boletim esperança 40

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ANDREW JACKSON DAVIS (11/08/1826 a 13/01/1910) Ainda era recente a impressão deixada pelos fenômenos produzidos por Emanuel Swedenborg, engenheiro de minas sueco, radicado em Londres, intelectu- al respeitado, que se tornou famoso pela vidência. Com suas visões, foi capaz de descrever, com precisão, o mundo espiritual e a lógica reencarnatória, cem anos antes da codificação espírita. Pouco mais de um sécu- lo depois, nasceu nos Estados Unidos, em uma família humilde, Andrew Jackson Davis. Ainda jovem, começou a ouvir vozes, suas gentis conselheiras, e ter visões. Ponderado, a despeito do desequilíbrio do lar em que fora criado, interessou-se pelas ideias de Franz Anton Mesmer. Com os parcos recursos de que dispunha, esforçava-se, sem grandes resultados, para aplicar o que apren- dia. A frustração durou até o dia em que sua cidade recebeu a visita de um grupo de artistas de rua. Entre eles, havia um experimentado mesmerista que o colocou em transe profundo e obteve impressionantes resultados. Um dos presentes nesse episódio foi William Livingston, que, mais adiantado nas pesquisas sobre o mesmerismo e con- vencido sobre seu potencial, ofereceu-se para auxiliá-lo a avançar na análise de suas faculdades. O jovem relatava ver a luz que emanava dos órgãos das pessoas, identifi- cando, pelo padrão de luminosidade, os que se encontravam doentes. Houve uma oca- sião em que ele narrou ter sido transportado, em desdobramento, a uma montanha que ficava a 60 km, tendo lá se reunido com os espíritos de Cláudio Galeno (filósofo e médico grego cuja encarnação anterior, conhecida, ocorreu quase dois mil anos antes) e de Ema- nuel Swedenborg, seu predecessor. Esse encontro alterou sua envergadura intelectual, pois, a partir de então, passou a demonstrar conhecimento sobre medicina e filosofia. Ganhou fama e respeito, tendo inclusive conquistado a admiração de Abraham Lincoln. Graduou-se em medicina e mudou-se para Boston onde montou uma pequena livraria em que oferecia tratamento espiritual às pessoas que o procuravam. Continuava ditando os textos que recebia em estado de transe, para o que, agora, não dependia de mais ninguém. Foi, como Swedenborg, um valioso precursor do Espiritismo. Boletim Esperança Informe de Estudos Espíritas, RJ, Ano IV, N. 40 AGOSTO, 2012 Crônicas de família é um programa apresentado por Ana e Anete Guimarães, sendo recomendado para toda a família, por abordar temas e casos diferenciados, sempre relacionados à convivência familiar, com orientações para a solução de eventuais conflitos. EDITORIAL O clima agradável das manhãs de inverno carioca ganha um toque especial no primeiro domingo de agosto. Vindos de várias partes do globo, companheiros, espíritas ou não, transpiram, por todos os poros, o sentimento de caridade e, com alegria, contribuem com a obra do abençoado “Semeador de Estrelas. O dia começa com a inspirada oração de abertura que esquenta o time de colaborado- res, os quais, após o encerramento, com o ânimo em alta, quase sem entender, seguem o aroma do pão quentinho e deliciam um saboroso café da manhã. Nutridos de corpo e alma, entregam-se ao trabalho, afinal, trabalho há de sobra. O ponto alto do dia é o seminário que encerra o ciclo de conferências do notável orador baiano no Rio. Bem-vindos. Façamos o nosso destino. A EQUIPE SEMINÁRIO COM EUGÊNIA MARIA PROGRAMAÇÃO DA CASA 2ª Feira (20:00 às 21:00) PALESTRAS DOUTRINÁRIAS: O LIVRO DOS ESPÍRITOS 06/08 Ana Guimarães LIVRE 13/08 Ricardo Drummond Questões 693 e 694 20/08 Josué Bezerra Questões 695 e 699 27/08 Amaury Saramago Questões 700 e 701 3ª Feira (14:00 às 14:30) O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO 07/08 Rita Pontes Cap. XV, item 3 14/08 Claudia Costa Cap. XV, itens 4 e 5 21/08 Giannina Laucas Cap. XV, itens 6 e 7 28/08 Rafael Rodrigues Cap. XV, item 8 5ª Feira (19:30 às 21:00) ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPÍRITA Sábado (8:30 às 15:00) ESCOLA DE ESTUDOS ESPÍRITAS ESPERANÇA BOLETIM ESPERANÇA 40 página 04 BOLETIM ESPERANÇA 40 página 01 Há 02 anos o nosso amigo retornou à Pátria Espiritual. A JESUS Encanta-me, Senhor, este dia de sol. Encanta e me faz sentir pessoa Em cujo coração essa beleza dói. Pois percebo, nela Tua voz ressoa. É o grito do silêncio em minh’alma, Saudando-Te a presença cristalina, Que docemente o sofrimento acalma E os caminhos do bem ditoso ensina. Fulgura, então, no céu da minha vida A estrela da paz, de graças não fruídas, Mas que deixa na boca o gosto da alegria. E a certeza é tanta, e tão grandiosa, De que nos guardas em clara luz radiosa E referta a alma de paz e harmonia. J. Cardoso No dia 15 de julho, realizou-se o seminário com a palestrante Eugenia Maria Pinheiro Ramires, sobre o sugestivo tema: “Por quem os sinos dobram?” Sua fala foi precedida por apresentações de músicas e poemas que tiveram como objetivo saudar a palestrante e a plateia com momentos de extrema delicadeza. Em sua abordagem, Eugenia procurou fazer, através de uma elucidativa digressão histórica sobre o povo celta, uma correlação entre a sabedoria expressa nas descobertas e formas de vida daquele povo, os aspectos doutrinários expostos por Allan Kardec e os acontecimentos, fatos e descobertas do mundo atual. Durante sua exposição, citou conceitos fundamentais dos celtas herdados pela posteridade, tais como a ousadia e a coragem para enfrentar os desafios e, para tanto, reforçou o entendimento sobre imortalidade, justiça e liberdade. Remeteu às necessidades do homem: sofrer, renovar-se e escolher, a fim de relembrar o que é retirado do Cristianismo para a Doutrina Espírita: reencarnação, evolução espiritual e pluralidade das existências. Fez, em síntese, um resgate da cultura celta através dos tempos, ensejando-lhe o sentido de atualidade e, exemplificando, mencionou a sua trilogia de preservação