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BOLETIM INFORMATIVO Nº 113

JURISPRUDÊNCIA DAS TURMAS RECURSAIS

RECURSOS CÍVEIS

SUMÁRIO

AÇÃO COMINATÓRIA – INDENIZAÇÃO – AGRESSÕES RECÍPROCAS – DANOS MORAIS AFASTADOS........................................................................................4

AÇÃO PENAL PRIVADA – INJÚRIA – PESSOA JURÍDICA......................................4

AÇÃO POSSESSÓRIA – REINTEGRAÇÃO DE POSSE...............................................4

ALTERAÇÃO DE POLO PASSIVO – LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO................5

ASSALTO À MÃO ARMADA DENTRO DE ÔNIBUS – FATO PREVISÍVEL – AUSÊNCIA DE CUIDADO OBJETIVO............................................................................5

CHEQUE PÓS-DATADO – CORREÇÃO MONETÁRIA..............................................6

CHEQUE SUSTADO – PROTESTO..................................................................................6

COBRANÇA DE COTAS CONDOMINIAIS – PRESCRIÇÃO VINTENÁRIA...........6

COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS – DÍVIDA DE CONDOMÍNIO........6

CONTRATO ASSINADO EM BRANCO – INVALIDADE – RESCISÃO CONTRATUAL....................................................................................................................7

COOPERATIVA DE CRÉDITO – ILEGITIMIDADE PARA POSTULAR NO JUIZADO ESPECIAL..........................................................................................................7

DANOS MATERIAIS E MORAIS – TÍTULO DE CRÉDITO – PROTESTO – MORA CONFIGURADA – ÔNUS DO DEVEDOR..........................................................7

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DANO MORAL – COBRANÇA DE TARIFAS BANCÁRIAS – CONTA SALÁRIO – INSCRIÇÃO INDEVIDA NO CADASTRO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO.............7

DANO MORAL – COPASA – SUSPENSÃO DE FORNECIMENTO DE ÁGUA........8

DANO MORAL – CORREÇÃO MONETÁRIA – TERMO “A QUO”..........................8

DANO MORAL – INCLUSÃO DO NOME DE FIADOR EM ÓRGÃO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO PRÉVIA..................8

DANO MORAL – PROTESTO DE DUPLICATA PAGA – ENDOSSO TRASLATIVO – “FACTORING”......................................................................................8

DANO MORAL – RECUSA DE TRANSPORTE.............................................................9

DANO MORAL – ROUBO EM ÔNIBUS – RESPONSABILIDADE DE EMPRESA DE TRANSPORTE – FATO DE TERCEIRO...................................................................9

DANO MORAL - ROUBO NA PORTARIA DE CLUBE RECREATIVO...................9

DANO MORAL – VALOR ARBITRADO AQUÉM DO NECESSÁRIO – QUANTIA MAJORADA.........................................................................................................................9

DANO MORAL – VENDA DE IMÓVEL – CONSTRIÇÃO JUDICIAL.....................10

DEFEITO DO PRODUTO – INEXISTÊNCIA DO VÍCIO OCULTO – MÁ-FÉ – RESCISÃO DE CONTRATO............................................................................................10

DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA DE IMOBILIÁRIA....................................................................................................................10

DESPEJO – RETOMADA PARA USO PRÓPRIO........................................................10

DEVER DE INFORMAR – NÃO DEMONSTRADO – PARCERIA – RESPONSABILIDADE CONCESSIONÁRIA DE TELEFONIA.................................11

DPVAT – LEI 11.482/2007.................................................................................................11

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – AUSÊNCIA DE EXAME DO CONTEÚDO DA SENTENÇA – OPOSIÇÃO MERAMENTE PROTELATÓRIA -MULTA.................11

EMBARGOS DO DEVEDOR – NOTA PROMISSÓRIA – RASURA NA DATA DE VENCIMENTO – LEI UNIFORME DE GENEBRA.....................................................11

ENERGIA ELÉTRICA USADA COMO INSUMO – INAPLICAÇÃO DO CDC – OBRIGAÇÃO “PROTER PERSONA”............................................................................12

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ENERGIA ELÉTRICA – VIOLAÇÃO DE MEDIDOR – ALTERAÇÃO DE CONSUMO DEMONSTRADA.........................................................................................12

EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO – PARCIALIDADE – JUIZ DE DIREITO – PROMOÇÃO PARA OUTRA COMARCA – PERDA DE OBJETO...........................13

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL – CHEQUE – DÍVIDA DE JOGO – REJEIÇÃO DE EMBARGOS...........................................................................................13

EXECUÇÃO – INTERPRETAÇÃO DO ART. 3º, § 1º, II, DA LEI 9.099/95...............14

EXPURGOS INFLACIONÁRIOS – LEGITIMIDADE PASSIVA DO BANCO DO BRASIL S/A – LITISPENDÊNCIA COM AÇÃO COLETIVA....................................14

FÉRIAS COLETIVAS – JUIZADOS ESPECIAIS – RECURSO INTEMPESTIVO................................................................................................................15

FURTO DE VEÍCULO COM SISTEMA FIAT CODE – MANUAL CLARO SOBRE SIMPLES REDUÇÃO DE RISCOS..................................................................................15

HONORÁRIOS DE CORRETAGEM – PROVA ORAL – COMISSÃO DEVIDA –VALOR FIXADO POR RAZOABILIDADE...................................................................15

INDENIZAÇÃO – CLONAGEM DE CARTÃO DE CRÉDITO – PAGAMENTO DA FATURA – RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRADORA...................................15

JUIZADO ESPECIAL – CERCEAMENTO DE DEFESA............................................16

RECURSO – SENTENÇA – CONFIRMAÇÃO PELOS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS...............................................................................................................16

PROMESSA DE COMPRA E VENDA – VAGAS DE GARAGEM – CONVENÇÃO DE CONDOMÍNIO............................................................................................................16

RESCISÃO ANTECIPADA DE CONTRATO DE ALUGUEL – MULTA ASSUMIDA POR FIADOR...............................................................................................16

REPARAÇÃO POR OFENSA MATERIAL E MORAL – ASSINATURA DE REVISTA.............................................................................................................................17

REQUERIMENTO DE PRODUÇÃO DE PROVA – PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA - VEDAÇÃO DE JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE......................17

SEGURO – EMBRIAGUEZ VOLUNTÁRIA DE CONDUTOR...................................17

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SEGURO DE VIDA COLETIVO – RELAÇÃO SECURITÁRIA – PRESCRIÇÃO – RELAÇÃO CONSUMERISTA.........................................................................................18

