boletim informativo aos parceiros

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Boletim Informativo aos Parceiros BI P JE AME 1 31 Anos O que é o BIP JEAME? O Boletim Informativo é um canal de comunicação entre os parceiros do JEAME e as pessoas que o ministério tem ajudado. É um BIP de alerta sobre a urgência de agir em favor das pessoas excluídas socialmente. O objetivo do BIP é informar e mobilizar o parceiro a apoiar o ministério através de oração, doação e participação.

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Resgatar, Reabilitar e Reintegrar crianças, adolescentes e jovens em situação de risco social.

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  • Boletim Informativo aos Parceiros BIP JEA M E

    1

    31Anos

    O que o BIP JEAME?

    O Boletim Informativo um canal de comunicao entre os parceiros do JEAME e as pessoas que o ministrio tem ajudado.

    um BIP de alerta sobre a urgncia de agir em favor das pessoas excludas socialmente.

    O objetivo do BIP informar e mobilizar o parceiro a apoiar o ministrio atravs de orao, doao e participao.

  • 2O Ministrio JEAME uma organizao civil de carter filantrpico sem fins lucrativos e de Utilidade Pblica Federal. Nossa misso resgatar, reintegrar crianas e adolescentes em situao de risco social, especialmente as que vivem na regio central de So Paulo e as internas na Fundao CASA (antiga FEBEM). A partir de nossa experincia, j implantamos diversos projetos que constituem um ciclo nas etapas sucessivas do processo de reabilitao.

    Nossa MissoResgatar, Reabilitar e Reintegrar crianas, adolescentes e jovens em situao de risco social.

    Nossa VisoSer uma organizao de excelncia e referncia no atendimento integral a crianas, adolescentes e jovens em situao de risco social e sua

    famlia, promovendo transformao na sociedade.

    Como composto o Ministrio JEAME:Temos uma diretoria voluntria composta de 14 membros, uma equipe de lderes composta de 10 missionrios-educadores voluntrios e

    mais de 80 voluntrios atuando em diversas reas.

    Lderes:AILTON JOS FONSECA DE SOUZA Gerente Administrativo

    OSVALDO DA SILVA JUNIOR Coordenador do Escola Papo de Responsa e Consultor do Projeto Gente do Futuro

    ANA PAULA COSTA Coordenadora das atividades do JEAME junto Fundao CASA.

    VIRGLIO VIEIRA DOS SANTOS Lder na Escola Papo de Responsa Lder em algumas unidades da Fundao CASA

    VILMA RAMOS ALVES Lder na Escola Papo de Responsa lder em algumas unidades da Fundao CASA

    ROBERTO TOZZO Lder na Escola Papo de Responsa e lder em algumas unidades da Fundao CASA

    VERNA LANGRELL Lder de atividades pedaggicas na Escola Papo de Responsa

    MARCOS JOS PEREIRA Lder em algumas unidades da Fundao CASA

    PATRICIA LEONOR DA SILVA AMORIM Lder de eventos

    Diretoria Binio 2010-2011Presidente: MARLI MARCANDALI

    1 Vice Presidente: SUZANNE DUPPONG

    2 Vice Presidente: ABEL ALVES DE MORAIS

    1 Secretria: REGINA MEIRE DO NASCIMENTO

    2 Secretria: NAIOLANDA DIAS GRIMA

    1 Tesoureiro: SILAS ANTUNES MONTEIRO

    2 Tesoureiro: EDUARDO BERZIM FILHO

    1 Vogal: MARCOS ANTONIO SOLER ASCNIO

    2 Vogal: ABNER MORILHA

    Conselho Fiscal 1 Conselheira: HELENA MIRIAM VIEIRA BASTOS

    2 Conselheiro: FABIO HENRIQUE SECOMANDI

    3 Conselheira: ELIENE DE JESUS BIZERRA

    4 Conselheiro: JOO MARCOS PEREIRA

    5 Conselheira: ANDR MARAL

    TRABALHANDO JUNTOS, DIVIDINDO ESFOROS, MULTIPLICANDO RESULTADOS

  • 33

    Contedo

    O que o BIP JEAME? ....................................................................................................... 1

    Quanto de Governo de Deus h em nossa gerao? ........................................................ 5

    Do Crime para uma Vida Transformada .............................................................................. 6

    A vida dura na Rua - Crianas sofrem com o descaso ......................................................... 7

    Adriana ................................................................................................................................ 8

    Razes para no dar esmola e nem comprar produtos de crianas nos faris ..................... 8

    DEUS SE COMPADECE DO AFLITO .............................................................................. 9

    Deus me fez um homem que se importa com a dor dos outros. ..................................... 10

    Missionria faz retorno emocionado ...................................................................................11

    Caf rene reabilitados e colaboradores ............................................................................ 12

    MINHA RESPONSABILIDADE DE MUDAR ESTA SITUAO NAS RUAS ........... 13

    O pivete que virou missionrio ...................................................................................... 14

    muito bom participar deste tempo de esperana e de uma gerao que valoriza a dignidade! ................................................................................................... 15

    Da boca do lixo surge uma nova luz, Jesus est agindo!................................................ 16

    A glria de Deus enchendo as ruas de So Paulo ........................................................... 17

    A grande comisso pode ser nossa grande omisso na ptria ............................................ 23

    Adilson mais de seis anos de vida nova marcado pelo testemunho irrepreensvel. ..... 24

    Estratgias para evangelizar e resgatar .............................................................................. 25

    Trabalho nas unidades da Fundao CASA (antiga FEBEM) ........................................... 26

    Os jogados nas ruas pela histria... pelo CRACK... ...................................................... 27

    Testemunho do Luis Marcelo ............................................................................................. 28

    Crackolndia: amor e respeito aproximam ........................................................................ 29

    NAS RUAS, OVELHAS PERDIDAS SEM PASTOR...................................................... 30

    Papo de Responsa restaura vidas ....................................................................................... 30

    Jesus O Vencedor das crises ............................................................................................ 31Vida transformada com trabalho do JEAME ................................................................. 32

    A misericrdia de Deus ...................................................................................................... 33

    Testemunho: SIM, resposta de orao! .......................................................................... 34

    JEAME 29 ANOS .............................................................................................................. 35

    Nas Ruas do Centro de So Paulo Os refugos na cracolndia ........................................................................................ 36

    ALEXANDRE CARDOSO LEAL .................................................................................... 37

    CLAUDIO DE ALMEIDA LEMES (IN MEMRIAN) .................................................. 38

    GERSON DOS SANTOS SANTANA (IN MEMRIAN) ............................................... 38

    JOS EDUARDO DE FARIA ........................................................................................... 39

    Expediente: ........................................................................................................................ 40

  • 4

  • Boletim Informativo aos Parceiros BIP JEA M E

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    31Anos

    Quanto de Governo de Deus h em nossa gerao?

    H muitos anos, ouo Deus fa-lar sobre seu Reino, e Sua vontade de manifest-lo na terra, em nossa nao, em nossa cidade, em nossas vidas, em nossa gerao. Nenhum outro tema tem ocupado mais meu corao, minha mente e minhas pregaes do que este nos ltimos anos. Preciso admitir que gostaria de manifestar o Reino de meu Pai muito mais em minha vida do que em mi-nhas pregaes.

    Confesso que estou insatisfeito com a minha prpria vida e minha gerao, pois tenho a impresso de no ver as obras de Cristo Jesus em muitos de ns, como se viu nos tempos em que os filhos de Deus eram mais dependentes de Deus e do Esprito Santo. Tempos em que faltavam recursos materiais, tecno-lgicos, cientficos, financeiros, mas sobravam amor, disposio, obe-dincia, sinais sobrenaturais do Rei-no, milagres, curas, numa frequncia acima do normal, arrependimento de pecados, e muita libertao de toda fora do mal em toda a sua extenso.

    Estou pensando em Jerusalm, feso, Tessalnica, e como o Es-prito Santo usa os discpulos para afetarem essas cidades.

    Em Antioquia, chamaram os discpulos de Jesus de cristos, porque viam que faziam as mesmas obras de seu mestre, como pregar arrependimento de pecados, curar

    os enfermos, expulsar o mal das pessoas e cidades. No era para ser assim? Os discpulos fazerem como o mestre? Obra completa??!!

    Estou pensando no avivamento de Gales, da Inglaterra, da Esccia, dos Estados Unidos no sculo 18 e em vrios moveres do Esprito San-to na dcada de 1970, em diversos lugares do Brasil e do mundo, onde a mistura do cu com a terra era to surpreendente, e curas, libertao, salvao, abundncia da manifes-tao do Esprito Santo na vida dos cristos eram to comuns.

    A sociedade precisa ser afetada pelo Reino de Deus. E ns somos os filhos desse Reino santo, de amor e poder. Acho que isso tem a ver co-nosco.

    H Reino de Deus em nossa vida? H governo de Jesus em nosso viver? Estamos ensinando os valores do Reino de Deus aos nossos filhos? Como ser a prxima gerao?

    Veja s: Nossa sociedade diz que pedofilia errado, mas ensina a aceitar o homossexualismo entre os adultos, isto no quer dizer que Deus no os ama.

    Deus Pai. O nmero de pais que violentam sexualmente filhos e fi-lhas tem aumentado a cada gerao, e com isto a violncia na sociedade se propaga.

    Ensinamos nossos filhos a falar a verdade, mas mentimos ao telefone, nos negcios, ao imposto de renda, aos credores, ensinando a corrupo s novas geraes.

    Precisamos assumir nosso sacer-dcio para com a nossa cidade. Ns, os santos (I Pe 2:9).

    Precisamos ser curados de um maligno egosmo e de um maldito humanismo que influenciam nossa teologia e vida. Deus nos perdoe e nos simplifique, que voltemos aos caminhos antigos e acertados de Deus.

    Glria a Deus pelo Ministrio JEAME, e que possamos com Ele buscar cumprir nosso papel no Rei-no de Deus.

    Deus tenha misericrdia de nos-sa gerao e da prxima. Deus nos d graa para assumirmos nossa responsabilidade scio-sacerdotal, neste tempo em que estamos.

    Venha o Reino de amor de Deus em nossa terra!

    Pr. Paulo Moral e Ceclia Moral so missionrios da Igreja Batista Monte de Adorao na Casa de Davi em Londrina/PR, desde janeiro de 2005.

  • 6MUDANDO A HISTRIA31Anos

    Mudando a HistriaDo Crime para uma Vida Transformada

    Nasci em um lar desestruturado, tenso, com um pai alcolatra que abandonou a famlia. Minha me ficou com a responsabilidade de sus-tentar seis filhos, sozinha.

    Nasci e fui criado dentro de uma favela da zona sul de So Paulo, e aos 14 anos comecei a me envolver com a criminalidade.

    Em uma de minhas prises, uma tia minha foi me visitar e comeou a me evangelizar. Esse amor demonstrado por ela j havia transformado meu irmo Alexandre, a quem o JEAME retirou das ruas. Eu duvidava deste amor, pois no acreditava que Deus fosse capaz de transformar um homem como eu. Nessa poca, um cristo cha-mado Abrao, cheio da presena de Deus, comeou a apontar para mim em meio aos comparsas do crime que eu liderava, e dizer que Jesus me amava e que me tiraria do crime, pois tinha uma grande obra a fazer em minha vida. Aquilo me deixou irado. Pensei comigo mesmo: s no mato este crente porque ele da igreja de minha tia e vai dar baru-lho em casa, mas na prxima vez, vou atirar para o alto e assust-lo. Quando tive a oportunidade de fazer o que planejava, minhas mos e meu corpo, abaixo da linha da cintura, paralisaram antes que eu pudesse pegar nas armas. Ouvi, ento, uma

    voz dentro de mim: neste voc no toca! Apavorado, disse a um comparsa: deixa o crente. Aps esse episdio, toda vez que ele o comparsa dirigia a palavra a mim, eu dizia amm.

