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P ÀGINAS 4 E 5 B OLETIM DA J UNTA DE F REGUESIA DE S ANTO A NTÃO J UNHO 2013 E DIÇÃO 35 O R ELATO Largo de Santo Antão nº3 - 9875-067 Santo Antão S ANTO A NTÃO Recuperação do Trilho da fajã de Entre Ribeiras A TIVIDADE NA A SSEMBLEIA MUNICIPAL P ALADINO DA S ERRA 125 anos de freguesia Santo Antão é uma tradicional fregue- sia açoriana, no concelho da Calheta, sita no extremo leste da ilha de São Jorge, com 33,41 km² de área e cerca de 700 habitantes. Celebra, este ano, 125 anos da sua criação e a junta de freguesia preten- de, através de várias iniciativas, algu- mas em parcerias, dar a conhecer as suas gentes, os seus costumes e as suas tradições. Inicialmente, o povoado de Santo Antão era um dos lugares da Vila Nova do Topo, então chamado de Ribeira Seca, com o tempo desenvolveram-se rivalidades. Situação, que levou a que a 6 de Junho de 1889, já depois de extinto o concelho do Topo, o curato fosse elevado à categoria de freguesia, incor- porando, para além do lugar de Santo Antão, os lugares de São Tomé, o Cruzal, Santa Rosa e a Fajã de São João. A sua primeira ermida, em honra a Santa Rosa de Viterbo, foi destruída pelo Mandado de Deus, tendo sido construída, nas últimas décadas do século XVIII, a ermida em louvor a Santo Antão, que acabaria por dar o nome à freguesia. Também essa ermida teria a sorte da anterior, já que o terramoto de 1980 atin- giu severamente a freguesia, destruindo a quase totalidade das suas habitações e arrui- nando a igreja. Depois de um complexo pro- cesso de reconstrução, a atual igreja paroquial de Santo Antão foi festivamente inaugurada a 12 de Julho de 1992, doze anos após a des- truição da anterior. Construída no mesmo local da destruída pelo sismo de 1980, e que já ali fora ereta em substituição da destruída pelo Mandado de Deus, é um testemunho da perseverança e apego à terra do povo de Santo Antão. Nesta freguesia existe uma moderna unidade fabril, a Finisterra, Cooperativa de Lacticínios do Topo, que no corrente ano celebra o seu 70º aniversário de existência, produtora do famoso queijo da ilha. No campo social existiram três escolas, extin- tas nos últimos anos por incorporação na moderna Escola Básica Integrada do Topo, que ora funciona na antiga cerca do extinto convento franciscano de São Diogo da vila do Topo, um jardim de infância operado pelo Centro Social e Paroquial, duas Sociedades Filarmónicas, o Centros Social de São Tomé, a Casa do Povo, a Irmandade do Espírito Santo, o Grupo de Escuteiros e diversos esta- belecimentos comerciais. De entre os seus filhos mais famosos destaca- se D. José Pedro da Silva (1917-2000), que foi bispo da Diocese de Viseu. Escudo de verde, com uma sineta de prata com pega de ouro e badalada de vermelho entre dois cachos de uvas de púrpura susti- dos de ouro, em chefe e vaca leiteira passante, de prata, malhada de negro, em campanha. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com legenda a negro: «SANTO ANTÃO-CALHETA». Heráldica “A Actualidade Jorgense” P ÀGINA 2 P ÀGINA 11 W ORKSHOP DE TEATRO P ÀGINA 7

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PÀGINAS 4 E 5

BOLETIM DA JUNTA DE FREGUESIA DE SANTO ANTÃO

JUNHO 2013 EDIÇÃO 35

O RELATO Largo de Santo Antão nº3 - 9875-067 Santo Antão

SANTO ANTÃO

Recuperação do

Trilho da fajã de

Entre Ribeiras

ATIVIDADE NA

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

PALADINO

DA SERRA

125 anos de freguesia

Santo Antão é uma tradicional fregue-sia açoriana, no concelho da Calheta, sita no extremo leste da ilha de São Jorge, com 33,41 km² de área e cerca de 700 habitantes.

Celebra, este ano, 125 anos da sua criação e a junta de freguesia preten-de, através de várias iniciativas, algu-mas em parcerias, dar a conhecer as suas gentes, os seus costumes e as suas tradições.

Inicialmente, o povoado de Santo Antão era um dos lugares da Vila Nova do Topo, então chamado de Ribeira Seca, com o tempo desenvolveram-se rivalidades. Situação, que levou a que a 6 de Junho de 1889, já depois de extinto o concelho do Topo, o curato fosse elevado à categoria de freguesia, incor-porando, para além do lugar de Santo Antão, os lugares de São Tomé, o Cruzal, Santa Rosa e a Fajã de São João.

A sua primeira ermida, em honra a Santa Rosa de Viterbo, foi destruída pelo Mandado de Deus, tendo sido construída, nas últimas décadas do século XVIII, a ermida em louvor a Santo Antão, que acabaria por dar o nome à freguesia. Também essa ermida teria a sorte da anterior, já que o terramoto de 1980 atin-giu severamente a freguesia, destruindo a quase totalidade das suas habitações e arrui-nando a igreja. Depois de um complexo pro-cesso de reconstrução, a atual igreja paroquial de Santo Antão foi festivamente inaugurada a 12 de Julho de 1992, doze anos após a des-truição da anterior.

Construída no mesmo local da destruída pelo sismo de 1980, e que já ali fora ereta em substituição da destruída pelo Mandado de Deus, é um testemunho da perseverança e apego à terra do povo de Santo Antão.

Nesta freguesia existe uma moderna unidade fabril, a Finisterra, Cooperativa de Lacticínios do Topo, que no corrente ano celebra o seu 70º aniversário de existência, produtora do famoso queijo da ilha.

No campo social existiram três escolas, extin-tas nos últimos anos por incorporação na moderna Escola Básica Integrada do Topo, que ora funciona na antiga cerca do extinto convento franciscano de São Diogo da vila do Topo, um jardim de infância operado pelo Centro Social e Paroquial, duas Sociedades Filarmónicas, o Centros Social de São Tomé, a Casa do Povo, a Irmandade do Espírito Santo, o Grupo de Escuteiros e diversos esta-belecimentos comerciais.

De entre os seus filhos mais famosos destaca-se D. José Pedro da Silva (1917-2000), que foi bispo da Diocese de Viseu.

Escudo de verde, com uma sineta de prata com pega de ouro e badalada de vermelho entre dois cachos de uvas de púrpura susti-dos de ouro, em chefe e vaca leiteira passante, de prata, malhada de negro, em campanha. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com legenda a negro: «SANTO ANTÃO-CALHETA».

