boletim informativo

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BOLETIM INFORMATIVO AMBIENTE, ARTE E CULTURA Carta Aberta As aldeias de Fontanelas e Gouveia foram sempre conhecidas pela capacidade de iniciativa característica das «gentes da terra», desde o dinamismo da colectividade ao desempenho do grupo de teatro, revelam valores de uma comunidade unida, transmitindo muitas vezes o espírito de boa vizinhança. A 3pontos — Ambiente, Arte e Cultura — reflecte a vontade e o empenho dos jovens e da população local em dinamizar, numa vertente sociocultural, artística e ambiental, diversas actividades lúdicas e peda- gógicas, procurando informar, confrontar e sensibilizar a comunidade para as temáticas propostas e incutir o interesse de iniciativa projectual nos jovens. O projecto associativo está estruturado de forma a envolver diversas realidades do território. Os jovens e a população local acabam por ser os principais beneficiários do mesmo, através da participação activa nas actividades, promovendo uma maior interacção com a comunidade. Os objectivos práticos da Associação passam pela organização de eventos (exposições, concertos e feiras), realização de actividades de animação, workshops e elaboração de projectos, tanto a nível pessoal como no âmbito do Programa Europeu da Juventude. As actividades foram idealizadas de forma a permitir um desenvolvimento metodológico e pedagógico coerente, que garanta a participação dos intervenientes em todas as suas fases. Pretendenos, assim, atingir os objectivos propostos, através de um método de trabalho baseado no respeito pelas pessoas, ambiente e diversidade cultural, adquirindo metodologias de trabalho baseadas na «educação não formal» e trabalho de equipa, no seio da estrutura organizativa da associação, pondo em prática os conhecimentos e competências de cada um nas diversas áreas. Como método de acção organizacional pretendemos também a criação de uma rede de trabalho onde se procure desenvolver actividades em parceria com os diferentes organismos locais (escolas, museus, asso- ciações e cidadãos). A criação de parcerias permite um intercâmbio de informação e a possibilidade de conhecer e confrontar diferentes actividades e metodologias de trabalho. O presente boletim representa um instrumento de divulgação e sensibilização sendo a forma mais imediata de fazer chegar a informação, considerada relevante para os objectivos da Associação, a toda a população. Reunindo um trabalho de pesquisa por parte dos colaboradores e interessados no projecto, o Boletim Informativo pretende ainda dar a conhecer todas as actividades a ser realizadas pela Asso- ciação. BOLETIM INFORMATIVO AVENIDA N . SR . A DA ESPERANÇA , 114 2705-616 FONTANELAS PUBLICAÇÃO PERIÓDICA BIMENSAL ANO I JULHO DE 2005 N . O 0 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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Jornal de expressão livre e criativa, tem como temas dominantes a Arte, o Ambiente e a Cultura. Visa dar voz à sociedade civil sintrense e não só, através de textos, fotografias, desenhos, etc. Este projecto corresponde a um núcleo de trabalho da Associação 3pontos

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BO L E T IMI N F O RM A T I V O

AMBIENTE, ARTE E CULTURA

Carta Aberta

As aldeias de Fontanelas e Gouveia foram sempre conhecidas pela capacidade de iniciativa característicadas «gentes da terra», desde o dinamismo da colectividade ao desempenho do grupo de teatro, revelamvalores de uma comunidade unida, transmitindo muitas vezes o espírito de boa vizinhança.

A 3pontos — Ambiente, Arte e Cultura — reflecte a vontade e o empenho dos jovens e da populaçãolocal em dinamizar, numa vertente sociocultural, artística e ambiental, diversas actividades lúdicas e peda-gógicas, procurando informar, confrontar e sensibilizar a comunidade para as temáticas propostas e incutiro interesse de iniciativa projectual nos jovens.

O projecto associativo está estruturado de forma a envolver diversas realidades do território. Os jovense a população local acabam por ser os principais beneficiários do mesmo, através da participação activa nasactividades, promovendo uma maior interacção com a comunidade.

Os objectivos práticos da Associação passam pela organização de eventos (exposições, concertos efeiras), realização de actividades de animação, workshops e elaboração de projectos, tanto a nível pessoalcomo no âmbito do Programa Europeu da Juventude. As actividades foram idealizadas de forma a permitirum desenvolvimento metodológico e pedagógico coerente, que garanta a participação dos intervenientes emtodas as suas fases.

Pretendenos, assim, atingir os objectivos propostos, através de um método de trabalho baseado norespeito pelas pessoas, ambiente e diversidade cultural, adquirindo metodologias de trabalho baseadas na«educação não formal» e trabalho de equipa, no seio da estrutura organizativa da associação, pondo emprática os conhecimentos e competências de cada um nas diversas áreas.

Como método de acção organizacional pretendemos também a criação de uma rede de trabalho onde seprocure desenvolver actividades em parceria com os diferentes organismos locais (escolas, museus, asso-ciações e cidadãos). A criação de parcerias permite um intercâmbio de informação e a possibilidade deconhecer e confrontar diferentes actividades e metodologias de trabalho.