TELEFONIA – CONSUMIDOR – ÔNUS DA PROVA..................................................18

TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO – CAIXACAP DA SORTE – DESISTÊNCIA NO PERÍODO DE CARÊNCIA – CONTRATO DE ADESÃO............................................18

TRANSPORTE COLETIVO – IDOSO – GRATUIDADE – DANO MORAL.............18

AÇÃO COMINATÓRIA – INDENIZAÇÃO – AGRESSÕES RECÍPROCAS – DANOS MORAIS AFASTADOS

AÇÃO COMINATÓRIA CUMULADA COM PEDIDO DE INDENIZAÇÃO – AGRESSÕES RECÍPROCAS – DANOS MORAIS AFASTADOSNão prospera o pedido de indenização por danos morais quando demonstrado nos autos que as agressões foram recíprocas, não sendo possível aferir quem deu início às lesões. Rejeitada preliminar, nega-se provimento ao recurso. (1ª Turma Recursal de Betim – Rec. 027.08.171022-3 – Rel. Luciana Nardoni A. da Silva. J. 18/12/08)

AÇÃO PENAL PRIVADA – INJÚRIA – PESSOA JURÍDICA

AÇÃO PENAL PRIVADA – INJÚRIA – PESSOA JURÍDICA – IMPOSSIBILIDADE – OFENSA SENTIDA PELOS DIRETORES DA SOCIEDADE – POSSIBILIDADE DE CARACTERIZAÇÃO DE ILÍCITO CIVIL – SENTENÇA MANTIDA. (2ª Turma Recursal de Divinópolis – Rec. 0223.06.200787-5 – Rel. Aurelino Rocha Barbosa. J. 09/06/08)

AÇÃO POSSESSÓRIA – REINTEGRAÇÃO DE POSSE

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – AÇÃO POSSESSÓRIA – REINTEGRAÇÃO DE POSSE – ACORDO VERBAL DE SERVIDÃO DE PASSAGEM – POSSE NÃO CONFIGURADA – AUSÊNCIA DE PROTEÇÃO POSSESSOÓRIA – NÃO CARACTERIZAÇÃO DO ESBULHO – IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO.

1. Mesmo com a aplicação da pena de revelia e a assunção do acordo verbal de servidão de passagem, o simples fechamento da área de passagem pelo réu não importa em prática de esbulho possessório, já que a passagem particular usada por

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mera tolerância ou permissão não autoriza a proteção possessória, conforme o disposto no art. 1.208 do CC/2002;

2. A servidão deveria ter sido estabelecida a fim de facilitar, tornar mais útil ou cômoda a utilização da propriedade do autor, mas a prova testemunhal produzida corroborou o fato de que o imóvel do autor não se encontra encravado pelo réu e que existe outra área de acesso à sua propriedade, distante apenas 110 metros da discutida área de passagem, motivo pelo qual não há que se falar em esbulho ou perda do direito de exercício da posse pelo autor. (2ª Turma Recursal de Betim – Rec. 0027,07,126366-2 – Rel. Marco Aurélio Ferrara Marcolino. J. 20/09/07).

ALTERAÇÃO DE POLO PASSIVO – LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO

AÇÃO COMINATÓRIA – ALTERAÇÃO DO POLO PASSIVO DE OFÍCIO PELO JUIZ – PRELIMINAR DE OFENSA AO PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL E AO PRINCÍPIO DA INÉRCIA DA DEMANDA OU DA AÇÃO – AFASTADA – LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO – PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA – ACOLHIDA – VENDA DE VEÍCULO POR “GARAGEM” SEM TRANSFERÊNCIA PARA O NOVO PROPRIETÁRIO- INEXISTÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DA “GARAGEM” PELO PAGAMENTO DOS IMPOSTOS E TAXAS DO VEÍCULO EM ATRASO.A “garagem” que atua como intermediária da compra e venda de veículo, deve zelar pela regular transferência do mesmo ao novo proprietário, como ato final do negócio intermediado. Tal conclusão se justifica pelo risco da atividade desenvolvida (comercialização de veículos) e pela confiança depositada pelo consumidor, em negociações desta espécie, ao entregar a posse do veículo e o documento de transferência assinado sem indicação do comprador.Ainda que a empresa deixe de observar este ônus, não se torna proprietária do veículo, razão pela qual não pode ser condenada ao pagamento dos impostos e taxas, pois o sujeito passivo da obrigação tributária é o proprietário do veículo. (1ª Turma Recursal de Uberlândia – Rec. 0702.07.397146-8 – Rel. Yeda Monteiro Athias. J. 29/05/08)

ASSALTO À MÃO ARMADA DENTRO DE ÔNIBUS – FATO PREVISÍVEL – AUSÊNCIA DE CUIDADO OBJETIVO

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS – ASSALTO À MÃO ARMADA DENTRO DE ÔNIBUS – RESPONSABILIDADE DA EMPRESA TRANSPORTADORA – RESPONSABILIDADE OBJETIVA NÃO ILIDIDA POR CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR – FATO PREVISÍVEL NÃO ESTRANHO AO SERVIÇO DE TRANSPORTE – AUSÊNCIA DE CUIDADO OBJETIVO NECESSÁRIO VISANDO PREVENIR OU MINIMIZAR A POSSIBILIDADE DE ROUBO AO CONSUMIDOR, COMO P. EX. DOTANDO O ÔNIBUS COLETIVO DE CÂMERA DE VÍDEO, ETC. – SENTENÇA MANTIDA – RECURSO NÃO PROVIDO. (2ª Turma Recursal de Betim – Rec. 0027.08.153056-3 – Rel. Dirceu Walace Baroni. J. 08/05/08).

