boletim esperança 46

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DIAS DA CRUZ (27/02/1853 a 30/09/1937) Quem caminha pelas ruas do Méier, um dos mais tradicionais bairros da Zona Norte carioca, talvez não ligue o nome à pessoa, mas a principal rua do bairro foi batizada em homenagem a Francisco de Menezes Dias da Cruz, médico, possuidor de singular cultura, que se destacou pela prática da caridade. Interessou-se pela homeopatia e a pesquisou profundamente, vindo, mais tarde, a assumir a presidência do Instituto Hahnemaniano do Brasil. Tornou-se espírita após haver tomado conhecimento de que alegavam que seu pai, professor da faculdade de medicina, desencarnado, receitava medicamentos na Federação Espírita Brasileira. Ponderado, não se permitiu negar peremptoriamente antes de investigar e, no dia indicado, compareceu, sem aviso, à reunião em que os médiuns receitistas fariam os atendimentos. Após a prece inicial e os estudos doutrinários, quando estava quase convencido de que se tratava de simples mistificação, valendo-se do médium que dirigia a reunião, seu pai o saudou. Diante da resistência, decidiu mencionar um fato ocorrido na sua infância, de que só os dois tinham conhecimento, isto é, nem sua mãe soubera daquilo. Diante das evidências, rendeu-se, dando início aos estudos sobre o assunto. Tornou-se um profundo conhecedor da doutrina e exímio orador, assumindo, mais tarde, a presidência da Federação Espírita Brasileira (FEB), substituindo Dr. Adolfo Bezerra de Menezes. Após cinco anos, foi substituído pelo seu predecessor. Hábil com as palavras, Dias da Cruz divulgou o espiritismo e a homeopatia até a extinção de suas forças. Boletim Esperança Informe de Estudos Espíritas, RJ, Ano IV, N. 46 FEVEREIRO, 2013 CALMA (trecho de “O Espírito da Verdade” de André Luiz) Se está a ponto de estourar mentalmente, silencie alguns instantes para pensar. Se o motivo é moléstia no próprio corpo, a intranquilidade traz o pior. Se a razão é enfermidade em pessoa querida, o seu desajuste é fator agravante. Se você sofreu prejuízos materiais, a reclamação é uma bomba atrasada, lançando caso novo. Se perdeu alguma afeição, a queixa tornará você uma pessoa menos simpática, junto de outros amigos. Se deixou alguma oportunidade valiosa para trás, a inquietação é desperdício de tempo. Se contrariedades aparecem, o ato de esbravejar afastará de você o concurso espontâneo. Se você praticou um erro, o desespero é porta aberta a faltas maiores. Se você não atingiu o que desejava, a impaciência fará mais larga distância entre você e o objetivo a alcançar. Seja qual for a dificuldade, conserve a calma, trabalhando, porque, em todo problema, a serenidade é o teto da alma, pedindo o serviço por solução. NESTE BOLETIM Capa EDITORIAL CALMA DIAS DA CRUZ Página 02 PALAVRAS VI CICLO DE PALESTRAS (Abu Dhabi/Dubai) COLUNA DO CAMINHO Página 03 MENSAGEM DO MÊS ESTUDANDO O LIVRO DOS MÉDIUNS SAUDOSO JOSÉ BEZERRA ANIVERSARIANTES DO MÊS EXPEDIENTE Página 04 MEDIUNIDADE E COMPORTAMENTO DATAS IMPORTANTES DO MÊS LOUVOR À VIDA PROGRAMAÇÃO DA CASA EDITORIAL O Mundo marcha, e nós marchamos com ele. O Mundo segue sua rota elíptica em torno do Sol, e nós seguimos o roteiro que prouve à vontade estabelecer. Sem dúvida, a cada qual segundo a sementeira lançada no solo da vida. O mundo é de provas e expiações, mas a existência não tem, necessariamente, que ser de dores e sofrimentos. A terra, que recebe a semente do espinheiro, recebe igualmente a futura árvore promissora de frutos bons e sazonados. É só semear. Assim, estamos hoje fruindo a alegria de saber que a semente espírita, nobre e leal, irá frutificar – temos certeza – no coração dos que a recebem com júbilo e amor. Aproveitem! Boa leitura! A EQUIPE MEDIUNIDADE E COMPORTAMENTO Segundo os Espíritos informam a Allan Kardec em “O Livro dos Espíritos”, na resposta à pergunta 886, o sentido real da caridade tem o tom da aplicabilidade verdadeira em nosso comportamento, pois respondem os eminentes instrutores: “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”. Essa assertiva que os Espíritos nos passam, revela o caráter dinâmico da Doutrina Espírita, desenvolvendo um manancial de possibilidades as quais, bem observadas, podem trazer, para todos os que compreendem o sentido verdadeiro da virtude por excelência, visão necessária para o entendimento profundo das realizações da alma em seu processo reencarnatório. Uma dessas possibilidades diz respeito à instrumentalidade mediúnica, visto sabermos, de antemão, tratar-se de fator biológico, em que o Espírito encarnado serve de medianeiro entre as duas dimensões da vida humana, sendo assim, portador de faculdade a qual todo cuidado deve fazer parte em sua utilização. Isso determina também mudança natural de comportamento, devido ao fato de nos sabermos cercados de “uma multidão a nos observar” e pronta a estabelecer contato sempre que a necessidade ou oportunidade se apresenta. E o que irá determinar a aproximação desta ou daquela entidade desencarnada é a sintonia vibratória, apresentando-se esta de mais alta ou baixa frequência, dependendo de nosso aspecto comportamental, ou seja, somos aquilo que pensamos e vivemos intimamente, e o mundo de olhares que nos cercam utiliza-se destas potencialidades para adentrar em nossas