O presente boletim representa um instrumento de divulgação e sensibilização sendo a forma maisimediata de fazer chegar a informação, considerada relevante para os objectivos da Associação, a toda apopulação. Reunindo um trabalho de pesquisa por parte dos colaboradores e interessados no projecto,o Boletim Informativo pretende ainda dar a conhecer todas as actividades a ser realizadas pela Asso-ciação.

BO L E T IMI N F O RM A T I V OA V EN I D A N . SR . A D A E S P ER ANÇ A , 1 14 — 2705-616 FON T A N E L A S • P U B L I C A Ç ÃO P ER I Ó D I C A B I M EN S A L • ANO I • J U L HO DE 2005 N . O 0 • D ISTR IBU IÇÃO GRATU I TA

FotografiaA 3pontos promove a 1.a Exposição deFotografia organizada por três amantes dafotografia, seus colaboradores.Com esta exposição a Associação pretendeaproximar a vertente artística e cultural àcomunidade local, procurando que ambasfaçam parte do seu quotidiano.

Exposição

Durante todo o mês de Agosto quem sedeslocar ao Janeca Bar, em Fontanelas, ouao Loureiro, na Praia das Maçãs, poderáapreciar o trabalho de três fotógrafos locais,Nuno Jorge, José Silva e Jorge Pereira, queassim introduzirão outras duas iniciativasprevistas para o mesmo mês: um workshop eum concurso de fotografia.

Workshop/Concurso

O workshop de fotografia será composto deuma componente teórica, de introdução àfotografia e uma componente prática, de tra-balho de campo e revelação em laboratório.No seguimento desta actividade, far-se-áuma exposição com fotografias dos partici-pantes (nos mesmos locais) e um concurso,atribuindo prémios às melhores fotos.A 3pontos convida todos a visitar a exposi-ção e participar activamente no evento.Brevemente estarão disponíveis, em flyersinformativos e na página www.3pontos.commais informações bem como o regulamentodo concurso.A 3pontos agradece desde já ao Janeca Bare ao Loureiro pela disponibilidade.

1.a Feira do Livro usado

Fontanelas, 16 de Julho9 horas no Largo do Coreto

Agenda — Julho de 2005• Dia 2 de Julho, (sábado) no Stasha-

-Sintra (Museu de Arte Moderna) osBladover & Hysterica Iberica (con-vidado DJ Gralha) reservas pelos tele-fones 21 910 70 00, 91 819 38 89 ou91 472 42 41.

• Dia 8 de Julho (sexta-feira) noAngel’s Bar (praia de Carcavelos) osBossa Nova.

• Dia 9 de Julho (sábado) no Rústik(São Pedro de Sintra) os Moskito.

• De 28 a 31 de Julho — Festival deVilar de Mouros — Nightwish, PeterMurphy, Joe Cocker, Joss Stone,Faithless e Robert Plant, são algunsdos nomes a figurar no cartaz desteano em Vilar de Mouros.

• Até 30 de Julho — Festival de Sintra— música e da dança, num total detrês dezenas de concertos e de espec-táculos de dança.

• Até ao próximo dia 31 de Agosto oParque da Liberdade, em Sintra, épalco de uma exposição de escultura,intitulada «Serra da Lua».

Avenida Nossa Sr . a da Esperança, 1 14 — 2705-616 FONTANELASPubl icação per iód ica b imensa l • Ano I • Ju lho de 2005 • N. o 0 • Dis t r ibu ição gra tu i taColaboradores : Ana Migue l , Car los Zo io , Cláud ia Fró is , Fernando Cerque i ra , Minerva deCarva lho , Nuno Jorge, P i la r Lourenço, Ri ta Bicho, Tú l io Mi l i tão , Verón ica SousaGraf ismo: Lu ís Borda loCompos ição e pag inação: A l fanumér ico , Lda.Impressão e acabamento : Gráf ica Manuel Barbosa & Fi lhos , Lda.

3pontos Bole t im In format ivo dest ina-se a dar eco das op in iões dos sóc ios e não sóc ios daAssoc iação sendo uma t r ibuna de l iv re op in ião e um espaço aber to a todos . Os ar t igospub l icados responsab i l i zam o seu autor .

Recrutamento de voluntários para reconstruçãodo «Espaço 3pontos» — Dias 4 a 8 de Julho

(humana e material) possível, nas dife-rentes áreas de intervenção.Actividades:• Deservagem;• Pintura;• Restauro de portas e janelas;• Restauro e limpeza de interiores.