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CHEQUE PÓS-DATADO – CORREÇÃO MONETÁRIA

Inobstante tenha sido o cheque concebido, originalmente, como ordem de pagamento à vista, como consta do artigo 32 da Lei 7.357/85, a prática comercial gerou o denominado “cheque pós-datado”, emitido como promessa de pagamento futuro, com a espontânea concessão de prazo pelo credor, instituto este amplamente reconhecido pela jurisprudência pátria. Assim, nos cheques pós-datados, não se justifica a correção monetária da dívida consubstanciada no título e incidência dos juros de mora antes da data aprazada para a sua apresentação ao sacado, porquanto, até aquele momento, ainda não era plenamente exigível o crédito, conforme acertado entre as partes. (4ª Turma Recursal de Uberlândia – Rec. 0702.08.450102-3 – Rel. Maria Luíza Santana Assunção. J. 08/08/08)

CHEQUE SUSTADO – PROTESTO

CHEQUE SUSTADO – DESACORDO COMERCIAL – PROTESTO – LEGITIMIDADE PASSIVA DO BANCO QUE LEVA O TÍTULO INDEVIDAMENTE A PROTESTO – O BANCO QUE LEVA A PROTESTO CHEQUE SUSTADO SEM CERTIFICAR-SE DOS MOTIVOS DA CONTRA ORDEM RESPONDE PELA REPARAÇÃO DOS DANOS DECORRENTES DA NEGATIVAÇÃO INDEVIDA. (4ª Turma Recursal de Uberlândia – Rec. 0702.08.450118-9 – Rel. Maria Luíza Santana Assunção. J. 08/08/08)

COBRANÇA DE COTAS CONDOMINIAIS – PRESCRIÇÃO VINTENÁRIA

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – COBRANÇA DE COTAS CONDOMINIAIS – PRESCRIÇÃO – VINTENÁRIA. No que se refere à cobrança de cotas condominiais incide a prescrição vintenária, na medida em que se está diante de direitos pessoais e também porque à falta de norma específica sobre a matéria, deve incidir “in casu” a geral, prevista no art. 177 do CC/1916, com aplicação da regra de transição prevista no art. 2028, do atual Código Civil, o qual também no art. 205 reduziu o período prescricional para 10 anos. A Lei 4.591/64 regulou minuciosamente as questões relativas ao condomínio por unidades autônomas e se nada dispôs sobre a questionada prescrição é porque não se pretendeu excluir a aplicação da norma genérica. (2ª Turma Recursal de Betim – Rec. 0027.08.164051-1 – Rel. Dirceu Walace Baroni. J. 10/09/08).

COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS – DÍVIDA DE CONDOMÍNIO

COMPETÊNCIA – COBRANÇA DE DÍVIDA DE CONDOMÍNIO – EXCEÇÃO PREVISTA NA LEI 9099/95 – POSSIBILIDADE – RECURSO PROVIDO.Com expressa previsão legal disposta no artigo 3º, inciso II, da lei 9099/95, o Juizado Especial Cível é competente para julgamento de feito de cobrança de dívida de condomínio, independe do seu valor. (1ª Turma Recursal de Uberlândia – Rec. 431921-0 – Rel. Edison Magno de Macedo. J. 29/05/08)

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CONTRATO ASSINADO EM BRANCO – INVALIDADE – RESCISÃO CONTRATUAL

CONTRATO ASSINADO EM BRANCO – INVALIDADE – RESCISÃO CONTRATUAL – RETORNO DAS PARTES AO “STATUS QUO ANTE"

-O contrato não deve ser considerado válido, tendo em vista que foi assinado em branco, conforme comprovado através das provas produzidas nos autos e não respeitou a vontade da parte.-Considerando-se a rescisão do contrato, as partes deverão voltar ao estado em que se encontravam antes da transação.

(1ª Turma Recursal de Betim – Rec. 027.08.171022-3 – Rel. Simone Saraiva de Abreu Abras. J. 18/12/08)

COOPERATIVA DE CRÉDITO – ILEGITIMIDADE PARA POSTULAR NO JUIZADO ESPECIAL

COOPERATIVA DE CRÉDITO – AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE PARA POSTULAR NO JUIZADO ESPECIAL – EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO – SENTENÇA CONFIRMADA. (2ª Turma Recursal de Betim – Rec. 0027.08.163787-1 – Rel. Frederico Esteves Duarte Gonçalves. J. 10/09/08).

DANOS MATERIAIS E MORAIS – TÍTULO DE CRÉDITO – PROTESTO – MORA CONFIGURADA – ÔNUS DO DEVEDOR

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS – TÍTULO DE CRÉDITO – PROTESTO – MORA CONFIGURADA – CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO – ÔNUS DO DEVEDOR. Incumbe ao devedor que quita o título após o vencimento providenciar o cancelamento do protesto perante o Cartório, munido da carta de anuência do credor ou do próprio título quitado, nos termos do art. 26 da Lei nº 9492/97. Recurso a que se nega provimento. (Turma Recursal de Betim – Rec. 0027.07.140377-1 – Rel. Luciana Nardoni da Silva Fontenelle. J. 19/12/07)

DANO MORAL – COBRANÇA DE TARIFAS BANCÁRIAS – CONTA SALÁRIO – INSCRIÇÃO INDEVIDA NO CADASTRO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – INDENIZAÇÃO – DANO MORAL – COBRANÇA DE TARIFAS BANCÁRIAS – CONTA SALÁRIO – ILEGALIDADE – INSCRIÇÃO INDEVIDA NO CADASTRO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – VALOR DO QUANTUM INDENIZATÓRIO – NÃO INCIDÊNCIA DE IMPOSTO DE RENDA SOBRE O QUANTUM INDENIZATÓRIO.

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1. Em se tratando de conta salário, não é permitida a cobrança de nenhuma tarifa bancária, em decorrência da vedação contida na Resolução 2.718/00 do BACEN;2. A reparação moral deve sempre ser fixada de forma a atender à dupla finalidade do instituto, qual seja: punir de forma didática o ofensor e propiciar o ofendido meios de compensar a dor e o sofrimento experimentados, sem que isso implique seu enriquecimento indevido. E, estando a sentença combatida amparada nestes critérios, não há que se modificar o quantum ali arbitrado;3. O Superior Tribunal de Justiça já consolidou a impossibilidade de incidência do IR sobre as verbas da reparação de danos morais, exatamente pela sua natureza indenizatória, não havendo, pois, que se falar em rendimento tributável. (2ª Turma Recursal – Rec. 0027.08.153707-1 – Rel. Marco Aurélio Ferrara Marcolino. J. 08/05/08).