    Eu sofria ameaas de morte por justiceiros, bandidos e policiais devido ao meu envolvimento no crime, em assalto a empresas, em trfico de drogas, e na liderana de uma pequena quadrilha que roubava avies de pequeno porte para o trfi-co internacional de drogas. Essa vida de contraveno me envergonhava muito.

    Minha tia sugeriu que eu fosse para uma casa de recuperao cha-mada Esquadro da Vida, na cidade de Bauru. Eu aceitei ir, mas apenas pelo desejo de fugir das persegui-es. Foi nessa casa onde eu passei por uma restaurao de valores e o desejo de entregar a minha vida para Deus comeou. A orao amorosa das pessoas daquela casa de reabili-tao me tocou muito. Certo dia, abri a Bblia e li: hoje coloco diante de ti a bno e a maldio, a vida e a morte, escolhe, pois a vida, para que vivas tu e teus filhos. Ento eu disse a Deus: no sei se este resto de ser humano serve para alguma coisa, mas se servir, irei por todo lugar di-zendo que o Senhor transformou um homem mau em bom.

    Ranulfo nasceu em um lar desestruturado, sem esperana se envolveu com crimes, mas recebeu apoio e foi transformado em um novo homem.

    CONFISSO E SERVIO

    Ao retornar a So Paulo, precisei assumir minha identidade como cristo de acordo com o confronto do texto de Mateus 10:32-33

    32 Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, tam-bm eu o confessarei diante de meu Pai, que est nos cus.

    33 Mas qualquer que me negar diante dos homens, tambm eu o negarei diante de meu Pai, que est nos cus.

    Condenado a sete anos de pri-so, me entreguei s autoridades e, durante trs anos, pude fazer uma igreja naquela cadeia. Fui, ento, liberto e, ainda, homenageado pelo juiz, promotor e delegado. E essa histria est registrada em um livro que foi vendido na Europa como testemunho do que Deus faz.

    Estou h treze anos no Minist-rio JEAME e passei a atuar tambm no programa Gente do Futuro, li-gado empresa Po de Acar, com jovens recm desligados da FEBEM, auxiliando na seleo e acompanha-mento destes como funcionrios.

    Deus me deu o privilgio de cons-tituir uma famlia, ao presentear-me com minha amada esposa Regina e meus filhos Sarah, de 4 anos, e Sa-muel, de 2 anos.

    Hoje, sou membro da Igreja Ba-tista Cana e estou no ltimo semes-tre do curso de bacharel em teologia. Um de meus sonhos um dia ter um centro de reabilitao e pastorear uma igreja interligada a ele.

  • 7DAS RUAS 31Anos

    A vida dura na RuaCrianas sofrem com o descaso

    Em seu trabalho como mission-rio nas ruas de So Paulo, Ranulfo conheceu a dura realidade de crian-as que so abusadas, exploradas e que tambm sofrem com o descaso da sociedade em geral.

    Um dia Deus me deu o privilgio de trabalhar por dois anos nas ruas do centro de So Paulo em tempo integral. Por vrias vezes presenciei essas crianas sendo agredidas e sofrendo vrios tipos de abusos. Vi o pouco caso que nossa sociedade, governo e igrejas tm demonstrado com as crianas que esto aban-donadas e sendo instrumentos de traficantes. Muitas so exploradas sexualmente, e algumas esto infec-tadas pelo vrus HIV. Roubaram-lhes roubado o direito e privilgio de se-rem crianas.

    Quando eu vivenciava essa rea-lidade, perguntava a mim mesmo: onde est a igreja que diz ser a luz do mundo e sal na terra?. E j ouvi vrias desculpas, tais como: isso no tem nada a ver comigo, isso responsabilidade do governo. Po-rm, quero lembrar aos crentes que pensam dessa forma que ns vamos

    comparecer perante o Tribunal de Cristo (Rm 14:12). A responsabili-dade de evangelizar essas crianas e trazer cura para o seu lado emo-cional e, sobretudo, espiritual, no do governo, mas sim da igreja que conhece a verdade que liberta, e o poder curador da Palavra de Deus (Hb 4:12).

    Ento, aqui est o convite para voc semear o seu tempo e seus recursos em uma escola. a esco-linha Papo de Responsa. D a sua contribuio.

    ORAO E MISSO

    Em meio aos rudos de barulho do mundo, que jaz no maligno, onde a imoralidade sexual tem tomado as ruas de nossa cidade, imperam a desigualdade social e a m distribuio de renda, a po-breza nas comunidades carentes e as crianas abandonadas nas ruas, minha orao que, em meio a tudo isso, voc tenha sensibilidade no s de ouvir a voz do Senhor, mas de

    dizer a Ele: eis-me aqui, envia-me a mim.

    Em 1994, eu fiz a seguinte orao: Deus, faz de mim um missionrio e para onde o Senhor me levar, no terei vergonha de tes-temunhar do poder que s o Senhor tem para transformar a vida de um homem que estava perdido e foi achado, estava morto e reviveu.

    Por fim gostaria de dizer: Jesus aguarda sua resposta, e quando dis-ser eis-me aqui, Deus vai lhe dar o privilgio de ser um instrumento dEle, na transformao de vidas e na implantao do Seu reino sobre a terra. Diante disso, qual a sua resposta?

    Ranulfo missionrio e reabilitado pelo JEAME. Membro da Igreja Batista Cana.

  • 8Adriana chegou a So Paulo com 13 anos de idade, fugiu de sua casa por tentativa de abuso sexual por parte de seu padrasto, j que ao contar o fato para sua me, esta no acreditou. Nas ruas de So Paulo, com apenas 16 anos, Adriana ficou grvida, e foi convidada para ir a nossa escola Papo de Responsa. Em 1995, ns, do JEAME, fizemos um acampamento de Natal, Adriana se empenhou para ir e conquistou os pontos necessrios para participar. L, entregou sua vida a Jesus. Ao voltar a So Paulo, foi morar com um casal de pastores que eram nossos obreiros na poca O casal e

    Adriana mudaram-se para Trs La-goas, em Mato Grosso.

    Ela fez vrios cursos e recebeu boas notas em todos; voltou a estudar e concluiu o Ensino Mdio. Hoje, Adriana me de mais uma criana. Ela pertence a uma igreja em Trs Lagoas e participa do evangelismo local.

    Ainda hoje, Adriana se lembra do apoio e carinho que os mission-rios do JEAME deram a ela na poca em que ela foi encontrada nas ruas. E, para ela, a maior alegria foi ter conhecido a Jesus Cristo como seu nico Salvador.

    Adriana Hoje, com 26 anos, ela acorda s

    5 horas da manh, pega sua bicicle-ta, leva sua menina para a creche e vai trabalhar. noite, ela faz um curso teolgico. Essa a vida de Adriana!

    Agradeo a vocs por serem instrumentos de Deus para que so-nhos como os de Adriana se tornem realidade.

    1. Dar esmola ou comprar produtos de crianas nos faris ajuda a mant-las em situao de vulnerabi-lidade social, perpetuan-do a pobreza.

    2. Criana que fica nos faris tem sua infncia roubada.

    3. Cada criana recebe, em mdia, R$30 por dia nos faris, mas dois teros desse valor vo parar nas mos do aliciador.

    CONSELHOS PRTICOS

    Razes para no dar esmola e nem comprar produtos de crianas nos faris

    4. Nas ruas, a criana est exposta a trs tipos de violncia: fsica, moral e sexual.

    5. Os produtos vendidos por crianas nas ruas ou so roubados ou so de pro-cedncia ilcita e duvido-sa. Lugar de criana na escola e em atividades no pr-escola.

    6. Em vez de dar esmolas ou comprar produtos de crianas nos faris, faa sua doao s organiza-es sociais que traba-lham de forma sria e comprometida para tirar as crianas das ruas.

  • Boletim Informativo aos Parceiros BIP JEA M E

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    31Anos

    Por que o Filho do homem veio buscar e salvar o perdido (Lucas

    19.10).

    Jesus Cristo, a plena encarnao do amor de deus, encerra o seu ser-mo proftico identificando-se de forma emptica com o faminto, o sedento, o estrangeiro, o desnudo, o enfermo e o cativo (Mt 25:35-37). ele disse claramente aos seus ouvin-tes que no futuro, como rei glorio-so, ele diria s suas ovelhas: vocs supriram as minhas necessidades. as ovelhas de Jesus perguntariam, en-to, a ele: em que ocasio matamos sua fome, mitigamos sua sede, vesti-mos sua nudez, o hospedamos como estrangeiro ou o visitamos em sua enfermidade? ento Jesus respon-deria: quando fizestes a um destes meus pequeninos (os discriminados de uma sociedade) irmos, a mim o fizestes (Mt 25:40).

    Amando os excludos

    Eu creio que hoje, Jesus Cristo, vivo e ressuscitado, olha para o planeta terra, especialmente para o dito Terceiro Mundo, com o mesmo olhar emptico focalizado na pobreza, na falta de saneamento bsico, no desemprego, na excluso social que pavimentam o caminho dessas crianas e adolescentes em situao de risco. Quem mora de for-ma precria ou no tem onde morar

    estrangeiro na terra e precisa ser hospedado. Quem fica muito aqum do vitimado pela desnutrio precisa ser alimentado. Quem caminha na vida aprofundando carncias e en-fermidades de toda ordem, precisa ser visitado. Quem vai se envere-dando por todo tipo de cativeiro, por conta da falta de estrutura familiar e traumas provenientes de abusos (fsicos, emocionais ou sexuais) familiares, associados exposio violncia, maus tratos ou neglign-cia. Este que precisa ser visitado. Quem tem como nica perspectiva de sobrevivncia vender balas nos faris, esmolar ou ser aviozinho de traficantes precisa ser suprido em sua sede existencial.

    Sendo corao, mos, ouvidos e olhos de Deus na Terra.

    A proposta de Jesus Cristo res-suscitado continua viva nos dias de hoje: faam a eles e estaro fazendo a mim. Vivam uma vida crist autn-tica, presente e persuasiva para que o evangelho lhes empreste a dignidade altura de tudo o que conquistei para eles na cruz, para que no busquem em fonte errada aquilo que somente Deus poderia lhes dar.

    Assim, somos desafiados a

    ser pequeninos cristos, ser o cora-o, a voz, o brao, o colo, o ombro, os olhos e ouvidos de Deus em favor desses pequeninos com os quais Jesus se identificou desde sua presena na terra. Deus espera de sua igreja a voz proftica, que promova mudanas estruturais na sociedade, bem como servio altrusta como ex-presso concreta da f, vinculado a uma mudana radical no indivduo, a partir de um encontro real com Jesus em ns..

    Levanta-te, clama de noite no

    princpio das viglias; derrama o teu corao como guas diante da face do senhor; levanta a eles as tuas mos, pela vida de teus

    filhinhos, que desfalecem de fome (espiritual, emocional e fsica)

    entrada de todas as ruas. Lm 2:19

    Pr. Oswaldo pastor da Igreja Batista gape

    DEUS SE COMPADECE DO AFLITO O amor de Deus pelas crianas e adolescentes em situao de risco

  • 10

    MUDANDO A HISTRIA31Anos

    Deus me fez um homem que se importa com a dor dos outros.

    Vida desestruturada

    Cresci num lar desestruturado, sem imagem paterna, em uma favela da zona sul. com 11 anos de idade, meus colegas j praticavam assalto. Minha irm morreu ao cair de um viaduto, drogada, e meu irmo foi morto pelo crime e enterrado como indigente. Meu envolvimento com a maconha, o crack e as drogas inje-tveis, com o furto e roubo, com o trfico de drogas e e de armas, causou minha rpida descida.