mentes, em nosso mundo íntimo. Contudo fica bem claro que as mudanças operadas por aqueles que aprendem, compreendem o Espiritismo em profundidade acabam por desenvolver um campo mental diferenciado, facultando, assim, que os Espíritos superiores possam auxiliá-los cotidianamente em suas experiências. Mais ainda, no que tange à prática mediúnica dentro da casa espírita, o ambiente deve não só possuir assepsia espiritual, mas principalmente um círculo de ideias e ideais voltados para a fraternidade, solidariedade, caridade e o aprendizado de todos os encarnados envolvidos na tarefa. Não custa lembrar que amizade deve ser cogitação fundamental para todos os participantes das reuniões de comunicação com o plano espiritual, pois este aspecto, além de criar laços profundos de harmonia, auxilia os Espíritos coordenadores na dinamização e aprofundamento dos tratamentos ora desenvolvidos. Sendo assim, mediunidade é para todos, por ser um instrumento valioso para o progresso que o Pai nos oferece como dádiva de Seu amor para conosco, filhos ainda renitentes, mas que, através das lutas necessárias e do uso fiel desta ferramenta divina, estreitaremos os laços com a plêiade de Espíritos amigos que esperam por nossa decisão de sermos homens de bem e servidores dedicados. Jair Cesario PROGRAMAÇÃO DA CASA 2ª Feira (20:00 às 21:00) PALESTRAS DOUTRINÁRIAS: LIVRO DOS ESPÍRITOS 04/02 – Rafael Laucas Questões 752 a 756 11/02 – Ricardo Drummond Questões 757 a 759 18/02 – Jair Cesario Questões 760 a 765 25/02 – Ana Guimarães LIVRE 3ª Feira (14:00 às 14:30) O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO 05/02 – Rita Pontes Cap. XVII, item 3 12/02 – Vanessa Bianca Cap. XVII, item 4 19/02 – Valdete Bezerra Cap. XVII, item 5 26/02 – Rafael Pinho Cap. XVII, item 6 5ª Feira (19:30 às 21:00) ESTUDO DO ESPIRITISMO Sábado (8:30 às 15:00) ESCOLA DE ESTUDOS ESPÍRITAS ESPERANÇA BOLETIM ESPERANÇA 46 – página 04 BOLETIM ESPERANÇA 46 – página 01 Geraldo Guimarães LOUVOR À VIDA Floresceu na Alemanha, às vésperas da Segunda Guerra, a teoria que pregava o sacrifício das vidas sem valor. Segundo seus defensores, pessoas muito doentes ou deficientes, físicas ou intelectuais, deveriam ser sacrificadas em nome de um bem maior. Parecia injustificável desperdiçar tempo e dinheiro com pessoas que não contribuiriam para o interesse coletivo, ao invés de investir, ainda mais, naquelas que conduziriam a nação ao apogeu. Ato seguinte, passaram a prever quem, entre os saudáveis, representaria um risco genético para as futuras gerações, fosse pelo motivo que fosse. Essas ideias foram usadas como justificativa para a adoção de medidas duras, como as esterilizações forçadas e o extermínio em campos de concentração. Excluídas, suas vítimas foram induzidas ao abandono de si mesmas, totalmente entregues à vontade desse poder soberano, nesse estado que se convencionou chamar de “vida nua”, caracterizado pela supressão absoluta dos direitos individuais. Durante a invasão da Holanda, desejosos de assegurar atendimento aos seus feridos, os oficiais alemães, imbuídos desse pensamento, visitavam os hospitais locais e faziam triagens, tirando dos leitos, e executando sumariamente, quem não tivesse boas chances de sobrevivência. Chocados, a princípio, os holandeses aprenderam com o exemplo e adotaram, informalmente, a solução nazista. Logo após o final da guerra os alemães reavaliaram suas opções e desistiram de seus antigos métodos. Os holandeses, por outro lado, apesar da maioria cristã, continuam até hoje a praticar a eutanásia (3.136 casos registrados, só no ano de 2010). A lei que regula o ato da “boa morte” só foi promulgada no ano de 2001, não propriamente para autorizar, mas para legitimar o que já acontecia há décadas, segundo apurou o questionário Remmelink que investigou o assunto. Longe dos Países Baixos, na província chinesa de Zheijang, um casal dá provas de elevada vocação cristã, sacri- ficando as próprias vidas no esforço pela sobrevivência de seu filho, que perdeu até a capacidade de respirar, autono- mamente, em decorrência de um acidente de motocicleta que o deixou paralisado do pescoço para baixo. Desde então, os pais se revezam na ininterrupta tarefa de bombear manual- mente o ar para os pulmões do filho. A despeito das evidentes limitações, assim como os pais, o jovem consegue sorrir. Parece entender que Deus, que é infinitamente justo e bom, não o faria enfrentar provas e expiações à toa e aceita a própria sorte com a serenidade que identifica os vencedores. Fica a lição: a vida é para ser respeitada, vivida de forma digna, serena, fraterna, com gratidão a Deus pela oportu- nidade, não importa quão dura ela possa parecer. Deve ecoar em nossa alma o conselho do Divino Mestre: “Confia e segue”. Rafael Rodrigues DATAS IMPORTANTES DO MÊS 01/02/1856 – Nasce Anália Emília Franco, em Resende, RJ. 01/02/1905 – Nasce em Pacatuba, Ceará, Francisco Peixoto Lins, o Peixotinho, médium de efeitos físicos. 07/02/1901 – Desencarna a poetisa Auta de Souza. 20/02/1822 – Em Salvador, BA, desencarna Joana Angélica. 26/02/1802 – Nasce Victor Hugo, escritor francês. 26/02/1842 – Nasce Camille Flammarion, na França. 27/02/1853 – Nasce Francisco Dias da Cruz (filho), médico homeopata e Presidente da Federação Espírita Brasileira em 1890.