Heráldica

“A Actualidade Jorgense”

PÀGINA 2

PÀGINA 11

WORKSHOP DE TEATRO PÀGINA 7

Page 2: BOLETIM JUNTA FREGUESIA SANTO ANTÃO O …...O novo horário do circuito de transportes públicos, que abrange a zona do Topo, é, no entender desta junta, um agradável e necessário

“A Atualidade

Jorgense”

Venho aqui novamente Cumprir com o que me fui comprometer Honrando, o convite, firmemente Para neste boletim escrever

Saúdo mais uma vez os leitores Escrevo com toda a dedicação

Para as senhoras e senhores Que lêem “O Relato” de Santo Antão

Começo por louvar O que de bom tem acontecido

O que é bom tem de se destacar

E o passado por vezes esquecido

Estou a falar da conserva afamada Conserva da nossa santa padroeira

Elevam a auto estima afogada

Do povo da nossa ilha altaneira

A conserva tanto premiada Não mostrando assim valor comum Apesar de estar tanto armazenada Sempre mostra rendimento algum

O queijo e conserva são sublimados Os produtos Jorgenses de tanto valor É pena não serem os mais comercializados Provoca no coração uma grande dor

O queijo tem o seu reconhecimento

Pela sua excelente autenticidade

É tão bom quando oiço e comento

Que temos produto de qualidade

Outrora, penso que devo perguntar

Porque salta ao ar esta questão “Se este queijo é fácil de exportar Os lucros para onde vão?”

Sim, porque existem produtores Que pelo dinheiro tem de esperar Mas estes aos seus senhores A renda têm anualmente de pagar

E quando da renda falamos Podíamos de outra coisa falar Pois se qualquer coisa compramos Certamente temos de a liquidar

Pois os produtores vêem-se à nora Vêem cair por terra sua dedicação Pois não têm dinheiro na hora De pagar, para os animais, a alimentação

Por isso grandes amigos meus Um assunto para termos em questão

Será algum mandado de Deus

Ou será que é fruto de má gestão?

Por outro lado vejo a saúde Pelos lados da amargura Peço que então Deus nos ajude

Na possível doença e na cura

O Sr. Secretário sendo muito fino

Deixou a ilha de S Jorge e as suas gentes À conta de Deus e do seu destino

Açorianos esquecidos e mais diferentes

Agora dos “point-of-care” se têm falado Mas que certeza é transmitida? Pois se verificarmos o “passado” Tínhamos sempre uma saída.

Dizem que o aparelho é fiável Mas para quê estar a mudar Se actualmente é pagável Os funcionários a trabalhar

O aparelho do Sr. Secretário Muito bom poderá ser Mas se vimos ao contrário Já nos vamos aperceber Pois no desemprego o corsário Pessoas está a querer meter Poderá ele não querer desempregar Funcionários e pessoal de especialização Mas será que o aparelho nos irá dar Certezas de uma boa previsão?

Este Secretário das nossas gentes Vejam bem esta sua decência Chamou os médicos de incompetentes E também pois em causa qualquer urgência Pois se surge um caso de aflição E a vida não sendo nenhuma aposta Não é que para decidir uma evacuação Têm de usar o 112 para uma resposta!?

Diz-se que há poucos dias médico aflito

Sabendo que nada podia fazer

Esperou seis horas pelo perito Para uma resposta de evacuação obter E o doente por vezes soltava um grito Pondo os familiares também a sofrer

Contudo não mostro preferência Como cidadão imparcial que sou, Penso que têm de ser feito à consciência Pois na saúde Jorgense pouco se apostou!

O Sr. Secretário no seu alforge

Arranjou um exemplo que se safasse

Tentou encaixar a Ilha de São Jorge

Como se de a Madalena se trata-se

Não tendo da Madalena inveja

Atroz está esta emoção Pois cada Centro de Saúde que se veja Tem de ser digno de alguma imparcializarão

Para melhor sempre temos de apostar Disso ninguém levará a mal Foi feita petição popular Para abrir os olhos a Assembleia Regional

Para os deputados ficarem a saber O quanto está a saúde jorgense mal Porque nós estamos sempre a tremer E para pior só na cabeça de Cabral

E outro dia a passear No meio da escuridão Comecei a reparar Que faltava iluminação! Pensei que não havia eletricidade Mas depois de me informar Vi que era ação da Humanidade Da autarquia a querer poupar Dizem que agora vão poupar Para mais tarde investir Oxalá que o dinheiro não vá evaporar Como que se das mãos fosse a fugir Com isto queria humildemente dizer Já que proporcionam a ocasião O que será que irão fazer Com toda esta contenção?

A TROIKA e Portugal

Tem seguido essa receita

A economia vai cada vez mais mal

E o país de maleita em maleita

Foram os mais votados seguindo o tema Bonitos todos naquele espelho Honrem então o vosso lema De “ Dar vida ao Concelho”

Dar à luz é dar sempre a vida

Assim esperamos da nossa autarquia

Porque o apagão é a escuridão sentida

Dêem mais luz assim que finda o dia!

Porque a data assinalaram E penso que é importante relembrar De parabéns todos ficaram Pelo aniversário da Freguesia festejar Parabéns aos que muito lutaram Para a festa se concretizar

Cumprimento o pessoal de Santo Antão

Que nesta data especial

Fizeram tudo de coração Nesta freguesia fenomenal

Deixo à Freguesia de Santo Antão Os sinceros parabéns do Loural

Quero que isto seja divertido

Que passem um bom bocado a ler

Porque o povo quando é distraído

Tendo sempre menos a sofrer

Que ninguém fique ofendido

Isso aqui nunca ninguém vai querer.

Findo assim, mais uma vez

Este trabalho feito com dedicação

Deixo uma lembrança a V. mercês

Pois têm aqui assuntos merecendo discussão

Faço o que em tempos outro artista fez

De por tudo a nu com esta tradição

PÁGINA 2 O RELATO

PALADINO DA SERRA

BY: F@dist@

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O RELATO PÁGINA 3

Após as festividades, tão tradicionais, do padroeiro da fre-guesia, Santo Antão, esta junta agradece a participação de freguesia na preparação da festa do santo padroeiro, agrade-ce as generosas ofertas em trabalho, géneros e, até, dinheiro para que pudesse ter sido organizado o almoço/convívio.

Agradece, ainda, às Filarmónicas da freguesia pelo seu desempenho e esforço em manter as nossas mais particulares tradições.

Agradece, particularmente, à Irmandade do Espírito Santo, pela forma como aceitou a desafio de organizar e preparar este almoço/convívio.

Agradece, igualmente, à Radio Lumena, ao jornal O Breves, à RTP/Açores ao fotografo Mark Marques, pela divulgação tão grandiosa das festividades, levando mais longe o nome da freguesia.

