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Boletim Informativo da Santa Casa da Misericórdia de Mirandela Santa Casa da Misericórdia de Mirandela Boletim Informativo Boletim Informativo Pontos de interesse especiais: Inauguração da 2.ª fase do Lar S. Sebastião; Lançamento da Obra de Recu- peração do Centro de Dia e instalação da Empresa de Inserção Social Padaria/ Pastelaria “Cantinho da Avó”; Inauguração da Parafarmácia “+ Saúde”; Actividades realizadas com utentes; Exposição da Dr.ª Sónia Bor- ges; Inauguração da Sede Social; Criação do Banco Solidário. Praça 05 de Outubro, n.º 16 e 17 * 5370-491 Mirandela * Telf.: 278 201 030 * Fax: 278 262 977 Dezembro de 2008

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  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela pg.

    Santa Casa da Misericrdia de Mirandela

    Boletim InformativoBoletim Informativo

    Pontos de interesse especiais:

    Inaugurao da 2. fase do Lar S. Sebastio;

    Lanamento da Obra de Recu-perao do Centro de Dia e instalao da Empresa de Insero Social Padaria/Pastelaria Cantinho da Av;

    Inaugurao da Parafarmcia + Sade;

    Actividades realizadas com utentes;

    Exposio da Dr. Snia Bor-ges;

    Inaugurao da Sede Social;

    Criao do Banco Solidrio.

    Praa 05 de Outubro, n. 16 e 17 * 5370-491 Mirandela * Telf.: 278 201 030 * Fax: 278 262 977

    Dezembro de 2008

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela - pg. 2

    Sumrio

    Pg.

    Editorial ...4

    Admisso de Irmos ...5

    Funcionrios que entraram na reforma6

    Inaugurao da 2. fase do Lar S. Sebastio.7

    Cursos de Formao Profissional e Estgios Profissionais..8

    Centros de Infncia.9

    CATL.-ABC...12

    Projecto Incentivar13

    Actividades nos diversos equipamentos:

    Desporto na 3. idade e na infncia..14

    Fisioterapia.15

    Encontro de Idosos.....17

    Lar N. Sr. da Paz18

    Residncia Santa Ana19

    Lar S. Sebastio.20

    Hospitel...20

    Apoio Domicilirio21

    Inaugurao da Parafarmcia + Sade......22

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela pg. 3

    Sumrio

    Pg.

    Lar S. Pedro Velho23

    Empresa de Insero Social Cantinho da Av26

    Assembleia Geral de Irmos.27

    Eleies dos Corpos Sociais da SCMM27

    Classificao do patrimnio da Igreja.28

    Restauro das peas de arte-sacra pelo atelier Insacris..30

    Museu, organizao e perspectivas futuras.32

    Exposio da Dr. Snia Borges...35

    Criao do B.S. e B.L.V....36

    Impacto social do dia 8 de Dez. de 2008..38

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela - pg. 4

    Editorial

    P odemos voltar a pgina de um livro. Podemos volt-la, metaforicamente, de um percurso de vida, ou de uma vida inteira, ou at voltar a pgina de uma Instituio.

    o que est a acontecer. A Santa Casa da Misericrdia de Mirandela tem vindo a escrever um romance de amor, onde todos os dias se escreve uma pgina e se volta, para continuar a escrever sempre. Ou porque se ajudou um velhinho, ou porque se fez crescer um menino, ou porque no se deixou ningum na margem, ou porque se ensinaram adolescentes a procurar o caminho, ou porque se ajudaram famlias perdidas, ou porque se deu emprego a mais algum, ou porque emprestmos o ombro ou estendemos a mo para abran-dar o sofrimento dos mais magoados, ou porque um sem nmero de gestos no trato dos que vivem no siln-cio e se abre a porta de algum para lhe acudir na solido, na doena, nos maus tratos, ou, simplesmente, se entrega uma encomendinha de ternura e fica a pairar no ar para abrilhantar um olhar ou abrir um sorriso.

    Ou ento, a Santa Casa tambm se reescreve, para fazer uma festa, com todos os idosos do concelho e reza com eles, dana com eles e festeja o dia do idoso, num Santurio como a Senhora da Assuno.

    Mas tambm volta a pgina quando tem prestes a oferecer um pacote no que respeita a turismo snior, ou quando ganha a aposta do apoio domicilirio de qualidade, porque os lares esto cheios e ns at sabe-mos que os idosos podem beneficiar dos apoios afectivos dos vizinhos, compadres ou parentes, se continua-rem, na sua terra e na sua casa.

    Volta a pgina quando cria uma Parafarmcia + Sade no sentido de criar recursos prprios e rev as suas actividades econmico-financeiras.

    Mas tambm vira solenemente a pgina, quando sonha e cria uma Sede para a Instituio, que inaugura mostrando a arte nas suas mais diversas facetas: arte-sacra que estava dispersa e degradada e hoje, consta no seu esplio, classificada e inventariada; arte moderna da pintora Snia Borges, uma jovem mirandelense a exercer a sua actividade na Casa de Serralves no Porto. Quando exibe pintura da Dr. Isabel Calhau, em for-ma de painel, de nome Rumo ao Azul, de caminhos vividos, sentidos, sofridos, amados um para cada um de ns e para a Humanidade. Caminhos por onde se fez a Santa Casa e se far intemporalmente

    Quando patenteia painis no discurso directo, em que o passado e o presente da histria de vida da Santa Casa conversam de viva voz, de uma forma coerente. Porm, o passado, j longnquo, obrigado a consen-tir a chegada de um presente tecnolgico, pronto para os desafios modernos de todos os dias da nossa Casa.

    Volta a pgina, quando nos revela os segredos de uma cidade como Mirandela, atravs da Janela do Tempo, logo que franqueamos a porta principal da Sede da Instituio.

    Quando nos explica arte-sacra e nos levanta a fasquia da cultura, pelo saber abrangente e invulgar do Dr. Pedro Beato, nesta temtica, ou nos faz ouvir poesia ou outros textos de elevao, nos discursos do Sr. Bis-po de Bragana e Miranda, do Sr. Provedor, do Sr. Presidente da Cmara Municipal, da Dr. Maria Joo Afonso e outros. Ou ento, nos faz ouvir o Coro da SCMM, constitudo por todas as clulas da Instituio, ou nos proporciona a oportunidade de nos elevarmos com um solo na voz inefvel da Sr. D. Judite Amaral, num auditrio cheio e perplexo com o belo e nico momento a que todos assistimos.

    A Santa Casa volta decididamente a pgina, quando nos proporciona uma cerimnia como esta e nos anuncia que jamais poder retroceder nestas iniciativas to ricas culturalmente.

    Mas a Santa Casa o que promete cumpre. E vai escrever uma pgina de leitura fascinante, com a criao do Banco Solidrio em parceria com a Cmara Municipal de Mirandela e esta cidade ter, certamente, menos pobreza ou misria e, seremos todos, muito mais iguais e, por isso, muito mais fraternos. Escrever outra pgina muito doce e saborosa com a inaugurao da padaria/pastelaria, para consumo prprio e para os mirandelense mais exigentes nas sua guloseimas.

    Porm, a Santa Casa vai-nos convidar a ler pginas e pginas de um romance histrico, escrito com a narrativa viva da Instituio, pela mo do Sr. Provedor, Eng. Manuel Joo Arajo. Todos aguardamos essa edio com carinho, porque lhe queremos guardar um lugar muito especial na biblioteca das nossas casas, para quando a vontade nos pedir, podermos virar a pgina mais uma vez da Instituio que tanto amamos.

    Dr. Maria Cardoso

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela pg. 5

    Editorial Os nmeros de 2008

    Movimento de Utentes

    Nmero de Utentes

    Idosos em Lista de Espera para Lar

    0

    10

    20

    30

    Homens Mulheres Homens Mulheres Homens Mulheres

    Admisses Sadas Falecimentos

    N.S.daPaz

    SantaAna

    Hospitel

    UAI

    S.Sebastio

    Totais

    1

    10

    100

    1000 Apoiodomicilirio

    CentrosdeDia

    ADI

    UAI

    LarNossaSenhoradaPaz

    Hospitel

    ResidnciaSantaAna

    ValeSalgueiro(S.Sebastio)

    CentrodeInfnciaMiminho

    CentrodeInfnciaArcoris

    CATL

    CAT

    Masculino20%

    Feminino41%

    Casais3%

    Total36%

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela - pg. 6

    Em destaque

    Almoo de despedida

    D urante este ano reformaram-se trs funcionrias da Instituio, j muito antigas na casa e com muitos anos de servio.

    Duas delas trabalhavam no lar Nossa Senhora da Paz. A D. Graa e a D. Erme-sinda.

    A D. Orqudea funcionria da igreja durante largos anos, esteve tambm ligada ao arquivo da Santa Casa.

    Cabe-nos dizer que muito a Instituio lhes agradece pelo empenho e dedicao com que ao longo destes anos desempenha-ram as suas funes, em prol dos que mais precisam.

    A Instituio, como forma de agradeci-mento pelo trabalho desempenhado ao lon-go dos anos, brindou-as com um almoo de despedida, no lar N. Sr. da Paz, onde estiveram presentes quase todos os rgos Sociais da Instituio.

    Receberam, ainda, uma lindo ramo de orqudeas, cada uma, pelas mos da Dr. Conceio Diogo e do Sr. Provedor, Manuel Joo Morais Arajo.

    Aquando da entrega dos ramos, a Dr. Conceio Diogo e o Sr. Provedor no quiseram deixar de lhes dar uma palavra de agradecimento, demonstrando-lhes, assim, e em pblico, todo o carinho e admirao que a Instituio sente por estas Senhoras.

    A todas elas bem hajam pela dedicao e empenho que sempre demonstraram, no desempenho das suas fun-es.

    Cristina Rouxinol

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela pg. 7

    Lar So Sebastio - Vale Salgueiro

    Em destaque

    Inaugurao da 2. fase do Lar S. Sebastio

    Durante o Processo de Envelhecimento os Idosos esto sujeitos a diversas modificaes biolgicas, fisiolgicas, cognitivas, patolgicas e socioeconmicas que necessitam uma ateno especial tendo uma complexidade crescente, que se reflecte na qualidade de vida dos nossos Idosos.

    Estes problemas atribuem a responsabilidade de criar, desenvolver e implementar projectos adequados s necessi-dades dos mais velhos, quer s instituies pblicas, quer s particulares.