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DIAS DA CRUZ (27/02/1853 a 30/09/1937)

Quem caminha pelas ruas do Méier, um dos mais tradicionais bairros da Zona Norte carioca, talvez não ligue o nome à pessoa, mas a principal rua do bairro foi batizada em homenagem a Francisco de Menezes Dias da Cruz, médico, possuidor de singular cultura, que se destacou pela prática da caridade. Interessou-se pela homeopatia e a pesquisou profundamente, vindo, mais tarde, a assumir a presidência do Instituto Hahnemaniano do Brasil. Tornou-se espírita após haver tomado conhecimento de que alegavam que seu pai, professor da faculdade de medicina, já desencarnado, receitava medicamentos na Federação Espírita Brasileira. Ponderado, não se permitiu negar peremptoriamente antes de investigar e, no dia indicado, compareceu, sem aviso, à reunião em que os médiuns receitistas fariam os atendimentos. Após a prece inicial e os estudos doutrinários, quando estava quase convencido de que se tratava de simples mistificação, valendo-se do médium que dirigia a reunião, seu pai o saudou. Diante da resistência, decidiu mencionar um fato ocorrido na sua infância, de que só os dois tinham conhecimento, isto é, nem sua mãe soubera daquilo. Diante das evidências, rendeu-se, dando início aos estudos sobre o assunto. Tornou-se um profundo conhecedor da doutrina e exímio orador, assumindo, mais tarde, a presidência da Federação Espírita Brasileira (FEB), substituindo Dr. Adolfo Bezerra de Menezes. Após cinco anos, foi substituído pelo seu predecessor. Hábil com as palavras, Dias da Cruz divulgou o espiritismo e a homeopatia até a extinção de suas forças.

