boletim informativo - edição 1045

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9912152808/2006-DR/PR SENAR Mala Direta Postal FAEP E IAP cruzam o Paraná na defesa da produção de alimentos e do meio ambiente Ano Ano Ano Ano Ano XXIV XXIV XXIV XXIV XXIV 1045 1045 1045 1045 1045 30 de março a 30 de março a 30 de março a 30 de março a 30 de março a 5 de abril de 2009 5 de abril de 2009 5 de abril de 2009 5 de abril de 2009 5 de abril de 2009 Tiragem desta edição 24.000 exemplares Tiragem desta edição 24.000 exemplares Tiragem desta edição 24.000 exemplares Tiragem desta edição 24.000 exemplares Tiragem desta edição 24.000 exemplares I M P R E S S O I M P R E S S O I M P R E S S O I M P R E S S O I M P R E S S O Ágide Meneguette, presidente da FAEP, em Cornélio Procópio Pág. 2

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Page 1: Boletim Informativo - Edição 1045

1Boletim Informativo FAEP n° 1045 - semana de 30 de março a 5 de abril de 2009

9912152808/2006-DR/PR

SENAR

Mala DiretaPostal

FAEP E IAP cruzam oParaná na defesa daprodução de alimentose do meio ambiente

A n oA n oA n oA n oA n oXXIVXXIVXXIVXXIVXXIV

n ºn ºn ºn ºn º10451045104510451045

30 de março a30 de março a30 de março a30 de março a30 de março a5 de abril de 20095 de abril de 20095 de abril de 20095 de abril de 20095 de abril de 2009

Tiragem desta edição 24.000 exemplaresTiragem desta edição 24.000 exemplaresTiragem desta edição 24.000 exemplaresTiragem desta edição 24.000 exemplaresTiragem desta edição 24.000 exemplares

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Ágide Meneguette, presidente da FAEP, em Cornélio Procópio

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SEMINÁRIOS

Meio ambiente: FAEP e IAP mobilizam25 mil produtores e trabalhadores rurais

Botas gostosão ou sapatosincrementados, camisas decolarinhos bem passados,jeans, rostos suados e mãocalejadas, eles foram che-gando meio ressabiados, pre-ocupados. Enquanto a filaenorme permitiu, assinaram

as fichas de presença, ga-nharam o boné verde e foramse acomodando.

Em quatro cantos do Paraná, per-to de 25 mil produtores e trabalha-dores lotaram Centros de Conven-ções ou grandes salões, deixandotemporariamente o trato de peque-

Ágide Meneguette, presidente da FAEP, em Cornélio Procópio

Vitor Hugo Burko, presidente do IAP

nas, médias e grandes propriedades.Esse exército foi ouvir explicações dedois homens: Ágide Meneguette, pre-sidente da FAEP, e Vitor Hugo Burko,presidente do IAP. Junto com eles es-tavam líderes do meio rural e umaporção de deputados federais, esta-duais, um ministro e um senador.

Nas duas últimas semanas, os ce-nários foram mudando, mas os temasse repetiram. Dias 20 e 21, em Marin-gá, Cascavel, Guarapuava e Irati, eneste último final de semana foi a vezde Cornélio Procópio, Umuarama, PatoBranco e Castro. Falaram no eventoem Cornélio Procópio, além de ÁgideMeneguette, Vitor Burko, o prefeitoAmin Hannouche, o presidente do sin-dicato rural, Floriano José Leite Ribei-ro, e os deputados federais Alex Can-ziani e Ricardo Barros.

Os olhares atentos e os aplausosao identificarem nas palavras dosdiscursos episódios já vividos foi re-confortante. Muitos deles sofrerama fiscalização pouco cortês dos ho-

“ É“ É“ É“ É“ É

possível ,possível ,possível ,possível ,possível ,

no Paraná,no Paraná,no Paraná,no Paraná,no Paraná,

se produzirse produzirse produzirse produzirse produzir

alimentosalimentosalimentosalimentosalimentos

e protegere protegere protegere protegere proteger

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3Boletim Informativo FAEP n° 1045 - semana de 30 de março a 5 de abril de 2009

mens da “Força Verde”, da PM, en-carregada de verificar se a legisla-ção ambiental estava sendo literal-mente cumprida. Muitas vezes, nãohouve nem choro nem vela e emvez de uma fita amarela da letra dosamba, os militares foram rudes eaplicaram multas descabidas.

O bom senso de Ágide e Burko, otrabalho de técnicos da FAEP e do IAP,além da atuação dos Sindicatos Ru-rais, aumentou a paz no campo. Osfiscais do IAP e os militares da “ForçaVerde” vão aplicar as leis, mas de for-ma civilizada e cortês, prometeuBurko. Certeza disso é que nessasgrandes assembléias foi distribuída anova Cartilha de Fiscalização Ambi-

PROPOSTASCódigo Florestal

Essa virtude se estende na discussão dos artigos do Código Florestal, em vigor desdesetembro de 1965, mas que até dezembro deste ano poderá ter artigos reparados peloCongresso Nacional. Daí a importância da presença dos deputados federais nas reuniõesocorridas nestas duas últimas semanas. Como representantes de regiões produtoras, essesparlamentares testemunharam ao vivo e a cores o que os produtores e trabalhadoresrurais desejam de seus representantes em Brasília. E em seus pronunciamentos nas oitocidades-sedes dos grandes encontros ficou clara a posição deles na defesa da perfeitaconvivência entre a produção de alimentos e a proteção do meio ambiente. Os agricultoressabem melhor do que qualquer um que a natureza não se defende, mas ela pode se vingar.

Sob esse ângulo, a FAEP, que tem o apoio do ministro Reinhold Stephanes, da Agricultu-ra, defende as seguintes propostas de mudanças no Código Florestal Brasileiro:

Permitir a continuidade das atividades agropecuárias em áreas de preservação per-manente consolidadas em uso há mais de 10 anos, com a utilização de tecnologiasconservacionistas;

Autorizar a recomposição da Reserva Legal com a utilização parcial de até 50% deespécies arbóreas econômicas consorciadas com espécies nativas;

Permitir a recomposição de APPs com agricultura sustentável, viabilizada por proje-tos técnicos;

Respeitar os produtores que buscam a regularização do passivo ambiental na Reser-va Legal e APPs, permitindo a regularização sem punições;

Permitir a recomposição ou servidão florestal no mesmo bioma ou pagamento emdinheiro do passivo ambiental para um Fundo Federal de Recomposição Florestal,destinado ao pagamento de indenizações;

Estabelecer no Paraná o Zoneamento Econômico Ecológico (ZEE) para nortear as açõesambientais no estado em função da produção agropecuária, industrial e dos centrosurbanos e

Aumentar o prazo previsto para a compensação e averbação da Reserva legal apartir da vigência da nova lei, levando-se em conta as dificuldades para realizar ogeorreferenciamento e os trâmites burocráticos.

ental do IAP. Papagaios e araras quehá décadas preenchem e alegram avida da gente do campo não serãomais usurpadas em nome da falta dobom senso de alguns, por exemplo.

Às multas eventualmente apli-

Encarte EspecialEncarte EspecialEncarte EspecialEncarte EspecialEncarte EspecialA próxima edição deste Boletim

Informativo terá um encarte comum painel fotográfico sobre asgrandes reuniões em Maringá,Cascavel, Guarapuava, Irati, C.Procópio, Umuarama, Pato Brancoe Castro.

Cartilha de MeioCartilha de MeioCartilha de MeioCartilha de MeioCartilha de MeioAmbienteAmbienteAmbienteAmbienteAmbiente

A partir de abril, os produtorese trabalhadores rurais paranaen-ses começarão a receber cartilhascontendo as exigências da legisla-ção ambiental na agricultura.Mesmo considerada avançada, alegislação é complexa e extrema-mente exigente. Numa parceriada FAEP com o IAP, inicialmenteserão onze as cartilhas tratandodo chamado “Procedimento Ope-racional Padrão.

A distribuição será realizadapelos Sindicatos Rurais e Ematere terá texto didáticos explicativossobre os seguintes temas: Peque-no Produtor Rural; Aproveitamen-to de material lenhoso seco; Cortede Árvores Nativas em Áreas Ur-banas; Espécies em Extinção; Pis-cicultura (pequenas, médias egrandes); Bracatinga; Carvão;Imóveis em áreas rurais; Cavacos;Banhados e Sisleg.

cadas haverá a possibilidade de re-cursos a serem analisados por umcolegiado. “É possível, no Paraná, seproduzir alimentos e proteger omeio ambiente”, diz a engenheiraagrônoma Carla Beck, da FAEP.

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4 Boletim Informativo FAEP n° 1045 - semana de 30 de março a 5 de abril de 2009

ENCERRAMENTO CONFERÊNCIA

OIE recomenda programa de rastreabilidadecompatível com a realidade de cada país

A OIE propõe que os países membros deem suporte noA OIE propõe que os países membros deem suporte noA OIE propõe que os países membros deem suporte noA OIE propõe que os países membros deem suporte noA OIE propõe que os países membros deem suporte no

desenvolvimento de pesquisas, bem como comecem a traçar seusdesenvolvimento de pesquisas, bem como comecem a traçar seusdesenvolvimento de pesquisas, bem como comecem a traçar seusdesenvolvimento de pesquisas, bem como comecem a traçar seusdesenvolvimento de pesquisas, bem como comecem a traçar seus

planos de ação para a ampliação dos programas de identificação eplanos de ação para a ampliação dos programas de identificação eplanos de ação para a ampliação dos programas de identificação eplanos de ação para a ampliação dos programas de identificação eplanos de ação para a ampliação dos programas de identificação e

rastreabilidade hoje existentes para outras espécies animais.rastreabilidade hoje existentes para outras espécies animais.rastreabilidade hoje existentes para outras espécies animais.rastreabilidade hoje existentes para outras espécies animais.rastreabilidade hoje existentes para outras espécies animais.

Abertura do encontro em Buenos Aires dia 23 de março

Dez anos após a primeira confe-rência realizada em Buenos Airespara tratar de rastreabilidade, a Or-ganização Mundial de Saúde animalcomemorou os avanços registradosnessa área. “Naquela ocasião a prin-cipal pergunta era como fazer. Ago-ra é por que fazer? Isso representaum grande avanço, declarou Ber-nard Vallat, diretor geral da OIE noencerramento da Conferência Inter-nacional sobre Identificação e Ras-treabilidade Animal, realizada en-tre 23 e 25 de março em Buenos Ai-res, na Argentina.

Desenvolver ações para que to-dos os elos da cadeia conheçam osprincípios de rastreabilidade esta-belecidos pela OIE e Codex Alimen-tarius, definir uma estrutura regu-latória clara para acompanhar ofuncionamento dos sistemas e, prin-cipalmente, não usar os programasde rastreabilidade para aumentartaxas e impostos, já que isso podeatravancar a implementação dessesprogramas. Essas foram algumas dasrecomendações finais da Conferên-cia a OIE e servirão de subsídio namanutenção ou reformulação dasnormas estabelecidas pela Organi-zação e até para criação de novas.

Reforçar a ponte entre os siste-mas de identificação e rastreabili-dade dos setores público e privadopara que não sejam adotadas regrasconflitantes foi outro ponto desta-cado. “As discrepâncias entre os sis-temas de identificação nacional deanimais vivos e de rastreabilidadede produtos de origem animal difi-cultam o acompanhamento dessesprodutos ao longo da cadeia alimen-tar em escala mundial. Os países emdesenvolvimento correm o risco deperder acesso aos mercados devidoa barreiras comerciais que às vezessão estabelecidas como resultadodessas discrepâncias. A melhor for-

ma de corrigir esta situação é quetodos os países apliquem progressi-vamente as normas internacionaisda OIE e do Codex”, explicou Vallat.

A adoção de programas compa-tíveis com a realidade de cada paíse da espécie animal em questão foioutra preocupação enfatizada du-rante o evento. O desenvolvimentode um plano de ação adequado aoperfil das propriedades, de fácil ge-renciamento, eficiente e transparen-te e cujos resultados sejam auditá-

veis foi definido como prioridadedfos países em desenvolvimento. Opacote vem acompanhado da ne-cessidade de capacitação de profis-sionais e informações sobre identi-ficação e rastreabilidade animal.

A OIE propõe que os países mem-bros deem suporte no desenvolvimen-to de pesquisas, bem como comecema traçar seus planos de ação para aampliação dos programas de identifi-cação e rastreabilidade hoje existen-tes para outras espécies animais.

