dia 22 de novembro à Conferência Sindical da UGT sobre NEGOCIAÇÃO COLETIVA.

O 1° painel contou com Fernando Catarino José, Subdiretor-Geral da DGERT e Sérgio Monte, Secretário Executivo da UGT. Moderou Jorge Nobre Santos, Secretário-Geral Adjunto da UGT.

O 2° painel foi constituído pelo Professor Doutor Monteiro Fernandes, catedrático do Direito do Trabalho, ex-Secretário de Estado do Trabalho no XIII Governo Constitucional (1995/97) e foi moderado pelo Dr. Carlos Alves.

O 3º Painel constitui-se com dirigentes sindicais com vasta experiência em Negociação Coletiva.

15

O Sindicato Nacional dos Assistentes Sociais (SNAS) esteve presente na Conferência do 38º aniversário da UGT, no dia 28 de

outubro. A Sessão de Abertura foi realizada por Carlos Silva, secretário Geral da UGT pela Dra. Francisca Van Dunem, atual

Ministra da Justiça.

O Painel de Conferencistas sob o tema “ O ESTADO DA JUSTIÇA EM PORTUGAL” incluiu o ex-Ministro da Justiça - Dr. Alberto

Martins, Dr. Álvaro Laborinho Lúcio - Juiz Conselheiro Jubilado do Supremo Tribunal de Justiça, Dr. António Marinho e Pinto -

Eurodeputado, Dra. Elina Fraga - Bastonária da Ordem dos Advogados e Dr. Rogério Alves - Advogado.

A Moderação foi realizada por Carlos Almeida - Presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça e a Sessão de Encerramento

por Lucinda Dâmaso - Presidente da UGT e Dr. Miguel Cabrita - Secretário de Estado do Emprego.

O Sindicato Nacional dos Assistentes Sociais (SNAS), esteve presente na formação destinada a jovens sindicalistas organizada

pela Comissão de Juventude da UGT que decorreu nos dias 15 e 16 de Outubro em Setúbal.

16

O SNAS esteve presente na Conferência “O futuro do trabalho” no âmbito das comemorações do 100.º aniversário do Ministério

do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSS), no dia 19 de outubro, no Teatro da Trindade.

A inovação tecnológica, às novas formas de organização do trabalho e as relações laborais num quadro de mudança foram

algumas das temáticas abordadas. Aprofundou-se a discussão entre o modelo social europeu e a construção europeia.

Em foco esteve a legislação nas políticas públicas e na negociação coletiva, a revolução e o redesenhar do mercado de trabalho

e das relações laborais.

Participaram diversos especialistas (nacionais e internacionais), numa iniciativa que, além assinalar a efeméride respondeu a um desafio lançado pelo diretor geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

Uma Comitiva do Sindicato Nacional dos Assistentes Sociais (SNAS), marcou a sua presença na inauguração da nova sede

da UGT - União Geral de Trabalhadores, no dia 10 de outubro de 2016.

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Diplomas relevantes publicados em Diário da República

Diplomas de 24 de Outubro a 11 de Novembro de 2016

Aceda AQUI

Diplomas de 14 a 25 de Novembro de 2016

Aceda AQUI

Caderno reivindicativo da Juventude elaborado pela Comissão de Juventude da UGT

Aceda AQUI

Resolução do Secretariado Nacional da UGT

Aceda AQUI

18

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A Vitimação do Assistente Social e o Contexto de Retração dos Apoios das Políticas Sociais

Joaquim Norberto Martins da Silva

(…) Na realidade, temos assistido em toda a Europa ao desmantelamento de estruturas do Estado de Bem-Estar

Social (e.g., aumento do período de contribuição e introdução de tetos para benefícios de pensões), fim da

estabilidade no emprego e introdução de exigências mais rigorosas para acesso aos subsídios desemprego,

exigências de contrapartidas e condicionalidades para o recebimento de benefícios assistenciais (critérios mais

rígidos para acesso a benefícios de Renda Mínima de Inserção) e introdução de pagamentos por serviços de

saúde e educação, desconstruindo a universalidade (Boschetti, 2012, in Ferraz, 2014). A corrosão das estruturas

do Estado de Bem-Estar Social é uma tónica presente na versão aplicada pelos Estados europeus, de um modo

geral, nos gastos públicos canalizados para socorrer bancos e ganhos especulativos gerados pelo aumento da

dívida pública (interna e externa), em vez de assegurar as funções de assistência e proteção social (Ferraz,

2014).

