boletim informativo projeção

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Page 1: Boletim Informativo Projeção

taxas, para viabilizar in-vestimentos, ainda mais em tempos de crise, como agora. Nos mercados, reduções da taxa de juros viabilizam normalmente migração de recursos da renda fixa para a Bolsa de Valores. Em um cenário normal, é também por esse motivo que as Bolsas sobem nos Estados Unidos ao menor sinal do Federal Reserve (BC dos EUA) de que os juros possam cair. Quando o juro sobe, a-contece o inverso. O in-vestimento em dívida su-ga como um ralo o dinhei-ro que serviria para finan-ciar o setor produtivo.

Fonte: Folha.com

A taxa de juros é o instru-mento utilizado pelo BC (Banco Central) para manter a inflação sob con-trole ou para estimular a economia. Se os juros caem muito, a população tem maior acesso ao cré-dito e consome mais. Este aumento da demanda po-de pressionar os preços caso a indústria não este-ja preparada para atender um consumo maior. Por outro lado, se os juros sobem, a autoridade mo-netária inibe consumo e investimento --que ficam mais custosos--, a econo-mia desacelera e evita-se que os preços subam --ou seja, que ocorra inflação. Com a redução da taxa básica de juros (Selic), o BC também diminui a a-

tratividade das aplicações em títulos da dívida públi-ca. Assim, começa a "sobrar" um pouco mais de dinheiro no mercado

financeiro para viabilizar investimentos que tenham retorno maior que o pago pelo governo. Se a taxa sobe, ocorre o inverso. É por isso que os empre-sários pedem corte nas

A participação dos credores privados da Grécia na opera-ção de perdão da dívida já supera os 75% desde quarta-feira, informou uma fonte go-vernamental grega nesta quinta-feira, pouco depois das 16H00 GMT (13H00 de Brasília). A Grécia advertiu que não acei-taria a operação a menos que ela contasse com uma partici-pação mínima de 75% dos credores. Os bancos do mundo todo que possuem títulos da dívida grega têm até às 20H00 GMT (17H00 de Brasília) para participar voluntariamente da

operação que pretende perdoar mais de 100 bilhões de euros da dívida do país. O diretor do Instituto Internacio-nal de Finanças (IIF), Charles Dallara, também manifestou nesta quinta-feira no Rio de Janeiro seu "otimismo" com relação à possibilidade de al-cançar um acordo nas próximas horas. Pouco antes, o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, afirmou de Belgrado - onde se encontrava em visita oficial - que a partici-pação dos credores privados do

país (bancos, fundos e segura-doras) estava em torno de 65%. A reestruturação é vital para evitar que o país se declare em suspensão de pagamentos no dia 20 de março ante a impossi-bilidade de reembolsar 14,4 bilhões de euros em obrigações que vencem nessa data. A publicação da taxa de partici-pação está prevista para sexta-feira às 06H00 GMT (03H00 de Brasília), disse à AFP uma fonte ministerial grega.

Fonte: AFP

Quer saber mais sobre a Taxa

SELIC? Leia amais na página 2.

TAXA SELIC? Veja como a taxa básica de juros influencia a economia

N E S T A

E D I Ç Ã O :

Taxa SELIC 1

Síria 2

O que é SELIC? 3

Pobreza no

Brasil

4

Síria 5

Irã 6

Curtas 6

Participação de credores privados em perdão da dívida grega supera 75%

Boletim Informativo

1 2 D E M A R Ç O D E 2 0 1 2 A N O I — V O L U M E I

C O M A P A L A -

V R A , O D I R E T O R

Prezados membros da Comunida-

de Acadêmica,

Eis o Boletim Informativo da

Escola de Ciências Jurídicas e

Sociais e da Escola de Negócios

da Faculdade Projeção. Trata-se

de mais uma ferramenta a ser

utilizada no desenvolvimento do

p r o c e s s o d e e n s i n o -

aprendizagem, onde temas da

atualidade serão abordados de

forma a oportunizar a todos um

acesso rápido e prático ao que de

mais importante acontece no

mundo. Os nossos professores

poderão trabalhar o seu conteúdo

de forma a enriquecer as ativida-

des em sala, ao passo que os

nossos alunos permanecerão em

constante atualização.