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5Boletim Informativo FAEP n° 1045 - semana de 30 de março a 5 de abril de 2009

ÁREA LIVRE

Suspensão da vacinação contraaftosa será parcial no Paraná

Apesar de isentos da vacinação, os criadores serão obrigados aApesar de isentos da vacinação, os criadores serão obrigados aApesar de isentos da vacinação, os criadores serão obrigados aApesar de isentos da vacinação, os criadores serão obrigados aApesar de isentos da vacinação, os criadores serão obrigados a

declarar todo o rebanho junto às Unidades Veterinárias dadeclarar todo o rebanho junto às Unidades Veterinárias dadeclarar todo o rebanho junto às Unidades Veterinárias dadeclarar todo o rebanho junto às Unidades Veterinárias dadeclarar todo o rebanho junto às Unidades Veterinárias da

Secretaria espalhadas em todo o Estado, sob pena de serSecretaria espalhadas em todo o Estado, sob pena de serSecretaria espalhadas em todo o Estado, sob pena de serSecretaria espalhadas em todo o Estado, sob pena de serSecretaria espalhadas em todo o Estado, sob pena de ser

multado e sofrer sanções administrativasmultado e sofrer sanções administrativasmultado e sofrer sanções administrativasmultado e sofrer sanções administrativasmultado e sofrer sanções administrativas

A Secretaria da Agriculturavai suspender a vacinaçãocontra febre aftosa para ani-mais acima de 24 meses, per-manecendo a obrigatorieda-de da vacinação apenas paraos animais de zero a 24 me-ses de idade.

Essas alterações serão válidaspara a primeira etapa da campanha,que será realizada entre 1º e 31 demaio. Cerca de 5,3 milhões de ani-mais deixarão de ser imunizadospela primeira vez no Paraná. Essamedida, segundo a Secretaria daAgricultura, é o início de um pro-cesso adotado em comum acordocom o Ministério da Agriculturapara que o Paraná seja declaradoposteriormente área livre de febreaftosa, sem vacinação.

Apesar de isentos da vacinação,os criadores serão obrigados a de-clarar todo o rebanho junto às Uni-dades Veterinárias da Secretaria es-palhadas em todo o Estado, sobpena de ser multado e sofrer san-

Cerca de 5,3 milhõesde animais deixarãode ser imunizadospela primeira vez noParaná

ções administrativas. Para cadaanimal não vacinado até os doisanos de idade ou não declarado, sefor adulto, o criador será multadoem R$ 87,27.

De acordo com a resolução daSecretaria, essas modificações nãovalem para a segunda etapa dacampanha estadual de vacinaçãocontra febre aftosa prevista paranovembro de 2009. Nessa etapa, osprocedimentos voltam ao normal etodos os animais, independente deidade, devem ser vacinados.

Outra alteração é o número adi-cional de dias previstos na campa-nha de maio de 2009. Normalmentea campanha acontece de 1º a 20 demaio. Mas nessa etapa será estendi-da até o dia 31 para que os criadorestenham mais tempo para assimilaras alterações e declarar o rebanhovacinado ou não-vacinado. A decla-ração deve ser feita da mesma for-ma como vinha acontecendo. O cri-ador pega o formulário nas casas derevendas de vacinas, preenche eentrega na Unidade Veterinária maispróxima.

Estavam presentes na reuniãocom o secretário da Agricultura,Valter Bianchini, o diretor-secretá-rio da FAEP, Livaldo Gemin, o presi-dente da Associação Paranaense deCriadores de Bovinos da Raça Ho-landesa (APCBRH), Hans Yan Grivold,o presidente da Federação dos Tra-balhadores na Agricultura do Para-ná (Fetaep), Ademir Muller, o presi-dente do Sindicato da Indústria doLeite, Wilson Thiensen, o superin-tendente da Organização das Coo-perativas do Estado do Paraná (Oce-par), José Roberto Ricken, o presi-dente da Sociedade Rural do Para-ná, Alexandre Kireff, o presidenteda Sociedade Rural dos CamposGerais, Adilson Berger, entre outrosrepresentantes dos produtores epecuaristas paranaenses.

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6 Boletim Informativo FAEP n° 1045 - semana de 30 de março a 5 de abril de 2009

POLÍTICA AGRÍCOLA

Decisões do CMN contemplam agricultura,mas não incluem dívidas da safra 2008/09

Votos aprovados na reunião do ConselhoMonetário Nacional (CMN) de 26/03/2009:

1 – Alteração de prazos para renegociação de operações decrédito rural no âmbito da lei nº 11.775/08:Essa medida aumentou o prazo para pagamento de dívidas ru-

rais renegociadas em 2008, exclusivamente para quem aderiu à

renegociação até o dia 12 de dezembro do ano passado.

As dificuldades das instituições financeiras em formalizar a re-

negociação das dívidas rurais no âmbito da Lei nº 11.775, impos-

sibilitaram a conclusão do processo de renegociação dessas dívi-

das até o prazo de 31 de março.

Prorrogou para 15 de maio de 2009 o prazo para os mutuários

renegociarem suas dívidas e efetuarem os pagamentos necessá-

rios, incluindo amortização mínima referente à prestação com

vencimento previsto para 2008, assim como o prazo de formali-

zação da renegociação pelas instituições financeiras das seguin-

tes operações:

a) Crédito rural de investimento, contratadas até 30 de junho de

2007, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Eco-

nômico e Social (BNDES) e equalizadas pelo Tesouro Nacional ou

lastreada com recursos da linha de crédito Finame Agrícola Es-

pecial;

b) Crédito rural de custeio ou investimento, lastreadas com re-

cursos dos Fundos Constitucionais;

c) Operações contratadas pela Linha de Especial de Crédito FAT

Integrar e reclassificada para o Fundo Constitucional de Financi-

amento do Centro-Oeste (FCO).

2 – Assegura recursos para crédito agrícolaEssa resolução manteve os percentuais destinados a financi-

ar agricultura. Sem essa medida, crédito agrícola perderia R$

9 bi de junho em diante. Prorrogou até junho de 2010 o dire-

cionamento extra de depósitos à vista, e da poupança rural,

para o financiamento da agricultura. Com a decisão, as insti-

tuições financeiras continuam obrigadas a aplicar 30% dos

depósitos à vista e 70% da poupança rural nos financiamen-

O Conselho Monetário Naci-onal (CMN) se reuniu em 26de março e aprovou diversosvotos que impactam na agro-pecuária.

Havia uma expectativa em rela-ção a pauta da reunião, se incluiriaas dívidas do crédito rural da safra2008/09, especialmente das parce-

las de 2009 dos investimentos. Noentanto, o prazo de espera para pa-gamentos dessas dívidas não entrouna pauta e a CNA vai solicitar que otema seja votado na próxima reu-nião do CMN, prevista para ocorreraté final de abril. Para as dívidas re-negociadas em 2008, cujo produtoraderiu à renegociação até o dia 12

de dezembro de 2008, o CMN ado-tou novos prazos de formalização epagamento. Veja na matéria abaixo.Além disso, foram adotadas medi-das para Pronaf, recursos do crédi-to rural e culturas de inverno. (Mo-delos de como protocolar os pedi-dos você encontra disponível no site:www.faep.com.br)

tos ao setor. A partir de 2010 esses percentuais serão reduzi-

dos em um ponto percentual por ano até chegarem aos pata-

mares de 25% e 65%, respectivamente vigentes até novembro

de 2008.

3 - Altera normas do Pronaf :Em função da elevação dos custos de produção e dos preços

dos produtos agrícolas, foi autorizado a adoção de um reba-

te de 30% sobre a renda bruta obtida com gado de corte,

milho, feijão, arroz, trigo e mandioca, para fins de enqua-

dramento como beneficiários do Pronaf, de forma seme-

lhante aos rebates de 50%, 70% e 90% já existentes para

outras atividades.

Com os resultados positivos obtidos pela Linha Pronaf Mais Ali-

mentos, foi incluído entre as finalidades dessa Linha, propostas

ou projetos de investimento para produção de café, gado de cor-

te, suínos e aves, o que permite aos produtores solicitar crédito

de até R$ 100 mil ao ano com taxa de 2%.

Tendo em vista as dificuldades de financiamento encontradas

pelas agroindústrias de agricultores familiares, foram estabeleci-

dos novos limites de financiamento para a Linha Pronaf Custeio e

Comercialização de Agroindústrias, mantendo-se o limite por

contrato individual (pessoa física) de até R$5.000,00 (cinco mil

reais) por beneficiário:

a) pessoa física (contrato coletivo): R$ 50 mil;

b) associações: R$ 2 milhões;

c) cooperativas: R$ 5 milhões;

d) cooperativa central: R$ 10 milhões, para, no mínimo, duas

cooperativas singulares a ela filiadas.

Também foram alteradas as regras para os financiamentos des-

tinados à integralização de cotas-partes pelos cooperados e aos

investimentos das cooperativas, mediante as seguintes altera-

ções na Linha de Crédito para Cotas-Partes de Agricultores Fami-

liares Cooperativados - Pronaf Cotas-Partes:

a) foi autorizado os financiamentos destinados ao processamento

e à industrialização de leite a cooperativas com, no mínimo, 70%

de associados enquadrados como agricultores familiares e, no

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7Boletim Informativo FAEP n° 1045 - semana de 30 de março a 5 de abril de 2009

mínimo, 55% da matéria-prima de produção própria ou de asso-

ciados enquadrados no Pronaf (comprovação mediante Declara-

ção de Aptidão ao Pronaf – DAP);

b) foi ampliado o limite máximo de patrimônio líquido para en-

quadramento de cooperativas nessa Linha, de até R$ 3 milhões

para até R$ 50 milhões, mantido o mínimo de R$50 mil;

c) foi estabelecido o limite de financiamento, por cooperativa, de

até R$5 milhões, respeitado o limite individual de até R$5 mil.

4 - Financiamento para Aquisição de Café (FAC):Essa medida aumenta para R$ 20 milhões o limite de crédito nas

operações de Financiamentos para Aquisição de Café - FAC des-

tinadas à comercialização da agroindústria cafeeira. Esse limite

já é aplicado nas demais operações de comercialização - Linha

Especial de Crédito (LEC) e Empréstimos do Governo Federal (EGF),

sendo que somatório das operações de FAC, LEC e EGF não pode-

rá exceder a este limite.

5 - Crédito rural – limite de crédito em operação de custeio detrigo:Foi elevado o limite de crédito, por mutuário, nas operações de

custeio da lavoura de trigo, de:

a) R$ 550 mil para R$ 600 mil quando se tratar de lavoura irrigada;

b) R$ 400 mil para R$ 450 mil quando não se tratar de lavoura irrigada.

6 - Preços mínimos para as culturas de inverno da safra 2009- trigo, grãos e sementes de aveia, canola, cevada, girassol etriticale:Tendo em vista as estimativas de aumento nos custos vari-

áveis de produção, e visando, em especial, elevar a produ-

ção de trio de qualidade, foram reajustados os preços mí-

nimos para as culturas de inverno da safra 2009, da seguin-

te forma:

a) preço mínimo do trigo classe brando, tipo 1, região Sul, de

R$25,07 em 2008 para R$ 26,46 em 2009, o que significa um rea-

juste de 5,54%;

b) preço mínimo do trigo classe pão, tipo 1, região Sul, de R$ 28,80

em 2008 para R$ 31,80 em 2009, com reajuste de 10,42%;

c) preço mínimo do trigo classe melhorador e durum, tipo 1,

região Sul, de R$ 28,80 em 2008 para R$ 33,30 em 2009, com

reajuste de 15,63%;

d) reajustes dos preços mínimos para aveia (10,10%), cevada

(10,22%), triticale (10,39%) e sementes de trigo (10,00%), cevada

(9,62%) e triticale (8,33%);

e) reajustes dos preços mínimos da canola (28,05%), do girassol

(37,47%) e das sementes de girassol (37,21%).

7 – Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP)A taxa serve de referência para financiamentos do BNDES. Foi

mantida em 6,25% ao ano. Vale lembrar que TJLP está neste pata-

mar desde julho de 2007.

8- Proíbe bancos de cobrar emissão de boletos para opera-ções de crédito e leasingEssa decisão veda às instituições financeiras a cobrança do

cliente o ressarcimento de despesas de emissão de boletos de

cobrança, carnês e assemelhados relativos ao pagamento de

parcelas de operação de crédito ou de arrendamento mercan-

til. A decisão não é retroativa e não inclui os financiamentos

imobiliários.

Investimentos do BNDES:O Conselho Monetário Nacional (CMN)se reuniu em 26 de março e não incluiuas dívidas do crédito rural da safra 2008/09, especialmente das parcelas de 2009dos investimentos. A CNA vai solicitarque o tema seja votado na próxima reu-nião do CMN, prevista para ocorrer atéfinal de abril.Dessa forma, o produtor que está com aparcela de 2009 em aberto (atraso porconta de problemas climáticos ou derenda), recomenda-se protocolar cartade pedido de prorrogação da parcela.No entanto, os bancos geralmente nãoaceitam esse pedido, pois alegam quequalquer medida em relação aos inves-timentos do BNDES dependem de reso-lução do CMN. Vale lembrar que os in-vestimentos feitos com recursos própri-os dos bancos não são abrangidos nasdecisões do CMN.

Orientações sobre as dívidas rurais de 2009Orientações sobre as dívidas rurais de 2009Orientações sobre as dívidas rurais de 2009Orientações sobre as dívidas rurais de 2009Orientações sobre as dívidas rurais de 2009Custeios:Para custeios, o Manual do Crédito Ruraldetermina que independentemente deconsulta ao Banco Central, ou seja, não de-pende de reunião do CMN, é devida a pror-rogação da dívida, aos mesmos encargosfinanceiros antes pactuados no instrumen-to de crédito, desde que se comprove in-capacidade de pagamento ao mutuário,em conseqüência de: a) dificuldade de co-mercialização dos produtos; b) frustraçãode safras, por fatores adversos; c) eventu-ais ocorrências prejudiciais ao desenvolvi-mento das explorações.