Para mais informações:[email protected] 615 50 13 (Rita Bento)

A 3pontos — Ambiente, Arte e Cultura— vai recuperar a casa localizada naAv. Nossa Senhora da Esperançan.o 114, onde pretendemos que sejacriado um espaço destinado a toda acomunidade local e onde a Associaçãoterá a sua sede. Neste espaço, geridopela 3pontos, prevê-se a criação de umabiblioteca e várias de salas de trabalho,onde serão realizadas as actividadespromovidas pela associação (exposi-ções, workshops, etc.) e por todos osinteressados.É neste sentido que a 3pontos apela àboa vontade de todos no restauro desteespaço, pedindo toda a colaboração

• 16 de Julho — I Feira do Livro Usado— Largo de Fontanelas, Organização3pontos — Ambiente, Arte e Cultura.

• Todas as primeiras terça e quarta-feirade cada mês — Meninos d’Avó —sessões de poesia — pelas 22 horas,na Casa d’Avó, junto ao Museu doBrinquedo, na Vila de Sintra.

• De 18 de Junho a 18 de Julho —exposição de cerâmica e pintura deJosé Andrade e Myriam Fialho (r/c)— Espaço Cultural Casal de SãoDomingos em Sintra.

• De 25 de Junho a 13 de Julho —exposição de pintura «Viagem aoMédio Oriente» de Fernando Martinsna Galeria Municipal do MuseuRegional de Sintra.

• Até 16 de Julho — Exposição «Guerradas Estrelas», cedida por seis colec-cionadores particulares, com váriaspeças alusivas aos filmes Starwars.Maquetas, cenários, figuras de perso-nagens, entre outras, podem ser vistasna Biblioteca Municipal de Sintra.

As origens de Monserrate remontam1540, data em que Frei Gaspar Pretomanda construir uma capela devota aNossa Senhora de Monserrate, a qualdeu o nome ao palácio e quinta.

No século XVII a família Mello eCastro é proprietária por aforamento eadministrada por um procurador quearrenda a propriedade.

Com o terramoto de 1755 as casasficam quase inabitáveis.

Gerard DeVisme arrenda a proprie-dade em 1790 e manda construir umpalácio acastelado de estilo neogótico,no local da antiga capela, projecto atri-buído ao Arquitecto William Eldsen,onde cria jardins com estátuas e edificauma capela neogótica.

Em 1794 DeVisme subarrenda aquinta a William Beckford que mandaconstruir uma cascata, um falso crome-leque e continua os trabalhos na quintae jardins.

Em 1809 Monserrate recebe a visitado escritor inglês Lord Byron e fazuma descrição do local: Aqui moraste,e aqui sonhaste ser feliz, vendo aolonge a montanha: a beleza imutável.Agora, este local parece amaldiçoado:teu palácio está só como tu próprio

és só. (Childe Harold’sPilgrimage, 1809).

No mesmo períodoMariana Baillie faz umadescrição romântica deMonserrate, referindo-setambém ao abandonoda quinta. Uma gravura,de autor anónimo, datadade 1852 descreve o edifí-cio contendo apenas asparedes mestras, semjanelas nem portas.

D. Veridiana Cons-tança Leite de Sousa eNoronha subroga a quinta a FrancisCook.

Em 1858, o Arquitecto JamesKnowles Jr. realiza um projecto dereconstrução do palácio, período emque Francis Cook compra a quinta porcompleto, iniciando-se as obras deremodelação. James Knowles mantémas antigas estruturas acrescentando umapequena galilé no torreão e outra a sul.O jardineiro Burt planta e constrói ojardim e parque e decora-o com peçasadquiridas pelo proprietário em diver-sas viagens, nomeadamente o arcoindiano. Em 1870 Francis Cook é ele-vado a Visconde de Monserrate, alturaem que amplia a quinta comprandovárias quintas à volta.

A capela construída por DeVisme éalterada por ordem de Sir Francis Cook,que lhe retira o telhado, remove asparedes interiores, planta trepadeiras eedifica uma gruta onde são colocadostrês sarcófagos etruscos adquiridos porsi em Roma.

Walter Oates em 1887 projecta e faza manutenção dos jardins.

Com a morte de Sir Francis Cook(1901) o seu filho Sir Frederick Cookcompra a quinta da Penha Verde e fazmelhoramentos em Monserrate períodoem que é aberta ao público. Sir HerbertCook sucede-lhe, desenvolvendo os jar-

dins, contratando novamente WalterOates. Em 1929 Sir Herbert inicia avenda a baixos preços das quintas ane-xas a Monserrate, o palácio e jardins deMonserrate entre outros bens da família.

A 25 Maio a quinta e a encosta atéao convento dos Capuchos é compradapor Saúl Saragga por 9 000 000$00,retendo o comprador 50 000$00 paradespesas de conservação e 100 000$00para entregar à Santa Casa da Miseri-córdia de Sintra.

Em 1968 a quinta e jardins são daresponsabilidade da Direcção-Geral dasFlorestas, sendo que em 1994 a admi-nistração do parque passa a ser geridapelo Parque Natural Sintra-Cascais.

Em 2001 é aberto o concursopúblico para reparação da cobertura eexterior do palácio entre outras inter-venções de restauro no edifício.