    Atenta s necessidades, est a Santa Casa da Misericr-dia de Mirandela, pelo que tem vindo ao longo de vrios anos a investir na criao e melhoramento de equipamen-tos que possam dar resposta s necessidades dos Idosos do concelho de Mirandela.

    Neste seguimento, no dia 31 de Maio de 2008, inaugu-rou o Lar S. Sebastio em Vale de Salgueiro.

    Certamente esto a pensar, mas o Lar S. Sebastio j existia, j tinha sido inaugurado, ao que respondo, ver-dade.

    No entanto e tendo em conta que as necessidades dos utentes internos e externos deste equipamento so cada vez mais complexas, a Santa Casa decidiu proceder amplia-o do equipamento, e comemorar em famlia a nova vida do Lar S. Sebastio.

    Este equipamento ficou seriamente beneficiado, pois crimos alguns espaos fundamentais para os utentes e funcionamento interno, nomeadamente, dois quartos, uma lavandaria, elevador, salo de convvio, gabinete mdico, enfermaria/fisioterapia, banho assistido, gabinete da direc-toria, capela e vrios arrumos.

    A cerimnia teve incio com a Bno das instalaes pelo Sr. Cnego Valentim Bom e Sr. Cnego Vaz e duran-te a Missa realizou-se a admisso de Irmos da Santa Casa.

    O convvio que se seguiu missa contou com a presen-a de vrias pessoas, que de formas distintas contribuem significativamente para a evoluo da Santa Casa, nomea-damente do Lar. S. Sebastio.

    Agradeo a disponibilidade e presena de todos neste dia to importante, ao Sr. presidente da Cmara Municipal de Mirandela, Junta de Freguesia de Vale de Salgueiro, elementos da Junta Fabriqueira de Vale de Salgueiro, Utentes, Familiares, Funcionrias, Corpos Sociais, Volun-tariado e restantes ilustres convidados, o meu grande Obri-gado!

    As palavras proferidas pelo Dr. Jos Silvano, revelam a preocupao da Cmara Municipal em criar novas e melhores condies de vida aos habitantes do concelho de Mirandela.

    Neste sentido e de forma muito particular, no posso deixar de louvar o seu empenho e colaborao com a Santa Casa da Misericrdia de Mirandela na realizao desta e outras obras imprescindveis para a qualidade de vida dos que por ela so apoiados.

    O Lar S. Sebastio tem vindo a evoluir de forma signi-ficativa, estabelecendo relaes de parceria com os servi-os sociais do Hospital de Mirandela, Cmara Municipal, Segurana Social e Juntas de Freguesia na resoluo de situaes problemticas/casos sociais que afectam muitas pessoas e necessitam de uma rpida resoluo.

    Desta forma, alerto todas as pessoas para a importncia da existncia deste equipamento, pois de uma forma geral todos beneficiam com os servios de qualidade que diaria-mente so prestados por todos os colaboradores e respon-sveis da Santa Casa de Misericrdia de Mirandela.

    Para finalizar, deixo um convite muito especial a todas as pessoas que no conhecem o Lar S. Sebastio, entrem e vejam o investimento financeiro e humano que a Santa Casa realizou.

    A nossa misso sem dvida, promover um envelheci-mento de qualidade de todos os utentes, especialmente os

    que mais necessitam; assim, a nossa promes-sa a de que continua-remos a dar o nosso melhor.

    Marla Canteiro

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela - pg. 8

    Em destaque

    Cursos de Formao Profissional

    A Santa Casa continua a ter como preocupao permanente a valorizao e actualizao de funcion-rios segundo a diversidade de trabalhos que prestam na Instituio.

    Tendo em ateno aces realizadas e sobretudo o seu efeito no que concerne a aquisio de competncias favorveis ao desempenho de funes e valorizao tcnica e pessoal dos funcionrios, a Santa Casa consi-dera esta iniciativa como fulcral ao bom funcionamento da Instituio.

    Durante o ano de 2008, decorreram algumas aces de formao, que muito contriburam para a certificao da qualidade de vida dos Lares e Centros de Infncia.

    Geriatria promovida pela Unio das Misericr-

    dias Portuguesas, 100h; 15 formandas;

    Infncia - promovida pela Unio das Misericr-

    dias Portuguesas, 100h , 15 formandas;

    Excel promovida pelo Centro de Formao de

    Bragana, 75 h; 15 formandos;

    Feridas Crnicas promovida pela Bramdica; e

    Braun, 1h30m; 60 formandas.

    Para o prximo ano j se procedeu a uma candidatu-

    ra, da qual foi aprovada uma aco de formao para a

    cozinha., promovida pela Unio das Misericrdias Por-

    tuguesas. Esta aco tem durao de 100 horas e para

    10 formandas. Esto tambm a ser organizadas turmas

    para a formao modular atravs do Centro de Forma-

    o de Bragana. Est previsto iniciarem-se aces em

    todas as reas.

    Cristina Rouxinol

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela pg. 9

    Em destaque Estgios Profissionais

    A Santa Casa da Misericrdia de Mirandela, como vem acontecendo em anos anteriores, inseriu no seu plano anual estgios profissionais em diversas reas.

    O mercado de trabalho no consegue dar resposta aos inmeros jovens licenciados que acabam o seu curso. A Instituio diariamente procurada por jovens que acabam o seu curso e no tem perspectivas de ingressar no mercado de trabalho.

    No ano de 2008 foram muitos os estgios realizados na Santa Casa, nomeadamente:

    4 estgios na rea da Educao/Ensino; 1 Servio Social; 1 Educadora Social; 1 Enfermagem; 1 Geriatria; 1 Psicologia.

    Todos estes estgios foram inseridos nos vrios equipamentos e valncias da Instituio. Aps o trmino do perodo de estgio foram celebrados contratos de trabalho com estas pessoas.

    Nos lares, existe ainda uma grande percentagem de utentes dispostos a participar nas tarefas que lhe so apre-sentadas, vindo contracenar com os menos incrdulos neste tipo de projecto. A vontade de se sentirem requisita-dos e ainda teis sociedade, torna-os capazes de enfrentar algumas das suas limitaes, o que muito enrique-cedor para todos os participantes neste tipo de projectos.

    Cristina Rouxinol

    Mudana Provisria de InstalaesMudana Provisria de InstalaesMudana Provisria de Instalaes

    O s Servios Administrativos, juntamente com os Servios Sociais, foram obrigados a mudar de instala-es provisoriamente. Estas mudanas deveram-se ao incio dos trabalhos de remodelao do Centro de Dia e da Empresa de Insero Social na rea da panificao denominada Cantinho da Av.

    De acordo com o calendrio da obra de remodelao, no ms de Julho os servios anteriormente descritos instalaram-se em duas salas alugadas, situadas mesmo em frente ao Centro de Dia. Depois de vrias tentativas e alternativas de instalao, consideramos que estas salas seriam o melhor em termos de localizao, para no des-tabilizar o bom funcionamento dos servios, no que diz respeito s datas de pagamento. E o mesmo acontece com as pessoas que se dirigem frequentemente Instituio, quer para pagamentos ou outros assuntos de ndole pes-soal.

    Cristina Rouxinol

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela - pg. 10

    Em destaque

    Centros de Infncia

    O tema do nosso Projecto Educativo para o ano lectivo 2007/2008 foi Era uma vez no Jar-dim-de-infncia .

    Tinha como finalidade principal o intercmbio de actividades entre as vrias salas e darmos a conhecer s crianas e restante comunidade escolar as profissionais que todos os dias interagem de uma forma ou de outra com as crianas. Neste mbito foram realizadas muitas actividades das quais destaco a pea de teatro apresentada pelas auxiliares de educao Branca de Neve e os sete anes, o filme que tinha como tema Um dia na cozinha, a apresentao feita por todas as crianas da sua sala, as entrevistas feita s educadoras pelas crianas, etc

    No Natal, as educadoras representaram uma pea de teatro para as crianas, actividade que estas muito apreciaram. No faltou o Pai Natal a distribuir presentes.

    No final do ano, fizemos a festa no Auditrio Municipal para as famlias, onde as crianas mostraram os seus dotes de artistas e danarinas. Fomos tambm visitar o Jardim Zoolgico da Maia, passeio que muito alegrou as nossas crianas.

    No final do ms de Junho, na Festa de Finalistas, dissemos adeus s crianas de 5 anos que se despediram do Jardim-de-infncia..

    Deolinda Gonalo

    Centro de Infncia Centro de Infncia Centro de Infncia MiminhoMiminhoMiminho

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela pg. 11

    Em destaque

    Centros de Infncia

    Centro de Infncia Centro de Infncia Centro de Infncia ArcoArcoArco---risrisris Neste ltimo semestre de ano lectivo 2007/2008 a calen-darizao do Projecto Educati-vo sofreu alguma alterao. Com a abertura do Centro de Infncia Arco-ris no ms de Agosto, sentimos necessidade de fazer uma planificao para os meses de Vero. Assim tive-mos actividades de desporto, plstica, karaoke, piscinas, pas-seios, equitao, culinria e trabalhos manuais. Na segunda semana de Setembro inicimos o ano lecti-vo de 2008/2009 com o Pro-jecto saber comer saber viver. Tentmos sensibilizar mais uma vez as crianas e pais no dia Mundial da Alimenta-o para a importncia de uma alimentao saudvel, atravs de um painel com a roda dos alimentos elaborado pelos gru-pos de crianas do jardim. O Magusto foi festejado com

    alheiras e muita castanha assa-da na fogueira. No dia 18 de Dezembro no ir faltar o Pai Natal com os presentes e a ani-mao com a oficina de magia O grande Circo das Educado-ras. Joana Paiva

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela - pg. 12

    Em destaque

    Actividades desenvolvidas nos equipamentos

    C.A.T.L. ABC C.A.T.L. ABC C.A.T.L. ABC --- Centro de Actividades de Tempos LivresCentro de Actividades de Tempos LivresCentro de Actividades de Tempos Livres

    Ningum vive s...vivemos rodeados do mundo!!! O CATL-ABC ao longo dos tempos tem vivido em conjunto com as decises do Ministrio da Educa-

    o, adaptando-se, reformulando-se e criando cada vez mais escolhas alternativas . Adaptamo-nos diariamente e damos respostas a quem mais precisa de ns, que acompanhamos no seu cresci-

    mento em toda a sua plenitude, as nossas crianas Trabalhamos diariamente em conjunto, como as estrelas do cu todos sabemos o lugar que queremos...E

    nesta grande harmonia de conjunto, neste inimitvel gesto de sociabilidade, que procuramos situar-nos como pes-soas, abandonando a ideia do eu, do individualismo, do egosmo, e aderindo rima do ns para um futuro: aberto, confiante, construtivo, humanitrio...