Dívida Ativa da União já pode serquitada com descontoA Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional(PGFN) já disponibilizou procedimentos paraliquidação de dívidas originárias de opera-ções de crédito rural inscritas em Dívida Ativada União (DAU), com os descontos previstos

no artigo 8°, inciso I, da Lei n° 11.775/2008.Para beneficiar-se dos referidos descon-tos que variam entre 38% e 70%, depen-dendo do saldo devedor, o produtor ru-ral, ou seu representante legal, deverácomparecer pessoalmente à unidadedescentralizada da PGFN de sua regiãomunido de seus documentos de identifi-cação, bem como, procuração idônea,caso se trate de representante legal. Oprazo para adesão e efetiva liquidaçãodas dívidas inscritas de crédito rural, nostermos da Lei n° 11.775/2008, vai até 30de dezembro de 2009.

Parcelamento da Dívida Ativa daUnião ainda não está disponívelO parcelamento previsto no artigo 8º, in-ciso II, da Lei n° 11.775/2008 ainda não foidisponibilizado, mas será implementadoem breve por instituição financeira a sercontratada pela PGFN.

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8 Boletim Informativo FAEP n° 1045 - semana de 30 de março a 5 de abril de 2009

PRONAF

Inadimplência comprometecontratação de novos financiamentos

“Como houve aumento dos custos de produção, essa medida vai“Como houve aumento dos custos de produção, essa medida vai“Como houve aumento dos custos de produção, essa medida vai“Como houve aumento dos custos de produção, essa medida vai“Como houve aumento dos custos de produção, essa medida vai

comprometer o plantio das novas safras. Mantida acomprometer o plantio das novas safras. Mantida acomprometer o plantio das novas safras. Mantida acomprometer o plantio das novas safras. Mantida acomprometer o plantio das novas safras. Mantida a

inadimplência, muitos produtores não terão condições deinadimplência, muitos produtores não terão condições deinadimplência, muitos produtores não terão condições deinadimplência, muitos produtores não terão condições deinadimplência, muitos produtores não terão condições de

plantar” – plantar” – plantar” – plantar” – plantar” – Pedro LoyolaPedro LoyolaPedro LoyolaPedro LoyolaPedro Loyola

O alto índice de inadimplência dospequenos produtores rurais pode le-var municípios do Paraná a suspen-derem a contratação de novos finan-ciamentos do Programa Nacional deFortalecimento da Agricultura Fami-liar (Pronaf). Isso pode ocorrer em 92municípios do estado, nos quais osatrasos com mais de 15 dias regis-tram inadimplência acima de 5% dacarteira do Pronaf. Historicamente,esse programa registrava atrasos mé-dios inferiores a 1%.

O Banco do Brasil (BB) está sus-pendendo, temporariamente, novosfinanciamentos até que os índicesvoltam a patamares próximos a 2%.Segundo gerente de agronegócio doBB, Cézar de Col, atualmente as dívi-das correspondem a, aproximada-mente, 3,71% do total de emprésti-mos da carteira do Pronaf no Paraná.Esse índice representa quase o do-bro do tolerado pela instituição, que

é de até 2%. O pequeno produtor ru-ral adimplente poderá acessar so-mente o mesmo valor que usou nocusteio do ano anterior. Com isso, nãoterá acesso a novos recursos ou a fi-nanciamentos de investimento.Preocupação – “A situação é preocu-pante, pois os bons pagadores serãoprejudicados”. O alerta é do coordena-dor do Departamento Técnico Econô-mico (DTE) da FAEP, Pedro Loyola. “Comohouve aumento dos custos de produ-ção, essa medida vai comprometer oplantio das novas safras. Mantida ainadimplência, muitos produtores nãoterão condições de plantar”, disse.

Segundo Loyola, o Pronaf é res-ponsável por movimentar recursosnos municípios. “O dinheiro vai da

NOVOS CORTES

Festival Gastronômico daFestival Gastronômico daFestival Gastronômico daFestival Gastronômico daFestival Gastronômico daCostela acontece em CuritibaCostela acontece em CuritibaCostela acontece em CuritibaCostela acontece em CuritibaCostela acontece em Curitiba

No dia 28 de março, foi aberto oFestival Gastronômico da Costela. Oevento que acontece no restauran-te-escola do Senac-PR, em Curitiba,até o dia 4 de abril reúne vários pra-tos preparados com cortes tradici-onais e especiais de costelas bovina,suína, caprina, ovina e de peixes.

Ao todo, são 15 pratos à base decostela, além de saladas, molhos,guarnições e sobremesas. Os inte-ressados em degustar os pratos po-derão agendar sua participação noFestival pelo telefone (41) 3219-4854ou 3219-4855.

O Festival é uma parceria entre oSistema FAEP, o Senac-PR e o Siste-ma Fecomércio.

mão do produtor para o pagamentode fornecedores e tem, como efeitomultiplicador, a geração de rendatambém em outros setores. Especi-almente no comércio das pequenascidades”, lembrou. Para ele, suspen-der a liberação de recursos reduzi-rá, inclusive, a arrecadação de ICMSdo governo estadual e prejudicaráas prefeituras dos 92 municípios.

“O crédito rural não é dinheiro afundo perdido. Orientamos que osprodutores rurais busquem o bancopara regularizar sua situação. Iden-tificamos que alguns municípios comassentamento e pescadores que uti-lizam o Pronaf têm alto índice deinadimplência, que chega a até 29%da carteira em atraso”, concluiu.

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9Boletim Informativo FAEP n° 1045 - semana de 30 de março a 5 de abril de 2009

ABAIXO DA EXPECTATIVA

Preço do milhoofertado em leilãoé considerado baixopelos produtores

O preço da saca de 60 quilos de mi-lho produzido no Paraná, sinalizadopara o mercado em setembro, é deR$ 18,84. Este é o valor do produtoque foi ofertado pelo Ministério daAgricultura, por meio de leilão daCompanhia Nacional de Abasteci-mento (Conab), no dia 26 de março.

Na ocasião, foram negociadas674.676 toneladas (87,08%) das 774.738toneladas de milho ofertadas em leilãode contratos de opção de venda. O va-lor da operação atingiu R$ 7.155.182,63.O valor de abertura e fechamento doprêmio ficaram em R$ 34,56.

Além do Paraná, as ofertas acon-teceram em Minas Gerais, Mato Gros-so do Sul, Goiás, Distrito Federal, Ron-dônia e Mato Grosso. Nestes dois es-tados, o preço de exercício para se-tembro é de R$ 15,38 por saca de 60quilos. Nos demais estados, o valorda saca é de R$ 18,84.

Para o diretor-secretário do Sindi-cato Rural de Castro, Eduardo Me-deiros Gomes, o preço do milho parasetembro é muito baixo. “O carrega-mento do milho está muito caro.Além disso, o custo de produção to-

tal estimado pela Conab já é maiorque isso. É válido lembrar que os cus-tos de produção do ano passado, prin-cipalmente do milho, foram bastan-te elevados”, diz.

Apesar do preço abaixo do espe-rado, Gomes aprova a iniciativa dogoverno federal. “De qualquer ma-neira, a iniciativa é positiva à medidaque sinaliza a retirada de algum vo-lume do mercado num momento decolheita. Até que ponto que isso vaidar sustentação ao preço, não sabe-mos. Temos que aguardar para veros efeitos disso”, acrescenta.

Antecedência - As opções de ven-da deveriam ser oferecidas ao pro-dutor com certa antecedência. É oque defende o diretor-secretário doSindicato Rural de Castro. “Essas op-ções deveriam ser lançadas já nomomento do plantio”, sugere.

Gomes espera que, para a próxi-ma safra, isso aconteça. Para ele, se-ria uma forma do produtor, governoe financiador .estarem comprometi-dos. “São sempre ações reativas. De-pois que o preço despenca, é que ogoverno entra”, critica.

CURIÚVA

Diretoria toma posseDiretoria toma posseDiretoria toma posseDiretoria toma posseDiretoria toma possedo Sindicato Ruraldo Sindicato Ruraldo Sindicato Ruraldo Sindicato Ruraldo Sindicato Rural

Luiz André Boraneli tomou posse no dia 21 demarço da presidência do sindicato Rural de Curi-úva. Como vice-presidente assumiu Luiz Borane-li. Ricardo Shin Iti Miyashita tomou posse comosecretário e Armando Yoitiro Kawata como se-gundo secretário. José Antônio Boraneli assumiua tesouraria e também como delegado represen-tante, Clelio Lara assumiu como segundo tesou-reiro.

A suplência da diretoria fica a cargo dos se-nhores Márcio Rogério Boraneli, Pedro HenriqueGomm, Henrique Aparecido Galvão e Kosaku Ka-wata. O conselho fiscal é formado por Luiz Antô-nio Morelli, Sidney Akio Tsuruda e João Maria Mo-reira de Andrade. Como suplentes do ConselhoFiscal, assumiram Sebastião Lopes Filho, OrlandoAvanço Neto e Ahir Prestes Kravustschke.

POSSE

Diretoria reassumeDiretoria reassumeDiretoria reassumeDiretoria reassumeDiretoria reassumeo Sindicato de Turvoo Sindicato de Turvoo Sindicato de Turvoo Sindicato de Turvoo Sindicato de Turvo

Assumiu no dia 20 de março a presidência doSindicato Rural de Turvo Joel Schulze. VilmarVenski assumiu a vice-presidência. O primeiro se-cretário é Levi Vidal de Almeida e o segundo se-cretário Evaldo Adolfo Rickli. Como tesoureiroassumiu Hilton Rickli e segundo tesoureiro Moi-sés da Silva Marcondes. O conselho fiscal ficou acargo de Luiz Gustavo Rickli, Valdir Veber e Ita-mar Veber Rodrigues. Os suplentes do conselhofiscal serão Osvaldo Venski, Christiano Rickli eFernando Arnoldo Veber. Delçio Cóser assumecomo delegado representante.

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10 Boletim Informativo FAEP n° 1045 - semana de 30 de março a 5 de abril de 2009

Proagro - O que fazer quandofor indeferido no banco?

A R T I G O

Nilson Hanke CamargoNilson Hanke CamargoNilson Hanke CamargoNilson Hanke CamargoNilson Hanke CamargoNilson Hanke Camargo, agrônomo, DTE/FAEP

O Programa de Garantia daAtividade Agropecuária(Proagro) tem como objeti-

vo garantir a atividade dos produto-res rurais, quando os custos investi-dos em seus empreendimentos comrecursos de crédito rural de custeioe com recursos próprios, são preju-dicados por fenômenos naturais ad-versos cobertos pelo programa. En-tre outras condições, esse progra-ma só aceita empreendimentos queutilizem tecnologia conduzida con-forme o Zoneamento Agrícola deRisco Climático.

O produtor que comunica per-das de produção ao agente finan-ceiro e aciona o Proagro, esperasempre um resultado positivo daanálise do processo. Nem sempre éisso que acontece. Ele é, uma vezpor outra, surpreendido com a re-cusa do agente em conceder a inde-nização. Como o Proagro tem nor-mas complexas, o agente financeirogeralmente cumpre as disposiçõesestabelecidas no programa.

Porém, assiste ao produtor rural

o direito de recorrer à Comissão Es-pecial de Recursos (CER), órgão vin-culado ao Ministério da Agricultura,quando se julgar prejudicado peladecisão do agente financeiro do Pro-agro quanto à cobertura.

Nesse caso, o produtor tem atétrinta dias para apresentar recurso,a contar da data em que teve co-nhecimento da decisão negativa doagente. O produtor deve procurarum assistente técnico e preenchero modelo de recurso administrativono agente financeiro, o qual envia o

O que acontece quando o ProagroO que acontece quando o ProagroO que acontece quando o ProagroO que acontece quando o ProagroO que acontece quando o Proagroé indeferido no banco ?é indeferido no banco ?é indeferido no banco ?é indeferido no banco ?é indeferido no banco ?

Nos 219 processos em que oagente financeiro havia negado aindenização, e posteriormente oprodutor teve recurso deferidopela CER, destacam-se casos taiscomo: plantio até três dias além dorecomendado pelo zoneamentoagrícola, apresentação de cópiasde notas fiscais autenticadas, re-ceita da colheita insuficiente paracobrir os custos de produção, cau-sas das perdas consideras ampa-radas pelo programa.

Esses casos analisados e acolhi-dos em favor do produtor, tem de-cisão soberana pela Comissão, oque oferece grande possibilidadeda reversão da decisão inicial doagente financeiro.

Os casos em que a Comissãomanteve a negativa do agente fi-nanceiro em fazer a cobertura,tem como principais motivos o

plantio ter sido realizado fora daépoca recomendada pelo zonea-mento agrícola, as perdas por cau-sas não amparadas pelo Proagro,colheita da cultura atingida pelaintempérie sem autorização doagente financeiro, uso de tecnolo-gia inadequada, como por exem-plo, o uso de semente não reco-mendada, rendimento obtido coma colheita autorizada sendo sufici-ente para cobrir os custos da pro-dução, falta da apresentação denotas fiscais, notas fiscais com da-tas incompatíveis com o períododa safra.

