boletim n. 5 - mar o-2006 · muito pouco usada pelos raros automóveis existentes ... mais tarde,...

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BOLETIM INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO SOCIAL E CULTURAL DE SOBREPOSTA N.º 5 MARÇO/2006 EDITORIAL A nossa Assembleia Geral de 27 de Dezembro último, foi bem a prova de que a Asso- ciação Social e Cultural de Sobreposta nasceu em boa hora e tem pernas para andar. Muitos foram os assuntos ali abordados: o que se fez no ano passado e o que se pre- tende fazer no corrente ano; as despesas havidas e as verbas recebidas. Entre outros temas ali dis- cutidos, também se falou do nosso Boletim Informativo e do elevado interesse que as pessoas têm demonstrado pela sua leitura. Por mim, fico contente que assim seja. Porém, após interessante discussão, foi entendido que não será justo uns pagarem uma quota que lhes dá o direito de receberem o Bole- tim Informativo em suas casas, enquanto outros o têm recebido de forma totalmente gratuita. Procurando-se ser um pouco mais justo e tendo em conta os custos havidos com esta publicação, foi decidido que, de futuro, o Boletim Informativo apenas será enviado, gratuitamente, aos associados e às Insti- tuições que o queiram rece- ber. Todos sabemos que estas coi- sas têm os seus custos e que estes não deverão ser suportados apenas por alguns mas sim por todos quantos delas beneficiam. Para isso bastará que seja sócio e tenha a sua quota em dia. Acredito que todos compreen- derão esta decisão que me parece justa e razoável. Então, se pretende continuar a receber o nosso Boletim em sua casa, decida fazer-se sócio da Associação Social e Cultural de Sobreposta. Onde todos ajudam, nada cus- ta! Manuel Mendes Director: Manuel Ribeiro Mendes — [email protected] ASSEMBLEIA GERAL DA ASSOCIAÇÃO SOCIAL E CULTURAL DE SOBREPOSTA Dando-se cumprimento ao determinado nos Estatutos, realizou-se em 27 de Dezembro de 2005, a Assembleia Geral da nossa Associação. Apesar da noite fria e chuvosa, contou com a presença de muitos associados que se quiseram inteirar do que se tem feito e dos projectos futuros. A abrir os trabalhos o Presidente da Assembleia Geral, P. José Ribeiro Mendes, saudou todos os associados e agradeceu-lhes a presença. Salientou, também, a importância do trabalho realizado em favor da comunidade, com espírito altruísta e solidário. Na mesa estiveram ainda, o Vice-Presidente Alberto Gomes da Silva e a Secretária Paula Fernanda Ribeiro Araújo. Após a leitura da Acta da Assembleia anterior, coube ao secretário da Direcção Severino Domingos Mendes Fernandes, apresentar as actividades desenvolvidas no ano de 2005, referindo o trabalho de organização, a angariação de associados, a publicação e distribui- ção do nosso Boletim Informativo, a realização do Cross de Orientação, o 1.º Convívio promovido pela Associação, a criação da classe de ginástica frequentada por dezenas de senhoras, o trabalho desenvolvido para se conseguir uma sede. Continua na página 3 JUNTA DE FREGUESIA DE SOBREPOSTA JUNTA DE FREGUESIA DE SOBREPOSTA JUNTA DE FREGUESIA DE SOBREPOSTA JUNTA DE FREGUESIA DE SOBREPOSTA Da responsabilidade da Junta de Freguesia, estão em andamento alguns melhoramentos. Assim temos conhecimento que estão em curso: 1—Desde tempos longínquos, para não dizer desde sempre, o acesso a terras de Codessais e Trás-do-Moínho era feito pelo leito da Poça do Paço, tantas vezes dificultado pela água aí presa para as regas de verão ou pela torrente mais ou menos forte das águas do rio que ali chegavam no Inverno. Apesar da obra não estar concluída, já é pos- sível o acesso a essas terras sem que seja necessário molhar o pé na referida poça. Será que o novo caminho ligará ao velho caminho da Poça de Espinheiro? Não conheço o âmbito do projecto e a questão poderá até ser inoportuna. Todavia parece-me que não será uma questão totalmente descabida. Continua na página 5 QUEM FOI QUEM FOI QUEM FOI QUEM FOI FRANCISCO DA SILVA? FRANCISCO DA SILVA? FRANCISCO DA SILVA? FRANCISCO DA SILVA? Muitos se interrogarão, certamente, sobre quem foi Francisco da Silva, o 1.º Sócio Honorário da Associação Social e Cultural de Sobreposta. Os mais antigos, particularmente os residentes em Lageosa, talvez se recordem de um casal simpático e alegre que com seu filhito aparecia, no Verão, para na nossa terra gozar as suas férias. Com uma arma de pequeno calibre, dedicava-se frequentemente à caça de algum tordo mais distraído que pousava entre os ramos de qual- quer oliveira, enquanto seu pequenito filho, Vítor Manuel, e algu- mas crianças da sua idade com quem facilmente fazia amizade, se divertiam com uma trotinete na estrada da aldeia, naquele tempo muito pouco usada pelos raros automóveis existentes por estas bandas. Continua na página 3

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BOLETIM INFORMATIVO DA ASSOCIAÇÃO SOCIAL E CULTURAL DE SOBREPOSTA N.º 5 — MARÇO/2006

EDITORIAL A nossa Assembleia Geral de

27 de Dezembro último, foi

bem a prova de que a Asso-

ciação Social e Cultural de

Sobreposta nasceu em boa

hora e tem pernas para

andar.

Muitos foram os assuntos ali

abordados: o que se fez no

ano passado e o que se pre-

tende fazer no corrente ano;

as despesas havidas e as

verbas recebidas.

Entre outros temas ali dis-

cutidos, também se falou do

nosso Boletim Informativo e

do elevado interesse que as

pessoas têm demonstrado pela

sua leitura.

Por mim, fico contente que

assim seja.

Porém, após interessante

discussão, foi entendido que

não será justo uns pagarem

uma quota que lhes dá o

direito de receberem o Bole-

tim Informativo em suas

casas, enquanto outros o têm

recebido de forma totalmente

gratuita. Procurando-se ser

um pouco mais justo e tendo

em conta os custos havidos

com esta publicação, foi

decidido que, de futuro, o

Boletim Informativo apenas

será enviado, gratuitamente,

aos associados e às Insti-

tuições que o queiram rece-

ber.

Todos sabemos que estas coi-

sas têm os seus custos e

que estes não deverão ser

suportados apenas por alguns

mas sim por todos quantos

delas beneficiam. Para isso

bastará que seja sócio e

tenha a sua quota em dia.

Acredito que todos compreen-

derão esta decisão que me

parece justa e razoável. Então, se pretende continuar a receber o nosso Boletim em sua casa, decida fazer-se sócio da Associação Social e Cultural de Sobreposta. Onde todos ajudam, nada cus-ta!

