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BOLETIM SEMANAL RESERVADO 1 BS N° 09/17 SEMANA: 20/03/17 a 24/03/17 ASSUNTOS: DROGAS E SMARTPHONES APPLE PRODUZ iPHONE NA ÍNDIA A LISTA NEGRA DOS APLICATIVOS PROIBIDOS NOS APARELHOS MÓVEIS DE EMPRESAS HUAWEI: UMA VISÃO HOLÍSTICA NOTA: OS ÍTENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES. 01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA Índice A Anatel e as Prestadoras Regionais A situação da Oi Resultado do 4º Trimestre de 2016 Ajustes ao Plano de Recuperação Os Bondholders posicionam-se contrariamente à Proposta do CA da Oi Safra aumenta participação na Oi Enquanto os acionistas não se entendem, a Oi perde clientes A Lenta Agonia da Oi Desligamento de linhas fixas México adota medidas antitrust contra a America Movil Nesta semana o BS selecionou para registro e comentários os tópicos que seguem abaixo:

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BOLETIM SEMANAL RESERVADO

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BS N° 09/17

SEMANA: 20/03/17 a 24/03/17

ASSUNTOS:

DROGAS E SMARTPHONES APPLE PRODUZ iPHONE NA ÍNDIA

A LISTA NEGRA DOS APLICATIVOS PROIBIDOS NOS APARELHOS MÓVEIS DE EMPRESAS HUAWEI: UMA VISÃO HOLÍSTICA

NOTA: OS ÍTENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES.

01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA

Índice

A Anatel e as Prestadoras Regionais A situação da Oi

Resultado do 4º Trimestre de 2016 Ajustes ao Plano de Recuperação

Os Bondholders posicionam-se contrariamente à Proposta do CA da Oi Safra aumenta participação na Oi

Enquanto os acionistas não se entendem, a Oi perde clientes A Lenta Agonia da Oi

Desligamento de linhas fixas México adota medidas antitrust contra a America Movil

Nesta semana o BS selecionou para registro e comentários os tópicos que seguem abaixo:

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A Anatel e as Prestadoras Regionais

O “Fórum” das Prestadoras Regionais

O Conselheiro Anibal Diniz anunciou durante o “Encontro de Provedores Regionais” que a Anatel está atuando para criar um “Fórum” que contará com a participação exclusiva dos Provedores Regionais, por vezes, também, conhecidos como “Pequenos Provedores”.

Como estas “pequenas” ou “regionais” Empresas já ampliaram sua linha de atuação e, atualmente, são, realmente, Prestadoras de Serviços de Telecomunicações, o BS considera que é melhor identifica-las como “Prestadoras Regionais”.

Independentemente de como elas serão qualificadas, o importante é a decisão tomada pela Anatel. Há algum tempo o BS vem defendendo uma estrutura interna da Agência que se dedique, exclusivamente, aos aspectos particulares da atuação destas Prestadoras, principalmente, os de ordem regulatória.

Não se defende que do ponto de vista da prestação dos serviços haja qualquer tipo de privilégio para essas Prestadoras em detrimento dos direitos dos consumidores. No mundo real, estes não estão muito interessados se a sua Operadora é grande ou pequena; se é regional ou, nacional; se é brasileira ou estrangeira. O que, realmente, faz a diferença é a qualidade dos Serviços por eles percebida, e os preços que paga pelo seu uso. Naturalmente, há “simpatias” que podem ter alguma influência; mas, não é este o ponto crucial que “fideliza” um cliente à Prestadora que lhe oferece os Serviços.

Contudo, é importante que se propiciem condições para que a “competição” entre a grande e a pequena seja equalizada em alguns aspectos. Com isto, pretende-se impedir, ou pelo menos mitigar, que o “poder econômico” ou o “poder de mercado”, por si só, sejam fatores que dificultem uma disputa minimamente justa, e impeçam a pequena de evoluir no mercado, pelo simples fato de ser pequena.

Assimetria, não privilégios...

Mas, também, não se defendem privilégios excessivos que coloquem a Pequena Prestadora em uma “zona de conforto” que não a incentive a prestar serviços com “excelência”. Este é um fator fundamental a ser considerado em qualquer “política” que seja implementada. Tal “política” deve ser “neutra” em relação aos “direitos” dos usuários. Isto significa que possíveis “vantagens” concedidas à Prestadora Regional, não podem ser concedidas à custa de perdas para os consumidores dos Serviços.

A ideia, no entendimento do BS, é excelente. Não se conhece a extensão da ação que a Anatel irá adotar. A criação de um simples “Fórum” pode ser insuficiente, entendendo-se tal Entidade como uma “estrutura” onde os problemas serão, simplesmente, discutidos. Mas, sem dúvida, mesmo

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que assim seja, é um avanço considerável em relação ao cenário atual onde os “pequenos” dificilmente conseguem ser “ouvidos” de modo representativo.

O BS vem sugerindo que tal “estrutura” não seja somente de “consulta e discussão”. Mas, efetivamente, uma “unidade” da Agência que atue, deliberadamente, de forma “assimétrica”, em relação à regulamentação geral aplicada ao Setor, historicamente voltada para as Prestadoras Dominantes. Mas, reiterando: sem privilégios!

O “espírito” deve ser mais de “apoio” do que de favorecimentos explícitos. Ainda que o “apoio” possa ser entendido por alguns como um privilégio que o BS, no contexto do que está defendendo, prefere chamar “assimetria”. Isto, sem querer levar as discussões para um campo puramente “semântico”, onde não resultem efeitos benéficos para as Prestadoras Regionais, que é o objetivo perseguido. Em isto ocorrendo, na visão do BS, o Setor Brasileiro de Telecomunicações, sairá ganhando.

Além do mais, que seja uma forma de ampliar os níveis de competição no Setor, principalmente, nas cidades de pequeno e médio porte do Interior do País e, até, nas regiões periféricas das áreas metropolitanas.

O momento é de “dar voz” às Prestadoras Regionais e proporcionar oportunidades de desenvolvimento àquelas que demonstrem condições empresariais para tanto. Sempre lembrando, que o apoio de ordem econômica, é de importância ímpar nos aspectos que estão sendo levantados.

O que é uma Prestadora Regional?

Ademais, talvez seja o momento de ampliar o conceito de Prestadora Regional às Operadoras assim classificadas. A referência usual é a quantidade de acessos que operam. Atualmente, este número é 50.000 acessos. Nos Estados Unidos, recentemente, a FCC fixou a referência em 250.000 acessos. Provavelmente, no Brasil este valor seja elevado. Mas, sugere-se rever a questão e elevar o número, por exemplo, para 100.000 acessos, ou seja, dobrando a cifra atualmente estabelecida.

Sem esquecer o Leilão das Sobras...

Nesta oportunidade, o BS volta a chamar a atenção para o encaminhamento do Leilão das Sobras. O certame, decorrido quase um ano e meio de seu lançamento ainda não está encerrado. As outorgas já concedidas, aparentemente estão encontrando dificuldades de se concretizar na prática. As dificuldades para se encontrar um equilíbrio nos Projetos que os tornem minimamente viáveis parecem ser evidentes. O potencial de impacto nas atividades destas Prestadoras Regionais é imenso. Se não forem adotadas medidas cuidadosas os “estragos” poderão ser bastante significativos.

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Basta considerar as “penalidades” às quais estão sujeitas, caso não iniciem a prestação dos Serviços no prazo estipulado no Edital. E, também, as devidas na eventualidade da “devolução” das outorgas recebidas, caso se conclua pela “inviabilidade” da implantação das redes. Uma situação delicada para a qual o BS iniste em chamar a atenção da Anatel e dos responsáveis pela condição do processo licitatório, até hoje não encerrado.

Retornando à “Estrutura”...

Em tal estrutura sendo criada, sugere-se que uma das primeiras atividades a serem desenvolvidas seja, exatamente, levantar os problemas ocorridos nesta licitação e procurar encontrar soluções viáveis que não onerem demasiadamente as Prestadoras. Cabe registrar – no que seja do conhecimento do BS – que, até o momento, não foi pedido o licenciamento de sequer uma Estação Rádio Base entre aquelas previstas nas outorgas do espectro de 2,5 GHz, concedidas às Empresas vencedoras que já foram adjudicadas e assinaram os respectivos Termos.

A situação da Oi

Dentro de alguns meses completa-se um ano do Pedido de Recuperação Judicial da Concessionária Oi. Um processo que nas suas raízes, por razões diversas, gerou grandes expectativas, incluindo o “inusitado” do processo: foi a primeira vez que uma Concessionária pediu Recuperação Judicial no País. Também pesou a complexidade natural do processo, em função do porte e das características particulares da Companhia e dos Serviços por ela prestados, regidos por legislação específica, materializada na Lei Geral de Telecomunicações, e em Decretos e Normatização, dela decorrentes

O PRJ da Oi foi feito dentro de uma linha que envolvia a aprovação de alterações na legislação vigente das telecomunicações do País, de modo a facilitar o andamento do processo. Isto está, inclusive, explícito no texto do pedido original apresentado à Justiça da Comarca do Rio de Janeiro. Tais modificações, até o momento, não ocorreram em função das dificuldades para a aprovação do PLS 79/2016, já comentadas em BS anteriores.

Também estavam considerados alguns aspectos referentes ao tratamento a ser dado aos chamados Bens Reversíveis (poderiam ser vendidos) e à celebração de Termos de Ajuste de Conduta, como forma de substituir o pagamento integral de multas devidas pela Companhia, à União, compensado pelo compromisso de realizar investimentos em regiões sócio e economicamente menos favorecidas.