É importante que o produtor ru-ral tenha conhecimento e seguran-ça quanto ao cumprimento das nor-mas exigidas pelo Proagro antes deentrar com recurso de reanálise doseu processo de cobertura no agen-te financeiro.

processo para análise da CER.A CER é constituída por diversas

entidades ligadas ao agronegócio,tais como o MAPA, Banco Central,Banco do Brasil, CNA, Contag, Mi-nistério da Fazenda e Embrapa. EssaComissão se reúne diversas vezesao ano para analisar os recursos dosprodutores.

A CER do Paraná, na qual a FAEPrepresenta a CNA, já se reuniu duasvezes neste ano e analisou 558 re-cursos, com acolhimento favorávelao produtor em 219 casos (39%).

O produtorO produtorO produtorO produtorO produtor

d e v ed e v ed e v ed e v ed e v e

procurarprocurarprocurarprocurarprocurar

u mu mu mu mu m

assistenteassistenteassistenteassistenteassistente

técnico etécnico etécnico etécnico etécnico e

preencherpreencherpreencherpreencherpreencher

o modeloo modeloo modeloo modeloo modelo

de recursode recursode recursode recursode recurso

adminis-adminis-adminis-adminis-adminis-

trativo notrativo notrativo notrativo notrativo no

agenteagenteagenteagenteagente

financeirofinanceirofinanceirofinanceirofinanceiro

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O que é irregularidade ambiental?Irregularidade ambiental é qualquer descumprimento da legisla-ção ambiental vigente. Se você tem dúvida sobre essa legislação,consulte o IAP, a Secretaria da Agricultura ou o Sindicato Rural.

Como o IAP descobre uma irregularidade ambiental?Através de DENÚNCIA ou através de IMAGENS DE SATÉLITE. Ondeocorrer um desmate ou corte de árvores, ou qualquer outro des-cumprimento da legislação ambiental, o IAP chegará ao local comabsoluta certeza.

O que faz o Fiscal?Faz o levantamento do fato, utilizando critérios técnicos preestabe-lecidos, e registra no documento Relatório de Apuração de InfraçãoAdministrativa Ambiental – RAIA. Uma cópia do RAIA é entregueao proprietário rural no momento da autuação.

A área pode ser embargada?Sim, como já acontecia anteriormente. Mas, a partir de agora, ficaráembargada exclusivamente a área onde ocorreu o dano ambiental,ou seja, nessa área não poderá ser desenvolvida nenhuma atividadeaté definição do processo no IAP.

O material pode ser apreendido?Sim, da mesma forma como era feito antes. A lenha e as toras serãotodas apreendidas. Se condenado por decisão definitiva, o infrator

Caro Produtor Rural

A vida do homem na terra depende da existência da FLORESTA e da ÁGUA. A floresta protege a água. A água valoriza a nossapropriedade. A propriedade valorizada resulta no bem estar do homem do campo e da cidade.

Você tem o direito, como proprietário rural, de explorar sua propriedade de forma que ela produza frutos para sua adequadasubsistência. Junto com esse direito, você tem o dever de proteger a floresta e a água, ou seja, as nascentes, as margens de córregose rios, as reservas legais, e fazer o manejo adequado dos solos.

É função do Instituto Ambiental do Paraná orientá-lo na manutenção das áreas florestais e dos nossos rios, visando a qualidade domeio ambiente e o bem estar de toda a sociedade.

Com o objetivo de aprimorar o controle das riquezas naturais de nosso Estado, o IAP institui um nova forma de fiscalização comsoluções rápidas, transparentes e que conta com a participação do proprietário envolvido.

Esta Cartilha tem por objetivo esclarecer aos produtores rurais como serão conduzidas, a partir de agora, as visitas efetuadaspelos Fiscais do IAP e do Batalhão da Força Verde às propriedades rurais.

Nosso desejo é que você, produtor rural, esteja bem informado sobre seus deveres como usuário ambiental e sobre os seus direitosa um meio ambiente saudável de forma técnica, legal e democrática.

O IAP convida você, produtor rural, para uma parceria com o objetivo de garantir a boa gestão ambiental do nosso Paraná.

Vamos juntos construir o futuro saudável que todos nós precisamos e merecemos.

Curitiba, 19 de janeiro de 2009.

Vitor Hugo Ribeiro Burko

Diretor Presidente do Instituto ambiental do Paraná

Como será a nova forma de fiscalização?

perde esse material, que será posteriormente destinado para algu-ma entidade pública.

E as motosserras, caminhão, trator florestal e outros equipa-mentos utilizados no corte irregular?A partir de agora, os veículos e equipamentos utilizados serão todosapreendidos. Ao final do processo, se condenado por decisão definitiva,o proprietário perde esse bens, que serão posteriormente leiloados.

O Fiscal aplica o auto de infração ambiental?Sim. O Fiscal aplica um auto de infração, mas, a partir de agora, nãoestipula mais o valor definitivo da multa.

Quem vai definir o valor final da multa?O valor final da multa será estipulado por um Colegiado compostopor três pessoas: o Chefe Regional do IAP que será Presidente desteColegiado, um Oficial da Força Verde e mais um técnico especialistano assunto a ser tratado. A multa irá variar de acordo com o impactoambiental da infração e ficará entre o mínimo e o máximo previstonos Decretos Federais nº 6.514/2008 e n° 6.686/2008.

O autuado poderá participar dessa reunião do Colegiado?Sim. O autuado será convocado para participar da reunião do Cole-giado. O Fiscal irá lhe entregar cópias do RAIA e do Auto de Infraçãoestimativo, e a Notificação, definindo o dia, hora e local da audiênciada qual ele deverá participar.

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13Boletim Informativo FAEP n° 1045 - semana de 30 de março a 5 de abril de 2009

O autuado pode apresentar defesa?Sim. Contado do dia da autuação, o produtor terá 20 dias de prazopara apresentar defesa, que deverá ser protocolado ao IAP.

Essa defesa pode ser escrita manualmente?Sim. Desde que o texto fique legível.

É necessário fazer defesa com advogado?Não. Não existe nada que obrigue a apresentação de defesa pormeio de advogado. A defesa poderá ser feita pelo próprio autuado,ou seu representante legal.

E na audiência do Colegiado, é preciso levar advogado?Não. O autuado, ou seu representante legal, será ouvido indepen-dente da presença de um advogado. Mas, se desejar, poderá com-parecer acompanhado de advogado.

O que vai acontecer na reunião do Colegiado?Os três membros que fazem parte do Colegiado irão analisar oocorrido e estabelecer o valor da multa. O Colegiado poderá tam-bém, dependendo da situação, suspender a multa e exigir do autu-ado uma compensação, ou estabelecer uma forma de recuperaçãoda irregularidade cometida. Independentemente de qual seja adecisão, o Colegiado irá justificá-la para o autuado.

Em quais situações a multa poderá ser suspensa?A multa poderá ser suspensa quando existirem estas três condi-ções:- o dano ambiental for considerado de pequeno impacto;- o autuado não tiver sido multado anteriormente; e- o autuado não tiver recebido o beneficio da suspensão da multanos últimos 5 anos.Se não existir qualquer uma dessas três condições, a multa nãopoderá ser suspensa.

Se a multa for suspensa, o que o autuado deverá fazer?Satisfeitas as três condições acima, o autuado deverá:- assinar Termo de Compromisso para recuperação do dano causa-do;- efetuar alguma prestação de serviço ambiental; e- caso ainda não tenha feito, averbar reserva legal até 11.12.2009,data limite determinada no Decreto Federal nº 6.686/2008 determi-nada no artigo n° 152.

E quando não há o direito da suspensão da multa, o que aconte-ce na reunião do Colegiado?Será aplicada a multa, ou seja, o Colegiado vai comunicar ao autua-do, mediante documento Notificação de Imposição da Sanção Ad-ministrativa, o valor final da multa a ser paga.

Como pode ser feito o pagamento da multa?Existem 2 formas:1ª– O autuado terá direito a um desconto de 40% sobre a multaaplicada pelo Colegiado, quando, além de se comprometer a recu-perar o dano, mediante assinatura de Termo de Compromisso, op-tar por aplicar o valor da multa em Projetos Ambientais aprovados,a sua escolha.

2ª - O autuado terá direito a um desconto de 30% sobre a multaaplicada pelo Colegiado, quando se comprometer a recuperar odano, mediante assinatura de Termo de Compromisso. Neste caso,

a multa deverá ser paga dentro de cinco dias a contar da data dadecisão do Colegiado.

O que é um Projeto Ambiental?São projetos previamente aprovados por uma Câmara de Avaliaçãode Planos de Aplicação de Conversão de Multas.

Como funciona isso?Uma entidade pública apresenta um projeto ambiental para análisedo IAP. Se aprovado, poderá receber recursos das multas aplicadaspelo Colegiado. Estes projetos deverão necessariamente ter objeti-vos de recuperação ou manutenção ambiental.

O produtor pode recorrer da multa?Sim. O pedido de reconsideração deve ser feito na SEMA - Secretariade Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos.

É importante deixar claro que o objetivo do IAP não é aplicarmultas e sim zelar pelo meio ambiente de nosso estado. É dentrodesse espírito que o IAP faz questão de que o dano ambientalcausado seja recuperado, e que o autuado se comprometa anão mais repetir a irregularidade cometida. A multa tem apenasuma função punitiva-educativa, o principal é recuperar o danoambiental.

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Escritório Regional de Curitiba

Rua Engenheiros Rebouças, 1375

Bairro Rebouças

80215-100 - CURITIBA

e-mail: [email protected]

Fone: (41) 3213-3700

Fax: (41) 3333-6508

Chefe: REGINATO JOAQUIM BRUN BUENO

Escritório Regional de Cascavel

Rua Mato Grosso, 2481 - Centro

85812-020 - CASCAVEL

e-mail: [email protected]

Fone: (45) 3222-4575/3222-1072

Fax: (45) 3223-3702

Chefe: MARLISE DA CRUZ

Escritório Regional de Foz do Iguaçu

Av. Paraná, 801 - Esquina com

Av. Araucária

85860-290 - FOZ DO IGUAÇU

e-mail: [email protected]

Fone/Fax: (45) 3524-4234

Chefe: IRINEU RODRIGUES RIBEIRO

Escritório Regional de Guarapuava

Rua Brigadeiro Rocha, 1970

85010-210 - GUARAPUAVA

e-mail: [email protected]

Fone/Fax: (42) 3622-3630

Chefe: ILDEFONSO COSTA

Escritório Regional de Campo Mourão

Rua Santa Cruz, 679 - Centro

CEP 87300-440 - CAMPO MOURÃO

e-mail: [email protected]

Fone/Fax: (44) 3523-1915

Chefe: RICARDO DE JESUS CARVALHO DOS

SANTOS

Escritório Regional de Cornélio Procópio

Rua Bahia, n° 18

86300-000 - CORNÉLIO PROCÓPIO

e-mail: [email protected]

Fone/Fax: (43) 3524-2597

Chefe: JOSÉ MARIANO DE MACEDO

NOSSOS CONTATOSCada Escritório Regional do IAP de sua Região está preparado para dar as necessárias orientações aos assuntos ambientais ou

receber pessoalmente suas denúncias relativas a algum problema ambiental. Você poderá também utilizar o telefone 0800-6463-0304. A ligação é gratuita.