Manuel Mendes

Director: Manuel Ribeiro Mendes — [email protected]

ASSEMBLEIA GERAL DA

ASSOCIAÇÃO SOCIAL E CULTURAL DE SOBREPOSTA Dando-se cumprimento ao determinado nos Estatutos, realizou-se em 27 de Dezembro de 2005, a Assembleia Geral da nossa Associação. Apesar da noite fria e chuvosa, contou com a presença de muitos associados que se quiseram inteirar do que se tem feito e dos projectos futuros. A abrir os trabalhos o Presidente da Assembleia Geral, P. José Ribeiro Mendes, saudou todos os associados e agradeceu-lhes a presença. Salientou, também, a importância do trabalho realizado em favor da comunidade, com espírito altruísta e solidário. Na mesa estiveram ainda, o Vice-Presidente Alberto Gomes da Silva e a Secretária Paula Fernanda Ribeiro Araújo. Após a leitura da Acta da Assembleia anterior, coube ao secretário da Direcção Severino Domingos Mendes Fernandes, apresentar as actividades desenvolvidas no ano de 2005, referindo o trabalho de organização, a angariação de associados, a publicação e distribui-ção do nosso Boletim Informativo, a realização do Cross de Orientação, o 1.º Convívio promovido pela Associação, a criação da classe de ginástica frequentada por dezenas de senhoras, o trabalho desenvolvido para se conseguir uma sede. Continua na página 3

JUNTA DE FREGUESIA DE SOBREPOSTAJUNTA DE FREGUESIA DE SOBREPOSTAJUNTA DE FREGUESIA DE SOBREPOSTAJUNTA DE FREGUESIA DE SOBREPOSTA Da responsabilidade da Junta de Freguesia, estão em andamento alguns melhoramentos. Assim temos conhecimento que estão em curso: 1—Desde tempos longínquos, para não dizer desde sempre, o acesso a terras de Codessais e Trás-do-Moínho era feito pelo leito da Poça do Paço, tantas vezes dificultado pela água aí presa para as regas de verão ou pela torrente mais ou menos forte das águas do rio que ali chegavam no Inverno. Apesar da obra não estar concluída, já é pos-sível o acesso a essas terras sem que seja necessário molhar o pé na referida poça. Será que o novo caminho ligará ao velho caminho da Poça de Espinheiro? Não conheço o âmbito do projecto e a questão poderá até ser inoportuna. Todavia parece-me que não será uma questão totalmente descabida. Continua na página 5

QUEM FOIQUEM FOIQUEM FOIQUEM FOI

FRANCISCO DA SILVA?FRANCISCO DA SILVA?FRANCISCO DA SILVA?FRANCISCO DA SILVA? Muitos se interrogarão, certamente, sobre quem foi Francisco da Silva, o 1.º Sócio Honorário da Associação Social e Cultural de Sobreposta. Os mais antigos, particularmente os residentes em Lageosa, talvez se recordem de um casal simpático e alegre que com seu filhito aparecia, no Verão, para na nossa terra gozar as suas férias. Com uma arma de pequeno calibre, dedicava-se frequentemente à caça de algum tordo mais distraído que pousava entre os ramos de qual-quer oliveira, enquanto seu pequenito filho, Vítor Manuel, e algu-mas crianças da sua idade com quem facilmente fazia amizade, se divertiam com uma trotinete na estrada da aldeia, naquele tempo muito pouco usada pelos raros automóveis existentes por estas bandas. Continua na página 3

GRANDES PELO SACRIFÍCIO

Mais uma vez vos escrevo de Roma. Mas afinal que cidade é esta?

Normalmente aponta-se o ano 753 antes de Cristo como a data da fun-dação.

Desde tempos imemoriais a mar-gem direita do Tibre era habitada pelos Etruscos dos quais encontra-mos, ainda hoje, numerosos vestí-gios que atestam não só a sua presença como a sua cultura. A capital deste povo anti-quíssimo fica relativamente perto dos limites da cidade actual. Na margem esquerda do rio havia algumas colinas separadas por vales verdejantes sendo a colina Palatina ocu-pada por povos latinos descidos das montanhas do Lácio, que vieram com seus reba-nhos à procura de pastagens. Por sua vez, das montanhas do Nordeste vieram os Sabi-nos que se fixaram na colina do Quirinal. Foi o Conjunto destes três povos que se desenvolveram e, depois de duras batalhas em que os latinos, pela sua maior coesão, mais se expandiram, levando a melhor sobre os outros povos que deram origem aos romanos. Assim, os três povos fundiram-se e paulatinamente se desenvolveram, ocu-pando as colinas do Esquilino, Viminal, Capitólio, Célio e Aventino, dando origem à cidade das sete colinas. Porque ocuparam eles as colinas? Porque aí o clima era mais ameno, lhes permitia uma melhor observação dos movimentos inimigos em caso de ataque e consequente melhor defesa. Além disso, não prejudicavam os vales de pasta-gens verdejantes para os rebanhos.

Pois bem: da união, da organização e da vontade deste pequeno núcleo, nasceu o gran-de Império Romano que ocupou quase todo o mundo conhecido de então e fez do Medi-terrâneo o “Mare Nostrum” onde as naves se movimentam livremente, como se de um pequeno lago se tratasse afluindo para aqui riquezas de toda a terra.

Não há dúvida que este facto possibilitou a movimentação fácil de pessoas fossem elas, militares, comerciantes, construtores, artistas, pensadores, eu sei lá..., o conhecimento, a difusão de novas ideias e de factos. Entre os factos, avultava um surgido na província da Palestina, referente a um tal Jesus de Nazaré. Um homem estranho que vivia, dizia e fazia coisas estranhas. Um verdadeiro sedutor seguido por tantos a quem pregava o arrependimento e a conversão e curava o povo das suas enfermidades. Mas, de tudo o que é mais estranho, é que tendo sido julgado e condenada à morte de cruz, no Governo de Pôncio Pilatos, os seus seguidores dizem que ele ressuscitou! Que ele está vivo!

A notícia deste acontecimento chegou e depressa se espalhou na capital do Império. Aí por razões diversas se hão-de encontrar Pedro, Paulo, Marcos, Timóteo e tantos outros que pela sua vida humilde e simples, pela convicção da sua fé capaz de aceitar a morte, pelo amor e doação aos outros, também eles, tal como Jesus de Nazaré, seduzem e arrastam. Não aceitam outro deus que não seja o Deus de Jesus Cristo! É uma verdadei-ra revolução! Tratam-se por irmãos sem olharem à diferença de classes; repartem seus bens por aqueles que nada possuem e pregam o amor e a fraternidade; dizem que todos os homens são iguais. Uma verdadeira perversão da ordem estabelecida. Isto preocupa e enfurece o Imperador que manda prender esses homens. Pedro, Paulo e tantos outros são presos e metidos na cadeia Mamertina, mais tarde, condenados e mortos.