Por último, esta autarquia apela a todas as pessoas e instituições da freguesia de Santo Antão para que continuem, ao longo do resto do ano, a celebrar e a divulgar os 125 anos, em memória de todos aque-les que lutaram para criar e desenvolver Santo Antão.

Festas do Padroeiro Santo Antão

Parabéns!

Esta junta felicita a Escola Básica e Integrada do Topo, pela sua muito honrosa participação no Projeto Marlisco, onde se destacou na região com o trabalho apresentado pelos alunos António Leo-nardo e Julian Boyer, coordenados pelo professor Paulo Ventura e que mereceu a nossa colaboração para a deslocação a Lisboa.

Circuito de Transportes Públicos no Topo

O novo horário do circuito de transportes públicos, que abrange a zona do Topo, é, no entender desta junta, um agradável e necessário complemento ao dia-a-dia desta população.

A possibilidade de inclusão nesta ligação da Fajã de São João, com carreiras regulares, em muito viabili-za e estimula o possível aumento da circulação dos locais e de quem nos visita.

Desta forma, a junta e os populares agradecem a disponibilidade mostrada pelo Sr. Rui Bettencourt, na escolha dos horários mais propícios à referida circulação.

O horário é o seguinte:

09H10 PARTIDA DO TOPO - FAJÃ SÃO JOÃO - CALHETA (CHEGADA ÀS 09H50)

12H45 PARTIDA DA CALHETA - FAJÃ SÃO JOÃO - TOPO (CHEGADA ÀS 13H25)

13H30 PARTIDA DO TOPO - FAJÃ SÃO JOÃO - CALHETA (CHEGADA ÀS 14H15)

17h00 PARTIDA DA CALHETA

A junta informa que, nesta última ligação diária, quem necessitar de transporte para e da Fajã de São João deve avisar na sede da junta, para ser feita a ligação ao autocarro que segue para o Topo.

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Recuperação do Trilho de acesso à fajã de Entre Ribeiras

O RELATO PÁGINA 4

- Nome: Fajã de Entre Ribeiras - Coordenadas: (sistema de projeção WGS84)

- Início do Percurso: 26S 0429784 / 4266954 - Final do Percurso: 26S 0423842 / 4269863

Freguesia(s) / concelho / localização: Freguesia de Santo Antão – Concelho de Calheta Acessos: O acesso e saída do percurso pedestre é feita de carro (estrada regional 2º-nº.2 - Calheta / Topo) Tipo de Percurso: Pedestre Distância: 17 Km Duração média: 6 horas Tipo de caminho: Carreiros. Particularidades: Este é um percurso pedestre que liga a estrada regional à Fajã de Entre Ribeiras, onde os antigos habi-tantes desta Fajã utilizavam como um dos pontos de saída da Fajã. Era este o percurso que também dava acesso às pastagens da encosta Norte onde havia as criações de ovelhas, sendo muitas vezes utilizado para o escoamento dos produtos lacteos produzidos nesta Fajã. Interesse natural: Na primeira parte do percurso passa-mos por uma vasta zona de plantas endémicas, situada na cor-dilheira leste, na zona mais antiga da ilha (Topo). Entre a diversidade endémica existente neste percurso destaca-se: Vaccinium cylindraceum, Spergularia azorica, Corema album azoricum, Lotus azoricus entre outras. Também é de destacar que é nesta zona onde existe a “nova” espécie de aranha recentemente descoberta na ilha de São Jorge, com apenas 1,45 mm baptizada de Savig-niorrhipis topographicus Crespo.

Descrição: Este percurso tem início na estrada Regional nº 2 da ilha de São jorge (Ligação Calheta / Topo) na zona das Pedras Brancas a uma altitude de 748 m altitude. Seguimos para Norte por um caminho existente e de fácil progressão. Ao longo desta primeira parte do percurso passamos por uma vasta zona de plantas endémicas e onde existe a nova espécie de arranha recentemente descoberta na ilha de São Jorge: a Savigniorrhipis topographicus Crespo. Também passamos por vários cursos de água, pois é neste planalto que nasce alguns ribeiros que se vão unir à ribeira de São João. Ao chegarmos ao ponto mais alto deste percurso, a 837 m de altitude e depois de uma distância percorrida de 3 Km onde a vista sobre a costa norte e para as ilhas da Graciosa e Terceira é de cortar a respiração. Neste local encontra-se um “monumento natural” chamado pelos locais de 4 pedras, onde nos oferece um miradouro natu-ral para contemplação e registo fotográfico impar; fun-cionando como um excelente marco de referência ao lon-go da descida que permita perceber de onde se partiu para a descida do vale. Neste ponto iniciamos a descida por uma cordilheira com acesso à Fajã da Eirinha. Com um desnível acentuado de 597 m e uma distância de 3 Km percorre-se a crista da cordilheira disfrutando de vis-ta constante, na maior parte do percurso, para a fajã da Eirinha e Entre Ribeiras, bem como para as ilhas da Ter-ceira e Graciosa. Também outro ponto a destacar neste troço é os abrigos construídos pelos locais, para protec-ção da chuva e do vento que encontramos nesta descida e designados por furnas ou cafuas. Chegando à Fajã da Eirinha a uma altitude de 240m pode-mos visitar antigos moinhos de água construídos nas mar-gens da Ribeira da Eirinha, sendo este curso de água a divisória entre as Freguesias de Santo Antão e da Ribeira Seca. Também se pode observar antigas construções de pedra que apenas com a força humana os antigos habitan-tes construíram para a contenção do deslizamento de ter-ras e onde passaram a ser zonas de cultivo nesses terra-ços, destacando-se um muro na margem poente da ribei-ra da Eirinha com mais de 100 m de cumprido e altura próxima dos 10 m, em que se destacam pedras de impor-tante dimensão. Seguindo para nascente num caminho antigo de carro de bois a uma cota média de 250 m de altitude, percorrendo uma distância de 600m, chegamos à antiga ermida de Entre Ribeiras, que pelo sismo de 1980 ficou destruída, sendo sem dúvida um dos principais pontos de interesse de visita neste percurso e um desafio ao imaginário humano, de como no meio de uma encosta agreste foi possível a homens de vivencia simples erguer semelhante monumento devotado ao Senhor Bom Jesus, de Entre Ribeiras. Continuando para nascente chega-se, propriamente dita, Fajã de Entre Ribeiras a uma altitude de 250 m. Esta Fajã encontra-se num vale entre duas cordilheiras transversais à cordilheira principal. É uma zona onde se encontra diversas casas, o antigo Posto do Leite, esta localidade chegou a ter dois postos e ainda podemos visitar a antiga escola de Entre Ribeiras.