Escritório Regional de Francisco BeltrãoRua Tenente Camargo, 131285605-090 - FRANCISCO BELTRÃO

e-mail: [email protected]

Fone: (46) 3524-3601 - Fax: (46) 3524-2613Chefe: IZAIR ANTONIO FAVRETTO

Escritório Regional de IratiRua Alfredo Bufren, 14 - Centro

84500-000 - IRATIe-mail: [email protected]

Fone/Fax: (42) 3423-2345Chefe: HENRIQUE ANDRÉ DUSZCZAK

Escritório Regional de IvaiporãAv. Souza Naves, 2280

86870-000 - IVAIPORÃe-mail: [email protected]

Fone/Fax: (43) 3472-4455

Chefe: MAURÍCIO FREDERICO

Escritório Regional de LondrinaAv. Brasil, 111586010-210 - LONDRINA

e-mail: [email protected]/Fax: (43) 3373-8700

Chefe: CARLOS ALBERTO HIRATA

Escritório Regional de ParanaguáRua Benjamim Constant, 27783203-450 - PARANAGUÁ

e-mail: [email protected]

Fone/Fax: (41) 3422-8233Chefe: NOELLE COSTA SABORIDO

Escritório Regional de Pato BrancoRua Guarani, 1002

85501-050 - PATO BRANCOe-mail: [email protected]

Fone/Fax: (46) 3225-3837Chefe: NORMÉLIO BONATTO

Escritório Regional de Ponta GrossaRua Comendador Miró, 1420

84010-160 - PONTA GROSSAe-mail: [email protected]

Fone/Fax: (42) 3225-2757

Chefe: WILSON BOWENS

Escritório Regional de UmuaramaAvenida Presidente Castelo Branco, nº 5200

87501-170 - UMUARAMA

e-mail: [email protected]

Fone/Fax: (44) 3623-2300

Chefe: CESIDIO LOLE ORBEN

Escritório Regional de JacarezinhoRua do Rosário, 641

86400-000 - JACAREZINHO

e-mail: [email protected]

Fone/Fax: (43) 3527-1516

Chefe: JOSÉ TARCISIO RAMOS

Escritório Regional de MaringáRua Bento Munhoz da Rocha, 16

87030-010 - MARINGÁ

e-mail: [email protected]

Fone/Fax: (44) 3226-3665

Chefe: PAULINO HEITOR MEXIA

Escritório Regional de ParanavaíRua Antônio Felipe, 1100

87702-020 - PARANAVAÍ

e-mail: [email protected]

Fone/Fax: (44) 3423-2526

Chefe: ANTONIO CARLOS C MORETO

Escritório Regional de PitangaRua João Grande sobrinho, 110

85200-000 - PITANGA

e-mail: [email protected]

Fone/Fax: (42) 3646-1549

Chefe: JOSÉ TADEU BINI

Escritório Regional de ToledoRua Guaíra, 3132 - 85903-220 - TOLEDO

e-mail: [email protected]

Fone/Fax: (45) 3252-2270

Chefe: JOSÉ VOLNEI BISOGNIN

Escritório Regional de União da VitóriaRua Quintino Bocaiuva, 12

84600-000 - UNIÃO DA VITÓRIA

e-mail: [email protected]

Fone/Fax: (42) 3522-3031

Chefe: BEATRIZ BERKENBROK WOEL

ESCRITÓRIOS REGIONAIS DO IAP

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15Boletim Informativo FAEP n° 1045 - semana de 30 de março a 5 de abril de 2009

INFORMÁTICA

SENAR-PR realiza cursoSENAR-PR realiza cursoSENAR-PR realiza cursoSENAR-PR realiza cursoSENAR-PR realiza cursode Administração em Pérolade Administração em Pérolade Administração em Pérolade Administração em Pérolade Administração em Pérola

O SENAR-PR e o Sindicato Rural, em parceria com omunicípio de Pérola, realizaram um curso de Adminis-tração e Informática Básica aos produtores rurais domunicípio. O curso teve uma duração de 40 horas e foirealizado no Laboratório municipal de Informática noperíodo de 16 a 20 de março e contou com a participa-ção de 12 alunos.

Segundo Simone do Couto, mobilizadora de cursosdo Sindicato, o curso teve a participação e comprome-timento de 100% dos alunos inscritos.

O aluno Orozimbo Campos disse que valeu a penater participado. “A Informática é uma ferramenta mui-to importante na atualidade, e está em constante de-senvolvimento, por este motivo precisamos de nos atu-alizar constantemente, concluiu Orozimbo.

O instrutor Clóvis Palozi e os alunos do curso

INFRAESTRUTURA

Jantar na CNA em BrasíliaNa quarta feira (25), em Brasília,

a CNA ofereceu um jantar à Comis-são de Infraestrutura do Senado Fe-deral, com o objetivo de expor aossenadores os problemas dessa áreaque afetam diretamente aos produ-tores rurais brasileiros.

A presidente da CNA, KátiaAbreu, e o presidente da FAEP e pri-meiro vice-presidente da CNA, Ági-de Meneguette, recepcionaram opresidente da Comissão, senadorFernando Collor de Mello (PTB-AL) eoutros onze senadores que fazemparte dessa Comissão, a mais im-portante do Senado, depois daquelaque trata do Orçamento da União.Senadores presentes - FernandoCollor (PTB-AL) – presidente; Eliseu Re-sende (DEM-MG) – vice-presidente; SerySlhessarenko (PT-MT); Wellington Salga-do (PMDB-MG); Gilberto Goellner (DEM-MT); Heráclito Fortes (DEM-PI) JaymeCampos (DEM-MT); Flexa Ribeiro (PSDB-PA); Marconi Perilo (PSDB-GO); Inácio Ar-ruda (PC do B-CE); Adelmir Santana(DEM-DF) - Waldir Raupp (PMDB-RO).

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16 Boletim Informativo FAEP n° 1045 - semana de 30 de março a 5 de abril de 2009

JURÍDICO

Invasão rural edescrição do dano

Djalma SigwaltDjalma Sigwalt é advogado - [email protected]

O possuidor na defesa da suaposse pode servir-se dosprocedimentos acionários

que protegem o seu direito. Estes vi-sam impedir as agressões à proprie-dade, já tradicionais no país. Desde omomento da ameaça ao imóvel podeo prejudicado postular em seu favora ação de interdito proibitório. Nahipótese de ocorrência de turbaçãoo remédio processual se fundamen-ta na ação de manutenção de posse.Havendo esbulho o direito será dereintegração de posse. Em todos oscasos poderá o atingido pelo atoagressivo beneficiar-se da liminar,desde que a pleiteie nos termos dalei, no prazo de um ano e um dia.Esse o estribo procedimental, em sín-tese, na defesa da posse.

Ocorre que tais demandas permi-tem a cumulação do pleito possessó-rio com a condenação em perdas edanos. Estas são comuns na pendên-cia do esbulho ou da turbação, inci-dentes enquanto não se perfaz o cum-primento da liminar. Podem essas per-das abranger danos emergentes e lu-cros cessantes. Porém, a dificuldadese estabelece na demonstração des-ses prejuízos. Invadido o imóvel oofensor pode na violência inerente aoseu ato consumar prejuízos intensosà propriedade. Têm acontecido emdeterminadas situações a destruiçãoparcial ou total de rebanhos, planta-ções, pastos, máquinas, enfim, bensde toda sorte que guarnecem o patri-mônio esbulhado. Tais danos depen-derão da atividade própria do bem. Adificuldade surge no momento da de-monstração probatória da realidadee da extensão desses danos. De im-portância na garantia de reparaçãofutura de perdas e danos a mensura-ção dos prejuízos.

Em situações de ameaça real eséria à posse, em momento anteriorao esbulho, surge a possibilidade douso do processo cautelar previsto nalei processual, no objetivo de adian-tar a prova da existência dos bens edetalhamentos correlatos. A provaemergente, antecipatória, narrará odetalhamento do imóvel, constru-ções, acessões, benfeitorias, móveis,semoventes e tudo mais que nele secontenha. Esse procedimento prepa-ratório será utilizado em momentoanterior ao processo principal. Aguar-dar o desfecho do debate possessó-rio para realizar a prova poderá mos-trar-se inócuo, ante a dificuldade dademonstração posterior ao esbulho.Nesse passo, a cautelar de produçãoantecipada de provas poderá ser uti-lizada, porquanto além de interro-gatório da parte ou inquirição de tes-temunhas, pode consistir apenas emexame pericial. Essa garantia judici-al decorre do dispositivo específicoao dispor que "havendo fundado re-ceio de que venha a tornar-se impos-sível ou muito difícil a verificação decertos fatos na pendência da ação, éadmissível o exame pericial". Por seuturno, a perícia a ser realizada segui-rá a clássica forma determinada peloprocesso, podendo objetivar exame,vistoria ou avaliação dos bens. Seránomeado perito e este terá prazopara entrega do laudo. Podem as par-tes interessadas indicar assistentetécnico e apresentar linha de quesi-tos. Realizados os trabalhos será apre-sentado o laudo. Na realidade, essacautelar específica se escuda na pos-sibilidade de adiantar a prova mate-rial dos danos, porquanto aguardaro desfecho do processo principal po-derá resultar infrutífero ante a vio-lência do esbulho.

Jornalista responsável:Paulo R. Domingues (DRT-PR 1512)

André Franco (redator)Marcos Tosi (redator)

[email protected]

Publicação semanal editada pelasAssessorias de Comunicação Social (ACS) da FAEP e SENAR-PRPermitida a reprodução total ou parcial. Pede-se citar a fonte.

PresidenteÁgide Meneguette

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SuperintendênciaRonei Volpi

SENAR - Administração Regional do Estado do ParanáAv. Marechal Deodoro, 450 - 16o andarCep 80010-010 - Curitiba - ParanáFone: 41 2106-0401 - Fax: 41 3323-1779e-mail: [email protected]: www.senarpr.org.br

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CONTRIBUIÇÃO SINDICAL. FORA DO PRAZO. ART.600 CLT. MULTA, JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIAAPLICÁVEIS. Recepcionado o art. 600 da CLT pela or-dem constitucional, são plenamente aplicáveis a mul-ta, a correção monetária e os juros previstos no pre-ceito legal. Recurso em Cobrança de Contribuição Sin-dical provido para acrescer à condenação.

VISTOS, relatados e discutidos estes autos de RECUR-SO ORDINÁRIO, provenientes da Vara do Trabalho de Apucara-na, em que são recorrentes CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTU-RA E PECUÁRIA DO BRASIL - CNA, FEDERAÇÃO DA AGRICUL-TURA DO ESTADO DO PARANÁ FAEP, SINDICATO RURAL DECÂNDIDO ABREU e SINDICATO RURAL DE BARBOSA FERRAZ erecorrido L. J. P.

I. RELATÓRIODa decisão de fls. 235-241, que julgou parcialmente

procedente a ação, recorrem os autores (fls. 247-251). Pretendemmodificação quanto aos seguintes itens: a) encargos moratórios -art. 600 da CLT; b) honorários advocatícios.

O réu, regularmente intimado, não apresentou con-tra-razões.

Em conformidade com o Provimento 01/2005 da Cor-regedoria Geral da Justiça do Trabalho e, agora, a teor do dispostono art. 45 do Regimento Interno deste Tribunal Regional do Tra-balho (Recebidos, registrados e autuados no Serviço de Cadastra-mento Processual, os processos serão remetidos ao Serviço deDistribuição dos Feitos de 2ª instância, competindo ao juiz relatara iniciativa de remessa ao Ministério Público do Trabalho. Reda-ção dada pelo artigo 4° da RA nº 83/2005, de 27.06.05, DJPR de08.07.05) os presentes autos não foram enviados ao MinistérioPúblico do Trabalho.

II. FUNDAMENTAÇÃO

1. ADMISSIBILIDADEPresentes os pressupostos legais de admissibilidade,

CONHEÇO DO RECURSO ORDINÁRIO.

2. MÉRITO

ENCARGOS MORATÓRIOS - ART. 600 DA CLTNa petição inicial (fl. 31), com respaldo no art. 600 da

CLT (art. 600 - O recolhimento da contribuição sindical efetuadofora do prazo referido neste Capítulo, quando espontâneo, seráacrescido da multa de 10% (dez por cento), nos 30 (trinta) primei-ros dias, com o adicional de 2% (dois por cento) por mês subse-qüente de atraso, além de juros de mora de 1% (um por cento) aomês e correção monetária, ficando, nesse caso, o infrator, isentode outra penalidade.), os autores pediram a incidência de multa,juros de mora e correção incidentes sobre as contribuições sindi-cais não quitadas até o momento pelo réu e objeto dos pedidosprincipais.

Revel o réu (fl. 186), foi proferida sentença (fls. 235-241) que condenou L. J. P. a pagar as contribuições sindicais, coma devida atualização. Indeferiu-se, por outro lado, a incidência damulta, juros e correção previstos no art. 600 da CLT sobre os

PODER JUDICIÁRIOTRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DO PARANÁ

RECURSO ORDINÁRIO - TRT-PR-79062-2006-089-09-00-4 (RO)RECORRENTES: CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO BRASIL - CNA, FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DO

PARANÁ FAEP, SINDICATO RURAL DE CÂNDIDO ABREU e SINDICATO RURAL DE BARBOSA FERRAZRECORRIDOS: L. J. P.RELATORA: MARLENE T. FUVERKI SUGUIMATSU

valores devidos a título de contribuição sindical. Concluiu-se queesse dispositivo teria sido revogado tacitamente pela Lei 8.022/1990e que o advento da Lei 8.847/1994 apenas transferiu a competên-cia da cobrança da contribuição à Confederação Nacional daAgricultura, sem mencionar sobre as penalidades decorrentesde atraso no pagamento, pelo que estaria vigente o art. 2.° da Lei8.022/1990. Assim, aplicou-se correção monetária, multa e jurossobre as contribuições sindicais rurais, nos moldes previstos noart. 2° da lei 8.212/1990.

Os recorrentes argumentam que o art. 600 da CLTcontinua vigente, não havendo revogação tácita ou expressapela Lei 8.022/1990 e que o advento desta Lei e da Lei 8.847/1994somente veio modificar a competência para a cobrança da con-tribuição sindical, sem tratar especificamente a matéria daspenalidades a serem aplicadas na hipótese de atraso no paga-mento. Portanto, seriam devidos os encargos pelo atraso no re-colhimento da Contribuição Sindical Rural, nos termos do art.600 da CLT, ou seja, multa de 10% nos trinta primeiros dias, comadicional de 2% ao mês de atraso, além de juros de mora de 1%ao mês e correção monetária, segundo o disposto no art. 600,caput, da CLT.