Assim, esta Roma poderosa, senhora do maior império do mundo, cujas legiões coman-dadas por generais experientes incutem temor e fazem respeitar as leis do império, clau-dica no seu interior, onde um pequeno grupo de cristãos, que cresce dia a dia, se recusa a prestar culto aos deuses do império, mas antes proclamam o Deus de Jesus Cristo, como único e verdadeiro e a fraternidade de todos os homens. Estes cristãos foram a exemplo de Jesus Cristo esmagados, mas jamais aniquilados. Cristãos que acreditaram e viveram na força do mistério pascal de Cristo a sua própria páscoa. Aqui, Pedro e Pau-lo, como tantos outros, verteram o seu sangue. Seus túmulos, de entre os quais sobressai o de Pedro, não são monumentos para recordar mortos, mas cátedras levantadas onde sobressai a de Pedro, a fazer repercutir através dos séculos, hoje, na voz e figura de Bento XVI que iluminado pelo Espírito Santo lhe confere a visão profunda das coisas para poder dizer as palavras de sempre: Tu és o Cristo filho de Deus Vivo. Ou aquela: A quem iremos nós, Senhor, se só tu tens palavras de vida eterna.

Peçamos a Deus que nos ilumine para descobrir o significado profundo da Páscoa e sermos capazes de a viver na esperança; quando tudo humanamente desaparece e mor-re, resta-nos a força e a certeza da vida nova da Ressurreição.

A todos uma Santa Páscoa.

P. Zé do Muro

“CASAMENTO DAS

VELHAS” Por este nosso Minho encontramos muitas tradições cuja origem se perde em tempos já distantes. Uma delas, própria da época de Carnaval, era conhecida na nossa terra por “casamento das velhas” e noutras localidades por “latadas” ou “tocar das latas” e realizava-se precisamente na noite da terça-feira de Carnaval. No início dos anos setenta do século passado, acompanhado de outros amigos e envoltos pelas trevas da noite, colaborei para a manu-tenção desta tradição que me parece hoje com tendência para desaparecer. Os jovens, normalmente dois, muniam-se de embudes ( funis de grandes dimensões utili-zados no envasilhamento do vinho), e coloca-vam-se em pontos estratégicos da aldeia, por norma os locais mais elevados. Procuravam, ainda, subir árvores bem altas de onde mais facilmente se fizessem ouvir em toda a aldeia. No lugar de Lageosa era muito usada a Eira da Figueira, o lugar do Pedregal ou uma velha e alta oliveira do Talho do Muro que se encontrava muito próxima das casas do lugar, o que facilitava a audição dos mexericos dos jovens casamenteiros. Os embudes utilizados, para além de ampliarem a voz como se de altifalantes se tratasse, permitiam alterá-la um pouco para que os intervenientes não fossem facilmente identificados. No diálogo, os jovens tratavam-se por com-padres, mais ou menos como no exemplo que se segue: 1.º jovem—Óóóóóó (bem forte e prolongado) compadre. 2.º jovem—Diz compadre. 1.º jovem—Tu sabes quem vai casar? 2.º jovem—Quem, compadre? 1.º jovem—O F… ( e dizia o nome do noivo a quem pretendiam incomodar, fosse novo e solteiro ou velho e viúvo). 2.º jovem—Ah!!! Com quem, compadre? 1.º jovem—Com a M …( e anunciava o nome da noiva que propunham para compa-nheira, umas vezes porque tal era previsível tendo em conta namoros escondidos, outras, alguém completamente desajustado à realida-de que apenas servia para que os ouvintes bem atentos e interessados na brincadeira, soltassem suas gargalhadas). Assim, facilmente se depreende que enquanto uns ficavam indiferentes, a outros não faltaria vontade de pegarem num valente fueiro e desancarem no lombo dos casamenteiros. Depois do anúncio, o casamento terminava com um comentário jocoso do 2.º jovem ou de um terceiro, sobre o par formado, comen-tando sua idade, sua beleza ou falta dela, seu trabalho, fortuna ou outras características próprias de algum dos noivos. Nos dias seguintes, os casamentos arranjados eram mote de conversas mais ou menos divertidas entre os habitantes que comenta-vam não só os pares formados mas também o desempenhado dos casamenteiros.

F.R.M.

ASSEMBLEIA GERAL DA ASSOCIAÇÃO SOCIAL E CULTURAL DE SOBREPOSTA

Continuação da página 1 Em termos de comentário, o associado José Ribeiro salientou que “o tra-balho já realizado prova que estamos no caminho certo”, referindo que os associados que vivem na terra são a “alavanca fundamental” na concreti-zação dos nossos objectivos. A Tesoureira Zilda Maria Macedo Ribeiro apresentou as contas do ano 2005, verificando-se, com agrado, que o saldo é positivo, graças a uma gestão cuidada, a alguns donativos recebidos e à compreensão dos sócios que liquidaram as suas quotas. No que se refere a actividades previstas para o ano de 2006, são muitas e variadas; umas de continuidade como a publicação do Boletim Informati-vo e a Classe de Ginástica; outras serão novas e surgirão em tempo pró-prio, contando, certamente, com a participação de muitos interessados. A criação de um Grupo de Cantares, de um Grupo de Tocadores de Cai-xas e Tambores, de um centro de Estudos e Internet e de uma Biblioteca, são algumas das actividades sugeridas. Mas haverá outras, como: a reali-zação de um “pedypaper; colóquios; convívios; recolha de ditos, contos e lendas populares; o registo de memórias biográficas de pessoas da terra; o desenvolvimento de acções de solidariedade e rastreios sanitários. No último ponto da Ordem de Trabalhos o associado José Ribeiro apre-sentou uma proposta (ver abaixo) no sentido de que fosse designado SÓCIO HONORÁRIO desta Associação, a título póstumo, o senhor Francisco da Silva, um filho de Sobreposta que muito cedo foi trabalhar para Lisboa, procurando, como todos os emigrantes, melhorar as suas condições de vida. Em Lisboa, sempre estava disponível para receber e apoiar os naturais de Sobreposta, e foram muitos, que por qualquer moti-vo se deslocavam à capital. Quantos beneficiaram da sua solidariedade, disponibilidade e até da sua alegria! Francisco da Silva encarna verdadei-ramente, o espírito desta Associação que pretende ser um elo de ligação entre todos os naturais de Sobreposta. Por isso a proposta apresentada foi aprovada por unanimidade e aclamação. Antes de terminar houve ainda várias intervenções de associados que reconheceram o trabalho já desenvolvido, concluindo que valeu a pena a criação da nossa Associação mas que muito mais há para realizar. Foi uma Assembleia interessante e participada a dizer-nos que ali todos podemos dar sugestões, transmitir novas ideias e participar na construção de uma Associação dinâmica que na sua área, poderá contribuir para o progresso de Sobreposta.