    Com 16 anos, j havia passa-do por delegacias, pela Fundao C.A.S. A (antiga FEBEM) e sofrido torturas. Liderava bocas de drogas, dormia e acordava com armas. Era temido na favela, at dava ordem para ningum sair aps as 21 horas. Jurado de morte por meus crimes pela polcia, s sentia alegria quando ia a uma igreja, pois respeitava os crentes. Eu levava toda minha qua-drilha aos cultos,( lgico que todos iam sem armas). At que um dia pa-ranico, estava na favela e comecei a atirar par vrios lados, as pessoas que conheciam o pastor da igreja que s vezes eu frequentava, o chamou, pois pensavam que ele poderia me ajudar.

    Cuidado por Deus

    O pastor da igreja me visitou e no desistiu de mim. Ele at me le-vou para sua prpria casa e depois a uma casa de recuperao. L, pude ver como bom fazer o certo e o bem aos outros. Quando sa de l, fui aceito no lar de apoio de recuperados do JEAME (pois no podia voltar favela, estava jurado de morte). no JEAME, aprendi a escrever; comecei como office-boy e at hoje sou voluntrio na rea administrativa. (15 anos), apesar de ter feito muitos cursos, trabalhar em enfermagem e ter alcanado minha independncia financeira.

    Expedito nasceu em um lar desestruturado, sem esperana se envolveu com crimes, mas recebeu apoio e foi transformado em um novo homem.

    Provao e consolo

    Casei-me, tive dois filhos lindos, mas perdi minha esposa devido a uma doena sbita. Com isso, veio a depresso e ela me fez perder em-prego, carro, apartamento. Apesar das tribulaes, no deixei Jesus, nem meus filhos e nem o JEAME. O Senhor me deu uma nova esposa e mais uma filha. Reconquistei tudo novamente.

    Meu sonho, agora, abrir uma casa de recuperao. Meu Deus transformou-me em um homem que se importa com a dor dos outros. E s Ele pode fazer isso.

  • 11

    DAS RUAS 31Anos

    Trabalho realizado na Cracoln-dia, comove e mobiliza a igreja. O coro, sensibilizado e incentivado, pretende levar mensagens de espe-rana e transformao s esquinas da Cracolndia.

    Como missionria da 1 Igreja Batista de So Paulo - por 14 anos desafiando a mesma responsabi-lidade envangelstica e social - re-tornei a esta igreja e fiquei muito emocionada, pois muitos estavam tocados como nunca por esta obra. O regente do coral emocionado me disse: Suzy, por favor, nos permita cantar na madrugada na cracolndia, se voc achar que precisamos de preparo, mais orao, ns faremos. Tive a certeza, naquele momento, que todos os 14 anos fizeram muito sentido.

    Palavras do Arnaldo Secomandi, regente da 1 Igreja Batista de So Paulo (Localizada ao lado da craco-lndia):

    Devemos sair de nossos lugares, templo confortvel e daquilo que poderia ser interpretado como rotina

    eclesistica, para realizar e cumprir o ide de Jesus, tomando a iniciativa de em nossa Jerusalm anunciar o Evangelho transformador de Jesus Cristo.

    Nossa igreja tem vivido um des-pertar, pastor Paulo Eduardo tem sensibilizado nossa igreja a olhar com compaixo, com olhos do Se-nhor Jesus a nossa to vizinha craco-lndia, como cristolndia. Para isso, temos colocado diante de Deus nos-so desejo de entrarmos nestas ruas durante a madrugada e cantarmos nas esquinas, colocar nossos dons a servio do Mestre, levando uma mensagem que esperana, consolo e transformao para o perdido.

    Ousadia e intrepidez

    Como coro, grupo musical da igreja, espera-se de ns membros que nos consagremos ao Senhor, que tenhamos uma vida integra, dedique-mos o nosso melhor ao Senhor atra-vs dos ensaios, da participao nos cultos dominicais; sendo instrumen-tos de Deus na ministrao do louvor

    e adorao. Isso, com o passar do tempo, pode nos dar a ideia de que j estamos cumprindo nosso papel no reino de Deus, mais perigoso ainda quando nos convencemos disso e que s isso basta, faremos este traba-lho que estou convicto - do Senhor, e para o qual confesso a carncia de receber ousadia e intrepidez.

    Em meio a estas preocupaes, lembro-me de uma nota que me veio memria no 2 livro de Crnicas, 20: 1 a 29. Deus quis usar um coro e no um grupo armado, e cantaram o refro: louvai ao Senhor porque sua benignidade dura para sempre. Este coro era composto por levitas, can-tores acostumados ao trabalho do templo, dos cuidados e manuteno da casa de adorao a Deus; no entanto, estavam frente do povo, sob o incentivo e estmulo do rei e guardados, protegidos e sustentados pelo Senhor.

    Atualmente, nosso coro regido pelos irmos Arnaldo Secomandi, Judith Coimbra e pela ministra de msica, irm Amarilis.

    Missionria faz retorno emocionado

  • 12

    MUDANDO A HISTRIA31Anos

    Caf rene reabilitados e colaboradoresOs participantes ficaram alegres e emocionados com a inaugurao do espao reformado.

    Os participantes ficaram alegres e emocionados com a inaugurao do espao reformado.

    O caf teve a presena de rea-bilitados, hoje lderes de projetos, empresrios, colaboradores em geral e autoridades policiais, PMs de Cristo, todos emocionados e muito alegres pela inaugurao do espao reformado.

    E para culminar, estava presente um missionrio que foi reabilitado da vida de prostituio como travesti (38 anos). Em 1981, aquele espao que reformamos era uma boate, onde ele danou, uma msica chamada Val Emprovido. Hoje, ele tem

    uma casa para reabilitao de depen-dentes sexuais. Ele um homem de Deus que muito se emociona em ver como Deus tudo pode mudar dentro e fora de ns, a verdade queridos que:

  • Boletim Informativo aos Parceiros BIP JEA M E

    13

    31Anos

    Deus tem feito algumas mudan-as no meu modo de ver e interagir com alguns fatos. Confesso que h algum tempo eu via mendigos, pes-soas alcoolizadas, prostitutas, meni-nos de rua, crianas pedindo esmolas nas esquinas e pensava que isso era normal, e talvez por um desencargo de conscincia eu tentava sustentar minha indiferena com alguns pen-samentos tais como: assim mesmo, o mundo jaz no maligno, o governo no tem responsabilidade, etc. Po-rm, de um tempo para c, Deus tem falado muito ao meu corao sobre a minha responsabilidade de mudar esta situao. Creio que isto um processo do Esprito Santo renovan-do a minha mente para que eu possa comprovar e experimentar o plano e a vontade de Deus, como nos diz Romanos 12:1,2.

    Creio que todos ns precisamos desta renovao mental, para sair-mos de algumas situaes que quero mencionar:

    1. Apatia

    O dicionrio define apatia como estado caracterizado pelo desin-teresse geral, pela indiferena ou insensibilidade aos acontecimentos; falta de interesse ou de desejos. E ainda apresenta os seguintes sin-nimos: insensibilidade; indiferena; impassibilidade; inrcia; marasmo. E esta a realidade na vida de muitas pessoas. Olhamos as pessoas numa situao de sofrimento e misria, mas parece que o nosso corao no reage, no se move, nem se comove.

    2. Conformismo

    No conformismo ns aceitamos o errado como normal. Ficamos re-signados diante da situao ao nosso

    redor crendo que algo normal e o destino natural do mundo sem Deus.

    3. Comodismo

    O comodismo por sua vez faz ressaltar a situao de passividade das pessoas. Elas sabem que essa situao errada, mas no tomam nenhuma atitude para ver a situao mudar.

    Como est em Mateus 5:13-14, como luz, precisamos brilhar no meio das trevas. Quero animar cada leitor a separar um dia e sair s ruas para conversar com essas pessoas. Observar como esto as nossas ruas noite e conversar com reabilitados desta vida para am-los.

    Passos para a nossa mudana de atitude:

    1. Orao

    Claro que este o passo mais im-portante. Estamos no meio de uma batalha espiritual sem precedentes na histria da igreja. Parece que o inimigo, como diz o livro de Apo-calipse, sabe que tem pouco tempo e est fazendo de tudo para manter seu imprio de p, mas a Palavra de Deus nos garante que ele j foi derrotado na cruz, e no final a igreja sair vencedora (Neemias 1:4-11, 2:20 - orar, jejuar, chorar e edificar).

    2. Apoio financeiro a organizaes que trabalham nesta rea.

    Deus tem levantado organizaes que tm feito um trabalho tremendo. Estes ministrios precisam do apoio das nossas igrejas, tanto em orao como tambm financeiramente, e este tambm papel da igreja.

    3. Envolvimento nos Conselhos Municipais de apoio e proteo ao menor e adolescente.

    Este um passo tambm muito importante, para comear a influen-ciar como sal no mundo.

    4. Desenvolver novos projetos.

    O mundo est correndo numa ve-locidade sem precedentes, a operao do mal se articula e corre. Ns pre-cisamos tambm correr mais ainda desenvolvendo novos projetos, pois a realidade dos adolescentes exclu-dos da sociedade deteriora e amplia a cada dia. A igreja de Cristo precisa tomar posio e agir, sob a direo e criatividade do Esprito Santo.

    Sem dvida, creio que precisamos de uma mudana de mentalidade. No podemos ficar mais como uma igreja passiva diante da realidade que enfrentamos.

    Se a Igreja de Cristo est presente significativamente, no normal ter mendigos na rua; no normal haver marginalizados nas ruas; no normal ter crianas fumando craque; no normal ter alcolatras cados nas sarjetas; no normal termos po-lticos corrompidos e corrompendo; e creio que se seguirmos no haver espao para tanta anormalidade. De-vemos viver no sobrenatural de Deus.

    MINHA RESPONSABILIDADE DE MUDAR ESTA SITUAO NAS RUAS

  • 14

    MUDANDO A HISTRIA31Anos

    Meu pai era um homem calado e ausente, minha me, carente e ner-vosa.

    Os espancamentos quando meu pai voltava para casa eram constan-tes, isto fez com que eu e minha irm nos envolvssemos com as drogas e o crime. Com quatro passagens pela FEBEM, comecei nessa vida com uma pistola roubando relgios Ro-lex com 13 anos de idade. Logo se seguiram assaltos a bancos de porte pequeno e comecei a fazer parte de gangues. Muitas facadas e brigas com garotos de rua e policiais - s Deus para ter me livrado da morte.

    Do poo para a luz

    Eu j estava no fundo do poo, o crack estava corroendo minha men-te, nem na prpria malandragem eu conseguia impor mais respeito.

    Acostumado a passar quatro dias trancado num quarto escuro, sem sair, consumindo crack: no preciso ser mdico para notar que eu estava a poucos passos da morte. Dependente terminal, bandido mar-ginal e excludo social, eu j estaria morto hoje se no fosse, numa de minhas passagens pela FEBEM, ter ouvido testemunhos de um pregador que era ex-interno da casa de deten-o e dono de uma histria de vida nica.

    H 13 anos o missionrio Virgilio falou dos textos bblicos: Se teu pai e tua me te abandonaram, o Senhor te acolher e da vontade de nos-so Pai que o s viva em famlia.

    E mesmo que o pequeno Marcos no desse o devido valor, o amor do missionrio e suas palavras no saram de sua mente.

    Enfim, a mudana

    Os evangelistas do JEAME comearam a orar por mim, passar tempo comigo, e eu comecei a apren-der coisas novas dentro da FEBEM. Quando sa de l, esqueci de tudo e voltei a me drogar. At que, numa das vezes, num quarto escuro, tive um encontro com Deus. Era a voz de

    Marcos com a esposa e a filha.

    O pivete que virou missionrio

    SAIBA MAIS

    Jesus na minha cabea dizendo que me ajudaria. Aconteceu ento o que anos de prises, surras e punies no conseguiram: a minha mudana.