    Aproveitamos para deixar esta mensagem de esperana para todos aqueles que acreditamningum vive s vivemos rodeados do mundo!!!

    Agradeo a todos os colegas e colaboradores que em conjunto tornamos tudo isto possvel. Obrigada!

    Matilde Machado

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela pg. 13

    Em destaque

    Actividades desenvolvidas nos equipamentos

    EscolhasEscolhasEscolhasProjecto IncentivarProjecto IncentivarProjecto Incentivar

    O Projecto Incentivar, desenvolvido no mbito do Progra-ma Escolhas, atingiu, neste momen-to, o seu segundo ano de implemen-tao. Em termos gerais, os objecti-vos propostos em candidatura, para o segundo ano foram atingidos, sen-do os mesmos reconhecidos pelos parceiros do projecto da rea educa-tiva (Agrupamento Vertical de Escolas Luciano Cordeiro e Escola Secundria de Mirandela). Verifi-ca-se um ligeiro decrscimo do abandono escolar no 3 ciclo e secundrio bem como um aumen-to de sucesso escolar, em todos os ciclos. Ao longo deste perodo, devido aco e desenvolvimen-to de actividades por parte do projecto, verificou-se uma maior participao e integrao na comunidade de vrias dezenas de crianas e jovens e respectivas fam-lias, oriundas de um contexto social mais vulnervel do ponto de vista socio-econmico e cultural. A refe-rir ainda uma notria melhoria dos vnculos e da dinmica das famlias com a qual temos intervindo, embo-ra ainda com alguns aspectos a rever, no prximo e ltimo ano de implementao do projecto. Recor-de-se que o projecto tinha previsto para os trs anos o acompanhamen-to de cerca de 500 crianas e jovens, com idades compreendidas entre os 6 e os 18 anos e cerca de 200 fam-lias tendo j ultrapassado este nmero. De ressalvar que estes

    resultados esto a ser graas boa dinmica de trabalho e envolvimen-to activo de todos os parceiros (Santa Casa da Misericrdia de Mirandela, Centro Social e Paro-quial So Joo Bosco, Associao Juvenil 31 de Janeiro, Escola Secun-dria de Mirandela, Agrupamento Vertical de Escolas Luciano Cordei-ro e Comisso de Proteco de Crianas e Jovens em Perigo), tcni-cos e destinatrios do projecto.

    Durante estes dois anos destaca-mos dois perodos. O primeiro, coincidiu com o primeiro ano de implementao do projecto e consis-tiu na constituio da equipa de tra-balho, na criao das vrias infra-estruturas de apoio ao funcionamen-to das actividades, na divulgao do projecto e das suas mais valias junta da comunidade, em particular a escolar, e desenvolveram-se as acti-vidades conforme o estipulado em candidatura. No segundo perodo entrou-se, verdadeiramente, numa fase de consolidao e de estabiliza-o das actividades. De salientar que foram reformuladas, algumas actividades motivadas pelo alarga-

    mento de funcionamento das escolas do 1 ciclo a tempo inteiro e a partir dessa altura o projecto no se con-signou a funcionar apenas na sede (Centro Social e Paroquial So Joo Bosco) mas alargou o seu raio de interveno dentro das escolas par-ceiras do projecto, nomeadamente, o Agrupamento de Escolas Luciano Cordeiro e a Escola Secundria de Mirandela.

    Em suma, aps um ano de implementao, o Projecto Incentivar assume uma enorme importncia no concelho de Mirandela, nomeadamente no plano educativo. Actualmente, este possibilita que centenas de crianas e jovens tenham a opor-tunidade de experimentar uma srie de actividades, de adquirir conhecimentos, de se tornarem

    melhores pessoas e mais conscientes das suas potencialidades, permitindo assim, a construo do seu projecto de vida e a integrao social na comunidade. Desta forma, o Projec-to Incentivar tem ganho cada vez mais protagonismo junto das insti-tuies do concelho de Mirandela, pois alm das temticas de interven-o do Programa Escolhas, a sua implementao/funcionamento tem permitido uma melhor e mais eficaz interveno junto dos seus destina-trios e junto dos agentes educativos locais (pais, professores, tcnicos da rea educativa e outros).

    Francisco Mendona

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela - pg. 14

    emprico afirmar com quantos anos se atinge a terceira idade. O que se pode afirmar que a pr-tica de actividade fsica regular atravs do tempo, tende a retardar a chegada dessa terceira idade por prolongar as capacidades fun-cionais normais do indivduo, devido manuteno sadia das e s t r u t u r a s d o o r g a n i s mo (qualidade de vida). A Actividade Fsica na Santa Casa da Misericrdia de Mirande-la est repartida pelas vrias valncias da Instituio, ou seja: Est presente no A.T.L.- ABC com a Natao, as Frias Despor-tivas (Julho) e a Colnia (Agosto). Ao longo do ano escolar os nossos

    meninos tm natao nas piscinas municipais, todos os dias, reparti-dos pelas vrias turmas e idades, tendo uma mdia de 15 alunos por turma de Segunda a Sexta, o que equivale a cerca de 75% dos alu-nos do ATL. Durante os meses de Julho e Agosto existe um grande leque de actividades(Voleibol, Futebol, Natao, vrios Jogos, quer colec-tivos quer individuais) para todos os que participam nas Frias Des-

    portivas e na Colnia. Est presen-te nos dois I n f a n t r i o s (Miminho e Arco-Irs) com a educao

    fsica durante o ano inteiro s vrias turmas desde os 3 anos at aos 5 anos, tendo uma mdia de 20 crianas por turma, o que equi-vale a cerca de 70% das crianas dos Infantrios. Tambm est presente nos Lares da Terceira Idade: Sr. da Paz, Santa Ana, Hospitel-O Bom Samaritano e So Sebastio, tendo um papel activo no combate ao sedentarismo, ao isolamento e solido dos nossos idosos, tendo em cada equipamento vrias acti-

    vidades (Ginstica, Hidroginsti-ca, Reabilitao e Animao) ao longo de todo ano. Tendo uma participao bastante positiva por parte dos nossos utentes: - Lar N. Sr. da Paz turma de 40 idosos, cerca de 60% dos utentes; - Lar Santa Ana turma de 25 ido-sos, cerca de 90% dos utentes; - Lar Bom Samaritano turma de

    35 idosos, cerca de 70% dos uten-tes; - Lar So Sebastio turma de 20 idosos, cerca de 80% dos utentes; No foram contabilizados os uten-tes acamados e em centro de dia. Ao longo dos ltimos quatro anos em que lecciono nesta Insti-tuio, propus como meu primor-dial objectivo cativar quer crian-as quer idosos prtica da activi-dade fsica, tentando sempre alert-los para os benefcios que essa prtica acarreta. Alm dos benef-cios fisiolgicos da actividade para o organismo, as evidncias mostram que existem alteraes nas funes cognitivas dos indiv-duos envolvidos em actividade fsica regular.

    Desporto na 3. Idade e Infncia Desporto na 3. Idade e Infncia Desporto na 3. Idade e Infncia Actividade Fsica na Santa Casa da Misericrdia

    Em destaque

    Actividades desenvolvidas nos equipamentos

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela pg. 15

    Em destaque

    Actividades desenvolvidas nos equipamentos

    de salientar que este um trabalho de equipa que harmoniosamente tem

    desenvolvido um bom trabalho ao longo do tempo, deixando assim uma palavra de agradecimento s directoras, funcionrias dos vrios equipamentos e tambm aos estagi-rios e voluntrios da Instituio e claro, aos utentes, porque sem eles este projecto no tinha significado. Um Bom Natal e um ANO de 2009 cheio de SADE.

    Joo Pedro Fernandes

    FisioterapiaFisioterapiaFisioterapia

    A Santa Casa da Misericrdia de Mirandela tem aproximadamente 230 utentes internos nos seus lares (N. Sr. da Paz, Santa Ana, So Sebastio e Hos-pitel), os quais apresentam patologias ou sequelas de patologias que os incapacita parcial ou totalmente. Porem, objectivo primordial da Santa Casa, assegurar cuidados de melhor qualidade de vida e bem-estar aos utentes, bem como, proporcionar tranquilidade e satis-fao s famlias. Neste mbito, a Santa Casa introdu-ziu na assistncia aos idosos os cuidados de Fisiotera-pia.

    Decididamente, a Fisioterapia chegou aos lares e, depois de uma fase inicial de estudo e seleco dos utentes internos, a lista de potenciais idosos a usufru-rem dos tratamentos de fisioterapia tornou-se bastante extensa. Durante o levantamento da listagem, apercebi-me de quanto a nossa populao se encontra envelheci-da e que envelhecer muito mais do que um simples processo de mudanas fsicas e de incapacidade fun-cional. Este processo biolgico , envolve aspectos mais

    abrangentes, como o envelhecimento psicolgico e social do indivduo, os quais devem ter a mesma importncia na avaliao, tratamento e\ou reabilitao do idoso.

    Na reabilitao dos utentes da Santa Casa, h pon-tos importantes a ter em linha de conta para se conse-guir melhores resultados, pois estamos a falar da reabi-litao de idosos que rondam idades entre os 80 a 90 anos e, nestas idades, a reabilitao muito mais lenta. Deve-se, por isso, criar uma relao de ajuda que con-sidere os seguintes aspectos:

    O Fisioterapeuta deve tentar saber quais as

    expectativas do utente; fundamental que o utente entenda a necessidade

    de fazer o tratamento e que tenha vontade de melhorar; O fisioterapeuta deve fazer entender ao utente que

    a responsabilidade do tratamento mtuo; necessrio que haja trabalho de equipa (o fisio e

    o utente formam uma equipa cujo objectivo se confunde);

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela - pg. 16

    Em destaque

    Actividades desenvolvidas nos equipamentos

    Esclarecer o utente acerca da sua condio; O fisio deve ser verdadeiro para com o utente

    assim como o utente tambm tem que o ser para com o seu fisio (no deve ser quebrado o lao de confiana);

    Traar um plano de tramento em conjunto com o utente, com metas que este sinta que pode atingir;

    Respeito pela vontade do utente; Respeito pela condio (sade, idade ) do

    utente; Evitar osbtinao teraputica. A Fisioterapia foi bem aceite pelos utentes e fami-

    liares, pois conseguimos reabilitar a marcha em alguns utentes, noutros proporcionar funcionalidade e diminuir incapacidades, e ainda noutros diminuir a dor, mas aci-ma de tudo, minimizar o sofrimento. Tambm institu-mos, em alguns lares, a manuteno da marcha, com a

    colaborao das funcionrias, de forma a no se perde-rem as capacidades que o utente adquiriu, enquanto a fisioterapeuta no se ocupa dele, novamente.