DANO MORAL – COPASA – SUSPENSÃO DE FORNECIMENTO DE ÁGUA

JUIZADO ESPECIAL – DANO MORAL – COPASA –FORNECIMENTO DE ÁGUA – SUSPENSÃO. O atraso injustificado do serviço de religação para fornecimento de água pela Copasa acarreta inegável dano moral. (1ª Turma Recursal de Betim – Rec. 027.08.165297-9 – Rel. Simone Torres Pedroso. J. 18/12/08)

DANO MORAL – CORREÇÃO MONETÁRIA – TERMO “A QUO”

JUIZADO ESPECIAL – DANO MORAL – CORREÇÃO MONETÁRIA – TERMO “A QUO” – A correção monetária, em se tratando de dano moral, deverá incidir a partir da data em que o valor é fixado e não do efetivo prejuízo, não incidindo, na espécie, o enunciado da Súmula 43 do STJ. (1ª Turma Recursal de Betim – Rec. 027.08.171022-3 – Rel. Simone Torres Pedroso. J. 18/12/08)

DANO MORAL – INCLUSÃO DO NOME DE FIADOR EM ÓRGÃO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO PRÉVIA

DANOS MORAIS – INCLUSÃO DO NOME DE FIADOR EM ÓRGÃO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO – AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO PRÉVIA – INOBSERVÂNCIA DO DISPOSTO NO ART. 43, §2º, DO CDC – RESPONSABILIDADE INDENIZATÓRIA CONFIGURADA.Ainda que a dívida esteja pendente de pagamento, a inscrição do nome do fiador, nos órgãos de proteção ao crédito, não precedida de notificação, se mostra irregular, ensejando indenização por danos morais, consoante posicionamento jurisprudencial reiterado. (1ª Turma Recursal de Uberlândia – Rec. 0702.08.422901-3 – Rel. Pedro Vivaldo de Souza Noleto. J. 27/05/08).

DANO MORAL – PROTESTO DE DUPLICATA PAGA – ENDOSSO TRASLATIVO - FACTORING

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AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – PROTESTO DE DUPLICATA PAGA – ENDOSSO TRANSLATIVO – RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DA EMPRESA DE “FACTORING” (4ª Turma Recursal de Uberlândia – Rec. 702.07.397106-2 – Rel. Fabiana da Cunha Pasqua. J. 21/11/08)

DANO MORAL – RECUSA DE TRANSPORTE

Indenização por Danos Morais. Má prestação de serviço. Indevida recusa de transporte. Constrangimento e descaso configurados. Negligência. Ocorrência de dano moral evidenciado. Indenização devida Sentença mantida. (4ª Turma Recursal de Uberlândia – Rec. 0702.08.496951-9 – Rel. Fabiana da Cunha Pasqua. J. 21/11/09).

DANO MORAL – ROUBO EM ÔNIBUS – RESPONSABILIDADE DE EMPRESA DE TRANSPORTE – FATO DE TERCEIRO

INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – ROUBO EM ÔNIBUS – AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE DA EMPRESA DE TRANSPORTE – FATO DE TERCEIRO – IMPROCEDÊNCIA – Do exame dos autos se constata a ausência de responsabilidade da ré para a ocorrência do evento danoso, diante da inevitabilidade do roubo, sendo certo que não houve falha na prestação do serviço contratado (referente a serviço de transporte) e sim fato de terceiro, conforme inclusive vêm decidindo nossos tribunais. Sentença confirmada. (4ª Turma Recursal de Uberlândia – Rec. 0702.08.450004-1 – Rel. Armando Ventura Júnior. J. 07/07/08)

DANO MORAL - ROUBO NA PORTARIA DE CLUBE RECREATIVO

ROUBO NA PORTARIA DE CLUBE RECREATIVO – INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS – IMPROCEDÊNCIA – No caso dos autos se constata a ausência de responsabilidade da ré para a ocorrência do evento danoso, diante da inevitabilidade de referido roubo, sendo certo que não houve falha na prestação do serviço contratado e sim fato de terceiro. Vale ressaltar que nossos tribunais têm decidido neste sentido, inclusive em casos de roubos a passageiros de ônibus, não imputando responsabilidade à empresa concessionária, diante da inevitabilidade do fato, sendo tal fato considerado fortuito, de força maior. Sentença confirmada. (4ª Turma Recursal de Uberlândia – Rec. 0702.08.449902-0 – Rel. Armando Ventura Júnior. J. 07/07/08)

DANO MORAL – VALOR ARBITRADO AQUÉM DO NECESSÁRIO – QUANTIA MAJORADA

DANO MORAL – CONFIGURADO – VALOR ARBITRADO AQUÉM DO NECESSÁRIO – CARÁTER PEDAGÓGICO DA CONDENAÇÃO NÃO OBSERVADO

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– QUANTIA MAJORADA – VALOR QUE NÃO CONSISTE EM MUDANÇA DE RIQUEZA DA AUTORA – JUROS MORATÓRIOS DE 1% COM O ADVENTO DO NOVO CÓDIGO CIVIL – RECURSO PROVIDO. ( 1ª Turma Recursal de Divinópolis – Rec. 0223.08.252432-1 – Rel. José Antônio Maciel. J. 04/08/08)

DANO MORAL – VENDA DE IMÓVEL – CONSTRIÇÃO JUDICIAL

Ação de indenização por danos materiais e morais – venda de imóvel posteriormente objeto de constrição judicial em sede de execução trabalhista – ausência de demonstração da prática de ação ou omissão capaz de redundar em ato ilícito – ausência do dever de indenizar – recurso improvido – sentença mantida. (2ª Turma Recursal de Divinópolis – Rec. 0223.08.260685-4 – Rel. Aurelino Rocha Barbosa. J. 15/12/08)

DEFEITO DO PRODUTO – INEXISTÊNCIA DO VÍCIO OCULTO – MÁ-FÉ – RESCISÃO DE CONTRATO

DEFEITO PRODUTO – CIÊNCIA DO RECORRENTE – INEXISTÊNCIA VÍCIO OCULTO – MÁ-FÉ DA RECORRIDA – NÃO CONFIGURADA – RESCISÃO DE CONTRATO – IMPROCEDÊNCIAO recorrente, no momento da celebração do contrato de compra e venda, tinha plena ciência dos defeitos existentes no produto, não podendo alegar a existência de vício oculto.O recorrente aceitou celebrar o contrato mesmo ciente de que o produto adquirido apresentava vários defeitos, não havendo que se falar em má-fé da recorrida.O contrato celebrado por livre e espontânea vontade das partes, sem qualquer vício, não deve ser rescindido. (1ª Turma Recursal de Betim – Rec. 027.08.171022-3 – Rel. Simone Saraiva de Abreu Abras. J. 18/12/08)

DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA DE IMOBILIÁRIA

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – AÇÃO DE NULIDADE CONTRATUAL C/C PERDAS E DANOS – PEDIDO DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA DA IMOBILIÁRIA COM INCLUSÃO DAS SÓCIAS-GERENTES QUE PARTICIPARAM DA COMPRA E VENDA – PROCEDÊNCIA – CONFIGURADO ABUSO DE DIREITO EM NEGOCIAÇÃO CUJO IMÓVEL NÃO PODE SER TRANSMITIDO POR VÍNCULO REAL ANTERIOR – DESVIO DE FINALIDADE DA SOCIEDADE – CONDENAÇÃO SOLIDÁRIA DAS SÓCIAS-GERENTES COM A EMPRESA – RECURSO PROVIDO. (2ª Turma Recursal de Betim – Rec. 0027.08.144756-0 – Rel. Dirceu Walace Baroni. J. 08/04/08)