da vida: reduzir, reutilizar e reciclar mais um legado daquela civilização para a modernidade. Apresentou também o importante conceito de sincronicidade, na perspectiva de Jung e de Joanna de Ângelis, para reforçar a compreensão sobre a coincidência, no tempo, de eventos sem relação causal, e finalizou com a assertiva: “Nunca procurem saber por quem os sinos dobram. Eles dobram por ti.” Agradecemos a nossa querida palestrante os ensinamentos transmitidos com notório saber e marcante sensibilidade humanística. Angela Guiomar Nogueira A TRANSIÇÃO PLANETÁRIA A melhor maneira, portanto, de compartilhar conscientemente da grande transição é através da consciência de responsabilidade pessoal, realizando as mudanças íntimas que se tornem próprias para a harmonia do conjunto. ... Nenhum receio deve ser cultivado, porque, mesmo que ocorra a morte, esse fenômeno natural é veículo da vida que se manifestará em outra dimensão. A vida sempre responde conforme as indagações morais que lhe são dirigidas. As aguardadas mudanças que se vêm operando trazem uma ainda não valorizada contribuição, que é a erradicação do sofrimento das paisagens espirituais da Terra. Enquanto viceje o mal, no mundo, o ser humano torna-se-lhe a vítima preferida, em face do egoísmo em que se estorcega, apenas por eleição especial. A dor momentânea que o fere, convida-o, por outro lado, à observância das necessidades imperiosas de seguir a correnteza do amor no rumo do oceano da paz. Joanna de Ângelis A DUALIDADE DA NOSSA NATUREZA Inspirados pelo compromisso de contínuo esforço pelo aprendizado, minha esposa e eu decidimos, já há alguns anos, cultivar o hábito do estudo diário do Espiritismo. Iniciamos, atualmente, com o livro “Caminho, Verdade e Vida” e nos aquecemos com a leitura de um capítulo do livro, “Roteiro”, de Emmanuel. Encerramos o estudo com três questões de “O Livro dos Espíritos”. A cada ponto visto, conversamos sobre o que lemos, expondo nossos pontos de vista. Em uma dessas noites, quando estudávamos os três reinos, nos deparamos com a questão 605, para a qual os Espíritos deram a seguinte resposta: “...conquanto não tenha alma animal, que, por suas paixões, o nivele aos animais, o homem tem o corpo que, às vezes, o rebaixa até ao nível deles, por isso que o corpo é um ser dotado de vitalidade e de instintos, porém ininteligentes estes e restritos ao cuidado que a sua conservação requer”. Não era a primeira leitura que fazíamos do “O Livro dos Espíritos”, mas a explicação nos afetou como não fizera antes. Os Espíritos se referem ao corpo físico como sendo um ser dotado de vitalidade e instintos. Agimos, portanto, inspirados por duas faces da nossa natureza, uma espiritual e outra animal. De animal só há no homem o corpo e as paixões que nascem da influência do corpo e do instinto de conservação inerente à matéria(Questão 611 de “O Livro dos Espíritos). Somos espíritos, mas dependemos de um corpo para viver a necessária experiência da encarnação. Um preço a pagar por cada encarnação, portanto, é assumir o controle sobre, como disseram, esse ser dotado de vitalidade e instintos, que reclama as providências necessárias à própria preservação. É indiscutível que temos que atender à voz do corpo até o limite do necessário, mas precisamos ter consciência de que o excesso será sempre danoso. O que ocorre é que, quando emocionalmente equilibrados, conseguimos manter a saúde física sem comprometer a integridade do espírito, mas, quando não, acabamos descambando para algum tipo de dependência, que nos agridem, material e moralmente. Essa situação denuncia que ao fazer nossas escolhas, acatamos, principalmente, a sugestão do corpo, olvidando a nossa natureza espiritual. Certamente, nós temos apenas uma alma, mas a encarnação nos impõe essa natureza dupla, isto é, uma parte do que nós somos se volta às necessidades do espírito, enquanto a outra se condiciona a atender as demandas do corpo que ocupamos. Quando iniciamos nossa escalada evolutiva, atentávamos, quase que exclusivamente, à fome, ao sono, ao medo, ao desejo e às outras exigências físicas. Enquanto evoluímos, equilibramos essas influências e, à medida que avançamos, priorizamos, cada vez mais, a nossa natureza espiritual. Entretanto, enquanto nossas escolhas refletirem essa dualidade (matéria/espírito), levando em consideração a escala espírita, seremos classificados como espíritos impuros. Só nos credenciaremos à categoria de espíritos puros quando nossas escolhas forem integralmente nossas, isto é, quando manifestarem exclusivamente nossa essência espiritual, sem um resquício que seja da transitória condição de encarnados. Rafael Rodrigues SADHANA “Krishna disse, na Gita, que o ‘Om’ deve ser lembrado no momento da morte. Mas, quando a mente está voando de uma fantasia para outra, como pode a produção de um som "Om, Om...", pelos órgãos vocais, ser de algum benefício? O mero som não vai ajudá-lo a alcançar a libertação. Os sentidos devem ser contidos, pensamentos devem ser unidirecionais e a glória Divina deve ser compreendida. Se você adiar o sadhana (disciplina espiritual) até o último momento, você será como o aluno que vira as páginas de seu livro pela primeira vez antes de entrar na sala de exame! Se o aluno tem negligenciado aprender com os professores, anotações de aula e livros, como algo pode entrar em sua cabeça naquela manhã? Isso somente aumentará o desespero do aluno. É por isso que o Senhor aconselha que se deve começar cedo na busca da verdade.” Sathya Sai Baba NESTE BOLETIM Capa EDITORIAL TRANSIÇÃO PLANETÁRIA ANDREW JACKSON DAVIS Página 02 O DESAFIO DAS VIRTUDES NO FEIRÃO, DIVALDO RESPONDE EXPEDIENTE COLUNA DO CAMINHO ANIVERSARIANTES DO MÊS Página 03 MENSAGEM DO MÊS O HORMÔNIO DO AMOR ESTUDANDOOLIVRODOSMÉDIUNSX DATASIMPORTANTESDO MÊS Página 04 A JESUS ADUALIDADEDANOSSANATUREZA SEMINÁRIO COM EUGÊNIA MARIA PROGRAMAÇÃO DA CASA SADHANA