A situação de Concessionária do Setor de Telecomunicações, regido por legislação que impede a “descontinuidade” da prestação de Serviços em Regime Público (no caso o STFC), leva a considera-la como uma Empresa particularmente diferenciada. Na prática, o Juiz que cuida da causa está “inibido” para decretar a sua falência, com a consequente paralisação de suas atividades empresariais, pois, a LGT obriga à “continuidade” da prestação do Serviço explorado em Regime

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Público. É óbvio que, para tanto, a Empresa tem que continuar operacional, ainda que ocorram mudanças na sua administração.

Nessa eventual circunstância a “solução” prevista na LGT é a realização de uma “Intervenção” na Empresa, por Parte do Poder Concedente, no caso, a própria União, através da Agência Reguladora do Setor, a Anatel. Parece óbvio que para ocorrer a “Intervenção” a Empresa deve “existir”, ou seja, não pode ter falido. Entretanto, esta é uma posição que está sujeita à avaliação daqueles que dominam profundamente este assunto, que o BS reconhece não ser o seu metier. Ao final do presente BS está reproduzido o texto da Lei Nº 9.472, de 16 de julho de 1997 (LGT) que trata dos aspectos relativos à Intervenção em uma Concessionária do Setor de Telecomunicações.

Em edições anteriores, o BS tinha chamado a atenção dos seus leitores para a “calmaria” que se observava no andamento do processo. Nas últimas semanas, entretanto, ele voltou a “ferver” com diversas manifestações públicas envolvendo, principalmente, uma clara disputa entre os acionistas da Empresa, controladores e não controladores.

Na verdade, a palavra “controlador” já não deveria ser tão preponderante na Empresa, pois, ao que consta, ela estaria submetidas às Regras do “Novo Mercado”, conforme diretrizes da Bolsa de Valores. Mas, parece que não é isto que está acontecendo. Há um Grupo que, aparentemente, domina a situação ao qual a Administração da Empresa está aderente. Mas, tudo isto se apresenta de uma forma difusa e as conclusões são tiradas mais por inferências das matérias publicadas pela imprensa e por eventuais COMUNICADOS AO MERCADO do que, propriamente, por um conhecimento profundo do que anda realmente acontecendo.

O Poder Público, principalmente através do Presidente da Anatel e do Secretário de Telecomunicações do MCTIC, também se pronunciou “lembrando” ao mercado da “possibilidade” de uma Intervenção na Companhia. Para tanto, até já estaria sendo discutida uma Medida Provisória nos níveis mais elevados do Executivo.

Neste interim, o Conselho de Administração da Companhia aprovou algumas mudanças na proposta da Companhia originalmente apresentadas com o Pedido de Recuperação Judicial. Houve reações de parte representativa dos Credores, principalmente, dos chamados Bandholders. Mas, a iniciativa foi o suficiente para que em dois dias as ações da Companhia valorizassem mais de 20% na BMF Bovespa. Obviamente, o mercado “especulador” está atento aos movimentos da Administração da Companhia, indicando um nível de elevada “sensibilidade”.

Isto, muito provavelmente, em razão da forte desvalorização sofrida pelas ações da Companhia em tempos pretéritos, havendo a expectativa de que, pelo menos parte desta desvalorização, possa ser recuperada em razão de qualquer indício que aponte para uma melhoria da sua situação operacional, ou, de possíveis soluções que redundem no sucesso do Processo de Recuperação Judicial.

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Neste interim, a Companhia divulgou os resultados do seu Balanço correspondente ao 4T de 2016 que, praticamente, corresponde ao encerramento do Exercício e cujos resultados, apesar do tom otimista da Nota de divulgação, apresenta sinais preocupantes em decorrência da significativa redução na quantidade de acessos que produzem receitas para a Companhia.

Na sequência, são apresentados alguns itens referentes aos aspectos mencionados, inclusive, matérias da imprensa com informações mais detalhadas sobre alguns dos pontos abordados.

Resultado do 4º Trimestre de 2016

Cumprindo a legislação das S.A. a Oi divulgou o resultado do 4º trimestre de 2016. Uma síntese é abaixo transcrita. A apresentação e os números completos podem ser obtidos acessando o site da Companhia www.oi.com.br .

Chama a atenção o teor bastante otimista da Divulgação. A conclusão é que a “operação saudável” permite a geração de caixa. Os investimentos estão sendo ampliados (!!!). A qualidade do Serviço está melhorando devido ao “foco na operação”. Há uma melhoria da “margem”. E, por fim, a “Recuperação Judicial avança dentro da normalidade”.

O BS ao reproduzir as informações o faz com a observação de que o otimismo da Companhia deve ser interpretado com as devidas “reservas”, haja visto as manifestações públicas em contrário colocadas frequentemente pela imprensa e, pelo próprio governo que, até, já acena com a possibilidade de uma “intervenção” na Companhia, conforme antes comentado.

De fato, o “retrato” colocado seria bem interessante, não fossem os aspectos envolvidos com o Processo de Recuperação Judicial. No entendimento do BS, o seu desdobramento tem apresentado algumas “divergências” entre as Partes interessadas que não colocam uma solução “evidente” a curto prazo. E, as consequências de não se encontrar tal solução são imprevisíveis para a Companhia, com a observação de que podem não ser necessariamente agradáveis, para ela mesma, para o mercado, e, de modo geral, para os consumidores e, até, para o Setor, como um todo.

Desta maneira, a avaliação dos resultados deve ser feita com os cuidados que a particular situação da Compnhia recomenda.

Divulgação de Resultados do 4º Trimestre de 2016

FOCO OPERACIONAL PROPORCIONA GERAÇÃO DE CAIXA E MELHORIA DE QUALIDADE

Principais Destaques:

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• Operação saudável permite geração de caixa. A Oi registrou no 4T16 incremento de R$ 708

milhões no caixa, fechando 2016 com posição de caixa de R$ 7,8 bilhões. Desempenho demostra

melhora operacional contínua da Companhia.

• Ampliação de investimento confirma compromisso do plano de recuperação judicial. Mesmo em

um ano de contração econômica, marcado pela redução de investimentos pelo mercado, a Oi

ampliou em 17,6% os investimentos no Brasil em 2016 e em 26,6% no trimestre, em comparação

com iguais períodos do ano anterior.

• Foco na operação promove melhoria de qualidade. Ampliação dos investimentos reforça

compromisso com melhorias na qualidade da rede. Gestão mais próxima das operações de campo

aliada ao novo modelo de atendimento a clientes promove eficiência operacional com

consequente melhoria da experiência do cliente. Avanços nos indicadores operacionais se

traduzem na melhora consistente nos indicadores de qualidade da ANATEL, PROCON e JEC.

• Eficiência operacional, ganho de produtividade e controle rígido de custos se refletem em

melhoria de margem. Opex de rotina das operações brasileiras apresentou redução anual de 7,3%

e sequencial de 4,8%. Considerando inflação de 6,3% no ano, redução real chegou a quase 13% no

4T16 versus o 4T15. Redução sequencial dos custos contribuiu para melhoria da margem EBITDA

de rotina: +0,7 p.p em relação ao 4T15 e +2,6 p.p. em relação ao 3T16, registrando 27,4% no

trimestre.

• Prejuízo do exercício impactado por baixa contábil de créditos tributários. Com uma redução de

47% em relação a 2015, prejuízo antes dos impostos ficou em R$ 3,2 bilhões em 2016. Prejuízo

líquido após impostos registrou R$ 7,1 bilhões no ano, impactado principalmente por baixa

contábil de R$ 2,8 bilhões de créditos tributários sobre prejuízo fiscal acumulado, refletindo as

estimativas de resultado tributário do plano de recuperação judicial.

• Recuperação judicial avança dentro da normalidade. Apesar da complexidade do processo de

recuperação judicial, a Oi segue todos os ritos do processo dentro da normalidade. Companhia

vem gerando caixa, aumentando investimentos e melhorando a qualidade dos serviços e

experiência dos clientes, confirmando foco nas operações durante processo da RJ.

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Ajustes ao Plano de Recuperação

A Oi publicou FATO RELEVANTE comunicando ao mercado que o CA da Companhia “aprovou as condições financeiras básicas constantes do Anexo a este Fato Relevante como ajustes ao Plano de Recuperação Judicial das Empresas Oi apresentado em 05.09.2016 ("PRJ"), bem como autorizou a Diretoria e os assessores da Companhia a apresentarem, assim que possível, aditivo ao PRJ ao Juízo da 7a Vara Empresarial da Comarca do Estado do Rio de Janeiro, onde tramita a Recuperação Judicial da Oi e de suas controladas”.

De certa forma, os termos deste Comunicado têm aspectos conflitantes com a informação de que o PRJ avança em situação de normalidade, manifestada no Comunicado dos resultados do 4T 2016.

Independentemente desta observação, é evidente que o Conselho de Administração da Companhia e a Diretoria Executiva vêm desenvolvendo esforços para que a Recuperação Judicial chegue a um bom termo. No entanto, as repercussões não têm sido unânimes com “troca de farpas” que já não se resumem às “turbulentas” reuniões do Conselho de Administração – inclusive, a Anatel foi compelida a participar das mesmas com a indicação de uma representante “ouvinte” – mas, se extendem abertamente através dos órgãos públicos de comunicação.

Alguns acionistas, ou Grupos deles, têm se manifestado de forma peremptoriamente contrária às propostas da Companhia, como ocorreu no caso em tela. Consideram que elas levam mais em conta os interesses dos controladores (!?) do que os dos credores e detentores de “títulos” (bonds) da Companhia.

