boletim informativo pet dezembro
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DESAFIO VERDE: ENGENHARIA E SUSTENTABILIDADE
MUDE O MUNDO!
“ Pequenas ações indivi-
duais são as maiores for-
mas transformadoras que
se conhece. Ter uma ati-
tude consciente em rela-
ção aos nossos hábitos
de consumo é a melhor e
talvez única maneira de
se mudar o mundo.”
(Autor Desconhecido)
Nesta edição
Produtos Biodegra-
dáveis
Tecnologias limpas
Planos de gestão
que visam a susten-
tabilidade
Empresa e Susten-
tabilidade
Novos conceitos e novas ne-
cessidades desafiam a Engenha-
ria Química neste século XXI. A
sustentabilidade ambiental ganha
relevância no processo produtivo,
uma vez que não é mais possível pensar no uso dos recur-
sos naturais sem levar em conta o impacto ambiental. Mas
isso não significa que os processos clássicos da engenharia
química serão descartados no futuro, pelo contrário, o desa-
fio, nesse campo, é que haja uma mútua interação.
Dezembro de 2013
Ser renovável e sustentável se tornou um lema corporativo. Esse comportamento se insere
no contexto de uma legislação cada vez mais exigente, do desenvolvi-
mento de políticas econômicas, de outras medidas destinadas a esti-
mular a proteção ao meio ambiente e uma crescente preocupação das
partes interessadas em relação às questões ambientais e à sustentabi-
lidade. Sendo assim, as empresas têm buscado nos últimos anos criar
produtos amigáveis ao meio-ambiente, pois a maioria dos que se utili-
zam, aparentemente inofensivos, polui o planeta, por possuírem resí-
duos de petróleo e outros produtos químicos prejudiciais a comunidade em geral.
Diante da perspectiva que as práticas sustentáveis garantem ,de certa forma, condições de
competitividade e oportunidades é que surgem os chamados produtos biodegradáveis. O propósito
e definição dos mesmos é a decomposição mais rápida na natureza, constituídos por compostos
orgânicos, no qual fazem com que os agentes biológicos naturais facilitem sua degradação, evitan-
do a contaminação do solo, dos rios, do ar. São caracterizados por selos com certificação ambien-
tal, sendo bem abrangentes e possibilitando muitas opções para quem quer viver uma vida de qua-
lidade respeitando o meio natural onde se vive.
Conheça algumas empresas que se engajaram nessa prática de sustentabilidade, substituin-
do/modificando seus respectivos produtos tradicionais por outros de caráter biodegradável:
Braskem: Polietileno Verde
Bioecológico Comércio de Embalagens : Sacola Biodegradável
Cassiopéia : linha Biowash
PRODUTOS BIODEGRADÁVEIS
A Braskem com atuação no setor químico e petroquími-
co, e tendo sido fundada no ano de 2002, a empresa brasileira
Braskem se destaca no cenário global como a maior produtora
de resinas termoplásticas das Américas. Sua produção é foca-
da nas resinas termoplásticas polietileno (PE), polipropileno
(PP) e policloreto de vinila (PVC), além de insumos básicos.
Juntos, compõem um dos portfólios mais complexos do mercado, ao incluir também produtos
diferenciados produzidos a partir de matérias-primas renováveis. Dentre esses produtos, surgiu
em 2007 o polietileno verde I'm greenTM
, um plástico produzido a partir do etanol de cana-de-
açúcar, contrastando com os tradicionais que utilizam matérias-primas de fonte fóssil, como pe-
tróleo ou gás natural. O polietileno verde I'm greenTM
mantém as mesmas propriedades, desem-
penho e versatilidade de aplicações dos polietilenos tradicionais, o que facilita seu uso imediato
na cadeia produtiva do plástico. Além disso, o polietileno verde I'm greenTM
captura e fixa CO2
da atmosfera durante sua produção, reduzindo a emissão de gases do efeito estufa; por não ser
degradável, mas reciclável, o CO2 capturado permanece fixado durante todo o ciclo de vida do
plástico. Diversas empresas comprometidas com a sustentabilidade já fazem o uso desse plásti-
co.