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ANDREW JACKSON DAVIS (11/08/1826 a 13/01/1910)

Ainda era recente a impressão deixada pelos fenômenos produzidos

por Emanuel Swedenborg, engenheiro de minas sueco, radicado em Londres, intelectu-al respeitado, que se tornou famoso pela vidência. Com suas visões, foi capaz de descrever, com precisão, o mundo espiritual e a lógica reencarnatória, cem anos antes da codificação espírita. Pouco mais de um sécu-lo depois, nasceu nos Estados Unidos, em uma família humilde, Andrew Jackson Davis. Ainda jovem, começou a ouvir vozes, suas gentis conselheiras, e ter visões. Ponderado, a despeito do desequilíbrio do lar em que fora criado, interessou-se pelas ideias de Franz Anton Mesmer. Com os parcos recursos de que dispunha, esforçava-se, sem grandes resultados, para aplicar o que apren-dia. A frustração durou até o dia em que sua cidade recebeu a visita de um grupo de artistas de rua. Entre eles, havia um experimentado mesmerista que o colocou em transe profundo e obteve impressionantes resultados. Um dos presentes nesse episódio foi William Livingston, que, mais adiantado nas pesquisas sobre o mesmerismo e con-vencido sobre seu potencial, ofereceu-se para auxiliá-lo a avançar na análise de suas faculdades. O jovem relatava ver a luz que emanava dos órgãos das pessoas, identifi-cando, pelo padrão de luminosidade, os que se encontravam doentes. Houve uma oca-sião em que ele narrou ter sido transportado, em desdobramento, a uma montanha que ficava a 60 km, tendo lá se reunido com os espíritos de Cláudio Galeno (filósofo e médico grego cuja encarnação anterior, conhecida, ocorreu quase dois mil anos antes) e de Ema-nuel Swedenborg, seu predecessor. Esse encontro alterou sua envergadura intelectual, pois, a partir de então, passou a demonstrar conhecimento sobre medicina e filosofia. Ganhou fama e respeito, tendo inclusive conquistado a admiração de Abraham Lincoln. Graduou-se em medicina e mudou-se para Boston onde montou uma pequena livraria em que oferecia tratamento espiritual às pessoas que o procuravam. Continuava ditando os textos que recebia em estado de transe, para o que, agora, não dependia de mais ninguém. Foi, como Swedenborg, um valioso precursor do Espiritismo.