O Boletim será publicado com

periodicidade quinzenal, somente

em meio eletrônico. Suas contri-

buições e sugestões serão bem

vindas para o aprimoramento

deste instrumento de comunica-

ção.

Boa leitura!

da Escola de Ciências Jurídicas e Sociais e da Escola de Negócios

Page 2: Boletim Informativo Projeção

P Á G I N A 2

Coca-Cola e da Pepsi terão de informar sobre riscos à saúde no rótulo

Consumo de crack cresce sem controle no Brasil

Síria proíbe entrada de chefe de operações humanitárias, diz ONU

B O L E T I M I N F O R M A T I V O

Um dos motivos do aumento do consumo da droga é que muitos usuários de cocaína injetável migraram para o crack, após o boom da epidemia de HIV que surpreen-deu esse grupo. Os dados oficiais mais recentes sobre o tema são de 2005 e dão conta de que pelo menos 380 mil brasileiros fumavam, regularmente, a pedra feita com o subproduto da cocaína. Para combater o problema, o Ministério da Saúde aposta em diversificar o tratamento. A abordagem de usuários nas ruas é uma das estratégias. A exemplo do que ocorre em Salvador, Rio e outras 12 capitais montarão consultórios de rua para atrair pacientes que resistem a procurar ajuda. - Depois que se fica dependente de crack, é difícil sair. O melhor é não entrar nessa - alerta o professor Kess-ler.Leia a íntegra desta notícia no Globo Digital, só para assinantes

Fonte: OGlobo

metilimizadol – apontada como uma ameaça à saúde. De acordo com Garza-Ciarlante, a empresa tomou a iniciativa, apesar de acreditar que não há risco para a saúde pública que justifique a alteração na composição da Co-ca-Cola. A associação norte-americana que representa a indústria das bebidas informou que a Califórnia adicionou o corante à lista de substâncias cancerígenas sem provas que associem o seu con-sumo ao aparecimento da doen-ça. (Fonte: Carta Capital)

ram a ser feitas na Califórnia, vão ser ampliadas para todo o país. Mas a expectativa, segun-do analistas, é que se estenda para os outros países. Repre-sentando a empresa Coca-Cola nas negociações com a Justiça da Califórnia, Diana Garza-Ciarlante disse que a compa-nhia determinou aos fornecedo-res de corante caramelo que modifiquem o processo de fa-bricação do produto. O objetivo da medida, segundo a Coca-Cola, é reduzir a subs-tância denominada química 4-

As empresas de refrigerante Coca-Cola e da Pepsi terão de alterar a composição do coran-te caramelo dos seus refrige-rantes. A decisão foi baseada na legislação da Califórnia, nos Estados Unidos, que obri-ga as empresas a incluir essa informação nos rótulos das bebidas – essas substâncias cancerígenas. A Coca-Cola e a Pepsi contro-lam cerca de 90% do mercado norte-americano de refrigeran-tes. As alterações na composi-ção de ambos, que começa-

O crack, droga derivada da cocaína, está se tornan-do um flagelo nacional, espalhada pelo país em diferentes classes sociais e tomando até salas de aula. Em todo o país, os serviços de atendimento a dependentes químicos relatam que mais e mais pessoas, independentemente da classe social, vêm nos últimos anos procurando ajuda para se livrar do vício do crack. A droga já é a segunda maior causa de procura por atendimento nos centros do SUS especializados em abuso de álcool e drogas, o CAPS-AD. Nesses locais, o crack só perde para a bebida. - A rede de tratamento em algumas regiões foi surpreendida pelo aumento da procura pelo trata-mento (do crack), principalmente nas grandes cida-des - constata Pedro Gabriel Delgado, coordenador do Programa de Saúde Mental do Ministério da Saúde.

conseguido visitar a Sí-ria, apesar de meus rei-terados pedidos para me reunir com as autori-dades sírias para discu-tir a situação humanitá-ria e a necessidade de um acesso sem obstá-culos às pessoas afeta-das pela violência", in-formou Amos em um comunicado.

A ONU avalia que a re-

pressão do governo do presidente Bashar al Assad a oposicionistas já matou mais de 7.500 pessoas desde março de 2011.

Fonte: G1

A Síria negou nesta quar-ta-feira (29) o ingresso da chefe de operações hu-manitárias das Nações Unidas, Valerie Amos, em uma missão para avaliar a crise atribuída à violen-ta repressão do governo contra os manifestantes, informaram funcionários da ONU.