Com razão os recorrentes. A Lei 8.022/1990 teria insti-tuído a alteração da competência e regulamentação do recebi-mento da contribuição sindical ao atribuir à Secretaria da Recei-ta Federal a sua tributação, arrecadação, fiscalização e cadastra-mento. Por sua vez, o art. 2.° desta Lei apenas instituiu parâme-tros de atualização e multa específica em razão da legitimidadeconferida ao órgão arrecadador, detentor de natureza distintaem relação ao contribuinte sindical e sindicado. A edição da Lei8.847/1994 transferiu tal atribuição à Confederação Nacional daAgricultura -CNA- e à Confederação Nacional dos Trabalhadoresna Agricultura - CONTAG, sujeitos subordinados às normas tra-balhistas, o que não implicou revogação tácita ou expressa damulta do art. 600 CLT. Portanto, não se trata de hipótese de re-pristinação, pois o dispositivo sempre esteve vigente. Na realida-de, aplica-se o § 2° do art. 2° da LICC: (“A lei nova, que estabelecedisposições gerais ou especiais a perdas já existentes, não revoganem modifica a lei anterior”).

A incidência da multa do art. 600 da CLT, já foi objetode análise pela 1ª Turma deste Tribunal. Por anuir com a suaconclusão, e por brevidade, adoto os fundamentos da decisãoproferida nos autos TRT-PR-79012-2006-023-09-00-5 (Ac. 23433-DJPR 28.08.2007), de lavra do Exmo. Desembargador UbirajaraCarlos Mendes, como razões de decidir:

A capacidade tributária ativa, para arrecadar e fisca-lizar a cobrança da contribuição sindical rural, era,inicialmente, do INCRA - Instituto Nacional de Coloni-zação e Reforma Agrária, conforme art. 4° do Decreto-Lei nº 1.166/71:

"Art. 4° Caberá ao Instituto Nacional de Colonização eReforma Agrária (INCRA), proceder ao lançamento ecobrança da contribuição sindical devida pelos inte-grantes das categorias profissionais e econômicas daagricultura, na conformidade do disposto no presenteDecreto-Lei. (...)

§ 2° A contribuição devida às entidades sindicais da

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categoria profissional será lançada e cobrada dos em-pregadores rurais e por estes descontada dos respec-tivos salários tomando-se por base um dia de saláriomínimo regional, pelo número máximo de assalaria-dos que trabalhem nas épocas de maiores serviços,conforme declarado no cadastramento do imóvel.

§ 3° A contribuição dos trabalhadores referidos no itemI, letra b, do artigo 1° será lançada na forma do dispostono artigo 580, letra b, da Consolidação das Leis do Tra-balho e recolhida diretamente pelo devedor, incidindo,porém, a contribuição apenas sobre um imóvel.

§ 4° Em pagamento dos serviços e reembolso de des-pesa, relativos aos encargos decorrentes deste artigo,caberão ao Instituto Nacional de Colonização e Refor-ma Agrária (INCRA), 15% (quinze por cento) das im-portâncias arrecadadas, que lhe serão creditadas di-retamente pelo órgão arrecadador."

A despeito de a arrecadação ser feita pelo INCRA, otexto legal deixa claro que as contribuições eram devi-das à CNA e que o INCRA era mero prestador de ser-viços, que apenas arrecadava as contribuições e, comopagamento pelo trabalho executado, recebia 15% dovalor arrecadado. Em face disso, verifica-se que a con-tribuição sindical não se confunde com tributo estritosenso, mas tem natureza parafiscal, porquanto devi-da às entidades sindicais.

Com o advento da Lei nº 8.022/90, a arrecadação da con-tribuição sindical rural passou à competência da Secre-taria da Receita Federal, conforme dispõe seu art. 1°:

“Art. 1°. É transferida para a Secretaria da Receita Fe-deral a competência de administração das receitasarrecadadas pelo Instituto Nacional de Colonização eReforma Agrária INCRA, e para a Procuradoria-Geralda Fazenda Nacional a competência para a apuração,inscrição e cobrança da respectiva dívida ativa.

§ 1°. A competência transferida neste artigo à Secretariada Receita Federal compreende as atividades de tributa-ção, arrecadação, fiscalização e cadastramento."

Note-se que referida lei apenas transferiu à Receita Fe-deral a competência para proceder a arrecadação dacontribuição sindical, nada mencionando quanto aos seusdestinatários, que permaneceram sendo as entidadessindicais, na forma do Decreto-Lei nº 1.166/71.

Além disso, a Lei n° 8.022/90 estabeleceu em seu art. 2°:

"Art. 2° As receitas de que trata o artigo 1° desta Lei,quando não recolhidas nos prazos fixados, serão atua-lizadas monetariamente, na data do efetivo parcela-mento, nos termos do artigo 61 da Lei nº 7.799, de 10de julho de 1989, e cobradas pela União com os se-guintes acréscimos:

I - juros de mora, na via administrativa ou judicial,contados do mês seguinte ao do vencimento, à razãode 1% (um por cento) ao mês e calculados sobre ovalor atualizado, monetariamente, na forma da legis-lação em vigor;

II - multa de mora de 20% (vinte por cento) sobre ovalor atualizado, monetariamente, sendo reduzida a10% (dez por cento) se o pagamento for efetuado até oúltimo dia útil do mês subseqüente àquele em quedeveria ter sido pago;

III - encargo legal de cobrança da Dívida Ativa de que

trata o artigo 1º do Decreto-Lei nº 1.025, de 21 de outu-bro de 1969, e o artigo 3° do Decreto-Lei nº 1.645, de 11de dezembro de 1978, quando for o caso.

Parágrafo único. Os juros de mora não incidem sobreo valor da multa de mora." (grifas acrescidos)

Ocorre que a Lei nº 7.799/89, a que se remete a Lei nº8.022/90, trata, especificamente dos débitos de nature-za fiscal, devidos à Fazenda Nacional e arrecadadospela União, dentre os quais não se enquadra a contri-buição sindical, de natureza parafiscal e devida à enti-dade sindical. Reza o art. 61 "caput" da Lei nº 7.799/89:

“Art. 61. Os débitos de qualquer natureza para com aFazenda Nacional e os decorrentes de contribuiçõesarrecadadas pela União, quando não pagos até a datado seu vencimento, serão atualizados monetariamen-te, a partir de 1° de julho de 1989, na forma desteartigo.” (grifos acrescidos).

Portanto, verifica-se que a Lei nº 7.799/89, a que seremete a Lei nº 8.022/90, trata especificamente dosdébitos para com a Receita Federal, não abrangendoas contribuições devidas às entidades sindicais.

Não havendo, pois, regramento específico nas referi-das leis posteriores, quanto à incidência de juros emulta moratória nas contribuições sindicais, de natu-reza parafiscal e devidas às entidades sindicais, per-manece válida a norma mais antiga, porém específi-ca, consubstanciada no art. 600 da CLT. Não se cogita,portanto, de revogação expressa. Tampouco se podefalar em revogação tácita, por incompatibilidade, por-quanto as leis novas tratam especificamente dos tri-butos devidos à Receita Federal, não abrangendoexpressamente a contribuição sindical.

Ainda, com o advento da Lei nº 8.847/94, art. 24, I, aatribuição de arrecadar a contribuição sindical voltoua ser das entidades sindicais:

“Art. 24. A competência de administração das seguin-tes receitas, atualmente arrecadadas pela Secretariada Receita Federal por força do artigo 1° da Lei nº8.022, de 12 de abril de 1990, cessará em 31 de dezem-bro de 1996:

I - Contribuição Sindical Rural devida à ConfederaçãoNacional da Agricultura - CNA e à Confederação Na-cional dos Trabalhadores na Agricultura - CONTAG,de acordo com o artigo 4° do Decreto-Lei nº 1.166, de15 de abril de 1971, e artigo 580 da Consolidação dasLeis do Trabalho CLT; ...” (grifos acrescidos).

Se a Lei nº 8.022/90 estabelecia a competência da Re-ceita Federal para proceder a cobrança das contribui-ções sindicais e a Lei nº 8.847/94 retirou-lhe essa atri-buição, nada mencionando sobre a incidência de ju-ros e multa moratória, a revogação da primeira pelasegunda lei ocorreu parcialmente, apenas no que tan-ge à competência para arrecadação, permanecendoválida a norma específica a respeito da atualização dodébito, qual seja, o art. 600 da CLT.

A Lei de Introdução do Código Civil, quanto à revoga-ção das leis, dispõe, em seu art. 2°:

“Art. 2°. Não se destinando à vigência temporária, a leiterá vigor até que outra a modifique ou revogue.

§ 1°. A lei posterior revoga a anterior quando expres-samente o declare, quando seja com ela incompatível

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ou quando regule inteiramente a matéria de que tra-tava a lei anterior.

§ 2°. A lei nova, que estabeleça disposições gerais ouespeciais a par das já existentes, não revoga nem mo-difica a lei anterior.

§ 3°. Salvo disposição em contrário, a lei revogada nãose restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência."(grifos acrescidos).

No caso dos autos, a Lei nº 8.022/90 não fez mençãoexpressa à revogação do art. 600 da CLT. Tambémnão se mostram incompatíveis os dispositivos, poisum trata da atualização dos débitos devidos à Recei-ta Federal e outro da contribuição de natureza para-fiscal devida às entidades sindicais. Por fim, a Leinova não regulou inteiramente a matéria relativa aorecolhimento de contribuição sindical, tratado peloartigo celetário.

Aplica-se, pois, à hipótese, o disposto no parágrafo 2°do artigo 2° da LICC, segundo o qual não se cogita derevogação quando a lei nova, que estabelece normasgerais ou especiais a par das já existentes, não revoganem modifica a anterior.

Considerando que a CLT possui disposição específicasobre o tema, não revogada, aplica-se, no caso, o art.600 celetário, que reza:

"Art. 600. O recolhimento da contribuição sindical, efe-tuado fora do prazo referido neste Capítulo, quandoespontâneo, será acrescido da multa de 10% (dez porcento), nos 30 (trinta) primeiros dias, com o adicionalde 2% (dois por cento) por mês subseqüente de atraso,além de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês ecorreção monetária, ficando, nesse caso, o infrator,isento de outra penalidade".

Nesse sentido, a jurisprudência do TST também temse manifestado:

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL RECOLHIMENTOFORA DO PRAZO LEI 8.847/94 VIGÊNCIA DO DECRE-TO-LEI 1.166/71 INCIDÊNCIA DAS PENALIDADES DOART. 600 DA CLT. As penalidades previstas de formaespecífica no art. 600 da CLT são aplicáveis na hipó-tese de recolhimento da contribuição sindical ruralfora do prazo, nos termos do Decreto-Lei 1.166/71,cuja vigência é indiscutível em face de sua mençãoexpressa na Lei 8.847/94, que transferiu da ReceitaFederal para a Confederação da Agricultura e Pecu-ária do Brasil a atribuição de arrecadar o tributo.Não há, portanto, que se falar em revogação tácitapelas Leis 8.022/90 e 8.383/91, que versaram de for-ma genérica sobre as receitas arrecadadas pelo IN-CRA. Recurso de revista conhecido e provido (RR-298/2006-091-00, Ministro Relator Ives Gandra Mar-tins Filha, DJ 14-12-2007).

RECURSO DE REVISTA. AÇÃO DE COBRANÇA. CNA.APLICAÇÃO DO ART. 600 DA CLT. NORMA INFRA-CONSTITUCIONAL. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RU-RAL. Tendo sido a r. decisão recorrida no sentido dainaplicabilidade do artigo 600 da CLT, em face de nãoter sido este dispositivo recepcionado pela Constitui-ção Federal, não se verifica ofensa direta à literalidadedos artigos 8°, inciso IV, e 149 da Constituição Federal,que não tratam especificamente da questão da pena-lidade pela mora no recolhimento da contribuição sin-dical rural, pois se limitam a dispor de forma amplasobre a contribuição de categoria profissional descon-

tada em folha para custeio do sistema confederativoda representação sindical e sobre a competência daUnião para instituir contribuições. Exegese do § 6° doartigo 896 da CLT. Recurso de revista não conhecido.(RR-460/2006-022-24-00, Ministro-Relator Aloysio Cor-rêa da Veiga, DJ 26-10-2007).

A matéria também é conhecida da 5ª Turma desteTribunal, objeto do julgamento proferido nos autos TRT-PR-79097-2006-089-09-00-3 (Ac. 35370-2007- DJPR 30.11.2007), em que atuoucomo relatora a Exma. Desembargadora Eneida Cornel, nos se-guintes termos:

(...) a Lei 8.022/90 não revogou tacitamente o artigo 600da CLT. A alteração trazida pela referida lei diz respei-to à competência e à regulamentação do recebimentoda contribuição sindical rural pela Secretaria da Re-ceita Federal. Concluiu o Órgão Julgador que não háque se cogitar de repristinação, na medida em que oartigo 600 da CLT, não deixou de vigorar, sendo devidaa penalidade ali prevista, observada a limitação im-posta pelo artigo 412 do CCB, assim como os juros e acorreção monetária fixados no referido dispositivo dotexto consolidado.