Esta posição está abordada com mais detalhes no item seguinte “ Os Bondholders posicionam-se contrariamente à Proposta do CA da Oi”.

Na sequência é publicado o FATO RELEVANTE reproduzido do Site da Companhia.

Oi S.A.

CNPJ/MF nº 76.535.764/0001-43 NIRE 33.3.0029520-8

Companhia Aberta FATO RELEVANTE

Aprovação de Condições Básicas para Ajustes ao Plano de Recuperação Judicial

Oi S.A. - Em Recuperação Judicial ("Oi" ou "Companhia"), em atendimento ao art. 157, §4º, da Lei nº 6.404/76 e nos termos da Instrução CVM nº 358/02, comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral que, em reunião realizada nesta data, o Conselho de Administração da Companhia aprovou as condições financeiras básicas constantes do Anexo a este Fato Relevante como ajustes ao Plano de Recuperação Judicial das Empresas Oi apresentado em 05.09.2016 ("PRJ"), bem como autorizou a Diretoria e os assessores da Companhia a apresentarem, assim que

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possível, aditivo ao PRJ ao Juízo da 7a Vara Empresarial da Comarca do Estado do Rio de Janeiro, onde tramita a Recuperação Judicial da Oi e de suas controladas.

A Companhia manterá seus acionistas e o mercado informados sobre o desenvolvimento dos assuntos objeto deste Fato Relevante, e divulgará oportunamente, na forma da legislação e regulamentação vigentes, demais informações relativas à sua recuperação judicial.

Rio de Janeiro, 22 de março de 2017.

Oi S.A. - Em Recuperação Judicial Ricardo Malavazi Martins

Diretor de Finanças e de Relações com Investidores

Os Bondholders posicionam-se contrariamente à Proposta do CA da Oi

A proposta do CA da Oi não foi bem recebida por alguns dos credores da Oi. Entre eles, estão grupos internacionais detentores de bonds da Companhia. Alegam que não estão minimamente considerados alguns pleitos por eles colocados. Atacam a proposta com a acusação de que ela favorece somente os atuais controladores em detrimento dos possuidores de títulos da dívida e credores propriamente ditos. Em comunicado que foi distribuído à imprensa manifestam sua posição da seguinte forma:

“Após ter revisado cuidadosamente as informações divulgadas pela Companhia, os Grupos de Bondholders da Oi se opõem veementemente aos Termos Propostos. Os Termos Propostos, como a proposta apresentada em setembro, deixam de tratar os credores de forma justa e equitativa, enquanto promovem os interesses de seus atuais acionistas, em detrimento de todas as outras partes interessadas”.

O jornal Valor Econômico publicou duas reportagens sobre o assunto que são abaixo reproduzidas. Ambas são do dia 24/03/2017. A primeira de autoria de Rodrigo Carro e a segunda de Graziella Valenti. Desde logo, o BS dá o devido crédito ao jornal pelas matérias publicadas, bastante esclarecedoras.

Como se pode depreender de ambas as reportagens o “clima” não reflete normalidade sugerida. Pode-se, até, concluir que há um nível de animosidade entre Partes interessadas que em nada contribue para se ter a perspectiva de uma rápida solução para o PRJ.

A primeira reportagem, de Rodrigo Carro, tem como manchete a informação de que os “Donos de títulos da dívida são contra novo plano de recuperação”.

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Valor Econômico, 24/03/2017

Oi: Donos de títulos da dívida são contra novo plano de recuperação

Rodrigo Carro

Dois dos principais grupos de detentores de títulos da dívida (“bondholders”) da Oi — um assessorado pelo banco de investimentos Moelis & Company e outro, pela consultoria G5/Evercore — divulgaram nesta sexta-feira (24) nota manifestando sua oposição à nova versão do plano de recuperação judicial aprovado na quarta-feira (22) pelo conselho da Oi.

Na avaliação desses credores, a proposta apresentada ao mercado também na quarta-feira — assim como o plano original divulgado em setembro do ano passado — “não trata os credores de forma justa e equitativa, ao mesmo tempo em que promove os interesses dos atuais acionistas, em detrimento de todos os outros interessados”.

Os credores alegam que os termos do novo plano não foram negociados previamente pela Oi com os grupos de bondholders. E acrescentam que estão “extremamente desapontados” com o que seria — segundo eles — o fracasso da Oi em se engajar em negociações com esses grupos.

A reclamação dos bondholders foi corroborada pela FTI Consulting, assessor financeiro das agências e bancos internacionais de fomento que são credores da Oi: “O grupo da FTI também considera os termos propostos inaceitáveis e indevidamente favoráveis aos atuais acionistas. Nossos clientes estão muito decepcionados com o fato de o Grupo Oi não ter se envolvido em negociações antes de divulgar os termos propostos”.

Juntos, os grupos assessorados pelo Moelis e pela G5/Evercore (que inclui o fundo Aurelius) detém mais de US$ 6 bilhões em créditos contra a Oi.

A segunda reportagem, de autoria da jornalista Graziella Valentini, tem como título “Credores ainda mantém críticas ao plano da Oi”. Nesta matéria é ressaltada a informação de que as ações preferenciais da Companhia tiveram uma valorização de 22% no pregão subsequente à divulgação da informação.

Na sequência, a reportagem também mostra um “quadro” indicando as diferenças entre a proposta original e as modificações ora propostas.

Valor Econômico, 24/03/2017

Credores ainda mantêm críticas ao plano da Oi

Por Graziella Valenti | De São Paulo

A reação do mercado ao novo plano de recuperação da Oi, aprovado por maioria no conselho de administração na quarta-feira, deixou claro o que interessados na tele e credores falaram o dia todo: é uma proposta de termos bons para o acionista, e ruins para o credor. A dívida financeira é cortada de R$ 48 bilhões para R$ 25 bilhões. E os credores assumem já 25% do capital da companhia.

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Em 2020, se a empresa não tiver condição de pagar um vencimento de R$ 3,9 bilhões, a dívida cai para R$ 21 bilhões, pois esse pedaço vira capital mais uma vez, dando aos credores um total de 38% da tele.

Com as novidades, as ações preferenciais da empresa tiveram alta de nada menos do que 22% ontem e as ordinárias, de 16%. O valor em bolsa da Oi saiu de R$ 3,3 bilhões para R$ 3,9 bilhões.

Os credores mostraram igual indisposição aos novos termos tanto quanto ao plano de setembro. Já no mercado de ações, a reação demonstra que o investidor sentiu-se protegido de uma diluição, pois a proposta é que os detentores de títulos de dívida, que têm crédito superior a R$ 30 bilhões fiquem, no máximo, com 38% do negócio.

As ações ainda estão pressionadas pela recuperação judicial e a perspectiva de que os credores assumam toda a empresa, o que significa que valem praticamente nada. Mas o plano novo trouxe alívio, pois indica que a intenção da gestão é atribuir valor ao acionista.

A leitura crítica dos credores dos títulos de dívida internacional foi: no melhor cenário, ele receberá 20% (R$ 6,7 bilhões) do que tem de crédito e uma fatia das ações (25%) que o coloca como minoritário da atual administração. Num cenário em que as finanças da companhia continuem ruins, terá 38% do negócio piorado e R$ 2,8 bilhões em dinheiro (menos de 10% do crédito).

Entre as críticas ao plano, também se destacaram comentários negativos à gestão executiva. As mais duras a qualificaram como "refém" dos acionistas.Surpreendeu negativamente que, nove meses após o pedido de recuperação judicial, o material apresentado não trazia cálculos e projeções operacionais e nem justificativas para os percentuais de conversão de dívida em capital.

A demora na apresentação de um plano levou o auditor independente a não emitir opinião sobre o balanço de 2016. A KPMG alega que a situação prejudica a capacidade de avaliar a perspectiva de continuidade do negócio. Além disso, a firma relata que a administração da Oi não concluiu o teste de valor dos ativos, o que não permitiu ao auditor avaliar se havia necessidade de alguma baixa.

De acordo com um interessado na Oi, a sensação foi de que aprovaram um documento apressadamente para atender às cobranças da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que alega estar preparada para intervir em caso demora na resolução financeira.

Segundo um analista de mercado que há anos acompanha o setor, a proposta não é só ruim para os credores, é ruim para a própria empresa, pois não há dinheiro novo e a dívida continuará alta - só que com vencimentos alongados. A Oi tem geração de caixa decrescente e, mesmo que invista pouco, ao fim da recuperação ainda terá um serviço de dívida grande para honrar. No ano passado, a projeção para 2016 era de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 7 bilhões a R$ 7,5 bilhões, mas valor o reportado ficou em R$ 6,3 bilhões.

A Oi propõe carência de seis anos para boa parte dos compromissos. Esse seria o prazo para tentar revitalizar o negócio, o que demanda um total de investimento bem superior ao nível atual.

Segundo esse especialista, a depender das obrigações de investimento que, no melhor cenário, forem criadas com a Anatel por conta das dívidas, a Oi ainda não terá condições de competir no cenário atual do setor mesmo após a recuperação judicial. Ele lembrou que ao sair de um processo judicial de reestruturação de dívidas, a companhia não pode ter problemas financeiros por dois anos, do contrário, será falência direto.

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Safra aumenta participação na Oi

A Oi divulgou um COMUNICADO AO MERCADO informando ter recebido correspondência de J.