    Futuramente a Santa Casa tem inteno de alargar a prestao de cuidados de Fisioterapia aos domiclios e renovar as instalaes por forma a melhorar a abran-gncia do servio.

    Por fim, e em jeito de concluso, gostaria de agrade-cer Santa Casa e em especial ao Sr. Provedor, a opor-tunidade de poder contribuir activamente nesta rdua tarefa de proporcionar melhor qualidade de vida a mui-

    tos utentes e de poder conhecer e conviver, com uma faixa etria to fascinante. No posso deixar de agrade-cer tambm ao corpo de enfermeiros, funcionrias e

    sobretudo s directoras dos equipamentos, toda a ajuda e apoio que tm dado ao longo deste ano, para que a Fisioterapia pudesse atingir os objectivos a que se pro-ps e para que esta valncia na rea da sade, passe a ser uma realidade amplamente abrangida pela Santa Casa da Misericrdia, a bem da qualidade de vida dos utentes que frequentam esta Instituio.

    Para os meus velhinhos um abrao da maior ter-nura natalcia e um Feliz Natal para todos os servidores da Santa Casa, na pessoa do Senhor Provedor Enge-nheiro Manuel Joo Arajo..

    Iria Preto

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela pg. 17

    Encontro de Idosos em Vilas Boas Encontro de Idosos em Vilas Boas Encontro de Idosos em Vilas Boas 14 de Setembro de 200814 de Setembro de 200814 de Setembro de 2008

    Em destaque Encontro de idosos

    No dia 14 de Setembro realizou-se no Santurio de Nossa Senhora da Assuno, o segundo encontro de Idosos residentes no concelho de Mirandela. Este encontro contou tambm com a participao de Idosos residentes no concelho de Vila Flor. A organizao deste evento esteve a cargo da Cmara Municipal de Mirandela, Santa Casa da Misericrdia de Mirandela e Cmara Municipal de Vila Flor.

    Este bonito Santurio recebeu mais de 500 Idosos, residentes nos Concelhos de Mirandela e Vila Flor.

    A Santa Casa responsabilizou-se integralmente pelos seus 200 utentes, pelo que recolheu as inscries, tratou da alimentao e acompanhou os Idosos nos autocarros, contando para isso com a ajuda das funcio-nrias que lhes prestam apoio diariamente nos Lares e Centros de Dia.

    Por volta das 9 horas da manh, os autocarros foram-se concentrando na Reginorde, e a sada aconte-ceu por volta das 9:30, e num ambiente de grande satisfao l fomos ns em direco ao Santurio Sra. da Assuno.

    A ansiedade do que estaria para acontecer era mui-ta, ansiosos para reverem amigos que h muito no viam ou deles nada sabiam, ou simplesmente a curiosi-dade relativamente ao que lhes tinham preparado. Depois de uma curta viagem, eis que chegmos ao nos-so destino. As pessoas eram muitas e o cuidado para ningum se afastar demasiado do grupo era uma preo-cupao das funcionrias e responsveis da Santa Casa.

    J no Santurio, sentmo-nos numa zona onde foram colocadas algumas cadeiras, insuficientes para o gran-de nmero de pessoas presentes, mas como sempre conseguimos instalar-nos o melhor possvel.

    Fomos prendados com bonitas imagens da cidade de Mirandela e aproveitmos para conhecer e visitar o Santurio antes de comear a Missa agendada para as 12:30, seguida de uma procisso com a imagem de Nossa Senhora da Assuno, e acompanhada pela Ban-da da Associao Cultural de Vila Flor. Por volta da 13:30 fomos almoar, utentes, funcionrios e membros da Mesa Administrativa, distribudos por duas longas mesas, num ambiente de amizade e solidariedade pude-mos desfrutar de uma refeio deliciosa. Tambm deli-ciosa se proporcionou a tarde, animada pela visita do actor Z Bento da telenovela A Outra, muito conhecido e querido pelo pblico em geral, pelo Grupo Coral da Associao Cultural de Vila Flor e pelo maes-tro Joo Batista. J no fim da tarde pudemos assistir a hinos e cantares caractersticos das aldeias dos conce-lhos de Mirandela e Vila Flor. Por volta das 18 horas, chegou a hora de regressar a casa. Todas as pessoas foram de forma ordeira para os seus autocarros e, mui-to satisfeitos, cumprimos o mesmo caminho, mas desta vez j sem grandes expectativas sobre o que nos aguar-dava, o mesmo de sempre!

    Fica aqui registada a importncia que este tipo de iniciativas tem para os nossos Idosos, a oportunidade de fazer novas amizades e reforar as j existentes,

    muito importante e valorizado pelos mais velhos. Porm no podemos deixar de enaltecer todo o esforo e dedicao de todas as pes-soas que organizaram este Encontro, Cma-ra Municipal de Mirandela e Vila Flor, e Santa Casa da Misericrdia de Mirandela. Ficamos a aguardar a realizao do pr-ximo!

    Marla Canteiro

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela - pg. 18

    Em destaque

    Actividades desenvolvidas nos equipamentos

    Lar N. Sr. da PazLar N. Sr. da PazLar N. Sr. da Paz O ano 2008 foi um ano cheio de expectativas com a

    concretizao de alguns dos nossos desejos. Inicimos o ano com a festa dos Reis e a tradicional

    visita das crianas dos Centros de Infncia da Santa Casa que nos agraciaram com a sua presena e cantigas tradicionais.

    Tambm o senhor Augusto nos trouxe um grupo de jovens da APPACDM que nos brindou com algumas canes e danas tpicas, danas do Rancho Folclrico de Mirandela. O grupo de cantares de Carvalhais tam-bm nos presenteou com a sua alegria.

    Logo a seguir, dia 4 de Fevereiro, os utentes partici-param no desfile carnavalesco que percorreu as princi-

    pais artrias da cidade. Participaram neste desfile as crianas dos infantrios e os utentes dos restantes equi-pamentos.

    A festa da Pscoa foi no dia 23 de Maro, a Missa Pascal foi celebrada pelo senhor cnego Vaz auxiliado pelo dicono Agripino e pela bela voz do Sr. Joaquim. Foi um dia de festa com utentes e funcionrias deste lar, onde no faltou o tradicional folar.

    Os meses seguintes foram para dar as boas-vindas ao calor com a festa dos santos populares. Em Junho, dia 16, a to esperada colnia de frias na Aplia trouxe dias divertidos e solarengos na praia, onde sem dvida os utentes se divertiram.

    Em meados de Setembro, dia 14, houve um encon-tro de idosos no santurio da Nossa Senhora da Assun-o. Foi um dia bem passado, ensolarado, cheio de boa disposio que resultou em cantorias divertidas e num bailarico entre utentes, funcionrios e alguns membros da direco da Santa Casa.

    Mas o tempo passa e o movimento no pra nem pode parar por aqui! Para isso temos a presena, sem-

    pre to esperada, do professor Joo que cuida de toda a parte da actividade motora dos nossos idosos, fazendo-os mexer, embora reticentes a este tipo de activida-des, acabam sempre por aderir. A fisioterapeuta tam-bm uma mais valia com as suas sesses, tal como a presena da esteticista Cludia que voluntariamente lhes cuida das unhas. Mas como todos os costumes so celebrados da forma tradicional o magusto tambm o !

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela pg. 19

    Em destaque

    Actividades desenvolvidas nos equipamentos

    Residncia Santa AnaResidncia Santa AnaResidncia Santa Ana Segundo o calendrio litrgico o dia de S. Martinho

    celebra-se a 11 de Novembro, mas por motivos de con-venincia do servio e facilidade de organizao, foi rea-lizado dia 14.

    Deu incio pelas 10:00 horas, com animao musi-cal, (Sr. Artur) onde participaram utentes e funcionrias. Logo de seguida realizou-se o almoo, onde no falta-ram as castanhas a jeropiga e as deliciosas sobremesas.

    Depois do almoo houve ainda tempo para um baila-rico que animou o resto da tarde, alegrando os utentes e seus familiares. Foi mais um dia de convvio e confrater-

    nizao, contribuindo para o fortalecimento da unio entre todos.

    Isabel Quintas

    No dia 7 de Novembro festejmos num almoo tpi-co o dia de So Martinho com as castanhas assadas e uma tarde divertida com a msica que o senhor Artur nos ofereceu, tal como a sua boa disposio que findou com um alegre baile entre utentes, funcionrias e con-vidados. No entanto, no nos podemos esquecer das duas colegas e funcionrias que se reformaram e que ao longo destes anos muito contribu-ram para o bom funciona-mento deste equipamento.

    O ms de Novembro

    trouxe ainda novas iniciativas com os preparativos para o Natal.

    A estagiria Andreia envolveu todos os utentes na decorao de Natal da nossa casa, bem como o grupo de estagirios do Piaget que muito tm vindo ajudar os nossos idosos. O Natal est a chegar e todos o aguardam com mui-ta ansiedade.

    Cidlia Paulos

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela - pg. 20

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    Actividades desenvolvidas nos equipamentos

    Lar S. SebastioLar S. SebastioLar S. Sebastio No dia 20 de Novembro,

    semelhana do que tem acontecido em anos anteriores, celebrmos a festa de S. Martinho.

    A celebrao do S. Martinho muito valorizada por todos e especialmente pelos nossos Idosos, que anseiam com vivacidade a rea-lizao deste tipo de eventos.

    A partilha de uma refeio com os membros da Mesa Admi-nistrativa e especialmente com o Sr. Provedor, sempre um momen-to de grande satisfao dos utentes e funcionrias do Lar S. Sebastio.