Boletim Esperança Informe de Estudos Espíritas, RJ, Ano IV, N. 40 AGOSTO, 2012

Crônicas de família é um programa apresentado por Ana e Anete Guimarães, sendo recomendado para toda a família, por abordar temas e casos diferenciados, sempre relacionados à convivência familiar, com orientações para a solução de eventuais conflitos.

EDITORIAL

O clima agradável das manhãs de inverno carioca ganha um toque especial no primeiro domingo de agosto.

Vindos de várias partes do globo, companheiros, espíritas ou não, transpiram, por todos os poros, o sentimento de caridade e, com alegria, contribuem com a obra do abençoado “Semeador de Estrelas”.

O dia começa com a inspirada oração de abertura que esquenta o time de colaborado-res, os quais, após o encerramento, com o ânimo em alta, quase sem entender, seguem o aroma do pão quentinho e deliciam um saboroso café da manhã. Nutridos de corpo e alma, entregam-se ao trabalho, afinal, trabalho há de sobra.

O ponto alto do dia é o seminário que encerra o ciclo de conferências do notável orador baiano no Rio. Bem-vindos. Façamos o nosso destino.

A EQUIPE

SEMINÁRIO COM EUGÊNIA MARIA

PROGRAMAÇÃO DA CASA

2ª Feira (20:00 às 21:00)

PALESTRAS DOUTRINÁRIAS: O LIVRO DOS ESPÍRITOS

06/08 – Ana Guimarães LIVRE 13/08 – Ricardo Drummond Questões 693 e 694

20/08 – Josué Bezerra Questões 695 e 699

27/08 – Amaury Saramago Questões 700 e 701

3ª Feira (14:00 às 14:30)

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

07/08 – Rita Pontes Cap. XV, item 3

14/08 – Claudia Costa Cap. XV, itens 4 e 5

21/08 – Giannina Laucas Cap. XV, itens 6 e 7

28/08 – Rafael Rodrigues Cap. XV, item 8

5ª Feira (19:30 às 21:00)

ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPÍRITA

Sábado (8:30 às 15:00)

ESCOLA DE ESTUDOS ESPÍRITAS ESPERANÇA

BOLETIM ESPERANÇA 40 – página 04 BOLETIM ESPERANÇA 40 – página 01

Há 02 anos o nosso amigo retornou à Pátria Espiritual. A JESUS

Encanta-me, Senhor, este dia de sol. Encanta e me faz sentir pessoa Em cujo coração essa beleza dói. Pois percebo, nela Tua voz ressoa.

É o grito do silêncio em minh’alma, Saudando-Te a presença cristalina, Que docemente o sofrimento acalma E os caminhos do bem ditoso ensina.

Fulgura, então, no céu da minha vida A estrela da paz, de graças não fruídas, Mas que deixa na boca o gosto da alegria.

E a certeza é tanta, e tão grandiosa, De que nos guardas em clara luz radiosa E referta a alma de paz e harmonia.

J. Cardoso

No dia 15 de julho, realizou-se o seminário com a palestrante Eugenia Maria Pinheiro Ramires, sobre o sugestivo tema: “Por quem os sinos dobram?”

Sua fala foi precedida por apresentações de músicas e poemas que tiveram como objetivo saudar a palestrante e a plateia com momentos de extrema delicadeza.

Em sua abordagem, Eugenia procurou fazer, através de uma elucidativa digressão histórica sobre o povo celta, uma correlação entre a sabedoria expressa nas descobertas e formas de vida daquele povo, os aspectos doutrinários expostos por Allan Kardec e os acontecimentos, fatos e descobertas do mundo atual.

Durante sua exposição, citou conceitos fundamentais dos celtas herdados pela posteridade, tais como a ousadia e a coragem para enfrentar os desafios e, para tanto, reforçou o entendimento sobre imortalidade, justiça e liberdade. Remeteu às necessidades do homem: sofrer, renovar-se e escolher, a fim de relembrar o que é retirado do Cristianismo para a Doutrina Espírita: reencarnação, evolução espiritual e pluralidade das existências.

Fez, em síntese, um resgate da cultura celta através dos tempos, ensejando-lhe o sentido de atualidade e, exemplificando, mencionou a sua trilogia de preservação da vida: reduzir, reutilizar e reciclar – mais um legado daquela civilização para a modernidade.

Apresentou também o importante conceito de sincronicidade, na perspectiva de Jung e de Joanna de Ângelis, para reforçar a compreensão sobre a coincidência, no tempo, de eventos sem relação causal, e finalizou com a assertiva: “Nunca procurem saber por quem os sinos dobram. Eles dobram por ti.”