    No longo processo de converso e desintoxicao fui aprendendo a andar ao lado do Pai celeste e estar firme com Ele.

    Antes de ir para a FEBEM, pas-sei pelo 23 DP onde sofri muito. Neste ano, 13 anos depois, retornei ao 23 DP com os companheiros do Seminrio Teolgico da Faculdade Teolgica Batista. L, realizamos um culto onde pude testemunhar e liberar perdo aos policiais.

    Marcos, alm de missionrio na Fundao C.A.S.A (antiga FEBEM), casado e pai de dois filhos e membro na igreja Batista da gua Branca.

  • Boletim Informativo aos Parceiros BIP JEA M E

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    31Anos

    Participante h mais de 20 anos deste lindo projeto de Deus para o resgate e reintegrao de crianas, adolescentes e jovens chamado JEAME, tenho muitas histrias pra contar.

    Uma delas a histria de Gerson. Fruto do trabalho na FEBEM em minha empresa, ele sofreu grande discriminao quando seus colegas descobriram que ele era portador do vrus HIV. Mas Gerson se tornou um evangelista, tanto na empresa como no trabalho nas cadeias de Santos, onde tambm pude apoi-lo.

    Outro jovem, chamado Carlos, nos surpreendeu aps uma oportu-nidade de trabalho oferecida a ele: concluiu em uma semana a tarefa de cercar um terreno de 20.000 metros, quando o esperado era um ms.

    muito gratificante lembrar do Ranufo e do Marcos e de outros que no sei mencionar os nomes, mas uma coisa eu sei: vidas em runas que foram restauradas, vidas precio-sas que tornaram a ganhar dignidade, a ter esperana e vontade de viver.

    Novos homens

    Alguns daqueles meninos sofri-dos e marcados por histrias tristes hoje so homens transformados, pais de famlia, profissionais competen-tes, cidados ntegros. E o melhor de tudo saber que so novos homens, com novos valores e sonhos, tudo porque um dia encontraram o amor de JESUS atravs da solidariedade sincera, da confiana, da oportunida-de, da compaixo que o JEAME lhes proporcionou.

    Certa vez ouvi uma frase que me marcou: Voc s poder ser um lder se puder oferecer esperana

    Parabns a todos que direta ou indiretamente ajudam e ajudaram o Ministrio JEAME a mudar a histria de centenas e centenas de crianas, adolescentes e jovens desta cidade.

    O desafio continua e, a cada dia que passa, maior e mais urgente. Quero motiv-los a aumentar os esforos, a multiplicar o entusiasmo e principalmente a se engajar nesta fantstica experincia transforma-cional, Escola Papo de Responsa.

    Com a sua contribuio financei-ra, com seu apoio voluntrio, com a sua mobilizao para mais parcei-ros faremos a diferena para todos quantos conseguirmos alcanar pela graa e amor do nosso JESUS. Eles clamam por paz, justia, esperana e dignidade, e ns podemos ser as respostas a este clamor. Participe e experimente a beno de JESUS em sua vida.

    muito bom participar deste tempo de esperana e de uma gerao que valoriza a dignidade!

    a algum. Eu acredito que temos gerado esperana e promovido dig-nidade para muitas crianas, adoles-centes e jovens que a sociedade tem desprezado e esquecido.

    Tomando banho em minha casa numa dessas noites frias de inver-no, apanhei minha toalha gigante e aquecida e me lembrei de um jovem que havia encontrado poucas horas antes narrando triste a sua fome e desalento por estar debaixo de uma ponte; mesmo tendo lhe dado algo para comer, no imaginava onde ele estaria naquele momento, com aque-le frio intenso.

    Isso me despertou para adentrar a realidade das ruas onde o JEAME tem trabalhado h quase trs dca-das. Por algumas semanas, l estava eu, fora do meu gabinete, sem o ter-no e a gravata, andando na chamada cracolndia e vivenciando uma dolorosa experincia; gente como a gente se acabando nas drogas, sem a menor expectativa de futuro. Ali ouvi um menino dizer que futuro no existe para ele: viver mais uma noite era todo o seu futuro.

    Mais que dinheiro

    Eles precisam mais que da sua oferta financeira - ela vital para que o projeto caminhe, se engaje, se en-volva, contribua -, eles precisam da nossa compaixo, do amor, com tal intensidade e sem nenhum interesse, que cria a capacidade de se colocar no lugar do outro. preciso am-los para poder ajud-los.

    Muitos daqueles que foram amados e ajudados se transforma-ram em agentes de esperana e de dignidade, so voluntrios que hoje dedicam as suas vidas no JEAME.

    Aguinaldo C. Cajaiba, empresrio cristo e um dos mantenedores do JEAME. Investiu R$ 40.000,00 na elaborao do projeto de comunicao e relacionamento dando origem ao BIP e o projeto para a reforma do espao onde funcionar a Escola Papo de Responsa.

  • 16

    MUDANDO A HISTRIA31Anos

    A Cracolndia tem uma rea conhecida h anos como boca do lixo. O projeto do governo fazer da regio um lugar visualmente bonito denominado como projeto nova luz.

    Hoje quero contar a voc sobre o projeto de Deus para essa regio, que iluminar as vidas em trevas: esta a boa nova, por isso nova luz.

    Temos agora no JEAME uma jovem que no passado foi traficante de drogas, envolvida com vrios crimes, mas teve um encontro com Deus na cadeia, e l passou a dirigir os cultos. Quando ela saiu oramos juntas pela reabilitao do seu filho envolvido nas drogas e morando na rua. Atualmente, ele est de volta sua casa, deixou as drogas e est trabalhando com sua me.

    Respeitada na Cracolndia

    Nestes dias esta jovem testemu-nhou em uma das delegacias onde todos a conheciam como traficante,

    Da boca do lixo surge uma nova luz, Jesus est agindo!

    mostrando que hoje Jesus mudou sua vida. Todos se emocionaram, e a presena de Deus se fez presente naquele lugar.

    Agora, esta querida serva de Jesus respeitada em toda Cracolndia, pois ela prova viva de que Deus pode transformar vidas e ench-las com seu amor para o evangelismo.

    A igreja da qual ela membro se alegra com seu testemunho do amor de Deus e da transformao que Ele fez em sua vida.

    isso, queridos: Deus pega as coisas loucas deste mundo para confundir as sbias. Tenho grande alegria em acompanhar esta serva de Jesus e seus familiares. Creio que o avivamento de Deus para esta cidade vir pela converso do pior lugar da boca do lixo.

    Deus falou ao meu corao: V buscar os meus preciosos.

    Suzanne DuppongPresidente do JEAME

    V buscar os meus preciosos!

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    31Anos

    Pastora Edsel Thomaz Magri, pastora da igreja Cristo Vitria.

    Gosto de imaginar o compor-tamento de Jesus, na sociedade da poca em que vivia. Por alguns exemplos que encontramos na Pa-lavra de Deus, vemos que Ele tinha um amor especial pelas pessoas. Mais do que isso, Ele se identificava com elas. Mesmo sendo o Filho de Deus, Ele era algum do povo. At por isso, muitos duvidaram, ques-tionaram, invejaram. ...no este o filho do carpinteiro? Mas, tambm por isso que Ele entendia to bem as dores daquelas pessoas.

    Dores dos mais variados tipos: fsicas, psicolgicas e espirituais. Dores causados pela falta de con-dies de sobrevivncia, pela in-justia, pelo pecado, pela falta de amor. A sociedade da poca sofria de problemas de sade, problemas polticos, violncia, discriminaes, medo, insegurana, etc. Parece a mesma sociedade em que vivemos hoje, no mesmo?

    Entre quatro paredes

    E assim como Jesus veio para o que se havia perdido, hoje a Igreja de Cristo precisa buscar o que est perdido. Os valores que Jesus trou-xe no podem ser limitados pelas quatro paredes da igreja.

    Estamos vivendo o tempo em que a glria do Senhor ser restau-rada na Terra.

    Porque a Terra se encher do conhecimento da glria do Senhor

    como as guas cobrem o mar Habacuque 2:14

    Esta restaurao s poder acon-tecer, na Terra, quando a igreja de Cristo se encher desta glria a ponto de transbordar. Seramos, ento, mais e mais semelhantes a Jesus. Se tomssemos conscincia disto, en-tenderamos como as igrejas podem se tornar a verdadeira soluo para os problemas da sociedade. De fato, os cristos verdadeiros cheios da glria do Senhor, tm potencial para transformar a sociedade.

    Ainda que coloquemos em pr-tica muitos dons, dentro da igreja, precisamos pr em prtica os valores de Jesus fora da igreja. Valores de amor, paz, pacincia, generosidade, impactaro a todos de tal maneira que muitos desejaro ser tambm parecidos com Jesus. Em especial o amor. O maior dom.

    Pregar at fcil, mas praticar est muito mais alm. Continua-mos amando os que nos amam, abenoando os que nos bendizem e pagando o bem com o bem e o mal com o mal. Desprezamos ainda mais aquilo que j desprezvel e desprezado por toda a sociedade. Como que o que est perdido ser alcanado? Como que o que est perdido ser transformado? O pr-prio Deus est muito preocupado em buscar e salvar a todos, assim como nos buscou e nos salvou. Mas Ele tambm quer os que esto margem da sociedade. Deus os deseja tanto quanto a mim e a voc.

    Afinal, Jesus morreu por eles. No foi s por ns, no ?

    preciso amar

    Precisamos olhar para estes desejados de Deus atravs do olhar de amor do prprio Deus. Um olhar que tem sido desenvolvido de forma muito especial pelo ministrio JEA-ME. At as autoridades legais reco-nhecem hoje que a igreja de Cristo tem mais efetividade na recuperao de pessoas envolvidas nas drogas e no crime de qualquer nvel do que qualquer outro rgo governamental ou no. Mas o amor de Deus pode cobrir uma multido de pecados. O ministrio JEAME ama e continuar amando aqueles que a maioria das pessoas no quer amar.

    Se queremos ser realmente cheios da glria de Deus, para que toda terra seja cheia do conhecimento da glria de Deus, precisamos amar. Vamos nos humilhar, nos arrepender, dar lugar a este amor e a sua glria vai encher esta cidade a comear das ruas marginalizadas da boca do lixo e da Cracolndia. Senhor, que a sua glria venha sarar esta nossa terra destruda.

    Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido Lucas 19:10

    A glria de Deus enchendo as ruas de So Paulo

  • 18

    MUDANDO A HISTRIA31Anos

    Tudo comeou h 11 anos atrsquem diria que j passou tanto tempo

    Parece que foi ontem que entrei pela primeira vez no Ministrio JEA-ME. Era um curso, sim, um curso para saber como lidar com drogados: esta era minha inteno, nada mais que isso.

    Para ser sincera, achei tudo mui-to estranho. De repente, chamam uma mulher para dar o seu testemunho, e meu corao foi tocado com muito poder naquele instante. Ela comeou cantar uma msica que havia feito para o Senhor e ali meu corao foi tomado por paixo e compaixo e eu no imaginava que de-pois daquele momento eu j no seria mais a mesma

    Terminado o curso terico en-to chegou a hora do prtico Como eu disse, a minha inteno no era ser evangelista e sim s co-nhecer o trabalho. Nesta poca eu gerenciava uma empresa muito boa.

    Quando cheguei porta da FE-BEM, fiquei impressionada com a alegria e amor dos missionrios que ali estavam. Confesso que estava com medo, pois, de tanto ouvir falar na imprensa, sempre achei que poderia ter uma rebelio a qualquer momento e eu morreria ali mesmo

    Os evangelistas estavam muito alegres e cantavam e falavam na linguagem dos jovens ali. Quando fechou o primeiro porto, pensei co-migo mesmo: Ainda d para desistir, e se acontece uma rebelio?