PROPOSTA Proponho à Mesa da Assembleia Geral da Associação Social e Cultural de Sobreposta que coloque à Ex. ma Assembleia, hoje reunida, a seguinte proposta: - Eu, José de Almeida Ribeiro, proponho a atribuição da categoria de Sócio Honorário, a titulo póstumo, ao senhor Francisco Silva, que foi nosso conterrâneo, pela sua qualidade de grande amigo da terra onde nas-ceu, sentimento que semeou em alguns dos actuais associados. De facto, se o Sr. Francisco Silva, que residia em Lisboa e falecido há quase 35 anos, fosse vivo, com certeza seria um membro desta Associa-ção. Além de outros atributos era um anfitrião dos conterrâneos que se deslocavam a Lisboa e a sua casa estava sempre aberta a todos aqueles que chegavam à capital, revelando grande espírito de entreajuda e solida-riedade para com todos quantos necessitavam de seus préstimos. Que da decisão tomada seja dado conhecimento a sua Esposa D. Assun-ção Silva e ao seu filho Dr. Vítor Silva. Com os meus cumprimentos, subscrevo-me,

José de Almeida Ribeiro (Associado n.º 3)

QUEM FOIQUEM FOIQUEM FOIQUEM FOI

FRANCISCO DA SILVA?FRANCISCO DA SILVA?FRANCISCO DA SILVA?FRANCISCO DA SILVA? Continuação da pág. 1

O fortuito caçador era precisamente Francisco da Silva, nascido no lugar do Monte, em Lageosa, a 6 de Abril de 1921, sendo filho de Avelino da Silva e de Rosa da Silva. Nos finais dos anos trinta, em plena juventude, ruma a Lisboa à procura de melhores condições de vida que, à data, não lhe era possível encontrar na sua terra. Na capital foi acolhido e acompanhado por um senhor de nome José do Casal. Porém, pouco tempo após a sua chegada, o “Chico do Avelino”, como era conhecido, conseguiu trabalho numa leitaria, vendendo e distri-buindo leite de porta em porta. Procurando sempre mais e melhor, inscreveu-se para trabalhar nos CTT, onde exerceu a profissão de cartei-ro, cerca de 20 anos. Viveu longos anos na freguesia de Porto Salvo, conce-lho de Oeiras. Ao fundo do seu pequeno quintal, uma barraquita que abrigava dezenas de relógios das mais diferentes marcas e feitios, que o “Chico” adorava reparar. Ali vivia feliz com sua família. Porém, em 24 de Dezembro de 1970, quando os seus cinquenta anos lhe permitiam ainda uma enorme força de viver e extraor-dinária alegria, Francisco da Silva é vítima de um bru-tal acidente de motorizada que o atira para a cama de um hospital, vindo a falecer em 24 de Maio de 1971. Era o ponto final de uma vida de trabalho, de canseiras, de amor a sua esposa e filho. Foi, ainda, o desapareci-mento de um amigo da nossa terra que em Lisboa sem-pre acolheu com inteira disponibilidade e muita amiza-de aqueles que daqui se deslocavam à capital. Lisboa daquele tempo ficava “muito longe”. Porém, quem lá chegava, e tantos foram, à procura de trabalho, por força do serviço militar, por qualquer motivo mais particular ou simplesmente numa excursão turística, sempre encontrava um amigo. O “Chico” estava dispo-nível para os acolher, orientar e acompanhar. Casos houve de gente de Sobreposta que se alojou em sua casa enquanto na capital “tiravam” a carta de condu-ção. Lá, havia sempre lugar para mais um. Foi Francisco da Silva um homem com uma vida riquíssima de doação, de ajuda, de disponibilidade, de solidariedade para todos quantos dele se aproximavam. E com que alegria o fazia! É, sem dúvida, um bom exemplo dos valores que a nossa Associação defende e por isso é de inteira justiça a distinção que, a título póstumo, lhe foi concedida: Sócio Honorário da Associação Social e Cultural de Sobreposta.

NOVOS SÓCIOS 140-Mário Jorge de Oliveira Libório Porto Salvo 141-Fernanda Isabel Lopes Vaz Porto Salvo 142-Maria Conceição M. Mendes Araújo Braga 143-Maria Lúcia Antunes Lopes Sobreposta 144-Carla Manuela Araújo Alves Sobreposta 145-João Jorge Silva Rodrigues Sobreposta 146-António Manuel Vieira de Freitas Suiça 147-Maria Conceição R. Mendes Pereira Sobreposta 148-Manuel Antunes Lopes Sobreposta 149-António Rodrigues de Lima Sobreposta 150-António Ribeiro Guimarães Sobreposta 151-Daniela Filipa Araújo Gonçalves Sobreposta 152-Judite Natália Vieira Freitas Sobreposta 153-António Anunciação Araújo Sobreposta 154-Natália Catarina Rodrigues Duarte Frossos 155-Cristina Vaz Novais Sobreposta 156-Sara Manuela Araújo L. Valadar Sobreposta 157-Maria Helena Fernandes Batista Pedralva 158-Maria Conceição S. Antunes Sobreposta 159-Maria Isabel Silva Araújo Pedralva

ESTÃO EM PAGAMENTO AS QUOTAS DE 2006.

NÃO SE ESQUEÇA: SE AINDA O NÃO FEZ, LIQUIDE SUA QUOTA.

A NOSSA SEDE Localizada no rés do chão da casa situada na Aveni-da de Lageosa, n,º 10 (Touças), a nossa sede começa a ter algo de inte-resse não só para a admi-nistração da Associação mas também para os Associados e habitantes da freguesia, em geral. Dispõe já de Internet, um meio de informação e comunicação fácil e rápi-do que permitirá aos inte-ressados enviar informa-

ções, propostas, sugestões ou qualquer outro tipo de comentário que queiram fazer. O endereço electrónico é o seguinte: [email protected] CENTRO DE APOIO ESCOLAR Na sede da associação está em funcionamento um centro de apoio escolar com o seguinte horário:

Segunda-Feira, Quarta-Feira e Sexta-Feira – das 09.00 horas às 13.00 horas. Terça-Feira e Quinta-Feira – das 13.00 horas às 19.00 horas. O Centro de apoio escolar contará com a presença permanente de um profes-sor e aí qualquer aluno poderá estudar individualmente ou em grupo, fazer os trabalhos de casa, consultar livros existentes ou a Internet, trabalhar nos com-putadores, resolver algumas dificuldades junto do professor, particularmente as que digam respeito às áreas de matemática ou ciências. Este serviço é completamente GRATUITO graças à cooperação da Junta de Freguesia nas despesas de funcionamento e ao Centro de Emprego de Braga que ali colocou o referido professor. GINÁSTICA Continua em funcionamento, no pavilhão da Casa do Povo de Pedralva, a classe de ginástica da Associação Social e Cultural de Sobreposta, para senho-ras. Esta actividade apresenta novas variantes de exercícios, passando pela ginás-tica rítmica, aeróbica localizada e de manutenção, a dança e a musculação. Todas as segundas e quintas-feiras, das 21 às 22 horas, mais de duas dezenas e meia de “atletas” dão o seu melhor para que o exercício físico faça tam-bém parte do seu quotidiano, na procura de uma vida saudável. As caminhadas individuais ou em grupo estão também a enrai-zar-se por estes lados. As noites são preenchidas com grupos de pessoas que fazem dos passeios a pé, um espaço de convívio bené-fico para a saúde física e psíqui-ca.