DESPEJO – RETOMADA PARA USO PRÓPRIO

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JUIZADO ESPECIAL – DESPEJO – USO PRÓPRIO.Na retomada de imóvel para uso próprio presume-se a sinceridade do locador que a pleiteia, cabendo ao locatário elidi-la, nos termos do art. 333, II, do CPC. ( Turma Recursal de Betim – Rec. 0027.07.132370-6 – Rel. Simone Torres Pedroso. J. 28/09/07)

DEVER DE INFORMAR – NÃO DEMONSTRADO – PARCERIA – RESPONSABILIDADE CONCESSIONÁRIA DE TELEFONIA

DEVER DE INFORMAR – NÃO DEMONSTRADO – PARCERIA – RESPONSABILIDADE CONCESSIONÁRIA DE TELEFONIA – A ausência de comprovação do dever do prestador de serviço de informar ao consumidor sobre cláusula contratual, autoriza o cancelamento de cobrança de pulsos telefônicos em razão da parceria firmada entre a concessionária de serviços público e a prestadora de serviços de internet. (1ª Turma Recursal de Betim – Rec. 027.08.170100-8 – Rel. Simone Saraiva de Abreu Abras. J. 18/12/08)

DPVAT – LEI 11.482/2007

JESP Cível – Ação de Cobrança – Seguro Obrigatório (DPVAT) – Com a eficácia da nova Lei 11.482/2007, a indenização por seguro DPVAT passou a ser paga com base no valor vigente na época da ocorrência do sinistro (art. 5º, §1º, da Lei 6.194/74). Sentença mantida. (2ª Turma Recursal – Rec. 0027.08.164417-4 – Rel. Dirceu Walace Baroni. J. 10/09/08).

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – AUSÊNCIA DE EXAME DO CONTEÚDO DA SENTENÇA – OPOSIÇÃO MERAMENTE PROTELATÓRIA -MULTA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – ACÓRDÃO QUE ANULA PROCESSO A PARTIR DA SENTENÇA – AUSÊNCIA DE EXAME DO CONTEÚDO DA SENTENÇA DE PRIMEIRO GRAU – INEQUÍVOCA INEXISTÊNCIA DE QUAISQUER DAS HIPÓTESES QUE JUSTIFICAM O SEU CABIMENTO – OPOSIÇÃO MANIFESTAMENTE PROTELATÓRIA – APLICAÇÃO DE MULTA – Anulado o processo a partir da primeira sentença, não se ressente o acórdão de qualquer obscuridade, contradição ou omissão acerca dos pontos que se pede a integração, porquanto não ocorreu a apreciação de nenhuma daquelas questões. A oposição de embargos manifestamente destituídos de qualquer viabilidade, em desatenção ao conteúdo do julgado, resulta em conduta protelatória e sujeita o embargante ao pagamento de multa de 1% sobre o valor da causa (CPC, art. 538, § único), a ser revertida em prol da embargada. (2ª Turma Recursal de Uberlândia – Rec. 0702.08.535851-4 – Rel. César Aparecido de Oliveira. J. 17/12/08).

EMBARGOS DO DEVEDOR – NOTA PROMISSÓRIA – RASURA NA DATA DE VENCIMENTO – LEI UNIFORME DE GENEBRA

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EMBARGOS DO DEVEDOR – NOTA PROMISSÓRIA – RASURA NA DATA NUMÉRICA DE VENCIMENTO – DIVERGÊNCIA QUE SE RESOLVE PELA ADOÇÃO DA DATA DE VENCIMENTO ESCRITA – CIRCUNSTÂNCIA QUE NÃO SUBTRAI DO TÍTULO A CERTEZA – POSSIBILIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO PELO CREDOR DE BOA FÉ – CAUSA QUE AINDA NÃO SE ENCONTRA MADURA PARA JULGAMENTO DA MATÉRIA DE FUNDO – IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DO ARTIGO 515, PARÁGRAFO 3º, DO CPC. Ressentindo o título executivo de duas datas divergentes, deve-se, por analogia, aplicar-se o art. 6º da Lei Uniforme, prevalecendo a data escrita por extenso, não sendo devida a desconstituição de nota promissária. A data de vencimento não se revela como requisito essencial à validade da nota promissória, podendo haver sua complementação quando da cobrança a ser efetuada ou do protesto. Se o Recorrido chegou a postular a produção de provas e o Recorrente fulcrou o pedido de julgamento de procedência dos embargos por ausência de substrato probatório, verifica-se que a causa ainda não encontra-se madura para apreciação do mérito, consoante o disposto no artigo 515, parágrafo 3º, do CPC. (2º Turma Recursal de Uberlândia – Rec. 0702.08.535850-6 – Rel. César Aparecido de Oliveira. J. 19/11/08).

ENERGIA ELÉTRICA USADA COMO INSUMO – INAPLICAÇÃO DO CDC – OBRIGAÇÃO “PROTER PERSONA”

FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA – INAPLICAÇÃO CDC – ENERGIA UTILIZADA COMO INSUMO NA ATIVIDADE DE LOCAÇÃO – OBRIGAÇÃO “PROPTER PERSONA” – RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO DO DÉBITO DO CONTRATANTE DOS SERVIÇOS E NÃO DO PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL – O FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA NÃO PODE SER CONDICIONADO AO PAGAMENTO DE DÉBITOS PRETÉRITOS – DANOS MATERIAIS E LUCROS CESSANTES – INEXISTÊNCIA DE PROVAS E MÁ-FÉ – INDEFERIMENTO – RECURSO IMPROVIDO – SENTENÇA MANTIDA1) Não se aplica o CDC àqueles que utilizam o serviço de fornecimento de energia elétrica como insumo em atividade lucrativa, mas precisamente, na atividade de locação;2) A obrigação derivada do fornecimento de energia elétrica é propter persona e não propter rem, isto é, está ligado ao contrato de adesão, sendo o consumidor que figura na fatura, e não necessariamente o dono do imóvel, o responsável pelo adimplemento da obrigação;3) O fornecimento de energia elétrica, serviço essencial, não pode ser interrompido em razão da existência de débitos pretéritos, atinentes ao locatário e contratante das obrigações;4)Inexistindo prova dos danos e dos lucros cessantes, bem como, inexistindo prova da má-fé da fornecedora dos serviços, não há que se falar em indenização por danos, pertencendo ao autor o “onus probandi”;(3ª Turma Recursal de Uberlândia – Rec. 0702.08.450128-8 – Rel. Édila Moreira Manosso. J. 27/08/08)