    Para minha surpresa, ele respon-deu: Ento t bom, vamos ver Chamei-o para que ele se ajoelhasse ao meu lado. Comecei a orar, orei, orei, orei, orei.

    Protegida por um anjo

    De repente, o adolescente estava em prantos. Naquele momento ele aceitou a Jesus e levou consigo mui-tos outros: ele ganhou quase todos, porque - mais tarde fiquei sabendo - ele era o lder daquela unidade.

    Nossa humilde Igreja estava ago-ra com 45 adolescentes. Um dia este adolescente me chamou e disse: Se-nhora, eu e meu amigo aqui estamos aqui para te pedir perdo. Eu e ele aqui j matamos vrios e estvamos planejando mesmo pegar voc como refm, mas toda vez que vnhamos para peg-la a senhora estava cho-rando. Um dia, quando olhei para senhora, vi um cara muito grande vestido de branco, com asas, e ele a cobria. Ento pensei: Puxa, se este maior que o meu deus, eu quero o Deus da irm Paula

    So 11 anos e eu faria tudo de novo.

    Porque o que tenho em Deus muito, mas muito maior do que eu no tenho em vida.

    Que a Graa do Nosso Senhor esteja em voc. Te convido Venha e voc ver a Glria de Deus tam-bm na Fundao C.A S.A (antiga FEBEM).

    No amorAna Paula

    Que c t fazendo aqui?

    Passou o segundo porto, e os evangelistas continuavam numa alegria que eu antes no entendia

    Quando chegamos na unidade e fechou-se a ltima porta, ouvi ainda da porta um pagode tocando e eles cantavam EM ESPIRITO E EM VERDADE TE ADORAMOS, TE ADORAMOS os meninos esta-vam chorando e clamando como nunca havia visto antes; esse louvor mexeu muito comigo.

    Os evangelistas estavam tran-quilos e felizes, e eu mais tensa do que nunca. Eram aproximadamente 40 adolescentes e todos adoravam ao Senhor, quando, de repente, eu escuto: E a, senhora, que c t fa-zendo aqui? Ento ouvi a voz doce do Meu Amado Jesus me dizendo: Filha, diga que eu te amo e este amor no pode ficar sem ser falado para outros, e voc esta ali para dizer que eu o amo tambm

    Aquele adolescente se chama Csar e meu primeiro filho na f. Hoje ele est casado - e eu fui madri-nha dele de casamento, que alegria! - e seu sonho ser pastor mission-rio. Deus simplesmente lindo.

    Quanto tempo se passou, h anos sou missionria em tempo integral e me sinto muito honrada por ter sido escolhida por Deus para um minist-rio to lindo.

    Quero s contar mais uma coisa. Talvez voc esteja lendo este infor-mativo e tem medo de ir Febem, acha que aqueles meninos e meninas no tm jeito

    Um dia eu estava no culto e, quando abri os olhos, um deles esta-va na porta e disse assim para mim: Ai, senhora, eu no choro no. Eu olhei e disse: Voc no chora porque no conhece meu Deus.

    Ana PaulaMissionria do JEAME h 11 anos.

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    31Anos

    Abner Morilha pastor, psiclogo e empresrio. Diretor e fundador do InterAction Centro de Idiomas e do ministrio de impacto evangelstico Renovo para as naes. membro da Igreja Nova Aliana e da diretoria do Ministrio JEAME.

    Ligamos e aceleramos as men-tes no mundo da ps-modernidade, mas desligamos o nosso corao, deletando paulatinamente nossos sentimentos divino-humanitrios de ser gente. Num mundo acelerado no temos tempo para ser, s para fazer e ter.

    Trabalhamos mais e nos diverti-mos menos.

    Corremos mais e descansamos menos.

    Dormimos mais tarde e levanta-mos mais cedo.

    Temos menos tempos para nossas famlias, amigos e relacionamentos.

    Nossa capacidade de tolerncia diminui tremendamente e nossas ansiedades aumentaram descomu-nalmente.

    No temos mais tempo para amar (sentir e se dar s pessoas) porque temos medo dos compromissos e das relaes mais douradoras; receamos nos decepcionar. Esquecemo-nos de que estamos em um processo. E, principalmente, que somos curado-res feridos.

    Somos bombardeados por infor-maes de todos os cantos da terra. As fronteiras foram rompidas, as distncias j no se apresentam mais. Vivenciamos os dramas, as guerras, as catstrofes que acontecem em v-rias partes do mundo dentro de nos-sas prprias salas de estar, por meio de imagens via satlite. Isso faz com que muitas vezes as necessidades e

    as tragdias que acontecem a nossa volta assumam propores de menor importncia. como se fssemos anestesiados e a imagem do trgico, do inadmissvel, do impensvel que antes nos aterrorizava, passa hoje por ns como algo banal, comum e rotineiro. A desgraa tanta que se tornou simples parte do cenrio cotidiano.

    Quando vemos um homem, uma mulher ou uma criana revolvendo o lixo nas ruas procura do que comer, no nos comovemos mais. Ou quan-do vemos a figura de duas crianas magrinhas, desnutridos, com um saquinho de cola na mo, andando pelas ruas, no choramos mais.

    Perdemos a capacidade de sen-tirmos compaixo, e o sentimento de indignao com as desigualdades e atrocidades sociais foi substitudo por um sentimento de que isso tudo normal ou que nada podemos fazer.

    E todos esses fatos exercem uma forte influncia em nosso estilo de vida, em nossas prioridades e na maneira como vemos o mundo e agimos nele.

    Tratamos de pessoas como tratamos nosso caf instantneo. Queremos resultados imediatos, esperamos converses radicais, es-quecemos que a vida constituda por etapas.

    Esquecemo-nos de que a ima-gem e semelhana de Deus nestas crianas, adolescentes e jovens nas

    ruas, apesar de estar encoberta e escondida pela sujeira e deformida-de causadas pela vida, ainda esto l. Temos que v-los como Nosso Senhor as v.

    Afinal, quando estivermos dian-te do Senhor, nosso Deus no nos elogiar por nossa grande f, nem pela nossa frequncia aos cultos da igreja, nem to pouco pelos nossos perodos de oraes e devocionais; muito menos por nossa adorao extravagante ou por nosso muito falar. Nosso Senhor contemplar aquilo que fizemos para o nosso prximo.

    O Rei, respondendo, lhes dir: Em verdade vos afirmo que sempre que o fizeste a um destes meus pequeninos irmos, a mim o fizestes (...) sempre que deixaste de fazer a um destes mais peque-ninos, a mim o deixaste de fazer. Mateus 25:31-41

  • 20

    MUDANDO A HISTRIA31Anos

    Bebida, violncia e perdas

    Nasci na cidade praiana do Guaruj, no ano de 1980, e, aos trs anos de idade, tive uma grande perda. Minha me, nesta poca com vinte e trs anos de idade, levou um tiro do meu av e faleceu. Minha famlia acre-ditava que tudo fora planejado pelo meu padrasto e meu av, com a finalidade de receber o seguro de vida.

    Nem cheguei a conhecer meu pai biolgico. Ele desapareceu assim que soube que minha me estava grvida. Um tempo depois, ela ento se casou com outro homem, que me registrou como seu filho. Depois da morte de minha me, meu padrasto

    conheceu outra mulher. Minha famlia, ento, era composta de quatro irmos, dois por parte de minha madrasta e dois por parte de minha me. Com o passar do tempo, nosso lar desintegrou-se, violncia fsica e verbal faziam parte de nossas vidas diariamen-te. Meu padrasto agredia minha madrasta, a mim e aos meus ir-mos violentamente. Alcolatra, ele no media as consequncias e minha madrasta, j cansada de tantas agresses, foi embora com seus dois filhos; meu irmo Adir e eu acabamos ficando sozinhos com ele.

    Por no ter condies de cui-dar de si mesmo, meu padrasto morreu de cirrose heptica por causa do vcio do lcool e eu e meu irmo fomos parar num or-fanato. Alguns parentes do meu padrasto, quando souberam do que ocorrera, foram nos buscar, e assim fomos morar em So Paulo. Nessa poca, eu tinha nove anos de idade e meu irmo oito. Tnhamos esperana de que as circunstncias mudariam para melhor, mas infelizmente, ,

    apesar da aparente preocupao de meus parentes , voltamos a sofrer agresses fsicas e amea-as por parte do meu tio. Penso que eles no gostavam de nossa companhia. Acho at que nos odiava, s no sei por que razo. Ele me esmurrava, e muitas ve-zes acordei com ele sapateando em cima de mim. Seu prazer era me sufocar, dizendo que qualquer dia desses, me mataria daquela forma.

    Sem Deus, sem famlia. Droga e violncia como refgio.

    Em consequncia de todos esses abusos que sofri, inevita-velmente tornei-me um adoles-cente muito violento, brigava quase que diariamente na escola. Fui expulso e obrigado a estudar em outra escola. Continuei com os mesmos desajustes na escola e nas ruas. Fugi de casa e conhe-ci de perto o mundo do vcio e do crime. Viciei-me em crack e

    Csar da S. Travassos e sua esposa Liliane.

  • 21

    DAS RUAS 31Anos3DAS RUAS

    cocana, e em decorrncia disso, cometi vrios tipos de delito. Tornei-me traficante tambm, e desgraadamente, passava noites e noites usando drogas. Certo dia, fiquei sete dias acordado sob o efeito do crack. Muitas vezes, ficava dentro do cemitrio, onde me consumia usando drogas. Casas com placa de Aluga-se, carros abandonados, ou mesmo no meio do mato eram lugares onde eu passava, no mnimo, dois dias dormindo sem parar, sob o efeito das drogas pesadas que consumia. Certa ocasio, bebi lcool de um sacrifcio maligno no cemitrio e fiquei ainda mais violento.

    Nesse dia de fria fui preso. Na verdade, tive trs passagens pela FEBEM. Na ltima vez em que fui convocado para uma audincia, minha tia estava presente e meu irmo tambm. O juiz perguntou a ela se queria me levar embora, e obviamente ela no quis. No queria mais nem me ver. Minha revolta foi to grande que jurei que cometeria delitos ainda mais graves dos que j havia cometi-

    do. Sentia um dio profundo pela circunstncia, pelo abandono, por tudo. No suportava mais aquela vida de dor e dio.

    Da priso libertao

    Um dia, quando menos espe-rava, Jesus me visitou, e naquele lugar horrvel Ele lembrou-se de mim, quando ningum mais lembrava. Entreguei o que restara da minha vida a Ele, consciente de que s havia duas alternativas: morte ou vida, maldio ou ben-o. Prometeu-me que mudaria a minha vida se eu decidisse pelo caminho certo. Desta forma, comecei a frequentar os cultos do ministrio JEAME, formado por missionrios que ministram a palavra de Deus na FEBEM do Tatuap, onde eu estava. A dedi-cao deles me surpreendeu, pois lhes dei muito trabalho, passei por quatro casas de recuperao, devido ao meu orgulho de discutir com os obreiros e no reconhecer meus erros.

    Com amor e pacincia, eles lutavam pra que eu e todos os

    que estavam comigo vissemos a conhecer outro tipo de vida, ou-tra realidade, outra forma de ser gente. Graas a Deus por essas vidas que amam como Jesus ama, importando-se com quem j foi esquecido por todos.

    Hoje posso dizer: a mudana foi radical. Comecei a evan-gelizar os jovens que viviam e viveram situaes semelhantes, e vrias pessoas acabaram conhe-cendo Jesus, como eu conheci. . At o meu tio v Jesus em mim e finalmente, eu consegui perdo--lo. Hoje sou casado com Liliane, minha linda e querida esposa.No incio tivemos algumas lutas, mas agora estamos solidificando o nosso amor para, no tempo certo, nos tornarmos missionrios para reabilitar vidas como um dia a minha foi reabilitada. Liliane est grvida, para nossa alegria e de todos os nossos amigos e irmos em Cristo. Nossa igreja, Casa Apostlica Cristo Centro, maravilhosa, nos acolheu em amor, e aprendemos, assim, que o amor existe. Jesus Cristo mudou minha vida!