"Estou profundamente decepcionada por não ter

Valerie Amos havia pedido reunião com autoridades para discutir violência. Si-tuação humanitária no país em crise política é grave.

Page 3: Boletim Informativo Projeção

SELIC? COPOM? Tire suas dúvidas!

P Á G I N A 3 A N O I — V O L U M E I

Coreia do Norte concorda em suspender

programa nuclear

Selic é a sigla para Sistema Especial de Liquidação e

Custódia, criado em 1979 pelo Banco Central e pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mer-cados Financeiro e de Capitais) com o objetivo de tor-nar mais transparente e segura a negociação de títulos públicos. O Selic é um sistema eletrônico que permite a atualiza-ção diária das posições das instituições financeiras, assegurando maior controle sobre as reservas bancá-rias. Hoje, Selic identifica também a taxa de juros que reflete a média de remuneração dos títulos federais negocia-dos com os bancos. A Selic é considerada a taxa bási-ca porque é usada em operações entre bancos e, por isso, tem influência sobre os juros de toda a economia.

O Copom foi instituído em junho de 1996 para estabelecer

as diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros.

O colegiado é composto pelo presidente do Banco Central,

Alexandre Tombini, e os diretores de Política Monetária,

Política Econômica, Estudos Especiais, Assuntos Interna-

cionais, Normas e Organização do Sistema Financeiro,

Fiscalização, Liquidações e Desestatização, e Administra-

ção.

O Copom se reúne em dois dias seguidos. No primeiro dia

da reunião, participam também os chefes dos seguintes:

Departamento Econômico (Depec), Departamento de Ope-

rações das Reservas Internacionais (Depin), Departamen-

to de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos

(Deban), Departamento de Operações do Mercado Aberto

(Demab), Departamento de Estudos e Pesquisas (Depep),

além do gerente-executivo da Gerência-Executiva de Rela-

cionamento com Investidores (Gerin).

A Coreia do Norte concordou em suspender seu programa de testes nucleares e o enriquecimento de urânio e permitir a entrada de inspetores internacionais para verificar as atividades de seu prin-cipal reator. Pyongyang cedeu à pressão do governo dos Estados Unidos, que ofereceu 240 mil toneladas de alimentos ao país. O acordo foi anunciado nesta quarta-feira (29) pelo Departamento de Estado americano e confir-mado por um escritório da agência estatal norte-coreana KCNA. Essa é a primeira decisão do go-verno norte-coreano no cenário internacional desde que Kim Jong-Un assumiu o lugar do pai, o ditador Kim Jong-Il, morto em dezembro. As negociações que levaram ao acordo ocorreram em Pequim, na semana passada. O objetivo da reu-nião era fazer Pyongyang voltar ao diálogo sobre o desarmamento do regime comunista. Além dos Es-tados Unidos, as conversas envolvem Coreia do Sul, Japão, China e Rússia. Os resultados do encon-tro, que inicialmente foi visto como pouco frutífero, só vieram à tona nesta quarta-feira, depois que as propostas foram levadas pelos negociadores norte-coreanos a Pyongyang e analisadas pelo governo de Kim Jong-Un. saiba mais Desde a morte de Kim Jong-Il autoridades internacionais, agências de inteligência e especialistas espe-culam sobre como um jovem de menos de 30 anos (ele teria 28 ou 29 anos), do qual até então pouco se sabia, comandaria o país mais fechado do mundo. Dias depois da morte de Kim Jong-Il, o governo da Coreia do Norte soltou um comunicado afirmando que o regime não mudaria. O anúncio desta quar-ta-feira, porém, destoa da posição do país nos últimos anos (os inspetores nucleares internacionais foram expulsos em 2006). Apesar de não terem sido divulgados prazos para a suspensão do programa nuclear norte-coreano nem para a visita dos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o acordo é um passo importante para a redução da tensão gerada pelas manobras militares de Pyongyang na região, que vive sob o temor de uma guerra que não acabou. "Os Estados Unidos ainda têm grandes preocupações sobre a postura da Coreia do Norte em relação a diversos assuntos, mas o anúncio de hoje reflete um importante, ainda que limitado, progresso em solucionar alguns deles", afir-mou a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland. A exigência da Coreia do Norte para que as 240 mil toneladas, que o governo de Barack Obama insisti-a que fossem entregues apenas com o selo de ajuda humanitária, fossem incluídas no acordo dá um sinal de que os norte-coreanos não vão apenas ceder sem suas condições. No âmbito interno, certa-mente, os alimentos chegarão como uma conquista de Kim Jong-Un para seu povo. No cenário interna-cional, a decisão mostra que a Coreia do Norte está de volta à mesa para negociar.