Em 2004 o parque e palácio abremao público, com visitas limitadasdevido à continuação das respectivasremodelações do parque e palácio deMonserrate.

O parque de Monserrate é conside-rado um dos mais belos do mundo con-tendo espécies vegetais de todos osquadrantes e após 50 anos ao abandonoMonserrate abre novamente ao público.

CLÁUDIA FRÓIS

E S T Ó R I A D A H I S T Ó R I A

MONSERRATE —BREVE HISTORIAL

V?Num mercado transparente hipotético,

o preço estaria numa posição de expressar

todos os membros que dão forma a um

produto: o verdadeiro custo dos materiais

crus, a qualidade, as consequências da

produção na atmosfera e na ordem social

e as precauções do seu uso na saúde do

consumidor. Na verdade, não acontece, e

o produtor não tem como suportar todos

estes custos, visto que a grande parte

deles cai para trás preferivelmente na

sociedade inteira. Da outra parte, através

do mesmo mecanismo nós vamos pagar

DEMASIADO nos produtos de qualidade

baixa, quando o preço é aumentado

somente para razões do marketing; ou

pagar aparentemente muito POUCO nos

produtos que valem ainda mais menos a

pena. O conhecimento de tais mecanis-

mos nem sempre é fácil o que, da outra

parte as mesmas empresas preferem ajus-

tar acima apenas o marketing com objec-

tivo de realçar apenas as características

positivas dos produtos do que as nega-

tivas.

Que ideais defende

o COMÉRCIO JUSTO?

• Garante um salário justo e digno

aos produtores (operários) prote-

gido das más intenções do mer-

cado;

• Estabelece relações comerciais du-

radouras, paga o produto por

adiantado e permite a planificação

a longo prazo;

• Rejeita e interfere na exploração

laboral das crianças;

• Defende a ideia de que para igual

trabalho, igual remuneração,

Homem ou Mulher;

• Permite que a produção realize

uma exploração sustentável dos

recursos naturais, para que possam

ser utilizadas também por gerações

futuras defendendo e conservando

o Ambiente;

• Promove a criação de associações,

micro-empresas e cooperativas que

potenciam o desenvolvimento das

sociedades rurais;

• Assegura que os produtores dedi-

quem uma parte dos seus lucros às

necessidades básicas das suas

comunidades: saúde, educação,

formação laboral, etc.

Existem cerca de 3000 lojas de

Comércio Justo na Europa, onde se empe-

nham 96 000 voluntários e 4000 trabalha-

dores.

Por um consumo responsável...

VERÓNICA SOUSA

C O N S U M O C R Í T I C O

O QUE É O CONSUMO CRÍTICO?

Nós somos os primeirosde todos os consumidores.

Nós somos a causada sobrevivência

das empresas que existemcada vez mais em massa,

mas também somos a baseque pode construir

um consumo responsável.

www.coresdoglobo.ptwww.comerciojusto.pt

alternativa.comercio-justo.orgwww.latitude0.net

www.consumoresponsabile.itwww.transnational.org

Que POSSIBILIDADES existem então

para uma compra crítica?

Até agora são as empresas que sonda-

do os consumidores, a fim de interpretar o

seu gosto ou de a maioria das vezes a fim

de condicionar as suas escolhas com cam-

panhas anunciando muitas vezes o pro-

duto. Os pequenos consumidores conside-

ram preferencial a possibilidade de

examinar eles mesmos as empresas, a fim

verificar os seus comportamentos e as

suas respostas ao pro-

duto que estão prestes

a possuir. A situação

não é impossível, e o

esforço terminado vem

reembolsado com um

prémio importante: a

LIBERDADE de escolha!

Todos podem ter o uso

destas informações e orientar as compras

começando por colocar perguntas aos

comerciantes, artesãos e produtores,

começando por quem está mais disponível

para o ajudar, aquele que tem todo o inte-

resse em respeitá-lo apenas porque é o

único cliente e que o seu negócio depende

de si directamente.

Nós somos os primeiros de todos os

consumidores. Nós somos a causa da

sobrevivência das empresas que existem

cada vez mais em massa, mas também

somos a base que pode construir um con-

sumo responsável.

O consumo crítico, como quase tudo,

tem uma alternativa, o COMÉRCIO

JUSTO.

O QUE É O COMÉRCIO JUSTO?

É definido como uma parceria que

aproxima os pequenos produtores do sul

empobrecido aos consumidores do norte

do planeta, incentivando o trabalho e a

comercialização em condições dignas. Em

Portugal só no final da década de 90 é que

se começa a falar desta alternativa ao

comércio convencional, aliada a uma

ideia de consumo crítico.

Já estamos no Verão e com a sua che-gada vêm os perigos do sol. A queimadurasolar é uma lesão cutânea causada porexcesso de exposição solar que poderá for-mar bolhas grandes e dolorosas e até choquequando a queimadura cobre áreas extensas.As pessoas de pele clara são as mais propen-sas a este tipo de queimadura. Se durante ainfância acontece uma queimadura grave, ofactor de risco de melanoma maligno naidade adulta aumenta.