Boletim Esperança Informe de Estudos Espíritas, RJ, Ano IV, N. 46 FEVEREIRO, 2013

CALMA (trecho de “O Espírito da Verdade” de André Luiz) Se está a ponto de estourar mentalmente, silencie alguns instantes para pensar. Se o motivo é moléstia no próprio corpo, a intranquilidade traz o pior. Se a razão é enfermidade em pessoa querida, o seu desajuste é fator agravante. Se você sofreu prejuízos materiais, a reclamação é uma bomba atrasada, lançando

caso novo. Se perdeu alguma afeição, a queixa tornará você uma pessoa menos simpática, junto

de outros amigos. Se deixou alguma oportunidade valiosa para trás, a inquietação é desperdício de

tempo. Se contrariedades aparecem, o ato de esbravejar afastará de você o concurso

espontâneo. Se você praticou um erro, o desespero é porta aberta a faltas maiores. Se você não atingiu o que desejava, a impaciência fará mais larga distância entre

você e o objetivo a alcançar. Seja qual for a dificuldade, conserve a calma, trabalhando, porque, em todo problema,

a serenidade é o teto da alma, pedindo o serviço por solução.

NESTE BOLETIM Capa

EDITORIAL

CALMA

DIAS DA CRUZ

Página 02

PALAVRAS

VI CICLO DE PALESTRAS (Abu Dhabi/Dubai)

COLUNA DO CAMINHO

Página 03

MENSAGEM DO MÊS

ESTUDANDO O LIVRO DOS MÉDIUNS

SAUDOSO JOSÉ BEZERRA

ANIVERSARIANTES DO MÊS

EXPEDIENTE

Página 04

MEDIUNIDADE E COMPORTAMENTO

DATAS IMPORTANTES DO MÊS

LOUVOR À VIDA

PROGRAMAÇÃO DA CASA

EDITORIAL O Mundo marcha, e nós marchamos

com ele. O Mundo segue sua rota elíptica em torno do Sol, e nós seguimos o roteiro que prouve à vontade estabelecer.

Sem dúvida, a cada qual segundo a sementeira lançada no solo da vida. O mundo é de provas e expiações, mas a existência não tem, necessariamente, que ser de dores e sofrimentos. A terra, que recebe a semente do espinheiro, recebe igualmente a futura árvore promissora de frutos bons e sazonados. É só semear.

Assim, estamos hoje fruindo a alegria de saber que a semente espírita, nobre e leal, irá frutificar – temos certeza – no coração dos que a recebem com júbilo e amor.

Aproveitem! Boa leitura! A EQUIPE

MEDIUNIDADE E COMPORTAMENTO Segundo os Espíritos informam a Allan Kardec em “O

Livro dos Espíritos”, na resposta à pergunta 886, o sentido real da caridade tem o tom da aplicabilidade verdadeira em nosso comportamento, pois respondem os eminentes instrutores: “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”. Essa assertiva que os Espíritos nos passam, revela o caráter dinâmico da Doutrina Espírita, desenvolvendo um manancial de possibilidades as quais, bem observadas, podem trazer, para todos os que compreendem o sentido verdadeiro da virtude por excelência, visão necessária para o entendimento profundo das realizações da alma em seu processo reencarnatório.

Uma dessas possibilidades diz respeito à instrumentalidade mediúnica, visto sabermos, de antemão, tratar-se de fator biológico, em que o Espírito encarnado serve de medianeiro entre as duas dimensões da vida humana, sendo assim, portador de faculdade a qual todo cuidado deve fazer parte em sua utilização. Isso determina também mudança natural de comportamento, devido ao fato de nos sabermos cercados de “uma multidão a nos observar” e pronta a estabelecer contato sempre que a necessidade ou oportunidade se apresenta. E o que irá determinar a aproximação desta ou daquela entidade desencarnada é a sintonia vibratória, apresentando-se esta de mais alta ou baixa frequência, dependendo de nosso aspecto comportamental, ou seja, somos aquilo que pensamos e vivemos intimamente, e o mundo de olhares que nos cercam utiliza-se destas potencialidades para adentrar em nossas mentes, em nosso mundo íntimo.