Fonte: Revista Época

Em acordo com os

Estados Unidos, o

regime de Kim Jong-Un

vai receber 240 mil

toneladas de alimentos

em troca da paralisação

dos testes nucleares e do

enr iquecimento de

urânio, além de aceitar

uma inspeção da AIEA

Page 4: Boletim Informativo Projeção

P Á G I N A 4

“O governo

brasileiro é muito

comprometido

com o mercado

financeiro.

Dificilmente essas

iniciativas iriam

para frente.”

Especialistas defendem controle da entrada de capitais especulativos para conter valorização do real

Pobreza no Brasil diminui 7,9% em 2011, diz IPEA

Apesar da crise econômica mundial, que vem se acentu-

ando e aumentando as desigualdades em vários países, no Brasil a pobre-za caiu 7,9% entre janeiro de 2011 e janeiro de 2012 e as desigualdades continuam a diminuir. A constatação faz parte da pesquisa De Volta ao

País do Futuro, que analisou a nova classe média e foi divulgada hoje (7) pela Fun-dação Getulio Vargas (FGV). Essa queda aconteceu em um rítmo três vezes mais rá-pido que as metas do Milênio das Nações Unidas (ONU),

segundo o pesquisador Mar-celo Neri. “O Brasil está um pouco na contramão de sua história pregressa e da de outros países emergentes e desenvolvidos. Aqui a desi-gualdade vem caindo nos últimos 11 anos consecutivos e está caindo com mais rapi-dez do que antes e hoje esta-mos no nosso menor nível de desigualdade da série históri-ca que começa em 1960”, disse. O estudo mostra que, de janeiro de 2011 a janeiro de 2012, o índice de Gini, que mede a desigualdade numa escala de 0 a 1, caiu 2,1%, passando de 0,53 para

0,51 e que o crescimento da renda familiar per capita média foi 2,7% nos 12 me-ses estudados. Neri defendeu que os resul-tados positivos devem-se às políticas públicas de redu-ção da pobreza e ao fato de os brasileiros terem menos filhos e não deixarem de matriculá-los na escola. “Educação é o fator mais importante para esse resul-tado, conforme nossos estu-dos, e a melhora na educa-ção pode significar uma queda maior ainda.”

Fonte: Revista Época

B O L E T I M I N F O R M A T I V O

para conter a valorização do real é o governo barrar a entrada de capital especulativo”, diz. Gonçalves defende a proibição para estrangeiros comprarem ações na bolsa de valores no merca-do secundário (quando os papéis já foram emiti-dos pelas empresas e apenas trocam de mãos) e adquirirem títulos públicos. Ele, no entanto, admi-te que não há condições políticas para promover essas medidas. “O governo brasileiro é muito comprometido com o mercado financeiro. Dificil-mente essas iniciativas iriam para frente”, avalia. André Nassif, professor de Economia Internacio-nal da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Fundação Getulio Vargas (FGV), também apoia o controle de capitais estrangeiros que entram no país, mas diz que o governo brasileiro perdeu o momento certo de se contrapor à guerra cambial. “Agora é tarde. O Brasil não pode fazer nada porque precisa desses capitais para financi-ar o déficit em transações correntes”, declara. As transações correntes representam a soma do saldo da balança comercial, das importações e exportações de serviços e as remessas de lucros, juros e dividendos ao exterior. Em janeiro, o défi-cit nessa conta acumulado em 12 meses atingiu US$ 54,1 bilhões (2,17% do Produto Interno Bru-to). Para financiar esse rombo, o país depende da entrada de capitais financeiros. Segundo Nassif, o governo deveria ter restringido o ingresso de capital estrangeiro antes de o real começar a se sobrevalorizar, em 2004. “A equipe econômica teve uma nova oportunidade no início de 2010, quando o real se desvalorizou [depois da quebra do Lehman Brothers]. Agora, o Brasil terá de esperar a próxima crise para o dólar subir e o governo poder limitar a entrada de capital.”

