boletim opae dezembro

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1 A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nes- sa terça-feira (29/11/2016) des- criminalizar o aborto no primeiro trimestre da gravidez. Com essa deliberação o Brasil ingressa na lista dos países que chacinam nas- cituros de até 90 dias de vida nos ventres maternos. Um nascituro é um feto. No Direito progamático é grande a controvérsia se tal feto pode ser consi- derado um ser humano quanto à sua persona- lidade jurídica (pois ter “vida” não é sinônimo de ter “vida humana”) e so- bre quais direitos tal feto possui, se é que possui. O Brasil, pretensa- mente “Pátria do Evangelho”, em- barca na contramão da história. Vejamos, sempre houve leis se- veras contra a prática do aborto na Humanidade. No século XVIII a.C., o Código de Hamurabi destacava aspectos da reparação devida a mulheres livres em casos de abor- tos provocados, exigindo o paga- mento de 10 siclos pelo feto morto. Na Grécia antiga, as leis de Licurgo e de Sólon e a legislação de Tebas e Mileto tipificavam o aborto como crime. Hipócrates, uma das figuras mais importantes da história da saú- de, frequentemente considerado “pai da medicina”, negava o direito ao aborto e exigia dos médicos jurar não dar às mulheres bebidas fatais para a criança no ventre. Na Idade Média, a Lex Romana Visigothorum editava penas severas contra o aborto. O Código Penal francês de 1791, em ple- na Revolução Francesa, determinava que todos os cúmplices de abor- to fossem flagelados e condena- dos a 20 anos de prisão. O Código Penal francês de 1810, promulga- do por Napoleão Bonaparte, pre- via a pena de morte para o aborto. Posteriormente, a pena de morte foi substituída pela prisão perpétua. Além disso, os médicos, farmacêu- ticos e cirurgiões eram condenados Informativo Mensal do Posto de Assistência Espírita - Ano II, Número 17 - Dezembro/2016. Infeliz é a nação que permite assassínios de nascituros Editorial Jorge Hessen

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nes-sa terça-feira (29/11/2016) des-criminalizar o aborto no primeiro trimestre da gravidez. Com essa deliberação o Brasil ingressa na lista dos países que chacinam nas-cituros de até 90 dias de vida nos ventres maternos. Um nascituro é um feto. No Direito progamático é grande a controvérsia se tal feto pode ser consi-derado um ser humano quanto à sua persona-lidade jurídica (pois ter “vida” não é sinônimo de ter “vida humana”) e so-bre quais direitos tal feto possui, se é que possui.

O Brasil, pretensa-mente “Pátria do Evangelho”, em-barca na contramão da história. Vejamos, sempre houve leis se-veras contra a prática do aborto na Humanidade. No século XVIII a.C., o Código de Hamurabi destacava aspectos da reparação devida a mulheres livres em casos de abor-tos provocados, exigindo o paga-

mento de 10 siclos pelo feto morto. Na Grécia antiga, as leis de Licurgo e de Sólon e a legislação de Tebas e Mileto tipificavam o aborto como crime. Hipócrates, uma das figuras mais importantes da história da saú-de, frequentemente considerado “pai da medicina”, negava o direito

ao aborto e exigia dos médicos jurar não dar às mulheres bebidas fatais para a criança no ventre. Na Idade Média, a Lex Romana Visigothorum editava penas severas contra o aborto.

O Código Penal francês de 1791, em ple-na Revolução Francesa, determinava que todos os cúmplices de abor-

to fossem flagelados e condena-dos a 20 anos de prisão. O Código Penal francês de 1810, promulga-do por Napoleão Bonaparte, pre-via a pena de morte para o aborto. Posteriormente, a pena de morte foi substituída pela prisão perpétua. Além disso, os médicos, farmacêu-ticos e cirurgiões eram condenados

Informativo Mensal do Posto de Assistência Espírita - Ano II, Número 17 - Dezembro/2016.

Infeliz é a nação que permiteassassínios de nasciturosEditorial Jorge

Hessen

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............ Espaço da Codificação ............

“O Livro dos Espíritos” - Questão 358

Constitui crime a provocação do aborto, emqualquer período da gestação?

“Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.”

a trabalhos forçados.Se os ditos tribunais humanos

condenam a prática do aborto, as Leis Divinas, por seu turno, atuam inflexivelmente sobre os que alu-cinadamente o provocam. Fixam essas leis no tribunal da própria consciência culpada, tenebrosos processos de resgate que podem conduzir ao câncer e à loucura, agora ou mais tarde.

Não nos enganemos, a medici-na que executa o aborto nos países que já legalizaram o assassinato do bebê no ventre materno é uma me-dicina criminosa. No Brasil, a taxa de interrupção de gravidez é as-sombrosa. Essa situação fez surgir no país grupos dispostos a legalizar o aborto, torná-lo fácil, acessível, higiênico, “juridicamente corre-to”. Contudo, ainda que isso seja legalizado, JAMAIS esqueçamos que o aborto ilegal ou legalizado SEMPRE será um CRIME perante as Leis Divinas!

Não censuramos aqueles que

estão sob o impacto de consciência pesada em face do aborto já consu-mado, até para que não caiam na vala profunda do desalento. Para quem já abortou convém lembrar o seguinte: errar é aprender, contu-do, ao invés de se fixar no remor-so, precisa aproveitar a experiência como uma boa oportunidade para discernimento no futuro. Libertar-se da culpa é colocar-se diante das consequências dos atos com a disposição de resolvê-las, corajosa-mente.