INFORMÁTICA SÉNIOR A Associação Social e Cultural da Sobreposta dis-ponibiliza as suas instalações para a aprendizagem de Informática, a todos aqueles que desconhecem esta ferramenta de trabalho, nomeadamente aos “menos jovens de idade” mas jovens no querer aprender sempre algo de novo, neste caso, uma nova forma de comunicação. Um dos objectivos desta ideia é dar oportunidade a todos aqueles que queiram aprender a procurar (pesquisar) informações na Internet e/ou a enviar mensagens para um familiar ou amigo. Todos os interessados nesta iniciativa, devem entrar em contacto com os responsáveis pela asso-ciação para assim darem a sua opinião. KARATÉ INFANTIL E JUVENIL Actividade destinada essencialmente ás crianças dos 3 aos 12 anos e jovens, o karaté infantil para além de uma prática de desporto é uma modalida-de que trará aspectos acrescidos, como a melhoria da coordenação psico-motora, a orientação da agressividade, o desenvolvimento da atenção (concentração) e, fundamentalmente, a interioriza-ção e prática de conceitos importantes para o desenvolvimento da personalidade como a honra, a humildade e o respeito pelo próximo. Para mais esclarecimentos sobre a modalidade, todos os interessados devem entrar em contacto com a Associação, onde podem obter informações mais pormenorizadas. O TAI-CHI – UMA FORMA SAUDÁVEL DE CONVIVIO O TAI-CHI é uma arte marcial Chinesa que pode ser usada de duas formas: como arte marcial de combate ou como forma de exercício de meditação ou ainda como exercício físico. Tudo depende do objectivo a atingir por quem o pratica. Segundo a filosofia e medicina Chinesa, existe um conceito de força vital, o “chi”, que anima o corpo, que faz aumentar a circu-lação sanguínea e com isso provoca um bem-estar no praticante quando executado com frequência. Neste caso, o que se pretende é dar a conhecer esta modalidade à população de Sobreposta, principal-mente aos mais idosos, porque, à semelhança do que já se tem vindo a verificar noutros locais, como é o caso de alguns lares de terceira idade, esta é uma forma saudável de convívio entre a população mais velha ao mesmo tempo que mantém o corpo e a men-te activos. Para mais esclarecimentos sobre a modalidade, todas as pessoas interessadas devem entrar em contacto com a Associação, onde podem obter informações mais detalhadas.

SORTEIO Aquando da publicação do nosso Boletim Informati-vo, a Direcção da Associação Social e Cultural de

Sobreposta sortea-rá, entre os seus associados, um almoço ou jantar, para duas pessoas, uma oferta do Restaurante CAR-REIRA DO TIRO, situado em San-

dim—Sobreposta. Assim, o contemplado nesta edi-ção, é o associado n.º 125 (cento e vinte e cinco), DOMINGOS MACEDO ANTUNES, de Sobrepos-ta, que deverá contactar a Direcção da Associação para proceder ao levantamento da credencial que lhe confere direito ao almoço ou jantar para duas pes-soas. Parabéns e bom apetite.

NOTÍCIAS DA ASSOCIAÇÃO…

JUNTA DE FREGUESIA DE SOBREPOSTA Continuação da pág. 1

2—Também o caminho que liga os lugares de Cachada, Vitoreira e Requeixo está a ser alargado e o seu piso reparado. Ainda bem. Os habi-tantes que utilizam esta via terão sua vida facilitada e certamente poderão circular com mais comodidade e segurança.

3—Continuam em execução as obras da Escola de Sobreposta. É uma situação que, certamente, tem trazido algumas dificuldades ao seu bom funcionamento no presente ano lectivo. Pensa-se que estarão concluídas no mês de Junho pelo que o próximo ano lecti-vo poderá arrancar com toda a normalidade. Assim esperamos. As nossas crianças merecem a melhor das aten-ções para que possam viver felizes e crescer em harmonia. 4—Temos conhecimento que está em elaboração e já em fase de conclusão, o projecto para a construção de uma rotunda no entron-camento das “placas” e que brevemente será posta a concurso. Será mais uma obra interessante. No entanto fica-nos alguma tristeza por não vermos incluído neste projecto o alargamento da estrada nacional 309 até à rotunda que dá acesso à via do Alto da Vela (no mínimo). É um pequeno tra-jecto que apresenta algum perigo para automobilistas e peões e que deve ser repensado a curto prazo. Para além de obras, outros assuntos relacionados com a Junta de Freguesia são notícia. 1—Está em funcionamento, na sede da Junta de Freguesia, um posto de INTERNET, gratuito, que se encontra ao dispor dos habitantes da freguesia todas as terças-feiras e quintas-feiras, das 20 às 22 horas. Para além deste horário, quem pretender usar a INTERNET poderá fazê-lo na sede da Associação, como é noticiado noutro local deste Boletim. 2—A definição dos limites de qualquer freguesia é assunto sempre difícil e sempre polémico, em qualquer região do país. Este proble-ma também se colocou na nossa freguesia, particularmente no que diz respeito aos limites com a vizinha freguesia de Briteiros. Em vários momentos ouvimos falar do assunto e da preocupação que trazia aos responsáveis autárquicos. Chega-nos agora a informação de que, finalmente, os limites entre as duas freguesia estão defini-dos e acordados entre as partes interessadas, continuando o lugar de Portuguediz (Moleiros) a pertencer integralmente à freguesia de Sobreposta..