Agradecemos a nossa querida palestrante os ensinamentos transmitidos com notório saber e marcante sensibilidade humanística.

Angela Guiomar Nogueira

A TRANSIÇÃO PLANETÁRIA A melhor maneira, portanto, de compartilhar

conscientemente da grande transição é através da consciência de responsabilidade pessoal, realizando as mudanças íntimas que se tornem próprias para a harmonia do conjunto.

... Nenhum receio deve ser cultivado, porque, mesmo

que ocorra a morte, esse fenômeno natural é veículo da vida que se manifestará em outra dimensão.

A vida sempre responde conforme as indagações morais que lhe são dirigidas.

As aguardadas mudanças que se vêm operando trazem uma ainda não valorizada contribuição, que é a erradicação do sofrimento das paisagens espirituais da Terra.

Enquanto viceje o mal, no mundo, o ser humano torna-se-lhe a vítima preferida, em face do egoísmo em que se estorcega, apenas por eleição especial.

A dor momentânea que o fere, convida-o, por outro lado, à observância das necessidades imperiosas de seguir a correnteza do amor no rumo do oceano da paz.

Joanna de Ângelis

A DUALIDADE DA NOSSA NATUREZA Inspirados pelo compromisso de contínuo esforço pelo

aprendizado, minha esposa e eu decidimos, já há alguns anos, cultivar o hábito do estudo diário do Espiritismo. Iniciamos, atualmente, com o livro “Caminho, Verdade e Vida” e nos aquecemos com a leitura de um capítulo do livro, “Roteiro”, de Emmanuel. Encerramos o estudo com três questões de “O Livro dos Espíritos”. A cada ponto visto, conversamos sobre o que lemos, expondo nossos pontos de vista. Em uma dessas noites, quando estudávamos os três reinos, nos deparamos com a questão 605, para a qual os Espíritos deram a seguinte resposta: “...conquanto não tenha alma animal, que, por suas paixões, o nivele aos animais, o homem tem o corpo que, às vezes, o rebaixa até ao nível deles, por isso que o corpo é um ser dotado de vitalidade e de instintos, porém ininteligentes estes e restritos ao cuidado que a sua conservação requer”. Não era a primeira leitura que fazíamos do “O Livro dos Espíritos”, mas a explicação nos afetou como não fizera antes. Os Espíritos se referem ao corpo físico como sendo um “ser dotado de vitalidade e instintos”. Agimos, portanto, inspirados por duas faces da nossa natureza, uma espiritual e outra animal. “De animal só há no homem o corpo e as paixões que nascem da influência do corpo e do instinto de conservação inerente à matéria” (Questão 611 de “O Livro dos Espíritos”). Somos espíritos, mas dependemos de um corpo para viver a necessária experiência da encarnação. Um preço a pagar por cada encarnação, portanto, é assumir o controle sobre, como disseram, esse ser dotado de vitalidade e instintos, que reclama as providências necessárias à própria preservação. É indiscutível que temos que atender à voz do corpo até o limite do necessário, mas precisamos ter consciência de que o excesso será sempre danoso. O que ocorre é que, quando emocionalmente equilibrados, conseguimos manter a saúde física sem comprometer a integridade do espírito, mas, quando não, acabamos descambando para algum tipo de dependência, que nos agridem, material e moralmente. Essa situação denuncia que ao fazer nossas escolhas, acatamos, principalmente, a sugestão do corpo, olvidando a nossa natureza espiritual.

Certamente, nós temos apenas uma alma, mas a encarnação nos impõe essa natureza dupla, isto é, uma parte do que nós somos se volta às necessidades do espírito, enquanto a outra se condiciona a atender as demandas do corpo que ocupamos. Quando iniciamos nossa escalada evolutiva, atentávamos, quase que exclusivamente, à fome, ao sono, ao medo, ao desejo e às outras exigências físicas. Enquanto evoluímos, equilibramos essas influências e, à medida que avançamos, priorizamos, cada vez mais, a nossa natureza espiritual. Entretanto, enquanto nossas escolhas refletirem essa dualidade (matéria/espírito), levando em consideração a escala espírita, seremos classificados como espíritos impuros. Só nos credenciaremos à categoria de espíritos puros quando nossas escolhas forem integralmente nossas, isto é, quando manifestarem exclusivamente nossa essência espiritual, sem um resquício que seja da transitória condição de encarnados.

Rafael Rodrigues

SADHANA

“Krishna disse, na Gita, que o ‘Om’ deve ser lembrado no momento da morte. Mas, quando a mente está voando de uma fantasia para outra, como pode a produção de um som "Om, Om...", pelos órgãos vocais, ser de algum benefício? O mero som não vai ajudá-lo a alcançar a libertação. Os sentidos devem ser contidos, pensamentos devem ser unidirecionais e a glória Divina deve ser compreendida.