Fonte: Braskem
Processo de produção do Polietileno Verde
A Bioecológico Comércio de Embalagens é uma em-
presa comprometida com o meio ambiente que oferece produ-
tos com alta tecnologia, voltadas para o segmento de plásticos
biodegradáveis e ecológicos. Fundada na cidade de São Pau-
lo-SP, no ano de 2005, a Bioecólogico tem como produto prin-
cipal a Sacola Biodegradável®, que diferencia-se das demais
sacolas plásticas por utilizar a tecnologia Eco-One. Formado
por compostos orgânicos, a tecnologia Eco-One quando adici-
onada na cadeia do polímero do plástico, atrai micro-
organismos. Ao serem colocados em um ambiente microbiano
ativo, como nos aterros sanitários, os fungos e bactérias for-
marão colônias de decomposição, promovendo a biodegradação desse material. Em pouco tempo
esses plásticos se transformarão em húmus e CH4 (posteriormente convertido em CO2).
A Empresa Cassiopéia, localizada em Jarinu-SP foi fundada em março de 1981, por um ale-
mão visionário e idealista, Malte Weltzien, para produzir produtos de limpeza a base de Babosa ou
Aloe Vera. Em 1995, a Cassiopéia lançou a linha BioWash, composta pelo primeiro detergente pa-
ra louças e o multiuso para limpeza geral 100% natural, sem petroquímica, à base de óleos vege-
tais saponificados de fontes renováveis do nordeste do Brasil. Em 2005 a linha BioWash foi refor-
mulada, sendo certifica como natural pelo IBD (Instituto Biodinâmico) em 2007. Para José Luiz Fer-
reira, consultor de desevolvimento organizacional da Cassiopéia, “O grande caminho para a trans-
formação rumo à sustentabilidade passa principalmente pelas empresas e mercado. É neles que
as ideias viram realidade”.
Fonte: Sustentabilidade Sebrae
Fonte: Linha Biowash
Um processo químico tem como objetivo a transformação da matéria-prima selvagem em
produtos de maior valor agregado que possuam maiores utilidades à sociedade. A crescente
utilização de matérias-primas e de recursos naturais atingiu patamares alarmantes e representa
um constante cenário de risco atual tanto com relação ao consumo desenfreado destas como
para o destino de resíduos dos processos pelos quais são submetidos. Com base nisto, a otimi-
zação do uso desses recursos, bem como dos processos tornam-se fundamentais para a dimi-
nuição dos impactos ambientais. Estes possuem caráter incisivo em uma sociedade e, no sécu-
lo XXI a necessidade de tecnologias limpas para produção de energia promoveu uma grande
mobilização no âmbito acadêmico. Tornar processos eficientes do ponto de vista energético
passou a ser um objetivo comum a muitas indústrias preocupadas com a sustentabilidade.
Ações com um objetivo comum de transformar a matéria da melhor forma possível po-
dem ser enquadradas como formas de tecnologia limpa. Para o seu desenvolvimento , novos
processos ou ainda modificações em processos existentes são sugeridas. Diversas formas de
energia renovável são sugeridas para redução da utilização de combustíveis orgânicos ou de
origem limitada. A grande biodiversidade brasileira torna-o uma potência em energia limpa. E
isto pode ser explorado, visto que é um país no qual a incidência solar e de ventos está pre-
sente em praticamente o ano inteiro em grandes áreas, além de que a produção de álcool e
outras fontes de biodiesel podem ser aproveitadas. Do ponto de vista econômico, mesmo que
as energias renováveis necessitem de determinado investimento, podem tonar-se rentáveis,
além de representarem excelentes fontes de empregos.
Energias solar e eólica Ondas e Geotérmicas
Deseja-se que estas formas de energias sejam competitivas, mesmo que a longo prazo,
com as energias convencionais. Para a substituição dos derivados do petróleo, como gasolina
e diesel, é lançado mão de uma gama de energias alternativas que possam garantir sustenta-
bilidade energética, como por exemplo, a energia dos biocombustíveis, da biomassa, de célu-
las de combustível a energia solar, ou ainda, a energia eólica, das marés, geotérmica, das mini
hídricas, entre outras.