    A ementa foi caracterstica desta festa: a fvera assada, castanha cozida/assada e claro, no podia faltar a prova da jeropiga, docinha e muito caseira, oferecida por uma funcionria.

    O ambiente familiar que caracteriza este equipamento relevou-se o ponto alto deste con-vvio, em que Idosos e funcion-rias fizeram questo de prendar os convidados com belas canes, dedicadas a esta festa e tambm aldeia de Vale de Salgueiro. Assim, ficmos ansiosamente a

    aguardar pela prxima festa e prin-cipalmente pela visita dos nossos queridos convidados!

    Marla Canteiro

    HospitelHospitelHospitel Animao e conforto, convvio e novas expe-

    rincias: assim se pode descrever uma das formas que temos para integrar, distrair e zelar pelos nossos uten-tes. Com uma programao bem preparada e uma ani-mao acrescida, os idosos sentem-se ainda mais inte-ressados no convvio e no ambiente de boa disposio proporcionado no Hospitel. Assim desde a comemora-o mensal dos aniversrios dos idosos, dos vrios encontros entre idosos, da celebrao do dia mundial do idoso, passando pelos magustos, das diversas ini-ciativas da Quadra Natalcia e Janeiras, da Semana

    Santa na Pscoa at comemorao das festas dos diversos Santos Populares e das festas da cidade de Mirandela, sentimos que vamos proporcionando uma melhor qualidade de vida aos nossos utentes. Com uma componente de ginstica e fisioterapia e de outras solues e mecanismos capazes de reabilitar os utentes atravs da prtica de exerccios de mobilizao, e outros, que contribuem para o seu bem-estar e sade.

    Jacinta Carvalho

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela pg. 21

    Em destaque Actividades desenvolvidas nos equipamentos

    Servio de Apoio DomicilirioServio de Apoio DomicilirioServio de Apoio Domicilirio

    dentro das relaes familiares que os Idosos se mantm equilibrados emocionalmente. A famlia deve ajudar o Idoso a viver no s mais, mas principalmen-te melhor, de forma a no se tornar um peso para si e para os que o rodeiam, e sim uma pessoa integrada no sistema familiar.

    A compreenso, o apoio e a proteco so funda-mentais para a sua qualidade de vida.

    Porm, existem muitas famlias que devido a diversos impedimentos no podem apoiar de forma directa os seus Idosos, pelo que necessitam de recorrer a servios de apoio domicilirio prestados por vrios centros de dia da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela.

    O servio de apoio domicilirio uma resposta social que consiste na prestao de cuidados indivi-dualizados e personalizados no domiclio, tendo como principais objectivos, contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos indivduos e famlias e retardar ou evitar a institucionalizao.

    Os cuidados so prestados ao nvel de diversas reas, tais como, cuidados de ordem fsica, apoio psi-cossocial, satisfao das necessidades bsicas e cuida-dos de sade.

    Os centros de dia de Vale de Salgueiro e S. Pedro Velho apoiam actualmente mais de 120 utentes, que

    revelam necessidades e carncias a diversos nveis. A humanizao do apoio prestado permite que os

    nossos utentes mais dependentes no se sintam fora-dos a abandonar o seu meio, ou seja, a sua casa. A consciente responsabilizao das colaboradoras do servio de apoio domicilirio destes centros de dia, contribui de forma significativa para evitar, retardar ou diminuir o tempo de internamento em hospitais ou outras instituies, permitindo a convalescena no domiclio. Para uma grande parte dos nossos Idosos, a nica famlia que tm a Santa Casa, e por isso tenta-mos dar uma resposta adequada a cada situao, mino-rando desta forma os aspectos mais negativos desta realidade. Gradualmente foram introduzidos alguns servios de apoio imprescindveis satisfao das necessidades dos Idosos, nomeadamente, controlo de medicao conforme prescrio mdica, transporte e acompanhamento a consultas mdicas, levantamento de medicao na farmcia, pagamento de gua, luz, telefone e marcao de consultas. Continuaremos a trabalhar no sentido de introduzir outros servios igualmente importantes e reforar ain-da mais a qualidade dos servios que hoje prestamos, principalmente para os que mais necessitam.

    Marla Canteiro

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela - pg. 22

    Em destaque

    Novas valncias da Santa Casa

    Inaugurao da Parafamcia + SadeInaugurao da Parafamcia + SadeInaugurao da Parafamcia + Sade No dia 12 de Outubro de 2008,

    a Santa Casa da Misericrdia de

    Mirandela, inaugurou a Parafarm-cia + Sade, sita na Avenida Dr. Trigo de Negreiros, n 44, em Mirandela.

    Mais que um evento, este acon-tecimento reflecte a premente necessidade de uma nova filoso-fia inerente s instituies de solidariedade social.

    Entre o discutir das causas da fragilidade que tornam muitas pes-soas dependentes da caridade e a necessidade moral de continuar a apoiar os mais carenciados, a Santa Casa da Misericrdia de Mirandela assume uma clara aposta em pro-jectos que permitam viabilizar o seu apoio solidrio s franjas

    socialmente mais desprotegidas.

    A inaugurao da Parafarmcia + Sade, foi por essa razo, alm

    de um lugar de feliz confraterniza-o da famlia da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela, um ponto de viragem na gesto desta Instituio. Esta direco visionria do

    Senhor Provedor, Eng. Manuel Joo Morais Arajo, e Corpo Social da Santa Casa de Misericr-

    dia de Mirandela, relativa ao futuro desta Instituio, foi aplaudida pelos mais altos dirigentes polticos locais, na figura do Ex.mo Sr. Presi-dente da Cmara Municipal de Mirandela, Dr. Jos Silvano, que inaugurou este novo equipamento da Santa Casa.

    A cerimnia de inaugurao foi

    tambm agraciada pela bno do Vigrio Valentim Bom, Cnego Joaquim Vaz e o Padre Manuel, que sublinharam o carcter cristo deste projecto.

    Sob Direco Tcnica da Dr. Anabela Carlo, a Parafarmcia + Sade promete ser um espao de

    sade de qualidade, no s ao servio da Santa Casa de Miran-dela, como de toda a comunidade Mirandelense.

    Unamo-nos todos no desejo de sucesso da +Sade.

    Carla Brs

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela pg. 23

    Em destaque

    Novas valncias da Santa Casa

    Lanamento da 1. pedra Lanamento da 1. pedra Lanamento da 1. pedra Lar S. Pedro VelhoLar S. Pedro VelhoLar S. Pedro Velho O envelhecimento demogrfico e o aumento da espe-

    rana de vida tm vindo a aumentar, colocando socie-dade novos desafios entre os quais o das respostas dirigi-das terceira idade.

    Neste contexto e numa tentativa de dar mais e melhores respostas, de louvar a iniciativa da Santa Casa da Misericrdia, da Cmara Municipal de Miran-dela e da Junta de Freguesia de S. Pedro Velho que com muita coragem, empenho e dedicao pem mos ao trabalho para garantir uma melhor qualidade de vida aos seus idosos.

    No dia 19 de Outu-bro de 2008 foi lanada, em S. Pedro Velho, a 1. pedra que ir dar origem a um Lar de terceira ida-de nesta aldeia, to dis-tante, do concelho. A iniciativa surge da necessidade, cada vez mais urgente, de no retirar os mais envelhe-cidos junto das suas famlias, das suas razes e at mesmo dos seus amigos. Porque, so estas pequenas mudanas que levam muitas vezes ao envelhecer mais rpido, ao diminuir da esperana e qualidade de vida destas pessoas, pois a fal-ta dos que mais gostam, daqueles que esto habituados a ver todos os dias levam a profundas depresses e conse-quentes crises de perturbao.

    Estiveram presentes neste acto simblico o Sr. Pro-vedor, Ex.mo Sr. Presidente da Cmara Municipal, Ex.mos Sr.s Vereadores, Ex.mo Sr. Arq. Figueiredo, rgos da Santa Casa, Ex.mo Sr. Presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro Velho, Ex.mo Sr. Empreiteiro Dinis Humber-to Carraca, Liga de Amigos, Ex.mo Sr. Padre da Parquia Pimparel, entre outras individualidades e um elevado

    nmero da populao da aldeia e aldeias limtrofes. O Sr. Presidente da Junta de Freguesia, na voz do seu

    Secretrio, quis agradecer Cmara Municipal, Santa Casa da Misericrdia de Mirandela e seus funcionrios esta grandiosa obra, ao Sr. Arquitecto Figueiredo por ser o autor deste grandioso projecto, ao Sr. Manuel Antnio Cunha pela oferta parcelar do terreno a ttulo gratuito para a construo do lar e a todas as pessoas que traba-lharam e contriburam para que neste dia estivssemos

    reunidos para festejar o lanamento desta grande obra. Durante o discurso o Sr. Provedor, Manuel Joo

    Morais Arajo, agradeceu a todos os presentes e referiu que este era realmente um dia de festa, pois h onze anos atrs estiveram ali presentes para inaugurar o Cen-tro de Dia de S. Pedro Velho: j nessa altura foi um pas-so gigantesco quer para a Instituio quer para a locali-dade. Decorrido esse perodo e tendo em conta os pro-blemas sociais que se sentem, a Santa Casa sentiu neces-sidade de reformular o Centro de Dia e ampliar o edif-cio construindo um lar.

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela - pg. 24

    Mencionou ainda, que a Instituio vai ter imensas dificuldades na construo do projecto, mas para ela muitssimo mais importante, uma vez que j desenvol-ve a valncia de Apoio Domicilirio agora poder rece-ber neste lar os idosos que vo perdendo autonomia no seu domiclio, mais do que todos os problemas finan-ceiros ou outros que iro surgir com a construo do

    projecto. As dificuldades vo surgir a partir deste momento mas, a Instituio como entidade de bem, ir assumir os seus compromissos para que dentro de dois anos possamos estar a fazer uma enorme festa.