A adoção de criança órfãs é excelente prática de soerguimen-to moral. Pode-se, também, fazer opção por uma atividade, onde se esteja em contato direto, corpo a corpo, com crianças carentes de carinho, de amparo, de colo e cui-dados pessoais em creches, esco-las, hospitais, orfanatos etc.

Qual será o futuro do Brasil abortista?

Que Deus tenha misericórdia dos brasileiros!

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Livro: Religião dos EspíritosPsicografia: Chico XavierEditora: FEB

Aborto Delituoso

Comovemo-nos, habitualmente, diante das grandes tragédias que agitam a opinião.

Homicídios que convulsionam a imprensa e mobilizam largas equi-pes policiais...

Furtos espetaculares que inspiram vastas medidas de vigilância... Assassínios, conflitos, ludíbrios e assaltos de todo jaez criam a guer-

ra de nervos, em toda parte; e, para coibir semelhantes fecundações de ignorância e delinqüência, erguem-se cárceres e fundem-se algemas, organiza-se o trabalho forçado e em algumas nações a própria lapidação de infelizes é praticada na rua, sem qualquer laivo de compaixão.

Todavia, um crime existe mais doloroso, pela volúpia de crueldade com que é praticado, no silêncio do santuário doméstico ou no regaço da Natureza...

Crime estarrecedor, porque a vítima não tem voz para suplicar pie-dade e nem braços robustos com que se confie aos movimentos da reação.

Referimo-nos ao aborto delituoso, em que pais inconscientes determinam a morte dos pró-prios filhos, asfixiando lhes a existência, antes que possam sorrir para a bênção da luz.

Homens da Terra, e sobretudo vós, cora-ções maternos chamados à exaltação do amor e da vida, abstende-vos de semelhante ação que vos desequilibra a alma e entenebrece o cami-nho!

Fugi do satânico propósito de sufocar os re-bentos do próprio seio, porque os anjos tenros que rechaçais são mensageiros da Providência, assomastes no lar em vosso próprio socorro, e, se não há legislação hu-mana que vos assinale a torpitude do infanticídio, nos recintos familiares ou na sombra da noite, os olhos divinos de Nosso Pai vos contemplam do Céu, chamando-vos, em silêncio, às provas do reajuste, a fim de que se vos expurgue da consciência a falta indesculpável que perpetrastes.

Refletindo com EmmanuelRefletindo com Emmanuel

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Conselho Diretor - Presidente: Wilson Barbosa / Vice-Presidente: Jorge HessenSecretária: Diomarsi Souza / 2.º Secretário: Josias da Silva

Tesoureiro: João BatistaConselho Fiscal - José Amin, Francisco Soares e Marcos Marques

Editores - Jorge Hessen e Fabiano AugustoSite - http://opaespirita.wixsite.com/opae Blog - http://paespirita.blogspot.com.br/

QNM 40 AE N.° 02, Taguatinga Norte/DF - Fone: (61) 3491-2552

Expediente

Sábados - 18 horasDia 3 - Jorge Hessen (PAE)

Dia 10 - José Matos (C.E. Alvorada Cristã)Dia 17 - Sidney de Paula (FEB)

Dia 24 - Antônio Dias (Irmão Manoel)Dia 31 - Carlos Sá (FEB)

Quartas-feiras - 20 horasDia 7 - Francisco Soares (PAE)Dia 14 - Cirne Ferreira (FEB)Dia 21 - Maria Omilta (PAE)

Dia 28 - Arildo Marques (B. Menezes)

Quadro de Reuniões Públicas e Expositores do Mês de Dezembro

Anotações oportunasCap.15 do Livro “Ação e Reação” - André Luiz/Chico - Ed. FEB.

“– E o aborto provocado, assistente? – inquiriu Hilário, sumamente interessa-do. – Diante da circunspecção com que a sua palavra reveste o assunto, é de se presumir seja ele falta grave...

– Falta grave?! Será melhor dizer doloroso crime. Arrancar uma criança ao materno seio é infanticídio confesso. A mulher que o promove ou que venha a coonestar semelhante delito é constrangida, por leis irrevogáveis, a sofrer alte-rações deprimentes no centro genésico de sua alma, predispondo-se geralmente a dolorosas enfermidades, quais sejam a metrite, o vaginismo, a metralgia, o enfarte uterino, a tumoração cancerosa, flagelos esses com os quais, muita vez, desencarna, demandando o Além para responder, perante a Justiça Divina, pelo crime praticado. É, então, que se reconhece rediviva, mas doente e infeliz, por-que, pela incessante recapitulação mental do ato abominável, através do remor-so, reterá por tempo longo a degenerescência das forças genitais.

– E como se recuperará dos lamentáveis acidentes dessa ordem?O Assistente pensou por momentos rápidos e acrescentou: – Imaginem vocês a matriz mutilada ou deformada, na mesa da cerâmica. De-

certo que o oleiro não se utilizará dela para a modelagem de vaso nobre, mas apro-veitar-lhe-á o concurso em experimentos de segunda e terceira classe... A mulher que corrompeu voluntariamente o seu centro genésico receberá de futuro almas que viciaram a forma que lhes é peculiar, e será mãe de criminosos e suicidas, no campo da reencarnação, regenerando as energias sutis do perispírito, através do sacrifício nobilitante com que se devotará aos filhos torturados e infelizes de sua carne, aprendendo a orar, a servir com nobreza e a mentalizar a maternidade pura e sadia, que acabará reconquistando ao preço de sofrimento e trabalho justos...”