Se você adiar o sadhana (disciplina espiritual) até o último momento, você será como o aluno que vira as páginas de seu livro pela primeira vez antes de entrar na sala de exame! Se o aluno tem negligenciado aprender com os professores, anotações de aula e livros, como algo pode entrar em sua cabeça naquela manhã? Isso somente aumentará o desespero do aluno.

É por isso que o Senhor aconselha que se deve começar cedo na busca da verdade.”

Sathya Sai Baba

NESTE BOLETIM Capa EDITORIAL

TRANSIÇÃO PLANETÁRIA ANDREW JACKSON DAVIS

Página 02 O DESAFIO DAS VIRTUDES NO FEIRÃO, DIVALDO RESPONDE

EXPEDIENTE

COLUNA DO CAMINHO

ANIVERSARIANTES DO MÊS

Página 03 MENSAGEM DO MÊS

O HORMÔNIO DO AMOR

ESTUDANDO O LIVRO DOS MÉDIUNS X

DATAS IMPORTANTES DO MÊS

Página 04 A JESUS

A DUALIDADE DA NOSSA NATUREZA SEMINÁRIO COM EUGÊNIA MARIA

PROGRAMAÇÃO DA CASA

SADHANA

Nos primórdios do Espiritismo, muito se conjecturava a respeito do que interferia e do que não influenciava nas manifestações dos efeitos físicos das mesas. Kardec, então, nos esclarece:

a) fatores indiferentes: forma e material da mesa, dia ou hora mais adequado, iluminação, fatores climáticos, alternância dos sexos nos assentos, conexão com os dedos dos médiuns etc.;

b) fatores relevantes: recolhimento, silêncio absoluto, paciência e volume da mesa.

Quanto ao item “b”, cabe uma reflexão, dado que o Professor de Lyon utiliza o termo “força mediúnica” como

elemento fundamental para a qualidade da manifestação dos Espíritos. Então, a força mediúnica está relacionada ao quantum de sensibilidade do médium.

Vale também lembrar que, para a realização dos fenômenos físicos de materialização, desprende-se do médium uma substância leitosa, denominada ecto-

plasma: palavra cunhada pelo cientista Charles Richet, Nobel de Medicina em 1913.

O Codificador baseou essas afirmações na observação, por método científico, uma característica do Espiritismo Experimental.

André Laucas

COLUNA DO CAMINHO

REUNIÃO PRÉ-FEIRÃO No dia 15 de julho, numa feliz iniciativa do Grupo

Espírita Caminho da Esperança, reuniram-se os representantes de outras Instituições que participam do Feirão em prol da Mansão do Caminho. Foi um encontro fraterno com o propósito de compartilhar ideias, apresentar as linhas de ações e motivar para novos desafios. Com a participação efetiva de 60% dos expositores, o clima era de cooperação e consenso, coadunando com os objetivos propostos. O ambiente foi enriquecido com apresentações de cantos e poesias e, ao final, a anfitriã Ana Guimarães convidou a todos para saborear um delicioso chá com bolos, doces e salgados. Foi uma tarde proveitosa que confraternizou espíritas unidos no labor por uma causa nobre.

EXEMPLO DE SOLIDARIEDADE EM AÇÃO À medida que se aproxima o Feirão, começam a

chegar colaboradores de todas as partes, numa demonstração de fraternidade universal. Desde o início de julho, contamos com a presença de colaboradoras expressivas como Laila Laucas Paulo, que desembarcou procedente de Abu-Dhabi, trazendo pesadas malas abarrotadas de mercadorias das Arábias, para o deleite das fãs de roupas típicas dos Emirados Árabes. Em sua barraca “Espíritas de Abu-Dhabi”, contará com a ajuda de suas filhas Laís, Milla e Liz que vieram para tal fim.

Outra grande contribuição é a da barraca da Bélgica, comandada por Márcia Alves e sua prole, do Centre Philosophique Spirite « Nosso Lar » que, desta vez, além dos saborosos chocolates belgas, trouxe até donativos da Cruz Vermelha. São exemplos assim que valorizam a contribuição de cada um, até mesmo a do “óbolo da viúva” que não mede esforços para merecer o galardão que lhe está reservado. Arregacemos as mangas e marchemos para a luta!

DIA DOS PAIS Dedicamos a nossa homenagem ao “Grande Pai”,

Divaldo Pereira Franco que, a exemplo de Paulo de Tarso, desde 1952, portanto há 60 anos, abraçou a paternidade, dedicando-se à educação de seus “filhos” sob o regime do amor. Diariamente, mais de três mil crianças e jovens são acolhidos no Complexo Educacional em atividades socioeducativas na Mansão do Caminho. A Instituição propicia também, serviços de pré-natal, no Centro de Parto Normal Marieta Souza Pereira, confecção de enxovais, creches, jardim de infância, ballet, bordados, cerâmica, reciclagem de papel, ensino fundamental, médio e técnico de informática e outros, panificação, centro médico, laboratório de análises clí- nicas, atendimento fraterno, Casa da Cordialidade, biblioteca e Caravana Auta de Souza, e muito mais. Trata-se de uma verdadeira “Casa do Caminho”, onde mais de 30 mil crianças passaram, até hoje, pelos vários cursos e oficinas da Mansão, cumprindo, a rigor, as palavras de ordem do Mestre Jesus: “Deixai vir a mim as criancinhas”. Feliz Dia dos Pais, bondoso Divaldo!