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O RELATO PÁGINA 5

A saída desta fajã é feita por um antigo caminho de carro de bois, que em vários pontos foi cortado por derrocadas pelo sismo de 1980, sendo então aberto percursos pedes-tres alternativos que unem as partes do caminho principal. Este percurso até ao primeiro ponto de saída tem uma dis-tância de 6,5 km com um desnível de 335 m (Fajã de Entre Ribeiras 250 m alt. / 1º ponto de saída 585 m alt.). Neste percurso passamos por diversas ribeiras, destacando-se a ribeira do Castelhano e pelo início do Caminho de acesso à Fajã do Salto Verde. Outro dos pontos de interesse é a passagem pelo abrigo, escavado no barro que servia para armazenamento do carvão produzido na Fajã do Salto Ver-de e que os locais transportavam rocha acima para comer-cializar.

Perfil do Percurso

É um percurso longo mas com um desnível suave e de fácil progressão que nos oferece vistas panorâmicas excelentes e com uma rica diversidade de Fauna e Flora. O primeiro Ponto de saída encontra-se já no planalto cen-tral, a uma cota de 585 m de altitude. Aqui poderá ser um dos pontos para recolha dos Trekkers, pois dá acesso a uma caminho de asfalto. Para os que queiram continuar o per-curso, este segue por um caminho de asfalto numa distân-cia de 3,5 km onde oferece excelentes vistas panorâmicas para a Freguesia de Santo Antão, Ilhas da Terceira e Gra-ciosa e para a Costa Norte da Ilha de São Jorge. Neste per-curso seria possível aproveitar uma das várias elevações para construir um mirante. A última parte deste percurso, coincide com a extrema a poente da freguesia de Santo Antão com a de Nossa Senhora do Rosário, tem a distância de 1 km seguindo pela canada da Castanha até ao ponto final, que é no Caminho Chão, Freguesia de Santo Antão. Neste local, temos um Café e um mini-mercado onde será o ponto de encontro para os transferes e recolha, bem como de abastecimento dos participantes.

Fajã de Entre Ribeiras

Abrigos ditos furnas ou cafuas

Flora Local

Percurso

Esta autarquia deixa aqui o seu profundo agradecimento à Aventour, na pessoa do seu proprietário, Luís Paulo Bet-tencourt e a José Ricardo Vieira, pelo seu total empenho e disponibilidade na elaboração deste projeto. Muito Obrigado

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O RELATO PÁGINA 6

TRABALHOS EXECUTADOS PELA CÂMARA

MUNICIPAL EM SANTO ANTÃO (DEZ A ABR) Dezembro

Limpeza de valetas no Caminho Chão e no caminho de acesso à Fajã do Cruzal; Limpeza de boeiros no Caminho da Cabreira, Caminho da Pedra, Outeiro e Canada de São Tomé; Limpeza de enxurradas diver-sas na sequência do mau tem-po; Limpeza de entulhos no Cami-nho Chão; Limpeza de levadas na Cancelinha, Santa Rosa e na Canada de São Tomé; Reconstrução de muros no Caminho da Cabrei-ra; Reparação de caminho no Alqueve de Baixo; Manutenção do caminho de acesso à Fajã de São João; Inumar lixos no Cabeço da Caldeira; Colaboração com particulares nomeadamente na reconstrução de muro no Cruzal, limpeza de acesso a moradia em Santo Antão e limpeza de fossa na Canada de São Tomé.

Janei-ro

Ensaibra-gem do Caminho do Alque-ve; Limpeza de leva-das no Caminho da Pedra, Canada

das Barreiras e Cruzal; Execução de muro na Canada da Ribeira; Limpeza e manutenção dos caminhos de acesso à Fajã de São João, Ginjal e Fajã d’Álém; Limpeza de aqueduto no Cruzal; Limpeza de entulhos na Canada do Foro; Limpeza no Caminho Fundo; Execução de muros no Canto Calhau e na Canada do Lagide; Colaboração com particulares nomeada-mente num desaterro no Cruzal.

Fevereiro Continuação do muro no Canto do Calhau; Reconstrução de muros junto à Ermida da Fajã de São João e no Caminho da Pedra; Limpeza de valetas nos arruamentos de Santo Antão;

Limpeza de boeiros no Caminho Velho da Fajã de São João; Limpeza de entulhos na Fajã de São João; Abertura de acesso e trans-porte de entulhos nas Tron-queiras; Limpeza de enxurradas na sequência do mau tempo; Inumar lixo no Cabeço da Caldeira;

Colaboração com particulares nomeadamente na abertura de servidão e atulhar boeiro no Caminho da Pedra.

Março Continuação do muro no Canto do Calhau; Continuação da abertura de acesso nas Tron-

queiras; Transporte de entulhos diversos; Cimentar a ladeira da Fajã d’ Além, bem como reconstrução de muro; Colaboração com particulares na reconstrução de muros na Fajã d’Além e limpeza de entulhos;

Abril Reconstrução de muro e arranjo de largo na Fajã do Ginjal; Reparação de calçada na Fajã de São João; Cimentar um troço de caminho na Fajã d’Além.

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PETIÇÃO PÚBLICA - SAÚDE EM SÃO JORGE - ANÁLISES CLINICAS

O RELATO PÁGINA 7

A Junta de Freguesia de Santo Antão promove, de 16 a 22 de junho, um workshop de teatro que terá como formadora a conhecida atriz Fátima Belo. Esta atividade está inserida na comemoração dos 125 anos da freguesia.

Informam-se todos os interessados que podem efetuar a sua inscrição para o evento junto da Secretária da Junta de Freguesia, Mónica Brasil, ou através dos contatos 963758550/914109459/295415182.

Esta junta associou-se, partilhando na integra, a petição pública levada a efeito em toda a Ilha, sobre alterações que estão anunciadas no sistema Regional de Saúde, nomeadamente nas análises clinicas, em que mais uma vez esvaziará o nosso concelho e ilha, daquilo a que os Jorgenses como todos os outros Açorianos tem direito. Por ser uma medida importante, e para melhor entendimento e esclarecimento, damos conhecimento abaixo, do essencial do texto que nos foi remetido, pela primeira peticionária solicitando também que deem conhecimento e partilhem esta nota, que em nosso entender é muito importante para o futuro, da saúde de quem habita em Ilhas, já sem os meios adequados e necessários em muitas outras situações. Neste momento a PETIÇÃO está em análise na Assembleia Legislativa Regional dos Açores.