ENERGIA ELÉTRICA – VIOLAÇÃO DE MEDIDOR – ALTERAÇÃO DE CONSUMO DEMONSTRADA

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AÇÃO DECLARATÓRIA – DANO MORAL E MATERIAL NÃO COMPROVADOS – ENERGIA ELÉTRICA – VIOLAÇÃO DE MEDIDOR – ALTERAÇÃO DE CONSUMO DEMONSTRADA – NULIDADE DE DÉBITO DE NOTA FISCAL DE CONSUMO DE ENERGIA – LANÇAMENTO DE DÉBITO A MAIOR SEM OBSERVÂNCIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL – NULIDADE DECLARADA. Inicialmente, é certo consignar que o fornecimento de energia elétrica é serviço de natureza essencial, consoante prescreve o texto do artigo 22, do Código de Defesa do Consumidor, pelo que, é cediço que as empresas concessionárias são obrigadas a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, no caso de essenciais, contínuos, como também prevê o conteúdo soberano inscrito no texto do artigo 175 da Constituição da República de 1988. Observa-se, porém, que os funcionários da Cemig não estiveram na propriedade do consumidor com a intenção inicial de vistoriar o medidor de energia elétrica em razão da suspeita de alguma irregularidade, mas sim, com a intenção de promover a imediata correção das irregularidades supostamente existentes no consumo de sua energia elétrica, deixando, desta forma, de notificar previamente o autor, bem como de chamá-lo para acompanhar o procedimento administrativo, tendo sido chamado somente após a constatação das alegadas irregularidades, isto é, quando a Polícia Militar já o esperava para prendê-lo. Constata-se, portanto, a desarrazoabilidade dos critérios utilizados pela Cemig para a apuração das supostas irregularidades, uma vez que não foi oportunizada a prévia notificação do consumidor, bem como o acompanhamento de todo o procedimento, violando, consequentemente, o princípio do devido processo legal. NEGADO PROVIMENTO AO PRIMEIRO RECURSO – SEGUNDO RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO – CONDENAÇÃO DOS RECORRENTES EM CUSTAS, TAXAS E HONORÁRIOS. (2ª Turma Recursal de Uberlândia – Rec. 0702.08.449978-0 – Rel. José Luiz de Mora Faleiros. J. 30/06/08)

EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO – PARCIALIDADE – JUIZ DE DIREITO – PROMOÇÃO PARA OUTRA COMARCA – PERDA DE OBJETO

EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO – PARCIALIDADE – JUIZ DE DIREITO – PROMOÇÃO PARA OUTRA COMARCA – PERDA DO OBJETO. 1. A promoção do Juiz de Direito do Juizado Especial para outra Comarca, torna sem objeto a exceção de suspeição aforada em razão de suposta parcialidade na condução do processo principal. 2. Exceção extinta sem resolução do mérito. (3ª Turma Recursal de Uberlândia – Rec. 0702.08.535898-5 – Rel. Walner Barbosa Milward de Azevedo. J. 03/12/08).

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL – CHEQUE – DÍVIDA DE JOGO – REJEIÇÃO DE EMBARGOS

EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL – CHEQUE – ALEGAÇÃO DE SER DÍVIDA DE JOGO NÃO COMPROVADA – REJEIÇÃO DOS EMBARGOS – Tratando-se de execução de um cheque, tendo o executado/embargante alegado que referido débito se refere a dívida de jogo, que não pode ser executada, a comprovação de tal fato lhe

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competia. Não restando comprovada tal afirmativa, nem sendo alegado cerceamento de defesa para tal, deve a sentença ser confirmada. Contudo, deve ocorrer um pequeno ajuste. É que, em face do trâmite processual tecnicamente correto seria a improcedência dos embargos e não sua rejeição. Assim, de ofício, a decisão monocrática foi reformada para este pequeno ajuste. (4ª Turma Recursal de Uberlândia – Rec. 0702.08.450001-7 – Rel. Armando Ventura Júnior. J. 07/07/08)

EXECUÇÃO – INTERPRETAÇÃO DO ART. 3º, § 1º, II, DA LEI 9099/95

EXECUÇÃO – COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL – INTERPRETAÇÃO LÓGICA DO ART. 3º, § 1º, II, DA LEI Nº 9099/95. Em se tratando de execução de multa contratual, que não excede a quarenta salários mínimos, o fato de o valor total do contrato ultrapassar o limite de alçada, não afasta a competência do Juizado Especial. (1ª Turma Recursal de Uberlândia – Rec. 0702.08.431813-9 – Rel. Yeda Monteiro Athias. J. 26/06/08)

EXPURGOS INFLACIONÁRIOS – LEGITIMIDADE PASSIVA DO BANCO DO BRASIL S/A – LITISPENDÊNCIA COM AÇÃO COLETIVA

AÇÃO DE COBRANÇA – EXPURGOS INFLACIONÁRIOS – PLANO VERÃO – COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL – LEGITIMIDADE PASSIVA DO BANCO DO BRASIL S/A – LITISPENDÊNCIA COM AÇÃO COLETIVA – INEXISTÊNCIA – SENTENÇA QUE NÃO SE AFIGURA “EXTRA PETITA” – APLICAÇÃO DE ÍNDICES DIVERSOS DO REAL – DIFERENÇA DEVIDA. Competente o Juizado, uma vez desnecessária a produção de prova pericial, eis que cinge o pedido em aplicar os índices corretos de correção monetária nas contas poupança, para apuração as diferenças, demandando apenas a análise dos extratos das contas, e, posteriormente, a elaboração de cálculo aritmético. A legitimidade passiva do Banco do Brasil decorre de ter figurado como depositário dos valores mantidos pelo Recorrido em sua conta poupança. Assim, a relação contratual foi estabelecida entre as partes litigantes, sendo certo que o Recorrente geriu os valores aplicados na conta poupança. Não existe litispendência desta ação com a ação coletiva para defesa dos interesses individuais e homogêneos proposta pelo IDEC – Instituto de Defesa do Consumidor. A propositura da ação coletiva não retira do Autor/Recorrido o direito à prestação jurisdicional, salvo se expressamente optar por aguardar o resultado daquela prova que não foi aportada ao processado. A sentença não é “extra petita”, tendo em vista que o pedido contemplou o período de janeiro e fevereiro de 1989, ou seja, o Plano Verão, mas merece reforma quanto ao mencionado Plano Verão de fevereiro de 1989 no percentual de 10,14%, por falta de amparo legal. Mister esclarecer que o percentual de atualização é apenas 22,36%, relativo à legislação de janeiro, que deveria ter sido aplicado em fevereiro de 1989. (2ª Turma Recursal de Uberlândia – Rec. 0702.08.497089-7 – Rel. César Aparecido de Oliveira. J. 19/11/08).