Contudo fica bem claro que as mudanças operadas por aqueles que aprendem, compreendem o Espiritismo em profundidade acabam por desenvolver um campo mental diferenciado, facultando, assim, que os Espíritos superiores possam auxiliá-los cotidianamente em suas experiências. Mais ainda, no que tange à prática mediúnica dentro da casa espírita, o ambiente deve não só possuir assepsia espiritual, mas principalmente um círculo de ideias e ideais voltados para a fraternidade, solidariedade, caridade e o aprendizado de todos os encarnados envolvidos na tarefa. Não custa lembrar que amizade deve ser cogitação fundamental para todos os participantes das reuniões de comunicação com o plano espiritual, pois este aspecto, além de criar laços profundos de harmonia, auxilia os Espíritos coordenadores na dinamização e aprofundamento dos tratamentos ora desenvolvidos.

Sendo assim, mediunidade é para todos, por ser um instrumento valioso para o progresso que o Pai nos oferece como dádiva de Seu amor para conosco, filhos ainda renitentes, mas que, através das lutas necessárias e do uso fiel desta ferramenta divina, estreitaremos os laços com a plêiade de Espíritos amigos que esperam por nossa decisão de sermos homens de bem e servidores dedicados.

Jair Cesario

PROGRAMAÇÃO DA CASA 2ª Feira (20:00 às 21:00)

PALESTRAS DOUTRINÁRIAS: LIVRO DOS ESPÍRITOS 04/02 – Rafael Laucas Questões 752 a 756 11/02 – Ricardo Drummond Questões 757 a 759 18/02 – Jair Cesario Questões 760 a 765 25/02 – Ana Guimarães LIVRE

3ª Feira (14:00 às 14:30) O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

05/02 – Rita Pontes Cap. XVII, item 3 12/02 – Vanessa Bianca Cap. XVII, item 4 19/02 – Valdete Bezerra Cap. XVII, item 5 26/02 – Rafael Pinho Cap. XVII, item 6

5ª Feira (19:30 às 21:00) ESTUDO DO ESPIRITISMO

Sábado (8:30 às 15:00) ESCOLA DE ESTUDOS ESPÍRITAS ESPERANÇA

BOLETIM ESPERANÇA 46 – página 04 BOLETIM ESPERANÇA 46 – página 01

G e r a l d o G u i m a r ã e s LOUVOR À VIDA Floresceu na Alemanha, às vésperas da Segunda Guerra,

a teoria que pregava o sacrifício das vidas sem valor. Segundo seus defensores, pessoas muito doentes ou deficientes, físicas ou intelectuais, deveriam ser sacrificadas em nome de um bem maior. Parecia injustificável desperdiçar tempo e dinheiro com pessoas que não contribuiriam para o interesse coletivo, ao invés de investir, ainda mais, naquelas que conduziriam a nação ao apogeu. Ato seguinte, passaram a prever quem, entre os saudáveis, representaria um risco genético para as futuras gerações, fosse pelo motivo que fosse. Essas ideias foram usadas como justificativa para a adoção de medidas duras, como as esterilizações forçadas e o extermínio em campos de concentração. Excluídas, suas vítimas foram induzidas ao abandono de si mesmas, totalmente entregues à vontade desse poder soberano, nesse estado que se convencionou chamar de “vida nua”, caracterizado pela supressão absoluta dos direitos individuais.

Durante a invasão da Holanda, desejosos de assegurar atendimento aos seus feridos, os oficiais alemães, imbuídos desse pensamento, visitavam os hospitais locais e faziam triagens, tirando dos leitos, e executando sumariamente, quem não tivesse boas chances de sobrevivência. Chocados, a princípio, os holandeses aprenderam com o exemplo e adotaram, informalmente, a solução nazista. Logo após o final da guerra os alemães reavaliaram suas opções e desistiram de seus antigos métodos. Os holandeses, por outro lado, apesar da maioria cristã, continuam até hoje a praticar a eutanásia (3.136 casos registrados, só no ano de 2010). A lei que regula o ato da “boa morte” só foi promulgada no ano de 2001, não propriamente para autorizar, mas para legitimar o que já acontecia há décadas, segundo apurou o questionário Remmelink que investigou o assunto.

Longe dos Países Baixos, na província chinesa de Zheijang, um casal dá provas de elevada vocação cristã, sacri-ficando as próprias vidas no esforço pela sobrevivência de seu filho, que perdeu até a capacidade de respirar, autono-mamente, em decorrência de um acidente de motocicleta que o deixou paralisado do pescoço para baixo. Desde então, os pais se revezam na ininterrupta tarefa de bombear manual-mente o ar para os pulmões do filho. A despeito das evidentes limitações, assim como os pais, o jovem consegue sorrir. Parece entender que Deus, que é infinitamente justo e bom, não o faria enfrentar provas e expiações à toa e aceita a própria sorte com a serenidade que identifica os vencedores. Fica a lição: a vida é para ser respeitada, vivida de forma digna, serena, fraterna, com gratidão a Deus pela oportu-nidade, não importa quão dura ela possa parecer. Deve ecoar em nossa alma o conselho do Divino Mestre: “Confia e segue”.