Distinguem-se três graus, conforme aprofundidade da queimadura: queimadurade primeiro grau, com rubor e tumefacçãodolorosa que só afecta a camada externa dapele (epiderme), queimadura de segundograu, com bolhas, com lesão da epiderme eda derme e queimadura de terceiro grau, quejá implica uma lesão ou destruição da peleem toda a sua profundidade, com carboniza-ção e lesão dos tecidos. As queimaduras,devido à perda de plasma a partir dos vasossanguíneos danificados produzem tumefac-ção e calor. Nos casos mais graves por vezesé necessária a transfusão de sangue ou solu-ção salina. As queimaduras podem ser tam-bém fonte de infecção bacteriana, tendo dese aplicar nestes casos um tratamento à basede aloés (bactericida, anti-séptico, analgé-sico e anti-inflamatório), Propólis (antibió-tico e anti-inflamatório, cicatrizante), vita-minas, em particular as vitaminas A e E

zar os alunos no sentido da protecção domeio ambiente.

Assim, o Centro Social Paroquial de SãoJoão das Lampas e em parceria com aCâmara Municipal de Sintra está a desenvol-ver um projecto «Prevenir em Colecção»com as crianças de 5 anos. Projecto este quetrabalha diversos temas, como o EU, aESCOLA, a AMIZADE, a FAMÍLIA e aECOLOGIA. Todos estes temas foram desen-volvidos ao longo do ano lectivo através deactividades lúdicas e dinâmicas de grupo.

Neste momento e a terminar o projecto,estamos a trabalhar e ECOLOGIA. Com estetema procuramos sensibilizar as crianças paraa importância de cuidar do «nosso mundo»,tentamos incutir nelas algumas preocupações ecuidados a ter com o meio ambiente. Deste

modo, pretendemos ainda, fazer chegar aosencarregados de educação e familiares dascrianças os conhecimentos adquiridos duranteo projecto, promovendo uma maior interacçãodos mesmos no processo educativo.

ANA MIGUEL

Educadora de Infância

Car

olin

a, 6

ano

s

A educação ambiental faz parte inte-grante da formação das nossas crianças ejovens. O contacto directo com a naturezaconstitui o meio mais eficaz para sensibili-

(aceleram a cicatrização e dissolvem os coá-gulos).

No primeiro dia de praia evite a exposi-ção prolongada ao sol. Os raios ultra-violetaactivam os radicais livres da pele e do ar,podendo destruir as proteínas das células ecausar o envelhecimento da pele.

Portanto, no primeiro dia e se a sua pelefor clara, exponha-se somente 30 minutos,aumentando 30 minutos cada dia até obterum bronzeado que lhe permita obter a pro-tecção desejada. Utilize, especialmente paraas crianças, uma loção de aloé que conviráaplicar depois de cada banho. Não deixe ascrianças desprotegidas, faça-as usar nos pri-meiros dias de praia uma camisola durante amaior parte do tempo.

As horas mais recomendáveis para osbanhos de sol são: No Verão das 8 às 11 horase das 16 às 20 horas; nas restantes horas, estarà sombra de um toldo ou guarda-sol.

Para tratar uma queimadura solar ligeira,aplique uma loção de Aloé Vera, intercaladacom um creme de Propólis e Aloé. Os pensosfrios também são de grande utilidade. Para osfazer, molhe uma toalha em água fria ouponha cubos de gelo dentro de um saco deplástico, esmagando o gelo com um martelo.Envolva o saco com uma toalha e apliquesobre a zona afectada. Se a pele tiver empo-lada, não a friccione nem use roupas que africcionem e não se exponha ao sol enquanto

A M B I E N T E

A EDUCAÇÃO AMBIENTALNO PRÉ-ESCOLAR

S A Ú D E

O SOL — NOSSO AMIGOos sintomas persistirem. Também poderá usarvinagre de maçã nos pensos frios. Para issodissolva a quantidade que achar necessáriaem água fria e aplique sobre a área afectada.

Como é do conhecimento popular, exis-tem plantas que nos podem ajudar a recupe-rar depois de um golpe de sol ou de umaqueimadura solar. Eis aqui algumas delas:

• Cavalinha: 20 g para um litro deágua (remineralizante, anticoagu-lante, hemostática);

• Tília: 10 g para um litro de água(acção calmante);

• Pau d’Arco: 10 g para um litro deágua (bactericida, hemostático, cica-trizante, aumenta os glóbulos verme-lhos);

• Oliveira: 50 g para um litro de água(acelera a cicatrização das feridas);

• Nogueira: 20 g para um litro de água(anti-séptica e anti-fúngica);

A cavalinha pode ser também aplicadaem forma de cataplasma. As outras plantassão tomadas em forma de chá. As pessoascom tensão arterial baixa devem evitartomar o chá de oliveira.