Com o retorno e fortalecimento da conceção liberal de Estado, as suas características mais contundentes

expressam-se nas modalidades de intervenção através da expansão das políticas de segurança e repressão, em

paralelo com a regressão no caráter universalista e de promoção do bem-estar das políticas sociais, por via da

privatização e terceirização de serviços como os de saúde e assistência social (Ferguson, 2013, in Ferraz, 2014).

Ou seja, um Estado que para fazer face à desregulação económica e insegurança social se transforma num

Estado Penal, implicado na criminalização da pobreza, em prejuízo do Estado Social (Wacquant, 2009). (…)”

Na íntegra

Construção dos espaços de conhecimento e de acção em Serviço Social

Maria Irene Lopes Carvalho

“ (…) o Serviço Social não surgiu para produzir conhecimento, tal como a sociologia, a economia, a política, entre

outras ciências, mas para agir na realidade, modificando as condições de desigualdade. Esta realidade foi

construída socialmente, incidindo sobretudo na acção ou intervenção junto de grupos socialmente discriminados

ou em posição de desigualdade em relação a outros grupos. Significa que foi construído a partir de pontos de

vista comuns da realidade, através da partilha do nosso conhecimento e de vários processos sociais que a

organizam e a tornam objectiva. Este conhecimento leva à institucionalização de convencionalismos quando um

grande número de pessoas partilha os mesmos critérios sobre um determinado aspecto dessa realidade.

Quando estes critérios se convertem em legítimos, em virtude de um processo de aglutinação daqueles significa-

dos, transformam estas ideias sobre a realidade num sistema organizado e plausível. Deste modo, o critério

social torna-se produto do critério humano (cf. Payne, 1995). Significa que existe um tronco comum do

conhecimento e da acção do Serviço Social que lhe dá especificidade.

Actualmente, o Serviço Social “homogeneizou os procedimentos burocrá- ticos, administrativos, realizados

institucionalmente, mas à ineliminável heterogeneidade das situações, o profissional só pode elidir pela

abstracção” (Netto, 1993: 94). Para efectuar este procedimento analítico, Dominelli (2004) propõe uma acção

que possibilite intervir no nível micro (relações interpessoais), meso (local) e macro (global). Para efectuar esses

procedimentos é necessário lidar com as incertezas e ambiguidades da profissão pela auto-confrontação,

inscrever os direitos humanos, de cidadania e de justiça social, actuar com as complexidades e subtilezas do

poder institucional, e, em vez de reconhecer as diferenças dos utentes, valorizar as suas capacidades de saber e

criatividade, de modo a compreender também as repercussões das suas acções emocionais e intelectuais na

sua vida. Só deste modo é possível consolidar uma teoria da prática, associando- -a à competência teórica e

analítica de abstracção dos problemas, inscrevendo- -os num contexto social global e, nessa construção,

parafraseando novamente Bourdieu (2004), aliar as competências teóricas, analíticas a colectivos científicos (..)”

Na íntegra

19

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Código do Trabalho artigo 444.º

Liberdade de inscrição

1 – No exercício da liberdade sindical, o trabalhador tem o direito de, sem discriminação, se inscrever em sindicato que, na área da sua actividade, represente a categoria respectiva. (...) 5 – O trabalhador não pode estar simultaneamente filiado, a título da mesma profissão ou actividade, em sindicatos diferentes.

Se o sindicato que representa uma determinada profissão não aderir a uma greve, mesmo que o trabalhador

esteja sindicalizado, mantém direito à greve?

O direito à greve, consagrado na Constituição da República Portuguesa, é um direito de todos os trabalhadores,

independentemente da natureza do vínculo laboral que detenham, do sector de actividade a que pertençam e

do facto de serem ou não sindicalizados.

Um trabalhador, não sindicalizado ou um trabalhador filiado num sindicato, pode aderir à greve declarada por

um outro sindicato desde que a greve declarada abranja a empresa ou sector de actividade bem como o âmbito

geográfico da empresa onde o trabalhador presta a sua actividade.

Não tem qualquer obrigação de informar o empregador de que vai aderir a uma greve, mesmo no caso deste

lho perguntar.

Em greve perde o direito à retribuição.

Todavia alguns sindicatos possuem fundo de greve e de solidariedade que ainda não existe no SNAS - Sindicato Nacional dos Assistentes Sociais para ressarcir o valor da remuneração descontado. Na próxima alteração aos Estatutos a Direção do SNAS vai apresentar uma proposta no sentido do colega sin-

dicalizado poder optar livremente por descontar para o fundo de greve e de solidariedade.

Assim desta forma a retribuição dos dias em greve estará assegurada pelo Sindicato.

JUNTE-SE A NÓS.

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