Rafael Rodrigues

DATAS IMPORTANTES DO MÊS 01/02/1856 – Nasce Anália Emília Franco, em Resende, RJ. 01/02/1905 – Nasce em Pacatuba, Ceará, Francisco Peixoto

Lins, o Peixotinho, médium de efeitos físicos. 07/02/1901 – Desencarna a poetisa Auta de Souza. 20/02/1822 – Em Salvador, BA, desencarna Joana Angélica. 26/02/1802 – Nasce Victor Hugo, escritor francês. 26/02/1842 – Nasce Camille Flammarion, na França. 27/02/1853 – Nasce Francisco Dias da Cruz (filho), médico

homeopata e Presidente da Federação Espírita

Brasileira em 1890.

Há necessidade do espírito voltar à Terra? Qual o tempo médio de permanência no mundo espiritual, entre uma encarnação e outra? Não existe um tempo de permanência pré-definido, pois isso irá variar de espírito para Espírito, de acordo com a necessidade que ele tenha. A Terra é como uma escola em que você aprende, dentro de um padrão específico, sem a lucidez do mundo espiritual, com o objetivo de desenvolver os seus recursos. A Terra tem seus valores éticos, suas diretrizes de progresso e possibilita experiências de todas as naturezas de que a alma precise para evoluir. No mundo espiritual, quando ocorre a desencarnação, de acordo com seus valores o Espírito define com quem vai conviver, tendendo a aproximar-se de seus afins, diferente do que não acontece aqui na Terra. Assemelha-se ao menino que vai ao colégio e lá precisa conviver com coleguinhas cuja educação pode variar em largo espectro, dos bem educados aos grosseiros e infelizes. Há uma diversidade de caracteres que nos ajuda a aprender a explorar os nossos valores, sob orientação de Deus, dos Espíritos bons e dos dirigentes do progresso na própria Terra.

Já que os Espíritos se organizam, trabalham, estudam e progridem no plano espiritual, há realmente necessidade de reencarnar? Há sim, pois se você estuda o Bem convivendo apenas entre os bons, você não terá certeza a respeito de quais são, verdadeiramente, os seus valores. A convivência com Espíritos bons não enseja a oportunidade de externar o nosso lado negativo. É na Terra que vivemos plenamente como somos, integralmente, pois somos confrontados por Espíritos de variada natureza, os quais nos dão ensejo às manifestações mais variadas do nosso caráter, desde as elevadas às mais atrasadas. É como um laboratório em que experiências são realizadas com a nossa alma, sempre com o objetivo de empreender uma viagem de autodescobrimento, avaliando quais os nossos reais valores (continua no próximo Boletim).

*2º Trecho da entrevista realizada por Yasmim Madeira, no Programa TV Despertar Espírita, sobre o tema “O mundo dos Espíritos”. Geraldo Guimarães foi editor da Revista Despertar Espírita, pesquisador e grande divulgador do Espiritismo no Brasil e no mundo. Retornou à pátria espiritual em janeiro de 2010.

ESTUDANDO O LIVRO DOS MÉDIUNS

CAPÍTULO IV – ITEM 74 – PARTE 2 Na parte primeira deste trecho do estudo, sintetizamos

dez perguntas formuladas por Allan Kardec ao Espírito São Luís a respeito do Fluido Cósmico Universal. Nesta sequência, daremos continuidade às perguntas que tratam dos papéis do Espírito e do médium na manifestação de efeito físico. II. Sobre a influência dos Espíritos na manifestação física 11. Os Espíritos, quando chamados para auxiliar outros Espíritos, não são inferiores, muito menos estão sob as ordens dos primeiros, acodem por espontaneidade. 12. São sempre inferiores os Espíritos que produzem manifestações físicas. 13. Os Espíritos superiores, por sua força moral, servem-se dos inferiores para este tipo de manifestação. 14. Podem atuar à revelia do médium. 15. Sempre são a causa, por outro lado, o fluido é o instrumento. 16. Utilizam os fluidos vitais para interpenetrar os objetos, envolvendo-os, assim, uma porção de seu perispírito que se identifica com o objeto em que penetra. 17. A fim de produzir ruído nos objetos, os Espíritos se utilizam, novamente, dos fluidos combinados. Não é o seu braço materializado, muito menos qualquer objeto semimaterializado. 18. Podem, também, provocar ruídos sem o contato com qualquer matéria palpável para o encarnado. Utilizam-se do ar para propagar qualquer som que queiram. 19. O efeito que se observa quando os Espíritos materializam suas mãos e tocam as teclas de um piano, provocando sons ritmados, não é concebido por força muscular que exerça tal pressão. Eles animam as teclas, como o fazem com a mesa. Ao obedecer-lhes à vontade, elas se abaixam e tangem as cordas do piano. 20. A dúvida que paira acerca de fenômenos que desobedecem às leis conhecidas pelo homem é entendível pelos Espíritos superiores, dessa maneira, vale ressaltar que o homem está longe de conhecer todas as leis da Natureza.