Fonte: Agência Brasil, em Brasília

Mais recente tentativa do Brasil em lidar com a cha-mada “guerra cambial”, o reajuste do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) cobrado na entrada de capitais estrangeiros é considerado um paliativo por diversos economistas. Para professores de econo-mia ouvidos pela Agência Brasil, o controle direto sobre a entrada de capitais especulativos no país seria a melhor ação para conter a valorização do real. Os especialistas divergem em relação ao momento em que a medida deveria ter se iniciado. Eles ressal-tam, no entanto, que o controle de capitais é mais eficaz do que a redução dos juros ou a taxação de operações cambiais para que o Brasil possa fazer frente aos países desenvolvidos, que, na avaliação do governo brasileiro, ameaçam a competitividade dos países emergentes com medidas de política monetária. Nos últimos dois anos, bancos centrais de economi-as avançadas têm injetado dinheiro no mercado para combater a crise global. O exemplo mais recen-te foi a liberação de 529 bilhões de euros pelo Ban-co Central Europeu (BCE), que emprestou a quantia a 800 bancos do continente com juros próximos de zero. Foi a segunda operação em pouco mais de dois meses. Em dezembro de 2011, o BCE havia injetado mais 489 bilhões de euros. Essas ações estimulam as economias locais, mas resultam na desvalorização artificial das moedas dos países desenvolvidos. Os países emergentes veem a cotação do dólar e do euro caírem e têm as expor-tações cada vez mais prejudicadas, enquanto as importações ganham incentivo. Professor titular de Economia Internacional da Uni-versidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Reinal-do Gonçalves acredita que o controle de capitais é a solução mais eficiente para conter a valorização do real. “Do mesmo jeito que o único remédio para a obesidade é fechar a boca, a única medida eficaz

Page 5: Boletim Informativo Projeção

Antes de visitar a Síria, Annan diz que intervenção pode piorar a situação

P Á G I N A 5 A N O I — V O L U M E I

Síria, oficialmente República

Árabe da Síria, é um país árabe

no Sudoeste Asiático, e faz

fronteira com o Líbano e o Mar

Mediterrâneo a oeste, Israel no

sudoeste, Jordânia no sul, Ira-

que a leste, e Turquia no norte.

O nome Síria, antigamente

compreendia toda a região do

Levante, enquanto atualmente

abrange os locais de antigos

reinos e impérios, incluindo as

civilizações de Ebla do III mi-

lênio a.C. Na era islâmica, sua

capital, Damasco, foi a capital

do Império Omíada e a capital

Você sabia?

O ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan, nomeado na semana passada enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, manifestou preocu-pação nesta quinta-feira (8) com uma possível inter-venção estrangeira no país árabe. No Cairo, capital do Egito, sede da Liga Árabe, de onde partirá para Da-masco, Annan conversou com repórteres e afirmou que sua prioridade é “fazer todo o possível para pres-sionar pelo cessação das hosti-lidades e pelo fim da matança e da violência”. Para Annan, como conta a Reuters, esse objetivo não será alcançado se a Síria for atacada.

“Espero que ninguém es-teja pensando seriamente em usar a força nesta si-tuação. Acredito que qualquer militarização a mais vai piorar a situa-ção.”

Ainda segundo a Reuters, Annan afirmou que a “solução definitiva” só pode ser um “acerto político”. Assim, disse o político ganês, ele vai “instar o governo e todo o grande espectro da oposição a se juntar para trabalhar” por uma solução que “vai respeitar as aspi-rações do povo sírio”. O levante contra o governo do ditador Bashar al-Assad completa um ano neste mês de março e, segundo a ONU, pelo menos 7,5 mil pes-soas foram mortas desde então. Nesta quinta-feira, quem está na Síria é a britânica Valerie Amos, sub-secretária-geral da ONU para As-suntos Humanitários. Ela visitou Damasco e, sob es-colta das forças de Assad, visitou a cidade de Homs, um dos bastiões da oposição. Ela visitou o bairro de Baba Amr, duramente castigado por bombardeios das forças regulares, e manifestou à Reuters muita preo-cupação com o que viu.