TÚLIO MILITÃO

Naturopata OsteopataMassagem Terapêutica

Carolina, 6 anos

Decorre em Lisboa, no Forum Picoas,desde 1 de Julho, a primeira exposição depintura de Bill Riach. Esta mostra encerraráem 15 de Julho.

Pintor nascido na Escócia, residente emGouveia, com o decorrer dos anos tornou-seuma figura incontornável do meio ondehabita.

O retrato do meio campestre — umaqualquer flor —, ou urbano — uma rua doBairro Alto — são o motivo que dão a cor àtela e revelam a paixão de um cidadão por-tuguês por opção, não por nascimento.

Bill aos 81 anos inicia um percurso nomeio artístico da pintura portuguesa quepor certo o levará ao reconhecimento do seutalento.

Resta deixar-lhe uma mensagem deânimo e coragem para os novos desafios queele não deixará de enfrentar.

Esta foi a sua primeira exposição, mascertamente a segunda perfila-se no hori-zonte.

Faleceu José Fontinhas

aliás Eugénio

de AndradeNascido no Fundão a

19 de Janeiro de 1923, fale-ceu, às primeiras horas do dia 13 de Junhode 2005, o poeta Eugénio de Andrade.

Aqui fica a nossa homenagem a um dosmaiores poetas da língua portuguesa.

A TEIA

As cigarras,a brusca rouquidão da cal,a surda rebentação dos cardos,tudo o que faz o verão subir a prumochegou ao fim.

O frio, a sua teia branca,lembra-te, não tardará.

Os Lugares do Lume, 1998

Como é de conhecimento geral, ou pelomenos deveria ser, os níveis de poluição nomundo estão a aumentar a olhos vistoscriando o tão falado EFEITO ESTUFA.

Como tudo, existem os motivos paraestes factos estarem a acontecer e as tentati-vas para reparar os danos já existentes,assim como prevenir os que se podem suce-der.

O QUE É O EFEITO ESTUFA?

Os gases com efeito estufa sobem àscamadas mais altas da atmosfera, que conse-gue dissipá-los até determinada quantidade.

Quando são em excesso, a atmosferaperde esta capacidade. Os gases acumulam-se, e geram o efeito estufa retendo a energiasolar nas camadas baixas da atmosfera, oque contribui para o aquecimento global.

Para agravar, o tempo de vida destesgases chega às centenas de anos!!!

O dióxido de carbono é o gás mais abun-dante. A sua presença na atmosfera aumentacom a queima de combustíveis fosseis (car-vão, petróleo, etc), a fonte de energia maisusada pelo Homem.

SE NÃO SE BAIXAREM AS EMISSÕESPOLUENTES, FENÓMENOS

COMO CICLONES E FURACÕESVÃO INTENSIFICAR-SE NO FUTURO...

Para estes acontecimentos, gerados portodos Nós, foi criado «O PROTOCOLO DEQUIOTO».

O Protocolo de Quioto (PQ) nasceu em1997, sob a alçada das Nações Unida, masficou adormecido até Outubro passado,quando a Rússia o ratificou, viabilizando asua entrada e vigor a 16 de Fevereiro de2005.

Os países que se comprometeram a redu-zir emissões de gases com efeito estufa(GEEs), terão mesmo de o fazer, de modo acumprir até 2012 o grande objectivo doacordo: reduzir em 5% as emissões globaisde GEEs, em relação a 1990, de modo adiminuir o efeito estufa e, assim, evitar drás-ticas alterações no clima da Terra.

Os países que não cumprirem a suaparte, sujeitam-se a multas pesadas por cadatonelada de dióxido de carbono (CO

2) emi-

tida a mais.Portugal, beneficiou do facto de ter rati-

ficado Quioto em conjunto com a União

Europeia (UE) a 31 de Maio de 2002. Paranão comprometer os processos de coesãoeconómica de Portugal, Espanha, Irlanda eGrécia, a UE decidiu lançar sobre os paísesmais ricos os custos financeiros da redução.Assim o nosso país não está obrigado areduzir as suas emissões de GEEs, podendoaté aumentá-las 27%.

O único objectivo de Portugal é nãoultrapassar este limite. No entanto, dificil-mente o cumprirá já que as emissões lusasestão descontroladas. Em 2002, já eram40 vezes superiores às registadas em 1990,isto é, 13% acima da meta do país.

O Plano Nacional para as AlteraçõesClimáticas aponta uma causa estrutural parao disparo das emissões nacionais:

O sector dos transportes é um grandecausador do aumentos de emissões de GEEse uma das recomendações para o plano, queainda não passou do papel, passa pela dimi-nuição o uso do automóvel privado pelosportugueses.

Ainda assim, o governo acredita quePortugal cumprirá o Protocolo de Quioto, eeste custará 160 milhões de euros, por ano,ao nosso país.

O objectivo com o PQ é estabilizar asconcentrações na atmosfera de gases comefeito estufa, de modo a reduzir o impactodas alterações climáticas originadas peloHomem.