No próximo artigo, finalizaremos com a terceira parte do estudo deste item 74 abordando o papel do médium nos efeitos físicos. André Laucas

COLUNA DO CAMINHO VISITA À MANSÃO DO CAMINHO

Foi como a realização de um sonho que, no dia 25 de janeiro de 2013, a equipe do Boletim Esperança adentrou ao portão azul da Mansão do Caminho, situada no bairro de Pau da Lima, em Salvador, cercada de jardins verdejantes, dentre eles, o acolhedor “Recanto de Joanna”.

Fomos carinhosamente recebidos por Solange Seixas, voluntária residente na Mansão, que ciceroneou a equipe, apresentando todos os setores daquele complexo social e educacional.

Apesar de não contarmos com a luminosa presença de Divaldo Franco, em trabalhos doutrinários na Europa, logo de cara, fomos agraciados pela receptividade do tio Nilson Pereira, que nos acolheu com um largo sorriso e um apurado senso de humor.

Apesar das férias escolares, conhecemos, de perto, os prédios onde funcionam a creche que atende a 390 crianças de até 6 anos, e as duas escolas: a municipal, com 150 alunos, e a estadual com cerca de 1.300 estudantes.

O terreno abriga, ainda, padaria, oficina de costura, escola de informática, gráfica, centro de saúde e laboratório de análises clínicas, além das casas de Divaldo e de tio Nilson, casas de idosos e muitas outras edificações.

A Mansão conta com cerca de 300 funcionários e 400 voluntários, todos numa convivência harmoniosa e produtiva.

Conduzidos por Solange, visitamos a área de alimentação, pela qual ela é responsável, que mereceu a nossa total admiração ao constatarmos o cuidadoso rigor e o zelo pela higiene e segurança, desde as instalações até o processamento final, tudo criteriosamente dentro das normas de higiene e saúde, contando com a eficiente atuação da equipe, com destaque para a nutricionista Elaine.

Após o almoço, visitamos o setor de arquivamento de todo o acervo da Mansão, sob os dedicados cuidados da Sra. Iraci, que cataloga e mantém todos os documentos, inclusive as cartas, desde sua fundação. Seguimos para o cenáculo, no Centro Espírita Redenção, cujas vibrações impregnam as silenciosas paredes, transmitindo-nos imensa paz. No estúdio de gravações, o cinegrafista orgulha-se de trabalhar com o efeito cromaqui, a exemplo da TV Globo.

Mas foi na “Casa de Parto Marieta de Sousa Pereira”, com capacidade para realizar até seis partos por dia, onde sentimos a eficiência e a sensibilidade por parte das enfermeiras que deixaram passar seu amor ao próximo.

Visitamos a “Livraria Joanna de Ângelis”, assim como o “Memorial”, uma grande exposição de fotos, mapas, reportagens, condecorações, títulos e diplomas, troféus, quadros, maquete da Mansão, trabalhos mediúnicos, destacando-se um exemplar com a psicografia especular realizada em francês, através da mediunidade de Divaldo, sem que ele domine o idioma. Há também uma bem equipada sala para projeções audiovisuais e palestras.

Finalmente, descendo por uma ladeira quase íngreme, deparamo-nos com um local de paz abençoado, denominado “Recanto Waldyr Beira”, em meio a uma área florestal com árvores nativas, verdes de todos os matizes, sugestivo para meditar. Trata-se de um deque coberto, com espaçosos bancos de madeira, passando por sobre uma nascente de água que se acumula, formando um pequeno lago que nos propiciou momentos de silêncio, observação e meditação. Ali reina a perfeita harmonia entre a fauna, a flora, o ser humano e Deus. Após algumas horas observando os pássaros, as plantas, os gansos, as carpas, os colibris beijando as flores, as borboletas e até a queda sincronizada das folhas secas, só fomos interrompidos pelo barulho do carro que chegava, trazendo-nos de volta à realidade.