Caro habitante de São Jorge Lendo e ouvindo alguns órgãos de comunicação social a anunciar a introdução dos "point of care" nos Centros de Saúde de São Jorge, a partir de 1 de abril e tendo conhecimento das muitas duvidas que se levantam, entendi exercer o direito de participação que assiste a qualquer cidadão, tomando a liberdade de assumir a iniciativa de uma participação pública para apresentar junto da Exma. Presi-dente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, exigindo que todos os açorianos sejam tratados de igual modo! Da minha investigação concluí que o "point of care" é um instrumento útil como complemento da prática médica (é portátil e como tal torna-se útil levá-lo junto de um doente com mobilidade reduzida, a um local de acidente, etc – para um diagnóstico rápido) mas não substitui o teste em laboratório. Os americanos usam este tipo de instrumento desde a década de 50’ e mesmo assim li artigos em que os médicos aconselham muita prudência na sua utilização. Em todos os artigos que li há notas sobre a possibilidade de erro no diagnóstico, má calibragem e elevados custos. Apenas as empresas fornecedoras não apontam pontos negativos. Cremos que este modelo de análises clínicas não será muito mais barato que o existente; cremos que ficaremos muito mais mal servi-dos e devemos exigir que tratem os jorgenses com respeito e dignidade! Se não descontamos menos impostos por viver em São Jorge, porque nos deduzir ainda mais no nosso direito à saúde? Porque aceitar passivamente o que nos querem impor? NÓS DIZEMOS QUE NÃO! Que é inaceitável perceber que um mau diagnóstico do "point of care" pode ser responsável pela mor-te ou agravamento do estado de saúde de alguém. Ninguém pode ficar de braços cruzados! Eu não fico! Enquanto açorianos, jorgenses, sentimos que devemos "bater o pé", recusar o modelo que nos impõem. É por isso que lançamos o desafio de se reunir a sociedade jorgense em torno de uma causa maior – A NOSSA SAÚDE - e assinarmos massivamente a petição!

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O RELATO PÁGINA 8

VACINAÇÃO DE CÃES Agradecimento ao Dr. Carlos Perdigão que se disponibilizou para vir a Santo Antão para vacinar os cães. Uma nota à população para a obrigatoriedade de se vacinar e registar os cães.

PARABÉNS À FINISTERRA Felicitamos os órgãos sociais pela excelente come-moração de tão significativa data, que contou com intervenções do Exmo. Sr. Presidente do Governo Regional dos Açores, do Prof. Avelino Meneses e claro do Sr. Presidente da direção Tony Aguiar.

Felicitamos todos os produtores agrícolas e funcio-nários , igualmente, pelo excelente trabalho que faz da Finisterra um exemplo no panorama regional.

A todos, os nossos PARABÉNS.

CONGRESSO DA ANAFRE A freguesia de Santo Antão participou no XIV Congresso da ANAFRE e na Assembleia da Dele-gação regional dos Açores, tendo o presidente da Junta de Freguesia passado a fazer parte dos novos órgãos eleitos.

No congresso fizemos duas intervenções sendo uma para apresentar a única Moção dos Açores, intitulada “As freguesias colocam as pessoas primeiro contra a lógica empresarial de mercado”, subscrita por todas as freguesias da ilha de São Jorge a quem agradecemos penhoradamente.

Moisés Lima Ávila

Chegou ao fim o período de ligação de trabalho do Sr. Moisés Ávia, com a Junta de Freguesia de Santo Antão, em que durante 18 meses esteve colocado através do programa PROSA. Queremos destacar a sua ação que consideramos muito positiva, sobretu-do na manutenção do cemitério, em que fez um trabalho digno de reconhecimento. Fazemos votos que o futuro possa sorrir e que o Moisés seja capaz de fazer a sua vida com a determinação que tem demonstrado ao longo deste tempo.

SRRN—Cerrado do Caminho em São Tomé

Recebemos resposta, cerca de 1 ano depois, a dizer que como sabíamos já se tinham feito trabalhos de conservação através de um empreiteiro local. A ver-dade é que desconhecemos essa intervenção ou então não foi feita…

Outro assunto tem a ver com a ribeira da Pedreira, na zona da Canada da Ribeira, onde provoca estragos regularmente. A resposta é de que foram ver e que vão reparar e dar conhecimento à SRTT...

SRTT—Marcação de Estrada da Serra do Topo

Depois de muita insistência de facto estão a marcar a Estrada Regional. A nossa duvida é sobre a qualidade

da tinta utilizada. Vai aguentar a visita do Governo Regional, mas não acredita-mos que muito mais...

O Deputado do PCP Aníbal Pires Visitou a Freguesia de Santo

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O RELATO PÁGINA 9

Ação Ambiental VI

O que é que está mal nesta foto? Pois é, são 2 bezerros mortos. Todos deviam resolver este tipo de problema, contudo antes depositar lembre-se que há locais mais apropriados para o fazer.

António dos Santos Pereira é licenciado e doutorado pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, agregado e catedrático pela Universidade da Beira Inte-rior. Iniciou a carreira aca-démica na Universidade dos Açores, tendo ali estagiado na área das Fontes e Proble-mática do Saber Histórica e publicado o primeiro volu-me das Fontes para a Histó-ria dos Açores, Vereações de Velas (S. Jorge 1559-1570-

1571), em 1984, e A Ilha de S. Jorge (Séculos XV-XVII), três anos depois. Integrou a UBI em 1987 tendo participado no lançamen-to dos cursos de Sociologia, Ciências da Comunicação e todos os da área das Letras. A história dos descobrimentos mereceu-lhe o estudo Portugal. O Império Urgente, em dois volumes, editado pela Imprensa Nacional, em 2003. O aprofundamento da Histó-ria do Atlântico fê-lo integrar o Centro de História de Além-Mar da Universidade Nova de Lisboa entre 1999 e

2013. Os fatores do desenvolvimento, a história regional e local, os nacionalismos, o iberismo, as livrarias antigas, os auto-res clássicos, a implantação e o evoluir do regime liberal e a história da imprensa periódica,

diversificam as temáticas das suas publicações de que constituem

a melhor

expressão Portugal Descoberto, vol. I: Cultura Medieval e Moderna; Portugal

Descoberto, vol. II: Cultura Contemporânea e Pós-Moderna, em 2008, e

Portugal Adentro: do Douro ao Tejo. O Milénio Beirão, em 2009. Como

Diretor do CES da UBI, iniciou o projeto que levou à edição de

Regionalização: Textos Oportunos, em 1998, e de O Parlamento e a Imprensa

Periódica Beirã em Tempos de Crise (1851-1926), em 2002. Tem bibliografia

publicada sobre algumas das principais figuras da Beira, designa-damente frei

Heitor Pinto. De forma recorrente, tem apresentado estudos sobre as questões

da Identidade que tiveram a expressão na obra Representações da

Portugalidade em cuja coordenação colaborou, editada em 2011, ano em que

mereceu o Prémio de Mérito Científico Universidade da Beira Inte-rior/

Santander, na área das Letras. É o atual diretor do Museu de Lani-fícios, Centro

de Documentação e Arquivo Histórico da UBI e faz parte do Conselho Geral

desta, depois de cerca de doze anos como Diretor do Departa-mento de Letras. É

editor de duas revistas em rede a ubimuseum e a ubiletras.