Por esses fundamentos, entendo devida a incidênciada multa e dos juros e correção monetária previstos no art. 600da CLT sobre os valores da contribuição sindical rural recolhidaem atraso. Acolho a irresignação para, alterando o último pará-grafo da fl. 240, acrescer à condenação a multa, juros e correçãomonetária previstos no art. 600 da CLT.

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOSO magistrado de primeiro grau, a despeito de conde-

nar o réu ao pagamento de honorários, fixou estes em 5%, consi-derando a complexidade da demanda (fl. 241). Os autores pre-tendem a majoração do percentual. Afirmam que o percentualfixado despreza a relevância da profissão do advogado e o traba-lho desenvolvido.

O Tribunal Superior do Trabalho, preocupado com osefeitos práticos da ampliação da competência desta Justiça Espe-cializada, que dificilmente poderiam ser resolvidos por ocasiãoda própria Emenda, pelos legisladores, enfrentou algumas dasprincipais questões procedimentais decorrentes da reforma coma aprovação da Instrução Normativa 27.

O art. 1º da Instrução Normativa 27/2005 estabeleceque "as ações ajuizadas na Justiça do Trabalho tramitarão pelo ritoordinário ou sumaríssimo, conforme previsto na Consolidação das Leisdo Trabalho, excepcionando-se, apenas, as que, por disciplina legal ex-pressa, estejam sujeitas a rito especial, tais como Mandado de Seguran-ça, Habeas Corpus, Habeas Data, Ação Rescisória, Ação Cautelar eAção de Consignação de Pagamento”. O caput do art. 2º dispõe que “asistemática recursal a ser observada é a prevista na Consolidação dasLeis do Trabalho, inclusive no tocante à nomenclatura, à alçada, aosprazos e às competências” .

É verdade que referido ato normativo não tem forçavinculante. Por outro lado, não se pode negar a sua importânciacomo subsídio nesse período inicial de incertezas, principalmen-te porque é o TST o órgão investido de competência para unifor-mizar o entendimento jurisprudencial em matéria infraconstitu-cional trabalhista. Ocorre que a questão trazida à análise na hipó-tese dos autos - aplicação ou não do jus postulandi às ações danova competência - não foi objeto da instrução normativa, pelomenos não especificamente.

O assunto é realmente polêmico e requer profundareflexão.

Com base na instrução normativa do TST podem sur-gir duas conclusões, opostas entre si. A primeira no sentido de

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que, como se aplica o procedimento trabalhista às ações da novacompetência, por conseqüência também se aplica a regra do juspostulandi. A segunda, defendida pelos recorrentes, de que, se ainstrução normativa prevê a condenação em honorários de su-cumbência, é porque reconhece a imprescindibilidade da pre-sença de advogado nessas ações. Aqui também estaria o argu-mento de que o art. 791 da CLT prevê a possibilidade apenas deempregado e empregador postular pessoalmente em juízo.

Esta Turma já se posicionou anteriormente acerca doprocedimento aplicável às ações da nova competência, enfren-tando justamente o aspecto de se devem prevalecer as regrasespecíficas a cada relação material ou as regras processuais eprocedimentais da Justiça para a qual elas foram redirecionadas.

Considera-se que não é despido de toda razoabilidadeo entendimento de que as peculiaridades do rito procedimentaldevem corresponder à natureza e às características dos direitosmateriais afirmados em juízo. Nesse sentido, as ações ajuizadasna Justiça do Trabalho que não se refiram à relação de empregodeveriam seguir o rito do CPC ou outras leis esparsas, pelo menosaté que não seja publicada lei disciplinando a matéria.

Por outro lado, prevaleceu o entendimento de que aquestão deve ser analisada levando-se em consideração o con-texto em que ela surge. A Reforma do Poder Judiciário, inaugura-da pela Emenda Constitucional 45/2005, é seguida por regrasgerais e princípios que são dela subjacentes. A Emenda instituiu,no art. 5°, LXXVIII, o princípio da duração razoável do processoao dispor que "a todos, no âmbito judicial e administrativo, são asse-gurados a razoável duração do processo e os meios que garantam aceleridade de sua tramitação”. Tal princípio deve ser encarado comovetor axiológico para a solução de qual procedimento se aplica àsações atingidas pela nova competência da Justiça do Trabalho.Ainda que o procedimento trabalhista não possa ser consideradomodelo de celeridade e efetividade processual, suas regras, semdúvida, revelam mais essa tendência do que as normas proces-suais civis.

Talvez tenha sido também em função do procedimentoaqui aplicado que o legislador constituinte decidiu atribuir à Jus-tiça do Trabalho a competência para julgar as ações que tenhampor objeto lides decorrentes da relação de trabalho em geral e derepresentação sindical, por exemplo.

Por essa razão, entendo que a medida mais razoável éestender o processo trabalhista e os valores e princípios dele ine-rentes às ações da nova competência da Justiça do Trabalho, con-siderando, apenas, as exceções que vierem a ser disciplinas em leie aquelas que já foram expressamente ressalvadas na instruçãonormativa do TST. O jus postulandi, assim, atingiria também aspartes dessas novas ações da Justiça do Trabalho. Os argumentosem sentido contrário, embora não sejam totalmente desarrazoa-dos, não servem para afastar a incidência dessa regra.

A previsão do art. 791 da CLT, que autoriza emprega-do e empregador a postular pessoalmente perante a Justiça doTrabalho, não implica restrição da regra a referidas pessoas. Épreciso considerar que a redação do referido dispositivo legal foifeita quando não havia outras relações, que não a empregatícia,em discussão nesta Justiça. Logo, na época, não haveria porquese estabelecer previsão mais ampla.

As alterações ocorridas no ordenamento jurídico de-vem ser analisadas sistematicamente, nunca de forma apartada.Assim, as mudanças não atingem apenas os dispositivos legaisalterados, mas também a interpretação das demais regras dosistema.

Entende-se, portanto, que o art. 791 da CLT deve serinterpretado como aplicável a todas as ações perante a Justiça doTrabalho. A tendência deve ser, portanto, de vincular o jus postu-landi à Justiça do Trabalho e não, propriamente, às figuras do

empregado e do empregador. Até porque, na prática, assim jáocorria antes mesmos da Emenda Constitucional. É que o juspostulandi era também considerado em relação ao trabalhadoreventual e àqueles que, buscando o reconhecimento de vínculo,tivessem o pedido indeferido pela constatação de relação autô-noma, por exemplo.

Nem se diga que a aplicação do jus postulandi às açõesda nova competência desconsideraria o real objetivo da norma -garantir ao hipossuficiente o acesso à justiça. Em primeiro lugar,porque nas novas ações a serem processadas na Justiça do Traba-lho também existem partes hipossuficientes, senão mais o que opróprio empregado, como são, por exemplo, os trabalhadoreslato sensu, desabrigados da relação empregatícia. Em segundolugar, porque tal objetivo não condiciona a capacidade postulató-ria, que é garantida tanto para os que não podem contratar advo-gado, como para os que não queiram assistência especializada.Não se trata de incentivar a postulação pessoal das partes, atéporque esta Relatora tem ciência de que a representação poradvogado é sempre benéfica à parte, mas, apenas, de garan-tir essa possibilidade existente na Justiça do Trabalho, que foiexpressamente ressalvada no art. 133 da CF.

Por fim, não existe contradição entre o reconhecimen-to, pelo TST, da aplicação de honorários de sucumbência às açõesda nova competência e a aplicação do jus postulandi. Trata-se, deum lado, de admitir a possibilidade de condenação da parte per-dedora a suportar os honorários advocatícios da parte contráriae, de outro, de garantir a possibilidade de acesso à justiça sem anecessidade de contratação de advogado, situações que não seanulam entre si.

Como conseqüência da condenação no principal, naforma do art. 5° da Instrução Normativa 27/2005 do TST (Art. 5°Exceto nas lides decorrentes da relação de emprego, os honoráriosadvocatícios são devidos pela mera sucumbência.), deve-se con-denar o réu ao pagamento de honorários de advogado, entretan-to, não no percentual indicado na sentença, parâmetro que real-mente evidencia um certo desprestígio a uma profissão tão dignaquanto à do advogado, que chegou a ser elevada à condição deator fundamental à administração da justiça pela própria CartaMagna (Art. 133. O advogado é indispensável à administração dajustiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercí-cio da profissão, nos limites da lei.). Entretanto, não se pode per-der de foco que o caso presente realmente revela-se uma de-manda de pouca complexidade, especialmente porque o réu foirevel. Logo, os honorários não podem ser fixados no percentualmáximo aplicável à espécie, que, a juízo deste Colegiado, seria de15%. Respeitado o princípio da proporcionalidade, acolho emparte a irresignação para fixar os honorários em 10%.

Dou provimento ao recurso ordinário para, nos ter-mos da fundamentação: a) acrescer à condenação a multa, jurose correção monetária previstos no art. 600 da CLT; b) fixar em10% os honorários advocatícios.

III. CONCLUSÃOPelo que,ACORDAM os Desembargadores da 2ª Turma do Tri-

bunal Regional do Trabalho da 9ª Região, por unanimidade devotos, EM CONHECER DO RECURSO ORDINÁRIO DOS AUTO-RES e, no mérito, por igual votação, EM DAR-LHE PROVIMENTOPARCIAL para, nos termos da fundamentação: a) acrescer à con-denação a multa, juros e correção monetária previstos no art. 600da CLT; b) fixar em 10% os honorários advocatícios.

Custas inalteradas.Intimem-se.

Curitiba, 09 de dezembro de 2008.MARLENE T. FUVERKI SUGUIMATSU Desembargadora Relatora

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21Boletim Informativo FAEP n° 1045 - semana de 30 de março a 5 de abril de 2009

SUINOCULTURA

Linha de crédito deve financiarestocagem de carcaças e produtosO governo federal deve lan-çar uma Linha Especial deCrédito (LEC) para a suino-cultura. É o que foi reveladopelo ministro da Agricultura,Reinhold Stephanes, no dia24 de março, durante umareunião com a presidênciada Associação Brasileira dosCriadores de Suínos (ABCS).A medida servirá para finan-ciar a estocagem de carcaçase produtos.

À semelhança do regime de Pre-ços Mínimos, os recursos dessa li-nha de crédito somente serão libe-rados para a indústria depois da con-firmação do pagamento de um pisode R$1,80 para o quilo do suíno vivo.

Para o setor, a novidade é resul-tado de uma sequência de reuniõesrealizadas por lideranças da suino-

cultura. Inclusive, em Brasília, como ministro da Agricultura.

O presidente da Comissão Téc-nica de Suinocultura da FAEP, JoãoBatista Pazuch Manfio, informouque a medida é conseqüência dotrabalho em conjunto para que fos-se implantado um valor referênciapara os suínos.

“Sabemos que esse valor de R$1,80 não cobre os atuais custos deprodução. Mas, por outro lado, seconseguirmos pôr em prática essamedida, esperamos que sejam re-duzidos os estoques de excedentesno mercado”, disse.

Manfio também espera que, coma adoção de outras medidas, ocorrauma reação dos preços do suíno.“Não é só essa medida. Vamos con-tinuar a conversa com o governofederal, com o Planejamento e ou-

tros ministérios, para que sejam co-locadas em prática outras medidasde interesse do setor”, afirmou.

Queda dos preços – “Apenas nostrês primeiros meses deste ano, ospreços pagos aos criadores de suínoscaíram 17%.” A afirmação é da eco-nomista da FAEP, Gilda Bozza. Segun-do ela, a pressão nos preços pagos aoprodutor ocorreu em conseqüênciada colocação, no mercado interno,do excedente de exportação.

“O setor de suínos enfrenta difi-culdades desde o final do ano pas-sado. O começo dos problemas foia crise financeira mundial. Comisso, houve uma restrição de cré-dito às exportações e muitos con-tratos já firmados foram cancela-dos. Também houve queda dospreços internacionais das commo-dities”, lembrou.

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NEGOCIAÇÃO

Entidades e empresas fechamEntidades e empresas fechamEntidades e empresas fechamEntidades e empresas fechamEntidades e empresas fechamacordo sobre preço do fumoacordo sobre preço do fumoacordo sobre preço do fumoacordo sobre preço do fumoacordo sobre preço do fumo

Encontro ocorrido nos dias 23 e24, em Santa Cruz do Sul, entre diri-gentes das entidades dos produto-res de tabaco e das empresas fuma-geiras, consolidou um acordo sobreo preço do tabaco. A nova tabela,válida para a presente safra, con-templa um reajuste de 13,1% sobreo valor mínimo de tabela do períodoanterior. Com isso, o quilo de fumoda classe BO1, variedade Virgínia, amais valorizada, passa a valer R$ 7,07ou R$ 106,05 a arroba.

O reajuste é retroativo ao inícioda comercialização. Diante disso, oproduto adquirido anteriormente àassinatura do protocolo pelas em-presas será objeto de complemen-tação de pagamento. Além disso, otermo, firmado individualmente,

prevê que o pagamento do tabacoadquirido pelas indústrias deveráocorrer até o quarto dia útil à datade entrega, a garantia de comprade toda a produção contratada e deaval para os financiamentos e o pa-gamento do frete e do seguro dacarga da casa do produtor até àsesteiras de comercialização.