Era hora de voltarmos carregando em nossas bagagens o sentimento do dever cumprido.

PALAVRAS Que palavras devem ser ditas a quem deseja se matar? Ele ouviu a pergunta, à queima roupa, feita pela jovem a

que tanto prezava pela simpatia e educação. Observando bem, há algum tempo, andava arredia, calada. Os olhos, às vezes, brilhavam através das lágrimas que não seguiam o caminho do rosto, porém a fácies apresentava a tonalidade da dor íntima.

Ela ouviu palavras consoladoras entoadas com carinho. Dar cabo da vida não extingue a vida. O Espírito passa a reviver o ato fatídico indefinidamente, entrando num estado de loucura e dor inenarráveis. Nada vale mais do que aproveitar o corpo físico para desenvolver seus potenciais adormecidos,

adquirindo fortaleza moral e espiritual para seu longo trajeto rumo ao Bem Superior. Por mais sofrimento que se tenha, isso também passa. Diz o dito popular: “problema que não tem solução não é problema, logo todo problema tem solução.”

Ela agradeceu as palavras. Renovou-se. Dias se passaram. A jovem voltou e narrou:

− Naquele dia, entrei no banheiro preparada para desaparecer. A vida tinha perdido o sentido. Em cima da pia, dois objetos cortantes. Qual seria o mais ágil, mais rápido? Estava decidindo que arma usar. A cabeça estava vazia e os sons longínquos. Sentia-me fora de mim, estranha. Ao segurar o objeto ouvi repentinamente, forte, quase gritado, as gargalhadas dos meus filhos que brincavam no cômodo ao lado. Levei um choque. Parecia que saía de uma hipnose. Voltei. Num impulso, joguei no chão o motivo da minha ruína e comecei a chorar convulsivamente. Abracei os filhinhos depois...

– Dever de casa. Anote todas as coisas boas que você já fez e as que você faz. Vá escrevendo, item por item, pequenas qualidades como:

• “Fui gentil apesar de ...” • “Não reagi ao me sentir agredida”. • “Atendi meus clientes com a máxima distinção”. • “Oro pela manhã entregando-me a Deus. Etc”. Você verá quanto é importante para si, para os filhinhos e

para a sociedade. Vou cobrar seu exercício de casa. Ele sorriu, e ela se foi esperançosa. Deus nos abençoe a

Doutrina Espírita e guarde este coração juntamente com sua família.

Vanessa Bianca

DIREÇÃO DA INSTITUIÇÃO Presidente: Luiz Carlos Bezerra

Vice-presidente: Ricardo Drummond

Secretários: Vanessa Bianca e Rafael Laucas

EXPEDIENTE Direção do Jornal: Rafael Rodrigues

Secretária: Regina Celia Campos

Revisora: Giannina Laucas

Colaboradores:

Ana Guimarães Eugenia Maria

Rita Pontes Marcia Alves

Vanessa Bianca André Laucas

BOLETIM ESPERANÇA 46 – página 02 BOLETIM ESPERANÇA 46 – página 03

ANIVERSARIANTES DO MÊS Anete Guimarães 01/02 Ian Eliziário 21/02

Ana Beatriz 06/02 Lélia Saramago 26/02

Marlene Soares 06/02 Marcio Moraes 26/02

Jair Cesario 20/02

SAUDOSO JOSÉ BEZERRA Foi em São Luís, bela capital cujo

nome homenageia um santo e o refrigerante mais famoso é o guaraná Jesus, que nasceu José Bezerra, homem que, a despeito da pouca altura, fez-se grande pelas virtudes que reuniu.

Foi líder espiritual, dono de grande carisma e magnetismo fora do normal. Conquistava as pessoas com facilidade e as convencia, sem esforço, do valor da Doutrina Espírita, indiscutivelmente, sua grande paixão. Recebia com carinho especial os oradores que convidava ao centro por ele administrado, e, apesar da idade avançada, não se furtava aos vinte ou trinta minutos de comentários extras ao final das suas exposições doutrinárias. No dia 16 de janeiro, sua desencarnação deixou uma lacuna no movimento espírita maranhense e muita saudade em quem o conheceu. Que Deus o abençoe, companheiro!

Equipe do Boletim Esperança