Cento e trinta e dois (132) países ratifi-caram o Protocolo de Quioto. Outros assina-ram, mas não ratificaram, isto é, os seusparlamentos ou governos não se comprome-teram com ele. São os casos dos EstadosUnidos e da Austrália.

A contribuição do Homem para umaumento de 60% de dióxido de carbono(CO

2) na atmosfera, deverá levar entre 50 a

200 anos a estabilizar; os 15% de metano(CH

4), cerca de 10 anos e óxido nitroso

(N2O), entre 100 e 150 anos tendo aumen-

tado em 5%.Valores assustadores para quem vive

presentemente neste tipo de ambiente e pen-sar nas gerações futuras sem tomar qualquertipo de atitude!!!

As consequências deste agravamentoestão à vista, os glaciares derretem, o ar estáirrespirável, as cheias mais intensas e osincêndios mais devastadores!!!

VERÓNICA SOUSA

A M B I E N T E

O PROTOCOLODE QUIOTO

Mas a verdade de um artista é a que nosfica no saldo da sua obra. É um saldo quese determina por um indizível sabor, um tomem que se ordenam todas as suas ideias, pormais contraditórias. (Vergílio Ferreira,Espaço Invisível II, 1976)

Escritor com um total de 22 obras deficção entre 1943 e 1996, 12 ensaios de1943 a 1988 e 10 diários de 1980 a 1984este homem apresenta um saldo da sua obraque o torna figura obrigatória das letras doséculo XX em qualquer parte do mundo.

Pelas 15 horas do dia 28 de Janeiro,sexta-feira, de 1916, em Melo, concelho deGouveia, começa o caminho de um dosmaiores vultos da literatura portuguesa doséculo XX — Vergílio António Ferreira, filhode António Augusto Ferreira e Josefa Fer-reira.

Em 1920, com a emigração dos seuspais para os Estados Unidos começa umadolorosa separação mais tarde descrita emNítido Nulo (1971).

Aos 10 anos, após uma peregrinação aLourdes, entra no seminário do Fundão, quefrequentará durante seis anos. Será este quo-tidiano o tema central de Manhã Submersa(1953), mais tarde adapatado ao cinema porLauro António filme em que Vergílio Fer-reira desempenha o papel de reitor.

Aos 16 anos deixa o seminário e acaba oCurso Liceal no Liceu da Guarda. Começa aescrever poesia. Entra para a Faculdade deLetras da Universidade de Coimbra. Da suapoesia nunca publicada conhecem-se algunsversos lembrados em Conta-Corrente.

Em 1939, escreve o seu primeiroromance, O Caminho Fica Longe. Um anomais tarde licencia-se em Filologia Clássica.Conclui o Estágio no Liceu D. João III(1942), em Coimbra. Começa a leccionarem Faro. Publica o ensaio Teria CamõesLido Platão? e, durante as férias, em Melo,escreve Onde Tudo Foi Morrendo.

Em 1944, passa a leccionar no Liceu deBragança, publica Onde Tudo Foi Morrendoe escreve Vagão «J».

A sua permanência em Évora (1945--1958) como professor liceal e a sua vindapara Lisboa (1959), onde ensinou no LiceuCamões, até à sua reforma, torna este

perante as suas proezas, quando o que lheresta delas é a lembrança».

Estrela Polar (1962), Apelo da Noite(1963), Alegria Breve (1965), Nítido Nulo(1971), Apenas Homens (1972), Rápida, aSombra (1974), Contos (1976), Signo Sinal(1979), Para Sempre (1983), Uma Espla-nada Sobre o Mar (1986), Até ao Fim(1987), Em Nome da Terra (1990), Na TuaFace (1993), Cartas a Sandra (1996) são ostítulos que se seguem, bem como numerososensaios e diários.

Ao longo da vida Vergílio Ferreira foiagraciado com diversos prémios, nomeada-mente Prémio Europália, 1991, PrémioBordalo de Literatura da Casa da Imprensa,1992 e Prémio Camões, 1992, para além dosseguintes prémios à sua obra: PrémioCamilo Castelo Branco, da Sociedade Portu-guesa de Escritores, 1959 (Aparição);Prémio Literário da Casa da Imprensa, 1965(Alegria Breve); Prémio D. Diniz, da Funda-ção Casa de Mateus, 1981 (Conta-Corrente I);Prémio Literário Município de Lisboa(Prémio de Prosa de Ficção), 1983 (ParaSempre); Prémio PEN. Clube Português deFicção, 1983 (Para Sempre); Prémio da Crí-tica do Centro Português da AssociaçãoInternacional de Críticos Literários, 1984(Para Sempre); Grande Prémio de Romancee Novela APE/IPLB, 1987 (Até ao Fim);Prémio Jacinto do Prado Coelho, do CentroPortuguês da Associação Internacional deCríticos Literários, 1987 (Espaço do Invisí-vel IV); Prémio Femina Étranger, 1990(Manhã Submersa); Prémio PEN Clube Por-tuguês de Ficção, 1990 (Em Nome daTerra); Prémio PEN Clube Português deEnsaio, 1992 (Pensar); Grande Prémio deRomance e Novela APE/IPLB, 1993 (NaTua Face).