SAFRA SERVIÇOS DE ADMINISTRAÇÃO FIDUCIÁRIA LTDA., fazendo referência ao ”quanto segue em

relação à aquisição de participação superior a 15% (quinze por cento) da classe PN (OIBR4) de ações

de emissão da OI S/A (OIBR4), no fechamento do dia 10/03/2017”.

O COMUNICADO é importante, diante da participação relevante que o Safra passa a deter na Oi,

ainda que a correspondência explicite que “O Investidor não pretende alterar o controle da

Companhia ou sua estrutura administrativa, entretanto, resguarda e pretende se fazer valer de

todos os seus direitos de acionista para proteger os interesses econômicos dos seus clientes. O

fundo não tem meta pré-estabelecida para seu investimento / participação na Companhia”.

Oi S.A. - Em Recuperação Judicial

COMUNICADO AO MERCADO

Oi S.A. - Em Recuperação Judicial ("Oi" ou "Companhia"), em atendimento ao disposto no artigo 12 da Instrução CVM nº 358/02, comunica que recebeu, nesta data, correspondências do J. SAFRA SERVIÇOS DE ADMINISTRAÇÃO FIDUCIÁRIA LTDA., que seguem abaixo transcritas:

Oi S.A. - Em Recuperação Judicial

CNPJ/MF nº 76.535.764/0001-43

Atenção do Sr. Ricardo Malavazi Martins

Diretor de Finanças e de Relações com Investidores

REF.: DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO SOBRE A AQUISIÇÃO E ALIENAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO ACIONÁRIA RELEVANTE, E SOBRE NEGOCIAÇÕES DE CONTROLADORES E ACIONISTAS - ARTIGO 12 DA ICVM 358/2002.

J. SAFRA SERVIÇOS DE ADMINISTRAÇÃO FIDUCIARIA LTDA. sociedade limitada com sede na Avenida Paulista, nº 2100, cidade e Estado de São Paulo, inscrita no CNPJ/MF sob nº 06.947.853/0001-11, devidamente registrada perante a CVM para o exercício da atividade de administração de carteira de valores mobiliários conforme Ato Declaratório CVM nº 14.105, de 23 de fevereiro de 2015, na qualidade de Administradora dos Fundos de Investimento geridos pelo BANCO SAFRA S.A. - CNPJ/MF 58.160.789/0001-28, estando entre eles o fundo VIRGO FUNDO DE INVESTIMENTO MULTIMERCADO CRÉDITO PRIVADO INVESTIMENTO NO EXTERIOR - CNPJ: 11.715.076/0001-10, também geridos pelo

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BANCO SAFRA S/A., cuja participação foi comunicada à companhia em 01/02/2017, em cumprimento ao disposto no Artigo 12 da Instrução CVM 358, de 12 de janeiro de 2002, vem, por meio desta, informar o quanto segue em relação à aquisição de participação superior a 15% (quinze por cento) da classe PN (OIBR4) de ações de emissão da OI S/A (OIBR4), no fechamento do dia 10/03/2017, vejamos:

nome e qualificação do adquirente,

indicando o número de inscrição no

Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas;

VIRGO FUNDO DE INVESTIMENTO

MULTIMERCADO CRÉDITO PRIVADO

INVESTIMENTO NO EXTERIOR

CNPJ: 11.715.076/0001-10

objetivo da participação e quantidade

visada;

O Investidor não pretende alterar o

controle da Companhia ou sua estrutura

administrativa, entretanto, resguarda e

pretende se fazer valer de todos os seus

direitos de acionista para proteger os

interesses econômicos dos seus clientes. O

fundo não tem meta pré-estabelecida para

seu investimento / participação na

Companhia.

número de ações, bônus de subscrição,

bem como de direitos de subscrição de

ações e de opções de compra de ações,

por espécie e classe, já detidos, direta ou

indiretamente, pelo adquirente ou

pessoa a ele ligada.

OIBR4

Quantidade 25.416.800

Percentual 16,11%

Fechamento do dia 10/03/2017

número de debêntures conversíveis em

ações, já detidas, direta ou

indiretamente, pelo adquirente ou

pessoa a ele ligada, explicitando a

quantidade de ações objeto da possível

conversão, por espécie e classe.

Não se aplica

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indicação de qualquer acordo ou

contrato regulando o exercício do direito

de voto ou a compra e venda de valores

mobiliários de emissão da companhia.

Não se aplica

Permanecemos à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que se façam necessários.

Atenciosamente,

J. SAFRA SERVIÇOS DE ADMINISTRAÇÃO FIDUCIÁRIA LTDA."

Departamento Jurídico [email protected] Telefones: 11.3175.8981 / 7598 / 4225"

Rio de Janeiro, 14 de março de 2017.

Oi S.A. - Em Recuperação Judicial

Ricardo Malavazi Martins

Diretor de Finanças e de Relações com Investidores

Enquanto os acionistas não se entendem, a Oi perde clientes

O noticiário tem sido farto em informações relacionadas com os embates dos acionistas da Oi que disputam algo que não fica suficientemente claro para aqueles que não estão intimamente ligados aos detalhes da situação corporativa da Companhia. Alguns desses aspectos estão mencionados nos itens anteriores do COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA deste BS Nº 09/17.

Durante algum tempo parece ter sido esquecido que a Empresa está enfrentando um “penoso” Processo de Recuperação Judicial. Algo que a coloca – no jargão popular – entre “a vida e a morte”. Agora, parece que as “luzes” da UTI voltaram a se acender e o assunto volta à tona, com os credores se manifestando no sentido de tentar conseguir uma “ação de conciliação”, aparentemente, cada vez mais distante. É a busca por uma “derradeira” possibilidade de se tentar alguma forma de entendimento de modo a evitar-se um “desenlace” por ninguém desejado.

Neste cenário preocupante – até de forma compreensível, mas, não aceitável na sua plenitude – houve uma certa tendência de se deixar para segundo plano a avaliação das condições operacionais da Companhia que continuou sua vida como se nada estivesse acontecendo.

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De um lado, isto é bom, pois, impede, ou, pelo menos dificulta a “contaminação” das operações com as “espinhosas” discussões de um PRJ. Afinal, o objetivo é salvar a Empresa e, portanto, separar o “joio do trigo” é bastante interessante. No fundo, um PRJ quando é proposto e aceito pela Justiça é visando tentar alcançar algo neste sentido.

Contudo, com o passar do tempo e em pouco ou nada acontecendo, a tendência de se entrar numa “zona de conforto”, como se tudo estivesse andando normalmente, pode ser uma atitude “fatal”. De certa forma, esta situação esta “refletida” no Comunicado dos Resultados do 4T 2016, já mencionado anteriormente.

O BS toca neste assunto, tendo em vista, principalmente, a situação, ressaltada em matéria do jornal Valor Econômico, indicando que a Companhia vem perdendo significativas perdas em sua base de clientes. Seja pela situação econômico-financeira pela qual passa o País, que se reflete no “poder de compra” dos consumidores, seja, pelas condições empresariais e corporativas às quais ela está submetida. Pinçando um parágrafo da referida matéria pode-se observar:

“Entre o quarto trimestre de 2015 e o mesmo período de 2016, a Oi perdeu 9,3% de sua base de clientes. A tele tinha 63,55 milhões de unidades geradoras de receita (clientes que podem ter mais de um serviço contratado), ante 70 milhões ao término de 2015. A telefonia móvel encolheu 13,1% em termos anuais”.

Nestas condições, deve-se verificar se tal queda é uma tendência – o que aumenta o nível de preocupação – ou, se é algo conjuntural que pode ser revertido, caso se consiga gerar as necessárias condições para tanto, incluindo a conclusão do PRJ com sucesso.

Na sequência, é apresentada a reportagem antes mencionada, com os devidos créditos ao Valor Econômico e aos autores da mesma.

Valor Econômico, 22/03/2017

Oi fica mais perto da intervenção Por Daniel Rittner e Rafael Bitencourt | De Brasília

O governo está ficando mais perto de uma intervenção na Oi. A demora dos acionistas da operadora em aprovar um plano de recuperação torna essa possibilidade, antes tida como remota, bem menos distante. Com apenas seis artigos, a medida provisória que abre caminho para isso tem uma versão pronta na Casa Civil.

Em meio aos preparativos, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já escolheu um interventor, que teria aceitado a missão. O nome é guardado a sete chaves pelo conselho diretor da agência reguladora. Havia também a possibilidade de sair em busca de uma empresa ou consultoria especializada, mas a Anatel optou por uma pessoa física e com expecializada, mas a Anatel optou por uma pessoa física e com experiência na gestão de crises.

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Nas palavras de um auxiliar do presidente Michel Temer, a situação da Oi está subindo no telhado. E, se o conselho de administração da empresa não aprovar o plano formulado pela atual diretoria da empresa para renegociar com os credores, "a escada para chegar ao telhado passará a ter inclinação acima de 45 graus".

A MP, já relativamente acordada entre os diversos ministérios envolvidos, precisa apenas descer do quarto para o terceiro andar. No jargão político de Brasília, isso significa apenas sair da Casa Civil e migrar para o gabinete do presidente, onde receberia assinatura para sua publicação.

O texto mexe em três dispositivos importantes. Já conhecido do mercado, o primeiro é uma mudança na Lei de Falências permitindo intervenções não só em concessionárias (caso da rede de telefonia fixa da Oi), mas em empresas que operam pelo regime de autorização (como os serviços de telefonia celular e banda larga). Na redação da MP, uma das preocupações foi não deixar uma janela aberta demais para intervenções em outros segmentos que atuam com licenças de autorização, como usinas termelétricas. Para garantir que não seria excessivamente genérica, o governo restringirá esse tipo de medida a riscos de desabastecimento ou de descontinuidade na prestação de serviços essenciais.