PALAVRA CUMPRIDA

Estava eu mergulhado num sonho das antigas e tão alegres lides campesinas, nomeadamente das sachadas e mondas do milho, das lavradas, das espadeladas do linho, das varejadas da azeitona, das desfolhadas, das malhadas de espigas e do feijão, das segadas do centeio e da erva, como que embalado pelos arras-tados, bonitos e já quase esquecidos cantares tradicionais, quando me veio à lembrança um episódio pouco comum, que o meu pai, há muito, me narrou, do seu avô materno, que não resisto à tenta-ção de o partilhar convosco: No início do século passado, o seInácio era um homem trintão. Hábil caçador e pescador, também era considerado o melhor segador de centeio e de erva, de que havia memória em Lageosa e nas redondezas. Jeira onde ele investisse era como se por lá passasse um vendaval! Mas, valha a verdade que se diga, gostava de fazê-lo com a companhia de umas abundantes pingas do prisioneiro das pipas! E de uma vez, a meio da tarde de um dia quente de Junho, quando regressava da distribuição da moagem e tangia os burros para casa, na Veiga, encontrou a seMariquinhas dos Caniços, que à cabeça carregava um cântaro de vinho, destinado a dessedentar o muito pessoal que, sob um sol intenso e abrasador, segava o centeio, no campo do Moinho, na margem do rio Fêveras. “Ó Inácio, vai uma pinga?!” – perguntou, com toda a fran-queza, a bondosa e santa proprietária, certa da resposta pronta e afirmativa do interpelado. “Se vai, seMariquinhas! É que vem mesmo na hora!...” Pegou no cântaro, deitou-lhe os queixos e, de um fôlego, levou-o até meio. Ia a entregá-lo, quando a boa senhora lhe disse:

“Ó Inácio, já que tenho de ir a casa e tenho, acaba lá com esse restinho…”

Ora, o Inácio, não se fez rogado e, num segundo fôlego, sugou o cântaro até à derradeira gota! Agradeceu e entregou a vasilha à atónita senhora, que não teve outro remédio senão voltar a casa, a fim de se reabastecer. A restabelecer-se da empreitada, enquanto limpava o bigode, sorridente e decidido, declarou: “Vou lá abaixo desarrear os machos e apareço no campo para deitar uma mão…” Apareceu, de facto, em curto espaço de tempo, fez um brilharete, merendou e ainda bebeu da segunda e da terceira remessas. Depois, à noite, na espaçosa varanda da grande casa de lavoura dos Caniços, regou uma farta e saborosa ceia, certamente semelhante a tantas que lá me regalaram e que hoje, nostalgica-mente, me vêm à memória, porque me deram um prazer incompa-rável!.

José Fernandes da Silva Junho 2005

EM ESPINHO, FALECERAM:

* Em 11 de Março, Isaura “pedras”, que residia no Lugar da Cachada. * Em 13 de Março, quando completava precisamente 77 anos de idade, Maria Isabel da Silva Marques. A seus familiares apresentamos sentidas condolências.

ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS Realizou-se, em 22 de Janeiro último, a eleição do novo Presi-dente da República, tendo sido eleito, na 1.ª volta, o Prof. Cavaco Silva. Verificaram-se os seguintes resultados nas freguesias de Sobreposta, Espinho e Pedralva:

SOBREPOSTA ESPINHO PEDRALVA

Garcia Pereira 3 3 3

Cavaco Silva 480 424 382

Francisco Louçã 29 28 22

Manuel Alegre 58 129 62

Jerónimo de Sousa 28 47 55

Mário Soares 67 93 92

GABINETE DE APOIO À VÍTIMA DOMÉS-

TICA Inserido no projecto “Novo Rumo”, foi criado, em Pedralva, um Gabinete de Apoio à Vítima Doméstica, coordenado por Clara Ribeiro. Este gabinete pretende promover espaços de apoio e progra-mas de combate a esta triste realidade que é a violência doméstica e que, infelizmente, acontece um pouco por toda a sociedade portuguesa. Está prevista a criação de mais um gabinete no concelho de Braga, este situado numa freguesia citadina. É que, por nor-ma, as vítimas preferem tratar destes assuntos em locais discretos e longe da sua freguesia.

ENERGIAS RENOVÁVEIS Segundo lemos na comunicação social, vai ser cons-

truída, em Pedralva, uma sub-estação de recepção e distri-buição de energia produzida por vários parques eólicos situados nos distritos de Braga e Viana do Castelo. Trata-se de um projecto a desenvolver pela empresa “Vento Minho Energias Renováveis”. Prevê-se que este projecto esteja concluído em 2007.

A sub-estação de Pedralva será construída pela Rede Eléctrica Nacional, havendo já equipas a negociar os terre-nos com seus proprietários.

NOTÍCIAS DE PEDRALVA

CAMPEONATO DISTRITAL DE FUTEBOL DO INATEL 2005/2006 A seguir se indicam alguns dos resultados verificados nos jogos disputados pelo Futebol Clube de Sobreposta:

Pelos resultados se constata que nem o guarda-chuva serve para “abrigar” as redes do clube da nossa terra. O temporal que se fazia sentir no dia do jogo proporcionou ao nosso guarda-redes uma nova atitude perante o adversário. Com o “suplemento” na mão, lá foi defendendo o que podia perante uma equipa que se mostrou no lamaçal do jogo mais forte que o Sobreposta. O resultado não foi o melhor mas, honra seja feita ao n.º 12 que deu o seu corpo ao manifesto perante a intempérie. O mesmo não aconteceu com grande parte dos companheiros que, perante um dia de grande vendaval, optaram por não comparecer ao jogo, demonstrando uma atitude de …, no mínimo, medo da chuva. Mas como na assistência estavam os bravos da bola, lá foram alguns fazer uma perninha no jogo, em substituição forçada dos faltosos. Nesta fase decisiva do campeonato, parece que a Direcção se debate com a falta de comparência aos jogos de elevado número de atletas, o que torna a vida cada vez mais difícil ao nosso guarda-redes. Se for por preguiça, não há justificação. Se for por medo de se molharem, então, no saco do equipamento, metam um pára-águas e façam como o nº 12: joguem com ele na mão! FUTEBOL DE SALÃO A direcção do Futebol Clube de Sobreposta, organizou um torneio de futebol de salão, no novo pavilhão gimnodesportivo de Sobre-

posta. Com quatro equipas inscritas, decorreu nos dias 26 e 28 de Fevereiro. As eliminatórias decorreram no Domingo, a final e atribuição de terceiro e quarto lugar no dia de Carnaval (28 de Fevereiro). Foram tardes de animação e desporto com uma assistência entusiasta, que puxava pela sua equipa com altos brados de apoio. No final, o resultado do torneio foi o seguinte: - 1º lugar - Kalu e amigos - 2º lugar - Lopes e amigos - 3º lugar – Miúdos - 4º lugar – Evaristo e amigos

08.01.2006 10.00 h Mov. Juv. Póvoa / Sobreposta 4-1 15.01.2006 10.00 h Sobreposta / Rendufinho 3-6 21.01.2006 15.00 h Mikaelense / Sobreposta 1-0 29.01.2006 10.00 h Malmequeres / Sobreposta 2-0 05.02.2006 10.00 h Sobreposta / A.D. Lage 2-1 a) 11.02.2006 15.00 h Lemenhe / Sobreposta 2-0 19.02.2006 10.00 h Sobreposta / Juv. Académico 2-5 25.02.2006 15.00 h G.D. Goma / Sobreposta 3-1 05.03.2006 10.00 h Sete Fontes—Sobreposta 6-2 12.03.2006 10.00 h Sobreposta / Marrancos 1-2 a) - A equipa do Lage abandonou o campo antes do final .