“Fiquei devastada pelo que vi ontem em Baba Amr”, disse Amos após deixar um encontro com ministros em Damasco. “A devastação lá é significativa, aquela parte de Homs está completamente des-truída e eu estou preocupada em saber o que houve com as pessoas que vivem

naquela parte da cidade”. Tanto Amos quanto Annan tenta-rão fazer com que o governo sírio aceite, ao menos, a entrada de grupos de ajuda humanitária no país com alimentos e medicamen-tos para as vítimas dos conflitos. Atualmente, a ONU prepara esto-ques de comida para alimentar 1,5 milhão de pessoas durante 90 dias. A Síria resiste a permitir a entrada de agências internacio-nais por temer que as questões humanitárias sejam usadas como justificativa para uma intervenção militar.

Apesar das tentativas da ONU, é crescente a ten-dência, dentro e fora da Síria, de defender ataques contra o regime de Assad. Nos Estados Unidos, os militares já passaram a discutir detalhes de como ocorreria uma intervenção. E analistas e ativistas sírios duvidam das intenções de Assad ao receber gente como Amos e Annan. Ao jornal The Guardian, Rime Allaf, pesquisador da Chatham House, um centro de análises políticas do Reino Unido, mani-festou essa preocupação.

“Os revolucionários estão certos ao dizer que qualquer iniciativa diplomática é mera-mente dar ao regime muito mais tempo para fazer seu trabalho sujo, que é esmagar a revolução de uma formam muito violenta…Não é nada mais do que uma perda de tem-po.”

provincial do

Império Ma-

meluco. Da-

masco é larga-

mente reco-

nhecida como uma das cidades

mais antigas continuadamente

habitadas do mundo.

Page 6: Boletim Informativo Projeção

Nova política de privacidade põe Google e UE em rota de colisão

Sobre o Informativo:

A empresa de internet Google adotou nesta quinta-feira uma nova política de privacidade apesar dos alertas da União Europeia de que a companhia possa estar violando leis euro-peias. Com a nova política, dados coletados pelo serviço de buscas da Google podem ser com-partilhadas com outras plataformas do grupo, como YouTube, Gmail e Blogger. Na práti-ca, mais de 60 políticas de privacidade de diferentes sites do Google serão unificadas em uma só. A Google disse que as novas mudanças podem produzir resultados de busca melhores para os usuários que levam em consideração o seu histórico de buscas. Já a União Europeia anunciou que pretende investigar a nova política de privaci-dade da empresa.

Agência da ONU tem "sérias preocupações" com ativi-dade nuclear do Irã

O Irã triplicou sua produção mensal de enriquecimento de urânio de grau elevado e a agência nuclear da Organização das Nações Unidas tem "sérias preocupações" com as possíveis dimensões militares às atividades atômicas de Teerã, disse o chefe da agência nesta segunda-feira. Yukiya Amano, diretor-geral da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), falou ainda ao conselho diretor de 35 países do órgão sobre a falta de progresso em duas rodadas de negociações entre a AIEA e Teerã este ano. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, devem se encontrar em Washington para discutir sobre o Irã, profundamente em desacordo sobre o momento para uma possível ação militar de último caso contra o programa nuclear iraniano.

Embora Obama tenha dado garantias da determinação firme norte-americana contra o Irã antes do encontro na Casa Branca, os dois aliados ainda estão muito distantes no que diz respeito às "linhas vermelhas" nucleares explícitas que Teerã não poderá cruzar. O Irã nega as acusações de que está acobertando a busca por capacidade de produzir armas nucleares, em parte por meio da coordenação dos esforços para processar urânio, teste de altos explosivos e renovação de um cone de míssil balístico para acomodar uma ogiva nuclear. Mas sua recusa em reduzir o trabalho atômico que pode ter aplicações tanto civis quanto militares atraiu sanções cada vez mais severas da ONU e de países ocidentais contra o produtor de petróleo.

Curta:

Coordenador da Escola de Ciências Jurídicas e Sociais: Pierre Tramontini

Coordenador da Escola de Negócios: Carlos José Rodrigues da Silva

Núcleo da Prova Institucional: Luiza Cristina de Castro Faria

Márcio Morais de Sousa

Dúvidas, sugestões e críticas: [email protected]