TECNOLOGIAS LIMPAS
Fonte: Departamento de Engenharia Química—Universidade de Coimbra
Considerando a importância ecológica e social
da Região Amazônica, a Petrobras, através da
Diretoria de Exploração e Produção (E&P) e da
Unidade de Negócios da Bacia do Solimões (UN-
BSOL), está elaborando o Plano Diretor da Unida-
de de Negócio da Bacia do Solimões, que tem co-
mo objetivo orientar a ocupação espacial, os pro-
cessos, as atividades, as operações, as tecnologi-
as, as pesquisas científicas e o próprio modelo de
gestão da exploração e produ-
ção de óleo e gás, buscando o
aprimoramento desta atividade
na Amazônia. A definição do
conjunto de Diretrizes de Sus-
tentabilidade, as quais orienta-
rão todas as ações do Plano
Diretor, constitui a primeira fa-
se de sua elaboração. Este do-
cumento apresenta a proposta
de um conjunto de diretrizes relacionadas à prote-
ção da biodiversidade, à eco-eficiência das ativi-
dades e operações, ao controle de contingências
e à interface social, econômica e cultural das ativi-
dades de exploração e produção de óleo e gás na
Amazônia, as quais incluem todo o suporte logísti-
co necessário, como transporte aéreo, terrestre e
fluvial, suprimento e infraestrutura.
Fonte: Petrobras
A gestão de resíduos da Unilever tem o ob-
jetivo principal de reduzir a geração de materi-
ais para destruição e envolver a cadeia de va-
lor em ações de melhoria na destinação e tra-
tamento. No Plano de Sustentabilidade, o te-
ma é foco de diversos compromissos e metas
da companhia. Até 2020, o total de resíduos
enviados para eliminação deve ser igual ou
inferior aos níveis de 2008, o que representa
80% de redução por tonelada
produzida e 70% de redução
absoluta na comparação com
1995. Isso exige um forte inves-
timento em tecnologias e pro-
cessos que gerem menos resí-
duos na produção e contem-
plem procedimentos estrutura-
dos nas diversas fases do ciclo
de vida do produto.
Em todas as operações de manufatura, a prio-
ridade em 2012 foi a melhoria na destinação,
com foco no objetivo de zerar os materiais en-
viados a aterros sanitários em algumas unida-
des. No final do período, quatro fábricas havi-
am atingido a marca: Goiânia, Vinhedo, Pouso
Alegre e Indaiatuba.
Fonte: Unilever
PLANOS DE GESTÃO QUE VISAM A SUSTENTABILIDADE
Para evoluir na estratégia de crescer com sustentabilidade, a Braskem conta com algumas iniciati-
vas onde ela está presente. Na Bahia, em São Paulo e no Rio de Janeiro, a empresa em parceria
com o Instituto Fábrica de Floresta criou um projeto com o objetivo de recuperar a Mata Atlântica
em Corredores Ecológicos nas regiões. Já na Estação Ambiental, localizada no cinturão verde do
Polo Petroquímico de Triunfo, no Rio Grande do Sul, são realizados monitoramentos da flora e da
fauna desde a década de 1980. O projeto aborda questões como cidadania, resíduos, água e biodi-
versidade. Um dos projetos mais famosos da empresa nesse segmento é a Estação Ambiental Cin-
turão Verde que é uma área de preservação localizada ao lado da unidade de Cloro Soda da Bras-
kem em Maceió, no estado de Alagoas. O cinturão verde é um criadouro conservacionista da fauna
silvestre brasileira e um dos parques reconhecidos pela Unesco como Posto Avançado da Reserva
da Biosfera da Mata Atlântica. Em sua última visita a empresa o grupo PET Engenharia Química
teve oportunidade de conhecer o projeto e se inteirar das atividades lá realizadas.
Grupo PET de Engenharia Química—UFCG em visita ao Cinturão Verde– Braskem, Maceió-AL.
EMPRESA E SUSTENTABILIDADE