CURSO DE “GESTÃO E ECONOMIA DOMÉSTICA”

Financiado pelo Programa Operacional de Emprego, Formação e Desenvolvimento Social, concluiu-se , em finais de Dezembro, o curso de “Gestão e Economia Doméstica” promovido pela Caritas Arquidiocesana de Braga. O curso teve lugar nas instalações da Junta de Freguesia de Pedralva e contou com a participação de 14 formandos com idades compreendidas entre os 18 e 45 anos que se encontravam na situação de desempregados. O curso não conferiu um diploma profissional mas permitiu adqui-rir novas competências pessoais, relacionais e técnicas que poderão facilitar a entrada no mercado do trabalho.

CONCURSO DE PRESÉPIOS EB1 DE CODEÇOSA GANHOU 1.º PRÉMIO

Na época de Natal, a Câmara Municipal de Braga levou a efeito um concurso de presépios, dirigido a alunos do 1.º Ciclo do Ensino Básico, do Concelho de Braga, procurando estimular a imaginação e a criatividade e sensibilizar para a preservação do ambiente, atra-vés do aproveitamento de materiais reutilizáveis. O Júri era constituído por dois artistas plásticos e por dois represen-tantes da Câmara Municipal. A Escola de Codeçosa conseguiu o 1.º lugar no concurso de presé-pios, na sua versão dirigida ao Primeiro Ciclo. Para os alunos e professores desta escola vão os nossos parabéns.

AO FIM DE 101 ANOS DE VIDA FALECEU TERESA MARIA ANTUNES RIBEIRO

Com 101 anos de vida, completos em 24 de Outubro último, faleceu em 25 de Janeiro do corrente ano a senhora Teresa Maria Antunes Ribeiro, que viveu na casa dos Pedreiros. Era a pessoa mais idosa da freguesia. Viveu os últimos anos da Monarquia; assistiu à implantação da República; sofreu as agruras de duas guerras mun-diais e da guerra do Ultramar; viu nascer e morrer a ditadura e chegar o 25 de Abril com a promessa de dias melhores. Viu nascer a rádio e a televisão; assistiu à construção da estrada da sua e nossa aldeia, com grande empenho e entusiasmo de seu pai e por lá viu passar, com rara

frequência, os primeiros automóveis. Quanto não teria para nos contar, se em tempo oportuno a tivéssemos sabido ouvir, sobre os costumes e tradições da nossa terra no início do século XX. Fica-nos o exemplo de mulher trabalhadora e corajosa que enquanto a saúde lho permitiu lutou pelo bem estar da sua família; fica-nos o exemplo de esposa dedicada, de mãe, avó, bisavó carinhosa, de cidadã amiga e solidária para com todos quantos com ela conviveram.

ACTIVIDADES NO ATL Cantar os reis Os meninos que frequentam o A.T.L. do Centro Social e Paroquial de Sobreposta concretizaram, este ano, mais uma actividade na época de Natal. Cantar os reis é dar continuidade à tradição e manter a pro-

ximidade dos meninos com as famílias e a população em geral. O entusiasmo era grande e, apesar de algum percalço na afinação, todos eram contemplados, no final, com algu-mas goluseimas que serviam para aumentar a motivação e dar energia para a longa caminha que havia para cumprir.

Carnaval Com o mesmo entusiasmo as crianças do A.T.L. realizaram o seu cortejo de Carnaval, percorrendo no dia 27 de Feverei-ro, diferentes ruas da nossa freguesia. Subordinando ao tema “As Raças Humanas”, era fácil

encontrar entre eles os índios, os árabes, os chineses ou os africanos, devidamente trajados. Uma actividade simples que serve para consolidar nas crianças o aspecto multicultu-ral do nosso planeta, bem como a necessidade de respeitar as diferenças étnicas. Dia do Pai O dia de S. José (19 de Março), é considerado o Dia do Pai e por isso se celebra com mais ou menos intensidade em todo o país e particularmente nas instituições que acolhem crianças como jardins de infância e escolas. No ATL de Sobreposta também esta data não foi esqueci-da. Porém, dado que o dia 19 foi num Domingo, a activida-de foi desenvolvida no dia 20, ao fim da tarde, no Centro Social. O programa foi variado, constando de jogos, música e poemas alusivos à efeméride. Tudo terminou com a oferta de simbólicas lembranças aos pais e um agradável lanche para todos os presentes. Foi um momento alegre e interessante que, certamente, pais e filhos viveram intensamente.

EM SOBREPOSTA, FALECERAM:

* Em 25.01.2006, na Rua da Vinha, em Lageosa, Teresa Maria Antunes – “Teresinha dos Pedreiros”, que contava 101 anos. * Em 28.01.2006, com 60 anos de idade, Alberto Oliveira da Silva – “Berto Velhinha”, que residia no lugar do Pedregal, em Lageosa * Em 18.02.2006, em Toulouse (França), António Oliveira Fernan-des – “António Estopas”, que tinha residência em Silvares. * Em 21.02.2006, com 78 anos de idade, António José Oliveira – “António Carais”, que residia no lugar do Regueiro, em Lageosa. Às famílias enlutadas, apresentamos sentidas condolências

STOP Por vezes, as coisas simples revestem-se de grande importân-cia. Há melhoramentos que pela sua simplicidade passam desper-cebidos. No entanto fazem toda a diferença entre viver com quali-dade e segurança ou, então, andar sempre com o “coração nas mãos”. Em Sobreposta temos vários exemplos para ilustrar este pequeno intróito. Entre eles des-

taco um pequeno sinal de trânsito colocado de forma errada, em alguns casos, e noutros inexistente. O “stop” deverá ser colocado em todos os caminhos que fazem entroncamento com a estrada nacional para que quem nela circule não seja abalroado por alguém menos atento que saia dos referidos caminhos. E sempre que o sinal não esteja presente, quem se apre-senta pela direita tem prioridade sobre os demais. É uma situação grave que pode causar complicações inesperadas, como, infelizmente, já aconteceu e que põe os condutores em per-feito estado de risco permanente ou faz da estrada nacional um local farto em apeadeiros, onde tenhamos que a cada cruzamento verificar se alguém se aproxima. E os dedos das duas mãos não são suficientes para enumerar todos os casos perigosos na estrada nacional 309 e no caminho municipal para a Póvoa de Lanhoso.