PROF. DR. ANTÓNIO DOS SANTOS PEREIRA

EM SANTO ANTÃO NO PRÓXIMO DIA 6 DE JUNHO

A Antonete Brasil vai participar no “Country Festi-val-Lisboa” e queremos desejar os melhores suces-sos para a sua atuação e felicidade para o futuro. Força que Santo Antão está a torcer por ti.

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O RELATO PÁGINA

DELIBERAÇÕES DA JUNTA DE FREGUESIA

6-1-2014 Aberta a sessão, pelo Exmo. Senhor Presidente, que fez uma explanação dos trabalhos em curso. Correspondência recebida: ADELIAÇOR, tomado conhecimento de que foi respondido no sentido de se manter a candidatura para “Recuperação do Trilho de Acesso à Fajã de Entre Ribei-ras”; Coopifrutos; Centro Paroquial de Santo Antão, agradecimento; EBI Topo, agradecimento da Coordenadora de Departamento do 1º ciclo. Apreciado o requerimento de José Orlando Brasil da Silva, tendo deliberado por unanimidade conceder o uso, a título perpétuo do terreno a que se refere a sepultura nº. 320, verificado o cumprimento dos requisitos do regulamento do cemitério paroquial de Santo Antão. Devendo comuni-car-se ao requerente, igualmente, o que está previsto no artigo 21º. Foram apreciados e aprovados pagamentos diversos. 5-2-2014

Aberta a sessão, pelo Exmo. Senhor Presidente, que fez uma explanação dos trabalhos em curso. Correspondência recebida: Deliberado apoiar os finalistas 2013/2014 da EB 2,3 Pde. Manuel Azevedo da Cunha no valor de setenta e cinco euros. Apreciado o requerimento de Lúcia de Fátima Brasil Bettencourt, tendo deliberado por unanimidade conceder o uso, a título perpétuo do terreno a que se refere a sepultura nº. 317, verificado o cumprimento dos requisitos do regulamento do cemitério paroquial de Santo Antão. Devendo comunicar-se à requerente, igualmente, o que está previsto no artigo 21º. Paróquia de Santo Antão, deliberado proceder à poda das árvores conforme solicitado. Paróquia de Santo Antão, deli-berado responder que concordamos com a proposta, ... pelo que tratando-se de um imóvel do município da Calheta será apresentado pedido junto da edilidade para cedência do uso do espaço... Presidência do Governo Regional dos Açores, em resposta ao nosso ofício de 29 de novem-bro, agradece a “disponibilidade manifestada para que as Comemorações do Dia da Autonomia se realizem na freguesia de Santo Antão e na Freguesia do Topo”. Deliberado dar conta à Junta de Freguesia do Topo, do teor do nosso oficio e da resposta da presidência do Governo Regional. Deliberado rein-sistir com a necessidade de reforço da iluminação no traçado mais urbano da freguesia, situação que não foi considerada na ora resposta recebida. RESOPRE; PS, revista nº. 1; ANAFRE, esclarecimento sobre as novas competências; Serviço de Finanças de Velas; DROAP, certidão de transfe-rências; CMC, fornecimento de água; CABENA; Globalsoft; SRTT, candeeiro: CCA. Foram apreciados e aprovados pagamentos diversos. 5-3-2014

Aberta a sessão, pelo Exmo. Senhor Presidente, que fez uma explanação dos trabalhos em curso. Correspondência recebida: ANAFRE; Assem-bleia Municipal da Calheta; Câmara Municipal da Calheta, sobre a numeração policial, tendo o Senhor Presidente dado conhecimento dos ele-mentos que remeteu, considerando o prazo solicitado para a resposta; lembrando que informalmente a mesma tinha já sido vista pelo executivo e que inclusive havia distribuído cópia da mesma na última Assembleia de Freguesia. Câmara Municipal da Calheta, sobre o fornecimento de água, deliberado aguardar resposta ao nosso ofício referente á proposta de acerto por dação; Câmara Municipal de Elvas, deliberado aprovar e submeter a aprovação da Assembleia de Freguesia a Moção em Defesa dos Doentes Oncológicos; SRRN, sobre a reparação de Grota – Ribeira da Pedreira, dando conta que a mesma não precisa de reparação mas de manutenção que a DRA vai promover limpando o leito da ribeira; referindo, ainda, que a responsabilidade com a drenagem da águas das chuvas na Canada da Castanha, Boeiro e junto ao café JORI é da responsabilidade da SRTT e que da nossa exposição será dado conhecimento. Deliberou a Junta de Freguesia responder protestando pela resposta que mostra desconhecimen-to, desinteresse e falta de respeito de não terem convocado a Junta de Freguesia para visitar o local e explicar a situação que afeta os prédios do Senhor Manuel Brasil e do Senhor Luis Bettencourt, em que por várias vezes foi necessário repor a terra que a água saltando fora arrastou; além do caminho de servidão que atravessa e deixa destruído e em geral num lamaçal; Açorilhas, que reclama o pagamento de fatura AC0014r, delibe-rado informar que a mesma foi paga por transferência de outubro passado, bem como solicitar a substituição do alimentador que avariou e foi entregue na sua loja da Calheta; SRRN, seminário na ilha Terceira, sobre utilização de produtos fitofarmacêuticos, deliberado acusar a receção do mesmo, informando que foi totalmente impossível estar presentes e perguntar se está prevista a organização de algum seminário na ilha de São Jorge; Grupo de Folclore de Rosais, deliberado responder e solicitar indicação de preço para fazer uma ou duas atuações na freguesia; Direção regional da Cultura, deliberado preencher o formulário e remeter; Apreciado o Decreto Legislativo Regional n.º 3/2014/A de 14 de fevereiro, congratulando nos pelo facto da simples proposta da Junta de Freguesia de Santo Antão, para que as filarmónicas dos Açores fossem apoiadas com 25% do custo com energia elétrica, tenha resultado num documento desta importância para as instituições da RAA, deliberando-se felicitar o grupo parlamentar do CDS-PP pela coragem e iniciativa, com especial destaque para o ex: deputado Luís Silveira que se comprometeu a pegar no assunto e levá-lo à ALRA e para a deputada Ana Espínola. Remeter extrato desta ata ao presidente da Câmara Municipal das Velas, à Sra. deputa-da Ana Espínola e ao grupo parlamentar do CDS-PP. O senhor presidente deu conhecimento das candidaturas apresentadas junto da DROAP para obras de conservação e adaptação das IS à mobilidade condicionada na sede da Junta de Freguesia, bem como para aquisição de computador, fotocopiadora multifunções e software de gestão. Foram apreciados e aprovados pagamentos diversos.