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FÉRIAS COLETIVAS – JUIZADOS ESPECIAIS – RECURSO INTEMPESTIVO

JUIZADO ESPECIAL – RECURSO INTEMPESTIVO – NÃO CONHECIDOExtintas as férias coletivas do Judiciário de 1º e 2º Graus de Jurisdição, não se aplica a regra do art. 176 do CPC, mormente porque o recesso de fim de ano tem natureza de feriado, assim previsto na Lei Estadual de Organização Judiciária. (3ª Turma Recursal de Uberlândia – Rec. 0702.08.431774-3 – Rel. Maria Elisa Taglialegna. J. 27/08/08)

FURTO DE VEÍCULO COM SISTEMA FIAT CODE – MANUAL CLARO SOBRE SIMPLES REDUÇÃO DE RISCOS

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – FURTO DE VEÍCULO COM SISTEMA FIAT CODE – MANUAL DA MONTADORA ESCLARECENDO QUE O DISPOSITIVO MINIMIZA TAIS RISCOS, MAS NÃO INIBE TOTALMENTE – AUSÊNCIA DE VIOLAÇÃO AO CDC – INDENIZAÇÃO DENEGADA – SENTENÇA MANTIDA. (2ª Turma Recursal de Betim – Rec. 0027.08.164145-1 – Rel. Dirceu Walace Baroni. J. 10/09/08).

HONORÁRIOS DE CORRETAGEM – PROVA ORAL – COMISSÃO DEVIDA –VALOR FIXADO POR RAZOABILIDADE

AÇÃO DE COBRANÇA DE HONORÁRIOS DE CORRETAGEM – CONTRATO ESCRITO – DESNECESSIDADE – PROVA ORAL – COMISSÃO DEVIDA – VALOR FIXADO POR CRITÉRIO DE RAZOABILIDADE – RECURSO PROVIDO.A Lei nº 6.530/78 regula a atividade de corretagem imobiliária e não há disposição que exija contrato escrito para validade do negócio jurídico. A comissão de corretagem pleiteada na inicial é devida sobre a transação imobiliária noticiada, uma vez ter havido concretização do negócio em decorrência de aproximação das partes interessadas e informações bilaterais indispensáveis a respeito dos bens envolvidos, por conduta pró-ativa dos Recorrentes, devidamente comprovada pelas provas orais colhidas.A despeito da existência de tabela emanada de entidade de classe, com fulcro no artigo 335 do CPC, o percentual da corretagem deve ser fixado sobre 5% (cinco por cento) do valor da venda, já que tal percentual é o que ordinariamente é aplicado em negócios que tais. Recurso conhecido e provido. (3ª Turma Recursal de Uberlândia – Rec. 0702.06.316650-9 – Rel. Maria Elisa Taglialegna. J. 27/08/08)

INDENIZAÇÃO – CLONAGEM DE CARTÃO DE CRÉDITO – PAGAMENTO DA FATURA – RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRADORA

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO – RESPONSABILIDADE CIVIL – CLONAGEM – CARTÃO DE CRÉDITO – PAGAMENTO DA FATURA – MÁ PRESTAÇÃO E SEGURANÇA DE SERVIÇOS – RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA E OBJETIVA

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DA ADMINISTRADORA – DANOS MATERIAIS E MORAIS CARACTERIZADOS – MANUTENÇÃO DA SENTENÇA – RECURSO NÃO PROVIDO.Operadora de cartão de crédito que fornece serviços defeituosos, responde pelos danos causados ao consumidor. (Turma Recursal de Itajubá – Rec. 067279-7/08 – Rel. Selmo Sila de Souza. J. 27/11/08)

JUIZADO ESPECIAL – CERCEAMENTO DE DEFESA

JUIZADO ESPECIAL – CERCEAMENTO DE DEFESA CONFIGURADO. SENTENÇA CASSADA. Cerceado o direito de defesa da Recorrente, marcado como cláusula pétrea pela Constituição Federal, a nulidade do processo, a partir da audiência de instrução e julgamento com cassação da sentença proferida é imperativo que se impõe. (1ª Turma Recursal de Betim – Rec. 027.08.171022-3 – Rel. Simone Torres Pedroso. J. 18/12/08)

PROMESSA DE COMPRA E VENDA – VAGAS DE GARAGEM – CONVENÇÃO DE CONDOMÍNIO

PROMESSA DE COMPRA E VENDA – VAGAS DE GARAGEM – PREVALÊNCIA DA CONVENÇÃO DE CONDOMÍNIO – INTERESSE DOS CONDÔMINOS – INADIMPLEMENTO CONTRATUAL – PERDAS E DANOS.− No que tange ao oferecimento de número de vagas de garagem em edifícios residenciais

prevalece o disposto na convenção de condomínio, nos termos do art. 9º, § 3º, a da Lei 4.591/64, em contraposição ao ajustado em contrato de promessa de compra e venda.Ocorrendo inadimplemento contratual parcial no contrato de promessa de compra e venda impõe-se o pagamento de indenização por perdas e danos, conforme disposto no art. 389 do Código Civil. (9ª Turma Recursal de Belo Horizonte – Rec. 0024.07.674870-6 – Rel. Lílian Maciel Santos. J. 02/10/07).

RECURSO – SENTENÇA – CONFIRMAÇÃO PELOS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS

RECURSO – SENTENÇA CONFIRMAÇÃO PELOS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS – POSSIBILIDADE – JUIZADO ESPECIAL CÍVEL – ART. 46 DA LEI Nº 9.099/95. O acórdão que confirmar a sentença pelos próprios fundamentos servirá como Súmula de julgamento, sem necessidade de novo conteúdo decisório. Correta foi a apreciação do conjunto probatório pelo decisor monocrático, não merecendo reparos nesta instância, impondo tão-somente sua confirmação. Decisão monocrática mantida. Nego provimento ao recurso. (2ª Turma Recursal de Betim – Rec. 0027.08.153762-6 – Rel. Gilson Soares Lemes. J. 08/05/08).