O segundo propósito da MP é dar guarida jurídica para a Anatel finalmente implementar o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) trocando multas aplicadas à operadora por compromissos de investimentos ou oferta de serviços em áreas economicamente não interessantes. Essa troca enfrenta obstáculos no Tribunal de Contas da União (TCU), que travou sua implementação.

O terceiro aspecto contempla cerca de R$ 7 bilhões em multas aplicadas pela agência que já deixaram o âmbito administrativo e estão sendo executadas pela Advocacia-Geral da União (AGU).

Pelos termos da legislação atual, dívidas em cobrança pela AGU só podem ser parceladas em até cinco anos, com correção pela taxa Selic. Nessas condições, haveria dificuldades de viabilizar um plano de recuperação financeira, segundo executivos da operadora. Outros credores da União - em especial o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil e a Caixa - enfatizaram a necessidade de mudanças para evitar uma falência da Oi.

A MP permitirá alongar essa cobrança. O texto fala em até 120 meses (dez anos) para o parcelamento, o que tornaria uma renegociação bem mais viável. Descarta-se, no Palácio do Planalto, a possibilidade de converter essa dívida em ações da operadora.

Uma alternativa, porém, seria estender às multas que estão na AGU a hipótese de transformá-las igualmente em obrigações de investimentos - como ocorre no TAC que foi firmado com a Anatel.

Por causa das questões que lidam com a cobrança de dívidas, fontes do governo avaliam que a MP é indispensável para o plano, mesmo sem uma intervenção.

É preciso deixar claro: o caminho da intervenção não é o preferido do governo, que apostava em uma solução de mercado para a operadora. No entanto, o avanço do empresário Nelson Tanure na composição acionária da empresa preocupa grande parte da Esplanada dos Ministérios.

A Oi pediu recuperação judicial em junho do ano passado, com débitos totais de R$ 65 bilhões. A diretoria da tele quer ajustar o plano de recuperação levado à Justiça em setembro passado para ampliar as chances de aprovação com os credores.

O objetivo é reduzir a dívida financeira de R$ 50 bilhões a R$ 15 bilhões. Entre as medidas, estão corte no valor das dívidas bancárias e internacionais e conversão de parte desses débitos em capital.

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A Lenta Agonia da Oi

Com este título, a Revista Piauí, em sua edição de fevereiro de 2016, publicou uma reportagem muito interessante e profunda sobre a evolução empresarial e corporativa da Oi, desde a época da privatização até os dias atuais, de autoria da jornalista Consuelo Dieguez.

Como a descrição tem muito a ver com a situação atual da Companhia, o BS encaminhou aos seus leitores uma reprodução da mesma, em mensagem individualizada.

Somente para efeito de registro, o fato é reiterado no presente BS. O acesso direto à matéria pode ser feito clicando em piaui.agonia-da-oi.

Desligamento de linhas fixas

A Anatel divulgou os números relacionados com a telefonia fixa. O número de acessos fixos teve uma queda de 1,72 milhões de acessos nos últimos 12 meses, o que representa da ordem de 4%. A redução atingiu tanto os acessos da Concessionárias como os das Autorizadas.

As causas são de ordem diversa, destacando-se a crise econômica pela qual passa o País e a possibilidade de os usuários substituírem os telefones fixos por outras alternativas, como é o caso da telefônica móvel celular e a utilização de Aplicativos de voz, tipo Skype, WhatsApp, Viber, e, outros similars.

Ainda que o valor percentual seja relativamente pequeno (4%) diante das dimensões da crise, é possível imaginar que se trata de uma tendência irreversível, mesmo que a situação econômica do País se recupere como, assim parece, estão começando a surgir os primeiros sinais.

É observável que os usuários estão substituindo as linhas fixas por outras alternativas que passam pelos acessos móveis, ou, por outras alternativas de comunicação possibilitadas por Aplicativos das OTTs. Um fato que vem sendo verificado a nível mundial é que estas condições estão influenciando na decisão dos consumidores de manterem planos “Combo”.

Neste sentido, eles estão “abandonando” as linhas fixas e, também, os acessos de TV por Assinatura (Cord Cut). Uma tendência que os analistas vêm acompanhando com a devida atenção e que, aparentemente, está determinando novas abordagens na prestação dos Serviços, por parte das grandes Operadoras de Serviços de Telecomunicações, em todo mundo.

Pode-se imaginar o impacto que isto terá nas Operadoras que têm suas receitas fortemente influenciadas pelas receitas destes acessos. No caso do Brasil, este é o caso da Oi, sobre a qual diversas considerações foram feitas nos itens anteriores do COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA do presente BS.

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México adota medidas antitrust contra a America Movil A Agência Reuters divulgou matéria relacionada com medidas adotadas pelo governo mexicano com vistas à redução do “poder de mercado” da America Movil, naquele País. A notícia é interessante, pois, incide de forma drástica sobre a maior Empresa do Setor no México. Está em jogo a chamada “separação funcional” das redes, no caso, com a previsão da criação de uma “unidade” independente para os negócios da Rede Fixa. Aparentemente, esta teria sido uma “resposta” do IFT a um plano da Telmex (subsidiária do Grupo AM que opera a Rede Fixa) propondo uma forma de “separação funcional”. O assunto é interessante, pois, remete a dificuldades com as quais se defrontam as Agências Reguladoras do Setor de Telecomunicações, em situações nas quais há um “Poder de Mercado” estabelecido e relevante. O BS reproduz a reportagem da Reuters para os leitores mais interessados na temática, de modo geral, e no caso do México, em particular, considerando que a America Movil também tem participação relevante no mercado Brasileiro. Reuters, Wed Mar 8, 2017

(Reporting by Christine Murray, David Alire Garcia and Noe Torres; Editing by Leslie Adler

Mexico cranks up antitrust rules against Slim's America Movil

The America Movil logo is seen on the wall of the reception area in the company's corporate offices in Mexico City August 12, 2015. REUTERS/Henry Romero

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MEXICO CITY - Billionaire Carlos Slim's America Movil said on Wednesday that the Mexican telecommunications regulator had stepped up antitrust rules against the company, including ordering it to separate out part of its fixed-line infrastructure.

America Movil, controlled by the family of Slim, has been subject to tougher regulations since 2014 as part of a sweeping sector reform aimed at making the market more competitive.

It said the Federal Telecommunications Institute (IFT) ordered the company to create an independent entity from fixed-line unit Telmex to offer competitors access to infrastructure, confirming a Reuters report from February that the change was being considered.

An IFT spokesperson did not immediately respond to requests for comment.

The "functional separation" would be based on a plan presented by Telmex to the IFT for its approval, America Movil said in a statement to the Mexican stock exchange.

After describing what the resolution requires, the company criticized it, said it was analyzing it and that it will challenge the decision.

"The modifications and additions to the measures confirm the lack of legal certainty and regulatory predictability in the sector," the company said.

Alexander Elbittar, a researcher with Mexico's CIDE university who specializes in regulation and competition, said he was not surprised that America Movil will challenge the resolution as a means to keep its legal options open.

While he emphasized that it remains to be seen how Telex will propose to structure the separation, he said the overarching resolution appears to be sound.

"This is a drastic measure but one that has had to be taken in markets that have featured very strong concentration (of market power) for many years," said Elbittar.

The vote by the IFT was taken last week as part of a periodic review of antitrust rules.

Since the rules came into place, America Movil has seen its home profit margins squeezed from 45 percent to less than 30 percent, but it still holds a wireless market share of almost 70 percent.

02. DROGAS E SMARTPHONES

Qual a correlação entre o uso de drogas e o de Smartphones? Antes de se propor uma resposta existe a possibilidade de considerar não estar no seu juízo o formulador da questão. Mas, o fato não é tão absurdo assim. Ele foi objeto de uma reportagem do New York Times, que despertou a curiosidade do BS e o levou a repassar o tema para os seus leitores. O assunto é sério!

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Baseado em algumas pesquisas e observações feitas nos Estados Unidos com alunos e adolescentes, de Escolas Públicas e Privadas, em diversos níveis, verificou-se estarem caindo os níveis de utilização de drogas, lícitas (cigarro e álcool) e ilícitas (maconha, cocaína, heroína, ópio, ecstasy, LSD, crack).

Verificou-se, também, que em período idêntico, o uso de smartphones aumentou. Então, tornou-se inevitável para os pesquisadores desconsiderar a hipótese de um fato estar associado ao outro. E, o assunto chegou ao NYT que tratou do assunto numa matéria cuja manchete é: “Os Adolescentes estão substituindo as Drogas com os Smartphones”?

Pela curiosidade que, obviamente, o tema desperta e pelo fato de ele ter sido publicado em um jornal de prestígio como o New York Times, o BS traz o assunto à reflexão e consideração dos seus leitores, na perspectiva de que a pergunta tenha uma resposta absolutamente afirmativa.

Contudo, cabe sempre lembrar que a utilização excessiva ou indevida dos Smartphones, também tem os seus “perigos”. Mas, é evidente que não há margem de comparação entre os níveis existentes entre uma e outra situação propostas.

Are Teenagers Replacing Drugs With Smartphones? New York Times

By MATT RICHTEL MARCH 13, 2017

Alexandra Elliott, a high school senior, says she is a heavy phone user and that using it for social media “really feels good.” Credit Jason Henry for The New York Times

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Amid an opioid epidemic, the rise of deadly synthetic drugs and the widening legalization of marijuana, a curious bright spot has emerged in the youth drug culture: American teenagers are growing less likely to try or regularly use drugs, including alcohol.