19-3-2014 Aberta a sessão, pelo Exmo. Senhor Presidente, que fez uma explanação dos trabalhos em curso. Correspondência recebida: CEFAPA, delibera-do colocar à consideração da funcionária o interesse na frequência de alguma das frequências propostas; Autoridade tributária; DROAP, sobre o recenseamento eleitoral, ficando definido expor caderno eleitoral e fazer aviso para divulgar na igreja que os mesmos estão expostos na junta de freguesia para consulta durante o mês de março; Serviço Florestal de São Jorge, sobre a entrada de gado, deliberado promover a divulgação; O presidente passou a expor uma situação de roubo/ furto da junta de freguesia ocorrida no dia sete de março pp, informando que logo que deteta-da a situação havia-se chamado a polícia, conforme já dera conta verbalmente, vindo a ser chamado a depor sobre o assunto no dia onze e tendo conhecimento que várias pessoas foram chamadas a prestar depoimento; propõem que a junta de freguesia delibere sobre as medidas a adotar para resolver esta situação, nomeando para o efeito uma comissão de inquérito presidida pela secretária da junta de freguesia D. Mónica Brasil e coad-juvada por um elemento de cada bancada que constitui a Assembleia de Freguesia; sugerindo que sejam os primeiros elementos de cada lista, com exceção da presidente da assembleia de freguesia. Foi deliberado favoravelmente constituir a comissão para apurar responsabilidades e propor soluções. Ficou ainda determinado solicitar parecer por escrito à DROAP sobre o procedimento a adotar para conduzir o processo em causa. Devendo aguardar-se a resposta para então se proceder conforme venha a ser a orientação da DROAP. Deliberado ainda saber se o seguro cobre este tipo de situação. Pedido da escola EBI do Topo, deliberando patrocinar-se a deslocação dos alunos e um professor com uma passagem aérea São Jorge/ Lisboa/ São Jorge no valor previsto de trezentos euros, no âmbito do concurso promovido pela MARLISCO “Por um mar sem lixo”, considerando que foram a única escola dos Açores selecionada; considerando que forma premiados entre os cinco primeiros lugares e porque são residentes na freguesia de Santo Antão. Aprovado o relatório do Direito da Oposição que será remetido aos elementos do partido socialista pre-sentes na Assembleia de Freguesia. Foram apreciados e aprovados pagamentos diversos.

2-4-2014

Aberta a sessão, pelo Exmo. Senhor Presidente, que fez uma explanação dos trabalhos em curso. Correspondência recebida: Comunicado do PSD S Jorge sobre a situação da saúde na ilha; comunicado do PS sobre a ligação Calheta/ Angra; conhecimento da petição pública promovida pela D. Anabela Oliveira, tendo a junta colaborado com a recolha de assinaturas; agradecimento da escola EBI do Topo...; AMI; DGAI; Paróquia de San-to Antão a agradecer ...; DROAP; Tribunal Judicial de Velas; CNE; conhecimento do património da freguesia; DRC; Confraria do queijo de S. Jorge, deliberado remeter oficio, a solicitar informação sobre a futura possível localização do “Museu do Queijo de São Jorge”; Câmara Municipal de Aveiro, a responder, negativamente, ao nosso pedido de apoio para patrocinar o busto de D. José Pedro da Silva. Deliberado solicitar apoio ao Exmo. Sr. Presidente do Governo Regional dos Açores; SRRN, a responder ao nosso ofício de fevereiro de 2013 sobre o Cerrado do Caminho, informando que já deu início aos trabalhos de reparação. Deliberado responder solicitando ponto da situação dos trabalhos. Deliberado retificar a autorização do Sr. Presidente para a funcionária frequentar ação de formação...Deliberado remeter para aprovação da Assembleia de Freguesia os contratos de delegação de competências da Câmara Municipal na Junta de Freguesia. O Sr. Presidente explicou que não concordando com a fór-mula proposta, submetia à consideração do executivo a contraproposta que faria chegar à Câmara Municipal no dia seguinte. Justifica por enten-der que na atual conjuntura em que não é delegada a orientação da brigada e equipamentos na junta de freguesia, somente interessa manter o balcão de atendimento em funcionamento e como tal o protocolo deve incidir sobre essa delegação e mais nenhuma, na modalidade de contrato interadministrativo. Deliberado acionar o seguro contra roubo/ furto de dinheiro. Foram apreciados e aprovados pagamentos.

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O RELATO PÁGINA 11

Voto de Louvor Comemoração dos 70 anos da Finisterra- Cooperativa de Lacticínios do Topo

O queijo de São Jorge é único e de qualidade reconhecida, representando mesmo o produto âncora da empresa Lactaçores. O queijo de São Jorge, cuja origem remonta ao seculo dezasseis, mantem a tradição que carateriza o seu fabrico e é o mais forte pilar da economia jorgense. No corrente mês de Abril, o queijo de S. Jorge foi distinguido com vários prémios que o destacam no panorama nacional. A Finisterra – Cooperativa de Lacticínios do Topo é uma das empresas que contribuem para a distinção deste produto. Assim, os deputados municipais do PSD-Calheta, ao abrigo das disposições regimentais aplicáveis, propõem que a Assembleia Municipal emita o seguinte voto: A Assembleia Municipal da Calheta, congratula-se pela comemoração dos 70 anos da Finisterra, por ser um exemplo para o cooperativismo agrícola regional; recordando os seus sócios fundadores, que em 23 de abril de 1944, assina-ram os estatutos que então criaram a Cooperativa Agrícola do Topo, hoje Finisterra- Cooperativa de Lacticínios do Topo. O grupo municipal do PSD propõem a aprovação de um voto de louvor à Finisterra, aos seus sócios, dirigen-tes e funcionários, pelo reconhecimento do seu esforço e sucesso que tanto tem contribuído para fortalecer tão importante pilar económico paras as freguesias do Topo e Santo Antão. O presente voto deve ser comunicado aos sócios, dirigentes e trabalhadores da Finisterra, que se têm esforçado para manter e aumentar a qualidade do produto Jorgense. Calheta, sala das sessões dos Paços do Concelho, 28 de Abril de 2014