RESCISÃO ANTECIPADA DE CONTRATO DE ALUGUEL – MULTA ASSUMIDA POR FIADOR

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RESCISÃO ANTECIPADA DE CONTRATO DE ALUGUEL – LIBERAÇÃO DA MULTA CORRESPONDENTE – ACORDO NO QUAL A FIADORA ASSUME A MULTA DO LOCADOR PERANTE A IMOBILIÁRIA – AUSÊNCIA DE PROVA DO VÍCIO DE EMISSÃO DE VONTADE – VALIDADE DOS CHEQUES DADOS EM PAGAMENTO. Havendo a rescisão antecipada do contrato de locação, quem deu causa à ela deverá arcar com as despesas correspondentes. Tendo a fiadora realizado acordo no qual assumiu o compromisso de pagar a multa à imobiliária, pela rescisão do contrato de administração do bem, e não sendo provado qualquer vício de emissão de vontade, os cheques por ela emitidos são válidos. (4ª Turma Recursal de Uberlândia – Rec. 0702.08.431895-6 – Rel. João Elias da Silveira. J. 02/06/08).

REPARAÇÃO POR OFENSA MATERIAL E MORAL – ASSINATURA DE REVISTA

AÇÃO DE REPARAÇÃO POR OFENSA DE NATUREZA MATERIAL E MORAL – ATO ILÍCITO IMPUTADO AO RÉU – NEGATIVA DE CANCELAMENTO DE ASSINATURA DE REVISTA – COMPENSAÇÃO INDEVIDA DOS CHEQUES DADOS EM PAGAMENTO – DANO MORAL CONFIGURADO – DEVIDA MENSURAÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO – SENTENÇA MANTIDA. (2ª Turma Recursal de Divinópolis – Rec. 0223.08.252524-5 – Rel. Aurelino Rocha Barbosa. J. 15/12/08)

REQUERIMENTO DE PRODUÇÃO DE PROVA – PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA - VEDAÇÃO DE JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE

RECURSO INOMINADO – REQUERIMENTOS DE PRODUÇÃO DE PROVAS NÃO OBSERVADOS – VIOLAÇÃO DO PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA – MÉRITO DA DEMANDA DEPENDENTE DE APURAÇÃO DE MATÉRIA FÁTICA – VEDAÇÃO DE JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE – RECURSO A QUE SE DÁ PROVIMENTO – SENTENÇA ANULADA. (1ª Turma Recursal de Divinópolis – Rec. 0223.08.260720-9 – Rel. José Antônio Maciel. J. 03/11/08)

SEGURO – EMBRIAGUEZ VOLUNTÁRIA DE CONDUTOR

CONTRATO DE SEGURO – AUSÊNCIA DE PROVA DA EMBRIAGUEZ VOLUNTÁRIA DO CONDUTOR – ÔNUS DA PROVA DA SEGURADORA – INDENIZAÇÃO DEVIDA. SENTENÇA MANTIDA – RECURSO IMPROVIDO. Não se justifica a recusa indenizatória da seguradora a simples alegação de embriaguez do condutor do veículo,pois não há nos autos prova de que o segurado tivesse dirigindo o seu veículo embriagado, cujo ônus da prova é da recorrente/suplicada, a teor do artigo 333, II,

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do CPC. (Turma Recursal de Itajubá – Rec. 065271-6/08 – Rel. Selmo Sila de Souza. J. 28/08/08)

SEGURO DE VIDA COLETIVO – RELAÇÃO SECURITÁRIA – PRESCRIÇÃO – RELAÇÃO CONSUMERISTA

SEGURO DE VIDA COLETIVO – RELAÇÃO SECURITÁRIA – PRESCRIÇÃO EXPRESSA NO CÓDIGO CIVIL – RELAÇÃO CONSUMERISTA – IMPOSSIBILIDADE – RECURSO IMPROVIDO. O seguro de vida coletivo, por sua relação securitária, não cede espaço para incidência dos efeitos do código consumerista, devendo ser reconhecido o prazo prescricional previsto no Código Civil. Recurso improvido. (1ª Turma Recursal de Uberlândia – Rec. 0702.08.449980-6 – Rel. Edison Magno de Macêdo. J. 26/06/08)

TELEFONIA – CONSUMIDOR – ÔNUS DA PROVA

JUIZADO ESPECIAL – CONSUMIDOR – TELEFONIA – ÔNUS DA PROVA – Em contratos regidos pelo CDC, os ônus da prova são do fornecedor. Se as informações são prestadas por telefone, através de telemarketing, impõe-se à empresa os ônus de provar que o contrato oferecido e encetado pelo consumidor não se deu nos termos afirmados por ele. (1ª Turma Recursal de Betim – Rec. 027.08.171022-3 – Rel. Simone Torres Pedroso. J. 18/12/08)

TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO – CAIXACAP DA SORTE – DESISTÊNCIA NO PERÍODO DE CARÊNCIA – CONTRATO DE ADESÃO

AÇÃO DE RESTITUIÇÃO – TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO DENOMINADO “CAIXACAP DA SORTE” – CONSUMIDOR QUE DESISTE ANTES DE COMPLETADO O PERÍODO DE CARÊNCIA – CONTRATO DE ADESÃO – ABUSIVIDADE DE CLÁUSULA – POSSIBILIDADE DE RESTITUIÇÃO DA INTEGRALIDADE DOS VALORES PAGOS MEDIANTE A DEDUÇÃO DE 10% A TÍTULO DE DESPESAS ADMINISTRATIVAS. O consumidor não pode ser compelido a permanecer vinculado a um negócio que não mais lhe interessa, sendo cabível o pedido de restituição das parcelas pagas, mesmo antes de findo o período de carência. Configura-se abusiva e desproporcional a cláusula que estipula, no caso de desistência, antes de findo o prazo de carência, a retenção de quantia inferior ao que foi pago, principalmente oriunda de pacto de adesão. Consoante precedentes do TJMG, tomando por analogia o índice estipulado nas normas que regem as cooperativas e os fundos de previdência privada, razoável se afigura a revisão de mencionada cláusula para que, em casos de desistência, o percentual de retenção seja da ordem de 10% do valor pago. (2ª Turma Recursal de Uberlândia – Rec. 0702.08.497063-2 – Rel. César Aparecido de Oliveira. J. 19/11/08).

TRANSPORTE COLETIVO – IDOSO – GRATUIDADE – DANO MORAL

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TRANSPORTE COLETIVO – IDOSO – DIREITO À GRATUIDADE – AÇÃO DE INDENIZAÇÃO – DANO MORAL CONFIGURADO – PROCEDENTE – SENTENÇA REFORMADA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. (2ª Turma Recursal de Betim – Rec. 0027.08.157705-1 – Rel. Marcelo da Cruz Trigueiro. J. 10/09/08).