    Hoje o equipamento j tem 70 idosos em Apoio Domicilirio e com certeza vai passar a ter muitos mais. Logo no fazia sentido, nenhum, deslocar estas pessoas para os lares da cidade. fundamental que as comunidades locais procurem respostas para no desenraizar os seus idosos para que estes possam ter mais qualidade de vida dentro das suas aldeias e fre-guesias. Salientou tambm que esta construo vai criar postos de trabalho e trazer vida freguesia melhorando a vida de pessoas em situao de desem-prego, pois se, hoje, a valncia Centro de Dia tem 4 funcionrios, quando o lar estiver pronto passar a ter

    cerca de 20. Esta uma estratgia da prpria Santa Casa. Lembrou ainda, que este projecto se deve a uma

    enorme persistncia do Ex.mo Sr. Presidente da Junta de Freguesia de S. Pedro Velho e a uma enorme cola-borao da Cmara Municipal pois a Misericrdia, por si s, no tinha capacidade financeira para suportar to

    elevado encargo. Este projecto est oramentado em mais de seiscentos mil euros e a Santa Casa no tem condi-es financeiras, nes-te momento, para arcar com toda a res-ponsabilidade. Apelou, ainda, ao empenho de todos, e sensibilizao para um problema que se vai agudizar nos pr-ximos tempos. Pois se todos colaborarem e se empenharem no propsito, ele, ser

    concretizado da melhor forma possvel e no prazo esti-pulado, 2 anos.

    Aps a interveno, assinaram o Sr. Provedor e o Sr. Empreiteiro o Auto de Consignao, para que se possa dar incio aos trabalhos de construo do referi-do lar.

    O Sr. Presidente da Cmara Municipal fez questo de se dirigir a todos os presentes, afirmando que est e estar sempre disponvel para ajudar todos os seus muncipes e o que a Misericrdia est a fazer algo que deve ser louvado por todos, pois realizou um estu-do e concluiu que para cobrir o concelho necessita de 4 ou 5 lares situados geograficamente e principalmen-te nas terras mais longe da sede do concelho, para assim socorrer a todos que a ela recorrem. Referiu ain-da, no seu discurso, que todos aqueles que no

    Em destaque

    Novas valncias da Santa Casa

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela pg. 25

    sabem tratar os nossos idosos no merecem estar aqui. Os filhos que no sabem tratar os pais ou aqueles que olham e no respeitam as tradies daqueles que nos deram origem, no merecem ser filhos nem estar nas nossas terras no tempo de hoje.

    Aps os discursos, realizou-se um lanche convvio, onde predominou a boa disposio, alegria e como no podia faltar, o bolo e a champanhe.

    Rute Trigo

    Em destaque

    Novas valncias da Santa Casa

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela - pg. 26

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    Novas valncias da Santa Casa

    Centro de Dia/ Padaria/ Pastelaria Centro de Dia/ Padaria/ Pastelaria Centro de Dia/ Padaria/ Pastelaria Cantinho da AvCantinho da AvCantinho da Av

    Tal como informmos no Boletim Informativo anterior, a Santa Casa da Misericrdia de Mirandela elaborou uma candidatura, ao Centro de Emprego, que visava a readaptao do Centro de Dia Dr. Trigo de Negreiros, aumentando a sua capacidade para 50 ido-sos, e a constituio de uma empresa de Insero Social na rea da panificao/pastelaria, para o fabrico de po e afins, denominada Cantinho da Av.

    A candidatura foi aprovada e este processo de rea-daptao e de reforo assenta no compromisso de estratgias que visam o desenvolvimento de uma actuao global e transversal, contribuindo para a ele-

    vao dos nveis da qualidade de bem-estar dos idosos e da populao, de forma que o princpio da igualdade de oportunidades esteja sempre pre-sente. Neste projecto a Santa Casa preconizou o reforo social recriando novos espaos de solidariedade, proporcionando aos seus utentes melhores servi-os prestados principalmente queles que frequen-tam a valncia Centro de Dia, aumentando o seu nmero de funcionrios combatendo o nmero de desempregados de longa durao, mas tambm a todos aqueles que lhes devam ser equiparados, atravs da profissionalizao, da aquisio de um currculo profissional, de hbitos de trabalho em

    organizao, desenvolvimento e consolidao das competncias, assim como a elevao da autoconfian-a e melhoria da imagem das pessoas. Desta forma, esperamos contribuir para o desenvolvimento econ-mico e social da localidade e, por sua vez, reduzir os custos de ordem operacional, pois cada um de ns tem uma quota parte de responsabilidade como pessoa solidria com o seu semelhante, e co-responsvel por um mundo melhor, mais justo e mais equitativo.

    Rute Trigo

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela pg. 27

    Em destaque

    Interesses

    O Presidente da Assembleia Geral da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela, Prof. Dinis Humberto Vei-ga, convocou os Irmos para a Assembleia Geral, no dia 28 de Novembro de 2008 s 21horas. no novo audi-trio da Instituio.

    Nessa reunio foram explicados e aprovados os seguintes pontos: 1- Informao sobre a inaugurao da Sede da Instituio na Praa 5 de Outubro; 2- Criao do Banco Solidrio, sua composio e objectivos a atingir; 3- Discusso e aprovao do Plano de Actividades e Oramento para 2009, 4- Aprovao de um emprstimo at ao valor de 600000 euros; 5- Discusso da candidatura, em parceria com a Cmara Municipal de Mirandela para recuperao da Igreja

    da Misericrdia, compra e recuperao da casa dos Pessanhas; 6- Convite aos irmos a estarem presentes no ofcio de fiis defuntos, a realizar no dia 30 de Novembro na

    Igreja da N. Sr. da Encarnao.

    Em cumprimento dos Estatutos da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela, realizou-se no dia 14 de Dezembro de 2008 a eleio dos corpos sociais para o trinio 2009/2011.

    Votaram no acto eleitoral 233 Irmos sendo 231votos a favor e 2 em branco.

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela - pg. 28

    Em destaque

    Patrimnio da Igreja

    Classificao do Patrimnio da IgrejaClassificao do Patrimnio da IgrejaClassificao do Patrimnio da Igreja

    O Gabinete do Patrimnio Cultural da Unio das Misericrdias Portuguesas, representado pelo Dr. Miguel Loureiro, esteve na Santa Casa da Misericrdia de Mirandela com o objectivo de inventariar e catalogar peas do patrimnio da Igreja da Misericrdia.

    Um inventrio desta natureza um trabalho minucioso e que est sempre em aberto, quer por estar sujeito a constantes actualizaes de contedo que se tornam necessrias medida que surgem informaes adicionais sobre as peas tratadas, quer pelo surgimento de novas que se ache pertinente inventariar.

    Esta 1. fase do trabalho est concluda. A Santa Casa da Misericrdia j solicitou, mais uma vez, a presena do referido gabinete, pois com a entrada da Igreja em restauro foram encontradas mais peas que nos merecem especial ateno e avaliao.

    Apresentamos algumas das peas inventariadas:

    Museu/instituio: Santa Casa da Misericrdia de Mirandela

    Super-categoria: Artes Plsticas e Artes Decorativas

    Categoria: Escultura

    Denominao: Anjo-tocheiro (par)

    Autor(es): Desconhecido

    Datao: XVII d.C.

    Matria/suporte/tcnica:

    Madeira / Madeira entalhada, estofada, dourada e policro-mada.

    Dimenses: altura: 82 largura: 24 profundidade: 19

    Descrio: Par de anjos-tocheiros em madeira policromada. Os anjos encontram-se de p, em posio simtrica, segu-

    rando haste de tocheiro com ambas as mos, encostando-a a um dos flancos do tronco. Envergam tnica curta, tratada em pregueado vertical fino, com decorao estofada de motivos florais sobre fundo vermelho. A tnica apresenta decote quadrado, apresentando este, juntamente com os punhos e a orla da tnica, debrum dourado em semicrculos. O talhe algo duro e anguloso. O rosto apresenta nariz e boca finos, lbios ligeiramente contra-dos, sendo que o cabelo, castanho e pouco volumoso, cai at base do pescoo. Assentam ambos em bases octo-gonais alteadas de bordo moldurado. Os tocheiros, de cromia verde, apresentam haste cilndrica, arandela doura-da em forma de taa de perfil cncavo, antecedida de esfera achatada, e bocal cilndrico. No bocal encaixa nova arandela de metal, de permetro ondeado.

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela pg. 29

    Em destaque

    Patrimnio da Igreja

    Museu/instituio: Santa Casa da Misericrdia de Mirandela Super-categoria: Artes Plsticas e Artes Decorativas Categoria: Mobilirio Subcategoria: Mobilirio religioso Denominao: Banqueta de altar Autor(es): Desconhecido Datao: XVIII d.C.- XIX d.C. Matria/suporte/tcnica:

    Madeira e metal. / Madeira entalhada e dourada.

    Dimenses: altura: 101 largura: 27 dimetro: 27

    Descrio: Banqueta de altar, em madeira dourada, constituda por seis castiais e um crucifixo de pousar, de base e

    haste iguais s dos castiais. A base redonda, alteada, de perfil cncavo e canelada, acentando em trs ps zoo-mrficos, e apresentando entre eles folha relevada pendente. A haste arranca de cercadura de folhas voltadas para baixo e constitui-se de estrangulamento, elemento ovide com folhas relevadas em redor, seco em forma de coluna canelada, estrangulamento e cercadura de folhas voltadas para cima. A arandela em forma de cerca-dura de folhas voltadas para baixo, erguendo-se sobre ela bocal com folhas adossadas na metade inferior e anel antecedendo o bordo. Sobre o bocal encaixa-se nova arandela, em metal. No crucifixo, a cruz apresenta termina-es trifoliadas, sendo Cristo representado agonizante, crucificado com quatro cravos. A cabea pende para o lado direito e o corpo apresenta ligeira toro em S. O cendal prende com n do lado direito da cintura e cai junto anca.

    Museu/instituio: Santa Casa da Misericrdia de Mirandela

    Super-categoria: Artes Plsticas e Artes Decorativas Categoria: Pintura Denominao: Visitao Autor(es): Manuel Antnio de Moura

    Datao: 1893 d.C. Matria/suporte/Tcnica: Tela / Pintura a leo

    Dimenses: altura: 246 largura: 161

    Descrio: Pintura a leo sobre tela representando a Visitao da Virgem a Santa Isabel. Ao centro da composio, a

    Virgem, de tnica carmim e manto azul, recebida nos braos da prima, que se debrua sobre ela. Em segundo plano, So Zacarias, segurando bordo, recebe So Jos na soleira da porta de casa situada no lado esquerdo da composio. Em fundo, sob cu nublado, v-se caminho de montanha sob cu azul com nuvens

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela - pg. 30

    Em destaque

    Restauro

    Reconstruir, restaurar e conservar, so palavras que, quando associadas aos respectivos actos, signifi-cam preservar o passado e a histria, e acima de tudo, respeito pelos nossos antepassados e pela poca em que viveram.