  • 22

    MUDANDO A HISTRIA31Anos

    Como foi bom ler esta palavra estes dias! Sinalizou para mim que o tempo chegou. Deixe me explicar...

    Sou Verna, uma irlandesa, que Deus, h 17 anos atrs, deixou ouvir da chacina de algumas crianas de rua aqui no Brasil. Ele colocou, en-to, no meu corao uma frase sim-ples: elas no sabem que algum as ama. Colocou tambm a certeza de que um dia estaria trabalhando com crianas de rua em So Paulo! Desde ento, houve um tempo de preparo e treinamento, de cresci-mento e de vrias confirmaes. Vi a mo de Deus me levando a fazer um curso de pedagogia, a expe-rincias com crianas em risco e de rua, em diversos lugares, deixar a Irlanda e fazer seminrio aqui e a ser missionria em uma igreja aqui em So Paulo, nos ltimos dois anos e meio. Ao conhecer o Ministrio JEAME, fazendo o curso que este oferece e nas visitas a unidades da FEBEM, meu corao bateu mais forte quando ouvi sobre o trabalho na rua, com o projeto Escola Papo de Responsa.

    No livro do profeta Ageu, Deus manda uma mensagem para aqueles que tinham voltado h mais de 15 anos do exlio hora tinha chegado,

    sim, para construir a casa onde Deus seria glorificado. O versculo 4 do captulo 2 nos anima: Coragem... coragem... coragem... Ao trabalho, povo da terra! declara o SENHOR. Porque eu estou com vocs, declara o SENHOR dos Exrcitos!(NVI) (Na verso Revista e Atualizada est: S forte... e trabalhai) Tinha chegado a hora de trabalhar, de co-locar as mos na massa e construir a casa de Deus!

    Para mim, Ele tem falado que a hora de trabalhar mais diretamente com as crianas de rua aqui em So Paulo tambm tem chegado. a hora de me envolver mais com a obra de buscar os que se encontram nas ruas desta cidade. Com a confirmao de Deus, veio tambm o convite de ajudar no trabalho do JEAME com o projeto Papo de Responsa e estou muito feliz em fazer parte disso. maravilhoso ver como Deus cumpre as suas promessas!

    Creio, porm, que esta palavra no se aplica s a mim. Tambm j chegou a hora da Igreja Brasileira amar e buscar os filhos perdidos de Deus espalhados pelas ruas das suas cidades. Ao andarmos pelas ruas, podemos testemunhar o estrago terrvel que as drogas causam na

    vida de uma pessoa; o desespero, a desiluso, e s vezes, a dureza de corao devido a tanto sofrimento.Alm de sofrerem desprezo constan-te dos que passam pelas caladas.

    Igreja, esta a hora de mostrar-mos aos perdidos que eles so ama-dos por cada um de ns. Se Deus tem visto e amado estas vidas, como ns, seguidores dEle, podemos fechar nossos olhos e coraes aos perdidos? Nosso Senhor o Deus que restaura vidas destrudas e Ele quem restaura a esperana. Mas Ele tem escolhido nos usar para isso. Ele precisa de gente que ora, gente que doa, gente que v. Esta a hora de levar a luz de Deus para brilhar no meio das trevas. a hora de agir. A nova luz na Cracolndia Jesus!

    Sai depressa para as ruas e becos da cidade e traze para aqui os

    pobres, os aleijados, os cegos e os coxos.... Sai pelos caminhos e ata-lhos e obriga a todos a entrar, para

    que fique cheia a minha casa. (Lucas 14:21..23 , RA)

    Povo de Deus Ao trabalho!

    Verna Langrell Igreja Crist Evanglica de Vila Santa Isabel, SP/ Dunlaoghire Evangelical Church, Irlanda

  • Boletim Informativo aos Parceiros BIP JEA M E

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    31Anos

    Todos reconhecemos o que cha-mamos de a grande comisso: Ide por todo o mundo e pregai o evange-lho a toda a criatura. (Mc 16.15 ) E, de uma maneira concreta, ainda que no excelente, como o desejado, a Igreja tem cumprido a misso de levar, a cada pessoa, o conhecimen-to da boa notcia de que o Filho de Deus veio Terra para buscar o que se havia perdido. O que no temos percebido que essa comisso tem trs frentes.

    A primeira frente a que j foi mencionada, o anncio ao indivduo, na qual nos temos sado bem, apesar de deixarmos a desejar no quesito excelncia.

    A segunda frente a da im-plicao nacional: Portanto, ide, fazei discpulos de todas as naes, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Esprito Santo; ensinan-do-os a guardar todas as coisas que vos tenho mandado (Mt 28.19-20) Nessa dimenso o que se considera a influncia a ser exercida sobre as naes, de modo a adequ-las s demandas de Cristo. Alguns grupos intentaram-no na histria, porm, foram tentativas que, ainda que, em certa medida, produzissem efeito, tiveram um carter extemporneo. Mesmo a tentativa da igreja de Roma, principalmente, na Idade Mdia.

    Entre outros, tivemos os purita-nos, na Inglaterra; os presbiterianos, na Esccia; os calvinistas, em Gene-bra, na Sua; e, mais recentemente, na Holanda, com Abraham Kuipper. Causaram impacto, porm, foram episdicas, algumas, inclusive, com a inteno de implantar o Reino ao invs de sinaliz-lo, como est proposto na Escritura, uma vez que a implantao fica por conta do Se-nhor em sua volta.

    Resta, entretanto, uma tarefa, a de influenciar as naes de modo que o mximo possvel do Reino nelas aparea, pois no podemos nos esquecer de que h um juzo para as naes: Mt 25.32-46 onde Jesus avaliar cada nao pela forma como os vitimados pelo sistema foram tra-tados. Enfim, se houve ou no justia social.

    Compaixo ativa

    A terceira frente a da provocao de adorao por meio das boas obras: Assim brilhe tambm a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que est nos cus (Mt 5.16). Jesus ordena que manifeste-mos a luminosidade com a qual, ele mesmo, nos dotou. Essa luminosida-de aparece na forma de boas obras, que tm a funo de provocar nos beneficiados a glorificao do nome do Pai. Essas boas obras tm a ver com as nossas caractersticas que, necessariamente, nos levam a fazer o bem: As qualidades expostas nas bem-aventuranas.

    Somos humildes de esprito, gente que se sabe dependente da graa, abraando a todos sem nenhuma dis-criminao, reconhecendo em todos um valor intrnseco: Deus os ama e os quer salvar, portanto, devem ser ama-dos e ajudados por ns. Somos os que choram, gente de compaixo ativa, que est onde o sofrimento acontece para diminui-lo como for possvel. Somos os mansos, gente que entende a autoridade a partir do servio, e, ento, pelo exemplo, aponta caminho para a sociedade, para a construo de uma comunidade solidria. Somos os que tm fome e sede de justia, gente que no se esquiva de ser a voz dos que foram emudecidos pela in-justia em suas mltiplas formas. So-

    mos misericordiosos, gente que no confunde o pecado com o pecador, reconhecendo a todo o ser humano o direito dignidade, independente da gravidade de seu erro, aprimorando as instituies em favor do ser humano. Somos os de corao puro, gente que sabe das possibilidades que a graa cria, que sabe que vale a pena investir no ser humano e na sociedade, por-que a graa divina age eficazmente, fazendo com que o universo conspire a nosso favor; da, estaramos por de-trs de todo ato de desenvolvimento transformador, de todo o investimen-to em sade, educao, de toda a ati-vidade que emancipe o ser humano. Somos os pacificadores, aqueles que resolvem problemas tendo em vista o estabelecimento do direito. Estamos prontos a sofrer por isso, porque foi o que vimos no Cristo, Jesus.

    Infelizmente, ainda que haja um grande nmero de cristos engajados nessa aplicao de nossa luminosida-de, essa tem sido uma grande omis-so da igreja local, a comear pelo ensino dessa verdade, de modo que os cristos, em no o sabendo, sequer so desafiados a viv-lo. Os cristos no tm sido informados de que so seres luminosos e de como essa luz ilumina. Muita gente est sofrendo por causa desse desconhecimento, entre os seguidores de Jesus, sobre a sua natureza no Cristo e a conse-quente manifestao da mesma.

    Essa luz tem de brilhar.

    A grande comisso pode ser nossa grande omisso na ptria

    Ariovaldo Ramos

  • 24

    MUDANDO A HISTRIA31Anos

    Irmos a Graa e a Paz do Nosso Senhor Jesus!

    Meu nome Adilson, tenho 23 anos e quero compartilhar meu tes-temunho com vocs.

    Eu nasci e cresci em bero evanglico, meus pais tentaram me ensinar o caminho da verdade. Na adolescncia minha vida estava caminhando para a perdio, com a vida espiritual abalada eu no queria saber de Deus e muito menos da igre-ja. Com 14 anos me afastei, comecei a usar drogas e a praticar assaltos, tive trs passagens pela FEBEM, na ltima fiquei interno um ano e dois meses, na Unidade do Tatuap. Fui preso por sequestro e para a lei eu era um lixo descartado da sociedade.

    Ainda no Tatuap, conheci o tra-balho de evangelismo do Ministrio JEAME; por bom comportamento e boa conduta conquistei na fora de Jesus a liberdade. Nesse tempo, fui apoiado pelos missionrios Patrcia e Ranulfo que me ligaram e come-aram a fazer um acompanhamento dirio em minha casa e por telefone. Em liberdade, mesmo ainda vivendo em grandes conflitos o Senhor me mostrava que acreditava em mim,

    para minha surpresa comecei a tra-balhar de segurana de loja na regio onde moro. Voltei a estudar e por muitas vezes era bombardeado pelos amigos da vila e da escola. Me sen-tido carente e fraco, tinha em Deus e nos missionrios a base que tanto precisava para fortalecer minha vida.

    Para a honra e glria do Senhor, hoje congrego na 1 Igreja Batista do Parque So Rafael e estou liberto das drogas e do crime. Deus me deu uma linda esposa chamada Ana e uma princesinha chamada Jenifer, que hoje esta com trs anos e quatro meses. Que emoo ver a Suzy, a Patrcia e o Ranulfo em meu casa-mento, eu os amo como minha fam-lia. Nesses anos pude ver o cuidado de Deus por mim, o nascimento da minha filha foi um destes milagres. Minha esposa estava muito mal no hospital e minha filha corria risco de vida, mas o Senhor estava no controle de tudo, e sempre nos surpreendendo, pois depois de trs anos eu estava na igreja da missionria Patrcia e reco-nheci o mdico que cuidou da minha filha, sempre achei que ele fosse pastor e queria de alguma forma agradec-lo

    e naquele dia tive a oportunidade de fazer isso, foi uma grande emoo e alegria o nosso reencontro. O Senhor fiel.

    Nos batizamos juntos, eu e minha esposa, e l mais uma vez estavam os missionrios fazendo parte deste momento to importante de nossas vidas. Estou trabalhando no Hiper-mercado Po de Acar, no projeto Gente de Futuro, dando testemunho como homem e cristo h mais de trs anos.

    Fiz um curso no JEAME, que prepara as pessoas que querem evangelizar na Fundao CASA (antiga FEBEM), e voltei para evan-gelizar l dentro, foi uma beno.

    O Senhor bom e tem nos aben-oado, mudou as nossas vidas, hoje somos felizes e esperamos nas pro-messas do Pai. Meu sonho um dia ter um Seminrio Teolgico e ser um missionrio de tempo integral.

    Que Deus abenoe a todos.Grandes coisas fez o Senhor por ns e por isso estamos alegres

    Adilson mais de seis anos de vida nova marcado pelo testemunho irrepreensvel.