Proposta de Recomendação Homenagem ao Bispo D. José Pedro da Silva

São três os bispos açorianos nascidos na ilha de São Jorge: Frei Bartolomeu do Pilar, nascido na Vila das Velas a 14 de setembro de 1667 e falecido a 9 de abril de 1733; D. Manuel Bernardo de Sousa Enes, nascido na Vila do Topo a 5 de novembro de 1814 e falecido a 8 de setembro de 1887; e D. José Pedro da Silva, nas-cido na freguesia de Santo Antão a 5 de abril de 1917 e falecido a 23 de maio de 2000, na cidade Viseu. Considerando que a fregue-sia de Santo Antão comemora neste ano de 2014, 125 anos; Considerando que no âmbito do trabalho de definição da toponímia, entendem os órgãos de freguesia, que se deve valorizar e home-nagear os vultos e filhos da terra que contribuíram para a sua história, entre os quais D. José Pedro da Silva, cujo nome gostaríamos de ver atribuído ao atual Largo de Santo Antão; Considerando que além do nome da freguesia elevou o da sua ilha e do seu Concelho, quer como bispo, quer como diretor do jornal “A união”, onde regularmente tirou a nossa vivência do anonimato através de publicações diversas. Em nome da Junta de Freguesia e da população de Santo Antão, gostaríamos de sensibilizar e deixar o apelo ao Senhor Presidente da Câmara Municipal da Calheta, para apoiar esta homenagem com oferta do busto de D. José Pedro da Silva, a colocar junto da igreja de Santo Antão, no largo que se espera passe a designar-se: “Largo Bispo D. José Pedro da Silva”. Aproveitando esta oportunidade, ousaria sugerir à Junta de Freguesia do Topo que, também, promovesse a homenagem, desse outro filho deste Concelho, nascido da Vila do Topo assinalando a data comemorativa dos 200 anos do seu nascimento de D. Manuel Bernardo de Sousa Enes com a colocação do seu busto. Calheta, sala das sessões dos Paços do Concelho, 28 de Abril de 2014

Declaração de Voto

Paulo Jorge Oliveira Teixeira, deputado municipal, na qualidade presidente da Junta de Freguesia de Santo Antão, nos termos da alínea m) do regimento da Assembleia Municipal, declara que vota abstenção sobre a aprovação da minuta de acordo de execução para delegação de competências nas juntas de freguesia, por entender que a delegação de competências da Câmara Municipal da Calheta na Junta de Freguesia de Santo Antão deveria ser unicamente através do contrato interadministrativo, face ao que ficou dito na discussão deste ponto e registado em ata.

Salão Nobre dos Paços do Concelho da Calheta, 28 de Abril de 2014

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

DE DEZEMBRO, FEVEREI-

RO E ABRIL

A PRIMEIRA FOI SOBRETUDO PARA APROVAÇÃO DO ORÇAMENTO E PLANO

DE ATIVIDADES. COLOCAMOS UMA SERIE DE QUESTÕES SOBRE PROPOSTAS QUE HAVÍAMOS FEITO. NA DE ABRIL APROVOU-SE O RELATÓRIO DE ATIVIDADES E CONTAS EM QUE VOTAMOS A FAVOR DA PROPOSTA. TENDO APRESENTADO AINDA ALGUMAS PROPOSTAS A VOTAÇÃO. APRESENTAMOS UMA JUSTIFICAÇÃO DE VOTO POR NÃO CONCORDARMOS COM O ACORDO DE EXECUÇÃO APRESENTADO.

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Junta de Freguesia de Santo Antão - Largo de Santo Antão - 9875-067 Santo Antão; Sitio da internet: www.jf-santoantao.com; email: [email protected]

PÁGINA 12 O RELATO

Concurso

Nesta Edição - O Capitulo II

PONTO DE SITUAÇÃO DE TRABALHOS PARA A FREGUESIA

Em 13 de Outubro, no discurso de tomada de posse dos órgãos de freguesia, defi-níamos como grande objetivo para 2014 a pavimentação dos acessos à habitação, apelando ao executivo da futura Câmara Municipal da Calheta, então representado pelo Tony Aguiar, para que fosse tida em atenção; considerávamos, igualmente, interessante definir a toponímia da freguesia, aproveitando para homenagear algu-mas pessoas que muito contribuíram para a história de Santo Antão neste ano comemorativo dos 125 anos. Queremos aqui reconhecer a disponibilidade que temos recebido da Câmara Municipal da Calheta para que estas situações possam ser uma realidade nos tempos mais próximos. Referimos ainda que a Junta de Freguesia tinha apresentado 6 candidaturas a Adeliaçor, das quais 2 em parceria com a Irmandade do Espirito Santo e com o Centro Social de São Tomé. Acres-centando que no futuro os próximos projetos devem ser dirigidos para o Parque Natural do Cruzal e para a zona balnear de São João (balneários, piscina natural, snack-bar e parque de estacionamento). Mantemos este rumo, tendo contudo recebido informação da Adeliaçor para a possibilidade de executar o trilho de Entre Ribeiras, estando em conversações para analisar a possibilidade de trocar este pelo da Calçada da fajã de São João.

Este ano, temos vindo a conversar com o Sr. Vice-Presidente da Câmara Munici-pal para se intervir no abate da vegetação do caminho de acesso à fajã de São João e de reparação de muros na zona da Cancelinha.

ALGUNS TRABALHOS EXECUTADOS NESTE PERÍODO Casa do Povo, apoio nas obras de remodelação de um espaço para instalação do Consultório de Dentista e na pintura do edifício

Reparação de muros na estrada Regional

Cedência de mão de obra para coroamento do muro da Canada a poente da ex escola de Santo Antão

Lavagem e pintura da frente da casa dos herdeiros da Sra. Amélia Soares para diminuir o impacto negativo nas festas do Bodo de Leite e Espirito Santo

Lavagem e pintura da Praça do Gado

Apoio na pintura do muro do Centro Intergeracional

Apoio na tapagem dos toiros no âmbito das festas dos 70 anos da Finisterra

Trabalhos diversos para cumprimento do acordo entre José Afonso Xavier e Câmara Municipal da Calheta, com cedência de bagacinas e alvenaria de pedra

Colaboração com alguns particulares com apoio em mão de obra de algumas situações de trabalhos

Trabalhos diversos de limpeza de caminhos e desobstrução de bueiros, tendo inclusive investindo-se em fatos de água para permitir intervir durante as chuvadas

Inicio dos trabalhos de remoção de pedra, incluindo imóvel

NASCIMENTOS

A Junta de Freguesia de Santo Antão felicita os pais de Valéria Bettencourt, de Juliana Nunes Sousa, de Gabriela Ávia e de Erica Azevedo pelo nascimento de suas filhas.

NECROLOGIA

A Junta de Freguesia de Santo Antão apresenta sinceros sentimentos de carinho e solidarie-dade para com os familiares de José Luís Coelho falecido a 12 de março e de Manuel Flo-

rêncio Morais falecido a 8 de janeiro.