    Um trabalho de reconstruo e restauro uma autntica lio viva de tcnicas, materiais e conheci-mentos.

    Muitas devem ter sido as histrias da Igreja Miseri-crdia de Mirandela e os testemunhos em relquias deixados pelos nossos antepassados, mas por intemp-ries passadas, algumas desapareceram como envoltas numa nuvem sem deixar rasto, outras, poucas, resisti-ram, mas na sua resistncia ficou bem patente as lutas que travaram.

    O Sr. Provedor quando as olhou pela primeira vez, assumiu perante elas que lhes daria todo o carinho e respeito que elas nos merecem, por tudo o que passa-ram e que representam quer para a Instituio quer para o Concelho ou at mesmo para um melhor conhe-cimento da histria desta nobre Igreja.

    Para lhe voltarmos a dar vida e para que todos as possam admirar, foram contactadas vrias entidades tais como: o Instituto de Museu e Conservao(IMC), Torre do Tombo e o Ex.mo Sr. Pe. Delfim a fim de nos

    facultarem uma lista dos melhores restauradores e conservadores do nosso pas para que estas relquias pudessem ser tratadas com a maior dignidade e respei-to possvel.

    Aps a chegada das to desejadas listas foram seleccionados e contactados trs gabinetes de restauro e conservao aos quais foi solicitado, que viessem observar as referidas peas para melhor poderem diag-nosticar a interveno que necessitavam. Posto isto, foi-lhes pedido que elaborassem um oramento de res-tauro e conservao discriminando todas as interven-es e mtodos a utilizar no restauro e conservao das peas.

    O gabinete que ganhou este delicado trabalho foi a INSACRIS, constitudo por trs tcnicos bem concei-tuados, Dr. Ana Malagueira, Dr. Joo Giro e Dr. Alexandra Fonseca.

    Das peas a que nos referimos passamos apresen-tar, antes e depois das intervenes, a Bandeira da Misericrdia, para que todos possam avaliar o traba-lho realizado por esta equipe de restauradores.

    Tambm podem ser vistas e admiradas no Museu da Santa Casa, onde se encontram em exposio.

    Rute Trigo

    Bandeira da Misericrdia (antes da interveno)

    Verso

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela pg. 31

    Em destaque

    Restauro

    Bandeira da Misericrdia (depois da interveno)

    Anverso

    Anverso Verso

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela - pg. 32

    Em destaque

    No dia 8 de Dezembro foi inaugurada a Sede Social da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela. Estiveram presentes importantes individualidades, como o Senhor Bispo de Bragana/Miranda, a Senhora Directora da Segurana Social do Distrito, o Senhor Vice-presidente da Unio das Misericrdias, o Senhor Presidente da Cmara de Mirandela a Irmandade, Trabalhadores e Funcionrios da Misericrdia e uma grande moldura humana de Mirandelenses

    O Convite, assinado pelo Senhor Provedor e pelo Senhor Presidente da Cmara, referia, como um dos vrios momentos da cerimnia: a descida ao piso 0, e visita ao espao Museolgico

    Este espao, como fase prvia de Museu, evidencia a vontade de respeitar e proteger os valores reais do patrimnio histrico da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela, salvando-os do desaparecimento ou destrui-o, fazendo os devidos registos e possibilitando os restauros necessrios de forma a construir uma significativa coleco museolgica.

    Posteriormente necessrio dar-lhe uma compreenso histrica, situando as peas no seu tempo e espao, em dilogo claro com a sociedade actual.

    Associar museu/cultura e sociedade actual ter cons-cincia do passado e estar presente no futuro. O Museu torna-se uma fora cultural permanente de que resultar uma aco educativa complementar junto de Instituies, Igre-jas, Escolas, Cida-dos. Este conceito de cidade educadora ser melhorado com uma pedagogia de receptividade e abertura para o futuro, disponibilizando salas para exposies de artistas, principalmente da regio.

    Em parceria com a Cmara Municipal de Mirandela, a Santa Casa da Misericrdia integra uma zona privile-giada de requalificao da cidade (Programa de Aco para a Regenerao Urbana do Centro Histrico de Mirandela). O Museu o local ideal para desenvolver um trabalho que sensibilize para o respeito, conservao e manuteno dos espaos sagrados e dos valores cristos na histria.

    Eis um ou outro exemplo dos muitos temas em que o Museu e a Igreja podem aprofundar o estudo e com-preenso do Evangelho da Fraternidade

    - Maneirismo. A Bandeira Real da Misericrdia um exemplo de pintura tardo-maneirista; uma representa-o influenciada pelos modelos Renascentistas em tempo de regras da Contra Reforma Catlica.

    O Barroco o estilo artstico da Reforma Catlica. O retbulo do Altar-mor com o Trono Eucarstico e os caixotes do tecto so de muito boa qualidade.

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela pg. 33

    Em destaque

    Estes estilos de arte reafirmam princpios da Igreja catlica de um tempo em que exis-tia muita preocupao com a doutrina e ins-truo religiosa dos fiis. As imagens deviam ser facilmente identificadas e servi-rem para explicar o Evangelho.(Desapareceram as figuras que no tinham rigor iconogrfico).

    A Igreja da Misericrdia um modelo exemplar deste tempo e muito importante para estudar a arte transmontana dos sculos XVI, XVII E XVIII.

    - As procisses da Semana Santa, (a Semana Maior que termina com o Trduo Pascal) e de Domingo de Pscoa estabelece-ram-se em Portugal pela devoo dos fiis, sob a direco do clero. As mais conhecidas so: Quinta-feira da Ceia do Senhor: Senhor Ecce Homo, Endoenas (Indulgncias), Pai-nis; Sexta-feira da Paixo: Enterro do Senhor e Regresso de Nossa Senhora; (Sbado do Silncio) e Domingo da Ressur-reio com a procisso das Flores.

    A procisso penitencial de Quinta-feira Santa (Endoenas), relacionada com a recon-ciliao, era considerada pelos Compromissos antigos das Santas Casas da Misericrdia, uma das trs festas a que todos os irmos eram obrigados a assistir. Hoje um dever sempre que possvel, (Compromissos actuais da S.C.M.de Mirandela, Captulo III, artigo 14). Como prova do esprito com que eram feitas, podemos ler nas recomendaes de compromissos antigos: Irmos levem doces, e o mais que for necessrio para consola-o dos penitentes, para os quais o Mordomo da Casa dar ordens que se curem com muito cuidado.

    Nenhuma instituio podia com mais razo chamar a si esta procisso do que as Santas Casas da Misericr-dia, como dizia o Padre Manuel Azevedo.

    Desenvolver estudos sobre as diferentes cerimnias da Semana Santa e Viglia Pascal, dos usos prprios da nossa regio, o valor da Liturgia, compreender as comemoraes destes dias, a diferena entre costumes e abu-sos sentir a morte de Cristo e cantar a Ressurreio no Domingo de Pscoa viver com mais significado e alegria a visita Pascal.

    - Simbologia Crist tambm um trabalho aliciante para compreendermos como os cristos exprimiram as suas ideias religiosas, atravs de uma linguagem que nos mostra que essas ideias no diferem tanto como julga-mos, daquelas que tinham os cristos dos primeiros sculos (o peixe, a cesta de pes, a aurola, a pomba, o ramo de oliveira e videira, o cordeiro, os bestirios (retbulos, pintura mural), a palma, a ncora, letras e/ou palavras que representam ideias (o acrnimo SPQR, monogramas de Cristo), figuras histricas (apstolos, o Bom Pas-tor), formas de cruzes

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela - pg. 34

    Em destaque

    - A Iconologia sagrada nos desenhos e esculturas de Jesus Cristo (Senhor dos Mila-gres, Nosso Senhor dos Passos, Senhor da Cana Verde, Cristo Flagelado), Maria (Visitao, a Piet, Nossa Senhora da Misericrdia, Nossa Senhora dos Prazeres), os anjos e santos (S. Miguel, S. Damio e S. Cosme, Santa Luzia, Santa Ana), levam-nos a compreender os Mistrios, Privilgios e Graas, a sua relao com as Escrituras e a Tradio assim como a Sua importncia na nossa vida. A simbologia com a iconologia d s obras de arte o carcter individual na sua

    indispensvel verdade. H muitos mais temas e muito para descobrir no nosso patrimnio de Arte Sacra O MUSEU - Dentro de poucos anos vrios objectos do culto catlico deixaro de ser compreendidos e cor-

    rem o risco de serem desvalorizados. A nova sede tem muito boas condies para Museu. Agora vamos fazer a inventariao e catalogao, pas-

    sos fundamentais para saber o que temos e identificar em caso de rou-bo, mas tambm para conhecermos escolas, estilos testemunhos de f das geraes que nos precederam e compreendermos a evoluo da Liturgia, das celebraes Neste trabalho temos de ser rigorosos no texto descritivo e ilustrado, no nome exacto de cada pea (incluindo as que caram em desuso), mobilirio, linhos e guarnies, objectos religiosos, paramentos, na hierarquia dos temas (uma pea pode ser escolhida como principal na relao com outra) No desenvolvimento deste trabalho vamos tambm articular saberes com representantes da diocese, parquias, professores, investigadores e restauradores. A melhor maneira de preservar compreender correctamente. () Inaugurao no dia 8 de Dezembro, dia da Imaculada Conceio, cli-ma de Advento, tempo que prepara a festa do nascimento de Jesus Tambm, dia da solenidade de Nossa Senhora da Conceio, padroei-

    ra permanente de Portugal desde 1646 (D. Joo IV). Neste dia de Convite, fez-se uma Festa para apresentar o Banco de Solidariedade, cujo objectivo essencial

    dar forma humana ao anonimato da ddiva como disse frei Bento Domingues: nem s de po vive o homem, mas sem po muito difcil.

    Dr. Pedro Beato Nota - Assim como a Sede, a recuperao da Igreja da Misericrdia est a ser um trabalho notvel.