FERNANDO CERQUEIRA

período da sua vida como o das grandesmudanças intelectuais na sua obra.

Publica Mudança (1949) A Face San-grenta (1953) e Manhã Submersa (1953). Jáem Lisboa com a publicação de Aparição(1959) e no ano seguinte Cântico Final,assiste-se então ao que se chamou a suaadesão ao existencialismo, seja no seu estiloensaístico ou filosofante. Vergílio Ferreiraacerca de Aparição escreve:

Romance filosófico é uma expressãoequívoca. Não se pode fazer romance comoforma de filosofia. O que acontece é que, ameu ver, há dois tipos de romance: oromance-espectáculo que quer dar umaimagem do real que nos circunda e oromance-problema, chamado o romance--ensaio, cujo saldo é uma reflexão. Esteromance tem como objectivo fundamentalpôr um problema. [...] A obra filosóficaensina, enquanto aquilo a que chamo oromance-problema interroga. Temos tam-bém de distinguir o romance-problema doromance-tese que é uma coisa horrível.O romance não pretende demonstrar nada.Além do mais, o romance joga com valoresvivenciais e estéticos e a filosofia, generica-mente, não. Na filosofia teoriza-se, noromance vive-se. (Vergílio Ferreira, UmEscritor Apresenta-se, 1981)

Decorridos mais de quarenta anos sobrea sua primeira edição, e tendo em conta asmais de cinquenta edições que até hoje sefizeram desta obra admirável de Vergílio Fer-reira, importa ainda salientar o sentido de fla-grante actualidade que a sua leitura consenteaos leitores que hoje ainda descubram estelivro e relembrar o registo feito em Conta--Corrente I (1980), em que o autor de ParaSempre não deixa de se surpreender: Pordesfastio e não saber que ler, peguei em Apa-rição. E imprevistamente, eu que já tive dereler o livro várias vezes na altura das ree-dições, tomou-me uma imensa emoção.Estranha saudade me atravessou de umtempo irreal, de Évora, da aldeia, recupera-dos numa memória absoluta, num tempo denunca. Reparo, aliás, que estou agora maistolerante com os meus livros. Como um velhocom os netos? Ou como quem se embevece

L I T E R A T U R A • L I V R O S • L E I T U R A S

VERGÍLIO FERREIRA28-1-1916 — 1-3-1996

O começoAldeia azul, mudar-te, incentivar-te, enfim, um rol de nomes infindável,

que pôs muito boa gente com um nó na cabeça, afinal tratava-se de dar umnome a esta associação e não havia maneira de agradar a todos...

Foram-se passando dias, semanas, meses e como por milagre aconteceu...3pontos... diga-se que não teve a concordância de todos, mas o facto é que,do dia para noite, nunca mais se ouviu mais nenhuma discussão sobre o nomepara a associação...

Porquê???Bem, penso que algo nos disse a todos que independentemente, de como

fossemos baptizar este projecto, o que realmente importava era o que está-vamos prestes a criar, a concretização de uma ideia, ao contrário daquelastantas outras que acabam sempre esquecidas em páginas soltas...

Para acabar e sendo este o primeiro número do nosso boletim, não podiadeixar de felicitar todos aqueles que o tornaram possível, e todos aqueles queestiveram envolvidos na criação da associação...

Mais uma vez parabéns a todos... e longa vida aos três pontos...

CARLOS ZOIO

e o bater do meu coração sustenta o ritmo das coisas.

Arranco o mar do mar e ponho-o em mim

a melod ia que va i de f lor em f lor .

seguro a minha alma para que não se quebre

As minhas mãos mantêm as est re las

Pérolas brilham no palco

O grupo cénico «Pérola da Adraga», da Sociedade Recreativa e Musicalde Almoçageme (SRMA), subiu à cena no passado mês de Maio com a peça«O Noivo das Caldas», de João de Bastos. Trata-se de uma comédia dos anos50 cujo enredo gira à volta dos esforços de um casal, classe média, para casara sua filha única com um nobre abastado.

Destacamos o fantástico cenário que acompanha a transformação dafamília tornando-se numa casa requintada. O guarda-roupa retrata bem aépoca e num jogo de cores e pequenos pormenores, acentua o caráctercómico das personagens. A peça conta ainda com boas interpretações e umamágnifica encenação de Gil Matias, cujo trabalho no grupo tem sido notável,contribuindo inevitavelmente para a sua projecção junto do público.

Se não assistu à peça, terá ainda uma oportunidade uma vez que esta seráreposta a partir da segunda quinzena de Outubro, na SRMA.

PILAR LOURENÇO

Banca da associação 3pontos durante os festejos pascais de Fontanelas