O DESAFIO DAS VIRTUDES Um dia, alguém falou que o homem é um projeto infinito. Os

valores morais vão sendo incorporados ao Espírito gradualmente, sem pressa, por ser necessário maturação. É a comprovação da lei de progresso, que enseja o triunfo da excelência, através da assimilação do Bem, em todos os seus níveis.

O Caminho da Esperança, em consonância com os preceitos da Doutrina Espírita, promove um concurso de aquisição de virtudes. Aqueles que fazem parte do grupo de colaboradores aceitaram, com alegria, o grande desafio. Um concurso diferente, onde cada candidato tem por oponente a si próprio. A disputa não realça nem diminui o outro.

A seleção foi feita de acordo com o certificado apresentado: a boa vontade e a coragem de se aceitar dentro dos próprios limites. Valeu qualquer idade, afinal, o Espírito trafega em longa jornada de reencarnações.

A prova não parecia difícil, bastava que cada um escolhesse, dentre as virtudes ditadas pelo Mestre, aquela que seria sua companheira por uma semana. Sete dias apenas: o suficiente para se inteirar do valor da escolha, trabalhando-a dia após dia. Estava proposto o desafio.

Não tem sido fácil olhar-se com honestidade, quando a nota vai chegando perto do vermelho. Mas o espírita, que empreende forças de autossuperação, vê que a conquista é de longo alcance e as jornadas, aparentemente amenas, tomam sabor de responsabilidade porque o dever é parte integrante do ser.

Amigo leitor, junte-se a nós, iniciando nova encarnação dentro da mesma linha de vida. A busca do bom resultado mudará a rota da conduta, e todos dirão: – “Como você melhorou!”

Vanessa Bianca

NO FEIRÃO, DIVALDO RESPONDE*

Pergunta: – Segundo informações, Maria Santíssima concedeu um prazo de cinquenta anos para Bezerra de Menezes permanecer ligado à Terra. Ao se esgotar esse prazo, no final do ano 2000, ficaremos sem a presença, entre nós, dessa abençoada personalidade, ou há possibilidade de um alongamento de prazo? Divaldo: – Eu também tinha esta preocupação. Deus meu, se vai Dr. Bezerra, certamente virão outros anjos abençoados. Mas há uma vinculação muito afetiva e, na noite de 29 de abril, quando ele celebrou o centenário de sua desencarnação, eu estava muito expectante. Em nossa reunião mediúnica, para nosso gáudio, ele visitou-nos e escreveu uma página: “Ação sempre”. “Não há tempo para o repouso, e onde quer que estejamos, o importante é que o trabalho está aguardando por nós”. Foi uma mensagem muito longa, mas, na forma gentil, ele disse que continuará conosco, amparando as almas que estão sob a tutela do Cruzeiro do Sul e, mais ainda, a sua responsabilidade aumentou muito, daquele 29 de abril de 1950 para cá, porquanto uma grande parte da América espanhola passou a amar Dr. Bezerra de Menezes, a criar instituições pedindo-lhe bênçãos, e brasileiros que foram viver no exterior levaram a ternura de Dr. Bezerra a diferentes países, nos quais criaram células sob a tutela paternal desse anjo bom. E desta forma, a brasileirada amarrou o Dr. Bezerra na Terra, e tudo indica que ele vai continuar conosco até o momento em que nós vivamos o mundo de regeneração, quando ele, de retorno, venha a ser o exemplo vivo, com outros heróis e missionários da fé renovada e libertadora.

* Divaldo Franco. X Feirão Beneficente Pró-Mansão do Caminho

– Colégio Militar, RJ, agosto/2000.

DIREÇÃO DA INSTITUIÇÃO

Presidente: Luiz Carlos Bezerra

Vice-presidente: Ricardo Drummond

Secretários: Vanessa Bianca e Rafael Laucas

EXPEDIENTE

Direção do Jornal: Rafael Rodrigues

Secretária: Regina Celia Campos

Revisora: Giannina Laucas

Colaboradores:

Ana Guimarães Eugenia Maria

Rita Pontes Marcia Alves

Vanessa Bianca André Laucas

BOLETIM ESPERANÇA 40 – página 02 BOLETIM ESPERANÇA 40 – página 03

DATAS IMPORTANTES DO MÊS 04/08/1969 – Desencarna, em Niterói, Carlos Imbassahy. 11/08/1952 – Divaldo Franco e Nilson Pereira fundam, em

Salvador, a Mansão do Caminho. 26/08/1850 – Nasce Charles Robert Richet, ganhador do

Nobel de Medicina que defendia o Espiritismo.