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela pg. 35

    Em destaque

    Exposio

    SMBOLOS SONIANOS de SNIA BORGES

    As letras, as palavras, os conceitos e o sucedido tomam a forma de smbolos, cujo significado s eu vivo e entendo. Fazem parte do meu dicionrio grfico vital, que se eleva ao expoente mximo, quando encontrados na pintura. A fora e a violncia que carregam, descobre-se na tinta que escorre, que interrompida, que expelida, que comprimida e nos materiais que inevitavelmente tinham de estar presentes.

    Abril 2003

    A exposio Smbolos Sonianos, presente na sala de exposies temporrias do Museu da Santa Casa de Misericrdia de Mirandela, inaugurada a 8 de Dezem-bro, apresenta o trabalho de pintura da artista Miran-delense Snia Borges, autora do livro A Menina Tris-te, publicado em Abril deste ano.

    Licenciou-se em Pintura na Faculdade de Belas Artes da cidade do Porto, onde colabora com o Museu de Serralves, no Servio Educativo.

    As pinturas apresentadas (algumas das quais parti-ciparam em concursos como: Jovens Criadores em Aveiro, 3 Bienal de Vila Verde e Humaniarte, no Por-to) datam de 2003, ano em que o seu vocabulrio gr-fico surge e se desenvolve.

    Sobre o olho mergulhado num azul-escuro som-brio, foi pintada uma rede branca, tecida por imagens estilizadas que se entrelaam num mundo desconcer-tante. Fala-se da pintura intitulada A Rede de 2002, que deu origem ao vocabulrio grfico Soniano. Des-

    tas redes estilizadas nasceram os primeiros smbolos que surgiram da repetio incessante, da simplificao e da abstraco do objecto. No fim de 2002 surge o enforcado, o primeiro smbolo gerado por este proces-so.

    Os smbolos libertam-se dessas redes, comeando a narrar histrias do seu complexo e codificado mun-do. Mas quando se apercebeu de que, o vocabulrio grfico estava para l de mais um tipo de letra para escrever textos e que se tinha tornado fundamental no seu trabalho (no como legenda de, mas como um caminho); a linguagem soniana habitou com a textura, a cor, a linha e a colagem.

    Mais do que descobrir o significado dos smbolos que a artista lhe atribui, Smbolos Sonianos um convite ao silncio e reflexo, desafiando o visitante a parar, a observar e a encontrar-se com o seu prprio cdigo.

    Snia Borges

    A Rede - 2002 Processo do smbolo Enforcado Seria mesmo preciso? - 2003 Trs - 2003

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela - pg. 36

    Em destaque

    Novas Iniciativas

    REDE SOCIAL DE MIRANDELA: BANCO SOLIDRIO

    E BANCO LOCAL DE VOLUNTARIADO

    No passado dia 8 de Dezembro, foi apresentado publicamente, acompanhado de um jantar, o Banco Soli-

    drio e o Banco Local de Voluntariado de Mirandela.

    A criao destas novas respostas/recursos sociais tem como pano de fundo o trabalho realizado no mbito

    da Rede Social de Mirandela, sendo a esta que cabe a responsabilidade da dinamizao destas respostas.

    Nos instrumentos de planeamento social da Rede Social, uma das reas de interveno prende-se com a

    Integrao dos Grupos Sociais mais vulnerveis, tendo como populao alvo vrios grupos sociais. Um dos

    instrumentos criados

    para combater a exclu-

    so/pobreza do Conce-

    lho passou pela elabora-

    o do Regulamento dos

    Apoios Econmicos. No

    entanto, ao longo das

    reunies efectuadas (de

    Ncleo Executivo e do

    Conselho Local de

    Aco Social), constatou

    -se a necessidade de

    alargar os apoios s

    famlias mais carencia-

    das, nomeadamente atra-

    vs de bens alimentares,

    e / outro tipo de bens, como por exemplo mobilirio; artigos electrodomsticos, roupas, etc

    Da a criao do Banco Solidrio.

    O Banco Local de Voluntariado surge tambm como umas das intervenes prioritrias no mbito da Rede

    Social, j que um dos objectivos fomentar uma rede de voluntariado no concelho. O Banco Local de Volun-

    tariado tem assim como objectivo promover o encontro entre a oferta e a procura de voluntariado, tendo como

    destinatrios no s os futuros voluntrios mas tambm Instituies. Portanto, o Banco de Voluntariado, alm

    de poder vir dar apoio a vrias reas de interveno, surge, tambm, como grande suporte ao Banco Solidrio.

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela pg. 37

    Em destaque

    Novas Iniciativas

    A Rede Social de Mirandela assume assim um papel preponderante, j que coordenar e dinamizar activi-

    dades para estas respostas sociais, atravs de um trabalho em parceria com todas as Entidades do Concelho pla-

    nificando e encontrando estratgias de aco.

    De facto, a Rede Social perspectivada como uma estratgia de abordagem da interveno social baseada

    num trabalho planeado, feito em parceria, visando racionalizar e trazer maior eficcia aco das entidades

    pblicas e privadas que actuam numa mesma unidade territorial.

    Sandra Pimparel

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela - pg. 38

    Em destaque

    Dia 8 de Dezembro de 2008

    Tempo de SolidariedadeTempo de Solidariedade

    A quadra Natalcia deve ser um tempo de festa, de alegria, de unio no seio da famlia, de meditao e de amor fraterno.

    Neste ambiente e neste contexto, multiplicam-se os mais variados actos de solidariedade promovidos em todo o pas e concretizados nas mais diversas iniciativas que passam pelos peditrios nos hiper-mercados, pelos grandes espectculos meditico-televisivos, destinados a recolher fundos a favor de algumas Instituies de Solidariedade Social que, por sua vez, tentam responder s prementes necessidades dos mais desfavorecidos; neste tempo de crise econmica global que se converteu em ampla e profunda crise social de consequncias imprevisveis, e cujos efeitos so j bem palpveis, traduzidos num desemprego galopante e sem fronteiras: essas consequncias so devastadoras nos mais fracos, mais pobres e necessitados

    Foi, no entanto, em ambiente festivo que a Santa Casa da Mise-ricrdia de Mirandela procedeu, no passado dia 8 de Dezembro, solene inaugurao da Sede Social, localizada no centro hist-rico da cidade, junto Igreja da Misericrdia com a presena, alm de outras individualidades, do Sr. Provedor, do Sr. Presidente da Cmara e do Sr. Bispo da Dio-cese D. Antnio Montes Moreira que benzeu o edifcio rogando ao Senhor a imprescindvel protec-o divina.

    Trata-se de um edifcio magnfico, multifuncional, resultante de uma feliz e morosa recuperao, onde o passado histrico e a modernidade se conjugam numa simbiose e harmonia perfeitas que causam admirao e espanto a quem o visita pela primeira vez.

    A Santa Casa da Misericrdia e a prpria cidade esto de parabns, agora enriquecidas e dotadas de um edi-fcio verdadeiramente emblemtico, bem enquadrado no centro histrico.

    No minha inteno, nestas linhas, fazer um relato, ainda que sucinto, desta solene e multifacetada Inaugu-rao. Pretendo apenas ser uma espcie de ressonncia, aludindo denominada 1. Festa da Solidariedade do Concelho de Mirandela, realizada nesse dia noite, no pavilho do INATEL, em so e alegre jantar-convvio que reuniu cerca de um milhar de pessoas.

    Para alm das calorosas intervenes dos oradores, animaram a festa o recm-criado Coro da SCMM, bem como as representaes e vozes cristalinas das crianas dos jardins-de-infncia da Instituio. Foi ainda apresen-tado, aos numerosos participantes, o projecto do futuro Banco Solidrio que tem como principal objectivo colocar disposio da populao mais carenciada valncias de apoio pobreza e excluso social.

    Esta feliz e louvvel iniciativa resultou de mais uma parceria entre a Santa Casa da Misericrdia, a Cmara

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela pg. 39

    Em destaque Dia 8 de Dezembro de 2008

    Municipal e a Segurana Social, e para a sua concretizao j foram dados os primeiros passos organizativos: o Banco Solidrio j possui um pavilho cedido pelo Centro de Emprego de Mirandela, localizado no Ninho de Empresas, destinado recolha de bens no perecveis.

    Importa agora dar uma resposta positiva e massiva ao veemente apelo dirigido pelo Sr. Presidente da Cmara Municipal de Mirandela, Dr. Jos Silvano, s pes-soas que, em ambiente alegre e saudvel convvio, participaram na referida festa. Este ambiente de Natal convida-nos, numa atitude introspectiva, a meditar e reflectir sobre as lies que dimanam do Deus-Menino reclinado na simplicidade e humildade de um Prespio na gruta de Belm. Ele, como ningum, foi Solidrio para com a pobre Humanida-de, doando-se totalmente em Sacrifcio Redentor e apelando, na Sua Mensagem de Salvao, para o homem se transcen-

    der, tornando-se igualmente solidrio para com o seu irmo mais desfavorecido com quem Ele prprio se identi-fica.

    Para que o nosso Natal seja autntico, e se projecte ao longo do ano, temos de ser solidrios e co-responsveis, dizendo no ao egosmo e apatia em que tantas vezes nos acomodamos, oferecendo aos outros um pouco de ns mesmos, que pode traduzir-se e ser convertvel em bens ou servios, agindo e dando resposta, numa verdadeira cadeia de Solidariedade, s gravssimas situaes de vida, geradas pela actual crise econmi-ca e social.

    A resposta adequada para esta difcil problemtica, no pode ser dada apenas por uma actuao isolada e individualizada, mas sim, por uma actuao concertada, inserida e inscrita nas vrias propostas, globalmente denominadas: Banco Local de Voluntariado e Banco Solidrio.

    Dr. Jos M. Vaz

  • Boletim Informativo da Santa Casa da Misericrdia de Mirandela - pg. 40

    Prximo Boletim Informativo: Admisso de Irmos;

    Tomada de Posse dos novos Corpos Sociais para o trinio 2009/2011;

    Abertura da nova Lavandaria dia 6 de Janeiro de 2009;

    Abertura do Centro de Dia e Empresa de Insero Social Pada-ria/Pastelaria Cantinho da Av dia 1 de Fevereiro de 2009;

    Ficha Tcnica

    Editor: Santa Casa da Misericrdia de Mirandela

    Impresso: S.C.M.M.

    Redaco: S.C.M.M.

    Colaboradores: Maria Cardoso, Pedro Beato, Pedro M. Vaz e Rute Trigo

    Director: Manuel Joo Morais Arajo