With minor fits and starts, the trend has been building for a decade, with no clear understanding as to why. Some experts theorize that falling cigarette-smoking rates are cutting into a key gateway to drugs, or that antidrug education campaigns, long a largely failed enterprise, have finally taken hold.

But researchers are starting to ponder an intriguing question: Are teenagers using drugs less in part because they are constantly stimulated and entertained by their computers and phones?

The possibility is worth exploring, they say, because use of smartphones and tablets has exploded over the same period that drug use has declined. This correlation does not mean that one phenomenon is causing the other, but scientists say interactive media appears to play to similar impulses as drug experimentation, including sensation-seeking and the desire for independence.

Or it might be that gadgets simply absorb a lot of time that could be used for other pursuits, including partying.

Nora Volkow, director of the National Institute on Drug Abuse, says she plans to begin research on the topic in the next few months, and will convene a group of scholars in April to discuss it. The possibility that smartphones were contributing to a decline in drug use by teenagers, Dr. Volkow said, was the first question she asked when she saw the agency’s most recent survey results. The survey, “Monitoring the Future,” an annual government-funded report measuring drug use by teenagers, found that past-year use of illicit drugs other than marijuana was at the lowest level in the 40-year history of the project for eighth, 10th and 12th graders.

Use of marijuana is down over the past decade for eighth and 10th graders even as social acceptability is up, the study found. Though marijuana use has risen among 12th graders, the use of cocaine, hallucinogens, ecstasy and crack are all down, too, while LSD use has remained steady.

Even as heroin use has become an epidemic among adults in some communities, it has fallen among high schoolers over the past decade, the study found.

Those findings are consistent with other studies showing steady declines over the past decade in drug use by teenagers after years of ebbs and flows. Dr. Volkow said this period was also notable because declining use patterns were cutting across groups — “boys and girls, public and private school, not driven by one particular demographic,” she said.

“Something is going on,” Dr. Volkow added.

With experts in the field exploring reasons for what they describe as a clear trend, the novel notion that ever-growing phone use may be more than coincidental is gaining some traction.

Dr. Volkow described interactive media as “an alternative reinforcer” to drugs, adding that “teens can get literally high when playing these games.”

Dr. Silvia Martins, a substance abuse expert at Columbia University who has already been exploring how to study the relationship of internet and drug use among teenagers, called the theory “highly plausible.”

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“Playing video games, using social media, that fulfills the necessity of sensation seeking, their need to seek novel activity,” Dr. Martins said, but added of the theory: “It still needs to be proved.”

Indeed, there are competing theories and some confounding data. While drug use has fallen among youths ages 12 to 17, it hasn’t declined among college students, said Dr. Sion Kim Harris, co-director of the Center for Adolescent Substance Abuse Research at Boston Children’s Hospital.

Melanie Clarke, 18, says she is rarely without her phone. “When I’m home, my first instinct is to go for the phone,” she said. Credit Kayana Szymczak for The New York Times

Dr. Harris said she had not considered technology’s role and would not rule it out given the appeal of the devices, but said she was “hopeful” drug use by teenagers had decreased because public-education and prevention campaigns were working. Dr. Joseph Lee, a psychiatrist in Minneapolis who treats teenage addicts at the Hazelden Betty Ford Foundation, said he suspected that drug use and experimentation had changed because the opioid epidemic had exposed many more people and communities to the deadly risks of drugs, creating a broader deterrent.

Explanations aside, researchers unanimously expressed hope that the trends would persist. They noted it was crucial to continue efforts to understand the reasons for the decline, as well as to discourage drug use.

Though smartphones seem ubiquitous in daily life, they are actually so new that researchers are just beginning to understand what the devices may do to the brain. Researchers say phones and social media not only serve a primitive need for connection but can also create powerful feedback loops.

“People are carrying around a portable dopamine pump, and kids have basically been carrying it around for the last 10 years,” said David Greenfield, assistant clinical professor of psychiatry at the University of Connecticut School of Medicine and founder of The Center for Internet and Technology Addiction.

Alexandra Elliott, 17, a senior at George Washington High School in San Francisco, said using her phone for social media “really feels good” in a way consistent with a “chemical release.” A heavy phone user who smokes marijuana occasionally, Alexandra said she didn’t think the two were mutually exclusive.

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However, she said, the phone provides a valuable tool for people at parties who don’t want to do drugs because “you can sit around and look like you’re doing something, even if you’re not doing something, like just surfing the web.”

“I’ve done that before,” she explained, “with a group sitting around a circle passing a bong or a joint. And I’ll sit away from the circle texting someone.”

Melanie Clarke, an 18-year-old taking a gap year and working in a Starbucks in Cape Cod, Mass., said she had virtually no interest in drugs, despite having been around her. “Personally, I think it is a substitution,” Ms. Clarke said of her phone, which she said she was rarely without. Ms. Clarke also said she thought the habits depended on the person. “When I’m home alone, my first instinct is to go for the phone. Some kids will break out the bowls,” referring to a marijuana-smoking device.

“There is very little hard, definitive evidence on the subject,” said James Anthony, a professor of epidemiology and biostatistics at Michigan State University and an expert on drug-use behavior. Still, he said, he has begun wondering about the role of technology on youth drug use: “You’d have to be an idiot not to think about it.”

To see declines in drug use, Mr. Anthony said, “it would not take much in the way of displacement of adolescent time and experience in the direction of nondrug ‘reinforcers’ that have become increasingly available.”

The statistics about drug and technology use depict a decade of changing habits.

In 2015, 4.2 percent of teenagers ages 12 to 17 reported smoking a cigarette in the last month, down from 10.8 percent in 2005, according to the federal Substance Abuse and Mental Health Services Administration. Its survey also found that past-month alcohol use among 12- to 17-year-olds had fallen to 9.6 percent from 16.5 percent, while rising slightly for young adults ages 18 to 25.

The survey found smaller but still statistically significant decreases in cocaine use by youths ages 12 to 17. Marijuana use was flat over the same decade: In 2015, 7 percent of 12- to 17-year-olds said they had smoked the drug, roughly the same number in 2005. But that was down from 8.2 percent in 2002 and it contrasted with the trend for the population as a whole — such use was up to 8.3 percent in 2015, compared with 6 percent a decade ago.

At the same time, gadgets are consuming a growing portion of young people’s time. A 2015 survey published by Common Sense Media, a children’s advocacy and media ratings group in San Francisco, found that American teenagers ages 13 to 18 averaged six and a half hours of screen media time per day on social media and other activities like video games.

A 2015 report from the Pew Research Center found that 24 percent of teenagers ages 13 to 17 reported being online “almost constantly,” and that 73 percent had a smartphone or access to one. In 2004, a similar Pew study found that 45 percent of teenagers had a cellphone. (The first iPhone, which fueled smartphone adoption, was introduced in 2007.)

Smartphones and computers are a growing source of concern, said Eric Elliott, Alexandra’s father, who is a psychologist at her school. Mr. Elliott, who has counseled young people for 19 years, said he had seen a decrease in drug and alcohol use among students in recent years. He said he was “more likely to have a challenge with a

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student who has a video game addiction than I am a student who is addicted to drugs; I can’t say that for the beginning of my career.”

In the case of his own daughter, he worried more about the device than the drugs.

“I see her at this point and time as not being a person who is controlled in any way by smoking pot,” he said. But “her phone is something she sleeps with.”

03. APPLE PRODUZ iPHONE NA ÍNDIA O WSJ publicou reportagem indicando que a Apple iniciará a produção do iPhone 6 e 6S na Índia. É natural considerar que se trata de uma produção visando o mercado local que, no total, é o segundo maior do mundo, logo após o da China. O BS reproduz a citada matéria como uma curiosidade para seus leitores, ao mesmo tempo que chama a sua atenção para o aparente “deslocamento” da produção deste tipo de aparelhos para a Índia, o segundo maior mercado mundial deste tipo de dispositivos. Tal “deslocamento” é uma referência ao fato de que até agora a produção mundial de Smartphones (principalmente o iPhone) estava concentrado na China. Além deste fato, uma observação imediata remete à consideração de que a Índia está evoluindo sua produção também para os “aparelhos” além da “produção” de Software, que era uma de suas características mundialmente reconhecidas. Na sequência, é reproduzida a reportagem do WSJ, na qual são comentados pontos adicionais envolvendo o assunto. Apple to Start Making iPhones in India Over Next Two Months Contract manufacturer Wistron will manufacture iPhones at its Bangalore plant By Rajesh Roy and Rajesh Roy The Wall Street Journal Updated March 23, 2017 12:17 p.m. ET

NEW DELHI— Apple Inc. will soon start assembling iPhones in India for the first time, say government officials familiar with its plans, boosting the company’s chances of gaining a foothold in the fast-growing market.

Taiwanese contract manufacturer Wistron Corp. will likely start making iPhone 6 and 6S models here in the next four-to-six weeks at its plant in Bangalore, said an official of the southern state of Karnataka where the tech hub is located. It will add Apple’s cheapest iPhone model, the SE, to its assembly line in about three months, the official said.

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“Almost all preparations have been done for launching Apple’s first phase project in Bangalore through Wistron,” the official told The Wall Street Journal.

“We’ve been working hard to develop our operations in India,” an Apple spokeswoman said, declining to comment on the company’s specific plans for India. “We appreciate the constructive and open dialogue we’ve had with government about further expanding our local operations.” A Wistron spokeswoman said the company doesn’t comment on “rumor or speculation.”