    Adilson com a Jenifer, e a Jeniffer com a Ana.

  • 25

    DAS RUAS 31Anos

    Deus tem ido conosco nas ruas, em meio a toda a tristeza e aumento de crianas e adolescentes cados no cho de tanto usar crack. Deus tem nos dado muitas estratgias de aproximao, cercando toda nossa rea de atuao com louvor e adorao. Samos com o violo e nos locais onde as crianas ficam ns frequentamos um tempo cantando, orando e abordando o grupo. Temos determinado nestes locais pontos de adorao ao nosso Deus em meio destruio.

    Desde que iniciamos essas atividades temos recebido muitas visitas no projeto, todas as teras e quintas. Os obreiros tambm esto atendendo algu-mas dessas crianas e adolescentes.

    Temos hoje uma lista com mais de 60 nomes para orao.Nestes ltimos cinco meses, Deus tem nos ensinado a esperar em seu

    tempo e temos visto gradativamente a participao no projeto aumentar.

    COLABORE

    Precisamos de DVDs de filmes, musicais evanglicos e educativos para nossas atividades, caso algum tenha para doar ou vender baratinho nos procure por favor.

    Aceitamos tambm doaes de toalhas, utenslios domsticos, panelas etc. Da mesma forma, precisamos aumentar a arrecadao financeira para cobrir o sustento dos obreiros e outros.

    Agora somos cinco educadores evangelistas apaixonados por Jesus e pelos pequenos e grandes nas ruas.

    No dia 27 de maio realizamos um culto em gratido pelo 27 Anivers-rio do Ministrio JEAME.

    Estvamos reunidos em cerca de 300 pessoas na Primeira Igreja Batista de So Paulo, onde pudemos agradecer a Deus por mais um ano em que temos visto sua fidelidade em nos abenoar neste ministrio de resgatar crianas e adolescentes em situao de risco e dar em Cristo uma nova vida.

    Contamos com os testemunhos do Ivan e Domingos que compar-tilharam como conheceram Deus dentro da FEBEM (atual Fundao CASA) e hoje esto a cada dia cres-

    SAIBA MAIS

    cendo no conhecimento e vontade de Deus para suas vidas.

    O Pr. Paulo nos trouxe uma men-sagem que nos mostrou o quanto devemos depender de Deus para realizarmos o que nos est proposto e termos em Jesus nosso modelo de vida.

    Tivemos um momento muito especial de louvor com a partici-pao do Coral Hosana da Igreja Cristo Vitria e tambm do Coro masculino da PIBSP, a Pra. Edsel e a missionria Verna que em momentos distintos entoaram um lindo louvor a Deus, alm do ministrio de louvor da igreja.

    Estratgias para evangelizar e resgatar

    Uma homenagem foi feita para a missionria Suzanne, pelo seu empenho e dedicao ao ministrio JEAME.

    No trmino participamos de uma agradvel confraternizao com sal-gados e bolo.

    Muitos so os motivos para agra-decermos a bondade de Deus para conosco e dizer o quanto queremos sempre estar em sua dependncia para continuarmos avanando e alcanando muitas crianas e ado-lescentes e fazendo com se tornem cidados do cu.

  • 26

    MUDANDO A HISTRIA31Anos

    Aleluia, Aleluia.Deus bom e suas misericrdias

    se renovam a cada manh.Sim, estou muito feliz por tudo

    o que o Senhor tem feito em nossas vidas e tudo o que ainda far, pois sem dvida nossa esperana est no Senhor.

    So grandes as nossas expectati-vas para este semestre que est che-gando, junto com ele chega tambm os preparativos para as festas que temos para o prximo final de ano

    Sim, j estamos nos preparando para arrecadar aproximadamente 30 mil reais para fazermos as festas na-talinas expressando o amor de Deus aos adolescentes.

    A nossa previso alcanar todas as unidades em que atuamos hoje, so exatamente 15 unidades.

    Claro que um tremendo desafio, mas conto com um povo apaixonado por Jesus e por sua obra pois bem sabemos que TUDO VEM DELE E TUDO VOLTA PARA ELE, ento queremos dar o nosso melhor.

    Este semestre tambm tivemos um culto, onde foi passado autorida-de para trabalhar na obra do Senhor e reanimarmos cada lder.

    Depois tivemos uma reunio bem produtiva e estavam conosco toda a liderana das unidades e cada um pde falar das suas dificuldades e expectativas quanto ao trabalho.

    Foi tambm passado para a lide-rana uma pasta com proposta para trabalho durante todo o ano e nossa esperana que assim organizados possamos falar sempre a mesma lngua.

    Uma coisa tima que aconteceu este semestre foi que conseguimos comprar os equipamentos que es-tavam faltando para realizar um melhor trabalho nas unidades com som adequado, pois estamos com unidades que abrigam 170 meninos e sem um microfone e caixas fica muito mais difcil.

    JEJUM E ORAO

    Estamos tambm para este se-mestre montando uma escala sria de jejum e orao e um relgio onde todos podero orar em conjunto para que o trabalho continue a todo o vapor.

    Outra grande vitria foi que con-seguimos tambm comprar um data show para podermos passar filmes evangelistcos em todas as unidades, todos ns estamos ansiosos para podermos fazer cinema para os ado-lescentes.

    A minha alegria saber que em todos os momentos sejam eles bons ou temporariamente ruim, o Senhor

    tem confirmado o nosso trabalho e nos abenoado com grandes desafios e propsitos

    Falando em propsito, para o prximo semestre est previsto abrirmos mais trs, sendo elas bem distantes umas das outras. Para Glria do Senhor, uma equipe cheia de amor j esta sendo trabalhada e treinada para, assim que possvel, comearmos este novo trabalho to recompensador para o Senhor.

    Pois Precisamos muito mais, muito

    mesmo, de orao, de jejum e tam-bm de ajuda financeira para que tudo isso possa acontecer.

    Sou muito grata a Deus por ter me escolhido. Da minha parte, estou me esforando para que tudo seja feito do jeito que JESUS espera e por isso preciso muito da ajuda de cada um.

    Estamos tambm muito felizes com os novos que esto entrando e que esto fazendo o curso.

    Ns no estamos precisando de pessoas capacitadas, gnios, mes-tres, doutores ou aqueles que tem tempo de sobra

    NS ESTAMOS PRECISANDO DE VOC, que ama a JESUS e tem convico que sem ELE nada pode-mos fazer.

    Comecei dizendo Aleluia e ter-mino dizendo: GRANDES COISAS FEZ O SENHOR POR NS E POR ISSO ESTAMOS ALEGRES!

    Ana Paula Costa Missionria do JEAME e Coor-

    denadora do trabalho nas unidades da Fundao CASA

    Trabalho nas unidades da Fundao CASA (antiga FEBEM) Nossa esperana est no Senhor; ele nosso auxlio e a nossa proteo. (Salmo 33.20) JEAME planeja festas de final de ano nas unidades da Fundao Casa

    Reunio realizada entre os missionrios, lderes e obreiros das unidades da Fundao CASA.

  • Boletim Informativo aos Parceiros BIP JEA M E

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    31Anos

    Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e

    buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, ento

    ouvirei dos cus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.

    (II Crnicas 7: 14)

    Povo de Deus levante e aja!

    O povo que necessita se arrepender pri-meiro o que se chama povo de Deus. No existe ainda um clamor de igrejas, pastores e misses em conjunto, de rosto em terra, reconhecendo nossa inrcia, omisso, co-nivncia, vaidades, competies, desunio, falta de amor pelos que perecem nas ruas.

    Onde esto os fiis que sabem se unir com outras denominaes em grandes encontros de louvor ou em conferncias e congressos? Onde esto os pastores e lderes para buscar a Deus e evangelizarem juntos como um ensaio do que ser l no cu, mesmo que cada igreja tenha suas diversida-des peculiares?

    Um pas que possui igrejas e templos magnficos e, ao mesmo tempo, cidades des-trudas pelas drogas, prostituio, desigual-dades de oportunidades. Um pas onde no centro de uma das maiores cidades do mundo So Paulo morrem crianas, adolescentes e jovens de tanto usar crack. Eles comeam a se drogar s 17:00H e seguem nesse ritmo at s 7:00H da manh do dia seguinte! De-pois, j exaustos, caem nas ruas e becos da cidade. Mais de 200 jovens esto se matando aceleradamente. Como eles mesmos dizem, s param para ir escolinha Papo de res-ponsa, do JEAME, de tera e quinta, onde recebem amor, a Palavra de Deus, banho e comida. Eles imploram para os traficantes: Por favor, deixe a gente ir l.

    Orao: a chave da liberao do poder de Deus

    O profeta Neemias, ao ver a cidade destruda, passou noites em claro, chorando, jejuando e orando por quatro meses. Moiss tambm, vrias vezes intercedeu pelo seu povo. A presena de Deus no pode ser subs-

    tituda por lindas mensagens, cantatas, etc.A presena de Deus no pode ser apenas

    aparente, ela s se manifesta em altares onde o sangue de Jesus passou, ou seja, quando nos arrependemos, nos humilhamos por nos-sos pecados e pelos de todos os brasileiros e liberamos perdo a todos. O Senhor disse: A minha casa ser chamada Casa de orao. E orar, muitas vezes o que menos fazemos!

    SEM MIM, DIZ O SENHOR: NADA PODEIS FAZER.

    Naquele tempo, vos trarei, naquele tempo, vos recolherei; certamente,

    vos darei um nome e um louvor entre todos os povos (Sofonias 3:20).

    Ns precisamos dar nova identidade nossa cidade. A cracolndia ser chamada de Cristolndia. A Boca do lixo(zona de prostituio) de a Boca de Deus para a igreja e o mundo.

    O avivamento transformador deve come-ar onde ningum espera nada de bom assim que Deus age, superando nossas expectativas. No fujamos do propsito de Deus para nossa Nnive (a cidade violenta que foi redimida quando um homem de Deus Jonas corrigiu sua rota de vida).

    s vezes fico a pensar na histria que diz que no centro (onde a cracolndia) houve um grande derramamento de sangue no passado, em que jovens eram estupradas ao chegar na estao da Luz, hoje zona de prostituio.

    necessrio que todas as autoridades governamentais e eclesisticas se humilhem conosco em orao e jejum sincero. O que o mover sobrenatural, restaurador e libertador de Deus no faria nesta cidade?

    Curiosamente, como que numa ironia, ou pistas de Deus quem sabe, h nomes no mnimo sugestivos, de ruas na cracolndia: rua do Triunfo, da Aurora, da Vitria, dos Protestantes, no bairro Nova Luz. E o centro de todo crack para crianas e jovens teve incio no Largo do corao de Jesus. Que estes nomes colocados na histria da cidade sejam como que lembretes simblicos do que Deus pode e quer fazer.

    E ento diremos como em Isaas 61:4 Edificaro os lugares antigamente asso-lados, e restauraro os anteriormente des-

    Os jogados nas ruas pela histria... pelo CRACK... A transformao da cidade precisa comear PRIMEIRO dentro de NS.

    Suzanne DuppongVice-presidente do JEAME

    trudos, e renovaro as cidades assoladas, destrudas de gerao em gerao.

    E poderemos dizer como o salmista em Sl. 144:146 : ... para que no haja nem assaltos, nem fugas, nem gritos nas nossas ruas.

    Colocamo-nos de joelhos e o poder de Deus se manifesta.