Obras na Escola A visita da Senhora Vereadora No último Boletim manifestámos o nosso desagrado face à paragem verificada, sem explicação, nas obras da escola e a consequente dispersão das crianças por vários espaços improvisados. Tudo isto, depois do anterior vereador da Educação ter garantido, de forma inflamada, que as mes-mas seriam concluídas até ao fim de Dezembro passado. O nosso desagrado fundava-se em duas razões: a primeira era o facto de os responsáveis terem desperdiçado os três meses de férias escolares para a realização das obras; a segunda e mais importante, o facto de o tal senhor verea-dor ter dado garantias públicas sobre algo que, sabia, não podia cumprir. Muitos de nós viveram a sua juventude e até parte da idade adulta num regime de mentira, de compadrio, de negocis-mo da coisa pública e de silêncios humilhantes. Alguns de nós arriscaram a liberdade e a vida para mudar essa forma de viver e fazer triunfar a democracia (demo (povo) + cracia (poder) = poder do povo). Democracia significa, portanto, que os políticos só têm o poder que o povo lhes dá e enquanto o povo neles confiar. Ora, o povo de Sobreposta dá, desde há muitos anos, a sua confiança política ao actual Presidente da Câmara e, por isso, lhe dói mais quando algum dos seus colaboradores trai esse dever recíproco de lealdade. Foi o caso e… doeu! Na mesma ocasião demos notícia da carta dirigida, pelos pais e encarregados de educação, ao senhor Presidente da Câmara a propósito deste mesmo assunto. Agrada-nos, agora, noticiar que uma semana após a entrega da referida carta, em 22/12/05, a Senhora Vereadora da Educação, Dra. Palmira Maciel, veio a Sobreposta para se inteirar do problema. Acompanhada por uma técnica da Câmara, um representante do construtor, pelo senhor Presidente da

Junta e por uma representante dos pais que assinaram a carta, a Senhora Dra Palmira Maciel observou o estado das obras e garantiu, ali mesmo, que as obras iriam reiniciar imediatamente e o próximo ano lectivo haveria de abrir, em Setembro próximo, com uma escola renovada. De facto, as obras retomaram o seu curso e não temos razões para duvidar deste novo calendário anunciado pela Senhora Vereadora. Fica aqui registada a rapidez da res-posta dada por esta entidade política ao povo que a elegeu. São gestos destes que dignificam e prestigiam os políticos. E nós queremos políticos prestigiados, políticos transpa-rentes, políticos que falem verdade mesmo que a verdade seja dura e faça perder eleições. Precisamos de políticos que toda a gente veja que “estão lá” para servir, para fazer o melhor que sabem e podem a favor do bem colectivo e, se calhar, em prejuízo dos seus próprios interesses. É preciso… é urgente que isto seja visível porque a demo-cracia só assim se defende e só assim tem sentido.

Fernando Mendes

ESPINHO ELEIÇÕES INTERCALARES

Em 9 de Outubro de 2005 realizaram-se, em todo o país, as elei-ções para as autarquias locais. Na freguesia de Espinho, na eleição para a Assembleia de Fre-guesia, a população deu a vitória aos candidatos do Partido Socia-lista, mas sem lhe conceder a maioria absoluta. Esta situação causou enormes dificuldades à instalação dos novos órgãos autárquicos, uma vez que as forças políticas envolvidas não chegaram a um entendimento no que respeita ao preenchi-mento dos diferentes lugares da Junta e Assembleia de Freguesia. Entenderam os eleitos do Partido Socialista para a Assembleia de Freguesia de Espinho apresentarem, em bloco, a sua renúncia aos mandatos para que foram eleitos o que provocou a necessidade de se realizarem eleições intercalares que já foram marcadas pelas entidades competentes para o dia 14 de Maio próximo. Cabe agora à população de Espinho votar e, dessa forma, contri-buir para a resolução deste problema.

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO PRÉ – ESCOLAR

“A Educação Pré-Escolar é a primeira etapa da Educação Básica no processo de Educação, (…) favorecendo a formação e o desenvolvi-mento equilibrado da criança, tendo em vista a sua plena inserção na sociedade como ser autónomo, livre e solidário.” Ao iniciar a frequência de um Jardim-de-infância, uma criança vai fazer aprendizagens que aos adultos parecem muito fáceis mas que para

ela são muito complexas. Na maior parte dos casos, a criança prepara-se para conhecer e convi-ver com outras crianças. Neste quadro, nós Educadores vamos ajudá-lo a desenvolver actividades sociais e educativas indispensá-veis à formação pessoal e social da criança, nomeadamente as que implicam uma interacção

com crianças da mesma idade e o convívio com crianças de idades dife-rentes. No seu mundo, mostrando-se, a criança começa a aprender a cooperar com os outros e a disponibilizar-se para os respeitar, enquanto desenvolve capacidades críticas, entre as quais a de ser capaz de assumir decisões. Para uma criança, aprender a chamar os outros pelo nome, a saudá-los e a criar laços de afectividade é tão importante como aprender a lavar as mãos, a vestir-se, a despir-se, a desapertar botões e a apertar cor-dões ou a ir sozinha à casa de banho. No plano da linguagem e da comunicação, nós educadores damos especial atenção à capacidade expressiva da criança, quer a nível oral, quer gráfico, procurando ajudá-la a pronunciar com clareza, a alargar o universo das palavras, a desenvolver a capacidade de expressar ideias, sentimentos e emoções. Reconhecer cores, saber expressar-se através de canções mima-das, danças, jogos de roda e dramatizações, brincar ao faz de conta, reco-nhecer sons, experimentar o movimento do corpo para ganhar confiança na capacidade física própria ou apenas consciencializar a lateralidade, são tarefas que justificam a frequência do Jardim de Infância. O prazer de conversar e de ouvir histórias, numa primeira liga-ção aos livros, o prazer em manipular materiais diversos tendo em vista manifestações livres e criativas nas mais diversas dimensões (plástica, musical, corporal) devem ser outras expressões do dia-a-dia de um Jar-dim-de-infância. Isto sem esquecer a observação do Mundo das plantas, dos ani-mais e da natureza, com a intenção de levar a criança a respeitar tudo o que tem vida e a desenvolver o raciocínio lógico-científico… Por tudo isto, a Educação Pré - Escolar nem pode ser vista como um mero armazém de crianças, onde os pais as depositam, de manhã, nem como uma aprendizagem precoce da cartilha do primeiro ler, escrever e contar. A Educação Pré-Escolar é um dos momentos chave do percurso da criança e só pode assumir-se no respeito pela sensibilidade e pelos ritmos de quem quer servir. Jardim-de-infância de PEDRALVA

Educadora de Infância: Lídia Feio