With sales cooling in China, long an engine for Apple’s growth, manufacturing iPhones locally would help Apple address what analysts say is its biggest problem in India: its smartphones are simply too expensive for the vast majority of people.

Smartphone shipments in India grew 18% last year, compared with 3% globally, according to Counterpoint Research, but the majority of phones sold here cost less than $150.

The iPhone SE, which some online retailers now sell for as low as $330, is still out of reach of most Indian consumers.

“Apple realizes that the phones are priced way too high for the Indian market,” said Kiranjeet Kaur, an analyst at research firm IDC.

Making the phones in India would allow Apple to lower prices by at least $100 as its import tariff bill comes down, said Faisal Kawoosa, an analyst at research firm CMR.

Apple is also negotiating with New Delhi for its next level of production in India. It wants to bring its component manufacturers to India to make parts and export finished phones, said the state official as well as a senior federal government official at the Trade Ministry.

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Apple had sought tax concessions on the import of key components but the Indian government hasn’t yet “accepted most of the demands of the iPhone manufacturer,” Trade Minister Nirmala Sitharaman told lawmakers in a written submission to Parliament on Wednesday.

“Apple is closely working with [the] government to move forward with its India plans. We want Apple to manufacture in India. They are also very keen,” an official who works closely with Prime Minister Narendra Modi said, declining to be named. ”We will try to accommodate as much of their demands as possible, but they too appreciate and understand our limitations.”

The Cupertino, Calif., company has been looking for new ways to build its brand in the South Asian nation, where it has less than a 5% share of the smartphone market.

Apple Chief Executive Tim Cook in a call with analysts last month said the company is also “in discussions” to open retail stores in India, and that Apple intends to “invest significantly in the country and believe it’s a great place to be.”

Karan Deep Singh contributed to this article.

04. A LISTA NEGRA DOS APLICATIVOS PROIBIDOS NOS APARELHOS MÓVEIS DE EMPRESAS

Conforme o BS vem comentando em edições anteriores, é crescente a preocupação com as questões de segurança envolvendo a utilização dos aparelhos móveis super-inteligentes dos dias atuais (Smartphones). A nível corporativo, tal preocupação é muito maior, diante da possibilidade de informações críticas, sigilosas, ou sensíveis, das Companhias poderem ser acessadas, tendo como “veículo” os aparelhos de seus “colaboradores”.

Há diversas formas de os “intrusos” (Hackers) “invadirem” as Bases de Dados das Empresas, incluindo as “residentes” na “Nuvem”. Uma delas, é através de Aplicativos usualmente utilizados pelas pessoas. Vários deles são, simplesmente, proibidos de serem utilizados pelos empregados nos Smartphones das Compahias.

O jornal El País, tratou do assunto em uma reportagem de “apelo” popular, comentando a “lista negra” de tais Aplicativos. Os leitores do BS são convidados a ler a matéria se tiverem interesse ou curiosidade pelo assunto.

La ‘lista negra’ de las apps prohibidas en los móviles de empresa

'Angry Birds' está en cabeza entre las aplicaciones vetadas no solo por cuestiones de productividad, sino también por el riesgo de seguridad

El País - José Ángel Plaza López

21 MAR 2017

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Angry Birds encabeza la lista negra de las aplicaciones vetadas en los móviles de empresa. ANGRY BIRDS/ROVIO

ENTERTAINMENT

El 68% de los trabajadores que tienen móvil de empresa instala aplicaciones para su uso personal en ese mismo dispositivo. Al menos eso es lo que se desprende de la más reciente edición del informe La Sociedad de la Información en España, presentada el pasado febrero por la Fundación Telefónica. Este documento pone así de manifiesto que la línea que separa las barreras entre los ámbitos profesional y personal es cada vez más fina, algo que puede derivar en ciertos riesgos de seguridad para los datos corporativos. No en vano, si un empleado descarga apps cuyo control está fuera del equipo de tecnología de su compañía y las utiliza en el mismo terminal en el que guarda información de la empresa, los datos corporativos podrían quedar desprotegidos y al alcance de terceros en el caso de que se descubran vulnerabilidades en esas aplicaciones de uso personal.

Conscientes de esta situación, muchas de las organizaciones que proporcionan teléfonos inteligentes y tabletas a sus trabajadores prohíben e incluso bloquean el uso de algunas de las apps más populares. Para conocer cuáles son las aplicaciones de uso personal más vetadas en estos dispositivos, la firma de seguridad MobileIron encuestó entre octubre y diciembre de 2016 a más de 7.800 compañías que equipan a sus empleados con terminales móviles que funcionan con iOS, Android y Windows. Esta es la lista negra con las 10 apps más vetadas en empresas de todo el mundo.

1. 'Angry Birds'

Aunque esta aventura gráfica vivió su mayor popularidad en 2012, año en el que consiguió más de mil millones de descargas, para las compañías preocupadas por la seguridad de sus datos no es algo del pasado. De hecho, además de a nivel mundial, Angry Birds también encabeza esta lista de apps prohibidas en España, Estados Unidos y Australia, sobre todo desde que su nombre salió a relucir en algunas prácticas de espionaje.

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2. Dropbox

Puede resultar muy útil para compartir documentos pesados, pero esta aplicación para el almacenamiento en la nube se lleva la medalla de plata de este ranking por sus brechas de seguridad. No en vano, el pasado agosto la propia compañía reconoció el hackeo de 60 millones de cuentas de este servicio.

En algunas compañías, el uso de las redes sociales desde el móvil está limitado a quienes trabajan en comunicación, relaciones públicas o atención al cliente

3. Facebook

En algunas compañías, el uso de las redes sociales desde dispositivos móviles está limitado a los profesionales que realizan tareas de comunicación, relaciones públicas o atención al cliente no solo por cuestiones de productividad, sino también por algunos problemas de privacidad detectados en el pasado.

4. WhatsApp

A pesar de que hace ya cerca de un año que activó el cifrado de mensajes de extremo a extremo, la reina de la mensajería instantánea, propiedad de Facebook, tampoco cuenta con el beneplácito de los departamentos de tecnología.

5. Twitter

Twitter es otra de las redes sociales cuya aplicación para móviles levanta sospechas cuando debe convivir con datos corporativos. No en vano, el año pasado fueron hackeadas y puestas a la venta 32 millones de contraseñas de cuentas de usuarios de la compañía de microblogging.

6. Skype

Que su nombre saliera a relucir en los métodos de espionaje que reveló Wikileaks no ayuda a que los informáticos autoricen, al menos sin poner pegas, el uso personal de Skype en un dispositivo proporcionado por la compañía.

Las empresas suelen vetar el uso de OneDrive para evitar robos de información

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7. OneDrive

A no ser que su aplicación móvil esté autorizada por la compañía y se use con la cuenta corporativa, este servicio de almacenamiento en la nube de Microsoft también suele vetarse en los teléfonos de empresa para evitar posibles robos de información.

8. Outlook

Junto con las dos anteriores de esta lista, Outlook forma parte de Office 365, el conjunto de herramientas de colaboración y cooperación de Microsoft en la nube. Si las compañías tienen contratada esta plataforma y los trabajadores la utilizan con sus credenciales corporativas, el uso de estas tres apps está más que permitido en los móviles del trabajo, dado que además Office 365 fomenta el acceso a los recursos empresariales desde cualquier dispositivo. Sin embargo, la desconfianza surge si el usuario se instala por su cuenta Outlook, sin autorización de la empresa, y además la utiliza para unificar distintas bandejas de entrada de otros proveedores de correo electrónico.

9. Netflix

Al igual que Twitter, que aparece en el número cinco de esta lista, Netflix se vio afectada el pasado octubre por una oleada de ciberataques masivos contra su web. Por eso, no resulta extraño que la app de este popular servicio de vídeo bajo demanda también sea vista con cierto recelo por parte de los departamentos de tecnología.

10. Google Drive

Cierra la clasificación de las aplicaciones más vetadas en los móviles de empresa otro servicio de almacenamiento en la nube, en este caso el ofrecido por Google. No en vano, la prensa también ha destacado titulares sobre el robo de millones de contraseñas de Gmail, el correo electrónico cuyas credenciales también sirven de acceso a Google Drive.

05. HUAWEI: UMA VISÃO HOLÍSTICA O BS não é ligado nas redes sociais. Portanto, não conhecia a @grattongirl, no Twitter. Mas, pelo jeito, ela é suficientemente “seguida” para merecer ter sido convidada pela Huawei para transmitir sua “experiência” por ocasião do MWC 2017. E, a partir daí ela escreveu um artigo para o Site Telecoms, como “colaboradora”, ao qual o BS teve acesso.

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O texto é a seguir reproduzido por duas razões: a primeira, pelo fato de a Huawei ser a maior fabricante mundial de equipamentos de Telecomunicações, caminhando rapidamente para assumir uma posição de dominância absoluta. Um fato que não deve passar desapercebido, conforme o BS já sugeriu em um comentário postado na sua edição Nº 38/16 , sob o título: “ O JEITO HUAWEI DE SER“. Sua atuação no Brasil tem se tornado ano a ano mais relevante e, portanto, merecedora das devidas atenções.

A segunda, pela abordagem adotada pela autora, em linha com suas atividades nos segmentos de “estrategista de mídia digital” e de “psicologia do consumidor”. E, desta combinação de skills, surge o sugestivo título: “Huawei: a força da natureza no mundo das telecomunicações”.