    Na cidade de Cali (antigo quartel da droga mundial na Colmbia), um evangelista aviv-alista precisou morrer para que os pastores se unissem e o terror do crime ser instau-rado para que todos os lderes e denomina-es evanglicas se reunissem para buscar, se arrepender, se humilhar, orar e jejuar. S ento o avivamento transformador aconte-ceu. Seis traficantes foram presos e milhares de vidas se renderam a Cristo. Em Almolonga, pequeno povoado da

    Guatemala, bares foram fechados, o povo foi tomado pelo quebrantamento e bus-cou a Deus. Nas Ilhas Fidji, onde no pas-sado mataram 12 missionrios, atualmente o lugar foi transformado pelo poder de Jesus e todo e qualquer amuleto ou imagem de falso deus foi destrudo. E onde humilde-mente O PRESIDENTE DESSE PAS, DE MADRUGADA, BUSCA AO SENHOR E DELE FALA EMOCIONADO.Os nossos dolos ocidentais so outros: sta-

    tus, dinheiro, bens, pessoas, ttulos, reconhecimento. Por isso carecemos cul-tivar a presena de Deus em nossas vidas, igrejas, para que, consequentemente, ela se espalhe, como o bom aroma de Cristo, nas nossas cidades e pas.

    SE O MEU POVO SE HUMI-LHAR... SARAREI A SUA TER-

    RA. II CR. 7: 14

  • 28

    MUDANDO A HISTRIA31Anos

    Era meados dos anos 75/76 e, por consequncias desconhecidas, minha me me abandonou. A Rdio Patrulha foi quem me achou; um beb abandona-do num terreno baldio na Vila Mariana.

    Fui levado ao Sampaio Viana (Col-gio) e depois FEBEM; deram-me uma idade e data de nascimento e o meu lar passou a ser a FEBEM.

    Cresci em um ambiente de violncia, conturbado, cheio de dio, traumas, so-lido e infeliz.

    No recebia visitas e nem presentes, era esquecido por todos, era espancado, sem carinho e sem amor. Cresci em um ambiente de infratores e me tornei um deles. Fugia da FEBEM e ia para as ruas, conheci a praa da S e ali fiquei por uns 05 anos.

    Na rua, a lei da sobrevivncia roubar ou roubar! Por anos roubei toca fitas, carteiras e relgios;

    Por vezes era pego e retornava para a FEBEM logo, no entanto, voltava s ruas.

    Dormia ao relento, andava com gan-gues de rua. No sabia fazer outra coisa que no fosse roubar ou brigar.

    No era feliz; no tinha paz; vivia cheirando cola; fui achado num terreno baldio, criado na FEBEM e nas ruas de So Paulo e eu, achando que o culpado era Deus.

    Havia uma frase que sempre ficava em minha mente: Bom, no tenho pai

    Luis Marcelo, sua esposa Solange e seu primeiro filho.

    Testemunho do Luis Marceloe nem me, se eu morrer, no vai dar em nada; ningum vai chorar por mim, sou s neste mundo, porque ento no arriscar?.

    Gabava-me, achava que era o tal, era aceito na malandragem, tinha os roubos, as gangues, as meninas, mas no era feliz. Tudo parecia que ia bem, at que se ouviu a notcia de um ministrio chamado JEAME.

    Meus amigos foram e disseram que no era uma ameaa. Fiquei interessado, mas logo desanimei, porque era um mi-nistrio evanglico, que falava de Deus deste que, evidentemente, eu odiava.

    Tempos depois me interessei, pois as meninas novas de rua estavam frequen-tando o JEAME.

    Fui l por causa delas, mas antes de entrar dei voltas, quando as vi, tomei-me de coragem e entrei.

    Logo na entrada fui recebido por uma missionria alem chamada Elke; ela me deu um grande abrao... e que abrao acolhedor do cu!!!

    No JEAME, tudo era novidade para mim, era tudo organizado, limpo, os hi-nos tocavam o meu corao. Era servido o caf da manh e ainda tinha almoo.

    Passei a frequentar a escola da rua do JEAME, mas continuava com a minha vida desgarrada.

    Gostava muito do JEAME. Aqueles irmos eram obreiros genunos, nos amavam mesmo!

    Suzy, Virglio, Claudio, PR.Israel, Lolla, Elke e outros, se eu viver mais 100 anos, nunca vou esquec-los. A mensagem era sobre o amor de Deus, choravam quando chorvamos, sorriam quando sorramos, sofriam quando soframos. Eu recebia aquilo como se fra uma bomba, a maneira pessoal do JEAME nos tratar falava mais alto que as palavras, havia algo diferente, como ansiava t-los por perto!

    Ia ao JEAME, mas participava pou-co das atividades e dos hinos. Um dia o pessoal do JEAME comeou a dar brin-des para quem decorasse os versculos e a despertou-me o interesse de decorar.

    Mas seria humilhante ir l na frente e falar os versculos da Bblia, era goza-o na certa.

    S ento que tive uma ideia; era a de imitar o jeito da missionria Elke falar, ela falava errado a Palavra com L, ou seja: ao falar a palavra salvo, falava sarvo. Ex.: Cr no Senhor Jesus Cris-to e sers sarvo tu e a tua casa.

    Ento passei a ir l na frente e imitar a Elke, e ia imitando e decorando todos os versculos que tinham a palavra sarvo. Ganhava vrios brindes e a gozao era geral; mas acontece que a Palavra ficou em mim e no voltou vazia... Aleluia!

    No JEAME tambm conheci uma menina de rua, traficante, chamada Solange; essa menina vivia drogada 24 horas por dia. O meu corao bateu forte por ela e s ficamos por ficar. O JEAME nos acolheu no lar do Pr. Israel e Lola e nos encaminhou para a casa de recuperao.

    Aceitei a Jesus numa igreja onde tive uma das experincias mais marcan-tes de minha vida, em Uberlndia/MG, Solange tambm aceitou a Jesus e foi para Curitiba. Voltamos para So Paulo e nos casamos. Deus escreve certo por linhas certas; O Pr. Abel e sua esposa Rose nos acompanharam na igreja Nova Aliana (hoje ele faz parte da diretoria do JEAME). J estamos casados h 12 anos e temos 04 filhos, realmente aonde abundou o pecado, superabundou a Gra-a de Deus.

    Atualmente somos membros da Assembleia de Deus, trabalho em uma empresa de segurana,temos nossa casa e somos uma famlia.

    Hoje temos paz! Deus verdadeira-mente amor; vivemos por Ele, para Ele, para a Glria Dele.

    Deus nosso Pai, Refgio e Prote-tor, agradeo ao JEAME, as oraes das igrejas por ns.

    Somos Frutos que deram certo, Lou-vado seja o nome do Senhor!

  • 29

    DAS RUAS 31Anos

    Outro dia, estava fazendo um curso no centro da cidade e na pro-cura de um estacionamento barato, acabei deixando meu carro num estacionamento na regio chamada Crackolndia. Ainda era de manh e o comrcio fervilhava, mas quan-do sa, bem tarde da noite, comecei a sentir o pavor de andar sozinha noite naquela regio. Fiquei orando o tempo todo enquanto andava a pas-sos largos diretos para o meu destino. Como eu queria estar com o Virglio naquela hora! Eu lembrei que sema-nas antes, o Virglio, que um edu-cador de rua e um dos missionrios mais experientes do JEAME, levou a mim e um grupo de americanos para andar e conhecer a regio. Enquanto passvamos por entre os usurios de drogas, fiquei impressionada com a maneira que um homem pequeno e simples como ele mostrava autori-dade. O jeito amoroso e respeitoso como ele tratou os jovens morado-res da rua foi contagiante e provou o poder do amor. Havia um grupo muito grande de usurios de drogas

    Crackolndia: amor e respeito aproximam

    Marli Marcandali formada em Teologia, professora de ingls, mestranda em Liderana Organizacional, lder de Teatro e Depto. Infantil da Igreja Batista do Morumbi, membro da Sampa Community Church, e membro da Diretoria do Ministrio JEAME.

    naquele quarteiro e o Virglio per-guntou se podamos nos aproximar. Muitos estavam receptivos e nos receberam com ateno. Ningum nos desrespeitou, porque ns os res-peitamos primeiro. No nosso grupo, havia uma senhora americana de uns oitenta e cinco anos cuja maneira carinhosa e espontnea com que ela se aproximava das pessoas na rua me emocionou. Ela no falava por-tugus, mas os seus olhos brilhavam o amor de Deus e ela no tinha medo de express-lo. Ela era a pessoa mais frgil do grupo, porm Deus a usou de uma maneira poderosa. Eu no resisti e brinquei com ela dizendo que quando eu crescer eu quero ser como ela.

    Realidade

    Tenho estado envolvida com o JEAME h uns 20 anos, mas dis-tncia. H alguns anos atrs, quando recebamos pessoas de outros pases, eu traduzia os missionrios; ouvi

    histrias impressionantes de como Deus tem transformado a vida de pessoas que eram dadas como per-didas pela sociedade. Depois disso, nunca mais pude ficar de longe. Depois que comecei a visitar a Fun-dao CASA (antiga FEBEM) e as ruas, a minha viso da realidade mu-dou radicalmente. Hoje sei que Deus tem poder para salvar o mais perdido dos perdidos; sei que Deus usa pes-soas comuns e medrosas como eu para mostrar o Seu poder; sei que Ele pode fazer milagres com o pou-co que eu ofereo; sei que fui con-tagiada pelo amor desses homens e mulheres do Ministrio JEAME que so exemplo do poder transformador de Deus; sei que juntos poderemos mudar a Crackolndia, a cidade de So Paulo e o Brasil. Sei que juntos faremos diferena!

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    MUDANDO A HISTRIA31Anos

    Todos que passam pela regio da Santa Efignia, Luz, So Joo e prin-cipalmente na Rua Guaianases, tm uma reao de espanto, temor e tris-teza, pois a imagem que temos visto nestas regies bastante diferente do que a TV mostra. Daqui sentimos a respirao, o suor, o mau cheiro pela falta de banho, as loucuras pelo uso de drogas; daqui vemos como conseguem o dinheiro que financia o trfico, vemos a impunidade e a corrupo; enfim, daqui vemos mui-to alm do que possvel narrar em uma edio. Algumas vezes, chego s 7h da manh e saio s 16h30 e volto no dia seguinte s 7h da ma-nh e vejo praticamente as mesmas pessoas, no mesmo lugar, fazendo a mesma coisa: drogando-se.

    A situao na regio Central, com relao s drogas e muita mais grave e muito mais sria do que imaginamos. Pensamos que isto no pode atingir a periferia, nossa igreja, nossa casa, mas somente as ruas do centro. Porm poucos so os que tm moradia na regio central, pois eles tm vindo dos mais diversos lugares. So crianas, jovens, adultos, ho-mens e mulheres.

    Eu tenho perguntado: O que fa-remos? Dar banho, comida e roupa

    NAS RUAS, OVELHAS PERDIDAS SEM PASTOR...Papo de Responsa restaura vidas

    limpa? Isto muito vago para quem esta se matando. Temos que dar soluo definitiva! O governo tem que enxergar o problema como uma epidemia e no somente como um crime. A igreja tem que enxergar como prioridade, pois essas vidas sendo ceifadas so criao de Deus.

    Pergunto-me s vezes por-que estamos neste lugar? Estamos porque samos daqui, e cremos que muitos mais sairo. Estamos aqui porque sabemos que Deus esta no governo de todas as coisas e ama essas vidas, e as quer salvar. Es-tamos aqui porque aprendemos a amar estas pessoas, respeitando-as, perdoando-as, ouvindo e servindo, para que saiam desta vida e enxer-guem um novo caminho. Estamos aqui porque temos conscincia que somos sal e luz e temos um papel importante na recuperao destas vidas. Estamos aqui porque acre-ditamos que este lugar um dia ser chamado CRISTOLNDIA e nosso Deus ser proclamado adorado e glorificado em muitas vidas aqui.

    Hoje, vejo que precisamos urgen-temente de um lugar para lev-los. Pensamos em alugar uma casa com trs dormitrios, onde possamos fa-zer os primeiros acompanhamentos

    Osvaldo