29/08/1831 – Nasce em Riacho do Sangue, no Ceará, Adolfo

Bezerra de Menezes.

ESTUDANDO O LIVRO DOS MÉDIUNS X

PARTE II – CAPÍTULO II – ITENS 63 E 64

MENSAGEM DO MÊS

No sagrado instituto da família, os pais são os construtores, médiuns e depositários da vida, os primeiros mestres, instrumentos da misericórdia divina.

A peso de longos sacrifícios e renúncias, os pais permitem aos embaixadores da verdade se vestirem de humanidade, vindos ao mundo para servir.

Permutam a própria vida, com todos os seus encantos, pela existência dos filhos. Se necessário, apagam a luz dos seus sonhos pelo êxito daqueles que Deus colocou em suas mãos para as experiências do amor.

Descrever os sentimentos e a saga vivida pelos pais, na esteira das reencarnações, na manutenção da genitura, é narrar uma caminhada estelar sob as bênçãos de Deus.

Os filhos são companheiros de outras vidas que retornam ao nosso coração. Alguém já afirmou que eles “são doces algemas da nossa alma”.

São partícipes de lutas antigas, liames de amor. Os filhos são estrelas retiradas do firmamento pelas mãos de Deus e confiados às nossas mãos, para que

cuidemos deles até podermos devolvê-los, polidos e brilhantes, como no-los emprestou o Criador. Os filhos são filhos da paz quando, por eles, luzimos o céu da nossa vida e nos transformamos em mãos do Pai. Os filhos permitem a experiência do amor sem fronteiras e a exaltação de Deus em nós. Os filhos substituem o egoísmo pela fraternidade paternal e pelas filigranas da ternura, permitindo aos pais se

encontrarem e se encantarem com Deus. Os pais e os filhos formam a família e “a família é a unidade de trabalho de Deus”, escreveu uma alma muito

querida. Pais ou filhos, somos todos nós, na trajetória abençoada da vida. Honremo-nos e felicitemo-nos nesse contexto familiar.

Geraldo Guimarães GUIMARÃES, Geraldo Rodrigues. Revista Despertar Espírita, Rio de Janeiro. Informativo mensal do Lar Fabiano de Cristo.

ANIVERSARIANTES DO MÊS

02/08 – Ricardo Drumond

06/08 – Ângela G. Nogueira

14/08 – Ana Beatriz Marins

15/08 – Julia Solino

15/08 – Pedro Laucas

17/08 – Teresa Raquel

21/08 – Roberta S. Paulo

21/08 – Thiago Guimarães

31/08 – Túlio Laucas

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O HORMÔNIO DO AMOR

Que o amor faz bem todos sabemos. Afinal, todas as religiões têm no amor ao próximo uma das suas bases, normalmente reforçada com a prática da caridade e de ajuda aos necessitados. Essa foi a maior de todas as lições deixadas por Jesus Cristo, dando seu próprio exemplo, durante todos os momentos da sua passagem pelo nosso plano.

Nós, espíritas, sabemos muito bem como as vibrações de amor e respeito agem em nosso benefício, trazendo paz e harmonia para todos os envolvidos, mesmo diante das situações mais adversas. Pois a ciência acaba de descobrir que o amor é provocado por uma substância que nada mais é do que a oxitocina, até recentemente relacionada apenas às mulheres em situação de parto ou amamentação.

Cientistas, como o americano Paul Zak, já sabem que essa substância, conhecida como o hormônio do amor, é fundamental para o comportamento social das pessoas, pois envolve os grupos e as comunidades, começando pela união familiar.

A liberação da oxitocina ocorre tanto nas mulheres quanto nos homens, em decorrência de ações de solidariedade, cooperação, união e confiança. Não foi à toa que Zak deu ao seu livro sobre o assunto o título de “A Molécula da Moralidade”. Ele mostra como essa relação de confiança, empatia e cooperação funciona como base para o desenvolvimento das sociedades e dos países, fortalecendo a sua economia e gerando prosperidade. A oxitocina, de acordo com as descobertas de Zak, seria a base da moral. O que separa a visão materialista da espírita é a interpretação: o que para eles é causa, para nós é efeito.

As pesquisas também revelaram que a oxitocina libera ainda outra faceta do comportamento associada à transparência, aumentando a relação de confiança entre as pessoas, com benefícios para todos.

Os avanços científicos nessa área permitem, inclusive, saber como andam os nossos sentimentos de amor e empatia, bastando, para isso, medir o nível de oxitocina no nosso sangue. Como esse nível é maior nas mulheres, fica fácil entender porque elas geralmente são mais sensíveis que os homens.

Mais uma vez, a ciência alcança aquilo que o Espiritismo ensina como prática: o desenvolvimento da tolerância, compaixão e solidariedade. “Amai-vos uns aos outros”, pois o amor é a verdadeira fonte de união e elevação das pessoas.

Eugenia Maria