Como novidade, o protocolo pre-vê uma antecipação da negociaçãodos preços referenciais mínimospara a safra 2009/2010. O processoserá iniciado em julho deste ano. Asistemática será composta pelo cus-to de produção, somado a um per-centual de lucratividade, que serádiscutido entre as partes.

“A maior vitória para os produto-res de fumo foi a cláusula 1.3, que

diz sobre o fechamento do preço mí-nimo já em junho de 2009. Com elao produtor terá mais força na nego-ciação com a empresa”, explicouMesaque Kecot Veres, presidente doSindicato de Irati, e integrante daComissão dos representantes dosprodutores de tabaco.

A Comissão dos representantesdos produtores de tabaco é compos-ta pela Federação da Agricultura doParaná (FAEP), Associação dos Fumi-cultores do Brasil (Afubra), Federa-ções dos Trabalhadores na Agricul-tura nos estados do Rio Grande doSul (Fetag/RS), de Santa Catarina (Fe-taesc) e do Paraná (Fetaep) e Federa-ções da Agricultura nos Estados doRio Grande do Sul (Farsul), de SantaCatarina (Faesc).

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22 Boletim Informativo FAEP n° 1045 - semana de 30 de março a 5 de abril de 2009

PREVIDÊNCIA

João Cândido de Oliveira NetoConsultor de Previdência Social da FAEP

Invalidez total e definitiva

A Lei nº 8.213, de 24 de julho de1991, que dispõe sobre o Plano deBenefícios da Previdência Social,

define a aposentadoria por invalidez comobenefício a ser concedido ao segurado doINSS que, estando ou não em gozo de au-xílio doença, for considerado incapaz to-tal e definitivamente para o trabalho.

A verificação da incapacidade é feitapor exame médico-pericial a cargo daPrevidência Social, podendo o segura-do, às suas expensas, fazer-se acompa-nhar de médico de sua confiança, sen-do que a doença ou lesão de que já eraportador ao filiar-se a previdência, nãolhe conferirá o direito, salvo quando aincapacidade sobrevier por motivo deprogressão ou agravamento dessa do-ença ou lesão.

Esta aposentadoria poderá ser revis-ta mediante novos exames periciais, aserem realizados a qualquer tempo e in-dependentemente da idade do aposen-tado, e sob pena de suspensão do bene-fício. Esta revisão poderá ocorrer a cadadois anos ainda que concedidos judici-almente.

Para a aposentadoria por invalidez, in-clusive as que se originam de acidente dotrabalho, o médico-perito do INSS leva emconta a condição de incapacidade total edefinitiva para toda e qualquer atividade,o que significa que a pessoa terá que apre-sentar doença ou lesão que o afaste não sóda atividade que exerce, mas também deoutra qualquer.

É comum a imprensa noticiar descon-tentamento de alguns segurados que bus-cam benefícios que consideram devidose, depois de se submeterem à perícia mé-dica, vêem negado o seu pedido.

O conceito de incapacidade total e de-finitiva que o médico perito considera, éde que a pessoa pode estar doente e nãoestar incapaz para a atividade que decla-rou exercer. Por exemplo: uma pessoa

que sofre de diabete está doente, mas nãoestá incapaz para ser costureira; a pessoaque sofre de hipertensão arterial está do-ente, mas não está incapaz para ser cozi-nheira de uma casa de família; doençalocalizada na coluna vertebral está doen-te, mas pode não estar incapaz para a ati-vidade de telefonista. Outro exemplo équando a pessoa pode estar incapaz, semestar doente. A pessoa acometida de Aci-dente Vascular Cerebral (AVC), popular-mente conhecido por derrame cerebral,ficou com seqüelas que impedem de seutilizar de seus membros direitos. Ela estásaudável, mas é incapaz para ser chapa(carregador e descarregador de cami-nhão), por exemplo. Uma pessoa que temcegueira de um dos olhos está saudável,porém porta incapacidade para trabalharcomo motorista profissional. Assim umapessoa pode estar incapaz para ser moto-rista de caminhão, mas não para ser bal-conista.

Relacionada ao assunto, vale aqui re-gistrar detalhes de ação judicial promovi-da por segurado do INSS junto ao PoderJudiciário Federal- Subseção Judiciária deCascavel, na qual foi procuradora a advo-gada Doralice Marchioro, também funcio-nária do Sindicato Rural daquela cidade.

O autor relatou que há cinco anos co-meçou a apresentar quadro de dor lom-bar, nas pernas e na região cervical. Tra-balhou 10 anos como forneiro. Fazia exa-me de sangue anualmente para identificaeventual intoxicação por chumbo, sendoque o resultado era sempre dentro dos li-mites aceitáveis. Relatou também que so-freu acidente colidindo sua bicicleta comoutra, tendo sido operado devido hemato-ma cerebral.

Procurou o INSS e submetido a períciamédica para efeito de aposentadoria porinvalidez, foi considerado apto para o tra-balho e conseqüentemente lhe negado obenefício.

Na ação impetrada contra o INSS, a au-toridade judiciária determinou nova perí-cia, agora feita por Perito Judicial e especi-alista em medicina legal, o qual concluiu,louvando-se também em laudo subscritopor médico ortopedista, que o mesmo éportador de Doença Crônica Degenerativae Evolutiva, existindo assim IncapacidadePermanente Total.

Em Audiência de Conciliação, o INSSconcordou em implantar em favor do au-tor a aposentadoria por invalidez, com iní-cio em 03/04/08, com pagamento de valo-res atrasados no percentual de noventa porcento, sendo assim homologada por sen-tença o acordo entre as partes.

Portanto muitas vezes o segurado pordesconhecer a possibilidade de discutirmais profundamente a sua incapacidade,deixa de ter reconhecido o direito a apo-sentadoria.

Temos conhecimento que as maioriasdas pessoas ao se apresentarem para oexame pericial no INSS estão munidas deatestado médico. Este documento não aju-da em nada ao médico perito. Geralmenteo segurado está sendo atendido por ummédico. Portanto este médico deve emitirum laudo médico e não atestado médico.A diferença entre estes documentos mé-dicos legais é que um documento relataum fato médico. (“Atesto que fulano estádoente e necessita repousar por tantosdias”). O laudo médico é um relatório doquadro clínico e de sua possível evolução.Ele descreve o quadro clínico com todos ossinais e sintomas, o resultado dos examesrealizados, o tratamento adotado e a evo-lução apresentada.

Portanto as informações documenta-das, fornecidas pelo médico que assiste osegurado em sua doença, são importantespara auxiliar o médico perito do INSS naidentificação da existência, ou não, de in-capacidade total e definitiva para toda equalquer atividade.

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23Boletim Informativo FAEP n° 1045 - semana de 30 de março a 5 de abril de 2009

Exportações do Paraná têm quedade 32,7% no primeiro bimestre

MERCADO / CONJUNTURA AGROPECUÁRIA

Gilda BozzaGilda Bozza é economista do DTE/FAEP

As exportações do agronegócioAs exportações do agronegócioAs exportações do agronegócioAs exportações do agronegócioAs exportações do agronegócio

somaram US$ 924 milhões no primeirosomaram US$ 924 milhões no primeirosomaram US$ 924 milhões no primeirosomaram US$ 924 milhões no primeirosomaram US$ 924 milhões no primeiro

bimestre deste ano. O que representabimestre deste ano. O que representabimestre deste ano. O que representabimestre deste ano. O que representabimestre deste ano. O que representa

uma queda de 26% em relação àuma queda de 26% em relação àuma queda de 26% em relação àuma queda de 26% em relação àuma queda de 26% em relação à

receita gerada em igual período doreceita gerada em igual período doreceita gerada em igual período doreceita gerada em igual período doreceita gerada em igual período do

ano passado (US$ 1,248 bilhão)ano passado (US$ 1,248 bilhão)ano passado (US$ 1,248 bilhão)ano passado (US$ 1,248 bilhão)ano passado (US$ 1,248 bilhão)

O Paraná exportou US$1,343 bilhão nos dois primei-ros meses deste ano. Isto re-presenta uma queda de32,7%, comparado às expor-tações realizadas entre janei-ro e fevereiro do ano passa-do (US$ 1,997 bilhão).

A informação é do Ministério doDesenvolvimento, Indústria e Co-mércio (MDIC). No mesmo período,as importações somaram US$ 1,136bilhão e o saldo comercial foi de US$206 milhões.

Já as exportações paranaenses doagronegócio somaram US$ 924 mi-lhões no primeiro bimestre deste ano.

O que representa uma queda de 26%em relação à receita gerada em igualperíodo do ano passado (US$ 1,248bilhão). A situação foi agravada coma queda geral nos preços das com-modities no mercado internacional.

Mesmo com a queda registrada,o agronegócio aumentou sua parti-cipação nas exportações totais e re-presenta 69% das exportações to-tais do estado. No período, o Paranárecuperou sua posição de terceiroestado maior exportador do agrone-gócio brasileiro, participando com11,8%. Os dados do agronegócio fo-ram divulgados pela Secretaria deRelações Internacionais, do Ministé-

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24 Boletim Informativo FAEP n° 1045 - semana de 30 de março a 5 de abril de 2009

Mudou-se Desconhecido Recusado Endereço insuficiente Não exite o nº indicado

Informação dada peloporteiro ou síndico

Falecido Ausente Não procurado

REINTEGRADO AO SERVIÇO POSTALEm ___/___/___

Em ___/___/___ Responsável

EMPRESA BRASILEIRA DECORREIOS E TELÉGRAFOS

Endereço para devolução:Federação da Agricultura do Estado do Paraná

Av. Marechal Deodoro, 450 - 14o andarCep 80010-010 - Curitiba - Paraná

rio de Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento (MAPA).Carnes – Com uma receita de US$242 milhões, as exportações do com-plexo carnes (aves, suína e bovina)ultrapassam as do complexo soja eassumem o primeiro lugar. Em rela-ção ao mesmo período do ano passa-do, houve um crescimento de 52%,apesar dos preços internacionais me-nores. No caso do complexo carnes,a queda média nos preços foi de 13%.Soja - As exportações do complexosoja (grão, farelo e óleo) mostraramretração e somaram US$ 206 mi-

PARANÁ – BALANÇA COMERCIALJANEIRO/FEVEREIRO

lhões. Ou seja, uma queda de 49%,comparado ao primeiro bimestre doano passado (US$ 414 milhões). Areceita da soja em grão foi de US$ 92milhões: uma queda de 11% em de-corrência do menor preço do grão.O preço médio de exportação da sojaem grão passou de US$ 416,74/tone-lada para US$ 390,08/toneladaAçúcar - No bimestre janeiro/feve-reiro de 2009, as exportações docomplexo sucroalcooleiro somaramUS$ 121 milhões, com crescimentode 36% sobre o mesmo período de2008 (US$ 89 milhões). As exporta-

ções de açúcar respondem por 99%do total do setor e foram alavanca-das pelo preço do açúcar no merca-do internacional. O maior preço doaçúcar decorre do déficit mundialde cinco milhões de toneladas naoferta. Isso acontece porque a Ín-dia, um dos principais exportado-res mundiais, teve quebra de pro-dução e passou a ser importadora.Milho - No que se refere às exporta-ções de milho, a quantidade expor-tada cresceu 405%. As vendas pas-saram de 142 mil para 577 mil tone-ladas. A receita gerada foi de US$ 96milhões contra US$ 30 milhões emigual período de 2008. O preço mé-dio de exportação caiu 21%.

Em relação aos mercados com-pradores, houve crescimento nasexportações para a Índia (361%);Coréia (288%); Venezuela (62%); An-gola (55%); Chile (25%) e China (23%).As exportações para o Mercosul di-minuíram 61%. O fluxo de exporta-ção também foi menor para a UniãoEuropeia e Estados Unidos, com que-da de 47% e 43%, respectivamente.Quanto ao Oriente Médio observou-se uma queda de 38%.

O Paraná exportou US$ 1,343 bilhãoO Paraná exportou US$ 1,343 bilhãoO Paraná exportou US$ 1,343 bilhãoO Paraná exportou US$ 1,343 bilhãoO Paraná exportou US$ 1,343 bilhão

nos dois primeiros meses deste ano.nos dois primeiros meses deste ano.nos dois primeiros meses deste ano.nos dois primeiros meses deste ano.nos dois primeiros meses deste ano.

Isto representa uma queda de 32,7%,Isto representa uma queda de 32,7%,Isto representa uma queda de 32,7%,Isto representa uma queda de 32,7%,Isto representa uma queda de 32,7%,

comparado às exportações realizadascomparado às exportações realizadascomparado às exportações realizadascomparado às exportações realizadascomparado às exportações realizadas

entre janeiro e fevereiro do anoentre janeiro e fevereiro do anoentre janeiro e fevereiro do anoentre janeiro e fevereiro do anoentre janeiro e fevereiro do ano

passado (US$ 1,997 bilhão)passado (US$ 1,997 bilhão)passado (US$ 1,997 bilhão)passado (US$ 1,997 bilhão)passado (US$ 1,997 bilhão)

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