Talvez por convicção própria, talvez para fazer relação com as tendências do pensamento de seus “anfitriões”, Sarah-Jayne Gratton, criou um texto no qual tentou desenvolver “uma comparação entre um gigante das telecomunicações globais e o mundo natural mas, o que seria historicamente uma dicotomia de epitomas transforma-se, nesta ocasião, numa simbiose dos valores Confucionistas de igualdade e harmonia, juntamente com a paixão de uma companhia com ampla “participação” de seus empregados, pela perfeição em tudo que é criado e compartilhado” (tradução livre do BS, com a confissão das dificuldades para interpretar o texto).

Nesta visão, a Huawei é considerada como uma Companhia nas quais se aplicam valores da “doutrina” de Confúcio, ligados à “força da natureza”, amplamente seguidos pelos seus empregados que, também, são “donos” da Companhia, numa luta incessante pela perfeição, refletida na sua paixão pela perfeição, perseguida em tudo que criam e compartilham.

O BS gostaria de confessar que não entende bem o que é uma “dicotomia de epitomas”, mas, percebe razoavelmente, o que seja uma “simbiose dos valores Confucionistas de igualdade e harmonia”. Mas, seja lá o que Sarah queira dizer, na prática, o resultado está longe de refletir a “igualdade e harmonia” entre os fabricantes, pelo fato amplamente reconhecido de que a Huawei não se inibe de “esmagar” a “competição”, algo que provoca um mercado cada vez mais distante de “igualdade e harmonia”.

Esta constatação não reflete o entendimento de algo que seja a priori bom ou ruim: afinal, o processo de competição não permite “amizades” ou “manifestações de simpatia” entre os seus participantes. Aliás, isto não seria admitido pela legislação pois caracterizaria situações como, por exemplo, as de um “cartel”. Mas, não deixa de ser um fato merecedor das devidas reflexões à luz de interesses outros que não sejam, tão somente, a qualidade, os preços, a tecnologia, e o bom atendimento prestado pelo fabricante.

Como os leitores do BS são perspicazes e bons conhecedores dos meandros do mundo das telecomunicações, talvez consigam se entender com a @grattongirl do Twitter, de modo mais “conectado” do que ele conseguiria.

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Trata-se, no entanto, de uma visão que pode estar envolvida em aspectos “místicos” próprios das filosofias orientais, numa tentativa um tanto quanto “exótica” de entender o comprovado sucesso da Companhia.

A possibilidade não deve ser desprezada, diante das evidências que indicam alguma influência destes princípios nos resultados afinais. Se assim não for, deve se buscar outras explicações para inúmeros casos similares – talvez de dimensões menos marcantes – com outras Empresas Chinesas, Japonesas, e, mesmo, Coreanas.

O BS só tem a registrar que a Huawei de hoje, apesar das manifestações confucionistas de Sarah, decididamente, não é a mesma Empresa das suas origens. Melhorou? Piorou? Muito difícil afirmar uma coisa ou outra. Simplesmente ela cresceu...cresceu...cresceu...e, um dia, irá parar de crescer. O que acontecerá depois? A resposta é complexa e pode ser que a “força da natureza” ajude um pouco a entender a questão.

No fundo, o que se deve tentar compreender é como a “força da natureza” se manifestará sobre a China. A Huawei é China tanto quanto a China é Huawei! O BS com esta consideração também entre nas entranhas do “confucionismo” explícito.

Na sequência, é feita a reprodução do texto já referido para a reflexão “confucionista” de seus leitores, ou, por simples curiosidade.

Huawei: a force of nature in the telecoms world Written by Sarah-Jayne Gratton I’d never imagined in my wildest dreams finding a comparison between a global telecoms giant and the natural world but, what would historically be a dichotomy of epitomes has, on this occasion, become a symbiosis of one man’s Confucian values of equality and harmony, coupled with a company-wide employee ‘owned’ passion for perfection in everything created and shared. Cycles and the Power of the Collective Like nature itself, it’s all about cycles – from Huawei’s rotating CEO system, in which three deputy chairmen each take turns acting as CEO for six months, to the fact that the company itself is wholly owned by the employees, with the founder, Ren Zhengfei, himself holding less than 1.5% of the total shares. This type of co-operation is a big part of nature, down to the cellular level, say experts. Iain Couzin, a mathematical biologist at the University of Oxford explains that “Co-operation is one of the most important and beneficial behaviours on Earth. We literally would not be here without it.” A Longer Term Perspective To support his organic, consumer-centric philosophy coupled with the power of the collective, Zhengfei is steadfast in his belief that dismissing the possibility of an IPO while adhering to the current employee-ownership structure is what allows the company to maintain a collective, customer-focused spirit. The

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lack of an IPO also enables Huawei to take a longer-term perspective and to think in terms of decades rather than quarters. As in nature, Zhengfei considers each ‘season’ of the company a period of continued growth, learning and sharing by listening first and foremost to the customer. This, Huawei believe, will enable the evolution of a future where connectivity is possible for all. And it’s this long-term vision that keeps Huawei ahead of the game. It’s not afraid to put its money where its mouth is in terms of research, where it considers knowledge as being the fundamental power in rolling out its future vision. From Humble Beginnings Huawei started in 1987 with a staff of just 12. Today it employs 170,000 people around the globe and is the largest telecommunications equipment manufacturer in the world. Someone described Huawei last year as being “the best smartphone company you’ve never heard of” but walk the halls of MWC 2017 and their name is quite literally everywhere! I was fortunate to be invited as a Key Opinion Leader (KOL) at this year’s congress and it was nothing short of astounding to see how far the company has come, especially in their consumer products division, where the recently released P10 and P10 Plus have proved worthy rivals to both Apple and Samsung´s offerings. Huawei´ss latest smartphone is far more Apple-esque in appearance than it is Samsung and I don’t think this is an accident. After all, Huawei first and foremost listens to its customers and I believe it has taken the best attributes of the iPhone, coupled with the ‘candy for the masses’ appeal of Android’s new Nougat OS and has fine-tuned them into something that must be making Mr Cook very nervous indeed! Without going on to review the long list of P10 features in this piece (I’ll leave that for another time) what is apparently clear in everything that Huawei produces is the sheer quality of their products, something echoed through an unspoken, yet almost tangible, mantra of pride resonating throughout the Huawei halls of MWC. A Very Large Family It’s a rarity for such a vast organisation to still have a family-like feel to it, yet that’s what it manages to hold on to, despite its continued growth. It may be a family of 170,000 (and growing) making for one hell of a long ending to a Walton’s episode, but that’s what it is; a collective of individuals that together hold onto Zhengfei’s core belief of success through vision, value and sharing. It’s no secret that Huawei actually want their customers to succeed. Something that’s been reflected in their recent election as platinum members of the OpenStack Foundation. The company’s unique realisation of the power of the collective coupled with a consumer-centric business flow have made Huawei a force to be reckoned with in the telecoms world. Their continued attention to detail in the products they produce and their unwavering commitment to customer satisfaction embodies their ongoing quest for perfection in an imperfect world.

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Dr Sarah-Jayne Gratton is a best-selling author and digital media strategist with a career that marries her early days in the theatre with her later work in consumer psychology. She is a popular social media persona as @grattongirl on Twitter, has been listed in the Sunday Times Social List and is one of the “Top Badass Women of Twitter”. You can read more about her work here: sarahgratton.com

Anexo ao BS Nº 09/2017

Intervenção em Concessionária Prestadora de Serviço de Telecomunicações

Lei Nº 9.472/1997

Seção V

Da intervenção

Art. 110. Poderá ser decretada intervenção na concessionária, por ato da Agência, em caso de:

I - paralisação injustificada dos serviços;

II - inadequação ou insuficiência dos serviços prestados, não resolvidas em prazo razoável;

III - desequilíbrio econômico-financeiro decorrente de má administração que coloque em risco a continuidade dos serviços;

IV - prática de infrações graves;

V - inobservância de atendimento das metas de universalização;

VI - recusa injustificada de interconexão;

VII - infração da ordem econômica nos termos da legislação própria.

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Art. 111. O ato de intervenção indicará seu prazo, seus objetivos e limites, que serão determinados em função das razões que a ensejaram, e designará o interventor.

§ 1° A decretação da intervenção não afetará o curso regular dos negócios da concessionária nem seu normal funcionamento e produzirá, de imediato, o afastamento de seus administradores.

§ 2° A intervenção será precedida de procedimento administrativo instaurado pela Agência, em que se assegure a ampla defesa da concessionária, salvo quando decretada cautelarmente, hipótese em que o procedimento será instaurado na data da intervenção e concluído em até cento e oitenta dias.

§ 3° A intervenção poderá ser exercida por um colegiado ou por uma empresa, cuja remuneração será paga com recursos da concessionária.

§ 4° Dos atos do interventor caberá recurso à Agência.

§ 5° Para os atos de alienação e disposição do patrimônio da concessionária, o interventor necessitará de prévia autorização da Agência.

§ 6° O interventor prestará contas e responderá pelos atos que praticar.

________________________________________________________________________________

NOTA: Os comentários do presente BOLETIM SEMANAL bem como a edição final do texto são de responsabilidade de Antonio Ribeiro dos Santos, Consultor Principal da PACTEL. A precisão das informações não foi testada. O eventual uso das informações na tomada de decisões deve ocorrer sob exclusiva responsabilidade de quem o fizer. Também não se assume responsabilidade sobre dados e comentários realizados por terceiroscujos termos o BS não endossa ecessariamente. É apreciado o fato de ser mencionada a fonte no caso de utilização de alguma informação do BOLETIM SEMANAL.